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0 UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Educação Física Luís Guilherme da Silva Lima Marcos Tadeu do Amaral Verdelli Rodrigo dos Santos AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DAS CAPACIDADES FÍSICAS EM ATLETAS DE FUTSAL Centro Social Urbano e Laboratório de Avaliação do Esforço Físico LINS-SP 2013

UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano ...A todos os professores do curso, em especial ao Prof Dr. Wonder Passoni Higino que sempre esteve do nosso lado nos ajudando

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Educação Física

Luís Guilherme da Silva Lima

Marcos Tadeu do Amaral Verdelli

Rodrigo dos Santos

AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DAS CAPACIDADES FÍSICAS EM

ATLETAS DE FUTSAL

Centro Social Urbano e Laboratório de Avaliação do Esforço Físico

LINS-SP

2013

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LUÍS GUILHERME DA SILVA LIMA

MARCOS TADEU DO AMARAL VERDELLI

RODRIGO DOS SANTOS

AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DAS CAPACIDADES FÍSICAS EM

ATLETAS DE FUTSAL

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Banca Examinadora do

Centro Universitário Católico Salesiano

Auxilium, curso de Bacharelado em

Educação Física sob a orientação do Prof.

Me. Leandro Paschoali Rodrigues Gomes

e orientação técnica da Profª Ma. Jovira

Maria Sarraceni.

LINS – SP

2013

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Lima, Luís Guilherme da Silva; Verdelli, Marcos Tadeu do Amaral; Santos,

Rodrigo dos

Avaliação e monitoramento das capacidades físicas em atletas de

futsal / Luís Guilherme da Silva Lima Marcos Tadeu do Amaral Verdelli

Rodrigo dos Santos . – – Lins, 2013.

56p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano

Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Bacharelado em

Educação Física , 2013.

Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Leandro Paschoali Rodrigues

Gomes

3. Futsal. 2. Monitoramento. 3.Capacidades físicas. I Título.

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AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DAS CAPACIDADES FÍSICAS EM

ATLETAS DE FUTSAL

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do titulo de Bacharelado em Educação Física.

Aprovada: _____/______/_____

Banca examinadora:

Prof (a) Orientador (a): Me. Leandro Paschoali Rodrigues Gomes

Titulação: Mestre em Educação Física - UNIMEP Piracicaba

Assinatura:__________________________

1º Prof.(a):_______________________________________________________

Titulação:_______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura:__________________________

2º Prof.(a):_______________________________________________________

Titulação:_______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura:__________________________

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Á Deus

Por ter me amparado e iluminado durante a minha vida e ter tornado

cada dia cheio de felicidade, mesmo os mais difíceis.

Rodrigo

Aos meus pais

Por quem tenho imensa admiração e um amor incondicional, agradeço

por estarem sempre presentes em minha vida, me apoiarem, incentivarem e

orientarem em todos os meus passos, sem eles não teria chegado ate onde

estou, espero ser motivo de orgulho em vossas vidas. Adão Donizete e

Marcilia.

Rodrigo

Aos meus irmãos

A quem tenho profunda admiração e amor, o apoio, as broncas a

presença em todos os momentos da minha vida, tanto os bons e

principalmente os maus momentos, pude contar com vocês. Elaine, Marcio e

Renato.

Rodrigo

As minhas sobrinhas

Minha felicidade só aumentou quando cada uma de vocês nasceu me

sinto renovado quando vejo o sorriso de cada uma. Ter a sensação de uma

nova vida quando segurei cada uma à primeira vez em meus braços, foi a coisa

mais maravilhosa que já senti, amo cada uma de vocês: Bruna, Maria

Fernanda e Maria Isabella

Rodrigo

A você Ailyn amor da minha vida

Sem você do meu lado não teria forças pra terminar essa etapa, peço

que me desculpe os momentos de irritação e ausência por conta das

obrigações e agradeço por sempre me receber com um sorriso e com carinho,

minha vida se completou no dia em que te encontrei e espero que fiquemos

juntos ate os últimos dias de nossa vida.

Rodrigo

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A minha Pequenina

Onde sempre busco sustentação e incentivo para dar o meu melhor. A

confiança que você me passa é inexplicável. Amo você!

Luís Guilherme

A toda minha família

Em especial, ao meu irmão, que sempre soube que meu caminho mais

cedo ou mais tarde tomaria o rumo da Educação Física; a minha mãe, pela

educação e princípios que vou carregar por toda a vida; ao meu pai, agora

companheiro de profissão, dedicado e capacitado, tenho você como exemplo,

obrigado por todos os ensinamentos.

Luís Guilherme

A Deus

Por sempre me iluminar, me guiando, me abençoando me mostrando o

verdadeiro caminho da vida, não deixando faltar saúde, amor, felicidade,

prosperidade e paz. Amém.

Marcos

À minha mãe Regina

Que sempre me deu apoio nos momentos mais difíceis, e sempre esteve

presente em minha vida, desde criança até hoje me ensinando todos os valores

que um homem pode ter, muito obrigado por todas as noites mal dormidas

cuidando quando eu estava doente, se estou realizando esse sonho hoje, eu

devo muito a você. Te Amo.

Marcos

A meu pai Marcos

Aquele que é e sempre vai ser meu grande ídolo, muito obrigado por

acreditar nos meus sonhos, sempre me apoiando nas minhas decisões, te

admiro muito, pois sei o quanto o senhor é honesto e trabalhador, e sei o

quanto foi difícil para me dar a melhor educação possível. Te Amo.

Marcos

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A minha irmã Bruna

Sei que já brigamos, discutimos até de mais, mas sabemos que todos os

irmãos tem essa relação de amor e ódio, apesar de sempre eu estar sério e

não demonstrar minhas emoções quero que você saiba minha “Tatá” que te

amo demais, sempre serei sua “Vida” como você diz, me orgulho muito em ser

seu irmão, você é minha inspiração. Te Amo.

Marcos

A minha sobrinha

Nunca imaginava que ser Tio era tão gostoso e prazeroso, sempre quero

estar ao seu lado minha “bonequinha”, você foi o melhor presente da minha

vida, prometo ser sempre um Tio presente e brincalhão. Te Amo.

Marcos

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus companheiros Luís Guilherme e Rodrigo dos Santos por

sempre estarem do meu lado durante toda a faculdade, obrigado pela força e

amizade.

Marcos

Aos meus companheiros Marcos e Rodrigo por toda dedicação e entrega

durante o trabalho, sem vocês nada disso seria possível. Nossa amizade

estará para sempre marcada em meu coração. Obrigado!

Luís Guilherme

Agradeço aos meus companheiros Marcos e Luís Guilherme por estarem

comigo ao fim desta etapa, nossa amizade que começou no inicio deste curso

e chega ate o fim desta etapa, onde não conseguiria alcançar sem vocês.

Nossa amizade cresceu e ficara marcada para sempre. Por todos os momentos

de alegria, risadas e também de empenho e dedicação muito Obrigado do

fundo do coração.

Rodrigo

Ao Prof Me. Leandro Paschoalli Rodrigues Gomes por toda atenção e

paciência na orientação desta pesquisa, nós todos admiramos muito o seu

trabalho e a pessoa competente e carismática que é, que Deus ilumine você e

toda sua família.

Luís Guilherme, Marcos e Rodrigo

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A todos os professores do curso, em especial ao Prof Dr. Wonder Passoni

Higino que sempre esteve do nosso lado nos ajudando e motivando.

Luís Guilherme, Marcos e Rodrigo

A toda comissão técnica e aos atletas pela colaboração em todos os testes

realizados, em especial ao técnico João Rufino que sempre esteve à

disposição para nos ajudar.

Luís Guilherme, Marcos e Rodrigo

Aos amigos de sala, que durante esses 4 anos ficaram marcados em nossas

vidas, em especial aqueles que acompanharam de perto nosso sofrimento e

esforço.

Luís Guilherme, Marcos e Rodrigo

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RESUMO

O futsal é um esporte bastante dinâmico e intenso e tem como principais capacidades físicas agilidade, resistência aeróbia, potência de membros inferiores e flexibilidade. Esta pesquisa se propõe a uma investigação que envolve futsal e treinamento desportivo com objetivo de verificar as capacidades físicas adquiridas com o treinamento pré-competitivo e suas alterações após o período competitivo em alas de uma equipe amadora sem recursos financeiros. Para avaliar as capacidades físicas, primeiramente foi traçado um perfil antropométrico (estatura, peso e percentual de gordura) e em seguida foram utilizados os seguintes testes: Banco de Wells (flexibilidade), Shuttle Run com bola (agilidade), Salto Horizontal (potência de membros inferiores) e Shuttle Run (resistência aeróbia). Como resultado, não foi encontrado melhoras estatisticamente significativas no percentual de gordura e nas capacidades de flexibilidade e resistência aeróbia, com P ≤ 0,05. Já nas capacidades de agilidade (pré 8,56 ± 0,55; pós 8,07 ± 0,51*s) e potência de membros inferiores (pré 2,16 ± 0,16; pós 2,59 ± 0,18*cm), foi encontrada a significância estatística, com P ≤ 0,05. Para avaliação estatística, foi utilizado o teste t-student. Conclui-se que o planejamento do treinamento é fundamental quando o objetivo é melhorar capacidades físicas, principalmente em equipes amadoras onde os atletas não são monitorados constantemente, já que as principais capacidades físicas da modalidade de futsal apresentaram pouca melhora significativa quando expostas apenas a treinamentos visando jogo. Uma frequência de pelo menos três vezes na semana, aliada a individualização do treinamento, com sessões específicas para cada função desempenhada em uma equipe podem apresentar resultados satisfatoriamente mais positivos.

Palavras-chaves: Futsal. Monitoramento. Capacidades físicas

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ABSTRACT

Futsal is a very dinamic and intense sport and its main physical skills are agility, aerobic endurance, power of lower members and flexibility. This research proposes an investigation that involves futsal and sport training in order to verify the physical skills acquired with precompetitive training and their changes after the competitive period in wards of an amateur team without financial resources. In order to evaluate physical skills, firstly it was traced an anthropometric profile (height, weight and fat percentage), after it the following tests were used: Bank of Wells (flexibility), Shuttle Run with ball (agility), Horizontal Jump (lower members power) and Shuttle Run (aerobic endurance). It was not found significant statistical improvements in fat percentage, flexibility skills and aerobical endurance, with P ≤ 0,05. In agility skills (pre 2,16 ± 0,16; pos 2,59 ± 0,18*cm), it was found statistical significance, with P ≤ 0,05. For statistical evaluation, it was used the t-student test. It comes to the conclusion that the planning of training is fundamental when the goal is to improve physical skills, mainly in amateur teams where the athletes are not constantly monitored, since futsal main physical skills show little significant improvement when exposed to trainings aiming only the match. A frequency of at least three times a week, combined with training individualization and with specific sessions for each function performed in a team can show more positive results.

Keywords: Futsal. Monitoring. Physical skills.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Valores de M,DP e P dos testes pré e pós competitivos ................. 41

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Quadra de Jogo ................................................................................ 20

Figura 2: Salto horizontal .................................................................................. 33

Figura 3: Shuttle Run com bola......................................................................... 34

Figura 4: Suttle Run 20 metros ......................................................................... 36

LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS

ABD: Abdominal

ACM: Associação Cristã de Moços

CSU: Centro Social Urbano

cm: Centímetro

DP: Desvio Padrão

FIFA: Federation Internationale Football Association

GTI: treinamento de cargas seletivas integrado

GTC: periodização clássica

GJ: controle/jogo

h: Hora

Kg: Quilograma

km/h: Quilometro por hora

LAEF: Laboratório de Avaliação do Esforço Físico

m: metro

M: Média

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min: minuto

P: Significância

r: Relação

s: Segundos

SEMEL: Secretaria Municipal de Esporte e Lazer

SH: Salto Horizontal

SI: Supra Ilíaca

SR: Shuttle Run

SRB: Shuttle Run com Bola

TR: Tricipital

VO2max: Consumo Máximo de oxigênio

%G: Percentual de Gordura

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................. 15

1 CONCEITOS PRELIMINARES ............................................................... 18

1.1 Futsal ................................................................................................... 18

1.1.1 História do Futsal .......................................................................... 18

1.1.2 Regras básicas para a prática ....................................................... 19

1.1.3 Posições ........................................................................................ 21

1.1.3.1 Goleiro .................................................................................... 21

1.1.3.2 Fixos ....................................................................................... 22

1.1.3.3 Alas ......................................................................................... 22

1.1.3.4 Pivôs ....................................................................................... 23

1.1.4 Padrões de Jogo ........................................................................... 23

1.1.4.1 Padrão redondo ...................................................................... 23

1.1.4.2 Padrão 4x0 ............................................................................. 24

1.1.4.3 Padrão de três ........................................................................ 24

1.1.4.4 Padrão 1x2x2 .......................................................................... 24

1.1.4.5 Padrão defensivo losango/quadrante ..................................... 25

1.1.5 Principais capacidades .................................................................. 25

1.1.5.1 Perfil antropométrico .............................................................. 26

1.1.3.2 Resistência aeróbia ................................................................ 27

1.1.5.3 Potência .................................................................................. 27

1.1.5.4 Agilidade ................................................................................. 28

1.1.3.5 Flexibilidade ............................................................................ 29

1.2 Avaliação e monitoramento ................................................................. 30

1.2.1 Protocolo de Guedes ..................................................................... 30

1.2.2 Banco de Wells ............................................................................. 31

1.2.3 Salto Horizontal ............................................................................. 32

1.2.4 Shuttle run com bola ..................................................................... 33

1.2.5 Shuttle run ..................................................................................... 36

2 EXPERIMENTO ...................................................................................... 37

2.1 Protocolo de Guedes, Peso e Estatura ................................................ 38

2.2 Protocolo Banco de Wells .................................................................... 39

2.3 Protocolo Shuttle Run .......................................................................... 39

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2.4 Protocolo Salto Horizontal ................................................................... 39

2.5 Protocolo Shuttle Run com bola .......................................................... 40

2.6 Análise Estatística ............................................................................... 40

2.7 Resultados ........................................................................................... 40

2.8 Discussão ............................................................................................ 41

3 CONCLUSÃO ......................................................................................... 44

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 46

APÊNDICE........................................................................................................ 50

ANEXOS ........................................................................................................... 52

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INTRODUÇÃO

O futsal é um esporte bastante dinâmico e intenso, onde as ações de

ataque e defesa acontecem com muita frequência e dentro deste patamar do

esporte algumas características físicas dos atletas são bastante exigidas e

devem ser treinadas para um melhor desempenho dentro de quadra, seja nos

treinamentos ou, principalmente, durante as partidas. Com um período

preparatório praticamente se fundindo com o competitivo, o treinamento teve

que se adaptar para que os atletas alcancem seu pico no período desejado

(CETOLIN e FOZA, 2010).

Esta pesquisa se propõe a uma investigação que envolve futsal e

treinamento desportivo, além de ter relação direta com a área de medidas e

avaliação, adotando como tema “Avaliação e monitoramento das capacidades

físicas em atletas de futsal”, avaliando os alas de uma equipe amadora sem

recursos financeiros.

Conforme citado na obra de Santos Filho (1995, p.8), “... os praticantes

de futsal necessitam fundamentalmente de: endurance, velocidade, resistência

muscular localizada e potência muscular [...],. agilidade, flexibilidade,

coordenação, ritmo e o equilíbrio.”, baseando-se nesta informação o estudo

delimita-se a investigar a melhora e a manutenção do perfil antropométrico e

das capacidades físicas de agilidade, resistência, potência de membros

inferiores e flexibilidade, importantes nesta modalidade.

Como passo inicial, foi traçado um perfil antropométrico de cada atleta,

através da idade, peso corporal total (Kg) e percentual de gordura através do

protocolo de Guedes e Guedes (2006), com o intuito de acompanhamento da

evolução do treinamento com relação ao percentual de gordura, uma vez que,

tais informações são relevantes tanto para a escolha das estratégias de

preparação física a ser aplicadas quanto para a detecção e seleção de jovens

talentos para a modalidade (AVELAR et al., 2008).

Sendo a flexibilidade importante no futsal e em qualquer exercício físico,

o estudo classifica essa capacidade física como uma das quatro principais para

a modalidade, já que seu aumento resulta diretamente de maneira positiva na

amplitude de movimento, força, rapidez, facilidade, fluência e eficácia na hora

de realizar qualquer exercício, além do fato da falta de flexibilidade facilitar

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lesões (BERTOLA et al., 2007). Para avaliação de flexibilidade, foi utilizado o

teste no banco de Wells ou teste de sentar e alcançar proposto por Wells e

Dillon em 1952.

Para mensurar a agilidade dos atletas, o estudo desenvolve o teste

Shuttle run com bola, proposto em um estudo realizado por Caicedo (1993),

que declara: “O presente estudo teve como objetivos: a) propor um teste que

avalie agilidade para futebolistas, procurando tornar o teste mais próximo ao

gesto motor realizado pelos jogadores e verificar a reprodutibilidade;...”.

Levando em consideração as divergências entre futebol (analisado no estudo

de Caicedo) e o futsal (analisado no presente estudo) o teste foi realizado em

superfície específica da modalidade.

Para mensurar a resistência aeróbia, optamos pela utilização do teste

Shuttle Run. Este método é considerado o mais aplicado, que requer pouco

espaço físico, permite avaliar um grande número de pessoas ao mesmo tempo

e ainda possibilita manter controlada a intensidade. (QUEIROGA, 2005). Com

vários estágios de velocidade este teste permite uma noção da condição

cardiorrespiratória (VO2max), essencial para a prática do futsal.

O presente estudo tem como objetivo verificar as capacidades físicas

adquiridas com o treinamento pré-competitivo e suas alterações após o período

competitivo em 5 alas de uma equipe amadora sem recursos financeiros;

sendo uma prática pouco utilizada por equipes amadoras de pequeno porte.

Para alcançar esse objetivo, serão utilizados os testes citados, por serem

simples e baratos para avaliar todas as capacidades já descritas anteriormente.

A pesquisa tem como locais de aplicação a quadra do Centro Social

Urbano de Lins (CSU) e o Laboratório de Avaliação do Esforço Físico (LAEF)

do Unisalesiano Lins com sua quadra anexa, com os testes realizados pelos

atletas da equipe Futsal Lins/SEMEL, especificamente os que jogam na função

de ala, com o apoio da comissão técnica e administrativa da equipe. Os

critérios de inclusão e exclusão utilizados foram: ser um atleta de futsal há no

mínimo três anos, desempenhar a função de ala, idade entre 18 e 30 anos,

sem lesões iniciais, estando os atletas aptos à realização da bateria de testes

proposta no presente estudo.

Baseando-se nas afirmações descritas anteriormente, o estudo indaga:

O treinamento monitorado pode aprimorar e evitar perdas das capacidades

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físicas de atletas de futsal durante o período competitivo? Em resposta a este

questionamento sugere-se que, estabelecida uma base de valores para estas

capacidades com a primeira avaliação, os atletas apresentem uma evolução na

avaliação subsequente, mostrando a manutenção dessas capacidades durante

toda a temporada que foi planejada para a equipe.

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1 CONCEITOS PRELIMINARES

1.1 Futsal

O Futsal, antigamente chamado de “futebol de salão”, é um dos esportes

que mais tem crescido nos últimos anos. Foi uma adaptação do futebol de

campo para as quadras que acabou por se tornar muito mais dinâmico em

relação ao futebol de campo, levando esse esporte à massificação mundial.

1.1.1 História do Futsal

Existem duas versões para o surgimento do futsal. Uma versão afirma

que seu surgimento se deu na década de 30, em Montevidéu, no Uruguai, na

Associação Cristã de Moços (ACM) com o professor de Educação Física Juan

Carlo Ceriani. A segunda versão afirma que o surgimento se deu no Brasil, em

São Paulo. Essa segunda versão argumenta que o esporte praticado no

Uruguai não era o futsal, já que poderiam jogar cinco, seis ou sete jogadores

em cada time. Em todo caso, este esporte já era praticado em todas as ACMs

dos dois países. (FUTSAL PAULISTA, 2012).

Em 1933, através do professor da ACM Juan Carlo Ceriani, foi criado o

primeiro regulamento da modalidade de futsal levando em conta as regras das

modalidades de basquete, handebol, futebol e pólo-aquático. (FUTSAL

PAULISTA, 2012).

O primeiro torneio de futsal foi realizado em 1949 na ACM do Rio de

Janeiro. Em 1954, é fundada no Rio de Janeiro a primeira entidade oficial de

futsal, a chamada Federação Metropolitana de Futebol de Salão, iniciando o

surgimento posterior de inúmeras associações pelo país, sendo acompanhados

por vários torneios da modalidade em questão, começando assim a

massificação desta modalidade no país. (FUTSAL PAULISTA, 2012).

Em 1990, a FIFA (Federation Internationale Football Association) passou

a ser a supervisora máxima da modalidade, adaptando a este esporte o nome

conhecido até os dias atuais, futsal. (FUTSAL PAULISTA, 2012).

Durante o surgimento do esporte até os dias atuais, em busca de um

esporte atrativo e dinâmico, houve várias mudanças na regra, como por

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exemplo, a possibilidade de substituir os atletas inúmeras vezes dentro do jogo.

Esporte considerado genuinamente brasileiro, o futsal tem se espalhado pelo

mundo inteiro. (SANTA CRUZ, 2011).

O crescimento do Futsal não é notado apenas pela propaganda nos

meios de comunicação. Seu fato mais notório de popularidade é visto

nas escolas, clubes e associações, que encontraram, neste esporte,

uma forma para substituir aquele futebol praticado pelas crianças nos

campos de esquina ou em praças e que, ano a ano, tornam-se mais

escassos. (MACHADO; GOMES, 1999, p. 55).

1.1.2 Regras básicas para a prática

O futsal tem como local de jogo uma quadra com superfície lisa,

retangular, com comprimento mínimo de 25 metros e máximo de 42 metros e a

largura mínima de 16 metros e máxima de 25 metros. Todas as linhas que

demarcam as áreas da quadra devem possuir 8 centímetros de largura. Seu

centro possui um circulo com dez centímetros de raio situado no meio da linha

divisória central. Ao redor deste pequeno círculo a quadra deverá conter um

círculo central com raio de 3 metros. (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE

FUTEBOL DE SALÃO, 2013).

Existem também as marcações de tiro livre, situada a 10 metros do

centro da meta; a área penal, onde a 6 metros de distância de cada poste de

meta é traçado um círculo perpendicular a linha de fundo que se estende por 6

metros dentro da quadra, a linha superior que une esses semicírculos deverá

ter 3,16 metros; as zonas de substituição que se iniciam a 5 metros da linha

central, cada zona deverá ter 5 metros e deverá existir uma em cada metade

da quadra, sendo localizadas sempre do lado da quadra onde estarão o

apontador e o cronometrista. (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL

DE SALÃO, 2013).

As medidas já citadas anteriormente e mais medidas da quadra como

áreas de segurança, distâncias mínimas entre a quadra e as divisórias da

arquibancada, medidas da área técnica e sua distância mínima da quadra e

distâncias obrigatórias dos adversários para que cobranças de laterais e

escanteios sejam executadas podem ser visualizadas na imagem

disponibilizada abaixo:

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Figura 1: Quadra de Jogo

Fonte: CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL DE SALÃO, 2013

A bola utilizada para a prática do futsal adulto deverá ser esférica,

envolvida em couro macio ou de outro material aprovado e deverá ter uma

circunferência entre 62 e 64 centímetros e um peso entre 400 e 440 gramas.

Atualmente, o tamanho e peso das bolas são adaptados de acordo com a

categoria em questão. (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL DE

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SALÃO, 2013).

Para uma partida, as duas equipes deverão ter no mínimo 3 e no

máximo 5 atletas em quadra, obrigatoriamente um deles deve ser o goleiro,

estar devidamente uniformizadas com camiseta, calção e meião iguais para

todos os jogadores de uma mesma equipe, exceto para o goleiro, que deve ser

diferenciado. Além disso, deverão estar equipados com a caneleira e com tênis

de solado liso, de borracha ou similar. (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE

FUTEBOL DE SALÃO, 2013).

O esporte deverá ser praticado de acordo com as regras da respetiva

temporada, sendo de responsabilidade do árbitro, seu auxiliar, anotador e

cronometrista coloca-las em prática e garantir o bom andamento do jogo. O

objetivo principal do esporte é marcar tentos (gols). Vence a equipe que fizer o

maior número de gols. (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL DE

SALÃO, 2013).

1.1.3 Posições

No futsal existem poucas posições, e são elas: goleiro, fixo, ala (direito e

esquerdo) e pivô. Nos últimos 20 anos, mudanças táticas e dinâmicas que

foram fundamentais no futsal, fizeram com que, todos os jogadores passassem

a executar praticamente todas as funções dentro de jogo para que fossem

possíveis as realizações de trocas para confundir a marcação adversária, não

existindo mais as posições fixas que antes existiam. (FERREIRA, 2002).

Todas essas mudanças ocorreram em busca do dinamismo do esporte e

acabaram por exigir cada vez mais do físico de cada atleta e do conhecimento

das regras por parte de toda a equipe para que situações favoráveis às

respectivas equipes fossem criadas durante a partida. (FERREIRA, 2002).

1.1.3.1 Goleiro

Jogador habilitado pela regra a utilizar as mãos dentro de sua área

defensiva, os goleiros são em muitas vezes a exceção a regra, já que, por

exemplo, são os únicos jogadores que podem ser atendidos dentro de quadra e

não precisam ser substituídos. Muito importante para o time, deve exercer a

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liderança e ajudar a orientar, pois joga de frente para o adversário e é o ultimo

homem da defesa, muito importante nas saídas de bola, principalmente quando

seu time está sendo pressionado; além disso, tem papel fundamental nas

coberturas como último homem, pois no futsal não existe o famoso “homem da

sobra” que existe no futebol. Além disso, hoje em dia o que faz o diferencial no

goleiro é justamente saber jogar com os pés, o time que tem essa “raridade” já

está na frente do adversário. (FERREIRA, 2002)

1.1.3.2 Fixos

Geralmente são os melhores marcadores que se tem na equipe, para

ser um bom fixo, deve-se ter uma boa antecipação de jogadas, deve ter um

bom arremate de longa distância, distribuir o jogo, ou seja, ter um bom passe e

estar em sincronia com os alas para que o jogo possa fluir. O senso de

cobertura assim como dos goleiros deve ser muito bom, pois muitas vezes eles

dão a liberdade para os alas arriscarem um drible, e assim já estarem prontos

caso esta tentativa não seja favorável e sofra em seguida um contra ataque. O

diferencial de um fixo hoje em dia, é não se limitar em apenas marcar e sair

jogando de trás, e sim “aparecer” para o jogo, tomar “iniciativa” e se deslocar

nas costas do adversário para que possa resultar algum perigo de gol ao rival.

(FERREIRA, 2002)

1.1.3.3 Alas

Os alas têm a característica de serem os menores e os mais rápidos da

equipe, sempre é importante ter um ala canhoto e um destro, para eles

poderem trabalhar em posições invertidas, o destro na ala esquerda e o

canhoto na ala direita, pois facilita o drible para dentro e consequentemente o

ângulo é muito maior para a finalização ou um passe em profundidade. Devem

deslocar constantemente com ou sem a bola, talvez a posição que se cobre

mais do físico, eles precisam ocupar sempre os espaços vazios deixados pela

equipe adversária, saber defender e atacar na mesma proporção, ter um

excelente controle de bola e diversos dribles em seu repertório são as

principais características de um bom ala (FERREIRA, 2002).

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23

1.1.3.4 Pivôs

Eles geralmente são os mais fortes, procuram sempre jogar com o

contato corporal, tanto para eles conseguirem “escorar” a bola para quem vem

de trás, ou para eles mesmos “girarem” sobre a marcação e finalizar para o gol.

Seu poder de finalização é muito bom, muitas vezes tem pouca participação no

jogo, não participam tanto nos passes como os alas e fixos, porém quando a

bola chega com qualidade eles são muito perigosos perto da área do

adversário. Não por serem atacantes devem deixar de marcar, pelo contrário,

são responsáveis pela primeira linha de marcação. (FERREIRA, 2002).

1.1.4 Padrões de Jogo

Os padrões de jogo, são movimentações, troca de posições,

deslocamentos, de forma planejada, organizada e padronizada, que tem como

objetivo confundir a marcação adversária, ocorrendo erros de posicionamento

na defesa; esses padrões não são feitos durante o jogo todo, apenas quando

se está com dificuldade de sair de uma marcação mais forte, sendo importante

para abrir espaços dentro da quadra, ocorrendo infiltrações com ou sem a bola.

É uma movimentação repetida em que deve se adequar de acordo com o

sistema de jogo de cada treinador. (MUTTI, 2003)

A atividade tática realiza-se sempre em cooperação com os

companheiros de jogo de acordo com suas capacidades técnicas.

Para que seja possível, são necessárias capacidades especificas que

permitam a completa organização e coordenação das ações

coletivas. (MENEZES, 1998, p.65)

Temos alguns padrões básicos no futsal como: padrão redondo, padrão

4x0, padrão de três, padrão 1x2x2 e o padrão defensivo losango/quadrante.

1.1.4.1 Padrão redondo

Consiste na formação inicial do 3x1, o padrão inicia-se com o fixo

tocando a bola no ala direito, que devolve a bola para o próprio fixo e corre

para a posição do pivô enquanto o fixo conduz a bola até a posição que

ocupava este ala direito. No momento em que o fixo conduz a bola até a

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posição do ala direito, o pivô recua para a posição do ala esquerdo, que por

sua vez, recua para a posição do fixo e assim trocando passes sempre girando

numa mesma direção formando um circulo (por isso este nome de padrão

redondo), sua variação pode ser trocando o lado.

1.1.4.2 Padrão 4x0

O padrão se caracteriza pelo posicionamento de quatro jogadores na

armação da jogada e consiste numa combinação de movimentos ofensivos,

partindo de um passe na ala, em seguida um atleta fazendo a quebra do meio

e o outro saindo na diagonal longa, com isso os que estavam mais abertos vão

fechando ao centro e os que iniciaram a jogada vão “equilibrando” pelas pontas

simultaneamente.

1.1.4.3 Padrão de três

Ele consiste em uma movimentação entre os três jogadores mais

próximos do campo defensivo (alas e fixo), para maior facilidade de execução

de um passe ao pivô, saídas de bola na paralela, infiltrações ou mesmo

valorizar a posse de bola. Muito utilizado para “empurrar” o adversário para o

meio da quadra quando este estiver marcando pressão. As manobras

ofensivas passam a ser executadas dentro de uma movimentação constante a

partir do sistema 3x1. Podem ser tanto correndo em diagonal na “frente” de seu

companheiro como “atrás” dele.

Padrão com troca de ala com pivô: é simples, na posição inicial do 3x1,

onde as trocas serão feitas pelos alas com o pivô, nesse é o inverso do padrão

de três, onde as trocas serão do fixo com os alas.

1.1.4.4 Padrão 1x2x2

Geralmente usado quando uma vantagem numérica é necessária, em

situações como no final de uma partida quando se está perdendo o jogo e é

preciso atacar a qualquer custo. Aumentar um jogador na linha é arriscado,

pois neste sistema o goleiro acaba trocando de posição com um jogador de

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linha, porém, sem perder suas características específicas da regra, como por

exemplo, ser o único a poder agarrar a bola com as mãos em sua área

defensiva. O goleiro linha, nome dado ao respectivo jogador, passa para a

quadra adversária, para evitar as devidas infrações na regra e acaba ficando

em uma das alas. O jogador que ficar na base precisa ter um bom passe e

improviso caso a equipe adversária prepare uma boa defesa contra o padrão

1x2x2. Os jogadores estarão dispostos da seguinte maneira: um na base e um

quadrante bem aberto na defesa adversária, geralmente canhotos do lado

direito e destros do lado esquerdo, para facilitar os passes de “primeira” para

envolver o rival.

1.1.4.5 Padrão defensivo losango/quadrante

Esse padrão serve para marcar o goleiro linha adversário onde a equipe

estará no losango quando a bola estiver com o jogador da base do adversário e

quando ela for para as alas tanto na direita como na esquerda, deverá formar

muito rapidamente um quadrante, sempre abafando essa bola nas alas para

tentar recuperar e finalizar o mais rápido possível para o gol vazio.

1.1.5 Principais capacidades

As principais capacidades dentro da modalidade do Futsal são agilidade,

potência, velocidade, resistência aeróbia, flexibilidade. Importantes uma vez

que a partida necessita das capacidades para o bom andamento da partida, e,

portanto são fundamentais no processo de preparação física para os atletas

praticantes da modalidade, visando um bom desempenho nas competições.

Nas últimas décadas o futsal era classificado fisicamente como sendo

de predominância metabólica aeróbia, pois se considerava apenas a

duração das partidas. Com a evolução na forma de se jogar, o futsal

se tornou mais dependente da força e da velocidade, ficando mais

evidente os aspectos intermitentes da modalidade (SANTA CRUZ,

2011, p.20).

Entre outras capacidades físicas citadas por Santa Cruz (2011) estão à

força, a velocidade, a resistência e as subdivisões das mesmas. Em

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complemento as capacidades citadas, Santos Filho (1995), coloca que

praticantes de futsal necessitam trabalhar capacidades como agilidade,

flexibilidade, resistência e potência muscular, por considerar que estas

capacidades tem influência direta durante a partida.

Para Dantas e Fernandes Filho (2002) as capacidades físicas,

indicativas do atleta de alto rendimento, são na realidade, o espelho da sua

própria necessidade de execução das tarefas requeridas durante a competição.

1.1.5.1 Perfil antropométrico

Para uma analise geral dos atletas foi traçado um perfil antropométrico,

que segundo Avelar et. al (2008) pode servir, pelo menos em parte, como

indicador de sucesso nesta modalidade ou ainda auxiliar na detecção de novos

talentos. E de acordo com Dantas e Fernandes Filho (2002) identificar o perfil é

observar a própria conduta motora do atleta e da modalidade, aqui em analise,

como um todo. Mais do que isto: é poder inferir toda a prática, a propósito do

futsal.

A importância de se conhecer o perfil do atleta de Futsal esta em como

elaborar um programa de treinamento e de acompanhamento de acordo com

as necessidades do mesmo, assim como afirma Bompa (2002) “[...] é essencial

entender as limitações e os pontos fortes individuais. A capacidade de trabalho

limitada de atleta varia bastante. O treinador precisa levar em consideração as

diferenças individuais [...]”. Além disso, Matos faz a seguinte afirmação sobre a

ciência do esporte em relação ao treinamento específico:

A ciência do esporte vem contribuindo de maneira significativa e

decisiva no âmbito de cada esporte, avaliando suas características,

exigências físicas e motoras, perfil dos atletas, aperfeiçoando e

desenvolvendo métodos de treinamento mais eficientes que visam

possibilitar um maior rendimento e melhores resultados. (MATOS et

al, 2008, p.225)

Considerando a individualidade biológica na elaboração do treinamento

buscando um melhor aprimoramento das mesmas Soares e Tourinho Filho

(2006) abordam que o programa de treinamento individualizado traz consigo a

delimitação do trabalho, determinando linhas de ação onde as características

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abrangentes do jogo e do atleta podem ser mais bem trabalhadas, visando a

um aprimoramento mais completo da capacidade de desempenho, do que o

trabalho generalizado para o grupo.

1.1.3.2 Resistência aeróbia

No futsal, pela intermitência dos esforços, a importância da capacidade

aeróbia é fundamental, pois visa que o jogador possa suportar os 40 minutos

da partida, sem perda de eficácia na realização das ações de jogo. (SANTA

CRUZ, 2011).

Para Soares e Tourinho Filho (2006) hoje se observa dentre as inúmeras

atividades físicas praticadas no Brasil um crescimento expressivo no número

de praticantes e na qualificação profissional do futsal, que, como o basquete e

o handebol, caracterizam-se por serem atividades de esforço intermitente, ou

seja, mescla na sua execução a participação tanto do metabolismo aeróbio

como do metabolismo anaeróbio.

Sendo a resistência aeróbia parte fundamental do condicionamento

físico dos atletas de futsal, Lima, Silva e Souza (2005) afirmam que a condição

física dos atletas de futsal, como em outras modalidades desportivas, é um dos

fatores que interferem no desempenho e nos resultados alcançados nas

competições. Portanto o treinamento da capacidade física de resistência

aeróbia deve ser bem enfatizado durante as sessões de treinamento, tendo um

papel de destaque principalmente na parte inicial da preparação.

O trabalho específico sobre o sistema aeróbio de fornecimento de

energia visa aumentar a resistência cardiovascular do indivíduo, que é de

extrema importância no trabalho de preparação física do atleta de futsal, além

de ser extremamente utilizado durante uma partida. (LIMA, SILVA e SOUZA

2005)

1.1.5.3 Potência

A força é uma capacidade fundamental no futsal por se tratar de um

esporte coletivo, de contato e com uma intensidade e resistência muito alta. As

disputas e os choques são frequentes exigindo muito desta capacidade para os

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seus praticantes. Bompa (2002) define a força como a capacidade de aplicar

esforço contra uma resistência [...] no esporte a resistência é produzida pela

água na natação e no remo, força de gravidade na corrida e no salto, e pelo

adversário na luta romana, nas artes marciais ou esportes coletivos.

O treinamento de força no futsal tem relevância em todas as suas

divisões tanto em consideração a força máxima, quanto com relação à força

explosiva (potência) devido às variações de ações durante a partida.

Dessa forma, a força máxima no futsal deve ser treinada objetivando

o desenvolvimento geral e multilateral do atleta, preparando-o para

treinos mais específicos. Já a força explosiva pode ser desenvolvida

através de treinamentos aproximados com as movimentações

pertinentes ao jogo. Nos jogos de futsal observam-se diversas

situações onde a aplicação de força pelos diversos grupos

musculares é uma constante, nas acelerações, frenagens e

reacelerações. (SANTA CRUZ, 2011, p.27)

Montar um plano de trabalho de treinamento físico visando às melhorias

da capacidade física de força tem como objetivo tornar melhorar a performance

do atleta durante as partidas. Segundo Cyrino et al. (2002) um bom

desenvolvimento muscular parece favorecer o desempenho de jogadores de

futsal proporcionando uma condição satisfatória para a realização dos

movimentos específicos da modalidade.

1.1.5.4 Agilidade

A agilidade dentro do futsal é muito empregada, considerando que o

futsal é jogado em quadra retangular, plana, horizontal, medindo 40m de

comprimento por 20m de largura (dimensão para jogos oficiais - FIFA) isto

torna a partida muito intensa e disputada fazendo com que esta capacidade

seja fator determinante para manutenção da posse de bola e recuperação da

mesma.

A agilidade se refere à capacidade do atleta de mudar de direção de

forma rápida e eficaz, mover-se com facilidade no campo ou fingir ações que

enganem o adversário a sua frente Bompa (2002). Esta capacidade esta

relacionada à posse ou não de bola, porém foi empregado o teste de Shuttle

Run com bola (CAICEDO, MATSUDO e MATSUDO 1993) para medir a

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agilidade dos atletas com a posse de bola.

As mudanças de direções constantes na modalidade Futsal demonstram

a importância da preparação e aprimoramento durante os treinamentos, onde

os movimentos devem se assemelhar muito as ações do jogo. De acordo com

Santa Cruz (2011) em estudos realizados foi mostrado que os exercícios de

agilidade irão aumentar a velocidade de deslocamento, rapidez e coordenação,

melhorando a habilidade de mudar de direção com o mínimo de desaceleração.

1.1.3.5 Flexibilidade

A importância da flexibilidade no futsal esta relacionada à melhor

aproveitamento da energia e desgaste dos músculos. Segundo Bertolla (2007)

a flexibilidade consiste na capacidade motora relacionada com a amplitude de

movimento atingida por cada articulação. E ainda segundo o autor como

resultado dos programas de fortalecimento visando o gesto do chute, os atletas

tendem a apresentar considerável encurtamento da musculatura posterior da

coxa, o que promove perda de rendimento e predispõe o atleta a lesões

musculares.

Segundo Weineck (1999) flexibilidade é a capacidade e a característica

de um atleta de executar movimentos de grande amplitude, ou sob força

externas ou ainda que requeiram a movimentação de muitas articulações. Para

demonstrar a importância da inclusão do treinamento de flexibilidade no plano

de treinamento das equipes Achour Jr (1996) tem a seguinte definição em um

de seus estudos:

Quanto menores os níveis iniciais de flexibilidade, tanto maiores as

possibilidades de aumento no alcance de movimento com exercícios

de alongamento. Inversamente, quanto maiores os níveis iniciais de

flexibilidade, tanto menor amplitude de movimento se consegue com

os exercícios de alongamento. (ACHOUR JR,1996, p.11)

A flexibilidade se mostra então uma capacidade importante para os

praticantes de futsal, tanto quanto em relação ao melhor rendimento muscular,

quanto à prevenção de lesões. Principalmente devido ao fato do encurtamento

muscular estar relacionado ao movimento do chute.

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Podendo ser trabalhada antes e depois das sessões de treinamento. A

maior amplitude articular garante uma execução mais eficiente do movimento.

1.2 Avaliação e monitoramento

Primeiramente, é importante destacar que uma avaliação física visa

detalhar a condição física do avaliado, cada avaliação de acordo com suas

particularidades. São realizadas antes do início do programa de treinamento

(avaliação inicial) e repetidas após aproximadamente 3 a 6 meses.

(QUEIROGA, 2005).

Em estudo sobre aptidão física em 1995, Guedes e Guedes já faziam a

seguinte afirmação quando indagados sobre a disponibilização de dados sobre

uma população de crianças e adolescentes:

Sem dúvida alguma, análises desse tipo tornam-se extremamente

úteis quando o propósito é desenvolver comparações intra e

interpopulações, permitindo, portanto uma visualização mais precisa

quanto à magnitude das diferenças que eventualmente possam

surgir. (GUEDES; GUEDES,1995, p.28).

Avaliação e o monitoramento de capacidades físicas têm como objetivos

estabelecer uma base para prescrever treinamentos, tornar perceptível a

evolução das capacidades do atleta, ajustar programas de treinamento de

acordo com as evoluções apresentadas e motivar mais os atletas, que através

da avaliação podem perceber a sua própria evolução, o que faz com que o

atleta treine mais para melhorar cada vez mais. (QUEIROGA, 2005).

1.2.1 Protocolo de Guedes

Para determinação do perfil antropométrico foi utilizado o Protocolo de

Guedes de três dobras cutâneas, criado através de estudos com brasileiros,

fato que foi levado em consideração na escolha do protocolo pelo fato de

aproximar mais o teste da realidade do estudo. Neste teste, são mensuradas

três dobras cutâneas, escolhendo um lado padrão do avaliado (direito ou

esquerdo), sendo elas Tricipital (TR), Suprailíaca (SI) e Abdominal (ABD).

(SOUSA; SOUSA; SANTOS, 1999).

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A dobra TR encontra-se em posição vertical, no ponto médio entre a

borda lateral do acrômio e a maior proeminência do olecrano da ulna. A dobra

SI encontra-se em posição diagonal, devendo ser destacada na projeção da

linha axilar interior, a 2cm acima da crista ilíaca, acompanhando o sentido das

fibras musculares. (QUEIROGA, 2005). Por último, a dobra ABD encontra-se á

aproximadamente 2cm da cicatriz umbilical, medido através da borda lateral da

cicatriz de acordo com o lado escolhido para a avaliação. As medidas devem

ser realizadas por um único avaliador para evitar maiores interferências na

avaliação. (AVELAR, et al., 2008).

Cada dobra deve ser mensurada por três vezes consecutivas, sem

perder a marcação da primeira mensuração, sendo considerado como valor do

percentual de gordura daquela região a média entre os resultados obtidos.

(AVELAR, et al., 2008). Para encontrar o valor estimado do percentual de

gordura, é utilizado o quadro disponibilizado nos anexos (Anexo 1), de acordo

com a somatória das três médias de cada dobra.

1.2.2 Banco de Wells

Para verificar a flexibilidade dos atletas foi escolhido o teste realizado no

banco de Wells, também chamado de teste de sentar e alcançar. Segundo

Queiroga (2005) este teste é reconhecido como clássico na categoria dos

testes de alcance na posição sentada, para avaliar a flexibilidade da

musculatura do tronco e posteriores da coxa.

Queiroga descreve a maneira como o banco de Wells é mais utilizado no

Brasil:

[...]uma caixa de madeira com dimensões de 30,5 X 30,5 X 30,5 cm,

tendo a parte superior plana com 56,5 cm de comprimento, na qual é

afixada uma escala de medida com 50 cm, de tal forma que o valor

23 cm coincida com a linha onde o avaliado acomoda seus pés[...]

(QUEIROGA, 2005, p.75).

O teste deve ser realizado com o avaliado sentado em um colchonete,

com as pernas unidas, os joelhos em extensão e o quadril flexionado, devendo

haver plenamente o contato da sola dos pés com a parte anterior do banco.

Estando o avaliado com o posicionamento correto, ele deverá realizar

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uma flexão de tronco na tentativa de tocar o ponto mais distante possível do

banco. A medida deve ser anotada imediatamente (em centímetros). Devem

ser realizadas três tentativas e o maior resultado considerado para a avaliação.

(BERTOLA et al., 2007).

Apesar da simplicidade do teste, alguns cuidados devem ser tomados,

como solicitar que o avaliado retire o calçado, solicitar que permaneça por pelo

menos dois segundos com a ponta dos dedos na distância alcançada, instruir

para que seja realizada uma inspiração elevando os braços acima da cabeça e

realizando a expiração conforme se dá a flexão do tronco e também solicitar

que as mãos estejam sobrepostas, sendo assim, apenas uma das mãos toca a

caixa. Caso as mãos não estejam sobrepostas e uma delas alcance uma

distância diferente da outra, será considerada a menor distância alcançada.

(QUEIROGA, 2005).

O avaliador deve também colocar uma das mãos sobre a região patelar

do avaliado realizando uma estabilização da articulação para certificar-se de

que as pernas permaneçam estendidas. Além disso, caso os resultados obtidos

nas três tentativas tenham uma diferença igual ou superior a 4 cm, mais três

tentativas são oferecidas, com o objetivo de tornar os resultados do teste o

mais fidedigno possível. (QUEIROGA, 2005).

1.2.3 Salto Horizontal

Para avaliar a potência de membros inferiores, foi escolhido o teste de

Salto Horizontal (SH), onde o avaliado terá três tentativas para alcançar a

melhor marca possível. O teste já foi utilizado em vários estudos, como no

projeto realizado pelo governo federal em 2007, o chamado PROESP-BR 2007;

também utilizado como protocolo em varias avaliações, inclusive em um

monitoramento com atletas de futsal, onde o autor explica os procedimentos

utilizados em seu estudo da seguinte maneira:

Na posição inicial, o atleta ficou em pé, em posição ereta e com os

braços ao longo do corpo. Na execução, o atleta realizou uma breve

flexão de joelhos, tornozelos e tronco, imediatamente seguida de um

salto horizontal, sendo permitido o auxílio dos braços. (SANTA CRUZ,

2011, p.49)

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Figura 1: salto horizontal

Fonte: PROESP-BR 2007

Segundo o protocolo utilizado pela PROESP-BR (2007), para iniciar o

teste, deve ser traçada uma linha (ponto inicial), onde o atleta deve permanecer

atrás desta, com os pés paralelos e levemente afastados; ao sinal dado, o

avaliado executa o salto realizando os procedimentos citados acima. Devem

ser realizadas três tentativas sendo considerada apenas a maior delas.

1.2.4 Shuttle run com bola

O teste utilizado para determinar o nível de agilidade dos atletas foi o

“Shuttle Run com bola”, criado por Caicedo, Matsudo e Matsudo (1993) com o

objetivo de determinar os níveis de agilidade dos atletas utilizando uma

avaliação que se aproximasse o máximo possível dos movimentos realizados

pelos atletas durante uma partida de futebol. Todos os cuidados tomados para

que a avaliação se aproximasse ao máximo da realidade do futsal serão

posteriormente citados em comparação ao teste de Caicedo, Matsudo e

Matsudo.

Os autores relatam alguns cuidados que devem ser tomados com os

materiais utilizados no teste:

Para a realização do teste aqui proposto foram utilizadas duas bolas

oficiais de futebol, um cronômetro [...], campo de grama livre de

obstáculos (mínimo 15 metros), folha de protocolo, uniforme

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(camiseta, shorts e calçado especial para futebol [...]).(CAICEDO;

MATSUDO; MATSUDO, 1993 p.8).

Atendendo as particularidades do futsal, o teste foi realizado com duas

bolas oficiais de futsal, um cronômetro, quadra de futsal (com 15 metros livres

de obstáculos) e o uniforme de treino da equipe, composto de shorts, camiseta

e o calçado especial para futsal, com solado liso. Assim como proposto por

Caicedo, Matsudo e Matsudo os materiais fazem parte do treinamento dos

atletas, não influenciando negativamente no resultado do teste.

Segundo Caicedo, Matsudo e Matsudo, (1993) a demarcação da área de

avaliação deve conter duas linhas bem visíveis, com uma distância de 9,14

metros entre elas, a partir da borda externa das linhas. Atrás de uma das linhas

devem ser disponibilizadas as duas bolas de futsal, com uma distância de 10

centímetros da linha de início (a partir da borda externa da linha) e uma

distância de 30 centímetros entre elas, conforme pode ser visto abaixo:

Figura 2: Shuttle Run com bola

Fonte:Elaborada pelos autores, 2013

Para iniciar o teste, o atleta deve permanecer com um afastamento

anteroposterior de pernas, com a perna anterior próxima a linha de início. Deve

ser dado um primeiro sinal para que o atleta fique atento e posteriormente um

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sinal para que o teste seja iniciado, ao mesmo tempo em que o avaliador

dispara o cronômetro (CAICEDO, MATSUDO e MATSUDO, 1993)

Ao dado sinal o atleta deve, o mais rápido possível, realizar a condução

de bola característica do futsal (passando o pé por cima da bola ou dando

leves toques), com a primeira bola e coloca-la totalmente atrás da outra linha,

situada a 9,14 metros da linha inicial. Imediatamente ele deve retornar e repetir

o procedimento com a segunda bola. O cronômetro é travado no momento em

que a segunda bola é parada após a linha e o atleta ultrapassa a linha final.

Caso a bola não fique parada, o teste não deve ser validado. (CAICEDO,

MATSUDO e MATSUDO, 1993).

O autor ainda faz algumas observações que foram cuidadosamente

consideradas durante o teste:

a) o jogador ou avaliado pode utilizar [...] qualquer das duas pernas;

b) o teste é valido somente se, ao colocar a bola (com as pernas)

após a linha de partida, então permaneça sem movimento; c) o teste

deve ser repetido quando sejam cometidos erros[...]; d) as linhas

estão incluídas na distância de 9,14 metros; e)[...]por ser um teste

máximo, deve ser realizado com o maior esforço. (CAICEDO,

MATSUDO e MATSUDO, 1993, p.9 - 10).

Durante o teste, a bola deve ser conduzida perto dos pés, sem que o

avaliado chute a bola e corra atrás dela. Após um aquecimento prévio e

intervalo de dois minutos, o teste deve ser realizados duas vezes, também com

um intervalo de dois minutos entre as tentativas. Será considerada a tentativa

em que o atleta obtiver o menor tempo. (CAICEDO, MATSUDO e MATSUDO,

1993).

Em estudo realizado por Silva et al. (2006) com jogadores de uma

escolinha de 10 a 17 anos, temos a afirmação de que os resultados do teste

possuem um valor real e significativo, mostrando que os valores encontrados

possuem validade:

A reprodutibilidade do teste SRB encontrada foi moderada e

significativa (r =0,68), inferior a do estudo de Caicedo et al. (1993)

que, quando analisaram a agilidade de atletas adultos profissionais

observou r = 0,89 significativo. Este fato poderia ser explicado porque

atletas profissionais já teriam passado pelo processo de seleção da

modalidade e possuiriam capacidade técnica mais estável. (SILVA et

al., 2006, p. 9)

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1.2.5 Shuttle run

Na determinação do nível de resistência aeróbia dos atletas, foi utilizado

o teste indireto Shuttle Run 20 metros (SR), ou também conhecido como Teste

de vai-e-vem de 20 metros. O teste permite encontrar a capacidade do

individuo de coletar, transportar e utilizar oxigênio nas células, o chamado

consumo máximo de oxigênio, ou VO2max. Em vários estudos é possível

encontrar alta correlação (r) do resultado do Shuttle Run 20 metros com os

resultados obtidos em testes diretos, chegando até r=0,91 (DUARTE e

DUARTE, 2001).

Os materiais necessários para a aplicação do teste Shuttle Run 20

metros são: um local plano de pelo menos 25m, áudio próprio do teste,

reprodutor de áudio, fita crepe e 4 cones para a demarcação dos 20 metros a

serem percorridos. Além disso, são utilizadas folhas para as anotações sobre

cada avaliado. (DUARTE e DUARTE, 2001).

Para um melhor entendimento do procedimento a ser realizado será

apresentado um esquema da disposição dos materiais que podem ser

visualizados na imagem abaixo:

Figura 3: Suttle Run 20 metros

Fonte: elaborada pelos autores, 2013

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Duarte e Duarte resumem o teste Shuttle Run 20 metros da seguinte

forma:

Este teste pode ser aplicado para grupos de 6 a 10 pessoas, que

correndo juntas num ritmo cadenciado por um fita gravada

especialmente para este fim, devem cobrir um espaço de 20 metros,

delimitado entre 2 linhas paralelas[...]. A fita emite bips, a intervalos

específicos para cada estágio, sendo que a cada bip o avaliado deve

estar cruzando com um dos pés uma das 2 linhas paralelas, ou seja,

saindo de uma das linhas corre em direção a outra, cruza esta com

pelo menos um dos pés ao ouvir um “bip” e volta em sentido

contrário[...]. (2001, p.9).

O teste é iniciado com uma velocidade de 8,5km/h, que é aumentada em

0,5km/h a cada término de estágio, com duração média de 1 minuto, avisado

pela gravação própria do teste com dois bips seguidos. O término do teste se

dá quando o avaliado não consegue mais acompanhar os bips. Uma distância

de 2 m antes de cada linha é considerada como área de exclusão, se ao soar o

bip o avaliado estiver antes dessa área, é considerado que ele não conseguiu

acompanhar o ritmo; então, o avaliado é comunicado para aumentar seu ritmo

de corrida; caso o avaliado não alcance a determinada área por mais duas

vezes seguidas, o teste é encerrado. Outra maneira de encerrar o teste é por

desistência do próprio avaliado. (DUARTE e DUARTE, 2001).

No momento em que o avaliado encerra sua participação ou é excluído,

é necessário anotar o respectivo estágio em que ele encerrou o teste para que

possa ser determinado o VO2max através das fórmulas específicas do teste,

que são: para pessoas entre 6 e 18 anos; y=31,025 + 3,238X – 3,248A +

0,1536AX. Já para pessoas acima de 18 anos, a fórmula utilizada é; y= -24,4 +

6,0X. Y é o VO2 máximo a ser encontrado, X é a velocidade do estágio em que

o teste foi encerrado e A é a idade em anos. (DUARTE e DUARTE, 2001).

2 EXPERIMENTO

O experimento avaliou os 5 alas da respectiva equipe de futsal e foi

realizado em dois locais, primeiramente no LAEF do Unisalesiano e sua quadra

anexa e em um segundo momento na Quadra do CSU. Conforme consta no

Termo de Consentimento em anexo, as avaliações foram realizadas em dois

dias, no período noturno, com início às 22h e 15min e término às 23h e 45min,

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sendo este período o destinado ao treinamento da equipe. Os testes pré-

competitivos foram realizados no fim de fevereiro, nos dias 26 e 28, enquanto a

avaliação pós-competitiva foi realizada no mês de maio, nos dias 14 e 16.

A sequência dos testes utilizados em cada bateria foi definida de acordo

com o local da avaliação, esforço realizado e materiais disponíveis em cada

local. Seguindo essas especificações as baterias foram definidas da seguinte

forma: primeiro dia de testes (primeira bateria) – perfil antropométrico,

percentual de gordura, flexibilidade e resistência aeróbia; segundo dia de testes

(segunda bateria) - salto horizontal e Shuttle Run com bola.

A primeira bateria de cada período de testes foi realizada no LAEF e em

sua quadra anexa, nos dias 26/02 (pré-competitivo) e 14/05 (pós-competitivo)

onde foi traçado um perfil antropométrico de cada atleta através do peso, altura

e do protocolo de Guedes de três dobras. Em sequência, o atleta já avaliado

dirigia-se até a avaliação de flexibilidade, através do banco de Wells e ao

término da avaliação de todos os atletas no LAEF, o grupo se dirigia a quadra

do local para a realização do teste Shuttle Run. A segunda bateria de testes foi

realizada na quadra do CSU, nos dias 28/02 (pré-competitivo) e 16/05 (pós-

competitivo). Em um primeiro momento foi aplicado o teste de Salto Horizontal

e sendo finalizada a bateria de testes com o Shuttle Run com bola.

Para deixar a avaliação dinâmica e evitar que os atletas permanecessem

ociosos, alguns testes foram realizados simultaneamente permitindo que os

testes fossem realizados em sequência e, quando necessário, os atletas eram

submetidos a um tempo de repouso, adequado ao protocolo, entre testes que

exigiam grande esforço. Resumindo, os atletas permaneciam ociosos apenas

em seu tempo de descanso.

2.1 Protocolo de Guedes, Peso e Estatura

Estes procedimentos foram realizados nas primeiras baterias de testes,

onde atuaram dois avaliadores, ambos trabalhando na averiguação do peso,

com uma balança da marca Tanita modelo Body Fat Analyzer, e da estatura,

com um estadiometro da marca Sanny graduado em centímetros; e

posteriormente no protocolo de Guedes, com um avaliador tendo a função de

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mensurar as dobras com um compasso Mitutoyo Cescorf, sendo feito todas as

medidas pelo mesmo avaliador, e outro membro do estudo sendo responsável

pelas anotações dos respectivos valores. Os procedimentos utilizados para a

medição da composição corporal atendem aos padrões do método

desenvolvido por Guedes e Guedes em 1995 e semelhante ao estudo de

SOUSA, SOUSA e SANTOS em 1999.

2.2 Protocolo Banco de Wells

Este protocolo foi desenvolvido na primeira bateria de testes, com um

Banco de Wells construído no próprio LAEF, graduado em centímetros e

respeitando as proporções descritas por Queiroga em 2005. Esta avaliação foi

realizada simultânea ao Protocolo de Guedes, já que ambos os testes não

causavam desgastes consideráveis nos atletas, evitando assim que os atletas

permanecessem ociosos, liderada pelo avaliador restante, nos mesmos

padrões utilizados por Bertola et al.(2007).

2.3 Protocolo Shuttle Run

Último teste da primeira bateria de avaliação. Foi realizado após o

término do protocolo de Guedes e do teste de flexibilidade. Primeiramente foi

realizado um aquecimento prévio de 15’. O teste contou com os três

avaliadores, responsáveis por cronometrar o teste, com um cronômetro da

marca Speedo, incentivando e verificando o momento das desistências e faltas

dos avaliados, além de anotar os dados obtidos, assim como em estudo

realizado por Duarte e Duarte (2001).

2.4 Protocolo Salto Horizontal

Realizado no segundo dia de testes, contou com a participação dos três

avaliadores, com as funções de medir a distância do salto, com uma fita

métrica da marca Lufkin de 30 metros graduada em centímetros e realizar as

devidas anotações. Foi precedido de um aquecimento de 15’. Para tornar

dinâmica a avaliação e o tempo de descanso, os atletas formaram uma fila,

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sendo divididos os saltos em séries; quando o ultimo atleta realizava seu

primeiro salto, era encerrada a primeira série, assim, o atleta que realizou o

primeiro salto já teria tido o tempo suficiente para sua recuperação, semelhante

ao realizado em estudo de SANTA CRUZ (2011).

2.5 Protocolo Shuttle Run com bola

Aplicado no segundo dia da bateria de testes, após o teste de Salto

Horizontal, respeitando um descanso de 5’ para recuperação dos avaliados, o

teste contou com os três avaliadores, responsáveis por cronometrar, com um

cronômetro da marca Speedo, verificar a execução do avaliado conforme o

estudo de Caicedo, Matsudo e Matsudo (1993) e anotar os dados obtidos na

avaliação. A bola utilizada no teste foi da marca Kagiva, modelo F5 Pro Brasil,

própria para a prática do futsal, utilizada na Liga Nacional Temporada 2013. A

mesma utilizada pelos atletas durante os treinos e competições.

2.6 Análise Estatística

Para a análise estatística do estudo, foi utilizado o Teste t -student. Esta

análise pode ser utilizada para amostras com tamanhos inferiores a 30

elementos. A análise comparou os resultados pré e pós-competitivos do grupo

de alas envolvido no presente estudo, considerando como significância 5% (p ≤

0,05) (FONSECA e MARTINS, 2009).

2.7 Resultados

Os dados serão apresentados em uma única tabela para uma melhor

análise.

Na Tabela 1, estão expostos a média (M) e o desvio padrão (DP) das

avaliações que ocorreram nos períodos pré e pós-competitivos, onde não

foram encontrados resultados estatisticamente significativos (P ≤ 0,05) nos

testes de peso e %G (percentual de gordura), flexibilidade (Banco de Wells) e

resistência aeróbia (SR); porém sendo encontrados resultados estatisticamente

significativos nos testes de agilidade (SRB) e potência de membros inferiores

(SH).

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Observando os dados obtidos, os itens peso, %G, flexibilidade e

resistência aeróbia não apresentaram valores estatisticamente significativos,

enquanto os valores apresentados nos testes de SRB e SH são

estatisticamente significativos, com P ≤ 0,05. No SRB foi obtido uma melhora

de 5,72%; já no SH, foi obtido uma melhora de 16,6%.

Tabela 1 - Valores de M,DP e P dos testes pré e pós competitivos

MÉDIA DP ± P

IDADE (anos) 22,60 3,51

ESTATURA (cm) 172,40 6,95

PESO PRÉ (kg) 67,12 4,08

0,063 PESO PÓS (kg) 66,24 3,80

% G PRÉ (%) 10,55 5,22

0,235 % G PÓS (%) 9,32 4,22

FLEX PRÉ (cm) 30,50 2,18

0,129 FLEX PÓS (cm) 32,90 2,46

SR PRÉ (Vel.) 13,10 0,65

0,587 SR PÓS (Vel.) 12,90 0,42

SRB PRÉ (s) 8,56 0,55

0,040* SRB PÓS (s) 8,07 0,51

SH PRÉ (m) 2,16 0,18

0,003* SH PÓS (m) 2,59 0,16

*P ≤ 0,05

Fonte: Elaborada pelos autores

2.8 Discussão

Como foi possível observar nos resultados, o presente estudo não

apresentou diferença estatisticamente significante para os testes de %G,

flexibilidade e resistência aeróbia, em contrapartida, apresentou resultados

estatisticamente significantes (P ≤ 0,05) para os testes de potência de

membros inferiores e agilidade.

Com relação ao %G obteve-se uma melhora, porém sem significância

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estatística. O fator que merece ressalva é o número de sessões semanais e o

tempo de duração das sessões, uma vez que a equipe por não disponibilizar de

muito tempo optou por treinar a parte tática e técnica, sendo realizado em 11

sessões de treinamento, divididos em duas sessões semanais com duração de

60 min cada sessão. O que vem ao encontro do estudo realizado por Cyrino et

al. (2002), onde em 65 sessões divididas em três sessões semanais com

duração 150 minutos aproximado por sessão, também não obteve diferença

estatisticamente significativa neste mesmo quesito.

Em estudo realizado por Santa Cruz (2011) com 44 atletas de futsal com

idades entre 16 e 17 anos divididos em três grupos, utilizando modelos de

treinamento diferentes para cada grupo, sendo um grupo submetido ao

treinamento de cargas seletivas integrado (GTI), outro a periodização clássica

(GTC) e um terceiro grupo a um modelo controle/jogo (GJ), sendo realizado 72

sessões de treino e 4 jogos amistosos e 12 jogos neste período para o GTI, e

para o GTC foram realizadas 67 sessões e 4 jogos amistosos e 10 jogos neste

período, o GJ teve 47 sessões, 2 jogos amistosos e 8 jogos oficiais, após

analise dos resultados também não foram encontradas diferenças

estatisticamente significativas nos valores do %G, podendo ser correlacionado

o grupo GJ que teve um treinamento similar (priorizando o treino tático e

técnico) com o presente estudo que também não encontrou diferenças nesta

valência física e que realizou 12 jogos oficiais e as sessões já citadas acima

durante o período entre as avaliações. Isso mostra que se as sessões de

treinamento não forem dividas corretamente, para a melhora de algumas

variáveis, isso pode influenciar diretamente nos resultados, principalmente no

que se diz respeito a %G de pessoas que já praticam atividade, pois sua

adaptação a uma carga de treinamento tem que ser muito bem priorizada,

dosando sempre volume e intensidade.

Já na capacidade física de flexibilidade, não houve melhora, porém,

durante as sessões de treinamento, os atletas avaliados apenas utilizavam

alongamentos no período final, com o intuito de relaxamento, o que não

proporciona melhora na amplitude de movimento. Com isso, é possível

considerar que a carga de trabalho dessa capacidade física não foi trabalhada,

onde os atletas se encaixam no grupo controle do estudo de Bertola et al.

(2007) onde este grupo controle realizou apenas as avaliações de flexibilidade,

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enquanto o outro grupo foi submetido a treinamentos de 25 minutos. Ao

término do estudo os atletas do grupo controle não apresentaram melhora

estatisticamente válida, enquanto os atletas que trabalharam esta capacidade

obtiveram melhora extremamente significativa.

Ainda sobre flexibilidade, em estudo realizado por Cattelan e Mota

(2010), um dos grupos de atletas realizou uma série de alongamentos estáticos

por 25 minutos durante 6 semanas, não encontrando resultados

estatisticamente significativos em avaliação utilizando o banco de Wells, o que

pode ser comparado ao presente estudo, onde os atletas realizavam cerca de

10 minutos de alongamentos após as atividades do treino.

Na capacidade física de resistência aeróbia, o presente estudo não

encontrou melhoras estatisticamente consideráveis após as 10 semanas de

acompanhamento, o que vai de encontro nos achados do estudo realizado por

Gomes (2009), onde dois grupos foram divididos em treinamentos de força e

pliometria, ambos treinando três vezes na semana. Durante 8 semanas, sendo

assim, nenhum dos dois grupos encontrou melhora estatisticamente

significativa. Comparando ambos os estudos, temos diferenças importantes

nas cargas de treino, já que os atletas do presente estudo optaram por priorizar

treinos técnicos e táticos, onde a intensidade era moderada e com várias

pausas durante a atividade, não podendo ser considerado um treino específico

de resistência aeróbia.

Em outro estudo sobre resistência aeróbia, Campos et. al. (2010)

avaliaram 16 atletas de futsal com idade de 14 e 15 anos, antes e após uma

pré-temporada de 4 semanas. No estudo, os autores realizaram os seguintes

procedimentos, na primeira semana, treinamentos aeróbio com intensidade de

70% do VO2max; na segunda semana foram realizados os mesmos exercícios

aeróbios, porém com acréscimo de exercícios de força; na terceira e quarta

semanas, foram trabalhadas as capacidades de força, resistência anaeróbia,

agilidade, coordenação em forma de circuito. Os autores encontraram

significância estatística para a melhora do VO2max, porém, não encontraram o

mesmo resultado para o %G. Como diferencial em comparação ao presente

estudo, Campos et. al. (2010) avaliaram uma equipe que focou 50% de sua

pré temporada em resistência aeróbia, enquanto os atletas deste estudo

tiveram foco em treinos técnicos e táticos.

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Na potência de membros inferiores, foi observado resultado

estatisticamente significante, o que corrobora com estudo feito por Ravasio,

Kemper e Lemos (2007), que avaliaram a evolução da capacidade de potência

de membros inferiores em 10 atletas de futsal do Rio Grande do Sul, porém

utilizando como avaliação o Teste de Abalakov, com um salto vertical. Os

autores concluem que a melhora se deve também ao nível de solicitação dessa

capacidade durante as partidas, semelhante ao encontrado em tabela

disponibilizada nos resultados citados anteriormente neste estudo.

Levando em consideração as conclusões de Ravasio, Kemper e Lemos

(2007), encontramos uma justificativa satisfatória a melhora encontrada, já que

os treinamentos eram voltados para o que os atletas iriam desempenhar

durante a partida, exigindo assim, um alto grau de uso desta capacidade física,

tornando o treinamento satisfatoriamente apropriado para a melhora da

capacidade de potência de membros inferiores.

Em relação a agilidade dos atletas, foi encontrada uma melhora

estatisticamente significante, indo de encontro aos resultados de ALVES et. al

(2010) que avaliou 10 atletas com idade entre 14 e 16 anos, pré e pós duas

partidas de futsal, encontrando melhoras estatisticamente significativas nos

resultados pós partida, o que justifica os resultados do presente estudo, já que

os avaliados treinavam a maior parte do tempo com bola e tiveram um total de

12 partidas durante a pesquisa, sendo assim, uma forma eficiente de trabalhar

a capacidade física de agilidade.

Caicedo, Matsudo e Matsudo (1993) em estudo pioneiro sobre o Shuttle

Run com bola, encontraram forte relação entre o respectivo teste e o

desempenho do passe em jogos de futebol. O que explica a melhora obtida no

presente estudo, já que os padrões utilizados pela equipe exigiam fortemente

dos atletas a utilização do passe durante os treinos e jogos, o que acabou por

melhorar a agilidade com bola desses atletas.

3 CONCLUSÃO

Concluem-se através deste estudo os seguintes aspectos nas

respectivas capacidades físicas: %G e resistência aeróbia, são capacidades

que praticamente se correlacionam, necessitando de treinamentos específicos

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contínuos durante a temporada, para que se alcance os devidos resultados e

para que os mesmos sejam mantidos. Finalizando sobre estas capacidades,

sem treinamentos aeróbios fica impossível a diminuição do %G, porém a

resistência aeróbia pode ser melhorada sem que o %G diminua.

Em relação à flexibilidade, concluiu-se que treinamentos específicos

devem ser mais utilizados para que esta capacidade apresente melhora

considerável, já que muitos treinadores não possuem sessões especificas de

flexibilidade em seus treinamentos. Alongamentos para finalizar o treino tem

função apenas de relaxamento.

Potência de membros inferiores e agilidade com bola, são capacidades

muito utilizadas por alas durante as partidas, o que ficou explicito no presente

estudo, uma vez que os atletas trabalhavam com foco em treinamentos

técnicos e táticos, além das partidas que realizaram durante o período de

intervalo entre as avaliações. Treinamentos envolvendo situações de jogo são

fortes aliados no trabalho destas capacidades físicas.

Como considerações finais, nota-se que o planejamento do treinamento

é fundamental quando o objetivo é melhorar capacidades físicas,

principalmente em equipes amadoras onde os atletas não são monitorados

constantemente, já que as principais capacidades físicas da modalidade de

futsal apresentaram pouca melhora significativa quando expostas apenas a

treinamentos visando jogo. Uma frequência de pelo menos três vezes na

semana, aliada a individualização do treinamento, com sessões específicas

para cada função desempenhada em uma equipe podem apresentar resultados

satisfatoriamente mais positivos.

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46

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APÊNDICE

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51

TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO

I - Dados de Identificação do Avaliado

Nome:___________________________________ Gênero:_________

Data de Nascimento:__/__/__ Documento de Identidade nº:________

Endereço:__________________ Telefone/Celular:____________

Cidade:__________ U.F.:_____

II – Dados sobre a Pesquisa Científica

Esta pesquisa se propõe a uma investigação que envolve futsal e

treinamento desportivo. Os alunos Luís Guilherme da Silva Lima, Marcos

Tadeu do Amaral Verdelli e Rodrigo dos Santos serão responsáveis por realizar

o estudo, orientados pelo professor Leandro Paschoali Rodrigues Gomes.

Os avaliados terão traçado seu perfil antropométrico através da idade,

peso corporal total (Kg) e percentual de gordura através do protocolo de

Guedes. Para avaliação específica, serão aplicados os testes de flexibilidade,

agilidade, resistência aeróbia e potência de membros inferiores. O estudo visa

traçar a evolução ou o declínio das capacidades físicas citadas durante o

calendário do time, levando em consideração as presenças em treinos e jogos.

Os avaliados deverão cumprir os protocolos apresentados pelos

avaliadores para que os testes tenham validade e possam ser computados no

estudo. As avaliações serão realizadas antes do início dos treinamentos e na

reta final das competições previstas.

III – Consentimento pós-esclarecido

Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido pelos pesquisadores,

concordo em participar dos estudos me comprometendo a seguir os protocolos

especificados.

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Avaliado Avaliador 1 Avaliador 2 Avaliador 3

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ANEXOS

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ANEXO A – Tabela de Percentual de Gordura (continua)

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Conclusão

FONTE: GUEDES E GUEDES, 2006.

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ANEXO B – Tabela de Controle Shuttle Run

FONTE: SORROCHE, BECEGATTO e LIMA, 2012.