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UNIVERCIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS GRADUAÇÃO "LOGÍSTICA EMPRESARIAL"
A IMPORTÂNCIA DO SETOR DE COMPRAS NA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Prof. Jorge Tadeu
Rio de Janeiro 2010
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UNIVERCIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS GRADUAÇÃO "LOGÍSTICA EMPRESARIAL"
A IMPORTÂNCIA DO SETOR DE COMPRAS NA CADEIA DE SUPRIMENTOS
OBJETIVO:
Esta pesquisa tem como finalidade
apresentar uma visão integrada das
atividades envolvidas no processo de
compras e a evolução do setor de
compras nas organizações ressaltando
a sua real importância na cadeia de
suprimentos.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a DEUS que me deu força para chegar até aqui, aos
colegas de trabalho que colaboraram com a sua entrevistas apresentando seu
ponto de vista sobre a evolução do setor de compras.
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DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia ao meu esposo Sérgio pelo seu carinho, amor e por ter
me ajudado a chegar até onde cheguei. A minha mãe por tudo que fez e faz por
mim ao s meus irmão e sobrinhos pela alegria que trazem para nossa família.
Ao meu pai que hoje não está presente para compartilhar dessa conquista.
Eliza Cunha
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RESUMO
A função de compras e o Setor de Compras das organizações a um tempo atrás
era visto como uma área de back-office onde a principal função desenvolvida era
dar suporte aos seus chefes e superiores hierárquicos. A atividade desenvolvida
era rotineira e repetitiva com pouca rentabilidade para a empresa, os profissionais
que atuavam na área se preocupavam apenas com descontos, prazo de
processamento de pedido e entrega. O setor de compras de suprimentos era visto
como um setor que trazia apenas despesas para as organizações.
Hoje os profissionais de compras tem um papel muito importante dentro das
organizações visto a necessidade das organizações reduzirem custos e de se
manter competitivas. Hoje o profissional de compras "comprador" deve ter uma
visão sistêmica. Este profissional deve estar atento as tendências do mercado,
precisa saber negociar com seus fornecedores e clientes internos, precisa tomar
decisões com base nos indicadores de desempenho. Estes profissionais também
realizam pesquisas para buscar fornecedores parceiros para ganhar
competitividade junto ao seus concorrentes.
Devido a concorrência acirrada e a redução das margens de lucro. As
organizações identificar que para garantir a lucratividade também é necessário
reduzir custo. A partir deste momento apos muitas analises as organizações
passaram a buscar mais eficiência e eficácia na gestão de seus negócios,
identificando que uma das maneiras de chegar a este objetivo era mantendo um
relacionamento com seus fornecedores. A partir deste momento o Setor de
Compras ganhou importância estratégica uma vez que influencia diretamente no
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desempenho das demais ares e no resultado financeiros da organização, por meio
de negociação dos melhores preços e prazos, seleção de melhores
fornecedores,busca de melhores práticas de mercado. Para que uma organização
venda bem e mantenha a sua lucratividade e competitividade é necessário
comprar bem.
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METODOLOGIA
Para desenvolvimento desta pesquisa foram utilizadas dois tipos de pesquisa:
bibliográfica especializada onde os principais utilizados foram, Ballou, Chiavenato,
Philip Kotler, Baily, Cervi entre outros. e pesquisa de campo onde foram
entrevistos dois profissionais que atuam na área de compras.Anexo I.
Para embasar o estudo apresentarei alguns estudos de caso de algumas
organizações.
Este estudo apresenta a cadeia de suprimentos com todos os seus elos e a sua
importância e como esses elos interagem. ressaltando e enfatizando a importância
do setor de compras na cadeia de suprimentos.
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SUMÁRIO
1.Introdução------------------------------------------------------------------------------------------9 1.1 Setor de Compras na Cadeia de Suprimento-------------------------------------------9 2.Supply Chain Management (Cadeia de Suprimentos)----------------------------------11 2.1 Conceito------------------------------------------------------------------------------------------11 2.2.Objetivos-----------------------------------------------------------------------------------------12 2.3 Elos da Cadeia de Suprimentos e suas Funções-------------------------------------13 3. A Importância do Setor de Compras na Cadeia de Suprimentos-------------------17 3.1. A Importância da Tecnologia de Informação na Gestão de Suprimentos------23 3.2. A Importância da Negociação-------------------------------------------------------------27 3.3 A Importância do Relacionamento com Fornecedores-------------------------------28 4.O perfil do Comprador---------------------------------------------------------------------------31 4.1. O comportamento Ético do Profissional de Compras--------------------------------32 5. A Centralização das compras em um único setor (Compras de Suprimentos) pode reduzir os custos dos suprimentos?----------------------------------------------------36 6. Strategic Sourcing-------------------------------------------------------------------------------39 Conclusão---------------------------------------------------------------------------------------------41 Anexos-------------------------------------------------------------------------------------------------43 Bibliografia--------------------------------------------------------------------------------------------56 Web Bibliografia-------------------------------------------------------------------------------------60
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1. Introdução
1.1 Setor de Compras na Cadeia de Suprimentos
O tema abordado neste estudo e o Setor de Compras na Cadeia de Suprimentos
e a Importância do Setor de Compras na Cadeia de Suprimentos.
A questão central deste estudo e se a Centralização das compras em um único
setor (Compras de Suprimentos) pode reduzir os custos dos suprimentos?
O tema sugerido é de fundamental importância pois a área de compras nos dias
atuais, é vista como um setor Estratégico, que agrega valor ao negócio de
qualquer organização. Pois com a centralização das compras a Organização tem
um maior controle e devido a compra em grande escala é possível reduzir os
custos. Essa visão atual do setor e bem diferente de alguns anos atrás, visto que a
ênfase maior estava na realização das tarefas, processos operacionais, tarefas
rotineiras e não na estratégia.Este pensamento fez com que os departamentos de
compras de diversas organizações passassem a serem vistos como uma área
lenta, operacional, inflexível e totalmente burocrática, (mas Max Weber nos diz
que todas as organizações devem ser burocráticas para atingir a excelência?).Sim
o raciocínio da visão administrativa está correto, porque não existe nenhuma
organização não-burocrática, porém o que atrapalha a maioria delas é o excesso,
por isso os profissionais de compras ficaram com este rótulo por muito tempo.Mas
agora o que vale é o pensamento contemporâneo e a importância que os
profissionais de compras conquistaram e estão cada vez mais ganhando espaço
nas organizações, com muito trabalho, dedicação e capacidade analítica.
São portanto objetivos desta pesquisa analisar o papel do profissional e do Setor
de Compras nos tempos atuais. O Setor de Compras tem como missão
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determinante reduzir custos e gerar resultados positivos para a organização.
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2. Supply Chain Management - Gestão da Cadeia de Suprimentos
2.1.Conceito
Supply Chain é todo esforço envolvido nos processos e atividades empresariais
que criam valor na forma de produtos e serviços para o consumidor final, sendo
também uma forma integrada de planejar e controlar o fluxo das mercadorias. Em
outras palavras, a expressão supply chain (cadeia de abastecimento) engloba
todos os esforços empenhados na elaboração e na distribuição de um produto ou
serviço, desde o primeiro fornecedor até o consumidor final. Assim, o Supply
Chain Management engloba o gerenciamento da oferta e da demanda, matérias-
primas, manufatura, acompanhamento de estoque e pedidos, além dos controles
de distribuição e entregas. É uma abordagem integral de todo o composto de
Logística e Planejamento como componente Estratégico, que envolve questões
fundamentais relacionadas à cadeia de abastecimento como estratégias
funcionais, estrutura organizacional, tomada de decisão, administração de
recursos, funções de apoio, sistemas e procedimentos.
(www.supplychainonline.com.br).
2.2 Objetivo do Supply Chain Management
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A globalização e o ciclo de vida curto dos produtos forçam as empresas a uma
constante inovação de técnicas de produção. A cada dia os produtos concorrentes
ficam mais similares em termos de tecnologia e preço, o diferencial está, portanto,
nas empresas que conseguirem reduzir seus custos de produção, otimizar seus
serviços, superando a expectativa de seus clientes com atendimentos rápidos e
eficazes. Nesse contexto, a gestão da cadeia de suprimentos (Supply Chain
Management – SCM) tem sido uma promissora maneira de obter vantagens
competitivas no mercado. Com a utilização das ferramentas de SCM tem sido
possível atingir os objetivos de maneira mais eficiente
"O grande objetivo da SCM é a redução de estoques, mas com a garantia de que
não faltará nenhum produto quando este for solicitado" (Gomes et al., 2004, p.
120).
Segundo (Shapiro, 2001). A gestão da logística e do fluxo de informações em toda a
cadeia permite aos executivos avaliar pontos fortes e pontos fracos na sua cadeia de
fornecimento, auxiliando a tomada de decisões que resultam na redução de custos,
aumento da qualidade, entre outros, aumentando a competitividade do produto e/ou
criando valor agregado e diferenciais em relação a concorrência.
De acordo com Ballou (2006), a cadeia de suprimentos é um conjunto de
atividades repetidas ao longo da conversão de matérias-primas em produtos
finais, que lhes agrega valor.
Com utilização das ferramentas de SCM a redução dos custos tem sido obtida,
através da diminuição do volume de transações de informações e papéis, dos
custos de transporte e estocagem, e da diminuição da variabilidade da demanda
de produtos e serviços.Também mais valor tem sido adicionado aos produtos,
através da criação de bens e serviços customizados, do desenvolvimento conjunto
de competências distintas; através da cadeia produtiva e dos esforços para que,
tanto fornecedores como clientes, aumentem mutuamente a lucratividade.
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2.3 Os Elos da Cadeia de Suprimentos e suas funções
A Cadeia de Suprimentos (Supply Chain) é composta por vários elos que
interagem entre si, afim de suprir e atender de forma inteligente e satisfatória a
demanda das diversas áreas das organizações e também satisfazendo a
necessidade dos clientes. (Figura1).
Os profissionais de compras buscam fornecedores capacitados e parceiros com e
prestadores de serviço afim de adquirir um produto/serviço de alto nível a seus
clientes internos ou externos com o menor custo possível. O Setor que se
encontra mais próximo ao fornecedor é o Setor de Compras, que faz a interface
entre as necessidades da organização aos produtos/serviços oferecidos pelos
fornecedores.
A gestão da cadeia de suprimentos apresenta-se no atual ambiente de negócios,
como uma ferramenta que permite ligar o mercado, a rede de distribuição, o
processo de produção e a atividade de compra de tal modo que os consumidores
tenham um alto nível de serviço ao menor custo total, simplificando assim o
complexo processo de negócios e ganhando eficiência (BALLOU et al., 2000;
CHISTOPHER, 2001; BOWERSOX e CLOSS, 2001).
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As atividades desenvolvidas por todos os elos da cadeia são fundamentais para a
eficiência e eficácia da organização pois estão interligados. Pois, se o setor de
estoque não tiver controle de material, o setor de compras pode repor um material
sem a real necessidade empatando capital e espaço físico aumentando o custo
fixo e variável da organização; se marketing desenvolver um
produto/serviço/campanha de venda e compras não comprar em tempo hábil,
comprar material/serviço de baixa qualidade ou negociar mal, toda a ação
desenvolvida por marketing será comprometida; da mesma forma que se o
relacionamento de compras com o fornecedor não bom o setor de vendas corre
risco de faltar mercadoria; se o setor de vendas vender e o setor logístico não
entregar no tempo programado o cliente não recebe e fica insatisfeito; se o setor
de compras negociar mal, o setor de venda certamente venderá mal e perderá
cliente reduzindo a rentabilidade da empresa. Por esse motivo é necessário que
não haja falha em nenhum desses elos e caso haja que esta seja corrigida
imediatamente para que o cliente não a perceba. A seguir entenderemos melhor a
função de cada elo da cadeira:
Fornecedor: Fornecer e entregar em tempo hábil material/serviço de qualidade
para seus clientes.
Setor de Estoque - O setor de estoque é responsável por organizar, armazenar e
controlar os materiais estocáveis ou não. Segundo Chiavenato (1991) estoque é a
composição de materiais em processamento, materiais semi-acabados, materiais
acabados, que são utilizados em determinado momento na empresa, mas que
precisam existir em função de futuras necessidades, uma vez que a acumulação
de estoques em níveis adequados é uma necessidade para o normal
funcionamento do sistema produtivo.
Setor de Transporte - Setor responsável pela administração dos
materiais/produtos a partir da saída do produto da linha de produção até a entrega
do produto em perfeitas condições no destino final. Muitas empresas vem optando
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por terceirizar esse elo da cadeia afim de, reduzir custos, para concentrar seus
esforços, recursos e inversões naquilo que agrega valor ao que faz e lhe traz
vantagem competitiva. Reforçando o significado de terceirização, ELLISON &
MILLER (1995) dizem que, em vez da empresa fazer todas as coisas a todos os
clientes, a tendência hoje dos negócios é determinar o que eles fazem melhor, e,
então, concentrar-se para superar só as áreas de sua competência.��Complementando o conceito acima, OLIVEIRA (1994) diz que terceirizar é buscar
racionalmente os melhores resultados em escala de produção, a maior
flexibilidade operacional e uma adequada redução de custos administrativos,
juntamente com a concentração e a maximização de oportunidades para enfrentar
o mercado.�Setor de Marketing - Setor responsável por pesquisar, desenvolver e aplicar
estratégias para atender as necessidades dos clientes seja com materiais ou
serviços. Segundo Philip Kotler (1998), marketing é descobrir necessidades não
atendidas e atendê-las. "É todo um estado de espírito em que você vence não por
fazer o que todo mundo faz, mas descobrir algo que pode vender que as pessoas
querem e outros não oferecem”.
Setor de Vendas - setor responsável por atender as necessidades dos clientes,
vendendo os produtos/serviços ou seja, pela empresa. É importante para o
sistema o setor de vendas coletar informações pós-venda dos produtos, Segundo
Kotler (1998), venda foca a agressividade para alcançar o resultado: vender.
Setor de Compras: setor responsável por disponibilizar a material/produto ou
contratar serviços de qualidade e nas quantidades exigidas, no tempo certo e ao
menor custo possível. O setor é responsável ainda por pesquisar novos
produto/serviço com menor custo e por desenvolver e avaliar novos fornecedores
além de manter uma parceria com esses fornecedores para obter vantagem
competitiva. As atividades do setor são tomadas de preços para a aquisição de
materiais de consumo, de manutenção, bens patrimoniais e serviços; compra de
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materiais de consumo, de manutenção, bens patrimoniais e serviços; atualização
constante do cadastro de fornecedores; proposição de alterações necessárias no
sistema de compras e cadastro de fornecedores.
De acordo com Dias Costa (2000; p9) “está comprovado que muito pode ser feito
de positivo em uma empresa, a partir do desempenho de uma área de compras
bem estruturada de compras”.
O principal dever do comprador é obter o melhor custo benefício possível para a
empresa, de maneira clara e honesta em todos os processos, sendo essencial
assegurar que interesses pessoais e amizades jamais interfiram na decisão de
compra. O tratamento com fornecedores deve ser de parceria na busca de
solução mais vantajosa para ambas as partes.
Segundo POZO (2008) o objetivo do setor de compra é ...”a capacidade de
comprar materiais e produção na qualidade certa, na quantidade exata, no tempo
certo no preço correto e na fonte adequada”.
De acordo com Dias (2000), sobre as atividades do comprador,o Departamento de
Compras não poderá, por si, redefinir especificação feita pelo solicitante ou
adquirir materiais diferentes do requisitado, mesmo que por um preço bem menor.
No entanto, deverá, em casos de alternativa de compra mais vantajosa que a
originalmente pedida pelo solicitante, fazer que este seja ouvido e dê a palavra
final acerca da qualidade do material.
De acordo com Ammer (1981; p85). "A questão da quantidade certa, encontra-se
no fato de que, de nada adiantará a satisfação de todos os demais itens
componentes dos objetivos do Departamento de Compras, se o material não for
entregue na quantidade solicitada. Enquanto a quantidade requisitada não for
entregue por inteiro, nossa missão não terá terminado".
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3. A Importância do Setor de Compras na Cadeia de Suprimentos
.
A administração do setor de compras é uma atividade fundamental para uma
gestão eficiente e eficaz da cadeia de suprimentos nas organizações, Pois,
influência diretamente nos seus estoques, na produção e no relacionamento com
os clientes internos e externos. Desta forma também influencia à competitividade e
ao sucesso da organização. A compra de produtos e serviços representa um fator
decisivo na atividade de uma empresa, pois uma compra bem feita, ou seja no
tempo certo, na qualidade exigida e no melhor preço possível, gera redução nos
custos e melhorias consideráveis nos lucros. A Administração de Compras
assume papel verdadeiramente estratégico nos negócios visto que seus objetivos
estão diretamente ligados ao planejamento estratégico da organização. Para um
bom desempenho do setor de compras as organizações devem contar com
funcionários, fornecedores e tecnologia de informação de qualificados.
Planejamento estratégico segundo Oliveira (2005, p. 47 e 48) “É o processo
administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a
melhor direção a ser seguida para a empresa, visando ao otimizado grau de
interação com o ambiente e atuando de forma inovadora e diferenciada”. Oliveira
(2005) identifica de um modo geral, que o planejamento estratégico possui quatro
áreas de atuação: - o que a empresa pode fazer em termos de ambiente externo; -
o que a empresa é capaz de fazer em termos de conhecimento, capacidade e
competência; - que a alta administração da empresa quer fazer, consideradas as
expectativas pessoais e das equipes; e - o que a empresa deve fazer,
consideradas as restrições sociais e éticas. Reforçando o conceito de processo,
Oliveira (2005), chama a atenção para que o planejamento estratégico não deve
ser considerado apenas como uma afirmação de aspirações e sonhos de uma
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empresa, pois, impreterivelmente, engloba o que deve ser feito para transformar
esses aspirações em realidade e resultados.
. Kotler (1998, p. 168) afirma que o"planejamento estratégico: Encoraja a empresa
a pensar sistematicamente no futuro e a melhorar as interações entre os
executivos da empresa; obriga a empresa a definir melhor seus objetivos e
políticas; proporciona uma melhor coordenação dos esforços da empresa e
proporciona padrões de desempenho mais fáceis de controlar". Ainda Kotler
(1998, p. 62), “O planejamento estratégico é um processo gerencial de
desenvolver e manter uma direção estratégica, alinhando as metas e os recursos
da organização. Preparando-a, para as mutantes oportunidades de mercado.”
. Segundo Cobra (1995, p. 16), “planejar estrategicamente é criar condições para
que as organizações decidam rapidamente diante de oportunidades e ameaças,
otimizando as vantagens competitivas em relação ao ambiente concorrencial em
que atuam
Segundo Ataíde Braga, professor e pesquisador do Instituto Ilos.“A área de
suprimentos é de extrema importância para a operação estratégica das empresas.
Para se ter idéia, cerca de 60% dos gastos com a produção está nas mãos das
áreas de compras”.Fonte: www.ilos.com.br
O departamento de compras deve elaborar seus objetivos e metas em
conformidade com o planejamento estratégico, estabelecido pela empresa.
Conforme reportagem divulgada no site Guia da Farmácia: Com a
responsabilidade de trazer inovações para as gôndolas, evitar rupturas, conquistar
bons fornecedores e melhorar a lucratividade das vendas, a área de compras é
considerada estratégica para os varejos de todos os portes. segundo a diretora de
capacitação do conselho Brasileiro dos executivos de compras (CBEC), Martha
Verçosa, um aspecto fundamental que impacta diretamente a lucratividade e a
disponibilidade de caixa das empresas é a forma como elas vendem e compram
produtos. "a área de compras vem passando por transformações profundas: nos
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anos de 1980, ela era considerada operacional e, na década de 1990, passou a
ser vista como de suporte. � Nos últimos dez anos, as empresas vêm
reconhecendo seu caráter estratégico e sua contribuição para o resultado do
negócio." o estudo Cross Industry Benchmarking, conduzido pela empresa
americana de pesquisas Caps Research, mostra que, na média de todas as
indústrias, a área de compras gerencia o equivalente a 43% do faturamento das
companhias. No varejo esse número cai e fica em 38,5%. "Por seu caráter
estratégico, a área de compras deve estar separada das demais e ter um
executivo com profundos conhecimentos sobre ela, de forma a garantir o foco
necessário para materializar todo o seu potencial", destaca a diretora. "ligar a área
de compras ao departamento financeiro ou ao administrativo é transformá-la em
apêndice e, dessa forma, limitá-la a um desempenho medíocre", complementa.
Martha ressalta que, "comumente, os varejos que ainda não perceberam a
contribuição que o setor pode dar cometem o erro de reduzi-lo em momentos de
crise, matando a "galinha dos ovos de ouro".
"É justamente quando a empresa precisa cortar gastos que ela deve investir na
área de compras, melhorando os processos e as ferramentas de gestão e
capacitando os profissionais, para que possam gerar mais reduções. o setor de
compras é auto sustentável: para cada r$ 1 investido nele, geram-se, em média, r$
8 de retorno", justifica ela.( www.guiadafarmacia.com.br )
Para embasar o estudo sobre o setor de compras alguns profissionais da área
foram entrevistados para expor suas opiniões e conhecimentos sobre o setor. Foi
aplicado o mesmo questionário aos três profissionais.
Segundo o Coordenador de Compra de Suprimentos da Casa & Video Luiz Carlos
Alves Teixeira,. o que levou as organizações a centralizar as compras em um
único setor (Setor de Compras de Suprimentos) foi "Sem sombra de dúvida, a
motivação foi a necessidade de se reduzir custos. A centralização das compras,
ocasiona grandes ganhos de escala, pelo aumento nas quantidades(unidades e
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produtos) a serem compradas, ampliando assim o poder de barganha com os
fornecedores.
A transferência das negociações para profissionais especializados, cujo foco
principal é a redução de custos.Além disso, as Empresas passam a ter um
controle absoluto do que esta sendo comprado (quanto, quando, porque)".
Luiz Carlos informa que o principal papel do Profissional e do Setor de Compras
nas organizações é
"Diminuir os custos das compras da Empresa ao máximo, reduzindo preços
unitários e/ou aumentando os prazos de pagamento.
Ampliar o leque de fornecedores evitando monopólios, e proporcionando assim,
opções de preços, prazos de pagamento e de entrega, além de melhoria na
qualidade dos produtos e/ou serviços".
Luiz Carlos informa que o Setor de Compras pode influenciar no resultado
financeiro das organizações, "Pois com a diminuição dos custos operacionais,
materiais de consumo e de matéria-prima, as margens de lucro crescem,
melhorando sensivelmente o resultado financeiro da Empresa".
Segundo o Gerente de Compras da Diretoria de Suprimentos da Oi, Arlindo
Vianna Neto,. o que levou as organizações a centralizar as compras em um único
setor (Setor de Compras de Suprimentos) foi"A visão das necessidades da
empresa como um todo e a possibilidade de ganhos em função da sinergia e
aumento de escala foi fator decisivo na definição pela centralização das áreas de
compras nas empresas.
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Ao analisarmos as compras estratégicas e técnicas identificamos a possibilidade
de termos profissionais com expertise e dedicação exclusiva para analisar e
encontrar oportunidades de ganhos e melhores condições comerciais.
Por outro lado, nas compras gerais tais como materiais de escritório, marketing
entre outros a centralização permite agilidade e ganho de escala".
Arlindo Vianna, informa que hoje o papel do Profissional e do Setor de Compras
nas organizações é "são vistos hoje como os responsáveis por viabilizar
comercialmente os projetos da empresa, buscando a melhor compra e adequando
ao orçamento, inclusive criticando especificações junto com os requisitantes e
sugerindo novas formas de contratação".
Arlindo Vianna, informa que o Setor de Compras pode influenciar no resultado
financeiro das organizações, "Através da busca de melhores opções comerciais e
novas formas de comprar que terminam por gerar ganho financeiro tangíveis e
intangíveis"
A Analista de Suprimentos da Oi que já atua na área a 9 anos, Ana Maria da Silva
Henrique, acredita que:"Somente as empresas que deterem processos bem
estruturados, da criação do objeto à satisfação do cliente, serão capazes de
vencer o desafio de sobrevivência e superação às dificuldades que o mercado
oferece.
A descentralização traz velocidade pontual, mas a centralização possibilita
identificar os itens estratégicos da empresa, em valor ou importância, com isso fica
possível negociar com foco diferenciado.
A estratégia de compras passa a ser única, buscando parceiros com maior
capacidade produtiva e ganhando em escala.
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É possível também fazer parcerias com empresas do mesmo segmento, com
intuito de uma melhor negociação e divisão de custos logísticos.
As chances de estabilidade comercial são maiores com tal prática dentro da área
de Compras".
Ana Maria comenta sobre a evolução do profissional de compras:"Até pouco
tempo, o profissional de compras era visto como operacional, onde sua principal
função era atender repetitivamente à demandas emergenciais.
Com a velocidade da informação e redução de barreiras comerciais, este
profissional foi obrigado a especializar-se e sua função passou de operacional
para estratégica.
Hoje o comprador é um negociador, identificando as demandas antecipadamente,
verificando a verdadeira necessidade de uma aquisição e buscando alternativas
de fornecimento (fornecedores e insumos).
Atualmente o profissional de compras não se limita a comprar com menor custo,
ele se preocupa com a aquisição desde sua origem, participando de projetos de
desenvolvimento, avaliando se aquele serviço e/ou material traz vantagem
competitiva para sua organização ou não. É um profissional que agrega valor".
Ana Maria comenta ainda como o setor de compras pode influenciar no resultado
das organizações, "Como no mercado não há mais fronteiras, as empresas estão
sendo obrigadas a desenvolver cada vez mais vantagem competitiva para manter-
se nele.
Para tal, é necessário criar diferenciação em relação à concorrência.
O profissional de Compras contribui para o aumento desta competitividade, pois,
está sempre em busca de melhores condições comerciais, de comprar com
qualidade, de minimizar custos logísticos (item que onera em muito o preço final),
minimizar lead time, reduzir estoque, negociar levando em consideração o fluxo de
caixa da empresa, adaptar-se as alterações de mercado (bolsa, câmbio), etc.
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Desta maneira a área de compras contribui para manter a saúde financeira da de
qualquer organização.
Como resultado, indiretamente o comprador cria uma diferenciação no
relacionamento comercial da organização para com seu cliente final, pois a
mesma terá condições de oferecer um produto ou serviço de melhor
custo/benefício.
Resumindo...Compra bem por que vende mais ou vende mais por que compra
bem??"
O setor de compras exerce grande influência sobre o resultados financeiro das
organizações, porque todos os suprimentos adquiridos pela empresa são
negociados e comprados pela área.
3.1 .A Importância da Tecnologia de Informação na Gestão de
Suprimentos
Como já mencionado a Cadeia de Suprimentos (Supply Chain) é composta por
vários elos que interagem entre si, afim de suprir e atender de forma inteligente e
satisfatória a demanda das diversas áreas das organizações e também
satisfazendo a necessidade dos clientes. Para que haja uma boa gestão da
Cadeia as organizações contam a tecnologia da informação (TI),
Utilizando a TI os gestores conseguem visualizar a cadeia por um todo
.Enxergando a cadeia de suprimentos por completo se torna possível a troca de
informação entre as áreas em tempo hábil, assim a cadeia de suprimentos torna-
se pró-ativa na tomada de decisões.
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A tecnologia da informação torna possível a publicação, armazenamento e
utilização dessa crescente abundância de informações por intermédio de
sofisticados sistemas de análise, modelagem e apoio à decisão (BOYSON;
CORSI; VERBRAECK, 2003).
Hoje a tecnologia de informação mais utilizada pelas organizações do são os
Sistemas Integrados de Gestão e os Sistemas de Compras Eletrônicas, estes
sistemas são uma ótima ferramenta estratégica. Pois a partir de relatórios
extraídos destes sistemas os gestores se apóiam para tomada de decisões e
atividades de trabalho existentes nos diversos níveis e funções organizacionais.
A tecnologia podem reduzir o custo por unidade de produção, obter economias de
escala pela utilização de maquinário, espaço, energia e trabalho especializado
mais eficiente e melhorar o equilíbrio existente entre padronização e flexibilização
dos processos nas organizações.
Para BALLOU (1993), um dos objetivos da logística é melhorar o nível de serviço
oferecido ao cliente, onde o nível de serviço logístico é a qualidade do fluxo de
produtos e serviços e gerenciado. A logística, portanto, é um fator que pode ser
utilizado como estratégia para uma organização. Sua aplicação se dá da escolha
adequada de fornecedores,passando pela organização e chegando ao cliente.
Um dos fatores mais relevantes ao desenvolvimento dos processos
administrativos é a aplicação de tecnologia de informação, proporcionando um
grande aumento de eficiência. Tais sistemas abrangem todas as ferramentas que
a tecnologia disponibiliza para o controle e gerenciamento do fluxo de informação
de uma organização (BALLOU, 1993). Figura 2.
Segue alguns tipos de Sistemas de Tecnologia de Informação:
Sistemas de gestão de armazéns (WMS) - Sistema que mantém o controle e
rastreamento do movimento de estoques por meio dos depósitos, desde o
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recebimento até a expedição. O WMS gerencia a utilização de recursos tais como
espaço e pessoal.
Identificação por radiofreqüência (RFID) - Tecnologia que suporta comunicações
sem fio para leitura e transmissão de dados. São utilizados nas cadeias de
suprimento por etiquetas rastreáveis que possibilitam o controle do
posicionamento de produtos.
Rastreamento de frotas - Equipamentos de rastreamento de frotas são
comumente utilizados em caminhões e reboques de modo a acompanhar a
localização e alimentar sistemas de informação. Podem utilizar tecnologias como
satélites ou sistemas celulares para a localização dos móveis.
Códigos de barras - Sistema de etiquetas padronizadas utilizadas para
identificação de produtos, esses códigos são utilizados na aquisição de
dados por parte dos sistemas de informações logísticas.
Intercâmbio eletrônico de dados (EDI) - Sistema para intercâmbio de dados por
tecnologia eletrônica que possibilita transmissões de dados mais ágeis entre
parceiros da cadeia de suprimentos.
Estoque administrado pelo fornecedor (VMI) - Tem como objetivo fazer com que
os fornecedores, por meio de um sistema de EDI, verifique as necessidades do
cliente por um produto, no momento certo e na quantidade certa.
“O EDI é uma rede de acesso restrito aos clientes do provedor, que permite a
conexão entre os sistemas eletrônicos de informação entre empresas,
independentemente dos sistemas e procedimentos utilizados no interior de cada
uma. A função principal de um provedor de EDI é, no momento de adesão de um
cliente a rede, instalar o hardware e software para a tradução das informações da
empresa em padrões já normatizados internacionalmente. Na operação do
sistema, o provedor deve garantir, tanto o registro da transação (comunicação)
entre dois parceiros na rede, quanto o sigilo em relação ao acesso de terceiros a
26
26
estas informações. As empresas não entram em contato apenas com bancos, mas
com todos os parceiros nos negócios. A troca de informação gera economias e
maior eficiência para todos os participantes da rede. Assim, cada um é, ao mesmo
tempo, cliente e fornecedor de informações”. ( PIZYSIEZNIG 2002;p 55)
Compras eletrônicas (e-procurement) - Sistemas utilizados para a automatização
dos processos de compras. Podem utilizar a internet como plataforma de modo a
possibilitar maior integração com fornecedores.
Sistemas integrados de gestão (SIG) -Têm como objetivo apoiar a gestão
organizacional integrando os processos e operações da empresa, mantendo uma
base unificada de informações.
A seguir um breve comentário sobre um caso de sucesso de implementação de TI
na Tupy S/A. A Tupy S.A empresa de ferro fundido fundada em 1938, implantou o
Portal de compras Lecom em agosto de 2006 com o objetivo de trazer
transparência ao processo de compras, aumentar sua produtividade e estabelecer
um meio de comunicação eficiente com a cadeia de fornecedores. Para a
empresa, a minimização dos riscos de abastecimento por problemas de
comunicação e o envio de notas fiscais digitas ou transmitidas pelo Portal estão
entre as principais vantagens corporativas alcançadas pela empresa após a
implantação do Portal de Compras Lecom.
Rosana Maria Streit, coordenadora de Compras Gerais da Tupy, também destaca
a maneira mais simples e segura possível de um fornecedor participar da cotação
e declara: "Em nosso modelo, o fornecedor deve necessariamente dar aceite em
todos os pedidos e/ou programações enviadas. Se por alguma razão não
concordar com as condições, tem a opção, no próprio portal, de propor alternativa,
e isto fica registrado no sistema. Além disso, para os itens constantes em contrato
(ERP), o pedido de compra será enviado automaticamente via Portal sem a
necessidade de re-trabalhos". Fonte:www.lecom.com.br
27
27
As organizações vem utilizando estes sistemas em busca de automatizar o
processo produtivo, reduzir as falhas e ruídos na comunicação entre as áreas.
Segundo ROSA (1997;p23) “ O novo perfil do profissional de logística exige que o
mesmo esteja profundamente familiarizado com as opções e termos correntes da
TI (Tecnologia da Informação) Tais como: Banco de Dados, EDI. ECR, Supply
Chain Management, Quick Response e tudo que signifique tráfico de informações
e dados digitais dentro e fora da empresa".
3.2 A Importância da Negociação
O ato de negociar, deve ser benéfica para todos os envolvidos, na relação
fornecedor x cliente por exemplo: nem sempre o menor preço apresentado pelo
fornecedor corresponde a um melhor preço. Pois, o melhor preço é composto de
material e serviço de qualidade, isso engloba deste do atendimento ao comprado
a entrega do material no destino. Por isso, o mais importante em um processo de
negociação é que todos os envolvidos obtenham resultado, pois a balança da
percepção de bom negócio não pode pender mais para um lado e menos para
outro. O peço é definido pela relação custo-benefício, considerando o mais
importante será o custo econômico e não o preço baixo, mostrando que o primeiro
traz a certeza de qualidade e de prazos cumpridos.
"Encontram-se ainda outros fatores que determinam os preços no mercado, que também devem ser considerados, poder de barganha e negociação, quantidade compradas, estrutura de custos do fornecedor,
28
28
oferta e procura, concorrência no ramo".(BERNARDI, 2088, p205).
O melhor é sempre o equilíbrio. O equilíbrio não significa apenas alinhamento nos
preços de materiais/serviços,mas no resultado do processo: cronograma
adequado, esforço bem mensurado, condições recíprocas de negociação
alinhadas e, sem sombra de dúvida principalmente processo/projeto implantado e
bem sucedido para o negócio do seu cliente. Para estabelecer parcerias, é
necessário, tentar compreender a posição da outra parte envolvida.
3.3. A Importância do Relacionamento com Fornecedores
Desenvolver bons relacionamentos com fornecedores de qualidade e competente
são prioridades competitivas. Esta ação de desenvolver fornecedores e que farão
com que a organização consiga reduzir custos, ter pontualidade na entrega dos
serviços / produtos adquiridos. Esse é um fator que um dado que deve ser
estudado pelos gestores das empresas, das áreas de compras e contratação
como vantagem competitiva.
Ao selecionar e contratar fornecedores de bens e serviços é necessário que o
comprador baseia-se em critérios estritamente legais e técnicos de qualidade,
custo e pontualidade, e exigir um perfil ético em suas gestões de responsabilidade
social e ambiental, recusando práticas de concorrência desleal, trabalho infantil,
trabalho forçado ou compulsório Tratar seus parceiros e fornecedores de bens e
serviços de maneira respeitosa e cordial, buscando fortalecer as relações e
aperfeiçoar os processos de comunicação.
29
29
De acordo com Dias (1993), uma das grandes dificuldades encontradas pelo
departamento de compras em relação aos fornecedores e a consulta não
correspondida.
"Os executivos devem aprender a gerenciar por meio da persuasão e da cooperação, em vez da coerção. Para desenvolver acordos eficazes na cadeia de suprimento, devem entender segredos de gerenciamento que transcendam as fronteiras de suas empresas. Uma base cada vez mais ampla de conhecimento está sendo acumulada para auxiliar os executivos no desenvolvimento de relacionamentos de cooperação bem sucedidos". (BOWERSOX; CLOSS, 2008, P.109)
Para a realização de uma boa parceria, é importante que o comprador, faça uma
avaliação dos fornecedores visando identificar suas capacitações para execução
do serviço solicitado. Em vários casos, pode ser necessário que o comprador
trabalhe em conjunto com o fornecedor visando desenvolvê-lo em algum aspecto
específico, onde ele encontre deficiência. De acordo com Dias (1993), uma das
grandes dificuldades encontradas pelo departamento de compras em relação aos
fornecedores e a consulta não correspondida. Entre qualquer relacionamento a
confiança é o principal elo e este não deve jamais se quebrado. Pois quando o
comprador adquiri um bem para a organização, ele espera receber um material
conforme negociado e caso isso não ocorra, o resultado da organização pode ser
comprometido.
Segundo Lewicki e Bunker (1995 apud HERNANDEZ; SANTOS, 2007) a
confiança pode ser analisada utilizando o modelo de mensuração da confiança
baseada em características, conforme figura 3.
30
30
"O relacionamento empresa-fornecedor não existe somente no momento da compra. Para empresas estáveis, o relacionamento se estende no tempo, tendo a segunda compra aspectos diferentes da primeira e assim sucessivamente, com a consolidação do relacionamento empresa-fornecedor".(TEIXEIRA; ZACARELLI, 1986, p17).
Para Bowersox, Closs e Cooper (2007) um relacionamento colaborativo na cadeia
de suprimentos é essencial para o desenvolvimento da confiança.
O relacionamento entre empresa -fornecedor direciona os esforços para a
sobrevivência de ambos. Neste ambiente estes são obrigados a manter um grau
crescente de transparência e co-responsabilidade em suas operações, superando
e extendendo a relação empresarial muito além da mera rotina de compra e venda
de produtos, criando valor real para as organizações.
31
31
4 . O Perfil do Comprador
Os compradores devem estar cientes de que, para realização das compras, se
torna necessário e imprescindível o fornecimento da especificação completa do
bem, além da definição das unidades e das quantidades a serem adquiridas, para
garantir a perfeita aquisição dos bens ou serviços necessários, além de permitir
clareza e exatidão por parte de quem está cotando os preços, no caso, o
fornecedor.
Dias e Costa (2000; p5) concluem que "não se pode, portanto, hoje, imaginar um
comprador preocupado unicamente com a conclusão de uma compra, sem avaliar
o impacto dessa operação em relação aos demais processos integrados à cadeia
produtiva ou operativa das organizações".
Os compradores, precisam ter um perfil vinculado às necessidades estratégicas
da organização. A figura 4, apresenta a classificação de colaboradores (BAILY
2000;p425) para o provável "perfil do comprador". Essa classificação apresenta-se
dividida em cinco estágios de desenvolvimento na área de compras. No primeiro
estágio a função do comprador é vista como essencialmente burocrática e reativa,
mas no estágio final, ela torna-se pró-ativa, com pouco envolvimento do mesmo
nas atividades rotineiras de compras, onde a emissão, programação e
encaminhamento de pedidos resumem-se a tarefas burocráticas e automatizadas,
com pouco envolvimento do comprador.
Para que o comprador tenha um desempenho satisfatório, faz-se necessário um
aprimoramento de suas competências e qualificações, que se consegue por meio
do acúmulo de conhecimento e capacitação, que irá determinar a diferenciação
32
32
primordial entre um comprador burocrático (reativo) ou um comprador moderno
(pró-ativo).
A figura 5, contempla a comparação entre a compra reativa e pró-ativa. Esse
contraponto permite diferenciar os dois tipos por nível de atenção e ação das
questões realizadas pelo comprador.
O papel do comprador reativo reflete uma posição mais tradicional e burocrática
da atividade de compras; em contrapartida o papel do comprador pró-ativo mostra
uma situação mais atual. Entretanto, como ressalta Lima (2004;p22), "estas
posições não são excludentes:fornecedor no processo faz com que as
características do papel pró-ativo de compras sejam mantidas. Esta abordagem
estratégica que concentra mais ênfase nas atividades de negociação e de
relacionamento, do que em reagir, pura e simplesmente, às necessidades dos
usuários, necessitará de profissionais mais capacitados e comprometidos
institucionalmente no processo de modificar paradigmas e que tenham uma visão
institucional de todos os níveis da organização".
4.1. O comportamento Ético do Profissional de Compras
Dias e Costa (2000; p220) ainda lembram que "a ética, no âmbito da gestão de
suprimentos, é ainda mais abrangente do que simplesmente pautar a relação
comercial entre compradores e vencedores, pois se deve:
Respeitar os horários agendados para as reuniões com os representantes das
empresas vencedoras. Encontramos muitos compradores que deixam pessoas
esperá-los por longo tempo, imaginando que tal postura aumentará o seu poder de
33
33
barganha durante o processo de compras. Nada mais ultrapassado e sem
cabimento;
Prestar o melhor atendimento possível aos clientes internos, utilizando-se das
formas básicas de cortesia e esclarecendo sobre o andamento dos processos sob
a sua responsabilidade;
Manter postura profissional durante almoços e confraternizações de negócios, não
se embriagando ou falando de assuntos reservados da sua empresa. Afinal,
nessas ocasiões, eles a estão representando".
De acordo com o Conselho Brasileiros do Executivos de Compras, no exercício de
suas atribuições profissionais, profissionais da área de compras devem seguir as
seguintes normas de conduta ética e recomendações:
1. Não basta ser ético e honesto, é essencial parecer como tal. Devem ser
evitadas situações, ações e comunicações que possam ser percebidas como
comportamento impróprio ou antiético visto que as conseqüências disso poderão
causar dano à imagem do profissional de compras como se, realmente, tivessem
ocorrido.
2. O principal dever do profissional de compras é obter a maior relação
custo/benefício para cada centavo gasto na compra de produtos e serviços. Para
atingir esse fim, além da lealdade irrestrita para com a entidade para a qual
trabalha, é essencial assegurar que interesses pessoais e amizades jamais
interfiram na decisão de compra.
3. Os fornecedores devem ser tratados como aliados na busca da solução mais
vantajosa para ambas as partes. É indispensável promover um clima de
profissionalismo, imparcialidade e respeito mútuo no relacionamento com os
fornecedores, evitando favoritismos danosos e assegurando igualdade de
34
34
condições na competição pela melhor oferta de produtos e serviços. Embora seja
aceitável o relacionamento duradouro com fornecedores, há que assegurar
condições para manter a competitividade na compra.
4. No decorrer da relação comercial, é normal a troca de brindes e presentes de
valor simbólico bem como demonstrações de apreço e hospitalidade como, por
exemplo, almoço de negócios, convite para palestras, feiras, eventos de várias
naturezas, etc. Contudo, profissionais sérios devem evitar presentes, convites e
favores que excedam o valor intrínseco de uma simples cortesia e que possam
comprometer sua capacidade de julgar com isenção a oferta de produtos e
serviços daquele fornecedor.
5. Quando executivos ou encarregados de Compras, devem elevar o status da
profissão pela melhoria contínua na aquisição de novos conhecimentos e
habilidades a fim de que sua competência técnica seja reconhecida no mercado.
Igualmente, compete-lhe atrair e reter os melhores talentos para a área de
Compras e propiciar treinamento, desenvolvimento e inspiração para os novos
profissionais sob sua direção para que a classe, como um todo, se destaque no
meio empresarial e seja respeitada pela contribuição estratégica nos resultados da
entidade.
6. Cumprir leis, regulamentos e regras deve fazer parte do credo do profissional de
compras no exercício da cidadania responsável. Devem obedecer as leis do
Brasil, os acordos internacionais, as políticas e normas internas da entidade
empregadora e os contratos celebrados com os fornecedores, a fim de que os
negócios sejam conduzidos sob um clima de confiança e respeito às regras.
7. Em dúvida quanto a situações e negócios com aparência suspeita ou que não
tenham legitimidade clara, deve o profissional de compras, compartilhar a
35
35
preocupação ou aconselhar-se com os superiores na empresa.
8. A reciprocidade nos negócios que limitar a competitividade e a própria atuação
do profissional de compras deve ser evitada. Em sendo a reciprocidade o
resultado de orientação superior, esta condição deverá ser documentada para
caracterizar a interferência deste fator no processo de compra.
9. O comprador deve abster-se de exercer atividade comercial ou profissional
externa à entidade para a qual trabalha que possa causar conflito de interesses.
Mesmo quando isso envolver familiares, deve o profissional submeter a situação à
direção da entidade e obter uma declaração de que não existe conflito de
interesses.
10. Na análise da melhor relação custo/benefício na compra, os compradores
devem levar em conta a prática dos fornecedores em relação à preservação dos
recursos naturais, apoio a programas de ajuda aos desvalidos e deficientes físicos
e à promoção de oportunidades de desenvolvimento e educação dos menores
carentes, evitando comprar de quem contraria os interesses da sociedade.: Fonte:
http://www.cbec.org.br/etica.html
36
36
.5. A Centralização das compras em um único setor (Compras de
Suprimentos) pode reduzir os custos dos suprimentos?
O planejamento estratégico exerce um papel essencial para o sucesso de uma
organização, já que através dele se torna possível identificar o perfil e determinar
a melhor estratégia a ser aplicada. No setor de compras por exemplo as
organizações tem a opção de adotar um modelo Descentralizado ou Centralizado.
Devido a concorrência acirrada as organizações vem tentando reduzir os custos
na compra para manter um preço competitivo para o cliente, mantendo assim a
sua rentabilidade. Visto essa necessidade a função de comprar se tornou uma
função estratégica para as organizações. Baily et al. (2000) afirma que as grandes
empresas tem optado pelos serviços de uma equipe especialista e dedicada em
compras de suprimentos.
Segundo Cervi (2004) centralizar as compras pode ser um fator competitivo para
as organizações, por incorrer em menores custos com possibilidade de aumentar
o volume de produtos adquiridos permitindo um ganho de escala nas negociações
com os fornecedores.
O modelo organizacional adotado pela função compras é um dos pontos mais
importantes da estrutura organizacional, pois este modelo exerce efeito direto
sobre o desempenho de suas atividades. Uma das grandes questões relacionadas
a isto é a escolha do formato de compras: centralizado ou descentralizado.
Baily et al. (2000) afirma que existem basicamente 2 alternativas:
1-Descentralização total: seguindo autonomia plena em cada uma das unidades;
37
37
2-Centralização total: na prática significa que, independentemente das compras
locais de pequeno valor, todas as compras são feitas a partir de um escritório
central;
Vantagens da centralização das compras
• Maior poder de pressão junto ao fornecedor;
• Uniformização dos preços entre as unidades da empresa;
• Melhor gestão de estoque;
• Uniformidade dos procedimentos gerais de compra;
• Maior poder de barganha;
• Melhor relacionamento com fornecedores;
Vantagens da descentralização das compras
• Afinidade do comprador com os problemas locais de fornecimento;
• Agilidade no atendimento às necessidades da unidade local;
A centralização de compras de acordo com SEBRAE 1994 (apud Cervi) pode ser
a forma mais simples de integração comercial que através de acordo formal ou
informal empresas se unem para efetuar compras em comum. Está orientada para
melhoria dos resultados por fortalecer o poder de barganha e negociação das
pequenas e grandes empresas além de proporcionar melhoria na qualidade da
base de fornecedores.
Entretanto, Viana (2000) ressalta que não bastam interesses comerciais e
financeiros para que a centralização de compras seja bem sucedida, é necessário
que as empresas envolvidas tenham um forte espírito de coletividade, cooperação
38
38
e comprometimento com o processo, cientes de que as vantagens serão comuns
e equilibradas.
A aquisição pulverizada realizada por diversos setores e sem as orientações do
setor de suprimentos leva a redundância e ineficiências operacionais.
A principal vantagem da centralização é a obtenção de preços favoráveis nas
negociações devido ao maior volume demandado. Isto não significa que a
empresa vai perder flexibilidade nas suas aquisições, pois a colocação de pedidos
e contato com o fornecedor pode ser feito de forma descentralizada, tomando
como referência algo que foi negociado centralizadamente. Pois, quando o
comprador faz um contrato os preços e condições de entrega e pagamentos já
foram definidos, então o requisitante pode entrar em contato com o fornecedor
para solicitar um material/serviço utilizando este contrato já negociado pelo setor
de compras.
Com isso, evidencia-se o papel estratégico das compras, que passa pela sua
função estratégica na organização, podendo transformar-se em vantagem
competitiva, desde que adequadamente desenvolvida e desempenhada nas
organizações.
39
39
6. O que é Strategic Sourcing?
Strategic Sourcing é um processo de compras institucionais que melhora
continuamente e re-avalia as atividades de compras de uma empresa. Fonte:
http://en.wikipedia.org/wiki/Strategic_sourcing
Strategic Sourcing é uma metodologia utilizada em especial pelas àreas de
suprimentos em que se analisa profundamente o custo total de aquisição de cada
família de produtos ou serviços através de seu mapeamento, entendimento e
avaliação das especificações destes materiais, níveis de serviço e de seu mercado
fornecedor.
Através deste processo, é possível revisar todos os custos externos que afetam os
produtos finais, bem como os custos internos de utilização, financeiro e de
logística, sendo possível também, avaliar otimizações na estrutura dos produtos,
achar um ponto ótimo que atenda aos requerimentos e níveis de serviço que
maximizem o custo benefício de determinada aquisição, ampliando o
conhecimento do mercado fornecedor, melhorando a qualidade do material e
agilizando assim o fluxo de atendimento do mercado.Dessa forma, explorando o
poder de compra e identificando uma vantagem competitiva, o Strategic Sourcing
possibilita um maior potencial de redução de custos e aumento de desempenho da
cadeia produtiva, com melhoria da qualidade e agilidade dos processos
operacionais.Um profissional do Strategic Sourcing deve harmonizar a qualidade
do serviço com garantia de redução de custos, a tecnologia, a capacitação dos
profissionais de compras e o monitoramento dos resultados, como fatores chaves
na incorporação deste modelo funcional nas empresas. As etapas de um processo
de strategic sourcing Figura 6.
Este profissional do Strategic Sourcing, que possuir ampla experiência nas
práticas de Supply Chain Management, Strategic Sourcing, e-Sourcing, e-
Procurebment, Procurement Best Practices, B2B e ERPs, portais de Compras, e
40
40
Integração de sistemas, com certeza terá um grande diferencial para o alcance de
seus resultados neste seguimento.
Além destes diferenciais, o bom profissional do Strategic Sourcing deve ter como
regra básica de sua atuação, o acompanhamento de contratos, monitorando os
resultados obtidos e garante a qualidade do projeto pelo prazo de contrato
estabelecido. Fonte: M2M Consultoria,
http://www.m2m.com.br/servicos_strategic_sourcing.html
41
41
Conclusão
A comunicação e o relacionamento eficaz da área de compras com outras áreas
da empresa é fundamental para otimizar o desempenho do setor de compras e da
organização. A sintonia e a colaboração entre os participantes do processo de
compras. O setor de compras devem ativamente buscar a interligação com as
demais áreas das organizações, levando em conta os processos e as políticas
internas das empresas
Um bom relacionamento é uma ação estratégico para a eficiência nas
negociações com fornecedores e para a melhoria do processo de produção e de
redução de custos na empresa.
É fundamental que os executivos de compras re avaliem seu modelo de gestão.
Indicadores de desempenho devem medir a eficácia da interação com outras
áreas da organização. Aprimorem a capacidade dos profissionais da area de
compra, para estes possam negociar com fornecedores melhores condições para
a empresa. Um executivo de compras deve também otimizar a contribuição que a
sua equipe pode oferecer para agilizar processos produtivos, reduzir custos,
melhorar a qualidade dos produtos e obter os resultados previstos no
planejamento estratégico da empresa.
Em resumo, comprar significa adquirir mediante um certo preço. A função
primordial de um departamento ou setor de compras numa empresa, é de suprir
as necessidades de bens, materiais ou serviços, planejar quantitativamente e
42
42
satisfazê-las no momento certo, bem como, fiscalizar o recebimento efetivo do que
foi comprado.
A importância do setor está certamente confirmada quando se analisa o total de
custo realizado nas empresas sob a responsabilidade de Compras. Isto significa
que o setor exerce grande influência sobre aquilo que é efetivamente gasto na
organização
Um setor de Compras de Suprimentos com processo centralizado pode
proporcionar muitas vantagens, particularmente quando a organização tem
diversas unidades de negócios ou setores locais onde as atividades de Compras
são praticadas.
Os profissionais de Compras em uma estrutura centralizada têm a possibilidade
de realizar treinamento e aprimoramento em diversas atividades do processo de
suprimento, permitindo um desempenho mais eficiente destas atividades.
Negociação, compras internacionais, aspectos legais ligados a compras,
programas de qualidade do fornecedor, orçamento e medidas de desempenho do
sistema, pesquisa de mercado, técnicas de análise de valor, custo total de
propriedade, habilidades em lidar com times multifuncionais de compras, uso de
ferramentas eletrônicas em compras, são exemplos de iniciativas que são
melhores executadas em uma configuração centralizada.
Cada vez mais a função de Compras está se envolvendo nas questões de
definição das estratégias das empresas e isto requer do grupo de Compras uma
uniformidade no pensamento estratégico para conseguir influenciar nas decisões
de longo prazo da empresa. Esta padronização somente pode ser alcançada por
intermédio da centralização.
43
43
ANEXO
Entrevistas realizadas com profissionais da área de compras.
Tema: A importância do Setor de Compras na Cadeia de Suprimentos
Aluna: Eliza Maria Ricardo Cunha Turma: T060
Campus: Tijuca
Entrevistado: Luiz Carlos Alves Teixeira
Cargo: Coordenador de Compra de Suprimentos
Organização: Casa&Video
Ha um tempo atrás cada área da organização era responsável pela compra
de alguns suprimentos utilizados por sua área. Na sua opinião, o que
contribuiu para que as organizações Centralizassem o Setor?
"Sem sombra de dúvida, a motivação foi a necessidade de se reduzir custos.
A centralização das compras, ocasiona grandes ganhos de escala, pelo aumento
nas quantidades(unidades e produtos) a serem compradas, ampliando assim o
poder de barganha com os fornecedores.
A transferência das negociações para profissionais especializados, cujo foco
principal é a redução de custos.
44
44
Além disso, as Empresas passam a ter um controle absoluto do que esta sendo
comprado (quanto, quando, porque)".
Qual o principal papel do Profissional e do Setor de Compras nas
organizações?
"Diminuir os custos das compras da Empresa ao máximo, reduzindo preços
unitários e/ou aumentando os prazos de pagamento.
Ampliar o leque de fornecedores evitando monopólios, e proporcionando assim,
opções de preços, prazos de pagamento e de entrega, além de melhoria na
qualidade dos produtos e/ou serviços".
Como o Setor de Compras pode influenciar no resultado financeiro das
organizações?
"Com tudo que citei acima, pois com a diminuição dos custos operacionais,
materiais de consumo e de matéria-prima, as margens de lucro crescem,
melhorando sensivelmente o resultado financeiro da Empresa".
45
45
Tema: A importância do Setor de Compras na Cadeia de Suprimentos
Aluna: Eliza Maria Ricardo Cunha Turma: T060
Campus: Tijuca
Entrevistado: Arlindo Vianna Neto
Cargo: Gerente de Compras
Organização: Diretoria de Suprimentos - Oi
Há um tempo cada área da organização era responsável pela compra de
alguns suprimentos utilizados por sua área. Em sua opinião, o que
contribuiu para que as organizações centralizassem o setor?
"A visão das necessidades da empresa como um todo e a possibilidade de ganhos
em função da sinergia e aumento de escala foi fator decisivo na definição pela
centralização das áreas de compras nas empresas.
Ao analisarmos as compras estratégicas e técnicas identificamos a possibilidade
de termos profissionais com expertise e dedicação exclusiva para analisar e
encontrar oportunidades de ganhos e melhores condições comerciais. Por outro
lado, nas compras gerais tais como materiais de escritório, marketing entre outros
a centralização permite agilidade e ganho de escala".
Qual o principal papel do profissional e do setor de Compras nas
organizações?
46
46
"As áreas de compras e seus profissionais são vistos hoje como os responsáveis
por viabilizar comercialmente os projetos da empresa, buscando a melhor compra
e adequando ao orçamento, inclusive criticando especificações junto com os
requisitantes e sugerindo novas formas de contratação".
Como o Setor de Compras pode influenciar no resultado financeiro das
organizações?
"Através da busca de melhores opções comerciais e novas formas de comprar que
terminam por gerar ganho financeiro tangíveis e intangíveis".
47
47
Tema: A importância do Setor de Compras na Cadeia de Suprimentos
Aluna: Eliza Maria Ricardo Cunha Turma: T060
Campus: Tijuca
Entrevistado: Ana Maria da Silva Henrique
Cargo: Analista de Suprimentos III
Organização: Telemar Norte Leste (Oi)
A um tempo atrás cada área da organização era responsável pela compra de
alguns suprimentos utilizados por sua área. Na sua opinião, o que contribuiu
para que as organizações Centralizassem o Setor?
"Somente as empresas que deterem processos bem estruturados, da criação do
objeto à satisfação do cliente, serão capazes de vencer o desafio de sobrevivência
e superação às dificuldades que o mercado oferece.
A descentralização traz velocidade pontual, mas a centralização possibilita
identificar os itens estratégicos da empresa, em valor ou importância, com isso fica
possível negociar com foco diferenciado.
A estratégia de compras passa a ser única, buscando parceiros com maior
capacidade produtiva e ganhando em escala.
É possível também fazer parcerias com empresas do mesmo segmento, com
intuito de uma melhor negociação e divisão de custos logísticos.
48
48
As chances de estabilidade comercial são maiores com tal prática dentro da área
de Compras".
Qual o principal papel do Profissional e do Setor de Compras nas
organizações?
"Até pouco tempo, o profissional de compras era visto como operacional, onde sua
principal função era atender repetitivamente à demandas emergenciais.
Com a velocidade da informação e redução de barreiras comerciais, este
profissional foi obrigado a especializar-se e sua função passou de operacional
para estratégica.
Hoje o comprador é um negociador, identificando as demandas antecipadamente,
verificando a verdadeira necessidade de uma aquisição e buscando alternativas
de fornecimento (fornecedores e insumos).
Atualmente o profissional de compras não se limita a comprar com menor custo,
ele se preocupa com a aquisição desde sua origem, participando de projetos de
desenvolvimento, avaliando se aquele serviço e/ou material traz vantagem
competitiva para sua organização ou não. É um profissional que agrega valor".
Como o Setor de Compras pode influenciar no resultado financeiro das
organizações?
"Como no mercado não há mais fronteiras, as empresas estão sendo obrigadas a
desenvolver cada vez mais vantagem competitiva para manter-se nele.
49
49
Para tal, é necessário criar diferenciação em relação à concorrência.
O profissional de Compras contribui para o aumento desta competitividade, pois,
está sempre em busca de melhores condições comerciais, de comprar com
qualidade, de minimizar custos logísticos (item que onera em muito o preço final),
minimizar lead time, reduzir estoque, negociar levando em consideração o fluxo de
caixa da empresa, adaptar-se as alterações de mercado (bolsa, câmbio), etc.
Desta maneira a área de compras contribui para manter a saúde financeira da de
qualquer organização.
Como resultado, indiretamente o comprador cria uma diferenciação no
relacionamento comercial da organização para com seu cliente final, pois a
mesma terá condições de oferecer um produto ou serviço de melhor
custo/benefício. Resumindo...Compra bem por que vende mais ou vende mais por
que compra bem??"
50
50
Figura.1 - Estrutura organizacional da Cadeia de Suprimentos
51
51
Figura 2: Adaptação do livro de Ballou, Ronald H. Gerenciamento da cadeia
de suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial
F á b r ic a
T ra n s p o r teA rm a z e n am e n to
C o n s u m id o r
F o rn e c e d o rT ra n s p o r te
A rm a z e n a m e n to
T ra n s p o r te
T ra n s p o r te
In fo rm a ç ã o
52
52
Figura 3: Modelo de Mensuração da Confiança baseada em características.
Fonte: Lewicki e Bunker (1995 apud HERNANDEZ; SANTOS, 2007)
53
53
Figura 4. Perfil do Comprador
54
54
Figura 5. Comparação de compras reativa e pró-ativa
55
55
Figura 6. Modelo de Implementação do Strategic Sourcing.
56
56
Bibliografia
AMMER, Dean S. Aistração de Material. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
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BAILY et al.. Compras: Princípios e Administração. São Paulo: Atlas, 2000.
BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: Transportes, administração de
materiais e distribuição física. São Paulo, Atlas, 1993.
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento,
organização e logística empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2006.
BERNARDI, Luiz Antonio. Manual do empreendedorismo e gestão: fundamentos,
estratégias e dinâmicas. 1. ed. São Paulo : Atlas, 2008.
BOWERSOX, D.J. e CLOSS, D., COOPER, M. Gestão da cadeia de suprimentos
e logística . S. Paulo, Campus, 2007.
BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J. Logística empresarial: o processo de
integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2008.
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