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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE Administração e Sistemas de Informação como ferramenta na Docência do Ensino Superior Por: Ivo Pedro González Júnior Orientador Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho Cachoeira - Ba 2008

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES · 4.1 História da EAD no Brasil 37 4.2 Educação On-line (EOL) 39 4.3 Diferenças e mudanças de comportamento: presencial X distância 44 CONCLUSÕES

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Administração e Sistemas de Informação como ferramenta na

Docência do Ensino Superior

Por: Ivo Pedro González Júnior

Orientador

Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho

Cachoeira - Ba

2008

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Administração e Sistemas de Informação como ferramenta na

Docência do Ensino Superior

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Docência do

Ensino Superior

Por: Ivo Pedro Gonzalez Junior

Cachoeira - Ba

2008

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a meus queridos pais, que sempre sonharam as minhas realizações! Obrigado, amo vocês!

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AGRADECIMENTOS

Agradeço inicialmente a Deus que me capacitou para fazer este trabalho. Agradeço a toda a equipe de professores que muito contribuíram para que esta monografia tivesse êxito. A meus pais pela força e incentivo. A minha esposa que me auxiliou no trabalho.

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RESUMO

Diversos estudos confirmam a importância dos Sistemas de Informação para o bom andamento dos processos organizacionais. As organizações que não se dispuserem a adotar tais sistemas podem encontrar dificuldades em acompanhar o mercado. A disseminação da tecnologia tem revolucionado o meio empresarial, e agora também está trazendo ferramentas inovadoras para auxiliar no meio acadêmico, desta forma sendo utilizada como uma ferramenta na docência do ensino superior. A comunicação com as partes discente e docente e também com o facilidade de transmissão devido à utilização desses sistemas. Com abordagem teórica baseada em dois grandes temas – Administração e Sistemas de Informação, o presente trabalho busca discutir a importância da existência dos sistemas de informação e sua administração na docência do ensino superior, despertando como ferramenta de grande auxilio no ensino-aprendizagem. Busca-se também compreender como informações centralizadas e direcionadas podem render em tempo, produtividade e eficiência na docência. Palavras-chave: Administração; Sistemas de Informação; Docência;

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ABSTRACT

Several studies confirm the importance of Information Systems for the smooth running of the processes. Organizations that do not have to adopt such systems may encounter difficulties in tracking the market. The spread of technology has revolutionized the business world, and now also is bringing innovative tools to assist in academia, thus being used as a tool in teaching in higher education. Communication with the parties teachers and learners and also with the ease of transmission through the use of such systems. With theoretical approach based on two major themes - Administration and Information Systems, this article discusses the importance of the existence of information systems and their administration in the teaching of higher education, raising as a tool of great help in teaching and learning. It is also understood as a centralized information and directed could return in time, productivity and efficiency in teaching. Key-words: Administration, Information Systems; Teaching;

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Informações nos níveis da organização. ........................................20

Figura 2 – O valor da informação e os níveis hierárquicos. ............................24

Figura 3 – Sistema de Comunicação ..............................................................30

Figura 4 - Ferramentas do AVA e suas inter-relações ....................................43

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I

ADMINISTRAÇÂO E SISTEMAS DE INFORMAÇÂO

11

1.1 Características dos sistemas de informação

16

1.2 Evolução histórica

17

1.3 Classificação dos Sistemas

18

1.4 Redes de Informação

20

1.5 Segurança da Informação

22

CAPÍTULO II

EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

27

2.1 Canais de Comunicação 27

2.2 Tecnologia da Informação e Comunicação 30

CAPÍTULO III

NOVAS TECNOLOGIAS E SI NAS ESCOLAS

32

3.1 Riscos relacionados à Tecnologia 33

3.2 A Convergência da Comunicação e da Tecnologia da Informação 34

CAPÍTULO IV

FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÂO A DISTÂNCIA

36

4.1 História da EAD no Brasil 37

4.2 Educação On-line (EOL) 39

4.3 Diferenças e mudanças de comportamento: presencial X distância 44

CONCLUSÕES

47

REFERÊNCIAS 49

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INTRODUÇÃO

O mundo está em um processo contínuo de transformações. A economia

global proporciona tantas oportunidades quanto risco forçando as organizações a

buscarem melhorias contínuas, não somente para competir, mas para sobreviver.

Os Sistemas de Informação e também a Tecnologia da Informação tem sido

considerados componentes de sublime importância no ambiente empresarial atual,

sendo introduzido também no mundo acadêmico. Muitas instituições de ensino têm

utilizado ampla e intensamente tais sistemas tecnológicos, tanto em nível

estratégico, de controle, como operacional em sala de aula.

Essa utilização oferece grandes oportunidades para o auxilio na docência

tendo sucesso no aproveitamento dos benefícios oferecidos por este uso. Mas

realmente como os sistemas de informação podem auxiliar na docência do ensino

superior?

O interesse pelo tema deste estudo tem suas origens na necessidade de

mudanças da prática pedagógica, principalmente no que se refere aos novos papéis

que o professor deverá desempenhar, nos novos modos de formação que possam

prepará-lo para o uso pedagógico do computador, bem como em sua atitude frente

ao conhecimento e à aprendizagem.

As novas tecnologias de informação e de comunicação estão causando

profundas transformações na docência. Dentre estas tecnologias, a internet e a

videoconferência destacaram-se por abrir novos horizontes para o mercado

eletrônico e não presencial. Em meio a este cenário, com crescimento lucrativo e

expansão de mercado, surgiram os sistemas de informação possibilitando o maior

controle, interação, rapidez, confiabilidade para auxiliar a docência do ensino

superior.

Alem disto, o crescente interesse e perspectiva de expansão dos cursos

oferecidos a distancia através de tecnologia e sistemas de informação, torna-se

necessário o levantamento de características destes novos processos.

A administração destes sistemas de informação também é um fato relevante

no sucesso da implantação e aplicação destes sistemas, bem como a eficiência

efetiva na docência. O presente estudo aborda características de processos em

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sistemas de informação na prática do cotidiano do docente no ensino superior e

como isto pode ser útil como ferramenta de auxilio do ensino-aprendizagem.

Diante de toda esta lacuna, surge o interesse de abordar esse assunto e de

apresentar a importância dos sistemas de informação como ferramenta facilitadora

para o processo de docência do ensino superior, tendo ainda a intenção de

apresentar algumas inovações tecnológicas numa instituição educacional e sua

administração.

O objetivo geral do estudo foi o de analisar a importância dos sistemas de

informação e sua administração na docência do ensino superior, despertando como

ferramenta de grande auxílio no ensino-aprendizagem. Buscou-se também

compreender como informações centralizadas e direcionadas podem render em

tempo, produtividade e eficiência na docência.

O presente trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica, o qual,

segundo Gil (2006) procura explicar um problema a partir de referências teóricas

publicadas em documentos, colhidos em sites, revistas, obras, reunindo citações de

autores os quais abordam o tema sob diversas visões.

A principal vantagem da pesquisa bibliográfica residiu no fato de permitir ao

investigador a cobertura de uma gama de informações muito mais ampla do que

aquela que poderia pesquisar diretamente.

Os principais autores referenciados foram Benakouche (2000), Nunes (2008),

Mendes (2008), Rezende (2006), Peters (2008), Albertin (1997), Valente (1996).

A delimitação consta do estudo de processos de sistemas de informação na

prática docente do ensino superior.

A estrutura do trabalho foi dividida em quatro capítulos. No primeiro foi

abordado a Administração e Sistemas de Informação, contando também subtópicos

de referencial teórico do histórico, características, classificação. No capítulo II foi

apresentado a evolução dos processos de comunicação, começando com os canais

de comunicação e a tecnologia TIC - Tecnologia da Informação e Comunicação. O

capítulo seguinte consta das novas tecnologias e Sistemas de Informação nas

escolas, com os riscos relacionados com esta tecnologia e a convergência da

comunicação com a TIC. O último capítulo é destinado ao estudo dos fundamentos

da Educação à distancia.

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CAPÍTULO I

ADMINISTRAÇÃO E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Para iniciar este estudo é necessário a definição de dois termos importantes: a

Administração e os Sistemas de Informação. A administração pode ser definida como uma

função social que consegue que as coisas sejam realizadas (Litterer,1980). Entre os

clássicos destaca-se a idéia de que a Administração constitui um recurso para a

racionalização e condução do processo produtivo.

Um outro conceito é segundo Stoner (1999): "A Administração é o processo de

planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da organização

e o uso de todos os outros recursos organizacionais para alcançar os objetivos

estabelecidos." (p.4)

Chiavenato (2000) parece concordar com o conceito de Stoner quando diz que a

Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim

de alcançar objetivos. Chiavenato (2000, p. 5) ainda complementa o conceito de

Administração dizendo que “[...] a tarefa básica da Administração é a de fazer as coisas por

meio de pessoas de maneira eficiente e eficaz”.

Precisamos entender aqui o conceito de eficiência e eficácia. Eficiência é

relativa aos meios, como fazer as coisas da melhor maneira possível. Ser eficiente

significa executar da melhor maneira possível, evitando desperdícios e maximizando

a produtividade. Segundo Stoner (1999, p.87) eficiência é a capacidade de minimizar

o uso de recursos para alcançar os objetivos da organização. Para Drucker (apud

STONER, 1999, p. 136), eficiência é “fazer as coisas certo”. Eficácia se relaciona

aos fins, qual o objetivo correto a se perseguir. É mais importante que a eficiência,

pois sem o direcionamento correto a melhor execução só levará a resultados

desnecessários. Uma abordagem da eficácia como uma medida de desempenho é

feita por Chiavenato (2000, p. 177) quando diz que: “[...] a eficácia de uma empresa

refere-se à sua capacidade de satisfazer necessidades da sociedade por meio do

suprimento de seus produtos (bens ou serviços)”.

Chegamos então aos conceitos de administração, onde Chiavenato (2000,

p.195) diz que: "O Planejamento figura como a primeira função administrativa, por

ser aquela que serve de base para as demais funções. O Planejamento é a função

administrativa que determina antecipadamente os objetivos que devem ser atingidos

e como se deve fazer para alcançá-los."

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Organizar é o segundo passo do Processo de Administrar, consiste em

procurar a melhor forma para executar o que foi planejado. Nesse momento é

importante a eficiência das operações.

Para Stoner (1999), liderar significa dirigir, influenciar e motivar os

empregados a realizar tarefas essenciais.

Controlar é saber se o que foi planejado e organizado está dando os

resultados esperados, é medir o sucesso ou insucesso de todo o processo

administrativo. É fundamental o controle para garantir a eficiência e eficácia da

Administração.

A teoria administrativa assinala, em sua evolução, alguns momentos

importantes. Taylor e Fayol estabeleceram seus princípios de administração no

início do século 20. Esses primeiros passos, com Taylor estudando o trabalho na

fábrica e Fayol desenvolvendo uma visão mais estrutural da empresa, resultaram na

conhecida Escola Clássica da Administração na qual, pode-se ainda incluir a

abordagem burocrática de Max Weber. Mais tarde, em um segundo momento, os

clássicos passam dividir as atenções com a Escola de Relações Humanas que veio

adicionar, à teoria existente, as variáveis humanistas necessárias para suprir uma

lacuna bem visível. Veio então o movimento estruturalista, os impactos causados

pelo advento da abordagem sistêmica na Administração ampliaram

substancialmente o alcance teórico e o porte da disciplina gerencial.

A partir daí, sob a influência da visão sistêmica, definiu-se, pelo lado

humanista, a corrente do desenvolvimento organizacional, buscando harmonizar de

forma mais efetiva as relações indivíduo-organização.

Foi passando as escolas de administração e vai se fortalecendo a partir dos

anos 70, impulsionada pela percepção de que a tecnologia será o fator

preponderante na transformação dos conceitos administrativos até então

estabelecidos. Essa visão consolida-se nos anos 80 e avança pela década seguinte

com a Administração sob impacto de um fluxo crescente de idéias e teorias

emergentes e quase sempre ruidosas, tendo como background uma incontrolável

influência da explosão tecnológica, notadamente, a tecnologia da informação.

A informação então se torna um fator imprescindível nas organizações. De

acordo com Zambalde (2003, p.26) entender o papel da informação nos processos

decisórios tem sido uma das principais chaves para conduzir as organizações para o

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sucesso. Cada vez mais tornam nítidas as recompensas obtidas pelas empresas em

função do uso estratégico da informação.

No mundo moderno, as incertezas e inúmeras variáveis podem influenciar os

processos administrativos e as decisões, bem como a comunicação. Então a

tecnologia da informação vem auxiliando a diminuir riscos, favorecendo a tomada de

decisão.

Desde 1950, a Teoria Geral de Sistemas começou a ser estudada pelo

biólogo alemão Ludwig von Betalanffy, abordando as questões cientificas e

empíricas ou pragmática dos sistemas. O foco de seus esforços estava na produção

de conceitos que permitam criar condições de aplicações na realidade empírica e

pragmática, sob a óptica das questões cientifica dos sistemas. A teoria de sistemas

penetrou rapidamente na teoria administrativa por duas razões (CHIAVENATO,

2000) :

• A necessidade de integração maior das teorias que precederam,

esforço tentado com considerável sucesso pela aplicação das ciências

do comportamento.

• A tecnologia da informação trouxe imensas possibilidades de

desenvolvimento e operacionalização de idéias que convergiam para a

teoria de sistemas aplicada à administração.

O Conceito de sistemas não é uma tecnologia em si, mas é resultante dela. E

o gestor deve sempre ter clara a visão da abordagem a teoria geral dos sistemas.

A tecnologia da informação na empresa global, além de corresponder ao

instrumento básico para tratar seu principal recurso, a informação, possibilita

aplicação estratégia por trazer ganhos reais à instituição.

O outro conceito importante no estudo aqui é o de Sistemas de Informação.

Um conceito inicial é o de Torres (1995), “sistema é qualquer conjunto de

componentes ou processos por eles executados, que visam transformar entradas

em saídas”, ou ainda, “grupo de itens que interagem entre si ou que sejam

interdependentes, formando um todo unificado, orientado para atender a objetivos

específicos” (p.72). Diante do processo evolutivo das organizações há o fator

tecnológico que unido à informação torna-se uma ferramenta poderosa, formando o

chamado SI ( Sistema de Informação). “Todo sistema usando ou não recursos de

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tecnologia da informação, que manipula e gera informação pode ser genericamente

Sistema de Informação.” (Rezende e Abreu, 2006, p.59).

A utilização de sistemas integrados vai além da simples utilização de um

sistema; envolve um processo de mudança complexo, pois atinge diversas variáveis

organizacionais como: mudanças de hardware, software, informações, cultura

empresarial, pessoas, dentre outros. Este processo de mudança deve ser

cuidadosamente planejado e monitorado, sem isso, o resultado pode culminar em

frustrações e fracassos, principalmente por estar ligado ao comprometimento das

pessoas, que geralmente projetam restrições e dificuldades de adaptações às novas

mudanças.

A respeito desta realidade os autores Laudon e Laudon (2004) referenciam

que:

“Sistemas de informação são mais do que apenas computadores. Para usá-los efetivamente é preciso entender a organização, a administração e a tecnologia de informação que são as bases de sua configuração. Todos os sistemas de informação podem ser descritos como soluções organizacionais e administrativas para os desafios propostos pelo ambiente.” (p.11)

A mudança da tecnologia em uma organização envolve alterações na sua

estrutura, na tecnologia e/ou no seu pessoal, o que significa adequar seus

equipamentos e sistemas de forma que a tecnologia da informação apóie a estrutura

da organização, os processos e as pessoas. Diante de tal realidade, segue a

consideração de Laudon e Laudon (2004) sobre os processos de mudanças

causados pela implantação de um sistema:

“Embora os sistemas integrados possam melhorar a coordenação, eficiência e tomada de decisões organizacionais, provaram ser muito difíceis de montar. Requerem não somente grandes investimentos em tecnologia, mas também alterações fundamentais no modo de operação das empresas. Elas terão de reformular seus processos de negócios para fazer com que a informação flua suavemente entre eles. Os funcionários terão de assumir novas funções e responsabilidades. As organizações que não se convencerem de que essas mudanças serão necessárias ou que sejam incapazes de fazê-las terão problemas para implementar sistemas integrados ou poderão não atingir um grau mais alto de integração entre processos fundamentais e empresariais.” (p.63)

A informação é extremamente importante na administração. Atualmente a

informação se constitui em um dos principais patrimônios de uma empresa. Pode-se

afirmar que o sucesso de uma organização, independente do seu porte ou ramo de

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atividade, depende da informação, pois todos os processos de negócio se baseiam

em informações.

Segundo o especialista em Gestão de Tecnologia da Informação Sergio

Junger (2008, p.6) o Sistema de Informação tem como um dos grandes desafios

certificasse da agilidade da informação e da qualidade da mesma.

Embora seja recente, o conceito dos sistemas integrados não é inovação, ele

sempre existiu, mesmo quando a informatização era um sonho distante. Afinal, os

Sistemas de Informação não dependem de informática ou tecnologia para serem

elaborados, dependem de conhecimentos administrativos e operacionais.

Embora qualquer pessoa tenha idéia do que seja informação, deve-se

procurar defini-la de uma forma mais precisa. Para isso é necessário que se entenda

um conceito intimamente relacionada: os dados.

Os dados podem ser vistos como a matéria prima da informação, isto é,

seqüências ordenadas de símbolos, das quais se pode extrair informação, porém,

isoladamente, não contêm nenhum significado. Assim, se o dado for tratado,

organizado, analisado e processado, passa a ser chamado de informação.

Logo, “sistema de informação são sistemas que, por meio de processos de

coleta e tratamento de dados, geram e disseminam as informações necessárias aos

diversos níveis e processos organizacionais”. (Marco, 1989, p. 37-39). Ao ocorrer o

processamento, união e contextualização, a informação passa ao conhecimento.

Seguindo assim o fluxo: dados – informação – conhecimento.

O principal benefício do sistema é a habilidade de processar um enorme

volume de dados e informações simultaneamente.

“Sistema de Informação – SI [...] um conjunto de técnicas para a construção de estruturas corporativas de dados que apóiem aos procedimentos operacionais, de controle administrativo, de apoio aos processos de tomada de decisão e a estratégia competitiva da empresa pelo uso da tecnologia.” (ALBERTIN apud MARTIN 2001, p.41).

O uso dos sistemas integrados dos mais variados tipos e tem se tornado cada

vez mais freqüentes nas organizações. “Embora essa tendência tenha sido

explorada a partir dos anos 1990, devido à evolução dos microcomputadores, ela já

vem desde os anos 1960”. CORTÊS (2008, p.286).

CORTÊS (2008, p.329) diz que é possível indicar três vantagens do uso dos

sistemas integrados:

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• Especificação de Processos – é de fundamental importância que os

processos organizacionais estejam bem especificados para o bom

funcionamento da operação.

• Adoção de Boas Práticas – a melhor prática em um determinado

segmento pode não ser a melhor para outro.

• Uso de Base de Dados Única – uma base de dados unificada

permite um maior controle além de facilitar o fluxo de dados e

informação.

Dessa forma, é importante considerar a natureza do sistema, verificando

quais os processos abrangidos e as funcionalidades disponíveis para o segmento

onde será utilizado.

1.1 CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

“As tipologias iniciais adotadas para caracterizar sistemas de informação

normalmente classificam os recursos em humanos, de hardware, de software, de

dados, de rede e de informação” (O’BRIEN, 2004, p.32). Ao fundamentarem-se

principalmente em recursos técnicos, dificultam a identificação e mensuração das

características relevantes do SI para estudos que visam a entender seu

relacionamento com as organizações. Tais tipologias focam a capacidade de

produção e componentes tangíveis das máquinas associadas a TI. De fato,

normalmente, os recursos são diferenciados pela capacidade de processamento,

armazenamento, recuperação, transmissão e apresentação dos dados. (O’BRIEN,

2004, p.34).

O Sistema de Informação, independentemente de seu nível ou classificação,

tem como principal objetivo auxiliar os processos de tomada de decisão na empresa.

Se os sistemas não se propuserem a atender a esse objetivo, sua existência não

será significativa para a empresa.

Segundo REZENDE e ABREU (2006, p.65) as características atuais dos

Sistemas de Informação são:

• Grande volume de dados de informação;

• Complexidade de processamento;

• Muitos clientes e/ou clientes envolvidos;

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• Contexto abrangente, mutável e dinâmico;

• Interligação de diversas técnicas e tecnologias;

• Suporte a tomada de decisões empresariais;

• Auxilio na qualidade, produtividade e competitividade organizacional.

Assim, será necessário qualidade, organização e planejamento nos sistemas

de informação para atender de forma precisa a todas essas características fazendo

com que a organização atinja seu objetivo.

1.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA

Os conceitos de sistemas já existem há muito tempo. Esses conceitos

estão representados nas aplicações conceituais históricas. Segundo Machado

(1986, p.39-40), vários acontecimentos marcaram o desenvolvimento

tecnológico:

• 4.000 a.C., Jacó e Labão tinham controle quantitativo de criação e de

comercialização de ovelhas, caracterizando um sistema;

• 3.000 a. C., egípcios e babilônios registravam em pedras as transações

financeiras;

• A invenção da calculadora de Pascal em 1642, que através de procedimentos

ainda rudimentar, com ganchos para digitação dos números efetuava as

operações de soma e subtração;

• Em 1812, o matemático Babbage dá um segundo passo quando ao consultar

tabelas de logaritmos percebeu a existência de erros e decidiu construir uma

máquina para computar tabelas matemáticas. Ele só não esperava que ao

criar comandos específicos, sua máquina não se comportasse apenas como

uma simples calculadora, mas como uma máquina analítica que podia ser

programada, tanto que em 1859 quando finalmente foi construída foi adotada

por várias empresas e companhias de seguros;

• A partir de 1940, surge na história da humanidade os primeiros computadores

eletrônicos, do tamanho de uma sala inteira e trabalhando através do uso de

válvulas, conhecidos como os computadores de primeira geração. No fim da

década de 50, com o advento dos transistores surgem os computadores de

segunda geração, cujo período vai de 1955 a 1965;

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• Em 1965, com o surgimento do circuito integrado, um componente eletrônico

que contém vários transistores integrados em um único componente, começa

a terceira geração de computadores. Esses com melhor acesso e

significativamente menor que o das gerações anteriores, possibilitando

compartilhar o mesmo espaço que os profissionais ocupam nos escritórios e

nas empresas;

• Em 1970, a INTEL lança nos EUA, o primeiro microcomputador conhecido

como 8008;

• 1990 Taylor, administração científica e os processos administrativos;

• 1900 Fayol, sistema de centralização e organização formal e impessoal;

• 1910 Weber, sistema de burocracia empresarial.

De lá até os dias atuais, o microcomputador, vêm cada dia mais sendo

inserido no fluxo das operações e serviços das empresas, através da distribuição de

processamentos de dados nos diversos programas à disposição do usuário.

1.3 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS

Segundo Marco (1989), “os sistemas de informação podem ser classificados

de acordo com o nível organizacional atendido” (p. 14-17), isto é, o tipo de

informação gerado pelo sistema e o perfil do usuário que utiliza as informações.

Há, portanto, três categorias de sistemas: operacional, tático (gerencial) e

estratégico (alta administração).

Nível Operacional - atuam no processamento de operações e transações

rotineiras cotidianas, controlam os dados detalhados das operações empresariais

imprescindíveis ao funcionamento da empresa.

Características desses sistemas:

• Foco: transações rotineiras;

• Função básica: registrar transações;

• Origem dos dados: operações internas;

• Nível de agregação: dados analíticos precisos;

• Tipo de informação: relatórios/consultas em tela analíticos;

• Volume de dados gerados: grande.

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Nível Tático – executam o processamento de grupos de dados das

operações e transações operacionais transformando-os em informações para

gestão. Geram atos de efeitos em curto prazo, porém, de menos impactos no

funcionamento da empresa. As informações produzidas são usadas para aperfeiçoar

uma determinada área ou função e não a empresa num todo.

Características desses sistemas:

• Foco: informações para decisões gerenciais;

• Função básica: consulta a informação;

• Origem dos dados: operações internas e fontes externas;

• Nível de agregação: dados agregados;

• Tipo de informação: consultas em gráficos e tabelas;

• Volume de dados agregados: pequeno.

Nível Estratégico – trabalham com os dados no nível macro, filtrados das

operações das funções empresariais. Normalmente rico em informações gráficas, e

observa as particularidades de cada empresa. Ajudam a tomar decisões com efeito

duradouro e mais difícil de inverter.

Características desses sistemas:

• Foco: fatores críticos de sucesso e seus indicadores de desempenho;

• Função básica: análise de tendências, desvios, projeções;

• Origem de dados: operações internas e fontes externas;

• Nível de agregação: dados agregados;

• Tipo de informação: consultas em gráficos e tabelas;

• Volume de dados agregados: pequeno.

Pode-se resumir por meio da Figura 1, que cada nível organizacional (dentro

da pirâmide) corresponde a um tipo de sistema. Deve-se observar que o nível

intermediário (tático) subdivide-se em média gerência e baixa supervisão.

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Figura 1 – Informações nos níveis da organização.

Fonte: (ALVES, 1998)

1.4 REDES DE INFORMAÇÃO

As informações são instrumentos indispensáveis para um gerenciamento

eficiente e, as transformações tecnológicas sempre trazem mudanças nas atividades

do mundo empresarial, principalmente quando o assunto é sistemas de informação.

A Internet, infra-estrutura de tecnologia da informação e comunicação (TIC)

de ampla abrangência, permite que novas aplicações sejam constantemente

concebidas e utilizadas. A Web permiti que arquivos (documentos, sites, aplicativos,

entre outros) desenvolvidos separadamente, sejam conectados e visualizados

facilmente em um mesmo ambiente. Com esse novo serviço, as pessoas

começaram a procurar por informações nos arquivos armazenados na rede. Logo,

se faz necessário o investimento em mecanismos que consigam recuperar e filtrar

essas informações e transformá-las em conhecimento que possa ser útil, não

somente aos usuários físicos, mas também à gestão e às decisões empresariais,

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(Jansen & Spink, 2003). Com o uso cada vez mais freqüente desses mecanismos,

tanto pessoas, e conseqüentemente, as organizações, passaram a desejar

informações com qualidade.

É nesse novo paradigma que podemos observar atualmente, que até

funcionários de apoio passaram a ter atribuições de nível gerencial, visto que, nos

sistemas de redes de acesso e de troca de informações, todos precisam estar aptos

nas operações de uso e no armazenamento de dados.

Vários aplicativos com diversos armazenamentos de identidade necessitam

de nomes de usuários e senhas diferentes, o que leva diretamente ao aumento nos

custos de assistência técnica para atender a solicitação de redefinição de senha.

A implementação de um gerenciamento de acesso à intranet eficaz na

organização pode resultar em uma série de benefícios comerciais: maior

produtividade, redução dos custos de assistência técnica, aprimoramento na

segurança da rede, maior proteção dos dados, etc.

Portanto, além de instrumento de apoio ao gerenciamento, a tecnologia da

informação hoje é um instrumento de diferenciação de bens e serviços, que viabiliza

a criação de produtos para uma demanda crescente, ou seja, seu caráter estratégico

ultrapassa os limites das questões puramente administrativas e, vai de encontro com

as necessidades do uso de tecnologias atualizadas e das expectativas do usuário.

A mudança de sistemas de um computador central para sistemas baseados

em microcomputadores interligados em rede permitiu que um mesmo software fosse

utilizado paralelamente em diversos computadores. A versatilidade do uso dos

sistemas é tão extensa que atinge indistintamente as esferas interna e externa de

uma organização, interferindo no marketing institucional e nos processos produtivos

da mesma.

“[...] A diferença entre a Internet e as outras redes em que as informações são distribuídas e processadas em cada computador de forma independente, é que nela todo o processamento de distribuição das informações armazenadas num mainframe (computador central) passa a desempenhar um papel que vai além das fronteiras da Intranet e, torna-se fundamentalmente indispensável para que o sistema opere de forma otimizada ao criar uma gigantesca rede de informação.” (ARAÚJO, 1986, p. 11 – 13)

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Esses recursos que permitem ao mesmo tempo, facilitar o uso e oferecer

outros novos recursos que dificilmente poderiam ser imaginados sem a existência de

um software específico.

Embora o “telespaço” seja constituído de inúmeras redes, a exemplo dos

enlaces de microondas e dos satélites de comunicações, a aplicação mais difundida,

atualmente, é a telefonia celular que vem ganhando cada vez mais espaço devido à

velocidade de transmição de informação e os aplicativos disponibilizados pelos

aparelhos. Sob o prisma da tecnologia, o aparelho celular é uma aberração genética,

um híbrido resultante da combinação entre o rádio, o telefone e o computador. Um

significativo exemplo da convergência.

Se observado sob outro ângulo, o do uso, teremos uma visão divergente: algo

o qual foi originalmente desenvolvido e regulamentado para fins de telefonia, e

tornou-se um dispositivo de múltiplas funções.

1.5 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

Estamos em plena era da globalização, assim, surge à necessidade de

utilização de sistemas capazes de suprir as necessidades informacionais e de

segurança das organizações. Da mesma forma que o bom uso da informação pode

trazer ótimos resultados para a organização, também o mau uso da mesma pode

gerar danos irreparáveis para a empresa acarretando até a perda total do sistema.

Para Caruso (1999), a informação assumiu importância vital para manutenção

dos negócios, marcados pela dinamicidade da economia globalizada e

permanentemente on-line, de tal forma que, “atualmente, não há organização humana

que não dependa da tecnologia de informações, em maior ou menor grau”, de forma

que qualquer comprometimento do sistema de informações por problemas de

segurança pode vir a causar grandes prejuízos ou mesmo, levar a empresa à falência.

(p.54).

Segundo a norma (ISO/IEC 17799:2005), definir, alcançar, manter e melhorar

a segurança da informação pode ser atividades essenciais para assegurar: a

competitividade, o fluxo de caixa, a lucratividade, o atendimento aos requisitos legais e

a imagem da organização junto ao mercado.

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Os conceitos básicos de Segurança da Informação são:

• Confidencialidade – propriedade que limita o acesso a informação tão

somente às entidades legítimas, ou seja, àquelas autorizadas pelo

proprietário da informação.

• Integridade – propriedade que garante que a informação manipulada

mantenha todas as características originais estabelecidas pelo

proprietário da informação, incluindo controle de mudanças e garantia

do seu ciclo de vida (nascimento, manutenção e destruição).

• Disponibilidade – propriedade que garante que a informação esteja

sempre disponível para o uso legítimo, ou seja, por aquele usuário

autorizado pelo proprietário da informação.

O sistema de informação é visto como um diferencial competitivo devido aos

benefícios que o mesmo proporciona às organizações. É por meio também, do

sistema de informação que ocorre às invasões nos sistemas organizacionais, daí

surgindo um assunto o qual vem passando por uma série de discussões e de suma

importância para as organizações que é o desenvolvimento de ferramentas que

auxiliem a segurança nos sistemas de informação.

“Para que seja possível obter um nível aceitável de segurança, não basta reunir um conjunto de ferramentas de software e implementá-las. Os seus resultados tornam-se mais eficazes quando sua utilização está dentro do contexto de um plano de segurança, elaborado em conjunto pelos níveis estratégico, tático e operacional da empresa.” (ALVES, FIGUEIREDO e ZAMBALDE, 2006, p. 23)

A informação é fonte de conhecimento e conhecimento gera benefícios aos

negócios. E o processo de segurança das informações deve envolver todos os

níveis hierárquicos de uma organização. A figura 2 exemplifica o poder da

informação ao longo da estrutura hierárquica de uma organização. Os objetivos,

metas e desafios norteiam a criação e a utilização da informação e demonstra o

valor eu ela possui.

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Figura 2 – O valor da informação e os níveis hierárquicos.

Fonte: (González, 2008)

Segundo González (2007), são desenvolvidas inúmeras formas ou meios de

segurança, com a finalidade de cada vez mais auxiliar as organizações no fator

segurança. Podemos classificá-los em dois:

Segurança Física, onde são analisadas e observadas as ameaças físicas

como: segurança de hardware, segurança física das redes, segurança de dados e a

segurança dos recursos de infra-estrutura do local, ou seja, acesso indivíduo de

veículos e indivíduos, instalação elétrica, temperatura das salas dos servidores entre

outros fatores.

Segurança Lógica, onde são analisados e utilizados os mecanismos

implantados por softwares, como controles de acesso lógico, elementos básicos do

controle de acesso (Processo de logon, identificação do usuário, proteção dos

recursos, direitos e permissões de acesso, monitoramento de sistemas, bloqueio de

estação de trabalho), segurança de software, vírus, worm, cavalo de tróia,

segurança em redes wireless, entre outros.

“É importante salientar que a proteção da informação deve ser vista de uma forma bem ampla. Não se trata apenas de proteger a informação em meio digital, mas a informação falada e escrita. A proteção do capital

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intelectual vai muito além da informação, incluindo o conhecimento e idéias que representam o verdadeiro potencial competitivo das empresas. Para atingir o nível ideal de segurança, é necessário conquistar níveis de maturidade, e um bom começo é focar na informação.” (WANJNBERG, e GUELMAN, 2007.p.159).

O ambiente tecnológico requer uma atenção especial, pois tanto as ameaças

quanto as vulnerabilidades evoluem de uma maneira espantosa, e os sistemas de

defesa precisam estar compatíveis com essa evolução. É necessário, portanto,

avaliar o ambiente, identificar suas fraquezas e implementar processos de

renovação constante das novas tecnologias de defesa. Porém, de nada adianta

elaborar normas, investir em tecnologias se as pessoas não têm uma percepção

adequada dos riscos da empresa e desconhecem suas normas e as melhores

práticas de segurança da informação. FREIRE (2007, p.160).

Segundo Sêmola (2006), as práticas de gestão de riscos e os processos de

segurança da informação, de um modo geral, devem ser vistos como componentes

de um sistema mais amplo que objetiva suportar o desenvolvimento organizado das

empresas. Cada vez mais, as empresas estão sujeitas a agentes que podem

provocar perdas financeiras, vazamento de informação ou conhecimento,

indisponibilidade de serviço, documento, ou uma informação relevante qualquer.

“[...] são informações que, a todo o momento, suportam decisões, ora estratégicas, ora operacionais, mas todas muito dependentes da confiabilidade, integridade e disponibilidade das informações. A maturidade com que as empresas gerenciam os riscos das informações determina seu poder de antecipar-se aos problemas [...]” (SÊMOLA, 2006.p.8).

São inúmeras as possibilidades de exposição da informação, por isso, a

segurança tem que ser pensada não mais como um elemento a comprar, a

configurar, ou plugar. Ela tem que ser pensada como um elemento que vai tornar a

empresa mais estável, eficiente, eficaz, mais lucrativa e que deverá fazer parte de

seus processos rotineiros.

Contrariando essa recomendação, muitas empresas investem em segurança

pensando em seguir uma tendência de mercado, em ser vista como uma empresa

visionária, para estar à frente do concorrente, ou ainda, para não ficar atrás dele.

Essa pode ser considerada uma postura passiva, reativa, e um reflexo da falta de

percepção de valor da informação e dos impactos que o comprometimento dela

pode provocar a uma organização. (SÊMOLA, 2006).

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No Brasil, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) lançou em

2006 a NBR ISO/IEC27001 (Tecnologia da Informação – Técnicas de Segurança –

Sistemas de Gestão de Segurança da Informação – Requisitos) que especifica

requisitos para implantação, operação, monitoração e análise de sistemas os quais

gerenciam segurança. Ela estabelece requisitos para a adoção de controles de

segurança e adota conforme a norma ISO/IEC27001,2006, apresentada pelo ISO

(International Organization for Standardization) em 2005. Essas duas normas

constituem a base para o desenvolvimento de qualquer política de segurança da

informação nas organizações. (CÔRTES 2008).

Cada vez mais cresce a importância dos sistemas, tecnologia e segurança da

informação, à medida que o corpo gerencial das organizações toma ciência não só

dos benefícios advindos do uso das novas tecnologias e sistemas de informação,

mas também dos riscos inerentes a esse uso. O caminho oferecido às organizações

e pessoas pela utilização de recursos computacionais e de comunicação tem se

mostrado bastante promissor. Há que considerar, entretanto, que esse caminho

poderá ser satisfatório se os procedimentos e atividades forem representados, tendo

em vista uma maior atenção com a segurança. (CÔRTES 2008).

O sistema de informação tem se demonstrado como diferencial competitivo, e

a informação como “bem valioso”, necessita ser cuidado, seguro e disponível.

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CAPÍTULO II

EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

A palavra comunicação vem do latim communicare, que significa “tornar

comum”, “ partilhar”, “ conferenciar”. O conceito de comunicação aplica-se à troca de

informações, bens e serviços.

Portanto, comunicação e informação são conceitos diferentes. A comunicação

suporta a informação, mas o inverso não é possível, ou seja, pode haver

comunicação se que haja troca de informação, porém, se há troca de informação é

necessário à comunicação (BEUREN, 1998.p.56).

Segundo artigo do Prof.Ms. Luiz Felipe Matta Ramos (2008) analisando o

processo das civilizações, observa-se que

“As condições econômicas, sociais e políticas de cada sociedade, foram fatores de influência para evolução dos procedimentos, na medida em que as relações foram se intensificando à comunicação. A grande contribuição da evolução das doutrinas e teorias para o processo de comunicação está no fato do valor dado a importância da informação” (p.7).

A evolução do processo de comunicação evidencia-se uma importância

significativa nos avanços tecnológicos, o qual tem contribuído de forma intrínseca

para este processo. A velocidade com que são transmitidas as informações, além de

outros recursos que jamais seriam utilizados na versão impressa, certamente tem

revolucionado.

2.1 CANAIS DE COMUNICAÇÃO

Em um artigo publicado pelo Prof.Ms. Luiz Felipe Matta Ramos (2008) relata a

fundamental importância que todo profissional que lida com públicos diversificados

entenda como se processa a dinâmica da comunicação. “Quantas vezes nos

deparamos com discussões inúteis provocadas por falhas de comunicação ? Assim

ressaltamos a importância de entendermos o que vem a ser comunicação e quais os

três canais que são relacionados a ela: visual, cinestésico e auditivo” (p.8)

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Comunicação é a dinâmica de relacionamento entre as pessoas e que

pressupõe duas dimensões. O diálogo que estabelecemos conosco próprios o qual

se chama diálogo intrapessoal (de mim para comigo). E o diálogo que

estabelecemos com qualquer outra pessoa em qualquer nível – familiar, acadêmico,

profissional, amizade, afetivo, etc – chamamos de diálogo interpessoal Segundo Araújo (2006) as etapas compreendem os seguintes elementos:

• Fonte: origem

• Mensagem: é traduzida num código que o autor chama de conjunto

sistemático de símbolos.

• Codificador: expressa o objetivo da fonte em forma de mensagem.

• Canal: é o condutor da mensagem

• Recebedor: quem está na outra ponta o canal.

• Decodificador: dá movimentação e decifra a mensagem.

Infelizmente não é assim que os processos de comunicação se desenrolam

nas organizações. Quanto mais à comunicação for clara maior será o entendimento

de outros sobre o seu trabalho. O gestor de pessoas deve estar atento aos muitos

processos de comunicação na organização. A nova roupagem ocorreu em função

das muitas transformações, exigindo uma ação rápida das organizações.

Conforme afirmado anteriormente, os canais de comunicação dividem-se em

três:

Visual: é pela forma da imagem em que a pessoa processa e interpreta o mundo.

Para uma pessoa ou público visual, as informações obtidas do meio ambiente ou de

sua mente estão voltadas para dados sobre tamanho, proporção, cor, beleza, altura,

profundidade, largura, detalhes... Uma pessoa visual é muito observadora no

conjunto e nos detalhes.

Auditivo: é a forma sonora a mais predominante. O auditivo consegue perceber

com maior nitidez e facilidade dados vinculados ao som: volume, tonalidade,

vocabulário, ruídos, discursos, conversas, discussões. Uma pessoa auditiva presta

muita atenção naquilo que está sendo dito.

Cinestésico: é a característica das pessoas muito extrovertidas, que se

movimentam muito, que gesticulam com facilidade e que utilizam o corpo (linguagem

não verbal) para se expressar. Não obstante, uma pessoa cinestésica também é

uma pessoa que possui uma intensa vida emocional e que não necessariamente é

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uma pessoa extrovertida. Emoção e movimentação são as características do

sinestésico que pode tanto ser uma pessoa extrovertida como introvertida (tímida).

Desse modo, os processos de comunicação organizacional constituem uma

série de interações que constroem a realidade. Esta construção ocorre à medida que

as interações definem e redefinem as relações entre sujeitos e as relações

sujeito/objeto, sejam por meio da dinâmica conversação ou pela contínua alternância

entre constituição e transmissão de sentidos. Essa conceituação dos processos de

comunicação organizacional permite compreender que as informações são frutos de

interações, e são transmitidas e recriadas em contínuas interações. Este processo

de comunicação ocorre em qualquer ação organizacional e integra as noções de

comunicação informativa e construtiva.

Nesse contexto pode-se observar que a comunicação é de suma importância

na docência do ensino superior. Essa comunicação vem sendo alterada devido à

forma de interação professor e aluno. Em modalidades como a Educação a

distancia, tópico que será abordado mais a frente neste estudo, essa interação aluno

e professor é feito por meios de comunicação, e então substituindo o contato

presencial e servindo como veículo para a transmissão do conteúdo didático. Exige

dessa forma do professor e do administrador a manutenção de acompanhamento

rígido não só do sistema de produção e a qualidade do material, como também a

distribuição, controlando para que este nunca falte ou ocorra demoras na remessa.

O aluno também tem que se interessar em procurar estar atento as novidades

de materiais disponíveis pelo professor. Em educação semi-presencial ou realmente

a distancia, o interesse e busca do saber do aluno é imprescindível, haja visto que o

professor não esta a sua frente para puxar ou cobrar.

O professor deve manter uma constante fiscalização, verificando se telefone,

fax, correio eletrônico ou quaisquer outros meios de comunicação utilizados no curso

estão funcionando adequadamente e certificando-se de que não esta ocorrendo

dificuldades ou impedimentos na interatividade continua do diálogo entre todos os

envolvidos. Deve, também manter um controle preventivo e corretivo, para garantir

que o sistema de comunicação. Conforme mostra a figura 3, esteja funcionando e

servindo para alcançar o seu propósito que é a dinamização do processo educativo.

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Figura 3 - Sistema de Comunicação

FONTE: Adaptação de Sub-sistema de Comunicação de PRETI, (1996).

2.2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Desde que Alvin Tofer publicou o choque do futuro, há cerca de 40 anos

atrás, as TICs – tecnologia da informação e comunicação - vem sendo destacadas

como instrumentos de transformação econômica e social.

O impacto das TIs – tecnologia da informação - sobre a empresa, economia e

sociedade torna-se marcante quando se fala em competitividade e as demais

transformações nas comunicações. A integração, centralização e rapidez que as

TICs proporcionam elevam rapidamente a empresa.

As empresas tem como opção a utilização de diversas tecnologias modernas

para facilitar o processo de tomada de decisão. A TIC é um conjunto de recursos

tecnológicos que, se estiverem integrados entre si, podem proporcionar a

automação ou a comunicação de vários tipos de processos existentes nos negócios,

no ensino, nas pesquisas cientifica, nas áreas bancarias e financeiras, etc. ou seja,

são tecnologias usadas para reunir, distribuir e compartilhar informações, pode-se

citar com exemplo: sites da web, equipamentos de informática (hardware e

software), telefonia, serviços automatizados, etc. (Mendes, 2008, p. 8).

Podemos observar que o uso da internet em todos os segmentos da

sociedade tem crescido a cada dia fazendo com que as organizações assim como

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outras áreas passem por mudanças significativas exigindo mais criatividade,

conhecimento, produtividade e constantes inovações.

Os gestores públicos, tem usufruído das TICs em seus processos

administrativos, pois permite transparência e beneficia toda a sociedade. É o

chamado “e-gov” ou governo eletrônico.

A área da educação tem aprimorado seus sistemas de ensino através da

utilização das TICs, permitindo que se ofereça grande quantidade de cursos

variados através do uso dos meios eletrônicos, com a gravação e a transmissão de

conteúdos educacionais.

“[...] para que as TICs tenham grande participação na sociedade e obtenha sucesso, seja necessário rever, repensar e mudar os modelos que formam a base da educação, em todos os seus níveis, alinhando-os a um mundo moderno, novo, rápido e exigente. E mais, mudar atitudes e concepções”. (MENDES, 2008, p..2)

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CAPÍTULO III

NOVAS TECNOLOGIAS E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NAS ESCOLAS

O conceito atual de educação articula-se com a sociedade de informação,

uma vez que se baseia na aquisição, atualização e utilização de conhecimentos.

Desta forma, a escola deve garantir o acesso às novas Tecnologias da Informação e

Comunicação (TIC), de forma a potenciar o acesso à informação digital, permitindo

um enriquecimento contínuo dos saberes (Portugal, 1997)

De fato, um meio privilegiado de atuação para combater a desigualdade de

condições de acesso é o sistema de ensino. Se os alunos, nos diversos graus de

ensino, estiverem excluídos do acesso aos meios de interação com a sociedade de

informação, no interior dos seus estabelecimentos escolares, resultará

irremediavelmente uma estratificação entre aqueles que têm acesso no lar e os que

não têm esse benefício (Portugal, 1997).

Os sistemas de informação estão adentrando o meio acadêmico, tanto na

gerencia como na docência. Sistemas de controle de aulas, faltas, notas tem de

forma rápida e eficiente integrado as informações, bem como disseminando-as

através da internet para que os alunos e pais possam acompanhar aonde estiverem

no planeta. Este sistemas controlam e gerenciam também a documentação de cada

aluno, seu estado financeiro, com histórico e recibos que podem de maneira fácil ser

adquirido e acompanhado.

Tanto o aluno tem ganhado tempo e mais informações com isto, como

também o professor tem garantido rapidez e organização de suas informações

escolares e de tudo que tem a ver com seus alunos. Ao o professor lançar as notas

no sistema, alguns deles podem ser visíveis on-line por meio da internet. E estas

notas em sistemas ficam registrada, podendo de maneira automática fazer a media

e em apenas um click o professor ficar sabendo da nota final, quantidade de faltas,

gerando assim o resultado final.

Alguns sistemas também permitem a integração de assuntos, cronograma de

aula, lista de atividades. Ao fazer o download o aluno pode de sua casa obter o

exercício de matemática por exemplo. Estes sistemas tem auxiliado não só a parte

docente, mas também o acompanhamento dos pais através do meio digital, a

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internet, que através de acesso restrito com senha, ele pode obter todos os dados

de seus filho, e ate se esta realmente em aula.

Diversas instituições de ensino também possuem catracas eletrônicas

gerenciadas por meio de sistemas de informação, isto tem beneficiado o controle de

alunos presentes. Como também garantir a segurança do local através de pessoas

que teriam o acesso a escola, no caso o aluno que tenha cadastro.

Sistemas integrados acadêmicos ajudam também na comunicação entre

todas as partes envolvidas. A internet possibilita este acesso, devidamente com

segurança das informações, a um aluno poder fazer sua matricula on-line. É

verificado as notas, disciplinas cursadas, e matérias ofertadas, com o horário

possível sem chocar.

3.1 RISCOS RELACIONADOS À TECNOLOGIA

“Primeiro, o risco preocupa-se com acontecimentos futuros. Hoje e amanhã estão além da preocupação ativa, uma vez que estamos colhendo aquilo que foi anteriormente plantado por nossas ações passadas. A questão é, portanto: ao mudarmos nossas ações hoje, podemos criar uma oportunidade para uma situação diferente e esperançosamente melhor para nós mesmos amanhã? Isso significa, em segundo lugar, que o risco envolve mudanças, tais como mudanças de mentalidade, de opinião, de ações ou de lugares [...].” (REZENDE e ABREU 2006, p.78).

Segundo REZENDE e ABREU (2006, p.77-95), é interessante notar que os

investimentos em Tecnologia evoluíram. “As empresas cuidavam da base de

sustentação de seu negócio ancorando tecnologia para automatizar seus processos,

sem se importar com o negócio inserido dentro dessa automatização”. Todas as

ferramentas, que traduzem facilidades e que devem estar integradas entre si com o

objetivo de dar agilidade ao fluxo das informações, devem ser revisadas com

freqüência, assim, tornar-se-á pequena a exposição da empresa a riscos.

Dessa forma, pode-se observar que algumas precauções precisam ser

tomadas, pois em algum momento a tecnologia pode “falhar”. Se ficamos totalmente

dependente dela, na falta, muitas vezes estaremos escravos e presos, chegando a

paralisação dos processos. Exemplo disto ocorre diariamente, pode-se citar a

simples falta de energia elétrica, impossibilitando computadores estarem em

operação e com isto também os sistemas e toda a rede.

Se a tecnologia falhar, o professor não pode estar totalmente dependente e

submisso a ela. O fato de o computador não projetar seu PowerPoint com a aula

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previamente preparada, não pode deixar que aula não exista. O professor tem que

estar atento, mas também preparado a questões como esta, pois não estão longe de

ocorrer.

O ensino da docência do ensino superior tem evoluído. Não é possível negar

que os meios digitais e de internet tem forte impacto em todo este processo ensino-

aprendizagem. Estes sistemas criados para auxiliar sugerem que as informações

preciosas necessitam estar guardadas e gerenciadas, disponíveis quando necessitar

e segura. Somente pessoal com autorização necessária é possível acessa-las. O

professor de matemática não pode ter acesso as informações (faltas, notas) de

alunos da disciplina de português. Assim como o aluno do segundo período só pode

ter acesso a seu cadastro. Caso isto não estiver bem “amarrado”, pode ter sim o

risco no rompimento, roubo, adulteração de informação, fazendo com que a

tecnologia tenha sido permissiva a estes invasores, e as vezes os próprios hackers.

3.2 A CONVERGÊNCIA DA COMUNICAÇÃO E DA TECNOLOGIA DA

INFORMAÇÃO

A velocidade do desenvolvimento tecnológico está ultrapassando o comum e,

com isso, as características do setor de comunicações passa por transformações

constantes.

Segundo Wajnberg (2007.p.80) convergência são os serviços, facilidades e

aplicações oferecidas por meio de qualquer infra-estrutura de comunicações. Para os

economistas, pode ser entendida como algo que pode vir a tornar-se um verdadeiro

desastre devido à quantidade de conflitos que a mesma causa. “A convergência

implica mais empresas fazendo mais coisas e, por isso, há grande reação contra a

convergência por parte de empresas que querem manter seus monopólios.” Wajnberg

(2007, p.81)

Hoje, uma grande maioria da população estabelece contatos através de redes

seja ela de mobilidade ampla ou de mobilidade restrita.

Entre as redes de mobilidade ampla, destacam-se as redes celulares.

Inicialmente limitadas aos serviços de comunicação de voz, essas redes vêm

oferecendo crescente capacidade de transmissão de dados, permitindo a oferta de

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serviços avançados, como serviços baseados em localização, envio de imagens,

telemetria, mp3, etc.

Uma rede integra diversos componentes de informação. Esta capacidade de

armazenar, transmitir, compartilhar de forma rápida e eficiente sem preocupar-se

com barreiras geográficas faz com que a Tecnologia da Informação seja

determinante na comunicação e todo e qualquer tipo de transferência de informação.

A modalidade de ensino que vem crescendo de maneira exponencial é a

EAD- Ensino à Distância. Ela possibilita que pessoas estudem e professores dêem

aulas, sem necessário estar no mesmo local ou na mesma hora. A convergência

então da comunicação e dos sistemas de informação através da tecnologia da

informação tem despertado muito interesse. Atualmente existem diversas

universidades e instituições que trabalham com esta modalidade de ensino, e outras

que somente trabalham assim.

A tecnologia da informação permite que vídeo-transferência seja realizada

com o professor no Rio de Janeiro e o aluno que estiver em Salvador, a quase dois

mil quilômetros de distância, possam se comunicar e de fato estar ocorrendo a aula,

inclusive com intervenções.

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CAPÍTULO IV

FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

A educação vem desenhando e proporcionando, durante sua trajetória, novas

metodologias para suprirem as necessidades e exigências apresentadas pela

sociedade.

Exigências estas, que, com o passar dos anos, só tendem a aumentar e estão

relacionadas a “[...]uma crescente demanda social de formação, devido às

exigências de níveis mais elevados, aos avanços tecnológicos, à insuficiência de

qualificação e às novas tendências demográficas[...]” (PRETI, 1996, p. 15).

A sociedade contemporânea apresenta um conjunto complexo e inesgotável

de exigências: a urgência da formação escolar e acadêmica, a atualização

permanente, a necessidade crescente de habilitações específicas, a impossibilidade

de situar fisicamente e temporalmente uma sala de aula, com todo o seu aparato

pedagógico, profissional e financeiro, em cada lugar onde muitos querem e

necessitam aprender. Diante disto, a busca pela educação tornou-se algo obrigatório

e inevitável, para a inserção e a sobrevivência do trabalhador no mercado de

trabalho. Por conta disto, os sistemas educativos formais, apresentaram-se

incapazes em atender às necessidades de educação e formação. Assim, são

imprescindíveis as mudanças nos aspectos pedagógicos e tecnológicos para

atender um público tão disperso geograficamente e temporalmente.

Com isso, ocorreu a fomentação de outras modalidades de educação, que

não fosse somente a formal. A educação a distância é uma delas, que “surgiu como

uma alternativa, uma opção às exigências sociais e pedagógicas, contando com o

apoio dos avanços das novas tecnologias” (PRETI, 1996, p. 17) e passou a ocupar

lugar de destaque no processo educacional atual. A educação a distância é descrita

como:

“Um sistema tecnológico de comunicação bidirecional, que pode ser massiva e que substitui a interação pessoal, na sala de aula, de professor e aluno, como meio preferencial de ensino, pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e pelo apoio de uma organização e tutoria que propiciam a aprendizagem independente e flexível dos alunos.” (ARETIO,1994 apud COMAZETTO, 2001, p. 35 e ARETIO, 1994 apud PRETI,1996, p. 25).

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Contudo, não existe apenas um conceito. A educação à distância é

discutida e descrita por vários autores que, durante mais de dois séculos,

apresentam seus conceitos, formas, metodologias e tecnologias utilizadas por esta

modalidade de ensino.

Segundo CAMAZETTO (2004, p.45) São responsáveis pela descrição da

EAD autores como G. Dohmrm (1967), Michael G. Moore (1972), R. S. Sims (1977),

Börje Holmberg (1977) Anthony Kaye e Greville Rumble (1979), McKenzie e

Schuphan (1979) Wedemeyer (1981), M. L. Ochoa (1981), Miguel Casas Armengol

(1982), Hilary Perraton (1982), Desmond Keengan (1983/1986), Otto Peters (1983),

Gustavo Cirigliano (1983), Victor Guédez (1984), Ricardo Marím Ibáñez (1984 e

1986), France Henri (1985), Miguel A. Ramón Martinez (1985), José Luís García

Llamas (1986), Dereck Rowntree (1986), Jaime Sarramona (1991), Lourenzo García

Aretio, (1994), Edith Litwin (2001) entre outros.

A atual expansão da educação a distância está diretamente vinculada à

evolução das tecnologias, principalmente da Internet e da virtualização de muitos

processos em vários segmentos da sociedade. A EAD teve sua origem no século

XIX e, somente agora é reconhecida, como uma eficaz modalidade de ensino. Isso

se deve às suas características peculiares e ao incremento tecnológico utilizado

para sua disseminação e desenvolvimento. Para compreender o processo da EAD e

ter uma visão de seu desenvolvimento, há a necessidade de uma análise da

diferença entre esta modalidade de ensino e a educação presencial, a associação

de seu passado com seu presente.

4.1 HISTÓRIA DA EAD NO BRASIL

No Brasil, a trajetória da EAD não foi muito diferente do que ocorreu no resto

do mundo. De acordo com Nunes (2003), desde a fundação do Instituto Rádio-

Monitor, em 1939, e depois do Instituto Universal Brasileiro, em 1941, várias

experiências foram iniciadas e levadas a termo com relativo sucesso, mas que

entretanto, em nossa cultura chama a atenção um traço constante nessa área:

descontinuidade dos projetos, principalmente os governamentais. Entre as primeiras

experiências de maior destaque encontra-se certamente, a criação do Movimento de

Educação de Base (MEB), cuja preocupação básica era alfabetizar e apoiar os

primeiros passos da educação de milhares de jovens e adultos através das ‘escolas

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radiofônicas’, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Desde seus

primeiros momentos, o MEB distinguiu-se pela utilização do rádio e montagem de

uma perspectiva de sistema articulado de ensino com as classes populares. Porém,

a repressão política que se seguiu ao golpe de 1964 desmantelou o projeto inicial,

fazendo com que a proposta e os ideais de educação popular de massa daquela

instituição fossem abandonados. Belloni e Pimentel (1996, p.105) apresentam uma

visão semelhante à de Nunes e afirmam que a história da EAD pode ser resumida

como uma série de ações nem sempre coerentes e muitas vezes contraditórias.

Nas décadas de 50 e 60 surgem vários projetos com a utilização de rádio, TV

e material impresso para formação de educadores. Dentre aqueles que se

destinavam à formação de educadores vale citar o LOGOS e o LOGOS II, que

visavam à formação de professores leigos; o Centro de Ensino Tecnológico de

Brasília (CETEB) criado em 1965 através do convênio da FUBRAE com o Ministério

da Educação com o objetivo de contribuir para a formação de recursos humanos; o

Pós-graduação Tutorial a Distância (POSGRAD) implantado em caráter experimental

(1979-1983) pela Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Ensino Superior

(CAPES-MEC), mas administrado pela Associação Brasileira de Tecnologia

Educacional (ABT); a Universidade de Brasília (UNB) que desde 1980 vem

oferecendo cursos de educação continuada; a Universidade Federal do Mato Grosso

(UFMT) que, por meio do NEAD, foi pioneira na oferta de cursos de licenciatura

plena em educação básica: 1ª a 4ª séries do primeiro grau.

Em 1995, é criada a Secretaria de Educação a Distância (SEED) junto ao

Ministério da Educação e Cultura, que busca concentrar esforços junto ao Ministério

das Telecomunicações, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, além de um

grande incentivo aos projetos de pesquisa em Educação a Distância, como o

Programa de Apoio a Projetos de Educação a Distância (PAPED) do MEC/SEED. A

SEED passou então a coordenar os programas: TV

Escola (de formação de professores e apoio didático), o Programa de

Informática Educativa (PROINFO) e o Programa de Formação para Professores

leigos em exercício, (PROFORMAÇÃO), para habilitação em nível de segundo grau.

Cabe ressaltar que essas iniciativas foram marcos importantes para a consolidação

da EAD no Brasil, como modalidade para a formação continuada de educadores.

Nos anos noventa, o Brasil viveu um momento de muitos investimentos em

EAD, sendo que um dos marcos importantes pode ser localizado na nova Lei de

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Diretrizes e Bases a Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro

de 1996). Em seu artigo 80, nas Disposições Gerais, estabelece que: “O Poder

Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a

distância, em todos os níveis e modalidades de ensino e de educação continuada”.

O tratamento dado à EAD pela LDB incentivou muitas instituições de ensino a

pesquisarem e implantarem sistemas de Educação a Distância. Nesse contexto de

desenvolvimento, contradições e consolidação da área surgem várias ações de EAD

no cenário educativo brasileiro, como os programas: “Um Salto para o Futuro”; “TV

Escola” destinada aos professores do ensino fundamental e que utilizaram várias

tecnologias para sua execução (material impresso, vídeo, satélite, fax, telefone, com

recepção organizada com orientadores de aprendizagem nos telepostos).

Atualmente, o programa “Um Salto para o Futuro”, integra a programação do canal

TV Escola, criado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC).

Em 2001 a EAD começa a se diferenciar e a criar uma estrutura própria,

rompendo com as fronteiras de uma regulamentação rígida para o ensino presencial.

É quando surge a Portaria nº 2.253/2001, afirmando em seu texto que as instituições

de ensino podem incluir na sua organização curricular e no seu planejamento

pedagógico disciplinas ministradas em parte ou totalmente sob a forma de ensino

não-presencial; com a ressalva de que isto se aplica aos cursos superiores

reconhecidos. Ainda, restringiu esse uso a não mais do que 20% da carga horária

total do curso, podendo este tempo ser usado integralmente em uma mesma

disciplina ou subdivido em diversas disciplinas, dentro do planejamento.

Referida portaria incentivou diversas universidades e instituições de ensino

superior a desenvolverem disciplinas a distância, fazendo-se valer das novas

tecnologias aplicadas à EAD, o que impulsionou o desenvolvimento de uma nova

modalidade de educação a distância, a Educação on-line.

4.2 EDUCAÇÃO ON -LINE (EOL)

Por muito tempo a educação a distância esteve marginalizada e

representava a periferia dos sistemas de educação, destinados à camada mais

pobre e menos instruída da população. Porém, o desenvolvimento de tecnologias de

informação e comunicação dos últimos anos e a explosão do fenômeno Internet

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impulsionou ainda mais o interesse pela educação a distância e, mais

especificamente, pelo uso em formação desta nova geração de equipamentos, o que

veio mudar de forma determinada a sua imagem social. Silva (2003 p.11) reforça

esse pensamento, acrescentando que: A EAD on-line é demanda da sociedade da

informação, isto é, do novo contexto socioeconômico-tecnológico engendrado a

partir da década de 1980, cuja característica geral não está mais na centralidade da

produção fabril ou da mídia de massa, mas na informação digitalizada como nova

infra estrutura básica, como novo modo de produção. O computador e a Internet

definem essa nova ambiência informacional e dão o tom da nova lógica

comunicacional, que toma o lugar da distribuição em massa própria da fábrica e da

mídia clássica, até então símbolos societários.

Esse fenômeno de crescimento suscitou o interesse de empresas, grandes

corporações e instituições de ensino, em investir no desenvolvimento de programas

de educação à distância, esforço este que vem recuperando a gasta imagem da

EAD de alguns anos atrás.

Pode-se perceber, a partir destas transformações, que a EAD, em si, passou

e continua a passar por um processo de Reengenharia, remodelando-se a partir da

inserção de novas tecnologias.

Este fenômeno de crescimento da EAD sugere o estabelecimento de uma

distinção entre a educação a distância e a educação on-line, pois estas passam a

ser compreendidas como diferentes domínios. Para Moram (1999) Educação à

Distância é entendida por um método de ensino na qual a relação direta entre

professores e alunos é substituída por uma relação mediatizada por um suporte e

um conjunto de técnicas, ao passo que a educação on-line pode ser designada

como um conjunto de dispositivos funcionando on-line a partir de informações

digitais, sendo menos abrangente que a EAD, uma vez que esta última utiliza uma

gama de suporte muito mais vasta.

Na visão de Moram (1999) pode-se definir educação on-line como o conjunto

de ações de ensino aprendizagem desenvolvidas por meio de meios telemáticos,

como a Internet, a videoconferência e a teleconferência. A educação on-line

acontece cada vez mais em situações bem amplas e diferentes, da educação infantil

até a pós-graduação, dos cursos regulares aos corporativos. Abrange desde cursos

totalmente virtuais, sem contato físico – passando por cursos semipresenciais – até

cursos presenciais com atividades complementares fora da sala de aula, pela

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Internet. A educação a distância é um conceito mais amplo que o de educação on-

line. Um curso por correspondência é a distância e não é on-line.

Essa diferença entre EAD e EOL se torna mais clara, quando percebe-se que

com os recursos da Internet, a educação on-line se estabelece de maneira a colocar

maior ênfase no contexto social da relação de aprendizagem, desenvolvendo

estratégias que passam a fazer parte integrante e fundamental dos programas

educacionais on-line.

Linda Harasim (1990) enfatiza a natureza social dos ambientes de

aprendizagem na educação on-line. Para esta autora a educação a distância

tradicional enfatiza a independência do aluno e a privatização do aprendizado. Em

contrapartida a educação on-line é um grupo de atividades e envolve um processo

de interação social, que é característico da educação presencial.

Partindo deste pressuposto, Harassin (1990) afirma que historicamente os

benefícios sociais, afetivos e cognitivos da interação e colaboração têm sido

característicos apenas da educação presencial e que a introdução da educação on-

line abre novas perspectivas de interatividade que a EAD tradicional não dispunha. É

com base nessas premissas que a autora define cinco características da EOL:

1. Comunicação de muitos para muitos;

2. Independência de local;

3. Independência no tempo (isto é, flexibilidade de tempo e não

atemporalidade);

4. Comunicação baseada em texto;

5. Interação mediada por computador.

A importância do trabalho de Harasim (1990, p. 32) está na inclusão de

atividades de aprendizagem com ênfase na comunicação e no entendimento de que

o conhecimento é uma construção social promovida por intermédio de redes de

computadores. Para ela estes conceitos devem fazer parte da fundamentação

teórica e da definição de educação a distância.

Silva (2003) refere-se à EOL como:

“Uma exigência da cibercultura, isto é, do conjunto imbricado de técnicas, práticas, atitudes modos de pensamento e valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço, isto é, do novo ambiente comunicacional que surge com a interconexão mundial de computadores e das memórias dos computadores; principal suporte de trocas e de memória da humanidade a partir do início do século XXI; novo espaço de comunicação, de sociabilidade, de organização, de informação, de conhecimento e claro, de educação.” (p.11)

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Alguns estudos (BATES, 1997, p.5) dedicaram-se a demonstrar que

educação on-line, ou educação baseada na Internet é tão eficiente quanto a

educação presencial. No entanto, Brewer et al. (2001, p. 44) comenta que para o

sucesso da educação on-line é necessário identificar previamente o nível e o tipo de

aprendizagem a desenvolver. Se a aprendizagem refere-se a estágios iniciais de

aquisição de conhecimento, o método de ensino deve envolver o aluno, permitindo-

lhe a oportunidade de interagir com a informação, com os outros alunos e com o

professor, tanto para a modalidade presencial como para a distância, desde que se

saiba utilizar adequadamente os meios e as técnicas de aprendizagem.

Silva (2003, p.11) ensina que proporcionar educação on-line não é o mesmo

que fornecer educação presencial ou a distância via suportes tradicionais, referindo-

se que isso exige metodologia própria que pode, inclusive, inspirar mudanças

profundas no modelo da transmissão que prevalece nas salas de aula presencial,

sem recursos tecnológicos. Em outras palavras, o autor fala em educar com base

em diálogo, troca, participação, intervenção, autoria e colaboração. Essas

características definem, em grande parte, o sucesso da EOL.

Na educação On-line, alguns parâmetros são necessários atribuir para que

ocorra as interações e também o conhecimento. O sistema de informação é

fundamental nesta modalidade.. Surgindo então os ambientes virtuais de

aprendizagem (AVA), isto é, sistemas com finalidades educacionais, que integram

diversos recursos disponibilizados pelas tecnologias de informação e comunicação.

Assim o conceito de Educação On-line surge como a expressão contemporânea

dessa reflexões que tentam capturar as formas e conceitos nas práticas educativas

vivenciadas através do AVA.

No contexto de discussão da educação on-line, todas as questões

pedagógicas fundamentais soa recolocadas na perspectiva dos AVA. A educação

on-line almeja a sistematização das abordagens possíveis sobre este tema, em

especial, as análises dos processos de aprendizagem e avaliação, o papel docente,

a formação de professores e a elaboração de metodologias e conteúdos didáticos e

programáticos.

A inovação educacional presente no AVA é fruto do próprio desenvolvimento

histórico da Educação a Distância (EAD). A proposta é ver na seqüência das

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gerações da EAD o espaço e a temporalidade próprios da emergência da Educação

On-line como nova realidade de ensino-aprendizagem.

Existem alguns AVA – Ambiente virtual de aprendizagem, que tem contribuído

em todo este processo. O Moodle, (Modular Object Oriented Distance Learning) vem

sendo utilizado por diversas instituições ao redor do mundo.

O Ambiente Virtual de Educação Moodle contém uma interface e diversas

funcionalidades que facilitam a interação entre o usuário e o ambiente.O Moodle foi

criado de forma que a sua utilização se integrasse facilmente ao cotidiano de

docentes e discentes, possibilitando uma maior qualidade no Ensino a Distância e

um melhor gerenciamento dos cursos oferecidos por esta modalidade de ensino.

Para demonstrar os parâmetros propostos por alguns autores, é apresentado a

figura 4, das ferramentas AVA e suas inter-relações, isto de forma indutiva da

Gestão de Cursos a Distância por Bertrand (BERTRAND, 1998), design instrucional

(BAGDONIS E SALISBURY, 1994), Engenharia Tecnológica (PAQUETTE, 2002) .

Figura 4 - Ferramentas do AVA e suas inter-relações

FONTE: PAQUETE, 2002.

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O círculo indica um procedimento. Os retângulos indicam os parâmetros. As

setas na direção de dentro para fora, ligando um procedimento ao conjunto de

parâmetros, indicam que a execução do procedimento influencia diretamente os

resultados da aplicação dos parâmetros em questão. As setas na direção oposta, de

fora para dentro, indicam que para executar tal procedimento é necessário

desenvolvê-lo com o apoio dos parâmetros indicados.

4.3 DIFERENÇAS E MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO: PRESENCIAL X DISTÂNCIA

As constantes mudanças de ordem econômica, social, tecnológica e

científica, implica o desenvolvimento e a qualificação profissional continuada de todo

cidadão e em todos os setores do conhecimento humano.

Os fatos da realidade atual vêm mostrando que a escola tradicional não tem

mais condições de sozinha atender esta demanda. Mas na EaD (Educação à

Distância) pode-se encontrar a resposta que permite dinamizar este processo

educacional continuado e permanente (PRETTI, 1996, p 3).

A Educação à Distância é uma modalidade democrática de ensino que

permite eliminar a separação geográfica entre educador e educando e atender a um

número ilimitado de alunos que estejam em busca de formação ou atualização

profissional. É também, um processo de auto-aprendizado que é incentivado pela

utilização de recursos didáticos bem elaborados e adequados às circunstâncias ou

contingências.

Uma vantagem da Educação à Distância é a flexibilidade, isto porque não

esta limitada às condições espaciais e temporais da sala de aula, obrigando

professor e aluno encontrarem-se em um mesmo momento, proporcionando a todos

os cidadãos usufruírem do direito de acesso ao conhecimento, principalmente

quando estão distantes dos grandes centros. Outra vantagem da EAD, é a

rentabilidade que segue o princípio da economia de escala, isto é, quanto maior a

produção de material didático para atender ao aumento (ilimitado) do número de

cursistas menor será o custo.

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Ao nos referirmos à educação a distância, o primeiro questionamento reside

nas diferenças que existem entre esta modalidade de educação e a educação

presencial. Numa visão simplista, a resposta é a não presencialidade do aluno e do

professor no mesmo espaço físico. Isto é trivial e óbvio. É possível dizer que as

diferenças estão muito além da simples presença numa sala de aula e que, a

compreensão e o conhecimento são fundamentais para entendermos a forma de

ensinar e de aprender nesta modalidade de educação. Conforme afirma Peters,

“[...] muitos docentes acreditam e estão convencidos de que a única diferença é apenas a “distância” e a importância da mídia técnica é necessária para transpor o abismo entre quem ensina e quem aprende...e que o resto do processo de ensino e de aprendizagem permanece idêntico. No entanto, esta opinião está errada, mostra uma abordagem equivocada à educação a distância e revela uma atitude pedagógica inadequada.” (PETERS, 2003, p. 69).

Para este autor, a educação a distância apresenta uma abordagem

totalmente diferente do ensino presencial, com estudantes, objetivos, métodos,

mídias e estratégias diferentes e, acima de tudo objetivos diferentes na política

educacional. Para ele, “a educação a distância é sui generis” (p. 70).

a) Diferenças

Tabela1: Diferenças entre o ensino presencial e educação à distância Ensino Presencial Educação a distância

• Formas orais/palestras para apresentar o conteúdo;

• Interatividade face a face no mesmo espaço físico – prática usada há séculos e dá a sensação de segurança tanto para o professor como para o aluno;

• A atenção de professores e alunos é muito mais dirigida a problemas de conteúdos, do que em problemas do necessário processo de interação;

• Comportamento do professor e do aluno é inconscientemente governado por convenções (normas de uso geral, costumes);

• Simultaneidade entre o tempo e o espaço de professores e alunos;

• Modelo de ensino presencial é centrado na imagem do professor a frente da sala. Tudo gira em torno do docente: o aluno, a organização curricular, o material didático e a avaliação;

• Limites de número de alunos e abrangência geográfica.

• Formas prevalentes do ensino e da aprendizagem não são falar e ouvir em situações face a face, mas apresentar material didático (impresso, digital...);

• Falar e ouvir são substituídos normalmente por escrever e ler;

• A interação acontece de forma natural, porém através de tecnologias, tornando-se artificial;

• Tanto a interatividade como a comunicação, durante um processo de ensino e de aprendizagem deve ser planejada, conforme objetivos e metas a serem alcançados;

• Os métodos de apresentação do conteúdo e de aquisição do conhecimento são diferentes e exigem situações especiais e organizadas;

• A linguagem dos conteúdos difere da linguagem falada;

• Não existe delimitação geográfica para abrangência dos alunos.

FONTE: PETERS, 2003.

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b) Comportamentos

A partir das diferenças que acabamos de apresentar, modificações ocorreram

e novos comportamentos surgiram no processo de ensino e de aprendizagem na

EAD. Os mais importantes e notáveis correspondem às funções do aluno e do

professor.

O professor na EAD assume o papel de planejador do conhecimento através

dos conteúdos desenvolvidos, estimulador da participação e responsável pela

interação com os alunos. Deixa de ser o centro e detentor do conhecimento, para

ser mediador e socializador. Sua função tornou-se mais abrangente na EAD do que

no ensino presencial.

O aluno, este deve ser mais autônomo e independente, capaz de desenvolver

capacidade de organizar seu próprio aprendizado e de buscar o conhecimento. “Tem

que ser ativo não apenas ao executar suas tarefas de aprender, mas também ao

interpretar a refletir criticamente sobre o que está fazendo quando aprende”

(PETERS, 2003, p. 72).

A partir do momento que entendermos as diferenças que existem entre a EAD

e o ensino presencial, conhecendo as mudanças que ocorreram no processo de

ensino e de aprendizagem, vamos saber porque é totalmente inadequado julgar a

educação a distância, aplicando os critérios da gestão da educação presencial. No

entanto, isso é freqüentemente feito por administradores.

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CONCLUSÃO

Tendo como objetivo dissertar sobre as transformações ocorridas no setor

organizacional acadêmico, provocados pelas inovações e avanços tecnológicos,

este trabalho apontou a importância da utilização e gestão dos Sistemas de

informação Integrados. Considerando que a educação é um sinal de

desenvolvimento de um país, torna-se interessante investigar como têm sido

empregados tais sistemas tecnológicos na gestão dos serviços e sua otimização por

parte dos gestores e professores, utilizando assim como uma ferramenta na

docência do ensino superior.

A pesquisa mostrou que o cenário educacional está em pleno processo de

transformação, e a tecnologia da informação é uma das bases para essas

mudanças. Está se vivendo a era da informatização e a maioria das instituições

vencedoras estão usando ferramentas digitais. Cada vez mais, conhecer e usar as

possibilidades deste novo mundo é essencial para a sobrevivência de qualquer

organização. As escolas, faculdades, instituições e universidades que souberem

utilizar ferramentas digitais poderão reinventar sua maneira de operar e de ensinar,

podendo manter-se à frente de seus concorrentes, e conseqüentemente à frente no

mercado.

Nos últimos anos, temos observado um avanço considerável no uso dos

Sistemas de Informação pelas organizações, devido tais sistemas estarem se

integrando, viabilizando o fluxo das informações e facilitando os processos de

comunicação e decisão.

Assim, este trabalho apontou a importância das organizações adotarem os

sistemas de informação como ferramenta auxiliadora na docência do ensino

superior. E ainda, a rapidez e eficiência na transmissão de informação agilizando a

comunicação entre professores, gestores e alunos

Com o surgimento da EAD, novas técnicas e formas de ensinar necessitaram

ser revistas. O posicionamento dos professores também teve uma radical mudança.

A tecnologia da informação tem possibilitado estar em vários lugares ao mesmo

tempo, virtualmente logicamente, mas esta alteração em tempo e espaço surgiu o

aparecimento de um professor que necessita estar inserido no contexto tecnológico.

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Somando a isto tem alguns aspectos da educação a distância no contexto

sócio-econômico, como as contribuições dessa modalidade de ensino para a

democratização do acesso ao ensino superior, bem como a importância da formação

de profissionais que consigam atuar de forma contextualizada com as novas

exigência da educação fundamental a fim de preparar o aluno para enfrentar o

processo de aprendizagem como algo que deve fazer parte de sua vida ao longo de

sua história e que na sociedade atual tem sido o foco das atenções, pois o mercado

de trabalho exige cada vez mais a formação de cidadãos críticos e dotados de

autonomia para se adaptar a funções generalizadas e que sejam capazes de

aprender, inovar, criar e buscar o conhecimento necessário para melhorar a

qualidade de sua vida tanto pessoal quanto profissional.

Entretanto, não existe pressuposto de que a Educação à Distância possa

substituir o ensino presencial ou convencional, de maneira diferente, observa-se que

as duas modalidades se complementam. Fazendo-se uma correlação: é como se

fossem dois rios que seguem paralelamente no mesmo sentido, entrecortando-se

em vários pontos.

Os sistemas de informação contribuem dessa forma de forma enérgica a

coordenação de diversos fatores envolvidos no ensino-aprendizado, tanto no ensino

presencial como também no ensino a distancia, auxiliando assim a docência do

ensino superior.

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