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7Wi
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
A RELAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA COM A
PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Rose Kelly dos Santos Serafim
ORIENTADORA: Profª Marta Relvas
Rio de Janeiro 2013
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2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia ao Conjunto Universitário Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Psicopedagogia.
Rio de Janeiro 2013
A RELAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA COM A
PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Rose Kelly dos Santos Serafim
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por me dar capacitação e colocar em meu caminho pessoas que puderam contribuir comigo, no decorrer desse processo de ensino e construção desse trabalho.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho e todos os outros que estão por vir, a minha querida mãe Alzira Maria dos Santos Serafim (In Memorian).
5
EPÍGRAFE
“Quem tem olhos para ver e ouvidos para ouvir, se convence que os mortais não podem ocultar nenhum segredo. Aquele que não fala com os lábios, fala com as pontas dos dedos: nós nos traímos por todos os poros.” (Freud)
6
RESUMO
Este trabalho apresenta questões sobre a relação da
psicopedagogia com a psicomotricidade. São duas ciências que trabalham em
busca de resultados no processo de ensino-aprendizagem. Ambas utilizam
jogos e brincadeiras em suas atividades individuais com crianças que
apresentem dificuldades na aprendizagem. As questões relacionadas ao corpo,
a mente, o desempenho escolar do aluno, o papel do psicopedagogo, do
psicomotricista visando buscar pontos de ligação entre esses dois profissionais.
Através dessa pesquisa procura-se buscar novas propostas de
trabalho que ajudem os profissionais da educação a obter meios que propiciem
um tratamento de qualidade cada vez melhor as nossas crianças com
dificuldades.
Palavras-chave: Psicopedagogia, Psicomotricidade, Ensino-aprendizagem.
7
METODOLOGIA
Através desse trabalho, pretende-se mostrar a relação da
psicopedagogia com a psicomotricidade no trabalho institucional, visando à
busca de ambas por um progresso em relação ao ensino-aprendizagem e a
contribuição das mesmas na educação infantil.
A psicopedagogia é uma ciência que estuda e atua na aprendizagem
do ser humano e procura intervir visto que seus limites são muito amplos.
Estuda as dificuldades e os processos de aprendizagem de crianças, jovens e
adultos. Já a psicomotricidade, estuda o homem, ou seja, seu corpo em
movimento, relacionando-o ao mundo externo e interno. Através do corpo o
profissional estuda as aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. Tem muita
importância aos trabalhos relacionados ao desenvolvimento infantil na fase pré-
escolar e posteriormente.
O presente trabalho justifica-se pelo fato de ambas, tanto a
psicopedagogia quanto a psicomotricidade desenvolverem atividades
relacionadas ao desenvolvimento do indivíduo, tanto intelectual quanto físico.
Estão sempre em busca de novos métodos que possa ajudar alunos a sanar
problemas relacionados à aprendizagem.
O estudo que se apresenta é partido do pressuposto de que a
psicopedagogia e a psicomotricidade juntas, podem unir objetividade de nossas
ações motoras e subjetividade através de nossos pensamentos relacionados à
nossa psique. A parceria poderá melhorar o trabalho e obter um melhor
resultado nas atividades feitas nos consultórios. A psicomotricidade procura
formas de explorar e conhecer a ação do corpo, o psicopedagogo entende que
para a criança ter um bom desenvolvimento, precisa desenvolver sua
motricidade, no ambiente físico para poder descobrir os valores dos símbolos
deste espaço e os seus significados. Por isso elas podem sim se completar.
8
Após concluir o curso de Pedagogia, senti a necessidade de buscar
novos meios para ajudar as crianças da pré-escola, que tivessem com qualquer
tipo de dificuldade na aprendizagem. Então, optei por fazer a especialização no
curso de psicopedagogia, visando entender melhor as dificuldades na
aprendizagem e poder aprender como interferir tentando amenizar o problema.
Muitos sabem que a psicopedagogia ainda não é uma profissão
totalmente reconhecida e nem todas as instituições contratam um
psicopedagogo. Então, neste trabalho será preciso explicar melhor as
atribuições desse profissional. Em contrapartida buscar uma relação entre a
psicopedagogia e a psicomotricidade, em busca de atividades que possam
somar ao trabalho feito com alunos com dificuldades na aprendizagem.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 10
CAPÍTULO I
A História da Psicopedagogia e Suas Definições 12
CAPÍTULO II
A Psicomotricidade Infantil 21
CAPÍTULO III
Qual a Relação da Psicopedagogia com a Psicomotricidade na Educação
Infantil 30
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA 42 WEBGRAFIA 43 ÍNDICE 45
10
INTRODUÇÃO
Através desse trabalho, pretende-se mostrar a relação da
psicopedagogia com a psicomotricidade no trabalho institucional, visando à
busca de ambas por um progresso em relação ao ensino-aprendizagem e a
contribuição das mesmas na educação infantil.
A psicopedagogia é uma ciência que estuda e atua na aprendizagem
do ser humano e procura intervir visto que seus limites são muito amplos.
Estuda as dificuldades e os processos de aprendizagem de crianças, jovens e
adultos. Já a psicomotricidade, estuda o homem, ou seja, seu corpo em
movimento, relacionando-o ao mundo externo e interno. Através do corpo o
profissional estuda as aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. Tem muita
importância aos trabalhos relacionados ao desenvolvimento infantil na fase pré-
escolar e posteriormente.
O presente trabalho justifica-se pelo fato de ambas, tanto a
psicopedagogia quanto a psicomotricidade desenvolverem atividades
relacionadas ao desenvolvimento do indivíduo, tanto intelectual quanto físico.
Estão sempre em busca de novos métodos que possa ajudar alunos a sanar
problemas relacionados à aprendizagem.
O estudo que se apresenta é partido do pressuposto de que a
psicopedagogia e a psicomotricidade juntas, podem unir objetividade de nossas
ações motoras e subjetividade através de nossos pensamentos relacionados à
nossa psique. A parceria poderá melhorar o trabalho e obter um melhor
resultado nas atividades feitas nos consultórios. A psicomotricidade procura
formas de explorar e conhecer a ação do corpo, o psicopedagogo entende que
para a criança ter um bom desenvolvimento, precisa desenvolver sua
motricidade, no ambiente físico para poder descobrir os valores dos símbolos
deste espaço e os seus significados. Por isso elas podem sim se completar.
Após concluir o curso de Pedagogia, senti a necessidade de buscar
novos meios para ajudar as crianças da pré-escola, que tivessem com qualquer
11
tipo de dificuldade na aprendizagem. Então, optei por fazer a especialização no
curso de psicopedagogia, visando entender melhor as dificuldades na
aprendizagem e poder aprender como interferir tentando amenizar o problema.
Muitos sabem que a psicopedagogia ainda não é uma profissão
totalmente reconhecida e nem todas as instituições contratam um
psicopedagogo. Então, neste trabalho será preciso explicar melhor as
atribuições desse profissional. Em contrapartida buscar uma relação entre a
psicopedagogia e a psicomotricidade, em busca de atividades que possam
somar ao trabalho feito com alunos com dificuldades na aprendizagem.
12
CAPÍTULO I
A HISTÓRIA DA PSICOPEDAGOGIA E SUAS
DEFINIÇÕES
Os primeiros centros psicopedagógicos surgiram na Europa, no ano
de 1946, fundados por George Mauco e J. Boutonier, tendo direção médica e
psicopedagógica. Uniram alguns conhecimentos as áreas de Psicanálise,
Pedagogia e Psicologia, para nesses centros tentar readaptar crianças que
apresentassem comportamentos ditos como inadequados no lar ou na escola.
Crianças com algum tipo de dificuldade na aprendizagem, mesmo sendo
inteligentes. No Brasil, o surgimento dos primeiros grupos aconteceu há
aproximadamente 30 anos, os estudos eram sobre aprendizagem e o sistema
educacional brasileiro. Já os cursos começaram a surgir na década de 70,
expandindo mais nos anos 90.
A psicopedagogia é uma ciência que está ganhando espaço, por ser
nova, ainda há muita luta pelo seu reconhecimento. Seu desenvolvimento se
dá durante o século XIX, na Europa e na América do Sul, através de alguns
autores, como Pichón Riviére, Maud Mannono, entre outros. A luta da
Associação Brasileira de Psicopedagogia é muito grande, pois ainda não há
aceitação quanto à regularização do profissional em psicopedagogia. Essa
Associação existe no Brasil mais ou menos faz uns treze anos, e é responsável
por organizar eventos, publicar temas relacionados à psicopedagogia, e
também para cadastrar novos profissionais. O psicopedagogo é de suma
importância para a contribuição, no processo desafiador que é o de ensino-
aprendizagem. É o profissional de psicopedagogia que atua tentando
solucionar diversos problemas, que surgem durante toda a fase escolar do
aluno. Procura novos meios para ajudar o professor, a escola, a família a
entender por que certos processos demoram mais para acontecer e sempre
pensa que a criança deve desenvolver sua motricidade em seu ambiente físico.
Leva a criança a perceber seus problemas de aprendizagem e que de repente
pode estar ligada a parte motora, que por algum motivo, pode ter sido alterada
13
por certo tipo de trauma na sua infância, ou talvez faltando afetividade familiar,
pode implicar em desvios psicomotores. A psicopedagogia mostra ao indivíduo,
que cada um deve conhecer seu próprio corpo e gostar dele, para que a
formação do mesmo seja detalhada.
O psicopedagogo pode deparar com crianças que tenham
dificuldades em aprender, problemas de ensinagem relacionado aos docentes,
que se associa a percepção social e até mesmo a interação social.
Para que o psicopedagogo entenda a criança, ele deve ter um bom
relacionamento com a mesma, um bom entendimento e compreensão. A
atuação do psicopedagogo divide-se em quatro áreas: cognitiva, que é o
conjunto dos processos mentais usados no pensamento e na percepção,
também na classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento
através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e soluções
de problemas. ( Wikipedia); psicomotora, ou seja, o comportamento da criança
relativamente à aquisição dos reflexos (maturação): desenvolvimento
psicomotor (Dicionário de Português On Line); pedagógica, o Processo Ensino
e Aprendizagem, a ação cultural do educador em intervir e/ou de transmitir
tecnicamente "o conhecimento", de forma sedutora, significativa e em
comunhão com a realidade social, o perfil e a história de vida do educando, o
conhecimento e a informação e a dimensão cognitiva do educando ao
perceber, aprender, apreender e se apropriar de forma crítico-reflexiva do
conhecimento e das informações transmitidas pela percepção pessoal de
observador ou de sujeito da intervenção formativo-educativa da qual foi sujeito,
a sua acomodação junto aos conhecimentos anteriormente existentes e sua
capacidade de aplica-los à realidade social vivido-compartilhada enquanto ser
social e cidadão.(WiKipedia); e afetiva, que diz respeito à afetividade, aos
sentimentos.
Aquele que possui afeição ou características afetuosas.
Refere-se aos sentimentos ou às afeições (Dicionário On Line de Português).
Todas se interligam visando trabalhar a motricidade da criança. A parte motora
interfere na parte emocional da criança. Para que se entendam todos os
14
aspectos da aprendizagem, o psicopedagogo precisa atualizar-se em busca de
novos meios, utilizando a psicomotricidade.
A psicopedagogia é uma ciência interligada com a pedagogia e com
a psicologia. Surgiu da necessidade em compreender e tratar dificuldades na
aprendizagem.
A educação no Brasil, no tempo da Revolução Industrial, teve uma
iniciativa Jesuítica, no período colonial. Com a chegada da corte teve sua
consolidação só no século XX, com o serviço da classe dominante, aí
ocorreram algumas mudanças, por meio do advento do estado socialista na
Revolução Russa de 1917.
Ainda no século XVII o conceito de aprendizagem não existia e nem
dificuldades na aprendizagem. Dava-se o nome de doenças mentais, uma
concepção fora do normal. Posteriormente ao século XIX, surgiram às escolas
psicológicas contemporâneas, essas escolas consideravam o consciente, a
estrutura e o estímulo como única causa suficiente.
A partir dos anos 40 e 45, alguns psicanalistas europeus buscavam novos conceitos na América do Sul e divulgavam na Argentina suas práticas e conhecimentos. Passaram por repressões nos anos 70 e 80, mas alguns intelectuais ainda chegaram com seus conhecimentos na Argentina. Eles investigavam, refletiam e escreviam. Elaboravam conceitos, diagnósticos, individuais e preventivos, grupais e assistenciais, critérios para selecionar grupos de tratamento psicopedagógico. (GONÇALVES, 2000, p.03)
No ano de 1982 foram iniciados alguns cursos de psicopedagogia no
Centro de Estudo Psicopedagógico do Rio de Janeiro - CEPERS.
Os primeiros centros psicopedagógicos foram fundados na Europa, por J. Boutonier e George Mauco em 1946. O objetivo era tentar readaptar crianças que tinham comportamentos tidos como inadequados na escola ou em casa, crianças com algumas dificuldades na aprendizagem, mesmo sendo inteligentes. (MERY apud BOSSA, 2000, p. 39).
Já no Brasil, a história da psicopedagogia teve pontos polêmicos,
questionamentos sobre o papel da mesma. Nos anos de 1995 e 1996, alguns
15
documentos foram feitos para explicar o campo de atuação, contribuição, área
científicos e critérios de formação acadêmica.
Para atuar no campo da psicopedagogia, o profissional tem um
conjunto de tarefas e funções prestando assessoramento às escolas.
A dificuldade escolar pode gerar um círculo vicioso do fracasso, ou seja, quanto mais a criança se sente inferiorizada, mais ela estará suscetível ao insucesso, e menos poderá obter aprovação a partir de seu desempenho. (LINHARES & Colls, 1993 apud OKANO, et al, 2004).
Segundo o psicopedagogo Allessandrini (1996), a psicopedagogia
pode: reprogramar projetos educacionais, que sejam facilitadores de uma
aprendizagem mais dinâmica e significante; supervisionar programas, treinando
educadores e atuando junto a profissionais de educação; aprimorar a qualidade
de aprendizagem do sujeito que apresenta dificuldades escolares.
No seu livro, “Inteligência Aprisionada”, Fernández (1987), sugere
que o aluno deve ser considerado em quatro aspectos: seu corpo, seu
organismo, sua inteligência e seu desejo.
• O corpo: observar o jeito que o aluno se percebe, como se
movimenta, e qual seu esquema corporal;
• O organismo: deve-se entendê-lo no seu funcionamento- se
normal ou não fisiológico;
• A inteligência: a capacidade do aluno em resolver problemas, no
seu cotidiano;
• O desejo: sua motivação mais profunda, sua autoestima, seu
querer, fragilidades e forças.
1.1. A Psicomotricidade e Suas Definições
O termo utilizado “psicomotricidade” surge no campo de neurologia,
precisamente no século XIX, quando a preocupação era em nomear as áreas
do córtex cerebral de acordo com as funções desempenhadas por cada parte.
16
Passou-se então a desenvolver-se como prática individual e mais para frente
transformando-se em ciência.
O neuropsiquiatra Dupré foi de grande importância nesse âmbito
psicomotor, no ano de 1909. Ele afirmou que a debilidade motora antecede o
sintoma psicomotor.
Uma Educação Psicomotora é uma ciência que estuda fenômenos
psicológicos e motores, que estão ligados à educação, visando um bom
desenvolvimento motor para evitar problemas futuros para a criança.
A educação psicomotora é de suma importância na vida da criança,
por isso pais e escola devem ter a preocupação relacionada ao ensino, para
que a formação da mesma não seja comprometida.
Pode-se entender que o desenvolvimento psicomotor é gradual, a
fase do crescimento requer um movimento, para se processar de modo
psicológico a formação do ser. Os pais não devem apressar o desenvolvimento
motor da criança, pois pode vir a prejudicar o desenvolvimento. A criança
relacionará aspectos físicos com os biológicos de seu corpo, visto que o
crescimento do organismo quase sempre é feito de forma parecida em cada
indivíduo. Para outros esse processo acontece de maneira análoga, por isso
não se deve acelerar o desenvolvimento, entendendo que cada organismo
reagirá de forma diferenciada. A criança também deve ter um ambiente físico
estimulante, com muitos símbolos e significados, para estimular no seu
desenvolvimento psicomotor.
Para que a criança evolua e desenvolva sua estrutura psicomotora,
ela depende do equilíbrio, tonicidade, imagem e esquema corporal,
organização espacial-temporal, lateralidade, coordenação motora geral e fina
que são de sua importância na atuação do corpo no espaço, não esquecendo
que a educação psicomotora é responsável pelo estudo de cada atividade
citada acima.
17
No ano de 1909, Dupré, neuropsiquiatra, afirma a independência da
debilidade motora.
O grande pioneiro da psicomotricidade é Henry Wallon, médico,
pedagogo e psicólogo. Ele diz que “o movimento é a única expressão e o
primeiro instrumento do psiquismo.” Todo movimento é o pensamento através
do ato.
No ano de 1935, Edouard Guilman, iniciou sua prática psicomotora,
através das pesquisas feitas por Wallon. Estabeleceu-se por meio de várias
técnicas vindas da neuropsiquiatria infantil, e da reeducação psicomotora,
atividade que busca relação entre atividade tônica e controle motor.
Piaget estudou muito as relações entre a percepção e a psicomotricidade, através da experimentação. Ele demonstra bastante a importância da fase sensório-motora e da motricidade também, antes do domínio da linguagem. Piaget diz que a inteligência é uma adaptação ao meio ambiente. Mas, a criança precisa manipular objetos de seu meio, para que isso aconteça. (OLIVEIRA, 2007, p.31).
O período da psicomotricidade é marcado por Levin pela teoria da
psicanálise, já em 1995. É o período das manifestações expressivas.
No Brasil, os primeiros documentos encontrados sobre a
psicomotricidade, foi na década de 50, por Gruspun, psiquiatra e Lefévre,
neurologista, que evidenciaram o movimento utilizado para processos
terapêuticos da criança excepcional, tendo como característica, distúrbios
psiconeurológicos.
Só em 1968 é que a psicomotricidade foi difundida, através de
cursos e cadeiras nas universidades em vários estados brasileiros. Ela foi
incluída nas escolas, para corrigir distúrbios, era vista como um recurso
pedagógico.
A Sociedade Brasileira de Psicomotricidade só foi fundada em 1980,
cuja presidente era Beatriz do Rego Saboya. Quando assim surgiram as
primeiras publicações nessa área.
18
Considerando o homem como único, em constante evolução e essencialmente um ser interativo, o movimento corporal, como abordado pela Psicomotricidade, facilita seu acesso ao funcionamento psíquico normal otimizado. (FONSECA, 1988).
Abaixo, alguns conceitos de psicomotricidade:
“É uma ciência terapêutica adotada na Europa há mais de 60 anos,
principalmente na França, que instituiu o primeiro curso universitário de
Psicomotricidade em 1963”. (ISPE-GAE, 2007)
Psicomotricidade, portanto é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização. (SBP, 2003).
A psicomotricidade é a extração corporal dos potenciais neuro, psico-cognitivo funcionais, sujeitos as leis de desenvolvimento e maturação, manifestados pela dimensão simbólica corporal própria, original e especial do ser humano. (LOUREIRO apud ISPE-GAE, 2007).
A psicomotricidade se conceitua como ciência da Saúde e da Educação, pois indiferente das diversas escolas, psicológicas, condutistas, evolutistas, genéticas, etc. ela visa à representação e a expressão motora, através da utilização psíquica e mental do indivíduo. (AJURIAGUERRA apud ISPE-GAE, 2007).
A psicopedagogia e a psicomotricidade, são duas ciências
importantes no processo educacional. Ambas ajudam a sanar dificuldades na
aprendizagem.
A aprendizagem dramatiza-se no corpo a partir da experiência de prazer pela autoria. Sendo a autoria objeto de toda intervenção psicopedagógica e sendo a psicomotricidade a que se ocupa do saber sobre o corpo e seus modos de valer-se... (Alicia Fernández)
De acordo com Vitor Fonseca, reeducar no sentido etimológico da
palavra, é sinônimo de restaurar, recuperar, readquirir, reinstalar, remediar,
reintegrar, etc., o estado de integridade e de invulnerabilidade anterior à zona
de desenvolvimento proximal, ou seja, um estado de ajustamento sustentado,
funcional e adaptativo do indivíduo, isto é, um ajustamento total o mais útil
19
possível, isto é, não só motor, mas emocional, cognitivo, pessoal, familiar,
social, vocacional, econômico, ecológico, numa palavra psicomotora.
A motricidade humana, a única do reino dos vertebrados que se pode considerar psicomotora, revela um elenco incomensurável de capacidades adaptativas e cognitivas que emanam das progressivas libertações corporais que ilustram a natureza do comportamento humano. (Vitor da Fonseca)
Desde a gestação nossos movimentos corporais são muito
importantes para o nosso desenvolvimento. Locomovemos-nos a todo instante
e momento, seja acordado ou dormindo. Nosso corpo expressa nossos
sentimentos, nossas ações. Aprendemos desde pequenos a nos comunicar
através do mesmo. Ora seja dançando, correndo, trabalhando, observando o
outro, as coisas.
O respeito à diversidade cultural dos meninos e meninas leva-nos a perceber que há diferentes formas de se movimentar e que estas linguagens de movimento expressas pelas crianças, quando em interação umas com as outras, contribuem para a produção da cultura infantil alicerçada em valores como a criatividade, a ludicidade e a alegria. (SAYÃO, 1999)
Fases de desenvolvimento da criança segundo Wallon:
§ Ao nascer podemos observar o estágio impulsivo-emocional.
É o período de simbiose afetiva;
§ Até os dois anos a criança passa para o período sensório-
motor e projetivo, ela explora bastante o meio físico;
§ Já com três anos de idade ela passa para o estágio do
personalismo, é a construção do eu, passa por crises de
personalidade e surgimento de novas aptidões. Esse estágio
é o de formação da personalidade, que vai até os seis anos
segundo Wallon (1953).
Para os profissionais da educação, pode ser muito importante
entender as diferentes fases do processo de desenvolvimento infantil, para
poder trabalhar de forma mais precisa. Visando obter um bom resultado em
suas atividades educacionais. O professor poderá aplicar atividades de acordo
20
com a faixa etária, psicopedagogos poderão desenvolver atividades que irão
direto ao ponto em que a dificuldade for mais intensa, entre outros profissionais
que atuem com crianças da educação infantil. Ressaltando-se que há casos
em que a faixa etária não combinará com a criança, pois poderá apresentar
algum atraso no desenvolvimento, pois nem todos poderão acompanhar a
mesma fase.
Devem-se levar em consideração todos os pontos, observar todas
as fases para que o processo de ensino-aprendizagem possa ter um bom
resultado. A cada nova descoberta, a cada nova tentativa uma nova esperança
de se obter novos resultados positivos em busca de novos caminhos nesse
processo desafiador.
A Educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade (art.2. LDB).
21
CAPÍTULO II
A PSICOMOTRICIDADE INFANTIL
Utilizando os movimentos a criança, articula toda a sua parte afetiva,
seus desejos e suas diversas formas de comunicação.
Na primeira infância já há múltiplas dependências na parte motora,
intelectual e afetiva, e através da psicomotricidade, ativa-se o sistema nervoso
central, criando consciência no indivíduo, por meio dos movimentos realizados
pelo mesmo.
Segundo Piaget, a inteligência constrói-se devido à atividade motriz
da criança.
A psicomotricidade é de suma importância na estruturação do
esquema corporal, e ajuda a incentivar a execução dos movimentos em todas
as etapas da vida da criança. As crianças além de se divertirem ao brincar,
aprendem a criar e interpretar e relacionando-se com o ambiente onde vivem.
Pedagógicos.blogspot.com
“A Psicomotricidade é atualmente concebida como a integração
superior da motricidade, produto de uma relação inteligível entre criança e o
meio”. (Vitor da Fonseca, 1988)
22
Observando-se crianças nas séries iniciais, poderemos encontrar um
grande desafio: fazer com que aprendam a escrever o que ouvem e falam para
o papel. Para que isso de alguma forma aconteça, a escola deverá criar um
ambiente alfabetizador, para que a criança desenvolva habilidades.
Uma das grandes dificuldades nas séries iniciais é a aquisição da
linguagem escrita, pois muitas crianças não entendem ainda, o real motivo da
escrita e como se escreve. Grande parte da dificuldade pode estar vinculada ao
fato da criança não ter contato com objetos a serem aprendidos.
Segundo Ferreiro (2001),
A língua escrita é um objeto de uso social, com uma existência social (e não apenas escolar). Quando as crianças vivem em um ambiente urbano, encontram escritas por todas as partes (letreiros da rua, vasilhames comerciais, propagandas, anúncios de tevê), no mundo circundante estão todas as letras, não em uma ordem preestabelecidas, mas com a frequência que cada uma delas tem na escrita da língua (p.37).
Na pré-escola podem surgir diversos problemas, assim como
transtornos de aprendizagem, que podem ocorrer antes dos sete anos. As
crianças podem ter problemas que afetem seu desenvolvimento cognitivo,
afetivo e social. Muitos sintomas podem não ser percebidos, devido à idade,
pois as crianças menores podem não saber expressar seus sentimentos
através de palavras, podendo tornar-se uma criança com condutas regressivas
(urinar na cama como fazia antes), ficar ansiosa, ter insônia, chorar, não comer
ou comer em excesso, entre outras coisas. Procurando auxílio
psicopedagógico, pais e professores podem ajudar a acabar com problemas na
aprendizagem desde a pré-escola. (Maria Irene Maluf- Problemas de
aprendizagem na pré-escola e psicopedagogia).
2.1. Noções Básicas de Alfabetização na Pré-Escola
A criança deve passar por diversas fases para que seja alfabetizada,
desde a pré-escola. Deve passar pelo período preparatório, que dará a ela o
suporte necessário para que continue esse processo, sem que apresente
23
problemas graves. Nesse período a criança irá desenvolver sua coordenação
motora fina e desenvolverá a sua orientação espacial.
Para ser alfabetizada a criança precisa ter segurança, autoestima,
estar preparada emocionalmente, para que as dificuldades encontradas no
processo de alfabetização não a desmotive.
Na fase preparatória (pré-escola), a criança deve brincar muito, para
que estimule a parte motora e sua lateralidade, através de jogos e brincadeiras,
que procurem estimular seus sentidos, e a ajude a aprender a dominar seus
movimentos corporais, deve desenhar pintar visando melhorar sua
coordenação motora fina. Músicas ajudam a desenvolver melhor o raciocínio
lógico, concentração, vendo filmes, e outros recursos também. (Kátia Ferreira
Lima- Guia do Bebê- A importância da pré-escola).
Vivenciam-se mudanças na aprendizagem, com a interação virtual
em vários ambientes no nosso dia a dia, temos várias formas de comunicação.
Precisamos rever certos conceitos, certas técnicas utilizadas em sala de aula,
para proporcionar uma melhor qualidade de ensino as nossas crianças. Para
estimular o processo de ensino-aprendizagem podemos utilizar vários métodos,
como por exemplo, a música, a dança. Devemos investir na educação infantil,
estimular a leitura desde as séries iniciais, favorecendo a ativação cerebral
relacionado ao processo auditivo, para desenvolver a capacidade de
associação.
A música representa uma importante fonte de estímulos, equilíbrio e felicidade para a criança. Assim, na Educação Infantil os fatos musicais devem induzir ações, comportamentos motores e gestuais (ritmos marcados caminhando, batidos com as mãos, e até mesmo falados), inseparáveis da educação perceptiva propriamente dita. (Nadja Nara)
Observando uma turma de educação infantil da Escola Municipal
Terra de Educar em Paracambi, turma de pré-escola com idade de quatro e
cinco anos, pude constatar que a aprendizagem dos mesmos obteve grandes
resultados quando estimulados pela música e pela dança. O corpo é
instrumento de construção e ação. Com atividades envolvendo músicas infantis
24
a aprendizagem era bem mais satisfatória, e as crianças tinham mais gosto
pelo que iam aprender. Atividades com vogais e o alfabeto eram bem fixadas
quando tinham uma melodia que chamasse a atenção. Já com os numerais, a
aprendizagem obtinha resultados quando envolviam jogos da memória,
brincadeiras de competição e menos escrita. Os alunos adoravam também
atividades que envolviam a produção dos mesmos, os chamados trabalhinhos
manuais com cola e papéis diversificados. Ao final do ano letivo o resultado foi
bem satisfatório, pois a maioria dos alunos tiveram um bom rendimento e foram
bem preparados para a fase de alfabetização. Para aprender, a criança deve o
indivíduo precisa desenvolver suas potencialidades físicas, mentais e afetivas.
Todos esses aspectos serão necessários para um bom desenvolvimento. O
indivíduo precisará ter uma boa interação social, que o ajudará a crescer.
O lúdico melhora o progresso da criança na escola, através da afirmação do eu na idade escolar, ajudando na tarefa de consolidação do eu. No jogo pode ser comprovada a importância dos intercâmbios afetivos das crianças entre elas ou com adultos significativos. O jogo é a “janela” da vida emocional das crianças. (FRIEDMANN, 1996, p.34).
É importante explorar o imaginário da criança através de jogos e
brincadeiras que irão enriquecer a vivência com outras pessoas e com o meio.
Partindo desse princípio, o educador pode ter alguns princípios metodológicos,
visando estabelecer m ambiente agradável e estimulante, como: reconhecer a
diversidade e aproveitar a realidade do aluno, valorizar suas atividades,
promover a construção de sua autoimagem positiva, criar atividades
desafiadoras que sejam prazerosas e significativas, incentivar a ajuda mútua, a
cooperação, autonomia e participação.
Segundo Wajskop apud, (1996) Alyson Massot, se as instituições
fossem organizadas em torno do brincar infantil, elas poderiam cumprir suas
funções pedagógicas, privilegiando a educação da criança em uma perspectiva
criadora, voluntária e consciente.
A brincadeira cria para as crianças uma zona de desenvolvimento proximal que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da
25
resolução de um problema, sob a orientação de um adulto, ou de um companheiro mais capaz. (VYGOTSKY, 1989, p. 35)
Com todas essas questões que envolvem o ensino-aprendizagem, e
tentando intervir nesse processo, os profissionais de psicopedagogia que
deparam com diversas situações de dificuldades na aprendizagem, utilizam
vários materiais, estratégias e técnicas apropriadas para cada caso. O
profissional utiliza o jogo por ser construtivo, pois a ação do indivíduo sobre a
realidade tem valor simbólico, reforça a motivação. É uma técnica que dá a
oportunidade de articulação dos aspectos subjetivos e objetivos, isso pode
fazer com que a aprendizagem aconteça sem problemas. Livros também são
importantes para a autoria e criação do pensamento, pois dá à criança a
liberdade para sonhar, imaginar e fantasiar.
A intervenção psicopedagógica focaliza o sujeito na sua relação com a aprendizagem. A meta do psicopedagogo é ajudar aquele que, por diferentes razões, não consegue aprender formal e informalmente, para que consiga não apenas interessar-se por aprender, mas adquirir ou desenvolver-se por aprender para tanto. (RUBINSTEIN, 2001, p.25)
A psicopedagogia e a psicomotricidade são de grande importância
no processo de desenvolvimento infantil, ambas buscam incentivar a criança
desde as fases iniciais de aprendizado escolar, seja por atividades
psicomotoras ou por atividades psicopedagógicas que entram no processo de
ensino-aprendizagem visando buscar soluções para possíveis problemas que
dificultem a aprendizagem. As duas utilizam métodos e técnicas, exercícios
corporais e intelectuais, jogos, brincadeiras.
2.2. A Contribuição da Psicopedagogia na Educação Infantil
A psicopedagogia tem o intuito de ajudar o professor a perceber a
criança, lançando sobre a mesma um olhar observador, tentando descobrir
suas necessidades ajudando-a a superar suas dificuldades na aprendizagem e
até mesmo na prevenção das mesmas. O professor poderá reavaliar suas
práticas, juntamente com o psicopedagogo adequando através de estudos e
diálogos para acabar terminar com as dificuldades individuais e coletivas das
crianças.
26
A psicopedagogia pode contribuir com a ação pedagógica na Educação Infantil através de reflexões com o professor sobre o desenvolvimento do grupo de alunos e na elaboração de propostas adequadas para que avancem nas suas aprendizagens e também contribuir com conhecimentos da psicopedagogia. (Clarissa Paz)
A psicopedagogia pode atuar na intervenção de problemas futuros,
mostrando meios que ajudem no desenvolvimento infantil. O psicopedagogo
pode servir de ligação entre os indivíduos que atuam no processo escolar,
orientando e apoiando os professores atuantes no processo de ensino-
aprendizagem na educação infantil. O profissional ajuda o professor a entender
o aluno quando o professor se sente desmotivado, inseguro. O professor deve
ter um olhar crítico e investigativo, observando cada aluno individualmente, sua
identidade, sua história.
O psicopedagogo pode reprogramar projetos educacionais facilitadores de uma aprendizagem mais dinâmica e significante, supervisionando programas, treinando educadores e atuando junto a profissionais de educação, ou então buscando o aprimoramento da qualidade de aprendizagem do sujeito que apresenta dificuldades escolares (ALLESSANDRINI, apud FARIA,1996, p. 21).
O tratamento psicopedagógico na educação infantil tem o objetivo de
fazer a prevenção, esse profissional poderá promover uma formação
continuada ao professor da turma, visando prepará-lo, direcioná-lo para que
melhore sua aprendizagem e de seus alunos também. O profissional poderá
utilizar atividades, tais como: sopa de letrinhas, memória sequencial, letras
móveis, atividades de pintura, quebra-cabeça, entre outros, buscando fazer
uma boa intervenção psicopedagógica.
Ensinar não é apenas transmitir informações a um ouvinte. É ajudá-lo a transformar suas ideias. Para isso, é preciso conhecê-lo, escutá-lo atentamente, compreender seu ponto de vista e escolher a ajuda certa de que necessita para avançar: nem mais nem menos (CURTO, 2000, p. 68 apud MIRANDA, 2008, p. 70).
Cada criança é um ser único, que tem suas limitações, cada um
deve ser estimulado de acordo com suas necessidades, ou seja, de acordo
com suas dificuldades. Pois o professor trabalhará tarefas diversas, pois
27
agimos diferente, pensamos diferente, temos dificuldades parecidas, porém
não iguais, e precisamos de tratamentos específicos para que haja resultado.
As crianças da educação infantil recebem noções de escrita quando
estão brincando utilizando a sonorização das palavras, através do
reconhecimento das semelhanças e diferenças entre determinados termos
manuseando materiais diversos que utilizam a escrita, tais como jornais,
revistas, livros etc.; e ao ler para a turma, o professor poderá incentivá-los a
gostar cada vez mais dos livros, revistas, e aumentar assim a curiosidade dos
mesmos.
Ao conviver com a família, que seja alfabetizada, o aluno estará
envolvido nesse meio letrado, onde estará acostumado a manusear também
livros e revistas todos os dias em casa, no computador através do teclado. Já
os que por algum motivo não tenham essa oportunidade, poderão apresentar
um pouco mais de dificuldade.
“Na educação infantil, devem-se envolver os alunos nas atividades
que faça com que eles entendam a escrita, para que assim estejam aptos a dar
mais um passo”. (Revista Nova Escola, edição 189, fevereiro de 2006 - Regina
Scarpa).
“O domínio da escrita e da leitura é um processo muito longo, antes
disso o aluno passará por muitas etapas durante o seu desenvolvimento”.
(Educação & Infância em Foco- 9 de julho de 2009- Aris).
Tudo isso pode mostrar que a base de tudo pode estar na educação
infantil, pelo fato de estarem iniciando a fase escolar, então por que não
trabalhar bem a fase psicomotora? Através de muitos trabalhos envolvendo os
movimentos corporais e trabalhando muito a parte cognitiva, poderemos ter
ótimos resultados. Com isso poderemos diminuir problemas futuros
relacionados as dificuldades na aprendizagem.
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Blogspot.com
Trabalhar o corpo e mente são essenciais para o desenvolvimento
da criança, pois somos todos movimentos. Expressamos-nos através do corpo
o tempo todo. Então, um bom trabalho psicomotor poderá trazer grandes
benefícios ao indivíduo no decorrer de sua vida. Terá facilidade em
desenvolver atividades diversas, poderá ter um bom desenvolvimento no
ensino fundamental, tanto na leitura quanto na escrita e poderá também ter um
bom desenvolvimento intelectual, pois terá facilidade em desenvolver tarefas
ligadas ao raciocínio lógico entre outras.
Cabe a escola, a família e o professor estar sempre estimulando o
indivíduo a querer sempre mais e mais, em busca de novas oportunidades de
aprender. Motivando-o a expressar-se, a ler, a praticar exercícios.
Quando não houver estímulo, entra o psicopedagogo que fará tudo o
que foi citado acima, não em tempos adequados, pois a criança poderá ter
passado da fase de ser estimulada, então, o trabalho do psicopedagogo será
bem lento, visando contribuir para a melhoria do aluno seja na escola ou em
casa, em tarefas que o mesmo encontre dificuldade em realizar.
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Fonte: silvanapsicopedagoga.blogspot.com
“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos
alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos
sempre”. (Paulo Freire)
O psicopedagogo será o mediador entre o aluno e o professor, pois
fará sempre chegar até o aluno algum conteúdo passado pelo professor, e que
não foi entendido pelo mesmo. Procurará sempre tentar sanar as dificuldades
apresentadas.
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades
para a sua própria produção ou a sua construção”. (Paulo Freire)
30
CAPÍTULO III
QUAL A RELAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA COM A
PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL?
O ato de educar torna-se pedagógico, trata-se da aprendizagem do
indivíduo. Analisando o prefixo “Psic” teremos estudos relacionados a mente,
ao bom funcionamento do cérebro para o desenvolvimento psicológico, que
definirá a educação. Já o sufixo “motor”, é essencial por ser ele ligado a parte
dos movimentos e da dinâmica do corpo. Ele está unido aos outros dois
aspectos. Cada parte, estabelecendo seu papel em prol de um bom
funcionamento.
Na vida da criança é fundamental que haja um bom desenvolvimento
psicomotor, portanto cabe aos pais e a escola ter grande preocupação para
que não ocorra nenhum comprometimento, se por algum motivo faltar
acompanhamento. Devemos lembrar que cada etapa tem sua fase para
acontecer.
“O cérebro esquerdo é dominante no controle da fala e da
linguagem; o direito sobressai em tarefas Visio motoras.” (Gazzaniga apud
Soraya, 2005 p.09)
Há várias fases da coordenação psicomotora, e a global é formada
pela ampla, fina, visual, digital e visomotora.
A coordenação ampla, está ligada ao ato da criança movimentar-se
livremente e sentir prazer nos movimentos que executa -ex: passar por baixo
da mesa;
A coordenação é a que presta mais atenção aos mínimos detalhes
dos movimentos, ex: se a criança separa objetos por cores, e tamanhos
corretos;
31
A coordenação digital envolve tarefas de movimentos mais precisos,
como por exemplo, separar fichas por cores, dobraduras;
A coordenação visomotora é a capacidade de coordenar a visão
com os movimentos do corpo, ou partes do corpo, ex: traçar linhas retas, cobrir
pontilhados;
A coordenação visual é global, diferente da visomotora que analisa
por partes.
"As primeiras tentativas já não vistas como rabiscos, mas uma
espécie de escrita”. (Emília Ferreiro)
Precisamos perceber que o aluno na escola, está em constante
formação, ele sempre encontrará prazer no que lhe fizer bem, e os aspectos
motores devem ser relevantes, e proporcionar a ele brincadeiras, atividades
desportivas, estará desenvolvendo a psicomotricidade do mesmo.
Está aí importância também do psicopedagogo, que poderá auxiliar
a criança com dificuldades na aprendizagem, que poderá estar ligada a parte
motora. A psicomotricidade e a psicopedagogia podem ter valores que
correspondam ao processo de formação do indivíduo.
Tanto na psicopedagogia como na psicomotricidade, o indivíduo é reeducado de acordo com o que não possui. Ao corpo o que é do movimento. Ao cérebro o que é de pensar. Os objetos destas áreas eram respectivamente corpos ferramenta instrumental, com problemas e fracasso escolar. O tratamento acontece pela via de reeducação. (Maria Lúcia Salazar Machado - CIEPRE).
O corpo é o instrumento comum na relação psicomotora e psicopedagógica, sede dos sintomas do não aprender e das experiências acumuladas para as novas aprendizagens. Ambas as áreas são de caráter interdisciplinar e complementam-se. (COSTA, 2007).
A psicopedagogia e a psicomotricidade podem juntas, ligar a
objetividade dos atos motores com a subjetividade de nossos pensamentos. Os
psicopedagogos podem conhecer e criar parcerias com os profissionais da
psicomotricidade, visando melhorar o tratamento dos pacientes.
32
Algumas dificuldades básicas, como não conseguir segurar o lápis,
utilizar o caderno de forma correta, dificuldades em realizar cálculos, confusões
ortográficas, e outras, podem ocorrer por estar relacionadas à
psicomotricidade. Para auxiliar os alunos, o professor poderá aplicar atividades
para que desenvolvam a motricidade.
Por isso pode ser muito importante trabalhar os pequeninos ao
entrar na fase escolar, pois muitos problemas podem ser resolvidos na base. O
brincar é muito importante, as atividades manuais que ajudam a desenvolver a
coordenação motora, a dança, as dramatizações. Às vezes pequenas
atividades são muito importantes e dão ótimos resultados, e muitas vezes não
são percebidas. Há brincadeiras mínimas que trabalham e muito a
coordenação motora, como morto/vivo, pular em um pé só, roda, estátua,
coelhinho na toca, entre outras. O simples fato de rabiscar uma folha de papel,
pintar um desenho, colar papel picado, são atividades que desenvolvem a
coordenação motora também.
Pedagógicos.blogspot.com
A criança se desenvolve através de coisas feitas no seu dia a dia em
casa, na rua e na escola, quando interage com outros coleguinhas, quando usa
sua imaginação nas brincadeiras. Ao deixar de experimentar todas essas
etapas ela poderá crescer com grandes dificuldades na aprendizagem e
33
precisará de acompanhamento especializado, caso não consiga acompanhar o
desenvolvimento de sua turma atual. E muitas vezes pode ser percebido como
falta de interesse, preguiça e não sendo tratado, pode acompanhar o indivíduo
por toda a sua trajetória de vida.
O professor ao perceber tais dificuldades, poderá trabalhar de
diversas maneiras, fazer diversas tentativas antes mesmo de encaminhar o
aluno a um profissional específico. Ele poderá mudar seus métodos de ensino,
suas estratégias nas aulas dinâmicas, optar por atividades diversificadas
individuais e específicas. Depois de todo processo por ele realizado e sem
obter grandes avanços, aí sim ele poderá pedir auxílio.
À família cabe o papel de observar a criança, estimular seu
desenvolvimento psicomotor com brincadeiras e músicas infantis em casa. Os
pais devem sim participar ativamente das brincadeiras de vez em quando,
incentivando, interferindo, observando quando possível. Acompanhar as
atividades da escola, ajudar nas tarefas de casa, participar das reuniões
pedagógicas, proporcionar em casa um ambiente alfabetizador. Com isso, os
responsáveis estarão sempre cientes quanto ao desenvolvimento de seus
filhos, podendo até ajudar melhor, no caso de algum problema específico.
Assim como a psicopedagogia, a psicomotricidade amplia as possibilidades de entendimento e compreensão dos processos de aprender e não aprender, contribuindo para a prevenção do fracasso escolar na medida em que olha para o sujeito de maneira aprofundada na tentativa de compreendê-lo, sendo o corpo um instrumento comum na relação das duas ciências. (BRUNELLI e MENEZES - 14/12/12).
A psicopedagogia e a psicomotricidade estão ligadas por diversos
aspectos, dentre eles: a origem, pois surgiram da tentativa de entender a causa
do fracasso escolas de algumas crianças; também quanto a formação e a
atuação. Ambas trabalham explorando os aspectos intelectuais e psicomotores
do indivíduo. São feitas diversas atividades durante o processo em que o
indivíduo está em tratamento para que o profissional detecte a causa do
problema.
34
Segundo Piaget, o individuo constrói seu comportamento a partir do
momento em que interage com o meio em que vive. E desde que nasce o
mesmo passa por diversas fases, fases estas que possibilitará uma melhor
compreensão do psicopedagogo e do psicomotricista, ao avaliar determinado
comportamento, determinada situação por que esteja passando o indivíduo
durante todo o seu tratamento. São elas:
• Sensório Motor: É a fase que vai de zero a dois anos e
compreende a fase do desenvolvimento mental da criança, antes do
desenvolvimento da fala. Nessa fase a criança observa o meio que a cerca, os
movimentos são muito importantes. O bebê passa a pegar sempre os objetos
para perto de si. Sua inteligência é bem prática, ele passa por três estágios de
inteligência e afetividade: organização das percepções e reflexões dos hábitos,
dos reflexos e o da Inteligência motora. Assimila o mundo através da sucção,
mama melhor a cada dia e suga tudo o que estiver ao seu alcance. Com o
passar dos dias o bebê começa a acompanhar objetos com o olhar e a
reconhecer pessoas. Ao longo desse processo a criança começa a pegar
objetos que o ajude a alcançar outros objetos. O primeiro estágio está ligado
aos reflexos afetivos; o segundo estágio aos afetos perceptivos e o terceiro
escolha dos objetos.
Guharteinclusao.blogspot.com
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• Pré-operatório: Vai dos dois aos sete anos de idade, segundo
Piaget, graças à função simbólica a criança cria a capacidade de substituir um
objeto por sua representação ou até mesmo um acontecimento. Podemos
também chamar este estágio de inteligência simbólica, que vai dos dois aos
quatro anos de idade. Nesse estágio acontece a função simeótica, que está
ligada ao aparecimento da linguagem, da dramatização, do desenho, da
imitação. A criança não consegue se por no lugar do outro, tudo é dela,
chamamos de egocentrismo.
• Operatório-Concreto: Vai dos sete aos onze anos de idade. É a
fase de desenvolver conceitos, números, relações, processos.
Começam a pensar mentalmente nos problemas, mas pensam em
objetos reais.
Desenvolvem a habilidade de compreender regras.
Musicaecriancas.wodepress.com
• Operatório formal: Dos onze anos em diante. A criança
raciocina sobre hipóteses, forma esquemas, executa operações mentais.
Segundo Piaget esta é a última fase, onde a criança conseguiu o equilíbrio.
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WWW.historianovaemfoco.com
Essas fases de desenvolvimento podem contribuir e muito para o
processo de avaliação do psicopedagogo e do psicomotricista, ao trabalhar
com crianças de diferentes níveis. Possibilitará a compreensão de
determinados tipos de comportamento dos mesmos e de que forma poderão
ser readaptados. É importante observar na criança toda a sua fase de
desenvolvimento, buscando entender para trabalhar.
“O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança
descobrir. Cria situações-problemas”, (Jean Piaget)
Cabe-nos estimular a criança respeitando seu tempo e espaço, para
que desenvolvam suas qualidades e habilidades.
“Educar-se é impregnar de sentido cada momento da vida, cada ato
cotidiano”. (Paulo Freire)
A relação entre a psicopedagogia e a psicomotricidade poderá não
ser comprovada oficialmente, mas no dia a dia podemos ver que o
psicopedagogo utiliza ferramentas da psicomotricidade e a psicomotricidade
também trabalha e muito o lado cognitivo do aluno, por isso tentamos entender
a relação das mesmas. Porém só são experiências vividas e contadas por
profissionais que nos fazem refletir sobre essa relação.
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“A primeira meta da educação é criar homens que sejam capazes de
fazer coisas novas; homens que sejam criadores, inventores,
descobridores”.(Jean Piaget)
A psicomotricidade auxilia o profissional da educação a desenvolver
o seu trabalho intelectual com o aluno, buscando integrar ação e emoção. As
práticas educacionais estarão ligadas sim ao desenvolvimento psicomotor
sempre. O profissional da educação, para realizar um bom trabalho, se valerá e
muitas práticas da psicomotricidade no desenvolvimento de seu trabalho no dia
a dia.
Muitas vezes as crianças podem apresentar dificuldades no
processo psicomotor, e não ser detectado a tempo. Por isso, deve-se submeter
a mesma a alguns testes para tirar a dívida inicial. Mas, só poderão ser feitos
os testes com exercícios específicos, tais como:
• Equilíbrio
• Coordenação
• Lateralidade
• Qualidade tônica (rigidez ou relaxamento muscular)
• Qualidade gestual (dissociação manual e dos membros
superiores e inferiores)
• Grafomotricidade
• Agilidade
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Esse processo de identificação poderá detectar possíveis problemas
psicomotores já no pré-escolar e nas séries iniciais.
O trabalho do psicopedagogo também é o de atuar na prevenção de
dificuldades na aprendizagem, buscar meios para integrar comunidade e
escola. Participar do desenvolvimento das práticas educativas, poderá orientar
nos processos metodológicos, nas orientações vocacionais, educacionais e
ocupacionais. Como vemos, o psicopedagogo tem uma grande contribuição
para o desenvolvimento escolar dos indivíduos, juntamente com os processos
da psicomotricidade.
A família é essencial no decorrer do desenvolvimento da criança,
pois muitas vezes não aceitam tal situação. A família precisa ter um vínculo
afetivo muito grande com a criança, para ajudar no tratamento.
fdiasadriana.blogspot.com
“A criança responde às impressões que as coisas lhe causam com
gestos dirigidos a elas”. (Henri Wallon)
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Seguindo todo esse caminho, será possível obtermos bons
resultados, que ajudarão o indivíduo a caminhar com mais segurança.
Buscando novos meios sempre, novas técnicas, força de vontade, com muita
luta, objetivo, parceria, dinamismo, otimismo, e acima de tudo nunca desistir e
sim diminuir cada vez mais as dificuldades dos alunos, melhorar a autoestima e
progredir sempre com a parceria entre a psicopedagogia e a psicomotricidade
nesse longo processo de ensino-aprendizagem.
“Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no
sentido mais autêntico da palavra.” (Anísio Teixeira)
Fonte: Maria Silva - Educação e companhia
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CONCLUSÃO
Como se viu no capítulo um, a psicopedagogia surgiu na Europa, é
uma ciência nova que tenta ganhar espaço e reconhecimento de seus
profissionais, e que atua no processo de ensino-aprendizagem tratando das
dificuldades apresentadas por crianças em idade escolar. Busca sempre novos
métodos e novas técnicas no desenvolvimento de seu trabalho.
Já no capítulo dois, podemos analisar o que psicomotricidade, sua
história, e verificamos que é uma ciência ligada aos movimentos corporais. Que
pode trabalhar as dificuldades motoras, tentando recuperar certos atrasos no
processo de ensino aprendizagem do aluno.
Concluindo este estudo, ao analisar as questões psicopedagógicas e
se tem ou não ligação com a psicomotricidade, pude constatar que oficialmente
não há um documento que comprove tal questão. O que há são estudos que
comprovem que ambas tem relação por trabalhar com o corpo e a mente do
indivíduo. Por buscar atividades que exercitem o corpo, mas que também
façam com que o indivíduo use o raciocínio, a lógica.
Todas as pesquisas feitas são de grande utilidade, no momento em
que as mesmas estão voltadas para o progresso, para a busca de novas
oportunidades de melhoria na educação.
A criança precisa sempre de auxílio no seu processo de
aprendizagem, pois ela ainda não está preparada para caminhar sozinha.
Ainda possui muitas dúvidas, anseios. Precisa se sentir segura para caminhar.
Para que se possa caminhar obtendo bons resultados, precisamos
buscar sempre novos meios, novas atividades, que possibilitem entender e
aprimorar o trabalho com as crianças. Não devemos desanimar diante das
dificuldades que nos forem apresentadas, e sim enfrentar os desafios, as novas
propostas e assim construir novos conceitos, novas técnicas de trabalho que
irão ajudar outros profissionais no caminho rumo ao progresso.
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É difícil analisar, é difícil muitas vezes achar o ponto de partida,mas
será preciso estudar mais, pesquisar mais, perguntar mais, juntar as
observações para depois chegarmos a uma conclusão. Cada vez mais nascem
crianças que apresentam algum probleminha no decorrer da vida escolar, e
devemos estar preparados para ajudar a encontrar caminhos que as façam
progredir.
A psicopedagogia e a psicomotricidade podem sim trabalhar juntas e
desenvolver grandes meios de desenvolvimento nesse processo. Não devemos
desistir e sim trabalhar cada vez mais.São profissionais comprometidos com o
processo de ensino aprendizagem que farão a diferença.
43
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46
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 EPÍGRAFE 05 RESUMO 06 METODOLOGIA 07 SUMÁRIO 09 INTRODUÇÃO 10
CAPÍTULO I A História da Psicopedagogia e Suas Definições 12 1.1. A Psicomotricidade e Suas Definições 15 CAPÍTULO II A Psicomotricidade Infantil 21 2.1. Noções Básicas de Alfabetização na Pré-Escola 22 2.2. A Contribuição da Psicopedagogia na Educação Infantil 25 CAPÍTULO III Qual a relação da Psicopedagogia com a Psicomotricidade na Educação Infantil? 30 CONCLUSÃO 41 BIBLIOGRAFIA 42 WEBGRAFIA 43