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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” O ENDOMARKETING E A COMUNICAÇÃO INTERNA AUTOR CRISTINA ANDRÉA PATRIOTA DE NOVAES ORIENTADORA Professora Fabiane Muniz BRASÍLIA - DF 2014

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · do sentido das suas atividades frente a uma nova forma de gestão implantada ... para que haja uma sensação de ... evolução

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

O ENDOMARKETING E A COMUNICAÇÃO INTERNA

AUTOR

CRISTINA ANDRÉA PATRIOTA DE NOVAES

ORIENTADORA

Professora Fabiane Muniz

BRASÍLIA - DF

2014

1

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

O ENDOMARKETING E A COMUNICAÇÃO INTERNA

Monografia apresentada ao instituto A Vez do

Mestre como requisito parcial para obtenção do grau

de especialista em Gestão de Recursos Humanos

Orientado pela Professora Fabiane Muniz.

BRASÍLIA - DF

2014

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AGRADECIMENTOS

A minha família, Luigi Andrade

(esposo), Laura e Pedro (filhos), pelo

apoio e incentivo durante todo

percurso.

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RESUMO

O presente trabalho abordou o endomarketing e a comunicação interna

nas organizações com objetivo de demonstrar como o processo de

comunicação pode ser utilizado de forma estratégica no endomarketing

integrando todas as áreas e níveis organizacionais de forma que os

colaboradores nas empresas sintam-se motivados, capacitados e alinhados

aos objetivos e metas da instituição em que trabalham. Amparado na

comunicação o endomarketing pode ser a ferramenta utilizada para criar um

clima de parceria, confiança e motivação. Uma comunicação eficaz transmite

as informações e a cultura da empresa a todos os níveis dos quadros de

trabalhadores, proporcionando um ambiente de trabalho agradável onde cada

um é considerado parte integrante da empresa. Sendo o fator humano o

grande diferencial de uma instituição, pode-se dizer que a empresa que investe

na valorização de seus funcionários tende a apresentar um diferencial

competitivo, visto que o recurso mais valioso para o seu perfeito

funcionamento são os seus colaboradores. Quando ações de endomarketing

são aplicadas, o colaborador interno passa a ser visto e tratado como aliado no

negócio. Na presente pesquisa bibliográfica verificamos que o endomarketing e

a comunicação interna são complementares, constituindo um importante elo

entre a empresa e o colaborador no processo de troca de informações e

incentivo ao público interno, e de fundamental importância na estratégia do

comprometimento com a busca de resultados cada vez mais sustentáveis dos

negócios.

4

METODOLOGIA

A base para as observações deste trabalho iniciaram-se a partir das

atividades desenvolvidas no ambiente laborativo, na Matriz da Caixa

Econômica Federal – CAIXA, leitura de periódicos e pesquisas bibliográficas

relacionadas ao tema.

Foram realizadas pesquisas na internet em sites especializados, na

busca da compreensão dos motivos que levam ao bom envolvimento das

equipes de trabalho e a sua identificação com os propósitos empresariais do

empregador, suas consequências e a necessidade eventual de correção de

rumos ou redistribuição de atividades de acordo com necessidades

mercadológicas, as oportunidades de crescimento e os planos de negócios.

Foram observados os comportamentos individuais e coletivos nas

equipes de trabalho da CAIXA, considerando o envolvimento e a compreensão

do sentido das suas atividades frente a uma nova forma de gestão implantada

na organização por necessidade de modernização, exigida pelo mercado.

Comparadas as observações do ambiente de trabalho e as teses e

conceitos bibliográficos, averígua-se o papel do endomarketing e da

comunicação interna no funcionamento das instituições.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 06

CAPÍTULO I - Conceitos dos elementos principais 11

1.1 Conceitos de motivação 11

1.2 Conceitos de Marketing 13

1.3 Conceitos de Endomarketing 15

1.4 Conceitos de Comunicação 17

CAPÍTULO II – O Endomarketing e a comunicação interna 20

2.1 A Comunicação interna como ferramenta de Endomarketing 21

2.2 A influência da comunicação interna no ambiente organizacional 23

CAPÍTULO III - A relação entre o Endomarketing e o comprometimento

organizacional dos colaboradores 28

3.1 Aspectos organizacionais utilizados como ferramentas do

Endomarketing para fortalecer o comprometimento 30

CONCLUSÃO 34

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38

6

INTRODUÇÃO

No presente trabalho verificamos que o endomarketing e a

comunicação interna são complementares e constituem um importante elo

entre a empresa e o colaborador. Foram observados os comportamentos

individuais e coletivos nas equipes de trabalho considerando o envolvimento e

a compreensão do sentido das suas atividades.

As pessoas trabalham buscando a satisfação pessoal, e sendo assim,

precisam ter consciência da importância daquilo que fazem,

independentemente do tamanho do processo sob sua responsabilidade. Este é

um bom desafio – Dar sentido ao que cada um faz e as consequências de ser

bem feito. Isto proporciona ambientes de trabalho mais agradáveis.

Mas como identificarmos o bom funcionamento de uma instituição?

Sabendo-se que uma empresa com colaboradores internos felizes têm mais

chances de sucesso nos negócios, temos que, em síntese, funcionários felizes

com o que fazem atendem com maior dedicação e, conseqüentemente

mantêm clientes satisfeitos e fidelizados.

Daí a necessidade de envolvimento das equipes de colaboradores com

os objetivos empresariais, partindo-se da premissa de que antes de vender seu

produto ao consumidor final é necessário que os colaboradores internos

entendam os seus propósitos e "comprem" esses produtos. Dessa forma as

equipes tornam-se aliadas no negócio, preocupadas com os resultados

alcançados e responsáveis pelos mesmos.

Neste contexto a comunicação interna tem um papel extremamente

importante, dado que a preocupação com o ambiente interno agradável

precede a satisfação dos clientes, em muitos casos. Empregados insatisfeitos

com o que fazem, dificilmente poderão gerar ou conduzir negócios que deixem

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os clientes satisfeitos, impactando diretamente nos resultados operacionais e

na lucratividade das organizações.

Para se construir um bom ambiente de trabalho é necessário que os

colaboradores internos tenham consciência da importância do seu empregador

e do trabalho desenvolvido por cada um.

Uma empresa é uma aglomeração de pessoas que, por natureza, têm

concepções diferentes sobre as mesmas coisas, desejos e necessidades

particulares, habilidades e comportamentos distintos. Por outro lado, as

empresas têm processos complementares, com características individuais

absolutamente distintas e não menos importantes para o atingimento do

sucesso dos seus propósitos empresariais.

Esses processos, a titulo de exemplo, passam pela aquisição de

insumos, transformação, controle de qualidade, comercialização, marketing e

propaganda, e pela manutenção de uma carteira de clientes satisfeitos e

fidelizados.

A partir do exemplo proposto nota-se, dada a diversificação dos

processos, que dificilmente uma empresa terá empregados especializados em

todos os processos sob sua gestão. A comunicação interna e o endomarketing

assumem papel fundamental na manutenção de um ambiente que promova a

satisfação das equipes, o autoconhecimento e a percepção adequada do seu

papel em cada um dos elos do processo como um todo.

Independentemente do ramo de atividade, as organizações, com

destaque para as de maior porte, apresentam um elevado grau de

complexidade no desenvolvimento de suas atividades e, como consequência,

formam grupos de colaboradores internos especialistas em determinado

processo ou elo da cadeia produtiva. Sob essas circunstâncias, não raro é

8

identificar-se grupos de empregados que não conseguem ter uma visão global

da importância da sua tarefa ou atividade no conjunto da obra.

Torna-se relevante que os colaboradores tenham a noção exata da

importância e da sua responsabilidade no processo global, para que se sinta

valorizado e automotivado para cumprir o seu papel na empresa. Somente

assim, sentindo-se parte importante da organização, é que haverá sentido no

que executa e despertará a busca pelo melhor de si a cada dia.

Não obstante, apenas uma parte dos colaboradores tem contato direto

com os clientes finais, assumindo um papel importante na coleta da percepção

desses consumidores quanto a sua satisfação em relação aos produtos

adquiridos. Essa retroalimentação com os dados coletados permitirá a

melhoria continuada dos processos e a consequente alavancagem dos

resultados.

É importante manter esses elos em um processo continuado de

interação, para que o sentido da participação de cada um seja percebido por

todos. Organizações que cuidarem adequadamente da estruturação de seus

planos de abordagem aos colaboradores terão maiores possibilidades de

sucesso, eis que empregados satisfeitos com o que fazem geram ambientes

de trabalho agradáveis, o que certamente maximizará os resultados

empresariais.

Mas como estabelecer um plano empresarial, contemplando essa

necessidade, que seja exequível e que minimize as perdas de energia

organizacional? A resposta está na observação do comportamento humano

dentro da empresa e no estabelecimento adequado de um conjunto de ações

que estimulem a motivação, a partir das percepções coletivas e individuais das

equipes.

9

Motivar é despertar o interesse e a emoção pelo que se faz,

estimulando o envolvimento e a busca pelo prazer de fazer bem feito,

entregando produtos com a qualidade esperada e o sentimento de

responsabilidade pelo sucesso do negócio. Um aspecto relevante para cultivar

o estímulo à automotivação é a capacitação, como parte do planejamento

empresarial voltado às pessoas.

A comunicação interna e o endomarketing assumem papel de

destaque neste contexto, balizando as ações estratégicas que visem integrar

as diversas áreas, valorizando a importância de todas elas na busca dos

melhores resultados para a empresa, no seu ramo de atuação. É importante

que a comunicação seja clara e eficiente, para que os objetivos sejam

alcançados.

Sentir-se parte responsável pelos resultados é o diferencial que as

organizações buscam para os seus quadros funcionais. Mas, para que os

colaboradores se sintam responsáveis e realmente envolvidos com as

atividades e com o sucesso empresarial, a gestão da organização deve

estabelecer um processo claro de comunicação interna e endomarketing,

valorizando o ser humano com as inúmeras variáveis que o caracterizam.

As pessoas são diferentes, têm ideais diferentes, necessidades

distintas, vários anseios e perspectivas que podem ser radicalmente distintas,

mesmo quando executam a mesma tarefa, no mesmo setor e, por essa razão

não se pode imaginar que a forma de se comunicar numa empresa será única

e irreparável por todo tempo de sua existência.

Fazer a gestão dos recursos humanos de forma adequada, valorizando

as diferenças e aproximando os grupos, buscando clareza quanto aos

objetivos empresariais, requer preocupação com a multiplicidade de

interpretações e uma atuação voltada para o processo comunicacional. Neste

cenário é fundamental que as empresas busquem a qualificação técnica dos

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colaboradores internos, de modo que seja possível o nivelamento das equipes

quanto aos conhecimentos requeridos.

Despertar a automotivação nas equipes é a chave para o sucesso em

qualquer empresa, devendo ser buscada sempre com a clareza necessária

para que haja uma sensação de pertencimento e autoconhecimento da

importância do seu papel em cada um dos colaboradores internos.

Outro fator que impulsiona a motivação é o reconhecimento, a

valorização e a explicitação disso mediante campanhas que incentivem o

comprometimento, como a participação nos lucros, a divulgação das boas

práticas, premiações e o acompanhamento efetivo da evolução do clima

organizacional.

11

CAPÍTULO I – CONCEITOS DOS ELEMENTOS PRINCIPAIS

Estabelecendo os marcos e bases da discussão, foram estratificados os

principais elementos que compõem o processo de comunicação, seus

aspectos mais relevantes e merecedores de atenção na criação de um

ambiente empresarial favorável e alinhado às perspectivas organizacionais,

valorizando o ativo mais importante para as empresas – seus colaboradores

internos.

O vasto ferramental disponível requer adaptações, de acordo com o

grupo a ser trabalhado, a atividade empresarial, o mercado de atuação e as

perspectivas alinhadas à visão e ao planejamento estratégico das

organizações. Apreender os conceitos é fundamental para a discussão e

compreensão da importância do tema, na prática da boa gestão empresarial.

Despertar o envolvimento e comprometimento requer o estabelecimento

de um bom planejamento estratégico, com a participação de todos os níveis

hierárquicos da organização e uma massificação da divulgação e revisitação

dos critérios, conceitos e objetivos do plano empresarial, buscando o

cumprimento da missão da empresa e na direção da sua visão de futuro.

1.1 – CONCEITOS DE MOTIVAÇÃO

Podemos enumerar várias definições para motivação. Uma delas, de

Berelson & Steiner (1964), é a seguinte:

“ Motivação é um estado interno que dá energia, torna

ativo ou move o organismo, dirigindo ou canalizando o

comportamento em direção a objetivos ” (p.89).

Outra, mais diretamente relacionada com a motivação no trabalho,

conforme Heckhausen, diz que:

12

“ Motivação é o empenho de aumentar ou manter tão alto

quanto possível a capacidade de um indivíduo, a fim de

que este possa alcançar excelência na execução das

atividades das quais dependam o sucesso ou o fracasso

da organização a que pertence ” (HECKHAUSEN, 1967,

p.32).

A motivação humana surge a partir das necessidades, que derivam

dos instintos, da fisiologia, do comportamento (individual e coletivo) e tem forte

dependência dos estímulos externos. Motivar é estimular a busca pelo melhor

em cada um.

De acordo com Lopes (1980), os primeiros fatores básicos da

motivação humana são o hedonismo e o idealismo. O primeiro explica que o

homem não ama a dor e o desconforto, mas o prazer e o conforto. Eis aí a

razão dos conselhos acerca de como tornar agradáveis as condições e o

ambiente de trabalho, a fim de que aquele fator seja satisfeito, resultando no

aumento da motivação.

Uma pessoa se motiva a determinada ação de acordo com o ambiente,

que nutre as suas necessidades e canaliza os seus esforços para a melhor

execução das suas atividades, de maneira proporcional à satisfação que sente

naquilo que executa.

Nas organizações é importante acompanhar e debater a motivação ou

a ausência dela, como forma de atuar preventiva ou corretivamente nas

eventuais alterações de desempenho empresarial, como um fator crítico de

sucesso.

Identificar esse termômetro do comportamento e do prazer naquilo que

fazem as equipes é uma matéria que merece destaque na elaboração e

13

execução dos planos de negócios das empresas. O conjunto de motivos que

influenciam o comportamento dos colaboradores merece atenção especial dos

líderes – verdadeiros responsáveis pelo despertar da motivação nas equipes.

Um verdadeiro líder inspira por meio do exemplo, irradiando o

envolvimento naquilo que faz e despertando o sentimento de pertencimento e

responsabilidade pelo sucesso da organização da qual faz parte. O despertar

do processo de motivação requer observação detalhada dos ambientes

corporativos, a fim de identificar corretamente os pontos em que deve haver

uma comunicação mais efetiva que aproxime as pessoas e promova o

envolvimento e interesse pelo sucesso empresarial.

Há que se considerar também que de nada adianta cobrar ou buscar o

sentimento de motivação nas pessoas, sem o provimento adequado de uma

preparação e qualificação técnica para a realização determinada atividade.

Gerir os recursos humanos requer programas de capacitação, como forma de

estimular o aprendizado e a automotivação.

O sentimento e a consciência de ser responsável pelos resultados de

uma organização, sejam eles bons ou maus, faz com que os colaboradores

transformem a sua postura e busquem sempre o melhor, dando o melhor de si

para que sejam contabilizadas mais alegrias do que lamentos a cada apuração

e divulgação dos resultados alcançados.

1.2 – CONCEITOS DE MARKETING

“Marketing são as atividades sistemáticas de uma

organização humana, voltada para a busca e realização

de trocas com seu meio ambiente, visando benefícios

específicos”. (Raimar Richers)

“Marketing é o conjunto de atividades humanas que tem

14

por objetivo facilitar e consumar relações de troca”.

(Phillip Kotler)

Marketing é a área do conhecimento que engloba todas

as atividades concernentes às relações de troca,

orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades

dos consumidores. Tais necessidades e desejos são

satisfeitos mediante a compra de produtos e serviços,

esta compra pode ser impulsionada por uma necessidade

fisiológica (alimentação, abrigo, frio) ou psicológica

(status, segurança, diversão, etc.). Fonte: Sebrae

Nacional

Marketing pode ser definido como “o conjunto de atividades

desenvolvidas por uma instituição, no sentido de satisfazer as necessidades

dos consumidores e, ao mesmo tempo, atender aos interesses da empresa”

ANGERAMI, (2003). Complementando este conceito, KOTLER, (2002) propõe

que marketing é “um processo social e gerencial por meio do quais os

indivíduos e os grupos obtém aquilo de que precisam e também o que

desejam, em razão da criação e da troca de produtos/serviços de valor com

outras este conceito, pessoas”

Sendo assim, o termo marketing se refere às ações que tem por

objetivo atender e satisfazer as necessidades e desejos do cliente externo e

gerar lucros para a empresa, visando conquistar novos mercados, manter e

atrair novos clientes.

O marketing permite o desenvolvimento de formas para aproximar os

clientes das organizações, identificando o que eles esperam e aplicando

estratégias que os surpreenda, demonstrando a preocupação com a satisfação

dos consumidores de produtos e serviços, num processo continuo de

conquista e fidelização.

15

As técnicas de marketing também são utilizadas internamente nas

organizações, cativando o primeiro cliente consumidor – os colaboradores (ou

clientes) internos, responsáveis pela qualidade dos produtos e serviços e pela

comercialização dos mesmos. Além de se comunicar externamente, é

importante que este processo seja muito enfocado e tratado internamente, com

a utilização de ferramentas adequadas aos clientes internos.

1.3 – CONCEITOS DE ENDOMARKETING

BEKIN, (1995) lança as bases de uma tendência de marketing voltado

para o público encontrado dentro das organizações, formulando a seguinte

definição de endomarketing:

"... realizar ações de marketing voltadas para o público

interno da empresa, com o fim de promover, entre os

seus funcionários e departamentos, aqueles valores

destinados a servir o cliente" (BEKIN, 1995).

Ainda segundo BEKIN, (2004), o endomarketing consiste em ações de

marketing dirigidas ao público interno da empresa ou organização. Nesse tipo

de marketing o trabalhador é o cliente da empresa e o produto vendido é a

própria empresa.

O endomarketing, segundo ALBUQUERQUE, (2011), além de

representar um meio para transmitir informações corporativas e consolidar a

cultura empresarial entre os colaboradores, também tem o poder de

disseminar ideias e incitar envolvimento e comprometimento, enxergando os

colaboradores não apenas como executores de um enredo predeterminado,

mas como parceiros essenciais a um trabalho bem feito. Sem o engajamento

desses parceiros, o sucesso deixa de ser consequência natural de um

planejamento estruturado para se transformar em exceção, quase um acaso

(ALBUQUERQUE, 2011).

16

Quando ações de endomarketing são aplicadas em uma empresa, o

colaborador interno passa a ser visto e tratado como aliado ao negócio e

consciente da sua corresponsabilidade pelo sucesso da empresa, pois quando

treinados, capacitados e motivados estes corresponderão com os anseios da

empresa.

Essa ferramenta, que alia os colaboradores internos ao negócio,

proporciona melhorias no ambiente interno como a relação entre

empresa/cliente interno. Uma comunicação eficaz, onde são transmitidas as

informações e cultura da empresa entre seus colaboradores, proporciona um

ambiente de trabalho agradável onde todos se sintam parte integrante da

empresa.

Conclui-se, então que, quando bem sucedido, o endomarketing se torna

um instrumento para comprometer o funcionário com os objetivos, as metas e

os resultados da organização (BRUM, 2005). Sua finalidade é promover entre

os funcionários e os departamentos os valores destinados a servir o cliente ou,

dependendo do caso, o consumidor (BEKIN, 2004).

O endomarketing surge como elo entre o cliente, o produto e o

colaborador interno, estabelecendo que a venda do produto aos empregados é

tão importante quanto aos consumidores finais. Isto permite um novo enfoque

que coloca os colaboradores numa posição de aliados no negócio,

responsáveis e preocupados com o sucesso empresarial.

As empresas têm investido estrategicamente no endomarketing para

conhecer a opinião do público interno e avaliar a sua influência nas opiniões e

perspectivas dos clientes consumidores. Daí, as organizações aperfeiçoam os

seus processos e maximizam os resultados, atraindo e retendo os seus

clientes.

17

O endomarketing é indispensável para o sucesso das organizações,

dado que colaboradores internos insatisfeitos com as condições de trabalho e

com os próprios produtos, não serão aliados no negocio nem se sentirão

responsáveis pelos resultados empresariais.

Ter ações de comunicação focadas nos colaboradores internos,

mantendo-os bem informados sobre os planos e resultados da empresa, é

fundamental para motivação das equipes, que devem ter a noção exata da sua

importância dentro da organização.

Além do cuidado com a informação e a sua ampla divulgação ao

publico interno, as organizações devem adotar métodos eficazes de

envolvimento dos colaboradores mediante acompanhamento do papel dos

líderes como catalizadores e influenciadores motivacionais de equipes.

Orientar a postura requerida e reconhecer que o sucesso é obtido

como fruto do trabalho de cada um, também se constitui como ações de

endomarketing impulsionadoras de resultados e geradoras de motivação.

Outro aspecto relevante é o acompanhamento sistemático do clima

organizacional, para que este seja propício e motivador.

1.4 – CONCEITOS DE COMUNICAÇÃO

De acordo com DIAS, (2008), “a comunicação é uma atividade

indispensável para o funcionamento de todos os processos organizacionais”.

Logo, o desempenho no trabalho melhora diante de uma boa comunicação,

pois a mesma atuará como objeto motivador do cliente interno.

BEKIN, (2004), acrescenta que a comunicação, “ajuda a melhorar a

satisfação no trabalho e na coordenação interfuncional”. É por meio dela que

se transmite o entendimento. O alcance dos objetivos organizacionais depende

18

da eficácia da comunicação que deve estar em sintonia com todos os níveis

hierárquicos da empresa.

A comunicação organizacional é uma ferramenta indispensável dentro

de uma empresa e o processo de comunicação é fundamental na estratégia do

comprometimento. A comunicação deve envolver todos os setores da empresa

espalhando os objetivos, propostas, metas e visão da organização, assim

como as características dos produtos e serviços oferecidos.

Com uma boa comunicação interna é possível estabelecer um

relacionamento de integração entre a empresa e seus colaboradores internos.

Segundo MATOS, (2006), as comunicações corporativas são fontes de

comunicação social e humana e envolvem os seguintes elementos:

comunicador, mensagem e destinatário.

O processo de comunicação envolve, no mínimo, duas pessoas ou

grupos: remetente (fonte) e o destinatário (receptor) isto é, o que envia a

mensagem e o que a recebe. O conteúdo da comunicação é, geralmente, uma

mensagem e o seu objetivo é a compreensão por parte de quem a recebe.

A comunicação só ocorre quando o destinatário (quem a recebe) a

compreende ou a interpreta. Se a mensagem não chega ao destino, ela não

acontece. Se a mensagem não puder ser interpretada pelo destinatário, a

comunicação também não acontece. Daí a importância do acompanhamento

das ações de comunicação como estratégia para o envolvimento adequado do

grupo funcional nas empresas.

O acompanhamento das ações constitui uma via de mão dupla, eis que

as organizações devem conhecer a forma como está sendo interpretada a

comunicação repassada, promovendo os ajustes que contemplem a opinião

dos grupos quando necessário.

19

Uma mensagem emitida somente cumpre o seu papel quando é

compreendida. Peças de marketing compostas por banners, e-mails,

informativos etc, somente serão efetivos no cumprimento do seu papel quando

despertarem o interesse que leve à compreensão do que está sendo

comunicado.

20

CAPÍTULO II – O ENDOMARKETING E A COMUNICAÇÃO INTERNA

Semelhante ao que acontece entre marketing e propaganda, muitas

vezes o endomarketing e a comunicação interna são tratados, de maneira

confusa, como sendo a mesma coisa porem, as diferenças entre eles são bem

características. O endomarketing resulta do conjunto de ações que a

organização adota para ter a atenção e dedicação dos colaboradores internos,

enquanto a comunicação interna é a ferramenta para transmissão das

informações corporativas.

Endomarketing e comunicação interna se complementam e são

fundamentais para o sucesso empresarial. As ações em endomarketing devem

atingir todos os setores de uma empresa, desde a alta administração, os

departamentos (RH, Financeiro, Controle, Vendas) produção e atendimento. A

comunicação interna são os processos de informação e o endomarketing

objetiva o incentivo e a interação entre os colaboradores internos e a empresa.

As organizações utilizam a comunicação para dar conhecimento sobre

todos os seus processos, gerar motivação do grupo funcional, compreender os

anseios, desejos, pontos de vista e dificuldade dos colaboradores, construindo

uma cultura de trabalho com características próprias e desenvolvendo políticas

de recursos humanos que possam atender e satisfazer as necessidades do

cliente interno.

De acordo com BRUM, (1994), para que a organização atinja seus

objetivos, é necessário utilizar os meios de comunicação disponíveis para

transmitir com clareza suas propostas, devendo também esclarecer que as

metas estabelecidas são os objetivos da empresa e de seus funcionários, e

não somente da direção.

21

Ainda segundo BRUM, (2005) Um programa de endomarketing bem

feito é capaz de tornar o funcionário um ser comprometido com a nova postura

da empresa e com a modernidade, cada um em sua área de atuação e através

de seu trabalho.

2.1 – A COMUNICAÇÃO INTERNA COMO FERRAMENTA DE

ENDOMARKETING

Amparado na comunicação o endomarketing é um conjunto de ações

que permite a troca de informações com o público interno, onde a empresa

passa a conhecer os interesses, as necessidades, os desejos dos seus

colaboradores internos.

O endomarketing utiliza a comunicação interna como ferramenta com o

objetivo de promover maior integração através da troca de informações, do

diálogo e da participação de todas as áreas da empresa, estabelecendo uma

rede de informação, criando relacionamentos e compartilhando conhecimento

e os objetivos organizacionais.

Nos últimos anos o capital humano passou a ser reconhecido como o

diferencial no mercado de trabalho e as empresas passaram a se preocupar

com a retenção dos talentos e o desempenho dos seus colaboradores, assim a

comunicação passou a ser usada como uma importante ferramenta para

transmitir o conhecimento, informação e intermediar as relações com o público

interno sendo indispensável para o sucesso empresarial num mercado

globalizado.

CHINAN, (2003) afirma que a comunicação interna é uma ação

estratégica direcionada aos funcionários, que visa promover a integração das

várias áreas da organização.

22

AGNEZ, (2006), de outra forma, coloca que a comunicação interna é um

esforço da empresa em estabelecer canais internos, com o objetivo de

implementar um relacionamento ágil e transparente e não se restringe aofluxo

gerado pela direção e pelos próprios funcionários.

Segundo BRUM, (2011) a comunicação interna é a informação

transmitida através de canais internos e das lideranças e o endomarketing é a

informação repassada com técnicas e estratégias de marketing.

BRUM, (2005) destaca que algumas empresas vêem a comunicação

interna como uma estratégia de aproximação com os seus funcionários e

decidem pela implantação de um programa de endomarketing. Segundo a

autora, as organizações estão conscientes que devem trabalhar melhor as

informações, e afirma que “é preciso saber estabelecer canais de comunicação

com o público interno, educando-o para os objetivos propostos e atingindo o

seu coração”.

A comunicação interna tem caráter mais informativo e o endomarketing

reveste-se de outras características, como o incentivo e a interação. Um

aspecto que diferencia a comunicação interna do endomarketing é a forma,

dado que a primeira transmite informação (e-mail, rede corporativa,

informativos menais) e o segundo persuade, convence (peças gráficas,

eventos, vídeos institucionais, palestras).

Por serem complementares, é necessário que as organizações

promovam o equilíbrio entre a comunicação interna e o endomarketing.

Comunicar internamente deve estar seguido de uma campanha sobre a

importância de se seguir as instruções ou orientações comunicadas.

A comunicação interna deve estar sempre aliada às estratégias

empresariais, funcionando como instrumento de divulgação do planejamento

23

da organização e dando ciência dos objetivos e metas negociais a todos os

níveis da empresa.

Um exemplo prático de utilização da comunicação interna como

ferramenta de endomarketing, foi verificado na CAIXA ECONOMICA

FEDERAL, que desenvolveu e aplica anualmente uma pesquisa sobre o clima

organizacional em todas as áreas da instituição. Essa pesquisa, além de

qualificar o ambiente de trabalho, associa os questionamentos ao

planejamento estratégico.

Quando os colaboradores internos são envolvidos e escutados em

relação aos seus pontos de vista sobre o desempenho da sua unidade de

trabalho, podendo se manifestar claramente sobre os pares e chefias,

automaticamente haverá um estimulo no sentido da busca pelo melhor

ambiente. Isso é percebido quando as discussões extrapolam o período da

pesquisa, criando uma espécie de fórum de debates sobre o tema.

Colaboradores envolvidos nas discussões sentem-se mais motivados

pela busca do sucesso da organização, tendo como plataforma de debates a

satisfação individual e coletiva, em harmonia com os propósitos e metas

empresariais.

2.2 – A INFLUÊNCIA DA COMUNICAÇÃO INTERNA NO AMBIENTE

ORGANIZACIONAL

A comunicação tem importante papel nas organizações e deve receber

uma atenção especial, visto que é responsável por promover a integração

entre diferentes setores, incentivando a participação dos colaboradores nas

decisões estratégicas e influenciando no ambiente organizacional, reduzindo

os conflitos, rotatividade e impactando diretamente na satisfação dos seus

clientes internos.

24

A comunicação é um meio de difundir claramente os objetivos, visão,

missão e planos da empresa fazendo com que todos tenham acesso às

informações e conhecimentos necessários para cumprir suas tarefas no

desenvolvimento dos produtos e serviços. Porém não basta utilizar canais de

comunicação, para que as empresas se comuniquem com seus colaboradores

de forma eficaz.

Para se obter eficácia nos processos de comunicação interna, as

empresas devem, dentre outras atitudes, estimular a participação dos

colaboradores promovendo o debate, capacitando as equipes para os novos

desafios.

Segundo BRUM, (2000), a comunicação precisa estimular positivamente

os sentidos dos funcionários, permitindo que a empresa estabeleça com eles

relacionamentos saudáveis, duradouros e, sobretudo, produtivos. Assim, é

preciso estudar a forma e o conteúdo da comunicação. Em relação à forma,

para que gere impacto no comportamento do empregado, o estímulo precisa

obedecer a três dimensões: personalização, interatividade e impacto sensorial.

BRUM (2000) acredita que a comunicação interna deve fazer um link

entre o funcionalismo e a direção de uma empresa, melhorando essa situação.

Segundo a autora, no mercado existem relações de troca, cujo produto

depende do setor envolvido, e o marketing nasceu para garantir o seu sucesso.

Dentro de uma empresa também existem relações de troca, cujo produto é a

informação e os processos de comunicação interna é que poderão garantir o

sucesso na transmissão das informações. A autora afirma que, no início do

século XX, as trocas no mercado começaram a ficar mais difíc, em função do

crescimento da concorrência. Com isso as empresas precisam preparar mais

seus funcionários para melhor atenderem as necessidades dos clientes. Esse,

segundo ela, é o novo papel da Comunicação Interna.

25

BRUM, (2005) coloca que os principais objetivos da comunicação

interna são tornar influentes, informados e integrados todos os funcionários da

empresa; possibilitar aos empregados de uma empresa o conhecimento das

transformações ocorridas no ambiente de trabalho; tornar determinante a

presença dos empregados de uma organização no andamento dos negócios e

facilitar a comunicação empresarial, deixando-a clara e objetiva para o público

interno. A autora enfatiza que o público interno deve ser informado sobre as

expectativas e metas da empresa em relação ao desempenho coletivo e

individual dos funcionários. E de porte dessas informações, o colaborador pode

analisar, mais profundamente, se existe uma harmonia daquelas com sua vida

pessoal, aspirações, motivações e sentimentos.

“A comunicação eficaz é a melhor ferramenta gerencial existente. As

pessoas, numa empresa precisam saber o que está acontecendo para que

possam verdadeiramente participar” (DOMINGOS, 2005).

A comunicação interna também é determinante no processo de

aculturação e compartilhamento de valores e missão da organização, fatores

que levam os colaboradores a desenvolverem sentimentos de pertinência e

estarem dispostos a participarem, reforçando, dessa forma, a identidade

organizacional (SOUZA, 2004).

Funcionários descontentes, mal informados, geram prejuízos imensos

às organizações porque podem expressar, com mais autenticidade do que

outros públicos, os valores positivos ou negativos da cultura organizacional.

Fica fácil acreditar no que eles dizem porque, afinal de contas, eles estão

vivendo lá dentro. Como sabemos, a imagem e a reputação se formam assim,

a partir de pequenas vivências e convivências e os públicos internos têm papel

fundamental neste processo (BUENO, 2005).

MATOS, (2005) afirma que a falta de diálogo, de troca de idéias,

opiniões, impressões e sentimentos prejudica o funcionamento de

26

organizações e países. A comunicação corporativa está diretamente ligada à

cultura empresarial, seus valores, ao comportamento das lideranças e às

crenças dos seus colaboradores.

Na CAIXA ECONÔMICA FEDERAL o processo de comunicação é

bastante intenso, tendo se aperfeiçoado a cada ano com a preocupação de

deixar os colaboradores internos cada vez mais bem informados e aptos a

discutir questões essenciais para a instituição, como o seu posicionamento

estratégico como empresa do pública.

A exemplo das demais instituições atuantes no mercado financeiro, a

CAIXA promove adaptações sistemáticas no seu modelo de gestão, às vezes

de maneira bastante radical modificando desde a nomenclatura de áreas

internas até a vinculação hierárquica de áreas específicas.

Sabemos que quanto maior a organização, mais dificuldades são

esperadas no processo de comunicação, principalmente quando envolve

mudanças mais efetivas e que impactam no dia-a-dia da empresa. No caso da

CAIXA, como gerenciar mudanças tão significativas numa instituição

centenária com um quadro de pessoas superior a 100.000 colaboradores

internos?

Para superar as dificuldades, a instituição elaborou um plano de

comunicação que além de informar e capacitar, cuidou de coletar as

informações da base sobre a sua percepção a respeito das mudanças em

implantação. Esta via de mão dupla aproximou ainda mais os colaboradores

aos propósitos empresariais, facilitando a compreensão e promovendo a

“compra” das idéias.

Mesmo para instituições de menor porte, quanto mais aberto for o

processo de comunicação, coletando retornos e promovendo ajustes com as

27

percepções vindas da base, maiores as chances de consolidar um ambiente

organizacional mais propício para o atingimento do sucesso.

Por outro lado, empresas que não conseguirem implementar processos

adequados de comunicação interna dificilmente terão sucesso, ficando os

resultados dependentes do acaso. De nada adianta conseguir se comunicar

adequadamente com os clientes consumidores, se a organização não

conseguir o mesmo com os seus colaboradores internos.

Por mais ajustados que sejam os planos de negócios da empresa, por

melhores que sejam os seus produtos, caso não haja compreensão e interesse

por parte dos seus recursos humanos – verdadeiros responsáveis pelo

sucesso e perpetuidade da organização, dificilmente se obterá êxito diante do

cerceamento da participação efetiva dos colaboradores internos.

Deixar de conhecer e valorizar a percepção dos colaboradores internos

pode ser a condenação de uma empresa ao fracasso no mercado. O processo

de comunicação interna pode gerar uma atitude positiva nos quadros

funcionais, estimulando envolvimento e opinamento a respeito dos métodos,

oportunidades e necessidades de correções que alavanquem os resultados.

28

CAPÍTULO III – A RELAÇÃO ENTRE O ENDOMARKETING E O

COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL DOS COLABORADORES

As ações de endomarketing têm como objetivo principal proporcionar

competitividade à empresa, através da valorização dos seus clientes internos,

criando um ambiente saudável, onde às pessoas possam se sentir valorizadas,

produtivas e motivadas para desenvolver a criatividade contribuindo para o

alcance dos objetivos da empresa.

O comprometimento organizacional gera uma relação entre o

empregado e a empresa, que pode ser expressa pelo real envolvimento do

empregado com a missão e objetivos da empresa. O comprometimento é base

para a produtividade, seja qualitativa ou quantitativa. Isso significa que o grau

de comprometimento pode resultar do maior ou menor valor que o colaborador

conferido à empresa e às relações de trabalho.

Considerando a concorrência acirrada no mercado empreendedor, o

comprometimento é considerado uma vantagem competitiva nas organizações,

e surgiu como elemento de ligação entre os colaboradores e a empresa, na

solução de problemas de pessoal, relacionados com as crises motivacionais,

insatisfações, incentivos, e com as mudanças provocadas pelas constantes

inovações no mercado.

A motivação tem como objetivo final fortalecer o comprometimento dos

colaboradores em relação aos seus objetivos e as causas e objetivos da

empresa havendo uma integração à cultura organizacional. Esse

comprometimento implica o aprimoramento do desempenho do funcionário por

meio de sua valorização e satisfação como individuo que pertence a uma

empresa.

29

MORIN, (2001) diz que o comprometimento organizacional é o principal

indicador da eficácia de uma organização. Para MÜLLER, (2005) “o

comprometimento sozinho não garante o sucesso da empresa, mas um

elevado grau de comprometimento com a organização contribui para que as

empresas alcancem seus objetivos”.

Os estudos de Mowday et al. (1982), podem ser considerados a base

dos estudos de comprometimento organizacional de abordagem afetiva. A

partir desse estudo, os autores desenvolveram o OCQ (Organizational

Commitment Questionaire), considerada a mais difundida e aceita medida do

comprometimento organizacional.

Estudos relacionados ao comprometimento organizacional vêm

ganhando destaque na produção acadêmica, pois autores (MEDEIROS et al,

2002; BISHOP e SCOTT, 2000; LEE, CARSWELL & ALLEN, 2000; LEMOINE

e SÁ, 1999; FISHER e FLEURY, 1992; DESSLER, 1996) defendem que o

sucesso de empresas depende do envolvimento dos seus funcionários.

Segundo os autores, valorizar o empregado é uma das formas encontradas,

nos últimos tempos, para as empresas alcançarem vantagens competitivas,

produzindo bens e serviços de qualidade e prestando atendimento

diferenciado.

De acordo com BRUM, (2008) o processo gerencial do endomarketing

tem por finalidade organizar, planejar, aplicar e coordenar um ou mais

programas de endomarketing. Deve-se partir da premissa que o público-alvo

dos processos gerenciais de endomarketing e, por conseguinte, dos seus

programas são os funcionários. Estes por sua vez precisam ser conquistados e

retidos com um serviço de qualidade, já que como clientes internos possuem

expectativas. Serviços os quais devem envolvê-los e comprometê-los com os

objetivos e decisões da empresa (BEKIN, 1995).

30

Quando uma organização utiliza o endomarketing como instrumento

para qualificação dos seus colaboradores internos, desenvolvendo programas

específicos para cada competência requerida, ela desperta o sentimento de

que as condições favoráveis ao autodesenvolvimento e instrumentalização

adequada são diferenciais importantes que levam ao comprometimento

naquela empresa, em seu benefício e como valorização dos quadros de

pessoal.

3.1 – ASPECTOS ORGANIZACIONAIS UTILIZADOS COMO FERRAMENTA

DO ENDOMARKETING PARA FORTALECER O COMPROMETIMENTO

São vários os instrumentos que podem ser utilizados como ferramenta

de endomarketing. Os instrumentos utilizados pelo marketing são folders,

material promocional, pesquisa de satisfação, painéis, comerciais, jornal,

atividades festivas com clientes, entre outros e todos estes instrumentos

podem ser utilizados para o endomarketing.

A qualidade de vida no trabalho está relacionada à satisfação das

necessidades pessoais e à sua motivação para o trabalho. Ela interfere nos

comportamentos e atitudes do indivíduo e conseqüentemente, influencia na

produtividade. Portanto, o comportamento organizacional representa a parte

viva e a dinâmica de uma empresa.

BEKIN, (2004) expõe alguns aspectos que devem ser considerados na

definição dos instrumentos utilizados internamente como: contatos diretos

entre os diversos níveis da organização, processos de recompensa para o

grupo e uma ampla rede de comunicação entre todos os níveis da empresa.

Segundo BEKIN, (2006), muito do trabalho inicial com o endomarketing

tinha o foco na motivação do funcionário e em sua satisfação. CERQUEIRA,

(1994) foi claro ao afirmar que cada indivíduo busca satisfazer suas

necessidades, suas carências, entretanto, a vida lhe coloca parâmetros,

31

restringe-o, estabelece regras para a sua conduta, dispõe limites atitudinais e

para encontrar a satisfação pretendida terá que se submeter às restrições de

todos os tipos.

A respeito do ser humano na empresa, BRUM, (2010) aponta que: Uma

empresa pode se esforçar no sentido de proporcionar um ambiente no qual o

bem estar físico e psíquico sejam possíveis, contribuindo fortemente para essa

questão complexa e subjetiva que é a felicidade, na qual interferem fatores

sociais, culturais, de gênero e tantas outras questões individuais. BRUM,

(2010) sugere que os dois caminhos que são considerados importantes para

alcançar este bem estar são:

ü criar e manter canais de comunicação abertos e diretos para fazer fluir

as relações profissionais com clareza de regras, mensagens e papéis;

ü respeitar as diferenças existentes entre as pessoas e utilizá-las como

fonte de crescimento e não de atrito.

A comunicação bem feita é basicamente a forma de fazer com o que o

empregado se motive e fique satisfeito. É importante manter um elevado grau

de informação e de comunicação com o público interno, isso é o que determina

que toda a empresa caminhe uniformemente em uma mesma direção. A

importância da comunicação deve ser sempre valorizada, não só no sentido

hierárquico, verticalizado, mas também na própria estrutura organizacional, no

sentido horizontal (CERQUEIRA, 1994).

Para BEKIN, (2004) são instrumentos do processo de motivação:

ü chamamento a parcerias, a cooperação e a lealdade;

ü valorização do indivíduo dentro do grupo;

ü integração baseada nos valores e objetivos da empresa;

ü reforço contínuo de uma atividade baseada em valores compartilhados;

ü recompensas e prêmios dirigidos ao grupo para que todos se

beneficiem dos resultados positivos;

ü criação de um ambiente de interação dentro da empresa;

ü envolvimento dos funcionários no planejamento e tomada de decisões;

32

ü estímulo a iniciativa e a atitude criativa;

ü delegação de poderes de acordo com a natureza da função exercida;

ü remuneração adequada.

BEKIN, (2004) afirma que o que caracteriza precisamente o

endomarketing é seu objetivo de estabelecer um processo permanente de

motivação do funcionário e o que está implícito na fórmula “tratar o funcionário

como cliente”. [...] a motivação, a valorização, e o comprometimento do

funcionário na óptica do endomarketing precisam estar integrados ao cotidiano

da empresa.

CERQUEIRA, (1994) afirma que: desafie o homem e valorize seu ego,

sua auto-estima, através do reconhecimento de suas conquistas e ele não será

apenas um recurso humano, mas sim um super-homem capaz de realizar

coisas nas quais ninguém acredita.

A partir de estímulos recebidos, as pessoas se motivam e passam a se

comprometer mais afetivamente, desejando que os negócios sejam sempre

rentáveis e nutrindo um relacionamento honesto e duradouro, no qual fica

evidente que se é bom para a empresa, é bom para todos na mesma

proporção. Quanto mais prazer no que se faz, melhores os resultados.

Gerar identificação dos colaboradores internos com os propósitos

empresariais é fundamental para a automotivação. Os empregados da CAIXA

ECONÔMICA FEDERAL, por exemplo, de acordo com as pesquisas de clima

organizacional realizadas sentem-se felizes em fazer parte da organização e

conseguem, com clareza, assinalar a importância da instituição para a

sociedade.

Os elementos tratados de forma estratégica agregam valor ao portfólio

de produtos e serviços da instituição, despertando reflexões do tipo:“Prover os

clientes com financiamento imobiliário”, ou “Ajudar na realização do sonho da

casa própria”. O endomarketing bem aplicado faz com que os colaboradores

33

internos percebam a importância do seu trabalho e se comportem de maneira

proativa, exatamente ao compreender o significado das suas ações e a

influência e o destaque das suas atividades na vida dos seus clientes externos.

Outro exemplo de aspecto organizacional explorado pelo endomarketing

dentro da CAIXA é a sua vocação para o desenvolvimento urbano.

Independentemente da área de atuação, todos os colaboradores internos do

quadro próprio da instituição passam por treinamento à distância que os

aproxima da Missão, Visão de Futuro e dos valores institucionais. Neste

momento os colaboradores se apropriam de conhecimentos que dão sentido

às razões de ser da organização, e enxergam como parte importante dos

processos.

Quando o colaborador interno consegue diferenciar positivamente o

papel da sua organização no mercado, sentindo orgulho em fazer parte da

instituição enxergando claramente a importância da sua atividade, inclusive

respaldado em programas voltados à capacitação, automaticamente se sente

motivado a executar o seu trabalho com cada vez mais qualidade e perfeição.

O DNA da empresa se confunde com o dos seus colaboradores

internos, despertando a reflexão sobre o sentido da sua atividade e a razão da

existência da organização. Assim o ambiente se torna muito mais fértil e

agradável, causando a sensação de bem estar com o que se realiza, tendo

como consequência disso o sucesso empresarial e, também, a realização

profissional.

Cabe às instituições massificar a compreensão do seu planejamento

estratégico junto aos colaboradores internos, despertando a consciência da

sua importância mediante amplo debate sobre a missão empresarial, a visão

de futuro e as perspectivas internas e externas. Esta tarefa será cumprida com

mais eficiência se o processo de comunicação interna e de endomarketing

forem bem executados.

34

CONCLUSÃO

A motivação é um problema complexo, dinâmico, mutável e fluido. Ela

varia no tempo e no espaço, de acordo com a situação e o indivíduo. Varia no

mesmo indivíduo em épocas e situações diferentes. Seus fatores ou razões, ou

seja, os motivos humanos, exibem forças diversas, tanto em pessoas e

situações diferentes, quanto na mesma pessoa em situação e época distintas.

O que é bom hoje, poderá ter efeito oposto amanhã, dependendo da

personalidade do indivíduo (sua inteligência, caráter, valores, atitudes,

expectativas e percepções) e da situação (com seus inúmeros aspectos e

influências ambientais, pessoais, financeiros, políticos, econômicos, religiosos,

sociais, psicológicos, culturais, educacionais, científicos, técnicos,

tecnológicos, gerenciais e administrativos).

A motivação constitui o fator principal e decisivo no êxito da ação de

todo e qualquer indivíduo ou empreendimento coletivo. Só com o acaso e a

sorte é que se aproxima relativamente a esse êxito, mas com muito menos

força. Não se compreende uma empresa com gestores insensíveis ao

problema da motivação.

O homem se motiva a alguma coisa, a partir de suas necessidades

básicas ou os seus ideais, estando, todavia, suscetível e disponível para

aceitar estímulos externos que gerem a automotivação. Gerar esses estímulos

requer ações planejadas que permitam abordagens adequadas, tendo a

comunicação como peça fundamental nessa questão.

Os colaboradores internos precisam acreditar que vale a pena executar

as suas atividades, sentindo-se parte importante da organização. Isto gera

automotivação, desejo de ir ao trabalho, satisfação e busca continuada pela

qualidade em um clima harmonioso e estimulante. É importante ressaltar o

35

papel dos líderes numa organização, que deve ser orientador, servir como

exemplo.

Mas, antes de tudo e durante todo o processo de funcionamento numa

empresa, a comunicação é a chave que poderá definir o sucesso ou insucesso

nos negócios. Para que uma empresa seja reconhecida no mercado

consumidor é necessário que ela tenha um bom plano de comunicação

externa. Não menos importante é o processo de comunicação interna, dado

que as equipes internas devem identificar com exatidão o sentido do seu

trabalho.

A frase que foi mencionada pelo Gato no diálogo com Alice, na obra de

Charles Lutwidge Dodgson, Alice no país das maravilhas, de 1865, “para quem

não sabe para aonde vai, qualquer caminho serve” é um ótimo exemplo da

importância do processo de comunicação numa empresa. O primeiro ponto é o

planejamento estratégico e, dentro dele, o plano de comunicação.

Um planejamento estratégico tecnicamente bem elaborado, sem um

plano de comunicação interna que massifique a sua compreensão e que

permita a sua discussão em todos os níveis da organização não atingirá o

sucesso pretendido. Comunicar-se da maneira adequada com o seu público

interno requer um ambiente apto a isto, cabendo ações de endomarketing que

respaldem a estratégia.

Como vimos, as pessoas têm diferentes razões e justificativas para

trabalhar, que vão além do simples reconhecimento mediante pagamento de

salários. Dar significado ao trabalho dos colaboradores internos e estimular a

sua motivação é um item de preocupação nas organizações, que se utilizam da

comunicação interna e do endomarketing para levá-lo a termo.

A importância dos planos de capacitação e qualificação de equipes nas

organizações é incontestável, visto que somente após o provimento de

36

condições adequadas (não apenas físicas) para o desenvolvimento de suas

atividades é que se pode esperar um ambiente mais propício ao

comprometimento e entusiasmo com o que se realiza.

Os ambientes e o relacionamento dos colaboradores internos, entre si

– pares ou com as chefias influenciam diretamente no desempenho das

organizações, requerendo cuidados específicos, como a aplicação da pesquisa

do clima organizacional que, na CAIXA ECONÔMICA FEDERAL trouxe efeitos

extremamente positivos para a instituição.

A comunicação interna e o endomarketing cumprem papel significativo,

quando utilizados de maneira estratégica e com objetivos claramente definidos.

São responsáveis pela geração de estímulos e conseguem aproximar e aliar as

equipes nos negócios, servindo ainda como termômetro para aferição do grau

de satisfação e a afinidade dos colaboradores internos.

Equipes satisfeitas com o seu trabalho, cientes dos objetivos

empresariais, tendem a ter desempenho mais destacado e são mais

automotivadas para executar as atividades sentindo-se parte importante da

organização em que atuam.

As empresas que almejam o sucesso nos seus empreendimentos

devem fortalecer o elo com os seus colaboradores internos, despertando o

sentimento de pertencimento e corresponsabilidade pelos resultados

alcançados. A interação requerida é possível mediante um bom plano de

comunicação interna e um endomarketing bem aplicado.

Este trabalho se propôs a identificar e explicar as mais importantes

teorias e abordagens disponíveis, com as respectivas críticas, ligações e inter-

relacionamentos. Com tudo isso, tentamos propiciar uma visão geral e

abrangente dos aspectos positivos, negativos, conjunturais e diferenciais

37

destas teorias e abordagens, bem como a importância da motivação para o

trabalho.

O inter-relacionamento entre administração e motivação foi descrito

como uma maneira de mostrar a melhor forma de gerir pessoas, buscando

inputs que resultem em motivação e que venham trazer bons resultados para

as organizações. O relacionamento existente entre liderança e motivação com

a finalidade de mostrar como transformar uma organização.

Adotar ações estratégicas de comunicação interna requer muita atenção

ao público destinatário das ações, sendo este fator extremamente importante

para o sucesso e até a existência das organizações. Processos bem cuidados

carecem de atenção ao que as bases das instituições estão considerando

como factível, ou com necessidade de adaptações, pois na grande maioria das

vezes o fracasso de alguns projetos ocorre pela desatenção, que provoca uma

comunicação inadequada.

Comunicar-se adequadamente, para as organizações, é entender que

os destinatários são seres humanos, com necessidades e pontos de vista

diferente sobre as mesmas questões, carência de atenção e de estímulos que

os façam continuar interessados pelo sucesso da sua empresa.

Estimular os colaboradores internos é abrir o caminho para a reflexão a

respeito da importância de continuar trabalhando, cientes do valor da sua

atividade para a empresa e para a sociedade como cliente final dos seus

produtos e serviços.

A comunicação interna e o endomarketing funcionam como fiel da

balança no processo que equilibra os investimentos e o sucesso empresarial,

equação básica de todas as organizações. O presente trabalho se propôs a

estabelecer essa importância, a partir da conceituação teórica trazendo

exemplos provocadores de reflexões a respeito da importância do tema.

38

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