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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A INFORMÁTICA ALIADA A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NO NÍVEL SUPERIOR
Por: Rodrigo Ernesto Dias Galarza
ORIENTADORA
Mª. DINA LÚCIA CHAVES ROCHA
Rio de Janeiro
2010
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A INFORMÁTICA ALIADA A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NO NÍVEL SUPERIOR
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Docência do
Ensino Superior.
Por: Rodrigo Ernesto Dias Galarza
Rio de Janeiro
2010
3
AGRADECIMENTOS
...a todos os mestres e colegas que
passaram em minha vida acadêmica.
4
DEDICATÓRIA
...dedico ao meu avô e a minha mãe pela
educação que me foi dada para chegar
até aqui e também a minha querida
esposa pela dedicação e apoio que me
deu para fazer esta pós-graduação.
5
RESUMO
As primeiras experiências com uso do computador na educação foi na década
de 70, tanto no Brasil quanto em outros países, porém está muito aquém do
que seria desejável. Com os computadores mais acessíveis a população,
principalmente com o uso da internet sendo ela a principal ferramenta da
educação a distância (EaD), transformou os costumes da sociedade, logo é
preciso haver mais investimentos na área da educação pois, somente colocar
computadores não garante o seu uso adequado. Tem que colocar professores
qualificados e preparados para tal ferramenta e traçar políticas educacionais
que integrem as novas tecnologias nos currículos escolares, a informática tem
que ser vista como disciplina e não somente com auxilio das disciplinas.
6
METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi baseada em pesquisas bibliográficas com
temas relativos à educação a distância (EaD), assim como sites, jornais e
revistas sobre o respectivo assunto.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A Educação a Distância Hoje 10
CAPÍTULO II - A Formação de Professores 29
CAPÍTULO III – Proposta Educacional 37
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA 42
ÍNDICE 43
8
INTRODUÇÃO
O crescimento do mercado de educação a distância (EaD) é explosivo
no Brasil e no mundo. Dados estão disponíveis por toda parte: cresce
exponencialmente o número de instituições que oferecem algum tipo de curso
a distância, o número de cursos e disciplinas ofertados, de alunos
matriculados, de professores que desenvolvem conteúdo e passam a ministrar
aulas a distância, de empresas fornecedoras de serviços e insumos para o
mercado, de artigos e publicações sobre EaD, crescem as tecnologias disponí-
veis, e assim por diante.
Talvez nenhuma novidade tenha produzido um impacto tão intenso na história
da educação quanto o desenvolvimento da educação a distância,
especialmente da educação on-line, nos últimos anos.
Em conseqüência disso, cada vez mais pessoas passam a participar desse
mercado, nas mais diversas funções: professores, alunos, produtores de
conteúdo, web designers, pedagogos, administradores etc., muitas vezes
desempenhando diferentes papéis simultaneamente.
No entanto, apesar da incrível velocidade com que esse mercado vem se
expandindo, os recursos humanos para atuar no novo paradigma não se
desenvolveram com a mesma agilidade. Muito pelo contrário. Ainda não existe
uma formação, ou melhor, um completo entendimento desses players (alunos,
gestores, autores, tutores, conteudistas, professores e instituições) sobre os
papéis que cada um desempenha, seus direitos, deveres e suas
responsabilidades no novo processo. Professores, autores e tutores acabam
se confundindo e não sendo apropriadamente preparados para desempenhar
sua nova função pedagógica; alunos desconhecem o novo papel, pois não
foram acostumados a ser participantes ativos no processo de educação a
distância, sem conseguir dar uma resposta efetiva quando são exigidos
9
disciplina e autogerenciamento de sua aprendizagem; produtores de conteúdo
estão, ainda, mais preocupados com o assunto do que com a aprendizagem e
o design instrucional, que permite a compreensão dos conteúdos didáticos;
pedagogos não dão conta de acompanhar os recursos tecnológicos existentes;
e os tecnólogos fazem questão de abominar a pedagogia, andragogia e
heutagogia, de que sequer ouviram falar.
Muitos autores, os grandes ícones da EaD contemporânea, têm apontado que
a falta do estudo teórico prejudica o desenvolvimento da educação a distância.
Não se faz educação sem pedagogia (a teoria da educação), não existe
aprendizagem sem metodologia, portanto, também não é possível fazer EaD
sem teoria. Muito investimento tem sido feito pelas instituições em EaD nesse
sentido, mas tem efetivamente ocorrido aprendizagem a distância? Como? As
decisões em EaD não podem ser tomadas simplesmente na base da meto-
dologia da tentativa-e-erro - é necessária uma base teórica sobre a qual se
fundamentem as decisões sociais, políticas, financeiras e didáticas
relacionadas à educação a distância. É necessário, portanto, pensar em uma
didática ou pedagogia desse tipo de educação que aborde temas como a
independência e a autonomia dos alunos, a massificação do ensino, a
interação de alunos e professores, a comunicação a distância e mediada por
computadores etc.
10
CAPÍTULO I
A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA HOJE
O que significa EaD?
A sigla EaD envolve duas palavras: 'educação' e 'distância'. A EaD é uma
modalidade de educação em que professores e alunos estão separados,
planejada por instituições e que utiliza diversas tecnologias de comunicação.
1.1 – Conceitos e Teorias
A EaD acabou recebendo denominações diversas em diferentes países,
como estudo ou educação por correspondência (Reino Unido); estudo em casa
e estudo independente (Estados Unidos); estudos externos (Austrália);
telensino ou ensino a distância (França); estudo ou ensino a distância (Ale-
manha); educação a distância (Espanha); teleducação (Portugal) etc.
Diferentes definições são também dadas para a educação a distância, mas
alguns pontos são comuns a praticamente todas elas. Diversos pontos deste
conceito e teorias :
11
1.1.1 - Separação no espaço
Em geral, a sigla EaD é aplicada a atividades de ensino e aprendizagem em
que aluno e professor estão separados fisicamente, o que as distinguem, por
exemplo, do ensino presencial. Em EaD ocorre uma separação geográfica e
espacial entre o aluno e o professor, e mesmo entre os próprios alunos, ou
seja, eles não estão presentes no mesmo lugar, como no caso do ensino
tradicional. A EaD prescinde, portanto, da presença física em um local para
que ocorra educação.
A filosofia que fundamenta essas propostas de ensino é simples: o
aprendizado não deve ocorrer apenas na sala de aula. Aliás, na sociedade da
informação e do conhecimento, a sala de aula tradicional (baseada ainda em
um modelo de sociedade industrial e ensino em série) pode ser vista como o
local menos propício para a educação.
Em muitos casos, a EaD é mesclada com encontros presenciais; quando os
encontros presenciais são constantes, costuma-se chamar esse modelo de
educação semipresencial.
1.1.2 - Separação no tempo
Além da separação física, costuma-se também associar a EaD à separação
temporal entre alunos e professores. Existem algumas atividades síncronas em
EaD, ou seja, em que professores e alunos precisam estar conectados na
mesma hora, como chats, videoconferências interativas e, mais recentemente,
plataformas virtuais como o Second Life. Mas, na maior parte dos casos, as
atividades em EaD são assíncronas, ou seja, professores e alunos estão
separados no tempo.
O estudo a distância implica, portanto, não apenas a distância física, mas
também a possibilidade da comunicação diferiram da, na qual o aprendizado
se dá sem que, no mesmo instante, os personagens envolvidos estejam
12
participando das atividades, ao contrário do que ocorre normalmente no ensino
tradicional e presencial.
Cabe aqui, entretanto, uma breve reflexão sobre os significados das
expressões 'tempo real' e 'tempo virtual.
Como convenção, não há dúvida de que o tempo exista. Entretanto, a
percepção com relação ao tempo varia intensamente, de cultura para cultura.
Além disso, historicamente, o homem altera dramaticamente sua relação com
a convenção temporal.
Como recurso para medir a aprendizagem, o tempo é também uma
convenção, uma. idéia enraizada em nossa cultura. Essa convenção
pedagógica mede a aprendizagem em função do movimento do relógio. A
tecnologia gerou maior velocidade em várias atividades, inclusive no ensino e
na aprendizagem. Contudo, continua a medir a aprendizagem, mesmo a
virtual, em horas. Muitos projetos de EaD baseiam-se no mesmo conceito de
tempo que utiliza para as atividades presenciais, que envolvem o modelo dos
cursos e das disciplinas, os currículos, a idéia da hora-aula, a avaliação etc. O
tempo curricular é um paradigma confortável que, na verdade, a EaD
emprestou do ensino presencial sem as devidas adaptações.
O tempo virtual, entretanto, ao contrário do tempo real, que mede as aulas
presenciais, pode ser controlado pelo aluno em EaD. O tempo virtual difere
sensivelmente do tempo real (assim como o tempo real é distinto do tempo do
inconsciente, por exemplo). Logo, seria necessário respeitar a especificidade
do tempo virtual em EaD em vários sentidos. Na superação da idéia das horas-
aula, por exemplo. Também no uso dos recursos de tempo diferido, da
comunicação assíncrona; porque insistir em atividades síncronas significa
insistir no tempo presencial, em que todos precisam estar presentes nos
mesmo horário, enquanto a EaD possibilita a comunicação diferida. E também
no respeito ao tempo de aprendizado de cada aluno, pois os seres humanos
progridem em ritmos próprios e, muitas vezes, bastante diferentes uns dos
outros no processo de aprendizagem. Por fim, ainda, no respeito ao uso do
13
tempo diferenciado por parte dos alunos: estudar mais em alguns momentos,
menos em outros. E assim por diante.
Portanto, a EaD possibilita a manipulação do espaço e do tempo em favor da
educação. O aluno estuda onde e quando quiser e puder. Pode, por exemplo,
passar algumas semanas sem se dedicar muito aos estudos, por diversos
motivos, e durante uma ou duas semanas, então, dedicar-se com mais
energia. Ou seja, o aluno se autoprograma para estudar, de acordo com o seu
tempo e a sua disponibilidade.
1.1.3 – Planejamento
Ao contrário do auto-estudo espontâneo e individual, e de aulas particulares, a
EaD é uma modalidade de ensino e aprendizagem que precisa ter o apoio de -
e ser planejada por - uma instituição de ensino. No caso de ensino superior, no
Brasil, é preciso que a instituição seja credenciada pelo MEC para oferecer os
cursos, mas existem outras iniciativas de oferta de EaD, como as
universidades virtuais (a universidade aberta do Brasil é um exemplo disso, ou
mesmo o Instituto Universidade Virtual Brasileira - UVB), e também por
empresas, as universidades corporativas, que descobriram no e-Iearning uma
eficiente forma de capacitar seus funcionários, reduzindo as despesas de
locomoção. Nesse sentido, a EaD é um modo industrializado de ensinar e
aprender.
Esse planejamento deve incluir, também, o acompanhamento e a supervisão
da aprendizagem por professores tutores, apesar de muitas instituições
acreditarem que a simples produção de um bom conteúdo seja a sua única
função educacional.
14
1.1.4 – Tecnologia de comunicação
Para superar a distância entre alunos e professores, no tempo e no espaço, a
EaD utiliza-se de diversas ferramentas de comunicação. A relação entre alunos
e professores, portanto, passa a ser mediada pela tecnologia.
Os projetos de EaD apostam nas mídias que vão além do giz, do quadro-negro
e da própria apostila impressa para efetivar a aprendizagem. Com isso,
podem-se desenvolver projetos de EaD com vários suportes, por exemplo
telefone, rádio, áudio, vídeo, CD, televisão, e-mail, tecnologias de
telecomunicações interativas, grupos de discussão na Internet etc. O que
mudou com as novas mídias é que alunos e professores têm a possibilidade
de interação, e não apenas de recepção de conteúdos. Além disso, o aluno e o
professor on-line aprendem a trabalhar com essas ferramentas, o que se
constitui em uma vantagem competitiva no mercado de trabalho atual.
Mais recentemente, a EaD passou a utilizar intensamente tecnologias de
telecomunicação e transmissão de dados, sons e imagens que convergem
para o computador e a Internet. Hoje, são bastante utilizadas em EaD mídias
eletrônicas e principalmente a Internet, mas isso não faz necessariamente
parte da definição do conceito mais amplo de EaD; pode ocorrer educação a
distância, por exemplo, com material impresso enviado pelo correio. Portanto,
é importante distinguir a EaD, que pode envolver qualquer tipo de tecnologia
de comunicação para mediar a relação entre alunos, professores, conteúdo e
instituições, da EaD on-line (uma de suas divisões), que é também
denominada e-learning, on-line learning, virtuallearning, networked learning ou
web-based learning.
1.1.5 – Autonomia versus interação
Antes do surgimento das tecnologias interativas, como a Internet, a idéia da
autonomia do aluno talvez tenha sido a marca mais exata da EaD. Com a
educação a distância, o aluno toma-se independente, sem ficar limitado pelas
15
restrições de tempo e espaço características da educação presencia!. A EaD
mostrou que é possível aprender sozinho, sem a necessidade de um grupo,
tanto que Desmond Keegan, em seu importante Foundations of distance
education, considera a separação do aluno em relação ao grupo de
aprendizagem parte da própria definição de educação a distância. O estudo
independente e o aprendizado privado, desenvolvidos pela EaD, desafiariam a
necessidade de interação em educação.
É importante, de qualquer maneira, lembrar que mesmo na leitura de um texto
ocorre interação entre o leitor e o texto e entre o leitor e o próprio autor do
texto. O alemão Borje Holmberg, um dos pioneiros da teoria da EaD,
desenvolveu a noção de ensino como uma conversa didática guiada (guided
didactic conversation), e materiais para educação a distância são produzidos
em geral com esse propósito, de reproduzir uma conversa entre um guia e o
leitor. Além do quê, mesmo antes do desenvolvimento das tecnologias
interativas, o aluno e o professor interagiam, ainda que demoradamente, pelo
correio, por exemplo, e mesmo os alunos podiam interagir entre si e com
tutores, esporadicamente, em centros de apoio e estudos. De qualquer
maneira, a idéia da autonomia e independência do aluno era parte integrante
do conceito de EaD, enquanto a idéia de interação não, mesmo porque não
havia tecnologia capaz de reproduzir, a distância, a riqueza da interação em
sala de aula.
Com o desenvolvimento das tecnologias interativas, entretanto, esse cenário
mudou radicalmente. É possível agora ensinar 'face a face a distância', como
afirma o próprio Keegan, uma vez que a tecnologia permite reconstruir
virtualmente a interação e a intersubjetividade que ocorrem na educação
tradicional e presencial, e que muitos consideram essenciais. Mesmo na
interação entre o aluno e o conteúdo, as novas ferramentas abrem
possibilidades antes inimagináveis. Entra então, aqui, o papel do design
instrucional, que, serve para organizar o conteúdo em experiências que
efetivamente promovam aprendizagem.
16
Levando em consideração as concepções de Paulo Freire sobre a educação,
os projetos de EaD deveriam incluir uma comunicação de mão dupla, que
envolvesse a possibilidade de diálogo com o professor e os demais alunos.
Portanto, muitos autores consideram que a idéia de interação deve fazer parte
do conceito de EaD. Contudo, mesmo com o progresso das tecnologias,
muitos modelos de EaD privilegiam o estudo autônomo e independente,
utilizando muito poucas atividades interativas, porque essas atividades, ainda
que assíncronas, em geral provocam restrições de tempo para o aluno, o que
iria contra o próprio espírito da aprendizagem a distância. Portanto, a interação
de professores e alunos não é considerada por todos uma característica
necessária para a EaD, já que alguns modelos defendem a autonomia e
independência do aluno. Sendo assim, o grau de combinação entre atividades
individuais e em grupo, para muitos, define a educação a distância.
As novas tecnologias geram, sem dúvida, maior interação de professores e
alunos, e mesmo entre os próprios alunos, possibilitando justamente a
combinação da flexibilidade da interação humana com a independência no
tempo e no espaço.
1.1.6 – Público
O público da EaD é ilimitado. Cabe, entretanto, lembrar que alguns setores são
beneficiados com o progresso da educação a distância, pois não teriam acesso
a programas tradicionais de educação. Nesse sentido, a EaD democratizaria e
simplificaria o acesso ao conhecimento, funcionando como um mecanismo de
justiça social.
Deve lembrar das pessoas incapacitadas, por deficiências físicas ou mentais,
de freqüentar instituições convencionais de aprendizagem. Além disso, a EaD
traz um benefício direto a pessoas que moram em lugares isolados, afastados
dos locais onde é possível estudar presencialmente. A EaD beneficia ainda
17
pessoas que, por diversos motivos, não podem se deslocar até uma instituição
de ensino presencial, ou as que trabalham em horários alternativos ou viajam
constantemente, sem conseguir, por isso, se comprometer a freqüentar uma
instituição de ensino tradicional.
A EaD caracteriza-se também como um instrumento bastante rico para
treinamento e educação de professores que, por diversos motivos, não teriam
condições de freqüentar instituições presenciais e tradicionais. Para esse fim,
ela tem sido utilizada com sucesso no Brasil, além de ter se tomado uma
ferramenta poderosa para treinamento de empresas.
1.2 – História da EaD
Apesar de muitos defenderem que se trata de uma nova idéia, a
educação a distância uma longa trajetória. Retomando vários séculos na
história da humanidade, pode-se dizer que a educação a distância tem a idade
da escrita.
Nas sociedades orais, em que a escrita ainda não está estabelecida, a
comunicação é necessariamente presencial. Para que alguma informação seja
transmitida, o emissor e o receptor da mensagem devem estar presentes, no
mesmo momento e no mesmo local.
A partir da invenção da escrita, a comunicação liberta-se no tempo e no
espaço. Com a escrita, não é mais necessário que as pessoas estejam
presentes, no mesmo momento e mesmo local, para que haja comunicação.
Em uma sociedade primitiva, ao contrário, não ocorre comunicação sem que a
pessoa com quem desejasse nos comunicar esteja presente. As primeiras
manifestações escritas são os desenhos, geralmente em pedras, que
procuram copiar ou imitar objetos. Ao desenhar em paredes de pedra, o
homem das cavernas já estaria exercitando a comunicação a distância.
Alguns autores consideram as cartas de Platão e as Epístolas de São Paulo
18
exemplos iniciais e isolados de exercícios de educação a distância. Outros
defendem que o ensino a distância tomou-se possível apenas com a invenção
da imprensa, no século XV. A escrita, inicialmente, possibilitou que pessoas
separadas geograficamente se comunicassem e documentassem informações,
obras e registros. A invenção de Gutenberg, por sua vez facilitou esse
processo, permitindo que as idéias fossem compartilhadas e transmitidas para
um maior número de pessoas, o que intensificou os debates, a produção e a
reprodução do conhecimento. Veja agora as gerações.
1.2.1 – Primeira geração: cursos por correspondência
Há registros de cursos de taquigrafia a distância, oferecidos por meio de
anúncios de jornais, desde a década de 1720. Entretanto, a EaD surge
efetivamente em meados do século XIX, em função do desenvolvimento dos
meios de transporte e comunicação (como trens e correio), especialmente com
o ensino por correspondência. Como sua primeira geração os materiais que
eram primordialmente impressos e encaminhados pelo correio.
Rapidamente, várias iniciativas de criação de cursos a distância se
espalharam, com o surgimento de sociedades, institutos e escolas. Os casos
mais bem-sucedidos foram os cursos técnicos de extensão universitária. Havia,
entretanto, grande resistência com relação a cursos universitários a distância,
por isso poucas foram as experiências duradouras, mesmo nos países mais
desenvolvidos.
1.2.2 – Segunda geração : novas mídias e universidades abertas
A segunda geração da EaD apresentou o acréscimo de novas rnídias como a
televisão, o rádio, as fitas de áudio e vídeo e o telefone.
Um momento importante é a criação das universidades abertas de ensino a
distância, influenciadas pelo modelo da Open University' britânica, fundada em
19
1969, que se utilizam intensamente de rádio, TV, vídeos, fitas cassetes e
centros de estudo, e em que se realizaram diversas experiências pedagógicas.
Com base nessas experiências, teria crescido o interesse pela EaD. Surgiram
assim as megauniversidades abertas a distância, em geral as maiores, em
número de alunos, de seus respectivos países, como o Centre National
d'Enseignement à Distance (CNED) na França; a Universidad Nacional de
Educación a Distancia (Uned) na Espanha; a Universidade Aberta de Portugal;
a FernUniversitat in Hagen na Alemanha; a Anadolu Üniversitesi na Turquia; a
Central Radio and TV University na China; a Universitas Terbuka na Indonésia;
a Indira Gandhi National Open University na Índia; a Sukhothai Thammathirat
Open University na Tailândia; a Korea National Open University;'l a Payame
Noor University no Irã; a University of South África (Unisa) (na verdade a
pioneira, fundada em 1946, mas que no início não era exatamente uma
universidade aberta); entre outras. Essas experiências têm servido para
repensar a função das universidades no futuro e modificar a educação de
diversas maneiras, mas apenas na década de 1990 as universidades
tradicionais, as agências governamentais e as empresas privadas teriam
começado a se interessar por elas.
1.2.3 – Terceira geração: EaD on-line
Uma terceira geração introduziu a utilização do videotexto, do
microcomputador, da tecnologia de multimídia, do hipertexto e de redes de
computadores, caracterizando a educação a distância on-line. Além disso, em
relação à geração anterior, não tem mais uma diversidade de mídias que se
relacionam, mas uma verdadeira integração delas, que convergem para as
tecnologias de multimídia e o computador. Em muitas ofertas de cursos a
distância, hoje, todas as mídias apresentadas neste capítulo ainda convivem,
apesar do predomínio do uso da Internet.
20
A terceira geração da evolução da EaD seria marcada pelo desenvolvimento
das tecnologias da informação e da comunicação. Por volta de 1995, com o
desenvolvimento explosivo da Internet, ocorre um ponto de ruptura na história
da educação a distância. Surge então um novo território para a educação, o
espaço virtual da aprendizagem, digital e baseado na rede. Surgem também
várias associações de instituições de ensino a distância. Pode-se portanto
pensar em um novo formato do processo de ensino-aprendizagem, "aberto,
centrado no aluno, baseado no resultado, interativo, participativo, flexível
quanto ao currículo, às estratégias de aprendizado e envio e nãomuito preso a
instituições de aprendizado superior, porque pode também se dar nos ares e
nos locais de trabalho". A EaD, assim, nos ajudaria a romper com a tradição e
planejar o novo.
1.2.4 – EaD no mundo
Atualmente, dezenas de países, independentemente do seu grau de
desenvolvimento econômico, atendem milhões de pessoas com educação a
distância em todos os níveis, utilizando sistemas mais ou menos formais.
São inúmeras as instituições que oferecem cursos a distância, desde
disciplinas isoladas até programas completos de graduação e pós-graduação.
Em alguns casos, esses cursos são oferecidos por instituições que também
oferecem cursos presenciais, mas em outros casos, temos instituições de
ensino voltadas exclusivamente para o ensino a distância e, até mesmo,
universidades virtuais, que não possuem campus, apenas um banco de dados
de colaboradores e uma oferta de cursos a distância, as click universies,em
oposição às tradicionais brick universities (universidades de tijolo).
As universidades abertas européias oferecem cursos somente a distância.
Fora da Europa, também há um grande número de instituições especializadas
em EaD, fundadas em geral nas décadas de 1970 e 1980. Nos Estados
Unidos, a EaD alcançou grande desenvolvimento, pioneiramente com as
21
lnternational Correspondence Schools (ICS), direcionadas para os estudos em
casa.
Deve-se destacar, ainda, a intensa utilização da EaD pelas empresas,
chamada de EaD corporativa, que deu origem, na década de 1990.
Além disso, inúmeras associações, organizações e consórcios procuram
direcionar esforços em educação a distância, como o lnternational Council for
Open and Dise Education (ICDE); a European Association of Distance
Teaching Universities (EADTU); o European Distance and E-Learning Network
(Eden); o EuroPace; a Asian Association of Open Universities (AAOU); a Open
and Distance Learning Asiation of Australia (ODLAA);
1.2.5 – Ead no Brasil
Comparando o desenvolvimento da EaD no Brasil com a experiência mundial,
algumas diferenças saltam aos olhos. Em um primeiro momento, a EaD
brasileira segue movimento internacional, com a oferta de cursos por
correspondência. Entretanto, mídias como o rádio e a televisão serão
exploradas com bastante sucesso em nosso país, por meio de soluções
específicas e muitas vezes criativas, antes da introdução da internet. Além
disso, no Brasil, a experiência das universidades abertas é retardada
praticamente até hoje, com a recente criação da Universidade Aberta do Brasil
(UAB). Seguem algumas referências do desenvolvimento da EaD em nosso
país.
• Escolas internacionais e cursos por correspondência – 1904
• Rádio – Escola – 1923
• Rádio Monitor – 1939
• IUB – 1941
22
• A Voz da Profecia – 1943
• SENAC, SESC e Universidade do Ar – 1947
• MEB – 1961
• Ocidental School – 1962
• Telecurso – 1977
• Cier – 1981
• Salto para o Futuro – 1991
• Entre outros
1.2.6 – EaD no ensino superior brasileiro
No fim da década de 1980 e inicio dos anos 90, nota-se um grande avanço da
EaD brasileira, especialmente em decorrência dos projetos de informatização,
bem como da difusão das línguas estrangeiras. As iniciativas apresentadas
anteriormente se desenvolveram basicamente no ensino fundamental e médio
e na capacitação de professores. A universidade de Brasília foi a pioneira no
uso da EaD no ensino superior, com o programa de ensino a distância (PED),
que ofereceu um curso de extensão universitária em 1979. Outros cursos
foram produzidos e oferecidos inclusive por jornal, até 1985. Em 1989, foi
criado o Centro de Educação Aberta, Continuada, a Distância (Cead- UnB),
que hoje utiliza diversas mídias como correio, telefone, fax, cd-rom, e-mail e
internet. É hoje a instituição com maior numero de alunos 75.683 em 2006. A
partir da década 1990, as instituições de ensino superior começaram a
desenvolver cursos a distância baseada nas novas tecnologias de informação
e comunicação. A EaD surge oficialmente no Brasil pela Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB) na Lei n.9.394, de 20 de dezembro de
1996. Segundo o site http://www.virtual.epm.br/material/tis/enf/apostila.htm a
23
Regulamentação da EaD no Brasil foi normatizada pela Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (Dezembro de 1996), em Fevereiro de 1998.
De acordo com o Art. 2º do Decreto n.º 2494/98, "os cursos a distância que
conferem certificado ou diploma de conclusão do ensino fundamental para
jovens e adultos, do ensino médio, da educação profissional e de graduação
serão oferecidos por instituições públicas ou privadas especificamente
credenciadas para esse fim (...)".
Assim, as propostas de cursos nestes níveis deverão ser encaminhadas ao
órgão do sistema municipal ou estadual responsável pelo credenciamento de
instituições e autorização de cursos – a menos que se trate de instituição
vinculada ao sistema federal de ensino, quando, então, o credenciamento
deverá ser feito pelo Ministério da Educação.
No caso de cursos de graduação e educação profissional em nível tecnológico,
a instituição interessada deve credenciar-se junto ao MEC, solicitando, para
isto, a autorização para cada curso que pretenda oferecer.
Os programas de mestrado e doutorado na modalidade a distância, no Brasil,
ainda é objeto de regulamentação específica. Os cursos de pós-graduação lato
sensu, chamados de "especialização", até recentemente eram considerados
livres, ou seja, independentes de autorização para funcionamento por parte do
MEC. Porém, com o Parecer n.º 908/98 (aprovado em 02/12/98) e a Resolução
nº 3 (de 05/10/99) da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de
Educação que fixam condições de validade dos certificados de cursos
presenciais de especialização, tornou-se necessária a regulamentação de tais
cursos na modalidade a distância.
24
1.3 – Mitos e Verdades
Vale a pena entrar nessa?
De 2000 para cá, a EAD cresceu espantosos 45.000% em número de
alunos no país. Muita gente, no entanto, ainda fica de pé atrás com quem tirou
diploma de Pedagogia ou Licenciatura nessa modalidade de ensino. Para
avaliar se isso é puro preconceito, veja o que é mito e verdade nessa área.
Para quem mora longe de uma universidade ou não pode ir à aula todos os
dias, a Educação a distância (EAD) parece ideal. Por isso, ela tem conquistado
tanto espaço. Em 2000, 13 cursos superiores reuniam 1.758 alunos. Em 2008,
havia 1.752 cursos de graduação e pós-graduação lato Sensu com 786.718
matriculados, segundo a Associação Brasileira de Educação a Distância
(Abed). A modalidade de ensino usa ambientes virtuais, chats, fóruns e e-mails
para unir professores e turmas. Assim, quem é de Ribeirão Cascalheiras, a
900 quilômetros de Cuiabá, por exemplo, pode se formar em Pedagogia pela
Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), que mantém um polo na
cidade.
As experiências no ensino a distância por aqui começaram no início do século
20, com cursos profissionalizantes por carta, rádio e, mais tarde, pela TV. Só
com a internet e a banda larga, eles se tornaram viáveis na graduação e na
pós.
Apenas recentemente começa a apostar na EAD como uma saída para suprir
a demanda por formação superior no país. Criada em 2005, a Universidade
Aberta do Brasil (UAB) tem como prioridade a formação inicial de professores
da Educação Básica pública, além de formação continuada aos graduados.
Por meio de parcerias entre 38 universidades federais, a UAB oferece 92
opções de extensão, graduação e pós-graduação.
Poucos formados e falta de fiscalização preocupam
Estudo de 2007 capitaneado por Dilvo Ristoff, então diretor do Departamento
25
de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep), comparou os
resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade/2006)
nas modalidades presencial e a distância. Das 13 áreas em que o confronto foi
possível, os de EAD se saíram melhor em sete: Pedagogia, Biologia, Física,
Matemática e Ciências Sociais, além de Administração e § Turismo. Isso
mostra que o fato de as auIas serem a distancia não significa aquelas sejam
de pior qualidade. No entanto, é forte a desconfiança no mercado de trabalho.
Isso, em parte, por haver poucos diplomados. Dados do Inep revelam que,
enquanto a graduação presencial formou 736.829 profissionais em 2006, o
ensino a distância contabilizou apenas 25.804. Esse contingente ainda é
pequeno para que as redes avaliem a competência deles.
Além disso, especialistas apontam graves problemas na forma como a EAD
tem sido conduzida no país. No estudo Professores do Brasil: Impasses e
Desafios, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (Unesco), a coordenadora Bernardete Gatti, da Fundação Carlos
Chagas (FCC), relata que o governo federal ainda não dispõe de aparato
suficiente para acompanhar, supervisionar e fiscalizar os cursos, fato que
comprometeria sua qualidade. Outro ponto frágil da política governamental,
segundo o trabalho, seria a pouca verba destinada aos tutores (que
acompanham a aprendizagem dos grupos), feito por meio de bolsas da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o
que tornaria a qualificação dos profissionais precária.
Para não entrar em uma arapuca, o importante é avaliar as opções antes de se
decidir. Segundo a Revista Nova Escola Nº 227 de Novembro de 2009 – Ano
XXIV da páginas 54, o documento Referências de Qualidades para a
Educação Superior a Distância, elaborado pelo Ministério da Educação (MEC),
indica o que você tem direito de saber antes de se matricular:
• Métodos de ensino da universidade
• Tecnologias usadas
26
• O tipo de material didático usado
• Os tipos de interação disponíveis
•Quanto tempo leva para o tutor responder às dúvidas.
Outra medida importante é verificar se a instituição está credenciada, se é re-
conhecida e se já foi fiscalizada. Para isso, basta pesquisar no site
siead.mec.gov.br, que traz as instituições que oferecem graduação e pós lato
sensu a distância.
Tão importante quanto essas medidas é analisar se o modelo preenche suas
necessidades e se é adequado ao seu perfil. Muito se diz sobre a EAD, mas
nem tudo pode ser levado a sério. Agora abaixo algumas perguntas para
ajudar a conhecer melhor essa modalidade, e com base em estudos,
estatísticas e opiniões de renomados especialistas, esclareceram o que é mito
e o que é verdade segundo a Revista Nova Escola Nº 227 de Novembro de
2009 – Ano XXIV das páginas 52 a 59.
1 - O curso não é adequado para os mais jovens? Verdade
De acordo com a Abed, 54% das instituições que oferecem cursos a distância
declararam que a maioria dos matriculados tem mais de 30 anos.
2 – É preciso ter um bom computador e uma boa conexão de internet?
Verdade
Mais de 93% dos cursos de graduação e pós utilizam a internet como o
principal meio de ensino. O uso de vídeos online está presente em mais de
57% das instituições, sendo que em 52% delas a transmissão comporta
interatividade entre estudantes e mestres. Quem não tem computador com
internet rápida pode sair prejudicado. "Os polos presenciais costumam
disponibilizar computadores com conexão à internet. Quem não tem isso em
casa e não mora tão próximo aos polas deve encontrar um meio de acesso à
27
banda larga, nem que seja em um cibercafé", explica Ymiracy de Souza Polak.
consultora da Capes para EAD e membro da comissão de avaliação do
Inep/MEC.
3 – O diploma é fácil? Mito
Para começar, vale lembrar que o tempo de duração do curso é o mesmo que
na modalidade presencial. CarIas Eduardo Bielschowsky, secretário de
Educação a distância do MEC, diz que os diplomas de graduação e pós-
graduação, sejam eles presenciais ou a distância, são equivalentes. "Por lei,
exigi o mesmo grau de rigorosidade em ambos:' Por isso, quem acha que uma
boa faculdade a distância é moleza pode acabar se frustrando com o grau de
dificuldade que se apresenta e não seguir adiante. Segundo a Abed, 61,8%
dos matriculados na graduação e 45% dos da pós-graduação que evadiram
em 2008 alegaram como motivo não ter tido tempo para se dedicar
suficientemente. O dado indica que não é nada simples dar conta do recado.
4 – A evasão é Maior? Mito
Ao contrário. Na graduação e na pós a distância, 17% dos discentes desistem
antes de se formar, enquanto nos presenciais essa taxa passa dos 21 %, de
acordo com o Censo de 2006 do Inep. "A evasão ocorre quando não há
dedicação. Se as tarefas não são feitas em uma semana, na próxima é
necessário correr muito para acompanhar. Quem não consegue colocar os
estudos em dia desiste, pois percebe que não tem mais como chegar lá",
explica Roberto De Fino Bentes, docente dos cursos a distância da Universi-
dade Federal do Paraná (UFPR) e consultor na área. Uma curiosidade:
diferentemente do que muitas pessoas pensam, a distância da casa dos
alunos em relação à sede da universidade não é um fator determinante para a
evasão. Instituições com mais da metade deles vivendo fora do estado sede
têm índices de evasão abaixo da média no país.
28
5 – É mais difícil conseguir emprego? Verdade
Ainda há um grande preconceito em relação aos formados em EAD. Em parte,
ele pode ser explicado pelo pouco tempo de existência dela na graduação. "O
mercado não conhece os formados a distância e há um desconhecimento
muito forte sobre a qualidade dos cursos", acredita Ymiracy de Souza Polak. A
lei garante que nos certíficados do Ensino Superior não venha especificado
que a formação foi feita a distância, já que ambos têm o mesmo valor.
Entretanto, numa entrevista de emprego, isso pode pesar na escolha. Até
mesmo entidades oficiais declaram não concordar com a formação
semipresencial. "Não acha bom para a Educação que professores façam a
primeira faculdade a distância. “Para que a formação inicial tenha
verdadeiramente qualidade e prepare o professor para a prática de sala de
aula, ela precisa ser presencial”, acredita Maria Izabel Azevedo Noronha,
presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São
Paulo (Apeoesp) e membro do Conselho Nacional de Educação. Segundo ela,
o tema foi debatido nas etapas intermunicipal e estadual da Conferência
Nacional de Educação, e essa foi a opinião da maioria dos integrantes. Um
dado curioso: em alguns países da Europa, onde a EAD têm tradição e
qualidade, além de serem constantemente avaliados pelo governo, os
profissionais formados dentro dessa modalidade estão entre os mais
disputados. Os motivos são simples. Eles se dedicam mais aos estudos, são
autônomos, sabem se organizar melhor, resolvem problemas inesperados com
mais agilidade e estão em busca de oportunidades para crescer.
29
CAPÍTULO II
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES
2.1 Mudanças tecnológicas e educação a distância
Sem dúvida, a centralidade que as tecnologias adquiriram na
contemporaneidade torna-se o cerne de muitas analises teóricas que procuram
compreender as mudanças nos processos sociais, econômicos e políticos. Ter
como sociedade da informação e sociedade do conhecimento.
Estudos na área de Educação e Comunicação iniciaram suas
problematizações tendo como um dos focos o binômio educação - tecnologias
midiáticas frente às novas demandas sociais e, durante algum tempo, eles
pareceram se colocar em posições radicalmente antagônicas, nas quais se
aninham slogans e modismos, de um lado, e visões acentuadamente críticas e
impermeáveis a uma discussão equilibrada sobre o papel da educação e das
tecnologias de informação e comunicação, do outro. Especificamente, a EAD
tem sido um dos focos das discussões sobre o ensino de qual idade, nesse
contexto de mudanças, caracterizado, principalmente, pela relação espaço-
temporal entre sujeitos e sociedade.
2.1.1 Contexto de mudança: as tecnologias de comunicação e
informação
Uma discussão cerca do que seriam os novos tempos deve abordar os fatores
que levaram inúmeros teóricos a lerem na sociedade contemporânea as
marcas ou indícios de mudanças profundas nas relações socioculturais,
econômicas e políticas.
Krishan Kumar (1997), em um estudo no qual focaliza a idéia de sociedade de
30
informação e as teorias do pós-fordismo e da pós-modernidade, chama a
atenção para o fato de que, à luz de muitos posicionamentos teóricos, "a nova
sociedade é hoje definida, e rotulada, por seus novos métodos de acessar,
processar e distribuir a informação". Muito além de entender a informação
como simples mercadoria, cabe uma reflexão acerca das mudanças geradas
pelo seu papel na sociedade contemporânea e das relações que mantém com
a educação e as tecnologias.
As tecnologias da comunicação e informação constituem uma expressão cujo
entendimento e problematização só têm lugar no contexto de uma sociedade
que, no século XX, já recebeu varias adjetivações: sociedade do
conhecimento, sociedade da informação, sociedade pós-industrial, sociedade
pós-capitalista e outras tantas que abarcam explicações, sob ângulos
diferenciara as transformações que ocorreram nesse período.
O termo revolução tecnológica é muito utilizado para descrever todo esse
processo e ele está relacionado a dois eventos estreitamente associados: a
primeira Revolução Industrial ocorrida nas últimas décadas do século XVIII,
quando houve o desenvolvimento das máquinas a vapor, da fiadeira, de pro-
cessos e técnicas na metalurgia, em síntese, o uso mais intenso das máquinas
no trabalho industrial e nos meios de transportes. Cerca de cem anos depois,
teve lugar uma segunda Revolução Industrial, quando surgiram o motor a
combustão, algumas substâncias químicas para indústria e medicina, a
fundição do aço e a difusão do telégrafo e do telefone. Alguns denominam esta
segunda fase de Revolução Científica, em função do desenvolvimento de
aparatos tecnológicos com base em pesquisa científica, como no caso dos
produtos químicos.
O desenvolvimento da web e dos mecanismos que permitem a convivência no
espaço da Internet parece ser o grande indicador de tais questões. As
tecnologias de inteligência e as tecnologias de comunicação e informação
formam um complexo que permitem a produção, o acesso, a circulação e a
veiculação das informações e todas as demais formas de comunicação em e
31
com diferentes partes do mundo.
A história do advento vertiginoso da Internet é muito recente, se considerar que
desde o seu surgimento, no período de 1968/69, até a sua "explosão" no
mundo, decorreram-se pouco mais de 20 anos. A concepção inicial desse
sistema de redes teve como base questões de política de defesa, e seus
primeiros passos foram fortemente marcados pelo espaço da academia e da
pesquisa. Em 1968/69, graças ao apoio do governo norte-americano, por
intermédio da ARPA (Administração dos Projetos de Pesquisa Avançada do
Departamento de Defesa dos Estados Unidos), estabeleceu-se o embrião da
atual Internet: a Arpanet foi a primeira rede de computadores a longa distância.
O crescimento acelerado da Arpanet mostrou a necessidade da criação de
uma rede civil, que ligasse pessoas, e também uma rede acadêmica mais
ampla. A National Science Foundation iniciou o patrocínio de uma rede que
unisse os vários departamentos científico espalhados pelos EUA, que se
denominou CSNET (Rede de Pesquisa da Ciência de Computação) e
mantinha uma conexão com a Arpanet. Durante a década de 1980, outras
redes surgiram e se conectaram à Arpanet, dando origem a uma rede global de
redes.
No entanto, nesse período o uso da rede ainda era um privilegio das áreas
acadêmicas e militar.
Sem dúvida quando entre 1993 e 1994 a Internet tornou-se a rede de todos, o
avanço foi muito rápido. Seu uso,então, expandiu-se para além dos muros das
instituições de pesquisa e ensino e chegou ao público comum.
Tendo em vista as condições atuais das discussões acerca da relação
informação e internet, deve considerar com cautela os discursos que
consideram emacipatórias as ações pautadas no uso da grande rede. Ao
32
possibilitar o desenvolvimento de padrões diferenciados de relações no eixo
espaço-tempo.
2.2 Modelos de EAD
Os diferentes setores onde se pratica EaD e as diversas atividades envolvidas
em educação a distância, as modalidades de EaD, os diferentes participantes
do mercado e os diferentes cursos oferecidos.
2.2.1 Educação fundamental básica
A educação a distância pode ser utilizada, com restrições, na educação básica
no Brasil, que inclui o ensino fundamental (até 14 anos) e médio (de 15 a 17
anos), e a educação de adultos nesses níveis. As instituições que oferecem
educação de jovens e adultos (EJA) no ensino fundamental, médio, e mesmo
profissional de nível técnico, devem ser credenciadas pelos conselhos
estaduais de educação. Instituições de destaque no cenário nacional nessas
modalidades, pelo número de alunos que atendem, são: o Sesi (Serviço Social
da Indústria) e a Fundação Bradesco, que atuam na educação de jovens e
adultos, e a Fundação Demócrito Rocha, que oferece cursos técnicos.
2.2.2 Ensino Superior
A maior concentração de cursos credenciados a distância no Brasil ocorre,
entretanto, no ensino superior.
Mesmo os cursos superiores mais técnicos podem funcionar a distância,
utilizando, por exemplo, laboratórios próximos ao local de residência do
estudante. Perde-se em convívio social e humano, sem dúvida, mas isso é
compensado de diversas formas: algumas instituições só abrem suas classes
a distância quando é formado um grupo de estudos em determinada região, o
qual se reunirá com certa freqüência e até mesmo receberá periodicamente a
visita de alguns professores; outras instituições exigem que parte das
33
atividades seja realizada no seu campus.
2.2.3 Universidades abertas
A maior concentração de cursos credenciados a distância no Brasil ocorre,
entretanto, no ensino superior.
Mesmo os cursos superiores mais técnicos podem funcionar a distância,
utilizando, por exemplo, laboratórios próximos ao local de residência do
estudante. Perde-se em convívio social e humano, sem dúvida, mas isso é
compensado de diversas formas: algumas instituições só abrem suas classes
a distância quando é formado um grupo de estudos em determinada região, o
qual se reunirá com certa freqüência e até mesmo receberá periodicamente a
visita de alguns professores; outras instituições exigem que parte das
atividades seja realizada no seu campus.
A história da EaD no ensino superior em nosso país. São hoje credenciados no
cursos superiores a distância nas seguintes modalidades: seqüenciais,
tecnológico" graduação e pós-graduação.
Entre as instituições que, hoje, atendem o maior número de alunos a distância
em nosso país, destacam-se a Universidade de Brasília (UnB) - que no ano de
2006 tinha mais de 75 mil alunos matriculados -, a Universidade Norte do
Paraná (Unopar) - que chegava a quase 70 mil alunos matriculados - e a
Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) - que passava de 50 mil.
As Open Universities, ou universidades abertas, são outro modelo de EaD para
o ensino superior, o que deu origem à expressão 'open and distance learning'
('aprendizagem aberta e a distância'). 'Aberta', nessa expressão, tem sentido
bastante amplo. envolvendo a abeltura a pessoas, lugares, tempo, métodos e
conceitos.
34
• qualquer pessoa pode se matricular, independentemente da educação
prévia;
• os alunos podem começar os cursos a qualquer momento;
• o estudo é feito em casa ou em qualquer lugar que o aluno escolha;
• os materiais dos cursos são desenvolvidos por uma equipe;
• é oferecida tutoria;
• a empresa da universidade aberta é nacional em escopo;
• a universidade matricula um grande número de alunos e utiliza economia
de escala.
Quatro elementos-chave para o sucesso operacional do modelo das
universidades abertas:
1) materiais de estudo multimídia de excelente qualidade, que são planejados
e elaborados por equipes com múltiplas habilidades, para promover o
aprendizado independente e autônomo;
2) suporte individualizado fornecido aos estudantes por professores com
treinamento especial no trabalho com adultos, para complementar os recursos
de aprendizagem que são uniformes para todos os estudantes;
3) boa logística e administração para garantir aos estudantes uma elevada
qualidade nos serviços;
4) professores ativamente envolvidos com pesquisa para manter o estímulo
intelectual que os estudantes consideram benéfico e atrativo para seu
aprendizado.
Fornecer educação decente para todos é um dos grandes desafios morais da
nossa era, e nesse sentido pode-se afirmar que os modelos das universidades
abertas conseguem superar esse desafio ao combinar a qualidade na
35
educação, a redução de custos e o serviço a um número elevado de alunos.
Em geral, consideram-se universidades abertas aquelas que atendem mais de
100 mil alunos, mas algumas, como a Anadolu na Turquia e a Central Radio
and TV University na China; chegam a atender mais de 500 mil estudantes.
A Universidade Aberta do Brasil (UAB), entretanto, desde seu nascimento
tende a combinar diversos materiais, como impressos, áudios, vídeos,
multirnídias, Internet e videoconferências. O sistema Universidade Aberta do
Brasil foi criado em 2005 e oficializado pelo Decreto n. 5.800 (de 8 de junho de
2006) como um consórcio de Instituições Públicas de Ensino Superior, Estados
e Municípios, coordenado pela Secretaria de Educação a Distância do
Ministério da Educação.
I - oferecer, prioritariamente, cursos de licenciatura e de formação inicial e con-
tinuada de professores da educação básica;
II - oferecer cursos superiores para capacitação de dirigentes, gestores e
trabalhadores em educação básica dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
III - oferecer cursos superiores nas diferentes áreas do
conhecimento;
IV - ampliar o acesso à educação superior pública;
V - reduzir as desigualdades de oferta de ensino superior entre as diferentes
regiões do país;
VI - estabelecer amplo sistema nacional de educação superior a distância; e
VII - fomentar o desenvolvimento institucional para a modalidade de educação
a distância, bem como a pesquisa em metodologias inovadoras de ensino
superior apoiadas em tecnologias de informação e comunicação.
A oferta de cursos de educação a distância por meio da UAB começou com um
projeto piloto, em março de 2006, contendo um curso de administração, e o
36
programa Pró-Licenciatura, que atende estudantes de licenciatura,
principalmente professores da rede pública de educação básica sem formação
superior.
Para muitos, a UAB será um marco na história da EaD brasileira.
2.2.4 - Universidades Virtuais
Algumas instituições, que nasceram especificamente para ministrar cursos a
distância on-line, são denominadas universidades virtuais. Elas não precisam
de campus e podem funcionar em uma simples sala, com poucos
colaboradores. Sua oferta é apenas e cursos cem por cento a distância, ou
seja, elas se diferenciam das universidades presenciais que, posteriormente,
passaram a praticar EaD. No Brasil, o instituto Universidade Virtual Brasileira
(UVB) é um exemplo de universidade virtual. Apesar de ter sido formada por
meio de um consórcio de diversas universidades presenciais, que possuem
campi em diferentes Estados do país, seu credenciamento foi feito apenas
para a oferta de cursos cem por cento virtuais, ou seja, a UVB não oferece
cursos presenciais e não possui um campus, sendo administrada em andar de
um prédio por poucas pessoas.
2.3 A Tecnologia que ajuda a ensinar
Hoje com a disseminação de computadores, internet, celulares, câmeras
digitais, e-mails, mensagens instantâneas, banda larga e uma infinidade de
programas funcionais e educativos faz com que esta tecnologia deixe os
professores de cursos e disciplinas escolares com uma ferramenta essencial
de ensino e para a EAD isto é essencial pois muitos desses ensino foram
adquiridos no ensino fundamental e médio ajudando assim o professor da
EAD.
37
CAPÍTULO III
PROPOSTA EDUCACIONAL
O professor para atuar nessa sociedade do conhecimento necessita
compreender as diversas situações que os termos informáticos colocam à
disposição do profissional da educação, tendo em vista uma mudança
pedagógica da ação educacional.
3.1 – Considerações sobre a educação do século XXI
A Sociedade do Conhecimento veio compor um fenômeno importante em
mudanças ocorridas nessa entrada do século XXI. O período é de
transformação e evolução. Além dos computadores e das inovações
tecnológicas, as modificações estão envolvendo as áreas econômicas, sociais,
culturais, políticas, religiosas, institucionais e até mesmo filosóficas. Essa
mudança está fazendo com que as universidades repensem a formação do
acadêmico bem como a formação do docente universitário. o professor para
atuar nesta sociedade, necessita atualizar-se continuamente, tendo em vista
um aluno que absorve vários tipos de informações ditadas por mídias que,
atualmente, são difundidas, como: TV convencional ou por assinatura, rádio,
jornal, revista e principalmente a Internet. Todas essas tecnologias estão
vinculadas a uma comunicação globalizada e interativa, e não estagnada, já
que está em constante transformação.
O professor no passado era tido como o “dono do saber”, uma pessoa
intocável e não destinava tempo e atenção aos alunos, mas hoje, essa figura
não basta para ser um educador para atuar no século XXI. É necessário que
este profissional consiga facilitar, articular e gerenciar as informações para que
o aluno visualize situações que correspondam às suas expectativas de vida.
38
3.2 – Apenas 10% dos brasileiros terminam o ensino superior
Segundo a reportagem do jornal “ O GLOBO” do dia 08/09/2009
O Relatório da organização para a cooperação e desenvolvimento econômico
(OCDE) indica que no Brasil apenas 10 % da população jovem – entre 25 e 34
anos concluem o ensino superior, enquanto a média nos 36 países que
participam da pesquisa a média é de 34%. O relatório indica que as taxas de
conclusão da educação secundária entre adultos (de 25 a 64 anos) na maioria
dos países analisados é de 60%. O número é bem inferior ao verificado no
Brasil, porem se destaca que, mesmo diante da crise econômica mundial,
investimentos em educação podem ajudar os países a se recuperar.
3.3 – A Informática como maior aliada a EaD
A utilização das tecnologias na sala de aula proporcionará o desenvolvimento
de uma educação transformadora, se for baseada em um conhecimento que
permita ao professor interpretar, refletir e dominar criticamente a tecnologia. Se
isso acontecer, o educador conseguirá se tornar um profissional que reflete
sobre a sua própria prática pedagógica,
priorizando o acesso das informações e a comunicação destas para os alunos.
As tecnologias, hoje, fazem parte das experiências e da realidade tanto
presencial quanto virtual. Sendo assim, estas podem ser incorporadas ao dia-
a-dia da universidade, tendo como suporte incontestável a competência
intelectual e criativa do professor.
39
3.3.1- Ensino a Distância com computador móvel é novidade
do IESDE
O IESDE (Inteligência Educacional e Sistemas de Ensino) passa a oferecer, a
preço menor do que o mercado, um computador móvel para dar suporte aos
alunos das universidades que usam material didático da empresa. Alunos
matriculados nos cursos a distância de graduação como Administração,
Ciências Contábeis, Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos, Gestão
Financeira, Processos Gerenciais e Negócios Imobiliários, entre outros,
poderão adquirir imediatamente o aparelho sem fio. Além disso, quem comprar
o computador poderá escolher 10 cursos diferenciados para acompanhá-lo,
como aulas sobre a nova ortografia brasileira ou até o preparatório para o
Exame da Ordem dos Advogados. Dependendo da escolha, o custo do
computador móvel pode variar entre R$ 799,90 e R$ 1149,90. Esta é uma
iniciativa pioneira no Brasil e tem como objetivo estimular a inclusão digital.
O Ultra Mobile Personal Computer (UMPC) é mais uma ferramenta utilizada
pelo IESDE, que lançou, no final do ano passado, videoaulas em MP4.
Segundo Carlos Alberto Chiarelli, ex-Ministro da Educação e Diretor de EAD do
IESDE, a busca por novos instrumentos que possam facilitar o estudo é
constante. “A tecnologia é a grande aliada do Ensino a Distância e, por isso,
está sempre buscando novidades que possam alavancar o ensino nesta
modalidade no Brasil. Além disso, sabe que este notebook compacto pode vir
a ser o primeiro contato de muitos alunos com um computador, o que nos
estimulou a investir no projeto”, afirma.
Os estudantes que utilizam o material do IESDE contam, ainda, com o apoio
de materiais como livros, DVDs e ferramentas modernas, como o Portal AVA
(Ambiente Virtual de Aprendizado), um endereço de compartilhamento de
idéias entre os professores das universidades e seus alunos. Além disso, os
estudantes poderão adquirir novos cursos por meio da Videolivraria, que foi
40
criada para disponibilizar videolivros com recursos audiovisuais de última
geração. Isto estimula o avanço da educação no Brasil e fomentar a busca por
inovações tecnológicas em prol do Ensino a Distância.
41
CONCLUSÃO
A EAD passa por um processo de renovação de espaços, de conteúdos e de
valores, tendo com ponto de partida às mudanças na sociedade. O
computador como um meio de aprendizagem facilita está comunicação entre o
professor, à instituição e o aluno, pois fora das instituições, professores e
alunos estão permanentemente em contato com tecnologias cada vez mais
avançadas. Isto se faz presente cada vez mais necessário o uso do
computador nos níveis fundamental e médio para que assim o aluno tenha
sempre sua autoconfiança no seu aprendizado podendo assim fazer a EAD no
nível superior. Logo mais pessoas estarão informatizadas e com uma
educação de qualidade, está estará sempre presente em qualquer lugar do
país, afim de que a informática consolide nossa nacionalidade e a nossa
cultura.
42
BIBLIOGRAFIA
MAIA, Carmen. MATTAR, João. ABC da EaD – A educação a distância hoje.
São Paulo, 2007. Ed.Pearson
GOUVÊA, Guaracira. OLIVEIRA, Carmen Irene. Educação a distância na
formação de professores. Rio de Janeiro, 2006 . Ed.Vieira e Lent
Revista Nova escola nº 227 de Novembro de 2009 – Ano XXIV Página 52
Revista Nova escola nº 223 de Junho / Julho de 2009 – Ano XXIV Página 51
http://www.eadnobrasil.com.br/noticia.php?id=454&secao=9. EAD no Brasil,
acessado em 15/10/2009
http://www.virtual.epm.br/material/tis/enf/apostila.htm. Educação a Distância
Fundamentos e Guia Metodológico, acessado em 16/10/2009.
http://www.unicentro.br/editora/revistas/guairaca/20/113-125%20A%20postura%20do%20doscente.pdf. A postura do docente para o século XXI e as tecnologias da comunicação e informação no contexto educacional, acessado em 10/01/2010
43
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO
AGRADECIMENTO
DEDICATÓRIA
RESUMO
METODOLOGIA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................................8
CAPÍTULO I - A Educação a distância hoje......................................................10
1.1 – Conceitos e Teorias.......................................................................10
1.1.1 – Separação no espaço.................................................................11
1.1.2 – Separação no Tempo.................................................................11
1.1.3 – Planejamento..............................................................................13
1.1.4 – Tecnologia de comunicação.......................................................14
1.1.5 – Autonomia versus interação.......................................................14
1.1.6 – Público........................................................................................16
1.2 – História da EaD........................................................................................17
1.2.1 – Primeira geração : cursos por correspondência.........................18
1.2.2 – Segunda geração : novas mídias e universidades abertas........18
1.2.3 – Terceira geração : EaD on line...................................................19
1.2.4 – EaD no mundo...........................................................................20
1.2.5 – EaD no Brasil.............................................................................21
1.2.6 – EaD no ensino superior brasileiro..............................................22
1.3 – Mitos e Verdades.....................................................................................24
CAPÍTULO II - A Formação de Professores....................................................29
2.1 – Mudança tecnológica e EaD....................................................................29
2.1.1 – Contexto de mudança: As tec.de comunicação e informação....29
2.2 – Modelos da EaD.......................................................................................32
44
2.2.1 – Educação fundamental básica...................................................32
2.2.2 – Ensino superior...........................................................................32
2.2.3 – Universidades abertas................................................................33
2.2.4 – Universidades virtuais.................................................................36
2.3 – A Tecnologia que ajuda a ensinar............................................................36
CAPÍTULO III - Proposta Educacional..............................................................37
3.1 – Considerações sobre a educação do séc.XXI.........................................37
3.2 – Apenas 10% dos brasileiros terminam o ens.superior.............................38
3.3 – A Informática como maior aliada a EaD..................................................38
3.3.1 –EaD com computador móvel é novidade do IESDE....................39
CONCLUSÃO...................................................................................................41
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................42
ÍNDICE..............................................................................................................43