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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
IMPACTOS AMBIENTAIS NA PRODUÇÃO DO BIODIESEL NO
BRASIL
Por: Fabiana Corrêa Roseira
Orientador
Prof.ª Maria Esther
Rio de Janeiro
2011
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
IMPACTOS AMBIENTAIS NA PRODUÇÃO DO BIODIESEL NO
BRASIL
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão
Ambiental
Por: . Fabiana Corrêa Roseira
3
AGRADECIMENTOS
A Deus, pois sem ele nada seria
possível, aos meus pais Celso e
Helenice por tudo que fizeram e
principalmente por me mostrar o valor
da educação, a minha avó Eliza, que
sempre reza por mim, a minha irmã
Fernanda, por dividir comigo os
momentos difíceis que passamos em
família, ao meu namorado Claudio por
ser o meu suporte sempre e pela
paciência com os sábados de estudo,
aos meus amigos de classe,
principalmente Elaine e Regina, por
toda ajuda durante o ano de curso e a
todos aqueles que de alguma forma me
ajudaram na conclusão deste trabalho.
4
DEDICATÓRIA
Aos meus pais Celso e Helenice e ao
meu namorado Claudio, principais
incentivadores de meu crescimento
pessoal e profissional.
5
RESUMO
Com a crescente preocupação mundial com a questão da preservação
ambiental e os moviementos ocorridos nos últimos anos, muitos países se
comprometeram em buscar novas fontes de energia limpa e renovável, dentre
elas o Biodiesel.
No Brasil, em meados da década passada foi lançado o Programa
Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) para incentivar a produção a
partir de diversas oleaginosas no país visando os benefícios econômicos,
sociais e ambientais advindos da adoção deste combustível como alternativa
complementar aos combustíveis de origem fóssil.
A produção de biodiesel está diretamente ligada à questão dos
benefícios ligados ao meio ambiente. Trata-se de um combustível cuja
exaustão é mais branda na geração índices de poluição, é biodegradável e
não tóxico, logo, contribui para o não aquecimento global, é obtido através de
pntes renováveis, dentre muitas outras vantagens.
Porém, a produção do biodiesel em grande escala representa também
algumas desvantagens, relacionadas ao meio ambiente, tais como: a
dependência de áreas agricultáveis, aumento dos desmatamentos para a
abertura de novas fronteiras agrícolas, poluição do solo por fertilizantes, dentre
outros que serão discutidos neste trabalho.
6
METODOLOGIA
O problema proposto neste trabalho foi formulado após leitura de
publicações especializadas e artigos relacionados ao tema Biodiesel e Meio
Ambiente. O desenvolvimento do trabalho se deu através da leitura de livros,
publicações especializadas, tais como Cartilha do Biodiesel do Governo
Federal, artigos, e páginas de instituições relacionadas ao assunto, tais como
ANP, Ministério de Minas e Energia, Ministério do Desenvolvimento Agrário e
Portal do Biodiesel.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Biodiesel – Definições e Histórico 10
CAPÍTULO II - Biodiesel no Brasil 16
CAPÍTULO III – Biodiesel e Meio Ambiente 26
CONCLUSÃO 33
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 35
ÍNDICE 38
FOLHA DE AVALIAÇÃO 39
8
INTRODUÇÃO
É consenso mundial de que os danos causados ao meio ambiente até
hoje, necessitam de medidas mitigadoras imediatas para garantir a
preservação do planeta e da própria vida.
No Protocolo de Kyoto, em 1997, muitos países se comprometeram
com a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa, tendo os
países mais industrializados se comprometido com metas. O Brasil não foi
incluído entre estes países com metas a cumprir, mas ainda assim, buscou
repensar políticas que permitissem colaborar com os objetivos mundiais.
Uma das medidas adotadas pelo Brasil foi se aprofundar no uso de
energias limpas e renováveis, dentre elas a substituição do diesel por biodiesel,
produzido a partir de oleaginosas. Há um aumento de investimentos na
produção de biodiesel em todo o território nacional, com recursos nacionais e
internacionais e incentivos como o Programa Nacional de Produção e Uso de
Biodiesel (PNPB) e a lei 11.097 publicada em 13 de Janeiro de 2005
estabelecendo a obrigatoriedade da adição de um percentual mínimo de
biodiesel ao óleo diesel comercializado ao consumidor, em qualquer parte do
território nacional.
Neste contexto em que o biodiesel aponta como a alternativa escolhida
pelo país para a redução do consumo de energias não-renováveis, tem-se
dado atenção especial aos benefícios e vantagens deste combustível, do ponto
de vista econômico, social e ambiental.
Do ponto de vista ambiental, algumas das principais vantagens são: o
fato de ser um combustível obtido através de fontes renováveis, biodegradável,
não tóxico e que não contribui para o aumento do efeito estufa. Porém, a
produção do biodiesel em grande escala apresenta também algumas
9
desvantagens, relacionadas ao meio ambiente e que não são muito discutidas.
Dentre elas podemos citar: a dependência de áreas agricultáveis utilizadas
para a produção de alimentos, o que pode comprometer a produção de
alimentos básicos, aumento dos desmatamentos para a abertura de novas
fronteiras agrícolas, além da utilização inadequada de agrotóxicos, caso não
haja um programa de educação ambiental aliado ao crescimento da produção
de biodiesel.
Esta monografia visa, a partir de estudos bibliográficos, apresentar, sob
o ponto de vista ambiental, os principais impactos positivos e negativos
causados pela produção de biodiesel em larga escala no Brasil, passando
pelos seguintes tópicos: conceito e histórico do biodiesel no Brasil e no Mundo,
participação do biodiesel na matriz energética brasileira, o Programa Nacional
de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) e as características e principais
matérias primas utilizadas na produção nacional.
10
CAPÍTULO I
BIODIESEL – DEFINIÇÕES E HISTÓRICO
Define-se como biomassa a matéria orgânica de origem vegetal ou
animal que pode ser utilizada para produção de energia. Denominam-se
biocombustível, os combustíveis derivados de biomassa. O biodiesel e o etanol
são exemplos de biocombustíveis.
Segundo a lei nº 11.097, de 13 de setembro de 2005, que introduziu o
biodiesel na matriz energética brasileira, biodiesel é um “biocombustível
derivado de biomassa renovável para uso em motores a combustão interna
com ignição por compressão ou, conforme regulamento, para geração de outro
tipo de energia, que possa substituir parcial ou totalmente combustíveis de
origem fóssil.”
O biodiesel é um biocombustivel renovável e biodegradável, obtido
através da reação química entre matérias-primas vegetais (derivadas de óleos
vegetais tais como soja, mamona, canola, palma, girassol e amendoim, entre
outros), ou de origem animal (obtidas do sebo bovino, suíno e de aves) que
reagem como um álcool (etanol, metanol) na presença de um catalisador
(geralmente uma base como hidróxido de sódio - NaOH ou o hidróxido de
potássio - KOH), na reação chamada de transesterificação (representada na
Figura 1). Esta reação gera o biodiesel e o subproduto glicerol (mais
comumente conhecido como glicerina).
Conforme mostrado na Figura 1, o biodiesel transesterificado é uma
mistura de ésteres mono-alquila de ácidos graxos de cadeia longa.
11
Figura 1: Equação da Reação de Transesterificação
Fonte: Adaptado de SCHUCHARDT et al., 1997.
O metanol (convertido para metóxido de sódio) é geralmente mais
utilizado como reagente na transesterificação, pois além de ser mais barato, o
uso do etanol como não é muito indicado, podendo ocorrer reações de
saponificação. A partir do metanol é produzido o biodiesel de ésteres metila
(éster metila de ácido graxo).
Existem vários métodos para realizar esta reação de transesterificação,
incluindo o processo em batelada comum, os processos supercríticos, o uso de
reatores compartimentados oscilatórios, os métodos de ultra-som, e até mesmo
métodos com microondas.
O fluxo produtivo básico do biodiesel, demonstrado na Figura 2, inicia-
se com a preparação da matéria prima, adição do álcool, reação de
transesterificação na presença de catalisador, separação das fases pesada e
leve, desidratação do álcool e destilação da glicerina gerando a glicerina
destilada e o resíduo glicérico e a purificação dos ésteres gerando o biodiesel.
12
Figura 2: Fluxograma do Processo de Produção do Biodiesel
Fonte: PARENTE (2003)
1.1 – Histórico
1.1.1. Histórico do Biodiesel no Mundo
A primeira transesterificação de um óleo vegetal foi realizada em 1853
pelos cientistas E. Duffy e J. Patrick, mas a história do biodiesel tem início no
final do século XIX, com a criação do motor diesel, concebido por Rudolph
Diesel para operar com óleo mineral.
13
A utilização de óleo vegetal no motor diesel foi testada por solicitação
do governo francês para estimular a auto-suficiência energética em suas
colônias na áfrica, minimizando os custos da importação de carvão e
combustíveis líquidos. Para os testes foi utilizado o óleo de amendoim, cuja
cultura era abundante nos países de clima tropical (KNOTHE, 2006).
O motor diesel, produzido pela companhia francesa Otto, movido a óleo
de amendoim, foi apresentado na Exposição de Paris em 1900. Outros
experimentos conduzidos por Rudolf Diesel foram realizados em São
Petersburgo com locomotivas movidas a óleo de mamona e a óleos animais.
Em ambos os casos, os resultados foram muito satisfatórios e os motores
apresentaram bons desempenhos. Porém, nas três décadas seguintes, houve
descontinuidade do uso de óleo vegetal como combustível, devido ao baixo
custo do óleo diesel de fonte mineral, por alterações políticas no governo
francês, incentivador inicial, e por razões técnicas (KNOTHE, 2006).
Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos países sentiram-se
inseguros com o suprimento dos derivados de petróleo e o óleo vegetal passou
a ser adotado como combustível de emergência. Porém, com o fim da segunda
guerra as indústrias instaladas para produção do óleo vegetal combustível
encerraram suas atividades, pois não possuíam uma boa base tecnológica.
Porém, esta utilização emergencial durante a segunda guerra, incentivou
investimentos em pesquisas sobre o combustível vegetal em diversos países,
tais como EUA, Alemanha e Índia, que hoje possuem posição de destaque no
uso de óleos vegetais como combustíveis.
O processo de industrialização do biodiesel teve início na década de 90
na Europa, principal mercado produtor e consumidor do biocombustível em
grande escala utilizando principalmente o óleo de colza ou canola como
matéria prima, embora o óleo de soja e palma liderem a oferta no mercado
mundial atual (OSAKI & BATALHA, 2008).
14
A produção mundial de biodiesel em 2005 ultrapassou dois milhões de
m3 (ver Figura 3) sendo os países da União Européia responsáveis por 90%
desta produção. Dentre os principais produtores mundiais destacam-se
Alemanha, França e Itália respectivamente.
Figura 3: Evolução da produção mundial de biodiesel.
Fonte: Adaptado de GAZZONI, 2006.
A Figura 4 mostra a distribuição (em percentual) dos principais países
produtores de biodiesel em 2005. Podemos observar que 70% da produção de
biodiesel em 2005 estava concentrada no Continente Europeu, sendo a
Alemanha responsável por quase metade da produção de biodiesel mundial.
15
Figura 4: Distribuição dos principais países produtores de biodiesel / 2005.
Fonte: Adaptado de OSAKI & BATALHA, 2008.
Os EUA são o maior consumidor de combustíveis fósseis do mundo e
está em busca de uma nova fonte de energia barata, renovável e que polua
menos. Atualmente, existem 86 plantas industriais operando, 65 em construção
e 13 em fase de ampliação no país, que conta com aproximadamente mil
postos de distribuição espalhados por todo o país. O Programa Americano de
Biodiesel é baseado em pequenos produtores. Outros países, como Áustria,
República Tcheca, Argentina, Austrália, Tailândia, Taiwan, Coréia do Sul,
Filipinas, China e Japão, já apresentam unidades de produção de biodiesel em
operação. O Canadá e a Índia têm programas em andamento para implementar
em sua matriz energética o biocombustível (LIMA FILHO et al., 2008).
1.1.2. Histórico do Biodiesel no Brasil
No Brasil, a história do biodiesel teve início com as iniciativas de
estudos pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT), nos anos 20, e ganhou
destaque em meados de 1970, durante a crise do petróleo, com a criação do
Pró-óleo – Plano de Produção de Óleos Vegetais para Fins Energéticos,
nascido devido à primeira crise do petróleo.
16
Em 1980, o Pró-óleo passou a ser chamado de o Programa Nacional
de Óleos Vegetais para Fins Energéticos, pela Resolução nº 7 do Conselho
Nacional de Energia. Este programa tinha o objetivo de promover a substituição
de até 30% de óleo diesel apoiado na produção de soja, amendoim, canola e
girassol.
Porém, a estabilização dos preços do petróleo e a criação do Proálcool,
juntamente com o alto custo da produção e esmagamento das oleaginosas,
provocaram a desaceleração deste programa.
Em julho de 2003, foi criado, por Decreto presidencial, um Grupo de
Trabalho Interministerial, coordenado pela Casa Civil da Presidência da
República e integrado por representantes de 11 ministérios, objetivando
analisar a viabilidade da produção e uso do biodiesel no Brasil, através de um
ciclo de audiências com institutos de tecnologia, universidades, fabricantes e
diversos representantes da cadeia de produção do biodiesel, e também através
da busca de informações sobre a experiência internacional, como Alemanha e
França.
Com o relatório final do GTI apontando para diversos benefícios de
natureza social, econômica, ambiental, estratégica e geopolítica, o Governo
Federal, criou em dezembro de 2004 a Comissão Executiva Interministerial do
Biodiesel e o Grupo Gestor do Biodiesel.
Em dezembro de 2004 foi lançado o Programa Nacional de Produção e
Uso de Biodiesel (PNPB), que será apresentado de forma mais detalhada no
capítulo 2.
17
CAPÍTULO II
BIODIESEL NO MERCADO BRASILEIRO
O Brasil, por ser um país tropical, com dimensões continentais e
grande extensão de terras cultiváveis, apresenta diversas alternativas regionais
para produção de biodiesel a partir de óleos vegetais. Isso é válido tanto para
culturas já tradicionais, como a soja, o amendoim, o girassol, a mamona e o
dendê, quanto para alternativas novas, como o pinhão manso, o nabo
forrageiro, o pequi, o buriti, a macaúba e uma grande variedade de oleaginosas
a serem exploradas. Esta diversidade constitui num dos muitos diferenciais
para a estruturação do Programa Nacional de Produção e Uso do
Biodiesel – PNPB, lançado oficialmente em dezembro de 2004.
O segmento do biodiesel no Brasil tem como órgãos reguladores as
seguintes instituições:
CNPE – Conselho Nacional de Política Energética, órgão de
assessoramento do presidente da República que tem como
atribuição a formulação de políticas e diretrizes de energia;
MME – Ministério de Minas e Energia, responsável pela execução
da política energética;
ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis, que
regula o mercado do segmento biodiesel;
MDA – Ministério de Desenvolvimento Agrário, responsável por
conceder o Selo Combustível Social.
MAPA – Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
responsável pelo zoneamento agrícola.
18
Neste capítulo apresentaremos a matriz energética brasileira e a
contribuição do biodiesel, destacando as principais matérias-primas utilizadas e
os incentivos à produção brasileira de biodiesel, como o Programa Nacional de
Produção e Uso de Biodiesel.
2.1 – Principais Matérias-primas utilizadas na Produção
Brasileira
O biodiesel pode ser produzido a partir de:
- Óleos vegetais fixos (triglicerídeos) tais como óleo de amendoim,
polpa do dendê, amêndoa do coco de dendê, amêndoa do coco
da praia, caroço de algodão, amêndoa do coco de babaçu,
semente de girassol, baga de mamona, semente de colza,
semente de maracujá, polpa de abacate, caroço de oiticica,
semente de linhaça, semente de tomate, entre muitos outros
vegetais em forma de sementes, amêndoas ou polpas;
- Gorduras de animais (moléculas triglicerídicas de ácidos graxos),
tais como: sebo bovino, óleos de peixes, óleo de mocotó, banha
de porco, entre outras matérias graxas de origem animal;
- Óleos e gorduras residuais, resultantes de processamentos
domésticos, comerciais e industriais, tais como: os óleos usados
na fritura de alimentos, ácidos graxos resultantes do refino dos
óleos vegetais, gorduras animais obtidas nos abatedouros e óleos
presentes nos esgotos sanitários (CABRAL et al., 2008).
O biodiesel proveniente de rejeitos gordurosos é economicamente e
ambientalmente mais vantajoso que o biocombustível obtido a partir do óleo
19
vegetal refinado por não competir com a alimentação humana e aproveitar um
resíduo usualmente descartado no meio ambiente.
Porém, no Brasil, a maior parte do biodiesel produzido é obtida a partir
de óleo vegetal, sendo a gordura bovina a segunda matéria prima mais
utilizada na produção de biodiesel.
Das oleaginosas cultivadas no Brasil, a mais utilizada como matéria-
prima na produção de biodiesel é a soja, embora existam muitas outras
espécies vegetais que podem ser utilizadas, tais como: mamona, palma,
girassol, babaçu, amendoim, dentre outras.
Na Figura 5 podemos observar a participação da soja (3,76%) na
produção de biodiesel no Brasil, de acordo com o Boletim Mensal de Biodiesel,
elaborado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis –
ANP em Junho de 2011.
Figura 5: Matérias-primas utilizadas para produção de biodiesel.
Fonte: Boletim Mensal de Biodiesel, www.anp.gov.br, 2011.
20
A Figura 6 apresenta a produção de óleos vegetais e a tendência
regional de acordo com dados do Portal do Biodiesel brasileiro.
Como podemos observar através do mapa, as culturas da palma e do
babaçu predominam no norte brasileiro; a soja, o girassol e o amendoim nas
regiões sul, sudeste e centro-oeste do país, e a mamona e o algodão são
predominantes na região nordeste.
Figura 6: Produção de óleos vegetais e tendência regional.
Disponível em: www.biodieselbr.com/biodiesel/brasil, 2009.
21
2.2 – Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel –
PNPB
O Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel foi estabelecido
por decreto da Presidência da República em 23 de Dezembro de 2003, após
estudos realizados por um Grupo de Trabalho Interministerial, que apresentou
um relatório com as bases para a elaboração do plano. Seu lançamento oficial
foi em 06 de dezembro de 2004, junto ao lançamento do Marco Regulatório
que estabelece as condições legais para introdução do biodiesel na Matriz
Energética Brasileira de combustíveis líquidos.
Em 13 de janeiro de 2005 foi decretada a Lei 11.097, que dispõe sobre
a introdução do biodiesel na matriz energética brasileira e permite à ANP
regular, contratar e fiscalizar os biocombustíveis. De acordo com esta lei, a
partir de 2008 passou a ser obrigatório o uso de 2% de biodiesel ao diesel e
que em 2013, a mistura passará a ser de 5% ao diesel, válido em todo o
território nacional.
Hoje, a qualidade do biodiesel produzido no país, deve seguir os
parâmetros estabelecidos pela resolução ANP nº. 007/2008.
De acordo com o portal do biodiesel do governo federal
(www.biodiesel.gov.br), o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel
(PNPB) é um programa interministerial do Governo Federal que objetiva a
implementação de forma sustentável, tanto técnica, como economicamente, a
produção e uso do Biodiesel, com enfoque na inclusão social e no
desenvolvimento regional, via geração de emprego e renda.
O PNPB busca, através de uma base tecnológica, produzir e
comercializar o biodiesel de forma a promover melhorias de cunho ambiental,
social e mercadológico. Suas principais diretrizes são: implementar um
programa sustentável promovendo a inclusão social; garantir preços
22
competitivos, qualidade e suprimento e produzir biodiesel a partir de diferentes
fontes oleaginosas e em regiões diversas.
O PNPB não é um programa restritivo, pois permite a utilização de
diversas oleaginosas e inclusive matérias-primas animais para a produção de
biodiesel, contribuindo para uma maior participação do agronegócio e da
agricultura familiar e melhor aproveitamento do solo disponível para a
agricultura no país. Ainda que cada oleaginosa tenha suas próprias
características, independente da matéria-prima e da rota tecnológica, o
biodiesel é introduzido no mercado nacional de combustíveis com
especificação única, tendo de atender à qualidade definida pela Agência
Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (MDA, 2007).
Outro legado do PNPB é o Selo Combustível Social, criado pelo
Governo Federal para os produtores de biodiesel que apóiam a agricultura
familiar, promovendo a inclusão social e reduzindo as disparidades regionais,
gerando emprego e renda nos segmentos mais carentes da agricultura
brasileira (CARTILHA DO GOVERNO FEDERAL, 2007).
O Selo Combustível Social é emitido pelo Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA) para empresas produtoras de biodiesel que
tenham projetos aprovados para inclusão da agricultura familiar na cadeia
produtiva ou compra de matéria-prima vinda desta agricultura. Estas empresas
gozam de vantagens, dentre elas: participar de leilões de compra de biodiesel
para o mercado interno brasileiro e acesso a melhores condições de
financiamento.
Os produtores de biodiesel que adquirem matérias-primas de
agricultores familiares, qualquer que seja a região brasileira, poderão ter
redução de até 68% nos tributos federais. Se essas aquisições forem feitas de
produtores familiares de dendê (palma) na região Norte ou de mamona no
Nordeste e no Semi-Árido, a redução pode chegar a 100%. Se as matérias-
23
primas e regiões forem as mesmas, mas os agricultores não forem familiares, a
redução máxima é de 31% (CARTILHA DO GOVERNO FEDERAL, 2007).
Figura 7: Estrutura do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel
Fonte: www.biodiesel.gov.br, 2011.
2.3 – Biodiesel e Matriz Energética Brasileira
De acordo com dados de Junho de 2011 do Boletim Mensal do
Biodiesel disponibilizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) em sua
página oficial na internet, existem atualmente 67 plantas produtoras de
biodiesel autorizadas pela ANP para operação no País, correspondendo a uma
capacidade total autorizada de 17.315,95 m3/dia. Destas, 61 possuem
autorização para comercialização do biodiesel produzido.
Há ainda nove novas plantas com construção autorizada e outras nove
com autorização para ampliar sua capacidade e muitas outras ainda com
24
solicitações pendentes em análise pela ANP. Ou seja, há previsão de
crescimento da capacidade total autorizada de produção no país para os
próximos anos.
Figura 8: Evolução mensal da produção, da demanda compulsória e da capacidade nominal autorizada pela ANP. Fonte: ANP (www.anp.gov.br), 2011.
Os biocombustíveis ainda representam uma parcela muito pequena da
matriz energética brasileira, embora esta participação esteja crescendo a cada
ano. De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia, as energias
renováveis (hidrelétrica, biomassa e etanol) representavam 44,7% da matriz
energética brasileira em 2005, sendo a biomassa responsável por 13.1%
conforme visto na Figura 9.
25
Figura 9: Matriz Energética Brasileira – 2005.
Fonte: Ministério de Minas e Energia (www.mme.gov.br).
A distribuição do mercado de combustíveis, no Brasil, em 2005,
está representada na Figura 10.
Figura 10: Distribuição do Mercado de Combustíveis: Brasil – 2005.
Fonte: Ministério de Minas e Energia (www.mme.gov.br).
26
CAPÍTULO III
BIODIESEL E MEIO AMBIENTE
“O motor a diesel pode ser alimentado por óleos vegetais e ajudará
no desenvolvimento agrário dos países que vierem a utilizá-lo. O uso de óleos
vegetais como combustível pode parecer insignificante hoje em dia, mas com o
tempo irá se tornar tão importante quanto o petróleo e o carvão são
atualmente” (Rudolph Diesel). Esta frase, atribuída ao criador do motor a diesel
no final do século XIX, se confirma nos dias atuais, em que o biodiesel obtido a
partir de óleos vegetais já é uma realidade, produzido em muitos países como
uma alternativa aos combustíveis derivados de petróleo.
Os motivos principais para os investimentos na produção de biodiesel
são a redução da dependência dos combustíveis fósseis e, mais recentemente,
a preocupação com a preservação ambiental.
Neste capítulo apresentaremos os impactos ambientais positivos e
negativos associados à produção e uso do biodiesel, não abordando a questão
econômica e aspectos técnicos da produção e uso deste combustível. O foco
principal do estudo é o biodiesel produzido e utilizado no Brasil, proveniente
principalmente de óleos vegetais.
3.1 – Impactos Ambientais Positivos da Produção de Biodiesel
no Brasil
Sob o ponto de vista ambiental, podemos destacar diversos impactos
positivos da produção e uso de biodiesel em larga escala no Brasil em
substituição aos combustíveis derivados de Petróleo, como os destacados a
seguir.
27
3.1.1. Redução da Poluição Ambiental
O biodiesel, por ser obtido através de gorduras vegetais, é considerado
uma fonte de energia limpa, biodegradável e renovável, o que contribui para a
diminuição da poluição da água, ar, solos e também diminuição do efeito estufa
(acúmulo de gás carbônico na atmosfera impedindo a irradiação do calor
absorvido pela mesma).
A energia armazenada nos vegetais é transformada em combustível e
após combustão, uma parte destina-se a operar um motor e outra retornaria ao
ambiente na forma de CO2, que é capturado pelas plantas e separado em
Carbono e Oxigênio, neutralizando suas emissões.
Os processos industriais e a combustão incompleta dos motores de
veículos são os principais emissores de poluentes nos centros urbanos e neste
ponto o biodiesel apresenta grande vantagem, visto que sua emissão de
poluentes é menor que a do óleo diesel.
De acordo com a Análise de Impacto e Programa Regulatório de
Padrões para Combustível Renovável, da Agência de Proteção Ambiental dos
Estados Unidos (EPA, Environmental Protection Agency), realizada em
fevereiro de 2010, o biodiesel de óleo de soja apresenta resultados, em média,
de uma redução de 57% das emissões de gases com efeito de estufa em
comparação com o diesel fóssil.
Ainda de acordo com BARNWAL & SHARMA (2005), que analisaram a
emissão de gases poluentes pelas combustões de biodiesel e de óleo diesel de
petróleo, os resultados obtidos foram favoráveis ao biocombustível. As análises
realizadas concluíram que o SO2 é totalmente eliminado, a fuligem diminui em
60%, o monóxido de carbono e os hidrocarbonetos diminuem em 50%, os
hidrocarbonetos poliaromáticos são reduzidos em mais de 70% e os gases
aromáticos diminuem em 15%.
28
De acordo com COSTA NETO et al., 2000, as emissões de monóxido,
dióxido de carbono, enxofre e material particulado do biodiesel são inferiores às
do diesel convencional. Em se tratando de biodiesel obtido de óleo usado em
frituras, a emissão destes poluentes também é inferior ao diesel. No teste com
motor estacionário e com o motor em movimento, houve redução de 50%
desses poluentes.
A utilização de óleo de frituras usado na produção de biodiesel também
reduz a poluição ambiental devido ao aproveitamento destes resíduos ao invés
de sua disposição final inadequada no meio ambiente.
O biodiesel, por ser um combustível com baixo teor de enxofre,
também não contribui para a chuva ácida, pois, ao contrario dos combustíveis
derivados de petróleo, não emite os gases de enxofre responsáveis pela
acidificação das chuvas (mercaptans e SO2). Há inclusive a perspectivas de
exportação de biodiesel de baixo conteúdo de enxofre para a União Européia,
onde o teor de enxofre foi reduzido de 2.000 ppm em 1996 para 50 ppm em
2005.
O diesel comum além de emitir fumaça preta, o que praticamente não
acontece com o biodiesel, pois ele a reduz em até 68%, possui benzo-a-pireno
uma substância altamente cancerígena (PENIDO, 2005).
3.1.2. Maior aproveitamento do solo disponível para Agricultura
Como o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel não
restringe a matéria prima a ser utilizada na produção do biodiesel, é possível
cultivar diversos tipos de oleaginosas, tais como: mamona, soja, palma,
girassol principalmente em solos menos produtivos e com baixo custo de
produção. Além disso, o produtor poderá fazer rotação de culturas em sua
propriedade, incorporando nutrientes na sua lavoura. Isto possibilita a
29
participação do agronegócio e da agricultura familiar além do melhor
aproveitamento do solo disponível para a agricultura.
3.1.3. Transporte mais seguro reduzindo riscos de acidentes
O biodiesel possui alto ponto de fulgor, ou seja, precisa de uma fonte
de calor acima de 150ºC para explodir, o que caracteriza um baixo risco de
explosão, reduzindo o risco de acidentes e propiciando um manuseio,
transporte e armazenamento mais seguros.
O biodiesel em sua forma natural pode ser armazenado da mesma
forma que o petróleo, e por ter maior ponto de fusão, tem um transporte ainda
mais seguro.
3.1.3. Redução do Êxodo Rural reduzindo Urbanização Desordenada
Os estímulos à inclusão social na agricultura proporcionados pelo Selo
Combustível Social, que incentiva empresas produtoras a incluir a agricultura
familiar na cadeia produtiva de biodiesel, contribui para a geração de empregos
na área rural e aumento da renda do agronegócio para produtores de pequeno
porte. Como conseqüência, promove a fixação do homem no campo,
contribuindo para uma redução do êxodo rural e inchaço dos grandes centros
urbanos, um dos fatores apontados como responsável pela urbanização
desordenada, que causa diversos ambientais, tais como ocupação inadequada
de encostas, aumento da poluição de água e do ar e alterações climáticas.
Segundo LOMBARDO, 1985, a urbanização desordenada causa
problemas ecológicos: o desequilíbrio crescente entre a população e os meios
materiais e, em contrapartida, a contaminação em todas as suas
manifestações. A natureza humanizada, através das modificações do
ambiente, alcança maior expressão nos espaços ocupados pelas cidades,
criando um ambiente artificial.
30
3.2 – Impactos Ambientais Negativos da Produção de Biodiesel
no Brasil
Embora não muito divulgados e com pouca bibliografia disponível,
talvez devido ao interesse de governo e sociedade para o crescimento da
participação do biodiesel na matriz energética brasileira, existem alguns
impactos ambientais negativos que podem ser causados pela produção em
larga escala de biodiesel no país e que serão apresentados a seguir.
3.2.1. Geração de Resíduo (Glicerina)
A produção de biodiesel gera, como subproduto, entre 5 e 10% de
glicerina. Não é possível prever se haverá mercado para absorver toda essa
quantidade de glicerina e não há uma visão clara sobre os possíveis impactos
desta oferta. Além disso, a queima parcial da glicerina gera acroleína, produto
suspeito de ser cancerígeno.
3.2.2. Emissões de Gases Nitrogenados
Os níveis de emissões de gases nitrogenados são maiores que dos
combustíveis derivados de petróleo, dependendo da fonte da matéria-prima
utilizada para produzir o biodiesel. O Óxido de Nitrogênio (NOx) é um dos
grandes responsáveis pela baixa qualidade do ar nas grandes cidades.
De acordo com AINSLIE et al., (2006) houve um pequeno aumento
das emissões de NOx em alguns testes realizados com biodiesel em
comparação às emissões registradas nos testes realizados com diesel fóssil.
Um estudo realizado pelo Departamento de Agricultura e de Energia
dos Estados Unidos concluiu que a emissão de óxidos de nitrogênio (NO e
NO2) aumenta em 2,6% na mistura B20 e 13,3% no B100 em comparação com
o diesel fóssil.
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3.2.3. Comprometimento da Biodiversidade
A constante demanda por biodiesel e a crescente expansão da
agricultura para atender a este mercado podem ter efeitos devastadores tais
como esgotamento das capacidades do solo, o que pode ocasionar a
destruição da fauna e flora, aumentando, portanto o risco de erradicação de
espécies, além da derrubada de florestas, comprometendo a biodiversidade e
gerando inclusive alterações de clima.
De acordo com o Fórum Nova Energia, “No Brasil e na Ásia, lavouras
de soja e dendê, cujos óleos são fontes potencialmente importantes de
biodiesel, estão invadindo florestas tropicais, importantes bolsões de
biodiversidade”.
Os impactos mais conhecidos das atividades agropecuárias sobre a
biodiversidade são o desmatamento para expansão da fronteira agrícola,
queimadas, poluição, degradação do solo, erosão e contaminação das águas
(RODRIGUES, 2001).
O uso de agrotóxicos para o combate de doenças e pragas nas
plantações contribui para a poluição da água e do solo, pois os resíduos de
agrotóxicos são arrastados para o solo degradado e, conseqüentemente para
os recursos hídricos.
3.2.4. Escassez de Alimentos
O aumento da demanda de matéria-prima para a produção de biodiesel
pode gerar uma mudança da produção de culturas alimentares para o cultivo
de plantas destinadas à produção de biodiesel, sejam estas comestíveis ou
não.
32
Se isto ocorre, além de gerar escassez de alimentos, de acordo com a
lei da oferta e da procura, se há menos alimentos sendo produzidos, haverá
aumento dos preços destes alimentos.
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CONCLUSÃO
A questão da viabilidade de produção e uso do biodiesel em larga
escala no Brasil é complexa, não se esgota na questão ambiental e este
trabalho também não pretende ser conclusivo ou esgotar a discussão a
respeito deste assunto.
Analisando as informações apresentadas no capítulo anterior (impactos
ambientais positivos e negativos da produção e uso de biodiesel no Brasil),
podemos observar que são identificados muito mais impactos ambientais
positivos do que negativos. Porém, esta é apenas uma avaliação fria, que não
leva em conta todas as variantes do problema. Não é possível afirmar que os
impactos positivos superam os negativos. Tudo depende de como será
planejada e organizada a produção do biodiesel, das práticas agrícolas
adotadas nos sistemas de produção das diversas espécies de oleaginosas
utilizadas no Brasil e das ações implementadas para reduzir ou mitigar os
impactos ambientais negativos identificados.
Dentre as ações mitigadoras dos impactos ambientais negativos
podemos citar: Aplicação dos instrumentos da política ambiental (Padrões
ambientais de qualidade e de emissão, Controle do uso do solo, licenciamento,
EIA-RIMA, Zoneamento, e penalidades tais como multas e compensações);
implementação de programas de educação ambiental para todos os envolvidos
na cadeia de produtiva, desde o pequeno agricultor até as grandes usinas
produtoras de biodiesel; fiscalização adequada dos recursos florestais;
estabelecimento de critérios ambientais rigorosos para concessão do Selo
Combustível Social e rigor na cobrança do cumprimento dos requisitos, tanto
para os Usineiros quanto para os Agricultores, consórcio das plantações de
oleaginosas com o plantio de espécie destinada à alimentação. Além disso,
34
devem ser avaliadas as potencialidades agrícolas de cada região e o
desempenho ambiental de cada cultura.
Fato é que a produção de biodiesel em larga escala deve sim, ser
incentivada como uma alternativa energética aos combustíveis derivados do
petróleo, reduzindo a dependência energética dos combustíveis fósseis. O
Brasil tem grande potencialidade para a produção em larga escala de biodiesel,
devido à grande extensão de terras cultivaveis, a experiência no cultivo,
produção e exportação de grãos e produtos agrícolas em geral e deve
aproveitar esta oportunidade para o crescimento de sua economia, para
geração de emprego e renda e para sua projeção no mercado internacional
como grande produtor e exportador de biodiesel.
35
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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SEBRAE, Cartilha Biodiesel. Disponível em:
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03/07/11
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
BIODIESEL – DEFINIÇÕES E HISTÓRICO 10
1.1 - Histórico 12
1.1.1 - Histórico do Biodiesel no Mundo 12
1.1.2 - Histórico do Biodiesel no Brasil 15
CAPÍTULO II
BIODIESEL NO MERCADO BRASILEIRO 17
2.1 – Principais Matérias-primas utilizadas na Produção Brasileira 18 2.2 – Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel – PNPB 21
2.3 – Biodiesel e Matriz Energética Brasileira 23
CAPÍTULO III
BIODIESEL E MEIO AMBIENTE 26
3.1 – Impactos Ambientais Positivos da Produção
de Biodiesel no Brasil 26
3.2 – Impactos Ambientais Negativos da Produção
de Biodiesel no Brasil 30
CONCLUSÃO 33
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 35
ÍNDICE 38
39
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: