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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE JAIRO BARBOSA DOS SANTOS CALL CENTER: UMA UNIDADE DE NEGÓCIOS COM ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA RIO DE JANEIRO 2005

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … BARBOSA DOS SANTOS.pdf · Os novos rumos apontados nos estudos de Gestão Estratégica estimulam a busca de respostas à questões

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

JAIRO BARBOSA DOS SANTOS

CALL CENTER: UMA UNIDADE DE NEGÓCIOS

COM ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA

RIO DE JANEIRO

2005

AGRADECIMENTO

À Professora Adelia Maria Oliveira de Araujo,

com minha sincera admiração.

DEDICATÓRIA

Ao meu pai,

com todo o carinho.

À memória de

minha mãe.

RESUMO

Esta monografia propõe a reflexão acerca do funcionamento da unidade de

negócios de call-center, especificamente das centrais de assistência 24 horas, atuando

com uma orientação estratégica, pautada nos conceitos da gestão estratégica e marketing

de serviços aplicados no mercado segurador.

Desta forma, elaborou-se uma análise do mercado de seguros, considerando as

necessidades e desejos do cliente desse segmento, a demanda de um posicionamento

estratégico de empresa de seguros, e a exposição do conceito negócio de fornecimento

de serviços emergenciais, até que se pudesse analisar as práticas dessas centrais de

atendimento.

Buscou-se, através dos conceitos e exposição da importância do telemarketing

para as empresas, identificar o modelo de central de atendimentos com os pré-requisitos

que permitissem uma operação de call-center de sucesso. Sendo assim, foram expostos

como recursos chaves a infra-estrutura tecnlógica e humana, para o fornecimento de

serviços de excelências aos seus clientes.

A exposição do funcionamento da central de atendimento foi necessária para

demonstrar a sua importância para alcance dos objetivos estratégicos definidos pela

empresa, e, também, mencionados os fatores críticos de sucesso que permitissem o tão

esperado encantamento do cliente. Através da descrição da atuação de outras áreas

buscou-se estabelecer a importância dessas para o tratamento de informações e

processos, que são fundamentais para alcance das metas de qualidade estabelecidas para

essa unidade de negócios, e demostrar um call-center como vantagem competitiva.

METODOLOGIA

O propósito deste trabalho acadêmico foi de levar ao conhecimento das

estratégias utilizadas pelas empresas que prezam pela excelência no atendimento ao

cliente, e utilizam o call-center como vantagem competitiva. Para que isso ocorresse, a

metodologia utilizada neste visou consolidar a proposta elaborada, e a experiência do

aluno durante as aulas e palestras realizadas no decorrer deste curso, primando pela

exposição do trabalho de maneira clara e transparente ao seu leitor.

A pesquisa, utilizando como coleta de dados as informações disponíveis em

livros, apostilas e Internet,e teve como o objetivo de facilitar a compreensão e

proporcionar uma nova fonte de pesquisa ao seu leitor. Sendo assim, o leitor contará

com citações e registros de pesquisa de caráter exploratório, ao longo dos capítulos aqui

descritos.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...............................................................................................................7

I. DELINEANDO O MERCADO SEGURADOR.................................................10

I.1. A NECESSIDADE DE UM POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO:............12

I.2. NEGÓCIO .............................................................................................................16

II. A ESTRUTURA DO CALL-CENTER DE SERVIÇOS EMERGENCIAIS ..19

II.1. A HISTÓRIA DO TELEMARKETING.........................................................19

II.2. UMA OPERAÇÃO DE SUCESSO..................................................................21

II.3. RECURSOS HUMANOS .................................................................................23

II.3.1. PERFIL DO OPERADOR DO TELEMARKETING...................................24

II.4. INFRA-ESTRUTURA DO CALL-CENTER:................................................26

III. UM CALL-CENTER COM ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA.......................29

CONCLUSÃO ...............................................................................................................38

7 INTRODUÇÃO

Propõe-se nesta monografia a reflexão sobre o funcionamento da unidade de

negócio de call-center, especificamente das centrais de atendimentos híbridas

(receptivas e ativas) das chamas Assistência 24 Horas, sob o olhar da Gestão

Estratégica. Tal reflexão surgiu da experiência vivida pelo aluno do Curso de Gestão

Estratégica, na Universidade Cândido Mendes e da experiência profissional de quinze

anos atuando na área de atendimento ao cliente, especificamente telemarketing.

Sabendo-se que há vários caminhos para se aplicar o estudo da Gestão

Estratégica, a via escolhida neste trabalho é da aplicação das suas contribuições teóricas

como fonte para prover soluções, possibilitar um negócio de sucesso, vantagem

competitiva e uma prestação de serviços de qualidade ao consumidor. Nortear o estudo

por esta visão, consiste em considerar as práticas utilizadas pelas Centrais de

Atendimento, a qualidade dos serviços prestados aos seus clientes, e o tratamento

dispensado as informações na unidade de negócios alinhados a estratégia da empresa

como vantagem competitiva.

Neste sentido, propõe-se a investigação dos serviços fornecidos pelas Centrais

das principais seguradoras que prestam este serviço, com ênfase na SulAmérica Cia.

Nacional de Seguros, em particular, identificar as melhores práticas de atendimento ao

cliente, os fatores críticos de sucesso da referida unidade de negócios, e as estratégias

utilizadas para retenção e fidelização do cliente, através deste poderoso canal de

comunicação, chamado telemarketing, que é capaz de proporcionar um contato direto

com o cliente e agregar valores ao negócio.

Os novos rumos apontados nos estudos de Gestão Estratégica estimulam a busca

de respostas à questões impostas pelo novo contexto da gestão empresarial, que segundo

Lobato (2003, p.31), “ao contrário do que se podia pensar há 10 anos, o terceiro milênio

não é mais algo misto, mas um fato palpável, deixando entrever uma nova ordem social,

política e econômica mais complexa e competitiva.” Para tal, considera o estudo de

8 Lobato (2003) pelo fato deste autor estabelecer nos estudos de estratégia de empresa a

possibilidade de ampliação do conhecimento da evolução do pensamento estratégico no

novo milênio, bem como a possibilidade de aplicação de ferramentas estratégicas, e de

Tarapanoff Org. (2001), que possibilita a identificação dos principais fatores críticos de

sucesso da unidade de negócio, considerando a interação do cliente com a empresa.

Com base nessas considerações, buscou-se também, como pressupostos teóricos,

os estudos de Cobra e Zwarg (1986), que tratam dos conceitos e estratégias de

marketing de serviços, em especial da estratégia de marketing para companhias de

seguros, e estratégia de serviços ao cliente, proporcionando a análise e reflexão a desses,

considerando as suas qualidades, benefícios e garantias.

Para entendimento do nicho específico da Unidade de Negócios de Assistência

24 Horas, no que tange ao conhecimento da sua razão de existir, e sua estratégia

competitiva, buscou-se conceitos teóricos na fonte de marketing de serviços, nos

estudos de Rabaça e Barbosa (1996), que estão pautados em modelos e estudos de

casos, a fim de que as empresas se posicionem em caráter competitivo e conquistem o

tão esperado encantamento do seu cliente.

Estabelecidos os pressupostos teóricos, a pesquisa enveredou pela análise das

centrais de atendimento, a fim de constituir-se a base empírica desta monografia. Cabe

ressaltar que essa base empírica é a própria Central de Atendimento, e a análise baseia-

se no tratamento das informações desta, bem como a excelência do atendimento ao

cliente, alinhadas à estratégias das empresas, como vantagens competitivas

imprescindíveis ao sucesso do negócio.

O objetivo da análise dos dados foi verificar o papel da unidade de negócio de

call-center, em empresas seguradoras, e como é o seu funcionamento dentro de uma

realidade competitiva. Desta forma, buscou-se pontuar as suas principais características,

bem como as dos seus serviços fornecidos. Deste modo, foram feitos os seguintes

questionamentos: (1) Como estruturar um call-center emergencial? (2) Quais são os

fatores críticos de sucesso de um call-center que fornece serviços emergencias? (3)

9 Como um call-center pode proporcionar serviços de qualidade? (4) Como o

funcionamento de um call-center pode influenciar no resultado do negócio?

A fim de buscar respostas a essas indagações, estruturou-se o trabalho em três

partes. Na primeira parte, Delineando o Mercado Segurador, desenvolveu-se um

panorama abordando o conceito do serviço de seguro, e os serviços de assistência 24

horas agregados a estes, e, elaborou-se também, o cenário competitivo deste mercado, a

fim de se pensar em estratégia de serviço. Na segunda parte, A Estrutura do Call-

Center de Serviços Emergenciais, foram abordados aspectos que permitem identificar,

as estruturas tecnológicas e humana para o funcionamento das central. Na terceira parte,

Um Call-Center com Orientação Estratégica, foi elaborada uma visão geral dos

principais fatores críticos de desempenho, destacando os elementos essenciais para o

sucesso da operação, bem como os seus principais elementos da estratégia competitiva

implantada.

10 I. DELINEANDO O MERCADO SEGURADOR

O Mercado de Seguros Brasil é formado, de acordo com Cobra e Zwarg

(1986, p. 143) é formado por pessoas, com duas qualidades essências: “Ter uma

habilidade de compra e uma disposição para gastar”. A partir destes conceitos, para

que haja a compra de um serviço é necessário que o consumidor consiga identificar a

necessidade e desejo de adquirir o seguro, logo cabe as Seguradoras trabalharem com

os conceitos de marketing e serviços para atingirem os seus objetivos.

A satisfação do consumidor é o objetivo primordial de uma Seguradora,

assim, Cobra e Zwarg (1986) relatam como a evolução do marketing tem contribuído

para que tal objetivo seja alcançado.

É a própria evolução do conceito de marketing leva a isso –

parte da orientação para produção, onde a ênfase era a

produção e a distribuição, evolui para o conceito de produto,

onde a ênfase era a qualidade do produto, passa pelo

conceito de venda, onde a ênfase era a promoção e a

satisfação das necessidades do vendedor, e desemboca no

conceito de marketing, onde a ênfase está centrada na

satisfação dos consumidores com base na melhoria da

qualidade de vida. (COBRA e ZWARG, 1986, p. 144).

As Seguradoras têm trabalhado com a prática supracitada; com foco na busca

do marketing para atender às necessidades do cliente. Desta forma, elas disseminam

essa filosofia dentro das organizações objetivando fornecer produtos e serviços

customizados, alcançar a satisfação do desejo e da necessidade do consumidor, com

a obtenção de lucros para instituição.

Sabendo-se que o comportamento humano é que vai estabelecer as diretrizes

estratégicas do marketing de negócio, se faz necessário que as seguradores façam, de

acordo com Cobra e Zwarg (1986, p.144), “compostos de marketing”, que consiste

11 na orientação que começa com “a concepção dos produtos e serviços que atendam a

necessidade de consumo”, e ressalta:

Pressupõe a apresentação com uma embalagem atraente,

calcada em uma marca de prestígio, numa política de preços

compatível com o poder aquisitivo do público-alvo. Mas não

é só a adaptação do produto ao mercado; depende ainda de

uma política de serviços baseada na garantia dos produtos

ofertados, bem como de uma ativação de mercado através

da distribuição, da venda pessoal, da promoção de vendas e

da propaganda. (COBRA e ZWARG ,1986, p. 144)

Estabelecendo assim esses conceito, o composto de marketing é formado, de

acordo com Cobra e Zwarg (1986, p. 144-149), produtos, marca, preço, embalagem,

assistência ao cliente, garantia, composto promocional, que inclui a propaganda,

venda pessoal, promoção de vendas, relações públicas e distribuição. Segue abaixo,

um “quadro-resumo de aplicações de marketing de serviços de Seguradoras :”

MKT MIX

SEGURADORAS

PEQUISA ++

COMPOSTO PRODUTO

Design

Embalagem

Marca

Preço

Assistência ao Cliente

+

+

+++

++

+++

ATIVAÇÃO

Distribuição logística

Venda Pessoal

Propaganda

Promoção

++

+++

++

++

12 Merchandising

Relacionamento com o Público

++

+++

CONTROLE +++

+++ Muito importante

++ Importante

+ Pouco Importante

- Nada importante

Fonte: Cobra e Zwarg (1986, p. 149)

Após o levantamento das necessidades para satisfação das do consumidor de

serviço, e antes de traçar o planejamento estratégico da empresa, aliando o call-

center como unidade de negócio com orientação estratégica, cabe fazer uma análise

ambiental do cenário do mercado segurador. Cobra e Zwarg (1986, p. 149) orienta

que a Seguradora “deve compreender os limites de suas forças, as ameaças sobre os

seus negócios e suas habilidades para se inteirar com o meio ambiente.” Desta forma,

se faz necessário analisar cada Unidade Estratégica de Negócio (UEN), tendo a

Empresa que “formular estratégias, quantificar metas e alocar recursos para

consecução das prioridades traçadas. Desta forma, será feita a análise ambiental

considerando a seguradora SulAmérica Cia. Nacional de Seguros, Unidade de

Negócios de Call-Center de Assistência 24 Horas, no cenário competitivo do

mercado segurador, identificando o seu negócio, os produtos de prateleira e os

serviços fornecidos.

I.1. A Necessidade de um Posicionamento Estratégico:

Pela ótica da política governamental, segundo Cobra e Zwarg (1986, p.87),

as seguradoras não tinham opção de escolha de diferenciação, ou seja, “eram

obrigadas a trabalhar com produtos idênticos e tarifas tabeladas”. Logo, a

possibilidade de criatividade e inovação eram inibidas pelo Estado. Neste momento a

concorrência não era intensa e o diferencial competitivo eram “a boa imagem,

qualidade dos serviços e uma boa rede de venda.”

13 Com a abertura do mercado segurador em 1988, abriu-se de acordo com

Rabaça e Barbosa (1986, p.87) “um grande desafio para os profissionais de

Marketing de Seguros. A SulAmérica antecipou-se à nova realidade focalizando-se

na preocupação com o consumidor toda sua estratégia de marketing.” Assim, iniciou-

se uma série de pesquisas no mercado de seguros, concluindo que havia vários

obstáculos dificultando a aproximação entre o cliente e os produtos ofertados. Desta

forma, foram identificadas algumas barreiras, como: vender um produto que não se

vê; a linguagem da apólice, que dificultava a compreensão do consumidor;

impenetrabilidade, onde o consumidor sentia-se completamente confuso e inseguro

na hora de fazer valer os seu direitos, considerando, segundo Rabaça e Barbosa

(1996, p. 88) a seguradora como “uma máquina burocrática, que só age se for

solicitada e mesmo assim faz tudo para dificultar ou diminuir a indenização.” Esses,

refletiam a percepção do consumidor em ralação as seguradoras na ocasião.

Tal pesquisa levantou o questionamento do que seria necessário fazer para

mudar esses conceitos e atrair os clientes para o negócio. Identificou-se também que

os pontos fortes para que isso ocorresse seriam conforme Rabaça e Barbosa (1996,

p.88), de acordo com a pesquisa feita com os consumidores e concorrentes,

“confiabilidade, seriedade, tradição e qualidade de serviços.” A SulAmérica, com

quase cem anos no mercado, já somava como pontos fortes esses atributos. Apesar

desses, a SulAmérica queria ir além, e adotou como orientação estratégica a busca

por “firmar-se ainda mais na liderança do setor, acrescentando ao peso da marca um

padrão de serviços que funcione como forte vantagem competitiva.” Sendo assim,

iniciou outras pesquisas para fornecimento de serviços que saíssem do padrão e

fossem de fato ao encontro das necessidades dos seus clientes. Serra et. al. (2003)

conceituaram a estratégia e vantagem competitiva:

Estratégia empresarial é o conjunto dos meios que uma

empresa utiliza para alcançar seus objetivos. Tal processo

envolve as decisões que definem os produtos e serviços para

determinados clientes e mercados e a posição da empresa em

relação aos seus concorrentes./.../A vantagem competitiva é o

resultado necessário do conjunto de recursos e das

14 qualidades para uma empresa alcançar um desempenho

superior ao de seus concorrentes. (Serra et. al,. 2003, p. 5)

Para chegar ao resultado da real necessidade do consumidor, seus problemas

e desejos, se fez necessária uma pesquisa bem detalhada para definição da ações a

serem tomadas, de acordo com Rabaça e Barbosa (1996), considerando as

informações a seguir:

§ Dados extraídos de um meticuloso exame das carteiras

de seguros da SulAmérica;

§ Dados disponíveis dos mercados nacional e internacional

de seguros;

§ Informações, sugestões e reivindicações colhidas através

das equipes de comercialização da companhia em todo

país;

§ Laboratórios de “discussões de grupos”, formados por

clientes e não-clientes da SulAmérica (corretores e

segurados), de diferentes carteiras de seguro. (RABAÇA

e BARBOSA, 1996, p. 89).

Após a análise da informações, conclui-se que havia a necessidade de

fornecer serviços diferenciados, exatamente no momento em que o cliente tivesse um

sinistro, na rua, fora do seu domicílio, à noite, em situação de risco. Conclui-se que o

que estava sendo fornecido não atendia as expectativas do consumidor. O que de fato

o consumido desejava, de acordo com Rabaça e Barbosa (1996), de uma seguradora

era:

O consumidor anseia por um atendimento imediato e

confiável em situações de extrema necessidade ou gravidade.

Há momentos em que qualquer pessoa precisa ter ao seu

lado um amigo, decidido, ágil, capaz de lhe dar apoio

pessoal e de ajudá-lo a resolver qualquer problema,

15 inspirando-lhe confiança e tranquüilidade. (RABAÇA e

BARBOSA, 1996, p. 89).

Após esse estudo a empresa direciona a sua estratégia para o marketing de

serviços com foco na satisfação do cliente, considerando os desejos e as necessidades

dos seus segurados, tais como em Rabaça e Barbosa (1996, p.90): “rapidez, conforto,

segurança e melhor qualidade de vida”. Daí, gerou-se a necessidade de traçar as

estratégias para se atingir o mercado de massa, bem como as suas ações:

§ Criar e ocupar de forma duradoura um novo território

mercadológico (o mercado das aspirações) cuja

população se identifica com a marca SlAmérica;

§ Diferenciar a marca SulAmerica de forma única,

exclusiva e inimitável, atribuindo a ela um plus cujo

valor seja percebido como superior ao diferencial de

preço do produto e torne o seu produto incoparável em

relação aos das outras seguradores;

§ Mudar integralmente o aproach mercadológico, voltando

a empresa e seus recursos para o consumidor, e para o

mercado (customer oriented)

A estratégia traçada previa o desenvolvimento das seguintes

ações:

§ Adequação da oferta às aspirações do consumidor

através do lançamento de novos produtos com serviços

adicionais (por exemplo: Novo Casa Vida, e SulAmérica

Auto com Carro Reserva;

§ Modificação da linguagem: apresentação de ofertas

claras e auto-explicativas, que “traduzam” em linguagem

acessível os incompreensíveis termos contratuais;

§ Personalização do relacionamento e suspensão da

barreira da “invisibilidade” através da criação de uma

central telefônica vinte e quatro hoas para atendimento

16 ao segurado. A seguradora fala com o segurado, atende

os seus apelos a qualquer hora do dia ou da noite;

§ Ativação do serviço através da introdução da

“Assistência Pessoas” acoplada de forma específica a

seguros de auto, vida, casa, saúde, etc.;

§ Fidelização do cliente através da oferta de produtos e

serviços exclusivos e de uma série de vantagens

adicionais;

§ Adoção de uma linha global global de comunicação

externa e interna, baseada em códigos que se associem

indissoluvelmente com a marca e que estimule a adesão

de novos clientes. (RABAÇA e BARBOSA, 1996, p.90-91).

Após a definição das estratégias e seu plano de ação, a empresa buscou, de

acordo com Rabaça e Barbosa (1996, p.92-93) fazer um mapeamento das redes de

prestadores no território brasileiro e pesquisou a demanda de atendimento nas regiões

do país, partindo para implantação da Plataforma de Atendimento 24 Horas, até

então nunca vista no mercado de seguros, ficando esta estabelecida como a parte

intangível do produto: atendimento psicológico de um segurado em situação

emergencial em caso de sinistro, acompanhamento por um técnico especializado apto

a lhe prestar um atendimento e retirá-lo da situação difícil na qual ele se encontra. E

como parte tangível do produto caracterizava-se pela “eficiência, rapidez e segurança

no atendimento.”

I.2. Negócio

O negócio de Assistência 24 Horas, de acordo com Rabaça e Barbosa (1996),

constitui-se em:

Um novo conceito de serviços à disposição do segurados

onde quer que eles estejam: em casa, no carro, em viagem,

no Brasil ou no exterior, trezentos e sessenta e cinco dias por

17 ano. Um verdadeiro anjo da guarda, protegendo a vida do

segurado: sempre as seu lado em ação quando ele precisar.

(RABAÇA E BARBOSA, 1996, p.93)

A Seguradora SulAmérica atua nos principais ramos de seguro e oferece

produtos para pessoas físicas e jurídicas, seus principais ramos de negócio são:

automóveis, ônibus e Caminhões, carga, casa, condomínio e empresa, vida saúde e

previdência.

Ao se pensar na criação da Assistência 24 Horas, de acordo com Rabaça e

Barbosa (1996) (op. cit.), a Sul América pensou em:

A idéia básica do produto foi a criação de uma plataforma de

atendimento completamente informatizada, com uma equipe

treinada nos mínimos detalhes e sempre pronta a

providenciar a melhor solução para a ajuda ou orientação

solicitada pelo cliente. Com um simples telefonema, que pode

ser de qualquer parte do mundo, o segurado SulAmérica

aciona um sistema gratuito de auxílio que não tem similar no

Brasil. A central telefônica é interligada a um sistema de

processamento de dados, que aciona uma rede de

prestadores de serviços especializados em qualquer ponto do

território nacional correspondentes em toda parte do mundo.

(RABAÇA e BARBOSA, 1996, p.93).

A Assistência 24 Horas é uma garantia adicional que o segurado pode

contratar na sua apólice de seguros e é responsável pelo fornecimento de serviços

emergencias aos seus clientes, conforme descritos por Rabaça e Barbosa (1996) a

seguir:

Reboque, mecânicos, ambulância, avião-hospital, motorista

substituto, hospedagem, hospitalização, passagens aéreas

para ao acompanhante, adiantamento das despesas médicas

18 no exterior, remoções, recuperação de bagagens, transporte

alternativo para prosseguir viagem ou retornar ao domicílio.

Todo auxílio necessário é prestado através da Plataforma 24

Horas, com calor humano, eficiência e rapidez, até que o

problema do segurado seja totalmente resolvido. (RABAÇA e

BARBOSA, 1996, p.93).

A fim de se ter uma noção da grandiosidade dos serviços e de sua importância

estratégica, apresentamos alguns números que traduzem o trabalho desta equipe, de

acordo com o Relatório Gerencial de junho /2004, empresa SulAmérica Seguros:

Total de atendimentos prestados: 37.925;

Total de recursos financeiros: R$ 4.400.000,00;

Total de reboques e mecânicos: 34.000;

Total de táxis: 6.000.

Após delinear-se o mercado segurador, expor o posicionamento estratégico da

Empresa SulAmérica Cia Nacional de Seguros, e o negócio de Assistência 24 Horas,

passaremos para o próximo capítulo para uma visão da estrutura de um call-center

aliado a visão estratégica da empresa.

19 II. A ESTRUTURA DO CALL-CENTER DE SERVIÇOS

EMERGENCIAIS

Para entendimento do funcionamento de uma operação de call-center de

serviços emergenciais, o capítulo será iniciado com a história do Telemarketing e de

sua importância para um negócio, a exposição das suas estruturas tecnológicas e

humana para assegurar o sucesso da operação.

II.1. A História do Telemarketing

No final da década de 70, de acordo com Mchatton (1990, p.270-271)

algumas empresas multinacionais trouxeram para o Brasil esta técnica. Em1980, a

TELESP, concessionária de serviços telefônicos de São Paulo, cria o curso de

“Sistema de Vendas por Telefone, com o título “Telefone, Poderosa Arma de

Venda” com o objetivo de “orientar empresas paulistas a sincronizar seu ciclo de

clientes com a demanda flutuante.” Seguindo esta iniciativa, outras empresas de

telefonia adotaram esta mesma estratégia. Estes cursos foram se disseminando entre

as empresas particulares, e a Telebrás, em 1983, iniciou uma larga campanha

incentivando o uso do telefone como mais uma ferramenta de marketing.

Empresas como a Editora Abril e Credicard, na década de 70, foram as

pioneiras na utilização do telefone como ferramenta para venda e prestação de

serviços. No início da década de 80, novas empresas para utilizar o telemarketing

como aliado a demais práticas do mercado. Em 1987, é criada a Associação

Brasileira de Telemarketing, que dentre os seus principais objetivos, de acordo com

Machatton (1990, p.271-273) se propunha a: “Propugnar pelo desenvolvimento e

aprimoramento das atividades de telemarketingno Brasil, defendendo seus interesses

e disseminando seus princípios teóricos e aplicações práticas;

20 § Promover a formação e o aperfeiçoamento técnico e/ou

profissional em telemarketing, pelo intercâmbio de

idéias, conhecimentos e experiências;

§ Representar os interessesde seus associados junto aos

órgãos governamentais;

§ Zelar pelo cumprimento do código de ética, preservando

a boa imagem do sistema;

§ Esclarecer a opinião publica sobre as funções

econômicas e sociais desenvolvidas pelas empresas que

se utilizaram do telemarketing. (MCHATTON, 1990,

p.271 – 273).

Em 1988, mediante a instabilidade econômica no Brasil e a do mercado,

acirrou-se a concorrência, logo houve necessidade de adaptação das empresas, que

tiveram que aumentar a sua eficácia e reduzir custos para se manterem vivas, então, o

telemarketing, em plena fase de expansão, segundo Machatton (1990, p.272) “passou

a ser uma atraente opção estratégica, facilitada pela infra-estrutura de produtos e

serviços então disponíveis para o setor”. Ainda falando de tendência do crescimento

do telemarketing, acrescenta:

Podemos hoje assegurar uma tendência expansionista do

telemarketing no Brasil, apoiada também pela manutenção

de custos econômicos dos recursos de telecomunicações e de

informática, reforçada pela existência de quase 15 milhões

de aparelhos telefônicos em funcionamento, sendo 65%

distribuídos nos maiores censos de consumo (São Paulo, Rio

de Janeiro e Belo Horizonte. A Telebrás prevê contemplar a

nação com 1 milão de novos terminais por ano, assegurando

ao Brasil o status de possuir a maior população de aparelhos

instalados entre os países em desenvolvimento.

(MCHATTON, 1990, p.272-273).

21 De acordo com a Associação Brasileira de Telemarketing, os negócios de

nosso país movimentaram aproximadamente, conforme em Mchatton (1990):

US$ 1,5 bilhão, no comércio principalmente de cartões de

crédito, assinaturas de jornais e revistas, peças de reposição

em geral, cimento, eletrodoméstico, /.../ lubrificantes,

aluguel de automóveis, materiais de escritórios, aço, plano

de saúde e serviços bancários.” (MCHATTON, 1990, P.273).

As aplicações do telemarketing no Brasil estão em empresas de diversos

segmentos, segundo Mchatton (1990, p.273), ainda prevalece nas áreas de “vendas

ativas e receptivas, informações ao consumidos ou ao cliente e prospecção de

clientes para futuros negócios”. Seguem as principais áreas de aplicações das

técnicas do telemarketing orientadas para o sistema de marketing moderno:

Televenda ativa, receptiva, teleautorização de crédito, telepromoção, teleapoio à rede

varejista, teleatendimento a informações, teleassistência técnica, telepré-vendas,

televeiculação, telegeração de negócios, telepesquisa e telecobrança.

II.2. Uma Operação de Sucesso

Para que se tenha sucesso em uma operação de telemarketing é preciso tomar

cuidado com alguns itens administrativos primordiais sejam alcançados, como

Mchatton (1990) relata:

§ Apoio e compretimento da administração para com o

papel central do telemarketing no esforço total do

marketing;

§ Estabelecimento de objetivos alcançáveis;

§ Profissionalismo na execução e administração;

§ Interface e interação contínua entre o centro do

telemarketing e os outros departamentos;

§ Ênfase constante no acompanhamento (follow-up)

22 § Estabelecimento de datas precisas para os objetivos

sejam alcançados.

§ E acrescenta que há uma necessidade de uma lista de

alguns itens elementares para que a central de

atendimento seja um sucesso:

§ Determinar objetivos administrativos precisos (serviço ao

cliente ou vendas externas...);

§ Pesquisar e desenvolver recursos de telemarketing,

incluindo seleção do local, projeto, seleção do

equipamento e assim por diante;

§ Desenvolver procedimentos de treinamento, contratação,

remuneração e motivação;

§ Estabelecer padrões e objetivos de produtividade;

§ Desenvolver apresentações com participação de todos os

departamentos pertinentes, incluindo os departamentos

de vendas, marketing, pesquisa e desenvolvimento,

desempenho e finanças;

§ Estabelecer coordenação de desempenho e de sistemas

para assegurar velocidade adequada no preenchimento

dos pedidos e interface homogênea entre os

departamentos. (MCHATTON, 1990, p.22)

Outra parte importante que conduzirá a operação para o sucesso esta

relacionada ao local onde a operação está instalada. (Mchatton, 1990) aborda “alguns

componentes que podem ajudar a tornar a equipe mais produtiva”:

§ Uma instalação com janelas;

§ Controle de temperatura da sala, para evitar ambientes

muito quentes ou muito frios;

§ Instalações com fluxo de ar controlado, para ajudar a

evitar que a sala fique cheia de fumaça;

§ Supervisão sobre os representantes de venda por

telefone;

23 § Procedimento lógico para fluxos de trabalho;

§ Provisão de pequenos compartimentos, mesas individuais

ou estações de trabalhos individuais;

§ Estabelecimento de uma estação de monitoramento;

§ Espaço suficiente para que as pessoas se sintam

confortáveis;

§ Cadeiras com altura e encosto ajustáveis e suporte para

o pescoço e descanso dos braçoes também ajustáveis;

§ Terminais de computador e óculos protetores de olhos

opcionais para teleoperadores;

§ Luz direcional suave e nunca muito clara ou pouco clara

demais;

§ Revestimento acústico nas paredes e teto para ajudar a

absorver os sons que podem distrair e interferir em uma

conversa telefônica;

§ Modernos sistemas telefônicos que podem facilitar o

fluxo de trabalho e diminuir a monotonia do serviço.

(MCHATTON, 1990, p.25-26)

Quando uma central de atendimento não possui as características supracitadas

os operadores adquirem alguns problemas de saúde, que comprometem o resultado

de toda a operação. Entre os principais problemas pode-se mencionar, segundo

Mchatton, 1990, p.26): “Fadiga, vista cansada, dores de cabeça, queixa de dores nas

costas, no pescoço”.

II.3. Recursos Humanos

Ao definir os recursos estratégicos da Central de atendimento, um dos fatores

importantes para o sucesso da operação é a gestão dos Recursos humanos. Cobra e

Zwarg (1986, p.150) aborda essa questão e diz que:

Além de dinheiro, apólices etc., as instituições bancárias e

securitárias lidam sobretudo com gente – clientes e

24 colaboradores e os recursos humanos podem ser mola

propulsora do desenvolvimento de uma organização – mais

do que tecnologia bancária ou securitária. E a excelência da

capacitação de sua força de trabalho pode ser a chave do

sucesso empresiral; mas para desenvolver seus funcionários,

para crescer, a organização, como todo ser vivo, precisa ser

alimentada de recursos financeiros. E esses recursos estão

fora da organização, estão com seus clientes; portanto, é

preciso saber tratá-los convenientemente para captar

recursos ao desenvolvimento da organização. (COBRA e

ZWARG,186, p.150)

Quando um cliente ao solicitar um serviço em uma situação emergencial, ele

procura um atendimento humanizado, essa é uma das características principais para

que o serviço seja fornecido devidamente, e com o padrão de qualidade esperado

pelo solicitante. Por isso, as etapas de contratação, treinamento e desenvolvimento da

equipe de trabalho é um fator crítico de sucesso da operação de telemarketing de

Assistência 24 Horas.

II.3.1. Perfil do Operador do Telemarketing

Em artigo escrito no site da ABT, Mayol comenta sobre o profissional de

telemarketing, suas habilidades fundamentais, e seu plano de carreira como a seguir:

Nos dias de hoje, o Operador de Telemarketing tornou se um

profissional mais qualificado e preparado para lidar com os

problemas do dia-a-dia, utilizando a tecnologia a seu favor,

atendendo seu cliente com maior velocidade, atingindo

índices de produtividade. Ele é voz da empresa que

representa. Quando o seu atendimento é realizado com

sucesso, o cliente reforça uma imagem positiva, fidelizando o

produto e o serviço. Mas, quando este atendimento não

25 incorre dentro do padrão esperado, faz com que o cliente

perca a confiabilidade, passando-se para o outro lado (leia-

se para a empresa concorrente). Podemos concluir que o

nível de responsabilidade deste Operador cresceu e sem um

treinamento adequado, sem um monitoramento ou

supervisão, que seria um simples atendimento poderá se

transformar em um grande fiasco. (MAYOL, 2005).

E acrescenta que a função da Área de Recursos Humanos é de:

Adequar cada profissional nas tarefas pertinentes a sua área

de atuação, promovendo o desenvolvimento e o crescimento

de cada profissional de Telemarketing, criando as

oportunidades para que possam exercitar habilidades,

gerando soluções para seus clientes e contribuindo para que

a empresa alcance suas metas. (Mayol, 2005).

Segue o detalhamento do perfil do operador de telemarketing de acordo com

a demanda de uma atendimento de assistência 24 horas:

Perfil de Operador:

§ Nível de escolaridade superior ou cursando;

§ Experiência em atendimento ao cliente;

§ Boa dicção;

§ Disponibilidade para trabalhar fins-de-semana e feriados;

§ Disponibilidade de horário.

Características Pessoais:

§ Dinamismo;

§ Entusiasmo;

§ Paciência;

§ Boa fluência verbal;

§ Equilíbrio emocional;

26 § Bom humor.

Também, na hierarquia de um call-center de assistência 24 Horas, há a figura

de um supervisor para uma equipe formada em média por 25 operadores, e

coordenadores ou gerentes responsável por toda operação.

II.4. Infra-Estrutura do Call-Center:

A tecnologia é, nas centrais de atendimento, de acordo com O’Brien (2001,

p.7), indispensável para “eficiência e eficácia dos processos de negócio, tomada de

decisões gerenciais e colaboração de grupos de trabalho e com isso pode fortalecer

suas posições competitivas em um mercado em rápida transformação.” Desta forma,

O’Brien (2001) define em um conceito de sistema de informação, termos que ajudará

no entendimento da necessidade da parte tecnologica no call-center:

§ Tecnologia: que as redes de computadores computadores

são sistemas de componentes de processamento de

informações que utilizam uma multiplicidade de

hardware, software, gerenciamento de dados , e rede de

telecomunicação;

§ Administração: que o gerenciamento da tecnologia da

informação enfatiza a qualidade, o valor estratégico para

o negócio e a segurança dos sistemas de informação de

uma organização. (O’BRIEN, 2001, p.7)

Também define o conceito de hardware e software dentro de uma estrutura de

um sistema de informação:

O conceito de recursos de hardware compreende todos os

dispositivos físicos e equipamentos utilizados no

processamento de informações. Especificamente, o conceito

abrange não apenas máquinas, como computadores e outros

equipamentos, mas também todas as mídias de dados, ou

27 seja, objetos tangíveis nos quais são registrados dados, desde

folhas de papel até discos magnéticos.

O conceito de recursos de software refere-se a todos os

conjuntos de instruções de processamento de informação /.../

os seguintes referem-se a recursos de software:

Software de sistemas, como um programa de sistema

operacional, que controla e apóia as operações de um

sistema de computador;

Sftware aplicativo, que são programas que processam direto

para uso particular de computadores por usuários finais...;

Procedimentos, que são instruçoes operacionais para

pessoas que utilizarão um sistema de informação. Entre os

exemplos encontram-se as instruçoes para preenchimento de

um formulário em papel ou para utilização de um pacote de

software. (O’BRIEN, 2001, p.11-12)

A SulAmerica Cia Nacional de Seguros, de acordo com a Moderno (2004),

foi uma das trinta e oito empresas vencedoras da quinta edição do prêmio

Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente, que descreveu

resumidamente as tecnologias utilizadas na Central de Atendimento da referida

seguradora como a seguir:

§ Linha 0800:Fornecedores Embratel e Telefônica;

§ URA (Unidade de Resposta Audível: Fornecedor GMK;

§ Hardware de Telefonia: Fornecedor Nortel;

§ Sofware de Atendimento: Fornecedor Plusoft;

§ Banco de dados: Oracle

§ Gravação Digital: Não tem

§ Contact Center: Interno

§ CTI (integração computador e telefone): Fornecedor

GMK (MODERNO, 2004, p.46).

28 Assim, terminando este capítulo, concluí-se que um call-center de sucesso

deve aliar o seu potencial de capital humano ao tecnológico, a fim de fornecer os

serviços de excelência aos seus clientes. No próximo capítulo, veremos as estratégias

utilizadas no call-center para alcance dos objetivos do negócio.

29 III. UM CALL-CENTER COM ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA

Estabelecidas a necessidade do posicionamento estratégico da empresa

SulAmérica Cia. Nacional de Seguros e expostos os princípios que compõe a

essência e estrutura de call-center, será falado neste capítulo sobre o funcionamento

dessa unidade de negócios alinhado a estratégia da referida empresa.

Já estabelecidos no capítulo um a necessidade de implantação da Plataforma

de Atendimento de Assistência 24 Horas, a SulAmérica teve de enfrentar, de acordo

com Rabaça e Barbosa (1996), desafios ambientais através das vantagens

competitivas a seguir:

§ Diferenciação tecnológica em seus sistemas

operacionais;

§ Capacidade gerencial, perfis identificados

qualitativamente desde a central telefônica, passando

pelo sistema informatizado, até o acompanhamento e a

comprovação da qualidade do serviço prestado;

§ Portfólio de serviços oferecendo serviços diferenciados e

uma rede credenciada de prestadores de serviços;

§ Imagem da marca adquirida através da tradição, da

credibilidade e da experiência pioneira de lançamento de

produtos no mercado segurador. (RABAÇA E BARBOSA,

1996, p. 95).

Na implantação do call-center, de acordo com Rabaça e Barbosa (1996, p.94-

95) a SulAmérica buscou o know-how através de uma empresa estrangeira e criou

uma empresa exclusiva para o negócio chamada SULAMULTI – Sul América

Multiserviços S/A., cadastrou “mais de dezoito mil prestadores no Brasil, incluindo

oficinas mecânica, reboques clínicas médicas, ambulância, empresas de táxi aéreo,

locadoras de veículos, aviões UTI e muito outros. Também investiu no treinamento

de toda equipe de treinamento, como destacado:

30

O treinamento da equipe de atendimento mereceu atenção

especial: a Plataforma 24 Horas funciona sem parar com

profissionais altamente qualificados, técnicos de assistência

bilíngues e médicos especializados em medicina de urgência,

capazes de orientar, monitorar e supervisionar todas as

providências solicitadas aos prestadores de serviços.

(RABAÇA E BARBOSA, 1996, p. 95).

Mas a estratégia de lançamento do produto também foi essencial para o

sucesso da Central. Segundo Rabaça e Barbosa (1996), o slogan “Todo mundo

precisa, mas só a SulAmérica tem”, alavancou uma série de ações para lançamento

de produtos:

§ Dedicou especial atenção aos inspetores e corretores.

Eventos especiais foram promovidos para esse público-

alvo, com a finalidade de esclarecer todos os aspectos do

novo sistema de atendimento, ampliar os serviços aos

clientes, e estreitar o relacionamento da SulAmérica com

a sua rede de comercialização.

§ Além desses encontros e reuniões /.../ foram produzidos

também os seguintes instrumentos de comunicação:

§ Folhetos promocionais e técnicos: Manual do Produto,

Manual do Segurado, Carteira do Segurado, Cartão 24

Horas, Cartazes, Adesivos;

§ Vídeo para inspetores e corretores (Broadside eletrônico

de dez minutos, veiculado em cadeia nacional de

televisão e apresentado nas reuniões de lançamento do

produto): com depoimentos sobre qualidade de vida,

informações sobre o funcionamento da Plataforma 24

Horas, exemplos dramatizados de atendimento ao

31 segurado, e uma mensagem especial do presidente da

empresa.

§ Anúncios de televisão, rádio, jornais e revistas:

enfatizando o lado humano da proteção ao segurado pelo

plantão vinte quatro horas, a ajuda eficiente de uma

amigo com quem se pode contar na emergência;

§ Target da campanha publicitária: público adulto com

poder de consumo e hábito de viagens de negócios ou a

lazer. Homens e mulheres das classes A e B com mais de

25 anos;

§ Objetivo principal da campanha: consolidar e fidelidade

da marca, associada a um diferencial competitivo

exclusivo dos seguros SulAmérica, além de ampliar a sua

clientela .. (RABAÇA E BARBOSA, 1996, p. 95-96).

Atualmente outras empresas seguradoras já contam com a estrutura de

atendimento, com uma central de atendimento própria ou terceirizada para

fornecimento de serviços emergenciais. Desta forma, o funcionamento do call-center,

para se obter um diferencial competitivo, deve ser eficiente e eficaz; é necessário que

os serviços sejam fornecidos dentro dos padrões de qualidade para que se alcance o

encantamento do cliente e a sua fidelização. Ao falar das característica para a

prestação deste tipo de serviço, de acordo com Rabaça e Barbosa (1996, p.96), para o

fornecimento deste tipo, fica registrada a “necessidade de manter um detalhado

controle de qualidade sobre todas as operações. Das operações mais simples às mais

delicadas, nada pode falhar. Se falhar, não dá pra esconder.” Sabendo-se que a

qualidade é um processo de melhoria contínua, para assegurar o índice de satisfação

dos seus clientes, a Unidade de Negócios de Call-Center da SulAmérica trabalha com

indicadores de desemprenho. No processo da qualidade, Galvão (1996), conceitua a

importância da utilização desta metodologia:

O uso dos indicadores é de fundamental importância para

orientação dos esforços de melhoria dos processos da

organização. Eles servem não só para dar a dimensão exata

32 dos problemas identificados como também quantificar todos

os elementos necessários à gestão de tais processos.

(GALVÃO, 1996, p.14).

E complementa que “só há um sentido na sua aplicação se ele contribuir para

uma gestão racional do mesmo”, definido-os como:

§ Indicadores: são grandezas resultantes da relação

matemática entre duas ou mais Medidas de Desempenho,

cujo objetivo é dimensionar o comportamento de um

processo, inclusive de seus resultados, permitindo,

através da comparação com padrões preestabelecidos,

melhor gerenciá-lo;

§ Medidas de Desempenho: são as medições que

quantificam o estado de um processo ou do resultado

deste. “Número de defeitos”, “tempo para atendimento

de um pedido”, “número de reclamações” /.../ são

Medidas de Desempenho aceitáveis se houver condições

de medição. (GALVÃO, 1996, p.14).

Os indicadores apontam como andam os processos dentro da unidade de

negócios, que permitem, após análise dos resultados, tomada de ações para melhoria

desses, e consequentemente o alcance dos resultados preestabelecidos.

Uma da formas de avaliar a satisfação dos seus clientes utilizadas pela

SulAmérica, de acordo com Rabaça e Barbosa (1996.) eram as cartas pesquisas

respondidas pelos segurados que utilizavam os serviços emergencias:

Para medir o nível de satisfação da clientela, as pesquisas de

qualidades são feitas permanentemente, colhendo avaliações

dos segurados sobre todas as etapas, desde o telefonema que

deu partida ao serviço. Cerca de dois mil questionários têm

sido respondidos mensalmente, indicando um nível de

33 satisfação acima dos 98%. Os casos de insatisfação (menos

de 2%) decorrem de pequenos problemas, como atraso de um

reboque por causa de endereço incorreto, etc. (RABAÇA E

BARBOSA, 196, p.98).

Atualmente, o Segurado conta com a Serviço de Atendimento ao Cliente, uma

central de atendimento que recebe reclamações, elogios e sugestões, que são

direcionadas para os gestores da Assistência 24 horas e outras áreas da empresa,

trazendo melhoria nos produtos, serviços e procedimentos de atendimento.

Tarapanoff utilizando-se do estudo de Hoffer & Schendel (1978), Rockart

(1979), e Leidecker & Bruno (1984), nos apresenta os seguintes conceitos para

fatores críticos de sucesso de uma unidaade de negócios:

§ São aquelas variáveis cujo gerenciamento poderá afetar

significativamente a posição competitiva de uma empresa

dentro do seu ramo de atividade, podendo variar de

acordo com o ramo (Holfer & Schendel, 1978, p. 77,

apud Tarapanoff, 2001);

§ São aquelas poucas áreas, para qualquer negócio, nas

quais os resultados, se satisfatórios, irão assegurar um

desempenho competitivo e de sucesso para organização

(Rockart, 1979, p.85, apud Tarapanoff, 2001);

§ São aquelas características, condições ou variáveis que,

quando devidamente gerenciadas, podem Ter um impacto

significativo sobre o sucesso de uma empresa,

considerando seu ambiente de competição. (Leidecker &

Bruno, 1984, apud Tarapanoff, 2001);

Sendo assim, sabendo-se que um dos fatores críticos de desempenho do call-

center de serviço emergencial é rapidez, para que haja um diferencial competitivo

entre as centrais de atendimento 24 horas, um dos indicadores de desempenho deve

ser o tempo. É indicado que oitenta por cento das chamadas sejam atendidas em até

34 vinte segundos segundos. Quando o segurado está solicitando o serviço emergencial,

em uma situação crítica, pode ser na rua, à noite, num local de risco, etc., ele não

quer esperar em fila de atendimento para ser socorrido, se a ligação dele não for

atendida em um tempo satisfatório, a estratégia da empresa de fidelização e

encantamento do seu cliente pode ir por água abaixo. Outro fator crítico relacionado

ao tempo de atendimento é a previsão de chegada do prestador de serviço ao local do

evento de sinistro. Não adianta só o cliente ser atendido rápido, mas também o

serviço chegar rápido ao local. As previsões de serviços estão em procedimentos

internos das empresas de assistências e variam de acordo com a região do evento.

Uma empresa de Assistência chamada Mondial Assistência inovou com a

implantação de uma tecnologia para agilizar a chegada dos prestadores de serviços

ao local do evento.

A Mondial Assistance, considerando a barreira do trânsito, principalmente

nas grandes cidades como São Paulo, a fim de evitar atraso dos prestadores de

serviços investiu na tecnologia GPS, um sistema de posicionamento global via

satélite, que permite identificar a localização dos reboques, fazendo o acionamento

do prestador mais próximo do local do evento, evitando a rejeição do serviço pelo

prestador, redução de custo de reboque, e controle dos seus tempos de atendimento.

Tal tecnologia trouxe vantagem competitiva em relação as outras empresas de

assistência que não possuem esse diferencial.

Outro fator crítico de sucesso é a humanização do atendimento telefônico. O

cliente em uma situação emergencial procura um apoio psicológico, um “amigo”,

que poderá ajudá-lo naquele momento difícil. Portanto um call-center com orientação

estratégica deve ter uma equipe pronta a atendê-lo com agilidade e objetividade. Um

dos indicadores de desempenho de tempo médio de atendimento do operador na

SulAmérica é de 146 seg.. Neste tempo o operador deve ser rápido, mas cordial,

objetivo, sem ser grosseiro, e estar atendo a atender rapidamente a necessidade do

cliente. A monitoria feita pelos supervisores na central de atendimento é responsável

para acompanhar a qualidade do atendimento do operador e a sua objetividade,

evitando assim perguntas desnecessárias que, em muitas das vezes irritam o cliente e

geram o seu descontentamento com o atendimento.

35

Como especificado no capítulo anterior a parte de infra-estrutura assume um

papel de extrema importância, quando se fala em tempo médio de atendimento. Para

um operador atender com agilidade é necessários que as máquinas e softwares

estejam funcionando perfeitamente, pois muitas das vezes, há uma enorme perda de

tempo ao tentar localizar um prestador de serviço em um mapa eletrônico por

exemplo. Se a máquina onde software estiver instalado não estiver com as

especificações necessárias para que programa opere em sua velocidade prevista,

certamente ocorrerá um prejuízo na qualidade da realização do atendimento. Por isso,

os gestores devem estar sempre atentos as condições de infra-estrutura do call-center,

somado a monitoria das atividades dos operadores. Os supervisores se tornam

pessoas chaves para o sucesso da operação e alcance dos objetivos.

Outro fator crítico de sucesso é a alocação dos recursos humanos e

dimensionamento das quantidade de posições de atendimentos. O call-center deve ter

um setor de tráfego para dimensionar a quantidade de operadores necessários para

atender a quantidade de chamadas oferecidas por período. O dimensionamento é

feito pela curva de chamadas recebidas, considerando os seus tempos médios e

estimando-se um provável absenteísmo de operadores, de acordo com históricos.

Existem, no mercado, softwares que fazem esse dimensionamento. Se a operação não

distribuir corretamente os operadores de acordo com a demanda das chamadas a

operação, mesmo bem aparada tecnologicamente e com recursos humanos

capacitados, será um fracasso, ou até mesmo, se escalados mais operadores do que

posições de atendimentos disponíveis.

Outra área importante e responsável pelo sucesso da operação, e pelo alcance

do encantamento ao cliente, é a Área de Prestadores de Serviços. Este setor cadastra

prestadores, faz a manutenção dos seus respectivos cadastros, negocia preços e fecha

valores pré-fixados, que evitam a negociação do operador quando do acionamento do

serviço. Esta é uma área que deve estar diretamente ligada a operação, monitorando

e instruindo a rede para que não ocorram surpresas desagradáveis ao cliente como o

envio de um prestador inapto, com equipamento antigo, sem equipamentos, etc., é

uma área que deve buscar melhoria contínua da sua rede e processos para não

36 impactar negativamente na central de atendimento e contribuir para agilidade do

atendimento. Rabaça e Barbosa (1996) dizem:

Uma equipe de técnicos de assistência percorre todo o país,

permanentemente, verificando (in loco) todos os prestadores

de serviços, fotografando instalações, classificando-os de

acordo com o padrão de atendimento e emitindo relatórios

periódicos, de modo a garantir sempre a melhor opção ao

segurado. (RABAÇA E BARBOSA, 1996, p. 95-96).

Outro setor diretamente ligado a operação é o Setor de Qualidade. Este setor é

responsável pelo tratamento das informações geradas pela prestação de serviços,

como reclamações de prestadores, operadores, produtos e serviços. Esse setor é

responsável pela análise e direcionamentos das reclamações, sugestões para os

gestores das outras áreas da empresa. Essas informações se tornam oportunidades de

melhoria dos processos, produtos e serviços e se tornam vantagem competitiva O

Setor de Qualidade também é responsável pela monitoria dos operadores, que geram

informações para treinamentos e reciclagens de procedimentos e instruções de

trabalhos dos operadores.

Também fica diretamente ligado a operação o Setor de Treinamento, que é

responsável não só pelo treinamento de novos operadores, bem como as reciclagens

dos operadores antigos. É responsável pelo elaboração desse cronograma. Sua

atuação é fundamental para agilidade e qualidade do atendimento dos operadores.

Para encerrar o capítulo, concluí-se ficou estabelecido que um call-center com

orientação voltada para um atendimento de excelência ao cliente, segundo Rabaça e

Barbosa (1996), segue a orientação proposta pela empresa SulAmérica.

Todo o sistema de atendimento da Assistência 24 Horas está

voltado para o cliente, que deixa de ter uma posição e torna-

se um consumidor ativo dos seguros. Ao longo de quatro

anos, atravessando várias mudanças e planos de economia

37 no país, a linha estratégica da Assistência 24 Horas foi

desenvolvida passo a passo, formando uma família de

serviços, aproximando-se cada vez mais do seu cliente,

tornando o seguro um serviço palpável, acessível. (RABAÇA

E BARBOSA, 1996, p. 98).

Assim, uma unidade de negócio alcança o sucesso em sua operação e

encantamento do negócio quando bem estruturadas, gerida, e alinhada as estratégias

da empresa.

38 CONCLUSÃO

Diante do questionamentos propostos na introdução desta monografia,

conclui-se que eles foram elucidados em seu bojo. Cabe aqui, apenas ressaltá-los de

forma mais sucinta.

A partir deste estudo, conclui-se que antes de se estabelecer e definir o

planejamento estratégico de uma empresa é preciso conhecer bem o mercado no qual

o mercado está inserido, bem como as necessidades e desejos dos seus clientes

através de estudos detalhados . No caso em questão, através da empresa SulAmérica

Cia. Nacional de Seguros pode se conhecer a realidade do mercado segurador, as

necessidades e desejos dos seus clientes e a demanda de produtos e serviços deste

segmento. O que serviu de mola propulsora para criação de uma unidade de negócios

pioneira chamada Plataforma de Assistência 24 Horas, uma inovação que mudou o

conceito do seguro e mexeu com todo o mercado segurador.

Através da descrição da parte de infra-estrutura de um call-center, conclui-se

que o ambiente deve ser harmonioso, bem iluminado, bem equipado, ventilado, que

proporcione bem-estar físico e conforto para os funcionários trabalharem motivados

e seguros. E além disso, para operação ter sucesso, é necessário um suporte da área

de Recursos Humanos e de Tecnologia, a fim de que a central seja de fato um setor

capaz de proporcionar um atendimento de qualidade aos seus clientes internos e

externos. Também, foi possível conhecer uma estrutura tecnológica e humana básica

para uma operação de telemarketing e atendimento ao cliente.

As empresas buscam a liderança num mercado competitivo, logo a central de

atendimento deve estar aliada aos objetivos definidos no planejamento estratégico,

sendo assim elas devem estar ligadas a outras áreas da empresas, como o Setor de

Treinamento, de Qualidade, o Tráfego, a Central de Atendimento ao Cliente, e

aproveitar as informações como oportunidades de vantagens competitivas para

melhoria dos seus serviços e produtos. Atender com agilidade e prover serviço

humanizados são fatores críticos de sucesso dessa operação, e o seu maior desafio.

39

Focar o atendimento no cliente é considerar que eles desejam bens e ou

serviços customizados, ou seja, que cada vez mais satisfaçam as suas necessidades

com alto padrão de qualidade e baixo custo. É inovar, diferenciando os produtos e

serviços, e sempre estar em processo de melhoria contínua. Fica estabelecido nesta

monografia, que o call-center, como unidade de negócio estratégico, permite que a

empresa consiga chegar mais próximo do cliente e através das informações que nele

circula, estaja atenta as necessidades desse, proporcionando assim o tão esperado

encantamento, possibilitando a fidelização e atração de novos clientes

40

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Brasil. São Paulo: Ed.: Padrão Editorial Ltda, n. 82, jun. 2004. 46 p.

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HOFFER, C. W. e SCHENDEL, D. E. Strategy formulation analytical concepts.

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LEIDECKER, J. K. e BRUNO A. V. Identifying and using critical succes factors.

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41 ROCKART. J. F. Chief executives define their own data needes, Havard

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