Upload
phungnga
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A Psicomotricidade Relacional contribuindo com a interação corpo, afeto e movimento do aluno da 0 à 3 anos.
Por: Karla Souza Borges
Orientador
Profa. Ms. Fátima Alves
Rio de Janeiro
2012
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A Psicomotricidade Relacional contribuindo com a interação corpo, afeto e movimento do aluno da 0 à 3 anos.
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Psicomotricidade.
Por: Karla Souza Borges.
AGRADECIMENTOS
....agradeço primeiramente a Deus por
tudo que Ele tem fito por mim aos pais
e meu irmão que sempre me apoiaram
em todas as minhas decisões e Carlos
uma pessoa muito especial em minhas
vida que me dá forças para as minhas
realizações.
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho acadêmico aos
meus pais, e ao meu irmão que sempre
fizeram de tudo por mim, sou grata a eles
por, mas essa conquista.
RESUMO
Esta pesquisa traz um incentivo a prática da Psicomotricidade Relacional como
possível intervenção comunicativa do corpo, capacitando uma melhor
compreensão de si mesmo (criança) ao seu envolvimento/ambiente nas
atividades escolares para as crianças de 0à 3 anos, onde as crianças estão se
descobrindo, e precisam de uma estimulação para que os seus movimentos
sejam precisos. O tema desta pesquisa terá como ferramenta para a
intervenção de uma boa comunicação corporal, não apenas pela compreensão
de sis mesmo, mas essencialmente pelas relações psicofísicas e no meio
social.O que incentivou a elaboração desta pesquisa foram a possibilidades
que a Psicomotricidade Relacional promove para criança. Uma boa expressão
corporal, com uma perspectiva qualitativa, com enfâse em uma boa formação
motora no âmbito escolar ou em qualquer outro.Através de jogos espontâneios
psicomotores em que o corpo participa de todas a s dimensões, privilegiando a
comunicação não – verbal, com situações lúdicas e dinâmicas, proporcionando
jogar com o corpo em movimento.
METODOLOGIA
O método utilizado para elaboração desse trabalho será através de
leitura, em pesquisa bibliográfica, observação de crianças internos e externos
no seu ambiente escolar, justamente para conhecer suas necessidades e o seu
conhecimento motor.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A História da Psicomotricidade Relacional 10
CAPÍTULO II - Beneficios da Psicomotricidade 15
Relacional
CAPÍTULO III – Atividades psicomotoras 23
CONCLUSÃO 33
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36
BIBLIOGRAFIA CITADA 37
ÍNDICE 38
8
INTRODUÇÃO
Segundo Lapierre “Um agir espontâneo cuja significação não pode ser
ignorada, ligada a experiência imaginária vivenciada pelo corpo em sua relação
com o outro e com o mundo.” (LAPIERRE, 2004.p. 52)
Será possível ocorrer a intervenção comunicativa do corpo, capaz de uma
melhor compreensão de si memso em qualquer lugar que este corpo esteja?
A Psicomotricidade Relacional é uma prática de mediação corporal que
permite à criança reencontar o prazer sensório motor através do movimento e
da regulação tónica, possibilitando depois a apropriação dos processos
simbólicos, com acentuação lúdica, assim estão ligados diretamente vinculados
a dificuldades de adaptação no cotidiano e no convívio social; por esse motivo
me fez perceber a necessidade de pesquisar sobre o assunto percebendo a
muitas dificuldades e muitos problemas de aprendizagem, porque não se
denvolvem a tempo os pré requisitos das competências fundamentais de
aprendizagem.
O que incentivou a elaboração desta pesquisa foram as possibilidades
que a Psicomotricidade Relacional promove para criança uma comunicação
com uma perspectiva qualitativa, com ênfase no seu individual ou em grupo.
No capítulo I será abordado sobre um pouco da história da Psicomotricidade
Relacional sobre os fatores psicomotores, e os aspectos que possilbilitará de
forma agradável no cotidiano da criança de acordo com a sua faixa etária.
Portanto essa pesquisa será realizada para promover a construção de valores
necessários ao processo de ensino aprendizagem estabelecendo a
comunicação autêntica da criança.
No mundo infantil percebemos como é fácil o relacionamento um com o
outro, as crianças vivem em um fantástico mundo de fantasias e que são
significativas para elas, onde através de seus significados alcançaram os seus
próprios caminhos e conhecimentos, com estímulo dos pais vão encontrar as
respostas para os símbolos construidos em seus pensamentos.
No capítulo II a Psicomotricidade Relacional beneficiará a criança de forma
lúdica, no seu âmbito escolar, com isso a criança desenvolverá de maneira
9
gradativa desde os primeiros dias de vida, para proporcionar um processo
evolutivo nos seus movimentos.
O trabalho da Psicomotricidade Relacional envolve o corpo e do
movimento espontâneo, como mediadores para atingir da melhor forma
possível as relações do viver em grupo, ensinando a respeitar regras, a
sensibilização com o outro sobre este, percepção espaço temporal e está
ligado conscientemente quando necessário.
No capítulo III, como forma de auxiliar o profissional será elaborado um
cronograma de atividades psicomotoras para que de uma forma bem dinâmica
venha proporcionar uma melhor aprendizagem do corpo trabalhado.
Dentre outros objetivos a Psicomotricidade estabelecerá a comunicação
autêntica da criança, possibilitando a simbologia virar algo “concreto”, fazendo
com que os movimentos voltam a ser prazeroso. A criança terá liberdade com
seu corpo. Emoções e aprendizagem, estabelecendo o conhecimento e
reconhecimento melhor de si e dos outros.
10
CAPÍTULO I
História da Psicomotricidade Relacional
“O que queremos estabelecer é uma comunicação com a pessoa. Para o psicomotricista, uma criança de um ano, dois anos, já é uma pessoa que tem
que ser respeitada.” André Lapierre
Para melhor desenvolvimento deste trabalho, escolhi como principal autor
André Lapierre, já que por sua vez foi ele o precursor do modelo atual de
compreensão da Psicomotricidade Relacional. Portanto, antes de abordá-los,
mais adiante, neste capítulo, é pertinente realizar uma sucinta sintese da
história da Psicomotricidade Relacional, influenciada de diversos
acontecimentos ao longo do processo histórico.
1.1 PSICOMOTRICIDADE- BREVE HISTÓRIA
Pode – se dizer que a Psicomotricidade Relacional foi criada pelo francês
André Lapierre, no final do século XIX, juntamente com sua filha Anne
Lapierre, vindo para o Brasil em 1982, ao longo de sua vivência, foi se
articulando com outros saberes durante o primeiro Congresso organizado
pela Sociedade Brasileira de Terapia Psicomotora, realizado no Rio de
Janeiro, por intermédio de Beatriz Saboya, Regina Morizot e outros
fundadores da Sociedade 1039 Brasileira de Psicomotricidade (VIEIRA;
BATISTA; LAPIERRE, 2005), e difundida a partir de então por José
Leopoldo Vieira, discípulo de André Lapierre e diretor do CIAR – Centro
Internacional de Análise Relacional, com sedes em Curitiba e Fortaleza.
A integração por André Lapierre, do adjetivo “Relacional” ao termo
“Psicomotricidade”, tem por foco principal aos objetivos que dizem respeito ao
desenvolvimento das habilidades individuais e do grupo, e outro, voltado à
evolução das qualidades das relações interpessoais entre as crianças
promovendo a socialização. Vale ressaltar, que estas atividades não acontece
somente em escolas, mas em diferentes âmbitos.
11
A dinâmica do trabalho da Psicomotricidade Relacional utiliza-se do corpo
e do movimento espontâneo, como mediadores para atingir da melhor forma
possível as relações inter e intrapessoais, promovendo uma melhor vivência
em grupo, ensinando a respeitar regras, a sensibilizar-se com o outro,
perceber-se no tempo e espaço que está inserido e atuar conscientemente
sobre este, quando necessário.
A base da psicomotricidade relacional consiste em criar um espaço de
liberdade propício aos jogos e brincadeiras. O objetivo é fazercom este corpo
possa manifestar seus conflitos profundos e vivê-los simbolicamente.
No âmbito educativo, esse tipo de atuação auxiliaria de precaução contra o
surgimento de distúrbios emocionais, motores e de comunicação que dificultem
a aprendizagem, os conhecimentos da Psicomotricidade têm proporcionado um
melhor desenvolvimento infantil no processo escolar a partir da abordagem do
Ser como totalidade.
1.1.1 - PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL E SUAS
FORMAÇÕES PARA O INDIVÍDUO.
A Psicomotricidade Relacional abrange a educação, a reeducação e a
clínica, como uma prática autônoma que se desenvolve desde no século XX.
Ela nasce a partir do momento em que o corpo deixa de ser concebido como
pura carne para torna-se corpo que “fala”. Dessa forma, podemos dizer que a
psicomotricidade é solidária a história do corpo.
A sua trajetória histórica tem sido marcada, sobretudo, pelas seguintes
indagações: “Como explicar as emoções, as sensações do corpo”? “Qual é a
relação entre corpo e alma”? Á medida que avançam as pesquisas e a prática
da Psicomotricidade Relacional surgem as respostas.
Se a formação que se adquire na escola é crucial, a fase pré-escolar é mais
ainda. Isso o francês André Lapierre protege com unhas e dentes. Especialista
em Educação Infantil, ressalta o valor da primeira infância. Segundo eles, entre
0 e 3 anos, é que se cristaliza a personalidade de alguém. É nessa faixa etária
12
que a atuação dos adultos é mais decisiva na formação de crianças saudáveis
e adolescentes equilibrados.
“Queremos trabalhar com que há de positivo na criança; interessar – nos pelo
que ela sabe fazer. É a partir daí que a relação pedagógica pode descontrair –
se, a situação deixar de ser dramatizada e a reencontrar a confiança e a
segurança. A melhor maneira de ajudá – La a superar dificuldades é fazendo
esquecê – las.” (LAPIERRE. 1984.p.13)
A Psicomotricidade Relacional é uma atividade que procura dar um espaço
de liberdade onde a criança aparece inteira, com seu corpo, suas emoções,
sua fantasia, sua inteligência em formação.
Este espaço é onde podem ser demonstrados seus conflitos, seus medos,
sua ambivalência, seus sentimentos, sempre dentro de uma estrutura narrativa
do jogo e nas relações que estabelecem com seus conhecimentos e com o
adulto. Espaço esse de legitimação dos seus pedidos, de suas necessidades,
dos limites e do conhecimento e reconhecimento de si e dos outros, de
estruturação da criança como SER, de investimento não em dificuldades e
sintomas, mas nas suas possibilidades de crescimento.
A Psicomotricidade não é mais o proposto pelas práticas reeducativas mas o
de terapia psicomotora que se ocupa de um corpo que se movimenta, que
sente e se emociona. Esta emoção que demonstra frequentemente onde o
corpo é compreendido como um corpo que fala estimulação psicomotora na pré
– escola.
A criança apresenta uma motricidade extremamente complexa iniciadas
dos movimentos fetais até os movimentos voluntários e refinados, contudo o
movimento tem sempre uma orientação significativa em função das
necessidades que provoca com o meio para cada idade ou fase de construção
há características específicas no movimento que promoverão a interação da
mesma com o ambiente, ou melhor, a função do movimento é estabelecer as
mais diferentes relações para a satisfação de alguma necessidade.
13
Então a estimulação sensório-motora é necessária em todas as fases do
desenvolvimento infantil, fases, estas, que precisam ser respeitadas em seu
grau de maturação prevenindo assim, as dificuldades de aprendizagem, a
estimulação psicomotora na escola terá a função de suprir algumas das
necessidades mais importantes da criança.
O ambiente escolar é propício para tal prática, já que a criança passa a
maior parte do dia dentro da dela e o que é melhor, entre iguais. O fator
relacional também é de grande importância para o desenvolvimento psicomotor
da criança, estar com outras crianças facilita este processo.
Esses movimentos fará com que a criança se expresse com liberdade
liberando o que seu corpo deseja naquele momento, nós mediadores seremos
somente um ponto de incentivo para que cada individuo encontre ou reencontro
o prazer.
“A cada etapa da integração psico-afetiva do movimento correspondem, de
fato, atividades simbólicas das quais a compreensão, a evolução e a
exploração constituem a essência mesma de nossa ação educativa.”
(LAPIERRE 1984. p. 29)
De fato, os aspectos inicias da vida de uma criança devem ser muito bem
trabalhados, explorados e observados para que futuramente essa criança
possa ter uma boa construção corporal, podendo assim se relacionar com o
corpo de forma positiva, assim progressivamente á disposição da criança a fim
de ver este se transformar no alvo da comunicação perante uma situação de
atividade espontânea.
Com auxílio da Educação Física que são jogos fantásticos para a
estruturação espaço temporal, a lateralidade, a coordenação motora global,
enfim, para os componentes do desenvolvimento psicomotor, é necessária a
decodificação dos movimentos e emoções de cada indivíduo, proporcionando
uma melhor comunicação corporal. A psicomotricidade deve ser vista no
contexto tanto educativo como social, para que na faixa etária do pré-escolar,
14
como meio de integração escolar e preventiva das dificuldades de
aprendizagem.
15
CAPÍTULO II
Benefícios da Psicomotricidade Relacional
Nesse momento colocaremos em evidência a contribuição que a
psicomotricidade relacional pode ajudar para melhor aquisição de seu
conhecimento corporal e quais benefícios podemos ter.
Em toda situação espontânea criada desde a aceitação da mãe ao descobrir
que está grávida, promove uma comunicação de afeto mostrando como ocorre
uma influência na vida desta criança mesmo antes de vir ao mundo. Essa
comunicação pode ser positiva ou negativa, através de carinho, de cada fala,
cada gestos expressados pela mãe e pai caracterizando os primeiros
movimentos voluntário dessa criança com chutes e “remelexos” durante a
gestação.
Já dizia Lapierre “é por meio dos processos de adaptação motora espontânea
que vão nascer os processos de pensamento a criança vai ali descobrir um
certo número de noções abstratas que ela é capaz de utilizar, como estruturas
intelectuais, bem antes de poder exprimi – las e verbaliza – las.” Lapierre p. 24
2.1 Desenvolvimento Psicomotor
“As fases do desenvolvimento psicomotor não devem ser considerada apenas
segundo um quadro de maturação neurológica, mas como resultado de um
processo reacional e relacional complexo.” FATIMA ALVES. 2008. p.31.
2.1.1 Gestação.
Na gestação a criança é influenciada de forma espontânea, promovendo um
bom desenvolvimento em sua vida uterina, através de sensações expressadas
pela mãe durante sua gestação. Com isso ao nascer as experiências dos
primeiros anos de vida são fundamentais para todo o seu crescimento e
autonomia corporal, ocorrendo uma maturação nos aspectos sócio afetivo, uma
vez que a criança se encontra em relação (eu, outro, espaço e objeto) trocando
16
vivências e conteúdo entre seu eu e o outro. Esta fase predomina as relações
cognitivas com o meio.
O corpo tornou-se um meio de comunicação, pois dois seres humanos em
diálogo não são mais do que dois corpos em comunicação.” (Fonseca, 1995:
89)
2.1.2 Primeiro mês aos seis meses
Nos primeiros meses de vida o neném apresenta uma boa postura flexora com
tônus aumentando, onde devem ser estimulados de forma lúdica em que com a
sensibilidade de reflexos os movimentos se tornam significativos para eles. Nós
adultos seremos fonte de ligação para que este corpo tão pequeno possa
transmitir respostas.
Isso permite conceber, na visão piagetiana uma técnica pedagógica decorrente
da vivencia sensório motora ( 0 à 2 anos ), para obter progresso perceptivo e à
conceituação. A criança busca adquirir controle motor e aprender sobre os
objetos físicos que a rodeiam, pois o bebê adquire o conhecimento por meio de
suas próprias ações que são controladas por informações sensoriais. No
estágio impulsivo-emocional, que abrange o primeiro ano de vida, em particular
é dado pela emoção, instrumento privilegiado de interação da criança com o
meio.
Desde que nasce a criança usa a linguagem para conhecer a si mesma para
relacionar – se com seus pais e descobrir o mundo.
A predominância da afetividade orienta as primeiras reações do bebê às
pessoas em que se está próximo, as quais intermediam sua relação com o
mundo físico. No estágio sensório-motor o interesse da criança se volta para a
exploração do mundo físico. O pensamento precisa do auxílio dos gestos para
se exteriorizar, o ato mental “projeta-se” em atos motores como emite alguns
estalidos após ser alimentado; sons nasais e posteriores; reage a voz aguda do
que a grave e quando ouve ruído ele interrompe o movimento. De um mês ao
17
outro reconhece a vos materna com mais intensidade seu choro encontra –se
mais diferenciado, com motivo.
2.1.3 seis meses à 1 ano de idade.
A partir desta fase essa criança já começa apresentar comunicações, como
risos com som de choros mais fortes, suas mãos com movimentos mais amplos
como apontar, pegar, amassar, etc. Essas descobertas feitas pelo corpo
deixam marcas. São aprendizagem efetivas que contribuirá para sua fase
adulta.
O corpo, os movimentos e a imagem são de suma importância na
aprendizagem e formação geral da criança, os movimentos involuntários que
no inicio pode parecer sem importância são preciosos para uma boa
comunicação com o meio.
• VIVÊNCIA POR ETAPAS.
6 Meses
• Vira-se com maior desenvoltura
• Repete e modifica ruídos, sorri e se acalma com a mãe
Manifesta inibição e desinibição com terceiros.
7 meses
• Estende o braço para que o levantem, pedindo colo.
• Arrasta e ensaia o engatinhar com objetivo.
• Emite suas primeiras sílabas/ mama/. Imita sons, balbucia muito.
8 meses
18
• Chupa ou morde brinquedos.
• Mãe já não é a única que exerce influência sobre ele
• Reage ao seu nome. Apresenta auto ecolalia.
9 meses
• Senta de forma estável e quando perde o equilíbrio já é possível
apresentar reações de proteção com o corpo.
• Já emite sílabas e imita sons que ouve. Modula a voz e sussurra.
10 e 11 meses
• Brinca com os outros e não sozinha.
• Reage ao nome e convites.
• Pega e rasga tudo explorando o seu ambiente.
•
12 meses
• Senta livremente com bom equilíbrio.
• Brinca de esconde e achar.
• Torna – se mais autônoma. Seleciona os contatos e reage com
emoções.
Através de todos esses pontos a psicomotricidade relacional é uma mediação
corporal para cada fase de vida vivida pela criança permitindo o encontro e
reencontro do prazer sensório motor, com movimento e regulação tônica, onde
possibilita apropriação dos processos simbólicos, com grane acentuação da
ludicidade.
19
2.1.4 Desenvolvimento 1 à 2 anos.
A criança começa a se comunicar com palavras soltas e grandes imitações,
seu corpo estará ,mais maduro, sentando - se livremente, começando a ter
mais equilíbrio, reage com emoções e adquire a marcha.
Para melhor aquisição dos movimentos psicomotores vale ressaltar algumas
definições:
Desenvolvimento: São mudanças qualitativas, aquisição e o aperfeiçoamento
de capacidades e funções, permitindo à criança a realizar coisas novas,
alcançando cada vez mais suas habilidades.
Crescimento: É o aspecto quantitativo das proporções do organismo, ou
melhor, das mudanças das dimensões corpóreas, como peso, medidas, etc.
Maturação: Processo através do qual ocorre a mudança e o crescimento
evolutivo, nas áreas físicas e psicológicas do organismo infantil. As tais
mudanças existem fatores intrínsecos transmitidos por hereditariedade.
Aprendizagem: Mudança sistemática de comportamento ou conduta, que se
concretiza através da experiência e da repetição e influência de fatores internos
e externos.
As capacidades motoras seriam a integração dos conceitos, das
experiências pelas quais o indivíduo passa e a adaptação desse corpo no
ambiente, respeitando sempre o tempo, a singularidade e o meio que cada um
está inserido. "Ao brincar, a criança assume papéis e aceita as regras próprias
da brincadeira, executando, imaginariamente, tarefas para as quais ainda não
está apta ou não sente como agradáveis na realidade"
(Vygotsky)
2.1.5 período de 2 á 3 anos.
20
A criança chega ao momento de entra no mundo escolar onde coloca em
prática aquilo que lhe foi ensinado em casa em mundo diferente do seu
cotidiano familiar realizando trocas com o outro.
Pode-se dizer que a escola é mais do que o lugar de transmissão dos
conhecimentos sistematizados de uma geração à outra: ela é o lugar onde se
criam novos conhecimentos e onde se cria uma cultura imediata. Segundo
Piaget
“Se o papel da escola é o de promover a construção de determinados
conhecimentos, é preciso que ela propicie interações onde os alunos
participem ativamente de atividades específicas.” (1992, p. 96).
A escola por sua vez capacitará essa criança de forma lúdica para
aprimorar seus movimentos para que possa ter uma boa comunicação desse
corpo expressivo. Nesta fase os jogos simbólicos são mais influentes onde a
criança libere a sua imaginação, sendo expressivos em seus sentimentos.
A psicomotricidade relacional por sua vez trabalha coma atividade livre, de
criatividade motora com os objetos colocados para a ação da criança ( bolas,
bambolês, cordas, cubos, etc.) através dessas disposição de materiais trata –
se descobrir, entre as situações nascidas da imaginação que está inserida na
escola.
“Ignorar as interferências entre o vivido racional e um emocional mais ou
menos fantasiado é, mais uma vez, perder de vista a globalidade da criança.”
LAPIERRE. p.30.
2.2 O jogo simbólico
É a representação corporal do imaginário, nele predomina a fantasia, a
atividade psico-motora exercida onde prende a criança à realidade. Na sua
imaginação ela pode modificar sua vontade, usando o "faz de conta", mas
21
quando expressa corporalmente as atividades, ela precisa respeitar a realidade
concreta e as relações do mundo real. Por essa via, quando a criança estiver
mais velha, é possível estimular a diminuição da atividade centrada em si
própria, para que ela vá adquirindo uma socialização crescente.
2.2.1 As características dos jogos simbólicos
• liberdade de regras
• desenvolvimento da imaginação e da fantasia;
• ausência de objetivo explícito ou consciente para a criança;
• lógica própria com a realidade;
• assimilação da realidade ao "eu".
No jogo simbólico a criança sofre modificações, portanto a medida que
vai ocorrendo a progressão em seu desenvolvimento rumo à intuição e à
operação. E finalmente, numa tendência imitativa, a criança busca coerência
com a realidade.
Na Educação Infantil, o raciocínio lógico ainda não é suficiente para
que ela dê explicações coerentes a respeito de certas coisas. O poder de
fantasiar ainda prevalecerá sobre o poder de explicar.
Então, pelo jogo simbólico, a criança exercita não só sua capacidade
de pensar ou melhor, representar simbolicamente suas ações, mas também,
suas habilidades motoras, já que salta, corre, gira, transporta, rola, empurra,
etc. Assim é que se transforma em pai/mãe para seus bonecos ou diz que uma
cadeira é um trem.
Pedagogicamente devemos explorar com muita ênfase as imitações
sem modelo, as dramatizações, os desenhos e pinturas, o faz de conta, a
linguagem, e muito mais, permitir que realizem os jogos simbólicos, sozinhas e
com outras crianças, tão importantes para seu desenvolvimento cognitivo e
para o equilíbrio emocional.
2.2.2 A escola e sua contribuição
22
Na escola, a necessidades de movimentar – se é mais respeitada, o corpo é
utilizado para brincadeiras, atividades artísticas, etc. esse corpo deverá ser
bem explorado para um bom desenvolvimento motor, na escola os momentos
ficam mas restritos no recreio e na aula de Educação física.
A psicomotricidade relacional desenvolverá domínios psicomotor, cognitivo,
social e afetivo, através de um processo de ensino aprendizagem significativo.
É importante ressaltar que para a criança esta fase inicial na escola e especial,
devemos estimular o máximo que podemos para que tenha um bom
crescimento comunicativo corporal.
2.3 As expressões e a comunicação do corpo.
O que podemos dizer sobre a diferença fundamental da psicanálise
verbal?
É a utilização do corpo na relação, entre corpo, o nosso e o dos outros.
“O ego é, antes de mais nada, um ego corporal” Freud explica em 1923.
O ego não é somente um “ego pele”, mas também um “ego carne”, que
se estabelece a comunicação, na qual a musculatura é, ao mesmo tempo,
transmitida e receptiva .
O ego corporal não é apenas uma superfície, mas também um volume,
não é apenas um continente, mas também um conteúdo, um físico interno de
sensações e vivenciado no imaginário inconsciente. Essas sensações
proprioceptivas são habitualmente inconsciente, mas constituem um
representação uma “imagem” do corpo.
De fato que quando a criança começa a pronuncia – se na terceira pessoa
como se falasse de uma outra pessoa. Só no estágio anal, após a emergência
da pulsão de denominação e de oposição agressiva, é que colocará o pronome
“eu” confirmando sua identidade corporal.
“Os limites da criança são de origem fisiológica, enquanto que, em cada
época, o do adulto dependem das condições históricas e culturais.”
WALLON. 1989. p. 11
23
CAPÍTULO III
Atividades Psicomotoras
Pensamento de Marcus Vinicius e José Ricardo
“A semente do conhecimento pode ser plantada com grandes ensinamentos.
Já a formação de um ser do bem pode resultar de pequenos, porém
fundamentais, exemplos de vida.”
3.1 Início das atividades psicomotoras
Segundo BERRUEZO1[2] (1995):
“Psicomotricidade é um foco da intervenção educacional ou terapia cujo
objetivo é o desenvolvimento da capacidade motriz, expressiva e criativa a
partir do corpo, que leva centrar sua atividade e se interessar pelo
movimento e o ato, que é derivado de disfunções, patologias, excitação
(estímulos), aprendizagem, etc.”
Com o crescimento da ciência biológica e da saúde vem permitindo uma
vida melhor para o ser humano, dando ao corpo através de estímulos
psicomotores, a estreita relação entre corpo, a mente, pensamento e
movimento, acrescentando assim o bem estar físico e mental de cada
indivíduo.
Na escola podemos observamos que a crianças correndo, brincando e
participando, se movimentando de forma espontânea nos jogos propostos,
apresentando as vezes dificuldades que podem ser sanadas mediantes a
estímulos para criança que favoreçam crescimento nos aspectos
psicomotores, cognitivos e afetivos.
24
Desde que a criança se encontra com o mundo existente em seus
primeiros minutos de vida, já está tendo uma vivência corporal. Trabalhando
o seu corpo em busca de repostas. Esta fase, a criança – através desses
movimentos, vai aprimorando a experiência subjetiva ao seu corpo,
acrescentando assim as potencialidades motoras espontâneas.
Segundo LAPIERRE 1986, a educação psicomotora tem por objetivo não
só a descoberta do seu próprio corpo e capacidade de execução do
movimento, mas ainda a descoberta do outro e do meio ambiente, utilizando
melhor suas capacidades psíquicas, facilitando a aquisição de
aprendizagens posteriores.
Vejamos agora as atividades psicomotoras por faixa etária quais as estímulos e
brincadeiras que podemos realizar com as crianças em cada faixa etária.
3.1.1 Estímulos para crianças de 0 a 1ano.
Neste momento é onde a criança por meio de estímulos e dos movimentos
externos que a cerca. Isto é, ajudará para que esse corpo de tenha uma boa
formação sensório motor, permitindo que o bebê de forma lúdica apresente
uma boa condição de lidar, embora de modo simples, com maioria das
situações vividas; neste momento este corpo apresentado estará trabalhando
ativamente a noção do eu.
A participação e de extrema importância para a familiarização da imagem do
próprio corpo, onde com gestos, mímicas, músicas utilizando o corpo como
meio de comunicação e expressão nas brincadeiras e demais interações.
Para melhor integração sensória motora apresentaremos algumas atividades
de integração sensório – motor:
a) Equilíbrio e ritmo:
Andar na ponta dos pés, marcar compasso batendo palminhas, marchar
cantando, marchar obedecendo ritmos lentos e rápidos.
25
Imitação de animais com o corpo: imitar a postura, o andar de alguns
animais conhecidos ou que aparecem nas histórias.
b) Organização do corpo no espaço:
Jogo: seguir o chefe – uma criança se locomove pela sala fazendo
movimentos ( engatinhar, pular, subir).
c) Discriminação tátil:
Examinar e sentir as diferentes texturas, materiais secos e molhados.
d) Direção:
Reconhecimento dos movimentos e das expressões: dentro, fora, em
cima, embaixo etc., em relação ao próprio corpo.
Um bebê de um ano poderá mexer uma colher num recipiente vazio,
imitando o adulto, ou dizer “brum, brum” ao empurrar um carrinho de
brinquedo. Com maior entendimento, a criança fingirá lamber a colher ou dirá
“tchau” quando um ônibus passar. Começa assim a transição para a
imaginação.
• Alguns estímulos que ativam a imaginação.
O Banho:
De uma forma lúdica, o professor estende os braços e movimenta os dedos
simbolizando um chuveiro. Logo após incentivar as crianças a tomarem banho.
O orientador, com entusiasmo, irá indicando as partes que devem ser lavadas.
Objetivo: Reconhecimento do Corpo e Hábitos de Higiene.
Atravessar a Ponte:
Estende-se uma corda no chão (ponte). As crianças serão incentivadas a
percorrer o trajeto pisando única e exclusivamente na corda, o adulto criará
histórias, tais como: dizer que estamos atravessando um rio que não podemos
26
cair da ponte, ou que na água encontra-se vários jacarés. Isso da uma certa
emoção a atividade.
Objetivos: Equilíbrio, Ludicidade.
Motorista:
A criança ficará com bambolê e o mesmo será colocado no chão e a partir
daí, o adulto, dirá para a criança ficar dirigindo o carro ( bambolê), depois pede-
se que se desloquem
(dirijam), com um pé fora e o outro dentro, sempre o adulto realizando junto.
Objetivos: Equilíbrio, noção espaço-temporal.
Abraço:
O adulto pede para que a criança lhe dê um abraço na altura do pescoço.
O aluno tentará se sustentar e o adulto contará até três (se possível junto com
a criança). Tempo esse suficiente para colocar a criança no chão e realizar a
brincadeira com outro.
Música e o corpo:
A criança realizará movimentos nos quais possam reconhecer e identificar
as partes do corpo em si e as pessoas em sua volta. Use música infantil que
falem das partes do corpo. O selo Bia Bedran e Marilene Vieira tem algumas
opções.
Exercícios fonoarticulatórios:
Fazer caretas que expressem tristeza, alegria, raiva, susto, jogar beijos.
Fazer bochechos, com e sem água, assoprar apitos e língua de sogra e fazer
bolhas de sabão, etc. Ajudará a criança no desenvolvimento de expressões
faciais.
3.1.2 Estímulos para crianças de 2 á 3 anos
27
A criança nesta idade explora o ambiente ao seu redor através do próprio
corpo, onde se encontra em amplo desenvolvimento e em todas as habilidades
que lhe são oferecidas. Ela não para: desce, sobe, corra, pula, entra e sai de
pequenos e grandes lugares com uma boa desenvoltura obtendo noção de
espaço e tempo.
Esta faixa etária, ocorre no momento pré operacional, onde a criança
manipula intensamente os objetos e os espaços, buscando construir seus
conceitos com sua vivência com o meio físico e social construído no mundo e
que vive. As atividades necessitam ser livres (orientadas, não dirigidas) e
baseadas em experiências e vivências com o próprio corpo. O espaço deve ser
amplo e o uso de material concreto constante. Porem é a fase que a criança
entra na escola e começa aprimorar tudo aquilo que aprendeu até agora com
seus pais e passa a realizar trocas com as crianças da sua mesma idade.
As atividades devem ser brincadeiras lúdicas, cativantes, planejadas com
cuidados, para que a criança na construção de seu conhecimento obtenha
sucesso. Essas atividades devem ser agradáveis para acriança que irão
desenvolver sua percepção, habilidades motoras, atenção, concentração,
memória e linguagem verbal e não verbal.
O mais interessante e que este momento está ligado à escolha da atividade,
e sua concentração é pequena está ligada ao grupo.
• Sugestão de algumas atividades:
• .manusear argila;
• .pintar com as mãos;
• construir;
• .encaixar;
• .enfileirar;
• .enfiar contas ou macarrão em barbante ou lã;
• .rasgar e amassar papéis;
• .colorir e rabiscar com lápis de cera grosso;
• .falar nomes de pessoas e objetos,
28
• .movimentos corporais relacionados a cantigas e histórias;
• .brincar com bonecos articulados e desmontáveis;
• .situações rítmicas;
• .relaxamento espontâneo;
• .situações de equilíbrio;
• .rolar;
• .virar cambalhota.
3.1.3 As atividades na escola.
A comunicação é uma essencial função na reeducação psicomotora, a
psicomotricidade leva em conta o aspecto comunicativo do Ser, do corpo, da
gestualidade, ela afronta a ser uma educação mecânica do corpo. Assim o Ser
vive num mundo de significações, os gestos querem dizer alguma coisa, o
corpo tem um sentido e pode ser interpretar e traduzir.
“As maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo,
aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e
moralidade.” VYGOTSKY 1998. p.40.
Vejamos algumas:
1) Atividades dirigidas ao ar livre
1.1 - engatinhar: para frente, para trás, depressa, devagar.
1.2 - correr: apostar corridas, correr sem sair do lugar, correr
imitando movimentos de braço ( para cima, para o lado, um só
braço, sacudindo as mãos.
1.3 - arremessar bola: em uma roda, de pé, pequena distância. De
uma criança para outra.
1.4 - pular: saltar de mãos dadas com outra criança, saltar uma
linha, pular transpondo pequenos obstáculos, corrida de saltos.
29
1.5 - corrida de animais: correr imitando animais, dando pulos de
cangurus, com passos pequenos como formiguinhas, com passos
grandes de girafa, batendo as asas como borboletas.
1.6 - localização de partes do corpo: macaco Simão mandou...
Sacudir a cabeça, pôr a mão nos pés etc. deve – se aproveitar
para que a criança seja capaz de localizar os olhos, as mãos, a
boca, o cabelo, o nariz, os pés, as sobrancelhas, as unhas, os
ombros... Observe se a criança pode confundir os limites – até
onde é mão, braço ou ombros, por exemplo.
Com melhor controle de sua habilidades, a criança brinca com objetos
menores (mas, ainda, tome muito cuidado com o tamanho dos brinquedos,
porque eles podem facilmente ir parar na boca e se engasgar) consegui criar
coisas, em vez de só derrubar.
Entendemos hoje que a psicomotricidade, “através dos jogos e brincadeiras,
que parecem passatempos, iremos preparar a criança para um aprendizado
posterior, mostrando – lhe os limites.” FÁTIMA ALVES.2008.p.134.
2) Atividades com o corpo:
2.1 – Trilha lúdica com aviãozinho de papel: contar uma história onde
todos os alunos de posse de um avião de papel seguem o professor
realizando movimentos variados, trabalhando a direcionalidade. Colocar
uma música de fundo com som de avião e explorar as diversas direções.
2.2 – Bexigas com expressões: dar uma bexiga para cada aluno e,
nesta bexiga, o adulto desenhará algumas expressões fisionômicas, que
são: alegre, triste, assustado, dormindo...
Em cada bexiga, desenhar alguma expressão e, no lado oposto da
quadra, desenhar no chão, pequenos círculos. Ao som de uma música,
todos dançarão, e, quando a música parar, todos deverão correr e entrar
no círculo com a sua bexiga e se expressar.
30
2.3 – Palitinhos artísticos: entregar para cada criança dez palitinhos de
sorvete. Realizar desafios, pedindo às crianças que construam algo
solicitado pelo professor, como, por exemplo: “façam a letra A, a letra M,
ou faça, uma casa, um triângulo etc.”
Ao final, colocar uma música e solicitar – lhes que a representem por
meio de um símbolo utilizando os palitinhos.
2.4 – Dança com bexiga: colocar ritmos variados e dançar em duplas, e
cada dupla, com uma bexiga nas mãos. Dançar seguindo as ordens
dadas pelo professor, tais como: bexiga na barriga, nas costas, nos
braços e assim por diante.
2.5 – Dança dos bambolês: Coloque vários bambolês no chão
espalhados, formando se um círculo, como a “dança da cadeira”. O
adulto colocará uma música e quando a música parar cada criança
deverá entrar em um bambolê, quem ficar sem bambolê ficará no centro
da roda dançando a música que estiver tocando e assim que a música
parar de novo poderá tentar entrar em um bambolê vazio.
2.6 – Estátua: Todos os alunos fazem um circulo, e um como mestre,
controlando o som. Quando o mestre quiser, abaixará o volume e dirá
em voz alta “estátua”! Os jogadores deverão ficar em posição de
estátua, sem se mexer, e o mestre irá tentar fazer caretas e brincadeiras
para ver quem se mexe primeiro. Não vale fazer cócegas.
2.7 – Rodar o bambolê: A criança colocará o bambolê na cintura e o
rodará. Para manter girando, é preciso movimentar o quadril, como um
rebolado. É possível também rodar em outras partes do corpo: no
pescoço, nos braços, e nas pernas, além de jogar para cima e tentar
encaixar nos braços.
2.8 – Cantigas de roda: Em roda, cantaremos canções antigas e se
faziam gestos e representações das mesmas. Muito utilizadas nos dias
de hoje, porém, apenas como passar o tempo ou cantos de obediência.
31
Precisamos resgatar tais cantigas e aproveitar no que tem de melhor.
Alguns exemplos de cantigas de roda: atirei o pau no gato, ciranda
cirandinha, a linda rosa juvenil, a galinha do vizinho, a canoa virou, eu
entrei na roda, cachorrinho está latindo, o meu chapéu tem três pontas,
pai Francisco, pirulito que bate,bate, samba lelê, se esta rua fosse
minha, serra, serra, serrador etc.
2.7 – Escravos de Jó: Atividade realizada em duplas ou em pequenos
grupos, porém, exemplificaremos da seguinte maneira – dois
participantes cantam a música “escravo de Jó, jogavam o caxanga, tira,
põe, deixa ficar, guerreiros com guerreiros fazem zigue, zigue, zá”,
cada um com uma bexiga na mão, irão trocar e fazendo o que diz a
música.
2.8 – Elefantinho colorido: Brincadeira em que as crianças deverão
identificar as cores em um ambiente. Adulto deverá escolher quem será
o mestre da brincadeira. Ele, então, gritará: “Elefantinho colorido”. E as
outras perguntam: “ De que cor ele é?”. O mestre escolherá a cor, e
todas as crianças deverão tocar em algum objeto na tonalidade pedida.
2.9 – Serra, Serra, Serrador: Brinca – se em duplas, uma criança de
frente para outra, de pé, dando – se as mãos. Começam a balançar de
trás para frente, indo e vindo e cantando: - Serra, serra, serrador! Serra
o papo do vovô! Quantas tábuas já serrou? Uma diz um número, por
exemplo, quatro. Elas então deverão dar quatro giros com os braços
sem soltarem as mãos.
Essas atividades devem ser realizadas em ambientes que caracterizam
lúdicos, afetivo, simples, mais estruturado para realização das mesmas.
Através da ação, a criança descobre suas preferências e adquiri a consciência
dos esquemas corporais, que vivência em diversas situações durante o seu
crescimento. Ou seja, por meio do faz de conta e do brincar, a criança libera
sonhos, medos, em busca de um encontro de pertinência familiar e social pela
construção do seu próprio ego.
32
Segundo Marcus Vinicius e José Ricardo “A criatividade para o professor é
como o trabalho das formigas. Deverá trabalhar todos os dias para se manter
vivo”.
33
CONCLUSÃO
No decorrer da monografia reconheço a importância da psicomotricidade
desde o momento de gestação do bebê. As relações humanas são um
complexo de emoções e ações, que através do corpo demonstramos nossos
desejos, necessidades, frustrações e outros sentimentos.
A psicomotricidade e definida como a ciência que tem como objeto de
estudo o homem com seu corpo em movimento em relação ao seu mundo
externo e interno.
Na área da psicomotricidade, segundo LE CAMUS “[evidentemente], foi
como meio de linguagem que o corpo interessou aos psicomotricistas: um
corpo que sabe falar utilizando a linguagem anterior à linguagem, uma
linguagem constituída de significantes mudos”. p.61.1986.
A psicomotricidade possui uma linha de atuação educativa, reeducativa e
terapêutica e relacional de forma integrada concebe ao ser humano funções
cognitivas, sócio-emocionais, simbólicas, psicolingüísticas e motoras. A
psicomotricidade relacional é um método de abordagem e intervenção corporal
criado pelo educador francês André Lapierre, com fundamentos na teoria de
Henry Wallon.
Sua base está na comunicação não-verbal, onde os aspectos relacionais,
psicofísicos, sócio-emocionais, cognitivos e afetivos do ser humano. Observado
a partir da experiência em reeducação psicomotora que as dificuldades
escolares escondiam e exprimia problemas afetivos profundos, cujo aspecto
pedagógico era apenas um reflexo, priorizando as relações humanas e as
potencialidades do individuo. Neste sentido, Lapierre declara que [queremos]
trabalhar com o que há de positivo na criança; interessarmos pelo que ela sabe
fazer e não pelo que não sabe fazer. É a partir daí que a relação pedagógica
pode descontrair-se, a situação deixar de ser dramatizada e a criança
reencontrar a confiança e a segurança. [...] Neste ponto abandonamos o
modelo médico: diagnóstico, prescrição, tratamento, modelo sobre o qual
funcionam os estabelecimentos de reeducação. [...]1988, pg13-14.
34
Essencialmente para uma educação efetiva, a psicomotricidade relacional
está centrada em uma metodologia de intervenção direta junto à criança
permitindo estabelecer com ela uma relação de ajuda promovendo melhor
adaptação psicossocial. Sendo centralizada o olhar, a atenção, não no
negativo, mas no positivo favorecendo o desenvolvimento de sua
personalidade por meio do nascimento da autonomia e da comunicação
autêntica.
Portanto o psicomotricista tem como responsabilidade atuar de forma
positiva na vida dessas crianças pela via motora, interessando-se não só pelo
ato motor, mas pelas transformações tônicas, sensoriais e emocionais que
existem em suas ações pelo processo de transformação interior da criança,
auxiliando para que futuramente possam ter uma boa estrutura corporal.
A Psicomotricidade Relacional tem como proposta o jogo espontâneo e
simbólico por meio de trabalhos em grupo em que se privilegia a comunicação
não-verbal. Utiliza-se de alguns materiais tais como bola, bambolês, cordas,
tecidos, caixas, bastões e outros para facilitar a comunicação gestual e tônico-
afetivo (corporal).
A mesma na escola ocorre o despertar para o desejo de aprender; previne
dificuldades de expressão motora, verbal; estimula a criatividade; facilita a
integração social, elevando a capacidade da criança de enfrentar situações
novas e criar estratégias positivas em suas relações; promove o ajuste positivo
da agressividade, inibição, dependência, afetividade, auto-estima, entre outros
distúrbios do comportamento.
É um espaço de desenvolvimento pessoal e interpessoal, de estruturação
da criança como um ser, de investimento não em dificuldades e sintomas, mas
nas suas possibilidades de crescimento. Afirmam que André Lapierre, criador
da Psicomotricidade Relacional acredita “que o corpo não é essencialmente
cognição, mas também o lugar de toda sensibilidade, afetividade, emoção da
relação consigo e com o outro.” 2005. p. 27.
35
Acreditamos que a psicomotricidade é de muita importância na vida da
criança, contribui para o avanço corporal fazendo com que a sua comunicação
não seja somente verbal e sim pelas suas expressões em qualquer situação
vivenciada em lugares internos ou externos.
36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
MACHADO, Jose Ricardo Martins e NUNE, Marcus Vinicius da Silva. 100 Jogos Psicomotores - Uma Prática Relacional Na Escola. Wak:editora. Rio de Janeiro. 2010. MACHADO, Jose Ricardo Martins e NUNES, Marcus Vinicius da Silva. 245 Jogos Lúdicos - para brincar como nossos pais brincavam. Wak:editora. Rio de Janeiro 2011. MACHADO, Jose Ricardo Martins e NUNES, Marcus Vinicius da Silva. 120 Dinâmicas de Grupo - para viver, conviver e se envolver. Wak:editora. Rio de Janeiro 2012. LAPIERRE, André. A educação psicomotora na escola maternal. São Paulo: Manole, 1986. LAPIERRE, A. e AUCOUTURIER, B. A simbologia do movimento: psicomotricidade e educação. Trad. de Márcia Lewis. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986. VALLE, Luiza Elena L. Ribeiro do. Brincar de Aprender - Uni-duni-tê: o escolhido foi você! Wak:editora. Rio de Janeiro. 2008 ALVES, Fátima. Psicomotricidade: Corpo, Ação e Emoção.Rio de Janeiro, Wak Editora. 2008. SILVA, Daniel Vieira da. /Ludicidade e Psicomotricidade./Daniel Vieira da Silva; Max Gunther Haetinger. – Curitiba: IESD Brasil S.A., 2008. LE BOULCH. Desenvolvimento e Aprendizado da Criança. Rio de Janeiro.1984.
37
BIBLIOGRAFIA CITADA
PSICOMOTRICIDADE, Wikipédia a enciclopédia livre. <http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Psicomotricidade&printable=yes> Acesso em: 23 julho. 2012. http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/artigos_joselma_psicomotric.htm= Acesso em: 10 julho.2012 http://pt.scribd.com/doc/504598/Desenvolvimento-psicomotor-0-a-5-anos= Acesso em: 10 julho.2012 http://brincandocomcores.blogspot.com.br/2009/05/brincadeiras.html= Acesso em: 10 julho.2012 http://cacauarte.blogspot.com.br/2009/06/sugestoes-de-atividades-psicomotoras-1.html= Acesso em: 10 julho.2012 http://pedemoleque.net.br/agenda/fiquepordentro/desenvolvimentopsicomotor/desenvolvimentomotor2 e 3anos= Acesso em: 08 julho.2012. http://bancodeatividades.blogspot.com.br/2011/01/maternal-caracteristicas-da-crianca-de.html= Acesso em: 08 julho.2012. http://brasil.babycenter.com/toddler/desenvolvimento/vinte-sete-meses/= Acesso em: 09 julho.2012. http://silvanapsicopedagoga.blogspot.com.br/2012/06/atividades-psicomotoras-infantis.html= Acesso em: 09 julho.2012. altnativas.blogspot.com/2009/04/ludicidade-e-psicomotriciade.htm .LE CAMUS p.61.1986.
http://brinqueeaprenda.blogspot.com.br/2009/05/o-conceito-principal-ludico-
VYGOTSKY 1998. p.40. acessado 10 julho 2012.
BERRUEZO, Pedro Pablo. Retirado em 09 de julho de 2012, de: http://www. navinet.com.br/~gualberto/
38
INDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I 10
HISTÓRIA DA PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL 10
1.2 PSICOMOTRICIDADE- BREVE HISTÓRIA 10
1.1.1 PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL E SUAS FORMAÇÕES PARA
O INDIVÍDUO. 11
CAPÍTULO II 15
BENEFICIOS DA PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL 15
2.1 – Desenvolvimento Psicomotor. 15
2.1.1 - Gestação. 15
2.1.2 - Primeiro mês aos seis meses. 16
2.1.3- Seis meses à 1 ano de idade. 17
VIVÊNCIA POR ETAPA 17
2.1.4- Desenvolvimento 1 à 2 anos. 19
2.1.5- Período 2 à 3 anos. 19
39
2.2 – Jogo Simbólico 21
2.1.1- As características dos jogos simbólicos 20
2.2.2- A escola e sua contribuição 21
2.3 – As expressões e a comunicação do corpo 22
CAPÍTULO II 23
ATIVIDADES PSICOMOTORAS
3.1 – Inicio das atividades psicomotoras 23
3.1.1- Estímulos para crianças de 0 à 1 ano 24
Alguns estímulos que ativam a imaginação 25
3.1.2- Estímulos para crianças de 2 a 3 anos 26
Sugestão de algumas atividades 27
3.1.3- As atividades na escola 28
CONCLUSÃO 33
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36
BIBLIOGRAFIA CITADA 37
ÍNDICE 38