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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE GESTÃO POR COMPETÊNCIAS – UM MODELO DE GESTÃO INTEGRADO, ADOTADO PELO RH ESTRATÉGICO, NO ATUAL CENÁRIO ORGANIZACIONAL. Por: Daniele da Silva Milagres Orientador Prof. Mary Sue Rio de Janeiro/2007

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GESTÃO POR COMPETÊNCIAS –

UM MODELO DE GESTÃO INTEGRADO, ADOTADO PELO RH

ESTRATÉGICO, NO ATUAL CENÁRIO ORGANIZACIONAL.

Por: Daniele da Silva Milagres

Orientador

Prof. Mary Sue

Rio de Janeiro/2007

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GESTÃO POR COMPETÊNCIAS –

UM MODELO DE GESTÃO INTEGRADO, ADOTADO PELO RH

ESTRATÉGICO, NO ATUAL CENÁRIO ORGANIZACIONAL.

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em: Gestão de

Recursos Humanos

Por: Daniele da Silva Milagres

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AGRADECIMENTOS

À minha família pela educação, à

empresa SINAF Seguros que me

proporcionou a facilitação para cursar

essa especialização, à minha Gerente

de RH Cláudia Mota, pelo ensino e

incentivo profissional e aos novos

amigos feitos durante o curso.

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DEDICATÓRIA

Dedico aos meus pais, Gilson e Cândida,

que sempre estão presentes em todas as

etapas importantes da minha vida.

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RESUMO

Com o objetivo de selecionar colaboradores que atendam de forma

assertiva a demanda das áreas solicitantes, a identificação das competências,

tornou-se um instrumento essencial na elaboração de entrevistas objetivas e

diretas.

Percebeu-se que a utilização das Competências como ferramenta nos

processos seletivos, permite montar um perfil compatível com cada cargo, de

forma a realizar um trabalho com foco definido, estabelecendo uma parceria

entre o profissional de RH, seu cliente interno e os requisitantes de vagas.

No Cap.I abordaremos as Competências Comportamentais, suas

definições, importância da sua utilização na seleção de pessoal, assim como,

as competências mais destacadas no mercado de trabalho.

Em seguida, no Cap.II enfatizaremos a Seleção por Competências, o

passo a passo da metodologia e seu mapeamento. Destacaremos ainda, a

técnica de entrevista por competências, como planejar, formular perguntas e

aplicar em candidatos.

No Cap.III faremos uma breve correlação da seleção por competências

com outros sistemas empresariais como: avaliação de desempenho,

treinamento e desenvolvimento , sistemas de remuneração e gestão por

competências.

Para finalizar, no Cap.IV, abordaremos o papel do RH no atual mercado

de trabalho, o novo desafio para a competitividade da área de Recursos

Humanos e as possíveis diretrizes da sua atuação nos dias atuais.

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METODOLOGIA

Com o objetivo de conhecimento e aplicação dessa ferramenta –

Seleção por Competências - eficaz e diferencial no processo seletivo, foram

utilizados métodos de pesquisa bibliográfica e observação na Empresa SINAF

Seguros.

A metodologia utilizada foi baseada na referência bibliográfica sobre o

assunto, pesquisas na Internet e levantamento de dados e mapeamento de

competências dentro da realidade da Empresa SINAF Seguros.

Foram identificadas as competências comuns às áreas operacionais,

gerenciais e demais áreas, através de reuniões com os Gestores.

Promovendo dessa forma, o aperfeiçoamento do Manual de Cargos e Salários,

com o objetivo de atualização dos cargos e o desenvolvimento de perfis mais

assertivos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Definindo as Competências 10

1.1- O Ambiente Organizacional 1.2- Planejamento do Processo de Recrutamento e Seleção 1.3-Necessidade de Identificar as Competências 1.4- As competências mais destacadas no mercado. 1.5 - As vantagens e desvantagens de utilização no processo seletivo. CAPÍTULO II - Seleção por Competências 20

2.1- Os passos para a Implantação da Metodologia 2.2 – Entrevista por Competência 2.3 - Etapas da Entrevista com foco em competências

2.4 - Os principais diferenciais da Entrevista Comportamental

CAPÍTULO III – As interfaces da Seleção por Competências 26

3.1- Avaliação de Desempenho 3.2- Treinamento e Desenvolvimento 3.3- Remuneração 3.4- Gestão por Competências CAPÍTULO IV – O papel do RH no atual mercado 34 CONCLUSÃO 38

ANEXOS 40

BIBLIOGRAFIA 48

ATIVIDADES CULTURAIS 50 INDICE 51

FOLHA DE AVALIAÇÃO 53

INTRODUÇÃO

8

O objetivo desse trabalho é identificar os passos utilizados para a

implantação da seleção por competências nas empresas e suas aplicações.

Vivemos num mundo globalizado onde as mudanças e exigências de

um mercado competitivo estão cada vez mais acirradas, impactando

diretamente nas empresas.

As organizações funcionam como um sistema aberto, dentro do qual

ingressam vários tipos de recursos ( materiais, financeiros, humanos etc) e

saem produtos, serviços ou informações.

Diante disso, podemos considerar que um adequado processo de

Recrutamento e Seleção contribui para o alcance dos objetivos de negócio das

empresas e que qualquer falha causará grandes impactos no investimento

realizado, na motivação dos colaboradores e no desenvolvimento dos

processos de trabalho podendo, consequentemente, gerar desestabilização no

sistema, aumentando custos e quebra na cadeia fornecedor/cliente internos.

Na seleção tradicional de talentos humanos, as competências técnicas

eram os fatores decisivos na escolha do profissional, tratava-se de uma prática

que adotava como critério a pesquisa dos elementos componentes de um

trabalho e de sua interação, com o objetivo de determinar condições

necessárias a um desempenho adequado. Dessa forma bastava identificar as

tarefas componentes de um cargo, examinando como, por quê e quando as

tarefas são desempenhadas daquela maneira.

No modelo de seleção atual, baseado na seleção por competências, as

competências técnicas não são suficientes, sendo necessária, sua avaliação

em conjunto com as competências comportamentais.

É curioso constatar que esse recurso tão utilizado nos últimos tempos,

não é “novidade”, pois surgiu após a Segunda Guerra Mundial(1939-1945),

quando capitães norte-americanos se perguntaram porque certos grupos de

soldados voltavam com sucesso das missões quase impossíveis, enquanto

outros fracassavam em tarefas mais simples. Vários profissionais foram

convocados para responder a questão e proporcionar a criação de “pelotões

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perfeitos”. Daí surgiu a seleção por competências. Eles chegaram à conclusão

de que uma boa equipe deveria ser bem balanceada no nível comportamental.

A seleção por competências nos dias atuais, é uma ferramenta de

grande importância na gestão de recursos humanos.

A Implantação da seleção por competências abrange os principais

passos: Eleição das competências estratégicas da empresa; mapeamento das

competências dos colaboradores; identificação do perfil; elaboração da

entrevista por competências; e por fim, dinâmicas com foco em competências

com a presença do requisitante da vaga.

As mudanças ocorrem gradativamente e os processos seletivos

começam a apresentar mais respeito e preocupação com o candidato. A mera

verificação de conhecimentos técnicos, dá lugar à seleção por competências,

onde o candidato é avaliado em relação às suas ações e resultados,

abrangendo um universo maior de dados e conseqüentemente uma análise

mais precisa do perfil desejado.

CAPÍTULO I

DEFININDO AS COMPETÊNCIAS

10

O CONCEITO

O conceito de competências surgiu porque os instrumentos

tradicionais de avaliação de pessoas eram ineficazes; não davam o apoio

necessário para que as decisões do RH tivessem agilidade e dinamismo que

atendessem o planejamento estratégico da empresa.

“ Podemos definir competência como um conjunto de

conhecimentos, habilidade, atitudes e comportamentos

que permitem ao indivíduo desempenhar com eficácia

determinadas tarefas, em qualquer situação.” (Rabaglio,

2001, p.3).

1.1 - O Ambiente Organizacional

Atualmente o ambiente organizacional vem sofrendo diversas

pressões decorrentes da competição a que estão expostas, incluindo aí os

efeitos que a globalização da economia produz.

Desse ambiente, o sistema recebe as informações e os dados

necessários para que as tomadas de decisões sejam adequadas à sua

sobrevivência, incluindo a seleção de seus Colaboradores, fator fundamental

para o sucesso de toda Organização.

Para que esta sub-função de Recursos Humanos seja bem sucedida,

é necessário observar sua dinâmica, ou seja, o mecanismo de entrada e saída

de seus funcionários e seu impacto na Organização.

O mercado de trabalho possui três dimensões que devem ser

consideradas, por possuírem estreita relação com o ambiente organizacional: a

dimensão do espaço ( área física, geográfica ou territorial ); a dimensão de

11

tempo (época) e a dimensão da oferta e de procura (que causa impacto no

mercado).

O mercado de trabalho é constituído pelas ofertas de trabalho ou

emprego oferecidas pelas Organizações, em determinado lugar, em

determinada época e sofre oscilações decorrentes do número de empresas

existentes em determinada região e sua demanda, o que propicia

disponibilidade de vagas e, consequentemente, oportunidades de emprego.

Existem três possíveis situações de mercado de trabalho:

▪Oferta maior que procura – acarretando conseqüências como critérios de

seleção mais flexíveis, ofertas salariais maiores, aumento de benefícios para

atrair candidatos etc.

▪Oferta igual a procura – situação de equilíbrio entre a demanda de empregos

e o volume de candidatos para preenchê-los.

▪Oferta menor que a procura – que é a situação atual de mercado, acarretando

conseqüências como critérios de seleção mais rígidos, ofertas salariais em

baixa etc.

Selecionar pessoas dentro de um ambiente tão diversificado requer,

então, que o profissional de RH tenha em mãos critérios estabelecidos pela

Organização em que trabalha, bem como possa atuar dentro de uma postura

neutra e imparcial balizada pela ética.

1.2 – Planejamento do Processo de Recrutamento e Seleção

12

Para que o processo de Recrutamento e Seleção atenda às

necessidades da Organização, é necessário um planejamento adequado de

todas as suas etapas.

No primeiro momento , devemos ter a aprovação da vaga, em seguida

para a obtenção de um processo de recrutamento e seleção eficaz torna-se

necessária a definição do perfil do cargo.

Entende-se como perfil a união dos requisitos e características

desejáveis e indispensáveis para cada cargo. Dessa forma, os requisitos serão

as qualificações e condições necessárias ao bom desempenho do cargo em

questão.

No momento atual, além dessas caracteríscicas, existem fatores que

estão relacionados às habilidades ou aspectos de personalidade de cada

indivíduo que devem ser considerados no processo de seleção – que são as

competências comportamentais necessárias para o desenvolvimento da

função.

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Essas competências deverão ser identificadas pelo RH em parceria

com o Gestor da área solicitante e para facilitar o trabalho pode ser utilizado

um formulário como diretriz nesse processo, onde deverá constar :

As competências que são indispensáveis ao bom desempenho do

cargo.

1) Aquelas que são necessárias ao bom desempenho do cargo, mas caso o ocupante não as possua pode compensá-las através do próprio esforço ou através de treinamento específico;

2) As competências que não são necessárias ao bom desempenho do cargo;

A partir da definição do perfil do cargo, o processo de recrutamento e

seleção de pessoal poderá ser iniciado.

O recrutamento de pessoal é uma atividade que tem por objetivo

imediato atrair candidatos, dentre os quais serão selecionados os futuros

Colaboradores da Organização.

DEFINIÇÃO DAS COMPETÊNCIAS GENÉRICAS E ESPECÍFICAS

DEFINIÇÃO DOS INDICADORES

RECRUTAMENTO / SELEÇÃO / AVALIAÇÃO

DOCUMENTAÇÃO / EXAME MÉDICO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO (OBJETIVOS)

FFLLUUXXOOGGRRAAMMAA DDOO PPRROOCCEESSSSOO PPOORR CCOOMMPPEETTÊÊNNCCIIAASS

ADMISSÃO/PROMOÇÃO/TRANSFERÊNCIA

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O desafio consiste em diagnosticar as melhores fontes de recursos

humanos e nelas concentrar seus esforços de recrutamento.

As fontes de recrutamento podem ser internas ou externas:

Recrutamento Interno – A Empresa procura preencher as vagas

abertas através do remanejamento de seus Colaboradores, que podem ser

promovidos (movimentação vertical) ou transferidos (movimentação horizontal).

As vantagens do recrutamento interno são: a motivação para os

funcionários, o desenvolvimento de um espírito de competição sadio entre os

mesmos, apresentando ainda, maior índice de validade e segurança, devido ao

grande volume de informações que a empresa reúne sobre seus

Colaboradores; além de ser mais rápido e mais econômico para a Empresa.

No entanto como todo processo também possui desvantagens, pois

poderá gerar um conflito de interesses entre os Gerentes e Supervisores que

durante longo tempo não tiveram qualquer ascenção dentro da empresa ou

não tem potencial de desenvolvimento além da posição atual e buscar a

ocupação dos cargos subalternos com pessoal de potencial limitado, a fim de

evitar futura concorrência.

Uma outra desvantagem seria a necessidade da Empresa possuir

condições de oferecer oportunidades de crescimento e desenvolvimento aos

funcionários para que possam ser promovidos. Se a Organização não

proporcionar isso aos funcionários , corre o risco de ocasionar frustração,

trazendo conseqüências diversas como a apatia, o desinteresse ou o

desligamento da Empresa, a fim de buscar oportunidades no mercado.

Quando administrado incorretamente, as empresas podem elevar seus

funcionários a uma posição em que ultrapassem seu grau de competência,

apenas como uma premiação por desempenho no cargo atual, o que poderá

trazer sérios danos.

Recrutamento externo – A empresa procura preencher o cargo em

aberto com pessoas provenientes do mercado de trabalho através de técnicas

de recrutamento específicas como: consulta de arquivo próprio de candidatos,

cartazes, anúncios diversos, indicações, contatos com sindicatos ou

15

Associações de Classe, contatos com outras empresas que atuam no mesmo

ramo, agências de emprego, consultorias e Internet .

Os fatores custo e tempo são extremamente importantes na escolha

da técnica ou do veículo mais indicado para o recrutamento externo.

As vantagens do recrutamento externo podem ser identificados pela

oxigenação da Empresa, mantendo-se atualizada com o mercado de trabalho,

trazendo candidatos que poderão proporcionar melhorias para o trabalho,

através de idéias criativas e inovações.

Além disso, aproveita os investimentos em preparação e

desenvolvimento de pessoal efetuados, por outras empresas ou pelo próprio

candidato. Dessa forma, pode ter resultados rápidos de desempenho e não há

necessidade de investimentos com treinamento e desenvolvimento

imediatamente.

As desvantagens do recrutamento externo seriam em relação ao

tempo, por ser mais demorado que o recrutamento interno; é mais caro, pois

exige despesas extras; em princípio é menos seguro, uma vez que, os

candidatos externos são desconhecidos e mesmo com utilização de

ferramentas, não se tem uma segurança total em relação ao mesmo. Pode

trazer frustrações aos Colaboradores por perceberem que não há

possibilidades de ocuparem novas posições. E por fim, em alguns casos, pode

afetar a política salarial da empresa.

O ideal é que sempre possa ser feito um recrutamento interno e

externo para as vagas abertas, proporcionando equilíbrio e mantendo a

harmonia e motivação aos Colaboradores.

1.3 Necessidade de identificar competências

16

De acordo com Chiavenato (1981), a necessidade de se definir as

competências comportamentais dentro da organização, tornou-se primordial no

mercado de trabalho, uma vez que no mercado passado as competências

técnicas eram suficientes numa avaliação do perfil e não atendiam de forma

completa o foco estratégico das empresas.

O mercado de trabalho passou a ser mais seletivo. Os requisitantes

estão mais exigentes, principalmente quanto à formação e experiência, sem

falar das competências relacionadas ao comportamento, cada vez mais

valorizadas.

Dentro desse contexto de conscientização do valor do capital humano,

os talentos são considerados hoje um dos pilares dentro das organizações.

A necessidade de se definir as competências organizacionais tem sido

alvo de muitos estudos na atual realidade de mercado competitivo e

globalizado. Tornando-se necessário num primeiro momento a definição

dessas Competências.

Uma das características mais importantes desse conceito é a sua

relação com o desempenho, retorno, eficácia e resultado.

Com base no princípio taylorista de seleção e treinamento do

trabalhador, as empresas preocupadas com a capacitação de seus

profissionais procuravam treinar em seus empregados, habilidades

necessárias para o exercício de atividades específicas ao trabalho ou ao cargo.

As competências técnicas englobam o conhecimento e habilidade em

técnicas ou funções específicas, como por exemplo: conhecimento de

manuseio de calculadoras financeiras; enquanto as competências

comportamentais englobam atitudes e comportamentos compatíveis com as

atribuições a serem desempenhadas como por exemplo: liderança, iniciativa,

facilidade para trabalhar em equipe, entre outras.

O profissional de RH deverá trabalhar com o CHA completo, ou seja

Conhecimentos, Habilidades e Atitudes interagindo de forma dinâmica , nas

diversas realidades vivenciadas pelo indivíduo. O objetivo dessa abordagem é

somar os resultados já atingidos pelo profissional (comportamento passado)

com o potencial dele (comportamento futuro).

17

Através da seleção por competências, pode-se definir com clareza as

competências necessárias para a função desejada, sendo importante uma

complementação com simulações, testes psicológicos e dinâmicas.

Dessa forma, estará identificando de forma mais assertiva, o

profissional com diferencial competitivo no mercado.

1.2 – As competências mais destacadas no mercado.

A vantagem de trabalhar com o conceito de competências, segundo

Reis(2003) é o direcionamento estratégico no que é necessário trabalhar para

que a Empresa alcance seus objetivos, pois deverá estar em sintonia com a

estratégia organizacional(missão, visão de futuro e objetivos).

As competências mais procuradas pelas empresas são: persuasão,

desenvolvimento de pessoas, autoconfiança, habilidade para gerenciar

mudanças, liderança de pessoas e perseverança. ( Fonte: Gazeta Mercantil

4/1/2000). De acordo com o cargo ou as atribuições necessárias podemos

destacar outras competências importantes, segundo Reis(2003) como:

comunicação, criatividade, empreendorismo, estabelecimento de metas,

flexibilidade, foco no cliente, foco em resultados, iniciativa, motivação,

relacionamento interpessoal, planejamento, solução de conflitos, trabalho em

equipe e tomada de decisão. Vide anexo 1

1.3 – As vantagens e desvantagens de utilização das competências no

processo seletivo.

Podemos dizer que, trabalhar baseado em competências é saber

buscar evidências e saber exatamente como encontrá-las, por ser baseada

numa linguagem comum, objetiva e mensurável, elimina as flutuações de

18

interpretações, diminuindo dessa forma a margem de erro ao se avaliar um

funcionário ou candidato.

A seleção por competências favorece uma maior garantia de uma

contratação de sucesso, com boa adequação do profissional à empresa e à

atividade a ser desempenhada.

Percebemos ainda, o fortalecimento da parceria entre área requisitante e

área de seleção, além da credibilidade adquirida por esta com o sucesso da

melhoria de produtividade, diminuição do turnover e redução de prejuízos com

reabertura de processos seletivos.

Sendo assim, podem ser utilizadas numa comunicação explícita,

tornando objetivo as expectativas, os feedbacks nas avaliações e os planos de

desenvolvimento dos indivíduos.

No entanto, longe de ser perfeito, alguns autores destacam que a

superficialidade pode ser o ponto fraco do método de seleção por

competências. A empresa pode errar ao definir o perfil da vaga em aberto, ou

ainda, o entrevistador pode não ter sensibilidade para avaliar as características

intrínsecas do candidato.

Esse tipo de seleção pode ser prejudicial se as competências não

estiverem bem definidas pela Empresa ou se as perguntas forem mal

elaboradas.

Toda organização deve ter bem definidas as competências

necessárias para o sucesso do negócio. Com certeza custa muito mais para o

empresário não saber quais as competências indispensáveis para seu time. O

melhor é começar pelas competências gerenciais, que compreende um nível

mais estratégico da organização e, portanto, de mais relevância.

Após a identificação das competências é necessário conceituá-las,

pois para cada empresa, as competências possuem variações que devem

estar de acordo com a missão, visão e estratégias.

Feito a conceituação, torna-se necessário o levantamento dos

indicadores e os comportamentos desejáveis. Como no exemplo a seguir:

Competência Indicadores Comportamentos

19

Criatividade

Novas idéias para

solucionar problemas.

Idéias criativas para lidar

com a falta de recursos.

Boas idéias para

administrar situações

imprevistas.

Problemas que

solucionou , nos quais

as idéias foram bem

aproveitadas.

Solução de problema

em situação que

precisou administrar

falta de recursos.

Diante de uma situação

imprevista como se saiu

para administrar o

problema.

De uma maneira geral, é necessário ter bom senso antes de qualquer

coisa, pois o risco pode residir no excesso de subjetividade, atrapalhando a

identificação criteriosa e avaliação profissional adequada dos perfis.

CAPÍTULO II

SELEÇÃO POR COMPETÊNCIAS

As atividades desenvolvidas de recrutamento e seleção de pessoal

foram adquirindo forma e critérios diferenciados à medida que as organizações

passaram a ser mais competitivas no mercado.

20

O processo de seleção deve ser conduzido com a determinação de

resguardar sua objetividade e precisão.

A seleção por competências tem como benefício, a objetividade e o

foco que outras metodologias de seleção não oferecem. Entre as práticas

adotadas visando esse fim, destacam-se dois modelos: o baseado na

descrição de cargos e o do mapeamento das competências.

No processo de seleção tradicional, conforme destaca

Chiavenatto(1981) trata-se de uma prática que adota como critério a descrição

do cargo, levando-se em conta os elementos componentes de um trabalho e

de sua interação, com o objetivo de determinar as condições necessárias a um

desempenho adequado.

Nesse contexto, a ficha profissiográfica( vide anexo II) é o instrumento

adequado para por em prática a realização da atividade de seleção, uma vez

que pretende levantar todos os elementos preditivos de um bom desempenho,

e através dela, a seleção encarrega-se de predizer o trabalho do futuro

ocupante do cargo.

No modelo de seleção por competência o perfil do colaborador a

ocupar um determinado cargo passa a ser o critério fundamental da escolha

entre os candidatos. Esse perfil deverá contemplar todos os tipos de

informações relevantes, tanto para a seleção quanto para que o candidato

conheça as condições da vaga, tais como: perfil da vaga, perfil profissional e

pessoal e perfil de competências.

2.1 - As principais etapas para a implantação da seleção por

competências.

A seleção por competências tem como benefício, a objetividade e o

foco que outras metodologias de seleção não oferecem, apresentando técnicas

e ferramentas mais atualizadas do mercado, podendo ser utilizadas pra

qualquer cargo, do operacional ao executivo.

21

O primeiro passo da metodologia é a construção de um Mapeamento

de Competências, ou seja, o Perfil de Competências do cargo ou função.

Através dos indicadores de competências, é possível obter-se um perfil

consistente, atualizado e detalhado, dispensando suposições, muitas vezes

utilizados para montar um perfil inconsistente.

As competências estratégicas são eleitas através de um processo que

as alinha à missão, aos valores e à visão da empresa. É isto que vai torná-las

um instrumento forte que deixará claro para os talentos humanos como

poderão contribuir para a organização.

Com base no perfil de competências é possível avançar para o

segundo passo, que é a Elaboração da Entrevista Comportamental e os Jogos

com foco em Competências que são as duas ferramentas propostas pela

metodologia, segundo Rabaglio(2001).

A entrevista comportamental é uma entrevista personalizada. Cada

perfil de competências gera uma entrevista específica.

Na entrevista por competências, parte-se do pressuposto de que os

comportamentos passados podem dar indícios de comportamentos futuros, e

por isso adota-se como instrumento de trabalho uma pesquisa de

comportamentos e resultados anteriores, objetivando a previsão de

comportamentos futuros que podem ou não colaborar para o sucesso do

profissional na organização.

O jogo é uma técnica vivencial que permite investigar melhor os

comportamentos dos candidatos, com base no perfil de competências do

cargo, através de exercícios diversos em tempo real.

Esta fase do processo seletivo conta com a participação do

requisitante como observador. A participação da área requisitante em todo o

processo seletivo é muito importante para que os objetivos sejam alcançados

em conjunto, e que a responsabilidade de uma seleção bem planejada e

realizada é da parceria entre área de seleção e área requisitante.

Sendo assim, na entrevista comportamental observamos presença ou

ausência de competências específicas no comportamento passado do

22

candidato, enquanto no jogo, observamos essas competências no

comportamento presente do mesmo.

Enquanto no modelo tradicional de seleção a preocupação do

selecionador era a de verificar a experiência e as condições físicas e mentais

de um indivíduo para uma determinada vaga, no processo de seleção por

competências faz-se necessário identificar os conhecimentos, habilidades e

atitudes necessárias para que um indivíduo venha a desenvolver o trabalho

inerente à vaga em aberto.

Conforme observa Trasatti & Costa(1999) o conceito da administração

de recursos humanos por competências, incluindo a atividade de selecionar,

fornece uma metodologia clara e coerente que permite ampliar a gestão de

novas exigências entre os colaboradores e a empresa.

2.2 – Entrevista com foco em competências

Para investigar o comportamento dos indivíduos em uma seleção uma

das técnicas mais utilizadas é a entrevista. Segundo Marras(2000) esta

objetiva detectar dados e informações dos candidatos , subsidiando a

avaliação do processo seletivo.

Tendo em vista a necessidade das organizações avaliarem o

comportamento dos indivíduos e não simplesmente as suas capacidades e

experiências, a entrevista passou a ter outro conteúdo avaliativo. Quando o

aspecto comportamental ganha uma conotação maior e essencial para a

organização para a avaliação das experiências e qualificações dos candidatos

ela recebe o nome de Entrevista com Foco em Competências Funcionais. Para

tal é preciso passos consistentes desde a definição de competências críticas

do negócio, humanas e do cargo.

Competências funcionais, conforme Trassati & Costa(1999) diz

respeito à performance, que sinalizam comportamentos e habilidades das

pessoas compatíveis com o contexto estratégico da empresa.

Conforme destaca Rabaglio(2001) a entrevista comportamental é

estrategicamente estruturada para investigar o comportamento passado da

pessoa numa situação similar da competência a ser investigada. Partindo

23

desse pressuposto o entrevistador procurará, através dessa técnica de

entrevista, coletar exemplos de situações vividas pelo candidato, procurando

saber o que ele fez, sentiu e pensou e quais os resultados da ação em

determinada situação.

O fortalecimento da parceria entre o profissional de RH e requisitante é

imprescindível em todas as etapas do processo que possibilitará a elaboração

do mapeamento e conceituação das competências.

2.3 - Etapas da Entrevista com foco em competências

Para dar início ao processo da entrevista por competência

comportamental é necessário: o perfil de competências, perguntas abertas

específicas com foco em competências e por fim, o planejamento das etapas

da entrevista.

O perfil de competências compreende competências técnicas e

comportamentais. Para elaborar o perfil é necessário o levantamento de

diversos aspectos da empresa, atribuições do cargo atualizadas, principais

características e desafios do cargo, além de dados concretos da vaga (salário,

benefícios, local de trabalho entre outras) e perfil profissional e pessoal (

experiência profissional, escolaridade, idade etc).

A entrevista comportamental ( vide anexo III) permitirá ao entrevistador

coletar dados e verificar se o candidato possui as competências necessárias

para o cargo em questão. Através de perguntas elaboradas, baseadas no perfil

de competências, atingindo dessa forma maior objetividade e assertividade na

seleção.

A elaboração das perguntas deve ser cuidadosa, respeitando algumas

regras, como o estudo do perfil e as competências comportamentais mais

indicadas para a função, perguntas objetivas e não hipotéticas. As perguntas

deverão estimular o candidato a falar e não responder por monossílabos. Além

de investigar junto ao mesmo, como chegou a determinada ação, como foi o

processo decisório, qual foi o resultado, principalmente quando se referirem à

solução de problemas.

24

Dessa forma o profissional de RH deverá formular perguntas abertas

específicas, com verbos de ação no passado e com foco nas competências.

O candidato por sua vez, deverá produzir respostas que tenham: Contexto,

Ação e Resultado. As repostas que não explicitem esses três requisitos são

consideradas vagas e imprecisas, cabendo ao entrevistador explorar mais

detalhes com a intenção de obter maiores esclarecimentos.

Diante das informações completas, pode-se analisar as competências

presentes ou não, comparando-as com aquelas definidas no perfil de

competências.

As etapas da entrevista deverão ser planejadas para garantir um bom

resultado. Após a triagem dos currículos e seleção daqueles que atendem aos

pré-requisitos da vaga, deve-se agendar as entrevistas com os candidatos.

A entrevista deverá ser realizada num local reservado, sem

interrupções e com poucos estímulos visuais. A pontualidade por parte do

profissional de RH significa respeito pelo ser humano, além de proporcionar

uma imagem positiva do processo seletivo e da empresa.

Com todo o material necessário em mãos, o entrevistador deverá

estabelecer um rapport com o candidato, falando resumidamente sobre a

empresa e esclarecendo as condições da vaga. A entrevista deverá seguir

através da coleta de informações profissionais e pessoais, além das perguntas

baseadas no perfil de competências. Para finalizar, o entrevistador deverá dar

oportunidade para o candidato fazer algumas considerações e em seguida

explicar-lhe as etapas posteriores da seleção, comprometendo-se em lhe dar

um retorno sobre cada fase.

2.4 - Os principais diferenciais da Entrevista Comportamental

As competências podem ser identificadas em um candidato através de

uma técnica baseada em suas experiências pessoais ou profissionais

anteriores.

25

Após definidas as competências necessárias para um determinado

cargo, o entrevistador deverá fazer questionamentos que evidenciem a

existência ou não da competência através de situações já vivenciadas.

A competência é formada de 3 fatores fundamentais, são eles:

Situação – provocada por alguma necessidade; Ação – específica diante da

situação e Resultado – alcançado diante da situação.

Investiga o sentimento, o agir e a forma, como a pessoa resolveu a

situação passada, buscando exemplos específicos.

Sendo assim, os aspectos diferenciais que encontramos na entrevista

comportamental em relação à entrevista tradicional(vide anexo II) segundo

Rabaglio(2001) são: Estruturada e planejada com base no perfil de

competências elaborado pela organização ; Personalizada para cada perfil de

competência; Perguntas abertas e específicas são utilizadas, com verbos de

ação no passado , por supor que o passado prediz o comportamento futuro;

perguntas planejadas que ajudam a identificar o contexto, ação e o resultado

sobre o comportamento dos candidatos diante das competências que serão

consideradas importantes para a organização.

De uma maneira geral, as entrevistas tem limitações principalmente

nas pesquisas referentes aos aspectos de personalidade, portanto, possuem

prós e contras como qualquer instrumento de avaliação, devendo estar sempre

sendo utilizado em conjunto com outros métodos.

CAPÍTULO III

AS INTERFACES DA SELEÇÃO POR COMPETÊNCIAS.

Dentro de uma metodologia baseada em Competências, destacam-se

ainda, outras etapas importantes como continuidade de uma seleção baseada

em competências são elas: Avaliação de desempenho, Treinamento e

Desenvolvimento e remuneração estratégica por competências.

26

A qualidade da gestão de Recursos Humanos é a chave para um

desempenho superior contínuo da empresa. Por isso, é fundamental investir

continuamente no seu desenvolvimento, de forma que a empresa garanta uma

posição competitiva no mercado globalizado de hoje.

A cultura de valorização das pessoas pelas suas competências vem

ganhando bastante espaço no mercado atual.

3.1 - Avaliação de Desempenho

A Avaliação de Desempenho (vide anexo IV) com base em

competências é um processo que busca auxiliar na estruturação de uma visão

mais objetiva do potencial de cada colaborador, por se tratar de uma avaliação

sistemática, que envolve não só o colaborador, mas também, os Supervisores

e Gerentes de toda organização.

O objetivo do mapeamento é prioritariamente, levantar o potencial

individual, e informá-los sobre a sua própria atuação profissional, visando o

desempenho de alta performance e sucesso nas estratégias e metas

previamente definidas.

Chiavenato(1981) nos coloca que a Avaliação de Desempenho é uma

sistemática apreciação de desempenho do indivíduo no cargo e de seu

potencial de desenvolvimento. Propõe ainda, a Avaliação por Objetivos: neste

método de avaliação o gestor e o colaborador negociam os objetivos a

alcançar durante um período de tempo. Os objetivos devem ser específicos,

mensuráveis e estar alinhados aos objetivos da organização. Quando chega o

momento do gestor comunicar a avaliação dos seus colaboradores, tanto um

como o outro, tem consciência dos resultados que foram alcançados e se

foram satisfeitos, ou não os objetivos.

Dessa forma, o processo busca mensurar objetivamente o

desempenho e fornecer aos colaboradores informações, sobre sua própria

atuação, de forma que possam aperfeiçoá-la, sem diminuir sua independência

e motivação para a realização do trabalho. Representa uma mudança cultural

27

em direção a um maior senso de responsabilidade e auto gestão dos

colaboradores, além de ser uma maneira simples de melhorar o desempenho.

Gramignia(2002) refere que é possível pensar a avaliação de

desempenho por competências como um poderoso meio de identificar os

potenciais dos funcionários, melhorar o desempenho da equipe e a qualidade

das relações dos funcionários e superiores, assim como estimular aos

funcionários a assumir a responsabilidade pela excelência dos resultados

pessoais e empresariais.

Nos dias atuais a avaliação de desempenho precisa acompanhar o

ritmo de mudanças constantes, do ponto de vista do negócio, deverá alinhar as

necessidades dos colaboradores com as necessidades organizacionais. Esse

é um passo importante para definir melhor as relações entre ambas.

Os profissionais de RH estão preocupados com novas alternativas

estratégicas para que suas organizações possam substituir a avaliação de

desempenho- eliminando seu efeito negativo sobre a moral e motivação dos

funcionários – e colocar em seu lugar um novo modelo dinâmico e proativo de

gestão de desempenho.

Novos princípios deverão ser adotados como : a discussão franca e

aberta entre gerente e funcionário sobre as expectativas e resultados

esperados, interação intensa e constante entre ambos e não restrito ao

calendário da avaliação, a busca de consenso, de participação e objetivos de

desempenho e resultados flexíveis.

Na prática, as organizações precisam alcançar melhores resultados

através da sintonia fina e melhoria de seus sistemas de avaliação de

desempenho para saber onde a performance está falhando e quais razões de

eventuais falhas.

3.2 - Treinamento e Desenvolvimento

A seleção por competências incentiva a criação de uma cultura de

valorização das pessoas pelas suas competências comportamentais.

28

O programa de Treinamento & Desenvolvimento deverá estar baseado

em três questões principais: quais as competências dos profissionais? Onde é

preciso melhorar? Como fazer isso? Todo empresário deverá definir quais as

competências indispensáveis para o seu time. Deve-se começar pelas

competências gerenciais, por compreender um nível mais estratégico da

organização, logo, de maior relevância inicialmente.

Dessa forma, adota-se uma auto avaliação com os gerentes, cujos

relatórios serão avaliados por um comitê formado pela diretoria. Com esses

dados torna-se viável obter uma base concreta de medição, para avaliar se a

equipe tem ou não as competências necessárias para o negócio. Feito isso,

são analisadas as prioridades da empresa e, com base nelas, monta-se um

programa de Treinamento & Desenvolvimento, para suprir as competências

que faltam.

Sendo assim, inicia-se pelos níveis mais altos, o que gera um efeito

cascata para toda a organização.

A política de treinamento de pessoal deve orientar-se não só para o

desenvolvimento de competências essenciais para o negócio, mas também

para o treinamento das pessoas para assumirem novos desafios e

responsabilidades; deve-se apoiar em uma nova premissa - treinar para

selecionar.

3.3 - Remuneração Estratégica por Competências

A avaliação de desempenho reflete-se no sucesso da própria

organização e muitas vezes, utiliza-se de base às políticas para promoção e

remuneração estratégica nas empresas.

A remuneração pode ser definida como a recompensa econômico-

financeira por competências demandadas pela organização e por

competências potenciais ou demonstradas pelos profissionais.

29

As empresas tem passado por um constante processo de

transformações e as organizações começam a despertar para a necessidade

de mudarem os sistemas de remuneração.

Pesquisas apontam para uma intenção de aumentar a adoção de

modelos de remuneração de competências com foco nas pessoas, mas da

intenção à prática, ainda encontram-se uma considerável distância. (Fonte:

Melhor Gestão de Pessoas – Abril/2004).

Resende(1999) refere que as práticas de remuneração tem aumentado

no sentido qualitativo e quantitativo. A remuneração fixa está evoluindo no

critério de diferenciação salarial baseado em competências.

A principal característica da remuneração por competências e

habilidades é que ela está mais voltada para diferenciar os salários das

pessoas de forma justa, levando em consideração as diferenças de

competências entre os colaboradores.

Resende(1999) afirma que a remuneração por competências, apesar

da instabilidade econômica de nosso país, será gradativamente adotada na

medida que as empresas se conscientizarem de que é uma metodologia mais

justa, motivadora e que introduz a carreira horizontal. Além de evitar, criar

falsas ou exageradas expectativas de evolução, evitar desperdícios de verbas

salariais e favorecer o feedback.

No entanto, essa implantação parece caminhar lentamente, pois as

crises econômicas, as racionalizações organizacionais e as fusões, não

fornecem ambiente favorável para as mudanças na maioria das empresas.

Além disso, existem três fatores importantes que justificam o

pequeno número de empresas que adotam o modelo de remuneração por

competências: a complexidade na gestão desse sistema, que pressupõe um

bom sistema de avaliação e de reconhecimento; receio por parte do

Empregador em relação à legislação trabalhista, uma vez que por esse sistema

poderiam existir dois colaboradores de mesma função com salários diferentes

e por fim, a resistência ao novo e o medo de ser avaliado.

30

3.4 - Gestão por Competências

Em muitas organizações a avaliação de desempenho é tratada como

um procedimento de muita importância na gestão de recursos humanos,

promovendo melhoria da produtividade, sendo um meio de desenvolver os

recursos humanos da organização. Dessa forma, torna possível identificar os

colaboradores que possuem qualificação superior à requerida pelo cargo,

identificar programas de treinamento que contribuem para a melhoria do

desempenho, promover o auto conhecimento, além de fornecer subsídios para

definir planos de remuneração e promoção.

A gestão por competências é sistema gerencial que busca impulsionar

os colaboradores na competência profissional, acrescentando capacidades e

aumentando as já existentes.

O gerenciamento baseado em competências é uma ferramenta que

identifica as competências essenciais, as habilidades e conhecimentos

determinantes da eficácia profissional. O resultado é um quadro de

colaboradores mais talentosos e mais produtivos.

Gramigna(2002) destaca a gestão por competências como um

programa que se instala através de blocos de intervenção, que se sucedem de

forma simultânea.

O primeiro bloco é o de sensibilização, onde é fundamental o

envolvimento e adesão de diretores, gestores e colaboradores em geral para o

sucesso da metodologia.

A sensibilização ocorre de diversas formas, através de reuniões para

apresentação e discussão do modelo; ofertas de seminários, palestras e

cursos externos para os gestores, cujo conteúdo possa esclarecer objetivos,

resultados esperados e acima de tudo os benefícios para a organização.

O trabalho de sensibilização, quando bem estruturado facilita a

aceitação da idéia à direção da empresa. Com a aprovação da diretoria e

gestores, passa-se a fase de coleta de dados.

O segundo bloco é a definição de perfis, que consiste em definir as

competências essenciais e básicas, necessárias a cada grupo de funções.

31

Possível através de reuniões orientadas por consultoria externa ou interna,

com a presença de diretores e gestores, focando a parte conceitual e

metodológica bem como aspectos relativos a comprometimento,

responsabilidades e papéis.

O terceiro bloco é a avaliação de potencial e formação de banco de

talentos. Neste bloco, a metodologia prevê entrevistas, diagnósticos e

seminários de identificação de potenciais, os quais resultam num Banco de

Talentos.

O quarto bloco é a montagem do plano individual de capacitação por

competências e ações do desenvolvimento. Através de um gráfico que

correlaciona potencial e desempenho, temos 4 grupos de pessoas distintos:

Talentos(T)-Alto potencial e desempenho dentro do esperado,

Potenciais Prodígios(PP)- Alto potencial e desempenho abaixo do esperado,

Mantenedores(M)- potencial abaixo do esperado e bom desempenho e ainda,

Abaixo da Média(AM)- baixo potencial e mau desempenho.

O grupo abaixo da média é o mais crítico, deve-se estudar

criteriosamente cada caso, descobrir os motivos do baixo desempenho,

verificar a possibilidade de adequação em outros cargos dentro da empresa e

dar feedback. São os comportamentos gerenciais importantes que antecedem

qualquer decisão de desligamento.

32

Os mantenedores é um grupo que demanda a elaboração de

programas de desenvolvimento que favoreçam a ampliação e domínio de

competências.

O grupo dos potenciais prodígios, possuidores de alto potencial,

necessitam de um diagnóstico específico, que possa retratar os motivos de seu

desempenho abaixo do esperado, que pode estar relacionado à desmotivação,

clima de trabalho improdutivo, gerência pouco estimuladora, trabalho sem

desafios, falta de reconhecimento por parte da empresa. Aqui é importante a

adoção de estratégias que valorizem o potencial e proporcione o

desenvolvimento.

Por fim, o grupo de talentos é de extrema riqueza para a empresa e

deverá ser mantido, através de projetos desafiadores, investimento na carreira

por parte da organização, participação em treinamentos e oportunidades de

trabalhar em equipe, como coordenadores ou líderes.

O quinto bloco é a gestão do desempenho, que fecha um ciclo do

programa de competências. Após mapear e definir perfis, verificar

performances, montar o banco de talentos e capacitar, torna-se necessário

avaliar os resultados.

Através da avaliação das performances individuais o gerente verifica a

evolução ou não no desempenho das pessoas de sua equipe, observadas no

cotidiano do trabalho, obtendo assim, uma nova base de informações.

A verificação do desempenho mantém o foco nas competências

definidas nos perfis, agregadas à comportamentos que serão observados no

cotidiano de trabalho.

33

Todo processo deve ser ancorado por um bom plano de carreira e

remuneração, evitar que a avaliação de desempenho torne-se mais uma

norma da empresa, ao invés de promover o desenvolvimento das pessoas e

implantar a gestão por competências preparando a empresa para a cultura do

feedback.

CAPÍTULO IV

O PAPEL DO RH NO MERCADO DA GLOBALIZAÇÃO

O panorama competitivo está sendo alterado e são necessários novos

modelos de competitividade para lidar com os desafios futuros, demandando

capacidades organizacionais que possibilitem as empresas atenderem melhor

os seus clientes e se diferenciarem de seus concorrentes.

Nesse panorama o papel do RH deverá ser estratégico como chave

para garantir o sucesso da organização.

34

No mundo onde a globalização domina o horizonte competitivo, o RH

deverá criar modelos e processos para alcançar agilidade, eficiência e

competitividade globais.

Torna-se necessário a criação de operações nas organizações mais

sensíveis ao consumidor, incluindo inovação e decisões mais rápidas.

A lucratividade é uma questão empresarial importante, que deverá ser

uma combinação entre receita aumentada e custos reduzidos. O desfio de

alcançar o crescimento sem aumentar os custos obrigará os profissionais de

RH a lidar com paradoxos inerentes a suas empresas.

Quando as promessas estratégicas se convertem em ações cotidianas,

as capacidades da organização precisam ser redefinidas a fim de sustentar e

integrar as competências individuais.

Os profissionais de RH precisam desenvolver suas capacidades. Não

basta mais contratar, treinar ou premiar indivíduos. Essas atividades precisam

ser empreendidas no interesse de criar um conjunto de capacidades

organizacionais. Devendo observar as competências que existem dentro da

empresa, as necessárias para o futuro, as formas de ajustar essas

competências e como conceber práticas para criar as capacidades necessárias

e suas formas de mensuração.

Os profissionais de RH precisam ajudar na mudança de suas

organizações, definir um modelo organizacional e promover sua constante

aplicação. O desafio da competitividade é aprender a mudar mais depressa e

mais tranquilamente.

Aqueles que puderem criar organizações que respondam mais rápido

que seus concorrentes às mudanças, terão mais chances de vitória.

Nesse ambiente empresarial sempre mutável, global e

tecnologicamente exigente, a obtenção e retenção de talentos são cruciais no

campo de batalha competitivo.

As empresas bem sucedidas serão aquelas mais experientes em atrair,

desenvolver e reter indivíduos com habilidades, perspectiva e experiência

suficientes para conduzir um negócio global.

35

Assegurar capital intelectual significa elevar o nível da liderança,

implica também que novas idéias devem ser geradas e generalizadas. Os

gerentes e profissionais de RH precisam criar as políticas e as práticas que

estimulem tal aprendizado.

A tarefa de assegurar capital intelectual altera os processos de

mensuração de uma empresa. Medidas tradicionais focadas no capital

econômico, devem agora ser acompanhadas de medidas de capital intelectual.

Procurar, descobrir e utilizar tais medidas está entre os desafios básicos que

os profissionais de RH enfrentarão no futuro.

David Ulrich(2000) apresenta que os profissionais de RH devem

considerar suas atividades, assim como seus resultados através da utilização

de dois parâmetros: Desempenho da Empresa e capacidades do RH.

Estudos mostram uma relação entre investimentos de RH e resultados

financeiros da empresa. As capacidades organizacionais representam a

habilidade e a especialização da empresa em utilizar recursos para fazer as

coisas acontecerem e atingir objetivos, representando o elo entre estratégia e

ação.

Dessa forma, as capacidades tornam-se resultados de RH,

preenchendo a área comum entre investimentos e desempenho da empresa.

A tarefa do RH deverá ser alcançar a excelência organizacional,

focalizando resultados e não as atividades tradicionais como contratação e

remuneração.

As atividades d RH deverão ajudar a organização de forma concreta,

como atender melhor os seus clientes ou até mesmo a aumentar o valor para o

acionista.

Para ajudar a obter a excelência organizacional, a nova ordem de RH

poderá se utilizar de quatro maneiras:

● Parceiro Estratégico – O RH deve ser responsável pela definição de

uma estrutura organizacional transparente, estabelecendo uma parceria com

os Gerentes para identificar os componentes organizacionais que facilitam a

execução da estratégia.

36

● Especialista Administrativo – O profissional de RH terá que melhorar

a eficiência de sua função, proporcionando o aumento da credibilidade e por

sua vez, a facilidade para criar uma parceria na execução estratégica, com

redução dos custos e a manutenção da qualidade.

● Defensor dos Funcionários – Em seu novo papel, os profissionais de

RH devem ser responsáveis por garantir que os funcionários estejam

comprometidos.

O RH deverá ser a voz dos funcionários nas discussões gerenciais, ser

capaz de oferecer crescimento pessoal e profissional e proporcionar recursos

que ajudem os funcionários a cumprir as exigências a eles impostas.

Os funcionários tem que saber que o RH é o seu porta voz para que

possam comunicar suas opiniões aos gerentes do setor.

● Agente da Mudança – O RH pode tornar-se um agente de mudança

contínua, moldando processos e uma cultura que possam desenvolver

capacidade organizacional para a mudança.

O papel do RH como um agente de inovação é substituir resistência

por resolução, planejamento por resultados e medo de mudança por

entusiasmo diante das possibilidades.

Em todos os níveis de uma empresa, os líderes precisam valorizar e se

dedicar à vitória. Devem construir organizações que mudem, aprendam,

movimentem-se e atuem mais rápido que suas concorrentes. Para fazer o

melhor uso dessas capacidades organizacionais, os executivos precisam

encarar suas práticas de recursos humanos como fontes de vantagem

competitiva.

Sendo assim, os desafios competitivos estão diretamente relacionados

com a evolução do RH. Os processos organizacionais precisam ser avaliados

em relação a sua contribuição para o aumento da competitividade. Onde os

profissionais de RH deverão se concentrar mais nos resultados de seu trabalho

e adicionar valor aos processos dentro das empresas.

37

CONCLUSÃO

As empresas estão muito mais exigentes quanto aos perfis

profissionais e não focalizam apenas o desempenho, mas também o potencial

das pessoas como forma de agregar mais valor para sua missão e objetivos.

Com o foco em competências, os processos seletivos ficam mais

completos, pois permitem uma melhor avaliação dos conhecimentos,

habilidades, atitudes e comportamentos dos candidatos.

Nesse cenário atual, onde as empresas buscam maior competitividade

e distinção no mercado, o foco são as pessoas e suas competências.

Na busca pela maximização de resultados, as empresas estão

repensando seus modelos de gestão e investindo no capital intelectual, através

do qual o segredo do sucesso está nas pessoas.

38

Antes de qualquer coisa, as empresas precisam definir suas

necessidades, garantindo o alinhamento com o plano estratégico.

Assegurando a capacidade de identificar o perfil e as suas competências,

consequentemente, estarão sinalizando para seus colaboradores as

oportunidades para melhorarem e desenvolverem suas habilidades.

Vimos que as competências, são um conjunto de conhecimentos,

habilidades e experiências das pessoas, que quando identificadas e colocadas

em prática, constituem-se no capital intelectual de uma organização.

A definição das competências essenciais de uma organização deverá

ser feita através da avaliação da visão, missão, valores, estratégias e cultura

da mesma.

Basicamente, os papeis da avaliação de desempenho estão sendo

reengedrados e deverão seguir alguns aspectos como a utilização de equipes

mutifuncionais de várias áreas da organização para construção de um novo

sistema de avaliação. Separando os objetivos tradicionais da avaliação de

desempenho para melhor balanceá-los e atingir os objetivos propostos.

Diagnosticar as competências organizacionais e a partir delas identificar as

competências grupais e individuais.

A agilidade e flexibilidade tornam-se imprescindíveis nos processos

organizacionais.

Torna-se necessário educar todas as pessoas na organização a

respeito da necessidade e direção das mudanças propostas. Criar um

ambiente de trabalho de confiança e encorajar as pessoas a assumir

responsabilidades, ou seja, oferecer suporte e apoio e , de outro lado, oferecer

oportunidades para as pessoas.

É importante proporcionar treinamento e ferramentas que facilitem a

melhoria e definição de objetivos e desenvolvimento de carreira, o que

podemos chamar de Educação Corporativa, para que as pessoas tenham

condições efetivas de utilizar os meios necessários para seu próprio

conhecimento.

39

Chiavenato(1981) destaca a função da organização de criar um

contexto apropriado para o contínuo desenvolvimento e realização pessoal de

seus colaboradores.

A utilização da avaliação como uma ferramenta de coaching que

proporcione orientação e direcionamento para o futuro de cada pessoa,

desenvolvendo uma cultura de trabalho orientada para a aprendizagem

contínua e por fim a criação de condições efetivas para um retorno do

investimento no capital humano da organização em proveito de todos os

parceiros envolvidos.

40

ANEXO 1

Lista de competências e definições.

1- Comunicação – capacidade de expressar-se – ouvir, processar e

compreender.

2- Criatividade - habilidade de inovar ou criar soluções.

3- Empreendorismo – capacidade de propor e implementar projetos.

4- Estabelecimento de metas – capacidade de administrar objetivos pessoais e profissionais.

5- Flexibilidade – habilidade de adaptação, aceitação de idéias,

capacidade para lidar com diversidades.

6- Foco no cliente – capacidade de alinhar objetivos organizacionais com as necessidades do cliente.

7- Foco em resultados – capacidade de conduzir o trabalho com visão

de integração das partes envolvidas, a fim de atingir o resultado esperado.

8- Iniciativa – capacidade de atuar com dinamismo e proatividade.

9- Liderança – habilidade de unir esforços do grupo. Capacidade de

formar parcerias, desenvolvendo e motivando equipes.

10- Motivação – Energia para o trabalho, otimismo e entusiasmo pelas atividades a serem desenvolvidas.

11- Negociação/Persuasão – capacidade de expressão, habilidade de

percepção do contexto, buscando equilíbrio nas soluções apresentadas pelas partes.

12- Relacionamento Interpessoal – habilidade de interagir com pessoas,

através de atitudes positivas e maduras.

13- Planejamento – capacidade de estabelecer prioridades focando os resultados a serem atingidos.

14- Solução de conflito – habilidade de ser um facilitador nas soluções

dos problemas.

41

15- Trabalho em equipe – espírito de cooperação, união e integração com

colegas e lideranças.

16- Tomada de decisão – habilidade de escolher alternativas adequadas e eficazes para problemas identificados.

Fonte: Reis, Valéria dos. A Entrevista de Seleção com Foco em Competências Comportamentais.

ANEXO 2

42

Entrevista Tradicional – Ficha Profissiográfica

Foi indicado: ( )Sim ( )Não Por

quem?:_________________________________________________

Possui grau de parentesco com algum funcionário da Empresa?:

_________________________________

Formulário para Entrevista de Seleção

1º Parte: Nome do candidato: ___________________________________Tels:____________________________ Cargo: _____________________________________________________________ Salário: ____________________________________________________________ Referências Profissionais: OBS – Sempre os últimos empregos (1)___________________________________________ (2) ___________________________________________ Entrevista de Seleção 2º Parte: Coleta de Dados Idade do candidato: ____________________________________ Data de Nascimento: ___________________________________ Filiação: Pai:__________________________________________ Mãe:_________________________________________ Endereço completo : __________________________________________________________________ Bairro: __________________________________________CEP: ______________________________ Documentos Necessários: RG: ______________________________________________ CPF: ______________________________________________ Outros documentos (SUSEP, Carteira de Conselho/Habilitação): ______________________________ 3º Parte: Constelação Familiar

43

1-Quanto tempo mora no local que reside?: _____________________________________________ 2-Mora com quem?: ________________________________________________________________ 3-É casado? Há quanto tempo? Tem filhos? Qual idade dos filhos?___________________________

A(O) mulher/marido trabalha? Faz o que?________________________________________________________

4-Se solteiro: Os pais trabalham? Quantos irmãos têm? Quem é mais novo?____________________

_________________________________________________________________________________

3º Parte: Histórico Educacional

1- Qual o colégio que estudou?______________________________________________________

2- Qual o ano de conclusão? _______________________________________________________

3- Por que escolheu esta formação?__________________________________________________

4- Que cursos foram feitos? ________________________________________________________

Obs: Observar se o candidato tem feito cursos recentes, verificar a condição de atualização)

4º Parte: Experiência Profissional ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Parecer da 1º entrevista: Técnica e Comportamental Data: __________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

44

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Parecer da 2º entrevista: Data: __________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Dinâmica de grupo: Data: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Treinamento: Data: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ( )Apto ( )Não qualificado pra vaga

ANEXO 3

Entrevista com foco em Competências

(Comportamental)

45

1. Conte-me uma situação em que você precisou atingir metas essenciais para sua empresa em um prazo curto de tempo. ( )C ( )A ( )R 2. Quais as idéias mais criativas que você já utilizou para a solução de problemas que foram aproveitadas pelo seu supervisor? ( )C ( )A ( )R

3. Conte-me uma situação em que você precisou administrar a frustração por uma idéia sua que não foi aceita ou valorizada. ( )C ( )A ( )R 4. Conte-me uma situação em que suas ações ou idéias influenciaram a decisão de outras pessoas. De que forma você agiu? ( )C ( )A ( )R 5. Conte-me um caso específico em que as suas competências comportamentais foram essenciais para um bom desempenho nas suas atividades profissionais. ( )C ( )A ( )R 6. Cite uma situação de trabalho em equipe onde você atuou como facilitador numa situação de consenso. ( )C ( )A ( )R 7. Identifique uma situação em que você precisou passar informações claras e objetivas além de demonstrar boa escuta no seu ambiente de trabalho. ( )C ( )A ( )R 8. Fale-me sobre uma situação em que foi necessário a identificação de problemas e oportunidades, buscando soluções eficazes. ( )C ( )A ( )R 9. Comente uma situação em que precisou planejar e organizar trabalhos, garantindo o alcance dos resultados. ( )C ( )A ( )R 10. Apresente uma situação em que você passou entusiasmo e energia para defender algum projeto. ( )C ( )A ( )R 11. Cite uma situação em que foi necessário identificar com precisão as necessidades dos clientes e atendê-las, superando as expectativas. ( )C ( )A ( )R

46

12. Faça referência a uma situação em que você interagiu de modo sensível e cortez, dando feedback útil, favorecendo assim mudanças de comportamentos de outras pessoas. ( )C ( )A ( )R

ANEXO 4

Avaliação de Desempenho

AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS - DESEMPENHO Nome do Avaliado: Data:

47

Cargo: Departamento/Área: Recursos Humanos:

De: Superior Imediato:

Até:

COMPETÊNCIAS AUTO-AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO DO

SUPERIOR CONSENSO

TIPO LISTA I II III IV I II III IV

Faz as coisas acontecerem

Comunicação e habilidades interpessoais

Raciocínio Analítico

Atenção a detalhes/ concentração

DE

SE

MP

EN

HO

Auto desenvolvimento

OBSERVAÇÕES:

PDI:

AVALIAÇÃO AUTO: O funcionário se auto avalia. AVALIAÇÃO SUPERIOR: Avalia o superior imediato. CONSENSO: Acordo entre o funcionário e seu Superior Imediato.

BIBLIOGRAFIA

RABAGLIO, M.O. Seleção por Competências. Ed. Educator. São Paulo, 2001.

CHIAVENATTO, Idalberto. Gestão por Competências. Ed. Campus/RJ, 1999.

48

CHIAVENATTO, Adalberto. Administração de Recursos Humanos. Ed. Atla,

São Paulo, 1981.

REIS, Valéria dos. A Entrevista de Seleção com Foco em Competências

Comportamentais. Ed. Qualitymark,2003.

LIMONGI-FRANA, A.C Os Processos de Recrutamento e Seleção, in:

FLEURY, Maria T. et al. As Pessoas na Organização. Ed. Gente/SP,2002.

CRIPE, J. Edward e MANSFIELD, Richard S. Ed.Campus.

DUTRA, J. S. Gestão por Competências. Ed. Gente. São Paulo, 2001.

FLEURY, M.T.L. A Gestão de Competência e a Estratégia Organizacional. In:

As Pessoas na Organização. Ed. Gente. São Paulo, 2002.

NERI, Agnaldo A Gestão de RH por Competências e a Empregabilidade.

Papirus, Campinas, 1999.

MARRAS, J.P. Administração de Recursos Humanos: do Operacional ao

Estratégico. Ed. Futura. São Paulo, 2000.

TRASSATTI, S. R. & COSTA, M. I. Administração de Recursos Humanos por

Competências: A Gestão do Novo Contrato entre Pessoas e Empresas do

Terceiro Milênio in: NERI, A. A. Gesta de RH por Competências. Papirus,

Campinas, 1999.

GRAMIGNA, M.R. Modelo de Competências e Gestão de Talentos. São Paulo:

Pearson Education, 2002.

RESENDE, E. Remuneração e Carreira Baseada em Competências e

Habilidades. Qualitymark. Editora, 1999.

49

ULRICH, D. Recursos Humanos Estratégicos – Novas Perspectivas para os

Profissionais de RH. Editora Futura, São Paulo, 2000.

Sites Consultados:

www.rh.com.br

www.guiarh.com.br

www.workplan.com.br

www.psicologia.com.br

50

ATIVIDADES CULTURAIS

51

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - Definindo as Competências 10

1.1- O Ambiente Organizacional 1.2- Planejamento do Processo de Recrutamento e Seleção 1.3- Necessidade de Identificar as Competências 1.4- As competências mais destacadas no mercado. 1.5- As vantagens e desvantagens de utilização no processo seletivo. CAPÍTULO II - Seleção por Competências 20

2.1- Os passos para a Implantação da Metodologia 2.2 – Entrevista por Competência 2.3 - Etapas da Entrevista com foco em competências

2.4 - Os principais diferenciais da Entrevista Comportamental

CAPÍTULO III – As interfaces da Seleção por Competências 26

3.1- Avaliação de Desempenho 3.2- Treinamento e Desenvolvimento 3.3- Remuneração 3.4- Gestão por Competências CAPÍTULO IV – O papel do RH no atual mercado 34 CONCLUSÃO 38

ANEXOS 40

BIBLIOGRAFIA 48

ATIVIDADES CULTURAIS 50

INDICE 52

FOLHA DE AVALIAÇÃO 53

52

FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Pós Graduação “Lato Sensu”

53

Título da Monografia: Gestão por Competências – Um modelo de gestão

integrado, adotado pelo RH estratégico, no atual cenário organizacional.

Autor: Daniele da Silva Milagres

Data da entrega: Julho/2007

Avaliado por: __________________________________Conceito:________