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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE OS BENEFÍCIOS DA APLICAÇÃO DA BS 8800/OHSASA 18001 E A QUALIDADE DE VIDA DOS FUNCIONÁRIOS E COLABORADORES EM LABORATÓRIOS CLÍNICOS Por: Eliane Rodrigues Campagnuci Orientador Prof. Nelsom de Magalhães Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

OS BENEFÍCIOS DA APLICAÇÃO DA BS 8800/OHSASA 18001

E A QUALIDADE DE VIDA DOS FUNCIONÁRIOS E

COLABORADORES EM LABORATÓRIOS CLÍNICOS

Por: Eliane Rodrigues Campagnuci

Orientador

Prof. Nelsom de Magalhães

Rio de Janeiro

2010

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

OS BENEFÍCIOS DA APLICAÇÃO DA BS 8800/OHSASA 18001

E A QUALIDADE DE VIDA DOS FUNCIONÁRIOS E

COLABORADORES EM LABORATÓRIOS CLÍNICOS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Administração

da Qualidade.

Por: Eliane Rodrigues Campagnuci

AGRADECIMENTOS

....aos amigos e parentes, clientes,

fornecedores, ao meu emprego,

principalmente a minha atual gerente

de produção que muito contribui com

incentivo para realização e conclusão

do curso.

DEDICATÓRIA

Dedico a Deus, a minha Mãe, família,

e meus filhos.

RESUMO

O resumo apresentado através de trabalho monográfico de Revisão de

Literatura tem como objetivo abordar sobre as certificações nas empresas de

laboratórios clínicos proporcionando um mecanismo de melhoria contínua dos

processos nas organizações e estabelecer excelência em diversas áreas como

a qualidade dentro das empresas, criando uma relação positiva entre

funcionários, colaboradores e empresa. O funcionário e o colaborador a partir

do trabalho apresentado estarão cientes sobre o conceito de qualidade de vida

e a empresa estará agindo corretamente frente as certificações de qualidade

de segurança e saúde.

O trabalho comenta sobre as certificações e o sentido de sua criação,

abordando o histórico, suas normativas e a aplicabilidade na rotina executada

nas empresas.

Estuda sobre os mecanismos que levam ao bom desempenho da

empresa frente aos funcionários e colaboradores e vice-versa.

Exemplifica a rotina nos laboratórios clínicos conforme as normativas da

OMS e da Anvisa, comparando com as normas retratadas no trabalho de

pesquisa.

Abaixo através deste trabalho estaremos remontando esta importância e

as normas desta gestão frente as empresas de laboratórios clínicos.

Palavra-Chave: Certificações BS 8800/OHSASA 18001, Gestão da Segurança

e Saúde e trabalho, funcionário, empresas e colaboradores.em Laboratórios

Clínicos

METODOLOGIA

O trabalho de revisão de literatura foi realizado através de livros e

revistas e internet, teve como pressuposto uma pesquisa quantitativa, e de

pesquisa de estudos de caso sobre empresas de laboratórios clínicos e as

normativas de gerenciamento de segurança e trabalho no confronto com as

certificações.

A pesquisa é exploratória por envolver levantamento bibliográfico. A

pesquisa é descritiva porque pretende descrever as principais características

inerentes à realidade de determinada das empresas, funcionários e

colaboradores, estabelecendo relações entre variáveis.

Concluindo a pesquisa é qualitativa por considerar o processo e seu

significado como enfoques principais de abordagem, ou seja, o objetivo maior

está na compreensão dos fatos e não na sua mensuração. Os dados

identificados são avaliados analiticamente, sem a aplicação de métodos

estatísticos.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Origem e Evolução 10

CAPÍTULO II - Comentário LEI BS 8800 – OHSAS 18001 16

CAPÍTULO III – Abordagem dos requisitos 37

CAPÍTULO IV - Certificações em Laboratórios Clínicos 43 CAPÍTULO V – Organização Mundial de Saúde 46 CAPÍTULO VI - Exemplo a ser seguido 48

CONCLUSÃO 51

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 53

ANEXOS 56

ÍNDICE 59

INTRODUÇÃO

No transcorrer da história, principalmente no século XX, no qual a

revolução industrial foi um dos motivadores para os meios de trabalhos a

preocupação com a qualidade da empresa, funcionários eram meras

ferramentas para obtenção de lucro.

Neste milênio os esforços maiores empreendidos pelas organizações

são criar novas ferramentas de qualidade administrativa para que haja um bom

rendimento da empresa, umas dessas ferramentas estão no controle de

qualidade que empreendem: a qualidade de vida dos funcionários e

colaboradores da empresa frente aos requisitos dos fundamentos da BS

8800/OHSAS 18001. (VASCONCELOS, 2001)

Estamos diante de um novo modelo de estratégias, um modelo que

tende a se fortificar durante as décadas do novo milênio, no qual não só

compreende o espaço da empresa mais se estende para toda comunidade

ligada a empresa.

O mundo empresarial tem, portanto, um papel fundamental na garantia

de uma preservação do meio ambiente e na definição da qualidade de vida das

comunidades e do meio ambiente. (KRAEMER, 2003).

Surgem novas propostas ou propostas antigas são aperfeiçoadas,

infelizmente aquelas que visam proporcionar uma melhor condição ao

trabalhador ainda são pouco incentivadas sendo priorizadas a de ganho

pecuniário. (VASCONCELOS, 2001).

A qualidade tem se transformado em uma arma de competição que nos

últimos anos permite a empresa sobreviver e ganhar novas fatias do mercado.

Sua importância tem sido reconhecida a partir do crescimento das exigências

dos consumidores em obter produtos de qualidade, bem como pela diminuição

de custos que ocasiona o crescimento dos lucros. (LANZAS, 1994).

A partir do que foi retratado acima este trabalho de final de curso tem

como principal temática abordar os benefícios da qualidade de vida dos

funcionários e colaboradores de uma empresa a partir da visão da BS

8800/OHSAS 18001 frente aos laboratórios clínicos.

Por que as empresas não implementam de forma integral os

fundamentos da BS 8800/OHSAS 18001?

Atualmente com avanço das normatizações do sistema de gestão de

qualidade, a implementação da BS 8800/OHSAS 18001 permite que os

funcionários resgatem os seus direitos, não só os funcionários, mas também os

colaboradores.

A implementação da BS 8800/OHSAS 18001 permitiu que a organização

(empresa) controlasse os riscos de acidentes e doenças ocupacionais.

Os capítulos abordarão os seguintes tópicos abaixo:

• Introdução

• Origem e evolução

• Comentário Lei BS 8800 – OHSAS 18001

• Abordagem dos requisitos para um sistema de gestão de segurança e

saúde no trabalho;

• Certificações e Laboratórios Clínicos;

• De acordo com OMS

• Conclusão

A partir destas abordagens que veremos abaixo, tem como objetivo o

compromisso com a qualidade em que são empregadas na vida de cada

funcionário e colaborador, visando uma integração empresa e BS 8800/OHSAS

18001 utilizadas no mundo e nas empresas brasileiras, trazendo requisitos e

quebrando alguns paradigmas frente ao lucro que por muito anos foi prioridade

no cotidiano das empresas.

CAPÍTULO 1: ORIGEM E EVOLUÇÃO

De acordo com Rodrigues (1999), o bem estar ao trabalhador na

preocupação com suas tarefas diárias, foi uma preocupação do ser humano.

Historicamente Euclides (300 a.C) em seus ensinamentos em Alexandria já

através dos princípios de geometria serviam de inspiração para melhoria do

método de trabalho no Egito. Outra Lei foi das Alavancas, de Arquimedes,

formulada em 287 a.C, que veio diminuir o esforço físico de muitos

trabalhadores.

No século XX, muitos cientistas contribuíram para o estudo sobre a

satisfação do indivíduo no trabalho. Entre eles pode-se destacar Helton Mayo

Apud Hampton (1991), cujas os trabalhos de pesquisas, são altamente

relevantes para o estudo do comportamento humano, da motivação dos

indivíduos para obtenção de metas organizacionais e da qualidade de vida do

trabalhador, principalmente a partir das pesquisas e estudos efetuados na

Western Eletric Company (Hawthorne, Chicago) no início dos anos 20, que

culminaram com a escola de Relações humanas.

Outro autor Maslow Apud Vasconcelos (2001), que retrata as cinco

necessidades fundamentais: fisiológicas, segurança, amor, estima e auto-

realização e Douglas McGregor autor da Teoria X, que analisa que os

compromissos com os objetivos dependem da recompensa à sua consecução

e que o ser humano não só aprende a aceitar as responsabilidades, como

passa procurá-las.

De acordo com Frederick Herzberg, os fatores higiênicos são capazes

de produzir insatisfação, compreendem: a política e a administração da

empresa, as relações interpessoais com os supervisores, supervisão, condição

de trabalho, salários, status e segurança no trabalho; os fatores motivadores

são geradores de satisfação e abrangem: a realização, reconhecimento, o

próprio trabalho, responsabilidade e progresso ou desenvolvimento.

(FERREIRA, REIS E PEREIRA, 1999 E RODRIGUES, 1999 Apud

VASCONCELOS, 2001).

De acordo com Nadler e Lawler apud Fernandes (1996) a evolução do

conceito abrange uma visão de evolução, retratada na tabela QVT (Qualidade

de vida no Trabalho) descrita abaixo:

C

o

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Características ou visão

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Reação do indivíduo ao trabalho.

Investigava-se como melhorar a

qualidade de vida no trabalho para

o indivíduo

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O foco era o indivíduo antes do

resultado organizacional; mas, ao

mesmo tempo, buscava-se trazer

melhorias tanto ao empregado

como à direção.

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Um conjunto de abordagens,

métodos ou técnicas para melhorar

o ambiente de trabalho e tornar o

trabalho mais produtivo e mais

satisfatório. QVT era vista como,

sinônimo de grupos autônomos de

trabalho, enriquecimento de cargo

ou desenho de novas plantas com

integração social e técnica.

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Q

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Declaração ideológica sobre a

natureza do trabalho e as relações

dos trabalhadores como a

organização. Os termos

“administração participativa” e

“democracia industrial” eram

frequentemente ditos como ideais

do movimento QVT.

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Características ou visão

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Como panacéia contra a

competição estrangeira, problemas

de qualidade, baixas taxas de

produtividade, problemas de

queixas e outros problemas

organizacionais.

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No caso de alguns projetos QVT

fracassarem no futuro, não

passará de um “modismo”

passageiro.

(

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)

Fonte: NADLER E LAWER apud VASCONCELOS (2001: 25)

De acordo com França (1997:80)

“Qualidade de vida no trabalho (QVT) é o conjunto de ações de uma empresa que envolve a implantação de melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho. A construção da qualidade de vida no trabalho ocorre a partir do momento em que se olha a empresa e as pessoas como um todo, o que chamamos de enfoque biopsicossocial. O posicionamento biopsicosocial representa o fator diferencial para a realização de diagnóstico, campanhas, criação de serviços e implantação de projetos voltados para a preservação e desenvolvimento das pessoas, durante o trabalho na empresa.”

França na p. 80, continua no contexto do trabalho a abordagem pode

está associada à ética da condição humana. Esta ética busca desde a

identificação, eliminação e neutralização dos riscos ocupacionais na

observação do ambiente físico, das relações de trabalho, da carga física e

mental requerida no dia-a-dia de trabalho e principalmente as implicações

políticas e ideológicas, na dinâmica da liderança empresarial e do poder formal

até o significado do trabalho em si, relacionamento e satisfação no trabalho.

FRANÇA E ALBUQUERQUE (1997), LIMONGI (1995) Apud

VASCONCELOS (2001), retratam que a sociedade vive uma nova visão, quer

dizer novos paradigmas de modos de vida dentro e fora da empresa, umas

dessas são citadas abaixo:

Saúde: A ciência busca preservar a integridade física, mental e social do ser

humano e não apenas atuar sobre o controle de doenças, gerando avanços

biomédicos e maior expectativa de vida.

Ecologia: Descreve o homem como parte integrante e responsável pela

preservação do sistema dos seres vivos e dos insumos da natureza.

Ergonomia: Analisa as condições de trabalho à pessoa. Fundamenta-se na

medicina, na psicologia, na motricidade e na tecnologia industrial, visando ao

conforto na operação.

Psicologia: Juntamente com a filosofia, demonstra a influência das atitudes

internas e perspectivas de vida de cada pessoa em seu trabalho e a

importância do significado intrínseco das necessidades individuais para seu

envolvimento com o trabalho.

Sociologia: Resgatar a dimensão simbólica do que é compartilhado e

construído socialmente, demonstrando suas implicações nos diversos

contextos culturais e antropológicos da empresa.

Economia: Enfatiza a consciência de que os bens são finitos e que a

distribuição de bens, recursos e serviços devem envolver de forma equilibrada

a responsabilidade e os direitos da sociedade.

Administração: Procura aumentar a capacidade de mobilizar recursos para

atingir resultados, em ambiente cada vez mais complexo, mutável e

competitivo.

Engenharia: Elabora formas de produção voltadas para flexibilização da

manufatura, armazenamento de materiais, uso da tecnologia, organização do

trabalho e controle de processos.

Por muito tempo vários fatores tanto ambientais como humanos foram

negligenciados pelas sociedades industriais, e programas de qualidade de vida,

resgatam esses valores colocando o profissional num patamar de produtividade

melhor do que empresas que prezam valores de crescimento econômico

(WALTON apud RODRIGUES, 1999, p. 81).

Vários conceitos são importante para qualidade do profissional frente a

empresa, como: compensação junta e adequada, condições de trabalho, uso e

desenvolvimento de capacidades, oportunidade de crescimento e segurança,

integração social na organização, constitucionalismo, o trabalho e o espaço

total de vida e relevância.

Vários outros autores retratam uma melhor qualidade de vida dentro das

empresas, mas não só um discurso de qualidade de vida, e sim a prática

vivenciada dentro da empresa proporcionando uma qualidade das relações de

trabalho positiva, não programas isolados internos de saúde, mas uma

perspectiva de segurança, saúde, relações positivas internas de trabalho, e

outros fatores citados acima.

Para isso foram criadas as certificações com objetivo de corroborar o

compromisso com a qualidade nas empresas e proporcionar um mecanismo e

melhoria contínua dos processos e das organizações.

As empresas atualmente elas são agentes transformadores que

exercem uma influência muito grande sobre os recursos humanos, a

sociedade e meio ambiente, possuindo também recursos financeiros,

tecnológicos e econômicos. Diante disto, procuram colaborar de alguma forma

para o fortalecimento destas áreas.

No âmbito internacional as normas BS 88000 e OHSAS 18001, que

tratam de segurança e saúde no ambiente de trabalho, estão dentro destas

certificações importantes para empresa.

Capítulo 2 - COMENTÁRIO LEI BS 8800 – OHSAS 18001

As certificações foram estabelecidas com o objetivo de auxiliar o

compromisso com a qualidade nas empresas e proporcionar um mecanismo de

melhoria contínua dos processos e direcionar as empresas a atingir a

excelência em diversas áreas como a qualidade, segurança e meio ambiente.

As empresas têm buscado a cada dia mais se atualizarem dentro do

contexto mundial, buscando padrões de qualidades reconhecidos

mundialmente (GONZALES, KURTS, WEBSTER, 2007).

2.1. A OHSAS 18001

A OHSAS 18001 foi desenvolvida com a participação das seguintes

organizações:

National Standard Authority of Ireland

South African of Standards

British Standards Institution

Bureau Veritas Qualiy International

Det Norske Veritas

Lioyds Register Quality Assurance

National Quality Assurance

SFS Certification

SGS Yarley International Certification Services

Asociación Española de Normalizacion y Certificación

International Safety Management Organisation Ltd

Standards and Industry Research Institute of Malaysia (Quality Assurance

Services)

International Certification Services.

De acordo com Benite e Souto (2004), a OHSAS 18001 foi desenvolvida

para ser compatível com as normas de sistemas de gestão como ISO

9001:1994 (Qualidade) e ISSO 14001:1996 (Ambiental), tendo como objetivo

facilitar a integração dos sistemas de gestão de qualidade, ambiental e de

segurança e saúde ocupacional pelas organizações, se assim elas o

desejarem.

OHSAS é analisada quando novas edições da ISO 9001 ou da ISSO

14001, forem analisadas para dar compatibilidade.

Para seu desenvolvimento foram consultadas algumas normas como:

BS 8800:1996 – Guia para um sistema de gestão de segurança e saúde

ocupacional;

Relatório Técnico NPR 5001: 1997 – Guia para um sistema de gestão da

segurança e saúde no trabalho;

SGS & IMOL ISA 2000:1997 – Requisitos para Sistemas de Gestão da

Segurança e Saúde;

BVQI SafetyCert – Norma de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional;

DNV – Norma para Certificação de Sistemas de Gestão da Segurança e

Saúde;

Projeto AS/NZ 4801 – Sistema de gestão da segurança e saúde ocupacional

especificação com diretrizes para uso;

Projeto BSI PAS 088 – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde

Ocupacional;

UNE 81900 – Série de pré-normas sobre prevenção de riscos ocupacionais;

Projeto LRQA SMS 8800 – Critério de avaliação de sistemas de gestão da

segurança e saúde.

A OHSAS 18001 substituirá alguns desses documentos mencionados,

mantendo um nível de alta compatibilidade, e equivalência técnica, com a UNE

81900.

A OHSAS aplicam-se os seguintes termos e definições:

2.1.1. Acidente

Evento indesejável que resulta em morte, lesão, dano ou outra perda.

2.1.2 Auditoria

Exame sistemático para determinar se as atividades e os resultados

relacionados estão conforme as disposições planejadas e também se estas

disposições estão implementadas efetivamente e são adequados para atender

a política e os objetivos da organização.

2.1.3 Melhoria contínua

Processo de aperfeiçoamento do sistema de gestão de SSO, para

alcançar a melhoria de segurança e saúde ocupacional como um todo, em

acordo com a política de SSO da organização.

(NOTA O processo não precisa ser aplicado em todas as áreas

simultaneamente)

2.1.4 Perigo

Fonte ou situação com o potencial de danos em termos de lesão,

doença, dano a propriedade, prejuízo ao ambiente de trabalho, ou a

combinação desses.

2.1.5 Identificação de perigo

Processo de reconhecimento que um perigo (ver 2.4) existe e de

definição de suas características.

2.1.6 Incidente

Evento que acarretou em acidente ou tinha o potencial de levar a um

acidente.

(NOTA Um incidente onde não ocasiona doença, lesão, dano, ou outra perda é

também referenciado como “quase-acidente”. O termo “incidente” inclui “quase-

acidentes”).

2.1.7 Partes interessadas

Indivíduo ou grupo preocupado com, ou afetados pelo, desempenho de

SSO de uma organização.

2.1.8 Não-conformidades

Qualquer desvio em relação às normas de trabalho, práticas,

procedimentos, regulamentos, desempenho do sistema de gestão etc. que

poderiam direta ou indiretamente levar a lesão ou doenças, dano a

propriedade, danos ao ambiente de trabalho, ou a combinação destes.

2.1.9 Objetivos

Metas, em termos de desenvolvimento de SSO, que uma organização

estabelece para ela atingir.

2.1.10 Segurança e Saúde Ocupacional

Condições e fatores que afetam o bem estar dos empregados,

trabalhadores temporários, pessoal contratado, visitantes e qualquer outra

pessoa no local de trabalho.

2.1.11 Sistema de gestão de SSO

Parte de um sistema de gestão que facilita o gerenciamento dos riscos

de SSO associados aos negócios da organização. Isto inclui a estrutura de

organizacional, planejamento das atividades, responsabilidades, práticas,

procedimentos, processos e recursos para o desenvolver, implementar,

alcançar, analisar criticamente e manter a política de SSO da organização

2. 1.12 Organização

Companhia, operação, firma, empresa, instituição ou associação, ou

parte destas, incorporadas ou não, pública ou privada, que tem suas próprias

funções e administração.

(NOTE para organizações com mais de uma unidade de operação, uma única

unidade de operação pode ser definida como uma organização)

2.1.13 Desempenho

Resultados mensuráveis do sistema de gestão de SSO, relacionados

com o controle da saúde e dos riscos da organização, com base em sua

política e objetivos de SSO.

(NOTE medição de performance inclui a medição das atividades e resultados

da gestão de SSO)

2.1.14 Riscos

Combinação da probabilidade e conseqüência(s) de um determinado

evento perigoso.

2.1.15 Avaliação de riscos

Todo processo de estimativa da magnitude dos riscos e decisão se os

mesmos são ou não toleráveis.

2.1.16 Segurança

Livre de risco inaceitável de dano [ISO/IEC Guia 02]

2.1.17 Risco tolerável

Risco que foi reduzido a um nível que pode ser tolerado pela

organização levando em consideração suas obrigações legais e sua política de

SSO

2.2 Sistema de Gestão SSO

2.2.1 Requisitos gerais

A organização deve estabelecer e manter um sistema de gestão de

SSO.

2.2.2 Política de SSO

Deve haver uma política de segurança e saúde ocupacional autorizada

pela alta administração da organização, que claramente estabeleça os

objetivos gerais de segurança e saúde e o comprometimento para melhorar o

desempenho da segurança e saúde.

A política deve:

a) ser apropriada a natureza e escala dos riscos de SSO da organização;

b) incluir o comprometimento com a melhoria contínua;

c) incluir o comprometimento, em pelo menos, atender a legislação vigente de

SSO aplicável e a outros requisitos aos quais a organização está

submetida;

d) ser documentada, implementada e mantida;

e) ser comunicada a todos os empregados com a intenção de torna-los

cientes de suas obrigações individuais em relação a SSO;

f) estar disponível para as partes interessadas; e

g) ser periodicamente analisada criticamente para assegurar que esta

permaneça pertinente e apropriada a organização.

2.2.3 Planejamento

Planejamento para identificação de perigos, avaliação e controle de

riscos a organização deve estabelecer e manter procedimentos para a contínua

identificação de perigos, avaliação de riscos, e a implementação das medidas

de controle necessárias. Estes devem incluir: atividades de rotina e não-rotina;

atividades de todo o pessoal que tem acesso ao local de trabalho (incluindo

subcontratados e visitantes); instalações do local de trabalho, tanto fornecidas

pela organização como por outros.

A organização deve garantir que os resultados dessas avaliações e os

efeitos dos controles sejam considerados para o estabelecidos dos objetivos de

SSO. A organização deve documentar e manter as informações atualizadas.

A metodologia da organização para identificação de perigos e avaliação de

riscos deve: ser definida com respeito a seu escopo, natureza e freqüência

para assegurar que este seja proativo ao invés de reativo; fornecer, pela

identificação e classificação dos riscos quais devem ser eliminados ou

controlados pelas medidas definidas em 2.2.3 e 2.2.4; ser consistente com a

experiência operacional e a capacidade das medidas de controle de riscos

empregadas; prover informações para a determinação de requisitos de

instalação, identificação de necessidades de treinamento e/ou desenvolvimento

de controles operacionais; subsidiar as ações de monitoramento necessárias

de modo a garantir a eficácia e os prazos de sua implementação.

(NOTA para maiores diretrizes de identificação de perigo, avaliação de riscos e

controle de riscos, consultar a OHSAS 18002).

2.2.4 Legislação e outros requisitos

A organização deve estabelecer e manter um procedimento para

identificar e acessar a legislação e outros requisitos de SSO e legais que lhe

são aplicáveis. A organização deve manter estas informações atualizadas. A

comunicação e as informações devem ser relevantes sobre legislação e outros

requisitos para os seus empregados e outras partes interessadas relevantes.

2.2.5 Objetivos

A organização deve manter e estabelecer documentado os objetivos de

segurança e saúde ocupacional, para cada função e nível relevante da

organização. (NOTA Objetivos devem ser quantificados sempre que praticável)

Durante o estabelecendo e analise critica dos objetivos, uma organização deve

considerar a legislação e outros requisitos, seus perigos e riscos de SSO, suas

opções tecnológicas, suas finanças, requisitos operacionais e de negócios, e a

visão das partes interessadas. Os objetivos devem ser consistentes com a

política de SSO, incluindo o comprometimento com a melhoria contínua.

2.2.6 Programa(s) de gestão de SSO

A organização deve estabelecer e manter (um) programa(s) de gestão

de SSO para alcançar seus objetivos. Este deve incluir documentação com: a

designação das responsabilidades e autoridades para o alcance dos objetivos

em funções e níveis relevantes da organização; e os meios e prazos pelo qual

tais objetivos sejam alcançados. O programa(s) de gestão de SSO deve ser

analisado criticamente em intervalos regulares e planejados. Onde necessário,

o(s) programa(s) de gestão de SSO deve ser revisados para atender mudanças

nas atividades, produtos, serviços, ou condições operacionais da organização.

2.2.7 Implementação e operação

2.2.7.1 Estrutura e responsabilidade

As funções, responsabilidades e autoridades do pessoal que administra,

executa e verifica atividades que tem um efeito nos riscos de SSO das

atividades, instalações e processos da organização, devem ser definidas,

documentadas e comunicadas para facilitar a gestão de SSO. A

responsabilidade final sobre segurança e saúde ocupacional pertence à alta

administração. A organização deve designar um membro da alta administração

(por exemplo, em uma grande organização, um diretor ou um membro do

comitê executivo) com a particular responsabilidade de assegurar que o

sistema de gestão de SSO seja devidamente implementado e atende aos

requisitos em todas situações e locais de operação da organização.

A administração deve fornecer recursos essenciais para a implementação,

controle e melhoria do sistema de gestão de SSO.

(NOTA Recursos incluem recursos humanos e atividades especializadas,

recursos tecnológicos e financeiros).

O membro designado pela administração deve ter função,

responsabilidade e autoridade definida para: assegurar que os requisitos do

sistema de gestão de SSO estão estabelecidos, implementados e mantidos em

acordo com esta especificação da OHSAS; assegurar que os relatos do

desempenho do sistema de gestão de SSO são apresentados para a alta

administração para análise crítica como uma base para o melhoria do sistema

de gestão de SSO. Todos que possuem responsabilidades administrativas

devem demonstrar seu comprometimento com a melhoria contínua do

desempenho de SSO.

2.2.8 Treinamento, conscientização e competência.

As pessoas devem ser competentes para executar tarefas que possam

causar impacto na SSO do local de trabalho. Competência deve ser definida

em termos de educação apropriada, treinamento e/ou experiência. A

organização deve estabelecer e manter procedimentos para assegurar que

seus empregados, trabalhando em cada função e nível relevante, estejam

conscientes: da importância da conformidade com os procedimentos e política

de SSO, e com os requisitos do sistema de gestão de SSO; das

conseqüências de SSO, reais ou potenciais, de suas atividades e dos

benefícios de SSO pela melhoria do seu desempenho pessoal; das suas

funções e responsabilidades em alcançar a conformidade com os

procedimentos, política de SSO e com os requisitos do sistema de gestão de

SSO, incluindo os requisitos de preparação e atendimentos a emergências (ver

2.2.7); as potenciais conseqüências da inobservância dos procedimentos

operacionais especificados; procedimentos de treinamento devem levar em

conta os diferentes níveis de: responsabilidade, habilidade e instrução; e

risco.

2.2.9 Consulta e comunicação

A organização deve possuir procedimentos para assegurar que as

informações pertinentes de SSO são comunicadas dos e para os empregados

e outras partes interessadas. O envolvimento dos empregados e os métodos

de consulta devem ser documentados e as partes interessadas informadas.

Os empregados devem ser: envolvidos no desenvolvimento e análise crítica

das políticas e procedimentos de gestão dos riscos; consultados onde houver

qualquer mudança que afete a segurança e saúde do local de trabalho;

representados nos assuntos de segurança e saúde; e informados sobre quem

é(são) o(s) representante(s) de SSO e o representante designado pela

administração (ver 2.2.1).

2.2.10 Documentação

A organização deve estabelecer e manter informação, em um meio

adequado como papel ou formulário eletrônico, que: descreva os elementos

mais importantes do sistema de gestão e suas interações; e - forneça

orientação sobre a documentação relacionada.

(NOTA É importante que a documentação seja mantida no tempo mínimo

necessário, para sua eficácia e eficiência)

2.2.11 Controle de documentos e dados

A organização deve estabelecer e manter procedimentos para controlar

todos os documentos e dados requeridos por esta especificação da OHSAS

para assegurar que:

a) eles possam ser localizados;

b) eles sejam periodicamente analisados criticamente, revisados quando

necessário e aprovados quando adequados, por pessoal autorizado;

c) versões atuais de documentos e dados relevantes estejam disponíveis em

todos os locais onde sejam essenciais para o efetivo funcionamento do

sistema de SSO;

d) documentos e dados obsoletos sejam prontamente removidos dos locais de

distribuição e pontos de uso, ou de outra forma, para assegurar que não

sejam utilizados indevidamente; e

e) o arquivo de documentos e dados retidos por motivos legais ou de

preservação do conhecimento adquirido ou ambos, sejam devidamente

identificados.

2.2.12 Controle operacional

A organização deve identificar as operações e atividades que estão

associadas aos riscos identificados, onde as medidas de controle precisam ser

aplicadas. A organização deve planejar essas atividades, incluindo a

manutenção, objetivando assegurar que elas sejam executadas sob condições

especificadas através:

a) do estabelecimento e manutenção de procedimentos documentados para

abranger situações onde a falta dos mesmos possam levar a desvios em

relação a política e aos objetivos de SSO;

b) da estipulação de critérios operacionais nos procedimentos;

c) do estabelecimento e manutenção de procedimentos relacionados com os

riscos identificados de SSO de bens, equipamentos e serviços adquiridos

e/ou utilizados pela organização, e comunicando procedimentos e

requisitos relevantes aos fornecedores e contratados;

d) do estabelecimento e manutenção de procedimentos para o projeto do

local de trabalho, processos, instalações, equipamentos, procedimentos

operacionais e organização de trabalho, incluindo a adaptação às

capacidades humanas, objetivando eliminar ou reduzir os riscos de SSO

nas suas fontes.

2.2.13 Preparação e atendimento a emergências

A organização deve estabelecer e manter planos e procedimentos para

identificar o potencial para, e a respostas para, incidentes e situações de

emergência, e para prevenir e mitigar as possíveis doenças e danos que

possam estar associados com os mesmos. A organização deve analisar

criticamente os planos e procedimentos de preparação e atendimento a

emergências, especialmente após a ocorrência de incidentes ou situações de

emergência. A organização deve também periodicamente testar tais

procedimentos, quando praticável.

2.2.14 Verificação e ações corretivas

2.2.14.1 Monitoramento e medição do desempenho

A organização deve estabelecer e manter procedimentos para

periodicamente monitorar e medir o desempenho de SSO. Estes

procedimentos devem fornecer: medidas qualitativas e quantitativas,

apropriadas às necessidades da organização; monitoramento do grau de

atendimento dos objetivos de SSO da organização; medidas proativas do

desempenho que monitorem a conformidade com os programas de gestão de

SSO, critérios operacionais, legislação aplicável e regulamentos aplicáveis;

medidas reativas do desempenho para monitorar acidentes, doenças,

incidentes (incluindo quase-acidentes) e outras evidências históricas de

deficiências no desempenho de SSO; registro de dados e resultados do

monitoramento e medição suficientes para facilitar a posterior análise das

ações corretivas e preventivas.

Se for requerido equipamento para monitoramento e medição de

desempenho, a organização deve estabelecer e manter procedimentos para a

calibração e manutenção de tal equipamento. Registros das atividades de

calibração e manutenção e os resultados devem ser mantidos.

2.2.15 Acidentes, incidentes, não-conformidades e ações preventivas e

corretivas

A organização deve estabelecer e manter procedimentos para definir

responsabilidade e autoridade para:

a) tratar e investigar: acidentes; incidentes; não-conformidades;

b) tomar ações para mitigar quaisquer conseqüências originadas de acidentes,

incidentes ou não-conformidades;

c) iniciar e concluir a ações preventivas e corretivas;

d) confirmar a eficácia das ações preventivas e corretivas tomadas.

Estes procedimentos devem requerer que toda ação preventiva e

corretiva proposta sejam analisadas criticamente durante o processo de

avaliação de riscos antes de sua implementação. Qualquer ação preventiva ou

corretiva tomada para eliminar as causas da não conformidades, reais ou

potencial, deve ser adequada à magnitude dos problemas e proporcional aos

riscos de SSO encontrados. A organização deve implementar e registrar

quaisquer mudanças nos procedimentos documentados, resultantes das ações

preventivas e corretivas.

2.2.16. Registros e gestão de registros

A organização deve estabelecer e manter procedimentos para

identificação, manutenção e disposição dos registros de SSO, bem como dos

resultados de auditorias e análises críticas. Os registros de SSO devem ser

legíveis, identificáveis e rastreáveis as atividades envolvidas. Os registros de

SSO devem ser arquivados e mantidos de maneira que possam ser

rapidamente recuperados e sejam protegidos contra danos, deterioração ou

perda. O tempo de retenção deve ser estabelecido e registrado. Registros

devem ser mantidos, de acordo com a necessidade do sistema e da

organização, para demonstrar conformidade com esta especificação da

OHSAS.

2.2.17 Auditoria

A organização deve estabelecer e manter um programa de auditorias e

procedimentos para a execução de auditorias periódicas do sistema de gestão

de SSO, a fim de:

a) determinar se o sistema de gestão de SSO:

1) está conforme com as disposições planejadas para a gestão de SSO,

incluindo os requisitos desta especificação da OHSAS;

2) está sendo devidamente implementado e mantido; e

3) é eficiente no atendimento à política e aos objetivos da organização;

b) analisar criticamente os resultados das auditorias anteriores;

c) fornecer informação sobre os resultados das auditorias para a administração.

O programa de auditoria, incluindo qualquer programação, deve ser baseado

nos resultados das avaliações de risco das atividades da organização, e nos

resultados de auditorias anteriores. Os procedimentos de auditoria devem

abranger o escopo, a freqüência, as metodologias e competências, bem como

as responsabilidades e requisitos para a condução de auditorias e relato dos

resultados. Sempre que possível, as auditorias devem ser conduzidas por

pessoal independente dos que tem responsabilidade direta com a atividade que

está sendo examinada.

(NOTA A palavra “independente” aqui não significa necessariamente externo a

organização.)

2.2.18 Análise crítica pela administração

A alta administração da organização deve, em intervalos por ela

determinados, analisar criticamente o sistema de gestão de SSO, para

assegurar sua contínua conveniência, adequação e eficácia. O processo de

análise crítica pela administração deve garantir que as informações

necessárias sejam coletadas para permitir que a administração de realize a

avaliação. Esta análise crítica deve ser documentada. A análise crítica deve

abordar a possível necessidade de mudanças na política, objetivos e outros

elementos do sistema de gestão de SSO, a luz dos resultados das auditorias

do sistema de gestão de SSO, das mudanças das circunstâncias e do

comprometimento com a melhoria contínua.

2.3. BS 8800/1996

De acordo com Silva e Silva Filho (1998) a norma britânica BS 8800

[BSI, 1996], é um guia de diretrizes bastante genérico que se aplica tanto a

indústrias complexas, de grande porte e altos riscos, como a organizações de

pequeno porte e baixos riscos. Levou cerca de quinze meses para ser discutida

e aprovada oficialmente, entrou em vigor no dia 15 de maio de 1996. No

desenvolvimento da BS 8800, não havia modelos pré-estabelecidos para o

Sistema de Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho. Entretanto, o comitê

britânico responsável pela elaboração da norma, a fim de obter consenso das

partes envolvidas, desenvolveu duas abordagens para a utilização do guia:

uma, baseada no HSE Guidance - Successful Health and Safety Management -

HS(G) 65 ( já adotada amplamente no Reino Unido ), e outra, baseada na ISO

14001 sobre Sistemas de Gestão Ambiental. A orientação apresentada em

cada abordagem é essencialmente a me sma, sendo a única diferença

significativa sua ordem de apresentação. Desenvolveremos a abordagem

baseada na norma ISO 14001, por ser ela uma norma internacional. Diversos

países têm manifestado interesse para que a ISO – International

Standardization Organization, desenvolva normas internacionais voluntárias

sobre Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho (possível série

ISO 18000 ). Estudos estão sendo realizados no sentido de encontrar soluções

harmonizadas para a gestão da prevenção de acidentes e doenças

ocupacionais, evitando assim que requisitos divergentes possam emergir ao

nível de países ou regiões.

A BS 8800 busca auxiliar a minimização dos riscos para os trabalhadores,

melhorar o desempenho dos negócios e estabelecer uma imagem responsável

perante o mercado.

As organizações devem dar a mesma importância à obtenção de altos

padrões de Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho (SST) que dão a outros

aspectos chave de suas atividades de negócio. A BS 8800 fornece diretrizes

baseadas nos princípios gerais da boa administração e foi projetada para

possibilitar a integração da gestão da SST dentro de um sistema global de

gestão, perfeitamente compatível com as normas série ISO 9000 e ISO 14000.

É descrito abaixo o esquema simplificado da BS 8800, sendo a seguir

comentado.

De acordo com a Trends (1996), essa norma os fornece as seguintes

orientações e procedimentos descritos abaixo:

a) o desenvolvimento de sistemas de gerenciamento de saúde e segurança

ocupacionais;

b) as ligações com outras normas de sistemas de gerenciamento o guia foi

concebido para uso por organizações de todos os portes, a despeito da

natureza das suas atividades. Tem o objetivo de ter a sua aplicação

proporcional às circunstâncias e necessidades da organização em particular.

Esta Norma Britânica não estabelece por si mesma critérios de desempenho de

S&SO, nem busca oferecer orientação detalhada sobre a concepção de

sistemas de gerenciamento gerais.

E aplicam-se os seguintes pontos:

2.3.1 acidente

Evento não planejado que acarrete morte, problema de saúde, (veja 3.8)

ferimento dano ou outros prejuízos.

2.3.2 auditoria

Exame sistemático e, sempre que possível, independente, destinado a

determinar se as atividades e os resultados correlatos estão em conformidade

com disposições planejadas, e se essas disposições são implementadas

eficazmente, e apropriadas, para a realização da política e objetivos (veja 3.6)

da organização.

NOTA: A palavra "independente", aqui, não significa, necessariamente, externa

à organização.

2.3.3 fatores externos

Forças alheias ao controle da organização com impacto sobre questões

de saúde e segurança, e com que se tenha de lidar dentro de um horizonte

temporal apropriado, tais como regulamentos e normas industriais.

2.3.4 perigo

Fonte ou situação com potencial de provocar danos em termos de

ferimentos humanos ou problemas de saúde (veja 2. .8), danos à propriedade,

ao ambiente, ou um combinação disto.

2.3.5 identificação de perigo

O processo de reconhecer que um perigo (veja 2.3.4) existe e definir

suas características.

2.3.6 objetivos de saúde e segurança

Os objetivos, em termos de desempenho de S&SO, que uma

organização estabelece para si mesma, como metas a serem atingidas, e que

devem ser quantificados sempre que viável.

2.3.7 vigilância de saúde

A monitoração da saúde das pessoas a fim de detectar sinais ou

sintomas de problemas de saúde (veja 2.3.8) relacionados com o trabalho, de

modo que medidas possam ser tomadas para eliminar, ou reduzir, a

probabilidade de danos ulteriores.

2.3.8 problema de saúde

A saúde deteriorada, o que é julgado como tendo sido causado, ou

piorado, pela atividade ou ambiente de trabalho de uma pessoa.

2.3.9 incidente

Evento não previsto que tem o potencial de conduzir a acidentes (veja 2.

3.1).

2.3.10 fatores internos

Forças dentro da organização que podem afetar a sua capacidade de

realizar a política de saúde e segurança, tais como reorganização ou cultura

internas.

2.3.11 sistema de gerenciamento

Conjunto, a qualquer nível de complexidade, de pessoal, recursos e

procedimentos, cujos componentes interagem de maneira organizada, de

modo a permitir que se realize determinada tarefa ou que se atinja, ou se

mantenha determinado resultado.

2. 3.12 organização

Grupo ou estabelecimento organizados, como, por exemplo, um

negócio, uma empresa, uma repartição governamental, entidades ou

sociedade. No caso de entidades que tiverem mais de um local de operação,

cada um destes poderá ser definido como sendo uma organização.

2.3.13. Risco

A combinação da probabilidade e conseqüência de ocorrer um evento

perigoso especificado.

2.3.14 . Avaliação de riscos

O processo global de estimar a magnitude do risco e decidir se ele é

tolerável ou aceitável.

2.3.15. Levantamento da situação

A avaliação formal do sistema de gerenciamento para saúde e

segurança ocupacionais.

2.3.16 alvo

Uma exigência detalhada de desempenho, quantificada sempre que

viável, pertinente à organização, oriunda dos objetivos de saúde e segurança

(veja 2.3.6) e precise ser cumprida para que esses objetivos sejam atingidos.

CAPÍTULO 3: ABORDAGEM DOS REQUISITOS PARA UM SISTEMA DE

GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO.

Sempre haverá uma necessidade de aplicação do sistema de segurança

e saúde do trabalho, pois houve uma grande necessidade de transformação na

relação entre patrão e empregado, além do salário e dos juros que as

empresas desejavam e queriam.

A necessidade da aplicação do sistema de segurança e saúde no

trabalho é importante, para que haja uma transformação na relação patrão e

empregado e empresa e subordinados. O contexto social atual, tanto

político como tecnológico e social aborda novas estratégias e deixam evidentes

os modelos de gestão atuais, no qual existe uma necessidade em implantar

uma visão no qual o profissional e a empresa estejam numa relação saudável.

Segundo Prahalad e Hamel (1995) os desafios para que as

organizações assegurem sua sobrevivência nesse cenário, as obrigam a

abordar de forma diferenciada e sistêmica seus problemas e a se reinventarem

continuamente.

De acordo com Senge (1998) acrescenta que as empresas que

sobreviverão e se manterão líderes são as voltadas para o futuro, as que são

capazes de assimilar informações novas, se adaptar, mudar, ou seja, capazes

de aprender.

Segundo Benite (2004) nos últimos anos a competição crescente do

mercado bem como o aumento da exigência pelos clientes públicos e privados

levaram uma competição do mercado, aumento da exigência pelos clientes

públicos e privados levaram as organizações a implementarem Sistemas de

Gestão da Qualidade (SGQ) baseados nos modelos da série ISO-9000

estabelecidos pela International Organization for Standardization (ISO).

Entretanto, houve no decorrer dos tempos diversos acidentes ocorridos

no mundo todo, e sendo divulgados na mídia, deixando claro que não existe só

uma competitividade de mercado.

Também é necessário evidenciar e demonstrar de forma inequívoca às

partes interessadas uma atuação ética e responsável quanto às condições de

segurança e saúde no ambiente de trabalho e quanto às suas inter-relações

com o meio ambiente.

Dentre os fatores que mais contribuíram para isso encontram-se os

grandes acidentes, como os citados abaixo, nos quais muitas vidas foram

perdidas, além dos enormes prejuízos causados às organizações, ao meio

ambiente e à sociedade como um todo.

3.1. Exemplos de grandes acidentes:

Rio de Janeiro (Brasil, 1975), um petroleiro fretado pela Petrobrás derramou

6.000 toneladas de óleo na Baía da Guanabara, gerando gravíssimos danos

ambientais.

Sevezo (Itália, 1976), uma explosão de uma fábrica de triclorofenol resultou na

liberação de uma nuvem de dioxina, substância altamente cancerígena que

dizimou 50.000 animais e levou o Vaticano a autorizar a realização de mais de

2.000 abortos humanos na região em razão de problemas de má formação.

Bhopal (Índia, 1984), um vazamento de isocianato de metila resultou na

intoxicação de aproximadamente 200.000 pessoas e na morte de mais de

3.300 pessoas.

Cidade do México (México, 1984), uma grande explosão de propano resultou

em 650 mortes, 6.400 feridos e prejuízo de mais de 22,5 milhões de dólares.

Cubatão (Brasil, 1984), um vazamento de combustível de um duto da

Petrobrás situado sob a favela Vila Socó resulta em um grande incêndio,

registrando a morte de 93 pessoas.

Chernobyl (Rússia, 1985), um acidente nuclear emitiu produtos radioativos na

atmosfera e resultou na evacuação de 135.000 pessoas, mais de 2.000 casos

de câncer e na exposição de mais de 5 milhões de pessoas a radiações,

apresentando desdobramentos até os dias de hoje.

Rio de Janeiro (Brasil, 2001), a maior plataforma de produção de petróleo

semisubmersível do mundo P-36 sofreu uma série de explosões e acabou

afundando, o que resultou em mortes e em um enorme prejuízo financeiro.

Toulouse (França, 2001), uma explosão na planta petroquímica AZF, causada

pelo nitrato de amoníaco, resulta em 30 mortos e 2.000 feridos.

Minas Gerais (Brasil, 2003), o rompimento de um reservatório contendo

milhões de litros de rejeitos químicos usados na produção de celulose provoca

um grande desastre ambiental, atingindo as bacias dos rios Pomba e Paraíba

do Sul e comprometendo o abastecimento de água em diversas cidades do

Estado do Rio de Janeiro.

De acordo com a relação dos problemas apresentados aos acidentes de

trabalho, pode-se mencionar os impressionantes resultados divulgados pela

Organização Internacional do Trabalho(OIT), que citam números entre 1,9 e

2,3 milhões de mortes por ano no mundo como resultantes de acidentes

relacionados ao trabalho (equivalente a 5.500 mortes por dia), das quais:

12.000 são de crianças; 360.000 são relativas a acidentes no local de trabalho;

§ 1.600.000 ocorrem em razão de doenças adquiridas no trabalho.

Para se ter uma idéia de valores, basta compará-los aos resultados do

conflito no Vietnã, que em 7 anos de guerra registrou cerca de 1,5 milhões de

mortes.Também pode ser feita a comparação com os números divulgados

sobre a epidemia de AIDS no mundo pela United Nations Programme on HIV

(UNAIDS, 2003), que, em um período de cinco anos (1997-2002), registrou

aproximadamente 11,7 milhões de mortes (equivalente a 2,34 milhões por

ano). No Brasil, a situação não é diferente haja vista a quantidade de acidentes

do trabalho divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)

apresentada na tabela abaixo:

“Os Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho devem ser vistos como ferramentas gerenciais que contribuam para a melhoria no desempenho das empresas construtoras em relação às questões de SST, o que é uma necessidade fundamental para a organização, trabalhadores e para a sociedade. No entanto, há uma grande quantidade de empresas construtoras que desconhecem os SGSSTs, os conceitos envolvidos, seus elementos e que resultados podem ser obtidos com a sua implementação”. (BENITE, 2004)

Segundo as normas BSI-OHSAS-18001 e BS-8800, pode-se definir

“perigo” como sendo: “fonte ou situação com potencial de provocar lesões

pessoais, problemas de saúde, danos à propriedade, ao ambiente de trabalho,

ou uma combinação desses fatores”. Esta definição também pode ser redigida

da seguinte forma: “fonte ou situação com potencial de provocar acidentes”,

assim é possível identificar que o conceito de perigo é igual a soma dos atos

inseguros e condições inseguras. O termo “risco” terá também a definição

adotada pela norma BSI- OHSAS - 18001 e pela norma BS-8800: “combinação

da probabilidade e das conseqüências de ocorrer um evento perigoso”. Assim,

o termo “risco” deve ser entendido como sendo um adjetivo que caracteriza os

perigos, ou seja, um perigo pode ter um risco alto ou baixo. Os termos “perigo”

e “risco”, em diversos casos, inclusive em algumas leis e normas, costumam

ser aplicados como sinônimos sem qualquer tipo de distinção.

3.2. Segurança e Saúde no Trabalho

O termo “Segurança” deve ser entendido como sendo: “o estado de

estar livre de riscos inaceitáveis de danos”, definição convergente com as

definições de Brauer (1994) e com as normas BSI-OHSAS-18001 e BS-8800.

O termo “Saúde” será baseado na definição mais abrangente, que é a da

Organização Mundial da Saúde (OMS): “estado de bem estar físico, mental e

social, e não meramente a ausência de doenças ou enfermidades”. Com base

nessas duas definições é possível estabelecer a definição de “Segurança e

Saúde no Trabalho”: “o estado de estar livre de riscos inaceitáveis de danos

nos ambientes de trabalho, garantindo o bem estar físico, mental e social dos

trabalhadores”.

De acordo com Bird (1969) apud Brauer (1994) propôs um novo enfoque

para as questões de segurança e saúde, a partir da idéia de que a empresa

deveria se preocupar não somente com os danos aos trabalhadores, mas

também com os danos às instalações, aos equipamentos e aos seus bens em

geral, o que ampliava ainda mais a abrangência dos custos dos acidentes e a

necessidade de uma visão prevencionista nas organizações. Assim, deve-se

ter claro que qualquer acidente que ocorre, resultando ou não em lesões aos

trabalhadores, gera um prejuízo econômico significativo, pois todos os custos

diretos e indiretos resultantes são creditados no custo de produção, revertendo

em ônus para a empresa e conseqüentemente para todas as partes

interessadas.

Então, se faz necessárias empresas possuírem as certificações abaixo

estaremos falando de empresas que aderiram ou não as certificações,

demonstrando diferenças de qualidades das duas empresas.

CAPÍTULO 4: CERTIFICAÇÕES EM LABORATÓRIOS CLÍNICOS

Por trabalhar em laboratório clínico iniciei uma pesquisa de revisão de

literatura na internet pesquisando empresas de laboratórios clínicos no

confronto com as certificações.

Segundo Garcia e Ramos (2004, p. 744), os resíduos de serviço de

saúde são em geral considerados apenas aqueles provenientes de hospitais,

clínicas médicas e outros grandes geradores, clínicas de laboratórios,

farmácias entre outros parecem que não produzem “lixo hospitalar”, com isso

as empresas ligadas a farmácias, clínicas odontológicas, hemocentros,

laboratórios clínicos não são incluídos dentro do recolhimento do lixo

hospitalar, levando em risco os profissionais e a sociedade.

Os grandes geradores possuem maior consciência a respeito do

planejamento adequado e necessário para o gerenciamento dos resíduos de

serviços de saúde. Contudo, os pequenos geradores muitas vezes não

possuem essa consciência e os conhecimentos necessários. Muitas vezes

também lhes falta infra-estrutura para realizar adequadamente o

gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde.

Trazendo risco, e muito destas empresas estão fora das certificações

que incluem segurança de trabalho e saúde para os profissionais que

trabalham para elas.

No Brasil, vários estados e municípios possuem legislações próprias

específicas para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde,

estabelecendo normas para classificação, segregação, armazenamento, coleta,

transporte e disposição final desses resíduos. Contudo, as legislações em vigor

não são claras e muitas vezes são conflitantes, o que provoca dúvidas e

impossibilita a adoção de normas práticas eficazes para o gerenciamento dos

resíduos de serviços de saúde em todo o país.

A ANVISA publicou em 4 de julho de 2000 a Consulta Pública no 48 6,

visando discutir o regulamento técnico sobre diretrizes gerais de procedimentos

de manejo de resíduos de serviços de saúde, desde a geração até a disposi

A resolução feita pela ANVISA foi considerada de acordo com os

princípios de biossegurança de empregar medidas técnicas, administrativas e

normativas, prevenindo acidentes, ao ser humano e ao meio ambiente,

conforme realizado pelas certificações no mundo todo.

A questão do resíduo no serviço de saúde não pode ser observada

apenas na questão de doenças infecciosas, mas no perigo que o trabalhador

do serviço de saúde e do meio ambiente em que esta instituição está

estabelecida, quer dizer uma questão de biossegurança.

De acordo com Garcia e Ramos (2004) Apud Rutala & Mayahall (1992),

o volume total de resíduos de serviço de saúde nos hospitais norte-americanos,

acreditam em torno de 10-15%.

De acordo com Garcia e Ramos (2004) Apud Pournaras e Col (1999).

observaram durante seis anos 284 exposições a materiais biológicos em um

hospital na Grécia. Os autores reportaram que as agulhas foram o item mais

freqüentemente associado com injúrias, e os procedimentos de reencape e

coleta dos resíduos foram causas comuns de injúrias.

Segundo Garcia e Ramos (2004) Apud Shiao e Col (2001) estudaram a

ocorrência de acidentes com perfurocortantes no pessoal de apoio de um

hospital tailandês, incluindo trabalhadores da lavanderia, limpeza, recepção e

almoxarifado. Os autores constataram que 61% desses funcionários tinham

sofrido uma injúria perfurocortante no último ano, mas apenas 25,4%

reportaram sua injúria. A maioria dos acidentes ocorreu em funcionários da

limpeza que manipulavam materiais perfurocortantes dispostos

inadequadamente pela equipe clínica.A disposição inadequada estava

associada com 54,7% de todas as injúrias.

No Brasil, a inexistência de um sistema de vigilância de acidentes de

trabalho com material biológico faz com que haja poucos estudos

epidemiológicos sobre injúrias ocupacionais envolvendo resíduos de serviços

de saúde.

Conforme Garcia e Ramos (2004) Apud Rapparini (1999) investigaram-

se a incidência de acidentes de trabalho com exposição a material biológico no

Município do Rio de Janeiro. Uma parte considerável dos acidentes reportados

ocorreu durante o manuseio dos resíduos e devido à colocação de materiais

perfurocortantes em locais impróprios, contabilizando 14,3% e 16,7% dos

acidentes, respectivamente.

Ainda o trabalho de gerenciamento de acidente de trabalho, segurança

dos profissionais e o impacto ao meio ambiente é bastante reduzido nestas

instituições, estabelecendo um perigo aos profissionais, colaboradores,

população e a própria empresa.

No confronto com as certificações estabele-se uma discrepância da

realidade imposta dentro dos laboratórios e empresas de saúde conforme o

texto já referido acima, mas que se faz necessário sua repetição testificando

que as instituições estão longe de um gerenciamento de segurança:

O termo “Segurança” deve ser entendido como sendo: “o estado de

estar livre de riscos inaceitáveis de danos”, definição convergente com as

definições de Brauer (1994) e com as normas BSI-OHSAS-18001 e BS-8800.

O termo “Saúde” será baseado na definição mais abrangente, que é a da

Organização Mundial da Saúde (OMS): “estado de bem estar físico, mental e

social, e não meramente a ausência de doenças ou enfermidades”. Com base

nessas duas definições é possível estabelecer a definição de “Segurança e

Saúde no Trabalho”: “o estado de estar livre de riscos inaceitáveis de danos

nos ambientes de trabalho, garantindo o bem estar físico, mental e social dos

trabalhadores”.

CAPÍTULO 5: DE ACORDO COM ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE

A organização Mundial de Saúde, de acordo com seus critérios de

segurança estabelece os seguintes procedimentos:

O pessoal envolvido nas operações de manuseio de resíduos sólidos

deve observar as seguintes medidas de segurança:

• Conhecer o cronograma de trabalho, sua natureza e responsablidades.

Vacinar todos os envolvidos contra tétano, tifo e hepatite B.

• Submeter-se a um check-up que conste no mínimo de um exame para

tuberculose. Estar em perfeito estado de saúde, não ter problemas com gripes

leves, iniciar seu trabalho já devidamente protegido pelo equipamento pessoal.

• Usar luvas reforçadas na palma e nos dedos para evitar cortes e perfurações.

As luvas devem ser colocadas por cima da manga do guarda-pó ou macacão.

• Prender o cabelo para que não se contamine; de preferência usar gorro.

• Colocar a barra das calças dentro das botas.

• Evitar tirar ou colocar o respirador ou os óculos, caso os use, durante a

amostra.

• Não comer, fumar, nem mastigar qualquer produto durante o trabalho.

• Ter a seu alcance uma caixa com anti-sépticos, algodão, esparadrapo,

ataduras.

• Retirar-se do local caso sinta náuseas.

• Lavar a ferida com água e sabão no caso de corte ou arranhão durante o

procedimento.

• Ter sacos de reserva para colocar um saco rasgado sem deixar restos no

chão.

• Jogar fora de imediato as luvas, em caso de ruptura, que em hipótese alguma

lavar e desinfetar o equipamento de proteção pessoal, especialmente as luvas

e óculos.

• Tomar banho, no local de serviço, após a jornada de trabalho.

Estabelece também que:

Materiais biológicos e Sangue humano e hemoderivados que devem

manter uma preocupação frente a segurança e o uso de culturas; amostras

armazenadas de agentes infecciosos; meios de cultura; placas de Petri;

instrumentos usados para manipular; misturar ou inocular microorganismos;

vacinas vencidas ou inutilizadas; filtros de áreas altamente contaminadas; etc.

Sangue de pacientes; bolsas de sangue com prazo de utilização vencido

ou sorologia positiva; amostras de sangue para análises; soro; plasma e outros

subprodutos. Também se incluem os materiais encharcados ou saturados com

sangue; materiais como os anteriores mesmo que secos, inclusive plasma,

soro e outros, assim como os recipientes que os contêm, como os sacos

plásticos, tubos intravenosos, etc.

Observa-se que a gestão de segurança, trabalho e meio ambiente são

necessários neste setor e é uma preocupação mundial.

Doenças podem surgir com mal uso dos procedimentos acima, além de

causar um grande impacto no meio ambiente e para funcionários, empresa e

colaboradores.

Conforme a OMS e as Certificações.

“o estado de estar livre de riscos inaceitáveis de danos nos ambientes

de trabalho, garantindo o bem estar físico, mental e social dos trabalhadores”.

CAPÍTULO 6: EXEMPLO A SER SEGUIDO

Mesmo não sendo o mesmo setor de laboratórios Clínicos a Petrobrás é

um exemplo de certificação, e podemos utilizar alguns dos pontos usados na

instituição para que o gerenciamento de segurança, saúde dentro das

empresas estipuladas na pesquisa seja adequado.

Pode-se observar através do manual de gerenciamento da instituição

que terá alguns trechos relatados abaixo:

A Petrobrás é uma das primeiras empresas de petróleo do mundo, e a

única do Brasil, a ter todas as suas Unidades de Negócios, no país e algumas

no exterior, certificadas pelas normas ISO 14001 (meio ambiente) e BS 8800

ou OHSAS 18001(segurança e saúde) e no caso de navios e plataformas de

autopropulsão, também pelo ISM Code, específico para gestão de segurança

de embarcações. (BAYARDINO, 2004, p. 61)

6.1.1 A AG/SMS, as gerências de QSMS das UIEs e da IEEPT/SIMA e a

SL/SEQUI devem implementar uma sistemática para a medição e

monitoramento das principais características

das suas atividades que possam ter impactos significativos sobre a Qualidade,

Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional.

6.1.2 Esta sistemática deve considerar a elaboração de um Plano de

Monitoramento e Medição, conforme detalhado no item 6.2.

6.1.3 As seguintes atividades, detalhadas no item 6.4, devem ser incluídas no

monitoramento e medição:

• o desempenho dos processos e produtos;

• a conformidade legal (incluindo condicionantes de licenças, quando aplicável);

• os aspectos e perigos significativos e respectivas ações de controle;

• os requisitos do cliente;

• o desempenho das contratadas.

6.1.4 Os resultados do monitoramento e medição devem ser comparados com

os requisitos aplicáveis e tratados conforme definido no item 6.5.2.

6.2 Plano de monitoramento e medição

6.2.1 Cada unidade deve elaborar um plano conforme o modelo de Plano de

Monitoramento e Medição, disponível na intranet na área de registros do

Engedoc (http://dtl.engenharia.petrobras.com.br/engedoc/), onde consta a

explicação de seu preenchimento. Este plano deve considerar as necessidades

de cada unidade organizacional.

6.2.2 Devem ser definidos métodos ou técnicas estabelecidas em normas

técnicas ou em procedimentos corporativos da Petrobras ou da Engenharia,

obedecendo aos critérios mínimos

definidos pela organização ou estabelecidos em legislação.

Em relação aos critérios de saúde estabelece os seguintes pontos abaixo:

1. objetivo

Uniformizar os critérios de apropriação de acidentes com lesão e doenças

ocupacionais bem como critérios para cálculo de indicadores de segurança em

todo o sistema Petrobras, não devendo ser utilizado sem consultar os seus

anexos.

2. abrangência

As condições para gestão de SMS no Sistema Petrobras descritas neste

Padrão devem ser implementadas integralmente no Petróleo Brasileiro S.A.,

suas Áreas de Negócio, Área de serviços, Área Corporativa, Área Financeira.

Recomenda-se sua implementação nas Empresas Subsidiárias, Empresas

Controladas e demais participações acionárias onde a Petrobrás for operadora,

consideradas as especificidades de cada empresa.

3. Aplicação

3.1 Todas as Áreas e Unidades de Negócio, Serviços, Controladas,

Empreendimentos, onde a Petrobrás é a operadora ou responsável pela área

de SMS, considerando todos acidentes com empregado próprio, de empresa

contratada ou quando existir relação de trabalho, assim como os acidentes

fatais envolvendo pessoas da comunidade, decorrente de atividade realizada:

relação de trabalho, assim como os acidentes fatais envolvendo pessoas da

comunidade, decorrente de atividade realizada:

Critérios avaliativos, da empresa estabelecem pontos internos que

asseguram o trabalhador e a própria empresa fazendo com que os dois se

sintam protegidos.

CONCLUSÃO

Diante das propostas realizadas dentro deste universo de certificações,

se faz necessário, um controle de auditoria mais eficaz, um gerenciamento que

inclua uma preocupação com a segurança dos funcionários da empresa,

sabendo-se que a exigência das normas tem a preocupação de uma boa

funcionabilidade das partes envolvidas.

Como retratada anteriormente uma unificação da documentação e uma

gestão integrada permite, a conscientização dos funcionários da empresa

fazendo com que todos sejam responsáveis por promover ações relacionadas

à melhoria contínua da qualidade e segurança na organização. No modelo

integrado de gestão, não existem setores únicos ou específicos, responsáveis

pelo controle e monitoramento da qualidade e segurança na organização.

Nesse sentido o Sistema Integrado de Gestão permite a distribuição das

responsabilidades supracitadas ao longo dos setores constituintes da empresa,

permitindo o conhecimento contínuo dos problemas e deficiências de cada

setor. Dessa forma, por exemplo, podem-se tornar mais visíveis questões de

segurança e saúde relacionadas ao ambiente administrativo, tais como, riscos

ergonômicos bem como questões relativas ao arranjo físico.

Conclui-se que o objetivo de promover a racionalização dos recursos

disponíveis nos laboratórios clínicos a implementação dessas ações é

necessário inicialmente ocorrer mudanças culturais, não somente no âmbito

dos funcionários, mas também naquilo que com cerne a alta gerência. No

momento em que os laboratórios clínicos aplicar as certificações no seu todo,

será possível vislumbrar os resultados dessas ações integradas, possibilitando

uma racionalização de processos, melhoria do ambiente de trabalho, redução

de custos, redução de acidentes e doenças do trabalho.

Estabelecendo as seguintes abordagens sistemáticas Aplicadas à

Conformidade quando aplicada à conformidade com leis e regulamentos, a

abordagem sistemática leva a organização a:

f Identificar fraquezas na estrutura ou processo de gestão de conformidades

atual;

f Estabelecer um processo efetivo para identificação de requisitos legais

aplicáveis as suas atividades, produtos e serviços;

f Melhorar os mecanismos de comunicação internos (incluindo treinamento)

relacionados às obrigações legais;

f Esclarecer o impacto dos requisitos legais no trabalho de profissionais que

não sejam da área de meio ambiente, saúde e segurança.

O trabalho teve como objetivo relatar a necessidade da aplicação das

certificações em todos os setores, mas principalmente no que foi trabalhado

dentro da monografia, que foi o setor de laboratórios clínicos.

No Brasil muitas leis específicas que buscam regulamentar a SST,

mesmo assim segundo estatísticas somos um dos campeões mundiais em

acidentes do trabalho. A prática nos mostra que a busca pelo certificado ISO

9000 foi intensificada pela necessidade do mercado, ou seja, exigência dos

clientes, as empresas viram sua sobrevivência ameaçada. O governo é um

grande cliente e estabelecer como exigência contratual ter implementado um

Sistema de Gestão da SST baseado na norma BS8800, pode ser um agente

catalisador para a redução dos índices assustadores de acidentes do trabalho.

Não é pretensão da monografia propor soluções mais sim apresentar

uma oportunidade (BS8800) de contribuir para minimizar as aposentadorias

especiais, o seguro de acidente do trabalho, indenizações e reparações.

BIBLIOGRAFIA CITADA

1. BAYARDINO, Renata Argenta. A Petrobrás e o desafio da

sustentabilidade ambiental. UFRJ. Monografia. 2004.

2. BENITE, Anderson Glauco e Renata Gomes Santos. OHSAS 18001:1999.

Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional – Requisitos.

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abordagens, inovações e desafios nas empresas brasileiras. Revista de

Medicina Psicossomática. Rio de Janeiro: Vol. 1 nº 2, p. 79-83. 1997.

6. GARCIA. Leila Posenato e Betina Giehl Zanetti Ramos. Gerenciamento de

Resíduos de Serviços de Saúde: Uma Questão de Biosegurança. V. 20, Nº

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7. GONZALES, Edinaldo, Carlos E. Kurtz e Marcelo Webster. Sistema de

gestão integrado da qualidade, saúde e segurança do trabalho baseado

na norma SIAC e no guia britânico BS 8800, 10º Conest. Florianópolis. 20 a

22 set. 2007.

8. ICF. Consultoria do Brasil. Superando desafios em sistemas de gestão

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03/02/2010.

9. KRAEMER. Mep. Contabilidade Ambiental – O passaporte para a

competitividade. Revista de Contabilidade Catarinense. CRCSC & Você.

Florianópolis – SC. Vol. 1, nº 1, p. 25-40. 2002.

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11. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Apresenta estatísticas

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SMS/SMS/SG.

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Engº AG. Apoio à Gestão SMS. Qualidade de, Segurança, Meio Ambiente e

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15. PHAHALAD. C. K. e Hamel G. Competindo pelo futuro. Rio de Janeiro.

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Acessado em 03/02/2010.

17. RODRIGUES. Marcus V. C. Qualidade de vida no trabalho. Evolução e

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18. SANCHES. Carlos Eduardo Sanches da, Miguel Fiod Neto, José Luiz da

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peças de Itajubá. UFRJ, nº XVIII. Enegep. 1998.

19. SENGE. M. P. A quinta disciplina: Arte e prática da organização que

aprende. São Paulo: Best Seller. 1998. 441 p.

20. VASCONCELOS. Anselmo Ferreira. Qualidade de vida no trabalho.

Origem, Evolução e Perspectiva. Caderno de Pesquisa em Administração.

V. 08, Nº 1, 2001.

ANEXOS

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

ORIGEM E EVOLUÇÃO 10

CAPÍTULO II

COMENTÁRIO LEI BS 8800 – OHSAS 18001 16

2.1. OHSAS 18801 16

2.1.1. Acidente 18

2.1.2. Auditoria 18

2.1.3. Melhoria Continuada 18

2.1.4. Perigo 18

2.1.5. Identificação de Perigo 18

2.1.6. Incidente 19

2.1.7. Partes Interessadas 19

2.1.8. Não Conformidades 19

2.1.9. Objetivos 19

2.1.10. Segurança e Saúde Ocupacional 19

2.1.11. Sistema de Gestão da SSO 20

2.1.12. Organização 20

2.1.13. Desempenho 20

2.1.14. Risco 20

2.1.15. Avaliação de Risco 21

2.1.16. Segurança 21

2.1.17. Risco Tolerável 21

2.2. Sistema de gestão (SSO) 21

2.2.1. Requisitos Gerais 21

2.2.2. Política da SSO 21

2.2.3. Planejamento 22

2.2.4. Legislação e outros requisitos 23

2.2.5. Objetivos 23

2.2.6. Programas de Gestão 23

2.2.7. Implementação da Operação 24

2.2.7.1. Estrutura e resp. 24

2.2.8. Treinamento, Conscientização e Compet. 25

2.2.9. Consulta e Comunicação 25

2.2.10. Documentação 26

2.2.11. Controle de doc. e dados 26

2.2.12. Controle Operacional 27

2.2.13. Preparação e Atendimento e emergência 27

2.2.14. Verificação e ações corretivas 28

2.2.14.1. Monit. e medição de desemp. 28

2.2.15. Acidentes, incidentes.... 28

2.2.16. Registros e gestão de registros 29

2.2.17. Auditoria 30

2.2.18. Análise Crítica pela administração 30

2.3. BS 8800/1996 31

2.3.1. Acidente 32

2.3.2. Auditoria 33

2.3.3. Fatores externos 33

2.3.4. perigo 33

2.3.5. Identificação do perigo 33

2.3.6. Objetivos de Saúde Ocupacional 34

2.3.7. Vigilância de Saúde 34

2.3.8. Problemas de Saúde 34

2.3.9. Incidente 34

2.3.10. Fatores Internos 34

2.3.11. Sistema de Gerenciamento 34

2.3.12. Organização 35

2.3.13. Risco 35

2.3.14. Avaliação de Risco 35

2.3.15. Levantamento da situação 35

2.3.16. Alvo 35

CAPÍTULO III

ABORDAGENS DE REQUISITOS PARA UM SISTEMA DE GESTÃO DE

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO 37

3.1. Exemplos de Grandes Acidentes 38

3.2. Segurança e Saúde no Trabalho 41

CAPÍTULO IV

CERTIFICAÇÕES EM LABORATÓRIOS CLÍNICOS 43

CAPÍTULO V

DE ACORDO COM A OMS 46

CAPÍTULO VI

EXEMPLO A SER SEGUIDO 48

6.1.1. A AG/SMS 48

6.1.2. Sistemática 48

6.1.3. Atividades 48

6.1.4. Resultados 49

6.2. Plano de Monitoramento e Medição 49

1.Objetivo 49

2. Abrangência 49

3. Aplicação 50

CONCLUSÃO 51

BIBLIOGRAFIA CITADA 53

ANEXOS 56

ÍNDICE 59