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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE DATABASE MARKETING Por: Paulo Cassar Orientador Prof. Ms. Celso Sanches Rio de Janeiro 2004

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

DATABASE MARKETING

Por: Paulo Cassar

Orientador

Prof. Ms. Celso Sanches

Rio de Janeiro

2004

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

DATABASE MARKETING

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como condição prévia para a

conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato

Sensu” em Marketing.

Por: Paulo Cassar

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AGRADECIMENTOS

...A Deus, meus familiares, colegas

de turma e especialmente a todo

pessoal da UCAM AVM...

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DEDICATÓRIA

...Ao povo brasileiro que apesar de sua

riqueza de saberes ainda não recebe a

justa valorização pelo fruto do seu

trabalho...

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RESUMO

A forte inserção tecnológica no conjunto das relações humanas vem

transformando a cada dia as questões relacionadas de como o Marketing

determina as estratégias das empresas em busca do tão esperado lucro. A

disseminação tecnológica transferiu os esforços empresariais da dimensão

do “como fazer” para “o que” e “para quem”. Este é tom dos mercados

competitivos e certamente o será por muito tempo. No decorrer deste

“tempo” a competição pela descoberta dos desejos e intenções do

consumidor se acirrará determinando a vitória de uns poucos e a derrotas de

muitos. O ditado “o homem sempre percorre caminhos anteriormente

trilhados” pode ser a síntese textual do DATABASE MARKETING. Sua

estruturação de forma técnica e definitiva veio a partir da evolução da

informática e telemática.

Em organizações com forte inclinação de vendas é comum se ouvir a

seguinte expressão “o cliente é bom”. Foi de ouvir centenas de vezes esta

afirmativa e de não conseguir estruturar em forma de dados esta verdade

quase que paradiguimática que me motivei a pesquisar o tema. A

associação de RISCO e FIDELIZAÇÃO foi uma conseqüência natural no

desenvolvimento do saber.

Este trabalho tem por objetivo descrever o histórico do DATABASE

MARKETING, seus conceitos e aplicações, a associação dos conceitos de

RISCO e FIDELIZAÇÃO e finalmente propor uma análise em dois casos

específicos de como o DATABASE MARKETING pode atuar de forma

colaborativa no processo decisório de concessão de crédito em dois

seguimentos distintos.

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METODOLOGIA

Este trabalho fará uma análise bibliográfica do DATABASE

MARKETING em toda a suas visões e as possibilidade através da pesquisa

de bancos de dados propor alternativas de decisão para as seguintes

questões:

1. Descobrindo o DATABASE MARKETING

2. Apreensão da visão comercial cotidiana e não estruturada de quais

clientes vender.

3. Investigação dos conceitos a priori da gestão não estruturada da

premissa de que “todo cliente é bom”.

4. Pesquisa bibliográfica.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Histórico do DBM 11

CAPÍTULO II – Conceitos 14

CAPÍTULO III – Risco e Fidelização 17

CAPÍTULO IV – Sistemas de Informação 23

CAPÍTULO V - Cases 29

CONCLUSÃO 40

BIBLIOGRAFIA CITADA 42

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43

ÍNDICE 44

FOLHA DE AVALIAÇÃO 45

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INTRODUÇÃO

Segundo Kotler (1999), o custo de aquisição do cliente (CAC) versus

o lucro no ciclo de vida do cliente (LCVC) deve ser objeto de permanente

análise pelas empresas visando encontrar o ponto de equilíbrio nos custos

de aquisição de clientes. Desta forma estará a empresa segura que suas

ações de mercado são rentáveis. Mas se adicionarmos a matriz de análise

de Kotler outras variáveis tais como: risco de crédito e forte segmentação

mercadológica. Seguramente a importância de estabelecer a métrica da

lucratividade do conjunto de clientes é assegurar um futuro ao mínimo

previsível aos esforços da empresa. Na opinião de Kotler (1999) o índice de

satisfação do cliente (ISC) mostra que “... a maioria deles está satisfeita ou

altamente satisfeita...” Mas em seguida reforma esta visão afirmando “...

Infelizmente, isso não é freqüente...”. Na verdade os clientes não reclamam

e da mesma forma eles não avisam que não pagarão pelos serviços ou

produtos comprados a crédito.

É um cenário de incerteza, onde a entropia atua de forma sutil

dentro dos mercados. Neste contexto novos paradigmas são criados como

escreve Zenone (2003), “... O Marketing deve, então, mudar a mentalidade

de ”completar uma venda” para a de “iniciar um relacionamento”. Mas fica a

questão, quem são os meus melhores clientes ? Onde não devo realizar

esforços de venda ?

Kobs (1993) previu que “... Os sistemas de videotexto interativo, que

utilizam computador e modem para interligar os consumidores com amplas

fontes de dados...”. A componente tecnológica determina, ou melhor,

possibilita a ampliação do campo de visão da empresa em direção ao

cliente. Esta visão é a informação elaborada ou o dado estruturado a partir

de questões de ordem quantitativas e qualitativas dos clientes. Clientes são

mais importantes que não clientes. Certos clientes são mais importantes

que outros clientes.

Inmon (2000) descreve que “... Se um empresário observa dados e

cria uma hipótese para teste, ele realizou um ato indutivo...” e que

”...determinar que uma hipótese é verdadeira é um processo dedutivo...”.

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9Desta forma o Marketing caminha para o campo do conhecimento,

da informação e dos dados. O Marketing passa a se apoiar no DATABASE

MARKETING.

As empresas possuem um novo ativo não contábil, mas mensurável

que é a capacidade de geração de lucro da sua carteira de clientes.

Assim Kotler (1999) define que “... com o poder do marketing do

banco de dados, agora é possível, para uma empresa com muitos

consumidores, começar a vê-los e tratá-los como clientes...”.

Portanto o objetivo desta monografia é de analisar as questões de

como o DATABASE MARKETING pode colaborar na relação RISCO e

FIDELIZAÇÃO.

Nos capítulos I e II subseqüentes apresentaremos um breve

histórico do DATABASE MARKETING, seus conceitos e sua aplicabilidade.

No capítulo III trataremos das questões do RISCO e da

FIDELIZAÇÃO. Como explorar a possibilidade de associação destes

conceitos.

O capítulo IV apresentará os “Sistemas de Informação” onde o

estudo à priori do DATABASE MARKETING pode determinar a redução dos

riscos e influenciar positivamente a fidelização de clientes.

O capítulo V apresentará cases de sucesso onde as técnicas de

DATABASE MARKETING foram utilizadas.

O texto assim será estruturado de forma a permitir uma clara

visibilidade das questões e suas respectivas respostas, explorando os

aspectos conceituais e apresentando “cases” exemplificadores.

Portanto o objetivo desta monografia é apresentar como o

DATABASE MARKETING pode aprofundar soluções para a problematização

permanente de mercado: quem é o meu cliente?

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CAPÍTULO I

HISTÓRICO

...É pesquisando o passado que descobrimos o futuro.

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HISTÓRICO

Jamil, Gonçalves e Tavares (2002) acreditam que o Marketing Direto

“... é de onde se origina, de forma especializada, o marketing apoiado em

banco de dados, ou DATABASE MARKETING...”.

Shepard (1993) nos fala que “... marketing direto é um processo de

marketing orientado pela informação...”. Kobs (1993) diz que ”... a elevação

do marketing direto de uma condição de técnica para a de disciplina

confiável...”. Kobs (1993) descreve o marketing direto com o nome de

propaganda científica.

O marketing direto é a primeira manifestação de marketing de

relacionamento nos tempos modernos, define Jamil, Gonçalves e Tavares...

(2002).

No marketing direto destacam-se as mesmas premissas necessárias

ao DATABASE MARKETING, ou seja: identificação de oportunidades de

negócio, identificação de hábitos de clientes, padronização e classificação

destes hábitos, conversão de prospects em clientes, direcionamento de

ações de marketing, redução de custos e riscos e finalmente ganho de

eficiência.

A partir destas concepções e da formidável capacidade de

armazenamento e processamento dos modernos computadores houve a

evolução da técnica.

A real possibilidade de experimentar a crítica a uma carteira de

clientes se desenvolveu a partir do desenvolvimento paralelo da

computação.

Nos últimos 50 anos o armazenamento e o processamento de

grandes massas dados modificou o ambiente empresarial de forma

inequívoca.

Saímos de um período inicial onde o objetivo era a automação de

rotinas substituindo atividade manual e nos dias atuais dispomos de um

conjunto espetacular de recursos de apoio ao processo de tomada de

decisão. De Sordi (2003) destaca que “... A TI pode também ser utilizada

para identificar tendências de mercado e respostas aos programas de

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12marketing...” e complementa “... a TI pode ser empregada para estabelecer,

sustentar e aprimorar o relacionamento com clientes podendo ter o trabalho

direcionado tanto para aprimorar a participação de mercado (market share),

quanto para melhorar a participação no potencial de comprar dos clientes de

interesse (customer share)...”

Esta evolução iniciou-se na década de 70 e 80 com o aparecimento

dos sistemas legados que visavam dar suporte as áreas centrais das

empresas; como exemplo, a contabilidade, o departamento pessoal e o

contas a pagar. Já na década de 90 estes sistemas passaram a ser

conhecidos como Enterprise Resource Planning (ERP) e tem por objetivo

suportar aspectos transacionais das organizações de forma integrada. Mas

mostraram-se ineficientes no atendimento de outras demandas relacionadas

a performance das organizações. A partir destas necessidades foram

desenvolvidos outros aplicativos de funcionalidade específica quanto a sua

utilização. De Sordi (2003) destaca que “... ampla base de dados,

estruturada e relacional, habilitou a evolução e a difusão de diversas outras

soluções de sistemas de informação empresariais, como os softwares de

workflow, softwares analíticos que operam com múltiplas dimensões e

sistemas de data mining...”.

Sendo assim caminhamos dos sistemas legados para os integrados

e iniciamos a exploração dos sistemas colaborativos os quais oferecem forte

apoio ao marketing e desta forma permitiram a evolução do DATABASE

MARKETING.

Outro desenvolvimento tecnológico que determinou a intensificação

do relacionamento “empresa cliente” é a utilização profissional do telefone.

As ilhas de atendimento (Call Centers) recebem diariamente um

volume expressivo de informações dos clientes, possibilitando a empresa

estar sempre atenta às demandas e problemas sinalizados pelos seus

consumidores. Estas informações, transformadas em dados estruturados,

passam a constituir o acervo de conhecimento necessário ao

desenvolvimento da organização. Esta análise é denominada competitiva,

como define Serra (2002) “... é uma metodologia estruturada que considera

determinadas técnicas que fornecem informações básicas para o processo

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13decisório...”. Este grande ambiente de dados transformou-se no que é

chamado de DATA WAREHOUSE, Inmon (2000) salienta “... com um data

warehouse, o usuário final pode fazer o seguinte: acessar dados facilmente,

rapidamente, economicamente e estar seguro de que são exatos.” Amplia o

sentido do conceito afirmando “...”...é possível identificar padrões dos

negócios que podem ser explorados no mercado”.

Desta forma, é neste berço tecnológico que nasce de maneira

científica o DATABASE MARKETING, que em última análise visa promover

o que Kobs (1993) classifica de OMO, ou seja “one more order”

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CAPÍTULO II

CONCEITOS

...Espere o inesperado...

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CONCEITOS

Jamil, Gonçalves e Tavares (2002) definem o DBM como “... um

sistema de informações, baseado em tecnologia da informação que se apóia

em bases de dados com capacidade para apoiar as decisões operacionais e

estratégicas da organização. Acreditam que o Marketing Direto...” é de onde

se origina, de forma especializada, o marketing apoiado em banco de dados,

ou DATABASE MARKETING...”“.

Identificar oportunidades de negócio e hábitos de clientes,

padronizar e classificar comportamentos, converter prospectes em clientes,

dirigir ações de marketing com eficiência e custo reduzidos são as idéias

centrais do DATABASE MARKETING.

A informatização da carteira de uma clientes é a condição número 1

para se ter possuir um DATABASE MARKETING. A manutenção destes

dados também é necessária para permitir a consistência do acervo. Assim o

banco permanecerá sempre confiável.

O banco de dados é um grande receptáculo onde se guarda a

inteligência de uma relação existente entre uma empresa e seu cliente. Da

mesma forma a inserção de possíveis novos clientes

Database marketing é a coleta, o armazenamento, o processamento

e a utilização das informações sobre o mercado, produtos e consumidores,

com os objetivos de aumentar a eficiência da segmentação, aumentar a

eficiência da customização, criar e desenvolver relacionamento com o

consumidor e melhorar a performance da administração da empresa.

O banco de dados é memória onde se guarda tudo o que o que for

possível e importante sobre clientes e, em muitos casos, também sobre

prospects, para que possamos ter relações rentáveis com eles (SHEPARD,

1993).

Segundo Shepard (1993), o DATABASE MARKETING é um processo

de marketing orientado pela informação e gerenciado pela tecnologia de

banco de dados, o que permite aos profissionais de marketing,

desenvolverem e implementarem programas e estratégias personalizadas.

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16O DATABASE MARKETING congrega o que existe de mais

avançado no uso da tecnologia da informação para alavancar as estratégias

de marketing. Atualmente, o comércio eletrônico e o uso tático/estratégico de

informações armazenadas em banco de dados como ferramenta

alavancadora de estratégias de marketing – o database marketing e o CRM

(Customer Relationship Management) – são as mais efetivas para

aproximar-se dos clientes, aumentar a rentabilidade dos negócios e explorar

novas oportunidades.

O desenvolvimento contínuo de um negócio é administrar o ciclo de

vida dos seus clientes. E a utilização do DATABASE MARKETING é o que

possibilita este processo.

Cooke (1993) define database marketing como a "utilização das

informações sobre os consumidores, com a finalidade de aumentar a

eficiência da segmentação e da customização e promover a criação de laços

com o cliente, a partir da perspectiva dos administradores de marketing".

Cross & Smith (1994) definem database marketing como "qualquer

processo de marketing através do qual as informações sobre os hábitos de

uso, comportamento, dados psicográficos ou demográficos sobre clientes ou

clientes potenciais é guardado na base de dados da empresa, e usado para

desenvolver ou prolongar o relacionamento e para estimular vendas".

Assim o DATABASE MARKETING, em linhas gerais, aproxima o

cliente ao analista de marketing permitindo o aprofundamento e o

detalhamento das informações. Estas informações de forma estruturada

permitirão a geração de hipóteses de negócios que testadas determinarão a

estratégia de negócios de uma empresa para com seus clientes.

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CAPÍTULO III

RISCO E FIDELIZAÇÃO

...Viva! A diferença...

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RISCO E FIDELIZAÇÃO

Atrair um novo cliente para sua empresa é muito mais difícil - e mais

caro - do que manter um cliente na carteira através de estratégias de

fidelização. Considerando ainda o aspecto do risco financeiro de se

aventurar na exploração de novos mercados sem nenhuma ação preditiva

de análise e teste a partir de hipóteses é algo impensável nos dias atuais.

Nenhuma estratégia é tão importante quanto à aquisição e retenção

de clientes rentáveis.

O conceito de risco assume vários significados que de qualquer

modo se encontram relacionados. Assim, o risco pode ser entendido como a

probabilidade da empresa não conseguir cobrir todos os seus resultados

financeiros.

Para Maccrimmon & Wehrung (1986), Steiner Neto (1998), existem

três condições para a definição de risco, que são denominados

componentes do risco:

· Deve existir a possibilidade de haver perda ou dano (magnitude

da perda);

· Deve haver uma possibilidade associada a essa perda

(possibilidade de perda);

· Deve haver a possibilidade de o decisor agir de forma tal que

aumente ou diminua a magnitude ou a probabilidade dessa perda ou dano

(exposição à perda);

Os mesmos autores também determinam as fontes causadoras do

risco, que seriam:

· Ausência de controle;

· Ausência de informações;

· Ausência de tempo.

Risco é a situação em que se podem estabelecer os possíveis

resultados e suas respectivas probabilidades de ocorrência.

A gestão do risco consiste em obter informações adequadas para

conhecer melhor a situação de risco e/ou intervir nela, tendo como resultado

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19a melhoria da qualidade das decisões nesta situação, com possibilidade de

perda ou dano.

Uma possível e efetiva alternativa na redução do risco inerente a

qualquer atividade econômica é estabelecer uma condição de fidelização

com o cliente. Buscando isso, as empresas hoje, preocupam-se em

relacionar-se com os clientes de forma permanente, mantendo níveis

razoáveis de satisfação.

A competitividade pela presença da empresas na maioria dos

segmentos de negócios e também pelo aumento gradativo do grau de

exigência do consumidor, força as empresas, a criar formas alternativas e

absolutamente criativas de conquistar, encantar seus clientes, com a

finalidade de mantê-los fidelizados e sobreviver nestes imprevisíveis

mercados. Neste momento os riscos ampliam-se de forma expressiva ou

não.

O processo de conquistar passa por formar na mente do público-alvo

(mind share), uma imagem positiva da empresa, produto ou serviço. Isto se

dá de forma mais duradoura, quando após um relacionamento a empresa

consegue não só atender as expectativas dos consumidores, mas

surpreendê-lo fazendo por ele mais do que esperava.

Inicia-se assim o processo de fidelização, onde e enquanto a

empresa, o produto ou o serviço mantiver ou superarem o padrão anterior, o

cliente os prestigiará com sua atenção, comentários e preferência, ou seja,

deve-se manter a imagem formada na mente do cliente para que possa

mantê-lo em seu quadro de clientes e esperar que eles indiquem outros

(marketing viral).

No plano tático, a fidelização ou o Marketing de Relacionamento

toma forma por meio das parcerias que são estabelecidas com clientes e

com todos os agentes que influenciam em sua satisfação, bem como por

meio dos programas de relacionamento sustentados por bancos de dados

de marketing (DATABASE MARKETING), utilizando-se da comunicação

direta e interativa (malas diretas, telemarketing, computadores) para acessar

os clientes.

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20Segundo Ribeiro (1997), as ações táticas da prática do Marketing de

Relacionamento sustentadas em DATABASE MARKETING, permitem:

· Diálogo com o cliente através dos meios que se utilizam para o feedback,

tais como: a análise dos padrões de feedback e dos históricos de compras;

implantação de hot lines - os sistemas de atendimento ao consumidor:

análise das cartas dos clientes; pesquisas formais e informais.

· O aprofundamento na base de clientes. Programas de continuidade, de

afinidade, de aumento de volume de vendas, tais como: cross selling (venda

cruzada) ou up grade (intensificação do volume, valor ou freqüência da

compra).

· Trabalhar nichos de mercado com eficiência e lucro. Através das

informações no banco de dados é possível encontrar nichos de mercado e

viabilizar a atuação nestes nichos, vencendo a barreira do tamanho do

mercado e a perda de economia de escala.

· Maior controle sobre o Canal de Distribuição. Oferecendo melhores

informações sobre o público-alvo, permitindo melhorar a adequação da

oferta.

· O marketing mais contabilizado. Trata-se da capacidade de

mensurabilidade do sistema e da capacidade de controle das variáveis que

influenciam as respostas.

E assim, explorando-se esta base de conhecimento, é possível

alcançar maior lucratividade devido à possibilidade de maiores receitas com

transações futuras, custos menores das transações e até mesmo da venda

da informação.

Percebe-se que neste momento os riscos foram minimizados

sensivelmente oferecendo um cenário favorável de tomada de decisão.

A fidelização é o fator-chave de sucesso para a redução do risco que

só possível de ter suas variáveis dominadas por meio do conhecimento

adquirido no DATABASE MARKETING.

O Marketing de Relacionamento, delineado por um DATABASE

MARKETING, pressupõe, conforme sugerido por McKenna (1993), a

interatividade, a conectividade e a criatividade, para que o cliente realmente

possa ser parte da estratégia da organização no planejamento de produtos e

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21serviços de valor em um processo dinâmico e contínuo. Ações de marketing

não comprometidas com o feedback de mercado não estão alinhadas com a

estratégia de Marketing de Relacionamento. O feedback dos clientes

desenvolve a capacidade dos administradores de terem intimidade com o

mercado, a ponto de poderem prever as reações destes diante das

mudanças ambientais (Evans e Laskin: 1994).

Banco de Dados na Estratégia de Relacionamento

O DATABASE MARKETING utilizado como uma ferramenta tática,

na definição de Cooke (1994), não é menos importante do que na

abordagem estratégica, e "também pode ser fortemente explorado pelas

empresas que ainda não alcançaram o estágio da abordagem estratégica,

pois permite o isolamento de grupos de consumidores, a análise de seus

perfis e uma promoção segmentada diretamente dirigida a eles. Esta é a

abordagem mais comum, a partir do momento que uma empresa pode criar

um banco de dados e utilizá-lo como uma ferramenta de vendas."

A expressão “isolamento de consumidores” está relacionada

diretamente com a minimização de riscos.

Azevedo e Pomeranz (2004) relacionam quatro questões:

1. Qual é o perfil do público-alvo?

2. Qual é a oferta quais são os canais?

3. Qual é o retorno financeiro?

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224. Qual é a infra-estrutura.

Assim através do DATABASE MARKETING podemos modelar o

universo de consumidores apresentando de forma customizada e metrificada

ofertas compatíveis com o perfil, canais adequados e finalmente com

limitações de ganho mas também de perda.

No próximo capítulo estaremos detalhando o que vem a ser esta

“modelagem” e como é possível “...visualizarmos questões muito abstratas..”

como ressalta Machado (2004).

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CAPÍTULO IV

SISTEMA DE INFORMAÇÃO

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SISTEMA DE INFORMAÇÃO

De Sordi (2003) define os sistemas de informação como: “...

colaborativos, legados e integrados”. Esta classificação define a amplitude

do sistema dentro da organização. Nosso objetivo é analisar a partir de onde

é construída a informação necessária para termos um projeto de

DATABASE MARKETING.

Segundo Mattar (2004) “... DATABASE MARKETING é a coleta, o

armazenamento, o processamento e a utilização das informações sobre os

consumidores...”.

No mundo real, as informações relacionadas aos clientes bem como

os agentes que dentro da organização interagem com os mesmos, podem

estar alocadas em diversos sistemas disponíveis na empresa.

Na última década grandes esforços foram realizados no sentido de

integrar sistemas, consolidando informações de clientes e seu histórico

dentro da organização.

O resultado destes esforços traduziu-se no conceito de Data

Warehouse que conforme Serra (2002) é “... é um banco de dados voltado

para suporte à decisão de usuários finais, derivado de diversos outro banco

de dados operacional”.

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25Serra (2002) acrescenta “... o verdadeiro conhecimento das

necessidades de análise de informações de negócio está com os usuários

dos departamentos em que a ferramenta será utilizada...’. Desenvolver um

Data Warehouse é uma questão de casar as necessidades dos seus

usuários com a realidade dos dados disponíveis visando assim atender o

analista de negócio”.

Serra (2002) destaca ainda que um Data Warehouse deve ter

‘orientação por assunto ““.

Jamil, Gonçalves e Tavares (2002) afirmam que um banco de dados

para DATABASE MARKETING deve ter as seguintes características:

1. Alta integração com os vários tipos de arquivos dos vários setores

da organização: Produção, Vendas, Finanças, Pesquisa,

Promoções, etc.

2. Informações atualizadas, confiáveis, íntegras, não redundantes e

com qualidade.

3. Que estes bancos possam incorporar funções de apoio a decisão:

interpretativa, diagnosticadora, monitoradora, preditiva, etc.

Shaw & Stone (1993) acreditam que “... as teorias de marketing

combinadas às ferramentas tecnológicas, como bancos de dados fornecem

a maior parte da informação de marketing que é necessária”.

Vavra (1992) cita as vantagens de um DATABASE MARKETING:

ACESSABILIDADE

Habilidade para indicar cada clientes e atingi-los individualmente.

MENSURAÇÃO

Saber se cada comprador fez ou não uma compra, exatamente o

que comprou, e como, onde e quando foi feita a compra (histórico).

FLEXIBILIDADE

Oportunidade de atrair diferentes clientes, de diferentes maneiras e

em ocasiões diferentes.

CONTABILIZAÇÃO

Obtenção dos quadros precisos da rentabilidade bruta de qualquer

evento de marketing e dos dados qualitativos mostrando os tipos de clientes

que participaram de cada evento específico.

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26As condições acima explicitadas só são tecnicamente possível

através de um projeto de Data Warehouse que depois de implantado tem por

objetivo consolidar os dados a serem pesquisados dentro das técnicas de

DATABASE MARKETING.

Assim o DATABASE MARKETING prescinde de um projeto de Data

Warehouse que contemple todas as necessidades tecnológicas para o

atendimento do usuário final.

A existência de um Dataware House permite assim que o analista de

negócios possa então determinar de forma estratégica as ações de

marketing a serem implementadas.

Para o desenvolvimento desta análise deverá o analista possuir

outras ferramentas de tratamento da informação que lhe ajudarão no

processo decisório.

A grande quantidade de dados classificados que visam descobrir

padrões de consumo, rentabilidade, e outras variáveis não perceptíveis

determina que a exploração e análise destes dados sejam feitas através de

técnicas de Data Mining.

Assim a informação caminha através de novos sistemas dedicados à

tomada de decisão.

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27Segundo Serra (2002), “... o data mining trata-se de uma técnica que

permite vasculhar gigantescas bases de dados em busca de informações

que ajudam as organizações a decifrar o comportamento do consumidor...” e

evolui conceituando que “... o Data Mining utiliza uma combinação de

práticas estatísticas, cálculos de probabilidade...”.

Com os modelos de Data Mining aplicados ao DATABASE

MARKETING podemos facilmente definir:

MELHORES CLIENTES

1. Por volume de compra, determinando subgrupos e níveis.

2. Por volume médio por pedido, níveis e quantidade.

3. Por freqüência de compras, agrupando por intervalos entre

compras.

4. Por preço e qualidade dos itens, agrupamento por faixas

CLIENTES MAIS FRACOS

CLIENTES MÉDIOS

A utilização de sistemas dedicados à mineração de dados ainda não

é uma condição possível em muitas organizações face ao elevado valor

dos investimentos necessários à normalização de dados, armazenamento,

desenvolvimento técnico de mão de obra, etc.

Contudo é possível realizar através de aplicativos mais simples as

mesmas análises tendo como condição básica de manipulação de um

conjunto menor de dados.

Assim os sistemas visam realizar a síntese do ciclo de DATABASE

MARKETING de Jamil, Gonçalves e Tavares (2002) :

1. COLETA DE DADOS

2. ARMAZENAMENTO ÓTIMO DOS DADOS – CONSTRUÇÃO

DO DBM

3. SELEÇÃO DE PERFIS – BUSCA DO CONSUMIDOR IDEAL

4. USANDO O CONHECIMENTO PARA INTERAGIR

PRODUTO – CONSUMIDOR

5. REDEFINIÇÕES DO BANCO DE DADOS – ADEQUAÇÃO E

MANUTENÇÃO

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28Caberá ao analista “pilotar” o sistema e o conjunto de dados

objetivando alcançar melhores resultados quantitativos e qualitativos para a

organização.

O próximo capítulo apresenta cases de sucesso na aplicação do

DATABASE MARKETING.

Page 29: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … CASSAR.pdf · Em organizações com forte inclinação de vendas é comum se ouvir a seguinte expressão “o cliente é bom”. Foi

29

CAPÍTULO V

CASES DE SUCESSO

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30

CASES DE SUCESSO

O DATABASE MARKETING apresenta uma característica muito

própria que é a razão pela qual o seu conceito cresce de forma vertiginosa

nas organizações.

São pouquíssimos casos de insucesso sendo estes devidos a

incorreta parametrização dos dados, inexperiência do analista ou utilização

inadequada dos conceitos.

Apresento abaixo alguns “cases” de sucesso que apresentaram

resultados expressivos fortalecendo a aplicabilidade do DATABASE

MARKETING.

Caso 1

Descrição do caso

Com sede em São Paulo, é formada através de joint-venture com uma

empresa francesa. Faz parte de um grande conglomerado nacional, 41o

maior grupo do ranking brasileiro do Balanço Anual a Gazeta Mercantil de

1996, "certamente um dos primeiros na área de tecnologia da informação",

segundo a publicação. A holding é dividida em três braços principais: Agro-

alimentar, com forte atuação em agribusiness, Apoio (com empresas nas

áreas de propaganda, táxi-aéreo, consórcios e hotelaria, entre outros) e

Tecnologia da Informação ao qual a empresa é ligada, e é composta por

uma empresa que fornece equipamentos de informática, e outra fornecedora

de serviços, especializada em integração de sistemas. Atua em todo o

território sul-americano, com ênfase nos mercados do Brasil, Argentina,

Chile e Uruguai.

Utilização do database marketing

O database marketing tem como principal função um profundo

conhecimento das empresas e dos seus executivos, já clientes ou em

prospecção, para a formação de um relacionamento que possa levar a

vendas. Este relacionamento é extremamente importante para a empresa,

por ela atender eminentemente a clientes corporativos, que têm a decisão

pelos negócios com a empresa concentrada nos executivos de primeiro

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31escalão do cliente, e o ciclo de venda de um produto ou serviço ser

excessivamente longo.

Operação do database marketing

O Departamento de Database Marketing é composto por duas

operadoras, que fazem a manutenção das informações no banco de dados,

uma gerente e uma assistente, que gerenciam a operação. O

desenvolvimento do database marketing é feito através da interface do

Departamento com as demais áreas envolvidas.

Usuários que possuam o sistema instalado em seus terminais podem

utilizar o database marketing. A instalação é feita mediante solicitação do

usuário.

Definição de database marketing

"Na nossa empresa, o database marketing é, para grande parte,

mailing, para algumas áreas uma base de dados de clientes de contatos e

para uma minoria uma ferramenta que pode dar um forte suporte à

marketing. Ou seja temos ainda muito o que evoluir no sentido de todo

mundo começar enxergar nessa ferramenta não só um cadastro de nomes,

mas sim como ferramenta capaz de gerar alguma forma de contato, um

estreitamento de laços entre pessoas, trabalhar a imagem em cima desse

mailing."

Caso 2

Descrição do caso

Empresa brasileira com sede em São Paulo, dedicada à produção e

comercialização de produtos (fitas de vídeo e de áudio, cartões e pôsteres

motivacionais) para o sucesso profissional, com enfoque nas áreas de

Motivação Pessoal, Recursos Humanos, Vendas e Marketing, Gestão

Empresarial e Qualidade. Foi fundada em 1988, mas direcionou seu foco

para a operação atual somente a partir do final de 1990.

Edita e distribui 30 mil catálogos por semestre, e realiza malas-diretas

específicas no lançamento de produtos, enviados em média a 20 mil clientes

cada uma.

Utilização do database marketing

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32Realiza suas vendas através de marketing direto, principalmente de

telemarketing, sempre apoiada no database marketing. A Central de

Atendimento fornece aos clientes total informação sobre o produto e realiza

os pedidos. Todos os pedidos feitos num dia são processados e

despachados até o meio-dia do dia seguinte.

Operação do database marketing

A Gerência de Marketing prepara as ações. Oito operadoras e uma

supervisora fazem o atendimento por computador, acessando informações

sobre o cliente e sobre os produtos, e realizando a venda. As operadoras

possuem na tela todas as informações necessárias para o negócio com o

cliente: quais são os últimos contatos do cliente com a empresa, com quem

falou pela última vez, qual era o assunto, informações financeiras e sobre o

produto: resumo, indicação, autores, valor, forma de pagamento, peso e

outras características.

No primeiro contato com o cliente, é feito um cadastramento básico, e

as informações ficam restritas ao telemarketing. A partir da primeira compra,

vão sendo agregadas informações financeiras, e o cadastro se integra com o

resto da empresa. O cliente é atendido aleatoriamente pelas operadoras de

telemarketing. Existe uma política da empresa de evitar a formação de

afinidades entre a operadora e o cliente. A afinidade do cliente deve ser com

a empresa.

Definição de database marketing

"É a maneira de você desenvolver todo um marketing, o

relacionamento com seu mercado, mantido através de informações

confiáveis, de maneira a direcionar suas ações ao máximo, sem desperdício

de esforços em áreas que não terão retorno. Ter a informação, e através do

database marketing poder trabalhá-la, é poder se relacionar melhor com o

mercado, conseguindo aumentar participação, vendas e lucros."

Caso 3

Descrição do caso

Pertence ao maior grupo brasileiro na área de comunicação, que tem

seus negócios divididos em três áreas: Publicações (publica 33 revistas com

periodicidade variada), Novos Negócios (listas telefônicas, provedor de

Page 33: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … CASSAR.pdf · Em organizações com forte inclinação de vendas é comum se ouvir a seguinte expressão “o cliente é bom”. Foi

33acesso à Internet e venda de compact-discs através de um clube, além dela

mesma) e Vídeo e Televisão, que inclui operação de televisão a cabo e por

satélite, distribuição e fitas de vídeo e controle de emissora de televisão.

É uma empresa especializada em serviços de database marketing.

Foi fundada em 1996, desmembrada de um setor do grupo, com mais de 20

anos de atividades na administração de listas do serviço de vendas de

assinaturas. Oferece quatro grupos de serviço: Informação, (armazenagem

de informação qualificada sobre milhões de famílias brasileiras),

Processamento, composto por aluguel de listas, household (priorização de

quem deve ser o alvo de uma campanha dentro de um mesmo endereço),

seleções especiais, acompanhamento de campanhas, clean up (limpeza

periódica do banco de dados) e cruzamento de listas, Acesso e Análise

(seleção das informações úteis e transferência para planilhas compatíveis

com PC) e Gerenciamento de Programas (testes de hipóteses, checagem de

resultados, sustentação de programas que funcionam, criação de novas

abordagens). Recentemente passou a comercializar também o seu software

para empresas que desejam administrar seus próprios dados (veja descrição

mais detalhada na seção de anexos).

Utilização do database marketing

O database marketing é utilizado, internamente, principalmente no

gerenciamento de assinaturas, identificando prováveis clientes.

Externamente, os dados são comercializados a empresas interessadas, com

base numa segmentação que envolve 23 "estilos de vida" diferentes. muitos

deles baseados em leitores de suas publicações (veja descrição mais

detalhada na seção de Anexos).

Atende desde pequenos negócios (o limite mínimo de comercialização

é de 5 mil nomes) até grandes grupos. A comercialização normalmente é

sobre o uso do nome, e não sobre o nome, ou seja, o cliente compra o

direito de enviar seu material uma única vez aos nomes listados,

selecionados do banco de dados da empresa, e não de incorporar este

nome ao seu banco de dados.

Operação do database marketing

Page 34: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … CASSAR.pdf · Em organizações com forte inclinação de vendas é comum se ouvir a seguinte expressão “o cliente é bom”. Foi

34O database marketing é operado por praticamente todos os

funcionários da empresa.

Definição de database marketing

"Fazer database marketing é retomar o marketing que se fazia na

época do contato pessoal, quando as pessoas se lembravam das

informações. Tinha o dono do armazém que lembrava de cabeça o das

pessoas. Fazer database marketing é fazer o marketing de nossos

antepassados, com milhões de pessoas simultaneamente.

Esta definição é a mais ampla, porque não foca em vendas, em

relacionamento, em pós-vendas, em nada muito específico, mas fala sobre

estabelecer esta mesma comunicação com o cliente, só que em um mundo

de milhões de pessoas, guardando as informações de gostos, preferências e

tal. A idéia agora é utilizar esta mesma estratégia num mundo como o nosso,

globalizado e tudo mais, com empresas com milhões de consumidores.

Esta definição não se prende muito a aspectos de venda ou a

aspectos de aplicação do database marketing. A gente pode utilizar o

database marketing para vender ou não. O importante é utilizar o database

marketing para fazer algum tipo de relacionamento, estabelecer algum tipo

de vínculo com o cliente."

Caso 4

Descrição do caso

Empresa brasileira com sede em Blumenau. Fundada em 1983, é o

maior grupo administrador de catálogos da América Latina. Foi a empresa

pioneira no Brasil na personalização de peças de marketing direto. Possui

troca de participação com uma empresa suíça especializada em vendas por

catálogos. Mais do que financeira, a interação entre as duas empresas se dá

principalmente na área operacional, com troca de informações e tecnologias.

Edita 5 catálogos a cada bimestre, numa operação verticalizada que

envolve a seleção dos produtos, produção do catálogo (excluindo

impressão), envio de mala direta, recebimento e processamento de pedidos,

despacho do material e recebimento. Possui mais de dez mil itens em

estoque, adquiridos de mais de 700 empresas fornecedoras, e processam

diariamente uma média de 10.000 pedidos, cada um com diversos itens.

Page 35: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … CASSAR.pdf · Em organizações com forte inclinação de vendas é comum se ouvir a seguinte expressão “o cliente é bom”. Foi

35Utilização do database marketing

O database marketing é utilizado para a seleção das pessoas que irão

receber o catálogo, análise da performance de produtos, análise da

performance de compras, criação de campanhas promocionais específicas e

administração da lista negra de consumidores. Dá apoio à personalização: a

empresa tem o objetivo de firmar um forte laço de relacionamento com os

seus clientes, e o principal meio para isto é a personalização de sua mala

direta. Através do database marketing, a empresa identifica segmentos

específicos e realiza ações de relacionamento com estes segmentos.

Operação do database marketing

Os pedidos recebidos pelo correio ou por fax são processados por

uma equipe com 50 digitadores. Pedidos que necessitem um contato com o

cliente (como por exemplo resposta a reclamação ou falta de produto) são

respondidos por 10 funcionários. Pedidos por telefone são processados pelo

telemarketing, que conta com 20 funcionários. Também recebe pedidos por

computador de 600 revendedores, de todos os pontos do Brasil, que coletam

pedidos de vendedores no sistema porta-a-porta.

Definição de database marketing

"Eu poderia dizer que é um cadastro que contenha as informações,

mas não é só o cadastro, com endereço e nome da pessoa. Tem que ter não

só o que ela é, mas o que ela faz, o que ela fez, o que ela comprou, se ela

devolveu ou não."

"Para nós, database marketing é a ferramenta que permite praticar o

marketing direto, ou marketing de relacionamento. Encaramos estes três

conceitos de uma forma só: Atender bem o cliente, usando o marketing para

mostrar que fazemos as coisas corretamente, e que ele pode confiar em

nós, obtendo lucro a partir do trabalho que prestamos”.

Caso 5

O Caso Unibanco Corporate

O Unibanco é uma das maiores instituições financeiras brasileiras.

Possui 450 agências, um patrimônio de US$12 bilhões de dólares e lucro

líquido de 1,2 bilhões de dólares. Dentre outras unidades de negócio, possui

Page 36: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … CASSAR.pdf · Em organizações com forte inclinação de vendas é comum se ouvir a seguinte expressão “o cliente é bom”. Foi

36a Divisão Unibanco Corporate, que tem como cliente empresas com

faturamento anual superior a US$ 20 milhões de dólares.

Esta divisão pretendia aumentar o volume de negócios e a receita, e

para isso precisava de uma estratégia de marketing inovadora e que

diferenciasse o Unibanco dos demais concorrentes.

Para atingir esse objetivo, o Unibanco iniciou um projeto de Marketing de

Relacionamento.

Pretendia com esta estratégia estabelecer um envolvimento produtivo

e que em cada contato fosse possível oferecer mais valor para os clientes,

bem como reforçar o posicionamento da divisão como um banco corporativo

que se importa com seus clientes e provê serviço personalizado por meio de

especialistas que têm mais a oferecer além de informação sobre produtos

financeiros.

A partir deste conceito, lançou três linhas de ações. A primeira

atividade, a Biblioteca Unibanco, um conjunto de informações composto de

fitas de vídeo, livros e publicações mensais, cujo objetivo era aumentar o

reconhecimento da instituição nos níveis hierárquicos mais altos dos clientes

corporativos, tais como os Presidentes e Diretores Financeiros. Esta ação

visava também criar um vínculo entre o banco e o cliente, a partir da

suposição de que passariam a buscar, constantemente, informações úteis

para o seu negócio na Biblioteca Unibanco.

A segunda linha de ação visava aumentar as receitas junto aos

clientes atuais. Para isso, foi criado um software para cada produto do

Banco, chamado Simulador de Produtos, através do qual o gerente de conta

em suas visitas podia mostrar os benefícios de cada produto do Unibanco,

simulando os resultados, e ainda permitia comparações com o desempenho

de produtos das instituições financeiras concorrentes.

O terceiro ponto do relacionamento com os clientes foi o Sistema de

Atendimento ao Cliente (telemarketing), onde os clientes poderiam pedir o

material da Biblioteca Unibanco, tirar dúvidas, dar sugestões e ainda

agendar visitas dos gerentes de contas.

Este canal aberto de comunicação também seria utilizado para

pesquisa de satisfação.

Page 37: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … CASSAR.pdf · Em organizações com forte inclinação de vendas é comum se ouvir a seguinte expressão “o cliente é bom”. Foi

37 Todas as ações foram suportadas por um banco de dados de

marketing com informações relevantes sobre cada cliente, o que permitia

oferecer os produtos mais adequados às suas necessidades.

A Estrutura da Estratégia de Relacionamento Unibanco

O Detalhamento das Ações.

a) Biblioteca Unibanco

A Biblioteca Unibanco foi oferecida para clientes classificados como

do tipo A e B.

Esta classificação foi feita em função do faturamento e potencial de

negócios de cada empresa. As fases da campanha foram:

-No primeiro mês, foram enviadas malas diretas para os Diretores

Financeiros das empresas oferecendo uma fita de vídeo que versava sobre

um novo imposto brasileiro: o IPMF - Imposto Provisório sobre

Movimentação Financeira.

Foram feitos também anúncios nos principais jornais do país.

-No segundo mês foram oferecidas as Publicações Econômicas Mensais

para o Diretor Financeiro.

Os interessados também deveriam solicitar as publicações por

telefone.

-No sexto mês, foi oferecido o livro Tom Peters Seminar Book, tanto para o

Diretor Financeiro quanto para o Presidente da empresa, num lançamento

pré-mundial do livro.

-No nono mês, o Diretor Financeiro e sua equipe poderiam solicitar uma

fita de vídeo sobre EDI -Eletronic Data Interchange. Para esta oferta também

foram feitos anúncios nos principais jornais do país.

Page 38: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … CASSAR.pdf · Em organizações com forte inclinação de vendas é comum se ouvir a seguinte expressão “o cliente é bom”. Foi

38 -No décimo segundo mês, tanto o Presidente das empresas interessadas

quanto alguns Diretores Financeiros selecionados foram estimulados a

solicitar uma fita de vídeo sobre a Sucessão Familiar nas Empresas.

O resultado desta ação da estratégia de relacionamento pode ser

mensurado através do índice de interessados: 85% das empresas ativadas

se interessaram em receber o material disponível e começaram a ser

envolvidas com a nova proposta do banco de construir um relacionamento

com seus clientes.

Eram enviadas 2.200 Publicações Econômicas mensalmente.

b) Simulador de Produtos:

- Prover o Diretor Financeiro da empresa cliente com uma ferramenta que o

auxiliasse a tomar decisões mais sustentadas em informações, simulando

resultados através dos dados da empresa e ainda comparando o

desempenho do Unibanco com qualquer outra instituição financeira.

-Posicionar o Unibanco Corporate como uma instituição que está

preparada para servir às reais necessidades dos clientes, oferecendo as

melhores soluções para seus problemas e de uma forma transparente.

Os passos para a operacionalização desta fase:

-Intenso treinamento para os gerentes de contas, preparando-os para

aproveitar as interações com os clientes como forma de ofertar mais valor e

utilizar o Simulador de Produtos como uma poderosa ferramenta de apoio;

-Programa de incentivo para os gerentes de contas associando sua

remuneração aos resultados do relacionamento;

-Uma vez preparados, os gerentes de contas escolhiam empresas, através

das informações contidas no Banco de Dados, que possuíam alto potencial

para a utilização do produto a ser promovido.

- Para reforçar o relacionamento, ou visitava-se o cliente semanalmente ou

era realizada pelo menos uma chamada telefônica para acompanhamento

da conta.

Como resultado destas ações, obter além de melhor qualidade no

atendimento aos clientes, cerca de 50% dos clientes passaram a usar os

Simuladores de Produtos e foi registrado, na primeira ação, um aumento de

10%no volume de negócios com o banco.

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39c) O sistema de Atendimento aos Clientes

Através de um sistema de telemarketing foi possível:

-·Qualificar todas as empresas clientes, complementando no Banco de

Dados as informações relevantes para iniciar o relacionamento;

- Receber os pedidos de envio das peças referentes à Biblioteca Unibanco;

-Agendar as visitas dos gerentes de contas às empresas;

-Receber sugestões ou reclamações dos clientes;

-Realizar pesquisas de satisfação.

A equipe foi devidamente treinada para usar uma linguagem

apropriada da Divisão Corporativa, utilizar devidamente o Banco de Dados

de forma a facilitar o processamento de relatórios importantes para o

relacionamento com os clientes.

O Banco de Dados de Marketing.

Todas as ações de relacionamentos foram suportadas por um Banco

de Dados de Marketing. Este sistema de informações permitiu:

-Armazenar as informações necessárias para um relacionamento produtivo

com os clientes;

-Maior pertinência nas ações, uma vez que auxiliou na identificação das

oportunidades buscando informações na base de clientes, tais como: os

clientes com maior potencial para determinadas ações, que tinham um

comportamento de compra interessante para aquele tipo de produto etc.

-Sistematizar as ações, controlando o fluxo de respostas, pedidos,

agendamentos etc.

Para os clientes, certamente observaram os benefícios de maior

satisfação com o fornecedor de serviços, menor risco devido à relação de

confiança, obtenção de produtos e serviços mais pertinentes às suas

necessidades e maior tranqüilidade no processo decisório pela fidelidade a

um prestador de serviços de confiança.

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CAPÍTULO VI

CONCLUSÃO

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41

CONCLUSÃO

O relacionamento é o fator-chave de sucesso para a diferenciação da

oferta no mercado, uma vez que a oferta de valor só é possível por meio do

conhecimento adquirido. A estratégia de Marketing de Relacionamento,

portanto, possibilita a oferta contínua de valor superior, trazendo um grande

potencial de benefícios tanto para o fornecedor quanto para o cliente.

O DATABASE MARKETING oferece esta possibilidade de maneira

objetiva garantindo resultados efetivos tais como: aprimoramento de

produtos e serviços, fidelização, efetividade de investimentos com retorno

ponderável.

A combinação de diversas disciplinas transformou o DATA

MARKETING em uma ferramenta onde é possível planejar, orçar, analisar e

desenvolver o melhor marketing possível.

Citando Jamil, Gonçalves e Tavares (2002) “... as organizações uqe

não focarem seus banco de dados relacionais para o DATABASE

MARKETING perderão excelentes clientes e serão impossibilitados de uma

prospecção..”.

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42

BIBLIOGRAFIA CITADA

JAMIL, George Leal. DATABASE MARKETING. Rio de Janeiro: Axcel

Books, 2002.

SERRA, Laércio. A essência do BI . São Paulo: Berkeley, 2002.

MACHADO, Felipe Nery Rodrigues. DATA WAREHOUSE TECNOLOGIA E

PROJETO. São Paulo: Érica, 2004.

INMON, W.H. DATA WAREHOUSE .São Paulo: Berkeley, 2001.

AZEVEDO, Abaetê. MARKETING DE RESULTADOS. São Paulo: M Books,

2004.

De SORDI, Jose Osvaldo. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADA

AOS NEGÓCIOS. São Paulo: Atlas, 2003.

ZENONE, Luiz Cláudio. CRM CONCEITOS E ESTRATÉGIAS. São Paulo:

Atlas, 2001.

ZENONE, Luiz Cláudio. MARKETING DA GESTÃO E TECNOLOGIA. São

Paulo: Futura, 2003.

KOBS, Jim. MDO MARKETING DIRETO AO DATABASE MARKETING. São

Paulo: Makron Books, 1993.

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43

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

JAMIL, George Leal. DATABASE MARKETING. Rio de Janeiro: Axcel

Books, 2002.

SERRA, Laércio. A essência do BI . São Paulo: Berkeley, 2002.

MACHADO, Felipe Nery Rodrigues. DATA WAREHOUSE TECNOLOGIA E

PROJETO. São Paulo: Érica, 2004.

INMON, W.H. DATA WAREHOUSE .São Paulo: Berkeley, 2001.

AZEVEDO, Abaetê. MARKETING DE RESULTADOS. São Paulo: M Books,

2004.

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AOS NEGÓCIOS. São Paulo: Atlas, 2003.

ZENONE, Luiz Cláudio. CRM CONCEITOS E ESTRATÉGIAS. São Paulo:

Atlas, 2001.

ZENONE, Luiz Cláudio. MARKETING DA GESTÃO E TECNOLOGIA. São

Paulo: Futura, 2003.

KOBS, Jim. MDO MARKETING DIRETO AO DATABASE MARKETING. São

Paulo: Makron Books, 1993.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

HISTÓRICO 11

CAPÍTULO II

CONCEITOS 14

CAPÍTULO III

RISCO E FIDELIZAÇÃO 17

CAPÍTULO IV

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 23

CAPÍTULO V

CASES DE SUCESSO 29

CAPÍTULO VI

CONCLUSÃO 40

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42

BIBLIOGRAFIA CITADA 43

ÍNDICE 44

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

Autor:

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito:

Avaliado por: Conceito:

Avaliado por: Conceito:

Conceito Final: