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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE TDAH Por: Úrsula Helena de Carvalho Ferreira Orientador Prof. Dayse Serra Rio de Janeiro, 11 de julho de 2011.

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

TDAH

Por: Úrsula Helena de Carvalho Ferreira

Orientador

Prof. Dayse Serra

Rio de Janeiro, 11 de julho de 2011.

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

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O Professor e o TDAH em sala de aula

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Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como requisito parcial para obtenção do grau

de especialista em Psicopedagogia Por: Úrsula Helena

de Carvalho Ferreira.

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RESUMO

Este trabalho acadêmico tem por finalidade explorar e analisar o mundo do

tdah, demonstrar seus principais aspectos.

Indispensavelmente nas escolas as equipes pedagógicas tem de ter

estratégias para lidar com este transtorno que nos últimos tempos está em

evidência.

A família é fundamental no momento de ajudar e compreender este mundo

diferente que é o do tdah e junto com a escola trabalhar formas e métodos para

amenizar as situações que se apresentam.

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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa é do tipo bibliográfica com natureza de resumo de assunto.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 6

CAPÍTULO I - O Problema 7

CAPÍTULO II - O TDAH 8

CAPÍTULO III - Metodologia 19

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43

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INTRODUÇÃO

A relação entre indisciplina e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e

(Hiperatividade) tem sido muito discutida, atualmente, e se apresenta,

corriqueiramente, no âmbito escolar. Porém, ainda gera muitas controvérsias, pois

há os profissionais que concordam com sua existência e os que discordam,

alegando insuficiência de comprovações científicas.

Na atualidade, o transtorno com maior freqüência de encaminhamentos de

crianças a centros especializados de neurologia pediátrica. Também é

considerado pelos especialistas como um transtorno mental crônico, o qual evolui

ao longo da vida e segundo eles, a criança passa a manifestar logo na educação

infantil. Com isso, crianças têm sido diagnosticadas e medicadas cada vez mais

cedo. Porém, não há, segundo os próprios neurologistas, comprovação por

exames, do diagnóstico de tal transtorno.

A criança que possui déficit de aprendizagem não pode ser vista como

deficiente. Apresenta certa dificuldade especifica de aprendizagem, mas não é

uma criança normal em alguns aspectos, nem atípica em outros, ela simplesmente

aprende de uma forma diferente das demais. Incluindo os hiperativos, a escola

tem que dar conta de sua aprendizagem, diagnóstico e sugestões de tratamento.

Baseado neste relato, esta pesquisa tem por finalidade abordar o que é o

TDAH, o papel do professor em sala, como lidar com um tdah, o papel dos pais

em casa e na escola junto ao professor.

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CAPÍTULO I

1- Problema

Como lidar com o TDAH em sala de aula?

1.1 – Justificativa

Encontrar formas e para trabalhar com o TDAH em sala de aula.

1.2 – Objetivo Geral

Pesquisar os pontos principais do TDAH para atuar em sala de aula.

1.3 – Objetivo Específico

Identificar a origem do TDAH.

Analisar os efeitos do TDAH.

Identificar o aluno com o TDAH.

1.4– Hipótese

Elaborar métodos para atuar com o TDAH em sala de aula.

1.5 – Delimitação de Estudo

Estudo delimitado por acervo bibliográfico através de livros, sites publicados

em português, artigos de revistas e jornais.

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CAPÍTULO II

2 - REVISÃO DA LITERATURA

2.1 - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade / TDAH

No curso das últimas décadas, o estudo sobre o Transtorno de Déficit de

Atenção/Hiperatividade, vem despertado o interesse de vários profissionais nas

áreas da Educação e também da Saúde, através de seminários, estudos ou

pesquisas bibliográficas como esta.

É essencial antes conhecer o que se sabe até o momento sobre o

Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, para então compreender como o

professor ou o psicopedagogo da escola, pais e comunidade, podem interferir

neste quadro e até onde ir.

Os primeiros achados teóricos sobre o Transtorno de Déficit de

Atenção/Hiperatividade datam de 1902. Desde, então, é o transtorno mais

estudado entre os profissionais da área da Saúde e da Educação.

O médico inglês George Fradick Still, é considerado o precursor deste

estudo, pois o mesmo realizou estudos onde percebeu que crianças cuja

dificuldade em concentrar e em permanecer por cento tempo parado, eram

acometidas de um transtorno.

Assim, Still apud Escher (2003, p.25), descreveu uma série de crianças cujo

comportamento era agressivo, indisciplinado, cruel e conseqüentemente

apresentava dificuldades na concentração, atenção e com pouco controle,

recebendo como primária definição “Defeito no Controle Moral”.

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Em 1994, a Associação Americana de Psiquiatria, adotou oficialmente o

termo: Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, onde a barra (/) indica a

presença ou não da hiperatividade, tendo como sigla TDA/H, que conforme explica

Escher (2003, p.26), “pode ser o distúrbio infantil mais comum nas séries iniciais

de ensino fundamental, também é visto como maior causa do fracasso escolar”.

Tal fracasso escolar é visto por Weiss (2003, p.16) como uma resposta

insuficiente para uma exigência ou demanda da escola.

Esclarece-se que, mesmo sendo o mais comum e o causador de grande

parte do fracasso escolar, não se pode acreditar que é o único a promover tal

fracasso, porque há outros fatores que implicam na aprendizagem também.

Para Ferreira (1985), "distúrbio de aprendizagem, é o ato de disturbar,

perturbação, variável indesejada que, aplicada a um sistema, tende a afetar o

valor da variável controlada"

Para alguns médicos, psicólogos ou educadores, distúrbios são problemas

ou dificuldades no processo de ensino-aprendizagem. Isso porque, para esse

grupo, distúrbios são perturbações de origem biológica, neurológicas, intelectuais,

psicológicas, socioeconômicas ou educacionais, encontradas em escola, que

podem tornar-se problemas para a aprendizagem dessas crianças.

Na atualidade, o transtorno com maior freqüência de encaminhamentos de

crianças a centros especializados de neurologia pediátrica. Também é

considerado pelos especialistas como um transtorno mental crônico, o qual evolui

ao longo da vida e segundo eles, a criança passa a manifestar logo na educação

infantil.

Com isso, crianças têm sido diagnosticadas e medicadas cada vez mais

cedo. Porém, não há, segundo os próprios neurologistas, comprovação por

exames, do diagnóstico de tal transtorno.

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Causas

A imagem da esquerda ilustra áreas de atividade cerebral de uma pessoa

sem TDAH e a imagem da direita de uma pessoa com TDAH. Há certa

controvérsia sobre o estudo do Dr. Alan Zametkin que produziu estas imagens,

pois as crianças que fizeram parte do estudo tinham maioritariamente disfunções

severas.

As pesquisas têm apresentado como possíveis causas de TDAH a

hereditariedade, problemas durante a gravidez ou no parto, exposição a

determinadas substâncias (chumbo) ou problemas familiares que propiciam o

aparecimento predisposto geneticamente, como: um funcionamento familiar

caótico, alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução, famílias com baixo nível

socioeconômico, ou famílias com apenas um dos pais. Tais problemas não

originam tais distúrbios, mas os amplificam na sua existência.

Famílias caracterizadas por alto grau de agressividade nas interações

podem contribuir então para o aparecimento desses comportamentos agressivos

ou de uma oposição desafiante ou protetora nas crianças perante a sociedade.

Segundo Goldstein, alguns fatores podem propiciar o aparecimento, recluso

geneticamente, do TDAH quando em condições favoráveis, por isso as causas do

TDAH são de uma vulnerabilidade herdada ao transtorno que vai se manifestar de

acordo com a presença de desencadeadores ambientais. A ansiedade.

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Podemos afirmar que até hoje, cem anos depois de terem sido aventados

pela primeira vez por um oftalmologista inglês, os distúrbios neurológicos não

tiveram suas existências comprovadas, é uma longa trajetória de mitos, estórias

criadas, fatos reais que são perdidos/omitidos. Trata-se de uma pretensa doença

neurológica jamais comprovada.

Inexistem critérios diagnósticos claros e precisos como exige a própria ciência

neurológica.

No âmbito escolar, o TDAH surge como justificativa para a repetência e o

fracasso. Crianças que apresentam comportamentos que não correspondem ao

esperado ou desejado pelos professores, são vistos como portadores de tal

transtorno. Os pais, influenciados pelas queixas dos educadores, passam a

procurar por ajuda médica e psicológica com o intuito de sanar tais

comportamentos considerados anormais, o que acarreta na medicalização, que

surge como principal meio de “solucionar” o problema.

2.1 – A atuação do professor

É de extrema importância que alunos com TDAH sejam motivados. Em

nossa prática no dia a dia, professores de crianças portadoras de TDAH,

freqüentemente encontram crianças com dificuldades seriíssimas em termos de

relacionamento, comportamento e também de aprendizagem, conseguir uma

melhora significativa quando mudam de professor. “A criança com TDAH tem que

engolir o professor junto com a matéria”. Sua inconstância de atenção e não déficit

de atenção faz com que elas sejam capazes de uma hiper concentração quando

houver motivação.

Aí vem a grande dificuldade, professores, diretores, e toda uma equipe de

apoio, sem o devido conhecimento sobre o TDAH, classes cheias de crianças com

TDAH, com os professores sem saber o que fazer nem como lidar com elas,

professores desmotivados, mal pagos.

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Na Suíça, salas de aula super lotadas, encontra-se turmas e mais turmas

de “alunos especiais”, que não conseguem nem ao menos serem alfabetizados,

que inevitavelmente ao faltar estrutura familiar que possa funcionar como seus

“freios inibitórios”, vão evoluir para evasão escolar, droga e delinqüência. Temos

que orientar as escolas para selecionarem (pelo menos de 1ª a 4ª série)

professores que tenham perfil para lidarem com crianças portadoras de TDAH,

que sejam democráticos, solícitos, amigos, compreensivos e empáticos e não

desorganizados, hiperativos e impulsivos como elas. Crianças com TDAH não tem

que estar em turmas separadas, elas não tem problemas cognitivos, aprendem

muito bem quando tratados adequadamente por uma equipe interdisciplinar.

Temos que aprender a lidar com estas crianças, conhecer suas limitações,

respeitá-la e com criatividade descobrir como ela aprende melhor, e uma boa

maneira de se fazer isto é perguntando a ela. Como você acha que aprende

melhor?

A criança portadora de TDAH do tipo predominantemente desatenta é uma

criança dócil, fácil de lidar, porém com dificuldade de aprendizagem desde o início

de sua vida escolar, lenta ao copiar do quadro, lenta para fazer o dever de casa,

necessidade de acompanhamento dos pais ou orientadores a vida toda; isto

contribuirá para que tenha uma baixa auto-estima, podendo futuramente

desenvolver com morbidades como, por exemplo: Ansiedade generalizada e

depressão entre outros.

A tendência de pais, professores e diretores de escola é entender o

comportamento destas crianças como desobedientes e desinteressadas e

insistirem a valorizar as melhores cabeças, valorizando no trabalho escolar

apenas a transmissão do conhecimento e a produção do trabalho escrito,

valorizando mais a quantidade em detrimento da qualidade.

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Em casa não é muito diferente, pais desesperados que já visitaram muitos

médicos, psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos etc., a procura de um

tratamento adequado, um caminho muitas vezes tortuoso e conflituoso, num

processo que pode levar meses e até anos.

Outro dado importante a ser considerado é que estudos apontam sobre a

persistência do TDAH na adolescência e vida adulta. (Rohde, 1997;

Nadeau,1996). Werder (1990) por meio de pesquisas mais sistemáticas e

longitudinais, reconheceu o TDAH na vida adulta também. As pesquisas recentes

indicam que cerca de 70% dos adolescentes que apresentavam o problema

quando criança mantém o diagnóstico aos 14 anos. E embora não se tenha dados

exatos, sabe-se que parte destes 70% ainda apresentará o TDAH no final da

adolescência e ainda manterá o diagnóstico na vida adulta.

O que parece acontecer na vida adulta, entretanto, é uma diminuição dos

sintomas da hiperatividade, permanecendo os sintomas de desatenção e

impulsividade.

É importante que o profissional de saúde mental possa apoiar o professor

em sala de aula. É importante que professores tenham pelo menos uma noção

básica sobre o tdah, sobre a manifestação dos sintomas, e as conseqüências em

sala de aula. Saber diferenciar incapacidade de desobediência é fundamental.

Segundo Sam Goldstein e Michael Goldestein a criança hiperativa na

escola é como “encaixar um prego redondo em um buraco quadrado”.

É uma grande dificuldade para a criança hiperativa quando ela entra no

jardim de infância, e precisa agora aprender a lidar com as regras, a estrutura e os

limites, e o seu temperamento simplesmente não se ajusta muito bem com as

expectativas da escola.

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Para ir bem às provas, uma criança precisa não apenas exibir as aptidões

que estão sendo avaliadas, mas também possuir a capacidade de ouvir e seguir

instruções, prestar atenção e persistir até que a prova seja completa. A criança

deve também ser capaz de parar para pensar qual seria entre as várias opções a

melhor resposta possível. Entretanto, as crianças hiperativas são fracas nessas

áreas de aptidões e, portanto, as notas obtidas nas provas de inteligência muitas

vezes refletem mais a sua hiperatividade que seu potencial intelectual. Algumas

crianças hiperativas são muito brilhantes. A maioria está dentro dos limites médios

e algumas, infelizmente, ficam abaixo da média em suas aptidões intelectuais.

Crianças hiperativas muito brilhantes freqüentemente conseguem ter uma

boa atuação durante o curso elementar (1ªsérie do 1º grau) e é possível que não

sejam consideradas crianças com problemas. As maiores aptidões intelectuais da

criança permitem que ela compense sua incapacidade de continuar numa tarefa.

Ela pode não se dedicar durante muito tempo, mas o tempo gasto nas tarefas

muitas vezes resulta num trabalho completo e freqüentemente correto. Pode

parecer que esta criança não preste atenção, mas quando solicitada geralmente

sabe a resposta. Lembre-se: Ser desatento não equivale ser incapaz de aprender.

As crianças hiperativas, quando sua atenção é focalizada, são capazes de

aprender tão bem quanto as outras.

Entretanto nos últimos anos do 1º grau mesmo os adolescentes hiperativos

mais inteligentes não conseguem acompanhar consistentemente o crescimento

das exigências e responsabilidades educacionais para ter sucesso.

Freqüentemente é durante estes anos escolares que se reconhece que os

adolescentes hiperativos inteligentes estão vivenciando este padrão de dificuldade

de comportamento, o que interfere em seu desempenho escolar.

Um fator crucial para o sucesso do seu filho na escola é o professor e a

capacidade que este professor tem para controlar a classe com eficiência.

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Esteja seu filho recebendo ou não serviços de educação especial, você

tem o direito de participar ativamente da seleção dos professores do seu filho. A

seguir uma lista do que procurar no professor ideal e no ambiente de aula ideal

para a criança hiperativa. Estas sugestões baseiam-se numa combinação de

pesquisa científica, julgamento profissional e senso comum.

Algumas destas questões podem ser abordadas em conversas diretas com

os possíveis professores, outras, conversando com pais cujos filhos trabalharam

com um determinado professor, outras ainda podem ser avaliadas observado-se

a sala de aula. Esta lista também serve para projetar uma sala de aula para uma

criança hiperativa.

- O professor sabe sobre hiperatividade em crianças e está disposto a

reconhecer que este problema tem um impacto significativo sobre as

crianças da classe.

- O professor parece entender a diferença entre problemas resultantes

de incompetência e problemas resultantes de desobediência.

- O professor não emprega como primeira ação o reforço negativo ou a

punição como meios para lidar com problemas e para motivar na sala de

aula.

- A sala de aula é organizada.

- Existe um conjunto claro e consistente de regras na classe. Exige-se

que todos os alunos aprendam as regras.

- As regras da sala de aula estão num cartaz colocado na sala para

que todos vejam.

- Existe uma rotina consistente e previsível na sala de aula.

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- O professor exige e segue estritamente as exigências específicas

referentes a comportamento e produtividade.

- O trabalho escolar fornecido é compatível com o nível de capacidade

da criança.

- O professor está mais interessado no processo (compreensão de um

conceito) que no produto (conclusão de 50 problemas de subtração).

- A disposição da sala de aula é definida, com carteiras separadas

colocadas em fileiras.

- O professor distribui pequenas recompensas sociais e materiais

relevantes e freqüentes.

- O professor da classe é capaz de usar um programa modificado de

custo resposta.

- O professor emprega punições leves acompanhadas de instruções

para retornar ao trabalho quando a criança hiperativa interrompe o

trabalho dos outras.

- O professor ignora o devaneio ou a desatenção em relação à lição

que não perturbe as outras crianças e, então, uma atenção diferenciada

quando ela volta ao trabalho.

- A menor razão aluno para professor possível (preferencialmente, um

professor para oito alunos.

- O professor está disposto a alternar atividades de alto e baixo

interesse durante todo o dia em lugar de fazer com que o aluno faça

todo o trabalho de manhã com tarefas repetitivas uma após a outra.

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- O professor está disposto a oferecer supervisão adicional durante o

período de transição entre aulas, intervalos e durante outras atividades

longas como reuniões.

- O professor é capaz de antecipar os problemas e fazer

planejamentos de antemão para evitar problemas.

- O professor está disposto a auxiliar a criança hiperativa a aprender,

praticar e manter aptidões organizacionais.

- O professor está disposto a aceitar a responsabilidade de verificar se

a criança hiperativa aprende e usa um sistema eficaz para manter-se

em dia com o dever de casa, e conferir se ela quando sai do prédio da

escola, todos os dias, leva esse dever para casa.

- O professor aceita a responsabilidade de comunicar continuamente

com os pais. Para alunos o curso elementar, um bilhete diário e enviado

para casa. Para estudantes das últimas séries do 1º e 2º grau, usam-se

notas de progresso semanal.

- O professor fornece instruções curtas diretamente à criança

hiperativa e em nível que ela possa entender.

- O professor é capaz de manter um controle eficaz sobre toda a

classe, bem como sobre a criança hiperativa.

- Preferencialmente a classe é fechada (quatro paredes) nunca em

ambiente aberto.

- O professor está disposto a desenvolver um sistema no qual as

instruções são repetidas e oferecidas de várias maneiras.

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- O professor está disposto a oferecer pistas para ajudar a criança

hiperativa a voltar para o trabalho e a evitar que ela fique super excitada.

- O professor está disposto a permitir movimentos na sala de aula.

- O professor prepara todos os alunos para mudanças na rotina.

- O professor entende como e quando variar seu método.

- O professor é capaz de fazer um rodízio e uma alternância de

estímulos e reconhece que aquilo pode ser recompensador para um

aluno, pode não ser para outro.

- Todos os estudantes aprendem um modelo lógico de resolução de

problemas para lidar com problemas na sala de aula e entre eles

mesmos (por exemplo: parar, ver, ouvir).

- Um sistema de treinamento em atenção ou auto monitoramento é

usado em sala de aula.

- O professor parece capaz de encontrar algo positivo, bom e valioso

em toda criança. Este professor valoriza as crianças por aquilo que são

não por aquilo que conseguem produzir.

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CAPÍTULO III

3-o papel do professor

Cabe ao professor apenas destacar as dificuldades de aprendizagem que

aparecem em sala de aula e investigar de forma ampla os aspectos orgânicos,

neurológicos, mentais e psicológicos influenciado pelo ambiente em que a criança

vive. Ao professor cabe apenas detectar as dificuldades e encaminhar para o

profissional adequado, com treino específico da dificuldade a fim de que a criança

supere suas dificuldades, com esforço, colaboração da família e da escola em

conjunto acompanhando as etapas de evolução da criança;

Orientações Psicopedagógicas – Sugestões para Intervenções

Conforme Edyleine (2002) o trabalho do psicopedagogo é muito importante,

pois auxilia, atuando diretamente sobre a dificuldade escolar apresentada pela

criança, suprindo a defasagem, reforçando o conteúdo, possibilitando condições

para que novas aprendizagens ocorram, e orientando professores.

As técnicas mais utilizadas são os jogos de exercícios sensório-motor, ou de

combinações intelectuais, como damas, xadrez, carta, memória, quebra-cabeça,

entre outros.

Os jogos com regras permitem à criança, além do desenvolvimento social

quanto a limites, à participação, o saber ganhar, perder, o desenvolvimento

cognitivo, e possibilita a oportunidade para a criança detectar onde está, o porquê

e o tipo de erro que cometeu, tendo a chance de refazer, agora, de maneira

correta.

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Podem ser usadas técnicas que envolvam escritas, como escrever um

livro e ilustrá-lo, pode despertar nela em criar algo seu e admirar seu trabalho final,

podendo isso, ser estendido às lições em sala de aula.

Outra técnica é a de despertar na criança o gosto pela leitura, através de

assuntos e temas de seu interesse e também aguçar a curiosidade por conhecer

novos livros, revistas e histórias.

A utilização de contos de fadas e suas dramatizações podem ser um

recurso a mais. Podem ser utilizados desde a fase do diagnóstico até a fase de

intervenção educativa, adaptando-se as tarefas, em razão do nível de aprendizado

em que a criança se encontra. Edyleine (2000) salienta que essa técnica permite

ao psicopedagogo coletar tanto dados cognitivos quanto psicanalíticos.

Segundo Vanda Rambaldi (Psicóloga) os professores são bem diferentes

em seus estilos pessoais:

1º O professor autoritário: intolerante e rígido valoriza somente as necessidades

acadêmicas do aluno, focalizando apenas a produção de tarefas, tornando-se

impaciente com a criança à medida que esta não consegue corresponder às suas

expectativas.

2º O professor pessimista, desanimado e infeliz, com tendência a ter uma visão

categórica de todo mau comportamento e das tarefas inacabadas como proposital

e por desconsideração a ele, não conseguirá estabelecer um bom relacionamento

com a criança.

3º O professor hiper crítico, ameaçador e “nunca erra”- certamente ficará frustrado

pela dificuldade da criança com TDAH em fazer mudanças adequadas

rapidamente.

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4º O professor do tipo impulsivo, temperamental e desorganizado- poderá ter

também uma experiência difícil dada à similaridade de seu comportamento com

aquele tipicamente apresentado pela criança com TDAH.

5º O professor que parece mais se ajustar às necessidades dos alunos com TDAH

é aquele que se mostra:

•Democrático, solícito, compreensivo.

•Otimista amigo e empático.

•Dar respostas consistentes e rápidas para o comportamento inadequado da

criança, não manifestando raiva ou insultando o aluno.

Dicas para a sala de aula

Segundo Sandra Rief (2001), especialista em Educação Especial e

Recursos de Aprendizagem, algumas condições pré-existentes podem

desencadear problemas para portadores de TDAH na sala de aula, estas

condições podem ser:

Físicas: fatores internos como fadiga, fome, desconforto físico etc.

Meio ambiente: barulho, posição da carteira, localização da sala, etc.

Atividade ou evento específico: alguma coisa frustrante, tediosa,

inesperada, superestimulante.

Tempo específico: hora do dia, dia da semana.

Demonstração de habilidade ou necessidade de atuação: no

comportamento nas relações sociais na produção acadêmica (expectativa de fazer

algo difícil, desagradável ou que provoque ansiedade).

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Outras: interação negativa com alguém ser alvo de brincadeiras ou

provocações etc.

Com o objetivo de prevenir problemas na sala de aula, o professor deve

procurar alterar essas condições pré-existentes. Algumas sugestões:

• Criar um ambiente “seguro”, reduzindo o medo e o stress.

• Aumentar a estrutura.

• Estabelecer uma rotina previsível (são difíceis de se adaptarem a novas

situações).

• Ajustar os fatores ambientais (temperatura, iluminação, móveis, estímulos

visuais etc.).

• As regras, limites e procedimentos a serem seguidos devem ser claramente

definidos, ensinados e praticados.

• O ensino do sucesso de todos.

• Estrutura as lições de modo a permitir participação ativa e resposta

interessada.

• Proporcionar mais escolhas e opção a fim de provocar interesse e

motivação.

• Proporcionar mais tempo e mais espaço; se necessário, mudar o tempo e o

espaço.

• Proporcionar ritmo adequado.

• A supervisão deve ser mais freqüente.

• Aumentar as oportunidades de movimentação física.

• Ensinar estratégias de autocontrole (relaxamento, visualização, respiração

profunda, resolução de problemas, auto-monitoramento).

• Utilizar as estratégias de “cantinho para pensar”, “tempo para se acalmar”,

“pausa para descanso”, como medida preventiva.

• Utilizar tática de redirecionamento e preparar para as transições.

• Trabalhar as dificuldades acadêmicas, sociais e comportamentais.

• Proporcionar acomodações e adaptações segundo a necessidade.

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• Proporcionar maior encorajamento e retorno positivo.

• Aumentar o número de dicas e incentivos, especialmente os “toques”

visuais e sinais não verbais.

Usar voz calma, bem como uma tranqüila linguagem corporal - requisitar,

redirecionar e corrigir de maneira eficiente e respeitosa.

Perfil acadêmico comum

Leitura:

• Fluência média, identificação das palavras;

• Compreensão desigual;

• Perde-se na leitura freqüentemente;

• Precisa ler oralmente, não consegue ler silenciosamente;

• Esquece o que lê;

• Tem baixo desempenho em trechos longos;

• Desempenho médio em trechos curtos;

• Evita ler.

Linguagem escrita:

• Idéias criativas;

• Problemas de planejamento e organização;

• Não consegue começar;

• Caligrafia imatura;

• Fraco em ortografia;

• Velocidade lenta;

• Produção mínima.

• Mecânica fraca (letra maiúscula/pontuação).

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Matemática:

• Altamente inconsistente;

• Erros por desatenção;

• Conceitos matemáticos médio/forte;

• Execução lenta com lápis/papel;

• Lembrança fraca de fatos.

• Alinhamento numérico fraco.

Habilidades de estudo/organizado:

• Perde coisas freqüentemente;

• Fraco em anotações;

• Esquece matérias e tarefas;

• Fraco em priorizações e planejamentos;

• Má administração de tempo;

• Tarefas incompletas.

• Precisa de esclarecimentos e lembretes freqüentes.

Talvez nós precisássemos modificar

• Materiais;

• Métodos;

• Ritmo;

• Ambiente;

• Tarefas;

• Exigências de tarefas;

• Notas;

• Testes / Avaliação;

• Feedback;

• Reforço;

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• Entrada de idéias / Rendimento;

• Nível de suporte;

• Grau de participação;

• Tempo distribuído;

• Tamanho / Quantidade.

Sete elementos chave para o sucesso

1º Conseguindo e mantendo atenção:

• Uso de novidades e objetos;

• Técnicas eficazes de questionamento;

• Uso de organizadores gráficos;

• Sinais auditivos;

• Uso de retro-projetores (para uma melhor visualização);

• Respostas escritas associadas com atividades auditivas.

2º Administração na sala de aula:

• Clareza na comunicação e expectativas;

• Uso de monitores;

• Regras e conseqüências expostas;

• Uso de controle por proximidade;

• Alunos repetem instruções;

• Sinais, elogios e reforço para períodos de transição;

• Revisão de regras e auto-monitor em situação de grupo.

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3º Aprendizado participativo e oportunidades de respostas:

• Aprendizado cooperativo:

- uso de parceiros;

- membros do grupo tem papéis determinados;

- responsabilidade e auto monitoria.

• Resposta em grupo (quadro de giz).

4º Organização e habilidades de estudo:

• Uso de programas e expectativas da escola;

• Uso de cadernos e calendários de tarefa;

• Tarefas esclarecidas e expostas;

• Sistema de estudo entre parceiros (por tutor).

5º Instrução multisensorial e acomodação para estilos de aprendizado:

• Uso de melodia e ritmo;

• Apresente instrução visualmente / auditivamente;

• Fazer uso de computadores;

• Ambiente físico adequado ao trabalho dos alunos;

• Ofereça escolhas de onde trabalhar;

• Áreas privativas e escritórios para estudo;

• Áreas de sala formal / informal;

• Uso de fones ante-ruídos e outros artifícios como, por exemplo, luz local e

não luz difusa;

• Intervalo para alongamento e exercícios.

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6º Modificação na produção escrita:

• Testes orais e transcrição escrita;

• Rubricar trabalhos / tarefas menores;

• Habilidades de processador de textos e digitação;

• Uso de opções de papel (ex.: computador ou folha milimetradas).

7º Práticas de colaboração

• Equipes de estudo (equipes de consulta);

• Ênfase em parcerias com os pais;

• Ensinar em equipe para facilitar a instrução e a disciplina;

• Uso de monitores de idades diferentes;

• Necessidade de tempo para planejamento e apoio administrativo.

O que manter em mente com alunos que são um desafio?

• Planeje uma resposta e evite “reagir”;

• Elogie, encoraje gratifique o desenvolvimento da melhora;

• Mude o que você pode controlar... Você mesmo (atitude, linguagem do

corpo, voz, estratégia / técnicas, expectativas, foco);

• Seja firme, justo e estável;

• Permaneça calmo;

• Evite bater de frente (medir forças).

3.1 - Estratégias para atrair a atenção e participação dos alunos

• Faça uma pergunta interessante e especulativa, mostre uma figura, conte

uma pequena estória ou leia um poema relacionado para gerar discussão e

interesse para a próxima lição.

• Tente um pouco de brincadeira ou tolice, drama (use objetos e estórias)

para conseguir a atenção e estimular interesse.

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• Mistério. Traga um objeto relevante a lição em uma caixa, sacola ou fronha.

Isto é uma maneira excelente de gerar especulação e pode levar a criança

a ótimas discussões e atividades escritas.

• Mostre animação e entusiasmo sobre a próxima lição.

• Diminua o tempo que o professor fala. Faça o máximo de esforço para

aumentar mais as respostas dos alunos (dizendo ou fazendo alguma coisa

com a informação que está sendo ensinada).

• O uso de parceiros (duplas) é talvez o método mais eficaz de maximizar o

envolvimento do aluno. O formato, de parceiros assegura que todos

estejam envolvidos ativamente não apenas alguns. “Vire-se para seu

vizinho/parceiro e...” Os formatos de parceiros são ideais, para previsão,

compartilhar idéias, esclarecer instrução, resumir informações / treinar /

praticar (vocabulários, ortografia, operações matemáticas), compartilhar

atividades escritas. Exemplos: “Junte-se a seu colega e dividam suas idéias

sobre...”. Depois de dar um tempo para as duplas responderem, peça

voluntários para compartilhar com a turma toda. “Quem gostaria partilhar o

que você e seu parceiro pensam sobre...”

• Formule as lições usando um ritmo animado e uma variedade de técnicas

de questionamento que envolvam a classe toda, parceiros e respostas

individuais.

• Antes de pedir uma resposta oral, faça uma pergunta e peça que os alunos

anotem primeiro o que eles acharem que seja correto. Depois peça que

voluntários respondem oralmente.

• Permita que os alunos usem quadro branco individuais durante a lição, é

motivador e ajuda a manter a atenção. Se usado corretamente, é também

eficaz para checar a compreensão dos alunos e determinar quem precisa

de reforço.

• Varie a maneira que você chama o aluno. Por exemplo, “Todos que estão

usando brinco, levantem-se esta pergunta é para vocês”. (Alunos deste

grupo podem responder ou ter a opção de passar.

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• Utilize cartões de resposta já preparados para os alunos praticar áreas de

conteúdo com uma ferramenta de uso individual. Estes cartões podem ser

subdivididos em aproximadamente 3-5 categorias, com respostas escritas

naquelas seções (ponto final, interrogação, exclamação). Quando o

professor faz a pergunta (lê uma frase), o aluno coloca um pregador de

roupa na resposta correta (neste exemplo qual a pontuação é necessária

na fase lida); leques de respostas é outra opção (um leque é feito com

vários cartões de resposta com um furo e segurado por uma argola).

Quando feito uma pergunta os alunos escolhem o cartão que melhor

responde a pergunta.

• Faça uso freqüente de respostas em grupo ou ao mesmo tempo quando há

uma única resposta curta. Quando estiver explicando, pare com freqüência

e peça aos alunos para voltar atrás e repetir uma ou duas palavras.

• Use folhas de resumo que são resumos parciais enquanto você explica a

lição ou dá uma palestra, os alunos preenchem as palavras que estão

faltando baseado em o que você está dizendo ou escrevendo no quadro.

• Uma técnica de instruções direta e outros métodos de questionamento que

permitam oportunidade de grande participação (resposta em dupla).

• Use a estrutura apropriada para cooperação em grupos de aprendizagem

(ex.: designação de papéis, tempo limitado, responsabilidade).

• Não é apenas trabalho em grupo, alunos com TDAH (e muitos outros) não

funcionam bem sem as estruturas e expectativas claramente definidas.

• Sinalize alunos através da audição: toque de campainha ou sino, bata

palmas, toque um acorde de piano / violão, use um sinal verbal.

• Use sinais visuais: pisque as luzes, levante as mãos indicando que os

alunos levantem as mãos e fechem a boca até que todos estiverem quietos

e atentos.

• Sinalize claramente: “todo mundo”... “Pronto...”

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• Cor é muito efetivo para chamar atenção. Use pincéis coloridos no quadro

branco e para transparência no retro-projetor.

• Contato com os olhos. Os alunos devem estar virados para você quando

você está falando, especialmente quando instruções estão sendo dadas. Se

os alunos estiverem sentados em grupos, peça aqueles que não estão

diretamente voltados para você que virem suas cadeiras e corpos quando

sinalizados a fazer isso projete sua voz e certifique-se estar sendo ouvida

claramente por todos. Esteja consciente de outros barulhos na sala de aula

como ar condicionado e aquecedores barulhentos.

• Chame o aluno para perto de você para explicação direta.

• Posicione todos os alunos para que possam ver o quadro. Sempre permita

que os alunos reposicionem suas carteiras e suas carteiras e sinalizem

para você se a visão estiver bloqueada.

• Use recursos visuais. Escreva palavras chave ou figuras no quadro

enquanto estiver explicando. Use figuras, diagramas, gestos e materiais de

alto interesse.

• Ilustre, ilustre, ilustre: não importa se você não desenha bem durante suas

explicações. Dê a você mesmo e aos alunos permissão e encorajamento

para desenhar, mesmo que não tenha talento. Desenhos não precisam ser

sofisticados e exatos. Aliás, geralmente quanto mais tolo melhor.

• Aponte para o material escrito que você quer enfocar com um apontador ou

laser. Nota: retro projetores estão entre as melhores ferramentas para

prender a atenção na sala de aula. No retro projetor o professor pode

modelar facilmente e destacar informações importantes. Transparências

podem ser preparadas com antecedência, poupando tempo.

As transparências podem ser parcialmente cobertas, bloqueando qualquer

estímulo visual que possa distrair.

• Bloqueie material. Cubra ou retire do campo visual aquilo que você não

quer que os alunos foquem, removendo as distrações do quadro ou tela.

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• Ande pela sala – mantendo sua visibilidade.

• Esteja bem preparado e evite atrasos nas explicações.

• Ensine tematicamente quando possível – permitindo integração de idéias /

conceitos e conexões.

• Use técnica de nível mais elevado para perguntas. Faça perguntas abertas,

que requerem raciocínio e estimulam pensamentos abertos, que requerem

raciocínio e estimulam pensamentos críticos e discussão.

• Use programas de computador motivadores para construção de habilidades

específicas e para fixação (programas que fornecem feedback e auto-

correção).

3.2 - Estratégias e suportes para lidar com problemas sociais e

emocionais

• Tente variar a organização de assentos para proporcionar uma situação em

que o aluno sinta-se confortável.

• Dê ao aluno responsabilidade na sala de aula / escola.

• Reduza o número de tarefa ou modifique para possibilitar um maior índice

de sucesso nos alunos.

• Tente identificar o que está causando estresse e frustração ao aluno.

• Reduza tarefas com papel / lápis e permita outros meios de produção.

• Amplie o tempo para completar a tarefa.

• Use instruções curtas acompanhadas por demonstração ou exemplo visual.

• Use um cronômetro para determinar o tempo a ser gasto em uma tarefa

específica.

• Forneça atividades que o aluno possa ter sucesso (academicamente e

socialmente).

• Envolva os alunos em atividades de monitoria com crianças menores.

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• Arranje mensagens para o aluno levar outras salas de aula ou para

secretarias.

• Descubra o interesse dos alunos e proporcione atividades que

correspondam a esses interesses.

• Tendem envolver os alunos em atividades extracurriculares.

• Chame atenção para as potencialidades dos alunos e demonstre os

talentos dele /dela, suas ilhas de competência.

• Dê responsabilidades ao aluno de ser um assistente do professor, monitor,

modelo, líder do grupo, etc.

• Converse com professores, funcionários de apoio, orientadores, assistente

sociais sobre esta criança.

• Aumente a comunicação com os pais.

• Aumente as oportunidades de encontrar com o aluno individualmente e

estabelecer um relacionamento de apoio.

• Dê a esta criança um monitor que possa lhe dar suporte e ser tolerante.

• Ensine habilidades sociais apropriadas, estratégias de lidar com situações e

resolver problemas.

• Ensine habilidades sociais apropriadas, estratégias de lidar com situações.

• Forme pares de alunos com monitores de séries mais avançadas ou um

amigo especial, entre a equipe.

• Aumente significativamente as interações positivas, freqüência de elogios e

feedback.

Encorajamento e apreciação

• Eu aprecio o esforço que você usou nesta tarefa.

• Continue pensando nessas boas idéias.

• Esse B+ reflete seu esforço. Você deve estar orgulhoso de si mesmo.

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• Marcos, eu percebi que você estava bem preparado para a aula de hoje.

Realmente ajudou você ter arrumado sua carteira e em ordem o seu

caderno.

• Eu gosto da maneira que você lidou com aquele problema.

• Você deve sentir-se bem em ver o progresso que você está fazendo. Seu

esforço está sendo compensado.

• É isso mesmo... continue praticando e logo você saberá tudo.

• Aposto que você se dedicou muito nesta questão.

• Eu percebi que os alunos da mesa 2 realmente se ajudaram e trabalharam

como equipe. Meus parabéns.

• Leane, você seguiu as instruções rapidamente. Eu aprecio sua cooperação.

• Eu percebi que você realmente se dedicou a melhorar sua caligrafia. Posso

ver uma melhora na sua letra.

• Eu agradeço a maneira que você ajudou a amiga com o que ela perdeu

ontem por ter faltado a aula. Você realmente é um companheiro

responsável.

• Olha que melhora! Realmente mostra que você se dedicou com tempo e

esforço.

• Eu estou confiante que você fará uma boa escolha.

• Você consegue fazer isto!

• Você está ficando melhor em...

• Essa é difícil. Mas eu tenho certeza que você pode entender.

• Você está mostrando um grande autocontrole esta manhã. Você se

lembrou de levantar a mão quando quer falar e está respeitando o espaço

dos outros alunos.

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3.3 - Papel dos pais

[....] para ajudar seus filhos a serem bem sucedidos na escola, os pais devem ser

pacientes, persistentes e orgulhosos (Goldstein, 1995).

Segundo a Fonoaudióloga e Pedagoga, Elen Campos Caiado,

Aos pais cabe:

• Procurar agir da mesma forma em relação aos demais filhos;

• Comunicar com clareza e eficiência isto;

• As ordens, as instruções e os pedidos devem ser feitos individualmente;

• Oferecer atividades físicas regularmente;

• Dar preferência por atividades que tenham regras e limites;

• Selecionar a escola de forma bem criteriosa, dando preferência àquelas que

disponibilizam trabalhos específicos para crianças com TDAH;

• Ter consciência da importância do trabalho em equipe

(pais/família/profissionais);

• Trabalhe inicialmente a maior dificuldade da criança;

• Refletir bem antes de tomar qualquer decisão;

• Não tomar atitudes de forma precipitada;

• Utilizar a linha de recompensa antes e preferencialmente à punição;

• Incentivar os progressos e evitar críticas constantes, entre outras.

Aos professores cabe:

• Dê prioridade ao diálogo de forma que venha adquirir a confiança da criança bem

como conhecer suas preferências;

• Busque criar estratégias e recursos diferentes de forma que venha a favorecer a

aprendizagem do aluno;

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• Inicie sempre com atividades simples e conforme a evolução vá aumentando os

níveis;

• Encoraje-a com freqüência.

• Busque sempre manter próxima a você na sala de aula;

• Dialogue em particular com a criança, informando-a sobre seu desempenho de

forma que venha estimular sua evolução;

• Por mais simples que sejam as evoluções, jamais deixe de elogiar evitando o

regresso do desenvolvimento.

Os pais devem ter a paciência de instruir os professores a respeito dos

distúrbios do seu filho e oferecer recursos, compreensão e apoio. Devem ser

persistentes em seu esforço de auxiliar o filho a transpor as dificuldades,

assumindo compromissos, reconhecendo a necessidade de intervenções e

colaborando para sua execução.

Programas de treinamento para pais de crianças com TDAH

freqüentemente começam com ampla divulgação de informação. Existe uma

grande quantidade de livros, vídeos e fitas disponíveis com dados a respeito do

transtorno em si e de estratégias efetivas que podem ser usadas por familiares. A

lista que segue revê nove pontos de uma série de estratégias que podem ajudar

pais de crianças portadoras de TDAH segundo Goldstein e Goldstein, 1998.

1 - Aprender o que é TDAH

Os pais devem compreender que, para poder controlar em casa o

comportamento resultante do TDAH, é preciso ter um conhecimento correto do

distúrbio e suas complicações;

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2 - Incapacidade de compreensão versus rebeldia

Os pais devem desenvolver a capacidade de distinguir entre problemas que

resultam de incapacidade e problemas que resultam de recusa ativa em obedecer

a ordens. Os primeiros devem ser tratados através da educação e

desenvolvimento de habilidades. Os outros são resolvidos de maneira satisfatória

através de manipulação das conseqüências.

3 - Dar instruções positivas

Pais devem cuidar para que seus pedidos sejam feitos de maneira

positiva ao invés de negativa. Uma indicação positiva mostra para a criança o que

deve começar a ser feito e evita que ela focalize em parar o que está fazendo.

4 – Recompensar

Os pais devem recompensar amplamente o comportamento adequado.

Crianças com TDAH exigem respostas imediatas, freqüentes, previsíveis e

coerentemente aplicadas ao seu comportamento. Da mesma maneira, necessitam

de mais tentativas para aprender corretamente. Quando a criança consegue

completar a tarefa ou realiza alguma coisa corretamente, deve ser recompensada

socialmente ou com algo tangível mais freqüentemente que o normal.

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5 - Escolher as batalhas

Os pais devem escolher quando e como gastar suas energias numa

batalha, sempre reforçando o positivo, aplicando conseqüências imediatas para

comportamentos que não podem ser ignorados e usando o sistema de créditos ou

pontos. É essencial que os pais estejam sempre um passo à frente.

6 - Usar técnicas de “custo de resposta”

Os pais devem entender bem o que seja “custo de resposta”, uma

técnica de punição em que se pode perder o que se ganhou.

7 - Planejar adequadamente

Os pais devem aprender a reagir aos limites de seu filho de maneira

positiva e ativa. Aceitar o diagnóstico de TDAH significa aceitar a necessidade de

fazer modificações no ambiente da criança. A rotina deve ser consistente e

raramente variar. As regras devem ser dadas de maneira clara e concisa.

Atividades ou situações em que já ocorreram problemas devem ser evitadas ou

cuidadosamente planejadas.

8 – Punir adequadamente

Os pais devem compreender que a punição não irá reduzir os sintomas

de TDAH. Punir deve ser uma atitude diretamente relacionada apenas a um

comportamento para crianças com TDAH se acompanhada de uma estratégia de

controle.

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9 – Construir ilhas de competência

O que realmente importa para o sucesso dessa criança na vida é o que

existe de certo com ela e não o que está errado. Cada vez mais, a área da saúde

mental focaliza seu trabalho em aumentar os pontos fortes em vez de tentar

diminuir os pontos fracos. Uma das melhores maneiras de criar pontos fortes é

uma boa relação dos pais com seu filho.

Uma das grandes dificuldades enfrentadas pelo aluno com TDAH e sua

família é a realização do dever de casa.

O que professores devem lembrar ao passar uma lição de casa é o tempo que um

estudante com TDAH leva para fazer essa lição – 3 a 4 vezes mais do que seus

colegas. É necessário fazer adequações para que a quantidade de trabalho não

exceda o limite da possibilidade.

Ter sempre presente que a lição de casa tem o objetivo de revisar e praticar

o que foi aprendido em sala de aula. Pais não devem fazer o papel de

professores.

[....] acima de tudo, o dever de casa não deve ser jamais um castigo ou

conseqüência de mau comportamento na escola. (Sandra Rief, 1993)

Em casa, é necessário estabelecer uma rotina com expectativas claramente

definidas e previamente combinadas (horário, duração, intervalos). Proporcionar

local adequado para o estudo e auxiliar na organização do trabalho, pois a

desorganização e falta de consciência do tempo são características típicas do

TDAH. Os pais devem dar todo apoio necessário, mas jamais fazer o trabalho

escolar de seus filhos.

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A comunicação freqüente entre escola e família é importantíssima para que

professores e pais possam trocar experiências relevantes para as horas difíceis.

Saber o que está se passando no outro ambiente ajuda a compor o quadro real da

situação, e esse confiar no outro é que estabelece a parceria.

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CONCLUSÃO

A educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação de

todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino. Neste caso, a escola atual

vem lutando com as dificuldades de aprendizagem de seu público e com o TDAH.

Para que isso ocorra, trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das

políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de

alunos. È uma abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas

singularidades, tendo como objetivo o crescimento, a satisfação pessoal e a

inserção social de todos.

A escola deve estar familiarizada com os conceitos básicos de TDAH

(professores e equipe pedagógica) para ajudar no tratamento e aproveitar os

resultados. A escola preparada para receber alunos com este tipo de problema e

favorecer com ambiente arejado, iluminado, quieto, etc.

Os recursos de ensino devem ser flexíveis. Sempre elogiar, conversar e

avaliar pela qualidade e não quantidade. Mais importante que qualificar uma

pessoa com número ou classe é verificar com tempo e estimulação adequados

todas sua possibilidades. Por isso, o diagnostico precoce e a tomada de decisões

é importante para ajudar as crianças no ensino fundamental, a se libertarem de

suas dificuldades e hiperatividades para que possam levar uma vida escolar

normal, dentro de seus limites e assim, progredir dentro do seu próprio ritmo.

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I 7

1 – O PROBLEMA

1.1 – Justificativa

1.2 – Objetivo Geral

1.3 – Objetivo Específico

1.4 – Hipótese

1.5 – Delimitação de Estudo

CAPÍTULO II 8

Revisão da Literatura

2 – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade / TDAH

2.1 – A atuação do professor 11

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CAPÍTULO III 19

Projeto de Pesquisa

3 – O papel do professor

3.1 – Estratégias para atrair a atenção e participação dos alunos 27

3.2 – Estratégias e suportes para lidar com problemas sociais e emocionais 31

3.3 –Papel dos pais 34

CONCLUSÃO 40

ÍNDICE 41

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BENCZIK, Edyleine Bellini Peroni. Transtorno de Deficit de Atenção/Hiperatividade

: Atualização diagnóstica e terapêutica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.

ESCHER, Denise Helena. Monografia: Um olhar psicopedagógico sobre o

transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. URI, 2003.

GOLDSTEIN, Sam. & GOLDSTEIN, Michael. Hiperatividade como desenvolver a

capacidade de atenção da criança. 3º ed. São Paulo: Editora Papirus, 2001.

GOLDSTEIN, Sam e GOLDSTEIN, Michael: tradução Maria Celeste Marcondes.

Hiperatividade: Como Desenvolver a Capacidade de Atenção da Criança.

Campinas, SP: Editora Papyrus, 1994

RIEF, Sandra. 1993 – Pedagoga com especialização em Educação Especial e

recursos de aprendizagem.

VYGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins fontes, 1991.

http://www.sandrarief.com - Acesso 21/03/2011.

http://www.tdah.org.br - Acesso 21/03/2011.