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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
USO DE SOFTWARES NO AUXÍLIO DA APRENDIZAGEM DE
FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA
Por: Fernando Carneiro Peixoto de Oliveira
Orientador: Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
USO DE SOFTWARES NO AUXÍLIO DA APRENDIZAGEM DE
FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Docência do Ensino Superior.
Por: Fernando Carneiro Peixoto de Oliveira
3
AGRADECIMENTOS
A Deus, aos meus pais e a todos que,
de alguma forma, já contribuíram ou
ainda contribuem no processo da
minha educação.
5
RESUMO
O presente trabalho pretende verificar a eficácia do uso de software
como ferramenta de auxilio no processo ensino – aprendizagem da disciplina
Fundamentos de Arquitetura do Curso de Arquitetura da UFRRJ.
Para alcançar esta finalidade será utilizada como metodologia a
pesquisa bibliográfica combinada com uma pesquisa de campo com aplicação
de questionários para serem respondidos por cerca de 10 pessoas.
Ao longo do texto se investigarão o conteúdo desta disciplina, e alguns
dos possíveis softwares que poderiam ser nela utilizados. Também será
assunto desta pesquisa os critérios de seleção de softwares que devem ser
utilizados para a lecionação de Fundamentos de Arquitetura, e a utilização dos
mesmos de acordo com os tópicos de conteúdo nela inseridos.
Finalmente, será analisada a eficácia dos softwares escolhidos através
do uso de indicadores educacionais, tais como, rendimento escolar, motivação,
evasão escolar, repetência e abandonos.
Palavras chaves – softwares educacionais, ensino – aprendizagem.
6
METODOLOGIA
Para a realização desta monografia será utilizada como metodologia a
pesquisa bibliográfica combinada a uma pesquisa de campo com aplicação de
questionários a serem respondidos por cerca de dez pessoas.
Assim sendo, recorreu-se à leitura de várias obras literárias clássicas na
área de educação, bem como foram consultados diversos artigos
disponibilizados virtualmente na Internet e levantados alguns dados
importantes pela aplicação de um questionário.
“A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios — sejam morais, religiosos, éticos ou de comportamento — que balizam a conduta do indivíduo num grupo. O homem, mais do que formador da sociedade, é
um produto dela".
- Émile Durkheim
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A ÁREA DE FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA 10
1.1 Matemática para Arquitetura 12
1.2 Física para arquitetura 13
CAPÍTULO II - ALGUNS SOFTWARES EDUCACIONAIS 16
2.1 Os softwares educacionais: conceitos e algumas
sugestões
16
2.2 Os critérios de seleção para software educacional 25
CAPÍTULO III – A SELEÇÃO DE SOFTWARES E SUA APLICAÇÃO
EM FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA
28
3.1 Selecionando os softwares educacionais 28
3.2 Aplicação dos softwares no processo de ensino –
aprendizagem de Fundamentos da Arquitetura
38
3.3 Verificação da eficácia do uso de softwares 39
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA 43
ANEXOS 45
8
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por enfoque o uso da Tecnologia da Informação
na Educação, considerando que a partir do advento do computador na década
1940, impulsionado pelo famoso ENIAC, passou-se a viver uma verdadeira
revolução tecnológica nas áreas de informação e comunicação. Revolução esta
que impõe, nas palavras de Drucker (1993), mudanças nos meios de produção
e de serviços que indicam que os processos de apreciação do conhecimento
assumirão papel de destaque, de primeiro plano.
Neste contexto, surge a necessidade de se repensar todo o
processo de educação na formação do profissional para que ele possa atender
as exigências desta nova demanda.
Por outro lado, de acordo com Nérice (1992), a educação não pode
perder o foco em seus objetivos, dos quais cita-se alguns:
• formar a mentalidade científica;
• dar oportunidade para cada um revelar-se e realizar-se;
• tornar o educando independente;
• predispor e preparar o homem para o exercício
profissional;
• incentivar a criatividade;
• desenvolver a capacidade de apreciação;
Diante deste desafio, emerge na Educação Superior um debate
salutar que questiona a validade da eficácia ou não do uso de softwares como
ferramentas de auxílio na formação do futuro profissional.
A importância do tema sugerido reside no fato de que um
profissional da era digital necessita dominar tal tecnologia para estar apto a ser
incluído no competitivo mercado de trabalho vivenciado pela sociedade pós-
moderna, pois, muito embora saibamos que o domínio da tecnologia digital não
9
garante a inclusão deste na sociedade, é certo que o não domínio da mesma
implica na sua exclusão com certeza quase que matemática.
Portanto, são objetivos deste trabalho: a realização de um
levantamento do conteúdo requerido para esta disciplina, bem como a
identificação de alguns dos softwares disponíveis que podem ser utilizados em
sua lecionação; o estabelecimento de alguns critérios de seleção de software; a
seleção dos softwares mais adequados e a aplicação dos mesmos para que
possa avaliar a sua eficácia no processo de ensino-aprendizagem na disciplina.
10
CAPÍTULO I
A ÁREA DE FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA
E SEU CONTEÚDO
Neste capitulo são apresentados a área de Fundamentos de
Arquitetura desde seus aspectos legais ligados a criação de um curso de
Arquitetura e suas áreas de estudo, até o conteúdo especifico da disciplina de
Fundamentos de Arquitetura.
1.1 A área de Fundamentos de Arquitetura
Segundo a resolução nº 06 de 02 de fevereiro de 2006, da câmara
de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação do Ministério da
Educação, um curso de Arquitetura e Urbanismo é formado pela união
harmônica de várias áreas do conhecimento humano, reunindo-se assim na
integralização do seu currículo os seguintes núcleos:
I - Núcleo de Conhecimentos de Fundamentação;
II - Núcleo de Conhecimentos Profissionais;
III - Trabalho de Curso.
Estes, por sua vez, são subdivididos em disciplinas de forma que o
Núcleo de Conhecimentos de Fundamentação será composto por vários
campos de saber que forneçam o embasamento teórico necessário para que o
futuro profissional possa desenvolver seu aprendizado, e será integrado por:
Estética e História das Artes; Estudos Sociais e Econômicos; Estudos
Ambientais; Desenho e Meios de Representação e Expressão.
Já o Núcleo de Conhecimentos Profissional será composto por
campos de saber destinados à caracterização da identidade profissional do
arquiteto e urbanista e será constituído por: Teoria e História da Arquitetura, do
Urbanismo e do Paisagismo; Projeto de Arquitetura, de Urbanismo e de
Paisagismo; Planejamento Urbano e Regional; Tecnologia da Construção;
11
Sistemas Estruturais; Conforto Ambiental; Técnicas Retrospectivas; Informática
Aplicada à Arquitetura e Urbanismo; Topografia.
Finalmente, o trabalho de curso será supervisionado por um
docente, de modo que envolva todos os procedimentos de uma investigação
técnico-científica, a serem desenvolvidos pelo acadêmico ao longo da
realização do último ano do curso.
Assim, é previsto na mesma resolução no seu art.6, § 5º , in
verbis,:
“Os núcleos de conteúdos poderão ser dispostos, em termos de
carga horária e de planos de estudo, em atividades práticas e teóricas,
individuais ou em equipe, tais como:
a) aulas teóricas, complementadas por conferências e
palestras previamente programadas como parte do trabalho didático
regular;
b) produção em atelier, experimentação em laboratórios,
elaboração de modelos, utilização de computadores, consulta a
bibliotecas e a bancos de dados;”
Assim sendo, por facilidade didática, estas matérias são
compartimentalizadas em disciplinas, tais como, História da Arte, Geometria
Descritiva, Desenho de Arquitetura, e outras como Fundamentos de
Arquitetura.
No caso de Fundamentos de Arquitetura, esta é ministrada nos
primeiros períodos do curso aos alunos recém-egressos do ensino médio,
possuindo em seu conteúdo tópicos das matérias matemática e física que
servem de embasamento para os estudos relacionados às disciplinas como
Conforto Ambiental e Sistemas Estruturais, Tecnologia dos Materiais, entre
outras.
12
1.2 Matemática para Arquitetura
No que concerne a matéria Matemática são estudados tópicos como
cálculo diferencial e integral elementar e cálculo vetorial introdutório.
No que concerne à matéria Física são vistos os temas: mecânica
com ênfase em estática, fluídos, gases, calor, ondas mecânicas (sonoras) e
eletricidade e magnetismo.
Em cálculo diferencial elementar abordam-se as seguintes unidades
didáticas:
- Revisão de funções, equações e inequações;
- Conceituação de limites;
- Cálculo de limites;
- Conceituação de derivada de uma função de uma variável;
- Cálculo de derivadas de funções de uma variável;
- Interpretação geométrica da derivada de uma função de uma
variável;
- Conceituação de derivada de uma função de uma variável;
- Cálculo de derivadas de funções de uma variável;
- Interpretação geométrica da derivada de uma função de uma
variável;
- Derivação sucessiva para uma função de uma variável;
- Pesquisa de pontos de máximos e mínimos em uma função de
uma variável;
- Conceituação de diferencial para função de uma variável;
- Cálculo de diferenciais de uma função com uma variável;
- Conceituação de derivada de uma função de duas ou mais
variáveis;
- Cálculo de derivadas de funções de duas ou mais variáveis;
- Interpretação geométrica da derivada de uma função de duas ou
mais variáveis;
- Derivação sucessiva para uma função de duas ou mais variáveis;
- Pesquisa de pontos de máximos e mínimos em uma função de
13
duas ou mais variáveis;
- Conceituação e cálculo de derivadas parciais;
- Conceituação de diferencial total para função de duas ou mais
variáveis;
- Cálculo de diferencial total de uma função de duas ou mais
variáveis;
- Conceito de funções primitivas e integrais;
- Definição de integral indefinida;
- Cálculo de integral indefinida;
- Definição de integral definida;
- Cálculo de integral definida;
- Conceito de integração múltipla;
- Cálculo de integral múltipla.
1.2 Física para Arquitetura
No ramo da Física, conhecido como mecânica, são estudadas as
seguintes unidades didáticas:
- Unidades fundamentais (de tempo, espaço e massa);
- Velocidade média e instantânea;
- Aceleração média e instantânea,
- Equação horária do movimento;
- O vetor força;
- Forças no plano e no espaço;
- O vetor momento de uma força;
- Conceito de binário de forças;
- Equilíbrio de um ponto material no plano e no espaço;
- Equilíbrio de um corpo rígido no plano e no espaço;
- Cálculo de reações de apoio de estruturas arquitetônicas
elementares (vigas, treliças, quadros).
No que concerne ao estudo dos fluídos são estudados os tópicos:
- Conceituação de fluídos;
- Estática dos fluídos (Teorema de Stevin, Princípio de Pascal,
14
Princípio de Arquimedes);
- Dinâmica dos fluídos (Teorema de Bernoulli, Equação de
continuidade);
Já no estudo dos gases estuda-se;
- Teoria cinética dos gases;
- Equação geral dos gases;
- Transformações (Isobárica, Isotérmica, Isovolumétrica);
O estudo do calor é feito segundo as unidades didáticas:
- Conceituação de calor,
- Definição de temperatura;
- Escalas termométricas usuais;
- Equilíbrio térmico;
- Geração e transmissão de calor;
- Dilatação térmica;
- Introdução às máquinas térmicas.
Em ondas mecânicas, a ênfase é dada às unidades:
- Conceito de ondas;
- Elementos constituintes (freqüência, amplitude, comprimento,
velocidade de propagação, etc)
- Ondas longitudinais (ondas sonoras);
- Ondas progressivas;
- Ondas estacionárias;
- Interferências;
- Ressonância.
Finalmente, em eletricidade e magnetismo o conteúdo atém-se às
unidades:
- Energia e Matéria;
- Carga elétrica;
- Cargas elementares (elétron, prótons e nêutrons);
15
- Carga puntiforme;
- Forças elétricas geradas por cargas puntiformes;
- Campos elétricos geradas por cargas puntiformes;
- Campo elétrico uniforme;
- Diferença de potencial elétrico,
- Resistividade elétrica;
- Corrente elétrica;
- Energia e potência elétrica;
- Circuitos elétricos;
- Imãs naturais e artificiais;
- O campo magnético e a força magnética;
- Indução magnética;
- Transformações eletromagnéticas (transformadores).
16
CAPÍTULO II
ALGUNS SOFTWARES EDUCACIONAIS
Neste tópico são apresentados alguns conceitos relativos a software
educacional. Na seqüência são discutidos alguns destes softwares que
poderiam ser utilizados como ferramenta de ensino no caso específico da área
de Fundamentos de Arquitetura e finalmente serão introduzidos alguns critérios
de seleção para a aplicação de um software educacional.
2.1 Os softwares educacionais: conceitos e algumas sugestões
Para Ramos (1998), um software educativo é aquele que fora
especificamente concebido e destinado a ser utilizado em situações
educativas.
Sancho (1998) classifica os programas da seguinte forma:
- Programas de exercícios: são aqueles baseados na teoria da
instrução programada de Skinner;
- Programas de monitoramento: neste caso, o software faz o
acompanhamento do desenvolvimento do processo ensino-
aprendizagem do estudante. Já que neles estão inclusos os
conceitos envolvidos com as devidas explicações e finalmente
as propostas de exercícios a serem trabalhados;
- Programas de simulação: este tipo de software, geralmente,
reproduz na tela do computador uma lei natural ou fenômeno,
oportunizando ao aluno um ambiente artificial e propício para a
realização de seus experimentos;
- Programas de demonstração: são aqueles que demonstram
fórmulas e leis físicas, químicas e matemáticas, em geral
fornecem gráficos, cores, sons e efeitos especiais;
17
- Jogos ou games educacionais que servem para o
desenvolvimento de habilidades, tais como: velocidade de
raciocínio e lógica. Um destes poderia ser o jogo de xadrez.
No entanto, Valente (1993), os caracteriza em dois grandes grupos,
a saber:
- os softwares de exercício-e-prática que são tutorias que
apresentam as lições e as explicam;
- os softwares de que auxiliam na construção do
conhecimento. Estes, em geral, são dotados de uma
linguagem de programação na qual o estudante passa
informações ao computador via programação e estes ao
“rodarem” lhes dão os resultados.
Por outro lado, nota-se que a grande maioria dos softwares que
poderiam ser utilizados no Ensino Superior são concebidos não com o intuito
educacional e sim profissional. Todavia, estes mesmos softwares costumam
apresentar – de um modo geral – versões educacionais de demonstração,
obtendo grandes limitações certamente, pois seus desenvolvedores sabem que
o aluno de hoje é o profissional do amanhã. Deste modo, o universo de
softwares disponíveis no mercado se amplia, tornando-se extenso.
No intuito de aprofundar ainda mais o assunto, pesquisou-se alguns
destes softwares que se encontram disponíveis no mercado e conseguem se
adequar na proposta de conteúdo mantida pela disciplina Fundamentos da
Arquitetura.
O processo de ensino-aprendizagem é visto, atualmente, como uma
estrada de mão dupla, onde a participação do discente é importante, assim
sendo, torna-se imprescindível ao docente, que optar pelo uso de um software
como ferramenta de auxílio no processo de ensino-aprendizagem, o
conhecimento de um espectro grande de outras opções ou softwares
assemelhados.
18
Como exemplos e/ou sugestões serão analisados, a partir de agora,
alguns softwares que podem vir a ser uma boa opção para o ensino de
Fundamentos de Arquitetura, e, até mesmo, de outras disciplinas de graduação
e pós-graduação, dado o largo espectro de possibilidades que eles
apresentam.
Cada software analisado será caracterizado pela sua metodologia de
ensino e pelos seguintes itens:
• Autoria/Patente;
• Processo de comercialização;
• Área de aplicação;
• Compatibilidade.
Inicialmente, alguns softwares – que poderiam ser utilizados como
ferramenta de ensino na área de cálculo diferencial e integral – foram
investigados, entretanto, isto não quer dizer que tais softwares sejam
específicos para este mister, o caso é que eles se adequam bastante às
necessidades educacionais desta unidade da Matemática.
A seguir se examinarão outros softwares que podem utilizados como
complementares, tais como: soluções gráficas, cálculo numérico e cálculo
vetorial e finalmente será visto um software riquíssimo em animações que
podem ser utilizadas em aplicações físicas.
Vale ressaltar que nesta seqüência inicial serão apresentados
alguns softwares matemáticos.
Maple
Segundo o site Wikipedia, trata-se de um sistema de álgebra
comercial de uso geral, desenvolvido a partir de 1981, por uma equipe
19
universitária de Warteloo, que posteriormente fundou a Warteloo Maple Inc.,
em Ontário – Canadá.
Em suma, seu ambiente de trabalho pode calcular expressões
algébricas simbólicas, fazer gráficos de duas ou três dimensões.
Atualmente, sua comercialização vem sendo feita pela Maplesoft
Inc1, e sua versão mais recente é a de número 13.0.
Para fins educacionais, pode ser classificado tanto como software de
largo espectro metodológico, funcionando como programa de exercícios (para
usuários iniciantes), quanto software de simulação (para usuários avançados).
Maple
Desenvolvedor Waterloo Maple Inc.
Sistema operacional Multiplataforma
Gênero Sistema de álgebra computacional
Licença Proprietário
Website www.maplesoft.com/products/maple/
Ficha técnica resumida.
MatLab
Com presença quase que obrigatória nos melhores laboratórios de
pesquisa científica nas áreas de matemática, física, e engenharia, este
software é considerados por muitos pesquisadores como um dos melhores do
mundo.
Utiliza uma janela de comandos para cálculos simples e algoritmos
em linguagens Fortran, C e C++ para os cálculos mais complexos.
1 HTTP://www.maplesoft.com/products/maple
MatLab
20
Com relação ao seu uso em educação, comporta-se de modo
idêntico ao Maple.
Ficha técnica resumida.
Mathcad
O Mathcad é um software proprietário para aplicações
matemáticas e de engenharia.
Seu ambiente permite a exploração de problemas, a formulação
de idéias, análise de dados, modelagem de cenários na busca da solução de
um problema, além é claro de possibilitar a documentação dos resultados
obtidos.
A partir de sua interface pode-se resolver equações diferenciais,
elaborar gráficos de duas ou três dimensões, solucionar problemas de álgebra
linear, além de se obter resultados de cálculo numérico e estatístico.
Em termos de finalidades educacionais pode ser classificado como
software de largo espectro.
Desenvolvedor Mathworks, Inc.
Sistema operacional Mutiplataforma
Gênero Software matemático.
Licença Proprietário
Website www.anacom.com.br
Mathcad
Desenvolvedor MathSoft Inc. 1997
Sistema operacional windows
Gênero Software matemático
21
Ficha técnica resumida
Mathematica
Mathematica é um software de sistema algébrico munido de uma
linguagem de programação, o que permite ao usuário criar seus próprios
algoritmos para resolver determinados problemas de matemática e/ou
engenharia.
Uma de suas funções mais interessante é que o Mathematica se
intercomunica com aplicações em linguagens Java e C++, inclusive pode-se
fazer uso de bibliotecas externas destes aplicativos.
Com relação ao seu uso em educação, comporta-se de modo
idêntico aos já analisados.
Mathematica
Desenvolvedor Stephen Wolfran
Sistema operacional Multiplataforma
Gênero Software matemático
Licença Proprietário
Website http://www.sia.com.br/mathematica.htm
Ficha técnica resumida
Licença Proprietário
Website www.mathcad.com.br
22
Maxima – wxMaxima
O Maxima é Software livre para cálculos matemáticos, do mesmo
nível do Mathematica.
Ele pode resolver problemas relacionados a cálculo diferencial e
integral, resolver sistemas de equações lineares, além de solucionar problemas
de cálculo vetorial e matricial.
Permite a construção de algoritmos escritos na linguagem LISP, o
que dá ao software maior poder de processamento, pois o usuário pode
escrever seus próprios programas e rodá-los nele.
WxMaxima
Na realidade trata-se de uma interface gráfica multiplataforma,
baseado em wxWidgets, feitos especialmente para o Maxima,
Com relação ao seu uso em educação, comporta-se de modo
idêntico ao Maple.
Maxima/wxMAxima
Desenvolvedor Vários
Sistema operacional Multiplataforma
Gênero Interface gráfica
Licença Freeware
Website wxmaxima.sourceforge.net
Ficha técnica resumida
23
Winplot
Trata-se de um software projetado para Windows que permite ao
usuário o traçado de gráfico de funções de duas ou três dimensões. Além
disso, este software permite a avaliação de áreas sobre a curva (integral),
cálculo de tangentes a curva em dado ponto (derivada), além de integração
numérica e outras facilidades.
Sua interface em português é muito simples e intuitiva, o que
ajuda no aprendizado rápido de sua utilização.
Em termos de educação, pode ser classificado como software de
demonstração.
Winplot
Desenvolvedor Rick Parris
Sistema operacional Windows
Gênero Software matemático.
Licença Freeware
Website http://math.exeter.edu/rparris/winplot.html
Ficha técnica resumida
Graphmatica
Software gráfico que plota na tela do computador, num datashow
ou mesmo numa folha impressa o gráfico de uma função bi-dimensional.
Obviamente este programa oferece maiores possibilidades, como cálculo de
integração numérica por vários métodos, cálculo de máximos e mínimos,
desenho de derivadas em pontos escolhidos, pelo usuário, etc.
Há nele opções tanto para funções em equações explícitas como
também para funções em equações paramétricas.
24
Em termos de educação, pode ser classificado como software de
demonstração.
Graphmatica
Desenvolvedor Keith Hertzer/Ksoft, Inc
Sistema operacional Multiplataforma
Gênero Software gráfico
Licença Freeware
Website [email protected]
Ficha técnica resumida
Calc3DPro
Software matemático focado em álgebra linear, englobando cálculo
vetorial, cálculo matricial, plotagem de gráficos em duas ou três dimensões,
além de incluir em seu leque de opções alguns tópicos do cálculo diferencial.
Em termos de educação pode ser classificado como software de
demonstração.
Calc3DPro
Desenvolvedor Andréas Greuer
Sistema operacional windows
Gênero Software matemático
Licença freeware
website www.calc3d.com
Ficha técnica resumida
Finalmente, veremos um software com animações as quais exercem
grande fascínio pela sua alta interatividade com o usuário.
25
Phet
Software de animação da área de física, que serve para modelagem
de experimentos de várias áreas da física experimental.
Sua metodologia para fins educacionais pode ser considerada como
programa de simulação.
Phet –Physics Education Tecnology
Desenvolvedor University of Colorado
Sistema operacional Multiplataforma
Gênero Software de animação
Licença Freeware
Website http://phet.colorado.edu/index.php
Ficha técnica resumida
2.2 – Os critérios de seleção para software educacional
Existem inúmeros critérios para a seleção de um software
(aplicativo), no entanto, segundo Kan (2002), dependendo do tipo de software e
de seu grupo de usuários, diferentes fatores podem ser mais (ou menos)
importantes.
Outros pesquisadores, de um modo geral, recomendam em comum
alguns critérios.
Para FOSKOLO (2000) alguns critérios são:
- Conhecer características e funcionamento;
- Saber quais resultados podem ser esperados;
- Adequação a objetivos e público;
- Comparação com outras opções;
- Análise da relação custo x benefício;
- Análise dos impactos na motivação e da capacidade de gerar
perguntas pelos alunos.
26
Ou seja, pode-se entender que tais fatores se traduzem em
compatibilidade com o nosso sistema operacional (Microsoft Windows, Linux,
Android, etc.), pacote de recursos por ele oferecido, no caso, suas
potencialidades e limitações, seu preço, sua interface (sua interatividade com o
usuário), tamanho (size) em Megabytes ou Gigabytes e o esforço
computacional por ele despendido.
Assim, para a área educacional aconselha-se, sempre que possível,
a opção por softwares que auxiliem na construção do conhecimento,
combinando-se com ela a utilização de softwares com a chamada
portabilidade, ou seja, softwares compatíveis com vários sistemas operacionais
ou multiplataforma. Em outras palavras, deve-se utilizar softwares compatíveis
com os sistemas operacionais Windows e Linux por serem sistemas
operacionais de uso intensivo no meio acadêmico e pela razão de que a
grande maioria dos alunos egressos do segundo grau já terem tido um
primeiro contato com estas plataformas ou nas suas escolas de origem, ou nos
seus lares, ou nas Lan-houses de seus bairros ou municípios.
Como relação à recursividade, deve-se dar preferência aos
softwares sem limitações, pois há softwares excelentes que pecam, às vezes,
por não terem todas as suas funções acessíveis aos seus usuários finais.
No critério custo, é lógico que se deve priorizar os softwares
gratuitos ou freeware, pois seria inconcebível ter que pagar para ensinar,
ademais, faz-se necessário levar em consideração que, hoje em dia, existem
excelentes softwares deste tipo, não se justificando assim o desperdício de
dinheiro com aquisição de software pagos.
Outro quesito a ser checado é sua interatividade, ou seja, o software
deve possuir uma interface amigável para o usuário. Em suma, o usuário deve
rapidamente dominar os recursos básicos oferecidos pelo software, pois, deste
modo, muito esforço educacional e tempo serão economizados e, até mesmo,
otimizados.
27
Não obstante, parece óbvio que um software muito grande em
termos de armazenamento, ou seja, que demande muitos Bytes, Megabytes,
ou Gigabytes, pode vir a preencher todo a capacidade de um disco rígido e
assim a máquina pode vir a travar, ou seja, parar de funcionar por excesso de
informação nela em processamento. Pensando por este lado da questão, deve-
se priorizar o uso de software ”leve”, ou seja, aqueles que ocupam pouco
espaço em disco.
Embora, atualmente, os computadores de mesa (Desktops), os
computadores portáteis (Notebooks ou Laptops) e os ultraportáteis (Netbooks)
possuam discos rígidos de grande capacidade, isto é, no mínimo, quatro
gigabytes, deve-se ter em mente que os computadores escolares ou de uso
pessoal, principalmente os primeiros não estão restritos ao uso de apenas um
software, mas vários deles como editores e tocadores vídeos e animações
(grandes consumidores de memória de armazenamento), além de jogos
educacionais, dicionários, enciclopédias, Atlas, e até softwares de sistemas
acadêmicos.
Outro critério a ser levado em consideração é o próprio algoritmo
interno do software, ou seja, sua lógica é simples e objetiva ou complicada,
pois dependendo dela, teremos um dispêndio maior ou menor do esforço
computacional que pode ser traduzido como o tempo requerido para o
computador executar determinado algoritmo (software).
No caso de uso para educação, torna-se evidente que o idioma de
interface do software deve ser citado como um critério de seleção e finalmente
a possibilidade de atualizações periódicas seria mais um item a ser observado
como critério de escolha de um bom software educacional.
28
CAPÍTULO III
A SELEÇÃO DE SOFTWARES E SUA APLICAÇÃO
EM FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA
De acordo com Pressman (2000), os softwares afetam, atualmente,
quase todos os aspectos de nossas vidas, estando presente nos negócios, na
cultura e nas atividades diárias.
Assim, o uso da informática na educação é uma exigência, pois,
vivemos na era da informação digital e não possuir competências e habilidades
nesta área de conhecimento pode significar exclusão. Um indicador disto pode
ser verificado nos anúncios classificados dos jornais, nos quais, via de regra,
exigem conhecimentos de informática básica e específica conforme o cargo da
vaga a ser preenchida.
Neste capítulo, inicialmente, serão escolhidos os softwares para uso
em Fundamentos da Arquitetura, considerando os critérios de seleção já
citados. Ao passo que, a aplicação dos mesmos nos tópicos correlatos será
avaliada e finalmente, a eficácia do uso desses softwares no processo de
ensino-aprendizagem.
3.1 – Selecionando os softwares educacionais
Como ocorre com quaisquer outros produtos do conhecimento humano,
os softwares que serão utilizados para fins educacionais também necessitam
de uma avaliação quanto a sua qualidade, uma vez que, nem sempre possuem
características adequadas, tanto no que se refere aos aspectos técnicos,
quanto aos aspectos pedagógicos. Assim, diversos softwares educacionais são
colocados à disposição do professor e alunos no dia-a-dia, no entanto muitos
apresentam problemas por serem de má qualidade ou de uso inadequado
[Campos, Rocha e Campos 1999].
29
Pensando nisto, as normas ISO (9000/9126) constituem um modelo de
qualidade para softwares genéricos. Entretanto, tais normas não fazem
qualquer ponderação sobre as peculiaridades do segmento de aplicação do
software a ser avaliado. Para avaliar um software educacional, é preciso
atentar a considerações que vão muito além das normas técnicas, pois deve-se
levar em conta os atributos inerentes a este setor. Deste modo, torna-se
fundamental o envolvimento dos atores da área de domínio, bem como dos
potenciais usuários na avaliação dos mesmos.
Portanto, no contexto educacional, um software deve buscar o
envolvimento de professores e estudantes da área específica na sua avaliação.
Assim, a adoção de um determinado software – dentre vários – torna-se uma
decisão consciente.
Partindo dos princípios estabelecidos pelos critérios de seleção para
software educacional foram escolhidos os softwares dos quais falaremos a
seguir.
wxMaxima
Para auxílio em cálculo diferencial e integral, uma boa opção é o
software wxMaxima por ser um software livre e gratuito, de interface muito
intuitiva em português, exigindo pouco espaço em disco e possuindo algoritmo
eficiente e constante atualização.
No breve exemplo mostrado abaixo, nota-se a seqüência passo a
passo de procedimentos para o cálculo integral indefinida sem constante de
integração da função y = 2x.
30
Figura 1: Tela de abertura do software wx máxima, com a função,
y = 2x na janela.
Figura 2: Tela do software wxMaxima com o menu cálculo selecionando a opção
“integrate...” (integral).
31
Figura 3: Tela do software wxMaxima mostrando a janela integrar
Figura 4: Tela do software wxMaxima exibindo a resposta da integral
indefinida da função y = 2x que no caso é x2 . Note-se que o
software não exibe a constante de integração.
32
Winplot
Outro software interessante utilizado para construções gráficas é o
software Winplot que possui interface em português, desenha gráficos 2D e 3D,
ocupa pouco espaço em disco e pode ser instalado até em pen drive e
celulares com mais de 2GB de memória.
A seguir, observamos a seqüência do traçado de uma parábola do
segundo grau ( y = x2) produzida com este software.
Figura 5 – Tela de abertura do software Winplot.
33
Figura 6 – Tela do software Winplot, exibindo o menu janela.
Figura 7 – Tela do software Winplot exibindo a janela semnome1.wp2 com o menu
equação.
34
Figura 8 – Tela de abertura do software Winplot, exibindo a janela de função no
caso em tela, y = x2
Figura 9 – Tela de abertura do software Winplot mostrando o gráfico da função
y = x2.
35
Calc3DPro
Já para cálculo vetorial uma boa opção é o software Calc3DPro que
também é um software livre e gratuito de interface muito simples, interface em
inglês básico que não deveria ser problema para um estudante de nível
superior já que ele deveria aprender inglês básico no ensino médio. Outro
quesito favorável a este software é fato de ele exigir espaço diminuto em disco,
ter algoritmo enxuto e ter atualização periódica.
Em seguida, apresenta-se a seqüência do cálculo do produto vetorial
entre os vetores a = i + 2j + 3k e b = -2i + 7k, utilizando-se este software.
Figura 10 – Tela de abertura do software Calc3DPro.
36
Figura 11 – Tela de abertura do software Calc3DPro exibindo os vetores
a = i + 2j + 3k e b = -2i + 0j + 7k
Phet
Finalmente, o software Phet surge como uma boa opção para
experimentos com simulações utilizando os conceitos físicos introduzidos na
disciplina.
Nas figuras abaixo, temos a simulação do movimento de projéteis
no campo gravitacional terrestre.
37
Figura 12 – Tela de abertura do software Phet.
Figura 13 – Tela do software Phet com a simulação de balística.
38
3.2 – Aplicação dos softwares no processo de ensino-aprendizagem de
Fundamentos da Arquitetura
Os softwares selecionados são introduzidos no processo ensino-
aprendizagem paulatinamente com o desenvolvimento dos conteúdos da
disciplina Fundamentos de Arquitetura.
Inicia-se o conteúdo com o tópico, revisão do conceito de função
concomitantemente com o uso do aplicativo Winplot para visualização destes.
Na seqüência, apresentam-se os conceitos de limites e derivadas,
novamente o Winplot é utilizado, mostrando a convergência dos pontos de
acumulação e do limite, bem como a reta tangente a curva.
No momento em que se inicia a parte de cálculo dos limites e das
derivadas é apresentado o software wxMaxima, que a partir deste momento
assume o papel de protagonista no auxílio do aprendizado de cálculo
diferencial e Integral.
Prosseguindo-se no curso, chega-se a introdução de álgebra linear,
momento este em que o aplicativo Calc3DPro é introduzido como ferramenta
de cálculo vetorial para a realização das operações vetoriais básicas como:
soma, subtração, multiplicação escalar, multiplicações vetoriais (produto interno
e produto externo) e outras, como ângulos entre dois vetores, e assim por
diante...
Ao final do curso, surgem os conceitos físicos e com eles tem início
a utilização das animações existentes no software Phet. Neste momento são
mostrados os conceitos de espaço, velocidade, aceleração e a correspondente
animação, seguidos pelo conceito de força e da apresentação de uma nova
simulação. A partir daí, sempre que um novo conceito é apresentado,
apresenta-se também a simulação correspondente até o término do curso.
39
3.3 – Verificação da eficácia do uso de softwares
Segundo Freire (1999), o educador deve primar por facilitar o
desenvolvimento educacional dos educandos de um modo que estes adquiram
autonomia, ou seja, ser capaz de aprender por si só.
Ora, sabe-se que atualmente o nosso ensino médio apresenta
grandes problemas tais como grande número de evasão escolar, baixo nível de
qualidade, assuntos defasados por reiteradas práticas docentes de decoreba
em detrimento do domínio conceitual que pode levar a autonomia educacional,
e outros.
Desta feita, normalmente, os calouros das instituições de ensino
superior, via de regra, recém-egressos deste ensino médio, apresentam os
sintomas destas mazelas citadas no parágrafo anterior, sendo para eles difícil o
domínio dos princípios teóricos e dos conceitos das disciplinas consideradas
mais difíceis como a matemática e a física.
No entanto, às vezes, este transtorno pode ser revertido numa
melhora do aspecto motivacional dos estudantes. E como, hoje, vivemos na era
da informação, como um mundo muito focado na imagem, estes jovens em
geral dominam a utilização de aparelhos digitais tais como máquinas
fotográficas, câmeras de vídeo, tocadores de MP3, videogames e
computadores.
Assim, no primeiro semestre do ano de 2007, ao inserir na prática
docente do curso de Fundamentos de Arquitetura da UFRRJ, o uso de
softwares, verificou-se um maior engajamento e um maior comprometimento
dos alunos pela realização de suas tarefas. Pois, criou-se no aluno certa
autonomia como um instrumento fundamental para seu o desenvolvimento
enquanto cidadão.
A verificação da melhoria no aprendizado foi demonstrada por
diversos indicadores tais como, melhora no desempenho dos alunos, com
40
aumento significativo da média dos alunos aprovados conforme figura a.1 do
anexo 1, redução na reprovação da disciplina tal como mostra a figura a.2 do
anexo 2, redução da evasão, como se pode observar na figura a.3 do anexo 3,
o que foi constatado pelas pautas de notas finais dos estudantes na disciplina,
durante visita ao Decanato de Graduação da Universidade Federal Rural do
Rio de Janeiro.
Finalmente, aplicou-se um questionário aos estudantes, onde a maioria
respondeu afirmativamente, que seus conceitos e seu aprendizado se tornou
mais ágil e mais sólido.
41
CONCLUSÃO
Ao longo desta obra, procurou-se verificar a eficácia do uso de
softwares como ferramentas de auxílio ao docente para a lecionação. Desta
forma, ficou estabelecida uma metodologia simples, vinculando-se com o uso
de indicadores já conhecidos como: índice de evasão escolar, de reprovação e
desistências a uma prática docente ainda incipiente que é a utilização da
Tecnologia de Informação e Comunicação.
Neste sentido, a experiência adotada pelo curso de Arquitetura e
Urbanismo da UFRRJ mostrou-se bastante satisfatória. Pois, além de uma
melhora nos indicadores educacionais, como a significativa redução no número
de repetência, houve uma significativa melhora na autonomia do estudante
preconizada por Freire.
Ainda, com relação ao uso do software como ferramenta verificou-se
uma aceleração na aprendizagem dos alunos, que inicialmente, chegavam
tentando decorar fórmulas matemáticas e físicas e que agora após o curso
denotam a apreensão dos conceitos dos Fundamentos de Arquitetura.
Assim diante do exposto ao longo deste trabalho, e dos dados nele
apresentados somos levados a concluir que o uso de programa de
demonstração e de simulação, ou seja, softwares que auxiliam na construção
do conhecimento:
- melhoram a motivação dos estudantes e favorece para eles o
diálogo e a troca de informações;
- tendem a reduzir a dificuldade dos estudantes em áreas de
conhecimento como matemática e física;
- proporcionam aos alunos a criação de seus próprios exercícios no
ambiente artificial de simulação;
42
- reduzem a prática da “decoreba” de fórmulas, incrementando neles o
domínio de conceitos e de princípios teóricos;
- ajudam no preparo profissional, já que se espera que o futuro egresso
ao entrar no mundo do trabalho, já esteja bem familiarizado com o
ambiente virtual;
- tornam o ato de dar aulas mais prazeroso para o docente;
Conclui-se, portanto, que a prática docente de uso de software como
auxiliador no processo ensino – aprendizagem é eficaz e deve ser estendida,
sempre que possível, a todas as disciplinas, obviamente, respeitando as suas
particularidades.
43
BIBLIOGRAFIA
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parte 1: Visão geral: NBR ISO/IEC 14598-1:2001, 2001.
ABNT. Engenharia de software – Qualidade de produto: NBR
ISO/IEC 9126- 1:2003, 2003.
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pro.br/inedu02.htm>. Acesso em: 14 fev, 2010.
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Mathematica. Acesso em: 12 fev, 2010.
Mathcad. In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mathcad. Acesso em: 14 fev, 2010.
44
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NERICI, I. Didática Geral Dinâmica. São Paulo: Atlas, 1992
Resolução CNE/CES Nº 06/2006. Institui as Diretrizes Curriculares
Nacionais do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo e dá
outras providências. Disponível em www.mec.gov.br/CNE . Acesso
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http://phet.colorado.edu/simulations/index.php. Acesso em 15 fev, 2010.
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ed. New York: McGraw-Hill, 888p, 2000.
Ramos, J.L. A criação e utilização de micromundos de
aprendizagem como estratégia de integração do computador no
currículo do ensino secundário. Dissertação de doutoramento.
Universidade de Évora, 1998.
Sancho, Juana Maria. Para uma tecnologia educacional. Porto Alegre:
ArtMed, 1998.
Valente, J.A. Diferentes Usos do Computador na Educação.
Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação. 1ª Edição,
Vol. I, Editora: Nied - Unicamp, Pags 24-44, 1993.
45
ANEXOS
Anexo 1 – Gráfico alunos aprovados em Fundamentos de Arquitetura /
semestre
Anexo 2 – Gráfico alunos reprovados em Fundamentos de Arquitetura /
semestre
Anexo 3 – Gráfico alunos evasão na disciplina Fundamentos de Arquitetura /
semestre
Anexo 4 – Questionário aplicado aos egressos de Fundamentos de Arquitetura
46
ALUNOS APROVADOS EM FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA
/ SEMESTRE
Média dos alunos aprovados na disciplina IT 808
6,5
7
7,5
8
8,5
9
9,5
2005 - I 2006 - I 2007 - I 2008 - I 2009 - I
Semestre
média dos alunos aprovados
Média liquida -aprovados
Figura a.1 – Média dos alunos aprovados na disciplina IT 808 Fundamentos de
Arquitetura
Fonte: Decanato de ensino de Graduação da UFRRJ, , 2010.
47
ALUNOS EM FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA
REPROVADOS /
SEMESTRE
Número de alunos reprovados em IT 808 Fundamentos de Arquitetura
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
2005I 2006I 2007I 2008I 2009I
semestre
nº de reprovados
Seqüência2
Figura a.2 – Número de alunos reprovados em Fundamentos de Arquitetura.
Fonte: Decanato de ensino de Graduação da UFRRJ, , 2010.
48
EVASÃO NA DISCIPLINA FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA /
SEMESTRE
Número de alunos evadidos em IT 808 Fundamentos de Arquitetura
0
2
4
6
8
10
12
14
2005I 2006I 2007I 2008I 2009I
semestre
nº de reprovados
Seqüência2
Figura a.3 – Número de alunos evadidos em Fundamentos de Arquitetura.
Fonte: Decanato de ensino de Graduação da UFRRJ, 2010.
49
AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA FUNDAMENTOS DE
ARQUITETURA
1 – O meu aproveitamento /aprendizagem, nesta disciplina, tem sido... ( ) muito bom ( ) bom ( ) deficiente ( ) muito deficiente 2 – Os assuntos abordados, seguidos do uso de software, interessaram, pessoalmente: ( ) muitíssimo ( ) muito ( ) pouco ( ) muito pouco 3. Quanto ao meu futuro profissional, esta disciplina tem contribuído: ( ) muitíssimo ( ) muito ( ) pouco ( ) muito pouco 4. A estratégia didática utilizada pelo professor em sala de aula, pareceu-me: ( ) muito adequada ( ) adequada ( ) pouco adequada ( ) inadequada 5. A interação professor-aluno, em sala de aula, pareceu-me: ( ) muito adequada ( ) adequada ( ) pouco adequada ( ) inadequada 6. Como convite ao raciocínio esta disciplina foi: ( ) muito boa ( ) boa ( ) deficiente ( ) muito deficiente
50
7. Observações e sugestões quanto aos pontos positivos que merecem ser implementados na disciplina.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
8. Críticas e sugestões quantos aos pontos que precisam ser mudados ou
estratégia que devem ser modificadas.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
51
GLOSSÁRIO ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas. Bit Dígito binário, um único 0 ou 1, ativado ou desativado, armazenado
no seu computador. Quatro bits formam um nibble (termo raramente usado), e 8 bits formam um byte, o equivalente a um único caracter. As CPUs possuem 8, 16 ou 32 bits. Isso se refere à quantidade de informações que podem processar de cada vez.
Biblioteca Conjunto de rotinas de programação desenvolvidos pelo fabricante
de um produto de desenvolvimento ou por terceiros. As rotinas podem ser incorporadas aos programas criados, seja para implementar determinada função ou para criar a interface entre o novo programa e o sistema operacional.
Byte Conjunto formado por 08 bits Dados Qualquer tipo de informação (em um processador de texto,
programa de imagem, etc.) processada pelo computador. Desktop Um tipo de computador usado na horizontal Download Quando o usuário copia um arquivo da rede para o seu computador,
ele está fazendo um download. A expressão pode ser aplicada para cópia de arquivos em servidores de FTP, imagens tiradas direto da tela do navegador e quando as mensagens são trazidas para o computador do usuário. Também fala-se em download quando, durante o acesso a uma página de Web, os arquivos estão sendo transmitidos. Não existe tradução razoável para o termo, mas no jargão da computação costuma-se falar em "baixar" um arquivo.
52
Freeware Software distribuído gratuitamente e que permite ilimitado número de
cópias, além de não exigir nenhum tipo de registro. Diferente do software de domínio público, o autor do freeware mantém os direitos autorais sobre o produto e pode impedir a sua modificação, comercialização ou inclusão em um pacote de programas.
Interativo Processo de comunicação através do qual o usuário recebe resposta
imediata a um comando dado ao computador. Interface Conexão entre dois dispositivos em um sistema de computação.
Também usado para definir o modo (texto ou gráfico) de comunicação entre o computador e o usuário.
Internet 1. Com inicial maiúscula, significa a "rede das redes", originalmente
criada nos EUA, que se tornou uma associação mundial de redes interligadas que utilizam protocolos da família TCP/IP.
2. Com inicial minúscula significa genericamente uma coleção de
redes locais e/ou de longa distancia, interligadas por roteadores. ISO International Standards Organization. Organização internacional
para a definição de normas. Java Linguagem de programação desenvolvida pela Sun Microsystems
para a criação de pequenos programas (Applets) para serem distribuídos na Internet. Diferente do JavaScript, o Java permite a criação de uma aplicação independente e possui todos os recursos de uma linguagem destinada à criação de aplicações comerciais, assim como a Linguagem C (que serviu como modelo para o Java) ou o Clipper. Seu sucesso na Web se deve a possibilidade de se criar programas independentes de plataformas. Confira mais informações no site Java da Sun Microsystems. Considerações sobre Java (em português).
53
Laptop Computador portátil. Linux Nome derivado do nome do autor do núcleo deste sistema
operacional, Linus Torvalds. O Linux é hoje em dia um sistema operacional com todas as características do Unix, com uma implantação invejável e em constante evolução... e é de domínio público. Normalmente é distribuído em diferentes "releases" que são núcleos (recompiláveis) acompanhados de programas, utilitários, ferramentas, documentação, etc. Um dos releases mais conhecidos é o Slackware.
Multimídia O termo multimídia é utilizado para definir um documento de
computador composto de elementos de várias mídias, como áudio, vídeo, ilustrações e texto. Também é importante que esses documentos sejam interativos, ou seja, que permitam a participação do usuário. Para ser mais preciso, utiliza-se também o termo multimídia interativa.
Pacote A informação que é transmitida pela Internet é separada em pacotes.
Cada pacote contém, além do conteúdo que está sendo transmitido (imagem, mensagem etc.), endereço do remetente, do destinatário e informações essenciais para que os pacotes de um mesmo arquivo sejam reagrupados no destino. O tamanho dos "pacotes" pode variar de 40 até 32.000 bytes, dependendo da rede. Normalmente menos de 1.500 bytes.
Shareware Programa disponível publicamente para avaliação e uso
experimental, mas cujo uso em regime pressupõe que o usuário pagará uma licença ao autor. Note-se que shareware é distinto de freeware, no sentido de que um software em shareware é comercial, embora em termos e preços diferenciados em relação a um produto comercial “ ortodoxo”.
Sistema operacional É um programa ou um conjunto de programas cuja função é
gerenciar os recursos do sistema (definir qual programa recebe atenção do processador, gerenciar memória, criar um sistema de arquivos, etc.), além de fornecer uma interface entre o computador e o usuário.
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Smartphone É um telefone celular com funcionalidades avançadas que podem
ser estendidas por meio de programas executados no seu Sistema Operacional.
Web (World Wide Web ou WWW) Área da Internet que contém documentos em formato de hipermídia,
uma combinação de hipertexto com multimídia. Os documentos hipermídia da WWW (teia de alcance mundial) são chamados de páginas de Web e podem conter texto, imagens e arquivos de áudio e vídeo, além de ligações com outros documentos na rede. A característica multimídia da Web tornou-a a porção mais importante da Internet.
Windows Sistema operacional da Microsoft Inc.
55
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - A ÁREA DE FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA 10
1.1 - A área de Fundamentos de Arquitetura 10
1.2 – Matemática para Arquitetura 12
1.3 – Física para Arquitetura 13
CAPÍTULO II - ALGUNS SOFTWARES EDUCACIONAIS 16
2.1 - Os softwares educacionais: conceitos e algumas
sugestões
16
2.2 - Os critérios de seleção para software educacional 25
CAPÍTULO III - A SELEÇÃO DE SOFTWARES E SUA APLICAÇÃO
EM FUNDAMENTOS DA ARQUITETURA
28
3.1 - Selecionando os softwares educacionais 28
3.2 - Aplicação dos softwares no processo de ensino -
aprendizagem de Fundamentos de Arquitetura
38
3.3 - Verificação da eficácia do uso de softwares 39
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA 43
ANEXOS 45
ÍNDICE 55