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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE USO DE SOFTWARES NO AUXÍLIO DA APRENDIZAGEM DE FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA Por: Fernando Carneiro Peixoto de Oliveira Orientador: Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho Rio de Janeiro 2010 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA Por: Fernando Carneiro Peixoto de Oliveira Orientador: Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

USO DE SOFTWARES NO AUXÍLIO DA APRENDIZAGEM DE

FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA

Por: Fernando Carneiro Peixoto de Oliveira

Orientador: Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho

Rio de Janeiro

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

USO DE SOFTWARES NO AUXÍLIO DA APRENDIZAGEM DE

FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

Mestre – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Docência do Ensino Superior.

Por: Fernando Carneiro Peixoto de Oliveira

3

AGRADECIMENTOS

A Deus, aos meus pais e a todos que,

de alguma forma, já contribuíram ou

ainda contribuem no processo da

minha educação.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho às minhas filhas

Vivian, Alexandra, Fernanda e Juliana.

5

RESUMO

O presente trabalho pretende verificar a eficácia do uso de software

como ferramenta de auxilio no processo ensino – aprendizagem da disciplina

Fundamentos de Arquitetura do Curso de Arquitetura da UFRRJ.

Para alcançar esta finalidade será utilizada como metodologia a

pesquisa bibliográfica combinada com uma pesquisa de campo com aplicação

de questionários para serem respondidos por cerca de 10 pessoas.

Ao longo do texto se investigarão o conteúdo desta disciplina, e alguns

dos possíveis softwares que poderiam ser nela utilizados. Também será

assunto desta pesquisa os critérios de seleção de softwares que devem ser

utilizados para a lecionação de Fundamentos de Arquitetura, e a utilização dos

mesmos de acordo com os tópicos de conteúdo nela inseridos.

Finalmente, será analisada a eficácia dos softwares escolhidos através

do uso de indicadores educacionais, tais como, rendimento escolar, motivação,

evasão escolar, repetência e abandonos.

Palavras chaves – softwares educacionais, ensino – aprendizagem.

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METODOLOGIA

Para a realização desta monografia será utilizada como metodologia a

pesquisa bibliográfica combinada a uma pesquisa de campo com aplicação de

questionários a serem respondidos por cerca de dez pessoas.

Assim sendo, recorreu-se à leitura de várias obras literárias clássicas na

área de educação, bem como foram consultados diversos artigos

disponibilizados virtualmente na Internet e levantados alguns dados

importantes pela aplicação de um questionário.

“A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios — sejam morais, religiosos, éticos ou de comportamento — que balizam a conduta do indivíduo num grupo. O homem, mais do que formador da sociedade, é

um produto dela".

- Émile Durkheim

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - A ÁREA DE FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA 10

1.1 Matemática para Arquitetura 12

1.2 Física para arquitetura 13

CAPÍTULO II - ALGUNS SOFTWARES EDUCACIONAIS 16

2.1 Os softwares educacionais: conceitos e algumas

sugestões

16

2.2 Os critérios de seleção para software educacional 25

CAPÍTULO III – A SELEÇÃO DE SOFTWARES E SUA APLICAÇÃO

EM FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA

28

3.1 Selecionando os softwares educacionais 28

3.2 Aplicação dos softwares no processo de ensino –

aprendizagem de Fundamentos da Arquitetura

38

3.3 Verificação da eficácia do uso de softwares 39

CONCLUSÃO 41

BIBLIOGRAFIA 43

ANEXOS 45

8

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por enfoque o uso da Tecnologia da Informação

na Educação, considerando que a partir do advento do computador na década

1940, impulsionado pelo famoso ENIAC, passou-se a viver uma verdadeira

revolução tecnológica nas áreas de informação e comunicação. Revolução esta

que impõe, nas palavras de Drucker (1993), mudanças nos meios de produção

e de serviços que indicam que os processos de apreciação do conhecimento

assumirão papel de destaque, de primeiro plano.

Neste contexto, surge a necessidade de se repensar todo o

processo de educação na formação do profissional para que ele possa atender

as exigências desta nova demanda.

Por outro lado, de acordo com Nérice (1992), a educação não pode

perder o foco em seus objetivos, dos quais cita-se alguns:

• formar a mentalidade científica;

• dar oportunidade para cada um revelar-se e realizar-se;

• tornar o educando independente;

• predispor e preparar o homem para o exercício

profissional;

• incentivar a criatividade;

• desenvolver a capacidade de apreciação;

Diante deste desafio, emerge na Educação Superior um debate

salutar que questiona a validade da eficácia ou não do uso de softwares como

ferramentas de auxílio na formação do futuro profissional.

A importância do tema sugerido reside no fato de que um

profissional da era digital necessita dominar tal tecnologia para estar apto a ser

incluído no competitivo mercado de trabalho vivenciado pela sociedade pós-

moderna, pois, muito embora saibamos que o domínio da tecnologia digital não

9

garante a inclusão deste na sociedade, é certo que o não domínio da mesma

implica na sua exclusão com certeza quase que matemática.

Portanto, são objetivos deste trabalho: a realização de um

levantamento do conteúdo requerido para esta disciplina, bem como a

identificação de alguns dos softwares disponíveis que podem ser utilizados em

sua lecionação; o estabelecimento de alguns critérios de seleção de software; a

seleção dos softwares mais adequados e a aplicação dos mesmos para que

possa avaliar a sua eficácia no processo de ensino-aprendizagem na disciplina.

10

CAPÍTULO I

A ÁREA DE FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA

E SEU CONTEÚDO

Neste capitulo são apresentados a área de Fundamentos de

Arquitetura desde seus aspectos legais ligados a criação de um curso de

Arquitetura e suas áreas de estudo, até o conteúdo especifico da disciplina de

Fundamentos de Arquitetura.

1.1 A área de Fundamentos de Arquitetura

Segundo a resolução nº 06 de 02 de fevereiro de 2006, da câmara

de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação do Ministério da

Educação, um curso de Arquitetura e Urbanismo é formado pela união

harmônica de várias áreas do conhecimento humano, reunindo-se assim na

integralização do seu currículo os seguintes núcleos:

I - Núcleo de Conhecimentos de Fundamentação;

II - Núcleo de Conhecimentos Profissionais;

III - Trabalho de Curso.

Estes, por sua vez, são subdivididos em disciplinas de forma que o

Núcleo de Conhecimentos de Fundamentação será composto por vários

campos de saber que forneçam o embasamento teórico necessário para que o

futuro profissional possa desenvolver seu aprendizado, e será integrado por:

Estética e História das Artes; Estudos Sociais e Econômicos; Estudos

Ambientais; Desenho e Meios de Representação e Expressão.

Já o Núcleo de Conhecimentos Profissional será composto por

campos de saber destinados à caracterização da identidade profissional do

arquiteto e urbanista e será constituído por: Teoria e História da Arquitetura, do

Urbanismo e do Paisagismo; Projeto de Arquitetura, de Urbanismo e de

Paisagismo; Planejamento Urbano e Regional; Tecnologia da Construção;

11

Sistemas Estruturais; Conforto Ambiental; Técnicas Retrospectivas; Informática

Aplicada à Arquitetura e Urbanismo; Topografia.

Finalmente, o trabalho de curso será supervisionado por um

docente, de modo que envolva todos os procedimentos de uma investigação

técnico-científica, a serem desenvolvidos pelo acadêmico ao longo da

realização do último ano do curso.

Assim, é previsto na mesma resolução no seu art.6, § 5º , in

verbis,:

“Os núcleos de conteúdos poderão ser dispostos, em termos de

carga horária e de planos de estudo, em atividades práticas e teóricas,

individuais ou em equipe, tais como:

a) aulas teóricas, complementadas por conferências e

palestras previamente programadas como parte do trabalho didático

regular;

b) produção em atelier, experimentação em laboratórios,

elaboração de modelos, utilização de computadores, consulta a

bibliotecas e a bancos de dados;”

Assim sendo, por facilidade didática, estas matérias são

compartimentalizadas em disciplinas, tais como, História da Arte, Geometria

Descritiva, Desenho de Arquitetura, e outras como Fundamentos de

Arquitetura.

No caso de Fundamentos de Arquitetura, esta é ministrada nos

primeiros períodos do curso aos alunos recém-egressos do ensino médio,

possuindo em seu conteúdo tópicos das matérias matemática e física que

servem de embasamento para os estudos relacionados às disciplinas como

Conforto Ambiental e Sistemas Estruturais, Tecnologia dos Materiais, entre

outras.

12

1.2 Matemática para Arquitetura

No que concerne a matéria Matemática são estudados tópicos como

cálculo diferencial e integral elementar e cálculo vetorial introdutório.

No que concerne à matéria Física são vistos os temas: mecânica

com ênfase em estática, fluídos, gases, calor, ondas mecânicas (sonoras) e

eletricidade e magnetismo.

Em cálculo diferencial elementar abordam-se as seguintes unidades

didáticas:

- Revisão de funções, equações e inequações;

- Conceituação de limites;

- Cálculo de limites;

- Conceituação de derivada de uma função de uma variável;

- Cálculo de derivadas de funções de uma variável;

- Interpretação geométrica da derivada de uma função de uma

variável;

- Conceituação de derivada de uma função de uma variável;

- Cálculo de derivadas de funções de uma variável;

- Interpretação geométrica da derivada de uma função de uma

variável;

- Derivação sucessiva para uma função de uma variável;

- Pesquisa de pontos de máximos e mínimos em uma função de

uma variável;

- Conceituação de diferencial para função de uma variável;

- Cálculo de diferenciais de uma função com uma variável;

- Conceituação de derivada de uma função de duas ou mais

variáveis;

- Cálculo de derivadas de funções de duas ou mais variáveis;

- Interpretação geométrica da derivada de uma função de duas ou

mais variáveis;

- Derivação sucessiva para uma função de duas ou mais variáveis;

- Pesquisa de pontos de máximos e mínimos em uma função de

13

duas ou mais variáveis;

- Conceituação e cálculo de derivadas parciais;

- Conceituação de diferencial total para função de duas ou mais

variáveis;

- Cálculo de diferencial total de uma função de duas ou mais

variáveis;

- Conceito de funções primitivas e integrais;

- Definição de integral indefinida;

- Cálculo de integral indefinida;

- Definição de integral definida;

- Cálculo de integral definida;

- Conceito de integração múltipla;

- Cálculo de integral múltipla.

1.2 Física para Arquitetura

No ramo da Física, conhecido como mecânica, são estudadas as

seguintes unidades didáticas:

- Unidades fundamentais (de tempo, espaço e massa);

- Velocidade média e instantânea;

- Aceleração média e instantânea,

- Equação horária do movimento;

- O vetor força;

- Forças no plano e no espaço;

- O vetor momento de uma força;

- Conceito de binário de forças;

- Equilíbrio de um ponto material no plano e no espaço;

- Equilíbrio de um corpo rígido no plano e no espaço;

- Cálculo de reações de apoio de estruturas arquitetônicas

elementares (vigas, treliças, quadros).

No que concerne ao estudo dos fluídos são estudados os tópicos:

- Conceituação de fluídos;

- Estática dos fluídos (Teorema de Stevin, Princípio de Pascal,

14

Princípio de Arquimedes);

- Dinâmica dos fluídos (Teorema de Bernoulli, Equação de

continuidade);

Já no estudo dos gases estuda-se;

- Teoria cinética dos gases;

- Equação geral dos gases;

- Transformações (Isobárica, Isotérmica, Isovolumétrica);

O estudo do calor é feito segundo as unidades didáticas:

- Conceituação de calor,

- Definição de temperatura;

- Escalas termométricas usuais;

- Equilíbrio térmico;

- Geração e transmissão de calor;

- Dilatação térmica;

- Introdução às máquinas térmicas.

Em ondas mecânicas, a ênfase é dada às unidades:

- Conceito de ondas;

- Elementos constituintes (freqüência, amplitude, comprimento,

velocidade de propagação, etc)

- Ondas longitudinais (ondas sonoras);

- Ondas progressivas;

- Ondas estacionárias;

- Interferências;

- Ressonância.

Finalmente, em eletricidade e magnetismo o conteúdo atém-se às

unidades:

- Energia e Matéria;

- Carga elétrica;

- Cargas elementares (elétron, prótons e nêutrons);

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- Carga puntiforme;

- Forças elétricas geradas por cargas puntiformes;

- Campos elétricos geradas por cargas puntiformes;

- Campo elétrico uniforme;

- Diferença de potencial elétrico,

- Resistividade elétrica;

- Corrente elétrica;

- Energia e potência elétrica;

- Circuitos elétricos;

- Imãs naturais e artificiais;

- O campo magnético e a força magnética;

- Indução magnética;

- Transformações eletromagnéticas (transformadores).

16

CAPÍTULO II

ALGUNS SOFTWARES EDUCACIONAIS

Neste tópico são apresentados alguns conceitos relativos a software

educacional. Na seqüência são discutidos alguns destes softwares que

poderiam ser utilizados como ferramenta de ensino no caso específico da área

de Fundamentos de Arquitetura e finalmente serão introduzidos alguns critérios

de seleção para a aplicação de um software educacional.

2.1 Os softwares educacionais: conceitos e algumas sugestões

Para Ramos (1998), um software educativo é aquele que fora

especificamente concebido e destinado a ser utilizado em situações

educativas.

Sancho (1998) classifica os programas da seguinte forma:

- Programas de exercícios: são aqueles baseados na teoria da

instrução programada de Skinner;

- Programas de monitoramento: neste caso, o software faz o

acompanhamento do desenvolvimento do processo ensino-

aprendizagem do estudante. Já que neles estão inclusos os

conceitos envolvidos com as devidas explicações e finalmente

as propostas de exercícios a serem trabalhados;

- Programas de simulação: este tipo de software, geralmente,

reproduz na tela do computador uma lei natural ou fenômeno,

oportunizando ao aluno um ambiente artificial e propício para a

realização de seus experimentos;

- Programas de demonstração: são aqueles que demonstram

fórmulas e leis físicas, químicas e matemáticas, em geral

fornecem gráficos, cores, sons e efeitos especiais;

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- Jogos ou games educacionais que servem para o

desenvolvimento de habilidades, tais como: velocidade de

raciocínio e lógica. Um destes poderia ser o jogo de xadrez.

No entanto, Valente (1993), os caracteriza em dois grandes grupos,

a saber:

- os softwares de exercício-e-prática que são tutorias que

apresentam as lições e as explicam;

- os softwares de que auxiliam na construção do

conhecimento. Estes, em geral, são dotados de uma

linguagem de programação na qual o estudante passa

informações ao computador via programação e estes ao

“rodarem” lhes dão os resultados.

Por outro lado, nota-se que a grande maioria dos softwares que

poderiam ser utilizados no Ensino Superior são concebidos não com o intuito

educacional e sim profissional. Todavia, estes mesmos softwares costumam

apresentar – de um modo geral – versões educacionais de demonstração,

obtendo grandes limitações certamente, pois seus desenvolvedores sabem que

o aluno de hoje é o profissional do amanhã. Deste modo, o universo de

softwares disponíveis no mercado se amplia, tornando-se extenso.

No intuito de aprofundar ainda mais o assunto, pesquisou-se alguns

destes softwares que se encontram disponíveis no mercado e conseguem se

adequar na proposta de conteúdo mantida pela disciplina Fundamentos da

Arquitetura.

O processo de ensino-aprendizagem é visto, atualmente, como uma

estrada de mão dupla, onde a participação do discente é importante, assim

sendo, torna-se imprescindível ao docente, que optar pelo uso de um software

como ferramenta de auxílio no processo de ensino-aprendizagem, o

conhecimento de um espectro grande de outras opções ou softwares

assemelhados.

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Como exemplos e/ou sugestões serão analisados, a partir de agora,

alguns softwares que podem vir a ser uma boa opção para o ensino de

Fundamentos de Arquitetura, e, até mesmo, de outras disciplinas de graduação

e pós-graduação, dado o largo espectro de possibilidades que eles

apresentam.

Cada software analisado será caracterizado pela sua metodologia de

ensino e pelos seguintes itens:

• Autoria/Patente;

• Processo de comercialização;

• Área de aplicação;

• Compatibilidade.

Inicialmente, alguns softwares – que poderiam ser utilizados como

ferramenta de ensino na área de cálculo diferencial e integral – foram

investigados, entretanto, isto não quer dizer que tais softwares sejam

específicos para este mister, o caso é que eles se adequam bastante às

necessidades educacionais desta unidade da Matemática.

A seguir se examinarão outros softwares que podem utilizados como

complementares, tais como: soluções gráficas, cálculo numérico e cálculo

vetorial e finalmente será visto um software riquíssimo em animações que

podem ser utilizadas em aplicações físicas.

Vale ressaltar que nesta seqüência inicial serão apresentados

alguns softwares matemáticos.

Maple

Segundo o site Wikipedia, trata-se de um sistema de álgebra

comercial de uso geral, desenvolvido a partir de 1981, por uma equipe

19

universitária de Warteloo, que posteriormente fundou a Warteloo Maple Inc.,

em Ontário – Canadá.

Em suma, seu ambiente de trabalho pode calcular expressões

algébricas simbólicas, fazer gráficos de duas ou três dimensões.

Atualmente, sua comercialização vem sendo feita pela Maplesoft

Inc1, e sua versão mais recente é a de número 13.0.

Para fins educacionais, pode ser classificado tanto como software de

largo espectro metodológico, funcionando como programa de exercícios (para

usuários iniciantes), quanto software de simulação (para usuários avançados).

Maple

Desenvolvedor Waterloo Maple Inc.

Sistema operacional Multiplataforma

Gênero Sistema de álgebra computacional

Licença Proprietário

Website www.maplesoft.com/products/maple/

Ficha técnica resumida.

MatLab

Com presença quase que obrigatória nos melhores laboratórios de

pesquisa científica nas áreas de matemática, física, e engenharia, este

software é considerados por muitos pesquisadores como um dos melhores do

mundo.

Utiliza uma janela de comandos para cálculos simples e algoritmos

em linguagens Fortran, C e C++ para os cálculos mais complexos.

1 HTTP://www.maplesoft.com/products/maple

MatLab

20

Com relação ao seu uso em educação, comporta-se de modo

idêntico ao Maple.

Ficha técnica resumida.

Mathcad

O Mathcad é um software proprietário para aplicações

matemáticas e de engenharia.

Seu ambiente permite a exploração de problemas, a formulação

de idéias, análise de dados, modelagem de cenários na busca da solução de

um problema, além é claro de possibilitar a documentação dos resultados

obtidos.

A partir de sua interface pode-se resolver equações diferenciais,

elaborar gráficos de duas ou três dimensões, solucionar problemas de álgebra

linear, além de se obter resultados de cálculo numérico e estatístico.

Em termos de finalidades educacionais pode ser classificado como

software de largo espectro.

Desenvolvedor Mathworks, Inc.

Sistema operacional Mutiplataforma

Gênero Software matemático.

Licença Proprietário

Website www.anacom.com.br

Mathcad

Desenvolvedor MathSoft Inc. 1997

Sistema operacional windows

Gênero Software matemático

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Ficha técnica resumida

Mathematica

Mathematica é um software de sistema algébrico munido de uma

linguagem de programação, o que permite ao usuário criar seus próprios

algoritmos para resolver determinados problemas de matemática e/ou

engenharia.

Uma de suas funções mais interessante é que o Mathematica se

intercomunica com aplicações em linguagens Java e C++, inclusive pode-se

fazer uso de bibliotecas externas destes aplicativos.

Com relação ao seu uso em educação, comporta-se de modo

idêntico aos já analisados.

Mathematica

Desenvolvedor Stephen Wolfran

Sistema operacional Multiplataforma

Gênero Software matemático

Licença Proprietário

Website http://www.sia.com.br/mathematica.htm

Ficha técnica resumida

Licença Proprietário

Website www.mathcad.com.br

22

Maxima – wxMaxima

O Maxima é Software livre para cálculos matemáticos, do mesmo

nível do Mathematica.

Ele pode resolver problemas relacionados a cálculo diferencial e

integral, resolver sistemas de equações lineares, além de solucionar problemas

de cálculo vetorial e matricial.

Permite a construção de algoritmos escritos na linguagem LISP, o

que dá ao software maior poder de processamento, pois o usuário pode

escrever seus próprios programas e rodá-los nele.

WxMaxima

Na realidade trata-se de uma interface gráfica multiplataforma,

baseado em wxWidgets, feitos especialmente para o Maxima,

Com relação ao seu uso em educação, comporta-se de modo

idêntico ao Maple.

Maxima/wxMAxima

Desenvolvedor Vários

Sistema operacional Multiplataforma

Gênero Interface gráfica

Licença Freeware

Website wxmaxima.sourceforge.net

Ficha técnica resumida

23

Winplot

Trata-se de um software projetado para Windows que permite ao

usuário o traçado de gráfico de funções de duas ou três dimensões. Além

disso, este software permite a avaliação de áreas sobre a curva (integral),

cálculo de tangentes a curva em dado ponto (derivada), além de integração

numérica e outras facilidades.

Sua interface em português é muito simples e intuitiva, o que

ajuda no aprendizado rápido de sua utilização.

Em termos de educação, pode ser classificado como software de

demonstração.

Winplot

Desenvolvedor Rick Parris

Sistema operacional Windows

Gênero Software matemático.

Licença Freeware

Website http://math.exeter.edu/rparris/winplot.html

Ficha técnica resumida

Graphmatica

Software gráfico que plota na tela do computador, num datashow

ou mesmo numa folha impressa o gráfico de uma função bi-dimensional.

Obviamente este programa oferece maiores possibilidades, como cálculo de

integração numérica por vários métodos, cálculo de máximos e mínimos,

desenho de derivadas em pontos escolhidos, pelo usuário, etc.

Há nele opções tanto para funções em equações explícitas como

também para funções em equações paramétricas.

24

Em termos de educação, pode ser classificado como software de

demonstração.

Graphmatica

Desenvolvedor Keith Hertzer/Ksoft, Inc

Sistema operacional Multiplataforma

Gênero Software gráfico

Licença Freeware

Website [email protected]

<[email protected]>

Ficha técnica resumida

Calc3DPro

Software matemático focado em álgebra linear, englobando cálculo

vetorial, cálculo matricial, plotagem de gráficos em duas ou três dimensões,

além de incluir em seu leque de opções alguns tópicos do cálculo diferencial.

Em termos de educação pode ser classificado como software de

demonstração.

Calc3DPro

Desenvolvedor Andréas Greuer

Sistema operacional windows

Gênero Software matemático

Licença freeware

website www.calc3d.com

Ficha técnica resumida

Finalmente, veremos um software com animações as quais exercem

grande fascínio pela sua alta interatividade com o usuário.

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Phet

Software de animação da área de física, que serve para modelagem

de experimentos de várias áreas da física experimental.

Sua metodologia para fins educacionais pode ser considerada como

programa de simulação.

Phet –Physics Education Tecnology

Desenvolvedor University of Colorado

Sistema operacional Multiplataforma

Gênero Software de animação

Licença Freeware

Website http://phet.colorado.edu/index.php

Ficha técnica resumida

2.2 – Os critérios de seleção para software educacional

Existem inúmeros critérios para a seleção de um software

(aplicativo), no entanto, segundo Kan (2002), dependendo do tipo de software e

de seu grupo de usuários, diferentes fatores podem ser mais (ou menos)

importantes.

Outros pesquisadores, de um modo geral, recomendam em comum

alguns critérios.

Para FOSKOLO (2000) alguns critérios são:

- Conhecer características e funcionamento;

- Saber quais resultados podem ser esperados;

- Adequação a objetivos e público;

- Comparação com outras opções;

- Análise da relação custo x benefício;

- Análise dos impactos na motivação e da capacidade de gerar

perguntas pelos alunos.

26

Ou seja, pode-se entender que tais fatores se traduzem em

compatibilidade com o nosso sistema operacional (Microsoft Windows, Linux,

Android, etc.), pacote de recursos por ele oferecido, no caso, suas

potencialidades e limitações, seu preço, sua interface (sua interatividade com o

usuário), tamanho (size) em Megabytes ou Gigabytes e o esforço

computacional por ele despendido.

Assim, para a área educacional aconselha-se, sempre que possível,

a opção por softwares que auxiliem na construção do conhecimento,

combinando-se com ela a utilização de softwares com a chamada

portabilidade, ou seja, softwares compatíveis com vários sistemas operacionais

ou multiplataforma. Em outras palavras, deve-se utilizar softwares compatíveis

com os sistemas operacionais Windows e Linux por serem sistemas

operacionais de uso intensivo no meio acadêmico e pela razão de que a

grande maioria dos alunos egressos do segundo grau já terem tido um

primeiro contato com estas plataformas ou nas suas escolas de origem, ou nos

seus lares, ou nas Lan-houses de seus bairros ou municípios.

Como relação à recursividade, deve-se dar preferência aos

softwares sem limitações, pois há softwares excelentes que pecam, às vezes,

por não terem todas as suas funções acessíveis aos seus usuários finais.

No critério custo, é lógico que se deve priorizar os softwares

gratuitos ou freeware, pois seria inconcebível ter que pagar para ensinar,

ademais, faz-se necessário levar em consideração que, hoje em dia, existem

excelentes softwares deste tipo, não se justificando assim o desperdício de

dinheiro com aquisição de software pagos.

Outro quesito a ser checado é sua interatividade, ou seja, o software

deve possuir uma interface amigável para o usuário. Em suma, o usuário deve

rapidamente dominar os recursos básicos oferecidos pelo software, pois, deste

modo, muito esforço educacional e tempo serão economizados e, até mesmo,

otimizados.

27

Não obstante, parece óbvio que um software muito grande em

termos de armazenamento, ou seja, que demande muitos Bytes, Megabytes,

ou Gigabytes, pode vir a preencher todo a capacidade de um disco rígido e

assim a máquina pode vir a travar, ou seja, parar de funcionar por excesso de

informação nela em processamento. Pensando por este lado da questão, deve-

se priorizar o uso de software ”leve”, ou seja, aqueles que ocupam pouco

espaço em disco.

Embora, atualmente, os computadores de mesa (Desktops), os

computadores portáteis (Notebooks ou Laptops) e os ultraportáteis (Netbooks)

possuam discos rígidos de grande capacidade, isto é, no mínimo, quatro

gigabytes, deve-se ter em mente que os computadores escolares ou de uso

pessoal, principalmente os primeiros não estão restritos ao uso de apenas um

software, mas vários deles como editores e tocadores vídeos e animações

(grandes consumidores de memória de armazenamento), além de jogos

educacionais, dicionários, enciclopédias, Atlas, e até softwares de sistemas

acadêmicos.

Outro critério a ser levado em consideração é o próprio algoritmo

interno do software, ou seja, sua lógica é simples e objetiva ou complicada,

pois dependendo dela, teremos um dispêndio maior ou menor do esforço

computacional que pode ser traduzido como o tempo requerido para o

computador executar determinado algoritmo (software).

No caso de uso para educação, torna-se evidente que o idioma de

interface do software deve ser citado como um critério de seleção e finalmente

a possibilidade de atualizações periódicas seria mais um item a ser observado

como critério de escolha de um bom software educacional.

28

CAPÍTULO III

A SELEÇÃO DE SOFTWARES E SUA APLICAÇÃO

EM FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA

De acordo com Pressman (2000), os softwares afetam, atualmente,

quase todos os aspectos de nossas vidas, estando presente nos negócios, na

cultura e nas atividades diárias.

Assim, o uso da informática na educação é uma exigência, pois,

vivemos na era da informação digital e não possuir competências e habilidades

nesta área de conhecimento pode significar exclusão. Um indicador disto pode

ser verificado nos anúncios classificados dos jornais, nos quais, via de regra,

exigem conhecimentos de informática básica e específica conforme o cargo da

vaga a ser preenchida.

Neste capítulo, inicialmente, serão escolhidos os softwares para uso

em Fundamentos da Arquitetura, considerando os critérios de seleção já

citados. Ao passo que, a aplicação dos mesmos nos tópicos correlatos será

avaliada e finalmente, a eficácia do uso desses softwares no processo de

ensino-aprendizagem.

3.1 – Selecionando os softwares educacionais

Como ocorre com quaisquer outros produtos do conhecimento humano,

os softwares que serão utilizados para fins educacionais também necessitam

de uma avaliação quanto a sua qualidade, uma vez que, nem sempre possuem

características adequadas, tanto no que se refere aos aspectos técnicos,

quanto aos aspectos pedagógicos. Assim, diversos softwares educacionais são

colocados à disposição do professor e alunos no dia-a-dia, no entanto muitos

apresentam problemas por serem de má qualidade ou de uso inadequado

[Campos, Rocha e Campos 1999].

29

Pensando nisto, as normas ISO (9000/9126) constituem um modelo de

qualidade para softwares genéricos. Entretanto, tais normas não fazem

qualquer ponderação sobre as peculiaridades do segmento de aplicação do

software a ser avaliado. Para avaliar um software educacional, é preciso

atentar a considerações que vão muito além das normas técnicas, pois deve-se

levar em conta os atributos inerentes a este setor. Deste modo, torna-se

fundamental o envolvimento dos atores da área de domínio, bem como dos

potenciais usuários na avaliação dos mesmos.

Portanto, no contexto educacional, um software deve buscar o

envolvimento de professores e estudantes da área específica na sua avaliação.

Assim, a adoção de um determinado software – dentre vários – torna-se uma

decisão consciente.

Partindo dos princípios estabelecidos pelos critérios de seleção para

software educacional foram escolhidos os softwares dos quais falaremos a

seguir.

wxMaxima

Para auxílio em cálculo diferencial e integral, uma boa opção é o

software wxMaxima por ser um software livre e gratuito, de interface muito

intuitiva em português, exigindo pouco espaço em disco e possuindo algoritmo

eficiente e constante atualização.

No breve exemplo mostrado abaixo, nota-se a seqüência passo a

passo de procedimentos para o cálculo integral indefinida sem constante de

integração da função y = 2x.

30

Figura 1: Tela de abertura do software wx máxima, com a função,

y = 2x na janela.

Figura 2: Tela do software wxMaxima com o menu cálculo selecionando a opção

“integrate...” (integral).

31

Figura 3: Tela do software wxMaxima mostrando a janela integrar

Figura 4: Tela do software wxMaxima exibindo a resposta da integral

indefinida da função y = 2x que no caso é x2 . Note-se que o

software não exibe a constante de integração.

32

Winplot

Outro software interessante utilizado para construções gráficas é o

software Winplot que possui interface em português, desenha gráficos 2D e 3D,

ocupa pouco espaço em disco e pode ser instalado até em pen drive e

celulares com mais de 2GB de memória.

A seguir, observamos a seqüência do traçado de uma parábola do

segundo grau ( y = x2) produzida com este software.

Figura 5 – Tela de abertura do software Winplot.

33

Figura 6 – Tela do software Winplot, exibindo o menu janela.

Figura 7 – Tela do software Winplot exibindo a janela semnome1.wp2 com o menu

equação.

34

Figura 8 – Tela de abertura do software Winplot, exibindo a janela de função no

caso em tela, y = x2

Figura 9 – Tela de abertura do software Winplot mostrando o gráfico da função

y = x2.

35

Calc3DPro

Já para cálculo vetorial uma boa opção é o software Calc3DPro que

também é um software livre e gratuito de interface muito simples, interface em

inglês básico que não deveria ser problema para um estudante de nível

superior já que ele deveria aprender inglês básico no ensino médio. Outro

quesito favorável a este software é fato de ele exigir espaço diminuto em disco,

ter algoritmo enxuto e ter atualização periódica.

Em seguida, apresenta-se a seqüência do cálculo do produto vetorial

entre os vetores a = i + 2j + 3k e b = -2i + 7k, utilizando-se este software.

Figura 10 – Tela de abertura do software Calc3DPro.

36

Figura 11 – Tela de abertura do software Calc3DPro exibindo os vetores

a = i + 2j + 3k e b = -2i + 0j + 7k

Phet

Finalmente, o software Phet surge como uma boa opção para

experimentos com simulações utilizando os conceitos físicos introduzidos na

disciplina.

Nas figuras abaixo, temos a simulação do movimento de projéteis

no campo gravitacional terrestre.

37

Figura 12 – Tela de abertura do software Phet.

Figura 13 – Tela do software Phet com a simulação de balística.

38

3.2 – Aplicação dos softwares no processo de ensino-aprendizagem de

Fundamentos da Arquitetura

Os softwares selecionados são introduzidos no processo ensino-

aprendizagem paulatinamente com o desenvolvimento dos conteúdos da

disciplina Fundamentos de Arquitetura.

Inicia-se o conteúdo com o tópico, revisão do conceito de função

concomitantemente com o uso do aplicativo Winplot para visualização destes.

Na seqüência, apresentam-se os conceitos de limites e derivadas,

novamente o Winplot é utilizado, mostrando a convergência dos pontos de

acumulação e do limite, bem como a reta tangente a curva.

No momento em que se inicia a parte de cálculo dos limites e das

derivadas é apresentado o software wxMaxima, que a partir deste momento

assume o papel de protagonista no auxílio do aprendizado de cálculo

diferencial e Integral.

Prosseguindo-se no curso, chega-se a introdução de álgebra linear,

momento este em que o aplicativo Calc3DPro é introduzido como ferramenta

de cálculo vetorial para a realização das operações vetoriais básicas como:

soma, subtração, multiplicação escalar, multiplicações vetoriais (produto interno

e produto externo) e outras, como ângulos entre dois vetores, e assim por

diante...

Ao final do curso, surgem os conceitos físicos e com eles tem início

a utilização das animações existentes no software Phet. Neste momento são

mostrados os conceitos de espaço, velocidade, aceleração e a correspondente

animação, seguidos pelo conceito de força e da apresentação de uma nova

simulação. A partir daí, sempre que um novo conceito é apresentado,

apresenta-se também a simulação correspondente até o término do curso.

39

3.3 – Verificação da eficácia do uso de softwares

Segundo Freire (1999), o educador deve primar por facilitar o

desenvolvimento educacional dos educandos de um modo que estes adquiram

autonomia, ou seja, ser capaz de aprender por si só.

Ora, sabe-se que atualmente o nosso ensino médio apresenta

grandes problemas tais como grande número de evasão escolar, baixo nível de

qualidade, assuntos defasados por reiteradas práticas docentes de decoreba

em detrimento do domínio conceitual que pode levar a autonomia educacional,

e outros.

Desta feita, normalmente, os calouros das instituições de ensino

superior, via de regra, recém-egressos deste ensino médio, apresentam os

sintomas destas mazelas citadas no parágrafo anterior, sendo para eles difícil o

domínio dos princípios teóricos e dos conceitos das disciplinas consideradas

mais difíceis como a matemática e a física.

No entanto, às vezes, este transtorno pode ser revertido numa

melhora do aspecto motivacional dos estudantes. E como, hoje, vivemos na era

da informação, como um mundo muito focado na imagem, estes jovens em

geral dominam a utilização de aparelhos digitais tais como máquinas

fotográficas, câmeras de vídeo, tocadores de MP3, videogames e

computadores.

Assim, no primeiro semestre do ano de 2007, ao inserir na prática

docente do curso de Fundamentos de Arquitetura da UFRRJ, o uso de

softwares, verificou-se um maior engajamento e um maior comprometimento

dos alunos pela realização de suas tarefas. Pois, criou-se no aluno certa

autonomia como um instrumento fundamental para seu o desenvolvimento

enquanto cidadão.

A verificação da melhoria no aprendizado foi demonstrada por

diversos indicadores tais como, melhora no desempenho dos alunos, com

40

aumento significativo da média dos alunos aprovados conforme figura a.1 do

anexo 1, redução na reprovação da disciplina tal como mostra a figura a.2 do

anexo 2, redução da evasão, como se pode observar na figura a.3 do anexo 3,

o que foi constatado pelas pautas de notas finais dos estudantes na disciplina,

durante visita ao Decanato de Graduação da Universidade Federal Rural do

Rio de Janeiro.

Finalmente, aplicou-se um questionário aos estudantes, onde a maioria

respondeu afirmativamente, que seus conceitos e seu aprendizado se tornou

mais ágil e mais sólido.

41

CONCLUSÃO

Ao longo desta obra, procurou-se verificar a eficácia do uso de

softwares como ferramentas de auxílio ao docente para a lecionação. Desta

forma, ficou estabelecida uma metodologia simples, vinculando-se com o uso

de indicadores já conhecidos como: índice de evasão escolar, de reprovação e

desistências a uma prática docente ainda incipiente que é a utilização da

Tecnologia de Informação e Comunicação.

Neste sentido, a experiência adotada pelo curso de Arquitetura e

Urbanismo da UFRRJ mostrou-se bastante satisfatória. Pois, além de uma

melhora nos indicadores educacionais, como a significativa redução no número

de repetência, houve uma significativa melhora na autonomia do estudante

preconizada por Freire.

Ainda, com relação ao uso do software como ferramenta verificou-se

uma aceleração na aprendizagem dos alunos, que inicialmente, chegavam

tentando decorar fórmulas matemáticas e físicas e que agora após o curso

denotam a apreensão dos conceitos dos Fundamentos de Arquitetura.

Assim diante do exposto ao longo deste trabalho, e dos dados nele

apresentados somos levados a concluir que o uso de programa de

demonstração e de simulação, ou seja, softwares que auxiliam na construção

do conhecimento:

- melhoram a motivação dos estudantes e favorece para eles o

diálogo e a troca de informações;

- tendem a reduzir a dificuldade dos estudantes em áreas de

conhecimento como matemática e física;

- proporcionam aos alunos a criação de seus próprios exercícios no

ambiente artificial de simulação;

42

- reduzem a prática da “decoreba” de fórmulas, incrementando neles o

domínio de conceitos e de princípios teóricos;

- ajudam no preparo profissional, já que se espera que o futuro egresso

ao entrar no mundo do trabalho, já esteja bem familiarizado com o

ambiente virtual;

- tornam o ato de dar aulas mais prazeroso para o docente;

Conclui-se, portanto, que a prática docente de uso de software como

auxiliador no processo ensino – aprendizagem é eficaz e deve ser estendida,

sempre que possível, a todas as disciplinas, obviamente, respeitando as suas

particularidades.

43

BIBLIOGRAFIA

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parte 1: Visão geral: NBR ISO/IEC 14598-1:2001, 2001.

ABNT. Engenharia de software – Qualidade de produto: NBR

ISO/IEC 9126- 1:2003, 2003.

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pro.br/inedu02.htm>. Acesso em: 14 fev, 2010.

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Mathematica. Acesso em: 12 fev, 2010.

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44

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http://pt.wikipedia.org/wiki/MatLab. Acesso em: 14 fev, 2010.

NERICI, I. Didática Geral Dinâmica. São Paulo: Atlas, 1992

Resolução CNE/CES Nº 06/2006. Institui as Diretrizes Curriculares

Nacionais do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo e dá

outras providências. Disponível em www.mec.gov.br/CNE . Acesso

em: 16 fev, 2010.

Phet. Software educacional de simulações. Disponível em:

http://phet.colorado.edu/simulations/index.php. Acesso em 15 fev, 2010.

Pressman, R. S. Software Engineering: a Practitioner.s Approach. 5.

ed. New York: McGraw-Hill, 888p, 2000.

Ramos, J.L. A criação e utilização de micromundos de

aprendizagem como estratégia de integração do computador no

currículo do ensino secundário. Dissertação de doutoramento.

Universidade de Évora, 1998.

Sancho, Juana Maria. Para uma tecnologia educacional. Porto Alegre:

ArtMed, 1998.

Valente, J.A. Diferentes Usos do Computador na Educação.

Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação. 1ª Edição,

Vol. I, Editora: Nied - Unicamp, Pags 24-44, 1993.

45

ANEXOS

Anexo 1 – Gráfico alunos aprovados em Fundamentos de Arquitetura /

semestre

Anexo 2 – Gráfico alunos reprovados em Fundamentos de Arquitetura /

semestre

Anexo 3 – Gráfico alunos evasão na disciplina Fundamentos de Arquitetura /

semestre

Anexo 4 – Questionário aplicado aos egressos de Fundamentos de Arquitetura

46

ALUNOS APROVADOS EM FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA

/ SEMESTRE

Média dos alunos aprovados na disciplina IT 808

6,5

7

7,5

8

8,5

9

9,5

2005 - I 2006 - I 2007 - I 2008 - I 2009 - I

Semestre

média dos alunos aprovados

Média liquida -aprovados

Figura a.1 – Média dos alunos aprovados na disciplina IT 808 Fundamentos de

Arquitetura

Fonte: Decanato de ensino de Graduação da UFRRJ, , 2010.

47

ALUNOS EM FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA

REPROVADOS /

SEMESTRE

Número de alunos reprovados em IT 808 Fundamentos de Arquitetura

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

2005I 2006I 2007I 2008I 2009I

semestre

nº de reprovados

Seqüência2

Figura a.2 – Número de alunos reprovados em Fundamentos de Arquitetura.

Fonte: Decanato de ensino de Graduação da UFRRJ, , 2010.

48

EVASÃO NA DISCIPLINA FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA /

SEMESTRE

Número de alunos evadidos em IT 808 Fundamentos de Arquitetura

0

2

4

6

8

10

12

14

2005I 2006I 2007I 2008I 2009I

semestre

nº de reprovados

Seqüência2

Figura a.3 – Número de alunos evadidos em Fundamentos de Arquitetura.

Fonte: Decanato de ensino de Graduação da UFRRJ, 2010.

49

AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA FUNDAMENTOS DE

ARQUITETURA

1 – O meu aproveitamento /aprendizagem, nesta disciplina, tem sido... ( ) muito bom ( ) bom ( ) deficiente ( ) muito deficiente 2 – Os assuntos abordados, seguidos do uso de software, interessaram, pessoalmente: ( ) muitíssimo ( ) muito ( ) pouco ( ) muito pouco 3. Quanto ao meu futuro profissional, esta disciplina tem contribuído: ( ) muitíssimo ( ) muito ( ) pouco ( ) muito pouco 4. A estratégia didática utilizada pelo professor em sala de aula, pareceu-me: ( ) muito adequada ( ) adequada ( ) pouco adequada ( ) inadequada 5. A interação professor-aluno, em sala de aula, pareceu-me: ( ) muito adequada ( ) adequada ( ) pouco adequada ( ) inadequada 6. Como convite ao raciocínio esta disciplina foi: ( ) muito boa ( ) boa ( ) deficiente ( ) muito deficiente

50

7. Observações e sugestões quanto aos pontos positivos que merecem ser implementados na disciplina.

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

8. Críticas e sugestões quantos aos pontos que precisam ser mudados ou

estratégia que devem ser modificadas.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

51

GLOSSÁRIO ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas. Bit Dígito binário, um único 0 ou 1, ativado ou desativado, armazenado

no seu computador. Quatro bits formam um nibble (termo raramente usado), e 8 bits formam um byte, o equivalente a um único caracter. As CPUs possuem 8, 16 ou 32 bits. Isso se refere à quantidade de informações que podem processar de cada vez.

Biblioteca Conjunto de rotinas de programação desenvolvidos pelo fabricante

de um produto de desenvolvimento ou por terceiros. As rotinas podem ser incorporadas aos programas criados, seja para implementar determinada função ou para criar a interface entre o novo programa e o sistema operacional.

Byte Conjunto formado por 08 bits Dados Qualquer tipo de informação (em um processador de texto,

programa de imagem, etc.) processada pelo computador. Desktop Um tipo de computador usado na horizontal Download Quando o usuário copia um arquivo da rede para o seu computador,

ele está fazendo um download. A expressão pode ser aplicada para cópia de arquivos em servidores de FTP, imagens tiradas direto da tela do navegador e quando as mensagens são trazidas para o computador do usuário. Também fala-se em download quando, durante o acesso a uma página de Web, os arquivos estão sendo transmitidos. Não existe tradução razoável para o termo, mas no jargão da computação costuma-se falar em "baixar" um arquivo.

52

Freeware Software distribuído gratuitamente e que permite ilimitado número de

cópias, além de não exigir nenhum tipo de registro. Diferente do software de domínio público, o autor do freeware mantém os direitos autorais sobre o produto e pode impedir a sua modificação, comercialização ou inclusão em um pacote de programas.

Interativo Processo de comunicação através do qual o usuário recebe resposta

imediata a um comando dado ao computador. Interface Conexão entre dois dispositivos em um sistema de computação.

Também usado para definir o modo (texto ou gráfico) de comunicação entre o computador e o usuário.

Internet 1. Com inicial maiúscula, significa a "rede das redes", originalmente

criada nos EUA, que se tornou uma associação mundial de redes interligadas que utilizam protocolos da família TCP/IP.

2. Com inicial minúscula significa genericamente uma coleção de

redes locais e/ou de longa distancia, interligadas por roteadores. ISO International Standards Organization. Organização internacional

para a definição de normas. Java Linguagem de programação desenvolvida pela Sun Microsystems

para a criação de pequenos programas (Applets) para serem distribuídos na Internet. Diferente do JavaScript, o Java permite a criação de uma aplicação independente e possui todos os recursos de uma linguagem destinada à criação de aplicações comerciais, assim como a Linguagem C (que serviu como modelo para o Java) ou o Clipper. Seu sucesso na Web se deve a possibilidade de se criar programas independentes de plataformas. Confira mais informações no site Java da Sun Microsystems. Considerações sobre Java (em português).

53

Laptop Computador portátil. Linux Nome derivado do nome do autor do núcleo deste sistema

operacional, Linus Torvalds. O Linux é hoje em dia um sistema operacional com todas as características do Unix, com uma implantação invejável e em constante evolução... e é de domínio público. Normalmente é distribuído em diferentes "releases" que são núcleos (recompiláveis) acompanhados de programas, utilitários, ferramentas, documentação, etc. Um dos releases mais conhecidos é o Slackware.

Multimídia O termo multimídia é utilizado para definir um documento de

computador composto de elementos de várias mídias, como áudio, vídeo, ilustrações e texto. Também é importante que esses documentos sejam interativos, ou seja, que permitam a participação do usuário. Para ser mais preciso, utiliza-se também o termo multimídia interativa.

Pacote A informação que é transmitida pela Internet é separada em pacotes.

Cada pacote contém, além do conteúdo que está sendo transmitido (imagem, mensagem etc.), endereço do remetente, do destinatário e informações essenciais para que os pacotes de um mesmo arquivo sejam reagrupados no destino. O tamanho dos "pacotes" pode variar de 40 até 32.000 bytes, dependendo da rede. Normalmente menos de 1.500 bytes.

Shareware Programa disponível publicamente para avaliação e uso

experimental, mas cujo uso em regime pressupõe que o usuário pagará uma licença ao autor. Note-se que shareware é distinto de freeware, no sentido de que um software em shareware é comercial, embora em termos e preços diferenciados em relação a um produto comercial “ ortodoxo”.

Sistema operacional É um programa ou um conjunto de programas cuja função é

gerenciar os recursos do sistema (definir qual programa recebe atenção do processador, gerenciar memória, criar um sistema de arquivos, etc.), além de fornecer uma interface entre o computador e o usuário.

54

Smartphone É um telefone celular com funcionalidades avançadas que podem

ser estendidas por meio de programas executados no seu Sistema Operacional.

Web (World Wide Web ou WWW) Área da Internet que contém documentos em formato de hipermídia,

uma combinação de hipertexto com multimídia. Os documentos hipermídia da WWW (teia de alcance mundial) são chamados de páginas de Web e podem conter texto, imagens e arquivos de áudio e vídeo, além de ligações com outros documentos na rede. A característica multimídia da Web tornou-a a porção mais importante da Internet.

Windows Sistema operacional da Microsoft Inc.

55

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - A ÁREA DE FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA 10

1.1 - A área de Fundamentos de Arquitetura 10

1.2 – Matemática para Arquitetura 12

1.3 – Física para Arquitetura 13

CAPÍTULO II - ALGUNS SOFTWARES EDUCACIONAIS 16

2.1 - Os softwares educacionais: conceitos e algumas

sugestões

16

2.2 - Os critérios de seleção para software educacional 25

CAPÍTULO III - A SELEÇÃO DE SOFTWARES E SUA APLICAÇÃO

EM FUNDAMENTOS DA ARQUITETURA

28

3.1 - Selecionando os softwares educacionais 28

3.2 - Aplicação dos softwares no processo de ensino -

aprendizagem de Fundamentos de Arquitetura

38

3.3 - Verificação da eficácia do uso de softwares 39

CONCLUSÃO 41

BIBLIOGRAFIA 43

ANEXOS 45

ÍNDICE 55

56

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes

Título da Monografia: USO DE SOFTWARES NO AUXÍLIO DA

APRENDIZAGEM DE FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA

Autor: Fernando Carneiro Peixoto de Oliveira

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: