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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A FORMAÇÃO E AÇÃO DO PEDAGOGO EMPRESARIAL
Por: ALINE DE FÁTIMA DA SILVA
Orientador
PROF. DOUTOR VILSON SÉRGIO CARVALHO
Rio de Janeiro
2011
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A FORMAÇÃO E AÇÃO DO PEDAGOGO EMPRESARIAL
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Pedagogia
Empresarial.
Por.: Aline de Fátima da Silva
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter me iluminado
para alcançar este meu objetivo, ao
Prof. Doutor Vilson Sérgio pelas
orientações para a elaboração desta
pesquisa. À minha mãe Nádia Baresic
por estar ao meu lado em todos os
momentos e por acreditar sempre no
meu potencial.
4
DEDICATÓRIA
Dedico a todas as pessoas que
apostaram no meu potencial sempre me
incentivando e dizendo que seria capaz.
Obrigada Nádia, André, Marcus, Padre
Alceu e Padre Willyans. E a você Papai,
onde está sei que torce muito por mim.
6
RESUMO
Quando se fala no pedagogo é comum associá-lo à escola. Entretanto
devido às novas demandas educacionais do final do século XX, o pedagogo
desempenha papel vital para disseminação da educação em várias esferas
sociais o alcance do sucesso no mundo dos negócios. A discussão do papel
do pedagogo em espaços não-escolares tem sido foco de muitos debates na
atualidade. O objetivo deste estudo é demonstrar a importância da atuação do
pedagogo no processo educativo dentro das empresas, a fim de contribuir para
ampliar a visão do seu papel para o desenvolvimento de recursos humanos
dentro das mesmas.
7
METODOLOGIA
A realização desta pesquisa monográfica foi elaborada a partir de uma
pesquisa bibliográfica descritiva, que visou o levantamento de informações
para obter conhecimento existe sobre o tema.
Com este tipo de pesquisa, busca-se gerar mais conhecimentos sobre
o assunto a partir da análise de fontes bibliográficas existentes.
O levantamento bibliográfico visou buscar em fontes documentais
(documentos impressos e arquivos eletrônicos) informações relevantes para a
elaboração deste estudo.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................................09
CAPÍTULO I - EDUCAÇÃO E PEDAGOGIA....................................................12
1.1. Conceito e finalidade da educação...........................................................12
1.2. Pedagogia e seu campo de atuação.........................................................15
1.3. Função do pedagogo em espaços não escolares....................................18
CAPITULO II- ADMINISTRAÇÃO NO PROCESSO DE GESTÃO DE
PESSOAS.........................................................................................................22
2.1. A nova concepção de gestão de pessoas...............................................22
CAPÍTULO III- O OLHAR DA GESTÃO DE PESSOAS E A AÇÃO
PEDAGÓGICA.................................................................................................28
3.1 O papel do administrador..........................................................................31
3.2 O papel do psicólogo................................................................................35
3.3 O pedagogo e sua finalidade no trabalho da empresas...........................38
CONCLUSÃO...................................................................................................44
ÍNDICE..............................................................................................................46
9
INTRODUÇÃO
A experiência tem demonstrado que o sucesso das empresas
corresponde a um somatório de um conjunto de situações favoráveis e
desfavoráveis. Saber lidar com estas situações representa a capacidade da
empresa para estar à frente de seus concorrentes.
Um novo modelo organizacional voltado para a inovação, com vistas a
apoiar competitividade já começa a ser visualizado. Ele está baseado no
desenvolvimento de pessoas no contexto empresarial. É este processo de
melhora que possibilita a empresa torna-se mais produtiva.
A adoção de uma postura orientada para o aprendizado humano
abrange a participação e o comprometimento das pessoas que fazem parte da
organização, em diferentes níveis hierárquicos.
Identificada a questão na qual esta apoiada o sucesso da empresa é
necessário clarificar que todo o processo de mudança é lento e orientado por
um conjunto de ações que são determinantes para a integração das pessoas
em seu ambiente de trabalho. Este processo de influência que o indivíduo
recebe ao participar de uma empresa denomina-se Educação.
Assim sendo é primordial, no contexto atual que as organizações
busquem na Educação o caminho para melhorar a produtividade. Dentro da
empresa o papel de conduzir este processo educacional pertence ao
Pedagogo Empresarial que atua no campo de conhecimento da Pedagogia
Empresarial.
Considerando que a Pedagogia Empresarial objetiva a formulação de
estratégias e metodologias para garantir a aprendizagem de informações e o
conhecimento o presente trabalho objetiva apresentar o papel do pedagogo
nas diferentes situações encontradas nas organizações empresariais no que
10
se refere às relações interpessoais, destacando a sua importância na gestão
de Pessoas, bem como apontar a diferenciação entre a sua prática e a dos
gestores administrativos.
Partindo do pressuposto de as práticas educativas não se da de forma
isolada das relações sociais que caracterizam a estrutura econômica e política
de uma sociedade, estando subordinadas a interesses de grupo e de classes
sociais, entende-se que nas empresas ao desenvolver suas atividades os
trabalhadores participam constantemente de situações de ensino-
aprendizagem.
Dessa forma, percebe-se o corre o processo educativo dentro das
empresas, principalmente na área de recursos humanos. Ao desenvolver
qualquer função, o trabalhador o faz no conjunto das relações sociais, no qual
está inserido. Para executar precisa ser educado, entretanto esta educação
ocorre no seio do processo produtivo.
Neste sentido para que haja um rendimento máximo em relação ao
desenvolvimento intelectual e moral do indivíduo dentro da empresa é
necessário que haja uma organização. Isto é possível através do processo
educativo, no sentido de uma ação pedagógica que norteie as práticas
educativas, conforme esses interesses.
Dito isto, o presente estudo justifica-se pela necessidade de
compreender melhor a atuação do pedagogo empresarial no processo
educativo, a fim de viabilizar, a qualificação profissional do trabalhador de
forma integral.
O objetivo deste estudo será demonstrar a importância da atuação do
pedagogo no processo educativo dentro das empresas, a fim de contribuir para
ampliar a visão do seu papel para o desenvolvimento de recursos humanos
dentro das mesmas. Para o alcance deste objetivo foram propostos os
11
seguintes objetivos específicos: a) definir o conceito de pedagogia e
educação,b) demonstrar o conceito de Pedagogia e c) discorrer sobre a
capacidade de atuação do pedagogo dentro da empresa.
12
CAPÍTULO I
EDUCAÇÃO E PEDAGOGIA
1.1. Conceito e finalidade da educação
O caminho para a educação perpassa por todas as atividades
humanas, por isso seu objetivo maior deve ser propiciar o pleno
desenvolvimento de todos os indivíduos levando-os à humanização1. Para
Sacristán e Gómmez (2000, p. 13):
A educação, num sentido amplo, cumpre uma inulidível função de socialização desde que a configuração social da espécie se transforma em um fator decisivo da hominização e em especial da humanização do homem.
Dessa forma a tarefa da educação é complexa e delicada, porque
supõe, em princípio, tornar o individuo um cidadão. Na sociedade em
constantes transformações, é necessário pensar que a concepção de
educação não pode ser entendida a partir de uma definição simplificada.
A educação2 estende-se à vida inteira, daí a necessidade de organizá-
la, a fim de atender às exigências da humanidade. Acerca disto Debesse e
Mialaret (1974, p.17) asseveram-nos que:
A educação consiste em favorecer o desenvolvimento tão completo quão possível das aptidões de cada pessoa, a um tempo como indivíduo como membro de uma sociedade regida pela solidariedade. A educação é inseparável da evolução social, constitui uma das forças que a determina.
1 A educação é uma prática social que busca realizar nos sujeitos humanos as características de humanização plena. (LIBÂNEO, 2000, P.66). 2 A palavra educação tomada ao latim tem dupla origem: educare quer dizer nutrir, e educere, tirar fora de, conduzir para, numa palavra , criar ( DEBESSE e MIALARET, 1974)
13
Por tudo isso, a educação é essencialmente um apontar de
possibilidades, de distinções, de relações e de humanidade. Educar é abrir, é
erguer, é questionar, é duvidar e ensinar a duvidar, é ser modesto em saber
ajudar.
Segundo Freire (1987, p.14) a “hominização” não é adaptação, o
homem não se naturaliza, humaniza o mundo. A “hominização” não é só
processo biológico, mas também história. Falar em humanização é reconhecer
a desumanização, que na perspectiva de Freire é a distorção da vocação do
ser mais.
Esta distorção revela-se na injustiça, na exploração, na opressão e na
violência dos opressores. Nas palavras de Freire (1987, p. 30)
A luta pela humanização, pelo trabalho livre, pela desalienação, pela afirmação dos homens como pessoas, como “seres para si”, não teria significação. Esta somente é possível porque a desumanização, mesmo que um fato concreto na história, não é, porém destino dado, mas resultado de uma “ordem” injusta que gera violência dos opressores e esta, o ser menos.
Dessa forma a educação assume uma função social e torna-se um
verdadeiro trunfo para construir uma sociedade mais democrática 3, pois
homens educados são homens que possuem recursos para colocar em
liberdade o seu pensamento, e a liberdade maior é a que se conquista através
de idéias, que não podem ser destruídas pela força, e que dependendo de sua
intensidade, imortalizam-se geração após geração e mantêm vivos aqueles
que inicialmente as acenderam.
Para Libâneo (2000 p.22-23)
Numa sociedade em que as relações sociais se baseiam em relações de antagonismo, em relações de exploração de uns sobre os outros, a educação só pode ter cunho emancipatório,
3 A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida. (John Dewey.)
14
pois a humanização plena implica a transformação dessas relações.
Neste sentido a educação consiste em desenvolver as oportunidades
para que cada um venha a ser uma pessoa em toda a sua plenitude, apoiando-
se nos recursos da pessoa, mediante a consideração de suas necessidades e
fraquezas, suas forças e esperanças.
Para Morin (1999, p.52)
O homem é, portanto, um ser plenamente biológico, mas que se não dispusesse plenamente da cultura, seria um primata do mais baixo nível. A cultura acumula em si o que é conservado, transmitido, aprendido, e comporta normas e princípios de aquisição.
Nesta perspectiva é preciso considerar que na sociedade muitos são
os responsáveis pelo que o indivíduo se torna, muitos influenciam em suas
decisões, em seus pensamentos e na forma de se produzir como homens. O
indivíduo é educado para servir a sociedade, para mais tarde exercer uma
profissão que promete preencher suas vidas e realizá-las como seres
humanos.
Esta afirmativa vem de encontro com a opinião de Brandão (1995) que
ressalta que a educação é “um modo de vida” dos grupos sociais, que existe
em toda parte4 e no imaginário das pessoas e na ideologia dos grupos sociais.
Enfim ninguém escapa da educação. Brandão (1995, p. 11) ainda afirma sobre
a educação:
Ela ajuda a pensar tipos de homens. Mais do que isso, ela ajuda a criá-los, através de passar de uns para os outros o saber que os constituí e legitima. Mais ainda, a educação participa do processo de produção de crenças e idéias, de qualificações e especialidades que envolvem as trocas de símbolos, bens e poderes que, em conjunto, constroem tipos de sociedades. E esta é a sua força.
4 Ela aparece sempre que há relações entre pessoas e intenções de ensinar- e- aprender (BRANDÃO, 1995).
15
Na realidade, muitas vezes o que acontece é bem diferente, pois esses
indivíduos educados com técnicas para formar técnicos nas mais diversas
áreas, podem tornar-se frustrados, sofrendo com seus conflitos. Entretanto,
cabe ressaltar que a educação deve libertar o homem das convenções, do
autoritarismo das idéias que padronizam, da obediência cega e do comodismo.
Assim, a educação deve estimular a ação do sujeito para a construção
de conhecimentos, propiciando a criticidade, bem como a reflexão. A educação
deve lutar contra os entraves psicológicos, a fim de libertar o homem “de sua
miséria afetiva, de sua pobreza criativa e de sua incapacidade desfrutar o
prazer de viver” (TORO, p. 242).
Conforme Libâneo (2000, p.65)
A educação tem de fato uma função adaptadora. Há vínculos reais entre o ser humano que se educa e o meio natural e social, há um certo grau de adaptação às exigências desse meio. A educação é, também uma prática ligada à produção e reprodução da vida social, condição para que os indivíduos se formem para a continuidade da vida social.
Nesta perspectiva, sabe-se a educação pode ser compreendida como
fenômeno plurifacetado5, devido multiplicidade de sua ocorrência em diversos
lugares: na família, no trabalho, na rua, na fábrica, na escola, na política. A
evolução do conceito de educação levou à diversificação da atividade
educativa em várias esferas da sociedade, visando a disseminação de sabres
e modos de ação.
1.2. Pedagogia e seu campo de atuação
Dessa forma fica claro que o campo educativo é bastante vasto,
constituindo uma diversidade de práticas educativas que por si exigem a
5 LIBÂNEO, C.J., (2000, p. 18).
16
existência um trabalho em uma direção explícita no campo da ação educativa.
O campo do conhecimento6 que trata da teoria e da prática da educação é a
Pedagogia.
Libâneo (2000, p.29) afirma que “a Pedagogia é uma reflexão teórica a
partir e sobre as práticas educativas. Ela investiga os meios organizativos e
metodológicos de viabilizar os processos formativos em contextos
socioculturais específicos”.
Dito de outra forma, a Pedagogia é uma ciência da prática educativa7
que não se efetiva como tecnologia imediata, mas como uma reflexão
sistemática sobre uma técnica particular que é a educação. Pode-se afirmar,
então, que ela é uma reflexão teórica a partir de práticas educativas.
Pimenta (2001, p.55) afirma que a “Pedagogia, enquanto ciência
prática da e para a práxis educacional, determina objetivos pedagógicos desta
a partir da e para a práxis, cujo sentido não está, pois na compreensão, mas
no aperfeiçoamento da práxis”.
Entendida como ciência da teoria e da prática educativa é importante
ressaltar que a Pedagogia por si só não muda a práxis, ela se caracteriza
como um instrumento de ação, pois são os homens educadores que agem.
Sendo assim ela envolve intervenção humana e comprometimento moral de
quem educa.
A Pedagogia é então o estudo do ato educativo, da prática
educativa concreta que se efetua na sociedade como um dos pilares básicos
que configuram a atividade humana. Ela compreende a práxis humana, uma
6 A Pedagogia trata do campo teórico-investigativo da educação, do ensino e do trabalho pedagógico que se realiza na práxis social. (ANFOPE, 2005) 7 A Sociologia, Psicologia, Economia, e Lingüística ocupam-se dos problemas educativos abordam o fenômeno educativo sob a perspectiva de seus próprios conceitos e métodos de investigação. A Pedagogia é uma das ciências da educação que mais se distingue delas por estudar o fenômeno educativo na sua globalidade (LIBÂNEO, 2000).
17
vez que incorpora o sentido de transformação das condições da realidade, que
impedem a humanização do homem.
Em síntese, acerca da Pedagogia Pimenta (2001, p.56-57) afirma que:
Desta maneira, fica claro que a Pedagogia só pode ser ciência prática da e para a educação enquanto se compreende como esclarecimento racional da ação educativa dirigida à humanização da geração em desenvolvimento, consciente do fato de que seu saber da e par a educação é mediatizado pelo educador.
A complexificação da sociedade levou à ampliação do conceito de
educação, por vias de conseqüência a teoria e a prática educativa. Em várias
esferas da sociedade surge a necessidade de disseminar não só o
conhecimento, mas modos de ação. Esta perspectiva é relevante, uma vez que
hoje se pensa na educação do cidadão planetário.
O exercício profissional da prática pedagógica cabe ao pedagogo lidar
com fatos, estruturas, contextos e situações referentes à prática educativa em
suas várias modalidades e manifestações.Na perspectiva de Libâneo (2000,
p.44):
Pedagogo é o profissional que atua em várias estâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e ao processo de transmissão e assimilação ativa de saberes e modos de ação tendo em vista objetivo de formação humana definidos em sua contextualização histórica.
No entendimento das práticas educativas atuais o pedagogo é o
profissional capacitado para realizar um diagnóstico e, a partir deste identificar
necessidades e falhas no processo de ensino-aprendizagem. Em sua ação
pode indicar metodologias adequadas à situação de cada local; e apontar que
ações devem ser voltadas para o grupo ou para o indivíduo.
18
O pedagogo não é apenas um professor, é um profissional que está
habilitado para atuar na difusão do conhecimento, ou seja, está apto para
educar. Coloca-se aqui a educação como prática que leva à libertação dos
homens, sendo consoante com a perspectiva de Freire (1987, p.67) que
afirma:
O que nos parece indiscutível é que, se pretendemos a libertação dos homens não podemos começar por aliená-los ou mantê-los alienados. A libertação autêntica, que é a humanização em processo, não é uma coisa que se deposita nos homens. Não é uma palavra a mais, oca, mitificante. É práxis, que implica a ação e a reflexão dos homens sobre o mundo para transformá-lo.
Assim sendo, atualmente a escola não é mais a única fonte de
informação como já foi no passado. No século XXI, com a mudança dos
paradigmas da educação na Sociedade da Informação8 deve-se pensar na
educação em todos os setores de atuação humana.
1.3. Função do pedagogo em espaços não escolares
Ao se falar em Pedagogia logo associa-se à escola, entretanto esta
visão precisa e deve ser mudada , pois frente às exigências do novo cenário
mundial , as organizações necessitam desenvolver as pessoas no ambiente de
trabalho.A pedagogia como ciência da educação se apresenta como a mais
adequada quando se trata de desenvolver seus colaboradores como seres
humanos.
8 A sociedade da informação é a sociedade que está atualmente a constituir se, na qual são amplamente utilizadas tecnologias de armazenamento e transmissão de dados e informação de baixo custo. Esta generalização da utilização da informação e dos dados é acompanhada por inovações organizacionais, comerciais, sociais e jurídicas que alterarão profundamente o modo de vida tanto no mundo do trabalho como na sociedade em geral. (HUGO ASSMANN, 2000).
19
A necessidade de desenvolvimento humano exige o aprendizado
permanente, a capacitação, a criatividade, motivação,etc..É justamente
necessidade de preparação e qualificação de pessoas que tem justificado a
presença do pedagogo na empresa .
Como a educação assume papel fundamental para a gestão de
pessoas, com o objetivo de reestruturar os processos de qualificação
profissional no interior das organizações, a Pedagogia Empresarial precisa
estar relacionada à atuação de outros profissionais no ambiente em que atua.
Em relação ao pedagogo empresarial Almeida (2006, p.6) assinala que:
A atuação desse novo profissional precisa ocorrer de forma relacionada e cooperativa com a dos outros profissionais da gestão. Assim será possível elaborar e consolidar planos, projetos e ações que visem colaborar para a melhoria da atuação dos funcionários, bem como para melhorar o desempenho da empresa.
Neste contexto a atuação do pedagogo empresarial torna-se
imprescindível, uma vez que o seu campo e atividade é extra-escolar. Nesta
esfera, o pedagogo é um especialista em atividades para-escolares, atuando
em órgãos públicos, privados e não públicos ( LIBÂNEO, 2002). Para Libâneo
(2005), no campo da ação extra-escolar, o pedagogo se distingue como
formador, instrutor, organizador, técnico e consultor.
Pedagogo empresarial, no exercício da pedagogia, atua em empresas
com atividades pedagógicas referentes à transmissão de saberes e técnicas
ligadas a outra atividade profissional especializada.
Dito isto, é importante ressaltar que o pedagogo empresarial, para
exercer sua função e atingir seus objetivos, necessita de apoio de uma equipe
multidisciplinar integrada e competente, pois a atuação em equipe é o que
trará melhores resultados ( ALMEIDA, 2006).
20
Ribeiro (2007, p. 11) enfatiza que “a pedagogia empresarial existe,
portanto, para dar suporte tanto em relação à estruturação das mudanças
quanto em relação à ampliação e à aquisição de conhecimento no espaço
organizacional. Neste contexto, a promoção das pessoas em todos os
aspectos do trabalho destaca-se como um elemento fundamental para a
obtenção da sinergia entre equipes. Pessoas com habilidades e competências
distintas formam equipes de alto desempenho quando lhes é dada autonomia
para alcançar metas bem definidas.
Além da empresa, o hospital também é um ambiente não escolar no
qual o pedagogo pode atuar. Este ambiente é denominado pelo MEC
(Ministério da Educação e Cultura) como Classe Hospitalar, sem “ um
ambiente que possibilita o atendimento educacional a crianças e jovens
internados, que necessitam de educação especializada durante a
hospitalização”. (ROCHA & PASSEGGI, 2010, p.2).
De acordo com Zardo & Freitas (2007, p.4):
A conexão entre o pedagógico e o ambiente hospitalar pode surtir atitudes positivas que auxiliam a criança em relação ao tratamento, à aprendizagem, às relações interpessoais, fornecendo encorajamento para enfrentar a hospitalização.
Fontes (2005), explica que a atuação do pedagogo em ambiente
hospitalar é necessária, uma vez que contribui para diminuir o fracasso escolar
e os elevados índices de evasão e repetência que acometem crianças e jovens
que vivenciam período de internamento hospitalar.
Para Fontes (2005, p. 5) o papel do pedagogo no hospital “é propiciar
à criança o conhecimento e a compreensão daquele espaço, ressignificando
não somente a ele, como à própria criança, sua doença e suas relações nessa
nova situação de vida”.
21
No ambiente hospitalar o pedagogo é um mediador entre a criança e
o ambiente,visando ajudar a superar seus medos, anseios, angústias,
necessidades e limitações (ROCHA & PASSEGGI, 2010, p.2).
22
CAPITULO II
ADMINISTRAÇÃO NO PROCESSO DE
GESTÃO DE PESSOAS
2.1. A nova concepção de gestão de pessoas
No limiar do terceiro milênio o modelo de gestão de recursos humanos
evidencia a necessidade de valorização das pessoas para sobreviver em
espaços competitivos gerados pela globalização e pelo neoliberalismo. Para
Chiavenato (1999, p.40)
Na Era da Informação - em que já estamos aprendendo a viver - as mudanças que ocorrem nas empresas não são somente estruturais, são, sobretudo, mudanças culturais e comportamentais, transformando o papel das pessoas que delas participam.
Neste sentido é importante que as empresas, na atualidade, a fim de
obterem sucesso, desenvolvam novas posturas em relação à administração
dos recursos humanos. Dito em outras palavras, a administração de recursos
humanos está se diferenciando do antigo contexto industrial clássico, no qual
ela foi gerada, pois atualmente as pessoas dentro das organizações não são
mais vistas como um recurso a ser administrado.
Conforme Chiavenato (1999, p.40) na Era da Informação “a ARH está
deixando de ser a área voltada para trás, para o passado e para a tradição, e
algumas poucas vezes para o presente, para constituir-se em área aprumada
para frente, para o futuro e para o destino da empresa”.
Em outras épocas as relações humanas dentro das organizações eram
tratadas de outra maneira. A Teoria Clássica da Administração que foi
23
formulada no final do século XVIII e início do século XIX9 dá ênfase na
estrutura organizacional, pela visão do Homem Econômico e pela busca da
máxima eficiência.
Ainda neste contexto, a Administração Científica ou Taylorismo, se
embasava no treinamento dos trabalhadores a fim de fazê-los produzir mais e
com melhor qualidade. Preocupava-se com a diminuição do desperdício
operacional, desse modo introduziu o controle com o objetivo de estabelecer
uma seqüência e um tempo pré-programado para a execução das atividades.
O Fordismo10, por sua vez, é um método de produção caracterizado
pela produção em série, sendo um aperfeiçoamento do taylorismo. Segundo
Perez (2005):
O fordismo método de racionalização da produção em massa, teve início na indústria automobilística Ford, nos Estados Unidos, onde as esteiras rolantes levavam o chassi do carro e as demais peças a percorrerem a fábrica enquanto os operários distribuídos lateralmente, iam montando os veículos.
O toyotismo é um modo de organização da produção capitalista que é
caracterizado por quatro aspectos:1)mecanização flexível 2)processo de
multifuncionalização de sua mão-de-obra 3)Implantação de sistemas de
controle de qualidade total e 4)Sistema just in time que se caracteriza pela
minimização dos estoques com um planejamento de produção. Segundo Braga
(2005)
Nele os trabalhadores tornam-se especialistas multifuncionais. Ele elevou a produtividade das companhias automobilísticas japonesas e passou a ser considerado um modelo adaptado ao sistema produtivo flexível. Dentre as suas características temos: a existência de um relacionamento cooperativo entre os gerentes e os trabalhadores, ou seja, uma hierarquia administrativa horizontal; controle rígido de qualidade; e “desintegração vertical da produção em uma rede de
9 Henri Fayol (1841 - 1925). 10 O Fordismo é uma alusão ao nome do profissional que mais influenciou na criação desse modo de produção, o norte-americano Henry Ford (1863-1947), fundador da empresa que leva seu nome.
24
empresas, processo que substitui a integração vertical de departamentos dentro da mesma estrutura empresarial”.
Devido ao desenvolvimento tecnológico da atualidade, tem crescido
dia-a-dia os desafios das empresas. Dessa forma a administração
organizacional também passou por mudanças.
Acerca do impacto que as mudanças estão causando nas
organizações Bergamini (1980, p. 18) assevera-nos que:
Buscando transformar estes desafios em oportunidades, as organizações têm-se visto impelidas por um processo de mudança, não somente no tocante ao seu produto final, como também na busca de novas diretrizes em suas políticas financeira e mercadológica.
Diante deste cenário de mudanças, as organizações estão buscando
em sua área de recursos de humanos novas perspectivas obter maior
conhecimento do comportamento das pessoas em situação de trabalho.
Dessa forma, neste novo contexto estrutural e cultural, nos quais se
encontram as empresas, os gerentes e administradores passam a assumir
novas responsabilidades. De acordo com Chiavenato (1999, p. 40) além de
aprender novas habilidades conceituais e técnicas, estes profissionais também
deverão desenvolver habilidades humanas para lidar com suas equipes de
trabalho. Em outras palavras as empresas devem obter um saber prático para
lidar de maneira mais eficaz com os desafios que sempre acompanham a
mudança.
Neste sentido, as empresas precisam ajudar as pessoas a lidar com a
turbulência emocional que vêm com as mudanças; bem como considerar
mudanças como uma oportunidade para experimentação e para crescimento
pessoal e profissional. Isto significa ir além do aprimoramento técnico. Significa
ir a busca do desenvolvimento da competência pessoal e interpessoal.
25
Acerca disto Kanaane (1995, p. 33) afirma que:
Ao adotar tal postura, a organização estará visando ao melhor relacionamento entre os membros que a compõem, com o intuito primordial de melhorar a qualidade de vida no trabalho com conseqüentes reflexos na vida social do indivíduo (lazer, família, amigos, etc)
Dessa forma, a postura a ser adotada para que ocorra o
desenvolvimento organizacional, que levará à conquista do sucesso no cenário
de turbulências será incorporação da premissa de que as pessoas constituem
o elemento fundamental da empresa, sendo responsáveis pela inteligência do
negócio, bem como pela racionalidade nas decisões.
Hoje a Gestão de Pessoas trata as pessoas não mais como recursos
organizacionais, mas sim como parceiros e colaboradores ( CHIAVENATO ,
1999).
Para Bergamini (1980, p.18-19) “a humanização das organizações afigura-se
como objetivo cujas pretensões vão além das corriqueiras atividades-maio das
funções administrativas de recursos humanos”.
Na atualidade existe um grande desafio para os profissionais que
atuam na área de recursos humanos11, pois se vive num contexto de rápidas
transformações. No novo paradigma de gestão o desenvolvimento profissional
ganhou mais importância, trazendo à tona a emergência do trabalhador ser
tratado como indivíduo, como sujeito que ele é.
Almeida (2006, p.7), afirma que dentro deste novo paradigma de
gestão de pessoas “o Pedagogo Empresarial tem o domínio de
conhecimentos, técnicas e práticas que, somadas à experiência dos
profissionais de outras áreas, constituem instrumentos importantes para a
atuação na gestão de pessoas”.
11 Para Boog ( 1994) o nome mais adequado é Talentos Humanos, Pessoas ou Potencial Humano.
26
Outra tendência da nova gestão de pessoas é o novo construto que
subjaz processo de aprendizagem como fator relevante para o
desenvolvimento profissional e autônomo, embasado em experiências
anteriores que podem levar á reflexão sobre suas próprias ações presentes.
Nesta perspectiva o treinamento deixa de ser um conjunto de
treinamentos que propicia à pessoa o conhecimento sobre o que executa e
passa a ser a treinabilidade, que é a absorção da aprendizagem tendo em
vista conseqüências futuras. (BOOG, 1994). Para Chiavenato (1999, p.295):
Modernamente o treinamento é considerado um meio de desenvolver competências nas pessoas para que elas se tornem mais produtivas, criativas, inovadoras, a fim de contribuir melhor para os objetivos organizacionais, e cada vez, mais valiosos.
Diante das mudanças, novos paradigmas surgem e trazem com eles
novos desafios no campo empresarial. Conforme Malvezzi apud Boog (1994,
p.15) outra tendência constatada no escopo profissional é o reconhecimento
de que a aprendizagem não é um fator relacionado apenas às condições
interna dos indivíduos, mas igualmente dependente de fatores externos. A
integração destas duas ordens de fatores caracteriza a treinabilidade.
Bosa & Ribas (2008 , p.8) explicam que:
Para o desempenho global das organizações, o setor de recursos humanos junto com a pedagogia empresarial está chamado a responder, de forma mais efetiva em termos de contribuição, para o desenvolvimento de projetos e programas de treinamento e desenvolvimento de pessoas, permitindo assim, o aumento da produtividade tanto em nível pessoal quanto organizacional
Neste contexto nasce uma nova configuração sobre as funções da
área de RH e que também existe uma nova concepção de trabalho, na qual o
pedagogo empresarial ganha cada vez mais destaque. O trabalho pode ser
27
definido como um conjunto de condições materiais, sociais e culturais,
podendo atingir ou não as necessidades do trabalhador. Kanaane (1995, p.25)
ressalta que
Sob o paradigma de uma visão global-holística que desponta gradativamente, o trabalho dispõe de profunda dimensão que extrapola os limites sóciopolíticos, caracterizando uma relação mais humanizada entre as partes que o compõem. Esta concepção enseja uma proposta que apregoa elementos integrativos da tríade: homem, natureza e sociedade, incorporando os seguintes níveis: mente/corpo, cultura/vida e pragmática e vida instantânea.
Do exposto tem-se que é preciso que as organizações12 adotem novas
concepções sobre o trabalho para que possam delinear novas perspectivas.
Para Kanaane (2005) o entendimento do trabalho como uma forma de
realização do homem é também uma forma de apreender o sentido real que o
trabalho enseja.
12 Sistemas socialmente estabelecidos pelo conjunto de valores expressos pelos indivíduos que dela fazem, parte, sendo assimilados e transmitidos sucessivamente pelos mesmos. (KANAANE, 1995)
28
CAPÍTULO III
O OLHAR DA GESTÃO DE PESSOAS E
A AÇÃO PEDAGÓGICA
Hoje no mundo dos negócios, funcionários são vistos como pessoas
e não como meros recursos organizacionais. Sabe-se que a gestão de
pessoas é uma das áreas que mais tem sofrido mudanças nas ultimas
décadas, e que ela é responsável pelo acesso rápido à mudanças que
influenciam no sucesso financeiro das organizações na atualidade.13
O desafio de aprender a lidar com pessoas para alcançar sucesso faz
parte da nova concepção de Gestão de Pessoas nas organizações. Esta nova
concepção formula-se a partir da idéia de que o sucesso de uma organização
depende cada vez mais do conhecimento, habilidades, criatividade e
motivação de sua força de trabalho.
O sucesso das pessoas, por sua vez, depende cada vez mais de
oportunidades para aprender e de um ambiente favorável ao pleno
desenvolvimento de suas potencialidades.
Pessoas com habilidades e competências distintas formam equipes
de alto desempenho quando lhes é dada autonomia para alcançar metas bem
definidas. Na Era da Informação14 o recurso organizacional mais imprescindível
são as pessoas.
Assim, é importante que os desejos e necessidades das pessoas da
organização sejam corretamente identificados e utilizados na definição das
estratégias, dos planos e das práticas de gestão organizacionais.
13 As organizações dependem das pessoas para proporcionar-lhes o necessário planejamento e organização, para dirigi-las e controlá-las e para fazê-las operar e funcionar (CHIAVENATO, 1997).
29
Na perspectiva de Chiavenato (1999, p.4):
O Contexto da Gestão de Pessoas é formado por pessoas e organizações. As pessoas passam boa parte de suas vidas trabalhando, dentro das organizações, e estas dependem daquelas para poder funcionar e alcançar sucesso.
Como a Gestão de Pessoas implica o reconhecimento dos interesses e
valores tanto da instituição quanto do grupo, torna-se imprescindível que as
organizações criem estratégias didático-pedagógicas, a fim de promoverem o
desenvolvimento contínuo da qualidade.
Assim sendo as empresas devem incorporar uma nova base conceitual
para se constituir parte integrante da sua tarefa de formação. Esta nova base
conceitual é o aprender.De acordo com Ribeiro ( 2003, p.29):
Esta postura vem acompanhada de uma pedagogização das ações de gestão organizacional: as determinações diretivas precisam estimular e desenvolver mais a capacidade de auto-organização e desenvolvimento de seus empregados precisa motivar, admitir e coordenar a em todos os eus setores, precisa ultrapassar a idéia de que pode apenas confiar no trabalho independentemente das ações de formação e de aperfeiçoamento.
Sabendo que as pessoas e as organizações vivem numa contínua
relação, para cumprir sua missão as organizações devem incluir no processo
de qualificação profissional de elevar o potencial e aprendizagem das pessoas
no ambiente de trabalho.
Na perspectiva desta concepção orientada para o desenvolvimento da
aprendizagem, tem-se a concepção da multidisciplinariedade dentro da
organização.
14 Teve início nos anos 90 e é a época que estamos vivendo atualmente (CHIAVENATO, 1997).
30
Costa ( 2004) assevera-nos que os processos de gestão das empresas são,
por essência, multidisciplinares, congregando diversos grupos de
especialidades com foco em objetivos únicos.
Na multidisciplinariedade ocorre a conciliação da visão de diferentes
áreas de conhecimento, como Administração, Psicologia e a Pedagogia. Ela
converge para o trabalho em equipe e se constitui numa exigência da gestão
moderna de pessoas,
Tendo as pessoas como verdadeiro núcleo potencializador da estrutura
empresarial e da máquina organizacional a multidisciplinariedade pode
aumentar a eficiência e eficácia por parte dos funcionários. Na equipe
multidisciplinar, de acordo com Almeida (2006, p. 6) a pedagogia empresarial
envolve: consultoria empresarial, educação continuada, ensino a distância,
gestão de pessoas e treinamento empresarial.
Como a educação assume papel fundamental para a gestão de
pessoas, com o objetivo de reestruturar os processos de qualificação
profissional no interior das organizações, a Pedagogia Empresarial precisa
estar relacionada à atuação de outros profissionais no ambiente em que atua.
Em relação ao pedagogo empresarial Almeida (2006, p.6) assinala que:
A atuação desse novo profissional precisa ocorrer de forma relacionada e cooperativa com a dos outros profissionais da gestão. Assim será possível elaborar e consolidar planos, projetos e ações que visem colaborar para a melhoria da atuação dos funcionários, bem como para melhorar o desempenho da empresa.
Dito isto, é importante ressaltar que o pedagogo empresarial, para
exercer sua função e atingir seus objetivos, necessita de apoio de uma equipe
multidisciplinar integrada e competente, pois a atuação em equipe é o que
trará melhores resultados. ( ALMEIDA, 2006).
31
Neste contexto, a promoção das pessoas em todos os aspectos do
trabalho destaca-se como um elemento fundamental para a obtenção da
sinergia entre equipes. Pessoas com habilidades e competências distintas
formam equipes de alto desempenho quando lhes é dada autonomia para
alcançar metas bem definidas.
3.1 O papel do administrador
Na era da informação, a capacidade de obter resultados por meio das
pessoas torna-se prioritária, pois o conhecimento está na mente das pessoas e
a capacidade do administrador para saber transformar conhecimento em
resultados requer grande habilidade, além dos conhecimentos de
administração.
Na empresa papel básico e o perfil do administrador é a obtenção de
resultados por meio de pessoas. A essência de sua atuação é a obtenção de
resultados por meio de terceiros, do desempenho da equipe que ele
supervisiona e coordena. Dessa forma o administrador deve ter condições de
liderar os membros da sua equipe e de tomar decisões em nome desta equipe.
Conforme Lima (2002)
O administrador precisa conhecer seu ambiente de trabalho, seu mercado e seus clientes, criando comportamentos alternativos. Essa visão das transformações e movimentos no meio ambiente é que poderá nortear as decisões estratégicas na empresa, e a habilidade para lidar com a tecnologia - e seus efeitos colaterais - é crucial para o sucesso empresarial.
Outra improtante habilidade do administrador é saber tomar decisões,
pois não existe decisão perfeita e ele terá que pesar as vantagens e
desvantagens de cada alternativa para escolher a melhor. Cabe a eleem toda
32
ação e decisão, colocar, em primeiro lugar, o desempenho econômico,
produzindo bens e serviços desejados pelo consumidor, com qualidade e por
um preço que ele esteja disposto a pagar.
Cumpre ao administrador seja um generalista e, em cima dessa base,
deve construir alguma especialização. Entretanto, a grande maioria das
empresas não prepara generalista, mas os especialistas que lhes interessam
em seus quadros. A base geral, sobre a qual o administrador vai construir sua
especialidade, deve ser uma preocupação permanente de cada um.
Um bom administrador deve ter uma grande experiência de vida. O
mais importante é procurar fazer de cada dificuldade, de cada fato vivenciado,
de cada situação, uma lição de vida, procurando analisar por que as coisas
aconteceram de uma forma e não de outra, por que determinadas decisões
foram tomadas, por que as pessoas agiram assim, o que estava por trás do
que se via na aparência, o que se desejava de fato e quais eram os interesses
reais dos que tomaram as decisões.
Para Lima (2002):
O perfil do administrador de hoje, é o de um eterno aprendiz, capaz de levar o seu aprendizado para o ambiente das organizações. Além disso, o aprendizado pode se tornar um instrumento capaz de guiar todas as suas ações, tornando-se uma verdadeira filosofia de vida.
O administrador é responsável pelo planejamento e funcionamento de
uma empresa, seja ela pública ou privada. É competência dele criar ou
disponibilizar os meios para que a eficiência de cada etapa do processo
administrativo seja alcançada com sucesso. Da mesma forma, estuda a melhor
utilização da mão-de-obra para aumentar a produtividade, define programas e
métodos de trabalho, avalia resultados, corrige distorções e replaneja os
serviços administrativos.
33
É também competência do administrador atuar na seleção e admissão
de pessoal e nas relações entre a empresa e os funcionários. Da mesma
forma, é de responsabilidade dele a gestão eficaz dos recursos financeiros da
empresa. Finalmente, um outro campo.
Da mesma forma, é de responsabilidade dele a gestão eficaz dos
recursos financeiros da empresa. Finalmente, um outro campo ou área que,
necessitada da atuação permanente do administrador, está relacionada com o
esforço mercadológico, ou como é mais conhecida, a área de marketing, cujo
objetivo final é colocar no mercado os produtos ou serviços da empresa, bem
como manter a imagem da empresa com o mais elevado grau de
aceitabilidade junto a este mesmo mercado.
Na perspectiva de Ghiraldelli Jr ( 2007):
O administrador é aquele que organiza o presente para que o futuro seja igual ao presente. Muitos dizem que o bom administrador, aquele que vai trazer felicidade à empresa ou à sociedade é o que tem “visão”. Ter visão não é saber enxergar. É saber ver além dos outros. É ver o futuro. Não para torná-lo real, mas para con-torná-lo.
A humanidade está inserida na era da informação. O grande volume
de informações existentes contribui para tornar o conhecimento uma 'arma' a
disposição das pessoas e das empresas para vencer a competitividade. A
comunicação passou a ser valorizada, pois é o meio pelo qual se disseminam
as informações, agregando valor aos indivíduos que conseguem transformar
essas informações em conhecimentos.
Há a necessidade de uma grande habilidade de relacionamento
interpessoal, em aspectos como linguagem, comportamento, vivência
multicultural e habilidade para negociação. O administrador precisa conhecer
seu ambiente de trabalho, seu mercado e seus clientes, criando
comportamentos alternativos.
34
Essa visão das transformações e movimentos no meio ambiente é que
poderá nortear as decisões estratégicas na empresa, e a habilidade para lidar
com a tecnologia - e seus efeitos colaterais - é crucial para o sucesso
empresarial.
Para Weiblen (2007)
O perfil dos administradores desse novo milênio, pois, é de: rígidos limites éticos, de um envolvimento cada vez maior em trabalhos em equipe, de constante atualização e aperfeiçoamento, planejamento estratégico, responsabilidade social e ambiental. Tudo isso, para a sobrevivência em um mundo cada vez mais globalizado e, portanto, sempre suscetível a turbulências econômicas que afetam o rumo das mais diversas empresas e países.
Todos os aspectos levantados neste trabalho demonstram que o perfil
do administrador de hoje, é o de um eterno aprendiz, capaz de levar o seu
aprendizado para o ambiente das organizações.
Além disso, o aprendizado pode se tornar um instrumento capaz de
guiar todas as suas ações, tornando-se uma verdadeira filosofia de vida. As
empresas modernas devem se tornar gestoras de conhecimentos para ajudá-
las a se transformar continuamente e sobreviver às mudanças tão rápidas que
vêm ocorrendo no ambiente empresarial.
Para isso, é necessária a mudança do perfil do administrador, que,
além de uma formação técnico-científica, deve ter uma formação humanística,
interdisciplinar e sistêmica, levando a aprendizagem para todos os níveis
organizacionais, através de novas Tecnologias de Informação, introduzindo,
portanto uma nova concepção de administração nas organizações.
35
3.2 O papel do psicólogo
A administração de recursos humanos na atualidade tem recebido a
atenção das empresas, motivadas pela obtenção de seu sucesso no mundo
dos negócios. A tarefa de desenvolver as pessoas no ambiente de trabalho
tem sido a incumbência do psicólogo.
O trabalho do psicólogo dentro da empresa objetiva desenvolver
atividades que supram as necessidades das organizações e as auxiliem a
tornarem-se competitivas e a sobreviverem nesse mercado globalizado,
contextualizando o ambiente onde se desenvolve o trabalho. O trabalho do
psicólogo tem sido apontado como o ponto chave alcançar níveis excelentes
de qualidade por toda a organização. Sua atuação tem valor essencial e
estratégico para o desenvolvimento dos indivíduos. Neste sentido sua
importância se fundamenta no comportamento humano, pois para viver em
sociedade o homem precisa aprender agir de diferentes formas, ou seja, de
acordo com as circunstâncias. Para Carvalho (1981, p.19)
O comportamento humano, em sua acepção mais ampla, abrande todas as reações do indivíduo, quer estas se exteriorizem em gestos, palavras ou atos, quer ocorram apenas no interior do próprio ser, constituindo suas tendências, desejos, interesses, emoções, sentimentos, paixões, idéias.
Para desenvolver o indivíduo o psicólogo deve saber se relacionar e se
comunicar; ser paciente e flexível, ao se deparar com pessoas tão diferentes
umas das outras; ser ético ao lidar com as inúmeras informações que
recebem; ter habilidade para negociar e convencer as pessoas; ser humilde ao
mostrar a maneira correta de agir e, principalmente, gostar de trabalhar com
seres humanos. Dessa forma pode contribuir sucesso na Gestão de Pessoas,
no que se refere ao acompanhamento, orientação nas dificuldades surgidas;
36
apontando as falhas no processo e sugerindo melhorias.
Conforme Martín - Baró (1996)
Na medida em que a psicologia tome como seu objetivo específico os processos da consciência humana, deverá atender ao saber das pessoas sobre si mesmo enquanto indivíduos e enquanto membros de uma coletividade. O saber mais importante do ponto de vista psicológico não é o conhecimento explícito e formalizado, mas esse saber inserido na práxis quotidiana, na maioria das vezes implícito, estruturalmente inconsciente, e ideologicamente naturalizado, enquanto adequado ou não às realidades objetivas, enquanto humaniza ou não às pessoas, e enquanto permite ou impede os grupos e povos de manter o controle de sua própria existência
Na perspectiva de Dutra (2005) o papel do psicólogo é o de facilitador
da gestão das mudanças, pelas quais a organização tem e terá sempre de
passar, bem como do relacionamento interpessoal, buscando mediar os
conflitos e levar as pessoas a perceberem que podem encontrar soluções
condensadas de ganho-ganha.
A autora também ressalta que o papel de facilitador cabe para o
desenvolvimento pessoal e profissional, identificando, estimulando,
direcionando, criando possibilidades para que as pessoas percebam em que
aspectos podem melhorar. Poderá também integrar, ajudando e preparando as
lideranças para saberem lidar com as pessoas.
Poderá facilitar a satisfação pessoal, procurando através de pesquisas
de clima e intervenções compatíveis, contribuir para que a organização seja
um ambiente propicio à satisfação das necessidades individuais, procurando
colocar as pessoas em atividades que correspondam ao seu perfil e às suas
expectativas, com o objetivo de promover o ajustamento/integração do
indivíduo a cultura organizacional.
37
Wandicke (2009) salienta que o psicólogo deve compreender o ser
humano, ser social, que interage constantemente com o meio. Outro fator
relevante é que é necessário que o psicólogo tenha consciência de que ele é
um trabalhador. Segundo Porras (2001)
Esta é a missão dos psicólogos, os quais trabalharão em organizações cada vez mais complexas durante o próximo milênio, serão líderes e peças fundamentais para potenciar determinados elementos, fazendo do trabalho organizacional uma forma de vida e compreendendo totalmente a missão, visão e cultura da empresa, tendo como resultado técnicas de organização forjadas à medida desta cultura e sua posterior eficiência e eficácia no desenvolvimento dos RH.
Para Zanelli (2002) as atividades do psicólogo organizacional são: a)
realizar diagnóstico e proposições sobre problemas organizacionais ligados aos
recursos humanos; b) promover treinamento e desenvolvimento de pessoal; c)
realizar projetos de avaliação de desempenho; d) implantar política de estágios
na empresa; e) desenvolver, em equipe multiprofissional, a política de saúde
ocupacional; f) desenvolver ações de assistência psicossocial que facilitem a
integração do trabalhador; g) promover vagas existentes na organização; h)
efetuar movimentação interna de pessoal e i) implantar e atualizar plano de
cargos e salários.
O papel do psicólogo organizacional é atuar para a melhoria da
qualidade de vida no ambiente de trabalho, pois “à medida que o indivíduo está
inserido no contexto organizacional, está sujeito a diferentes variáveis que
afetam diretamente o seu trabalho e sua saúde” (BASTOS, 2007).
Nesta direção Pires (2010, p.98) afirma que:
O psicólogo organizacional e do trabalho como ator inserido neste novo contexto, também um trabalhador vulnerável às consequências advindas deste cenário, ao mesmo tempo em que tem que se colocar como um agente a contribuir tanto com trabalhadores quanto com a organização num processo de intensas transformações.
38
É importante ressaltar que o psicólogo que atua nas organizações está
envolvido no âmbito grupal, organizacional, contextual e ambiental (PIRES,
2010).
Desta forma irá atuar em prol da promoção da qualidade de vida dentro
das organizações. Como profissional de RH, o psicólogo deve se envolver com
o negócio da empresa, conhecer o mercado no qual ela está inserida, entender
também do negócio das áreas clientes para melhor atender as demandas
internas e saber compreender linguagem dos executivos.
3.3 O pedagogo e sua finalidade no trabalho da empresas
Devido ao processo de reestruturação produtiva que vem ocorrendo no
cenário internacional e nacional, as empresas buscam cada vez mais
estratégias eficazes, a fim de promover avanços nos processos produtivos e
manter sua competitividade.
Para promover tal avanço as empresas passaram a incorporar um
novo paradigma em seu universo produtivo que é a preparação das pessoas
dentro do ambiente de trabalho. Neste contexto surgiu a necessidade de
formação e preparação dos recursos humanos, pois para aprimorar seus
processos produtivos as organizações passaram a valorizar o capital humano.
A necessidade de valorização do ser humano no ambiente de trabalho
trouxe em cena a atuação do Pedagogo Empresarial, que tem como
preocupação central em seu campo de trabalho o desenvolvimento de pessoas
no contexto na qual desenvolvem seu trabalho. Para Ribeiro (2007, p. 11)
pedagogia empresarial “tem como finalidade principal provocar mudanças no
comportamento das pessoas de modo que estas melhorem tanto a qualidade
do seu desempenho profissional quanto pessoal”.
Na visão de ribeiro (2007, p. 11):
39
A pedagogia empresarial se ocupa basicamente com os conhecimentos, as competência, as habilidades e as atitudes diagnosticados como indispensáveis/ necessários à melhoria da produtividade. Para tal, implanta programa de qualificação/ requalificação profissional, produz e difunde o conhecimento, estrutura o setor de treinamento, desenvolve programas de levantamentos de necessidade de treinamento, desenvolve e adapta metodologia da informação e da comunicação às praticas de treinamento.
Cabe salientar que o Pedagogo Empresarial encontra o desafio de
propiciar a educação integral no ambiente em que atua isto porque se depara
no cotidiano com pessoas que para desenvolver seu trabalho possuem uma
formação profissional limitada e unilateral. Silva et al (2008, p.3) relatam que:
O pedagogo atualmente desenvolve e coordena projetos educacionais para o treinamento de funcionários e para a divulgação de produtos; elabora programas de avaliação; atua como conselheiro de carreira; analisa e orienta a metodologia para o aprendizado de cada funcionário; pesquisa e seleciona cursos e projetos a serem adotados pela empresa; orienta funcionários nos cursos via internet e trabalha a cultura empresarial (valores e objetivos) com os funcionários ou até mesmo sendo consultores de uma instituição.
Percebe-se que o Pedagogo Empresarial participa desse processo
educativo para o processo de aprendizagem profissional continuada pelos
centros de formação e treinamento.Com isso, a empresa valoriza mais o bem-
estar de seus empregados, deixando unicamente a se preocupar com lucro,
produtividade e redução de custos. A partir dessa nova visão, as instituições
proporcionam melhores salários, benefícios, ambiente confortável, lazer e
segurança aos seus funcionários.
Dessa forma, na perspectiva de Holtz (p.18) o “Pedagogo Empresarial,
enfrenta na empresa o desafio de contrabalançar os efeitos desiquilibradores
da especialização profissional, limitante e muitas vezes castradora”. Como as
pessoas são o núcleo potencializador da estrutura organizacional, a
responsabilidade de gerenciar pessoas mantém estreita relação com a
40
atividade do Pedagogo Empresarial, uma vez que seu compromisso é com o
patrimônio intelectual, ou seja, verdadeiramente com o homem. Conforme
Almeida (2006, p.51)
O Pedagogo Empresarial neste contexto auxilia na identificação dos elementos comunicacionais necessários à implantação de processos que sejam fáceis de gerir, fazendo os Processos Inovadores serem exeqüíveis do ponto de vista funcional ou pode-se ter um processo que seja inovador trazendo, por exemplo, redução do custo de produção, mas cujo custo de implantação será tão alto que o tornará inviável.
No ambiente empresarial o desenvolvimento profissional ocorre
embasado no processo ensino-aprendizagem. Por esta razão, o ambiente de
trabalho exige a formulação de treinamentos, dinâmicas e técnicas que
promovam a aprendizagem dos colaboradores. Neste foco Almeida (2006,
p.52) ressalta que:
O papel do pedagogo empresarial aqui é apoiar o gestor no desenvolvimento e aplicação da melhores práticas relativas ao desenvolvimento da aprendizagem para funcionários, principalmente no que se refere aos investimentos (e no direcionamento) para treinamentos, dinâmicas e avaliações que façam diferença na produtividade pessoal e na qualidade de vida no ambiente corporativo.
A relevância do papel do Pedagogo nas empresas pode melhor ser
compreendido na perspectiva de O`Donnel (2006) que afirma que a condição
primordial para a sustentabilidade da vida no planeta é a mudança de visão
que o homem tem que ter sobre si mesmo. Ao empreitar o desafio de
promover a educação integral dentro da empresa, o pedagogo se põe em
busca de um ideal maior que é a mudança de paradigmas. Segundo O`Donnel
(2006, p.28):
O mundo atual das organizações e negócios também está sendo dirigido por esse novo conjunto de expectativas. Por um lado, certas tendências são obviamente o resultado direto da
41
globalização econômica e cultural. Por outro lado,uma aprendizagem organizacional e de desenvolvimento de recursos humanos à altura dos desafios se torna inadiável não apenas para o sucesso das empresas como também para a sustentabilidade do planeta.
Neste sentido tanto as Empresas como a Pedagogia têm os mesmos
ideais, pois agem em direção à realização da mudança organizacional. Para
que esta mudança ocorra é necessário que haja um processo educativo no
ambiente de trabalho. Na perspectiva de Chiavenato (1999, p. 320) a mudança
constitui uma aspecto da criatividade e inovação nas organizações. A mudança
está em toda a parte: nas organizações, tecnologia, pessoas, serviços. Sendo
assim ela representa a principal característica dos tempos modernos.
Ao se falar em Pedagogia logo associa-se à escola, entretanto esta
visão precisa e deve ser mudada , pois frente às exigências do novo cenário
mundial , as organizações necessitam desenvolver as pessoas no ambiente de
trabalho.A pedagogia como ciência da educação se apresenta como a mais
adequada quando se trata de desenvolver seus colaboradores como seres
humanos. A necessidade de desenvolvimento humano exige o aprendizado
permanente, a capacitação, a criatividade, motivação,etc..É justamente
necessidade de preparação e qualificação de pessoas que tem justificado a
presença do pedagogo na empresa .
Na perspectiva de Bosa & Ribas (2008, p.7):
Entende-se que o papel do Pedagogo Empresarial é implantar programas de qualificação profissional, produzir e divulgar conhecimentos, estruturar o setor de treinamento, levantar as necessidades de formação continuada, identificar as deficiências no âmbito organizacional e desenvolver programas adequados para o desenvolvimento de pessoas. Para atuar nesse contexto, o pedagogo necessita ter como ponto principal a filosofia e a política de recursos humanos adotados pela organização
Devido às mudanças e transformações que as competências
profissionais exigem, as empresas estão repensando as suas situações de
42
aprendizagem. Essas competências tornaram-se um fator crucial e
diferenciador para o sucesso da empresa. A aprendizagem dentro das
organizações é decisiva para manter sua competitividade, pois ela exige a
preparação e atualização dos colaboradores. Conforme Chiavenato (1999,
p.296):
A aprendizagem significa mudança no comportamento da pessoa através da incorporação e novos hábitos, atitudes, conhecimentos, e destrezas. Fala-se muito em aprendizagem organizacional para se referir a uma cultura de aprimoramento das pessoas que predomina nas organizações bem sucedidas.
Estas mudanças de comportamento no ambiente de trabalho é
conseguida através do treinamento15, pois com ele as pessoas podem
assimilar informações, aprender habilidades, desenvolver atitudes e
comportamentos diferentes e desenvolver conceitos abstratos.
O pedagogo é o profissional da educação, que, por ter uma formação
humanista bastante solidificada, tem condições de trabalhar com o ser humano
em diversas situações, inclusive na área empresarial. Ele possui uma formação
polivalente, especialmente no que se refere aos conhecimentos didáticos e
metodológicos, tão necessários no processo de ensino, tão requisitado em
qualquer ambiente.
Para Almeida (2006, p. 130): A atuação do profissional de pedagogia nas organizações será importante e positiva na medida em que elas não estejam visualizando apenas a manutenção de políticas de RH clientelistas, mas sim estejam preocupadas com o desenvolvimento humano de forma efetiva voltadas para a potencialização da inteligência de cada um individualmente e da organização como um todo.
15 O treinamento é um processo cíclico e contínuo que vai além da simples transmissão de informação (CHIAVENATO, 1999).
43
Na visão do pedagogo processo de ensino-aprendizagem vai além da
transmissão ou construção do conhecimento, pois se caracteriza também pelo
desenvolvimento das habilidades que o ser humano possui. No âmbito
empresarial a tarefa do Pedagogo Empresarial consiste em ser o mediador e o
articulador de ações educacionais na administração de informações dentro do
processo contínuo de mudanças e de gestão do conhecimento.
Nesta perspectiva o pedagogo empresarial atua na área de Recursos
Humanos com o objetivo de direcionar seus conhecimentos. Seu compromisso
é seleciona e planeja cursos de aperfeiçoamento e capacitação, representa a
empresa em negociações, convenções, simpósio, realiza palestras, aporta
novas tecnologias, pesquisa a utilização e a implantação de novos processos,
avalia desempenho e desenvolve projetos para o treinamento dos funcionários.
Conforme Holtz (2006), as responsabilidades do pedagogo empresarial
são:
Conhecer e encontrar as soluções práticas para as questões que envolvem a otimização da produtividade das pessoas humanas - o objetivo de toda Empresa
Conhecer e trabalhar na direção dos objetivos particulares e sociais da Empresa onde trabalha
3Conduzir com atividades práticas, as pessoas que trabalham na Empresa - dirigentes e funcionários - na direção dos objetivos humanos, bem como os definidos pela Empresa. Promover as condições e atividades práticas necessárias - treinamentos, eventos, reuniões, festas, feiras, exposições, excursões, etc... - , ao desenvolvimento integral das pessoas, influenciando-as positivamente (processo educativo), com o objetivo de otimizar a produtividade pessoal.
Aconselhar, de preferência por escrito, sobre as condutas mais eficazes das chefias para com os funcionários e destes para com as chefias, a fim de favorecer o desenvolvimento da produtividade empresarial Conduzir o relacionamento humano na Empresa, através de ações pedagógicas, que garantam a manutenção do ambiente positivo e agradável, estimulador da produtividade. Fonte: HOLTZ (2006)
44
CONCLUSÃO
Na atualidade são inúmeros os debates acerca do papel da Educação.
Isto tem demonstrado a preocupação da sociedade em possibilitar a formação
do cidadão planetário, num mundo de múltiplas e velozes conexões.Sendo
assim, a educação é a força motriz para o desenvolvimento da sociedade.
Partindo do pressuposto de as práticas educativas não se constroem
de forma isolada, os indivíduos participam constantemente de situações de
ensino-aprendizagem, dentro ou fora da escola. Na atualidade as experiências
de educação não escolar têm sido definidas como educação não formal,
revelando a importância da atuação do pedagogo em diversas esferas sociais.
A partir da análise empreendida neste estudo pode-se observar que a
educação tem papel fundamental para a formação ética e moral do ser
humano.
A educação é que possibilita que o ser humano se torne
verdadeiramente homem, pois ela molda a natureza humana, ela conduz o
indivíduo à autonomia e permite que valores e conhecimentos produzidos
culturalmente de uma geração para outra. A análise dos autores consultados
permitiu verificar que a formação humana resulta de um ato intencional, que
transforma o ser biológico em um novo ser, ou seja, um ser de cultura. Esse
ato denomina-se educação.
Foi verificado que o pedagogo é o profissional da educação, que, por
ter uma formação humanista bastante solidificada, tem condições de trabalhar
com o ser humano em diversas situações, inclusive na área empresarial. Ele
possui uma formação polivalente, especialmente no que se refere aos
conhecimentos didáticos e metodológicos, tão necessários no processo de
ensino, tão requisitado em qualquer ambiente.
45
Constatou-se que na visão do pedagogo o processo de ensino-
aprendizagem vai além da transmissão ou construção do conhecimento, pois
se caracteriza também pelo desenvolvimento das habilidades que o ser
humano possui.
Pode-se concluir que no âmbito empresarial a tarefa do Pedagogo
Empresarial consiste em ser o mediador e o articulador de ações educacionais
na administração de informações dentro do processo contínuo de mudanças e
de gestão do conhecimento.
46
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52
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I - EDUCAÇÃO E PEDAGOGIA 12
1.1. Conceito e finalidade da educação 12
1.2. Pedagogia e seu campo de atuação 15
1.3. Função do pedagogo em espaços não escolares 18
CAPITULO II- ADMINISTRAÇÃO NO PROCESSO DE GESTÃO DE
PESSOAS 22
2.1. A nova concepção de gestão de pessoas 22
CAPÍTULO III- O OLHAR DA GESTÃO DE PESSOAS E A AÇÃO
PEDAGÓGICA 28
3.1 O papel do administrador 31
3.2 O papel do psicólogo 35
3.3 O pedagogo e sua finalidade no trabalho da empresas 38
CONCLUSÃO 44
BIBLIOGRAFIAS 46
WEBGRAFIA 50
ÍNDICE 52
FOLHA DE AVALIAÇÃO 53