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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU
PROJETO A VEZ DO MESTRE
As Novas Tendências aos Investimentos em Sistemas de Irrigação Localizada no Cultivo do Coqueiro Anão (Cocos nucifera L.) no Estado do Rio de Janeiro.
Por: Ivenio Moreira da Silva Orientador: Nilson Guedes de Freitas
Niterói 2004
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU
PROJETO A VEZ DO MESTRE
As Novas Tendências aos Investimentos em Sistemas de Irrigação Localizada no Cultivo do Coqueiro Anão (Cocos nucifera L.) no Estado do Rio de Janeiro.
Apresentação de monografia como pré-requisito para a conclusão do curso de pós-graduação “Lato-Sensu” em Marketing no Mercado Globalizado. Projeto a Vez do Mestre da Universidade Candido Mendes.
Niterói 2004
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AGRADECIMENTOS
A Deus pelo seu cuidado, às pessoas que de alguma forma contribuíram para este passo em favor da agricultura Fluminense, e à Empresa Beltec Tanguá Implementos Agrícolas Ltda, que há quarenta e cinco anos tem se revelado uma grande escola para o aperfeiçoamento de muitos profissionais.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à minha família, que tem sido presente dando-me o apoio para a realização dos meus ideais.
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EPÍGRAFE
“Um objetivo nada mais é do que um sonho com limite de tempo”. Joel L. Griffith
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RESUMO
Cresce a cada dia o número de empresários rurais em busca do aumento da produtividade com a adoção de melhor tecnologia, principalmente o uso da irrigação em suas plantações. Essa é a tecnologia disponível que mais flui positivamente para esse aumento, e para que a irrigação apresente os resultados esperados, são necessários alguns cuidados no momento da aquisição do equipamento. Por se tratar de componentes de alto custo, opta-se muitas vezes, pelo equipamento de valor inferior, ou um equipamento alternativo, que fora desenvolvido para outro tipo de cultivo, resultando em um funcionamento precário, em desperdício de energia, água e mão de obra para a manutenção. O coqueiro anão é uma planta que reflete de forma clara na produção, os problemas ocasionados pelo déficit hídrico. A aplicação da água na agricultura é feita por meio de sistemas de irrigação, que vêm a ser o conjunto de técnicas e equipamentos que promovem a distribuição da água em quantidade e freqüência adequada às plantas cultivadas a fim de garantir seu perfeito desenvolvimento e produção. Para que os sistemas de irrigação sejam fornecidos de maneira eficiente, as empresas precisam estar tecnicamente capacitadas, e conhecerem o potencial da região e de seus clientes. Assim, buscou-se através de uma revisão bibliográfica, apresentar aos fruticultores e às empresas do segmento agrícola do Estado do Rio de Janeiro, os benefícios decorrentes da implantação adequada de um sistema de irrigação no cultivo do coqueiro anão (Cocos nucifera L).
Palavras chave: Produtividade, precipitações pluviométricas, déficit hídrico, cccccccccccccc coqueiro anão, manutenção.
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SUMÁRIO
CAPÍTULO I. PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO COCO ANÃO...... 13
CAPÍTULO II. A IMPORTÂNCIA DA IRRIGAÇÃO PARA A PRODUÇÃO
DO COCO ANÃO.................................................................. 21
CAPÍTULO III. SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO ADOTADOS NO
COQUEIRO............................................................................ 28
CAPÍTULO IV. POSICIONAMENTO DAS EMPRESAS QUE ATUAM NO
SEGMENTO DE IRRIGAÇÃO............................................... 35
CONCLUSÃO ............................................................................................... 44
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INTRODUÇÃO
Para a obtenção de índices satisfatórios na produtividade agrícola, torna-se
necessária a manutenção das condições químicas ideais do solo, o controle de
doenças provocadas principalmente por bactérias e fungos, as praticas
conservacionistas que evitam problemas como a erosão, o controle de pragas, e o
controle das plantas invasoras. E no sincronismo do ciclo de vida da planta, é
importante que sejam otimizadas as trocas de íons solo-planta. Neste processo a
água assume papel vital, como soluto universal, podendo ser aplicada através da
pratica de irrigação, evitando assim a dependência total das chuvas.
A irrigação nem sempre é adotada. Isto pode ser justificado por aspectos
culturais dos produtores, pelo alto investimento na implantação do sistema, pelo
desconhecimento do papel da irrigação no contexto produtivo, e ainda, pela
pequena importância dada a escassez dos recursos hídricos, que tem sido fator
limitante à produção em muitas regiões.
O empresário agrícola começa a busca pelo equipamento de irrigação,
quando sente a sua real necessidade. Nesse momento, procura-se o menor preço,
não se importando com a qualidade, e nem com o serviço de pós-venda a ser
prestado pela empresa que fornecerá o referido sistema, geralmente resultando
em problemas para o produtor, que tem seu equipamento trabalhando de forma
inadequada, e ainda problemas para a empresa fornecedora, que perde seu
principal veículo de divulgação e lucros que é o cliente.
É necessário destacar a importância da pratica de irrigação para a
fruticultura, em especial no cultivo do coqueiro anão, e o posicionamento das
9
empresas agrícolas que hoje atuam neste segmento fornecendo projetos,
equipamentos e serviços.
O uso racional da irrigação contribui para o aumento da produtividade
agrícola, mesmo em regiões onde a precipitação média anual assume índices
satisfatórios, sabendo que fases como o enchimento dos frutos, não podem
coincidirem com períodos de déficit hídrico.
O trabalho buscou apresentar aos fruticultores e às empresas do segmento
agrícola do Estado do Rio de Janeiro, através de uma revisão bibliográfica, os
benefícios decorrentes da implantação adequada de um sistema de irrigação no
cultivo do coqueiro anão.
Assim, no capítulo um foram descritas as características do coqueiro anão,
apresentando as condições climáticas, fitossanitárias e tratos culturais em seu
cultivo, bem como sua comercialização observada nos dados levantados pelo
CEASA, RJ.
Para se entender melhor os resultados do plantio do coqueiro anão num
contexto de maior amplitude, no capítulo dois foram relatados os índices
produtivos da cultura do coco anão com adoção de sistema de irrigação
localizada, fazendo-se um comparativo a um cultivo desprovido de irrigação.
Dando ênfase aos recursos desenvolvidos no cultivo do coqueiro anão, no
capítulo três foram apresentados os principais sistemas de irrigação, para que as
plantas tenham o suprimento de água em quantidades certas e em períodos
programados.
10
Tendo em vista uma postura profissional e ética, por parte das empresas
que atuam na elaboração e vendas de projetos de irrigação, e uma análise do
comportamento do produtor de coco anão, no quarto capítulo foram relatadas
algumas estratégias de marketing a serem adotadas para que o público alvo seja
atendido, e que a aquisição de irrigação seja justificada , resultando na satisfação
dos clientes e ganhos para as empresas desse segmento.
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1. PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO COCO
ANÃO
Ao se ingressar em uma atividade agrícola, é importante que se conheça o
perfil dessa atividade tanto na região a ser implantada, quanto no contexto
mundial e nacional. Desse modo, será possível entender as freqüentes variações
no seu valor, no momento da comercialização, que também sofrerá a influência da
produção proveniente do mercado exterior.
O coqueiro anão é uma cultura com grande potencial agrícola em diversos
estados brasileiros. Devido à adaptação em regiões de clima quente, facilita o
elevado consumo da água de coco, considerada amplamente pelo seu sabor
agradável. Segundo Assis et al.(2000), sua composição química é semelhante à
das bebidas isotônicas usadas por esportistas para reidratação e reposição de
sais.
A variedade anã é caracterizada por apresentar plantas de porte baixo,
contudo estas características podem sofrer variações conforme o local de cultivo,
material genético utilizado, manejo e tratos culturais utilizados na lavoura.
O coqueiro, inicialmente cultivado na faixa litorânea nordestina, tem vencido
desafios e hoje é cultivado nas regiões Norte, Centro - Oeste e Sudeste, inclusive
regiões semi-áridas do Nordeste, aplicando-se a irrigação. No passado, apesar de
sua importância, o coqueiro era explorado de maneira empírica resultando em
baixo rendimento. Atualmente, o extrativismo rústico vem sendo substituído pela
aplicação de tecnologia apropriada tornando-se uma atividade empresarial.
12
Do coqueiro praticamente tudo é aproveitado: raiz, estipe, inflorescência,
folhas, palmito e principalmente o fruto que passando por uma simples
transformação gera diversos subprodutos ou derivados. Da casca do coco são
extraídas fibras de diferentes comprimentos que servem para a fabricação de uma
diversidade riquíssima de artigos como vestuário, tapetes, sacaria, cama de
animais, e outros. As cascas podem ser incorporadas ao solo como adubo
orgânico, fornecendo 3,5 % em K2O ( EMBRAPA, 1983).
1.1. Perspectivas do Coco no mercado internacional
Graças à multiplicidade de usos do óleo de coco para as diversas
indústrias, não deverá faltar mercado para produção, pois sempre haverá, cada
vez mais, compradores interessados nas propriedades químicas derivadas do seu
alto teor de ácido láurico (48%), além de outros ácidos, que são muito valorizados
pelas industrias alimentícias, farmacêuticas, de cosméticos entre outras ( OHLER,
1984). Esta composição química o diferencia dos outros óleos vegetais, à
exceção do óleo de amêndoa de dendê, garantindo-lhe demanda crescente no
mercado mundial.
Dada a crescente preocupação, principalmente nos países mais
desenvolvidos, com a alimentação natural e saudável, a tendência de mercado
para esses produtos é assegurada. Segundo dados da FAO, em 1985, os
maiores exportadores de óleos e gorduras foram: Argentina, Brasil, Canadá,
Indonésia, Malásia, Filipinas e Estados Unidos.
1.2. Perspectivas do Coco no Mercado Nacional
O Brasil, hoje, é o maior produtor de coco anão do mundo, e tem
perspectiva de grande crescimento da produção, com resultado de cultivos que
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ainda estão em início de produção (PORTO, 2001). O coqueiro (Cocos nucifera
L.) é uma planta originária da Ásia que foi introduzida no Brasil em 1553, na Bahia,
alargando-se posteriormente até o Rio de Janeiro.
O coco é a principal cultura perene para recuperação do ecossistema que,
pelo desmatamento em décadas passadas, encontra-se em algumas
microregiões, em franca degradação. A cocoicultura é uma atividade que gera
emprego o ano todo, garantindo ocupação aos grandes contingentes humanos
que migram para as grandes, pequenas e médias cidades localizadas nas regiões
dos tabuleiros costeiros nordestinos.
Nos quadros a seguir estão relacionados alguns municípios produtores de
coco em todo o país.
Quadro 1. Produção em Kg de coco verde no ano de 1999. Est. Município
Jan. Julho
Fevereiro Agosto
Mar. Setembro
Abril Outubro
Maio Novembro
Junho Dezembro
Totais
CE Paraipaba 155.000 131.000
69.000 78.000
177.900 13.000
233.000 0
115.200 0
89.000 14.000
1.075.100
PE Petrolina 325.000 156.000
513.000 81.000
324.000 156.200
213.000 52.000
243.000 63.000
107.000 30.000
2.263.200
BA Juazeiro 230.000 237.000
75.000 337.000
88.000 482.000
146.000 254.000
126.500 284.000
188.000 327.000
2.774.500
ES Vila Valério
66.000 70.320
94.320 141.920
66.000 157.960
80.000 111.440
32.000 104.400
82.960 60.640
1.067.960
RJ Itaguaí 26.300 28.040
12.200 21.860
8.500 28.400
9.660 29.700
22.740 60.000
18.740 115.840
301.900
Fonte: CEASA – RJ – GEREN DITEC/ SECON Quadro 2. Produção em Kg de coco seco no ano de 2000. Est. Município
Jan. Julho
Fevereiro Agosto
Mar. Setembro
Abril Outubro
Maio Novembro
Junho Dezembro
Totais
RN Touros
40.000 104.000
62.000 116.000
108.000 140.000
108.000 44.000
60.000 84.000
96.000 80.000
1.042.000
AL S. M. dos Milagres 29.000 72.000
12.000 48.000
17.000 116.000
26.000 56.000
0 36.000
82.000 46.000
540.000
CE Pinoretama 30.000 54.000
26.000 54.000
12.000 109.000
0 97.500
0 87.500
0 165.000
635.500
Fonte: CEASA – RJ – GEREN DITEC/ SECON
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1.3. Perspectivas do Coco no Mercado Fluminense
Como se pôde observar no quadro 1, o Rio de Janeiro, embora possua
características urbanas, é formado por alguns municípios onde as condições de
clima e solo favorecem ao cultivo do coqueiro anão, como é ocaso do município
de Itaguaí, em que grande parte de seus solos é formado por turfas, que se bem
drenadas oferecem as condições para este cultivo.
O Estado do Rio de Janeiro constitui-se um grande consumidor dos
produtos da fruticultura tropical. Isto também se deve ao fato de Ter um grande
potencial turístico, e pela população dos grades centros estar em constante busca
pelo consumo de alimentos naturais, pois a rotina de vida de grande parte das
pessoas obriga-lhes a consumirem alimentos de rápido preparo, nem sempre
benéficos à saúde.
Como exemplo pode-se observar no quadro 3, o volume de comercialização
de coco no Grande Rio.
Quadro 3. Valores em toneladas da movimentação do coco no Grande Rio nos ano de 2001 e 2002. Produto Abril
2001 Março 2002
Abril 2002
Coco seco 1.134,5
609,4 2.622,5
Coco verde 1.022,0
1.994,2 1.956,3
Fonte: CEASA – RJ – GEREN DITEC/ SECON
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1.4. Canais de Comercialização
A comercialização do coco é realizada pelo produtor durante todo o ano,
diminuindo nos meses chuvosos, pelas dificuldades apresentadas na colheita e no
escoamento da produção.
Praticamente todos produtores são proprietários, e as maiores extensões
de área plantada com coqueiros pertencem aos grandes e médios proprietários.
Os plantios são, geralmente, em moldes racionais, e parte da produção é
negociada diretamente com as industrias locais. Enquanto os pequenos
proprietários caracterizam-se por serem descapitalizados e por dependerem
exclusivamente do intermediário e dos agentes das industrias para
comercializarem sua produção.
O preço é afetado pelos mecanismos de comercialização, pelo grau de
intermediação e pelo número de agentes que participam dos canais de
comercialização.
1.5. Morfologia de Ecofisiologia do Coqueiro
A seguir serão apresentados alguns aspectos morfológicos do coqueiro
anão, para que se conheça um pouco mais suas partes e funções.
1.5.1. Classificação Botânica
Segundo Purseglove (apud FERREIRA, 1998, P.57), o coqueiro segue a
seguinte classificação:
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Classe: Monocotyledonea
Ordem: Palmales
Família: Palmae
Subfamília: Cocoideae
Gênero: Cocos
Espécie: Cocos nucifera L.
1.5.2. Sistema Radicular
O coqueiro possui sistema radicular fasciculado, portanto não tendo uma
raiz principal, sendo esta uma característica das monocotiledôneas. Cintra et al
(apud FERREIRA et al.,1998, pg. 58), relataram que para a variedade anã, cerca
de 70 a 90% das raízes totais se encontram dentro de um raio de 1 m, a partir do
estipe, e uma profundidade entre 1,2 e 0,6 m. Desse modo torna-se de
fundamental importância o dimensionamento adequado do sistema de irrigação,
pois este tem como finalidade atender ao sistema radicular do coqueiro. O
coqueiro apresenta bom desenvolvimento em solos de boa drenagem, não
tolerando solos excessivamente argilosos, que dificultam o desenvolvimento do
sistema radicular.
1.5.3. Caule
O caule do coqueiro é do tipo estipe, não-ramificado, muito desenvolvido e
resistente. A parte terminal do tronco, de onde se formam novas folhas, é tenra e
comestível, constituindo o palmito.
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1.5.4. Folha
A folha do coqueiro é do tipo penada, podendo, para a variedade anão,
serem produzidas 18 folhas por ano.
1.5.5. Inflorescência
O coqueiro possui flores femininas e masculinas em uma mesma
inflorescência, variando esta proporção de acordo com a variedade.
1.5.6. Fruto
Conforme a classificação botânica o coco é uma drupa, composta por
epiderme, mesocarpo, endocarpo e semente, sendo esta última constituída de
tegumento e albúmen.
1.6. Fatores Climáticos
A temperatura ideal para o coqueiro está em torno de 27 0C. Tais
condições são encontradas na costa tropical onde o oceano atua como
estabilizador da temperatura.
A distribuição das chuvas é o fator que mais interfere no desenvolvimento
do coqueiro, sendo o uso da irrigação uma prática fundamental no cultivo desta
planta.
Essa situação é amenizada onde o lençol freático é pouco profundo, ou
quando é possível se instalar um sistema de irrigação. A ausência de água nos
tecidos da planta exerce influência direta sobre seus processos fisiológicos e as
condições de umidade do solo são fatores determinantes da magnitude dessa
ausência.
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Tem sido observado que o crescimento e a produção não dependem
apenas da pluviosidade total, mas também da distribuição anual das chuvas. Um
período de três meses com menos de 50 mm de precipitação mensal, é
considerado prejudicial ao coqueiro (FERREIRA, 2000). Desse modo, há autores
que recomendam uma aplicação de 100 a 110 litros de água por planta/ dia,
evitando se aproximar dos valores críticos.
1.7. Implantação e Manejo do Coqueiral
Para obter as mudas, deve-se obedecer todo o processo de seleção,
controle fitosanitário e nutrição recomendado tecnicamente para que não haja a
necessidade de replantio, evitando assim gastos que raramente são computados
pelo produtor rural.
Mesmo sendo uma planta adaptada a diversas regiões, o coqueiro só se
desenvolverá de maneira adequada em solos bem drenados e livres de obstáculos
que possam impedir o desenvolvimento do sistema radicular.
A densidade de plantio que proporciona as melhores condições para os
tratos culturais, luminosidade e ambiente favorável ao controle de pragas e
doenças no cultivo do coqueiro anão, é a de 7,5 x 7,5 em forma de triângulo,
comportando assim 205 plantas por hectare. Plantios com maior adensamento
ocasionam a competição entre as plantas, principalmente em se tratando de
regiões onde há pouca disponibilidade d’água, mesmo com o uso da irrigação.
Recomenda-se a utilização da gradagem, que consiste na incorporação da
vegetação que cobre os espaços entre as linhas de plantio. Esta prática busca
reduzir a competição por água e nutrientes pelas plantas daninhas. Outra prática
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utilizada é a roçagem, sendo recomendada em função do tipo de vegetação
predominante.
O plantio de culturas com ciclo de vida temporário, entre os coqueiros
também é adotado em alguns lugares nos quatro primeiros anos do coqueiral,
quando ainda é baixa a competição por nutrientes, água e luz.
Para se reduzir a infestação de plantas daninhas, também faz-se o
coroamento, que é a capina de um raio que varia de 1 a 2m ao redor da planta.
1.7.1. Controle de Pragas e Doenças
A ação nociva das pragas e de doenças nos coqueirais constitui um fator
limitante para essa exploração, desde a implantação, ocasionando grande número
de replantas, como durante o início de seu ciclo de vida que terá sua época de
produção retardada. Na fase adulta do coqueiro há grande incidência de
coleobrocas ,que são, insetos que na sua fase de larva, alimentam-se dos tecidos
internos da planta, resultando numa redução da produção.
1.7.2. Nutrição do Coqueiro
A avaliação das condições químicas do solo é de grande importância
quando se espera alcançar uma produtividade que atenda um mercado cada vez
mais exigente. A análise do solo é a primeira medida a ser tomada para se chegar
a bons níveis de fertilidade. Consiste em determinar os teores de nutrientes
presentes no solo e que se encontram disponíveis para serem absorvidos pela
planta, possibilitando estabelecer quantidades de nutrientes ( adubos) a serem
aplicados.
O manejo nutricional do solo consiste na aplicação de calcário,adubação
de plantio e pós-plantio e adubação orgânica. A diagnose foliar é um método de
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avaliação do estado das culturas em que determinadas folhas são analisadas em
períodos definidos da vida da planta. Analisa-se as folhas pois elas são os órgãos
que, refletem melhor o estado nutricional das plantas.
Conforme Vitti et. al .(2001), os elementos exigidos em grande quantidade
pelo coqueiro são nitrogênio, potássio e cloro, enquanto que o fósforo, cálcio,
magnésio e enxofre apresentam menores exigências.
A colheita do coco anão é feita manualmente, justificando, o emprego da
mão-de-obra, que deve ser especializada para as atividades do coqueiral.
De acordo com Ferreira et. al (1998), na variedade anã em média são
colhidos 14 cachos/ ano.
21
2. A IMPORTÂNCIA DA IRRIGAÇÃO PARA A PRODUÇÃO
DO COCO ANÃO
São inúmeros os relatos sobre a importância da água aos seres viventes,
observando-se que as diversas espécies vegetais são condicionadas,
principalmente, à maior ou menor intensidade de consumo das águas do solo ou
das chuvas.
Áreas de chuvas abundantes e relativamente bem distribuídas possuem
vegetação luxuriante, sendo a Amazônia um exemplo típico. Onde ocorre verão
seco, as vegetações rasteiras predominam e com a seca intensa surgem os
desertos. Logo, a distribuição da vegetação na superfície terrestre é direta e
fortemente relacionada à disponibilidade de água.
Serão apresentadas em linhas gerais algumas características da água e
sua interação com a planta e o solo, para que se possa ter base científica que
justifique determinados procedimentos na hora de recomendar, adquirir ou instalar
um sistema de irrigação.
2.1. Efeitos da água na planta
As plantas interagem com o ambiente através de processos de troca de
materiais como nutrientes, compostos orgânicos oxigênio e gás carbônico, que
agem em reações bioquímicas no interior de suas células.
Qualquer planejamento e qualquer operação de um projeto de irrigação
com que se visem à máxima produção e à boa qualidade do produto,
usando de maneira eficiente a água, requerem conhecimento das inter-
relações entre solo – água – planta – atmosfera, e o manejo de irrigação
( BERNARDO, 1995, p. 327).
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2.2. Comportamento da Água no Solo
A água situa-se no interior dos poros do solo e sua retirada se dá através
das forças de capilaridade. A força com a qual a água está presa ao solo é
representada por matriciais, e expressos em bar ou pascal. Seu movimento se dá
por um diferencial energético (KLAR, 1984), e este movimento desempenha o
papel de levar consigo nutrientes para o interior das células das plantas.
2.2. Qualidade da água para a irrigação
A qualidade da água para a irrigação é analisada sob os aspectos, biológico
e físico - químico. O aspecto biológico é entendido quando se utilizará a irrigação
em uma plantação de alface, por exemplo. É essencial que seja utilizada uma
água isenta de coliformes fecais, para que a saúde dos consumidores desse
produto não seja comprometida.
Quando se refere ao aspecto físico - químico, tem se em vista que a água
não deve estar carregada de elementos tóxicos às plantas como altas
concentrações de sais, ou mesmo elementos que promovam o entupimento dos
emissores, como o alto teor de ferro.
2.3. A irrigação
Esta técnica consiste em levar às plantas a quantidade de água necessária
ao seu bom desenvolvimento.
A utilização da irrigação na produção agrícola não é técnica recente, pois
há milênios já se tem conhecimento do seu emprego. Ao se estudar a história das
civilizações, observa-se tal prática com as inundações do Rio Nilo, sendo
23
aperfeiçoada até os dias atuais tendo em vista a sua importância e a escassez dos
recursos hídricos. Assim, essa técnica vêm sendo modelada em função do cultivo
a ser suprido, otimizando-se a disponibilidade de recursos financeiros e o seu
manejo.
As plantas ao serem cultivadas com a finalidade de gerarem alta
produtividade, ou seja, dar retorno financeiro, passam a ser estudadas
profundamente em todos os aspectos, sendo disponibilizados através da
pesquisa, os parâmetros necessários para se alcançar os melhores resultados.
O custo da irrigação é alto e justificado somente quando se tem uma
agricultura bem conduzida. Fora essa condição, os investimentos na agropecuária
não apresentam uma taxa interna de retorno esperada.
De acordo com Yusuf & Varadan (apud FERREIRA ,1998, pg. 159), a
variabilidade da precipitação pluvial e o uso de recursos inadequados de irrigação
e de manejo de água são uma das principais causas da baixa produtividade do
coqueiro, mesmo nos locais onde é tradicionalmente cultivado.
É necessário a implantação de um sistema de irrigação que promova a
disponibilidade da água para a planta, tendo em vista que diversos fatores ligados
ao solo, à planta e ao próprio clima, atuam na absorção de água e nutrientes.
Dentre outros podemos citar a extensão das raízes, o potencial osmótico da
solução do solo, a permeabilidade da raiz e até mesmo a temperatura do solo,
pois se esta estives acima ou abaixo dos níveis ideais, há redução na velocidade
de translocação de nutrientes, inibindo a atividade metabólica.
Quando se fala na exploração comercial da cultura do coqueiro, torna-se
indispensável o uso da irrigação, devido a irregularidade da distribuição das
chuvas.
24
2.5. Quando, como e quanto irrigar
Ao se perceber a importância e a necessidade do uso de irrigação, muitos
empresários agrícolas por questões culturais, tomam atalhos na busca do
equipamento, comprando algo que a princípio é de baixo custo, ou o mesmo que
seu vizinho adotou e “funcionou”. Esse comportamento, muitas vezes reflete na
implantação de um sistema que não atende à necessidade real da plantação, ou
poderá estar operando de maneira super dimensionada, como por exemplo, o uso
de uma bomba com potência de 10 cv, onde 5 cv seriam suficientes para
acionamento do sistema, resultando num maior consumo de água e energia.
Para que não hajam gastos desnecessários ou imprevistos no momento de
instalar um sistema de irrigação, é necessário e coerente a contratação de um
profissional desta área, que de posse das informações necessárias poderá
elaborar um projeto.
São dados de partida para se elaborar um bom projeto de irrigação:
levantamento planialtimétrico, dados do solo e da água do local, a planta a ser
cultivada e a disponibilidade financeira, tendo em vista que de nada adiantará um
projeto perfeito, porém inviável às condições do cliente. Com todos esses dados
em mãos, pode se dividir o projeto em Memorial descritivo, dimensionamento
hidráulico e finalmente, o orçamento mediante análise dos componentes ideais e
comerciais, pois pode se verificar na prática que em determinado projeto, que o
diâmetro ideal encontrado para adutora, é de 72 mm, porém este não é um
diâmetro comercial, tendo que ser ajustado para 75 mm.
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2.6. Parâmetros e conceitos envolvidos na agricultura irrigada
A irrigação, por ser uma ciência, resulta num grande quebra-cabeças onde
cada peça deve ser posicionada de forma clara e objetiva, para que não hajam
falhas pelo caminho.
2.6.1. Evapotranspiração
Para a agricultura a evapotraspiração é um parâmtero muito importante,
pois processos como transporte de nutrientes e fotossíntese estão diretamente
ligados ao processo evaporativo ou seja o consumo de água.
A evapotranspiração é a somatória de dois termos: Transpiração,
quando a água que penetra pelas raízes das plantas, utilizada na
construção dos tecidos ou emitida pelas folhas , reintegra-se na
atmosfera, e evaporação, se a água evaporada pelo terreno nu,
adjacente às plantas, por uma superfífie de água ou pela superfície das
folhas, quando molhadas por chuva ou irrigação, for for evaporada sem
ser usada pelas plantas (KLAR, 1984, pg. 190).
2.6.2. Capacidade de campo
Pode ser entendido como o momento em que o solo tem armazenado em
seus poros, uma fração de água que pode ser absorvida pela planta.
2.6.3. Ponto de murchamento
É o momento em que a água retida nos microporos do solo não está
disponível à planta.
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2.6.4. Profundidade efetiva do sistema radicular
Cada espécie apresenta em sua estrutura, um sistema radicular
diferenciado que pode se classificar em pivotante, fasciculado, tuberoso ou axial.
E a região responsável pela absorção de água de sistema, está localizada de
maneira, ou em profundidade estratégica.
2.7. Análise de cultivos com e sem irrigação
A importância ou a diferença causada pela irrigação numa plantação de
coqueiros pode ser vista em dois momentos.
O primeiro pode ser sentido quando, se atravessa um longo período de
estiagem e as folhas das plantas começam a apresentarem os primeiros sintomas
da falta d’água. Nessas condições, até que as providências tomadas tenham
efeito, muita coisa estará perdida. Em outras palavras, a primeira atitude é buscar
qualquer alternativa para suprir a falta d’água, como adquirir um equipamento que
poderá levar mais de uma semana para chegar à loja do revendedor, ou não
dispor de um reservatório d’água com a capacidade ideal, ficando com o
abastecimento precário, e outras surpresas que podem acontecer.
Também há aqueles produtores com visão empresarial, que estão ansiosos
para ver resultados, tirar maiores produções por área, ou seja, maior
produtividade. É para essas pessoas que a pesquisa trabalha, pois de nada
adianta belas equações de regressão linear, equações que idealizam máximos e
mínimos, mas que estejam guardadas nas prateleiras e computadores das
instituições de pesquisa ou de ensino. Bastam apenas alguns valores dispostos
de maneira ordenada, para que se tirem algumas conclusões.
O quadro a seguir mostra alguns dados bem simples do coqueiro anão irrigado.
27
Quadro 4. Produção estimada por planta/ano dos coqueiros, anão, gigante e híbrido.
Idade da Planta N0 de frutos/ planta/ ano Anão Gigante Híbrido Anão Sem irrigação Com irrigação
3 5 - - 20 4 15 - 10 60 5 30 5 30 80 6 50 20 60 100 7 70 30 80 150 8 90 50 100 150 9 100 60 110 150
10 e seguintes 100 70 120 150 Coqueiros/ Ha 205 142 160 205
Fonte: Embrapa (1993).
Para análise , podem ser tomadas as colunas que mostram o número de
frutos/planta/ano, do coqueiro anão. Observa-se o desempenho das plantas
irrigadas já no terceiro ano de cultivo quando se tem a primeira produção.
Verifica-se ainda que, as plantas cultivadas sem irrigação atingem esses valores
somente após o sexto ano de cultivo.
28
3. SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO ADOTADOS NO COQUEIRO
Antes de se falar nos aspectos da irrigação e seu custo no cultivo do
coqueiro anão, é importante que sejam abordados, mesmo que em linhas gerais,
os principais tipos de sistemas de irrigação e suas características, pois, além da
grande diferença existente nos valores dos componentes de cada um, o primeiro
passo é se saber qual sistema é indicado para cada planta ou tipo de cultivo.
3.1 - Tipos de Sistemas de Irrigação
Segundo Vieira (1989), um sistema irrigação é o conjunto de técnicas e
equipamentos, programados e operados de forma racional, para garantir o seu
objetivo, que é repor a água do solo e da planta, garantindo uma boa
produtividade.
Quando se busca adquirir de um conjunto de irrigação, pensa-se
unicamente nos seus componentes, sem que se faça uma análise de como será
seu funcionamento, ou seja, se estará sendo explorado todo o potencial deste
conjunto, bem como respeitadas as suas limitações. No entanto, ao se falar em
irrigação deve-se sempre ter em mente o conceito de sistema de irrigação, que
seria uma idéia mais abrangente, onde a atenção é voltada para a interação de
seus componentes. Um sistema de irrigação mal dimensionado pode resultar
num fornecimento precário, como também no excesso de água, que pode ser tão
prejudicial quanto a sua falta. A inundação causa interferência nas atividades de
síntese das raízes, privando a parte aérea de minerais e outras substâncias
ligadas ao crescimento.
A aplicação da água na agricultura é feita por meio de métodos ou sistemas
de irrigação, que vêm a ser o conjunto de técnicas e equipamentos que promovem
29
a distribuição da água em quantidade e freqüência adequada às plantas
cultivadas, a fim de garantir seu perfeito desenvolvimento e produção com uso
racional da água. Os principais sistemas de irrigação atualmente adotados no
Estado do Rio de Janeiro, são os descritos abaixo.
3.1.1 - Sistemas de superfície
Nesse sistema, a água é distribuída diretamente sobre a superfície do
terreno, utilizando a força da gravidade, infiltrando-se no solo (VIEIRA, 1989). Este
sistema divide-se em três modalidades: Sulcos (valas com declividade média de
0,1 a 1,5% dispostas no terreno), por faixas e por inundação, que consiste em
cobrir o terreno com uma lâmina de água, que se infiltra no solo irrigando-o.
Algumas plantas se desenvolvem de maneira satisfatória sendo irrigadas dessa
forma. Como exemplo pode ser citado o sistema adotado para a irrigação dos
plantios de arroz ( Oriza sativa L.), onde o terreno é dividido em “tabuleiros”, tendo
sua topografia sistematizada, e toda a superfície coberta por uma lâmina d’água.
Então, ao se indicar um sistema de irrigação por superfície, considera-se a
planta a ser irrigada, a topografia do terreno e o tipo de solo, pois solos arenosos,
não são adequados a esse tipo de irrigação.
É necessária a implantação de um sistema de irrigação que promova a
disponibilidade da água para a planta, tendo em vista que diversos fatores ligados
ao solo, à planta e ao próprio clima, atuam na absorção de água e nutrientes.
Dentre outros podemos citar a extensão das raízes, o potencial osmótico da
solução do solo, a permeabilidade da raiz e até mesmo a temperatura do solo,
pois se esta estives acima ou abaixo dos níveis ideais, há redução na velocidade
de translocação de nutrientes, inibindo a atividade metabólica.
A profundidade de irrigação se refere ao perfil do solo que será irrigado.
Trata-se de um parâmetro fundamental para a fixação da quantidade de água a
30
aplicar na irrigação. Segundo Vieira (1989), esta profundidade é estimada em
função da profundidade do sistema radicular da planta a ser cultivada a qual
representa a parcela do perfil do solo a partir de sua superfície, onde se localizam
90% das raízes e radicelas da planta. Toda a água que adentra a planta o faz
essencialmente pela raiz, e principalmente, através dos pêlos absorventes
3.1.2 – Irrigação por Aspersão
Esse sistema é adotado em plantas de ciclo anual, como o feijão
(Phaseolus vulgaris L.) e milho (Zea mays L.), em olerícolas, ou seja, hortas em
geral, e forragens para a pecuária. Caracteriza-se por sua facilidade de
dimensionamento e montagem, considerando também seu custo relativamente
baixo.
É composto por conjunto moto-bomba, sistema para sucção da água no
reservatório, Linha principal de tubos para o recalque da água, linha secundária,
e os aspersores, que são responsáveis pela distribuição da água de maneira
uniforme.
3.1.3 – Irrigação por Microaspersão
Aqui é utilizado um emissor por planta tornando o sistema um pouco mais
complexo quanto ao dimensionamento hidráulico, e o número de componentes
envolvidos. Este sistema é adotado em culturas perenes, sendo estas
caracterizadas por seu longo ciclo de vida. Desse modo, podemos citar como
exemplo o cultivo do coco anão.
Um aspecto muito importante nesse sistema é o uso racional da água, visto
que emissores pequenos e direcionados fazem o trabalho com maior eficiência, e
a área é dividida em setores, onde cada setor tem seu momento de ser irrigado,
necessitando assim, um conjunto moto-bomba menor. Claro que para se chegar a
31
um sistema de maior eficiência, outros componentes entram em cena, como é o
caso dos filtros, maior variedade de tubulações e maiores cuidados para a
manutenção. Observando–se ainda que este sistema também pode ser
automatizado, reduzindo em grande escala a mão de obra.
3.1.4 – Irrigação por Gotejamento
Muitas plantas, como flores cultivadas em vasos e canteiros, ou frutíferas
cultivadas em linhas de plantio, como o maracujazeiro (Passiflora edulis),
necessitam de uma boa dosagem de água, porém na hora certa e em quantidades
preestabelecidas. Surge então a irrigação por gotejamento, que, como o próprio
nome diz, seu princípio é gotejar de maneira uniforme e constante, não agredindo
as plantas não molhando as suas folhas, flores ou frutos, reduzindo a
possibilidade de infestação de doenças fúngicas, que se desenvolvem em altas
temperaturas e alta umidade do ar no microclima da plantação.
Em se tratando das condições econômicas, ambientais e práticas, os
sistemas citados são os mais freqüentes, no Estado, porém existem outros
sistemas, como o uso de potes de barro e o pivô central, muito usado na região
Centro-Oeste, onde a topografia é plana e ainda se dispõe de muitos cursos
d’água.
Para se irrigar o coqueiro anão, recomenda-se o sistema de irrigação por
microaspersão, pois garante às plantas quantidades ideais de água, sem que
hajam desperdícios de energia e água. É verdade que muitos irrigam coqueiros
através de sistemas de irrigação por aspersão, porém não são analisadas as
implicações deste uso às condições fitossanitárias do coqueiral, pois a
propagação de muitas doenças é favorecida. Também pode ser adotado o
gotejamento, mas o custo será maior, pois serão necessários mais que um
gotejador por planta.
32
3.2 - Aspectos Econômicos de um Sistema de Irrigação por
Microaspersão no Cultivo do Coqueiro Anão
Ao se analisar os custos para a implantação de um sistema de irrigação,
deve-se proceder esta análise em duas vertentes:
3.2.1 - Custos de Implantação
Geralmente os profissionais que atuam no dimensionamento e venda de
equipamentos de irrigação, deparam-se com as seguintes perguntas de seus
futuros clientes:
- Quanto custa irrigar 10.000 pés de coco anão?
- Qual a capacidade da bomba que será utilizada para irrigar a minha plantação?
- Eu li em determinada revista agrícola que para se irrigar 1 Hectare de coco
anão, o custo é de R$ 2.500,00. Posso me basear neste valor para captar o
recurso que preciso para irrigar a minha plantação?
Mediante a esta tempestade de informações gerais que o cliente adquiriu, é
importante que o profissional da área tenha sensibilidade o bastante para mostrá-
lo que “cada caso é um caso”. E, abrindo um parêntese, as empresas deste
segmento sabem que as condições dependem de diversas variáveis desde a parte
técnica até as condições do cliente em pagar o referido sistema, pois do que vale
toda a viabilidade técnica em “condições ideais de temperatura e pressão”, se na
realidade não se quer investir a esse nível?
33
Alguns fatores que determinam qual o custo real da implantação de um
sistema de irrigação:
· Tamanho da área;
· Condições topográficas do terreno;
· Tipo de solo, para se saber a sua capacidade de retenção, e seu
comportamento para a disponibilidade de água às plantas;
· A densidade de plantio;
· A distância e desnível do terreno em relação ao reservatório de água;
· Tempo disponível para o funcionamento do sistema; Custos de operação e
manutenção dos sistemas de irrigação localizada;
· Qualidade dos equipamentos a serem utilizados;
· Poder de flexibilidade da empresa fornecedora dos serviços e
equipamentos, em atender às condições que o cliente dispõe para efetuar a
compra;
3.2.2 - Custos de operação e Manutenção
Dependem principalmente:
· Da qualidade dos equipamentos que constituem o sistema;
· Do serviço de pós-venda prestado pelo fornecedor do equipamento;
34
· Mão de obra capacitada para a operação do sistema, refletindo diretamente na
vida útil do equipamento;
· Da qualidade do projeto que resultou no sistema.
Nos sistemas de irrigação convencionais, há uma maior demanda de mão-
de-obra. Como ocorre no sistema de irrigação por aspersão, geralmente faz-se a
mudança da tubulação lateral obedecendo-se o número de posições ocupadas por
dia pelo sistema. Na irrigação por microaspersão, adotada para irrigar o coqueiro
anão, a mão de obra deve ser treinada, para que toda a área seja irrigada de
maneira uniforme, e não ocorram eventualidades, como o entupimento de
microaspersores. A rotina de trabalho envolve limpeza dos filtros, abertura e
fechamento dos setores de modo sistemático e a observação do teor de umidade
do solo.
35
4. POSICIONAMENTO DAS EMPRESAS QUE ATUAM
NO SEGMENTO DE IRRIGAÇÃO
As empresas que elaboram projetos e comercializam equipamentos de
irrigação, devem buscar algo mais do que simplesmente a venda fria em um
destes segmentos, pois até aí todos estão aptos a chegar. Como proceder?
Executar pelo menor preço que o mercado já viu, muitos tentaram, mas não
tiveram como se estabelecer nele, visto que esta não seria a melhor idéia para
alcançar novos clientes ou manter aqueles que um dia consultaram seus serviços.
Assim, é essencial conhecer o consumidor, e o que exerce influência nas suas
decisões no agronegócio. Parece ser o lógico, porém, é pouco aplicado, o estudo
do comportamento do consumidor.
4.1. Comportamento do Consumidor
Mediante à baixa produtividade das plantações por falta de chuvas, muitos
produtores tem decidido suprir essa necessidade, partindo da forma que lhes
convém para a compra da tão falada irrigação.
O processo de compra inicia-se quando o comprador reconhece um
problema ou necessidade ( KOTLER, 1998).
Decisões são escolhas que as pessoas fazem para enfrentar problemas e
aproveitar oportunidades. Maximiano (2000), diz que tomar decisões para
enfrentar problemas e aproveitar oportunidades é um ingrediente importante do
trabalho de administrar.
O produtor, ou empresário agrícola, como deve ser chamado, pode ser
influenciado no momento da compra do equipamento por:
36
4.1.1. Fatores culturais
Os fatores culturais exercem a mais ampla e profunda influencia sobre o
comportamento do consumidor. A cultura indica se é lucrativo ingressar em
determinado negócio, pois seus resultados são vistos através das pessoas que
estão vivendo a mesma realidade. Ou seja, se o sistema que seu vizinho usa está
funcionando, então mesmo sem saber sua eficiência, será adotado.
4.1.2. Classe Social
A classe social também exerce grande influência. As diferenças não se
limitam simplesmente à renda, mas há outros indicadores como o nível
educacional, as atividades desenvolvidas paralelamente à atividade agrícola e os
locais frequentados.
4.2. Como as Empresas Fornecedoras de Irrigação devem se
Posicionar
Nenhuma empresa agrícola pode se sentir isenta dos contratempos da
economia, nem mesmo pensar que seus clientes serão fiéis até o fim, pois se ela
não faz rápido e bem feito, com certeza na próxima rua há quem o faça. Caldas
(2003), diz que nada neste mundo mudou mais do que o cliente. Acabou a
distância e o isolamento. Assim, percebe-se que quando determinada empresa
recebe a visita de um cliente, este já fez, ou fará a mesma visita em outras lojas,
ou terá feito uma pesquisa por telefone ou internet.
Por ser um segmento diferenciado dentre aqueles voltados a fornecer
produtos e serviços agropecuários, as empresas que elaboram, vendem ou
executam projetos de irrigação necessitam estarem fundamentadas em um
planejamento que suporte as oscilações do mercado e dos desejos e
37
necessidades dos produtores. Diz-se diferenciado, pois não são suficientes
algumas dicas ou recomendações, para que um projeto seja executado. Observa-
se que, quando se comercializa adubos, por exemplo, não se tem os resultados
esperados, se na hora da aplicação colocar dosagem inferior à recomendada,
porém, neste caso, o erro será mascarado. No entanto, em um sistema de
irrigação, se as perdas de carga, por exemplo, não forem calculadas de maneira
ideal, os aspersores simplesmente não funcionarão corretamente, e isso será
percebido a uma boa distância, e o pior, as necessidades das plantas não serão
atendidas. Assim, há a necessidade de se ter profissionais capacitados para a
elaboração, venda e execução dos projetos.
Outro aspecto muito importante, é o programa de endomarketing a ser
executado por essas empresa, pois cada profissional necessita conhecer,
entender e respeitar os princípios de ação da empresa. Esta condição reflete
diretamente na qualidade do trabalho de cada um. Todas as pessoas, sejam
elas, responsáveis pela elaboração dos projetos, vendas, recepção, envio ou
montagem dos equipamentos precisam conhecendo a política interna e até a
composição de preços, suas margens e condições possíveis para que o cliente
efetue o pagamento.
4.2.1. Hora de se planejar
Do mesmo modo que as outras empresas, de diversos segmentos, agem, é
necessário se planejar estrategicamente para se alcançar o resultado final que é a
elaboração, a venda e a execução dos projetos com êxito.
Entre muitas questões que as empresas devem responder, ao tomar
decisões estratégicas, estão as seguintes:
· Quem são ou devem ser nossos clientes?
38
· Quais são as perspectivas desse ramo de negócio na região?
· Quais são as nossas vantagens competitivas?
· Quais são as vantagens dos nossos concorrentes?
· Quais são os recursos que tornam viável nossa missão?
· Temos competências singulares?
· Devemos desenvolver nossos próprios recursos, ou procurá-los no
ambiente externo?
· Qual é a hora certa para agir?
· Devemos tentar controlar o ambiente ou ser flexíveis e adaptar-nos?
· Há nichos que outras empresas não exploraram?
· Devemos procurar a verticalização?
· Devemos diversificar ou especializar-nos?
Todas estas perguntas podem ser respondidas ao se fazer os seguintes
estudos:
39
4.2.2. Estudo da Praça
Em marketing “praça” (place), é o mercado em que o produto ou serviço vai
ser adquirido do consumidor. Descobrir nichos de mercado é o grande desafio de
marketing, mas nem sempre uma oportunidade atrativa se revela economicamente
interessante.
O estudo da praça é o que pode se chamar de estudo do potencial de
mercado. Este é calculado para representar a capacidade de um mercado de
determinada área ou a de um ramo de atividades em absorver uma quantidade
específica de vendas de um produto. Como o uso da irrigação é uma forte
tendência, é necessário que se conheça o histórico da produção da região, e suas
condições para comportar essa nova mentalidade. Segundo Kotler (1988),
tendência é uma direção ou seqüência de eventos que vêm ocorrendo ao longo do
tempo e promete durabilidade.
As atividades de marketing estratégico ocupam, neste momento, grande
destaque, pois aí é descrito a segmentação do mercado, selecionando o mercado
alvo adequado e demonstrando o posicionamento a ser tomado para a prestação
deste serviço. As empresas que analisam cuidadosamente seus mercados podem
encontrar grandes oportunidades.
4.2.3. Análise dos Concorrentes
Competitividade é um critério extremamente importante de desempenho.
Globalização, privatização e abertura das economias nacionais à concorrência
estrangeira são algumas das forças que impedem as organizações a serem
competitivas. Num ambiente onde há concorrentes, sem competitividade não se
sobrevive. Vantagens competitivas são fatores que contribuem para que um
40
produto, serviço ou empresa tenha sucesso em relação aos concorrentes. As
vantagens competitivas também podem ser entendidas como as razões pelas
quais o cliente prefere uma empresa, produto ou serviço. Maximiano (2000), cita
que são inúmeras as vantagens competitivas que uma empresa pode ter, as mais
importantes são: Qualidade, custo baixo, velocidade, inovação e flexibilidade.
Descubra tudo que puder sobre os produtos e serviços que os concorrentes
oferecem. Estude a maneira como eles levam seus produtos e serviços ao
mercado, as políticas das companhias que representam, seus níveis de preços e
estratégias, os mercados onde trabalham, quem são seus clientes.
4.2.4. Posicionamento da Oferta no Mercado
O planejamento da promoção compreende a definição da forma de
comunicação com os clientes, atuais e potenciais. A promoção procura informar o
cliente sobre a existência e as características do produto, e convencer o cliente de
sua necessidade em adquiri-lo.
Para concorrer com fornecedores tradicionais, a empresa talvez seja
obrigada inicialmente a qualificar-se para alista de fornecedores aceitáveis.
Evidentemente se a mesma já estiver a algum tempo no ramo, ela tem as fontes
dos bens e serviços que necessita. Essas fontes talvez não sejam as melhores,
mas existem e são conhecidas. Se quiser se tornar uma delas, você terá que se
fazer conhecido, em seguida despertar interesse e desejo pelos seus produtos e
serviços. Mas, em primeiro lugar, você terá que ser considerado aceitável.
Atingindo esse nível deve esforçar-se ainda mais para atingir o nível, de preferido.
41
Conhecendo-se a praça, os concorrentes e quais produtos e serviços são
bons para se oferecer, resta então o desenvolvimento de estratégias que
conduzam de modo eficaz ao sucesso.
4.3. Estratégias
Segundo Porter (apud MAXIMIANO, 2000), as estratégias podem ser
classificadas em três categorias: diferenciação, liderança e foco.
4.3.1. Diferenciação
Consiste em procurar projetar uma forte identidade própria para o produto
ou serviço, que o torne nitidamente distinto dos produtos e serviços concorrentes.
Ou seja, enfatizar uma ou mais vantagens competitivas, como a qualidade do
produto.
4.3.2. Liderança do custo
Na estratégia que busca a liderança, o objetivo é oferecer um produto ou
serviço mais barato.
4.3.3. Foco
Consiste em selecionar um nicho no mercado e dominar os recursos para
para explorá-lo da melhor forma possível, em vez de procurar enfrentar todos os
concorrentes no grande mercado.
Identificada a categoria, a empresa estará com seus rumos traçados, pois
não se preocupará por exemplo, em apresentar os menores preços para um
42
determinado produto, se sua ação será sobre a diferenciação. Neste caso, seus
argumentos serão voltados para a qualidade desse produto, e a qualidade tem seu
preço.
4.4. Outros Tópicos Relacionados
Ainda em se tratando de estratégias, outras ações devem ser bem
entendidas e direcionadas, como a forma de se conduzir os preços e a criação da
satisfação do consumidor, sendo cada projeção feita mediante um banco de dados
que estatisticamente, apresente dados significativos
4.4.1. Administração de Preços
O preço deve ser definido levando em conta a capacidade de produzir lucro,
a concorrência e o interesse do cliente.
Muitos empresários no momento de comporem seus preços, entendem que
é suficiente se saber qual é o percentual de lucro desejado, e multiplicar seu valor
de compra por este fator, e o preço está definido. Engano, pois o valor do custo, e
o valor para venda, devem estar discriminados com os devidos percentuais de
ICMS, PIS e COFINS, frete, IPI, comissões e margens de lucro a que se pretende
obter. Mediante estes dados dispostos em forma de equação, se sabe então, qual
o verdadeiro lucro nas operações.
4.4.2 - Estatísticas
Para que se tenha em mãos a qualquer hora, a situação das negociações
em andamento, é recomendável que se monte planilhas, que apresentem o
período médio por negócio iniciado, número de negócios fechados por ano, em
quais épocas do ano a procura é maior, e metas a serem alcançadas.
43
Organizar é o processo de dispor qualquer coleção de recursos em uma
estrutura que facilite a realização dos objetivos ( Maximiano, 2000, pg. 265), dessa
forma, serão vistos com maior nitidez, os lugares a serem trabalhados para se
chegar cada vez mais perto do que se espera, que é um jogo onde todos saem
ganhando: O empresário agrícola, com produções cada vez maiores e a empresa
fornecedora de irrigação, com receitas e seu trabalho exposto, atraindo novos
clientes.
4.4.3. Criação da Satisfação do Consumidor
A satisfação da empresa ou pessoa que busca a aquisição de determinado
bem ou serviço está fortemente ligada ao seu conceito de valor pois os
consumidores formam expectativa de valor e agem sobre ela. Sua satisfação e
probabilidade de comprar novos equipamentos dependem dessa expectativa de
valor ser ou não superada.
44
CONCLUSÃO
A desuniformidade das precipitações pluviométricas dos últimos anos, o
manejo e o uso inadequado dos solos e da irrigação, tem refletido diretamente na
queda da produção agrícola. E, especialmente no cultivo do coqueiro anão, onde
a distribuição das chuvas é o fator que mais interfere no desenvolvimento das
plantas, sendo fundamental o uso da irrigação. Entretanto, observa-se que nem
sempre são adotados critérios corretos para escolha do equipamento a ser
utilizado, sendo muitas vezes adquirido um sistema de baixo custo inicial, porém
ineficiente, e que acaba por sofrer constantes adaptações.
O uso racional da irrigação contribui para o aumento da produtividade
agrícola, mesmo em regiões onde a precipitação média anual assume índices
satisfatórios, sabendo que fases como o enchimento dos frutos, não podem
coincidirem com períodos de déficit hídrico.
Sugere-se o desenvolvimento de estudos referentes ao manejo da irrigação
para as principais plantas cultivadas, sendo descritos aspectos como a quantidade
ideal de água por aplicação em determinado período do ano, as formas
alternativas para o monitoramento da umidade do solo e a eficiência dos métodos
empíricos para se estimar a evapotranspiração em dado cultivo. Observa-se que
em ciências agrárias a palavra manejo assume grande importância, visto que todo
o processo iniciado necessita de um acompanhamento rigoroso. Como exemplo,
cita-se um cultivo que ao ser iniciado não se admite a falta de nutrientes durante
os diversos estágios da vida das plantas.
Também, para se conhecer melhor os custos com mão de obra para a
montagem de um sistema de irrigação, sugere-se o desenvolvimento de novos
45
estudos que apresentem planilhas com as possíveis despesas, e suas variações
durante o processo de entrega, montagem e revisão. A publicação de trabalhos
que tragam informações relacionadas à pós –venda será de grande importância.
Pois observa-se que a partir da entrega do equipamento, pouco contato é mantido
com o cliente.
A fim de que os profissionais de engenharia agronômica transmitam com
maior clareza aos produtores a importância da irrigação para o coqueiro anão, é
necessário se posicionar de forma a se conhecer o perfil de cada produtor a ser
alcançado, conhecendo seus valores, o que lhe influencia no momento da
aquisição de um equipamento desse gênero, qual a qualidade da mão de obra que
se tem disponível para a operação do sistema, e outros pontos que só são
considerados quando aparecem os imprevistos. Assim, o marketing passa a ser
visto como uma ferramenta que conduz aos resultado esperados, que são clientes
atendidos, e satisfeitos o suficiente para firmarem novos negócios.
46
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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Consultoria & Agroinformativos,
AMBRÓSIO, V. Plano de Marketing passo a passo. Rio de Janeiro: Reichmann
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VITTI, G. S., SUGIMOTO, L. S., VITTI, D. C. C., Nutrição e adubação do
coqueiro. Piracicaba: ESALQ – USP/GAPE/ EMATER, 2001.
48
APÊNDICE
Alguns dos termos agronômicos utilizados neste trabalho:
Aspersores: Peças responsáveis pela disponibilidade da água às plantas.
Conjunto moto-bomba: Somatório dos componentes responsáveis pela
retirada da água do reservatório, e proporcionarem a pressão e o volume de água
necessários para a irrigação.
Controle de plantas invasoras: Evitar que ervas daninhas vivam em
competição com as plantas cultivadas.
Densidade de plantio: Espaçamento deixado entre as plantas e linhas de
plantio.
Hectare: Medida de superfície, equivalente a 10.000 m2
Linha de recalque: Adutora de água, composta por tubulação principal,
lateral, e em alguns casos, as linhas de derivação.
Olerícolas: Nomenclatura que caracteriza às plantas cultivadas em hortas.
Geralmente estas possuem ciclo de vida temporário.
Perfil do solo: Referente às camadas do solo, que ao serem sobrepostas
caracterizam a aptidão agrícola deste, bem como os indicativos geológicos de sua
formação.
49
Práticas conservacionistas: São atividades executadas ao se instalar ou
conduzir um plantio. Tem a finalidade de se evitar a degradação do meio
ambiente.
Setores: Divisão da área total a ser irrigada, em partes equivalentes, para
que seja irrigado uma dessas áreas por vez, resultando em uma economia de
água, equipamento e mão de obra.
Sistema de Sucção: Conjunto de componentes responsáveis pela retirada
da água do reservatório, e aduzida pela tubulação até os aspersores.
Sistema radicular fasciculado: Característica estrutural das raízes das
plantas pertencentes à família das gramíneas, onde não há uma raiz principal,
sendo caracterizado “tipo cabeleira”.
Tabuleiros: Áreas preparadas para o plantio de arroz, onde seu nível é
demarcado de forma a distribuir uma lâmina d’água equivalente em todos os
pontos.
Topografia sistematizada: Característica de uma área que já foi
submetida à medição e demarcação do nível ideal para diversos pontos.
50
ANEXOS
51
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO....................................................................................................08 CAPÍTULO I. PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO COCO ANÃO....................................................................................................................13 1.1. Perspectivas do Coco no mercado internacional.........................................12 1.2. Perspectivas do Coco no Mercado Nacional...............................................12 1.3. Perspectivas do Coco no Mercado Fluminense..........................................14 1.4. Canais de Comercialização.........................................................................15 1.5. Morfologia de Ecofisiologia do Coqueiro.....................................................15 1.5.1. Classificação Botânica............................................................................15 1.5.2. Sistema Radicular..................................................................................15 1.5.3. Caule.......................................................................................................16 1.5.4. Folha.......................................................................................................17 1.5.5. Inflorescência..........................................................................................17 1.5.6. Fruto.......................................................................................................17 1.6. Fatores Climáticos.......................................................................................17 1.7. Implantação e Manejo do Coqueiral............................................................18 1.7.1. Controle de Pragas e Doenças...............................................................19 1.7.2. Nutrição do Coqueiro..............................................................................19 CAPÍTULO II. A IMPORTÂNCIA DA IRRIGAÇÃO PARA A PRODUÇÃO DO COCO ANÃO.....................................................................21 2.1. Efeitos da água na planta................................................................................21 2.2. Comportamento da Água no Solo...................................................................22 2.3. Qualidade da água para a irrigação................................................................22 2.4. A irrigação.......................................................................................................22 2.5. Quando, como e quanto irrigar........................................................................24 2.6. Parâmetros e conceitos envolvidos na agricultura irrigada.............................25 2.6.1. Evapotranspiração................................................................................25 2.6.2. Capacidade de campo..........................................................................25 2.6.3. Ponto de murchamento.........................................................................25 2.6.4. Profundidade efetiva do sistema radicular............................................26 2.7. Análise de cultivos com e sem irrigação.........................................................26
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CAPÍTULO III. SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO ADOTADOS NO COQUEIRO.........................................................................................................28 3.1. Tipos de Sistemas de Irrigação......................................................................28 3.1.1. Sistemas de superfície.......................................................................29 3.1.2. Irrigação por Aspersão.......................................................................30 3.1.3. Irrigação por microaspersão...............................................................30
3.1.4. Irrigação por Gotejamento..................................................................30 3.2. Aspectos Econômicos de um Sistema de Irrigação por Microaspersão no Cultivo do Coqueiro Anão..............................................32 3.2.1. Custos de Implantação......................................................................32 3.2.2. Custos de operação e Manutenção...................................................33 CAPÍTULO IV. POSICIONAMENTO DAS EMPRESAS QUE ATUAM NO SEGMENTO DE IRRIGAÇÃO.................................................................35 4.1. Comportamento do Consumidor.....................................................................35 4.1.1. Fatores culturais.................................................................................36 4.1.2. Classe Social: ....................................................................................36 4.2. Como as Empresas Fornecedoras de Irrigação devem se Posicionar...........36 4.2.1. Hora de se planejar..............................................................................37 4.2.2. Estudo da Praça..................................................................................39 4.2.3. Análise dos Concorrentes...................................................................39 4.2.4. Posicionamento da Oferta no Mercado...............................................40 4.3. Estratégias......................................................................................................41 4.3.1. Diferenciação: ....................................................................................41 4.3.2. Liderança do custo: ............................................................................41 4.3.3. Foco: ..................................................................................................41 4.4. Outros Tópicos Relacionados.........................................................................42 4.4.1. Administração de Preços....................................................................42 4.4.2. Estatísticas..........................................................................................42 4.4.3. Criação da Satisfação do Consumidor................................................43 CONCLUSÃO.....................................................................................................44 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................46 APÊNDICE..........................................................................................................48 ANEXOS..............................................................................................................50 ÍNDICE..................................................................................................................52
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PROJETO A VEZ DO MESTRE
Pós Graduação “Lato Sensu”
Título: As novas tendências aos investimentos em Sistemas de Irrigação
Localizada no cultivo do coqueiro anão ( Cocos nucifera L.) no Rio de Janeiro. Data da Entrega: 31 de julho de 2004. Avaliação:________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ Avaliado por:_________________________________Grau________________. ________________,_____de________________de___________
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