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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE As Novas Tendências aos Investimentos em Sistemas de Irrigação Localizada no Cultivo do Coqueiro Anão ( Cocos nucifera L. ) no Estado do Rio de Janeiro. Por: Ivenio Moreira da Silva Orientador: Nilson Guedes de Freitas Niterói 2004

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU

PROJETO A VEZ DO MESTRE

As Novas Tendências aos Investimentos em Sistemas de Irrigação Localizada no Cultivo do Coqueiro Anão (Cocos nucifera L.) no Estado do Rio de Janeiro.

Por: Ivenio Moreira da Silva Orientador: Nilson Guedes de Freitas

Niterói 2004

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU

PROJETO A VEZ DO MESTRE

As Novas Tendências aos Investimentos em Sistemas de Irrigação Localizada no Cultivo do Coqueiro Anão (Cocos nucifera L.) no Estado do Rio de Janeiro.

Apresentação de monografia como pré-requisito para a conclusão do curso de pós-graduação “Lato-Sensu” em Marketing no Mercado Globalizado. Projeto a Vez do Mestre da Universidade Candido Mendes.

Niterói 2004

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AGRADECIMENTOS

A Deus pelo seu cuidado, às pessoas que de alguma forma contribuíram para este passo em favor da agricultura Fluminense, e à Empresa Beltec Tanguá Implementos Agrícolas Ltda, que há quarenta e cinco anos tem se revelado uma grande escola para o aperfeiçoamento de muitos profissionais.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à minha família, que tem sido presente dando-me o apoio para a realização dos meus ideais.

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EPÍGRAFE

“Um objetivo nada mais é do que um sonho com limite de tempo”. Joel L. Griffith

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RESUMO

Cresce a cada dia o número de empresários rurais em busca do aumento da produtividade com a adoção de melhor tecnologia, principalmente o uso da irrigação em suas plantações. Essa é a tecnologia disponível que mais flui positivamente para esse aumento, e para que a irrigação apresente os resultados esperados, são necessários alguns cuidados no momento da aquisição do equipamento. Por se tratar de componentes de alto custo, opta-se muitas vezes, pelo equipamento de valor inferior, ou um equipamento alternativo, que fora desenvolvido para outro tipo de cultivo, resultando em um funcionamento precário, em desperdício de energia, água e mão de obra para a manutenção. O coqueiro anão é uma planta que reflete de forma clara na produção, os problemas ocasionados pelo déficit hídrico. A aplicação da água na agricultura é feita por meio de sistemas de irrigação, que vêm a ser o conjunto de técnicas e equipamentos que promovem a distribuição da água em quantidade e freqüência adequada às plantas cultivadas a fim de garantir seu perfeito desenvolvimento e produção. Para que os sistemas de irrigação sejam fornecidos de maneira eficiente, as empresas precisam estar tecnicamente capacitadas, e conhecerem o potencial da região e de seus clientes. Assim, buscou-se através de uma revisão bibliográfica, apresentar aos fruticultores e às empresas do segmento agrícola do Estado do Rio de Janeiro, os benefícios decorrentes da implantação adequada de um sistema de irrigação no cultivo do coqueiro anão (Cocos nucifera L).

Palavras chave: Produtividade, precipitações pluviométricas, déficit hídrico, cccccccccccccc coqueiro anão, manutenção.

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I. PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO COCO ANÃO...... 13

CAPÍTULO II. A IMPORTÂNCIA DA IRRIGAÇÃO PARA A PRODUÇÃO

DO COCO ANÃO.................................................................. 21

CAPÍTULO III. SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO ADOTADOS NO

COQUEIRO............................................................................ 28

CAPÍTULO IV. POSICIONAMENTO DAS EMPRESAS QUE ATUAM NO

SEGMENTO DE IRRIGAÇÃO............................................... 35

CONCLUSÃO ............................................................................................... 44

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INTRODUÇÃO

Para a obtenção de índices satisfatórios na produtividade agrícola, torna-se

necessária a manutenção das condições químicas ideais do solo, o controle de

doenças provocadas principalmente por bactérias e fungos, as praticas

conservacionistas que evitam problemas como a erosão, o controle de pragas, e o

controle das plantas invasoras. E no sincronismo do ciclo de vida da planta, é

importante que sejam otimizadas as trocas de íons solo-planta. Neste processo a

água assume papel vital, como soluto universal, podendo ser aplicada através da

pratica de irrigação, evitando assim a dependência total das chuvas.

A irrigação nem sempre é adotada. Isto pode ser justificado por aspectos

culturais dos produtores, pelo alto investimento na implantação do sistema, pelo

desconhecimento do papel da irrigação no contexto produtivo, e ainda, pela

pequena importância dada a escassez dos recursos hídricos, que tem sido fator

limitante à produção em muitas regiões.

O empresário agrícola começa a busca pelo equipamento de irrigação,

quando sente a sua real necessidade. Nesse momento, procura-se o menor preço,

não se importando com a qualidade, e nem com o serviço de pós-venda a ser

prestado pela empresa que fornecerá o referido sistema, geralmente resultando

em problemas para o produtor, que tem seu equipamento trabalhando de forma

inadequada, e ainda problemas para a empresa fornecedora, que perde seu

principal veículo de divulgação e lucros que é o cliente.

É necessário destacar a importância da pratica de irrigação para a

fruticultura, em especial no cultivo do coqueiro anão, e o posicionamento das

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empresas agrícolas que hoje atuam neste segmento fornecendo projetos,

equipamentos e serviços.

O uso racional da irrigação contribui para o aumento da produtividade

agrícola, mesmo em regiões onde a precipitação média anual assume índices

satisfatórios, sabendo que fases como o enchimento dos frutos, não podem

coincidirem com períodos de déficit hídrico.

O trabalho buscou apresentar aos fruticultores e às empresas do segmento

agrícola do Estado do Rio de Janeiro, através de uma revisão bibliográfica, os

benefícios decorrentes da implantação adequada de um sistema de irrigação no

cultivo do coqueiro anão.

Assim, no capítulo um foram descritas as características do coqueiro anão,

apresentando as condições climáticas, fitossanitárias e tratos culturais em seu

cultivo, bem como sua comercialização observada nos dados levantados pelo

CEASA, RJ.

Para se entender melhor os resultados do plantio do coqueiro anão num

contexto de maior amplitude, no capítulo dois foram relatados os índices

produtivos da cultura do coco anão com adoção de sistema de irrigação

localizada, fazendo-se um comparativo a um cultivo desprovido de irrigação.

Dando ênfase aos recursos desenvolvidos no cultivo do coqueiro anão, no

capítulo três foram apresentados os principais sistemas de irrigação, para que as

plantas tenham o suprimento de água em quantidades certas e em períodos

programados.

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Tendo em vista uma postura profissional e ética, por parte das empresas

que atuam na elaboração e vendas de projetos de irrigação, e uma análise do

comportamento do produtor de coco anão, no quarto capítulo foram relatadas

algumas estratégias de marketing a serem adotadas para que o público alvo seja

atendido, e que a aquisição de irrigação seja justificada , resultando na satisfação

dos clientes e ganhos para as empresas desse segmento.

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1. PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO COCO

ANÃO

Ao se ingressar em uma atividade agrícola, é importante que se conheça o

perfil dessa atividade tanto na região a ser implantada, quanto no contexto

mundial e nacional. Desse modo, será possível entender as freqüentes variações

no seu valor, no momento da comercialização, que também sofrerá a influência da

produção proveniente do mercado exterior.

O coqueiro anão é uma cultura com grande potencial agrícola em diversos

estados brasileiros. Devido à adaptação em regiões de clima quente, facilita o

elevado consumo da água de coco, considerada amplamente pelo seu sabor

agradável. Segundo Assis et al.(2000), sua composição química é semelhante à

das bebidas isotônicas usadas por esportistas para reidratação e reposição de

sais.

A variedade anã é caracterizada por apresentar plantas de porte baixo,

contudo estas características podem sofrer variações conforme o local de cultivo,

material genético utilizado, manejo e tratos culturais utilizados na lavoura.

O coqueiro, inicialmente cultivado na faixa litorânea nordestina, tem vencido

desafios e hoje é cultivado nas regiões Norte, Centro - Oeste e Sudeste, inclusive

regiões semi-áridas do Nordeste, aplicando-se a irrigação. No passado, apesar de

sua importância, o coqueiro era explorado de maneira empírica resultando em

baixo rendimento. Atualmente, o extrativismo rústico vem sendo substituído pela

aplicação de tecnologia apropriada tornando-se uma atividade empresarial.

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Do coqueiro praticamente tudo é aproveitado: raiz, estipe, inflorescência,

folhas, palmito e principalmente o fruto que passando por uma simples

transformação gera diversos subprodutos ou derivados. Da casca do coco são

extraídas fibras de diferentes comprimentos que servem para a fabricação de uma

diversidade riquíssima de artigos como vestuário, tapetes, sacaria, cama de

animais, e outros. As cascas podem ser incorporadas ao solo como adubo

orgânico, fornecendo 3,5 % em K2O ( EMBRAPA, 1983).

1.1. Perspectivas do Coco no mercado internacional

Graças à multiplicidade de usos do óleo de coco para as diversas

indústrias, não deverá faltar mercado para produção, pois sempre haverá, cada

vez mais, compradores interessados nas propriedades químicas derivadas do seu

alto teor de ácido láurico (48%), além de outros ácidos, que são muito valorizados

pelas industrias alimentícias, farmacêuticas, de cosméticos entre outras ( OHLER,

1984). Esta composição química o diferencia dos outros óleos vegetais, à

exceção do óleo de amêndoa de dendê, garantindo-lhe demanda crescente no

mercado mundial.

Dada a crescente preocupação, principalmente nos países mais

desenvolvidos, com a alimentação natural e saudável, a tendência de mercado

para esses produtos é assegurada. Segundo dados da FAO, em 1985, os

maiores exportadores de óleos e gorduras foram: Argentina, Brasil, Canadá,

Indonésia, Malásia, Filipinas e Estados Unidos.

1.2. Perspectivas do Coco no Mercado Nacional

O Brasil, hoje, é o maior produtor de coco anão do mundo, e tem

perspectiva de grande crescimento da produção, com resultado de cultivos que

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ainda estão em início de produção (PORTO, 2001). O coqueiro (Cocos nucifera

L.) é uma planta originária da Ásia que foi introduzida no Brasil em 1553, na Bahia,

alargando-se posteriormente até o Rio de Janeiro.

O coco é a principal cultura perene para recuperação do ecossistema que,

pelo desmatamento em décadas passadas, encontra-se em algumas

microregiões, em franca degradação. A cocoicultura é uma atividade que gera

emprego o ano todo, garantindo ocupação aos grandes contingentes humanos

que migram para as grandes, pequenas e médias cidades localizadas nas regiões

dos tabuleiros costeiros nordestinos.

Nos quadros a seguir estão relacionados alguns municípios produtores de

coco em todo o país.

Quadro 1. Produção em Kg de coco verde no ano de 1999. Est. Município

Jan. Julho

Fevereiro Agosto

Mar. Setembro

Abril Outubro

Maio Novembro

Junho Dezembro

Totais

CE Paraipaba 155.000 131.000

69.000 78.000

177.900 13.000

233.000 0

115.200 0

89.000 14.000

1.075.100

PE Petrolina 325.000 156.000

513.000 81.000

324.000 156.200

213.000 52.000

243.000 63.000

107.000 30.000

2.263.200

BA Juazeiro 230.000 237.000

75.000 337.000

88.000 482.000

146.000 254.000

126.500 284.000

188.000 327.000

2.774.500

ES Vila Valério

66.000 70.320

94.320 141.920

66.000 157.960

80.000 111.440

32.000 104.400

82.960 60.640

1.067.960

RJ Itaguaí 26.300 28.040

12.200 21.860

8.500 28.400

9.660 29.700

22.740 60.000

18.740 115.840

301.900

Fonte: CEASA – RJ – GEREN DITEC/ SECON Quadro 2. Produção em Kg de coco seco no ano de 2000. Est. Município

Jan. Julho

Fevereiro Agosto

Mar. Setembro

Abril Outubro

Maio Novembro

Junho Dezembro

Totais

RN Touros

40.000 104.000

62.000 116.000

108.000 140.000

108.000 44.000

60.000 84.000

96.000 80.000

1.042.000

AL S. M. dos Milagres 29.000 72.000

12.000 48.000

17.000 116.000

26.000 56.000

0 36.000

82.000 46.000

540.000

CE Pinoretama 30.000 54.000

26.000 54.000

12.000 109.000

0 97.500

0 87.500

0 165.000

635.500

Fonte: CEASA – RJ – GEREN DITEC/ SECON

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1.3. Perspectivas do Coco no Mercado Fluminense

Como se pôde observar no quadro 1, o Rio de Janeiro, embora possua

características urbanas, é formado por alguns municípios onde as condições de

clima e solo favorecem ao cultivo do coqueiro anão, como é ocaso do município

de Itaguaí, em que grande parte de seus solos é formado por turfas, que se bem

drenadas oferecem as condições para este cultivo.

O Estado do Rio de Janeiro constitui-se um grande consumidor dos

produtos da fruticultura tropical. Isto também se deve ao fato de Ter um grande

potencial turístico, e pela população dos grades centros estar em constante busca

pelo consumo de alimentos naturais, pois a rotina de vida de grande parte das

pessoas obriga-lhes a consumirem alimentos de rápido preparo, nem sempre

benéficos à saúde.

Como exemplo pode-se observar no quadro 3, o volume de comercialização

de coco no Grande Rio.

Quadro 3. Valores em toneladas da movimentação do coco no Grande Rio nos ano de 2001 e 2002. Produto Abril

2001 Março 2002

Abril 2002

Coco seco 1.134,5

609,4 2.622,5

Coco verde 1.022,0

1.994,2 1.956,3

Fonte: CEASA – RJ – GEREN DITEC/ SECON

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1.4. Canais de Comercialização

A comercialização do coco é realizada pelo produtor durante todo o ano,

diminuindo nos meses chuvosos, pelas dificuldades apresentadas na colheita e no

escoamento da produção.

Praticamente todos produtores são proprietários, e as maiores extensões

de área plantada com coqueiros pertencem aos grandes e médios proprietários.

Os plantios são, geralmente, em moldes racionais, e parte da produção é

negociada diretamente com as industrias locais. Enquanto os pequenos

proprietários caracterizam-se por serem descapitalizados e por dependerem

exclusivamente do intermediário e dos agentes das industrias para

comercializarem sua produção.

O preço é afetado pelos mecanismos de comercialização, pelo grau de

intermediação e pelo número de agentes que participam dos canais de

comercialização.

1.5. Morfologia de Ecofisiologia do Coqueiro

A seguir serão apresentados alguns aspectos morfológicos do coqueiro

anão, para que se conheça um pouco mais suas partes e funções.

1.5.1. Classificação Botânica

Segundo Purseglove (apud FERREIRA, 1998, P.57), o coqueiro segue a

seguinte classificação:

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Classe: Monocotyledonea

Ordem: Palmales

Família: Palmae

Subfamília: Cocoideae

Gênero: Cocos

Espécie: Cocos nucifera L.

1.5.2. Sistema Radicular

O coqueiro possui sistema radicular fasciculado, portanto não tendo uma

raiz principal, sendo esta uma característica das monocotiledôneas. Cintra et al

(apud FERREIRA et al.,1998, pg. 58), relataram que para a variedade anã, cerca

de 70 a 90% das raízes totais se encontram dentro de um raio de 1 m, a partir do

estipe, e uma profundidade entre 1,2 e 0,6 m. Desse modo torna-se de

fundamental importância o dimensionamento adequado do sistema de irrigação,

pois este tem como finalidade atender ao sistema radicular do coqueiro. O

coqueiro apresenta bom desenvolvimento em solos de boa drenagem, não

tolerando solos excessivamente argilosos, que dificultam o desenvolvimento do

sistema radicular.

1.5.3. Caule

O caule do coqueiro é do tipo estipe, não-ramificado, muito desenvolvido e

resistente. A parte terminal do tronco, de onde se formam novas folhas, é tenra e

comestível, constituindo o palmito.

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1.5.4. Folha

A folha do coqueiro é do tipo penada, podendo, para a variedade anão,

serem produzidas 18 folhas por ano.

1.5.5. Inflorescência

O coqueiro possui flores femininas e masculinas em uma mesma

inflorescência, variando esta proporção de acordo com a variedade.

1.5.6. Fruto

Conforme a classificação botânica o coco é uma drupa, composta por

epiderme, mesocarpo, endocarpo e semente, sendo esta última constituída de

tegumento e albúmen.

1.6. Fatores Climáticos

A temperatura ideal para o coqueiro está em torno de 27 0C. Tais

condições são encontradas na costa tropical onde o oceano atua como

estabilizador da temperatura.

A distribuição das chuvas é o fator que mais interfere no desenvolvimento

do coqueiro, sendo o uso da irrigação uma prática fundamental no cultivo desta

planta.

Essa situação é amenizada onde o lençol freático é pouco profundo, ou

quando é possível se instalar um sistema de irrigação. A ausência de água nos

tecidos da planta exerce influência direta sobre seus processos fisiológicos e as

condições de umidade do solo são fatores determinantes da magnitude dessa

ausência.

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Tem sido observado que o crescimento e a produção não dependem

apenas da pluviosidade total, mas também da distribuição anual das chuvas. Um

período de três meses com menos de 50 mm de precipitação mensal, é

considerado prejudicial ao coqueiro (FERREIRA, 2000). Desse modo, há autores

que recomendam uma aplicação de 100 a 110 litros de água por planta/ dia,

evitando se aproximar dos valores críticos.

1.7. Implantação e Manejo do Coqueiral

Para obter as mudas, deve-se obedecer todo o processo de seleção,

controle fitosanitário e nutrição recomendado tecnicamente para que não haja a

necessidade de replantio, evitando assim gastos que raramente são computados

pelo produtor rural.

Mesmo sendo uma planta adaptada a diversas regiões, o coqueiro só se

desenvolverá de maneira adequada em solos bem drenados e livres de obstáculos

que possam impedir o desenvolvimento do sistema radicular.

A densidade de plantio que proporciona as melhores condições para os

tratos culturais, luminosidade e ambiente favorável ao controle de pragas e

doenças no cultivo do coqueiro anão, é a de 7,5 x 7,5 em forma de triângulo,

comportando assim 205 plantas por hectare. Plantios com maior adensamento

ocasionam a competição entre as plantas, principalmente em se tratando de

regiões onde há pouca disponibilidade d’água, mesmo com o uso da irrigação.

Recomenda-se a utilização da gradagem, que consiste na incorporação da

vegetação que cobre os espaços entre as linhas de plantio. Esta prática busca

reduzir a competição por água e nutrientes pelas plantas daninhas. Outra prática

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utilizada é a roçagem, sendo recomendada em função do tipo de vegetação

predominante.

O plantio de culturas com ciclo de vida temporário, entre os coqueiros

também é adotado em alguns lugares nos quatro primeiros anos do coqueiral,

quando ainda é baixa a competição por nutrientes, água e luz.

Para se reduzir a infestação de plantas daninhas, também faz-se o

coroamento, que é a capina de um raio que varia de 1 a 2m ao redor da planta.

1.7.1. Controle de Pragas e Doenças

A ação nociva das pragas e de doenças nos coqueirais constitui um fator

limitante para essa exploração, desde a implantação, ocasionando grande número

de replantas, como durante o início de seu ciclo de vida que terá sua época de

produção retardada. Na fase adulta do coqueiro há grande incidência de

coleobrocas ,que são, insetos que na sua fase de larva, alimentam-se dos tecidos

internos da planta, resultando numa redução da produção.

1.7.2. Nutrição do Coqueiro

A avaliação das condições químicas do solo é de grande importância

quando se espera alcançar uma produtividade que atenda um mercado cada vez

mais exigente. A análise do solo é a primeira medida a ser tomada para se chegar

a bons níveis de fertilidade. Consiste em determinar os teores de nutrientes

presentes no solo e que se encontram disponíveis para serem absorvidos pela

planta, possibilitando estabelecer quantidades de nutrientes ( adubos) a serem

aplicados.

O manejo nutricional do solo consiste na aplicação de calcário,adubação

de plantio e pós-plantio e adubação orgânica. A diagnose foliar é um método de

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avaliação do estado das culturas em que determinadas folhas são analisadas em

períodos definidos da vida da planta. Analisa-se as folhas pois elas são os órgãos

que, refletem melhor o estado nutricional das plantas.

Conforme Vitti et. al .(2001), os elementos exigidos em grande quantidade

pelo coqueiro são nitrogênio, potássio e cloro, enquanto que o fósforo, cálcio,

magnésio e enxofre apresentam menores exigências.

A colheita do coco anão é feita manualmente, justificando, o emprego da

mão-de-obra, que deve ser especializada para as atividades do coqueiral.

De acordo com Ferreira et. al (1998), na variedade anã em média são

colhidos 14 cachos/ ano.

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2. A IMPORTÂNCIA DA IRRIGAÇÃO PARA A PRODUÇÃO

DO COCO ANÃO

São inúmeros os relatos sobre a importância da água aos seres viventes,

observando-se que as diversas espécies vegetais são condicionadas,

principalmente, à maior ou menor intensidade de consumo das águas do solo ou

das chuvas.

Áreas de chuvas abundantes e relativamente bem distribuídas possuem

vegetação luxuriante, sendo a Amazônia um exemplo típico. Onde ocorre verão

seco, as vegetações rasteiras predominam e com a seca intensa surgem os

desertos. Logo, a distribuição da vegetação na superfície terrestre é direta e

fortemente relacionada à disponibilidade de água.

Serão apresentadas em linhas gerais algumas características da água e

sua interação com a planta e o solo, para que se possa ter base científica que

justifique determinados procedimentos na hora de recomendar, adquirir ou instalar

um sistema de irrigação.

2.1. Efeitos da água na planta

As plantas interagem com o ambiente através de processos de troca de

materiais como nutrientes, compostos orgânicos oxigênio e gás carbônico, que

agem em reações bioquímicas no interior de suas células.

Qualquer planejamento e qualquer operação de um projeto de irrigação

com que se visem à máxima produção e à boa qualidade do produto,

usando de maneira eficiente a água, requerem conhecimento das inter-

relações entre solo – água – planta – atmosfera, e o manejo de irrigação

( BERNARDO, 1995, p. 327).

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2.2. Comportamento da Água no Solo

A água situa-se no interior dos poros do solo e sua retirada se dá através

das forças de capilaridade. A força com a qual a água está presa ao solo é

representada por matriciais, e expressos em bar ou pascal. Seu movimento se dá

por um diferencial energético (KLAR, 1984), e este movimento desempenha o

papel de levar consigo nutrientes para o interior das células das plantas.

2.2. Qualidade da água para a irrigação

A qualidade da água para a irrigação é analisada sob os aspectos, biológico

e físico - químico. O aspecto biológico é entendido quando se utilizará a irrigação

em uma plantação de alface, por exemplo. É essencial que seja utilizada uma

água isenta de coliformes fecais, para que a saúde dos consumidores desse

produto não seja comprometida.

Quando se refere ao aspecto físico - químico, tem se em vista que a água

não deve estar carregada de elementos tóxicos às plantas como altas

concentrações de sais, ou mesmo elementos que promovam o entupimento dos

emissores, como o alto teor de ferro.

2.3. A irrigação

Esta técnica consiste em levar às plantas a quantidade de água necessária

ao seu bom desenvolvimento.

A utilização da irrigação na produção agrícola não é técnica recente, pois

há milênios já se tem conhecimento do seu emprego. Ao se estudar a história das

civilizações, observa-se tal prática com as inundações do Rio Nilo, sendo

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aperfeiçoada até os dias atuais tendo em vista a sua importância e a escassez dos

recursos hídricos. Assim, essa técnica vêm sendo modelada em função do cultivo

a ser suprido, otimizando-se a disponibilidade de recursos financeiros e o seu

manejo.

As plantas ao serem cultivadas com a finalidade de gerarem alta

produtividade, ou seja, dar retorno financeiro, passam a ser estudadas

profundamente em todos os aspectos, sendo disponibilizados através da

pesquisa, os parâmetros necessários para se alcançar os melhores resultados.

O custo da irrigação é alto e justificado somente quando se tem uma

agricultura bem conduzida. Fora essa condição, os investimentos na agropecuária

não apresentam uma taxa interna de retorno esperada.

De acordo com Yusuf & Varadan (apud FERREIRA ,1998, pg. 159), a

variabilidade da precipitação pluvial e o uso de recursos inadequados de irrigação

e de manejo de água são uma das principais causas da baixa produtividade do

coqueiro, mesmo nos locais onde é tradicionalmente cultivado.

É necessário a implantação de um sistema de irrigação que promova a

disponibilidade da água para a planta, tendo em vista que diversos fatores ligados

ao solo, à planta e ao próprio clima, atuam na absorção de água e nutrientes.

Dentre outros podemos citar a extensão das raízes, o potencial osmótico da

solução do solo, a permeabilidade da raiz e até mesmo a temperatura do solo,

pois se esta estives acima ou abaixo dos níveis ideais, há redução na velocidade

de translocação de nutrientes, inibindo a atividade metabólica.

Quando se fala na exploração comercial da cultura do coqueiro, torna-se

indispensável o uso da irrigação, devido a irregularidade da distribuição das

chuvas.

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2.5. Quando, como e quanto irrigar

Ao se perceber a importância e a necessidade do uso de irrigação, muitos

empresários agrícolas por questões culturais, tomam atalhos na busca do

equipamento, comprando algo que a princípio é de baixo custo, ou o mesmo que

seu vizinho adotou e “funcionou”. Esse comportamento, muitas vezes reflete na

implantação de um sistema que não atende à necessidade real da plantação, ou

poderá estar operando de maneira super dimensionada, como por exemplo, o uso

de uma bomba com potência de 10 cv, onde 5 cv seriam suficientes para

acionamento do sistema, resultando num maior consumo de água e energia.

Para que não hajam gastos desnecessários ou imprevistos no momento de

instalar um sistema de irrigação, é necessário e coerente a contratação de um

profissional desta área, que de posse das informações necessárias poderá

elaborar um projeto.

São dados de partida para se elaborar um bom projeto de irrigação:

levantamento planialtimétrico, dados do solo e da água do local, a planta a ser

cultivada e a disponibilidade financeira, tendo em vista que de nada adiantará um

projeto perfeito, porém inviável às condições do cliente. Com todos esses dados

em mãos, pode se dividir o projeto em Memorial descritivo, dimensionamento

hidráulico e finalmente, o orçamento mediante análise dos componentes ideais e

comerciais, pois pode se verificar na prática que em determinado projeto, que o

diâmetro ideal encontrado para adutora, é de 72 mm, porém este não é um

diâmetro comercial, tendo que ser ajustado para 75 mm.

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2.6. Parâmetros e conceitos envolvidos na agricultura irrigada

A irrigação, por ser uma ciência, resulta num grande quebra-cabeças onde

cada peça deve ser posicionada de forma clara e objetiva, para que não hajam

falhas pelo caminho.

2.6.1. Evapotranspiração

Para a agricultura a evapotraspiração é um parâmtero muito importante,

pois processos como transporte de nutrientes e fotossíntese estão diretamente

ligados ao processo evaporativo ou seja o consumo de água.

A evapotranspiração é a somatória de dois termos: Transpiração,

quando a água que penetra pelas raízes das plantas, utilizada na

construção dos tecidos ou emitida pelas folhas , reintegra-se na

atmosfera, e evaporação, se a água evaporada pelo terreno nu,

adjacente às plantas, por uma superfífie de água ou pela superfície das

folhas, quando molhadas por chuva ou irrigação, for for evaporada sem

ser usada pelas plantas (KLAR, 1984, pg. 190).

2.6.2. Capacidade de campo

Pode ser entendido como o momento em que o solo tem armazenado em

seus poros, uma fração de água que pode ser absorvida pela planta.

2.6.3. Ponto de murchamento

É o momento em que a água retida nos microporos do solo não está

disponível à planta.

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2.6.4. Profundidade efetiva do sistema radicular

Cada espécie apresenta em sua estrutura, um sistema radicular

diferenciado que pode se classificar em pivotante, fasciculado, tuberoso ou axial.

E a região responsável pela absorção de água de sistema, está localizada de

maneira, ou em profundidade estratégica.

2.7. Análise de cultivos com e sem irrigação

A importância ou a diferença causada pela irrigação numa plantação de

coqueiros pode ser vista em dois momentos.

O primeiro pode ser sentido quando, se atravessa um longo período de

estiagem e as folhas das plantas começam a apresentarem os primeiros sintomas

da falta d’água. Nessas condições, até que as providências tomadas tenham

efeito, muita coisa estará perdida. Em outras palavras, a primeira atitude é buscar

qualquer alternativa para suprir a falta d’água, como adquirir um equipamento que

poderá levar mais de uma semana para chegar à loja do revendedor, ou não

dispor de um reservatório d’água com a capacidade ideal, ficando com o

abastecimento precário, e outras surpresas que podem acontecer.

Também há aqueles produtores com visão empresarial, que estão ansiosos

para ver resultados, tirar maiores produções por área, ou seja, maior

produtividade. É para essas pessoas que a pesquisa trabalha, pois de nada

adianta belas equações de regressão linear, equações que idealizam máximos e

mínimos, mas que estejam guardadas nas prateleiras e computadores das

instituições de pesquisa ou de ensino. Bastam apenas alguns valores dispostos

de maneira ordenada, para que se tirem algumas conclusões.

O quadro a seguir mostra alguns dados bem simples do coqueiro anão irrigado.

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Quadro 4. Produção estimada por planta/ano dos coqueiros, anão, gigante e híbrido.

Idade da Planta N0 de frutos/ planta/ ano Anão Gigante Híbrido Anão Sem irrigação Com irrigação

3 5 - - 20 4 15 - 10 60 5 30 5 30 80 6 50 20 60 100 7 70 30 80 150 8 90 50 100 150 9 100 60 110 150

10 e seguintes 100 70 120 150 Coqueiros/ Ha 205 142 160 205

Fonte: Embrapa (1993).

Para análise , podem ser tomadas as colunas que mostram o número de

frutos/planta/ano, do coqueiro anão. Observa-se o desempenho das plantas

irrigadas já no terceiro ano de cultivo quando se tem a primeira produção.

Verifica-se ainda que, as plantas cultivadas sem irrigação atingem esses valores

somente após o sexto ano de cultivo.

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3. SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO ADOTADOS NO COQUEIRO

Antes de se falar nos aspectos da irrigação e seu custo no cultivo do

coqueiro anão, é importante que sejam abordados, mesmo que em linhas gerais,

os principais tipos de sistemas de irrigação e suas características, pois, além da

grande diferença existente nos valores dos componentes de cada um, o primeiro

passo é se saber qual sistema é indicado para cada planta ou tipo de cultivo.

3.1 - Tipos de Sistemas de Irrigação

Segundo Vieira (1989), um sistema irrigação é o conjunto de técnicas e

equipamentos, programados e operados de forma racional, para garantir o seu

objetivo, que é repor a água do solo e da planta, garantindo uma boa

produtividade.

Quando se busca adquirir de um conjunto de irrigação, pensa-se

unicamente nos seus componentes, sem que se faça uma análise de como será

seu funcionamento, ou seja, se estará sendo explorado todo o potencial deste

conjunto, bem como respeitadas as suas limitações. No entanto, ao se falar em

irrigação deve-se sempre ter em mente o conceito de sistema de irrigação, que

seria uma idéia mais abrangente, onde a atenção é voltada para a interação de

seus componentes. Um sistema de irrigação mal dimensionado pode resultar

num fornecimento precário, como também no excesso de água, que pode ser tão

prejudicial quanto a sua falta. A inundação causa interferência nas atividades de

síntese das raízes, privando a parte aérea de minerais e outras substâncias

ligadas ao crescimento.

A aplicação da água na agricultura é feita por meio de métodos ou sistemas

de irrigação, que vêm a ser o conjunto de técnicas e equipamentos que promovem

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a distribuição da água em quantidade e freqüência adequada às plantas

cultivadas, a fim de garantir seu perfeito desenvolvimento e produção com uso

racional da água. Os principais sistemas de irrigação atualmente adotados no

Estado do Rio de Janeiro, são os descritos abaixo.

3.1.1 - Sistemas de superfície

Nesse sistema, a água é distribuída diretamente sobre a superfície do

terreno, utilizando a força da gravidade, infiltrando-se no solo (VIEIRA, 1989). Este

sistema divide-se em três modalidades: Sulcos (valas com declividade média de

0,1 a 1,5% dispostas no terreno), por faixas e por inundação, que consiste em

cobrir o terreno com uma lâmina de água, que se infiltra no solo irrigando-o.

Algumas plantas se desenvolvem de maneira satisfatória sendo irrigadas dessa

forma. Como exemplo pode ser citado o sistema adotado para a irrigação dos

plantios de arroz ( Oriza sativa L.), onde o terreno é dividido em “tabuleiros”, tendo

sua topografia sistematizada, e toda a superfície coberta por uma lâmina d’água.

Então, ao se indicar um sistema de irrigação por superfície, considera-se a

planta a ser irrigada, a topografia do terreno e o tipo de solo, pois solos arenosos,

não são adequados a esse tipo de irrigação.

É necessária a implantação de um sistema de irrigação que promova a

disponibilidade da água para a planta, tendo em vista que diversos fatores ligados

ao solo, à planta e ao próprio clima, atuam na absorção de água e nutrientes.

Dentre outros podemos citar a extensão das raízes, o potencial osmótico da

solução do solo, a permeabilidade da raiz e até mesmo a temperatura do solo,

pois se esta estives acima ou abaixo dos níveis ideais, há redução na velocidade

de translocação de nutrientes, inibindo a atividade metabólica.

A profundidade de irrigação se refere ao perfil do solo que será irrigado.

Trata-se de um parâmetro fundamental para a fixação da quantidade de água a

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aplicar na irrigação. Segundo Vieira (1989), esta profundidade é estimada em

função da profundidade do sistema radicular da planta a ser cultivada a qual

representa a parcela do perfil do solo a partir de sua superfície, onde se localizam

90% das raízes e radicelas da planta. Toda a água que adentra a planta o faz

essencialmente pela raiz, e principalmente, através dos pêlos absorventes

3.1.2 – Irrigação por Aspersão

Esse sistema é adotado em plantas de ciclo anual, como o feijão

(Phaseolus vulgaris L.) e milho (Zea mays L.), em olerícolas, ou seja, hortas em

geral, e forragens para a pecuária. Caracteriza-se por sua facilidade de

dimensionamento e montagem, considerando também seu custo relativamente

baixo.

É composto por conjunto moto-bomba, sistema para sucção da água no

reservatório, Linha principal de tubos para o recalque da água, linha secundária,

e os aspersores, que são responsáveis pela distribuição da água de maneira

uniforme.

3.1.3 – Irrigação por Microaspersão

Aqui é utilizado um emissor por planta tornando o sistema um pouco mais

complexo quanto ao dimensionamento hidráulico, e o número de componentes

envolvidos. Este sistema é adotado em culturas perenes, sendo estas

caracterizadas por seu longo ciclo de vida. Desse modo, podemos citar como

exemplo o cultivo do coco anão.

Um aspecto muito importante nesse sistema é o uso racional da água, visto

que emissores pequenos e direcionados fazem o trabalho com maior eficiência, e

a área é dividida em setores, onde cada setor tem seu momento de ser irrigado,

necessitando assim, um conjunto moto-bomba menor. Claro que para se chegar a

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um sistema de maior eficiência, outros componentes entram em cena, como é o

caso dos filtros, maior variedade de tubulações e maiores cuidados para a

manutenção. Observando–se ainda que este sistema também pode ser

automatizado, reduzindo em grande escala a mão de obra.

3.1.4 – Irrigação por Gotejamento

Muitas plantas, como flores cultivadas em vasos e canteiros, ou frutíferas

cultivadas em linhas de plantio, como o maracujazeiro (Passiflora edulis),

necessitam de uma boa dosagem de água, porém na hora certa e em quantidades

preestabelecidas. Surge então a irrigação por gotejamento, que, como o próprio

nome diz, seu princípio é gotejar de maneira uniforme e constante, não agredindo

as plantas não molhando as suas folhas, flores ou frutos, reduzindo a

possibilidade de infestação de doenças fúngicas, que se desenvolvem em altas

temperaturas e alta umidade do ar no microclima da plantação.

Em se tratando das condições econômicas, ambientais e práticas, os

sistemas citados são os mais freqüentes, no Estado, porém existem outros

sistemas, como o uso de potes de barro e o pivô central, muito usado na região

Centro-Oeste, onde a topografia é plana e ainda se dispõe de muitos cursos

d’água.

Para se irrigar o coqueiro anão, recomenda-se o sistema de irrigação por

microaspersão, pois garante às plantas quantidades ideais de água, sem que

hajam desperdícios de energia e água. É verdade que muitos irrigam coqueiros

através de sistemas de irrigação por aspersão, porém não são analisadas as

implicações deste uso às condições fitossanitárias do coqueiral, pois a

propagação de muitas doenças é favorecida. Também pode ser adotado o

gotejamento, mas o custo será maior, pois serão necessários mais que um

gotejador por planta.

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3.2 - Aspectos Econômicos de um Sistema de Irrigação por

Microaspersão no Cultivo do Coqueiro Anão

Ao se analisar os custos para a implantação de um sistema de irrigação,

deve-se proceder esta análise em duas vertentes:

3.2.1 - Custos de Implantação

Geralmente os profissionais que atuam no dimensionamento e venda de

equipamentos de irrigação, deparam-se com as seguintes perguntas de seus

futuros clientes:

- Quanto custa irrigar 10.000 pés de coco anão?

- Qual a capacidade da bomba que será utilizada para irrigar a minha plantação?

- Eu li em determinada revista agrícola que para se irrigar 1 Hectare de coco

anão, o custo é de R$ 2.500,00. Posso me basear neste valor para captar o

recurso que preciso para irrigar a minha plantação?

Mediante a esta tempestade de informações gerais que o cliente adquiriu, é

importante que o profissional da área tenha sensibilidade o bastante para mostrá-

lo que “cada caso é um caso”. E, abrindo um parêntese, as empresas deste

segmento sabem que as condições dependem de diversas variáveis desde a parte

técnica até as condições do cliente em pagar o referido sistema, pois do que vale

toda a viabilidade técnica em “condições ideais de temperatura e pressão”, se na

realidade não se quer investir a esse nível?

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Alguns fatores que determinam qual o custo real da implantação de um

sistema de irrigação:

· Tamanho da área;

· Condições topográficas do terreno;

· Tipo de solo, para se saber a sua capacidade de retenção, e seu

comportamento para a disponibilidade de água às plantas;

· A densidade de plantio;

· A distância e desnível do terreno em relação ao reservatório de água;

· Tempo disponível para o funcionamento do sistema; Custos de operação e

manutenção dos sistemas de irrigação localizada;

· Qualidade dos equipamentos a serem utilizados;

· Poder de flexibilidade da empresa fornecedora dos serviços e

equipamentos, em atender às condições que o cliente dispõe para efetuar a

compra;

3.2.2 - Custos de operação e Manutenção

Dependem principalmente:

· Da qualidade dos equipamentos que constituem o sistema;

· Do serviço de pós-venda prestado pelo fornecedor do equipamento;

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· Mão de obra capacitada para a operação do sistema, refletindo diretamente na

vida útil do equipamento;

· Da qualidade do projeto que resultou no sistema.

Nos sistemas de irrigação convencionais, há uma maior demanda de mão-

de-obra. Como ocorre no sistema de irrigação por aspersão, geralmente faz-se a

mudança da tubulação lateral obedecendo-se o número de posições ocupadas por

dia pelo sistema. Na irrigação por microaspersão, adotada para irrigar o coqueiro

anão, a mão de obra deve ser treinada, para que toda a área seja irrigada de

maneira uniforme, e não ocorram eventualidades, como o entupimento de

microaspersores. A rotina de trabalho envolve limpeza dos filtros, abertura e

fechamento dos setores de modo sistemático e a observação do teor de umidade

do solo.

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4. POSICIONAMENTO DAS EMPRESAS QUE ATUAM

NO SEGMENTO DE IRRIGAÇÃO

As empresas que elaboram projetos e comercializam equipamentos de

irrigação, devem buscar algo mais do que simplesmente a venda fria em um

destes segmentos, pois até aí todos estão aptos a chegar. Como proceder?

Executar pelo menor preço que o mercado já viu, muitos tentaram, mas não

tiveram como se estabelecer nele, visto que esta não seria a melhor idéia para

alcançar novos clientes ou manter aqueles que um dia consultaram seus serviços.

Assim, é essencial conhecer o consumidor, e o que exerce influência nas suas

decisões no agronegócio. Parece ser o lógico, porém, é pouco aplicado, o estudo

do comportamento do consumidor.

4.1. Comportamento do Consumidor

Mediante à baixa produtividade das plantações por falta de chuvas, muitos

produtores tem decidido suprir essa necessidade, partindo da forma que lhes

convém para a compra da tão falada irrigação.

O processo de compra inicia-se quando o comprador reconhece um

problema ou necessidade ( KOTLER, 1998).

Decisões são escolhas que as pessoas fazem para enfrentar problemas e

aproveitar oportunidades. Maximiano (2000), diz que tomar decisões para

enfrentar problemas e aproveitar oportunidades é um ingrediente importante do

trabalho de administrar.

O produtor, ou empresário agrícola, como deve ser chamado, pode ser

influenciado no momento da compra do equipamento por:

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4.1.1. Fatores culturais

Os fatores culturais exercem a mais ampla e profunda influencia sobre o

comportamento do consumidor. A cultura indica se é lucrativo ingressar em

determinado negócio, pois seus resultados são vistos através das pessoas que

estão vivendo a mesma realidade. Ou seja, se o sistema que seu vizinho usa está

funcionando, então mesmo sem saber sua eficiência, será adotado.

4.1.2. Classe Social

A classe social também exerce grande influência. As diferenças não se

limitam simplesmente à renda, mas há outros indicadores como o nível

educacional, as atividades desenvolvidas paralelamente à atividade agrícola e os

locais frequentados.

4.2. Como as Empresas Fornecedoras de Irrigação devem se

Posicionar

Nenhuma empresa agrícola pode se sentir isenta dos contratempos da

economia, nem mesmo pensar que seus clientes serão fiéis até o fim, pois se ela

não faz rápido e bem feito, com certeza na próxima rua há quem o faça. Caldas

(2003), diz que nada neste mundo mudou mais do que o cliente. Acabou a

distância e o isolamento. Assim, percebe-se que quando determinada empresa

recebe a visita de um cliente, este já fez, ou fará a mesma visita em outras lojas,

ou terá feito uma pesquisa por telefone ou internet.

Por ser um segmento diferenciado dentre aqueles voltados a fornecer

produtos e serviços agropecuários, as empresas que elaboram, vendem ou

executam projetos de irrigação necessitam estarem fundamentadas em um

planejamento que suporte as oscilações do mercado e dos desejos e

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necessidades dos produtores. Diz-se diferenciado, pois não são suficientes

algumas dicas ou recomendações, para que um projeto seja executado. Observa-

se que, quando se comercializa adubos, por exemplo, não se tem os resultados

esperados, se na hora da aplicação colocar dosagem inferior à recomendada,

porém, neste caso, o erro será mascarado. No entanto, em um sistema de

irrigação, se as perdas de carga, por exemplo, não forem calculadas de maneira

ideal, os aspersores simplesmente não funcionarão corretamente, e isso será

percebido a uma boa distância, e o pior, as necessidades das plantas não serão

atendidas. Assim, há a necessidade de se ter profissionais capacitados para a

elaboração, venda e execução dos projetos.

Outro aspecto muito importante, é o programa de endomarketing a ser

executado por essas empresa, pois cada profissional necessita conhecer,

entender e respeitar os princípios de ação da empresa. Esta condição reflete

diretamente na qualidade do trabalho de cada um. Todas as pessoas, sejam

elas, responsáveis pela elaboração dos projetos, vendas, recepção, envio ou

montagem dos equipamentos precisam conhecendo a política interna e até a

composição de preços, suas margens e condições possíveis para que o cliente

efetue o pagamento.

4.2.1. Hora de se planejar

Do mesmo modo que as outras empresas, de diversos segmentos, agem, é

necessário se planejar estrategicamente para se alcançar o resultado final que é a

elaboração, a venda e a execução dos projetos com êxito.

Entre muitas questões que as empresas devem responder, ao tomar

decisões estratégicas, estão as seguintes:

· Quem são ou devem ser nossos clientes?

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· Quais são as perspectivas desse ramo de negócio na região?

· Quais são as nossas vantagens competitivas?

· Quais são as vantagens dos nossos concorrentes?

· Quais são os recursos que tornam viável nossa missão?

· Temos competências singulares?

· Devemos desenvolver nossos próprios recursos, ou procurá-los no

ambiente externo?

· Qual é a hora certa para agir?

· Devemos tentar controlar o ambiente ou ser flexíveis e adaptar-nos?

· Há nichos que outras empresas não exploraram?

· Devemos procurar a verticalização?

· Devemos diversificar ou especializar-nos?

Todas estas perguntas podem ser respondidas ao se fazer os seguintes

estudos:

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4.2.2. Estudo da Praça

Em marketing “praça” (place), é o mercado em que o produto ou serviço vai

ser adquirido do consumidor. Descobrir nichos de mercado é o grande desafio de

marketing, mas nem sempre uma oportunidade atrativa se revela economicamente

interessante.

O estudo da praça é o que pode se chamar de estudo do potencial de

mercado. Este é calculado para representar a capacidade de um mercado de

determinada área ou a de um ramo de atividades em absorver uma quantidade

específica de vendas de um produto. Como o uso da irrigação é uma forte

tendência, é necessário que se conheça o histórico da produção da região, e suas

condições para comportar essa nova mentalidade. Segundo Kotler (1988),

tendência é uma direção ou seqüência de eventos que vêm ocorrendo ao longo do

tempo e promete durabilidade.

As atividades de marketing estratégico ocupam, neste momento, grande

destaque, pois aí é descrito a segmentação do mercado, selecionando o mercado

alvo adequado e demonstrando o posicionamento a ser tomado para a prestação

deste serviço. As empresas que analisam cuidadosamente seus mercados podem

encontrar grandes oportunidades.

4.2.3. Análise dos Concorrentes

Competitividade é um critério extremamente importante de desempenho.

Globalização, privatização e abertura das economias nacionais à concorrência

estrangeira são algumas das forças que impedem as organizações a serem

competitivas. Num ambiente onde há concorrentes, sem competitividade não se

sobrevive. Vantagens competitivas são fatores que contribuem para que um

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produto, serviço ou empresa tenha sucesso em relação aos concorrentes. As

vantagens competitivas também podem ser entendidas como as razões pelas

quais o cliente prefere uma empresa, produto ou serviço. Maximiano (2000), cita

que são inúmeras as vantagens competitivas que uma empresa pode ter, as mais

importantes são: Qualidade, custo baixo, velocidade, inovação e flexibilidade.

Descubra tudo que puder sobre os produtos e serviços que os concorrentes

oferecem. Estude a maneira como eles levam seus produtos e serviços ao

mercado, as políticas das companhias que representam, seus níveis de preços e

estratégias, os mercados onde trabalham, quem são seus clientes.

4.2.4. Posicionamento da Oferta no Mercado

O planejamento da promoção compreende a definição da forma de

comunicação com os clientes, atuais e potenciais. A promoção procura informar o

cliente sobre a existência e as características do produto, e convencer o cliente de

sua necessidade em adquiri-lo.

Para concorrer com fornecedores tradicionais, a empresa talvez seja

obrigada inicialmente a qualificar-se para alista de fornecedores aceitáveis.

Evidentemente se a mesma já estiver a algum tempo no ramo, ela tem as fontes

dos bens e serviços que necessita. Essas fontes talvez não sejam as melhores,

mas existem e são conhecidas. Se quiser se tornar uma delas, você terá que se

fazer conhecido, em seguida despertar interesse e desejo pelos seus produtos e

serviços. Mas, em primeiro lugar, você terá que ser considerado aceitável.

Atingindo esse nível deve esforçar-se ainda mais para atingir o nível, de preferido.

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Conhecendo-se a praça, os concorrentes e quais produtos e serviços são

bons para se oferecer, resta então o desenvolvimento de estratégias que

conduzam de modo eficaz ao sucesso.

4.3. Estratégias

Segundo Porter (apud MAXIMIANO, 2000), as estratégias podem ser

classificadas em três categorias: diferenciação, liderança e foco.

4.3.1. Diferenciação

Consiste em procurar projetar uma forte identidade própria para o produto

ou serviço, que o torne nitidamente distinto dos produtos e serviços concorrentes.

Ou seja, enfatizar uma ou mais vantagens competitivas, como a qualidade do

produto.

4.3.2. Liderança do custo

Na estratégia que busca a liderança, o objetivo é oferecer um produto ou

serviço mais barato.

4.3.3. Foco

Consiste em selecionar um nicho no mercado e dominar os recursos para

para explorá-lo da melhor forma possível, em vez de procurar enfrentar todos os

concorrentes no grande mercado.

Identificada a categoria, a empresa estará com seus rumos traçados, pois

não se preocupará por exemplo, em apresentar os menores preços para um

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determinado produto, se sua ação será sobre a diferenciação. Neste caso, seus

argumentos serão voltados para a qualidade desse produto, e a qualidade tem seu

preço.

4.4. Outros Tópicos Relacionados

Ainda em se tratando de estratégias, outras ações devem ser bem

entendidas e direcionadas, como a forma de se conduzir os preços e a criação da

satisfação do consumidor, sendo cada projeção feita mediante um banco de dados

que estatisticamente, apresente dados significativos

4.4.1. Administração de Preços

O preço deve ser definido levando em conta a capacidade de produzir lucro,

a concorrência e o interesse do cliente.

Muitos empresários no momento de comporem seus preços, entendem que

é suficiente se saber qual é o percentual de lucro desejado, e multiplicar seu valor

de compra por este fator, e o preço está definido. Engano, pois o valor do custo, e

o valor para venda, devem estar discriminados com os devidos percentuais de

ICMS, PIS e COFINS, frete, IPI, comissões e margens de lucro a que se pretende

obter. Mediante estes dados dispostos em forma de equação, se sabe então, qual

o verdadeiro lucro nas operações.

4.4.2 - Estatísticas

Para que se tenha em mãos a qualquer hora, a situação das negociações

em andamento, é recomendável que se monte planilhas, que apresentem o

período médio por negócio iniciado, número de negócios fechados por ano, em

quais épocas do ano a procura é maior, e metas a serem alcançadas.

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Organizar é o processo de dispor qualquer coleção de recursos em uma

estrutura que facilite a realização dos objetivos ( Maximiano, 2000, pg. 265), dessa

forma, serão vistos com maior nitidez, os lugares a serem trabalhados para se

chegar cada vez mais perto do que se espera, que é um jogo onde todos saem

ganhando: O empresário agrícola, com produções cada vez maiores e a empresa

fornecedora de irrigação, com receitas e seu trabalho exposto, atraindo novos

clientes.

4.4.3. Criação da Satisfação do Consumidor

A satisfação da empresa ou pessoa que busca a aquisição de determinado

bem ou serviço está fortemente ligada ao seu conceito de valor pois os

consumidores formam expectativa de valor e agem sobre ela. Sua satisfação e

probabilidade de comprar novos equipamentos dependem dessa expectativa de

valor ser ou não superada.

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CONCLUSÃO

A desuniformidade das precipitações pluviométricas dos últimos anos, o

manejo e o uso inadequado dos solos e da irrigação, tem refletido diretamente na

queda da produção agrícola. E, especialmente no cultivo do coqueiro anão, onde

a distribuição das chuvas é o fator que mais interfere no desenvolvimento das

plantas, sendo fundamental o uso da irrigação. Entretanto, observa-se que nem

sempre são adotados critérios corretos para escolha do equipamento a ser

utilizado, sendo muitas vezes adquirido um sistema de baixo custo inicial, porém

ineficiente, e que acaba por sofrer constantes adaptações.

O uso racional da irrigação contribui para o aumento da produtividade

agrícola, mesmo em regiões onde a precipitação média anual assume índices

satisfatórios, sabendo que fases como o enchimento dos frutos, não podem

coincidirem com períodos de déficit hídrico.

Sugere-se o desenvolvimento de estudos referentes ao manejo da irrigação

para as principais plantas cultivadas, sendo descritos aspectos como a quantidade

ideal de água por aplicação em determinado período do ano, as formas

alternativas para o monitoramento da umidade do solo e a eficiência dos métodos

empíricos para se estimar a evapotranspiração em dado cultivo. Observa-se que

em ciências agrárias a palavra manejo assume grande importância, visto que todo

o processo iniciado necessita de um acompanhamento rigoroso. Como exemplo,

cita-se um cultivo que ao ser iniciado não se admite a falta de nutrientes durante

os diversos estágios da vida das plantas.

Também, para se conhecer melhor os custos com mão de obra para a

montagem de um sistema de irrigação, sugere-se o desenvolvimento de novos

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estudos que apresentem planilhas com as possíveis despesas, e suas variações

durante o processo de entrega, montagem e revisão. A publicação de trabalhos

que tragam informações relacionadas à pós –venda será de grande importância.

Pois observa-se que a partir da entrega do equipamento, pouco contato é mantido

com o cliente.

A fim de que os profissionais de engenharia agronômica transmitam com

maior clareza aos produtores a importância da irrigação para o coqueiro anão, é

necessário se posicionar de forma a se conhecer o perfil de cada produtor a ser

alcançado, conhecendo seus valores, o que lhe influencia no momento da

aquisição de um equipamento desse gênero, qual a qualidade da mão de obra que

se tem disponível para a operação do sistema, e outros pontos que só são

considerados quando aparecem os imprevistos. Assim, o marketing passa a ser

visto como uma ferramenta que conduz aos resultado esperados, que são clientes

atendidos, e satisfeitos o suficiente para firmarem novos negócios.

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MAXIMIANO, A . C . A ., Introdução à Administração. São Paulo: Atlas. 5a ed.

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APÊNDICE

Alguns dos termos agronômicos utilizados neste trabalho:

Aspersores: Peças responsáveis pela disponibilidade da água às plantas.

Conjunto moto-bomba: Somatório dos componentes responsáveis pela

retirada da água do reservatório, e proporcionarem a pressão e o volume de água

necessários para a irrigação.

Controle de plantas invasoras: Evitar que ervas daninhas vivam em

competição com as plantas cultivadas.

Densidade de plantio: Espaçamento deixado entre as plantas e linhas de

plantio.

Hectare: Medida de superfície, equivalente a 10.000 m2

Linha de recalque: Adutora de água, composta por tubulação principal,

lateral, e em alguns casos, as linhas de derivação.

Olerícolas: Nomenclatura que caracteriza às plantas cultivadas em hortas.

Geralmente estas possuem ciclo de vida temporário.

Perfil do solo: Referente às camadas do solo, que ao serem sobrepostas

caracterizam a aptidão agrícola deste, bem como os indicativos geológicos de sua

formação.

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Práticas conservacionistas: São atividades executadas ao se instalar ou

conduzir um plantio. Tem a finalidade de se evitar a degradação do meio

ambiente.

Setores: Divisão da área total a ser irrigada, em partes equivalentes, para

que seja irrigado uma dessas áreas por vez, resultando em uma economia de

água, equipamento e mão de obra.

Sistema de Sucção: Conjunto de componentes responsáveis pela retirada

da água do reservatório, e aduzida pela tubulação até os aspersores.

Sistema radicular fasciculado: Característica estrutural das raízes das

plantas pertencentes à família das gramíneas, onde não há uma raiz principal,

sendo caracterizado “tipo cabeleira”.

Tabuleiros: Áreas preparadas para o plantio de arroz, onde seu nível é

demarcado de forma a distribuir uma lâmina d’água equivalente em todos os

pontos.

Topografia sistematizada: Característica de uma área que já foi

submetida à medição e demarcação do nível ideal para diversos pontos.

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ANEXOS

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO....................................................................................................08 CAPÍTULO I. PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO COCO ANÃO....................................................................................................................13 1.1. Perspectivas do Coco no mercado internacional.........................................12 1.2. Perspectivas do Coco no Mercado Nacional...............................................12 1.3. Perspectivas do Coco no Mercado Fluminense..........................................14 1.4. Canais de Comercialização.........................................................................15 1.5. Morfologia de Ecofisiologia do Coqueiro.....................................................15 1.5.1. Classificação Botânica............................................................................15 1.5.2. Sistema Radicular..................................................................................15 1.5.3. Caule.......................................................................................................16 1.5.4. Folha.......................................................................................................17 1.5.5. Inflorescência..........................................................................................17 1.5.6. Fruto.......................................................................................................17 1.6. Fatores Climáticos.......................................................................................17 1.7. Implantação e Manejo do Coqueiral............................................................18 1.7.1. Controle de Pragas e Doenças...............................................................19 1.7.2. Nutrição do Coqueiro..............................................................................19 CAPÍTULO II. A IMPORTÂNCIA DA IRRIGAÇÃO PARA A PRODUÇÃO DO COCO ANÃO.....................................................................21 2.1. Efeitos da água na planta................................................................................21 2.2. Comportamento da Água no Solo...................................................................22 2.3. Qualidade da água para a irrigação................................................................22 2.4. A irrigação.......................................................................................................22 2.5. Quando, como e quanto irrigar........................................................................24 2.6. Parâmetros e conceitos envolvidos na agricultura irrigada.............................25 2.6.1. Evapotranspiração................................................................................25 2.6.2. Capacidade de campo..........................................................................25 2.6.3. Ponto de murchamento.........................................................................25 2.6.4. Profundidade efetiva do sistema radicular............................................26 2.7. Análise de cultivos com e sem irrigação.........................................................26

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CAPÍTULO III. SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO ADOTADOS NO COQUEIRO.........................................................................................................28 3.1. Tipos de Sistemas de Irrigação......................................................................28 3.1.1. Sistemas de superfície.......................................................................29 3.1.2. Irrigação por Aspersão.......................................................................30 3.1.3. Irrigação por microaspersão...............................................................30

3.1.4. Irrigação por Gotejamento..................................................................30 3.2. Aspectos Econômicos de um Sistema de Irrigação por Microaspersão no Cultivo do Coqueiro Anão..............................................32 3.2.1. Custos de Implantação......................................................................32 3.2.2. Custos de operação e Manutenção...................................................33 CAPÍTULO IV. POSICIONAMENTO DAS EMPRESAS QUE ATUAM NO SEGMENTO DE IRRIGAÇÃO.................................................................35 4.1. Comportamento do Consumidor.....................................................................35 4.1.1. Fatores culturais.................................................................................36 4.1.2. Classe Social: ....................................................................................36 4.2. Como as Empresas Fornecedoras de Irrigação devem se Posicionar...........36 4.2.1. Hora de se planejar..............................................................................37 4.2.2. Estudo da Praça..................................................................................39 4.2.3. Análise dos Concorrentes...................................................................39 4.2.4. Posicionamento da Oferta no Mercado...............................................40 4.3. Estratégias......................................................................................................41 4.3.1. Diferenciação: ....................................................................................41 4.3.2. Liderança do custo: ............................................................................41 4.3.3. Foco: ..................................................................................................41 4.4. Outros Tópicos Relacionados.........................................................................42 4.4.1. Administração de Preços....................................................................42 4.4.2. Estatísticas..........................................................................................42 4.4.3. Criação da Satisfação do Consumidor................................................43 CONCLUSÃO.....................................................................................................44 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................46 APÊNDICE..........................................................................................................48 ANEXOS..............................................................................................................50 ÍNDICE..................................................................................................................52

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PROJETO A VEZ DO MESTRE

Pós Graduação “Lato Sensu”

Título: As novas tendências aos investimentos em Sistemas de Irrigação

Localizada no cultivo do coqueiro anão ( Cocos nucifera L.) no Rio de Janeiro. Data da Entrega: 31 de julho de 2004. Avaliação:________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ Avaliado por:_________________________________Grau________________. ________________,_____de________________de___________

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