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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “PSICOMOTRICIDADE”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE JUNTO ÀS
CRIANÇAS COM TDA – TRANSTORNO DE DÉFICIT DE
ATENÇÃO OU TDAH – TRANSTORNO DE DÉFICIT DE
ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE EM CRIANÇAS DE 6 A 9
ANOS.
Por: Martha Valeria Brasiliense Quimas
Orientador
Profª. MS. Fátima Alves
Rio de Janeiro
2012
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE JUNTO ÀS
CRIANÇAS COM TDA – TRANSTORNO DE DÉFICIT DE
ATENÇÃO OU TDAH – TRANSTORNO DE DÉFICIT DE
ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE EM CRIANÇAS DE 6 A 9
ANOS.
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em
Psicomotricidade.
Por: Martha Valeria Brasiliense Quimas
AGRADECIMENTOS
Agradeço a minha família, aos meus
amigos e todas as crianças que eu
tenho contato que possuem o
Transtorno de Déficit de Atenção.
DEDICATÓRIA
Dedico a minha filha Gabriela Quimas e a
minha prima e afilhada Isabelle Werneck
por proporcionar esta oportunidade do
meu trabalho com as crianças que
possuem o Transtorno de Déficit de
Atenção.
RESUMO
A Psicomotricidade favorecerá a melhora no desenvolvimento das crianças com
TDA ou TDAH, auxiliando o desenvolvimento motor e cognitivo, facilitando o
aprendizado dessa criança. A melhora da autoestima, fazendo com que a
criança possa ter mais confiança em si mesma e possa interagir com o meio em
que vive com mais qualidade. A inclusão da música nesse trabalho facilitará a
memorização e atenção, além de estimular a comunicação dessas crianças
favorecendo o bom desempenho nos estudos e futuramente em sua vida
profissional. A parceria harmoniosa da Psicomotricidade junto ao
desenvolvimento escolar é de grande valia para auxiliar desenvolvimento de
aprendizagem da criança com déficit de atenção. No processo do
desenvolvimento psicomotor por eles apresentarem diversas dificuldades em
relação ao corpo se faz necessária à inclusão da Psicomotricidade tornando
mais fácil o seu aprendizado. Onde o profissional da área de psicomotricidade
auxiliará a identificar e elaborar novos planos de intervenção mais adequados
para a evolução dessas crianças em sua aprendizagem escolar.
METODOLOGIA
A presente pesquisa será realizada por meio de levantamento bibliográfico em
livros, jornais e web sobre o assunto. Com observação de campo em escolas,
consultórios e núcleos familiares. Com análise de situações vivenciadas dentro
desses núcleos e a revisão de literatura em crianças com TDA e TDAH em
crianças de 6 a 9 anos.
SUMÁRIO
Introdução 8
Capítulo I – A criança TDA ou TDAH 11
Capítulo II – Aprendizagem escolar e a criança TDA ou TDAH 18
Capítulo III – A Psicomotricidade e a criança TDA ou TDAH 25
Conclusão 32
Bibliografia Consultada 34
Índice 35
8
INTRODUÇÃO
A criança, o adolescente ou o adulto que possuem dificuldade de
Concentração; estão sempre pensando em outra coisa ou em várias coisas
ao mesmo tempo. São indivíduos que estão sempre trocando de objetivos,
por não conseguirem terminar aquela atividade iniciada tornando-a monótona
ou repetitiva. Na maioria dos casos não são identificados como portadoras
de TDA por pessoas de seu próprio convívio diário como pais e professores
por não possuírem conhecimento necessário para perceberem essas
dificuldades. Os principais sintomas ou queixas na maioria das vezes são
identificados pela escola por causa da desatenção, agressividade,
impulsividade e problemas emocionais. Muitas vezes esses sintomas são os
mesmos até a fase adulta. Esses sintomas podem se manifestar muito antes
da criança ir à escola.
Quando é identificado pela escola, é solicitado que seja feito uma
avaliação com profissionais da área de saúde como: neurologista ou
psicólogo. Estas crianças serão encaminhadas para esses profissionais para
que possam avaliar e precisar o diagnóstico de TDA ou TDAH através de
testes específicos. Após o diagnóstico, essa criança deverá ser
encaminhada para tratamento com uma equipe multidisciplinar contendo:
médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos e outros profissionais.
Em casa é considerada uma criança complicada pelos pais, por
estarem sempre brigando ou implorando para que a criança permaneça por
alguns instantes parado para que possa realizar as atividades de casa.
Muitas crianças que possuem TDA ou TDAH apresentam outros problemas
comuns na aprendizagem como: dificuldade da leitura, no cálculo, na escrita.
9
São considerados transtornos de aprendizagem (Dislexia, Discalculia e
Disortografia). Ao perceber que essas crianças também possuem
dificuldades em relação ao corpo e que acarretam prejuízo em suas funções
básicas para o desenvolvimento da aprendizagem escolar, no motor, na
linguagem e no cognitivo, automaticamente torna-se difícil a sua adaptação
ao meio em que vive. Na maioria dos casos de TDA ou TDAH a falta de
memória acaba atrapalhando o rendimento escolar, podendo ser auxiliado
pelos pais ou professores com dicas simples: devem ler em voz alta, repetir
sempre o que foi lido, resumir em voz alta e escrever recados em cartões
coloridos para não esquecer.
O ambiente para o aprendizado do TDA ou TDAH em casa ou na
escola deve ser o mais harmonioso e silencioso possível de preferência bem
longe da janela para que não aconteça nenhum tipo de distração, tornando o
interesse pelo estudo mais eficaz. Os educadores e os pais podem esperar
um bom desempenho dessas crianças com TDA ou TDAH, muitas delas
conseguem ter um bom resultado no estudo e na vida profissional. As
escolas que levam em conta as diferenças dos alunos com TDA ou TDAH e
fazem adaptação ao método de ensino, usando a criatividade a comunicação
de modo claro, objetivo e sincero, a inclusão da música, avaliações
elaboradas separadamente, um contato mais próximo com esses alunos com
TDA ou TDAH são consideradas mais apropriadas para lidar com o
transtorno de déficit de atenção. Um tratamento diferenciado não quer dizer
que existirá constrangimento desse aluno e sim tornando mais eficaz o
entendimento desse aluno.
Para facilitar o estudo do individuo que apresenta TDA ou TDAH seria
interessante realizar atividade física três vezes por semana ou diariamente
reforçando a concentração dos estudos através de dedicação do esporte. È
de grande importância o trabalho da Psicomotricidade junto o
desenvolvimento de aprendizagem da criança com déficit de atenção. No
processo do desenvolvimento psicomotor se não for construído de forma
adequado poderá prejudicar o desenvolvimento da aprendizagem. Este
processo tem início na educação infantil oferecendo à criança em conhecer a
10
possibilidade de conhecer o próprio corpo da criança com déficit de atenção.
No processo do desenvolvimento psicomotor se não for construído de forma
adequado poderá prejudicar o desenvolvimento da aprendizagem. Este
processo tem início na educação infantil oferecendo à criança em conhecer a
possibilidade de conhecer seu próprio corpo facilitando a identificação do que
pode fazer ou não pode fazer com o corpo, passando a ter noção dos limites
de cada um. Quanto mais precoce for incluída a educação psicomotora no
desenvolvimento de aprendizagem das crianças com TDA ou TDAH será
melhor para proporcionar o complemento das funções básicas que foram
prejudicadas, fazendo com que essas funções sejam recuperadas em tempo
hábil.
11
CAPÍTULO I
A CRIANÇA TDA OU TDAH
Neste capítulo será apresentado o conceito de TDA ou TDAH, seus
sintomas na infância, na vida adulta e outras formas de manifestações,
curiosidades, medicamentos utilizados.
Algum tempo atrás era chamado de DDA – Distúrbio de Déficit de
Atenção, hoje em dia é chamado de TDA – Transtorno de Déficit de Atenção
com ou sem hiperatividade.
Em qualquer grupo de aprendizado existe uma grande perda
principalmente na leitura e na escrita, por causa dessas perdas conseguimos
identificar esses indivíduos, os bons e os ruins. Os que conseguiram
aprender alguma coisa e os que não conseguiram aprender nada ou quase
nada por falta da distração, falta de concentração, impulsividade e
hiperatividade. O indivíduo com déficit de atenção o principal sintoma é a
falta de atenção ou dispersão. Não consegue manter concentrado por menor
que seja a atividade. Tornando essa “pequena atividade” em um grande
obstáculo ou muito desafiadora tornado bastante desconfortável para essas
pessoas. Apesar dessas pessoas que apresentam o TDAH são criativos,
inteligentes e gentis.
A definição de TDA ou TDAH para a Associação Brasileira de Déficit de
Atenção (ABDA – Presidente Paulo Mattos – criada em 1999 – Cartilha
TDAH pág. 4) é a seguinte:
“TDAH é um transtorno neurobiológico, de origem genética de longa
duração, persistindo por toda a vida da pessoa, que tem início na infância,
12
comprometendo o funcionamento da pessoa em vários setores, da sua vida,
e se caracteriza por três grupos de alterações: hiperatividade, impulsividade
e desatenção”.
Para Ana Beatriz Barbosa Silva (2009 – pág. 21) a sua definição é
“Muitos TDAs descrevem períodos de profundo cansaço mental e às vezes,
físico para descrever seu estado após a realização de tarefas nas quais se
forçaram em permanecer concentrados por obrigação”. Na maioria das vezes
estas tarefas são realizadas com êxito, para o TDA não são realizadas com
êxito. Existem algumas atividades que as pessoas que possuem o
Transtorno de déficit de atenção conseguem realizar com destreza e ter a
atenção redobrada somente para estas atividades, como ver televisão, jogar
um jogo eletrônico, praticar algum esporte, manusear um computador, muitos
desses indivíduos apresentam dificuldades em terminar ou finalizar estas
atividades por conseguirem manter concentrados ou conseguem manter o
interesse. Muito deles apresentarão dificuldades em terminar ou paralisar
estas atividades, podendo causar algum problema de relacionamento com as
pessoas que estão ao redor caso eles não tenham conhecimento sobre o
Transtorno de déficit de atenção.
Todos nós temos um pouco de desatenção e inquietude, mas não
necessariamente todos nós possuímos o Transtorno de déficit de atenção.
Para identificar um TDA irá depender da intensidade de sintomas e de uma
grande quantidade de sintomas consolidados. Precisam ter no mínimo entre
6 a 8 sintomas para ser considerado TDA. Estes sintomas variam conforme
cada indivíduo, uns com menos e outros com mais sintomas, podendo ser
classificado em um dos grupos ou a combinação dos dois grupos.
As principais queixas em casos de crianças costumam ser péssimo
rendimento escolar; grande número de reprovação; não conseguem
obedecer às regras; apresentam problemas de relacionamentos com todos
que estão ao redor. Para os adultos as queixas são acidentes constantes;
desemprego ou mudança de forma radical nos empregos; muitos divórcios;
incidência ao uso de drogas ou o álcool; depressão; ansiedade.
Vejamos os grupos conforme Paulo Mattos (2011- págs. 28-30):
13
“Grupo 1 – Desatenção
Desatenção ocorre frequentemente.
Prestam pouca atenção a detalhes e cometem erros por falta de atenção.
Dificuldades de concentração.
Parecem estar prestando atenção em outras coisas durante a conversa.
Dificuldades de seguir as instruções até o fim ou não terminam.
Dificuldades de se organizar para fazer algo ou planejar com
antecedência.
Relutância ou antipatia em relação às tarefas que exigem esforço mental
por muito tempo (leitura).
Perdem objetos necessários para realizar as tarefas ou atividades do dia
a dia e perdem muito tempo procurando esses objetos.
Distraem-se com muita facilidade com coisas à sua volta ou mesmo com
os próprios pensamentos. É comum “sonhar acordado”.
Esquecem coisas que deveriam fazer no dia a dia.
Grupo 2 – Hiperatividade/ Impulsividade
Ficam mexendo as mãos e pés quando estão sentados ou mexem muito
a cadeira.
Dificuldades de permanecerem sentados.
Correm ou sobem nas coisas.
Dificuldades para ficarem calmos ou quietos em jogos ou brincadeiras.
Parecem “elétricos”, nos adolescentes e adultos pode se restringir a
sentir-se inquieto por dentro.
Falam demais.
Respondem perguntas antes eu elas sejam concluídas ou respondem
antes de ler até o final.
Não conseguem aguardar a sua vez.
14
Interrompem os outros ou se metem nas conversas alheias.
Grupo 3 – Combinada
Quando existem muitos sintomas do Grupo 1 e do Grupo 2”
Estes sintomas podem ser percebidos precocemente na fase da
alfabetização, são identificadas com agilidade pelas pessoas que estão
redor. Estas crianças não conseguem esperar a sua vez; adoram interromper
os outros; falam demasiadamente; são impulsivas; chegam a ser agressivas
e não medem as consequências são capazes de fazer tudo por não terem
medo de nada. Na maioria das vezes, estão realizando uma atividade e
pensando em outra coisa ao mesmo tempo, acabam sendo dispersos.
Para o Grupo um é comum serem diagnosticados mais tardiamente na
fase da adolescência ou até mesma na fase adulta por não apresentarem a
hiperatividade, onde acaba não causando nenhuma perturbação dentro da
sala de aula em casa ou em outros lugares de convício social. As pessoas
que estão ao redor como pais e professores não conseguem identificá-los
com facilidade.
O diagnóstico do TDAH deverá ser feito quando a criança já estiver na
alfabetização por volta dos seis ou sete anos, onde eles encontram-se na
fase com uma quantidade de material didático maior, requer mais
concentração e memorização, necessidade de perceber todos os detalhes e
ter atenção redobrada em tudo que faça.
Ainda não existem exames que comprovem o diagnóstico de um TDAH.
Geralmente realizam conversas com os responsáveis abordando critérios
específicos elaborados por profissionais da área de saúde como Psicólogos,
Neurologistas e Psiquiatras.
Segundo Paulo Mattos (2011 – pág. 58)
“Os portadores de TDAH tem uma atenção nas substâncias que passam as
informações entre as células nervosas os chamados de neurotransmissores.
15
Para os TDAH é o controle de liberação da dopamina e da noradrenalina que
está alterado. Esses neurotransmissores são importantes especialmente na
região anterior do cérebro no lobo frontral, e suas conexões para vários
outros locais do cérebro. Os centros reguladores das emoções também
parecem frequentemente alterados no TDAH“.
Essas alterações implicam em várias dificuldades como a falta de atenção,
falta de estímulo próprio para exercer as atividades, não conseguem
planejar, avaliar as falhas, ter autocontrole dos movimentos do corpo, ter o
controle da impulsividade e controlar as emoções gerando conflitos e
aumentando a baixo estima por não conseguir manter os amigos e realizar
as atividades que foram propostas.
Os pais e os professores são peças fundamentais para o auxílio no
desenvolvimento de uma criança com TDAH, para facilitar esse auxílio
vamos ver algumas curiosidades que podem ajudar no desenvolvimento
dessas crianças. A comunicação deverá ser sempre de forma clara e
objetiva, falar sempre olhando nos olhos da criança, use frases curtas e
simples, é muito interessante que os pais e professores possam premiar um
TDAH a intenção não é “comprar“ a criança e sim recompensar pelo esforço
de seus resultados melhores, principalmente quando houver além do TDAH
estiver associado a uma Dislexia por exemplo. Irá prejudicar cada vez mais o
seu rendimento escolar. Não devemos cronometrar o tempo das tarefas que
o individuo com TDAH está realizando, isso só vai aumentar sua
impulsividade e ansiedade, atrapalhando mais o seu rendimento nas tarefas.
Um ambiente bastante agradável sem barulho por perto de preferencia longe
das janelas para que eles consigam realizar as atividades com destreza.
Segundo pesquisas o TDAH é mais comum em meninos por causa da
hiperatividade enquanto muitas meninas também apresentam o déficit de
atenção e muitas das vezes não são percebidas por não apresentarem a
hiperatividade. Os sintomas que aparecem quando estão na fase criança
podem persistir na idade adulta. Em cada sala de aula hoje temos em média
duas crianças que tem o TDA e não são identificadas dentro das salas de
16
aula. É muito importante que os pais e professores sejam sempre
informados lendo livros ou com orientações repassadas pelos profissionais
da área de saúde que vão dar o suporte no tratamento. Tenha certeza que o
tratamento está sendo feito por profissionais capacitados ou aptos para
realizá-lo. Nos casos de outros transtornos como: o Transtorno de Dislexia, o
Transtorno de Ansiedade ou o Transtorno de Depressão. É importante a
inclusão de uma atividade física diariamente ou em 3 a 2 vezes por semana.
A mudança de atividade vai proporcionar o equilíbrio ou o controle total em
outras atividades no dia a dia. Da mesma forma que o TDAH tem energia
suficiente para fazer qualquer coisa, essa energia pode ser eliminada com
muita rapidez e para consegui-las de novo é necessário que esse indivíduo
durma por alguns minutos, uma saída rápida do ambiente que está
realizando a atividade, dar uma parada e fazer um lanche, fazer um carinho
em um animal de estimação. Oscilações de humor com frequência em
função de pequenas coisas ou contrariedades tornando a depressão mais
frequente se já existe. Tem facilidade de “desgostar” ou “enjoar” das coisas e
das pessoas com muita facilidade. Manter a mesma rotina é muito
desagradável para eles, é necessário sempre inovar. Estão sempre
procurando algo novo. A busca pelos vícios como a droga e o álcool na fase
adulta é grande.
O tratamento para o TDAH engloba vários aspectos a orientação aos pais
e professores, a necessidade da psicoterapia será necessário a indicação
quando houver outras comorbidades como o TOD – Transtorno desafiante
de oposição, transtorno de conduta, transtorno de ansiedade, transtorno de
depressão. A indicação do tratamento fonoaudiológico é necessário para os
casos de Dislexia – problemas na leitura, Disortografia – problemas na
escrita ou algum transtorno da comunicação. O Tratamento para os adultos
é idêntico ao tratamento das crianças e adolescentes, só não inclui a
orientações aos pais e professores. Muitos casos, a medicação se faz
necessária. Os medicamentos agem como estimulantes proporcionando
grandes benefícios em curto tempo de uso já conseguimos perceber uma ao
melhora. Conforme cartilha elaborada pela ABDA (Associação Brasileira de
17
Déficit de Atenção) e Janssen-Cilag Farmacêutica para o V Congresso
Internacional da ABDA e 4º Encuentro Latinoamericano del TDAH realizado
em agosto 2011 – pág 9.) “por se tratar de metilfenidato só os médicos
podem receitar. Estes medicamentos agem na falta de dopamina e da
noradrenalina causando a redução da desatenção, a impulsividade e a
hiperatividade”, geralmente o medicamento é recomendado que a ingestão
seja feita trinta minutos antes de ir à escola ou ao trabalho, podendo ter
durabilidade de 8 a 12 horas por dia, irá depender da dosagem determinada
pelo médico, facilitando o controle maior para realizar as tarefas diárias com
mais concentração. Lembrando que esses medicamentos não vão
proporcionar a cura do TDAH, mas ajudam a amenizar os sintomas no
decorrer dos anos, com uma melhora acima do esperado.
18
CAPÍTULO II
APRENDIZAGEM ESCOLAR E A CRIANÇA TDA OU
TDAH
No capítulo dois será apresentado como identificar e lidar com uma criança
TDAH na escola ou em casa. Informações importantes para pais e professores
de como auxiliar a criança com TDA ou TDAH no dia a dia. Mostrar que esses
indivíduos que possuem déficit de atenção conseguem prosperar em seus
caminhos e que podem se transformar em pessoas bem sucedidas como
grandes famosos. Para muitos professores e pais aquela criança que não
consegue ficar quieta em algum lugar para realizar uma atividade seja um
trabalho escolar, uma brincadeira individual ou em grupo, muita das vezes são
consideradas como: “pestinha”, “muito levado”, “agressivo”, “está sempre
ausente como se estivesse viajando no seu mundinho ou parece surdo”, “na
maioria das vezes responde sempre de forma precipitada por causa da
impulsividade”.
Para Samaia Sampaio (2011 – pág. 33)
“Cada criança é única na sua forma de ser de aprender, bem como de não
aprender. Perguntamo-nos, em quanto docentes, por que alguns conseguem
aprender e outros não, se a forma ensinar é a mesma.
Entretanto, certamente, não são os mesmos os vínculos entre professor e
todos os alunos, por que cada criança tem um temperamento, comportamento,
família, culturas diferentes. Alunos que conversam muito desconcentram e não
participam são chamados a atenção, que, quase sempre, são carregados de
broncas e ameaças, destruindo a autoestima da criança, e um vínculo que é
fundamental para aprendizagem.
19
Mas, não é somente o aluno que sai prejudicado nesta relação conturbada,
o professor também apresenta sintomas que interferem no seu equilíbrio”.
Além das deficiências escolares e o aspecto econômico de muitos alunos
provocam a dificuldade escolar. Podemos ajudar a combater fracasso escolar
precisamos dar foco ao relacionamento com as crianças, para proporcionar
uma parceria, um vínculo entre pais e filhos, alunos e professores, professores
e pais. Facilitando o progresso na aprendizagem escolar inclusive na leitura há
um grande fortalecimento e vontade das crianças em querer ler mais e mais.
Todo professor deve estar atento e dar proteção ao aluno que está em
situação difícil por causa do emocional, muita das vezes, é rotulado como
preguiçoso, burro. Na verdade eles não conseguem ter concentração, ânimo e
atenção para realizar as atividades propostas pelo professor devido aos
problemas emocionais que fazem o “bloqueio” do aprendizado. Quando não é
percebido pelos professores no decorrer do ano letivo, tornando-se cada vez
mais grave e gerando mais reprovações. É muito importante quando percebido
pelos professores seja um trabalho com a escola e a família para auxiliar esta
criança da melhor maneira possível. Identificando se houve melhora ou não.
Caso não haja a perseverança do professor ou da família pode gerar uma
evasão escolar.
Conforme Maria Lúcia Lemme Weiss e Alba Weiis (2009 – págs. 130 e131)
“São olhares diferentes sobre uma mesma produção escolar, que poderá
representar, ou não, um “sintoma” de uma dificuldade no processo de
aprendizagem”.
Professores e pais devem estar sempre atualizados, estamos no século XXI,
então podemos fazer a inclusão da música, da informática, de filmes, jogos
diversos e bastante produção criativa para garantir o sucesso dos trabalhos de
hoje com as crianças que apresentam déficit de atenção. Essas sugestões vão
auxiliar a parte cognitiva de cada criança, facilitando a melhora em reação a
ansiedade e o ritmo ajustado.
Segundo Paulo Mattos (2011 – pág. 121)
20
“A inclusão são nas escolas proporciona o aprendizado de uma das coisas
mais importantes para a vida futura, que é a capacidade de nos relacionarmos e
convivemos com pessoas diferentes. Não acho que conviver com alguém que
não está tratado por decisão dos pais e apresento comportamento que perturba
a todos se inclua no conceito de inclusão”.
Após a inclusão devemos “lapidar” um professor para lidar com as crianças
TDAH. Este mestre precisa ser muito criativo para mudar as atividades de
ensino, transformando-as em estímulos para facilitar o desenvolvimento de
aprendizagem. Proporcionando a maior atenção e memorização desses alunos,
muita das vezes, a falta de atenção e memorização é uma grande preocupação
para os professores e muitas das vezes não são notados por não apresentarem
a hiperatividade.
Apesar do grande índice de reprovação para as crianças com TDAH, temos
vários casos que consegue superar e vencer na vida profissionalmente, por
serem bastante inteligentes acabam vencendo, conseguindo resultados iguais
ou parecidos com crianças consideradas “normais”. Levam um tempo maior,
mas acabam chegando.
Dificuldades de aprendizagem que podem estar associadas ao TDAH. Para
Paulo Mattos (2011 – pág. 127 e 129)
1) “Transtorno de aprendizagem
Transtorno da leitura, também chamado de Dislexia. Existem graus
variados de dislexia mais grave até a forma mais leve. A Dislexia é
comprovada pelo exame neuropsicológico com avaliação de linguagem.
Transtorno de Expressão Escrita, também conhecida como Disortografia.
Além da grafia ser ruim, há dificuldade em se expressar por escrito a
expressão oral é absolutamente normal.
Transtorno de matemática, também chamada por Discalculia. Uma
dificuldade muito grande de operar conceitos matemáticos, seja por
escrito, seja oralmente.
2) Transtorno da linguagem
21
São considerados problemas mais graves que os anteriores. São dois
tipos basicamente. O primeiro é o expressivo quando há muita
dificuldade de se expressar, tanto oralmente quanto por escrito. São
crianças que só aprenderam a falar muito tarde, usam frases curtas, o
vocabulário é reduzido. A expressão por escrito, também muito ruim, tão
deficitária quanto à expressão oral. A criança, entretanto, possui uma
compreensão normal daquilo que lhe é dito. São consideradas tímidas
em geral.
Segundo tipo é o expressivo-receptivo. Além das dificuldades de
expressão mencionadas anteriormente, há dificuldade de compreensão.
A ocorrência de problemas psiquiátricos é muito comum nesses casos”.
Algumas informações importantes para professores de alunos com TDAH:
1. Ser claro, objetivo e paciente;
2. Postura cativante para que a criança se sinta segura e apoiada;
3. Colocar a criança com TDAH o mais próximo possível do
professor, bem longe das janelas;
4. Determinar regras com os alunos do que pode e o que não pode
fazer dentro de sala;
5. Colocar o aluno com TDAH sempre para dar uma ajuda ou um
suporte (como se ele fosse um assistente do professor);
6. Elogiar a criança mesmo que seja por uma coisa mínima, neste
momento é poderosa a atenção que damos a criança com TDAH;
7. Escrever numa agenda os recados necessários para os pais ou
responsáveis;
8. Evitar tarefas repetitivas;
9. Contato maior com o aluno que apresenta o TDAH tem como
objetivo de amenizar as dificuldades ou facilitar sucesso em todos
os sentidos da vida.
10. O conhecimento, a autonomia e paciência são essenciais para
lidar com as crianças mesmo que a turma seja muito grande.
Lembrando de que quem aplica as regras é o professor e não os
22
alunos que as determina. Professor sempre trabalhando em
parceria com os alunos. Reforçando que para toda ação tem uma
consequência podendo ser uma sanção ou uma recompensa.
11. Pedir o apoio dos colegas, quando a criança com TDAH fizer algo
de errado, os demais alunos deverão não achar graça e muito
menos rir.
Geralmente as crianças com TDAH são simpáticos, bons amigos, são bons no
esporte, bastante carismático e os professores gostam muito delas. Segundo
Ana Beatriz Barbosa Silva (2009 – pág. 70 e 71)
“A criança TDA, com ou sem hiperatividade, agora precisa ajustar-se às regras
e à estrutura de uma educação continuada, em que há cobrança de
desempenho. Muitas das vezes, experimentará dificuldade em adequar-se as
rotinas tão esquematizadas. O professor que desconhece o problema pode
acabar concluindo que essa criança é irresponsável ou rebelde, pois em um dia
pode estar produtiva e participante, mas no dia seguinte simplesmente não
prestar atenção a nada e não levar a cabo os deveres. Acaba por atrair
bastante atenção do professor, mas uma atenção um tanto negativa. Isso pode
causar desacertos em sala de aula, já que as outras crianças perceberão o
“clima” e poderão se interessar mais no embate entre o professor e o aluno
“problemático” em suas tarefas.
O desempenho escolar da criança com TDA é marcado pela instabilidade.
Um exame nos boletins escolares ou nos registros dos professores pode ilustrar
bem o problema. Em um momento, ela é brilhante. Em outro, inexplicavelmente,
não consegue apreender os conceitos apreender os conteúdos, consegue
aprender os conteúdos ministrados. Tais momentos tão díspares, muitas vezes,
são bastante próximos no tempo. Não é incomum que se alternem de um dia
para outro. A instabilidade de atenção é a causa desse sobre e desce no
desempenho. Caso a criança seja também hiperativa, o problema pode agravar-
se, pois, além da desatenção, a incapacidade de se manter quieta em sua
23
carteira a impedirá não só de aprender, como também de conquistar e manter
amizades.
A impulsividade dessas crianças pode levá-la a falhas no desempenho
desejável para a delicada tarefa de interagir socialmente. Em alguns momentos,
pode atropelar a atividade do grupinho com interrupções ou gestos bruscos,
querer dominar as brincadeiras e impor regras, e insistir indelicadamente na
continuidade da brincadeira, sem se dar conta de que os coleguinhas já estão
cansados. Em outros momentos, pode parecer estranha, quando enjoa
rapidamente das brincadeiras e abandona um timinho já formado para fazer
outras coisas, depois de ter insistido tanto para entrar. Ou, então, quando fala
demais, às vezes sem pensar, ofende alguém ou deixa escapar algum segredo
do coleguinha”.
Por tristeza ou infelicidade dessas crianças com TDAH e familiares, a
criança com déficit de atenção não é considerado pelas leis. Por isso o
tratamento não é tão conhecido pelos professores e pais. Se existe tanta
evidência sobre o TDAH por que ainda existem dúvidas?
Fato intrigante como falar sobre pessoas que tem TDAH e são personagens
muito conhecidas e muito importantes, eles conseguem agir de modo natural e
excepcional na vida profissional, onde neste ramo são muito inteligente e
criativo. Temos como exemplo: Mozart, Einstein, Henry Forde, Leonardo da
Vinci, Michael Phelps, Tom Crusie, Whopi Godberg, Jim Caney, Magic
Hohnson, Walt Disney e outros.
Muito interessante à comparação que a escritora Ana Beatriz Barbosa Silva
faz em sua obra – Mentes inquietas. No início de cada capítulo a autora coloca
músicas bastante conhecidas escrita por grandes compositores para fazer um
jogo para facilitar o entendimento de cada capítulo. Seguem algumas canções
escolhidas por ela para ilustrar com grande significado o déficit de atenção.
“Lindo Balão Azul – Guilherme Arantes” “Eu vivo sempre no mundo da lua/ Tenho alma de artista/ Sou um gênio
sonhador/ e romântico.../ Pegar carona nessa cauda de conduta/ Ver a via láctea/ Estrada tão bonita/ Brincar de esconde-esconde/ numa nebulosa/ voltar
para casa/ Nosso lindo balão azul”.
24
“De repente – Califórnia – Lulu Santos e Nelson Motta”
“Eu dou a volta, pulo o muro/ Mergulho no escuro/ Sarto d ebanda/ na minha vida ninguém manda não/ Eu sou além desse sonho...”
“Aquarela – Toquinho, Vinícius de Morais, G. Morra e m. Fabrizio.”
“Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo/ E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo/ Corro o lápis em torno da mão e me dou uma uva/ E se
faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva/ Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho de pape/ Num instante imagino uma linda gaivota a voar no
céu”...
“Como uma onda – Lulu Santos e Nelson Motta” Nada do que foi será/ De novo do jeito que já foi um dia/ Tudo passa/ Tudo
sempre passará/ a vida vem em ondas/ como um mar/ Num vindo e vindo infinito”...
25
CAPITULO III
A PSICOMOTRICIDADE E A CRIANÇA TDA OU TDAH
No capítulo três será apresentado o conceito de Psicomotricidade, sua
importância na inclusão da atividade física, da música e da informática para o
individuo com TDAH. As atividades psicomotoras que proporcionam a melhora
da concentração, da memória e atenção que possam facilitar o conhecimento
do próprio corpo para a criança com déficit de atenção. Também serão
sinalizados aqui neste capítulo. A Psicomotricidade no processo de
aprendizagem para Fátima Alves (2008 – pág. 127) é a seguinte:
“A Psicomotricidade existe nos menores gestos e em todas as atividades que
desenvolve a motricidade da criança, visando ao conhecimento e ao domínio do
seu próprio corpo. A Educação Psicomotora é a base fundamental para o
processo intelectivo e de aprendizagem da criança. Quando uma criança
apresenta dificuldade na aprendizagem, o fundo do problema, em geral, está no
nível das bases de desenvolvimento psicomotor”.
Para A. De Meur L. Stares (1991 – págs 5 e 6)
“A função motora, o desenvolvimento afetivo estão intimamente ligados na
criança; a psicomotricidade quer justamente destacar a relação existente entre
a motricidade, a mente, e a afetividade e facilitar abordagem global da criança”.
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O estudo da psicomotricidade abrange cinco etapas importantes para o
desenvolvimento do corpo:
“A formação do “eu”, da personalidade da criança, isto é, o desenvolvimento do
esquema corporal, através do qual a criança toma consciência de seu corpo e
das possibilidades de expressar-se por meio desse corpo.
A criança percebe que seus membros não reagem da mesma forma; por
exemplo: pode pular em um pé só (com o esquerdo e não consegue pular com
o direito), é a dominância lateral (estudo da lateralidade);
A maneira como a criança se localiza no espaço que circunda e como as coisas
umas em relação às outras trata-se de estruturação espacial;
A orientação temporal diz respeito à maneira como a criança se situa no tempo;
Como a criança se expressa também através do desenho, completa-se o
estudo com o domínio progressivo do desenho e do grafismo”.
Essas etapas são adquiridas simultaneamente. Deve ser respeitada a ordem
de cada etapa a ser apresentada para que não falte, ou seja, esquecida
nenhuma etapa do esquema corporal da criança.
Segundo Lúcia Schueller do Nascimento e Maria Therezinha de Carvalho
Machado (1986 – pág. 13)
“Não há dúvidas de que os exercícios físicos representam papel muito
importante no desenvolvimento físico, mental, emocional e sua adaptação
social dependem em grande parte das possibilidades que ele adquire de mover-
se com propriedade e de descobrir-se, bem como de descobrir o mundo que o
cerca. Uma criança sem problemas consegue tudo isso espontaneamente, o
mesmo não acontecendo com outra que apresenta deficiências sensoriais como
a cegueira e a surdez, problemas neurológicos, encefalopatias, falta de
experiência por pobreza do meio, carência de relações afetivas, problemas
emocionais, etc”.
Não é diferente para as crianças que apresentam o transtorno de déficit
de atenção, precisamos embutir a atividade com o corpo o quanto antes.
Quanto mais cedo for inserida a educação psicomotora teremos bons
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resultados precocemente em todas as áreas que forem trabalhadas.
Estimulando a respiração o intelectual, o físico, o humor, e o emocional de
cada criança. É necessário que cada indivíduo vivencie as etapas do
desenvolvimento corpo proporcionando um amadurecimento conforme a
idade cronológica, mesmo que seja pequeno atraso em função dos
transtornos apresentado.
Conforme Fátima Alves (2008 – pág. 49)
“É através do corpo que a criança vai descobrir o mundo, experimentar
sensações e situações, expressar-se, perceber-se e perceber as coisas que
a cercam. À medida que a criança se desenvolve quanto mais o meio
permitir, ela vai ampliando suas percepções e controlando seu corpo através
da interiorização das sensações. Com isso, ela vai conhecendo seu corpo e
ampliando suas possibilidades de ação. O corpo é portanto “o ponto de
referência que o ser humano possui para conhecer e interagir com o
mundo”. Ele servirá de base para o desenvolvimento cognitivo, para a
aquisição de conceitos referentes ao espaço e ao tempo, para um maior
domínio de seus gestos e harmonia de movimentos”.
A importância da inclusão de atividade física para a criança e até mesmo
para o adulto é de grande valia facilitando o desenvolvimento do corpo, a
atenção, memória, melhora na parte afetiva e até mesmo maiores
oportunidades em lidar com o meio em que vive. A música e a informática
tem sido bastante utilizada em diversos trabalhos com as pessoas em
qualquer faixa de idade, do bebê até o idoso criando possibilidades de
melhora gradativa, a música sendo utilizada para o relaxamento e
fortalecendo o intelecto o uso da informática criando chances do indivíduo
interagir melhor com o mundo.
Algumas atividades psicomotoras que proporcionam a melhora na
concentração e atenção da criança com TDAH. A psicomotricidade pode
ajudar na grande evolução da aprendizagem escolar e do desenvolvimento
psicomotor.
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Para Fátima Alves (2008 – págs 116 a 123) seguem algumas atividades
que vão facilitar a melhora do indivíduo em um modo geral.
“Exercício de esquema corporal
Mímica
Esculturas (explorar o corpo através do reconhecimento)
Adivinhação
Nomear partes do próprio corpo e dos colegas
Juntar partes do corpo do boneco
Desenhar uma figura humana.
Exercícios de lateralidade
Colocar mãos e pés sobre os contornos das mãos e dos pés
Desenhar uma linha e pedir que se posicione em um dos lados (direito ou
esquerdo) deverá seguir as solicitações de deslocamento e nomeando
qual lado
Colocar a mão direita ou esquerda em alguma parte do corpo conforme
as orientações
Colocar um fio esticado verticalmente entre o teto e o chão. De frente,
encostar o nariz e o umbigo no fio e perceber as partes do corpo que
ficaram para fora. Fazer também de costa encostando a nuca e as
nádegas. Sinalizar os lados das sobras.
Exercícios de coordenação
Rolar no chão
Engatinhar
Anda
Correr
Pular
Dançar
Subir
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Relaxar e tensionar partes do corpo
Chutar bolas de diferentes tamanhos
Montar quebra-cabeça
Modelar massa ou argila
Rasgar e amassar vários tipos de papel
Recortar
Colar
Pintar
Tocar instrumento
Seguir com a cabeça o movimento de um objeto manipulado pelo
educador
Andar ao redor de um objeto, sem desviar os olhos dele
Seguir com os olhos movimentos de baixo para cima, da direita para a
esquerda
Passar o dedo indicador da mão dominante sobre uma reta horizontal,
seguindo a orientação
Fazer um traçado já feito e repeti-los ao lado igualmente.
Exercícios de orientação espacial
Reproduzir ritmos variados
Ouvir histórias e depois contar a sequência dos fatos
Ordenar cartões com figuras e formas
Situações de tempo onde o indivíduo será indagado a perceber o ontem,
hoje e amanhã
Jogar amarelinha
Obedecer pequenas ordens
Arremessar bolas no espaço determinado
Traçar uma linha entre contornos de linhas paralelas sem tocá-las. Exercícios na área da comunicação e expressão
Fazer caretas
Assoprar apito, vela, língua de sogra, pena
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Mastigação
Onomatopeias
Jogar beijos
Inspirar pelo nariz e expirar pela boca
Respirar de boca aberta, bem perto do espelho
Inspirar e expirar em etapas: inspirar duas vezes, expirar duas vezes
Contar história de seus desenhos
Realizar passeios a pé e depois conversar sobre tudo que foi observado
Contar o que vê em fotos ou figuras
Lembrar palavras que comecem ou terminem com um determinado som.
Exercícios de percepção
Reconhecer colegas ou objetos pelo tato
Provar alimentos de diferentes sabores
Experimentar diversos odores
Brincar de cabra-cega
Perceber os sons emitidos pelo próprio corpo
Identificar diversas cores
Separar objetos por tamanho e espessura
Completar os desenhos”
Use sempre sua criatividade, ela é fundamental para a elaboração de outras
atividades ou peça que a criança crie sua própria atividade determinando as
regras. Não esqueça que podemos criar material com itens reciclados como
biboquê (garrafa pet/ barbante e bola feita com papel usado), jogo de damas
com as tampinhas de refrigerante, boliche e carrinho com garrafas pet e
outros.
Fátima Alves (2008 – pág. 134) alerta que:
“A estimulação errônea poderá acarretar desajustamentos disfunções e
distúrbios psicomotores que irão interferir no processo de integração do
indivíduo com a sociedade. Portanto, a Psicomotricidade vê o indivíduo como
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um todo, procurando auxiliar se problema está no corpo, na área da inteligência
ou na afetividade”.
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CONCLUSÃO
Verificamos que o TDAH é genético, podendo acompanhar o indivíduo por
toda a vida e inclusive com apresentação de outras comorbidades como: a
ansiedade, depressão, dislexia, discalculia e outras. Apesar das dúvidas e questionamentos que ainda existem em relação ao
TDAH precisamos realizar a inclusão e adaptação desses seres na escola e no
meio em que vive.
Tanto para os pais e professores terão uma árdua tarefa em auxiliar essas
crianças com TDAH, em primeiro lugar aceitar que eles são considerados
“diferentes” dos demais alunos e filhos, lembrando sempre mesmo que seja
difícil essa tarefa devemos ser paciente, criativo, demonstrar segurança e
confiança para conseguirmos perceber outras habilidades desses indivíduos
para que possamos trabalhar em cima dessas habilidades onde vão facilitar o
nosso trabalho com elas e o seu desenvolvimento.
Conseguimos identificar que a inserção do trabalho da Psicomotricidade,
com a música e informática junto às crianças que se encontram no início do
desenvolvimento escolar e que já foram diagnosticadas como portadores de
TDAH serão de grande importância e é fundamental essa parceria harmoniosa
no desenvolvimento cognitivo, motor, intelectual dessas crianças. Facilitando a
melhora gradativa da agressividade, ansiedade prevalecendo mais forte a
atenção, concentração e memória dessas crianças com TDAH. Fazendo com
que seja mais fácil a integração ao meio em que vive e o aumento de
autoestima, sendo mais feliz e seguro em tudo que faça no decorrer da sua
vida.
Não devemos duvidar que podemos ajudar essas crianças com TDAH a
chegar com dignidade futuramente em suas vidas profissionais e serem
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grandes profissionais, pais dedicados e até mesmo algum ídolo do cinema, da
música, da ciência etc. Quanto mais cedo for diagnosticado o TDAH a criança
poderá ter a oportunidade em alavancar com o suporte de uma equipe
multidisciplinar com apoio dos pais e professores.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1) MATTOS, Paulo. No Mundo da Lua. 8ª ed. São Paulo: Casa Leitura
Médica, 2008.
2) ALVES, Fátima. Psicomotricidade: Corpo, Ação e Emoção. 4ª ed. Rio de
Janeiro: WAK, 2008.
3) ROCHA, Dina Lúcia Chaves. Brincando com a Criatividade. Rio de
Janeiro: WAK, 2009.
4) ALVES, Fátima. Inclusão muitos olhares, vários caminhos e um grande
desafio. 4ª ed. Rio de Janeiro: WAK, 2009.
5) CASTRO, Edileide. Afetividade e Limites uma parceria entre a família e a
escola. Rio de Janeiro: WAK, 2011.
6) WEISS, Maria Lucia Lemme. WEISS, Alba. Vencendo as Dificuldades de
Aprendizagem Escolar. Rio de Janeiro: WAK, 2009.
7) NASCIMENTO. Lucia Schueler. MACHADO. Maria Therezinha de
Carvalho. Psicomotricidade e Aprendizagem. 2ª ed. Rio de Janeiro:
Enelivros, 1986.
8) HERMANT. G. O corpo e sua memória. São Paulo: Manole, 1988.
9) STAES. A. De Meur. Psicomotricidade Educação e Reeducação. São
Paulo: Manole, 1991.
10) MILICIC, Neva. Mariana Chadwick. Mabel Condemarin. Maturidade
Escolar. Rio de Janeiro: Enelivros, 1986.
11) SAMPAIO, Simaia. Dificuldades de aprendizagem. Rio de Janeiro:
WAK, 2011.
12) OLIVIER, Lou de. Distúrbios de aprendizagem e de comportamento. Rio
de Janeiro: WAK, 2010.
13) RELVAS, Marta Pires. Neurociência e Transtornos de Aprendizagem.
Rio de Janeiro: WAK, 2011.
35
14) SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes Inquietas. Rio de Janeiro:
Objetiva: 2009.
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ÍNDICE
Introdução 8
Capítulo I – A criança TDA ou TDAH 11
O conceito de TDA ou TDAH. 11
Seus sintomas na infância, na vida adulta. 13
Outras formas manifestações, curiosidades e medicamentos utilizados. 16
Capítulo II – Aprendizagem escolar e a criança TDA ou TDA 18
Como identificar e lidar com uma criança TDAH na escola ou em casa. 19
Informações importantes para pais e professores. Auxiliar a criança com TDA
ou TDAH no dia a dia. 21
Mostrar que esses indivíduos que possuem déficit de atenção conseguem
prosperar em seus caminhos e que podem se transformar em pessoas bem
sucedidas como grandes famosos. 23
Capítulo III – A Psicomotricidade e a criança TDA ou TDAH 25
O conceito de Psicomotricidade. 25
Sua importância na inclusão da atividade física, música e informática para o
individuo com TDAH. 26
37
As atividades psicomotoras que proporcionam a melhora da concentração, da
memória e atenção que possam facilitar o conhecimento do próprio corpo para
a criança com déficit de atenção. 27
Conclusão 32
Bibliografia Consultada 34
Índice 35