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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE RISCOS NA PREVENÇÃO DE
FRAUDES
Por: Simone Rodrigues Viana
Orientador
Prof. Luciano Gerard
Rio de Janeiro
2010
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE RISCOS NA PREVENÇÃO DE
FRAUDES
Apresentação de monografia à
Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Auditoria e Controladoria.
Por: Simone Rodrigues Viana
3
AGRADECIMENTOS
...à minha família que muito me apóia e a Deus por
estar sempre presente em minha trajetória de vida.
4
DEDICATÓRIA
...ao meu esposo e filhos pela paciência, força
e incentivo para continuar sempre.
5
RESUMO
Este trabalho pretende mostrar que o monitoramento constante dos
processos de concessão de empréstimos através da Gestão de Riscos é
importante na prevenção de erros ou fraudes, contribuindo para o fornecimento
de informações que possibilitem minimizar a inadimplência da carteira de
empréstimos consignados, possibilitando maior retorno do capital emprestado.
Neste contexto, necessitou-se dar maior ênfase às normas e aos
procedimentos internos estabelecidos e buscou-se demonstrar a importância
da equipe de auditoria que, como uma ferramenta bem empregada, pode
fornecer informações, corrigir e prevenir fraudes.
6
METODOLOGIA
Para desenvolvimento do presente trabalho de pesquisa, foi utilizada a
abordagem do assunto por meio da leitura de livros, artigos e matérias
publicadas na internet e manuseio de manuais normativos internos da
Empresa.
Foi estudado o perfil da inadimplência da carteira do Crédito Consignado
CAIXA, principalmente no que se refere aos casos de fraudes documentais, ou
erros funcionais que culminaram na inadimplência contratual.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I - CONTROLE INTERNO 10
1.1. Conceito de Controle Interno 10
1.2. Interpretação do Conceito de Controle Interno 11
1.3. Objetivos do Controle Interno 13
1.4. Características do Controle Interno 14
CAPÍTULO II – GESTÃO DE RISCOS 15
2.1. Gerenciamento de Riscos 15
2.2. Risco Operacional 15
2.3. Ampliação do conceito de Risco Operacional 16
CAPÍTULO III – O PAPEL DO AUDITOR NA GESTÃO DE RISCOS 18
3.1. A Auditoria e seu Objetivo Preventivo 18
3.2. Conceitos e Objetivos da Auditoria Contábil e Operacional 18
CAPITULO IV – FRAUDE 20
4.1. Conceito de Fraude 20
4.2. Fraudes Documentais 21
4.3. Fraudes em Registros 22
CAPÍTULO V - EMPRÉSTIMO CONSIGNADO 23
5.1. Conceito de Empréstimo Consignado 23
5.2. Vantagens do Empréstimo Consignado 23
5.3. Direitos do Consignante – Consumidor 23
5.4. A Regulamentação 25
CAPÍTULO VI – A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL 26
6.1. Estrutura da CAIXA 26
6.2. Visão de futuro 26
6.3. Responsabilidade Social CAIXA 27
CAPITULO VII – CRÉDITO CONSIGNADO CAIXA 28
7.1.Consignado CAIXA 28
7.2. Os Métodos de Proteção do Capital Público 28
7.3. Mais Proteção 29
8
CAPÍTULO VIII - AGENTES EXTERNOS 30
7.1. Correspondente CAIXA AQUI 30
7.2. Portabilidade do Crédito Consignado 30
Conclusão 31
Referências Bibliográficas 33
INTRODUÇÃO
9
A importância da Gestão de Riscos, numa Instituição Financeira, reside na
necessidade de proteção ao capital próprio e de terceiros, através de sistemas,
métodos e normas a serem seguidos por todo o corpo funcional da Empresa,
visando evitar prejuízos financeiros ou de imagem.
Numa empresa de grande porte é impossível ao alto escalão gerir todos
os atos empresariais, falhos ou não. Nem mesmo a equipe de Auditoria é
suficiente para que todos os processos e sistemas sejam devidamente
verificados e depurados. Nesse contexto verifica-se a importância de um corpo
funcional responsável e consciente, bem como a necessidade de criação de
senhas funcionando de acordo com o nível hierárquico ocupado dentro da
empresa. Tal procedimento visa inibir erros, propositais ou não, que podem
levar uma instituição financeira ao descrédito no Mercado Financeiro.
CAPÍTULO I
CONTROLE INTERNO
10
1.1. Conceito de Controle Interno
A expressão "Controle Interno" passou a ser utilizada como um meio de
distinguir os controles originados dentro ou pela organização, daqueles de
origem externa, como é o caso dos controles impostos pela legislação.
Entre os vários conceitos dados por vários autores que se ocuparam do
assunto, nota-se que não existe uma unidade de pensamento sobre o que se
deve entender por controle interno.
A Instrução Normativa N.º 16, de 20.12.1991, do Departamento de
Tesouro Nacional, embora revogada, é utilizada como papel didático, que
conceitua Controle Interno como
"O conjunto de atividades, planos, métodos e procedimentos
interligados utilizado com vistas a assegurar que os objetivos dos
órgãos e entidades da administração pública sejam alcançados, de
forma confiável e concreta, evidenciando eventuais desvios ao longo
da gestão, até a consecução dos objetivos fixados pelo Poder
Público."
Apesar de tratar-se de um conceito bastante abrangente, o que se
verifica, de imediato, é que o controle interno refere-se não apenas aos
aspectos diretamente relacionados às funções de contabilidade e finanças,
mas sim a todos os aspectos das operações de uma empresa.
Com a finalidade de entender o que significa controle interno, adota-se a
definição estabelecida pelo Comitê de Procedimentos de Auditoria do Instituto
Americano de Contadores Públicos Certificados:
"O controle interno compreende o plano de organização e o conjunto
coordenado de métodos e medidas, adotados pela empresa, para
proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a fidedignidade de
seus dados contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar
a adesão à política traçada pela administração.”
11
1.2. Interpretação do conceito de Controle Interno
Pela sua amplitude, o conceito de controle interno, para ser compreendido
corretamente, deve ser examinado quanto ao seu real significado. Para efetuar
sua análise, é necessário observar os vários fatores que compõem o conceito:
a) Políticas - compreendem o conjunto de declarações de caráter
administrativo a respeito das intenções da organização em relação a um
determinado tema. Podem ser conceituadas como "guias de raciocínio”,
planejados para a tomada de decisões em níveis inferiores, decisões
estas aplicáveis a situações repetitivas, tendo em vista canalizar as
decisões para os objetivos estabelecidos. É possível a identificação de
dois níveis distintos de preocupação em termos do estabelecimento de
políticas:
- Políticas globais ou estratégicas, que afetam todo o comportamento da
organização;
- Políticas operacionais, que tem uma menor faixa de influência e que
muitas vezes, aparecem como verdadeiras "regras de trabalho".
b) Objetivos - devem ser entendidos como suas declarações e planos
estratégicos no amplo sentido. O estabelecimento de objetivos precede sempre
a escolha das metas e seleção, desenho, implementação e manutenção dos
sistemas que têm como finalidade a segurança na consecução dos objetivos.
c) Metas - são alvos quantificados, dentro de sistemas específicos e
podem também ser denominados como metas operacionais, padrões
operacionais, nível de desempenho ou resultados esperados. Devem ser
identificadas em cada sistema, claramente definidas, mensuráveis, com
adequado grau de realismo e consistentes com os objetivos estratégicos. Os
riscos de sua não realização devem ser também explicitamente reconhecidos.
d) Plano de organização - é o modo pelo qual se organiza um sistema. A
estrutura organizacional necessita corresponder a uma divisão de trabalho,
adequada e balanceada, de forma que sejam estabelecidas as relações de
autoridade e responsabilidade entre os vários níveis, pelas parcelas de trabalho
exigidas para a consecução dos objetivos da empresa, e de maneira que sejam
12
definidas, claramente, as responsabilidades e autoridades dos diversos níveis.
Representa, em outras palavras, a definição de quem faz o que, e quem tem
autoridade sobre quem na empresa.
e) Métodos e medidas - estabelecem os caminhos e os meios de
comparação e julgamento para se chegar a determinado fim, mesmo que não
tenham sido preestabelecidos formalmente (normas, sistemas, manuais de
serviço, rotinas etc.). A empresa como um todo, pode ser caracterizada como a
conjunção de vários subsistemas. Cada um dos subsistemas, por sua vez,
compõe-se de uma cadeia de procedimentos destinados a gerar e registrar
informações finais. O planejamento de um sistema, além de resultar num
sistema eficiente, prático, econômico e útil, deve levar em conta a definição de
procedimentos especificamente destinados a promover o controle sobre as
operações e as atividades, preferencialmente formalizadas através de manuais.
f) Proteção do patrimônio - compreende a forma pela qual são
salvaguardados e defendidos os bens e direitos da empresa (custódia,
controle e contabilização de bens, alçadas, normas etc.).
g) Exatidão e fidedignidade dos dados contábeis - correspondem à
adequada precisão e observância aos elementos dispostos na contabilidade. A
classificação dos dados dentro de uma estrutura formal de contas, seguida da
existência de um plano de contas que facilite o seu registro, preparação e
contabilização de um manual descritivo do uso das contas conjugado à
definição de procedimentos que possibilitem a análise, a conciliação e a
solução tempestiva de quaisquer divergências são elementos significativos
para a expressão da fiel escrituração contábil (plano geral de contas, regras de
contabilização, manuais de serviços, conciliação contábil dos diversos sistemas
com a contabilidade, levantamentos das contas não escrituradas
eletronicamente etc.).
h) Eficiência operacional - compreende a ação ou força a ser posta em
prática nas transações realizadas pela empresa. A definição de um adequado
plano de organização aliado aos métodos e procedimentos bem definidos,
assim como a observação de normas salutares no cumprimento dos deveres e
funções com a existência de pessoal qualificado, treinado para desenvolver
13
suas atividades, adequadamente supervisionados por seus responsáveis,
tendem a contribuir para a desejada eficiência nas operações.
Finalmente, é preciso colocar na análise dois componentes que, embora não
apareçam claramente no conceito de controle interno, estão presentes em
todos os fatores acima descritos:
i) Interdependência - pela descrição dos fatores de controle anteriormente
dispostos, fácil é compreender que todos os itens se inter influenciam de forma
acentuada.
j) Pessoal - é necessário lembrar que os planos de políticas, sistemas e
organização são "ferramentas" utilizadas por pessoas.
Esses elementos são de tal forma essenciais para um controle interno
adequado, que uma grave deficiência de qualquer deles comprometeria o
funcionamento eficiente de todo o sistema. As políticas operacionais são
fundamentais ao planejamento e operação dos sistemas e estes, por sua vez,
fluem segundo o "arranjo organizacional" definido. Assim, se os procedimentos
componentes de um sistema foram estabelecidos de conformidade com uma
determinada política, a execução desses procedimentos corresponde, ao
cumprimento da política estabelecida. Por outro lado, fica evidente a extrema
dificuldade de se ter sistemas eficientes onde inexistem políticas adequadas,
ou em situações organizacionais confusas e vice-versa.
Dentro de uma visão sistêmica da empresa, mesmo com sistemas e
políticas adequadamente planejados, a eficiência administrativa será
comprometida se a empresa não dispuser de um quadro de pessoal
adequadamente dimensionado, capaz, eficiente e motivado.
1.3. Objetivos do Controle Interno
Os problemas de controle interno encontram-se, na empresa moderna,
em todos os seus segmentos: vendas, fabricação, desenvolvimento, compras,
tesouraria etc. O exercício de um adequado controle sobre cada uma dessas
áreas assume fundamental importância para que se atinjam os resultados mais
favoráveis com menores desperdícios.
14
É impossível conceber uma empresa que não disponha de controles que
possam garantir a continuidade do fluxo de suas operações e informações
propostas. Por analogia, toda empresa possui controles internos. A diferença
básica é que estes podem ser adequados ou não.
A função da contabilidade como instrumento de controle administrativo é
hoje unanimemente reconhecida. Um sistema de contabilidade que não esteja
apoiado em um controle interno eficiente é, até certo ponto, inútil, uma vez que
não é possível confiar nas informações contidas em seus relatórios.
Informações contábeis distorcidas podem levar a conclusões erradas e
danosas para a empresa.
1.4. Características do Controle Interno
Um controle interno adequado é aquele estruturado pela administração
que possa propiciar uma razoável margem de garantia que os objetivos e
metas serão atingidos de maneira eficaz, eficiente e com a necessária
economicidade.
Razoável margem de garantia pode ser entendida como medidas de
efetividade e a custos razoáveis, estabelecidas para evitar desvios ou restringi-
los a um nível tolerável. Isso significa que erros e procedimentos ilegais ou
fraudulentos serão evitados e, na sua ocorrência, serão detectados e corrigidos
dentro de curto prazo, pelos funcionários, como parte de suas funções
habituais.
Medidas de efetividade e de custos razoáveis são a decorrência do
conceito de comparar o valor do risco ou da perda potencial contra o custo do
controle respectivo. Controles eficientes permitem cumprir os objetivos de
maneira correta e tempestiva com a mínima utilização de recursos.
CAPÍTULO II
GESTÃO DE RISCOS
15
2.1. Gerenciamento de Riscos
As constantes mudanças no âmbito global têm fomentado a necessidade
do aprimoramento dos controles executados pelas organizações e do ambiente
de riscos, resultando em alterações nas diretrizes de gestão dos riscos para a
tomada de decisão. Para mitigar os riscos do mundo corporativo, os órgãos
reguladores utilizaram-se da publicação de normas, garantindo a padronização
das metodologias utilizadas para a gestão eficiente de seus riscos por parte
das instituições financeiras. O gerenciamento de riscos nas organizações visa a redução dos impactos
dos riscos, caso eles venham a se materializar. Este gerenciamento vai além
da avaliação de suas probabilidades de perda, abordando também o
estabelecimento de medidas que visem à mitigação dos riscos ao longo do
tempo. Para gerenciar os riscos, são estabelecidos controles que minimizam
seus impactos, aprimorando o sistema de controles internos da instituição. Este
gerenciamento concentra-se na busca de oportunidades, obtendo vantagem
competitiva e aumento do valor para o acionista.
2.2. Risco Operacional
Segundo definição do Banco Central, através da publicação da Resolução
3.380 em jun/2006, risco operacional é a “possibilidade de ocorrência de
perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos,
pessoas e sistemas, ou de eventos externos, incluindo o risco legal associado
à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição, bem como
a sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e a
indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas
pela instituição”.
O Risco Operacional divide-se nos seguintes eventos:
16
- Fraude Interna: Comportamentos fraudulentos e/ou criminosos com intenção
de obter ganhos pessoais e/ou subtrair a propriedade alheia em benefício da
instituição.
- Fraude Externa: Pessoas que não pertencem à instituição exercerem
atividades irregulares em benefício próprio.
- Relações Trabalhistas: Decisões judiciais por práticas incompatíveis com
leis/acordos trabalhistas, nocivas à saúde/segurança dos funcionários ou por
discriminação/diferenciação no tratamento.
- Falhas de Sistemas: Impossibilidade de obter informações devido à falha de
comunicação, perda da capacidade de processamento ou dificuldade na
operação dos sistemas.
- Execução e Gestão de Processos: Disponibilidade, Registro de informações
inválidas, incompletas ou de maneira intempestiva a entidades externas,
órgãos reguladores, acionistas e investidores.
- Práticas Comerciais: Falta de cumprimento de padrões éticos e
comportamentais estabelecidos e práticas inadequadas do pessoal de vendas.
Orientação/Consultoria inadequada a clientes que leve a falsas expectativas
quanto à rentabilidade/custo das operações.
- Danos a Ativos: Desastres naturais e outros eventos que ocasionem perdas
físicas a ativos da companhia.
- Interrupção das atividades: Impossibilidade de sustentar as operações, prover
serviços essenciais ou recuperar custos operacionais decorrentes de desastres
controláveis ou não.
2.3. Ampliação do conceito de Risco Operacional
Recentemente, com o advento da crise financeira internacional, o risco
operacional teve seu conceito ampliado, pelo Banco Central, passando a
constar do mesmo as questões como tarifas bancárias e contratos de crédito.
Um ponto ainda em discussão é se as demandas dos clientes de
compensações de perdas causadas por planos econômicos também
constituem riscos operacionais.
17
Os bancos temem essa interpretação ampla. Mas o Banco Central (BC)
vem sinalizando que é a favor. "O risco operacional não está presente apenas
nas grandes crises e fraudes, mas também no cotidiano dos bancos como o
atendimento dos clientes, a não entrega de contratos, a cobrança de tarifas e
demais questões de relacionamento e consumo. Negligências com a
transparência de informações e os direitos do consumidor são fontes potenciais
de conflito", cita o chefe do Departamento de Normas do Sistema Financeiro
(Denor) do Banco Central, Sérgio Odilon dos Anjos, ao participar do 2 º
Seminário Internacional sobre Modelos Avançados para Risco Operacional,
organizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em maio de 2009.
CAPITULO III
O PAPEL DO AUDITOR NA GESTÃO DE RISCOS
18
3.1. A Auditoria e seu Objetivo Preventivo
Para que as organizações, atualmente, mantenham sua continuidade, é
fundamental possuir estratégias favoráveis para alcançar seus objetivos. Estas
precisam ser desenvolvidas antecipadamente, para evitar imprecisão e
prejuízos. A alta administração deve obter e controlar informações fidedignas
sobre todas as suas operações. Por isso, a importância do objetivo preventivo
da auditoria que deve ser realizada de forma sistemática, periódica e
planejada.
Segundo o Professor Dr. Antônio Lopes de Sá (1998): “A necessidade de
projetar dados para uma visão do futuro, é, na atualidade, condição essencial
para que uma empresa possa sobreviver sem problemas, em um mercado ágil,
assim como para sustentar investimentos em especulações de bolsas, adquirir
novos negócios, ampliar atividades, etc...”. Essa a razão por que, no momento
atual, cresce a necessidade de prever os fatos. Isso, todavia, necessita de
apoio em modelos de comportamentos que sejam competentes para
estabelecer imagens confiáveis sobre a transformação das riquezas celulares
das sociedades... “A questão não está em apenas antecipar imagens de
ocorrências, mas em obtê-las de forma confiável”.
3.2. Conceitos e Objetivos da Auditoria Contábil e Operacional
Funcionando como poderosa ferramenta de controle para a alta
administração, com isenção para julgamento das decisões tomadas, existem a
auditoria contábil e a auditoria operacional e de gestão.
A auditoria contábil está encarregada do exame e avaliação das
demonstrações financeiras, quanto à sua adequação em relação aos registros
e procedimentos contábeis, da sistemática dos controles internos e da
observância de normas, regulamentos e padrões aplicáveis. E a base do
trabalho da auditoria independente que, sem deixar de enfocar outros aspectos
19
relevantes para a organização, que venha a ser conhecida em razão dos
trabalhos realizados, representa a “fotografia” da organização, em uma
determinada data.
A auditoria operacional e de gestão atua nas áreas inter-relacionadas da
organização, avaliando, desde a eficácia e economicidade dos controles
existentes em cada unidade administrativa, até o sucesso das áreas de
planejamento estratégico, tático e operacional, contribuindo para o
aprimoramento organizacional. A auditoria operacional desenvolve as atividades de revisão, avaliação e
emissão de opinião de processos e resultados exercidos em linhas de
negócios, produtos e serviços no horizonte temporal passado/presente. Alguns
dos objetivos da atuação da auditoria operacional são:
- Avaliar o nível de operacionalização das unidades consoante os normativos
vigentes;
- Contribuir para aperfeiçoar a dinâmica de atuação das unidades via
auditoria preventiva, baseada na aplicação de check-list, cobrindo produtos,
serviços e infra-estrutura;
- Verificar a adequabilidade das normas operacionais das unidades em
função da evolução da tecnologia de cada organização;
- Estimular a qualidade organizacional.
Para a auditoria operacional alcançar os seus objetivos necessita efetuar
reciclagens periódicas do seu check-list, realizando adaptações que
acompanhem a evolução das normas e novas características operacionais dos
negócios, buscar os resultados de sua atuação através da natureza das
fraquezas verificadas e reavaliar sua dinâmica de atuação através da aplicação
de questionário de autocontrole do auditor operacional.
CAPITULO IV
FRAUDES
20
4.1. Conceito de Fraude
Num sentido amplo, uma fraude é um esquema criado para obter ganhos
pessoais, apesar de ter, juridicamente, outros significados legais mais
específicos. A fraude é totalmente diferente do erro, pois foi intencional, ou
seja, é premeditada e visa o proveito em causa própria ou de outros,
denominada de crime doloso e, normalmente, o criminoso procura escondê-la,
fato que gera mais trabalho, acústica, faro e principalmente total domínio da
matéria. Segundo LOPES: "fraude é uma ação premeditada para lesar alguém
e erro é uma ação involuntária, sem o intuito de causar dano". Uma fraude é
qualquer crime ou ato ilegal para lucro daquele que se utiliza de algum logro ou
ilusão praticada na vítima como seu método principal. Em Direito Penal, fraude
é “o crime ou ofensa de deliberadamente enganar outros com o propósito de
prejudicá-los, usualmente para obter propriedade ou serviços dele ou dela
injustamente”. Fraude pode ser efetuada através de auxílio de objetos
falsificados. Fraudes podem ser cometidas através de muitos métodos,
incluindo fraude de correspondência, por meios de Tecnologia de Informações,
fraude por telefone e fraude por internet.
Atos que podem ser caracterizados como fraude criminal incluem:
• Propaganda enganosa
• Roubo de identidade
• Falsificação de documentos ou assinaturas
• Criação de empresas falsas
• Insolvência de instituições bancárias e de seguro
Os bancos e outras instituições financeiras são uns dos principais alvos
deste tipo de crime. Segundo a FEBRABAN, as instituições financeiras
investem no Brasil cerca de US$ 1,5 bilhão por ano para atualizar os
mecanismos de combate às fraudes. Mesmo com tanto investimento na
prevenção e no combate, os bancos tem prejuízos expressivos com fraudes na
rede, clonagem de cartões, fraudes ocupacionais (praticadas por funcionários)
e golpes em caixa eletrônicos. Esses prejuízos podem ser significativamente
21
reduzidos com a adoção de medidas eficazes de prevenção, identificação e
combate a fraude. Identificada a fraude na instituição financeira, a sua
caracterização e investigação constitui um processo complexo, que precisa ser
criteriosamente executado. A recuperação dos valores também é um processo
delicado, pois muitas fraudes são praticadas pelos próprios funcionários e
algumas instituições financeiras não querem se expor e mostrar que são
vulneráveis. Cada vez mais os fraudadores utilizam o meio cibernético para
praticar seus crimes. Eles aproveitam a ingenuidade, falta de instrução e
curiosidade dos clientes internautas para roubarem senhas ou instalarem vírus
nas máquinas, abrindo portas à prática da fraude. Além de investir em
equipamentos para prevenção, os bancos devem criar barreiras eficazes para
impedir a prática da fraude por funcionários. A prática tem comprovado que as
fraudes quase sempre são praticadas por quem tem autoridade, ou seja, por
quem decide ou comanda. Quando, então, com autoridade, alguém acumula
funções, tem em suas mãos grandes canais de fraudes; por exemplo quem
compra também paga. Possuir autoridade, acumular autoridade são facilidades
que permitem a prática da fraude. O acúmulo de cargos e funções, com
autoridade, facilita a prática da fraude.
4.2. Fraudes Documentais
As fraudes documentais podem ser efetuadas com o vício nos
documentos. Tais vícios praticam-se por falsidade ou por adulteração. A
falsidade é a existência simbólica, ou seja, há documento, mas não há
transação, por exemplo, nota fria, existe a nota, mas não existe a compra. A
adulteração consiste em alterar-se um documento verdadeiro, de transação
verdadeira; assim, por exemplo, acrescenta um número em nota fiscal para
aumentar o valor ou modificar um número, por exemplo, 1 para 7, ou 3 para 8,
ou 5 para 6 ou, em certo casos acrescentando-se zeros. Falsidade de
documento é a existência dele sem a ocorrência do fato e a adulteração de
documento é a alteração desse, em fato existente. Não basta que o documento
exista, é necessário que seja competente. A competência de um documento
22
está em sua autenticidade, quer como documento em si, quer perante a
realidade dos fatos.
4.3. Fraudes em Registros
O documento pode ser autêntico, mas o registro pode ser viciado; existem
várias formas de cometer fraudes através de registros. No caso dos registros
por computação eletrônica, o uso de códigos facilita, ainda mais, a prática dos
vícios de registros. Também muito facilitada fica a fraude, nos registros por
computação, em que não existem documentos. Se os vícios de registros estão
na manipulação de sistemas, é nesses que se deve buscá-los, e isto exige
conhecimento de informática. Um exemplo de registro comum em fraudes
bancárias, com conivência de empregado é a aposição de endereço para
cobrança incorreto em sistema. Das fraudes sem registro em livros contábeis
fazem parte todas aquelas que não afetam diretamente o fluxo normal da
contabilidade, este tipo de fraude envolve, normalmente, valores mais
expressivos que aqueles desviados através das fraudes com registro nos livros
contábeis. Também é comum que este tipo de fraude se repita, regularmente,
sem ser detectado ao longo de muito tempo. Uma importante fonte para
detectar este tipo de fraudes são as pesquisas junto a clientes e empregados,
nas quais não seja necessário ao entrevistado identificar-se.
CAPÍTULO V
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO
23
5.1. Definição de Empréstimo Consignado
Modalidade de empréstimo em que o desconto da prestação é feito
diretamente na folha de pagamento ou benefício previdenciário do contratante.
O cliente deve conceder, à instituição financeira, autorização prévia e expressa,
por escrito, para que a consignação seja feita em sua folha de pagamento ou
benefício.
5.2. Vantagens do Empréstimo Consignado
Caso não seja possível acumular o valor em poupança, o que é sem
dúvida, o melhor a ser feito, e havendo necessidade de aquisição de
empréstimo, esse tipo de operação, com desconto em folha de pagamento, tem
se mostrado a mais econômica, pois: facilita o controle orçamentário particular;
evita perda de tempo em filas nos caixas dos bancos; evita pagamento de
CPMF (quando existente); normalmente apresenta custo menor que outras
linhas de crédito (cheque especial, cartão de crédito, penhor, empréstimo
pessoal, etc.); apresenta menor burocracia para contratação do serviço; não
requer avalista; e possui limite de crédito compatível com a renda.
5.3. Direitos do Consignante – Consumidor
Os direitos do consignante-consumidor no tocante ao empréstimo
consignado são os seguintes:
I. Segurança em relação ao sigilo e a integridade dos seus dados, bem como
no tocante à correção dos descontos efetivados em seu benefício;
II. Informações corretas, claras, precisas e ostensivas no contrato, na
publicidade e nos materiais promocionais em geral;
24
III. Conhecimento prévio do conteúdo dos contratos de empréstimo, que
deverão ser redigidos de modo a facilitar a compreensão de seu sentido e
alcance;
IV. Interpretação mais favorável das cláusulas contratuais, de forma que,
havendo duas interpretações possíveis, prevaleça aquela mais favorável ao
consumidor;
V. A imediata e fácil compreensão das cláusulas que impliquem limitação de
direito do beneficiário-consumidor, o que lhe será assegurado, dentre outras
providências, com a redação em destaque dessas cláusulas;
VI. A informação prévia e adequada, pela concedente do empréstimo, do valor
e a periodicidade das prestações; da soma total a pagar; da taxa de juros
contratada, e que o desconto é realizado na folha de pagamento pelo número
de meses contratados.
VII. Exigir o cumprimento de toda informação ou publicidade, suficientemente
precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação, que se refira
especialmente ao objeto da contratação e às condições do preço do
empréstimo. Para o exercício desse direito, recomenda-se ao consumidor
guardar consigo todo e qualquer material publicitário ou promocional a que tiver
acesso, bem como solicitar que seja transcrita e assinada no contrato qualquer
informação verbal que lhe tenha sido transmitida por preposto do agente
financeiro;
VIII. Efetuar a contratação apenas na medida de suas necessidades, sendo
vedado ao agente financeiro impingir produtos ou serviços mediante o
aproveitamento de eventual fraqueza, inexperiência ou falta de estudo ou
cultura do consumidor, tendo em vista sua saúde, idade, conhecimento ou
condição social.
IX. Solicitar o cancelamento da consignação de seu benefício caso não tenha
solicitado previa e expressamente o empréstimo;
X. Os clientes e usuários do Sistema Financeiro Nacional (SFN) podem, ainda,
apresentar ao BACEN reclamações ou denúncias contra bancos e cooperativas
de crédito. A atuação do BACEN com relação às reclamações e denúncias tem
por foco verificar o cumprimento das normas específicas de sua competência,
25
para que as instituições supervisionadas atuem em conformidade às leis e à
regulamentação. Salienta-se, entretanto que o BACEN não tem por objetivo
principal a solução do problema individual apresentado.
5.4. A Regulamentação
Os empréstimos consignados são regulados por cada Entidade Pagadora,
ou seja, cada Secretaria de Fazenda Municipal, Estadual ou Federal ou mesmo
casa Empresa Particular, que venha a operar com o desconto em folha de
pagamento de empréstimos tomados pelo servidor/funcionário em Instituições
Financeiras. Também cabe ao Gestor coordenar o trabalho de consignação
bancária, dar blindagem ao sistema e minimizar problemas com eventuais
fraudes. Cabe ao Gestor optar pelo sistema de informatização de
consignações, pois os empréstimos são efetuados com dados constantes da
folha de pagamento dos mesmos, tal como a “margem consignável” do
trabalhador e, conseqüentemente influenciando no liquido da folha de
pagamento do empregado/servidor.
26
CAPITULO VI
A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
6.1. Estrutura da CAIXA
A Caixa Econômica Federal é uma empresa pública subordinada ao
Ministério da Fazenda e vinculada tecnicamente ao Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão. De acordo com o estatuto aprovado em 30 de abril de
2004, a estrutura organizacional da CAIXA é composta da Presidência e onze
Vice-Presidências: Administração de Riscos, Negócios e Serviços Bancários,
Transferência de Benefícios, Controladoria, Crédito, Finanças e Mercado de
Capitais, Logística e Gestão de Pessoas, Segmentos e Distribuição, Tecnologia
da Informação, Ativos de Terceiros, e Desenvolvimento Urbano.
A CAIXA adota a gestão compartilhada, onde as diversas instâncias
atuam em colegiado. O Conselho Diretor é a instância deliberativa de caráter
estratégico e a Diretoria Executiva, colegiado encarregado da coordenação e
execução das ações corporativas.
6.2. Visão de futuro
A CAIXA pretende ser referência mundial como banco público integrado,
rentável, socialmente responsável, eficiente, ágil e com permanente
capacidade de renovação.
- Mantendo a liderança na implementação de políticas públicas e sendo
parceira estratégica dos governos estaduais e municipais.
- Consolidando sua posição como o banco da maioria da população brasileira,
com relevante presença no segmento de pessoa jurídica e excelente
relacionamento com seus clientes.
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- Sendo detentora de alta tecnologia da informação em todos os canais de
atendimento e se destacando na gestão de pessoas, reconhecidas em seu
mérito, capacitadas e com desenvolvido espírito público.
- Mantendo relacionamentos sólidos, coesos e inovadores com parceiros
competentes e de forte compromisso social.
6.3. Responsabilidade Social CAIXA
Ações pautadas nos preceitos e valores éticos do código de ética, de
forma a resguardar a CAIXA de ações e atitudes inadequadas à sua missão e
imagem e a não prejudicar ou comprometer dirigentes e empregados, direta ou
indiretamente; zelo e proteção do patrimônio público; busca e preservação
ambiental nos projetos dos quais a empresa participa; garantia de proteção
contra qualquer forma de represália ou discriminação profissional a quem
denunciar as violações ao código de ética, como forma de preservar os valores
da CAIXA.
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CAPITULO VII
CRÉDITO CONSIGNADO CAIXA
7.1. Consignado CAIXA
Modalidade de empréstimo, destinado a pessoas físicas, efetuado com
base em Pacto assinado entre a Caixa e a Empresa Convenente, mediante
assinatura de Contrato, Acordo, Termo de Adesão, Termo de Parceria ou
credenciamento da CAIXA por meio de modelo próprio de habilitação de
consignatárias definido por legislação específica apresentada pela convenente,
para concessão de Crédito Consignado CAIXA, com pagamento mediante
averbação das prestações em folha de pagamento de seus empregados,
servidores, beneficiários e pensionistas.
É efetuada análise de risco de crédito, com inserção dos dados do
proponente e de sua documentação em sistema. Com base nos dados
inseridos, o sistema aprovará o valor máximo de prestação mensal para o CPF
nesta modalidade, tendo como base as regras legais e respeitando o valor
líquido do salário do trabalhador.
7.2. Os Métodos de Proteção do Capital Público
A Caixa Econômica Federal, por ser um banco público, conta com
centenas de Convênios de Consignação, indo desde as Autarquias, até
Empresas Particulares, passando pelos servidores militares das Forças
Armadas, Bombeiros e Policias Federal, Civil e Militar. Dentro de um universo
tão grande e misto há um enorme numero de tentativas de golpes e fraudes.
São pessoas que possuem contrato temporário e tentam passar como quem
tem vínculo fixo com a Convenente, documentos falsos ou visivelmente
adulterados, apresentação de Declaração de Margem Consignável com
aposição de assinatura falsa, além de declarações falsificadas. Buscando se
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proteger da atuação de pessoas mal intencionadas, a empresa vem investindo
cada vez mais na segurança de seu patrimônio e dos seus clientes. É cada vez
maior o cuidado no manuseio de documentos e informações, sendo inclusive
efetuadas conferências por funcionários de outros setores, que se tornam co-
responsáveis pela concessão, a partir do momento em que o mesmo se utiliza
de senha pessoal e intransferível para acessar um sistema onde insere dados
da conferência da documentação e contrato relativos ao empréstimo, inclusive
verificando aposição de assinaturas e rubricas do Tomador, gerente concessor
e testemunhas no contrato. Efetua conferência da cópia da documentação
constante no dossiê do empréstimo. Em caso de qualquer irregularidade, o
gerente concessor dispõe de 48 horas para que o acerto seja efetuado.
7.3. Mais Proteção
Visando inibir a prática de fraudes a empresa conta com uma equipe de
Análise de Concessão, estrategicamente localizada nas Centralizadoras. São
empregados que atuam na área-meio e conferem toda a documentação relativa
ao empréstimo, objetivando um melhor acompanhamento das concessões
efetuadas nos Pontos de Atendimento.
Buscando dar continuidade ao trabalho da equipe de Análise de
Concessão, quando verificada qualquer irregularidade, há uma equipe de
Auditores responsável pela melhor apuração dos fatos, bem como de seu
cruzamento com outras áreas da empresa, buscando verificar, inclusive em
entrevistas presenciais com os empregados envolvidos no processo de
concessão se houve ou não intenção de dolo.
Também pode acontecer a verificação de possível equívoco ou fraude,
seja por contestação do Tomador ou por qualquer outro motivo, sendo aberto
processo de apuração de responsabilidade, no âmbito do Ponto de
Atendimento, que de acordo com os fatos apurados pode decidir pela
continuidade da apuração em instâncias maiores, caso não seja possível
efetuar o acerto imediato.
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CAPÍTULO VIII
AGENTES EXTERNOS
8.1. Correspondente CAIXA AQUI
Para acompanhar o crescimento da concorrência e oferecer melhor
atendimento e oportunidades aos clientes a CAIXA criou, em sua estrutura a
figura do Correspondente Caixa Aqui, que é uma empresa contratada por
bancos múltiplos com carteira comercial, bancos comerciais ou pela Caixa
Econômica Federal, para prestar serviços à comunidade em seu nome, com
critérios por ela estabelecidos. Os Correspondentes também estão autorizados
a assinar contratos de Consignação Caixa.
8.2. Portabilidade do Crédito Consignado
Consiste na quitação do saldo devedor do tomador em outra Instituição
Financeira efetuada com recursos provenientes de contratação de Crédito
Consignado na CAIXA, a qual é limitada ao valor e ao prazo remanescente da
dívida na outra IF, sobre o qual incide alíquota zero de IOF até o valor portado.
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CONCLUSÃO
A Gestão de Riscos, voltada para a análise dos controles
internos das empresas, assim como tudo no mundo dos negócios, evoluiu.
Antigamente, o objetivo principal daquela gestão era efetuar
acompanhamentos documentais buscando verificar se requisitos como
carimbos e assinaturas constavam nos documentos gerados no dia a dia.
Atualmente, a preocupação das empresas é entender quais os riscos que
podem afetar o seu negócio e podem gerar prejuízos ou impossibilitar o
alcance de metas e objetivos desejados. De posse deste entendimento, é
possível se precaver contra estes acontecimentos, direcionando os controles e
políticas internas para assegurar a integridade das operações. Essa nova
forma de conduzir a auditoria operacional mudou o enfoque do gerenciamento
de riscos. As principais diferenças residem nos seguintes aspectos:
- Enquanto antes o enfoque estava no exame de documentos agora está
na análise dos processos empresariais. Por este motivo se considera que os
problemas estão nos processos e não nas pessoas;
- Existe uma necessidade maior de profissionais capacitados e
ferramentas e metodologias adequadas, já que o gerenciamento de riscos
envolve todo o negócio da empresa e não apenas sobre aspectos pontuais das
operações.
Os traços do monitoramento de riscos estão se adaptando as
necessidades modernas, com ambiente dinâmico, sistemas de informação
integrados e estratégicos, capazes de atender a força de trabalho bem treinada
e valorizada, contribuindo para tornar o desempenho desta cada vez mais
eficiente e, ainda, tornar o trabalho das organizações mais competente,
oferecendo constantes oportunidades de melhorias, fortalecendo os controles
de riscos operacionais e permitindo antecipar o conhecimento dos problemas
existentes, para que suas causas sejam alteradas em tempo hábil e não seus
efeitos.
Os sistemas e profissionais envolvidos no monitoramento de erros e
fraude que já compreenderam tais vantagens demonstram estar promovendo
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alterações educativas e preventivas em seus procedimentos de trabalho.
Porém, apesar desse ser um instrumento comprovadamente indispensável e
adequado para atender exigências do mundo globalizado, em que todos estão
aprendendo a viver, ainda é considerável o número de profissionais que a
utilizam apenas para o cumprimento de obrigações legais ou como mero centro
de custos.
Certamente todos os procedimentos utilizados na segurança e gestão de
riscos não propiciam solução para todos os problemas existentes na empresa,
mas, por meio de trabalhos construtivos, fornece base sólida para a alta
administração tomar decisões inteligentes e conduzir melhor a organização
para alcançar os objetivos pretendidos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1998.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
FRANCO, Hilário e MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil. São Paulo: Atlas,
1995.
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27/03/2010.
http://www.biblioteca.pucpr.br, visitada em 05/07/2010.
Governança corporativa – gestão de riscos www.ibi.com.br, visitada em
28/03/2010.
http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-
BR&langpair=en%7Cpt&u=http://www.zainbooks.com/
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http://www.fraudes.org/showpage1.asp?pg=169, visitada em 01/06/2010.
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BIBLIOGRAFIA CITADA
LOPES, Antônio, Perícia contábil, 3º ed.: Ed. Atlas.