40
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM O MERCHANDISING NO VAREJO DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA Por: Francis Wilian de Oliveira Diniz Orientador Prof. Jorge Vieira Rio de Janeiro 2012

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

  • Upload
    votram

  • View
    212

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

O MERCHANDISING NO VAREJO DA INDÚSTRIA

FARMACÊUTICA

Por: Francis Wilian de Oliveira Diniz

Orientador

Prof. Jorge Vieira

Rio de Janeiro

2012

Page 2: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

O MERCHANDISING NO VAREJO DA INDÚSTRIA

FARMACÊUTICA

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Negociação e

Vendas.

Por: Francis Wilian de Oliveira Diniz

Page 3: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

3

AGRADECIMENTOS

A Deus, pelo dom da vida, por tudo que

me concede dia após dia, pela construção

dos meus valores, da minha família e, que

continue a iluminar as estradas de nossas

vidas.

Ao professor Jorge Vieira por sua atenção

na correção deste trabalho.

A todos os professores pela aquisição de

novos conhecimentos.

Page 4: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha esposa

Danielle Gomes de Souza Diniz, e

as minhas queridas filhas, Lys

Gomes de Souza Diniz, e Ivy Gomes

de Souza Diniz, que souberam

compreender as minhas limitações

de tempo, me incentivando para a

realização deste curso.

Page 5: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

5

RESUMO

O presente trabalho aborda “o merchandising no varejo da indústria

farmacêutica”. Promover um bom merchandising no varejo é realizar a

integração de esforços de marketing e de comunicação, considerando as

possibilidades do mercado, de modo a atrair, seduzir, memorizar, enfim,

trabalhar todos os sentidos e sensações, objetivando a criação da ambientação

do produto no ponto-de-venda.

As técnicas de merchandising sendo bem aplicadas e planejadas

auxiliam a todos os agentes envolvidos, isto é, o consumidor, o varejista e o

fornecedor, os quais aumentam as suas lucratividades, pois o merchandising

atua no momento da decisão da compra. O lay-out de arrumação dos produtos,

as formas de expor os produtos são essenciais fornecendo ao cliente maior

liberdade de escolha e de tornar a venda mais rápida, assim, aumenta a

intensidade do tráfego em todos os corredores da farmácia, intensificando

dessa forma, a probabilidade de acontecerem compras por impulso.

As peças promocionais utilizadas pelo varejo farmacêutico são

inúmeras, como, por exemplo, displays, banners, entre outras, elas criam

impacto no consumidor, as quais utilizam argumentos claros, curtos e

convincentes, que valorizam os produtos e favorecem a compra por impulso.

Assim sendo, acredita-se que este estudo tenha contribuído para enfatizar os

pontos relevantes que promovem um adequado merchandising, no sentido de

induzir o consumidor à compra e estimulá-lo a fidelização da marca.

Page 6: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

6

METODOLOGIA

O critério de classificação da pesquisa quanto ao fim, é descritiva. Na

pesquisa descritiva não há a interferência do pesquisador, segundo Barros e

Lehfeld (2000), ele descreve o objeto de pesquisa, o pesquisador procura

descobrir a frequência com que um fenômeno ocorre, sua natureza,

característica, causas, relações e conexões com outros fenômenos.

Considerando as definições dadas por Gil (2002) e Vergara (2000) e dentro do

contexto do tema abordado, a pesquisa descritiva enfoca características

pertinentes a determinado assunto ou população, que neste estudo é a respeito

do treinamento como ferramenta na gestão da cultura organizacional.

Em relação ao meio, é uma pesquisa bibliográfica, pois se sustenta em

material publicado em livros e artigos de revistas. Vergara (2003, p. 48) define

a pesquisa bibliográfica como sendo:

O estudo sistematizado desenvolvido com base em

material publicado em livros, revistas, jornais, redes

eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral.

Fornece instrumental analítico para qualquer outro tipo de

pesquisa, mas também pode esgotar-se em si mesmo. O

material publicado pode ser fonte primária ou secundária.

Portanto, a metodologia de pesquisa do presente estudo é descritiva e

bibliográfica.

Page 7: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Aspectos conceituais do

marketing de varejo 09

CAPÍTULO II - Merchandising 14

CAPÍTULO III – O merchandising no

Varejo farmacêutico 26

CONCLUSÃO 37

BIBLIOGRAFIA CITADA 38

ÍNDICE 39

FOLHA DE AVALIAÇÃO 40

Page 8: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

8

INTRODUÇÃO

É fundamental entender o merchandising e o processo integrado da

comunicação, consumidor e varejo, para alcançar maior lucratividade e assim,

consolidar produtos e marcas, pois o consumidor precisa interagir com o

produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que

deve estar voltado para suas necessidades e aspirações.

Para se alcançar um merchandising eficaz, de maneira a aumentar

vendas e conquistar consumidores, é primordial que haja um planejamento. As

despesas dos fabricantes de bens de consumo com merchandising nos pontos

de vendas vêm aumentando e os profissionais de marketing do varejo

conseguem vantagem em relação à concorrência e, por conseguinte, são

gerados melhores resultados, daí a importância do tema, que o presente

estudo se propõe a abordar: “o merchandising no varejo da indústria

farmacêutica”.

A escolha do tema é de interesse pessoal e profissional para

aprofundar os conhecimentos de merchandising. A questão que norteia esta

monografia é saber o que promove um bom merchandising no varejo

farmacêutico. Em relação ao objetivo é levantar os fatores que promovem um

adequado merchandising no varejo farmacêutico.

A monografia está dividida em três capítulos. O primeiro apresenta

conceituações, classificação e estratégia de varejo. O segundo capítulo aborda

conceituações, algumas considerações, diferenças entre merchandising e

promoção de vendas e técnicas de merchandising. O terceiro capítulo

apresenta o merchandising na indústria farmacêutica.

Page 9: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

9

CAPÍTULO I

ASPECTOS CONCEITUAIS DO MARKETING DE

VAREJO

Existem inúmeras conceituações para varejo. Assim, são vistas

algumas, como, por exemplo, a definição do varejo dada por Las Casas (2000,

p. 17): “varejo é a atividade comercial responsável por providenciar

mercadorias e serviços desejados pelos consumidores”.

Henry Richter apud Las Casas (2000, p. 17) conceitua varejo como

sendo: “o processo de compra de produtos em quantidade relativamente

grande dos produtores atacadistas e outros fornecedores e posterior venda em

quantidades menores ao consumidor final”.

A American Marketing Association apud Las Casas (2000, p. 17)

conceitua varejo como: “uma unidade de negócio que compra mercadorias de

fabricantes, atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente a

consumidores finais e eventualmente aos outros consumidores”.

Las Casas (2000) acrescenta que não depende da maneira como as

definições de varejo são abordadas, o importante é que constitui a

comercialização a consumidores finais. Um comércio do varejo que vende em

lojas é conhecido como varejo lojista e aquele em que se vende diretamente

representa o não-lojista.

Inúmeras companhias trabalham com venda de atacado e varejo. São

consideradas empresas varejistas aquelas em que mais de 50% de suas

operações são provenientes de vendas a varejo. Existem diversas funções

desempenhadas para promover a venda a consumidores finais, como mostra o

quadro 1, segundo Las Casas (2000, p. 18):

Page 10: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

10

Quadro 1 - Principais funções de um intermediário

Vendas – promover o produto junto a clientes potenciais.

Compras – comprar uma variedade de produtos de vários vendedores,

usualmente para revenda.

Seleção – fazer sortimento de produtos, geralmente inter-relacionados, para os

clientes potenciais.

Financiamento – oferecer crédito a clientes potenciais para facilitar a

transação – providenciar também recursos para os vendedores para ajudá-los

a financiar seus negócios.

Armazenamento – proteger o produto e manter estoques para oferecer

melhores serviços ao consumidor.

Distribuição – comprar em grande quantidade e dividi-la em quantidades

desejadas pelos clientes.

Controle de qualidade – avaliar a qualidade dos produtos e ajudar em seu

melhoramento.

Transportes – movimentação física do produto do produtor ao consumidor.

Informações de marketing – prestar informação aos fabricantes sobre

condições de mercado, incluindo volume de vendas, tendências de moda e

condições de preços.

Riscos – absorver riscos dos negócios, especialmente riscos de manutenção

de estoques, obsolescência de produtos, etc.

Fonte: LAS CASAS, 2000, p. 18

Para Parente (2000), o varejo constitui-se de todas as atividades que

englobam o processo de venda de produtos e serviços para saciar a

necessidade pessoal do consumidor final. O varejista é qualquer instituição,

cuja atividade principal constitui o varejo, ou melhor, a venda de produtos e

serviços para o consumidor final.

Quando se aborda varejo, se pensa em loja, no entanto as atividades

varejistas podem ser concretizadas também pelo telefone, pelo correio, pela

Page 11: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

11

Internet e também na casa do consumidor. Quando acontece de fabricantes e

atacadistas venderem diretamente para o consumidor final, estão também

praticando atividades de varejo, mas não são considerados como varejo, pois

essa não é sua principal fonte de receita (PARENTE, 2000).

O atacadista é diferente do varejista, pois o atacado considera o

processo de venda para clientes institucionais que compram produtos e

serviços para revendê-los ou como insumo para suas atividades empresariais.

Com base nas definições apresentadas, o varejo representa vender

produtos e mercadorias para os consumidores finais em lojas ou não.

Há diversas classificações de estabelecimentos varejistas, no entanto

são consideradas, segundo Parente (2000), as mais importantes para o

sistema de varejo: lojas de departamentos, lojas independentes, lojas em

cadeia, cooperativas, lojas especializadas, supermercados, e varejo não lojista.

As lojas de departamentos são caracterizadas pelo pessoal

especializado e preocupação com a prestação de serviços para os

consumidores. Elas trabalham com itens diferentes de mercadorias, como, por

exemplo: acessórios do lar, acessórios femininos, masculinos e infantis.

Exemplos de lojas de departamentos no Brasil são: Casas Bahia, Lojas

Renner, Lojas Leader, C & A, entre outras (LAS CASAS, 2000).

Lojas independentes são lojas de apenas um estabelecimento, que

constituem grande parte do comércio varejista. São caracterizadas pelo

atendimento personalizado aos clientes, tratam a parte administrativa com

simplicidade. Os exemplos são: lojas de artigos para presentes, as floriculturas,

os armarinhos e butiques.

Lojas em cadeia equivalem a um grupo de quatro ou mais lojas que

trabalham no mesmo tipo de negócio, operando com uma administração

Page 12: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

12

central. A vantagem desse tipo de negócio é a economia em escala para

compras de maior quantidade e, ao mesmo tempo, o atendimento de

necessidades de vários mercados, dependendo da política administrativa do

grupo. São vendidas nessas lojas: roupas, eletrodomésticos, entre outras

mercadorias. Exemplos desses tipos de estabelecimentos são: supermercados

e lojas de departamento (LAS CASAS, 2000).

As cooperativas são grupos de varejistas independentes, cada um

opera a sua loja, porém toma determinadas decisões em conjunto, como

compra e promoção. A vantagem desse tipo de negócio é a aquisição de certos

benefícios dos varejistas em cadeia, como preços menores por compra em

quantidades, status do cliente de maior porte e, consequentemente, maior

atenção dos fornecedores (LAS CASAS, 2000).

Com o tempo, surgiram vários tipos de cooperativas, tais como:

cooperativas de empresas de pequenos varejistas e do comércio agrícola, de

funcionários, entre outras maneiras de comércio cooperativado.

Lojas especializadas são formadas, frequentemente, por varejistas do

tipo independente que fornecem aos consumidores uma linha única de

produtos ou semelhante, como artigos esportivos, joias e eletrodomésticos,

normalmente, apresentam bom sortimento, inúmeros modelos e tamanhos.

Exemplos de lojas especializadas: comércio de lustres em Benfica e

artesanato, entre outras.

Os supermercados são grandes áreas de baixo custo, que trabalham

com pequena margem de lucro, com grande volume e um autosserviço.

Dispõem de uma vasta variedade de produtos alimentícios, produtos de

limpeza e de uso doméstico.

O conceito de autosserviço foi introduzido pelos supermercados,

usando roletas para contar o número de clientes e balcões para desembaraçar

Page 13: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

13

as mercadorias com as respectivas caixas registradoras. Começou na década

de 30 e se propagou, velozmente, nos anos seguintes.

O varejo não lojista apresenta as maneiras mais diversas de vender

mercadorias e serviços por métodos diretos ao consumidor. Podem ser citadas:

as vendas por reembolso postal, apesar do expressivo crescimento nos últimos

tempos, mas não é a forma mais usada; telemarketing; venda pessoal, porta a

porta, é um tipo de venda que encontra barreiras, devido aos problemas de

segurança, ainda utiliza-se muito com venda de livros; muitos varejistas

praticam vários métodos ao mesmo tempo, como venda porta a porta e

telemarketing; o varejo por máquinas, que se percebe um grande crescimento,

como nas lavanderias de autosserviço, bancos e refrigerantes; vendas pela

televisão por meio de canais abertos e especiais a cabo, que mostram

frequentemente suas ofertas; comércio eletrônico, com muitos varejistas

criando home pages, sites e e-mails para a comunicação direta com seus

consumidores finais.

Grandes redes de supermercados e livrarias vêm aumentando suas

vendas por meio da Internet, além de bancos, que põem serviços disponíveis

na rede, facilitando cada vez mais a vida dos consumidores e muitas das

vezes, alcançando lucros pelos serviços prestados. Exemplos de

supermercados: Pão de Açúcar e Zona Sul, e exemplos de livrarias: Saraiva,

Siciliano, Cultura, entre outras (LAS CASAS, 2000).

Portanto, a classificação do varejo é extensa e engloba o varejo de loja

e o varejo não lojista, o qual acumula grande volume de vendas e faturamento,

onde a Internet inova facilitando a vida do consumidor, mas ao mesmo tempo

deve ter cuidado ao adquirir um produto no varejo não lojista.

Page 14: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

14

CAPÍTULO II

MERCHANDISING

2.1 Aspectos conceituais

Segundo a Associação Americana de Marketing, o merchandising é

uma operação de planejamento necessária para se colocar no mercado: o

produto certo, no lugar certo, no tempo certo, na quantidade certa, no preço

certo (MORGADO & GONÇALVES, 2001).

Merchandising na opinião de Blessa (2001, p. 18) é:

Qualquer técnica, ação ou material promocional usado no

ponto-de-venda que proporcione informação e melhor

visibilidade a produtos, marcas ou serviços, com o

propósito de motivar e influenciar as decisões de compra

dos consumidores.

Uma outra conceituação que pode ser considerada é uma “série de

atividades de marketing e comunicação destinadas a identificar, controlar,

ambientar e promover marcas, produtos e serviços nos pontos-de-venda”

(BLESSA, 2001, p. 18).

O merchandising é responsável pela apresentação destacada de

produtos na loja, gerando espaço e visibilidade, de modo que apressa a

rotatividade. Blessa (2001) comenta que nos Estados Unidos, o merchandising

tem mais atributos, é considerada uma atividade que busca acompanhar todo o

processo de lançamento de um produto, desde sua adequação para os pontos

de vendas (imagem, embalagem, compra, preço, volume, materiais

promocionais) até o controle de seu desempenho mercadológico perante os

consumidores.

Page 15: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

15

A autora comenta que as atividades referentes ao merchandising nos

pontos de vendas são inúmeras, da mesma forma, os seus mecanismos,

técnicas e tipos. É uma área versátil e está em constante mudança.

Considerando a falta de tempo e a procura da conveniência estão, a

cada dia que passa, mais arraigadas no processo de compra do consumidor

brasileiro. Quando o consumidor entra numa loja, ele quer ser rapidamente

atendido, e obter informações sobre preços, características da mercadoria,

enfim, todas as informações que ele precisa para avaliar as alternativas que a

loja lhe dá.

Os serviços mais valorizados pelos clientes são: layout com placas

indicativas de boa visibilidade, arrumação lógica e bem sinalizada das

categorias e dos produtos, e etiquetas legíveis com descrição dos itens

(PARENTE, 2000).

Entende-se o merchandising como toda inserção comercial em shows,

novelas, filmes, eventos, entre outras. É importante ressaltar que esse tipo de

veiculação não deve ser considerado uma propaganda direta do produto.

Todos já viram em alguma novela ou filme, um personagem tomar uma bebida

e cujo rótulo e marca aparecem nitidamente na tela. Para esse tipo de

veiculação Blessa (2001) dá o nome de merchandising editorial, termo

conhecido em outros países como Tié-in. No entanto, existe muita crítica em

relação a esse tipo de uso, pois ele objetiva persuadir o consumidor à compra

de certo produto, serviço ou marca, valendo-se do artifício de mensagens

subliminares.

As mensagens ou propagandas subliminares são veiculadas nos mais

variados canais de comunicação, como: TV, cinema, rádio, histórias em

quadrinhos, videogames, músicas, informática, outdoors, vitrines, e outros

tipos. Esse tipo de propaganda tem como objetivo maior controlar a mente do

consumidor e, portanto, fere as normas do bom senso e do livre-arbítrio,

Page 16: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

16

porque não dá escolha, seja na compra de um produto, seja em se tratando de

uma filosofia ou de um ideal político (ZENONE & BUAIRIDE, 2005).

Para Pancrázio apud Zenone & Buairide (2005, p. 122), na terminologia

técnica brasileira existem inúmeras concepções para conceituar

merchandising:

Para o profissional de mídia, merchandising é a forma

indireta de veiculação de uma mensagem comercial, o

que demonstra um conceito muito próximo da

propaganda.

Um profissional de marketing com foco nas atividades de

promoção dirá que o merchandising é qualquer ação da

empresa visando promover o produto sem que ele esteja

no ponto-de-venda.

Outra versão do conceito diz que qualquer exposição da

marca ou produto não veiculada pelas mídias e não paga

pelo anunciante se caracteriza como merchandising.

Outro conceito citado por Zenone & Buairide (2005, p. 123) é: “o

planejamento e a operacionalização do produto no ponto-de-venda, envolvendo

não só a comunicação, mas também a logística”.

2.2 Técnicas de merchandising

Dentro da técnica comunicação são abordados os tópicos: indicações,

preço, tabloides e malas diretas, e material promocional. As indicações e

identificações são de grande importância para a satisfação do consumidor. As

identificações não são apenas as placas suspensas que definem os grupos de

produtos, como as informativas, as de propaganda, as de vantagens e as de

ofertas. Todas devem estar em locais visíveis e legíveis.

Page 17: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

17

A falta de indicações não apenas chateia, como pode também afastar o

consumidor para sempre. Quando se sente perdido, o consumidor se irrita

ainda mais, quando os funcionários não são solícitos ou não se fazem

identificar por uniformes diferentes, um crachá não basta (BLESSA, 2001).

É relevante que o preço seja corretamente informado ao consumidor,

porque é ele que vai ser fator de decisão na hora da compra. Segundo

pesquisas, o maior fator impulsionador de compras por impulso é a oferta de

preço (ZENONE & BUAIRIDE, 2005).

Ao ser enviados os tabloides e as malas diretas para os consumidores

de uma área específica, são necessários que sejam avaliados o perfil desse

consumidor, suas necessidades e interesses. Algumas redes separam suas

lojas e seus tabloides em tops e pops, para diferenciar as classes de consumo

por seu tipo. Os tabloides são considerados a melhor mídia do PDV (ZENONE

& BUAIRIDE, 2005).

A comunicação de qualquer material promocional ou informativo deve

ser claro e objetivo. Em decorrência do meio em que ela é inserida, entre

milhares de marcas e embalagens, deve ter cores fortes ou contrastantes, seu

texto deve ser curto, fácil e com letras grandes, para que possa ser realçado e

memorizado. Todos os materiais de PDV devem seguir critérios básicos pra

alcançar o máximo de eficácia (BLESSA, 2001):

a) Deve ser colocado nas áreas de maior tráfego de público;

b) Deve evitar o conflito produto exposto versus produto anunciado;

c) O material deve estar ao alcance do olhar, isto é, o ângulo visual;

d) O produto deve estar exposto de maneira acessível.

A técnica do lay-out de loja, que é uma planta baixa com a localização

dos equipamentos necessários para o planejamento de seu bom

funcionamento e de circulação de público, como, por exemplo, gôndolas, check

Page 18: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

18

outs, e seções. Para planejar um lay-out eficiente, é necessário considerar dois

objetivos: a) incentivar os consumidores a movimentarem-se por ele para que

comprem mais do que haviam planejado, num fluxo motivador entre corredores

e espaços; b) gerar esses espaços valorizando os outros mais preciosos onde

ficam as mercadorias expostas, criando um clima agradável às compras

(BLESSA, 2001).

São nas áreas de exposição de produtos que são aplicadas as técnicas

mais agressivas e fundamentais para o merchandising. A exposição de

produtos bem planejada e bem feita chama a atenção dos clientes e incentiva-

os a comprar. Se a mercadoria não for exposta, ela não vende. O consumidor

não costuma perguntar por algum produto que não acha nas prateleiras, em

geral, ele esquece ou vai deixar para ver outra hora (BLESSA, 2001).

As vantagens para uma adequada exposição são as seguintes,

segundo Blessa (2001):

a) Para o consumidor - facilita a compra; economiza tempo; lembra

necessidades.

b) Para o varejista - cria fidelidade à loja; atrai novos consumidores;

aumenta sua lucratividade; valoriza o espaço de sua loja.

c) Para o fornecedor - aumenta a rotatividade dos produtos; cria

fidelidade ao produto e à marca; bloqueia as atividades da

concorrência.

As ambientações decorativas externas e as vitrines têm a finalidade de

atrair os consumidores para dentro da loja. As ambientações internas servem

para informar, seduzir e aclimatar o consumidor que já está motivado a

comprar dentro da loja.

Todo planograma de colocação de mercadorias pela loja e pelas

prateleiras precisa se fixar em quatro propósitos: separação; visibilidade;

Page 19: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

19

acessibilidade; e disponibilidade. Todos os itens devem ser separados por

categorias, de acordo com a arrumação ou conforme o consumidor que os

procura. Podem ser separadas as mercadorias por sexo, tamanho, cor, preço

ou estilo (BLESSA, 2001).

Os planogramas de exposição são projetados para explorar ao máximo

as tendências de compra e os espaços. Os pontos principais a serem notados

em uma exposição, segundo Blessa (2001, p. 58) são os descritos, a seguir:

a) Localização – escolha dos melhores locais de

tráfego.

b) Agrupamento – separação por categoria de produto.

c) Posicionamento – altura para olhar, alcance para

pegar.

d) Comunicação – sinalização com preço, oferta, entre

outros fatores.

e) Volume – quantidade suficiente de mercadoria.

As partes negativas dentro de uma loja ou supermercado são

consideradas àquelas em que a visualização de um produto é mais

prejudicada, e as áreas positivas, são as que têm maior visibilidades. O quadro

2 apresenta as áreas que são consideradas como negativas e positivas,

segundo Blessa (2001) e Zanone & Buairide (2005):

Page 20: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

20

Quadro 2 - Áreas positivas e negativas

Áreas positivas Áreas negativas

Na parte central das gôndolas Na entrada da loja

Quatro metros depois da entrada

loja

Na saída da loja

Pontas de gôndolas No início das gôndolas (primeiros 40 cm)

Ilhas baixas No final das gôndolas (últimos 40 cm)

Corredores largos Nos locais atrás de balcões promocionais

Perto de produtos de alta procura Nos corredores apertados

Corredores de fluxo obrigatório Nas arrumações atrás de colunas ou perto de

portas de acesso

Prateleiras na altura dos olhos Atrás de pilhas ou ilhas altas

- Abaixo de 50 cm do chão

- Acima de 1,80 cm do chão

- Perto do estacionamento dos carrinhos

- Nas áreas fora do fluxo normal dos corredores

Fonte: BLESSA (2001); ZANONE & BUAIRIDE (2005)

O quadro 2 reflete bem as peculiaridades que diferenciam as áreas

positivas das negativas.

As técnicas para a exposição de produtos são as seguintes: ponto

normal; ponto promocional ou extra; localização junto ou longe da categoria;

duração de exposição em ponto extra; agrupamento; associação; impulsores;

empilhamento; volume; ângulo de visão e ponto de pega (BLESSA, 2001).

O ponto normal é o local onde o produto é posto de maneira

permanente e onde o consumidor está acostumado a achá-lo, como, por

exemplo, vinho – fica no corredor de bebidas fortes ou alcoólicas. O ponto

promocional ou extra é o local onde o produto é exposto por tempo limitado e

que tem por finalidade destacá-lo de sua posição original, como, por exemplo,

vinho no corredor de queijos. As exposições promocionais devem estar

Page 21: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

21

localizadas em áreas com maior tráfego de consumidores, para pegá-los de

surpresa (BLESSA, 2001).

Blessa (2001) comenta: por que não expor o carvão junto com os

espetos, a farofa, os molhos, os aventais, o alumínio e o álcool, perto do balcão

do açougue? Os homens que são mais práticos, eles têm a tendência de

comprar tudo de uma só vez, em vez de andar por cada corredor pegando

coisa por coisa.

A autora está falando de um ponto extra, pois todo produto deve estar

também exposto, onde a consumidora mais experiente sabe onde deve estar.

Então, as exposições devem ser feitas em ambos os lugares, ponto normal e

ponto extra, e, neste último, se de fato as vendas aumentarem. Um ponto extra

não deve ser deixado na mesma posição e com os mesmos cartazes por mais

de 30 dias. Acima disso, ele deixará de ser novidade e atrativo. As vendas de

um ponto extra começa a diminuir duas semanas depois de montado. É melhor

mudar de local e de mensagem.

Os produtos devem ser agrupados por categoria ou segmento, de

acordo com o consumidor que os procura. Os diversos produtos de uma

mesma marca podem estar agrupados, desde que sejam para a mesma

finalidade, por exemplo, todas as cafeteiras da Black & Decker podem estar

juntas, pois todas são cafeteiras. Blessa (2001) ressalta que se quiserem

colocar todas as batedeiras junto com as cafeteiras, só porque são da mesma

marca, a arrumação está errada. O consumidor busca cafeteiras, quer ver

todas as opções, marcas e preços juntos.

Essa técnica está bem difusa nos supermercados. Os corredores e

gôndolas têm seus lay-outs formados por produtos correlatos que têm

utilizações concomitantes ou relacionados, por exemplo, quando se coloca

xampu perto dos sabonetes, é porque eles serão usados concomitantemente

no banho.

Page 22: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

22

Quando se tem um produto top de linha, impulsor, este deve ficar de

maneira a puxar as vendas de outros menos relevantes. Os impulsores, em

geral, são produtos de consumo obrigatório ou líderes de mercado, por

exemplo, se tem um grande estoque de biscoitos, pode-se colocá-los junto ao

pão, que é líder de vendas, para impulsionar as vendas de biscoitos.

Ao construir uma pilha de produtos no chão, devem ser observados os

seguintes pontos, de acordo com Blessa (2001, p. 58).

a) Ser bem montada e bem balanceada, para não cair.

b) A pilha deve estar Isolda do chão, por uma base ou

palete.

c) As unidades de cima não devem estar muito

arrumadas, para dar a sensação de que estão sendo

compradas.

d) Grandes montagens ou arrumações perfeitas demais

inibem o consumidor, que tem receio de desmontar a

obra.

e) Deve-se deixar sempre um ponto de pega ao alcance

de qualquer consumidor, por mais alta que seja a

pilha.

O volume deve estar compatível com a rotatividade da mercadoria nas

prateleiras. Quando um produto gira muito, deve-se ter a previsão da

quantidade de mercadoria retirada ou vendida da prateleira “por hora”, para

evitar sua falta durante o dia ou período. Grandes volumes combinam com

promoções de preço, elas enchem os olhos dos consumidores, que se

empolgam a levar grandes quantidades.

Os tamanhos das gôndolas, prateleiras e expositores podem variar de

acordo com a loja, porém deve-se respeitar o ângulo de visão e o alcance das

Page 23: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

23

mãos dos consumidores nas medidas mostradas, a seguir, de acordo com

Blessa (2001, p. 62):

a) Altura máxima para por um produto – 2,00 m.

b) Altura dos olhos (melhor local para expor) – 1,60 m.

c) Altura das mãos (ponto de pega) – 1,20 a 1,60 m.

d) Altura mínima para expor um produto – 0,50 m (abaixo

desta altura, só uma base).

Todos os produtos devem ser expostos nas gôndolas, de qualquer

tamanho, sempre preenchendo os espaços da prateleira até em cima. Todo o

sistema de prateleira deve ser móvel, ou seja, com cremalheiras que permitem

mover para cima ou para baixo qualquer prateleira, de acordo com o tamanho

da caixa do produto.

Os consumidores fazem compras da mesma forma que lêem jornal,

isto é, da esquerda para a direita, de cima para baixo, então, a arrumação das

mercadorias deve seguir o movimento natural dos olhos. Dessa forma, os

produtos maiores, daquela categoria, devem ficar expostos sempre à direita

dos menores, pois se tem uma melhor visibilidade (ZANONE & BUAIRIDE,

2005).

O sentido vertical dá uma melhor e bonita arrumação, quando o mesmo

produto ocupa todas as prateleiras de cima a baixo, frentes equivalentes. Dá

uma melhor clareza e o impacto é maior para o consumidor que escolhe os

produtos e facilita a sua pega. O sentido horizontal é pouco utilizado, porque

confunde visualmente. São colocadas linhas longas do mesmo produto numa

mesma prateleira, fica a impressão que só tem aquele produto.

Em blocos, os tipos de produtos são misturados não respeitando uma

linha vertical. É de difícil visualização, complicando as escolhas, porém muitas

das vezes é o único recurso por causa de falta de lugar nas prateleiras. Os

Page 24: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

24

produtos são postos lado a lado, formando pequenos blocos, que permitem um

mínimo de visibilidade.

Hoje em dia, com o emprego da tecnologia de novos softwares de

gerenciamento de espaço, e com a falta de espaços para tantos produtos, esse

tipo de arrumação parece ser o que prevalece. As frentes são concedidas de

acordo com a rotatividade e a lucratividade do produto.

O rodízio é a técnica que corresponde expor na frente da prateleira o

produto de fabricação com data mais antiga e atrás o de fabricação mais

recente. Esse tipo de arrumação das gôndolas também é denominado como

primeiro que entra, primeiro que sai – PEPS. Na arrumação dos estoques,

deve-se acompanhar o mesmo rodízio.

Em relação à limpeza, não importa a marca, todos os produtos devem

ter um bom aspecto de apresentação, de modo que o consumidor perceba a

qualidade. O local onde os produtos são expostos e os materiais que os

apoiam devem estar em perfeitas condições de higiene.

Podem ser utilizados diversos locais dentro de uma loja para expor

mercadorias, tais como: gôndola ou prateleira; cestões; pilha simples (pilha de

um só produto); pilha múltipla (pilha com dois ou mais produtos); ilhas;

displays; stands; vitrines externas ou internas; e outras.

O trabalho de vitrine é muito importante para complementar à

identificação com o consumidor, é através da vitrine, que a loja expõe o tipo de

segmento que ela quer atingir. Zanone & Buairide (2005) e Blessa (2001)

ressaltam que querer identificar com vários grupos pode confundir o

consumidor, e não agradar a nenhum.

Assim sendo, acredita-se que se tenha dado uma visão geral das

muitas técnicas de merchandising, ressalta-se, no entanto, que as técnicas

Page 25: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

25

mais agressivas e fundamentais são as denominadas exibitécnicas, pois são

elas as responsáveis pelo adequado planejamento da exposição de produtos,

de modo a chamar à atenção do público motivando-os a comprar.

Page 26: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

26

CAPÍTULO III

O MERCHANDISING NO VAREJO FARMACÊUTICO

Para que a farmácia consiga maior lucro, é importante adotar ações

movidas por um bom planejamento de marketing, que consiste num “conjunto

de atividades desenvolvidas para criar e levar a mercadoria ao consumidor, a

fim de obter um volume satisfatório de vendas a um custo razoável” (LEVY &

WEITZ, 2000, p. 126).

Entre as atividades que esse planejamento envolve, destaca-se o

merchandising, que atua no primeiro momento da verdade, ou seja, no

momento da decisão da compra. Para planejar um adequado merchandising é

necessário que haja, de acordo com Altana Pharma (2006):

a) Aparência do produto;

b) Facilidade de acesso ao produto;

c) Conveniência de seu preço;

d) Lembrança da utilização do produto, favorecida pela visualização

dos materiais promocionais, tais como, tabloides e banners dos

produtos.

Como se pode observar, não basta apenas bons produtos para que a

compra se realize. Entre outros fatores, para que chegue às mãos do

consumidor, é necessário também que o produto seja lembrado, é preciso

cariar uma necessidade para ele, tornando-o importante. E mais: criar

diferenciais, a fim de que ele possa estar à frente da concorrência. Para ilustrar

o comentário acima, veja um exemplo apresentado pela Altana Pharma (2006,

p. 23-24):

Page 27: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

27

Um cliente vai à farmácia comprar um medicamento

prescrito pro seu médico e depara-se com o material

promocional de Neosaldina®. O cliente se lembra, então,

da ação do produto divulgada por meio das campanhas

de TV, associa o que viu na TV com os sintomas que

geralmente sente e vê naquele produto uma forma de

aliviar ou resolver seus problemas; e acaba levando-o

para satisfazer uma necessidade, mesmo estando bem

naquele momento.

No exemplo dado, o que se pode verificar é que houve uma associação

de ideias que se tornou possível graças a um recurso de merchandising bem

empregado. Da mesma forma, isso poderia acontecer com outros produtos

relacionados com a mesma situação (pesquisas comprovam que 70% das

decisões de compra ocorrem no ponto-de-venda) (ALTANA PHARMA, 2006).

Implementar técnicas de merchandising em uma farmácia requer o

envolvimento de toda a equipe, desde o proprietário até o balconista, pois elas

implicam em ações que vão da apresentação do produto à realização de

promoções; e da organização das gôndolas ao atendimento. Em geral, há boa

receptividade quando se implantam essas técnicas, embora a maioria das

pessoas não sabe muito sobre as mesmas: o proprietário, normalmente,

conhece pouco do assunto e, muitas vezes, pode parecer desconfiado, mas

aceita sugestões. O gerente conhece um pouco mais, pois gosta de estar a par

de tudo o que acontece na farmácia, e os balconistas e atendentes estão

sempre pontos a aprender algo novo, mostrando-se geralmente curiosos e

interessados.

O certo é que as técnicas de merchandising propiciam benefícios

importantes para o varejo farmacêutico, como (ALTANA PHARMA, 2006):

Page 28: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

28

a) Aumento das vendas;

b) Maior rotatividade dos produtos;

c) Maior rentabilidade.

No entanto, elas não devem ser empregadas indiscriminadamente para

todos os produtos, pois são válidas apenas para os medicamentos que não

dependem da prescrição médica e para produtos como os de perfumaria,

higiene e beleza, não podendo ser aplicados a medicamentos de prescrição.

O lay-out de arrumação de produtos deve ser feito de acordo com

algumas regras básicas de merchandising, no que diz respeito à exposição

adequada dos produtos na área de vendas e à circulação e conforto dos

clientes dentro da loja. Os produtos devem ser distribuídos nas gôndolas e

prateleiras, observando-se o volume de vendas e o público a que se destinam,

a fim de que se tenham espaços padronizados abastecidos de maneira

rentável (ALTANA PHARMA, 2006).

Quando faltam critérios ou conhecimentos adequados sobre a

reposição ou disposição dos estoques na gôndola, corre-se o risco de o

consumidor não comprar determinado produto por não o ter encontrado, pois

não entendeu qual a lógica empregada na sua disposição, ou pelo fato de as

embalagens estarem dispostas como se fossem “amontoados de caixinhas”

que precisaram ser manuseadas para conseguir identificar o produto.

Ao organizar os produtos na gôndola, inicialmente deve-se verificar se

o seu facing está sendo explorado adequadamente. Entre as várias faces que

compõem uma embalagem, existe uma em especial, planejada por projetistas,

para ser a face mais atraente e informativa. Esta face é denominada facing

(SANTOS FILHO, 2001).

Frequentemente, ocorre que, buscando-se otimizar o espaço, um

produto é colocado na gôndola inadequadamente em relação ao facing de sua

Page 29: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

29

embalagem; dessa forma, mesmo sendo conhecido, ele pode passar

despercebido para o cliente, isso significa que uma venda deixou de acontecer

por causa de um simples detalhe. Por isso, deve-se usufruir o máximo desse

recurso.

Além do facing, o preço também deve ser colocado de maneira que

fique visível, porém sem ocultar informações importantes. Muitas vezes, o

cliente se desinteressa pelo produto porque procura pelo preço e não encontra,

deduzindo que o produto possui preço elevado.

Outro ponto importante é manter as embalagens limpas e em bom

estado (o aspecto da embalagem representa o primeiro impulso de vendas),

pois o consumidor não adquire produtos que estejam em mau estado. É

necessário também que haja perfeito controle no rodízio das datas dos

produtos, evitando, assim, reclamações relativas à sua validade, bem como de

seu aspecto (SANTOS FILHO, 2001).

Para evitar que produtos adquiridos há mais tempo fiquem parados nas

gôndolas, deve-se verificar suas datas e estado e aplicar um importante

conceito de logística conhecido como first in, first out - FIFO, ou primeiro que

entra, primeiro que sai - PEPS.

Deve-se abrir e fechar as gôndolas com produtos líderes, pois isso faz

com que o cliente percorra toda a gôndola. Esses produtos devem ser

posicionados na altura dos olhos dos clientes. É interessante que identifiquem

e destaquem os itens de maior valor agregado e de baixo giro e que sejam

posicionados na altura dos olhos, ou ao alcance da mão do cliente, em locais

de fácil acesso (ALTANA PHARMA, 2006).

Deve-se também facilitar o alcance dos clientes a toda linha de

perfumaria, higiene, beleza e cuidado pessoal, bem como a de medicamentos

OTC. Por serem medicamentos de venda livre, dependem da maneira como

Page 30: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

30

estão dispostos na gôndola e de sua fácil localização para que tenham sua

venda facilitada.

Espaços vazios nas gôndolas dão a impressão de descaso. Além

disso, quando um consumidor não encontra o que procura, ele fica insatisfeito

e vai a outro lugar para comprar, o que é um comportamento comum em nossa

cultura. Portanto, as gôndolas devem ser abastecidas e ter seus produtos

repostos frequentemente, principalmente aqueles tidos como essenciais ou de

alto giro, mantendo-se o perfeito controle e abastecimento (ALTANA PHARMA,

2006).

O ideal é que cada consumidor tenha a oportunidade de ver todos os

produtos expostos na loja. Portanto, ao se distribuir os produtos pelas

prateleiras e gôndolas, é importante lembrar essas regras, pois elas, além de

possibilitarem ao cliente maior liberdade de escolha e de tornar a venda mais

rápida, ainda asseguram boa intensidade de tráfego em todos os corredores da

farmácia, aumentando, assim, a probabilidade de ocorrerem compras por

impulso.

É bom lembrar que a disposição dos produtos não precisa ser sempre

a mesma. Deve-se buscar sempre o melhor local, fazendo-se o revezamento

de produtos até que este objetivo seja alcançado, ou seja, até que se encontre

a melhor disposição (ALTANA PHARMA, 2006).

Os produtos podem ser expostos nas gôndolas basicamente de três

formas (ALTANA PHARMA, 2006):

a) Alinhamento vertical;

b) Alinhamento horizontal;

c) Por agrupamento.

Page 31: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

31

Seja qual for o tipo de exposição escolhida, para que o cliente possa

localizar os produtos facilmente, eles devem ser divididos seguindo uma

classificação por subcategorias ou segmentos. No alinhamento vertical, os

produtos são organizados de cima a baixo nas gôndolas, ou seja, diversas

marcas de um mesmo produto encontram-se dispostas verticalmente, sendo

que algumas ficarão em maior destaque na gôndola. Produtos bastante

procurados devem ficar bem visíveis, pois geram tráfego para a gôndola.

Lançamentos de produtos novos devem ficar posicionados ao lado daqueles

que chamam a atenção. Os quadros 3 e 4 apresentam a adequada disposição

dos medicamentos:

Quadro 3 - Alinhamento vertical

Disposição Produto A Produto A

1a prateleira Marca X Marca X

2a prateleira Marca Y Marca Y

3a prateleira Marca W Marca W

Fonte: ALTANA, 2006, p. 25.

O quadro 4 apresenta um exemplo mais prático:

Quadro 4 - Alinhamento vertical

Xampu Condicionador 2 em 1

Capibom Capibom Capibom

Capilex Capilex Capilex

Capilar Capilar Capilar

Fonte: ALTANA, 2006, p. 25

Às vezes, uma determinada categoria não tem tantas marcas

disponíveis de um determinado produto e a disposição por alinhamento vertical

fica impossibilitada; isso pode significar uma desvantagem para esse tipo de

exposição de produtos.

Page 32: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

32

O alinhamento horizontal consiste em expor as diversas marcas

disponíveis numa mesma prateleira, dispondo os produtos horizontalmente.

Nesse sistema, as marcas líderes podem ser expostas de maneira a abrir e

fechar a gôndola, com o objetivo de chamar a atenção; e os produtos em

promoção devem ser destacados. Uma das maneiras mais tradicionais de

utilizar o alinhamento horizontal é formar “blocos de marcas” numa prateleira.

Neste alinhamento é aconselhável que se comece da embalagem

menor para a embalagem maior, e da esquerda para a direita; isso reforça a

imagem e o posicionamento do produto, conforme os quadros 5 e 6 mostram:

Quadro 5 - Alinhamento horizontal

Produto A Marca X Marca Y Marca W

Produto B Marca X Marca Y Marca W

Fonte: ALTANA, 2006, p. 26

O quadro 6 apresenta um exemplo mais prático:

Quadro 6 - Alinhamento horizontal

Xampu Capibom Capilex Capilar

Condicionador Capibom Capilex Capilar

2 em 1 Capibom Capilex Capilar

Fonte: ALTANA, 2006, p. 26

O agrupamento tem por objetivo impulsionar a venda de um

determinado grupo de produtos, fazendo com que o consumidor adquira outros

produtos agem daquele que pretendia levar. Essa é a forma mais eficiente pra

a venda de produtos OTC, perfumaria, higiene, beleza e cuidado pessoal, pois

estimula a compra de produtos correlatos.

A correlação de funções implica que haja uma organização bem

elaborada e eficaz das gôndolas, de maneira que os produtos que se

Page 33: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

33

correlacionem fiquem próximos uns dos outros, como, por exemplo, um cliente

que vai comprar creme dental pode ser um comprador potencial de escova de

dente, fio dental, entre outros produtos. Portanto, a ideia de correlacionar

produtos deve ser utilizada sempre que possível. O cliente sente-se satisfeito

com as correlações, pois, além de satisfazê-lo em relação ao que planejava

comprar, ainda oferece “algo mais”. São apresentados alguns exemplos de

agrupamentos que podem ser notados nas gôndolas (ALTANA PHARMA,

2006).

a) Xampu + condicionador;

b) Fralda + pomada para assaduras;

c) Antigripais + vitamina C.

Na farmácia, chegam diariamente diversos materiais promocionais

provenientes dos laboratórios, indústrias e distribuidores. É importante

conhecer as diversas peças existentes, suas finalidades e potencialidades, a

fim de explorar esse recurso adequadamente e otimizar o seu uso. São

também chamadas de materiais promocionais, as peças promocionais são

empregadas para (ALTANA PHARMA, 2006):

a) Destacar a presença do produto na farmácia;

b) Divulgar informações sobre o mesmo;

c) Atrair a atenção do público para o produto;

d) Despertar-lhe o interesse;

e) Criar o desejo de compra;

f) Levar o consumidor à ação, que é comprar o produto.

Em outras palavras, os materiais promocionais têm por objetivo criar

impacto no consumidor, utilizando-se de argumentos claros, rápidos e

convincentes, que valorizam os atributos do produto, a fim de favorecer a

compra por impulso.

Page 34: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

34

Alguns exemplos de materiais promocionais e sua utilização (ALTANA

PHARMA, 2006, p. 27):

a) Display – o termo se refere a um grande número de

materiais (de diferentes formas e matérias-primas)

utilizados no ponto-de-venda para a exibição e

exposição de produtos. Eles podem ser colocados

sobre o balcão (display counter) ou no piso da loja

(display floor).

b) Folhetos ou folders – apresentam-se, geralmente, com

textos curtos e com visual atraente; possui tamanho

pequeno (para não ocupar muito espaço e favorecer a

leitura); contém informações sobre produtos,

divulgação de novos produtos ou linhas promocionais.

c) Take one ou porta-folhetos – peças de acrílico ou

papelão que servem para abrigar os folhetos e ficam

geralmente dispostas sobre o balcão, contendo

informações sobre produtos. Devem estar ao alcance

dos olhos e das mãos. Quando se esgotarem os

folhetos, estes devem ser repostos, ou o porta-folhetos

deve ser retirado do local.

d) Cartazes ou cartazetes – peças em papel, papelão ou

plástico de grande formato, próprias para afixar em

ambientes amplos. São feitos para divulgar um

lançamento ou promoção, informar alteração no

produto ou embalagem ou uma vantagem nova ou

superior à anterior.

e) Banners – peças longas e estreitas confeccionadas

em papel, plástico ou tecido, impressas em diversos

formatos, de ambos ou um só lado, contendo

mensagem auto-suficiente em cada unidade, ou

sequencialmente, no caso de vários banners.

Page 35: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

35

f) Tags de preços – são pequenos cartazes que

informam o preço do produto em exposição.

g) Material aéreo – recebe este nome por sua

localização, ficam espalhados no espaço aéreo da

loja. Podem ser bandeirolas, móbiles, infláveis, etc.,

utilizados pra divulgar um produto ou para anunciar a

sua presença na loja. Se bem posicionados,

estimulam a venda; se mal colocados, possuem o

visual do local, a farmácia não pode parecer um arraial

de festa junina. Portanto, deve-se utilizar um tipo de

recursos de cada vez.

h) Faixas de gôndola – são tiras de papelão ou plástico,

fixadas nas prateleiras, que têm várias funções, pois,

além de destacarem o produto na gôndola, de

transmitirem informação sobre o produto exposto,

servem também para “apará-lo” e delimitar o espaço

destinado à marca, inibindo a ação da concorrência.

i) Strips ou clip-strips – são peças de estilo característico

utilizadas para acomodar produtos de pequeno

formato e facilitar o acesso do consumidor a esses

produtos.

j) Sinalizadores – servem para orientar o cliente dentro

da loja. É um recurso muito importante, pois valoriza o

autosserviço.

k) Woblers, danglers ou stoppers – peças movies,

fixadas em sentido transversal à exposição. Possuem

uma parte saliente que se projeta em direção ao

corredor, chamando imediatamente a atenção do

consumidor e transformando uma passagem em

parada obrigatória.

l) Totem – trata-se de uma peça de papelão, PVC ou

acrílico com o formato de produtos e ou pessoas em

Page 36: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

36

tamanhos naturais, utilizados para lembrar a presença

do produto na loja.

m) Adesivos de chão – são peças promocionais fixadas

no chão ou em locais considerados estratégicos. Às

vezes, são colocados no piso das balanças.

n) Tabloides – folhetos em formato específico, utilizados

para divulgar produtos e preços promocionais.

o) Relógios de parede – representam um recurso a mais

a ser utilizado na farmácia, devem ficar em local

visível.

p) Protetores de porta ou graxeira – peças feitas

normalmente de metal ou PVC, colocadas na canaleta

da porta. Servem para fixar a imagem de um produto,

além de evitar que algum cliente se suje ao encostar

nas canaletas da porta.

Com base no que foi apresentado até o momento vale ressaltar que ao

utilizar os recursos descritos, é necessário lembrar que, embora as peças

promocionais ofereçam inúmeras e variadas alternativas, suas colocações não

devem ser indiscriminadas, ou seja, o seu uso não pode ser excessivo, a fim de

se evitar a poluição visual, pois deixa o cliente perdido em meio a tantas

informações e pontos de atenção.

Por outro lado, não utilizar peças promocionais implica reduzir a

potencialidade de vendas da farmácia. Empregando-se o bom senso, é

possível harmonizar tais recursos e garantir a satisfação do consumidor.

Page 37: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

37

CONCLUSÃO

Promover um bom merchandising no varejo é realizar a integração de

esforços de marketing e de comunicação, considerando as possibilidades do

mercado, de modo a atrair, seduzir, memorizar, enfim, trabalhar todos os

sentidos e sensações, objetivando a criação da ambientação do produto no

ponto-de-venda.

As técnicas de merchandising, como, por exemplo, o layout de

arrumação dos produtos e as formas de expor os produtos são essenciais

fornecendo ao cliente maior liberdade de escolha e de tornar a venda mais

rápida, assim, aumenta a intensidade do tráfego em todos os corredores da

farmácia, intensificando dessa forma, a probabilidade de acontecerem compras

por impulso. Essas técnicas têm que ser bem aplicadas e planejadas, as quais

favorecem a todos os agentes envolvidos, ou seja, o consumidor, o varejista e

o fornecedor, que aumentam as suas lucratividades, pois o merchandising atua

no momento da decisão da compra.

As peças promocionais utilizadas pelo varejo farmacêutico são muitas,

elas criam impacto no consumidor, as quais utilizam argumentos, objetivos

curtos e convincentes, que valorizam os produtos e favorecem a compra por

impulso. Assim sendo, acredita-se que este estudo tenha contribuído para

enfatizar os pontos relevantes que promovem um adequado merchandising, no

sentido de induzir o consumidor à compra e estimulá-lo a fidelização da marca.

Page 38: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

38

BIBLIOGRAFIA CITADA

ALTANA, Pharma Ltda. Manual de merchandising. 2006.

BARROS, Aidil; LEHFELD, Neide. Fundamentos de metodologia científica. 2.

ed. São Paulo: Makron Books, 2000.

BLESSA, Regina. Merchandising no ponto-de-venda. São Paulo: Atlas, 2001.

GIL, Antonio. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,

2002.

LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de varejo. 2. ed. São Paulo: Atlas,

2000.

LEVY, Michael; WEITZ, Barton. Administração de varejo. São Paulo: Atlas,

2000.

MORGADO, Maurício Gerbaudo; GONÇALVES, Marcelo Neves. Varejo –

administração de empresas comerciais. 2. ed. São Paulo: Senac, 2001.

PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil. São Paulo: Atlas, 2000.

SANTOS FILHO, Lycurgo. História geral da medicina e indústria farmacêutica

brasileira. São Paulo: Hucitec, 2001.

VERGARA, Sylvia. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 4. ed.

São Paulo: Atlas, 2003.

ZENONE, Luiz Cláudio; BUAIRIDE, Ana Maria Ramos. Marketing da promoção

e merchandising – conceitos e estratégias para ações bem-sucedidas. São

Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.

Page 39: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

39

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

ASPECTOS CONCEITUAIS DO

MARKETING DE VAREJO 9

CAPÍTULO II

MERCHANDISING 14

2.1 Aspectos conceituais 14

2.2 Técnicas de merchandising 16

CAPÍTULO III

O MERCHANDISING NO VAREJO FARMACÊUTICO 26

CONCLUSÃO 37

BIBLIOGRAFIA CITADA 38

ÍNDICE 39

FOLHA DE AVALIAÇÃO 40

Page 40: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · produto e o ponto-de-venda para sentir-se confortável dentro do ambiente que ... atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

40

FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES - PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” -

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Título da Monografia: O merchandising no varejo da indústria farmacêutica

Autor: Francis Willian de Oliveira Diniz

Data da entrega: /07/2012

Avaliado por: Prof. Jorge Vieira Conceito: