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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO "A VEZ DO MESTRE” PEDAGOGIA DO SUCESSO Monografia apresentada como requisito parcial para a conclusão do curso de Pós Graduação Lato Sensu em Supervisão Escolar para disciplina de metodologia da Pesquisa. Por: Verônica Ferreira de Oliveira Professora Orientadora: Diva Nereida Marques M. Maranhão RIO DE JANEIRO Agosto/2002

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

PROJETO "A VEZ DO MESTRE”

PEDAGOGIA DO SUCESSO

Monografia apresentada como requisito parcial para a conclusão do curso de Pós Graduação Lato Sensu em Supervisão Escolar para disciplina de metodologia da Pesquisa. Por: Verônica Ferreira de Oliveira Professora Orientadora: Diva Nereida Marques M. Maranhão

RIO DE JANEIRO Agosto/2002

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me dar saúde, e a minha família pelo incentivo e apoio para vencer mais uma jornada da minha vida acadêmica.

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DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a todos que acreditam na educação do Brasil.

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EPÍGRAFE

Ninguém educa ninguém, Ninguém se educa sozinho, Os homens se educam em comunhão.

Paulo Freire

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APRESENTAÇÃO

O trabalho aqui presente tem como objetivo apresentar alguns

caminhos que possibilite o aluno obter sucesso no desenvolvimento de ensino

e aprendizagem.

Será apresentado o projeto de Aceleração da Aprendizagem

desenvolvido por João Batista Araújo e Oliveira, que tem como princípios

básicos: o aluno como foco do processo, o fortalecimento da auto-estima do

aluno, possibilitar uma aprendizagem significativa e o novo papel do

professor.

Os capítulos se dividem em:

Capítulo I- Histórico do fracasso escolar

Capítulo II- O trabalho com auto-estima e motivação

Capítulo III- O professor como facilitador da aprendizagem

Capítulo IV- Como fica a avaliação na classe de aceleração

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO............................................................................................ CAPÍTULO I HISTÓRIA DO FRACASSO ESCOLAR..................................................... 1.1 – Pedagogia da repetência 1.2 – Pedagogia do Sucesso CAPÍTULO II O TRABALHO COM AUTO-ESTIMA E MOTIVAÇÃO.......................... CAPÍTULO III O PROFESSOR COMO FACILITADOR DA APRENDIZAGEM............. CAPÍTULO IV COMO AVALIAR PARA O SUCESSO..................................................... CONCLUSÃO.............................................................................................. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................... ANEXOS.......................................................................................................

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INTRODUÇÃO

Essa pesquisa apontará o fracasso escolar e suas conseqüência para a

partir deles, encontrar caminhos que levam ao sucesso escolar da educação no

Brasil.

É chegado o momento de uma mudança de Pedagogia onde a palavra

fracasso seja banida e passe a pensar no sucesso e seus benefícios para o

aluno.

Para os alunos que passam ou passaram por muitos insucessos

desacreditam em suas potencialidades. É preciso que se trabalhe com imagem

deles para fazer-los acreditar que são capazes de aprender. Possibilitando

dessa forma interferir na construção do seu conhecimento.

Será apresentada na pesquisa uma experiência bem sucedida que busca

reverter o quadro da reprovação e da distorção série-idade dos alunos que se

encontram na rede de ensino. E assim resolver o maior problema da educação

brasileira.

Mostrando como é possível o aluno obter sucesso, através de uma

aprendizagem significativa, cooperativa e afetiva.

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Apresentando como a Pedagogia do sucesso pode ser trabalhada,

permitindo o rendimento do aluno com resultados positivos diante de uma

nova forma de ver o aluno, como se chegar a aprendizagem, a nova postura do

professor e a avaliação.

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CAPÍTULO I

HISTÓRIA DO FRACASSO ESCOLAR

1.1 Pedagogia da repetência

Ao longo dos anos vem se tentando solucionar uma das maiores

preocupações do sistema educacional que é a repetência. A quantidade de

alunos que fracassam na escola é assustador. Seus resultados são: a distorção e

a evasão do aluno.

A pedagogia da repetência é definida como a pedagogia da covardia.

Covardia de uma sociedade que, não tende a determinação política de oferecer

uma escola pública minimamente decente, escolheu o aluno como única

vítima.

Era preciso encontrar o causador da reprovação e da evasão. Antes da

década de 60 o mau desempenho escolar era considerado devido a um

comprometimento genético; os fracassos escolares das crianças eram

considerados causados pelos seus defeitos, pela suas insuficiências individuais

(falta de talentos, de dons, inteligência inferior). A responsabilidade era da

criança; a escola e a sociedade estavam isentas de culpas.

As diferenças existentes no comportamento, na inteligência e cognição

eram explicadas como resultantes de defeitos biológicos e desta maneira, suas

conseqüências eram irreversíveis.

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Assim considerado, o desenvolvimento é determinado a partir das

aptidões naturais (ou inatas) da criança. A tese defendida pelo Determinismo

Biológico era a de que o fracasso escolar se devia às desigualdades individuais

(fatalismo biológico). A responsabilidade pelos insucessos localizava-se no

indivíduo, em função de ser menos capaz biologicamente.

Na década de 60, ocorre a passagem do totalismo biológico (que defendia

a patologia do indivíduo) para o fatalismo sociológico, onde o fracasso escolar

é atribuído à família e ao meio em que ele estava inserido.

No Determinismo Biológico, considera-se que existe a ausência de uma

aptidão natural; no sociológico a aptidão existe é o meio desfavorecido

impede sua maturação ou manifestação.

A explicação dos fracassos escolares passa dos defeitos, insuficiências

individuais para o plano coletivo, haveria déficits inerentes à classe social:

linguagem pobre, incapacidade de pensar logicamente que gerariam o fracasso

escolar.

De acordo com os que defendiam a teoria da privação cultural,

consideravam que a criança da classe popular fracassa porque apresentava

desvantagens socioculturais carências culturais oriundas de um meio social

familiar com pouca estimulação, linguagem reduzidas, o que ocasionava

perturbações intelectuais, lingüísticas e afetivas. As causas do fracasso

residem nas desigualdades culturais das famílias de distintas classes sociais.

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Com os estudos sobre a educação brasileira em que se buscava

aprofundar mais as causas do fracasso escolar concluiu que a escola é que não

se encontrava preparada para atender as crianças das classes populares. Pois

ao longo da história escolar a escola foi feita para atender os alunos das

classes econômicas mais privilegiadas.

A escola se encontrava com uma educação onde o educador detém todo

o saber; o sujeito que pensa; tem a palavra e é o sujeito do processo. Já o

educando é visto como uma tabula rasa.

Na concepção bancária, predominam relações narradoras, dissertadora.

A educação torna-se um ato de depositar na cabeça dos alunos os conteúdos; o

saber era uma doação.

Na educação bancária só o professor fala, há rigorosos métodos de

avaliação e um distanciamento afetivo entre professor e alunos.

A tendência deste tipo de educação é gerar indivíduos acríticos,

passivos , sem consciência do seu lugar na sociedade e da sua importância

enquanto cidadão na realização de mudanças sociais.

Nesta concepção não existe diálogo nem troca. Quanto maior o

arquivamento, a memorização dos conteúdos, menor a consciência crítica que

o indivíduo tem de si, de suas relações e do mundo, maior seria sua

ingenuidade, sua docilidade com maior facilidade de ser manipulado.

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É importante apontar o quanto dar trabalho e um custo maior manter a

estrutura da repetência dos estudantes. Sabe-se que a repetência é o maior

problema da educação brasileira, porém já existe o projeto de aceleração da

aprendizagem que busca reverter o drama da repetência do Ensino

Fundamental .

1.2 – Pedagogia do sucesso

“Independente da sua história anterior, o aluno tem possibilidades de

aprender. Os vários fatores que podem ter interferido para que ele não

progredisse na escolaridade, podem ser superados à medida que se dá voz,

se dá escuta, se aproveita o que já construiu e, sobretudo se valoriza sua

auto-estima”. (Pernigotti, 1999: p.51)

Segundo Oliveira,criador do projeto de aceleração da aprendizagem.A

solução para o sucesso só é possível se for criada uma nova política

permitindo uma regularização do fluxo escolar e também uma transformação

do quadro educacional onde a cultura de repetência passe a dar lugar a cultura

do sucesso associada à utilização de novas estratégias e instrumentos

educacionais.

O programa de aceleração da aprendizagem se destina a recuperar a

escolaridade de crianças e jovens que acumulam duas ou mais repetências ao

longo de sua curta trajetória escolar. No processo, irão recuperar seu auto

conceito e reconstruir sua identidade. O programa pretende construir para

ilustrar que é possível fazer uma escola de qualidade.

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O ponto-chave do programa é o resgate da identidade desses alunos, a

recuperação da auto-estima, do auto conceito e a construção da imagem

positiva.

O grande objetivo do projeto é fazer o aluno “dar certo”. E para obter o

sucesso e preciso uma nova postura do professor que passa a ser mediador e

estimulador da aprendizagem.

Durante a realização do projeto a cada dia, o aluno sabe o que se espera

dele, o que tem para fazer, o que vai aprender. As atividades são dividas em

pequenos passos, através dos quais o aluno caminha para o sucesso.

O projeto se propõe em desenvolver alternativa pedagógica de

aceleração da aprendizagem, fundamentada em aprendizagens significativas, a

partir do Currículo Básico, e no fortalecimento da auto-estima do aluno.

Os eixos metodológicos do projeto são :

· Fortalecimento da auto-estima do aluno

· Ênfase em aprendizagens significativas

· Desenvolvimento de currículo multidisciplinar

· Abordagem didática por projetos

· Avaliação do processo ensino-aprendizagem

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O programa inicia sua abordagem dando ao aluno e ao professor

oportunidade de dar certo na escola. Durante o primeiro mês, o tema central é

a identidade. O aluno descobre o seu nome, o de seus pais e parentes. Constrói

a árvore genealógica de sua família, muitas vezes com enormes surpresas.

Descobre adjetivos qualificativos associados ao seu nome, à sua pessoa

e aos talentos e méritos que ele mesmo ou seus colegas reconhecem. E assim,

aos poucos vai redesenhando uma imagem positiva e descobrindo que é

competente para cumprir as tarefas escolares e responder aos desafios da

escola.

O currículo é organizado em projetos de complexidade crescente. As

disciplinas são ensinadas de forma integrada, cada projeto aprofunda questões

de Ciências, Estudos Sociais, Língua Portuguesa e Matemática. Além disso o

projeto possui um currículo forte, que procura desenvolver habilidades

importantes, como a organização, o planejamento, a avaliação, a capacidade

de apresentação escrita e verbal, o trabalho em grupo, a liderança, o

envolvimento em questões escolares e comunitárias.

Cada projeto é avaliado sob três prismas: o conhecimento efetivamente

adquirido, o próprio processo individual e de grupo envolvido e os

sentimentos do aluno em relação à sua aprendizagem; à sua construção para o

grupo e ao seu crescimento.

Além do trabalho com projetos o programa prioriza a leitura. Ao longo

do ano os alunos lêem e discutem os livros selecionados de acordo com sua

idade e preferência. A cada dia, a primeira hora de trabalho é destinada a

atividade de leitura. O desafio do professor é tornar o aluno um leitor ávido.

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O professor se preocupa com a situação de cada aluno, com sua

participação nas tarefas e nos grupos e com o apoio da família, com os

sucessos progressivos dele na escola.

A proposta pedagógica de aceleração da aprendizagem baseia-se nas

experiências, interesses e necessidades dos alunos, como referência de partida

da ação docente; no aprender fazendo, caracterizado pelo trabalho com

projetos; na otimização do tempo pedagógico; pelo planejamento sistemático

das atividades e pelo tratamento integrado e contextualizado dos conteúdos

programáticos. Trabalhando com o desempenho de habilidades cognitivas,

afetivas, psicomotoras e sociais dos alunos.

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CAPÍTULO II

TRABALHO COM AUTO-ESTIMA E MOTIVAÇÃO

Nathaniel Branden (1994), psicólogo norte-americano, em sua obra “O

Poder da Auto-estima”, define: auto-estima é a vivência de sermos

apropriados à vida e às exigências que ela coloca. Mais especificamente, auto-

estima é:

· A confiança na capacidade de pensar e enfrentar os desafios básicos da

vida;

· A confiança no direito de ser feliz;

Nessa definição de auto-estima estão os elementos essências para adquirir a

confiança no quociente intelectual, no poder de solucionar os problemas que a

vida apresenta com competência e de se tornar vitorioso nos caminhos que o

aluno está seguindo ao longo da vida educacional.

Uma auto-estima positiva é essencial para o processo de ensino e

aprendizagem; é ela que fornecerá todas as armas para enfrentar qualquer

obstáculo, estimula a busca de novas idéias, impulsiona para as realizações e

para o sucesso escolar.

É no trabalho com a auto-estima que o aluno se sente fortalecido, com

energia e motivado. Ela inspira a obter resultados e permite que o aluno sinta

prazer e orgulho diante dos resultados de seu progresso.

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É na reconstrução da auto-estima como processo pedagógico que várias

questões precisam ser apontadas para se tentar elevar a auto-estima na sala de

aula: desde os objetivos da educação escolar, os meios de se atingir esses

objetivos são: o relacionamento professor-aluno; as técnicas e recursos

didáticos; as habilidades pedagógicas do professor. Os critérios de avaliação

mais justa e coerente com os objetivos de ensino e com o desenvolvimento do

planejamento do professor.

As habilidades específicas do professor no processo ensino-aprendizagem

têm como base de ação a construção de uma auto-estima saudável e como

meta à aquisição de aprendizagem significativa.

No caso do aluno “defasado”, o trabalho do professor será o de

reconstrução da auto-estima deste aluno pois, o mesmo se encontra com baixa

auto-estima como conseqüência de fracassos sucessivos.

Para que haja uma aprendizagem efetiva e duradoura é preciso propósitos

definitivos e auto-atividade reflexiva dos alunos. Assim a aprendizagem

ocorre quando o aluno está interessado e se mostra empenhado em aprender,

isto é, quando está motivado.

É a motivação interior do aluno que impulsiona e vitaliza o ato de estudar e

aprender. Daí a importância da motivação no processo ensino-aprendizagem.

Psicologicamente, a motivação é um estado de tensão, de dinamismo, de

necessidade que provoca a atividade, fazendo o aluno agir. Dizer que uma

pessoa está motivada quando a atividade que realiza corresponde a uma

necessidade psicológica ou a um interesse intrínseco.

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O professor não pode motivar o aluno, pois este é um processo interno,

mas pode sondar e aproveitar os motivos já latentes, despertando nele os

interesses intrínsecos, que são a manifestação de um motivo.

Portanto, como diz Irene Carvalho “a motivação e um fato interior,

enquanto a incentivação provém de forças ambientais, entre as quais situa-se a

atuação do professor, quando este tem plena consciência do valor da

incentivação, e realiza esforço deliberados para bem estimular seus alunos. A

incentivação só é operante se transformar em motivação. Isto é: os estímulos

externos (incentivos) precisam sintonizar-se com motivos preexistentes

(estímulos internos) para conseguir algum resultado. Muitos incentivos

chegam até nós e nada conseguem, porque não encontram ressonância em

nosso interior”. Isto quer dizer o aluno aprende efetivamente aquilo que

corresponde a uma necessidade, a um motivo, ou a um interesse intrínseco.

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CAPÍTULO III O PROFESSOR COM FACILITADOR DA APRENDIZAGEM

Para que o ensino possa se realizar com eficiência, é necessário utilizar

uma metodologia adequada ao aluno, buscando valorizar a sua experiência de

vida.

É essencial que no processo ensino-aprendizagem procure aos interesses

e desejos dos alunos, de forma a propiciar uma aprendizagem significativa.

A aprendizagem é significativa quando faz sentido para o aluno. Ele

aprende aquilo que quer saber, envolve-se na atividade. Mesmo quando o

primeiro estímulo vem de fora.

Deste modo, o aluno percebe-se como responsável por sua própria

aprendizagem.

Para estar circunstancias e para desenvolver e aperfeiçoar as relações

interpessoais, o professor exerce papel relevante, tornando-se o facilitador da

aprendizagem significativa, desta forma o professor estará estimulando no

aluno o ato de pensar, criar e o prazer de aprender.

O professor se torna responsável por desenvolver o gosto pela leitura do

aluno, a estimular e ajudar o aluno a organizar, planejar, executar e avaliar os

seus trabalhos e responder aos desafios do programa.

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Para o projeto de aceleração da aprendizagem o professor durante o ano

letivo recebe dois apoios: o primeiro é o sistema de supervisão que recebe,

através do qual o supervisor, participa semanalmente de um dia de aula;

analisa detalhadamente o desenrolar da aula, a atuação do professor e analisa

com ele o que fazer para melhorar.

O segundo aspecto é o projeto de capacitação oferecido ao professor

para que ele mantenha-se atualizado, buscando melhor cada vez mais o seu

trabalho na sala de aula.

Os princípios da aprendizagem significativa baseada na potencialidade

natural do ser humano que são:

· O ser humano tem natural potencial de aprender. O desejo de aprender,

descobrir e ampliar conhecimentos pode ser libertado sob as condições

apropriadas ou pode ser inibido.

· A aprendizagem significativa ocorre quando o estudante percebe que o

assunto a ser estudado está relacionado aos seus próprios objetivos.

· A aprendizagem é facilitada quando o aluno participa responsavelmente

do seu processo.

· A independência, a criatividade e a autoconfiança são facilitadas,

quando a auto-crítica e a auto-apreciação são básicas e quando a

avaliação feita por outros tem importância secundária.

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A função básica do professor consiste em desenvolver uma relação pessoal

com o aluno e criar um clima que permita a realização da tendência natural de

descoberta, criar, e aprender. Portanto, o professor é antes de tudo um

facilitador da aprendizagem. Essa facilitação está baseada em qualidade de

comportamento que ocorrem no relacionamento entre o facilitador e o aluno.

As qualidades e atitudes são definidas como:

· O facilitador tem muito a ver com o estabelecimento da disposição

inicial e ao clima de grupo.

· O facilitador conta com o desejo do aluno de realizar os próprios

propósitos como força de motivação subjacente à aprendizagem.

· O facilitador empenha-se em organizar e tornar facilmente disponíveis

os recursos para aprendizagem das mais ampla possível.

O professor manifesta confiança no desejo que o aluno tem de aprender,

mas perceberá que suas atitudes às vezes não são iniciadas para facilitar a

aprendizagem.

Por isso o professor deverá preocupar-se em não fazer comparações entre

crianças e descobrir suas deficiências e erros, mas sim em indicar claramente

que cada aluno é tão importante quanto as outras e que cada um tem

habilidades e qualidades diferentes sendo desenvolvida de forma positiva

tornando-se assim um indivíduo integrado ao seu meio.

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Para que o professor possa exercer uma influência positiva, alguns

princípios poderão nortear seu comportamento em sala de aula como: procurar

descobrir, em cada aluno, o que ele tem de melhor e verbalizar o que se

observo neste sentido para o mesmo; aceitar as contribuições dos alunos sem

julgamentos ou críticas destrutivas; tentar ser próximo, afetivo e empático

com o aluno se relacionando com ele como pessoa merecedora de todo seu

afeto e atenção; valorizar sempre aquele aspecto no qual o aluno possa se

destacar; o professor deve evitar que o aluno tenha apenas experiências de

fracasso. Criando situações que possibilitem o sucesso ao maior número de

alunos, seja na realização da atividade, brincadeira ou jogo.

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CAPÍTULO IV

COMO AVALIAR PARA O SUCESSO

No programa da avaliação da aprendizagem, a avaliação é concebida

como um instrumento para auxiliar a aprendizagem do aluno. Para o

professor, a avaliação é um instrumento utilizado para rever procedimentos

ampliados e replanejar o trabalho quando necessário. Para o aluno, a avaliação

permite perceber as dificuldades e os avanços. Ela tem portanto uma função

permanente de diagnosticar e acompanhar o processo de ensino-

aprendizagem.

O professor observando cada aluno em todo as atividades desenvolvidas

na escola e nas tarefas da casa. Acompanhando o seu progresso no

desenvolvimento da auto-estima, na aprendizagem dos conteúdos escolares e

na aquisição das habilidades básicas.

O professor assume o papel de um pesquisador de seus alunos: analisa

os trabalhos realizados, conversas com os alunos sobre eles. Durante a

conversa, certamente o professor obterá muitas informações importantes a

respeito de suas produções.

A avaliação é então um instrumento justo e confiável da aprendizagem.

As informações conseguidas nortearão o planejamento e suas intervenções,

que podem exigir maneiras diversificadas de atendimento e mudanças na

rotina diária da sala de aula; no uso do tempo e do espaço; na organização dos

grupos, podendo orienta-lo no tipo de desenvolvimento adotado

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individualmente, em grupo ou coletivo e até mesmo, podem originar a

inclusão de novos atividades ou materiais.

Para assumir esse processo constante de avaliação, inseri-lo em sua

rotina, o professor deve fazer uso da observação. Observar criticamente cada

um e todos os alunos durante o processo de aprendizagem, registrando suas

observações quanto à promoção ou aceleração dos alunos para as séries do

ensino regular.

É através da observação que o professor poderá realizar com segurança

a avaliação dos alunos, procedendo assim ele irá acompanhar seu aluno ao

longo de determinado período, nas classes de aceleração da aprendizagem.

Permitindo identificar quais os aspectos os alunos ainda apresenta

dificuldades, programando atividades de apoio e orientação para os alunos nas

dificuldades evidenciadas.

Observar é uma técnica que pode ser utilizada no desenvolvimento do

processo de avaliação desde o nível pré-escolar, pois permite apreciar aspectos

do desenvolvimento do aluno não relacionados obrigatoriamente com o campo

cognitivo.

Para ser bem aplicado. Esse processo exige o atendimento a

determinados requisitos como:

· Especificação - pelo qual fica definido previamente o que vai ser

observado;

· Quantidade – pelo qual é possível mensurar aquilo que vai ser

observado;

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· Objetividade – pelo qual os fenômenos a serem observados devem ser

descritos como ocorrem, despidos de juízes de valor;

· Sistematização – pelo qual o processo de observação, devidamente

organizado, obtém, selecionar;

· Treinamento – pelo qual o observador deve ser preparado para aplicar

com adequação a técnica.

A observação é necessária para que aconteça o acompanhamento do aluno

e com isso obtenham-se dados a serem analisados e que vão subsidiar o

processo avaliativo.

Ela leva a verificação das reações que cada aluno apresenta são

facilitadoras de seu próprio desenvolvimento e de sua aprendizagem; as

reações do professor estão contribuindo para esse desenvolvimento e essa

aprendizagem ou, pelo contrário, estão atuando como um obstáculo a eles; das

atividades em si; em seus aspectos de conteúdos, sua estratégia e seus recursos

materiais estão adequados ao aluno que compõem o grupo-classe com que o

professor está trabalhando.

Esses aspectos constituem um subsídio significativo para avaliação da

proposta curricular.

O registro da avaliação é necessário para o acompanhamento e controle dos

pais, diretores, coordenadores e também para cumprimento das disposições

regimentares, legalizando junto à secretaria, a vida escolar do aluno. Esse

registro pode ser feito, através de conceitos, como notas ou menções.

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Sabemos que não é fácil observar cada aluno, registrar seu

desenvolvimento, quando se tem um grupo de no mínimo 25 ou mais alunos,

que solicitam o professor constantemente. E analisando assim os dados

coletados que o professor conhece e compreende melhor seus alunos, verifica

o alcance dos objetivos selecionados, bem como planejar meios para auxilia-

las a vencer suas dificuldades.

Os registros são realizados de maneira discreta, sem despertar a atenção do

aluno, para não criar um clima de tensão sobre ele. Os registros são feitos em

ficha de observação, registro de ocorrências e anedotário.

A ficha de observação é um instrumento destinado a registrar o que está sendo observado, pode ser de uso individual ou de grupo. Deve ser validada para as reformulações necessárias (modelo A).

MODELO A

REGISTRO DE OBSERVAÇÃO

ALUNO:

IDADE:

DATA:

DURAÇÃO:

CLASSE:

OBJETIVO:

DADOS OU FATOS OBSERVADOS:

OBSERVADOR

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Ficha de registro de ocorrências é também uma ficha de observação, só que

com algumas diferenças da anterior, destina-se a maior espaço de tempo; as

dimensões são menos detalhadas, são cumulativas e sua função é oferecer uma

descrição operacional do comportamento observado (modelo B).

MODELO B

REGISTRO DE OCORRÊNCIAS

CLASSE:

OBJETIVO:

DATA:

DURAÇÃO

Aluno ou grupo a observar

Descrição do comportamento

observado

OBSERVADOR:

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Já o anedotário é um instrumento de registro de caráter sistemático, feito

pelo professor, sobre ocorrências ou incidentes de relevância (modelo C).

MODELO C

ANEDOTÁRIO

CLASSE:

DATA:

REGISTRO DE OCORRÊNCIAS INCIDENTAIS RELEVANTES

OBSERVADOR:

A avaliação do programa de aceleração é realizada em três diferentes

momentos que são: inicial, quando é feito ao longo dos primeiros contatos do

professor com a classe. Deve estar sempre direcionada pela proposta

pedagógica, tanto no que se refere aos seus eixos norteadores quanto ao ponto

de partida dos alunos.

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O segundo momento e o da avaliação como acompanhamento cotidiano da

aprendizagem que auxilia a ação do professor para o sucesso do seus alunos e

tem como finalidade o ponto de chegada dos alunos, o qual precisa estar

sempre presente, orientando tanto o processo da avaliação de aprendizagem

quanto o replanejamento da atuação docente.

O professor da classe de aceleração deve ensinar, ou seja, colocar à

disposição do aluno todos os recursos necessários para que ele consiga

aprender. Tudo o que deve ser apresentado deve ser explicado, escrito e

desenvolvido. Nas classes de aceleração, os alunos sabem o tempo todo o que

estão fazendo e para quê.

O último momento da avaliação é o de decidir sobre a promoção ou

aceleração do aluno. É preciso rever todos os avanços dos alunos, que deve ser

visto de forma global, como uma pessoa inteira,. Os conteúdos, as habilidades

e a auto-estima se entrelação, contribuindo para o desenvolvimento do aluno

de forma integrada e indissociável. Todos os componentes articulados,

deverão fornecer um conjunto de indicadores sobre o avanço de cada

aluno, com mais autonomia na leitura e na escrita, na identificação e resolução

de situações-problema, formulação de hipóteses referentes a alguns

fenômenos científicos e estabelecendo as relações entre eles, interpretando

texto de vários componentes, utilização de algumas representações específicas

das diferentes áreas.

Essa nova forma de avaliar é considerada pelo professor e aluno como

parte integrante da caminhada para o sucesso.

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CONCLUSÃO

A escola enquanto instituição voltada para a construção do

conhecimento do aluno deve garantir que o mesmo obtenha sucesso escolar.

Foi na tentativa de se buscar caminhos para esse sucesso que o projeto

Aceleração da Aprendizagem pretende servir de estímulo à mudanças de

políticas e práticas educacionais. Implementando assim uma estratégia

alternativa na educação e permitindo mudar a realidade educacional da

repetência do nosso país.

O trabalho com o projeto precisa de um constante acreditar por parte da

escola, pais, alunos e professores e de uma vontade política e dos recursos.

Vale ressaltar que os custos destinados ao projeto de Aceleração da

Aprendizagem são altos, porém seu gasto é menor do que manter um aluno

repetente na escola.

Foi possível identificar no desenvolvimento deste trabalho que existe

um proposta voltado para o desenvolvimento da aquisição da aprendizagem do

aluno que possibilita que ele venha obter sucesso.

Os resultados positivos do projeto de Aceleração da Aprendizagem

estão contribuindo para que se mantenha o aluno na escola com sucesso.

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BIBLIOGRAFIA

FREITAS, Nilson Guedes de. Pedagogia do amor: caminho da relação professor-aluno. Rio de Janeiro.Wak, 2000. OLIVEVIRA, João Batista Araújo e. A pedagogia do sucesso: uma estratégia política para corrigir o fluxo escolar e vencer a cultura da repetência.6a. ed. São Paulo: Saraiva, 2001. PATTO, Maria Helena Souza, A produção do fracasso escolar: uma história de submissão e rebeldia. São Paulo. T.A. Queiros. 1990. PERNIGOTTI,Joyce Munarki. Aceleração da aprendizagem. Porto Alegre. Mediação, 1999. SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 2a. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

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ANEXO

Os quadros a seguir mostram a matriz das habilidades e objetivos trabalhados

no projeto de Aceleração da Aprendizagem.

Módulo introdutório / Projeto 1 – Eu sou o assunto

HABILIDADES/OBJETIVOS PROJETOS E SUBPROJETOS

Oi, tchurma!

Eu e meu grupo

Nome da gente

Contando nossa história

Venha você também

Qual é o grilo

“Se liga em você

DESENVOLVER O AUTOCONCEITO Apresentar-se e apresentar outras pessoas.

X X

Identificar características positivas próprias e de outros.

X X

Relacionar-se com os diferentes grupos sociais com os quais convive (família x colegas x vizinhos).

X

X X

Desenvolver o gosto de fazer apresentações em público com desembaraço.

X

Estabelecer metas realistas, atingi-la e avalia-las.

X

X

TRABALHAR DE FORMA ORGANIZADA Organizar-se em diferentes tipos de grupos.

X X

Participar contributivamente em grupo.

X

X

Desempenhar diferentes papéis nos grupos de trabalho.

X

COMUNICAR-SE ADEQUADAMENTE Saber perguntar e saber responder com propriedade.

X X

Identificar signos ou ícones e usa-los corretamente.

X

Identificar, ler, interpretar e escrever diferentes tipos de textos

X

Ler e interpretar textos literários e jornalísticos simples.

X X

Expressar-se com coerência na linguagem oral

X X X

Produzir textos e mensagens orais e escritas simples.

X X

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Módulo introdutório / Projeto 2 – Que “cara” é esse!

HABILIDADES/ OBJETIVOS

PROJETOS E SUBTROJETOS

Que “cara” é esse!

O ET

Quem é quem? Senhoras e senhoras

Eu tenho direitos

Você é o artista

DESENVOLVER O AUTOCONCEITO Desenvolver o gosto de fazer apresentações em público com desembaraço.

X

X

X

Estabelecer metas realistas, atingi- las e avalia- las.

X

X X X

TRABALHAR DE FORMA ORGANIZADA Organizar-se em diferentes tipos de grupos.

X

X X X

Participar contributivamente X X X Desempenhar diferentes papéis nos grupos de trabalho.

X X X

COMUNICAR-SE ADEQUADAMENTE Saber ouvir e executar instruções verbais, não-verbais e escritas.

X X

Relatar experiências. X Ler e interpretar textos literários e jornalísticos simples.

X X

Expressar-se com coerência na linguagem oral.

X X

Produzir textos e mensagens orais e escritas simples.

X X X

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Segui abaixo os títulos dos projetos e subprojetos

Projeto I – Quem sou eu?

Subprojetos I – Descobrindo a identidade Subprojeto II – Minha família e eu Subprojeto III – Alimentação e qualidade de vida Projeto II – Escola: espaço de convivência Subprojeto I – Minha escola ontem Subprojeto II – A escola que tenho Subprojeto III – A escola que eu desejo Projeto III – O lugar onde vivo Subprojeto I – Minha casa tem endereço Subprojeto II – Trabalhando e produzindo riqueza Subprojeto III – Brincadeiras de rua Subprojeto IV – Saúde é vida! Projeto IV – Minha cidade Subprojeto I – Divulgando minha cidade Subprojeto II – Construindo o bem-estar na cidade

1a. parte – energia elétrica 2ª. parte – água/esgoto 3a. parte – coleta de lixo

Projeto V – Brasil de todos nós Subprojeto I – Brasil em mapas Subprojeto II – Brasil cultural Subprojeto III – Brasil regional

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Projeto VI – Operação Salva-Terra Subprojeto I – Natureza X Desenvolvimento _ Equilíbrio ou desequilíbrio? Subprojeto II – Você não existiria, se não existissem árvores e florestas Subprojeto III – Água...

- Como preservá-la?