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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Diretoria de Projetos Especiais Pós-Graduação em Marketing no Mercado Globalizado MARKETING DE RELACIONAMENTO: A FIDELIZAÇÃO NO SEGMENTO BANCÁRIO Por: Cátia Uszko Orientador: Prof. Ms. Marco A . Larosa Rio de Janeiro 2001

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento

Diretoria de Projetos Especiais

Pós-Graduação em Marketing no Mercado Globalizado

MARKETING DE RELACIONAMENTO: A FIDELIZAÇÃO NO

SEGMENTO BANCÁRIO

Por: Cátia Uszko

Orientador:

Prof. Ms. Marco A . Larosa

Rio de Janeiro

2001

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento

Diretoria de Projetos Especiais

Pós-Graduação em Marketing no Mercado Globalizado

MARKETING DE RELACIONAMENTO: A FIDELIZAÇÃO

NO SEGMENTO BANCÁRIO

Apresentação de monografia ao

Conjunto Universitário Cândido Mendes

como condição para a conclusão da

Pós-Graduação em Marketing no

Mercado Globalizado.

Por Cátia Uszko

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METODOLOGIA

A partir do estudo teórico, foram pesquisados junto a livros, revistas e sites, os

conceitos de marketing, relacionados com o assunto.

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RESUMO

O Marketing de Relacionamento procura criar e compartilhar novos valores com os

clientes, dentro de uma instituição financeira, já que todos desejam se relacionar

com a empresa durante um longo período em uma parceria na qual vários

interesses sejam comuns e alinhados. Um relacionamento significativo começa,

quando o banco e o cliente vêem que é de seu interesse unir-se por um longo

período.

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SUMÁRIO

Introdução ................................................................................. 4

Capítulo I ................................................................................... 6

Capítulo II .................................................................................... 14

Capítulo III .................................................................................. 25

Capítulo IV .................................................................................. 31

Capítulo V ................................................................................... 41

Capítulo VI ................................................................................... 47

Conclusão .................................................................................... 61

Bibliografia .................................................................................. 64

Anexos ........................................................................................... 66

Índice ............................................................................................. 67

Folha de Avaliação ....................................................................... 69

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INTRODUÇÃO

Na era da globalização, as empresas devem sair do foco do produto.

Em vez de vender para mercados, deve-se vender para clientes. Em vez de

procurar maior participação no mercado, deve-se buscar maior participação no

cliente. Em vez de oferecer descontos para garantir as receitas, deve-se criar

vínculos mais fortes com os clientes para desenvolver sua fidelidade e assim

aumentar a lucratividade. A qualidade e a tecnologia deixaram de ser os grandes

diferenciais entre os produtos, pois tudo que uma empresa faz hoje, pode ser feito

da mesma forma pela concorrência , em um tempo cada vez menor. As vantagens

competitivas, portanto, são cada vez mais efêmeras.

A estratégia, chamada de CRM - Marketing de Relacionamento com

Clientes ou de “One-to-One Marketing”, quer dizer relacionar-se com clientes de

forma individual, um de cada vez. Mas, como fazer isso com o grande número de

clientes existentes em determinadas empresas? Simples. A tecnologia de

informação possibilita o conhecimento básico dos clientes a partir de uma base de

dados confiável e permite que cada funcionário da empresa, em qualquer ponto de

atendimento, possa interagir de maneira eficiente e eficaz nesse relacionamento

personalizado. O CRM, portanto, não se resume a ferramenta, mas requer

também o envolvimento dos recursos humanos e a reformulação dos processos e

estratégias.

As organizações bancárias de elevado padrão passam a prestar ao

cliente um tipo quase obsessivo de atendimento. O cliente idealiza um banco que

efetivamente se interesse por ele. Daí a tendência de uma firme orientação para o

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mercado, uma reformulação da ética de serviços, e um claro posicionamento

passam a fundamentar as estratégias básicas para o sucesso do marketing de

relacionamento.

O primeiro objetivo do marketing focado no cliente é obter um valor

pleno de duração de cada cliente. O segundo objetivo é aumentar o valor de

duração de cada cliente e manter essa duração crescente ano após ano. O

terceiro objetivo é usar os lucros excedentes do sucesso nos dois primeiros

objetivos para custear a conquista de novos clientes a um custo mais baixo. O

objetivo em longo prazo é a sobrevivência e o crescimento rentável. O único

caminho pra a sobrevivência rentável em longo prazo é o marketing focado no

cliente. Todo negócio começa e termina com o cliente.

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A EMPREGABILIDADE

Muitas empresas vêem implementando medidas com o

objetivo de conquistar e manter clientes, tais como segmentação de

mercado e programas de melhorias da qualidade do atendimento, do

relacionamento e de fidelização. O atendimento tem-se tornado cada

vez mais o grande diferencial na conquista e manutenção dos clientes,

uma vez que ele é a função da empresa mais percebida pelo cliente.

Por isso é necessário que se tenha uma visão sistêmica do

atendimento. Dessa forma, todas as áreas da empresa detêm uma

parcela de responsabilidade na consecução de um atendimento de

qualidade, que deve estar concretamente presente em todas as suas

funções e procedimentos.

O setor financeiro é um dos mais suscetíveis aos efeitos da

concorrência. Crescem os custos e reduzem-se as agências, muito em

especial nos bancos que operam no varejo, estimulando a busca de

novas formas de operar produtos/serviços desse setor. O fator

humano – em especial ao que se refere às mudanças nas relações de

trabalho – é um dos mais importantes elementos-chave para o

desempenho da instituição bancária. É fundamental considerar a

importância estratégica do fator humano no banco, principalmente

quando se pretender orientar-se firmemente para o serviço.

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Os produtos bancários tornaram-se cada vez mais

uniformes ou facilmente copiáveis em sua essência, fazendo com que

a distinção entre os concorrentes se dê em função dos serviços que

são agregados a esses produtos. Nesse contexto todo de

globalização, abertura de mercado e acirramento da concorrência, a

capacitação profissional torna-se imprescindível para enfrentar as

exigências impostas pelas transformações. Um objeto importante do

atendimento ao cliente deve, portanto, ser o de incentivar e permitir

que todos os funcionários adquiram o máximo de conhecimento e

experiência possível para lidar com qualquer dúvida ou contingência

do cliente.

1.1 – A CULTURA ORGANIZACIONAL

A empresa orientada para o cliente tem disposição e

capacidade para trazer o cliente para o centro de ser organizacional.

Quando isso acontece, os clientes se identificam e passam a ser

conhecidos. Suas necessidades são comunicadas a toda a

organização e cada funcionário avalia cada processo, cada tarefa e

cada decisão, fazendo uma pergunta vital : “De que maneira isso

agregará valor para os clientes ?”1

Muitas organizações entendem a necessidade de treinar os

funcionários da linha de frente a serem educados, empáticos e com capacidade de

discernimento. Mas um ótimo serviço de linha de frente não basta. Todos na

empresa são responsáveis pelo atendimento do que o cliente deseja. Todos na

organização precisam ter uma atitude voltada para o cliente. Ninguém deve estar

1 Whiteley, Richard. Crescimento orientado para o cliente. P. 4

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isento, nem mesmo funcionários que gastam pouco ou nenhum tempo em contato

com clientes.

1.2 – O PERFIL PROFISSIONAL

Em uma década,o marketing no Brasil trocou as

estratégias de venda em massa por ações segmentadas, destinadas a

seduzir um consumidor cada vez mais exigente e volúvel. Chegou a

era do marketing um a um, da conquista do cliente individual. E isso

exige de um profissional, inúmeros conhecimentos para atuar na linha

de frente do atendimento. Ter a capacidade de ouvir, entender e se

comunicar: atributos essenciais pra viver a cultura do cliente e

empreender campanhas de fidelização. Ter talento para negociar, para

cumprir suas novas tarefas – sintetizar opiniões e convencer – é

preciso ser um incansável negociador. Ter atuação coletiva, pois o

tempo do cavaleiro solitário acabou. O marketing deve ser uma função

estratégica de um conjunto de pessoas. É preciso ter uma formação

multicultural para fidelizar o cliente ou para criar sinergia entre

departamentos e unidades de negócios, ou seja, ter uma visão geral

dos hábitos, costumes e culturas. Pensar com a cabeça do

consumidor, visto que o dom da empatia permite antecipar gostos e

necessidades do mercado.

O marketing de relacionamento está oferecendo novas

oportunidades para os profissionais criarem novos valores para suas empresas

por meio das seguintes ações:

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Ajudando os clientes a ficarem mais satisfeitos com a experiência da

compra, respondendo a qualquer uma de suas preocupações e

reclamações em tempo real, antes de eles terem oportunidade de

ficarem insatisfeitos;

Aumentando a variedade de produtos e serviços disponíveis para o

cliente, expandindo o escopo da empresa, talvez por meio de vendas

cruzadas ou de distribuição de serviços e produtos de terceiros;

Ressuscitando o processo de vendas, por meio de fornecimento de

informações, relacionamento a clientela, produto, estoque e vendas,

entre outras, aos vendedores no momento exato de influenciar o

cliente;

Concentrando as promoções para os clientes que provavelmente

serão mais influenciados por ofertas especificas quando estiverem

prontos para comprar;

Adaptando todos os aspectos de comunicação às necessidades de

informação e aos canais preferidos de mídia, dos clientes, utilizando

comunicação personalizada e seleção de mídia.2

As pessoas pautam seus comportamentos sociais muito mais em atitudes do que em conhecimentos ou habilidades. E atitudes não podem ser aprendidas numa sala de treinamento, em horário de trabalho. Pois elas se desenvolvem, normalmente, através de experiências de vida, ocorridas dentro e fora da empresa. O treinamento de atitudes é baseado em formulação de objetivos e gerenciamento de emoções. Aprendendo a gostar e a entender melhor os clientes, a relacionar essa atitude às suas próprias necessidades e preocupações pessoais e a praticar habilidades para lidar com o estresse decorrente de um trabalho.

Qualidade em serviços funciona como antecipar, atender e exceder continuamente os requisitos e as expectativas dos clientes. A disposição de servir é uma dimensão da qualidade em serviços relacionada ao fator atendimento das mais importantes. É uma atitude. As pessoas prestativas provavelmente nascem desse jeito. Inclinação a ajudar os

2 Gordon, Ian. Marketing de Relacionamento. P. 24-25

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clientes e a lhes prestar um bom serviço. Habilidades podem ser ensinadas, mas é difícil treinar alguém a ter uma atitude correta. As organizações de serviços mais bem-sucedidas contratam primeiramente pela atitude e somente em segundo lugar pelas habilidades. Elas treinam seus novos funcionários nas habilidades que necessitam para suas posições. O funcionário ideal para trabalhar com clientes deve possuir tais

características:

Estratégico: conhecer e suprir necessidades, estabelecer ações

e aproveitar as oportunidades de acordo com os objetivos e

posicionamento estratégico da empresa; trabalhar em direção a

uma visão de futuro claramente definida.

Ético: agir com integridade e ética de acordo com as normas

profissionais e organizacionais.

Informado: buscar e fazer o melhor uso das múltiplas fontes de

informação existentes. Estabelecer redes de informação para

pesquisa e obter dados relevantes, questionar a validade e

confiabilidade das fontes de informação.

Comunicativo: apresentar idéias de maneira a facilitar o

entendimento, usar recursos de comunicação variados para

reforçar pontos e manter o interesse;

Assertivo: agir com segurança e sem hesitação em face de

desafios, assumir responsabilidade pessoal de fazer as coisas

acontecerem, saber dizer “não” para demandas não-razoáveis.

1.3 – A CONTRATAÇÃO E O TREINAMENTO

No mercado competitivo de hoje, os clientes esperam que a entrega

do serviço seja excelente. Muitas grandes organizações têm instituído programas

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extensos de treinamento para ensinar todo o seu pessoal – tanto funcionários da

linha de frente como internos – habilidades que os ajudarão a fornecer excelentes

serviços. Os bancos estão se esforçando para dar um treinamento para seu

quadro de funcionários, a fim de ter em suas agências, profissionais capazes de

atender a crescente demanda por orientação financeira. O pessoal da linha de

frente que mais provavelmente valoriza os clientes é o que se sente valorizado,

que desenvolveu e reforçou seu próprio espírito. A questão de liderança e

motivação é crucial nesse caso. O treinamento consome tempo e dinheiro. As

organizações que investem no desenvolvimento de funcionários descobrem que

existem recompensas em termos de rotatividade reduzida de funcionários, de

aprimoramento na qualidade dos serviços e de maior produtividade. O resultado é

maior satisfação e fidelidade do cliente. Quando a empresa supre seus

funcionários com as ferramentas e o suporte de que precisam, eles terão um

melhor desempenho e vão sentir-se bem em suas funções. A recompensa é uma

maior fidelidade do funcionário, que será igualmente traduzida em maior fidelidade

do cliente. Sem sistemas adequados de suporte, mesmo os melhores funcionários

não conseguirão produzir os resultados e serviços que desejam fornecer aos

clientes. Sistemas de suporte bem projetados, como tecnologia, sistemas de

informação, design do local de trabalho e facilidades funcionais, contribuirão para

a qualificação do funcionário.

O Empowerment é o processo pelo qual os empregados

assumem relativamente autonomia para tomar decisões na frente do

cliente, no intuito de satisfazê-lo naquilo que for humanamente

possível. Tal atitude confere a esses funcionários o poder e a

responsabilidade de tomar decisões ágeis e de reparar decisivamente

erros cometidos. Uma organização beneficia-se tanto da capacidade

de discernimento quanto da capacidade de tomar decisões de

funcionários competentes. Mas a liberdade de ação deve vir

acompanhada de limites. A determinação da autonomia e dos limites

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corretos depende das circunstâncias. Maior autonomia para os

funcionários é especialmente benéfico em posições difíceis de serem

supervisionadas – ou em cargos que exigem um alto nível de

interação combinado com uma necessidade de rápida recuperação de

serviços.

O treinamento de serviço de atendimento ao cliente

significa aprender sobre si próprio, redescobrir e reaplicar sua própria

psicologia essencial. O treinamento convencional de serviço de

atendimento ao cliente só afirma o óbvio e prescreve respostas

superficiais sobre o que são na verdade questões complexas.

Qualquer funcionário que possa interagir com o cliente deve conhecer

o seguinte:

Produtos ou serviços que a organização fabrica e

vende;

Tipos de clientes da organização;

Como os clientes usam os produtos/serviços da

organização;

Conduta adequada como dirigir um diálogo cordial

com um cliente, evitando falar em preço, e assim por

diante.3

3 Varra, Terry. Marketing de Relacionamento. P. 278

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A empresa que atua no setor de serviços tem que contratar

e manter pessoas que aceitem e executem com entusiasmo o que é

preciso para satisfazer os clientes. Se a empresa contrata pessoas

que gostem das pessoas, um dos resultados importantes será a de um

ambiente absolutamente comprometido com a excelência; e

excelência significa qualidade; e qualidade significa satisfação do

cliente.4 A empresa selecionará os vitoriosos lembrando-se de que a

formação acadêmica não passa de uma qualificação básica – as

pessoas com as atitudes corretas é que se tornam as grandes

produtoras. Os custos visíveis das más contratações e da alta

rotatividade de funcionários podem ser prejudiciais. Uma alta

rotatividade de funcionários pode ter um impacto negativo na moral

dos outros funcionários, na qualidade dos serviços prestados, na

conservação do cliente e na produtividade e na lucratividade.

Os indivíduos estão sempre buscando situações que

atendam a suas expectativas pessoais, inclusive as de

desenvolvimento profissional. Estar motivado significa assumir um

compromisso com relação a tudo aquilo que favoreça a realização e o

autodesenvolvimento de cada um. Para tanto, as pessoas precisam

saber, com a maior precisão possível, aquilo que realmente querem

em sua vida profissional e assumir uma série de atitudes que facilitem

a conquista desses objetivos. Os clientes muitas vezes são

maltratados por funcionários que não estam satisfeitos com a empresa

e com seus chefes. Seu descontentamento é demonstrado através de

atitudes de desinteresse. O ideal é garantir que o pessoal da frente de

4 Whiteley, Richard C. A Empresa Totalmente Voltada Para o Cliente. P. 65-66

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atendimento tenha os melhores instrumentos para executar suas

funções e recebam informações atualizadas para que possam lidar

eficazmente com os clientes.

As empresas que adotam o marketing de relacionamento

como estratégia-chave de negócios precisarão considerar seus

recursos humanos sob um novo prisma. O funcionário é essencial

para o marketing de relacionamento, pois, sem seu compromisso, a

iniciativa fracassará. Uma empresa concentrada no marketing de

relacionamento provavelmente descobrirá que a amplitude de alcance

de produtos e serviços que ela oferece a seus clientes resultará em

uma necessidade de, simultaneamente, ampliar o grau de

conhecimento de seus funcionários. Agora, os funcionários precisarão

dominar mais processos, tecnologias e pessoas com que deverão

interagir.5 Isso implica em uma necessidade que as organizações

façam a coisa certa com relação aos relacionamentos que planejam

tornar com os funcionários em nome dos clientes:

Identificar as habilidades de marketing de relacionamento

necessárias aos funcionários que devem partir em todos os

processos que criem valor para o cliente;

avaliar o desempenho do funcionário em relação a essas

habilidades e determinar quaisquer lacunas de conhecimento,

trabalhando nisso com eles e se comunicando eficientemente,

com freqüência em tempo real, e não simplesmente por meio de

um questionário ou outra maneira impessoal;

5 Gordon, Ian. Marketing de Relacionamento. P. 308-309

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Desenvolver programas de treinamento e apoio tecnológico para

recapacitar e/ou descapacitar processos nos quais os

funcionários precisam de um conhecimento ou contexto

adicionais.

As atividades bancárias exigem o conhecimento de inúmeros

produtos em diversas áreas, inclusive crédito, marketing e operações Os

encaminhamentos, as sugestões e o apoio de outras áreas do banco são cruciais.

Conseqüentemente, o gerente de relacionamento deve promover a cooperação e

a comunicação com o pessoal dessas outras áreas. Simultaneamente, os serviços

personalizados constituem a essência do negócio, uma vez que os produtos de

qualquer banco são facilmente imitados e não se diferenciam muito do que é

oferecido pelos concorrentes. Assim a confiança, a compatibilidade e outros

elementos capazes de produzir a alquimia adequada constituem a essência do

bom relacionamento com o cliente para esse tipo de negócio.

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A FIDELIZAÇÃO

O Atendimento, a qualidade e a confiabilidade são estratégias que

buscam conquistar a lealdade e a fidelidade de um crescimento e manutenção do

fluxo de venda a longo prazo. O Marketing de relacionamento oferece vantagens

importantes ao agregar valor para o cliente. Entre essas vantagens, há o

desenvolvimento da fidelidade junto a empresa. Ao criar valor para o cliente é

essencial estabelecer uma vantagem competitiva sustentável, baseada numa

estratégia de administração que esteja fundamentada em um relacionamento de

longo prazo, entre as partes e que seja mutuamente benéfico. Dentro de uma

economia globalizada e de um cenário de mudanças, o foco no cliente virou o

nome do jogo: conhecê-lo, entendê-lo, fidelizá-lo são os movimentos essenciais.

Atrair clientes é uma árdua tarefa, além de custar caro e levar tempo. Porém,

mantê-los, torna-se ainda bem mais trabalhoso. Outra constatação é que a

lealdade do cliente para qualquer tipo de serviço é, sempre, muito frágil. E por isso

alguns fatores são determinantes : a persistente pressão da concorrência e,

sobretudo, a frustração de expectativas criadas pelas campanhas e não atendidas

na prática do dia-a-dia.

Estudos mostram que quanto mais tempo os clientes

permanecem fiéis, mais lucrativos eles se tornam. Por quê? A

resposta tem a ver com o que é conhecido como os três Rs da

fidelidade do cliente:

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Retenção – um relacionamento contínuo com o cliente cria

um fluxo estável de receita com o decorrer do tempo à medida

que o cliente continua comprando produtos. Os custos

associados com o marketing declinam e, em muitos casos,

declinam também os custos do próprio atendimento ao cliente,

que se torna familiarizado com a empresa, com sua linha de

produtos e/ou serviços e com seus procedimentos.

Vendas relacionadas – o lucro gerado com a venda de novos

produtos e serviços a clientes já existentes é excelente. A

empresa voltada para o futuro desenvolve novos produtos e/

ou serviços dando atenção aos seus clientes fiéis, os quais

estarão mais inclinados a comprar, visto que o novo produto

foi desenvolvido para atender às suas necessidades e porque

eles já tem um grau de confiança na empresa. Os custos são

reduzidos porque novas vendas a clientes já existentes

demandam menos marketing, nenhuma despesa de cadastro,

menos papelada e menos tempo. Alem disso, clientes fiéis são

geralmente menos sensíveis a preço que novos clientes.

Recomendações – recomendações positivas são o melhor

tipo de marketing e não custam nada ! As recomendações

positivas de clientes são vitais para o lucro e o crescimento.

Pesquisas sugerem que clientes satisfeitos provavelmente

contarão a cinco outras pessoas sobre uma boa experiência,

enquanto clientes insatisfeitos provavelmente contarão a onze

outras pessoas sobre uma experiência ruim.

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2.1 - A LEALDADE

Em tempos de múltiplos segmentos e múltiplas ofertas uma

coisa deve ficar clara: satisfação, fidelidade e lealdade não são coisas

iguais. Um cliente pode estar 100 % satisfeito com sua empresa, mas

continua usando o concorrente que oferece uma compensação mais

forte. Os bancos são os que mais gastam em pesquisa para saber o

grau de satisfação de seus correntistas. Em geral, 60% dos que estão

98 % satisfeitos são inativos: não aplicam dinheiro, não fazem

empréstimos, não compram seguros. Simplesmente ficam ali, inertes e

satisfeitos. Somente estando muito satisfeitos e recebendo muito em

troca é que os clientes serão fieis ao seu produto.

Segundo Bookmann6, existem dois importantes tipos de lealdade

dos clientes:

1. Lealdade à loja: o consumidor aprende em qual loja encontra

determinado produto que lhe agrada e, ao encontrar novamente este produto na

mesma loja, a sua fidelidade é reforçada, o que aumenta a probabilidade de ele

querer repetir a compra no mesmo local. Esse tipo de fidelidade está associado ao

desejo do cliente de reduzir o risco na compra, pois tem um histórico de sucesso.

2. Lealdade à marca: ser leal a uma marca significa buscar

uma marca específica. É o melhor redutor de riscos para detergentes, xampus,

comida enlatada, pois o cliente já consumiu e sabe o que irá encontrar. É muito

utilizada para produtos de alto risco percebido.

6 Bogmann. Marketing de Relacionamento.P. 85.

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Existe uma diferença entre cliente fiel e cliente leal. Fidelidade está

relacionada à conveniência e, lealdade, à convicção. As pessoas são fiéis por

acreditarem que determinada opção é boa naquele momento e a lealdade

pressupõe um horizonte de tempo maior, uma relação mais aprofundada. O cliente

fiel faz um negócio visando apenas uma transação qualquer e avalia a satisfação

por três critérios relevantes em sua decisão de compra: produto, preço e prazo.

Além disso, está bastante preocupado com sua comodidade. O cliente leal

valoriza a relação e avalia sua decisão tendo em vista a credibilidade e a empatia

da empresa e do atendente. Além dos fatores anteriores, os aspectos afetivos

exercem bastante influencia. Entendem que trocar de fornecedor (bancário,

alimentício ou qualquer que seja) pode significar alto custo, não apenas

financeiro, mas também psicológico e de tempo.

2.2 – A FIDELIDADE

A fidelidade é um compromisso assumido pelo cliente como resposta

ao atendimento de suas necessidades. A importância de conhecer o cliente é

fundamental para atender as suas necessidades e torna-lo fiel e rentável para a

empresa. É preciso fidelizar para alcançar rentabilidade. Um cliente fiel não é um

cliente apenas satisfeito: é um cliente que se identifica com a empresa e seus

produtos, que vibra com eles, que os divulga sempre que possível e que os

defende quando são criticados.

A fidelização é fator fundamental para a realidade do novo mercado,

altamente competitivo, em que a elevação dos padrões de exigência dos clientes é

cada vez maior. Agora, a satisfação do cliente recebe maior importância,

buscando o seu encantamento e a superação de suas necessidades e desejos. . A

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excelência no atendimento, a personalização e o atendimento com qualidade são

ferramentas que fidelizam o cliente. Bogmann afirma : “fidelizar é transformar

um comprador eventual em um comprador freqüente. É fazer com que esse cliente

compre cada vez mais e até divulgue a empresa.”7

Vale a pena manter todo e qualquer cliente ? Não, certamente

aqueles que não possam ser transformados, mais cedo ou mais tarde, em clientes

lucrativos. Kotler, em seu livro “Marketing para o Século XXI” justifica que as

empresas, hoje, estão transferindo sua ênfase da busca de novos clientes para a

aprendizagem de formas de manter e aumentar a lucratividade dos atuais. À

medida que mais empresas dominam a arte de satisfazer e reter clientes, mais

difícil se torna atrair novos e convence-los a trocar de fornecedor. Isso força ainda

mais as empresas a dominar a arte de desenvolver a fidelidade de seus clientes.8

Ian Gordon ressalta a importância das categorias de vínculos com os

clientes:9

Prospects (clientes potenciais): pessoas identificadas dentro de um

segmento que tem propensão de consumo a um ou mais produtos do

seu negócio;

Experimentadores: pessoas que podem estar interessadas em

comprar de empresa;

Compradores: pessoas que visitaram seu negócio pelo menos uma

vez;

Clientes eventuais: pessoas que adquiriram um ou mais produtos ou

serviços de seu negócio:

Clientes regulares: pessoas que adquirem regularmente seus

produtos ou serviços;

7 Bogmann. Marketing de Relacionamento. P. 87 8 Kotler. Marketing para o Século XXI. P. 174. 9 Gordon, Ian. Marketing de Relacionamento. P. 129.

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Defensores: pessoas que elogiam a qualidade de seu negócio a quem

quiser ouvir.

Para conseguir a fidelidade dos clientes, a empresa pode atuar

basicamente em dois parâmetros: ter uma marca forte que crie lealdade dos

consumidores e envolver os clientes pelos serviços que oferece. Atualmente, a

fidelidade à marca é um dos critérios mais populares para segmentar os

mercados. Os consumidores têm graus de fidelidade variados em relação a

marcas especificas, lojas e outras organizações. Os compradores podem ser

divididos em quatro grupos, de acordo com o status de fidelidade à marca:

Fiéis convictos: consumidores que compram sempre a mesma marca.

Fiéis divididos: consumidores que são fiéis a duas ou três marcas

Fiéis inconstantes: consumidores que mudam constantemente de uma

marca para outra

Infiéis: consumidores que não são fiéis a nenhuma marca.10

É muito importante conquistar a confiança do cliente. E para isso, a

empresa deve usar as habilidades humanas para construir um bom

relacionamento e as habilidades técnicas pra mostrar a ele que têm-se produtos e

serviços que se adequam às suas expectativas, procurando saber cada vez mais

sobre o cliente. A empresa deverá saber o que eles gostam ou não, seus

históricos de compras, suas necessidades e desejos e tudo o mais que possa

ajuda-lo a mostrar-se mais atraente para eles. A meta é sempre manter sua

lealdade e retê-los como clientes. Descubram quais são as suas expectativas

ainda não atendidas e faça o impossível para atendê-las A empresa estará

transformando um consumidor em cliente fiel.

10 Kotler, Philip. Administração de Marketing. P. 291

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2.2.1 – OS PROGRAMAS DE FIDELIDADE

Os programas de fidelidade devem estar empenhados em criar

“momentos mágicos”, ou seja, situações nas quais os clientes sejam

positivamente impressionados. Um momento mágico pode ser entendido como um

serviço não esperado que cause um certo encantamento inesperado no cliente.

Mas mágico será o momento em que o cliente fiel passar a divulgar o programa de

fidelidade e assim atrair outros clientes. A empresa precisa entender exatamente o

que o cliente espera receber, e aplicar em seus serviços. Portanto, para construir

um programa de fidelização é essencial entender as necessidades, desejos e

valores do cliente, para depois traçar uma estratégia adequada de fidelização de

clientes.11 A formação de programas de fidelidade, além de manter os clientes

fiéis, ajudará na identificação de quem são os de maior valor e potencial e lhe dará

um bem que nenhum concorrente terá: o conhecimento do seu consumidor.

Os programas de marketing de freqüência, também chamados

“programas de fidelidade”, ou “programas de relacionamento”, servem para

incentivar o cliente a identificar-se. Por que isso se torna tão importante para a

empresa? Porque sem identifica-lo não se pode estabelecer uma relação com ele

e esse é o objetivo de qualquer estratégia de CRM – Customer Relationship of

Management. Todos eles oferecem alguma forma de pontuação e a bonificação

está ligada à freqüência com que o cliente se identifica durante a compra.

Programas de marketing de freqüência devem utilizar a oportunidade oferecida

pela identificação dos dados para saber quais são os clientes lucrativos, conhecê-

los e a partir daí, a empresa muda seu comportamento baseado no que aprendeu

a respeito daqueles clientes, personalizando aspectos do serviço e do produto.

2.2.2 – AS EXPERIÊNCIAS POSITIVAS

11 Bogmann. Marketing de Relacionamento. P. 90

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Toda instituição financeira tem máquinas, produtos e serviços. Mas o

que faz a diferença é o relacionamento com o cliente. Esse diferencial vem por

meio do atendimento cortês. O cliente tem que ter uma boa experiência com a

empresa. Para isso, é preciso que a empresa esteja permanente e

verdadeiramente disposta a resolver os problemas do cliente, entender as suas

necessidades e apóia-lo para alcançar seus objetivos. Encontrar alguém disposto

a ajudar é sempre uma experiência da qual não se esquece. A tecnologia é

importante mas não é tudo num bom relacionamento com o cliente. O ser humano

ainda é a máquina mais perfeita que existe. Não há chip que substitua a simpatia,

a educação, à palavra positiva. Nenhuma tecnologia substitui o contato pessoal.

Isto exige, porém, que a empresa goste de seus clientes e que tenha uma real

ligação afetiva com eles. Isto transforma a relação empresa-cliente em algo muito

próximo de um relacionamento lucrativo para ambos os lados, e construída para

durar.

É natural querer que os clientes pensem em sua empresa da melhor

forma possível. A maior parte da propaganda e das relações públicas visa atingir a

simples meta “pense bem de nossa empresa, nossos produtos e serviços”. O

conceito de desenvolver “imagens de marca” tem tudo a ver com estabelecer

padrões de pensamento e sentimento (associações à marca) nas mentes e

corações dos clientes. No que toca ao serviço de atendimento ao cliente, a

empresa quer que os clientes vejam o seu serviço sob uma luz excepcional. Quer

que desenvolva a imagem de que o serviço prestado é o melhor disponível e que

sua alta reputação é justificadamente merecida. Portanto, os clientes têm que ser

influenciados por bom atendimento.

Para se manter à frente dos concorrentes, é essencial que a

empresa eleve constantemente seus padrões e aumente seu benchmark com

relação às marcas comparativas pelas quais mede seu desempenho. Manter a

promessa de atendimento deve ser uma prioridade absoluta para qualquer

intenção da gerência de alcançar o sucesso na área de atendimento ao cliente.

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2.3 – A SATISFAÇÃO

A satisfação é o sentido de prazer resultante da

comparação do desempenho do produto ou da empresa em relação às

expectativas da pessoa. Já a insatisfação é o sentimento de desapontamento

resultante dessa comparação. O encantamento do cliente ocorre quando sua

satisfação é tão grande que chega a surpreender. Antes de comprar, o cliente

desenvolveu certa expectativa baseada no que outros disseram, no que o

vendedor prometeu e em suas experiências em compras similares. A

probabilidade de esse novo cliente vir a comprar novamente está estreitamente

relacionada a seu nível de satisfação com a primeira compra. Ele será um “cliente

perdido” se ficar muito insatisfeito, insatisfeito ou mesmo indiferente, mas

provavelmente voltará a comprar se ficar satisfeito ou muito satisfeito. As

empresas muitas vezes não fazem distinção entre cliente satisfeito e cliente muito

satisfeito. Clientes meramente satisfeitos podem trocar facilmente de fornecedor

quando um outro lhe promete satisfação igual ou maior. Mas é menos provável

que clientes muitos satisfeitos acreditem que outro fornecedor possa atendê-los no

mesmo nível que o atual.

A satisfação do cliente também precisa ser confrontada com sua

rentabilidade, pois uma empresa que mantém fiéis os clientes pouco rentáveis e

perde os segmentos mais lucrativos não conseguirá manter-se no mercado. No

entanto, para se acreditar na importância do atendimento ao cliente, existem

alguns motivos a se verificar:

Clientes satisfeitos provocam menos estresse. São poucos os que, tendo

que lidar com um cliente insatisfeito, e não conhecem as pressões que

tais situações causam.

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Clientes satisfeitos tomam menos o nosso tempo. Lidar com queixas e

problemas pode consumir muito tempo e eles sempre surgem quando o

funcionário está mais ocupado.

Clientes satisfeitos falam de sua satisfação a outras pessoas, o que

amplia sua boa reputação.

Clientes satisfeitos trazem satisfação ao trabalho e podem ajudar a

motivar o funcionário e sua equipe.

Clientes são seres humanos – é natural querer proporcionar um

atendimento atencioso, prestativo e eficiente.

A maioria das empresas classifica a satisfação dos clientes por meio

de uma escala de cinco pontos: muito insatisfeito, insatisfeito, indiferente, satisfeito

e muito satisfeito. O nível de satisfação é avaliado não apenas em termos gerais,

mas também em relação a cada componente dos produtos e serviços oferecidos.

Pode haver uma grande diferença entre aqueles que relatam estar muito

insatisfeitos e aqueles que se dizem simplesmente insatisfeitos. A empresa pode

descobrir que perde 80 por cento de seus clientes muito insatisfeitos e apenas 40

por cento dos que se dizem insatisfeitos. Em ambos os casos, é claro, a empresa

tem que tentar conhecer as causas da insatisfação. De maneira semelhante, pode

haver uma grande diferença entre clientes satisfeitos e clientes muito satisfeitos.

As empresas podem perder de 10 a 30 por cento de seus clientes satisfeitos.

Quando se pergunta a esses clientes por que abandonaram a empresa,

respondem que estavam satisfeitos, mas que encontraram um outro fornecedor

que os satisfaz ainda mais. Empresas inteligentes, portanto, tem como objetivo

não só satisfazer seus clientes, mas deixa-los maravilhados. Isso significa superar

as expectativas do cliente, e não somente atende-las.12

Embora muitas empresas avaliem a satisfação de clientes, a maioria

deixa de avaliar a lucratividade individual de clientes. Os bancos alegam que se

trata de uma tarefa difícil, uma vez que um cliente utiliza diferentes serviços

bancários e as transações são registradas em departamentos diferentes.

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Entretanto, bancos que tem conseguido avaliar as transações dos clientes se

assombraram com o numero de clientes não lucrativos. Alguns bancos relatam

que perdem dinheiro com mais de 45% de seus clientes. Não é de surpreender

que eles estão cobrando cada vez mais tarifas por vários serviços que até então

ofereciam gratuitamente.

Clientes satisfeitos representam uma grande oportunidade de pós-

marketing . De uma perspectiva pós-marketing, lidar com cumprimentos é tão

crítico para manter clientes quanto lidar com reclamações. No cumprimento de

clientes satisfeitos pode existir uma historia interessante, um dado valioso de

informação de pesquisa, um exemplo de linguagem de comunicação ou talvez

uma idéia para um novo uso ou nova ocasião de uso. Pode também existir

simplesmente a oportunidade de reforçar um cliente já satisfeito. Não dar atenção

aos cumprimentos pode ser tão perigoso quanto não responder às reclamações.13

Num mercado competitivo como o de serviço financeiro, e que se

torna cada vez mais impessoal devido às tecnologias de auto-atendimento, é

necessário utilizar a satisfação para fortalecer os vínculos entre o banco e o

cliente, evitando que ele procure a concorrência. A satisfação não é um fim, mas

um meio. É apenas um sintoma, não um problema ou solução. Intenção,

integração e implementação compõem a trilogia básica para o banco atingir o nível

ideal de satisfação de seu cliente. Ela sustenta toda a estratégia de

comercialização dos produtos / serviços bancários.

2.4 – A QUALIDADE DE ATENDIMENTO

Os bancos oferecem produtos parecidos. A qualidade do

atendimento é que faz a diferença. No dia-a-dia da agência, receber o cliente com

boa vontade, escutar sem problema com atenção e – principalmente - só deixar

12 Kotler, Philip. Marketing para o século XXI. P. 232 13 Vavra, Terry. Marketing de Relacionamento. P. 158

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que ele volte para casa com a questão solucionada ou, pelo menos, bem

encaminhada, são requisitos básicos para satisfazê-lo.

Normalmente há quatro elementos essenciais envolvidos no

atendimento de qualidade ao cliente:

Adequação: seu serviço/produto é o que o cliente realmente quer – ele

atende às necessidades dele?

Consistência/confiabilidade: seu serviço/produto corresponde sempre a

um mesmo padrão?

Oportunidade: o atendimento é oferecido quando o cliente precisa e

durante um período de tempo razoável?

Satisfação: o atendimento é oferecido de modo a representar uma

experiência agradável para o cliente, ou seja, o funcionário é simpático e

prestativo, mostra interesse e/ou preocupação?

É muito mais fácil proporcionar a qualidade de atendimento que o

cliente deseja se a empresa souber exatamente como ele interpreta uma situação

e como ele se sente frente a ela: além disso, ao se dar ao trabalho de penetrar e

compreender o mundo do cliente, a empresa está demonstrando que tem tempo

para dedicar a ele e que o considera importante. É preciso, portanto, atender o

cliente com excelência naqueles itens que ele julga importantes, e não naqueles

que a empresa julga importantes. É preciso que sua empresa personalize o

atendimento dado, fazendo com que cada cliente seja atendido precisamente

naquilo em que quer ser atendido, naquilo que precise e que valorize. Após

solucionar um problema de atendimento ou desempenho, a empresa deve mostrar

aos seus clientes que se preocupa com eles. Se a empresa cuidar deles, seus

clientes irão recompensa-lo com lealdade. Para cuidar de maneira correta de seus

clientes, a empresa deve ter as características que se seguem:

Credibilidade: Os clientes devem acreditar em seus produtos ou serviços,

nas suas políticas e procedimentos de serviços, no seu esforço para

melhorar o desempenho, assim como no de sua equipe;

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Acessibilidade: Os clientes querem disponibilidade de acesso rápido e

fácil ao seu sistema de serviços. Eles já têm outros tipos de preocupação.

Não torne as coisas mais difíceis para eles, passando-os de um funcionário

para outro;

Confiabilidade: Confiabilidade advém da consistência do desempenho do

seu produto ou serviço e da consistência no tratamento oferecido aos

clientes;

Excelência: Não aceite nada menos que isso. A empresa e seus

empregados devem empenhar-se pela excelência. Se sua equipe é ótima,

isto não é o bastante. Seus clientes, assim como a empresa, almejam a

excelência.

É importante não confundir superação de expectativas com excesso

de qualidade. Superar os desejos dos clientes é atender suas carências nos

detalhes com um “algo mais “ não esperado. Entretanto, exceder em qualidade é

uma forma de desperdício, pois o cliente não fará uso da qualidade não

necessária. Superar as expectativas do cliente mantém vantagem competitiva

sobre os concorrentes.14

As pesquisas mostram que quanto mais produtos e serviços o cliente

obtém , mais fica comprometido em permanecer com a empresa por longo tempo.

Se um cliente tiver com o banco um tipo de negocio, há 15 % de possibilidade de

que se mantenha fiel por cinco anos; com dois tipos de negócios, a percentagem

sobre para 45%; com três, chega a 90%.15

A qualidade do atendimento influi diretamente nas futuras

expectativas não só naquele cliente que já viveu a experiência de contato com o

serviço da empresa, mas também daqueles que esse influencia, com a divulgação

boca-a-boca dessa experiência. Também é preciso que as mensagens de

comunicação da empresa com seus clientes estejam alinhadas com a qualidade

14 Barros, Claudius D. C. Excelência em serviços. P. 37 15 Fulong, Carla B. Marketing para reter clientes. P. 191

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do atendimento. Conseqüentemente, é o atendimento o principal determinante da

imagem de uma empresa de serviços ao longo do tempo.

Reconhecidamente, controlar a qualidade dos serviços é uma difícil

tarefa. Na sua essência, o controle sobre a qualidade envolve influenciar o

comportamento das pessoas. Os fatores determinantes da qualidade do

desempenho no setor de serviços são predominante subjetivos: política de

pessoal, atitudes gerenciais, relacionamentos interpessoais e habilidades

humanas para lidar com pessoas.

A fidelidade não é resultado de uma campanha de vendas, mas

desenvolve-se ao longo do tempo, se o relacionamento da empresa com cada

cliente for planejado e corretamente estabelecido e mantido. Os prognósticos

mais realistas nos levem a crer que o cliente, num futuro muito próximo, ocupará

definitivamente a confortável posição de negociar sua condição de consumidor fiel

somente a uma seleta classe de fornecedores, dos muitos que hoje disputam o

mercado. Esses, por sua vez, ofertarão em troca: qualidade no atendimento,

disponibilidade de produtos e serviços, garantia pós-venda, além obviamente de

preços competitivos e atraentes, numa demonstração de esforço constante na

manutenção do cliente conquistado.

Hoje, a maioria das empresas considera praticamente impossível

criar qualquer tipo de vantagem competitiva sustentável baseada em um único

produto. E o resultado disso é o compromisso de muitas empresas em se destacar

nas interações com os clientes também. A idéia é vencer a concorrência, não

apenas oferecendo um produto melhor, mas também um melhor sistema de

venda, manutenção e comercialização desse produto ou serviço junto ao cliente.

Fazer isso de forma bem sucedida – passar da simples satisfação do cliente ao

entusiasmo imediato – requer mais do que simplesmente descobrir o que a

concorrência esta fazendo e faze-lo melhor. Exige que as empresas criem formas

revolucionarias de interação com os clientes – e desenvolvam uma forma de

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interação que caracterize nitidamente os clientes, uma característica que os

distinga de tal modo que passe a ser uma marca por si só.16

Cabe uma reflexão sobre o alerta transmitido pelo pensador Joe

Cullen: “Neste próximo milênio, as tendências indicam que permanecerão no

mercado apenas dois tipos de empresa, Aquelas que investem maciçamente em

qualidade, numa preocupação constante com a satisfação de seus clientes, e as

outras que não existirão mais “.

16 Whiteley, Richard. O crescimento orientado para o cliente. P. 16

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A PROSPECÇÃO

À cada dia o consumidor descobre e insere novos e diferentes

produtos em sua vida. Há excesso de informação, de apelos e de novas ofertas

inundando o mercado. A manutenção de uma clientela fiel, tarefa essencial à

sobrevivência das empresas, vem se tornando cada vez mais complexa. Além

disso, atrair um novo cliente custa muito mais do que manter um cliente antigo.

O valor emocional agregado, em qualquer relacionamento com o

cliente, é uma questão de escolha. É uma questão de escolher e criar o valor

emocional apropriado para os clientes – e os clientes escolherão fazer negócio

com as empresas onde há o tipo específico de valor emocional que está sendo

agregado.

Tradicionalmente, se reconhece como não sendo clientes aqueles

que não tem qualquer condição de vir a consumir os produtos ou serviços da

empresa, seja por não fazerem parte do segmento-alvo, seja por outras razoes.

Entre aqueles que podem atingir em algum grau, os primeiros são do grupo dos

que os americanos chamam de “suspects”, os que poderiam vir a ser clientes e às

vezes nem sabem disso. No entanto, basicamente tem o perfil decidido para o

cliente, mesmo que às vezes esse perfil não seja muito definido, mas tenha um

contorno ainda geral ou difuso. O nível seguinte é dos chamados “prospects”,

aqueles que estão em vias de se tornar clientes. Ainda não compraram da

empresa, não se envolveram em nenhuma transação, mas reúnem todas as

condições para faze-lo. Estão interessados, mas não tiveram ainda a oportunidade

de fechar um negócio. Entretanto, são pessoas cujo perfil a empresa conhece

melhor que o perfil dos “suspects” e pessoas que definidamente tem condição de

aceitar os serviços ou produtos. Os “prospects” deverão vir a ser clientes efetivos,

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como já o são aqueles que tenham feito uma ou mais operações nos últimos –

digamos – seis meses (varia de empresa para empresa o tempo que deve

transcorrer desde a última compra, para que a empresa considere como um

cliente). Aqui é onde se abre a divisão entre clientes ativos e inativos, sendo estes

últimos aqueles que, embora já tendo comprado da empresa, o fizeram pela última

vez há muito tempo e, por isso, não podem ser considerados clientes ativos ( ou

clientes que “estão comprando”). Mas a empresa tem de ir além disso, e criou-se

uma categoria especial: a dos clientes mais do que ativos, ou clientes

hiperativos. São aqueles que compram mais vezes que os clientes apenas ativos.

O cliente hiperativo é também aquele que, a cada vez que compra, compra em

maior quantidade, ou mais exemplares, ou de qualidade superior.

A localização de clientes potenciais só é um problema se eles

forem escassos. Isso não acontece quando existe falta do produto ou

serviço no mercado. Hoje, todos os mercados se caracterizam por

abundancia de fornecedores e marcas. Existe escassez de clientes, e não

de produtos. Hoje, muitas empresas ainda deixam a descoberta de clientes

a cargo de seus vendedores. Mas com o alto custo do tempo de sua força

de vendas, a descoberta de novos clientes é cara demais para ser

designada por eles. As empresas podem gerar indicações de boa

qualidade pra sua força de vendas, através de três etapas: definição do

mercado-alvo; uso de ferramentas de comunicação para coletar dados dos

clientes potenciais e classificação desses clientes potenciais como

qualificados.

Uma vez selecionado o mercado-alvo, é relativamente simples

identificar nomes de compradores potenciais. À medida que a empresa aprofunda

seu conhecimento desse mercado – o que ele quer, o que compra, onde e quando

compra, como compra etc. – melhora sua capacidade de encontrar novos clientes

potenciais qualificados. Uma empresa pode utilizar várias ferramentas para coletar

os nomes dos clientes potenciais: anúncios, mala direta, telemarketing e

participação em feiras e outros eventos. Nem todos os nomes de clientes

potenciais valem a pena. O que importa é discernir quem são os mais prováveis.

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As promoções são uma ferramenta poderosa para a aquisição de

clientes. Felizmente a maioria das formas de promoção funciona bem quando

transferida ao mundo on-line. Muitas ferramentas promocionais offline, tais como

sorteios, cupons, assinaturas gratuitas de experiência e descontos, são

amplamente utilizadas na Internet. Essas promoções ficam ainda mais eficazes na

internet porque é possível fazer distinções precisas entre o que funciona e o que

não funciona. Alem disso, na internet existe a oportunidade de se criar um canal

de marketing one-to-one. As empresas não distribuem brindes para ser

agradáveis. Oferecem promoções para conquistar clientes. O teste de qualquer

promoção é quantos clientes novos consegue atrair.

3.1 – ESTRATÉGIAS PARA ATRAIR CLIENTES

A estratégia de “criar” clientes é uma prática que pressupõe o

desenvolvimento de condições motivadoras e atrativas para que o cliente potencial

intensifique o consumo de produtos/serviços da instituição. Alguns dentre os

elementos que podem ser utilizados para promover uma atmosfera favorável à

criação de clientes são os seguintes:

Plano de marketing, com objetivos definidos, a longo prazo,

com esta finalidade;

Boa prospecção, evitando com isso envidar esforços a esmo;

Política de negociação voltada pra firme orientação para o

cliente e com ênfase em qualidade de atendimento;

Aculturação do conceito de prestar serviços e solucionar

problemas do cliente como propósito e missão do banco.17

17 Xavier, Ernani Pereira. Marketing Bancário. P. 106

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O valor estratégico é o lucro total que uma empresa poderia obter de

um cliente caso se decidisse a desenvolver uma estratégia, ou tomar alguma

iniciativa de marketing, em relação àquele cliente especifico. O valor estratégico

representa o volume potencial de negócios que um cliente poderia ter com a

empresa, grande parte do qual pode, de fato, jamais ser concretizado. Segundo

Don Peppers, ilustram três aspectos diferentes do valor estratégico de um cliente

para uma empresa:

1. Negócios competitivos – são negócios que o cliente faz com

um concorrente, os quais poderiam ser seus se a sua

empresa pudesse incentivar o cliente a dá-los a sua empresa.

Tirar negócios diretamente do concorrente é uma tática

competitiva consagrada como um banco tirando um

investimento do cliente de seu maior rival.

2. Mudança de comportamento – em muitas situações, a

empresa poderia obter um alto lucro se pudesse fazer com

que o cliente se comportasse de forma diferente. A empresa

poderia conseguir que ele fizesse alguma tarefa adicional ou

participasse de algum serviço adicional ou gerenciasse seu

negocio de forma diferente. Para o banco de varejo, isso

poderia significar fazer com que o cliente usasse mais o

serviço de home banking ou que fizesse um plano de

capitalização.

3. Desenvolvimento do cliente – o valor estratégico de um

cliente abrange também seu potencial de crescimento. O

banco de varejo que tem estudantes de medicina entre seus

clientes é apenas um exemplo.

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Não é apenas importante entender quais são os clientes lucrativos

hoje, mas quais os clientes que serão lucrativos amanhã. Esta é uma maneira de

pensar no foco sobre o cliente. Quanto maior o diálogo da empresa com seu

cliente, maior a oportunidade de obter um quadro preciso desse potencial e de

obtê-lo com a máxima colaboração do próprio cliente. Qualquer bom vendedor

sabe que as informações mais importantes a se obter de um cliente em uma

reunião são suas estimativas de futuras compras e com quais concorrentes ele

está negociando no momento. A crescente proliferação de ferramentas de

automação de atividades de venda torna cada vez mais fácil registrar e agir em

função exatamente desse tipo de informação.18

A qualidade pode ser definida simplesmente como atender ou

exceder às expectativas dos clientes em relação a um produto ou serviço, porem

são oferecidas definições mais extensas. Entre elas podem ser citadas:

visão transcendental – uma condição de excelência

visão de produto / serviço – número de atributos existentes

em um produto / serviço

visão do usuário – como o produto / serviço se ajusta às

preferências do cliente

visão de valor – grau de excelência de um preço aceitável

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Se atender bem aos clientes é a chave para atraí-los e mantê-los,

segue-se então, naturalmente, que o caminho mais seguro para se ter mais

clientes é oferecer-lhes algo que ninguém mais esteja provendo. Encontre uma

necessidade e a satisfaça. A arte de descobrir e satisfazer as necessidades

ocultas são o principal caminho para se conquistar clientes.

Os clientes de hoje são mais difíceis de agradar. São mais

inteligentes, mais conscientes em relação aos preços, mais exigentes, perdoam

menos e são abordados por mais concorrentes com ofertas iguais ou melhores.

Empresas em busca do crescimento de seus lucros e de suas vendas devem

investir tempo e recursos consideráveis na busca por novos clientes. Essa

atividade produz uma lista de clientes possíveis (suspects). A tarefa seguinte é

verificar quais dos clientes possíveis são efetivamente clientes potenciais, e isso é

realizado a partir de entrevistas, da verificação de sua situação financeira e assim

por diante.

18 Peppers, Don. Empresa 1 a 1. P. 93

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A RECUPERAÇÃO

As perdas de clientes trazem grande prejuízo às

organizações, e exigem medidas para reduzir o índice de deserção. É

importante identificar o motivo da perda de consumidores e procurar

corrigir os rumos para estancar o abandono. Não há muito o que fazer

com os clientes que se mudaram, mas clientes que deixaram de

comprar em sua empresa por motivo de insatisfação são recuperáveis,

desde que se procure solucionar o problema pelo diálogo. Hoje, as

empresas de maior destaque fazem de tudo para manter seus clientes.

Muitos mercados atingiram a maturidade, e não há muitos clientes

novos para se captar. A competição é cada vez maior, e os custos para

atrair novos clientes sobem cada vez mais. Nesses mercados poderia

custar até cinco vezes mais atrair um novo cliente do que custa

manter um cliente atual satisfeito. Um marketing agressivo custa mais

do que um marketing defensivo, pois exige um enorme investimento

para afastar os clientes satisfeitos dos concorrentes e ganha-los para

si.

Alguns clientes são influenciados para rejeitar uma

empresa (desertar para um concorrente) após um mau contato,

enquanto outros só rejeitarão a empresa após uma série de más

experiências. Quando uma pessoa com uma atitude negativa, uma

má experiência anterior, um problema emocional ou uma exigência

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irracional se aproxima da linha de frente, os funcionários terão um

enorme trabalho para influenciá-la. A tarefa da empresa é ajudar o

cliente a mudar de pensamento e sentimento. Isso significa enfrentar a

realidade e estabelecer uma simples meta para converte-lo de ruim a

bom, a fim de que o cliente comece a gostar da empresa. Quanto mais

a empresa deixar o cliente falar e desabafar seus problemas, mais ele

o apreciará e será influenciado da mesma forma.

As razões mais comuns que levam os clientes a abandonar

uma empresa são as seguintes:

Insatisfação com o produto, entrega, instalação, serviços

ou preço. Mesmo que um cliente aceite desculpas por atraso

na entrega, embalagem inadequada, até por receber produtos

de qualidade inferior, é improvável que no mundo competitivo

de hoje, ele permaneça leal em face das situações acima. Um

aumento de preço pode ter o mesmo efeito, principalmente se o

cliente não for avisado com antecedência;

Dificuldade de lidar com reclamações. Essa é uma situação

em que um único incidente pode levar um cliente a abandonar a

empresa. Se um cliente sente que sua reclamação for ignorada,

minimizada ou mal solucionada, existem chances de que ele

procure outro fornecedor. Quaisquer desentendimentos com os

vendedores aumenta substancialmente a possibilidade de

perder-se um cliente;

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Desaprovação de mudanças. Os relacionamentos com os

clientes são vulneráveis a qualquer mudança em preço, política

ou vendedores. Alguns cliente podem tornar-se tão irritados que

param de comprar imediatamente;

Insatisfação com o tratamento. Freqüentemente, os clientes

atuais não percebem a atenção e a cortesia que recebem. Sua

familiaridade leva-os a serem tratados de maneira imprópria

(freqüentemente rude). Esse é um erro capital – todos os

clientes devem ser tratados com igual respeito;

Novos funcionários ou novas políticas da empresa.

Mudanças na situação do cliente Pode romper seu

relacionamento com a empresa, sem que ela tenha cometido

qualquer falta. A melhor defesa é ficar alerta a tais

possibilidades e tentar antecipar e neutralizar seus impactos;

Aceitação de uma oferta concorrente. Nenhum cliente , não

importa sua fidelidade, está garantido além do ultimo pedido

que assinou. O concorrente esta sempre alerta e, as vezes,

leva embora um cliente. 19

Inevitavelmente, alguns clientes se tornarão inativos ou

abandonarão a empresa por motivos de falência, mudança para outras

localidades, insatisfação e assim por diante. Nesse caso, o desfio da

empresa é reativar clientes insatisfeitos por meio de estratégias de

reconquista de clientes. Como a empresa conhece seus nomes e

19 Vavra, Terry. Marketing de Relacionamento. P. 249-250

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históricos, é freqüentemente mais fácil atrair ex-clientes novamente do

que encontrar novos.20

4.1 – AS RECLAMAÇÕES

Todo negócio precisa de queixas. As empresas deveriam

agradecer aos consumidores quando eles reclamam, pois a queixa

constitui uma das formas mais valiosas de marketing boca a boca. Os

queixosos lhe passam informações, ajudam-no o serviço e, finalmente

lhe dão a oportunidade de manter um consumidor que pode estar

prestes a bater na porta do seu concorrente. Apesar de ser tão

importante lidar com consumidores que se queixam furiosamente com

a empresa, eles constituem apenas 4% de todos os consumidores

infelizes. O consumidor que volta pertence a um grupo minoritário.

Estudos demonstram que a maioria dos consumidores insatisfeitos

não comentam com a empresa; não se dão ao trabalho de contar-lhe o

problema deles. Simplesmente trocam seu estabelecimento ou

produto por outro.21 Os consumidores que reclamam tem mais

probabilidade de se tornarem consumidores leais do que aqueles que

jamais se queixam.A queixa de um cliente é um investimento.

Lidar com as reclamações não é um processo fácil, mas necessário.

As organizações têm que se conscientizar de que ouvindo a voz do cliente

encontrarão as estratégias eficientes no processo de fidelização. Basta ter

vontade e pensar na maneira mais prática de facilitar o canal de comunicação

entre cliente e organização. Mas, apenas incentivar os clientes a reclamar não é

20 Kotler. Administração de Marketing. P. 72

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suficiente; é preciso saber lidar com a reclamação e buscar soluções globais; não

individuais. Um exemplo que se pode citar é o Serviço de Atendimento ao

Consumidor – SAC , que em muito dos casos procura resolver o problema

levantado com algum agrado ao cliente, mas sem apresentar uma solução

definitiva para o problema em si. Em muitos casos esse tipo de serviço não chega

a ter a consciência de que o problema ocorrido poderá ocorrer de novo com outro

cliente ou com o mesmo. Se isso acontecer, o grau de irritabilidade do cliente

pode se elevar e acarretar resultados muito negativos. Apagar o incêndio não é

suficiente; necessário é escaldar bem o local e evitar que tais incêndios ocorram.

É importante entender que reclamações voluntárias são bem mais educadas que

as reclamações provocadas e incentivadas.22

Quando um cliente está insatisfeito, é possível identificar cinco

reações possíveis de acontecer:

Ele sofre em silêncio. A próxima vez que comprar o produto ou serviço

já o fará com atitude negativa, esperando os problemas ocorrerem

novamente;

Ele muda para outra empresa em silêncio. Esse é apenas um

problema para a empresa que toma consciência de ter perdido um

cliente, mas reconhece que a perda não fornece informações sobre o

como e o porque isso ocorreu;

Ele fala com amigos e vizinhos sobre sua insatisfação. Nesse caso,

a empresa deve perder muitos clientes, pois o ex-cliente falará de sua

insatisfação a todos quantos puder influenciar;

Ele procura o órgão legal de proteção ao consumidor. Este é o pior

resultado para a empresa porque ela pode ser investigada ou levada

aos tribunais gerando forte propaganda negativa;

Ele procura a empresa. Este é o único resultado positivo. Ele oferece à

empresa uma segunda chance, uma oportunidade pra conhecer as

21 Wilson, Jerry. Marketing Boca a Boca. P. 111 22 Bogmann. Marketing de Relacionamento. P. 60

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necessidades dele como cliente e uma oportunidade de identificar o

problema e corrigi-lo. Finalmente, a empresa terá a ocasião de devolver

a confiança ao cliente.23

Estudos mostram que apenas 4% (1 em 27) dos clientes insatisfeitos

fazem reclamações dirigindo-se à empresa. Os outros 96% simplesmente mudam

de fornecedor e a grande maioria desses (91%) jamais retorna. Entretanto, se uma

reclamação de cliente for atendida satisfatoriamente, a probabilidade desse

cliente permanecer fiel à empresa é de 90%. Cada vez que um cliente faz uma

reclamação, ele dá a oportunidade de a empresa converter um comprador

insatisfeito em satisfeito, além de poder colocar informações valiosas que vão

ajudar a corrigir os rumos da empresa e a utilizar melhor as estratégias focadas no

cliente. A empresa que fizer isso poderá resolver problemas ainda não percebidos

por outros cliente e evitar mais reclamações. 24

Nem todas as empresas aproveitam as oportunidades de resolver reclamações

com uma perspectiva de pós-marketing. Quatro abordagens

diferentes podem ser antecipadas:

Defensiva: significa simplesmente reagir às reclamações procurando

eliminar o confronto direto através de “panos quentes”;

Ouvinte: é também um processo de reação, onde a empresa solicita o

feedback do cliente, mas não toma providência para resolver o

problema ou suas causas;

Atendimento às reclamações. Tomar as providências é bom, mas é

ainda reagir às reclamações do cliente, não estimulando a

comunicação;

Pós-marketing. Coloca a empresa em um papel ativo, estimulando as

comunicações e corrigindo os problemas.25

23 Vavra, Terry. Marketing de Relacionamento. P. 150-151 24 Bogmann. Marketing de Relacionamento. P. 62 25 Vavra, Terry. Marketing de Relacionamento. P. 151-152

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As reclamações dos clientes são como uma faca de dois gumes. Por

um lado, elas são usadas para medir o atendimento insatisfatório, mas, por outro,

representam uma fonte de informações inestimável sobre as necessidades e

expectativas dos clientes. Embora possa parecer estranho, um número cada vez

maior de empresas encara o recebimento de reclamações como um fator positivo.

Diz-se com freqüência que, para cada reclamação ouvida, existem outros vinte

clientes que não se incomodam em reclamar – eles simplesmente procuram outro

lugar. A reclamação de um cliente oferece uma excelente oportunidade para

mostrar o quanto a empresa é eficiente e há provas de que um cliente cuja

reclamação é resolvida satisfatoriamente torna-se um cliente mais leal do que

outro que nunca teve motivos para reclamar. Uma queixa que seja mal recebida

ou que tenha um atendimento mal encaminhado, porém fará com que o cliente

fique ainda mais zangado do que estava com o motivo original de sua reclamação,

e o estimulará a contar essa experiência a pelo menos dez outros clientes ou

clientes em potencial.

É fundamental entender que a frase “o cliente sempre tem razão”,

simplesmente alerta sobre a importância de focar a atenção no cliente. O cliente,

não necessariamente, terá razão sempre. No entanto, a reclamação dele está

fundamentada em alguma insatisfação. E é essa insatisfação que a empresa deve

pesquisar informal e formalmente, para saber o que o consumidor tem a dizer.

Pergunte bastante, ouça mais ainda e corrija os rumos. Sua empresa só tem a

ganhar. Fazer a pergunta certa faz a diferença. Mantenha-se em contato com seus

clientes e pergunte-lhes quais são suas maiores necessidades ou desejos. Se a

sua empresa fizer um esforço continuado para estabelecer um bom

relacionamento com eles, conseguira muitas e boas idéias. A única forma de

saber como os clientes vêem sua empresa é olha-la sob a óptica deles. Richard

Whiteley, faz a seguinte afirmação : “Invista em reclamações. Ajude seus clientes

a reclamarem quando estiverem insatisfeitos, e use a informação para melhorar

suas operações”26.

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4.2 – OS CLIENTES PERDIDOS

Por que se perde um cliente ?

1% por falecimento

5% por mudança de endereço

5% por amizades comerciais

10% por maiores vantagens em outras organizações

14% por reclamações não atendidas

65% por indiferença do pessoal que os atende.

As três primeiras categorias de clientes perdidos estão fora do controle da

empresa. Somadas, as duas últimas categorias são de máxima

importância para a empresa, considerando que o preço e a qualidade

são comparáveis com os da concorrência. Portanto, num total de

79% dos clientes perdidos podem ser atribuídos a mau desempenho

ou à má atitude. A pior situação é quando a empresa perde seus

clientes de longa data. A lucratividade do cliente tende a aumentar

com o passar do tempo. Clientes antigos costumam comprar mais,

recomendam mais a empresa a terceiros, são servidos por ela com

mais economia e aceitam facilmente um aumento de preço.

26 Whiteley, Richard. A empresa totalmente voltada para o cliente

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A pesquisa é o instrumento apropriado para identificar, desde que

necessário, as razoes pelas quais o cliente deixou de operar com uma instituição

financeira. Suas conclusões podem esclarecer que ações foram tomadas na

instituição das quais o desagradaram. Entretanto, pesquisa de clientes

insatisfeitos, que já abandonam o banco, torna-se mais difícil de realizar, pois o

cliente pode sentir-se intimidado e, por isso, indisposto a prestar qualquer tipo de

ajuda. Embora acredita-se que sempre há tempo para se tomar medidas

corretivas. 27 O acirramento da concorrência também tem exigido que as

empresas prestem muita atenção às suas taxas de clientes perdidos. É preciso

conhecer e classificar as razões que levam seus consumidores a abandonar a

empresa e seus produtos e agir sobre essas razões, tentando reduzir a taxa de

evasão ao mínimo inevitável.

4.3 – A RECUPERAÇÃO

A montagem de um sistema eficaz de recuperação de atendimento

começa com dois aspectos : conhecer as expectativas do cliente e compreender

o que significa uma falha no atendimento, do ponto de vista do cliente. Para ele,

há dois níveis distintos: aborrecimentos e prejuízo. Aborrecimento é o pequeno

sentimento de irritação que o cliente tem quando o atendimento fica um pouco

abaixo daquilo que se esperava. Prejuízo é um colapso mais serio, que gera um

grande sentimento de ira, frustração ou contrariedade. A recuperação assume

formas diferentes, conforme o cliente se sinta aborrecido ou prejudicado. A

diferença central entre aborrecimento e prejuízo esta na maneira como o cliente se

sente a respeito da falha. Quando ele é impedido de agir, ao invés de ser

meramente atrapalhado, e fica realmente aborrecido, em vez de levemente

irritado, a empresa esta lidando com uma vítima. Qualquer falha no atendimento

exige que o responsável pelo atendimento supere muitos entraves para trazer o

27 Xavier, Ernani Pereira. Marketing Bancário. P. 104

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cliente de volta à neutralidade. Para que ele deixe de sentir prejudicado são

necessários mais esforços do que para ele superar seu aborrecimento. Uma

recuperação efetiva envolve uma seqüência de até cinco medidas. As duas

primeiras são imperativas para clientes aborrecidos; todas as cinco são exigidas

para se lidar com clientes que se sintam prejudicados:

Desculpas

Reestalebelecimento urgente

Empatia

Compensação simbólica

Acompanhamento. 28

Se os clientes atuais são as fontes mais produtivas para manter

negócios com a empresa, provavelmente os clientes perdidos representam a

segunda maior fonte para repetição de negócios. Por mais estranho que possa

parecer, marketing para esses clientes que abandonaram uma empresa pode ser

mais eficaz do que marketing para aqueles que nunca experimentaram os

produtos ou serviços dessa empresa. As razões para isso são as seguintes:

Com raras exceções, os clientes geralmente não rejeitam totalmente

uma empresa de quem já compraram produtos ou serviços. Eles podem

atualmente estar ignorando-a, mas continuam acessíveis e abertos aos

esforços de marketing da empresa;

Freqüentemente, os clientes perdidos mantém um sentimento de

lealdade ou afinidade em relação a empresa. Após comprar uma marca,

em diversos ciclos de compras, tornam-se velhos amigos e é difícil

rejeitar marcas usadas no passado;

Clientes perdidos podem ter abandonado uma empresa porque não

acreditaram mais que ela pudesse atender suas expectativas. Após

28 Zemke, Ron . A nova estratégia do marketing: atendimento ao cliente. P. 27-28

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experimentarem um ou mais concorrentes, podem estar em condições

de aceitar ou não um convite da emrpesa para novos negócios;

Em primeiro lugar, a empresa pode ter solucionado o problema que

causou o afastamento do cliente. Se no banco de dados de clientes

existe uma anotação sobre porque o cliente abandonou a empresa, a

mesma pode estar habilitada a recupera-lo, contatando-o quando o

problema estiver resolvido;

As identidades e preferências dos clientes perdidos são desconhecidas.

As mesmas informações sobre clientes potenciais podem não existir ou

ser de obtenção muito onerosa.29

Os programas para reconquistar clientes podem somar muitas

formas, desde um altamente organizado, agressivo até a simples manutenção do

nome do cliente em um mailing list para mostrar-lhe que ele não foi esquecido

pela empresa. Um dos maiores erros do marketing é retirar os nomes dos clientes

inativos do banco de dados. Quando isso é feito, o cliente geralmente pára de

receber qualquer comunicação da empresa e sua insatisfação com ela torna-se

realidade à medida que a empresa inconscientemente interrompe qualquer

comunicação. A utilização de mala direta é parte de uma campanha que incluem

propaganda intensiva e incentivos destinados a atrair novos negócios e trazer de

volta para o banco. As empresas estão criando esforços especiais para

reconquistar os clientes perdidos . Geralmente, um programa consiste em

identificar esses clientes que abandonaram a empresa, entender porque pararam

de comprar e, então contatá-los para assegurar que o problema ou dificuldade que

enfrentaram será resolvido. Geralmente 15 % a 25% dos clientes perdidos podem

ser reconquistados.

Empresas de serviços normalmente não conseguem evitar erros,

mas elas podem aprender a recuperar-se de tais erros e dessa forma reter um

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cliente descontente. A recuperação começa com a identificação do problema, em

seguida com a atuação rápida em corrigi-lo. Ainda mais importante, as empresas

de serviços devem dar aos funcionários da linha de frente autoridade e

responsabilidade de fazer o que for necessário para corrigir um erro de serviço,

mesmo que isso signifique desviar-se de regras.

A capacidade de recuperação é o poder de transformar a

insatisfação do cliente num laço de lealdade para a empresa. Toda a empresa terá

que enfrentar o fato de que em algum momento, algum cliente ficará insatisfeito,

infeliz ou aborrecido com os seus produtos ou serviços. Deve-se investigar ainda

as razoes das perdas de clientes e para onde eles normalmente migram, se a um

concorrente específico, se distribuem de maneira uniforme por toda a

concorrência. E sobretudo conhecer as formas de retenção que tem funcionado

para o ramo de atuação da empresa, quais as empresas do ramo que retém os

consumidores por mais tempo e quais as que têm as maiores taxas de abandono.

29 Vavra, Terry. Marketing de Relacionamento. P. 240

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A COMPETIÇAO DO MERCADO BANCÁRIO

No Brasil, a abertura do mercado, que vem ocorrendo a

partir da década de 90 de maneira muito rápida, tem provocado

mudanças na atuação dos bancos. A estabilização econômica mostrou

que existia uma população sem contas correntes e com potencial para

consumo de produtos bancários. Esse fato aliado à abertura do país

ao capital internacional, motivou o ingresso cada vez maior de grandes

bancos estrangeiros, o que tem provocado o acirramento da

concorrência no setor. Em função disso, novas estratégias passaram a

ser adotadas pelos bancos, que foram conseguindo reduzir seus

custos com novas tecnologias e puderam desenvolver produtos para

atender necessidades cada vez mais específicas de grupos de clientes

e mesmo de um só cliente.

O funcionamento bancário torna o seu marketing muito diferenciado

daquele praticado noutros setores, ate mesmo dentro da área de serviços. Toda

atividade bancaria fundamenta-se na interação humana com seu público. A ação

pessoal no atendimento confunde-se com o próprio produto, possuindo a magia de

compor a imagem da marca e, conseqüentemente, o poder de desenvolver, no

cliente, o sentimento de fidelidade.30 O Banco enfatizou a orientação para o cliente

como estratégia competitiva, o que resultou nas seguintes atividades:

30 Xavier, Ernani Pereira. Marketing Bancário. P. 25-26

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Obtenção e analise de todas informações “relevantes” sobre

os clientes;

Pratica de previsão de resultados pra discernir a direção e a

velocidade das mudanças competitivas;

Estabelecimento de relações das conclusões obtidas, com a

efetiva capacidade de negócios do banco;

Concentração no cliente, orientando-lhe as ações

operacionais, prestando-lhe um serviço profissionalizado;

Desenvolvimento de planos táticos inovadores para

implementar as ações de vendas;

Monitoramento dos avanços bem de perto, procurando não

perder o controle dos resultados atingidos.

Esperar longos minutos nas filas dos bancos para fazer um

pagamento ou sacar dinheiro está virando coisa do passado. As instituições estão

investindo cada vez mais nos serviços de auto-atendimento e o cliente, por sua

vez, está preferindo usar os caixas eletrônicos espalhados pelos shoppings,

supermercados e repartições públicas ou fazer as transações na comodidade de

cada ou do escritório, por meio da internet.

Os bancos são hoje um dos maiores usuários dos serviços de call

center. Oferecendo atendimento telefônico, além de outros meios remotos para

realização de transações, as instituições financeiras conseguiram diminuir as filas

e direcionar para a realização de negócios. Os call centers, que nasceram como

centrais de atendimento ao cliente, ganham status de centrais de relacionamento

com o cliente e cada vez mais estão sendo aproveitadas para fazer negócios. Os

atendentes oferecem linhas de crédito, seguros e outros produtos e contribuem

também para os resultados da instituição.

O banco foi um dos maiores adeptos da nova filosofia de

comunicação do setor de serviços, promovendo campanhas que pregam a

convivência familiar no lugar do estresse cultivado nas filas do caixa. A abertura

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do setor aos estrangeiros também é vista como uma das alavancas da mudança

de postura. Os bancos internacionais fizeram com que os nacionais se

modernizassem rapidamente, como há pouca diferença nos produtos que

oferecem, a relevância da marca ganham mais importância.

As instituições financeiras utilizam a segmentação com o objetivo de

intensificar o relacionamento com os clientes e, obviamente, incrementar

negócios. De acordo com o mercado em que atua, as empresas podem utilizar

critérios como idade, sexo, renda, região geográfica, comportamento, etc. Não

existe um critério que seja o melhor. Depende do mercado. O importante é que os

critérios permitam identificar melhor os clientes, para se estabelecer estratégias

mais eficazes de relacionamento. A segmentação possibilita conhecer o cliente e

suas necessidades, oferecendo os produtos adequados. A segmentação significa

divisão da clientela conforme o potencial e particularidades da praça, para pratica

de atendimento diferenciado.

Isso permite adequar o atendimento, a oferta de produtos e serviços

e otimizar a realização de negócios. A racionalização e o adequado

direcionamento dos recursos resultam do conhecimento dos segmentos de

mercado. Com isso se obtém melhoria do atendimento e da rentabilidade. Todos

os segmentos que tem acesso ao sistema bancário possuem potencialidades a

explorar. O atendimento diferenciado não significa abandonar o papel social da

instituição, quanto a clientes compulsórios. O ideal é buscar formas alternativas e

mais baratas para viabilizar a redução de custos com a manutenção de tais

clientes.

No processo de segmentação ou divisão de pessoas físicas, que os

bancos vem adotando para ampliar os negócios e reduzir os custos, os clientes do

private banking se encontram no topo da pirâmide, com estrutura especializada;

no meio, estão os clientes com atendimento personalizado ou semi personalizado;

e na base, os com atendimento massificado.

Os bancos estão preparando-se cada vez mais para atrair clientes

com patrimônio elevado e grandes quantias disponíveis para aplicações

financeiras. Os serviços oferecidos não se restringem, no entanto à gestão de

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recursos. Muitos oferecem assessoria e consultoria financeira. O Gerente de

Relacionamento ou de Contas é um consultor de negócios, que deverá estar

capacitado à antecipar-se às necessidades de seus cliente, sempre encontrando a

melhor solução para o cliente e para o banco. Ele é um instrumento principal para

a fidelização dos clientes, responsável pelo incremento e rentabilização dos

negócios, zelando pela imagem da empresa, atuando dentro dos padrões éticos.

Cultivar ótimas relações com os clientes também é uma alta

prioridade. Cartas personalizadas e contato pessoal também recebem grande

ênfase. Os gerentes procuram circular, conhecer seus clientes para realmente

entender seus problemas. O objetivo geral é tratar os clientes como seres

humanos, e não como uma serie de números de contas bancárias.31

5.1 - BANK-BOSTON

Nos últimos dois anos, o Bank-Boston mudou seu posicionamento de

mercado para conquistar mais correntistas. Para atingir esse objetivo, a instituição

pretende investir em publicidade. A estratégia do banco é dividida em quatro

pontos: entendimento das necessidades do cliente, influencia na tomada de

decisões, alcance das expectativas e, por fim, a administração das finanças do

correntista. Ao buscar o melhor investidor, o banco de nicho precisa manter em dia

a saúde da marca.

5.2 - CITIBANK

O Citibank tem dado prioridade total no atendimento para não deixar

este investidor escapar pelos dedos. A prioridade do banco não é expandir, mas

31 Xavier, Ernani Pereira. Marketing Bancário. P. 176

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ganhar qualidade. Mas a instituição não aposta somente no relacionamento e

promete mais agressividade em comunicação .

5.3 - UNIBANCO

O Unibanco está investindo em CRM (Customer Relationship

Management) para garantir atendimento personalizado aos 500 mil usuários do

seu sistema de Internet Banking. O objetivo é atender as reais necessidades dos

clientes. A estratégia do banco já contempla a personalização do atendimento,

motivo que levou a instituição à segmentação de seus correntistas, a tecnologia

CRM apenas aprofundou esta filosofia. O Unibanco apresenta posição de

destaque e liderança em praticamente todos os segmentos em que atua.

5.4 - BANCO DO BRASIL

Atentos ao comportamento do consumidor brasileiro, hoje

mais crítico e exigente, e a atuação da concorrência, cada vez mais

agressiva na conquista de novos clientes, a segmentação definida

para o BB objetiva instrumentalizar o banco para conhecer seus

clientes, suas necessidades e expectativas, fortalecendo o

relacionamento entre ambos e aumentando a efetividade na realização

de negócios.

O banco oferece comunicação direcionada para os clientes onde há

matérias que auxiliem o planejamento financeiro pessoal, coluna para esclarecer

dúvidas dos leitores, além do espaço para dicas de lazer, cultura e ações de

cidadania sempre acompanhados de produtos e serviços, que facilitem a vida dos

clientes.

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A liderança do mercado tende a pertencer com exclusividade aquelas

empresas que conseguem criar diferencial e que sabem tirar todo proveito do valor

agregado. O banco passa a ser julgado, com mais rigor, mediante o critério de

seus serviços, fator considerado determinante da revolução do marketing de

serviços. As instituições que prestam serviço obterão seu retorno desde que

consolidem uma imagem positiva e atraente e inspirem ao cliente um

posicionamento diferenciado e vantajoso em relação aos concorrentes.

A própria intensificação das vendas pode ser favorecida por uma boa

segmentação de clientes. Por outro lado, a segmentação representa uma pequena

parcela para a solução global do marketing bancário. Aspectos complementares

podem validar ou não todo o esforço para segmentar, por exemplo:

Posicionamento da instituição e dos produtos

Localização das agencias

Estilo de atendimento ao cliente

Integração das estratégias do marketing com a operação –

comunicação banco-cliente e nível do conhecimento do

produto/serviço (características, benefícios, vantagens) para parte

do cliente

Inércia do cliente para mover-se para o concorrente

Hábito de alguns clientes de não concentrarem atividades

financeiras num só banco.

A tecnologia da informação atua, ao mesmo tempo, como uma arma

tanto de ataque como de defesa. Graças à concorrência, o banco consegue

antecipar tendências de demanda, desenvolver ações apropriadas ao marketing e

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manter acurado controle de suas operações.32 As novas tecnologias, pressões

externas para reduzir o preço dos serviços, mudanças na legislação e ações da

concorrência estão forçando o banco a diversificar e expandir seus produtos e

serviços. Porém, raramente as estratégias do banco estavam fundamentadas

numa firma orientação para o cliente. Todos concordam que a orientação para o

cliente é um fator essencial no setor financeiro.

32 Xavier, Ernani Pereira. Marketing Bancário. P. 39

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O MARKETING DE RELACIONAMENTO: A SOLUÇÃO

Os relacionamentos são os únicos bens verdadeiros da empresa, já que lhe fornece rendimentos a longo prazo e baixos riscos. Não há padrão para os relacionamentos. Eles significam coisas diferentes para clientes diferentes. Se os relacionamentos são os bens essenciais de uma empresa, então, todos os seus esforços deveriam funcionar no sentido de construí-los. Embora muitas organizações tenham pretendido construir relacionamento com seus clientes, muitas vêem desenvolvimento e a manutenção do relacionamento como uma função estritamente do setor de vendas, com os processos associados nas metas de sua equipe de vendas. Mas os relacionamentos não começam nem terminam com as vendas. Eles interessam a toda a empresa e devem envolver todos os funcionários. O objetivo da organização e de seus lideres, portanto, deveria ser elevar o valor de seus relacionamentos. E este valor virá de relacionamentos duráveis não apenas com os clientes, mas com todos aqueles que, juntos, contribuem para a continuidade do relacionamento com o cliente. Isso significa que todos os funcionários da empresa, inclusive a diretoria, precisam formar uma cadeia de relacionamento que aumente cada vez mais o foco no cliente.

A empresa que ainda não percebeu a importância de personalizar seus serviços através de um atendimento especializado e diferenciado, está com seus dias contados. Em todo mundo as empresas estão segmentando seus clientes e oferecendo tratamento diferenciado de acordo com o relacionamento estabelecido. O Marketing de Relacionamento é baseado na premissa de que os clientes importantes precisam receber atenção contínua de modo a mantê-los “irremediavelmente” fiéis e leais à empresa. Pressupõe quatro passos básicos:

2. Identificar – O pressuposto justifica-se pelo fato de que não se consegue

estabelecer relacionamentos com quem não se consegue identificar. Assim,

é absolutamente necessário conhecer os clientes individualmente, com o

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maior número de detalhes possível e ser capaz de reconhece-los em todos

os pontos de contato.

3. Diferenciar – Os clientes são, normalmente, diferenciados de duas formas:

pelas necessidades de produtos e serviços da empresa e pelo nível de

valor para a empresa. Essa diferenciação tem por objetivos a priorização de

esforços da empresa, o melhor aproveitamento dos clientes de maior valor

e a personalização do comportamento empresarial com base nas

necessidades individuais de cada cliente.

4. Interagir – As empresas interagem com seus clientes por intermédio de

seus funcionários e por outros canais de comunicação (telefone, internet,

terminais de auto-atendimento, mala-direta, etc). Entretanto, a interação

pessoa a pessoa, por intermédio de um diálogo franco e sincero, é a forma

mais eficaz em termos de produção de informação, pois fortalece as

relações, além de possibilitar que sejam agregadas informações subjetivas

sobre os mesmos. A coerência e continuidade na forma de interação são

fatores vitais. Em outras palavras, o diálogo com o cliente deve ser

contínuo, a nova empresa deve iniciar onde a última terminou, não

importando se ela ocorreu ontem ou há um mês, através de telefone ou

contato pessoal. As necessidades mudam, sendo portanto imprescindível à

interação para estar sintonizado com as necessidades e desejos de cada

cliente, ao longo do tempo.

5. Personalizar – Somente através do conhecimento de cada cliente

consegue-se fornecer o que ele espera e da forma que ele espera. A

adequação das mensagens e dos diálogos à forma preferida pelo cliente,

portanto, é fundamental para sua fidelização, mas requer flexibilidade e

treinamento de todas as pessoas que compõem a empresa. O cliente

espera essa personalização, de forma que, quanto maior for o sucesso

nessa adaptação comportamental de acordo com cada cliente, mais

simples e conveniente será a efetivação de negócios.

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Para se estabelecer um programa de marketing de

relacionamento é fundamental o envolvimento de toda a empresa, pois

não se trata de um projeto de um departamento apenas ou restrito a

algumas pessoas. O Marketing de relacionamento é uma filosofia cujo

resultado depende do comprometimento dos dirigentes da empresa e

de todos os funcionários. Se não houver uma cultura interna voltada

para o marketing de relacionamento, o programa terá poucas chances

de obter resultados satisfatórios.33 Com o cliente para o qual a

empresas estabelece esse nível de relacionamento é preciso ter uma

postura responsável, efetuando continuamente atividades de pós-

venda, levantando-se índices de satisfação, solicitando-lhe

seguidamente sugestões de melhorias nos produtos e implementando

o máximo possível dessas sugestões. Eventuais desapontamentos

devem ser imediatamente reparados para não influírem negativamente

no relacionamento. Além disso, deve ser ter também uma postura

proativa, informando sobre produtos a serem lançados, novos usos

para os produtos existentes, e mesmo tentando administrar

proativamente a atividade do cliente naquilo que é relativo ao ramo de

atuação da empresa. Com o tempo, à medida que o relacionamento

vai-se intensificando, a empresa vai passando a ter para com ele uma

verdadeira postura de parceria, trabalhando ambos continuamente

junto – empresa e cliente – para reduzir custos e aumentar receitas de

ambos e melhorar a qualidade de vida do último.

Os programas de marketing de relacionamento são orientados da

seguinte forma:

33 Bogmann. Marketing de Relacionamento. P. 35

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conhecer o cliente melhor que qualquer outra empresa: o que supõe a existência de uma base de dados atualizada com variáveis demográficas e comportamentais sobre os clientes;

investir em serviços e diálogos para garantir a fidelidade à marca: mantendo comunicação constante com a base de clientes:

investir na lealdade em relação ao cliente: cumprindo tudo o que promete;

inovar na maneira de fazer negócios: buscando caminhos alternativos para que o relacionamento com o cliente cresça por forte parceria;

envolver os funcionários na ação: divulgando internamente a dinâmica e importância do programa.

A tecnologia de informação e os processos de negócios podem se tornar a base para um

relacionamento transformado com o cliente. Quando a tecnologia de informação é

usada pra alterar regras, isso pode até se tornar um negócio. De acordo com essa

definição, os bancos não são mais caixas-fortes, mas sim depósitos de

informações e facilitadores de transações de dados. Os clientes que desejarem

fazer negócios com o banco, utilizando terminais de computador, telefones, caixas

automáticos ou (até mesmo!) funcionários pode fazê-lo. O banco institucionalizou

os processos de negócios e a tecnologia de informação para facilitar uma

abordagem ambiciosa de atender os clientes individuais como eles desejam ser

atendidos.34

6.1 – AS FERRAMENTAS

Na era do marketing de relacionamento, o conhecimento e a

percepção vêem de dados sobre as interações, transações e comportamentos manifestos dos clientes, incluindo compra, atendimento e atividade de retorno. O banco de dados de clientes possibilita a execução de atividades pós-marketing. Contém identificação e endereços de todos clientes atuais (e talvez, anteriores), bem como seus potenciais de compra.

34 Gordon, Ian. Marketing de Relacionamento. P. 183

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6.1.1 – MARKETING DIRETO

O marketing direto é um processo de marketing orientado à

informação, administrado pela tecnologia de banco de dados, que permite aos administradores de marketing desenvolver e implantar programas e estratégias de marketing personalizadas. As principais ferramentas do marketing direto são: catálogos, mala direta, telemarketing, resposta direta de televisão, resposta direta de rádios e revistas e compra eletrônica.35

6.1.2 - DATABASE MARKETING O database é a ferramenta mais importante do marketing de

relacionamento. Consiste em gerenciar um sistema baseado em banco de dados relacional computadorizado em tempo real de informações atualizadas e relevantes sobre clientes, interessados, prospects e suspects, para identificar nossos melhores clientes com o objetivo de desenvolver um relacionamento continuado, de longa duração e de alta qualidade e pelo desenvolvimento de modelos de previsão que nos permitam enviar mensagens adequadas, no momento certo e no formato certo para as pessoas certas obtendo como resultados a satisfação dos nossos clientes, o aumento das taxas de resposta por moeda monetária investida e a diminuição do custo por pedido, aumentando nossos negócios e nossos lucros.36

6.2 – A DIFERENCIAÇÃO

O Marketing de Relacionamento tem a ver com um conceito mais profundo: cada cliente é

distinto, diferente e deve ser tratado de forma diferente. A fase de identificação

35 Bogmann. Marketing de Relacionamento. P. 75 36 Bogmann. Marketing de Relacionamento. P. 76

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fornece informações para a adequação de produtos e serviços e possibilita a

diferenciação do tratamento dado ao cliente. Programa-se, então, a intensidade da

interação que interessa à empresa, possibilitando a personalização do

atendimento. A partir dessa diferenciação, baseada nos critérios específicos e

pertinentes a cada empresa, são escolhidos os melhores clientes e com eles

mantêm-se um relacionamento personalizado. A personalização leva em conta o

nível de exigência dos clientes, a realidade da concorrência, a capacitação dos

operadores, a complexidade das soluções individualizadas, entre outros.

Entretanto, é muito importante lembrar que os clientes com os quais

se está praticando one-to-one devem ser “protegidos” ou isolados dos outros

clientes e, principalmente, de iniciativas de marketing de massa do restante da

organização. Através de números de acesso diferenciados ou de áreas VIP

isolam-se esses clientes dos clientes comuns. Por meio da supressão dos nomes

das listas de mala-direta, evita-se que os clientes de alto valor sejam abordados

por campanhas não personalizadas. Afinal, uma vez que a empresa tenha definido

que com eles vai se praticar one-to-one, eles só devem ser contatados através do

gerente de clientes. A essência do marketing one-to-one é “tratar clientes

diferentes de forma diferente”. Pelo simples fato de que os clientes são diferentes,

e ignorar essas diferenças, não os torna todos iguais. Todos os clientes devem ser

informados dos porquês que envolvem um tratamento diferenciado de um cliente

em relação ao outro. A discriminação envolve o tratamento distinto sem nenhum

tipo de critério.

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Contudo, a maioria das empresas reconhece que, embora todos os

clientes sejam importantes, alguns são mais importantes que outros. As empresas

costumam pensar que os clientes maiores são mais lucrativos que os menores.

Mas considere que os grandes clientes recebem descontos mais vultuosos e são

mais exigentes no atendimento. Existe uma evidência razoável de que clientes de

médio porte costumam gerar para a empresa um índice mais elevado de retorno

sobre investimentos do que clientes maiores. Porém é importante tratar de forma

especial os clientes especiais, para criar barreiras de mudança e aumentar a sua

fidelidade.

Podem ser classificados de clientes “melhores”, “piores”e “médios”, respectivamente. Para identifica-los assim, a empresa precisara avaliar a lucratividade dos clientes e classifica-los de acordo com o valor atual e previsto que cada um representa. Essa segmentação do valor do cliente pode ajudar as empresas a decidir quanto devem gastar para criar valor com cada cliente. Tendo identificado os clientes melhores, piores e médios, as empresas desenvolverão estratégias para construir lucratividade a partir de cada categoria. Os melhores clientes serão pesquisados e analisados para explorar os meios que as empresas podem utilizar para criar vínculos ainda mais fortes com eles e torna-los ainda mais estratégicos para a conta. Enquanto alguns clientes precisarão de investimentos para intensificar o vinculo, outros deverão ser dispensados porque não são lucrativos hoje, nunca serão e não tem influência no sucesso da empresa no mercado. Os clientes que estão entre um e outro – os clientes médios – precisarão ser administrados e disciplinados de modo a criar lucratividade para a empresa. Muitos seguirão a direção dos bancos que empurram os clientes para fora de seus recintos, forçando-os a efetuar suas transações rotineiras nos caixas automáticos. Se não forem administrados, serão disciplinados, exatamente como no caso dos bancos que cobram taxas mais altas de serviços no balcão para depósitos e retiradas padronizadas que poderiam ser executados nos caixas automáticos. Os bancos estão também empregando novas tecnologias, tais como acesso à conta via computador pessoal para seus clientes regulares. Isso, não apenas amplia a variedade de serviços para os quais a tecnologia pode substituir as pessoas, mas também intensifica o vinculo entre cliente e empresa, uma vez que ele invista tempo para aprender a utilizar o software.37

Não é possível dar atendimento diferenciado a todos os clientes. E nenhuma empresa terá recursos suficientes para isso em longo prazo. Por isso é sempre importante lembrar que Marketing one-to-one é 37 Gordon, Ian. Marketing de Relacionamento. P. 330-331

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para os melhores clientes, aqueles que a empresa quer que se tornem fiéis. Mas é preciso divulgar e definir com precisão as regras que diferenciarão os clientes. Muitas empresas não definem claramente as regras de diferenciação de clientes e por isso expõem-se a ter problemas. Livre-se dos clientes de menor valor para cultivar os mais valiosos e colher lucros, não apenas receitas. Concentre-se primeiro no que tem de melhor. Alguns clientes não são lucrativos hoje, não serão amanhã e não merecem mais atenção da empresa. Deixe que eles se tornem um problema, ou uma oportunidade para outros. Demita-os. Ao se mover primeiro e mais rapidamente uma empresa tem a oportunidade de conseguir os melhores clientes, aprimorar o relacionamento e criar obstáculos para os concorrentes.

A diferenciação de clientes é uma das disciplinas mais importantes da empresa ao se encaminhar para essa nova dimensão de concorrência. Para ter sucesso, a empresa precisa ser capaz de tomar decisões claras com relação a quais clientes compensam reter, quais clientes podem ser desenvolvidos com lucratividade e quais não valem a pena se ter. E os clientes ficam satisfeitos com esse esquema. Quanto mais diferenciáveis forem os clientes em relação ao que necessitam da empresa, quanto mais importante será que a empresa seja flexível em comportamento com eles, entregando produtos e serviços diferentes para clientes diferentes, chegando mesmo ao ponto se possível, de customizar produtos individuais para clientes individuais.

6.3 – CRM – CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT

O CRM – ou gestão de relacionamento com o cliente – é uma estratégia de negócios destinada a manter a satisfação do consumidor em nível elevado, e dessa forma, garantir a sua fidelidade e incrementar as vendas da empresa. Fator importante em um cenário de economia globalizada e forte disputa pelo mercado, a personalização tornou-se mais difícil quando a internet passou a ser utilizado como instrumento de vendas e atendimento ao consumidor – pessoa física ou jurídica.

O conceito de CRM vem de uma quebra de paradigma

dentro da empresa. É um ponto que a corporação como um todo deve

observar e entender para gerar suas necessidades. E esse conceito

está baseado em uma mudança brutal que é a passagem da visão de

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produto para negócio. Hoje, todos estão voltados para o produto e a

mudança conceitual de focar o negocio à satisfação do cliente é um

grande quebra de paradigma, porque a gestão como um todo deve ter

uma mudança cultural para que estabeleça a alteração e o

entendimento do conceito de CRM.

As empresas que vivem num horizonte competitivo muito

grande, necessitam se diferenciar, a partir de uma estratégia que

envolve construir a visão, saber onde se quer chegar, ter um

planejamento de médio e longo prazo. É preciso que haja um

processo dedicado de aprendizagem para que a empresa compreenda

os valores que são importantes para clientes individuais e utilize esses

conhecimentos para oferecer benefícios que o cliente realmente

deseja, facilitando suas transações com a empresa. Esse tipo de

atendimento personalizado constrói um relacionamento de

aprendizado que modifica o comportamento do cliente ao longo do

tempo, à medida que vai fortalecendo o elo entre o cliente e a

empresa. O cliente dará informações sobre si em troca de

determinados serviços prestados. O importante é que tendo investido

seu tempo para lhe dar informações sobre seu perfil, o cliente estará

menos disposto a procurar um concorrente que o obrigará a começar

tudo de novo.

Investir no relacionamento com o cliente é uma das

principais propostas do CRM e quando aplicada corretamente pode

sinalizar o crescimento para as empresas. É preciso ter claro que, em

parte considerada dos setores, a maioria dos clientes costuma ser

deficitária no primeiro ano, tornando-se rentável a partir do segundo

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ano. Conhecer, diferenciar, personalizar produtos e serviços e

estabelecer um relacionamento sólido com o cliente, essa é a trilha

desenhada pra essa metodologia, capaz de desembocar no único

diferencial competitivo consistente de uma empresa no mercado –

uma boa carteira de clientes fieis.

Correspondências, propaganda dirigida, marketing direto,

e-marketing, atendimento personalizado são alguns dos processos

operacionais previstos na cartilha do CRM. Ela pode indicar em qual

cliente, um deles (ou todos) deve ser aplicado. Um dos principais

pressupostos do CRM é o de tratar clientes desiguais de forma

desigual, diferenciada. Aí essa metodologia difere dos programas de

fidelização, que massificam o universo de clientes sem levar em conta

o valor estratégico de cada um. Levantar dados sobre os clientes e

trabalhar essa massa crítica de maneira diferenciada e integrada, de

modo a gerar ações pró-ativas e individualizadas é um dos requisitos

do CRM.

O CRM não é um produto ou serviço. Ele é uma estratégia

global de negócios que possibilita às empresas gerenciar com

eficiência os relacionamentos com seus clientes. Ele oferece uma

visão integrada dos clientes de uma empresa para todas as pessoas

da organização e implica que todos na empresa estejam voltados para

o cliente. Implementar uma estratégia de CRM exige três ativadores

fundamentais: profissionais qualificados; processos bem elaborados e

tecnologia de ponta.38 No Brasil, diversas empresas, em vários setores

da economia, já perceberam a importância estratégica da gestão do

38 Khera, Mandeep. Customer Relationship Management – além do mero jargão.

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relacionamento com o cliente e, por diversos motivos, estão investindo

na tecnologia.

6.3.1 - CRM NO MERCADO BANCÁRIO

O mercado financeiro é um dos mercados que estão trazendo as

soluções de gerenciamento das relações com os clientes. Este setor sempre foi

mais agressivo, por motivo de redução de custos e necessidades de capilaridade.

A transação é muito mais barata se o cliente não quer ir ao banco e não vai. Há

interesse do mercado financeiro, de um lado, é atender a expectativa do cliente e

conseguir fidelizá-lo e, por outro, em reduzir custos tornando desnecessária a

abertura de novas agencias, por exemplo.

As estimativas variam, porem, reter um cliente pode ficar 25 vezes

mais barato do que conquistar um novo. Mais: o aumento em 5% na retenção de

clientes pode elevar à lucratividade de uma empresa em até 75%. Na área

bancária, por exemplo, o cliente que usufrui de um único produto de uma

determinada instituição tem 50% de chance de trocar de banco ao longo de um

ano, enquanto para aquele que contratou quatro produtos será quase impossível

migrar para algum concorrente.

Segundo Larry Widel39, no cenário altamente competitivo do mercado

bancário atual, as instituições financeiras terão sucesso somente se utilizarem as

melhores ferramentas disponíveis para se diferenciar, através do marketing one-

to-one e do fornecimento de serviços cada vez mais personalizados aos clientes.

As novas tecnologias podem aumentar a velocidade e conveniência

dos serviços fornecidos aos clientes, mas também pode provocar maior

distanciamento, substituindo os relacionamentos pessoais por caixas automáticas

39 Widel, Larry. Bancando uma solução de Customer Relationship Management.

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e internet banking. Essa diminuição da interação pessoal pode reduzir a fidelidade

do cliente e, portanto a rentabilidade da instituição financeira.

Para criar um ambiente bem-sucedido de vendas e marketing, uma

instituição financeira precisa ter uma visão panorâmica dos clientes atuais e

potenciais. Armada com informações abrangentes, a instituição estará capacitada

para filtrar e analisar as informações sobre clientes existentes e prospectivos:

Perfil completo do cliente : para personalizar os esforços de marketing e

vendas de modo a atrair clientes novos e reter os existentes, as instituições

financeiras precisam de sistemas de CRM que combinem informações

internas sobre contas com informações externas de ordem demográfica e

comportamental.

Lucratividade dos clientes: Existe um “mito da lucratividade” dentro dos

bancos, segundo o qual os clientes que visitam o banco são aqueles que

dão mais lucro. Isso simplesmente não corresponde à verdade. Na maior

parte das vezes, as pessoas que comparecem às agencias – geralmente 80

por cento da base de clientes – são justamente os que dão menos lucro

porque dão mais trabalho em termos de recursos do banco e tempo dos

funcionários. Os 20 por cento dos clientes que a empresa nunca vê são

aqueles que dão lucro. A empresa nunca os encontrou, eles não vão ao

banco e conduzem seus negócios através de saldos muito grandes em

poucas contas. Dão lucro porque efetuam poucas transações e deixam

altos saldos em suas contas para o banco utilizar o capital. Esses são os

clientes que deveriam ser o alvo dos esforços de marketing mais fortes.

Promoções : Com uma plena compreensão de seus clientes, a empresa

poderá melhorar suas campanhas de marketing dirigido e desenvolver

promoções sob medida para as necessidades dos clientes. Através do

CRM a empresa poderá compatibilizar os serviços específicos oferecidos

com as preferências e necessidades dos clientes.

Mix de produtos: Analisando de perto os dados demográficos das

diferentes áreas de mercado, os bancos de varejo com múltiplas agências

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verificarão que as necessidades variam bastante de um bairro para outro.

Conhecer bem essas diferenças pode ser a melhor maneira de obter uma

forte vantagem competitiva, permitindo o desenvolvimento de um mix de

produtos e de campanhas promocionais de acordo com os clientes

específicos a serem atingidos.

Gerenciamento de funcionários: o uso do CRM ajuda todos os

representantes de marketing de um banco a desenvolver relacionamentos

bancários pessoais com seus clientes. Para cada conta corrente aberta os

funcionários podem utilizar CRM para tratar a conta como oportunidade de

venda cruzada, oferecendo ao cliente outros serviços de que talvez precise.

Com as facilidades eletrônicas, as pessoas vão cada vez

menos ao banco. Apesar de reduzir custos, essa distinção poderia tornar o

relacionamento da instituição com o cliente quase nulo. As ameaças,

contudo, são inconsistentes à medida que a baixa freqüência à agência

vem sendo compensado por alternativas que permite encantar esse

consumidor e até antecipar suas necessidades.

O marketing de relacionamento transforma ou tem o potencial para

transformar tudo nos negócios, incluindo cultura, liderança, gerenciamento e a

cada uma das capacidades – pessoas, processo, tecnologia, conhecimento e

percepção – que tornam o marketing de relacionamento possível. Com o

marketing de relacionamento, as empresas desagregam e administram cada

aspecto individualmente, conforme suas preferências, desde que elas sejam

capazes de assimilar isso. Com o marketing de relacionamento as empresas

empregam a tecnologia mais estrategicamente, e a serviço do individuo. Elas

usam essa tecnologia não apenas para acelerar e aperfeiçoar a eficiência, mas

para intensificar a eficácia, prever a preferência do cliente e iniciar o processo de

compra.

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Como estrutura de apoio para marketing de relacionamento existem

cinco princípios operacionais que parecem diferenciar as empresas vistas como

exemplares e oferecer serviços de qualidade:

Ouça, compreenda e responda aos clientes

Defina um serviço superior e estabeleça uma estratégia de serviços

Estabeleça padrões e medidas de desempenho

Selecione, treine e encarregue funcionários para trabalhar junto aos

clientes.

A oportunidade permanece para as empresas reavaliarem suas

estratégias como uma base para alcançar a mais preciosa preferência de

gerenciamento: o foco. O marketing de relacionamento pode ser o unificador das

iniciativas estratégias na era que deixou para trás o marketing de massa, a

produção em massa e qualquer outra iniciativa de massa. Na era do marketing de

relacionamento, a concorrência brigara primeiro pelo acesso aos cliente. As

empresas que hoje identificam os melhores clientes e perseguem seus negócios

com paixão serão mais capazes de ganhar acesso e colocar em vigor os

processos para se tornarem ainda mais importantes.uma empresa precisa de um

objetivo de vínculo e uma estratégia para alcançar isso – com todas as contas e

clientes. As empresas que procuram desenvolver relacionamentos e criar novo

valor precisarão construir capacidades flexíveis em suas tecnologias, processos,

pessoas, conhecimento e percepção.

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CONCLUSÃO

O marketing de relacionamento é essencial ao desenvolvimento da

liderança no mercado, à rápida aceitação de novos produtos e serviços e à

consecução da fidelidade do consumidor. Obviamente, todo cliente gosta de ser

lembrado e reconhecido; porém, o que realmente sedimenta a fidelidade de um

cliente não é a recompensa emocional de ter o rosto reconhecido, mas o benefício

da comodidade deter uma série de outros procedimentos também lembrados.

O setor bancário esta sendo levado a uma inteira revisão de seu

posicionamento mediante os elementos que compõem o novo cenário:

Pluralidade de instituição que comercializa produtos ou serviços

financeiros;

Acirrada disputa por espaço no mercado;

Nova clientela, mais instruída, mais consciente e mais seletiva;

Desafio para obter o melhor, neste contexto em termos de

resultados.

Posicionamento é de importância vital para a rentabilidade. Através

dele, a instituição bancária consolida sua imagem junto ao cliente. É o resultado

da percepção do cliente quanto ao valor diferencial entre um banco e outro. Para o

cliente é uma elaboração mental de associação de múltiplos sinais que compõem

a imagem final. Esta adquire um significado para o cliente e determina

sentimentos positivos ou negativos quanto aos produtos/serviços do banco.

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Apelos da propaganda, maneira de atendimento, arquitetura do ambiente interno,

facilidades, tecnologia aplicada aos serviços e tanto outros detalhes são os sinais

que, em conjunto, compõem a imagem. Expandir o conjunto de necessidades não

basta para garantir maior lealdade do cliente e margens mais altas. Sempre ajuda

melhorar o nível de atendimento aos clientes, mas a empresa não pode impedir o

seu concorrente de fazer um trabalho tão completo quanto o seu. Ao contrário, a

chance está em se concentrar na customização seguindo as diferentes

necessidades individuais dos clientes.

A expansão dos pontos automáticos tem diminuído muito a

necessidade do cliente ir pessoalmente à agencia do seu banco. Dessa forma, os

contatos pessoais ficam restritos a uma categoria mais especifica de clientes que

se dirigem com certa regularidade a instituição. Grande quantidade de outros

clientes permanecem quase desconhecidos. Hoje, em dia, o setor bancário fala

interminavelmente, sobre a necessidade de desenvolver habilidades especiais a

fim de prestar serviços a grandes clientes. Mais e mais instituições financeiras

estão descobrindo que, ao usar soluções baseadas em informação, elas podem

aumentar a capacidade de seus clientes interagirem com elas, podendo essa

própria interação gerar um forte vínculo. Em muitos casos, a interação capacita

adequadamente o cliente a executar sozinho alguns dos mesmos serviços

acessórios que de outra forma a empresa teria de fazer por ele. As empresas

deveriam se concentrar em capacitar seus clientes a executar mais e mais

serviços operacionais de um pacote produto-serviço a fim de criar um

relacionamento progressivamente customizado e de alta qualidade.

Outra estratégia para manter o cliente é reforçar o conceito de

serviço. Alguns bancos preferem desenvolver, em lugar de vendedores,

“consultores financeiros”, habilitados para solucionar problemas relacionados com

a gestão de todas as transações bancárias do cliente. Essa ênfase vai fortalecer

um novo e poderoso conceito de banco: o banco solucionador de problemas e, por

isso mesmo, necessário. Aqui está a real diferença competitiva.

Por exemplo, a qualificação do funcionário – construída com a contratação das pessoas certas e dando-lhes treinamento, suporte,

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autonomia e recompensas – promove a satisfação do funcionário com o trabalho. Quando os funcionários gostam do seus trabalho e acreditam que estão fazendo diferença, o resultado é que eles tendem a permanecer mais tempo no trabalho, tornam-se mais produtivos e adquirem maior capacidade de discernimento. Tal fidelidade dos funcionários, por sua vez, cria uma maior satisfação do cliente. Afinal, é mais provável que os clientes se sintam felizes quando são atendidos por funcionários motivados que dedicam tempo em conhecer necessidades e circunstâncias especificas do cliente. Não é de surpreender, pois, que os clientes contentes tendam a comprar mais da empresa e também passem a recomenda-la com mais freqüência a outros clientes. Assim, a satisfação do cliente gera a fidelidade do cliente.

Uma série de condições prévias devem existir para o marketing de

relacionamento fazer sentido para a empresa:

Cada cliente deve desejar uma solução que seja única, customizada ou

personalizada, e verificar se ele obtém valor adicional da companhia

atendendo sua necessidade;

A empresa deve ser capaz de obter uma gratificação de valor por

satisfazer esta exigência, seja em custos reduzidos, em um preços mais

elevados ou ambos;

As capacidades da empresa: pessoal, processo, tecnologia,

conhecimento e percepção devem ser capazes de ter flexibilidade e

adaptabilidade suficientes para acomodar as preferências individuais

dos clientes;

Ao fornecer ao cliente solução individualizada, o vinculo entre a

empresa e o cliente deve ser aprofundar e cliente deve querer repetir

esta experiência ou envolver a empresa em outra oportunidade para

criaem valor juntos;

Os clientes individuais devem ser economicamente acessíveis para a

empresa interagir e se comunicar com eles, o que é de particular

importância para mercado de consumo fragmentado.

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BIBLIOGRAFIA

LIVROS

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FREEMANTLE, David. Incrível Atendimento ao Cliente. Ed. Makron Books. 1994

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KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e dominar

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VAVRA, Terry. G. Marketing de Relacionamento: after Marketing. Ed. Atlas.

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www.1to1.com.br

www.vendamais.com.br

www.bankboston.com.br

www.unibanco.com.br

www.bb.com.br

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www.citibank.com.br

www.crmcommunity.com

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ANEXOS

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ÍNDICE

Resumo .............................................................................................1

Metodologia ......................................................................................2

Sumário .............................................................................................3

Introdução ..........................................................................................4

Capítulo I

A Empregabilidade ...........................................................................6

1.1 - A Cultura Organizacional ....................................................7

1.2 - O perfil profissional .............................................................7

1.3 - A Contratação e Treinamento ...........................................10

Capítulo II

A Fidelização .....................................................................................14

2.1- A Lealdade .................................................................................15

2.2 – A Fidelidade .............................................................................17

2.2.1 – Os Programas de Fidelidade ............................................. 19

2.2.2 – As Experiências Positivas ................................................... 20

2.3 – A Satisfação ............................................................................. 21

2.4 – A Qualidade de Atendimento ................................................. 24

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Capítulo III

A Prospecção ..................................................................................... 25

3.1 – Estratégias para atrair clientes ............................................... 27

Capítulo IV

A Recuperação .................................................................................. 31

4.1 – As Reclamações ...................................................................... 33

4.2 – Os Clientes Perdidos ............................................................... 37

4.3 - A Recuperação ......................................................................... 38

Capítulo V

A Competição do Mercado Bancário ................................................ 41

5.1 – Bank-Boston …………………………………………………… 44

5.2 – Citibank ………………………………………………………… 44

5.3 – Unibanco ................................................................................. 44

5.4 – Banco do Brasil ........................................................................... 45

Capítulo VI

O Marketing de Relacionamento: a solução .................................... 47

6.1 – As ferramentas ............................................................................. 50

6.1.1 – Marketing Direto ....................................................................... 51

6.1.2 – Database Marketing ………………………………………... 51

6.2 – A Diferenciação ........................................................................... 52

6.3 – CRM – Customer Relationship Management ........................... 54

6.3.1 – CRM no Mercado Bancário ................................................... 56

Conclusão ............................................................................................. 61

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Bibliografia .............................................................................................. 64

Anexos .................................................................................................... 66