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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM A CONTRIBUIÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL FRENTE À DEFASAGEM DE APRENDIZAGEM EM LEITURA E ESCRITA Por: MARINA DE OLIVEIRA SOUZA FONSECA Orientador Prof. (a) Geni Lima Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A CONTRIBUIÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL FRENTE À

DEFASAGEM DE APRENDIZAGEM EM LEITURA E ESCRITA

Por:

MARINA DE OLIVEIRA SOUZA FONSECA

Orientador

Prof. (a) Geni Lima

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A CONTRIBUIÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL FRENTE À

DEFASAGEM DE APRENDIZAGEM EM LEITURA E ESCRITA

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes

como requisito parcial para obtenção do grau de Orientação

Educacional e Pedagógico.

Por: Marina de Oliveira Souza Fonseca.

Rio de Janeiro

2012

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AGRADECIMENTOS

Agradeço exclusivamente a Deus a mais essa vitória, por me dar

forças para superar os obstáculos, sem esmorecer, na busca da realização de

meus sonhos e pela alegria deste momento de realização. A Jesus toda honra

e Glória, sempre.

À querida filha, que foi minha incentivadora incansável, não

permitindo que eu, em hora alguma, fraquejasse e desistisse. Você faz parte

dessa conquista. Sou grata a Deus pelo seu incentivo e carinho.

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DEDICATÓRIA

. Dedico este trabalho a minha filha que, de muitas formas, me incentivou e ajudou para que fosse possível a concretização desta etapa de minha vida.

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EPIGRAFE

AQUARELA Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu Vai voando contornando A imensa curva norte sul Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul Pinto um barco a vela branco navegando é tanto céu e mar num beijo azul Entre as nuvens vem surgindo Um lindo avião rosa e grená Tudo em volta colorindo Com suas luzes a piscar Basta imaginar e ele está partindo Sereno indo E se a gente quiser Ele vai pousar Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida Com alguns bons amigos, bebendo de bem com a vida De uma América à outra consigo passar num segundo Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo Um menino caminha e caminhando chega no muro E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está E o futuro é uma astronave Que tentamos pilotar Não tem tempo nem piedade Nem tem hora de chegar Sem pedir licença muda nossa vida E depois convida a rir ou chorar Nessa estrada não nos cabe Conhecer ou ver o que virá O fim dela ninguém sabe Bem ao certo onde vai dar Vamos todos numa linda passarela De uma aquarela que um dia enfim Descolorirá Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo Que descolorirá E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva Que descolorirá Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo Que descolorirá

TOQUINHO

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RESUMO

O presente trabalho teve como principal objetivo a importância do

orientador educacional no processo de alfabetização da criança com

dificuldade em ler e escrever corretamente. E para facilitar o processo da

mesma, foi, então, dividida em três capítulos, nos quais, no primeiro, nos

descreve sobre a leitura e a escrita; no segundo, tratou-se orientação

Educacional; o terceiro trata-se análise dados e finalmente às considerações

finais. Pode-se concluir que cabe ao Orientador Educacional junto aos demais

profissionais da educação, e, dentro das suas especificidades, favorecer as

relações entre o desenvolvimento e o aprendizado do aluno.

Palavras-chave: Orientação Educacional e Dificuldades de aprendizagem.

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METODOLOGIA

Este estudo trata-se de uma pesquisa qualitativa e descritiva. Tendo

como tema principal a contribuição do orientador educacional frente à

defasagem de aprendizagem em leitura e escrita.

Para embasarmos o estudo se fez necessário num primeiro

momento, uma pesquisa bibliográfica sobre assunto em questão. Num segundo

momento, realizou-se uma pesquisa de campo com dois Orientadores

Educacionais, do Ensino Fundamental de escola regular do Município de

Itaguaí, no Estado do Rio de Janeiro. Nos anexos, está registrada a coleta de

dados, transcritos as respostadas dadas do questionário em que as

Orientadoras foram submetidas.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I - A leitura e a Escrita 12

CAPÍTULO II - Orientação Educacional 23

CAPÍTULO III – A Orientação Educacional no Processo de defasagem da

aprendizagem da leitura e escrita- Um estudo de caso 29

CONCLUSÃO 34

BIBLIOGRAFIA CITADA 36

ANEXOS 38

ÍNDICE 43

FOLHA DE AVALIAÇÃO 44

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INTRODUÇÃO

Como objeto de inúmeros questionamentos entre os profissionais

que lidam com educação, está à falta de compreensão de texto. Portanto,

frequentemente, deparamos com alunos que são chamados de “analfabetos

funcionais”. Inclusive educandos que cursam uma graduação de ensino.

Deparamos em “maus leitores” tanto em escolas públicas e quanto privadas, o

que pode indicar erros no processo educacional. Essa ocorrência não se

restringe à realidade brasileira.

A crise da leitura e da escrita no Brasil já parece um mal crônico.

Podemos notar que os jovens, na maioria dos casos, não se interessam por

essas atividades e, se antes apontávamos a televisão como a grande

responsável, hoje temos uma gama de recursos tecnológicos, como exemplo a

internet, que está à disposição dos estudantes, desviando ainda mais a

atenção dos livros.

O melhor termômetro para aferir o grau de aprendizado de um estudante é, segundo os especialistas, sua capacidade de ler e interpretar um texto: quanto mais precária ela for, mais difícil será para ele absorver conhecimento em outras matérias. (WEINBERG e EDWARD, 2005, p. 72).

O ensino da leitura muitas vezes restringiu-se a uma boa

decodificação, ou seja, entende-se que, se o aprendiz sabe ler e escrever,

consequentemente saberá compreender e interpretar. O aprender torna-se um

processo receptivo, e não ativo, conforme afirma Kato (2002, p.5) “se o

professor ensinar a escrever, o aluno aprenderá automaticamente a ler”.

Em meio à pesquisa sobre surge à seguinte problematização: De

que forma o Orientador Educacional pode contribuir no processo de

alfabetização (leitura e escrita)? Esse é o foco principal que permeia a

pesquisa. Existem outras importâncias, porém terão um destaque secundário

para não desfocar o tema central. Entre estas questões pode-se destacar de

que forma o orientador educacional em parceria com professores pode

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contribuir com diagnóstico, na criança detectando com essa dificuldade de ler e

escrever?

Com intuito de responder a problematização acima, propõe-se como

objetivo geral de pesquisar a importância do orientador educacional no

processo de alfabetização da criança com dificuldade em ler e escrever

corretamente. Os objetivos específicos que se ramificam da proposta inicial,

apresentam-se compreender as dificuldades que as crianças sentem em

relação à aquisição da leitura e escrita; Investigar como o orientador

educacional pode contribuir nos processos cognitivos envolvidos na

aprendizagem da criança que apresenta dificuldade de ler e escrever e

investigar a importância do orientador educacional e sua participação na vida

do aluno.

Justifica-se a escolha da presente pesquisa sobre o tema

Defasagem na leitura e na escrita se deve ao dilema vivenciado pela

pesquisadora, por observar as dificuldades na leitura e na escrita dos alunos no

qual trabalha. Tudo isso me chamou bastante atenção, por ser um assunto que

nos educadores devemos dar muita importância.

Esta pesquisa pretende dar suporte teórico para os professores e

orientadores educacionais. Diante das inúmeras questões que inquietam o dia-

a-dia do professor e do orientador educacional, houve a necessidade de fazer

uma investigação teórica sobre as dificuldades de aprendizagem ocorridas em

sala de aula e suas principais implicações no processo de ensino –

aprendizagem. Os profissionais da educação devem estar atentos a dois

importantes indicadores para o diagnostico precoce da dificuldade de escrita e

leitura: 1) a historia pessoal do aluno. 2) suas manifestações linguísticas nas

aulas de leitura e escrita.

Quando professores e orientadores compreenderem quais são as

dificuldades que uma criança que apresenta essas dificuldades, eles poderão

ser mais úteis, não somente mostrando simpatia e encorajamento, mas

principalmente buscando uma didática adequada. Portanto, o Orientador

Educacional deve ser um facilitador na busca de ajudar a criança com

dificuldades na aprendizagem e na leitura e na escrita, encaminhando essa

criança para outros profissionais para o devido diagnóstico.

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Para atender o objetivo proposto no presente estudo foi utilizado os

seguintes meios: a bibliografia, a metodologia dedutiva qualitativa, e o método

exploratório descritivo para análise do trabalho. Os dados serão coletados

através solicitação de uma entrevista com orientadores pedagógicos, realizada

através de um questionário aberto.

Esta monografia é um estudo dedutivo qualitativo, a respeito da

contribuição do orientador educacional frente à defasagem de aprendizagem

em leitura e escrita a partir de uma revisão bibliográfica, com base em livros,

artigos científicos e bases de dados. A seleção dos materiais utilizados ocorreu

com base nos seguintes autores: Seder (2001), Kato (2002), Garcia (1999),

Fontoura (2008), dentre outros (as).

Buscando analisar a assunto aqui proposto, no primeiro momento,

fizemos um levantamento bibliográfico preliminar sobre os temas principais: as

dificuldades de leitura e escrita do educando e o papel e a conceituação da

Orientação Educacional, e a sua relação com a teoria e a prática. Depois

selecionamos duas escolas do município de Itaguaí que tivesse uma

Orientadora Educacional atuando como profissional (contratada). Essas

escolas foram facilmente encontradas, pois a pesquisadora trabalha no

município em questão, e obteve o consentimento das instituições, dando assim

a oportunidade de realizar a pesquisa de campo.

No segundo momento, com o levantamento bibliográfico já

selecionado, utilizamos de uma entrevista, que se baseou em um questionário

aberto. Logo, após houve uma análise dos dados colhidos e transcritos para

esta pesquisa.

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CAPÍTULO I

A LEITURA E A ESCRITA

1.1- O processo de leitura

Antigamente ler era considerado decifrar código, de modo recente

este conceito transformou-se, hoje a leitura é vista como um processo de

interação entre o autor-texto-leitor.

O conceito de leitura consta no PCN’s (Parâmetros Curriculares

Nacional do Ensino Fundamental) que expõe:

A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem, etc. Não se trata de extrair informações, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido, permitindo tomar decisões diante de dificuldades de compreensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto suposições feitas. (PCN’s, 1998, p.69).

Ponderando sobre a conceituação acima e relacionando-a ao nosso

jeito de ler, lembramos que a decodificação é apenas um dos procedimentos

que utilizaremos para ler. Para que tenhamos uma leitura fluente é necessário

que haja uma série de outras estratégias, elementos e recursos para

constituição de uma acepção.

Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a esta leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo outra não prevista. (LAJOLO, 1982, p.59).

Portanto, as definições acimas apresentadas, tanto do PCN’s (1998)

e Lajolo (1982), são semelhantes, valorizam o processo educacional como um

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todo, pois a leitura deixa de ser vista como algo mecânico e passa a ser um

processo que exige a interlocução entre o leitor-autor mediada pelo texto. Esta

interlocução é característica própria da linguagem. Portanto, quando se

escreve ou se fala há sempre um interlocutor. A relação de comunicação entre

o emissor e receptor deve ser interativa e não mecânica.

“A leitura é uma atividade complexa devido aos múltiplos processos

cognitivos utilizados pelo leitor ao construir o sentido de um texto” (KLEIMAN

2004, p.29), logo, ela “não se dá linearmente, de maneira cumulativa, em que a

soma do significado das palavras constituiria o significado do texto” (TERZI,

2002, p. 15).

Segundo Aebersold e Field (Apud CAMPOS, 2011, p.03), o texto e o

leitor são duas entidades físicas necessárias para que o processo possa

acontecer. Entretanto, é a interação entre o texto e o leitor que constitui

realmente a leitura. Adicionaríamos, também, que o contexto social é outro

elemento a ser considerado em uma teoria geral sobre leitura, visto que “a

leitura é uma prática social” (SOARES, apud ZILBERMAN; SILVA, 2000, p. 19),

não apenas porque é realizada por meio da interação entre leitor e texto, mas

porque ambos estão inseridos em um dado momento socio-histórico que

determina a linguagem e o sentido.

Entretanto torna-se pertinente a acepção de que “a leitura é muito

mais do que a simples ação de apropriação de significado: ela é uma atividade

de recriação, de reconstrução de ideias” (DIB, apud CAMPOS, 2011, p. 03),

uma vez que, a leitura “pressupõe a figura do autor presente no texto através

de marcas formais que atuam como pistas para a reconstrução do caminho que

ele percorre durante a produção do texto”. (KLEIMAN, 2004, p. 80).

Perante tais afirmativas, a leitura “deve ser entendida como

processo e não como produto” (NUNES, apud CAMPOS, 2011, p. 03), uma vez

que, o texto “não traz tudo pronto para o leitor receber de modo passivo”

(KLEIMAN, 2004, p. 36), de modo que o leitor possa utilizar-se tanto do seu

conhecimento de mundo quando do seu conhecimento prévio, sobre o

contexto, assim ele, interage com as informações presente no texto para tentar

chegar a uma concepção ou uma compreensão favorável a sua leitura.

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Chegamos à conclusão que a que a leitura por ser um processo

dinâmico e social, resulta na interação da informação presente no texto e

utilizando-se do seu conhecimento prévio, o leitor tem possibilidade de

construir um sentido para aqui que leu, ou seja, uma compreensão textual.

1.2- O processo de composição da escrita

Há milhares de anos, a escrita é um processo de desenvolvimento

que a humanidade está praticando e evoluindo. A produção coletiva da escrita

é chamada de sociogênese, enquanto a construção individual da escrita

denomina-se ontogênese.

É no desenvolvimento da linguagem escrita na criança, que segundo

Vygotsky define a fala como “um signo de entidades reais, a escrita em um

primeiro momento como mediada pela fala”. (VYGOTSKY Apud MATENCIO,

1994, p.36).

Está ligada a teoria do processo das informações, aos processos

mentais superiores da construção dos conhecimentos. Os processos pelos

quais as crianças passam para compreender uma situação nova, que é a etapa

da cognição, sendo esta uma das etapas da construção da aprendizagem da

criança. Desde sua concepção a criança obedece a uma ordem sequencial em

seu desenvolvimento, por isso, a cognição abrange toda a capacidade de

processar informações, de reagir ao que percebemos no mundo e em nós

mesmos. É um processo de conhecer, que envolve a atenção, percepção,

memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem até lhes

possibilitar transformá-los em conceitos científicos.

Alguns aspectos da escrita e da memória é um processo de

retenção de informações no qual a experiência vivida pela criança, são

arquivadas e recuperadas, quando lhes são necessárias.

Durante muito tempo o pensamento da criança permanece

dominado por impressões e ela é incapaz de analisar, de diferenciar as

relações existentes entre as coisas. Como sua percepção é inicialmente

afetiva, a criança confunde imagem e objeto. No momento em que a percepção

infantil torna-se mais discriminadora, aparece certa oposição entre a

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representação e a intuição afetiva. Quando pode comparar, escolher e rejeitar

o que não lhe agrada, a criança aprende a diferenciar o objeto de sua

representação. A possibilidade de fazer diferenciações reduz o sincretismo,

permite a formação de categorias de pensamento, a distinção entre sujeito e

objeto, qualidade e coisa.

O desenvolvimento cognitivo e de linguagem expressiva, refere-se

ao período sensório motor, é o período de pensamento onde a criança

estrutura seu desenvolvimento através da ação motriz. A conduta motriz se

refere uma organização do comportamento motor com seus significados,

constituindo uma série de fatos que dão significados as ações auditivas e

visuais da linguagem e da escrita, instrumentalizando-as para compreensão do

mundo.

A escrita não é um produto escolar. Ela começa antes mesmo da

escolarização, tornando-se assim um objeto cultural composto pela sociedade.

[...] eu digo escrita entendendo que não falo somente de produção de marcas gráficas por parte das crianças; também falo de interpretação dessas marcas gráficas. [...] algo que também supõe conhecimento acerca deste objeto tão complexo – a língua escrita –, que se apresenta em uma multiplicidade de usos sociais. (FERREIRO, 2011, p.79).

Quando no convívio familiar a criança observa os adultos a fazerem

anotações, listas de compras, etc., proporciona a ela um ambiente

alfabetizador em seus variados contextos. Deste modo, a criança adquiriu o

sistema simbólico da escrita.

Devido à falta de domínio da Língua Portuguesa o educando acaba

por utilizar recursos próprios da oralidade para construir seus textos.

Inicialmente o aprendiz elabora seu texto muito próximo da maneira que fala, e

cabe à escola instrumentá-la através da leitura dos diversos tipos de textos

para que a sua expressão seja gradativamente melhorada.

Com o desenvolvimento da criança na escola, a mesma assimila e

diferencia letra do desenho (rabiscos), a partir daí, ela dará novos significados

aos escritos. Perceberá que existe um conjunto de letras que servem para

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escrever as palavras, entretanto, não consegue ainda atribuir a relação entre

letra e o som (grafemas e fonemas).

[...] a habilidade para escrever não significa necessariamente a compreensão do processo da escrita pela criança, pois não seria a compreensão a gerar o ato, mas o ato gerando a compreensão, chegando mesmo a precedê-la. (MATENCIO, 1994, p.39).

Para Cagliari, “a escrita, seja ela como for, tem o objetivo primeiro de

permitir a leitura” (2004, p.13). Determinados modos de escrita valem a pena

serem explanados. Existem textos que se atentam com a expressão oral e

igualmente com a transmissão de significados específicos, decodificados por

quem é habilitado, temos como exemplo, os sinais de trânsito. Outros textos

são fundamentados no significante, como a transcrição gráfica de uma língua

desconhecida.

Segundo Seder (2001, p.71), a escrita é considerada como um

objeto social construído ao longo da história da humanidade, nascida da

necessidade de comunicação, interação e intercâmbio social. È ponderada

como a representação do esforço da construção humana e da capacidade do

seu desenvolvimento mental, deste modo, é portadora de significação, a sua

preocupação não é decodificação, mas está presente no aspecto semântico de

compreensão. O aprendiz necessita de entender a questão simbólica, ou seja,

compreender que a palavra tem vários significados dependendo do contexto

em que está inserida e que a escrita é a representação da fala.

Para a autora, “a motivação da escrita é sua própria razão de ser; a

decifração constitui apenas um aspecto mecânico de seu funcionamento”.

(SEDER, 2001, p.105)

Partindo das hipóteses dos autores referidos acima, pode-se afirmar

que a escrita é uma representação simbólica da língua. Sob a ponto de vista de

Vygotski, a escrita não ocorre apenas por evoluções, pois acontece num

movimento progressivo, mas não é linear. (VYGOTSKY Apud MATENCIO,

1994, p.38).

Para Ferreiro e Teberosky (Apud SEDER, 2001, p.106), que se

baseiam na história da escrita, alegavam que, para construir a escrita o

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indivíduo passava por diversos níveis que são: pré-silábico (é quando o

pensamento faz as passagens pelas fases icônica, de grafismo primitivo, uso

de letra, onde estabelece a quantidade mínima ou máxima, sem diferenciação

de uma palavra para outra); silábico (ao escrever, o indivíduo coloca uma letra

para cada sílaba e não uma letra para cada fonema silábico-alfabético e

alfabético); silábico-alfabética (passa a escrever ora silabicamente, ora

alfabeticamente); E Alfabética (as letras componentes das sílabas passam a

corresponder à base alfabética dos sistemas fonológico e gráfico da língua, na

qual o indivíduo se alfabetiza).

A leitura e a escrita são atividades fundamentais para o

desenvolvimento e formação de qualquer indivíduo/aprendiz, uma vez que,

dentro ou fora da escola e também por toda vida, o domínio ou não de ambas

facilitará ou não o crescimento intelectual.

Portanto, a leitura e a escrita não se limitam, apenas, à decifração, a

codificação e a decodificação de sinais gráficos. É muito mais do que isso,

exige do indivíduo uma participação efetiva levando-o a construção do

conhecimento.

1.3- As dificuldades da leitura e da escrita

As dificuldades em leitura sugerem normalmente uma falha no

reconhecimento (o que ocorre com mais frequência neste processo) - pois o

reconhecimento de uma palavra é anterior à compreensão dela - e na

compreensão do material escrito. Portanto, esse “transtorno manifesta-se por

uma leitura oral lenta, com omissões, distorções e substituições de palavras,

com interrupções, correções e bloqueios”. (DOCKRELL e MCSHANE, Apud

Apud BAZI, 2011, p.4).

Neste contexto há crianças que possuem, somente, problemas nas

operações relacionadas ao reconhecimento das palavras, e podem

compreender uma explicação oral (conhecidos como “disléxicos”). Há outro

grupo de crianças que possuem outra dificuldade que classificamos de

dificuldades na compreensão, ou seja, leem bem as palavras, mas possuem

sérias dificuldades para compreender o que leem. “O caso extremo desse

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problema constituiria os sujeitos hiperléxicos que são os alunos que leem mal

as palavras e têm problemas tanto na compreensão oral, quanto na da escrita”.

(BAZI, 2011, p.6).

Contudo, o que realmente ocorre na leitura de textos é a união das

habilidades (reconhecimento e compreensão). “Uma pessoa alfabetizada

adequadamente não só contrai capacidade para ler e interpretar um texto, sem

que também aumente a sua competência linguística.” (BAZI, 2011, p.9).

Devido não somente a percepção visual ser um facilitador da leitura,

mas também de ser uma diferenciação das letras, necessita esta conservar um

valor pela posição de certos elementos no espaço, uma ordenação nas

palavras, uma seriação nas frases. A leitura também engloba o processo de

análise e de síntese, que dá um sentido a essa nova forma de expressão

linguística, que só ocorre quando são possíveis a integração e a diferenciação.

Há, primeiramente, “na leitura, um mecanismo de análise e de síntese, depois

da linguagem escrita ele se torna autônomo, mesmo permanecendo como

parte da linguagem oral, mas com formas discursivas particulares”.

(AJURIAGUERRA, 1988, p.48).

Nieto (Apud BAZI, 2011, p.35) afirma que entre os vários modelos

explicativos das dificuldades de aprendizagem encontram-se as dificuldades no

processo da escrita. As dificuldades estão intrínsecas nestas crianças que as

possui. Para que haja uma redução no pensamento e na convicção em que as

dificuldades de aprendizagem estão intrínsecas nas crianças, é necessário

orientar os processos de diagnóstico à análise das características da criança,

em detrimento da análise de outras causas que podem ter uma maior

potencialidade explicativa. Esse tipo de análise não engloba os fatores causais

como de influência educativa e a sua interação entre outros. Portanto, no ponto

de vista do autor, o que deve ser olhado como importante pode estar reunido

em dois enfoques.

O primeiro enfoque para Nieto (Apud BAZI, 2011, p.36) é de

considerar a análise vygotskiana da incapacidade. Em tal análise, diz que

“Vygotski atribuiu uma primazia total da influência dos fatores socioculturais,

tanto sob o ponto de vista da etiologia, quanto da intervenção”. Segundo

Vygotski (Apud BAZI, 2011, p.39), “uma criança com uma incapacidade não é

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uma pessoa cujo desenvolvimento está obstaculizado por algum tipo de déficit”.

A criança teria um desenvolvimento qualitativo diferente, ao mesmo tempo

lento e inferior, tornando-a incapaz.

E, ainda, as capacidades cognitivas seriam distintas, tanto no caso

das crianças com ou sem incapacidades, já que elas teriam um

desenvolvimento relativo ao contexto sociocultural. Assim, “não existiriam

incapacidades, mas sim, uma extensa diversidade de incapacidades” (NIETO,

Apud BAZI, 2011, 43).

O segundo enfoque, o autor olha as propostas formuladas, desde a

compreensão construtivista do ensino e da aprendizagem escolar até a

fundamentação mais adequada das dificuldades de aprendizagem que

implicam dois fatores: a análise da etiologia e os processos de diagnóstico.

A análise da etiologia das dificuldades de aprendizagem necessitaria

enfocar a interação funcional e simultânea das características e a natureza dos

três elementos básicos dos processos de ensino-aprendizagem: a pessoa que

aprende, o professor que guia o processo de aprendizagem do aluno e os

conteúdos que constituem o objeto de ensino-aprendizagem. Formando assim

um triângulo interativo constituído por aluno-professor-conteúdos, ou seja,

aluno-professor-conteúdo deve ser considerado como um dos processos de

interação, tornando-se uma unidade de análise mais pertinente e relevante,

aludiu à explicação, diagnóstico e intervenção das dificuldades de

aprendizagem.

Os processos de diagnóstico careceriam centrar, sobretudo, na

análise dos mecanismos de influência educativa que atuam nos processos de

ensino-aprendizagem: processo de negociação de significados e o processo

que transpassa o controle da atividade. Atinge-se que o que determina o

processo de ensino-aprendizagem é o seu progresso na direção marcada pelos

fins educacionais, o que conjectura a declaração e a manutenção de um

processo cuja intenção seja a de superar com êxito e eficácia dos empecilhos

que podem ser provocados nos processos de transação de sistemas de

significados e o de transpassar o domínio da atividade.

Deste modo, acontece, como consequência, que a fonte das

dificuldades de aprendizagem pode ser decodificada como indicadora de tais

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barreiras que não foram superadas, sendo imprescindível a introdução de

modificações nos sistemas mediacionais. Possibilitará, deste modo, ser

aplicada uma proposta educativa mais adaptada às necessidades e as

características educativas do aprendiz para que ele possa alcançar níveis mais

elaborados de compreensão.

Segundo Nieto (Apud BAZI, 2011, p.58), para que haja a avalição

das dificuldades de aprendizagem são necessárias seu entendimento, não

como imputar às características específicas (biológicas e cognitivas), mas sim

exigir internalização desses conhecimentos, em algumas crianças, amparas

por práticas educativas diferenciadas, diversificadas e diagnosticadas nos

processos educativos.

A gravidade das dificuldades na escrita consistiu-se em relativa à

“dificuldade no desenvolvimento das habilidades da escrita (disgrafia) e, pode ir

desde erros na soletração até erros na sintaxe, estruturação ou pontuação das

frases, ou na organização de parágrafos”. (NICASIO, 1998, p.75).

Depara-se com indivíduos que possuem boa capacidade de

expressão oral, mas com sérias dificuldades para escrever as palavras

(chamamos de disgrafia). Outras características de aprendizes que possuem a

disgrafia são: que esses expressam oralmente suas dificuldades, e na escrita

utilizam-se de palavras de modo deficitário. Esses sujeitos “que escrevem bem

as palavras; mas se expressam mal.” (NICASIO, 1998, p.76). Como por

exemplo, é esta criança apresenta normalmente mais dificuldade em realizar a

tarefa referente ao ditado do que à cópia.

No ditado, ela necessita ter, de antemão, uma representação gráfica do conteúdo, uma representação auditivo-verbal, pois, além de envolver a memorização das palavras, é também um treino de acuidade auditiva, pois a criança precisa se concentrar para diferenciar os sons emitidos pelo professor e sua atenção tem que ser seletiva para conseguir reproduzir graficamente a linguagem oral (OLIVEIRA, Apud BIZA, 2011, p.49).

Coelho e José (1991, p.15), as dificuldades de aprendizagem no

processo de aquisição da leitura podem ser divididas em quatro categorias:

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1) Dificuldade na leitura oral: Devido à percepção visual e ou auditiva alterada, a criança recebe informações cerebrais distorcidas e frequentemente troca, confunde, acrescenta ou omite letras e palavras. 2) Dificuldade na leitura silenciosa: Devido à distorção visual a criança apresenta lentidão e dispersão na leitura, perdendo-se no texto e repetindo palavras ou mesmo frases e linhas inteiras. 3) Dificuldade na compreensão da leitura: Devido à deficiência de vocabulário e a pouca habilidade reflexiva, a criança apresenta sérios obstáculos em entender o que está escrito. 4) Dislexia: dificuldade com a identificação dos símbolos gráficos desde o início da alfabetização, acarretando fracassos futuros na leitura e escrita.

Já quanto à dificuldade de aprendizagem no processo de aquisição

da escrita, encontramos a disgrafia; a disortografia e os erros de formulação e

sintaxe.

a) Disgrafia: Falta de habilidade motora para transpor através da escrita o que captou no plano visual ou mental, a criança apresenta lentidão no traçado e letras ilegíveis. b) Disortografia: Incapacidade para transcrever corretamente a linguagem oral; caracteriza-se pelas trocas ortográficas e confusões com as letras. c) Erros de formulação e sintaxe: Apesar de ler fluentemente, apresentar oralidade perfeita, copiar e compreender textos, a criança apresenta grande dificuldade para elaborar sua própria escrita. Geralmente omite palavras, ordena confusamente as palavras, usa incorretamente verbos e pronomes e utiliza a pontuação de forma inadequada. (COELHO E JOSÉ, 1991, p.16).

Segundo Morais (2002, p.25), “para que se aprenda a ler e escrever,

são necessárias habilidades ou pré-requisitos, que devem ser trabalhados no

período pré-escolar, o que muitas vezes não acontece adequadamente”.

Assim, o ideal é que quando se compreende que as dificuldades de

aprendizagem em que a criança possui são oriundas ou ampliadas por um

método de ensino que não está adaptado ao aprendiz, sugere-se uma

mudança metodológica que facilite o processo de aprendizagem.

Logo, o Orientador Educacional, como mediador entre os educandos

e os educadores deve possuir em sua formação conhecimento necessário para

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compreender e elaborar estratégias que promova este processo de forma que

o aprendiz possa ultrapassar estas dificuldades.

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CAPÍTULO II

ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

2.1- Papel e Conceituação

A Orientação Educacional é uma prática organizada e constante que

existe na escola. Que tem o objetivo principal à formação integral dos alunos.

Como um processo educacional é observado em todos seus aspectos, para

ratificá-lo são necessários conhecimentos científicos e métodos técnicos.

Para Fontoura a Orientação Educacional têm com objetivo

[...] ocupar-se com a personalidade do educando, ajudando-o a resolver seus próprios problemas psicológicos e morais, bem como a tomar uma posição ético-filosófica em face dos problemas no mundo e da sua comunidade. (FONTOURA, 1970, p. 291).

A Orientação Educacional é realizada através da relação de apoio

entre Orientador, aluno, professor, e os demais profissionais existente no

âmbito escolar. O resultado desta relação entre esses indivíduos que

influência o educando a obter oportunidades de tal forma que ele possa

“amadurecer, fazer escolhas, autoconhecer e assumir responsabilidades”.

(MARTINS, 1984, p.36).

Para Martins “é incumbência do Orientador Educacional levar o

aluno a identificação dos valores intrínsecos e, a partir disto, ele estará apto a

perceber e fazer suas escolhas”. (MARTINS, 1984, p.12).

Em relação às atribuições que Orientador Educacional deve estar

incumbido seria de acordo com Garcia (1999, p.29), “a identificação da filosofia

educacional da escola, para poder esclarecer esta filosofia para a equipe

escolar”, de tal forma que esta equipe se engaje e tenham forças para definir

melhor o Projeto Politico Pedagógico (PPP), consequentimente haverá

mudanças que atendam melhor aos alunos e também lhes ofereçam suporte

para seu desenvolvimento.

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Quando a prática do Orientador Educacional se volta para a

investigação da situação-problema e a sua solução, “há um encontro entre o

conhecimento científico e os resultados produzidos na sociedade”. (GARCIA,

1999, p.47). Esse encontro resulta na constituição de um novo conhecimento.

Assim influenciará a aprendizagem do educando, por meio da ideologia que lhe

é transmitida, pelos métodos e técnicas utilizadas por esse profissional.

A Orientação Educacional

[...] enquanto prática transformadora busca o trabalho conjunto, em que todos os profissionais têm uma contribuição a oferecer em sua especificidade de ação [...]. Orientador Educacional é um especialista em relações e o Supervisor Educacional um especialista em metodologias, eles teriam uma ação comum na explicitação do currículo-oculto e na redefinição dos valores que a escola pretende passar, se esta se pretende participante do processo de democratização da sociedade. (GARCIA, 1999, p. 47)

Outra prática constante do Orientador Educacional é trazer a

realidade do aluno para dentro da escola. Esta realidade deve ser trabalhada e

contextualizada nos conteúdos curriculares, de forma que o educando

desenvolva sua aprendizagem. Mas, o Orientador educacional deve estar

consciente que sua prática não existe para uniformizar os educandos nos

conceitos escolhidos como ajustados, disciplinados e responsáveis "o

importante é a singularidade dentro da pluralidade, do coletivo." (GRISPUN,

2001, p. 29).

Sua prática deve buscar elementos vigentes da realidade do aluno

para discutir e refletir junto à equipe escolar (professores, diretores,

supervisores, entre outros) a fim de contribuir no processo de ensino-

aprendizagem. Com diz Libâneo (2001, p.78), a participação é fundamental por

garantir a gestão democrática da escola, pois é assim que todos os envolvidos

no processo educacional da instituição estarão presentes, tanto nas decisões e

construções de propostas (planos, programas, projetos, ações, eventos) como

no processo de implementação, acompanhamento e avaliação.

Para Lück (1991, p.27) a participação tem como característica

fundamental a força de atuação consciente, pela quais os membros de uma

unidade social (de um grupo, de uma equipe) reconhecem e assumem seu

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poder de exercer influência na determinação da dinâmica, da cultura da

unidade social, a partir da competência e vontade de compreender, decidir e

agir em conjunto.

Contudo, torna-se necessário que o Orientador Educacional tenha

consciência da realidade da escola. A construção de um projeto coletivo, a

partir da realidade escolar, caminhe no sentido resgatar as experiências de

vida dos alunos e da história da comunidade, dando consciência identidade da

escola, na busca de um ensino compromissado, onde podemos ter um ideal de

homem, de sociedade e de educação.

[...] dizer ideal não significa dizer coisas lúdicas. Não se trata de estabelecer algo imaginado, sem ligação com o momento, sem força da teoria, sem a justificativa da realidade. Antes, pelo contrário, trata-se de propor algo enraizado, possível e realizável, enquanto proposta da qual o nosso esforço possa nos aproximar gradativamente. (GANDIN, 2000. p. 28).

Para Garcia enfatiza que os conteúdos curriculares contextualizados

com a realidade dos alunos são constituídos à medida que os conhecimentos

são “transmitidos na escola e se aproximam de sua vida diária”, havendo

maiores oportunidades haver interesse do educando. Fazendo que este

conquiste e obtenha maior possibilidade sucesso, “uma vez que os assuntos

tratados dirão respeito a um mundo que lhe é familiar, condição fundamental

para que ele possa compreender outros mundos.” (GARCIA, 1999, p. 47).

O Orientador Educacional pode induzir os educadores e os

educandos a tornarem-se críticos e conscientes das suas realidades, pois o

cidadão só consegue construir realmente o seu aprendizado a partir do

momento em que ele começa a fazer parte do processo de ensino-

aprendizagem.

Por de trás dessa expectativa, encontra-se ideias de que uma nova escola, mais eficiente é capaz de ensinar, deve ser construído como esforços de todos os sujeitos envolvidos com esse ensinar: alunos, pais, funcionários, professores , coordenadores e direção. (BRUNO Apud ALMEIDA et al, 2008. p. 15).

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O Orientador Educacional deve atuar tanto no campo pedagógico

(orientação nos estudos) como no campo psicológico (orientação de atitudes e

tomar em face dos vários problemas da comunidade e do mundo). [...]

(FONTOURA, 1970, p. 292). A atuação do Orientador também amplia-se “ainda

fora da escola, quando planeja junto a outras instituições da comunidade ação

mais ampla que a desenvolvida no próprio ginásio.” (PIMENTEL e SIGRIST,

1976, p. 18).

Portanto, o Orientador Educacional devem observar as famílias,

sendo esta é um elemento que interfere primordialmente na educação dos

educandos. Fazendo com que ela se torne um agente de cooperação para a

concretização dos projetos da orientação educacional.

Martins (1984, p.78) enfatiza que o Orientador educacional necessita

informar aos responsáveis pelos educandos que é indispensável que eles

atuem na equipe da família-escola, pois somente assim juntos conseguiram

solucionar os problemas apresentados pelos alunos.

Uma vez que, diversos estudos psicossociais têm demonstrado que

várias das dificuldades de aprendizagem nos educandos têm sua origem

devido aos problemas familiares. Como por exemplo, algumas crianças

apresentam comportamentos indisciplinados para chamar atenção, por falta de

afetividade no lar, outras já manifestam comportamentos agressivos pelo fato

dos responsáveis a tratarem com brutalidade.

Orientador Educacional carece sustentar estreitas ligações com a

família para conhecer melhor o próprio aprendiz, e seus responsáveis. Para

que estas ligações possam evoluir, seja necessário que o próprio Orientador

Educacional tenha que fazer visitas cordiais as residências dos educandos,

considerados problemáticos, quando as circunstâncias adversas fazem com

que os responsáveis pelos educando não possam comparecer a escola. A

conduta do Orientador Educacional para com esses responsáveis deve ser de

forma que haja “um clima de cordialidade e franqueza, a fim de que os pais

possam compreender qual o real sentido do seu trabalho” perante as

dificuldades encontradas. (MARTINS 1984, p.91).

Outra prática do orientador Educacional é fazer com que o corpo

docente participe dos planejamentos da escola. Para tanto,

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é preciso que o Orientador tenha em mente que o professorado é o grande ponto de apoio para o desempenho de suas funções. Sendo assim deverá manter com o corpo docente um estreito relacionamento, visando ao maior envolvimento possível dos professores nas atividades do SOE. A Orientação Educacional, de forma nenhuma, poderá ser interpretada como algo estranho dentro da escola e, por isso, o pessoal docente deverá desde o início ser conquistado para trabalhar com a Orientação [...] (MARTINS 1984, p. 92).

A Orientação Educacional precisa ter como prática:

a) Promoção e reuniões dos Círculos de Pais, nas quais trocam-se experiências e ideias no sentido de se encontrar um denominador comum para as formas de educar da escola e da família, para a compreensão real das problemáticas do aluno e do ambiente onde vive, alem da compreensão de suas características individuais. b) Promoção de outras atividades sociais, recreativas e culturais que possam atrair a família à escola. c) Envio periódico de boletins do SOE, contendo informações úteis sobre educação. d) Atendimento individual ou em pequenos grupos visando a uma conscientização sobre a problemática dos filhos. (MARTINS, 1984, p. 96).

O trabalho da Orientação Educacional é intenso e de longo prazo.

Ele inicia com o diagnóstico do problema, parte para o levantamento dos dados

sobre a causa deste e, em seguida elabora um planejamento com alternativas

de soluções levando em consideração os resultados da análise das prioridades

do nível socioeconômico e cultural da comunidade que o educando está

inserido.

A Orientação Educacional, no seu conceito amplo dentro do sistema, se propõe a levar o adolescente a opções conscientes, baseadas no conhecimento racional dos fatos e situações, bem como na avaliação objetiva de seu próprio potencial, num processo de conscientização versus manipulação social, caminhando gradativamente para a maturação individual e social. (PIMENTEL e SIGRIST, 1976, p. 17)

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Portanto, Orientação Educacional ao desenvolver seu trabalho visa

levar os jovens ao amadurecimento consciente, que, por conseguinte reflete

num desenvolvimento digno e virtuoso dentro da sociedade.

É importante que Orientador Educacional saiba que existem limites

históricos, dentre os quais, destacam-se as dificuldades de aprendizagem do

educandos, ficando a cargo deste profissional tentar resolvê-los da melhor

maneira possível. Entretanto ele pode encontrar barreira nesta tentativa como,

por exemplo, os fatores sociais e políticos.

Mas o que se percebe é que o Orientador Educacional tem sua

formação baseada em um modelo voltado para o controle de produtividade do

ensino, visto que sua função no âmbito escolar consiste em fiscalizar a

eficiência do professor junto aos alunos, somente na função burocrática.

O Orientador Educacional necessita ser um agente de mudanças na

escola, pois mais do que um mero fiscalizador, ele carece ser um profissional

comprometido com a melhoria do ensino, deve estimular uma gestão

democrática, buscando sempre a participação de todos os profissionais

responsáveis processos educativos. Sua relação com os demais profissionais

necessita ser de cooperação.

Assim, o orientador teve ser o articulador e mediador na prática

educativa; o construtor de projetos inseridos no projeto politico pedagógico da

escola, na superação de dificuldades, na construção de espaços participativos;

um pesquisador da realidade; e procura desenvolver trabalhos/atividades a

partir da realidade encontrada, tentando transformá-la.

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CAPÍTULO IIII

A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL NO PROCESSO DA

DEFASAGEM DA APRENDIZAGEM DA LEITURA E

ESCRITA – Um Estudo de Caso

3.1- Aspectos metodológicos da pesquisa

Este estudo trata-se de uma pesquisa qualitativa e descritiva. Tendo

como tema principal a contribuição do orientador educacional frente à

defasagem de aprendizagem em leitura e escrita

Para embasarmos o estudo se fez necessário num primeiro

momento, uma pesquisa bibliográfica sobre assunto em questão. Num segundo

momento, realizou-se uma pesquisa de campo com dois Orientadores

Educacionais.

A realização desta pesquisa, primeiramente, foi feitos um contato da

pesquisadora com a direção da escola, em que foi exposta a proposta de

trabalho. Após a autorização da direção da escola, houve uma conversa com

Orientadores Educacionais. Este procedimento foi feito em cada escola visitada

pelo pesquisador, tendo conhecimento que cada escola possui um profissional

desta categoria.

As orientadoras educacionais mostraram-se bastante interessadas e

disponíveis em participar do processo de pesquisa.

Como procedimentos de construção dos dados, foram realizados

primeiramente uma conversa informal com cada orientadora educacional, e

depois a aplicação de um questionário, que contém 5 questões abertas. (Anexo

1, p.39).

Os resultados das perguntas serão analisados de acordo com as

respostas de cada entrevistado.

A coleta de dados foi realizada em escolas municipais de Itaguaí.

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3.2- Análises dos Resultados

Este trabalho de pesquisa que foi realizado através uma pesquisa de

campo, que abordou o tema a respeito da contribuição do orientador

educacional frente à defasagem de aprendizagem em leitura e escrita. Durante

a pesquisa de campo foi feita entrevista com essas profissionais (Anexos 1,

p.39). Sua análise está baseada em alguns autores que nos falam sobre a

profissão de orientador Educacional e também estará passando por várias

perspectivas as quais foram vistas em cada entrevista em questão.

Partindo da premissa de que a Orientação Educacional caminha

lado-a-lado com a educação, e justas sofrem influências no decorrer do tempo,

essa análise primeiramente será sob a perspectiva teórico-prática, a qual a

educação é submetida.

Segundo Grinspun, as linhas teóricas determinam a prática

educativa do orientador educacional dentro do universo escolar. Que são estas:

Educação tradicional: para os autores a Orientação se caracteriza como terapêutica e psicológica destinada aos alunos-problema; Educação renovada progressivista: para os autores desta linha teórica, o Orientador deve auxiliar o desenvolvimento cognitivo de seus alunos; Educação não-diretiva: para estes teóricos a Orientação está relacionada a afetividade, tendo nesse momento a função de facilitadora de mudanças; Educação tecnicista: para esta linha teórica a Orientação tem o papel de identificar as aptidões dos alunos para um determinado mercado de trabalho; Educação libertária: os teóricos desta perspectiva acreditam que o Orientador possui o papel de assessorar o professor na medida em que era um catalisador do grupo junto aos alunos; Educação libertadora: os autores desta teoria afirmam que a Orientação possui o papel de captar o mundo real dos alunos, sendo que estes devem ser percebidos como indivíduos históricos, concretos e reais; Educação crítico-social dos conteúdos: os autores desta linha teórica indicam que a Orientação serve como um caminho de preparação do aluno para o mundo adulto; Educação construtivista: os teóricos deste pensamento afirmam que a função da Orientação está relacionada a promover meios para a aquisição do conhecimento por parte do aluno. (GRINSPUN, 2002, p.46)

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No progresso teórico-prática da educação brasileira fica claro,

também, o desenvolvimento pelo qual a Orientação Educacional passou.

(...) a Orientação Educacional hoje, em termos de teoria e pratica da educação, posiciona-se como uma prática político-pedagógica que procura respostas para as perguntas: Por que e para quê faço Educação? (GRINSPUN, 2002, p. 46).

Fica evidenciado pelas respostas dadas pelas orientadoras

educacionais aqui (Anexos 2, p.40) entrevistadas que a Orientação

Educacional tem a função ser plural, multifacetada, somente ajuda o aprendiz a

se encaixar no sistema.

O Orientador educacional deve ter consciência de que o próprio

aluno passa a ser sujeito, fazendo sua história, sua formação, visto que a

escola não é único lugar onde ele possa aprender. Com esta visão a

Orientação Educacional

(...) passa a ter uma amplitude de ações nessa prática pedagógica, sendo um profissional que respeita o senso comum, aprecia o conhecimento científico, e está ciente de que seu exercício só é possível porque existe uma teoria que lhe permite desenvolver sua proposta pedagógica (GRINSPUN, 2002, p. 48).

Comparando as respostas das entrevistadas (Anexos 2, p.40),

verifica-se que estas ao serem perguntadas sobre a avaliação da participação

do professor na superação das “dificuldades” de aprendizagem, são unânimes,

pois dizem que o professor deve ser o elo motivador do cotidiano escolar.

(...) O cotidiano escolar me desvela tudo aquilo que ocorre em se contexto, como forma de traduzir, de efetivar as práticas sociais que são do domínio de todos e que são colocadas em processo no dia a dia da escola. (GRINSPUN, 2002. p. 54) - grifos da autora.

Podemos afirmar que a Orientadora Educacional cumpre uma

função na escola muito próxima ao do professor, como podemos observar nas

respostadas dadas pelas entrevistadas.

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O Orientador Educacional está sempre em contato com os alunos,

professores e coordenadores conhecendo seus problemas, angustias e

aflições, tentando resolvê-las a fim de buscar uma harmonia na escola,

permitindo um melhor trabalho e, consequentemente, uma educação de

qualidade. Outra questão é que ela participa, também, da elaboração do Plano

de Trabalho da escola e da Proposta Pedagógica, com vistas ao cumprimento

do que foi estabelecido da melhor forma possível. Para Grinspun (2002, p.55),

“a Orientação deve star compromissada com o projeto político-pedagógico da

escola, a forma de melhor atuar nele, garantindo a qualidade, é conhecer sua

cotidianidade”.

Quanto ao papel da escola e da família diante da realidade em que

este aluno perpassa (Anexos 2, p.40), as entrevistadas nos dizem que tanto a

escola quanto a família ajudam em alguns momentos e em outros atrapalham.

Cabe então ao Orientador Educacional desenvolver um trabalho especifico com

cada membro desse âmbito escolar. Para Grinspun (2002, p.107-109), o

Orientador Educacional deve trabalhar com esses membros de forma que

proporcione:

• Junto aos alunos: o seu desenvolvimento pessoal, visando à participação dele na realidade social.

• Junto aos professores: a colaboração e participação na construção do projeto político pedagógico da escola, contribuindo para a discussão sobre as questões técnico-pedagógicas da escola.

• Junto à direção: participando junto tanto nas decisões tomadas pela direção com à obtenção de dados inerentes aos aspectos administrativos. O Orientador deve participar de toda a prática que organiza a escola.

• Junto aos pais: fazer com que eles participem da escola do projeto da escola de diferentes formas, desde o planejamento do projeto pedagógico até as decisões que a escola deve tomar.

Em relação ao momento em que o Orientador Educacional deve

orientar a família para buscar outros profissionais para tentar amenizar essas

dificuldades encontradas no aprendiz, as entrevistadas nos ratificam que

somente depois de esgotadas todas as possibilidades em que a escola possa

fazer, é necessário auxilio de outro profissional. “O trabalho do Orientador

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Educacional não deveria ser reduzido apenas a diagnosticar os alunos com

dificuldade de aprendizagem, e sim refletir sobre soluções que minimizem.”

Grinspun (2002, p.110).

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CONCLUSÃO

Conclui-se, então, que o Orientador Educacional deve ter uma

reflexão pedagógica, para este saiba que no âmbito escolar são necessários

em conjunto com os outros profissionais educacionais para analisar o porquê

do seu aluno não aprender e quais os fatores que levam o aluno a ter

dificuldades no processo de aquisição da leitura e da escrita.

O Orientador Educacional tende a procurar um determinado culpado

para esse problema, em sua maioria culpa a família do aluno por sua postura e

comportamento, quase sempre ausente. Diante de estudo realizado observa-se

que várias são as causas das dificuldades aprendizagem apresentadas pelos

alunos no decorrer de sua vida escolar. O Orientador Educacional enquanto

mediador do processo ensino-aprendizagem deve ter postura de buscar

orientações especificas para que desenvolva um trabalho consciente e que

promova o sucesso de todos os envolvidos no processo.

Sua observação imprecisa leva a diagnosticar vários fatores que

fazem com que o aprendiz seja rotulado preguiçoso, lento e desinteressado.

Tais posturas tendem a contribuir para o agravamento dessas dificuldades,

deixando o aluno cada vez mais desmotivado a aprender.

Desta forma, é necessário que o Orientador Educacional precise

entender que os problemas de aprendizagem do educando parti do

conhecimento das especificidades de cada criança, padrões, valores,

experiências, cultura e o significado que a escola pode ter para ela.

Enfim, faz-se necessário que os Orientadores educacionais,

comprometidos com uma educação de qualidade, reflitam sobre que tipo de

educação a escola está oferecendo à nossas crianças: se é a que aliena ou

liberta, a fim de encontrar soluções para a aprendizagem e não apontar

culpados desse processo, pois a única vítima é aprendiz.

Assim, o sucesso da aprendizagem de todos os alunos depende de

várias variáveis: da organização dos alunos, do que você fala, dos materiais

utilizados e até mesmo de sua maneira de explicar o que deve ser feito.

Contudo, é importante e complexo atuação do Orientador Educacional para

garantir o sucesso da aprendizagem dos nossos alunos. Ele deve assegurar

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oportunidades de aprendizagem de forma que este aprendiz possa superar

suas dificuldades.

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ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1- Roteiro de Entrevista com Orientador Educacional 38 Anexo 2- Entrevistas 39

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ANEXO 1:

Roteiro de Entrevista com Orientador Educacional

Questionário

1) Como o Orientador Educacional favorece uma aprendizagem aos alunos

com déficit de aprendizagem (leitura e escrita)?

2) Como você avalia a participação do professor na superação das

“dificuldades” de aprendizagem?

3) Você acha que poderia fazer algo de diferente para auxiliar o professor

que possui alunos com dificuldades de aprendizagem?

4) Como você vê o papel da escola e da família diante desta situação?

Ajuda ou atrapalha? Em que momento?

5) Qual o momento em que o orientador deve orientar os pais destes

alunos para que estes tenham que procurar outros profissionais, tais

como psicopedagogo e psicólogo, para superar essas “dificuldades”?

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ANEXO 2:

Entrevista realizada com as Orientadoras Educacionais

Orientadora Educacional 1

1) Como o Orientador Educacional favorece uma aprendizagem aos

alunos com déficit de aprendizagem (leitura e escrita)?

OE- Orientador, partindo de suas observações e da realidade das crianças

que apresentam dificuldades de aprendizagem pode desencadear na escola

atividades como projeto com objetivo de ajudar os alunos a sanar suas

dificuldades e promovendo mudanças na aprendizagem.

2) Como você avalia a participação do professor na superação das

“dificuldades” de aprendizagem?

OE- O professor cabe ser o elo motivador em sua rotina diária, deve reservar

um momento destinado às crianças que apresentam dificuldades, propondo-os

atividades diferenciadas como propostas de superar deficiências encontradas

na aprendizagem.

3) Você acha que poderia fazer algo de diferente para auxiliar o

professor que possui alunos com dificuldades de aprendizagem?

OE- Sim, permanecer principalmente junto aos professores, apoiando o seu

trabalho em sala de aula e sua relação com os alunos. A relação OE/Professor

deve ser baseada em cortesia, solidariedade, cooperação e respeito mútuo.

4) Como você vê o papel da escola e da família diante desta situação?

Ajuda ou atrapalha? Em que momento?

OE- Na minha visão, o papel da família sempre é bem vista desde hora que

vem para somar, pois a relação da família com a aprendizagem dos alunos é

fator de fundamental importância no desempenho escolar. Os pais devem ser

informados e acompanhar os progressos de seus filhos.

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5) Qual o momento em que o orientador deve orientar os pais destes

alunos para que estes tenham que procurar outros profissionais,

tais como psicopedagogo e psicólogo, para superar essas

“dificuldades”?

OE- Solicitar o acompanhamento de outros especialistas quando todos os

recursos propostos para superar as dificuldades de aprendizagem da criança

foram esgotados, será necessária a avaliação de outro profissional para chegar

a uma conclusão mais precisa e realizar orientações adequadas a família e a

escola que deve direcionar a utilização de recursos e estratégias que facilitem

a aprendizagem e no desenvolvimento desta criança.

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Orientadora Educacional 2

1) Como o Orientador Educacional favorece uma aprendizagem aos

alunos com déficit de aprendizagem (leitura e escrita)?

OE- O Orientador deve buscar na realidade do aluno e buscas atividades que o

facilite na sua aprendizagem, orientando o professor nestas atividades.

2) Como você avalia a participação do professor na superação das

“dificuldades” de aprendizagem?

OE- O professor tem que ser o elo motivador que diariamente, tem observar e

participar das atividades propostas para superação destes alunos.

3) Você acha que poderia fazer algo de diferente para auxiliar o

professor que possui alunos com dificuldades de aprendizagem?

OE- Sim, buscar cada vez mais conhecimento sobre o assunto, e ao mesmo

tempo auxiliar o professor nestas atividades.

4) Como você vê o papel da escola e da família diante desta situação?

Ajuda ou atrapalha? Em que momento?

OE- O papel da escola e da família é primordial para superação desta situação.

Em questão ajudar ou atrapalhar, depende de como é realidade que a

instituição vive com essa família, pois cabe o orientador possibilitar facilitar esta

relação. No momento que foi diagnosticado a dificuldades orientador deve

orientar os pais.

5) Qual o momento em que o orientador deve orientar os pais destes

alunos para que estes tenham que procurar outros profissionais,

tais como psicopedagogo e psicólogo, para superar essas

“dificuldades”?

OE- No momento em que ele observe que sua contribuição não está

resolvendo o problema.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

EPÍGRAFE 05

RESUMO 06

METODOLOGIA 07

SUMÁRIO 08

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I – A Leitura e a Escrita 12

1.1 - O processo da leitura 12

1.2 - O processo da composição da escrita 14

1.3 - As dificuldades da leitura e da escrita 17

CAPÍTULO II – Orientação Educacional 23

2.1- Papel e Conceituação 23

CAPÍTULO III – A Orientação no processo de defasagem de

aprendizagem da leitura e escrita- um estudo de caso 29

3.1- Aspectos metodológicos da pesquisa 29

3.2- Analises dos Resultados 30

CONCLUSÃO 34

BIBLIOGRAFIA CITADA 36

ANEXOS 38

ÍNDICE 43

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FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES/ FACULDADE INTEGRADA AVM Título da Monografia: A contribuição do orientador educacional frente à defasagem de aprendizagem em leitura e escrita. Autor: Marina de Oliveira Souza Fonseca Data da entrega: Avaliado por: Conceito:

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