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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA DESCOBRINDO UM NOVO ESPAÇO PEDAGÓGICO Cristina Soares Massarani Orientador Prof. Marcelo Saldanha Rio de Janeiro - Niterói 2012

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · em comunidades carentes. 5 ... monográfico surge da observação de um fato real na cidade de Niterói. A proposta é

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

DESCOBRINDO UM NOVO ESPAÇO PEDAGÓGICO

Cristina Soares Massarani

Orientador

Prof. Marcelo Saldanha

Rio de Janeiro - Niterói

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

DESCOBRINDO UM NOVO ESPAÇO PEDAGÓGICO

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em PEDAGOGIA

EMPRESARIAL

Cristina Soares Massarani

3

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus pela

oportunidade de estar nessa grande

escola que é a vida. Que nos

presenteia com a oportunidade de

aprendizagem constante.

A minha família, ao professor Marcelo

Saldanha e aos amigos da Pós, pelos

incentivos de continuar apesar das

dificuldades.

4

DEDICATÓRIA

Dedico aos meus pais, e filhos por me

ensinarem que o maior bem desse mundo é o

amor que se troca e que cresce a cada dia.

E as minhas irmãs que me ensinam o valor

do amor ao outro, através de suas atividades

em comunidades carentes.

5

RESUMO

Esse trabalho monográfico surge da observação de um fato real na

cidade de Niterói.

A proposta é apresentar um novo espaço para o pedagogo desenvolver

o seu trabalho de foco empresarial.

A meta é de apresentar e sensibilizar sobre o fato de uma Escola de

Samba ter a mesma estrutura de uma organização.

No primeiro capítulo temos o foco no conceito e na estrutura da

organização, levantamos alguns conceitos que vão nós ajudar a perceber a

semelhança com a Escola de Samba.

No segundo capítulo descrevemos o papel do pedagogo como elemento

da equipe de Recursos Humanos, um dos setores ou departamento da

organização. Demonstramos que o espaço para esse profissional ainda esta

se desdobrando em atividades e responsabilidades a serem construídas.

A seguir descrevemos um Case verdadeiro onde podemos perceber um

novo espaço onde o profissional desenvolve o seu trabalho numa comunidade.

Concluímos fazendo um paralelo comparativo do pedagogo empresarial

numa organização que é uma Escola de samba. Onde o objetivo do trabalho é

o desenvolvimento de pessoas, visando atingir metas no mercado cada vez

mais competitivo. Nesse contexto só através de pessoas criativas, conscientes

de seu papel e compromissadas que vamos gerar um diferencial para ganhar

o mercado. Podemos cópiar tecnologia mais pessoas não podemos xerocar,

podemos colaborar e sensibilizar para que a pessoa busque o

desenvolvimento de suas competências, habilidades e principalmente suas

novas atitudes.

Com isso destacamos a figura do pedagogo como profissional da

educação como incentivador e mantedor desse desenvolvimento de pessoas.

6

Sem se esquecer que também é necessário manter o foco no crescimento da

empresa como um todo para um mercado cada vez mais competitivo e

globalizado.

7

METODOLOGIA

O trabalho foi elaborado a partir de leitura de livros, jornais, revistas,

pesquisa bibliográfica, pesquisas via internet, elaboração e maturação de toda

experiência em anos com desenvolvimento de pessoas, observação do objeto

de estudo, entrevistas com a profissional envolvida no Case e com outras de

outras instituições de forma livre e informal, participação em diversos eventos

de RH, etc.

Destaco a observação livre do evento que estimulou esse trabalho,

além da necessidade percebida nas reuniões da categoria, onde a presença

do profissional da pedagogia é limitada e seu trabalho pouco divulgado.

8

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I - A Organização 12

1.1- Desenvolvimento 14 1.2- Elementos da Organização 16 1.3- Subsistemas 17 1.4- Estratégias Organizacionais 17 1.5- Pessoas 22 CAPÍTULO II - A Pedagogia Empresarial 27

2.1- Treinamento Estratégico 36 2.2- Treinamento Inovadores 39 CAPÍTULO III – O Case 42

CONCLUSÃO 46

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 50

9

INTRODUÇÃO

No Brasil as organizações começam a tomar forma após a

implantação da Siderurgica na Era de Getulio Vargas. Na Gestão de J.

Kubistschek se impós índices de nacionalização na fabricação de veículos.

Na segunda metade do séc. XX no Brasil iniciou-se uma atração de

capitais internacionais e formação de grandes empresas. Passando a idéia de

segurança, onde a carreira era a própria vida do sujeito e que o emprego era

vitalício.

O mercado leva as empresas a sentirem a necessidade de

competirem para ganharem dos concorrentes, essa atitude se torna cada vez

mais crescente no nosso macroambiente organizacional, levando as empresas

a pensarem sobre o gerenciamento de pessoas, gerando inovações produtivas

e o surgimento de trabalhadores do conhecimento.

Através do desenvolvimento das pessoas e que vamos gerar uma

diferenciação competitiva para marcar presença e ganhar mercado.

A mudança está no “Saber como fazer” para o “porque fazer”.

Valorizando a formação profissional, desenvolvendo as habilidades e

competências das pessoas envolvidas.

A empresa deve favorecer as condições para o desenvolvimento de

um aprendizado contínuo, que acompanhe as mudanças do mercado. Para

isso se necessita de um profissional multiqualificado e polivalente.

É um cenário que faz emergir novas oportunidades diferentes do

emprego formal.

O contexto do trabalho sofre transformações constantes, onde a

área de RH passa por grandes desafios. Tendo a tarefa de ajudar aos

funcionários a descobrirem quais são seus interesses de realização. O RH vai

responder pela mudança do paradigma.

Surge a necessidade de se ampliar o conceito de RH pois esse deve

focar em resultados que agregam valores.

10

O ambiente atual de grandes e frequentes mudanças nos impõem

muitos desafios. Tanto em relação as técnicas como em novas atitudes e até

na maneira de encarar o mundo.

A competitividade empresarial no mundo atual tem se caracterizado

por sensíveis e profundas mudanças, em todas as areas do trabalho na busca

de inovações para o mercado cada vez mais exigente . Essa competitividade

também responde pelo ritmo acelerado em que vivemos, assim também pelo

ritmo dinâmico e acelerado das mudanças.

O RH vai focar em proporcionar o desenvolvimento de pessoas

que acompanhem esses ritmos de mudanças. Visando a sobrevivência da

organização que deve buscar e manter o seu espaço no universo corporativo.

Esse movimento alimenta o surgimento da sociedade que valoriza

o conhecimento e a informação, que se caracterizam pelo ritmo acelerado do

desenvolvimento transformando-se num desafio a ser superado.

Percebe-se que a gestão estratégica se fortalece a cada dia,

buscando sempre agregar valor as organizações para gerar um diferencial

competitivo visando as implicações futuras mais de decisões no momento

presente.

Todo esse movimento gera incertezas e inseguranças.

Precisamos ter conhecimento e habilidade para organizar as

incertezas visando planejar algumas ações.

Essas ações estratégicas são um processo que atravessa e integra

todos os níveis hierárquicos e todos as unidades, sobressaindo o valor do

capital humano, que expressa valores e bens instangíveis.

O valor do capital humano só aumenta com o uso de idéias que

geram idéias. Enriquecendo o conhecimento e transformando-se em forte

diferencial competitivo.

Extinquem cargos, surgem outros mais qualificados e outros

desenvolvem uma nova roupagem de acordo com a necessidade do mercado,

que é o caso da nossa Pedagogia na area do RH.

O mercado cada vez mais exigente busca por profissionais

especializados dotados de talentos que se ajustam as pressões. Ajudando a

11

empresa a desenvolver o seu capital humano que é a base da diferenciação

competitiva que cria, recria, diversifica, difunde a cultura e etc..

O setor de recursos humanos ou de gestão de pessoas possui a

função de captar, identificar, desenvolver e reter esse capital humano que é

necessário para se atingir a missão e a visão da empresa.

Assim a empresa se torna um lugar de divulgação, geração e

transmissão de novas idéias e atitudes que são colocadas em prova de

eficácia que se renovam no dia a dia.

Nesse trabalho comparo a escola de samba a uma organização,

pois apresentam as mesmas caracteristicas de uma empresa. Como missão,

visão, valores, desenvolvimento de pessoas, desenvolvimento de tecnicas,

captação e retenção de pessoas, valorização de cultura e etc...

Assim sendo o papel do pedagogo dentro ou fora da instituição

escolar, continua sendo o de “Educador” . Visando o desenvolvimento das

pessoas através da troca de informações agregando conhecimentos e valores.

A diferença nesse caso está apenas no espaço físico.

O pedagogo desenvolvendo uma atividade educacional, numa

escola de samba não se ve todos os dias. Principalmente com o foco da escola

de samba sendo vista como uma organização em desenvolvimento que visa o

mercado competitivo.

No case apresentado nesse trabalho de monografia, descreve um

fato real e atual que ocorre na cidade de Niteroi no Rio de Janeiro, numa

escola de samba em desenvolvimento , onde destacamos a presença e o

trabalho de uma pedagoga.

Objetivamos destacar o papel do pedagogo como um elemento chave

na busca pela competitividade saudável no ambiente de trabalho e no

processo de desenvolvimento humano.

12

CAPÍTULO I

TÍTULO DO CAPÍTULO

A ORGANIZAÇÃO

...Deus é maior que todos os obstáculos.

As empresas atualmente estão buscando manter em seus

quadros, profissionais mais produtivos e adequados.

Precisando buscar formas de motivar e cativar os colaboradores para

vencerem desafios profissionais, sendo mais responsáveis.

Ressaltando que MOTI+AÇÃO é ter energia para querer e ter ação , e

CATIVAR envolve comprometimento com responsabilidade.

Como ressalta o livro “O Pequeno Princípe”: “Voce é responsável

por tudo aquilo que cativas”

“ Não são os propósitos particulares do indivíduo, mas os

objetivos da humanidade que criam uma comunidade

duradoura entre os homens. ” (I Ching – O Livro das

Mutações – 1150-249-a.c.).

O individuo na história da evolução demonstra que a medida que

se agrupa, gera uma cultura e se organiza socialmente. Essa sociedade com o

tempo vai se complexando.

Observando a natureza o Ser Humano vai se organizando, se

ordenando para prever e controlar o entorno, visando ser eficaz , para isso se

organiza criando normas.

13

Surgem grupos com limites que definem e se constituem de

valores que o caracterizam. Enquanto se cumpre as normas, o individuo esta

engajado-se, demonstrando e desenvolvendo o sentimento de pertencer ao

grupo.

O grupo dá força, poder, confiança etc... Se perde uma liberdade

individual em nome de viver em grupo para termos mais segurança.

A fonte dos problemas organizacionais são percebidos quando os

interesses da organização se chocam com as dos inidividuos, pois geram

ressentimentos.

A organização tenta distribuir o poder para todos e diminuir a lei

do mais forte.

A medida que resolvemos problemas criamos hábitos e formas

que funcionam e geram cultura que com o tempo se tornam mais complexos e

vão formando a Instituição, com valores, normas e metas a serem atingidas.

Sofremos o efeito do fenomeno da globalização e esse não tem

controle, está derrubando barreiras do passado e acelerando o futuro.

As organizações precisam se estruturar para acompanhar tal

processo. Com isso o trabalho impulsiona, incentiva e desafia o ser humano

constantemente, o que leva o individuo a buscar atualização constante.

Lacombe (2002) define organização...” como grupo de individuo

que se constitui de forma organizada para atingir objetivos comuns. Para que

ela exista...é preciso que existam objetivos comuns, divisão de trabalho, fonte

de autoridade e relações entre pessoas”.(pag 8)

O Brasil se inclui no processo da globalização, exigindo melhorias

estratégicas para sobreviver a competição internacioanal.

Com o Real o Brasil passa a ser considerado sério, as empresas

precisam se preparar para a concorrência. Faltou investir em educação

tecnologica.

Sob o manto da globalização do capitalismo, auxiliado pelo

desenvolvimento da informática, a informação é gerada rápidamente, unifica o

Mundo numa grande rede. Obrigando as empresas a terem um olhar global,

pois pode ter concorrente internacional e nacional.

14

1.1 - Desenvolvimento

O ser humano vive em interação, onde um influencia a atitude do

outro. Como possuem limitações individuais, se agrupam para cooperar e

assim atingir objetivos. Criando um sistema de atividades coordenadas.

“...As organizações existem para cumprir objetivos que os individuos

isoladamente não podem alcançar...”(pág. 22 Chiavenato em Adm. De RH-

2000)

As organizações passam por mudanças e transformações que

provocam impactos na vida das pessoas.

Da Revolução Industrial até o pós guerra (1950) a organização se

caracterizava pelo formato piramidal e centralizador, visando conservar as

tradições, as pessoas eram vistas como recursos. Nessa época as mudanças

eram lentas.

De 1950 á 1990 as mudanças tiveram seus ritmos acelerados. As

transações passaram a serem internacionais. Acentuando a competição pelo

mercado, iniciando uma busca pela inovação. Surgem os departamentos

dentro das organizações para agilizar o serviço.

Após 1990 as mudanças são imprevistas e numa velocidade que

arrasta tudo e todos.

A tecnologia trouxe novas oportunidades e percepções gerando e

alimentando a globalização, acentuando a competição, surgindo as equipes

multifuncionais com atividades provisórias, nascem as organizações virtuais.

“...O recurso...deixou de ser o capital financeiro e passou a ser o

conhecimento...”(pag. 24 Chiavenato-2000)...a questão então é o como usá-lo

e aplicá-lo rentavelmente.

“...As pessoas e seus conhecimentos e habilidades mentais passaram

a ser a principal base da nova organização...”(pag.25 Chiavenato-2000)

O foco passa a ser o futuro privilegiando as mudanças e as inovações.

15

Podemos definir as Organizações como organismo social em

constante e contínua mutação e desenvolvimento. Visando atingir objetivos em

comum, para isso possuem regras e regulamentos formais, hierarquia e

estruturas de posições.

Chiavenato (pag 26) no livro Administração de RH em 2000 define

...”empresa é todo empreendimento

humano que procura reunir e integrar recursos

humanos e não-humanos para o sentido de alcançar

objetivos de auto-sustentação e de lucratividade,

através da produção e comercialização de bens ou

de serviços...E é a lucratividade o estímulo básico

capaz de assegurar a livre iniciativa de manter ou de

aumentar o empreendimento.”

Na organização temos o conceito básico de “Um por todos e todos por

um”, este é o brado dos Três Mosqueteiros. Que evoca a união. O Ser humano

compreendeu que para manter-se vivo tinha de agrupar-se e unir-se aos

demais. Salientamos a importância da união para a consecução de quaisquer

empreendimentos e objetivos.

Evoluimos com o passar dos tempos.

Durante 6.000 anos ou mais vivemos a sociedade agrícola, onde nada

mudava, As famílias, tinham os mesmos hábitos, sendo esta instituição o valor

máximo de referências para as pessoas.

Depois com a Revolução Industrial há menos de 150 anos, surgem

mudanças de valores e critérios sócio-culturais, onde o valor máximo estava no

capital, tudo sendo avaliado em termos economicos, equipamentos,

máquinas...

Chegamos a era da informatização, computadores e sistemas, onde

acumulou-se um volume de informações. O critério foi de inteligência,

informações e criatividade sendo o foco no Software.

Hoje temos a era da produtividade, onde se busca ganhos e

economias significativas em energia. O critério passou a ser a Qualidade Total

16

e o foco incide sobre o Humanware, a qualidade humana. Para ser alcançada

utilizamos o auto-conhecimento como instrumento de velhos hábitos e crenças,

que nos imobilizam diante das necessidades atuais ede renovação.

A melhoria contínua representa uma evolução interna ininterrupta.

Para vencer os desafios do século novo, as empresas e os

profissionais precisam desenvolver habilidades essenciais que garantam o

suporte necesário para assumir riscos inerentes ao novo. Tornar-se um líder

empreendedor na construção de uma sociedade mais humanizada, Posssuir a

coragem e o entusiasmo de buscar oportunidades que posssam expandir

continuamente os seus horizontes.

1.2-Elementos da Organização

A organização abraça uma enorme variedade de tamanhos, estruturas,

interações, objetivos, etc...

Temos o elemento básico que são as pessoas em interações, visando

alcançar objetivos através das suas capacidades e recursos.

Esta interação vai determinar o sucesso ou fracasso das empresas. As

interações podem ser entre as pessoas, entre os individuos e a organização,

entre duas ou mais organizações e entre organização e o ambiente em geral.

Assim as organizações como sistemas sociais são modeladas pelo

ambiente do entorno.

Os recursos são elementos que a empresa usa que determina sua

eficiência. Pois esses recursos oferecem as habilidades para desempenhar

tarefas e atividades. Alteram o comportamento das pessoas através da relação

de poder e a habilidade de abstrair idéias, planejar, organizar e controlar o

trabalho.

Os recursos podem ser materiais, financeiros, mercadológicos. Etc. E

conceptuais ou administrativos.

17

Concluímos que os elementos que formam as organizações são as

pessoas em interação e os recursos em geral que ajudam a alcançar os

objetivos desejados.

Uma empresa é um sistema de recursos. As pessoas são o principal

recurso. As empresas se formam através de grupos de pessoas que usam

diversos recursos materiais e intangíveis.

1.3-Subsistemas

As organizações se compõem em 3 níveis hierárquicos: institucional,

mediador e técnico ou operacional.

O nível institucional ou estrátegico é o mais elevado, composto por

diretores, proprietários ou acionistas. Respondem pela definição dos objetivos

e das estratégias e decisões da organização. Voltado para a realidade

ambiental do entorno.

O nível intermediário ou gerencial está entre os 2 níveis. Cuida da

articulação interna e da escolha e captação dos recursos. Lida com os

problemas de adaptar as decisões com as tarefas da operação, transformam

as estratégias para atingir os objetivos em programas de ação. Cabe ao

intermediário administrar o nível operacioanal e cuidar das decisões.

O nível operacional fica nas áreas inferiores ligados á execução e

eficiência da tarefa e operações da organização. É onde as tarefas são

executadas e as operações realizadas, envolve o trabalho básico relacionado

com a produção dos produtos ou serviços. Precisa de uma rígida programação

e controle baseada na previsibilidade.

1.4-Estratégias Organizacionais

18

Estratégias tem origem no grego “ strategos” a arte do general. Na

empresa consiste do conjunto de mudanças competitivas e abordagens

comerciais que os gerente executam para atingir o melhor desempenho da

empresa.

Estratégia é o planejamento do jogo da gerencia para reforçar a

posição da organização no mercado, promover a satisfação dos clientes e

atingir os objetivos de desempenho.

Definida como o conjunto de objetivos, finalidades, metas, diretrizes

fundamentais e os planos para atingir os objetivos, postulados de forma

adefinir em situação a organização se encontra , que tipo de organização se

encontra, que tipo ela é ou deseja ser.

A estratégia tem um compromisso com a ação. Os executivos e

gerentes tomam decisões o tempo todo, o que presumivelmente os

comprometerá a fazer alguma coisa, mas nem todas são decisões

estratégicas.

Então como estratégias entendemos decisões que tem o efeito

abrangente e por isso são significativas na parte da organização a qual a

estratégia se refere.

Ser estratégico é escolher um rumo, um caminho, que uma vez

constatado onde está localizado, decide-se aonde se quer chegar, relaciona-se

direta e indiretamente a noção de planejamento.

A estratégia e os objetivos descrevem um conceito de atuação da

empresa..

“...Todas as empresas precisam de alguma direção estratégica, para

se orientar sobre como atingir os objetivos e como seguir a missão da

organização... Uma estratégica bem concebida destina-se a captar as

melhores oportunidades de crescimento da empresa e promover a defesa do

desempenho futuro contra ameaças externas. ..”(Michel Porter - no site

www.strategia.com,br)

Maximiniano(2006) em seu livro “Administração para Empreendedores”

(pag 51) comenta que “...a estratégia define a direção da empresa e a forma

19

de competir com outras empresas. Planejamento estratégico é o processo de

tomar decisões sobre a estratégia da empresa...a base do processo de

planejamento estratégico é a escolha de um negócio, um produto ou serviço

destinado a um mercado ou cliente.”

Para Luis Fernando S Pinto(2012), define estratégia “como o conjunto

de ações e providências destinados a viabilizar o seu avanço num universo de

incertezas”(pag 9)...”que é um conjunto de instrumentos e procedimentos que

contribuem para se atingir objetivos e metas”(pag 18)

Estratégia é o que a organização quer fazer, qual o negócio que

pretende realizar. É a preparação para o amanhã, para se dirigir de forma

consciente para os objetivos.

A estratégia é a determinação da futura postura da organização, que

precisa de um planejamento elaborado a partir da avaliação das variáveis

ambientais, das condições atuais e futuras, além da tomada de decisões.

A estratégia é formada por diversos fatores internos e externos, muitas

vezes fora do controle e da previsão da empresa.

O determinante do sucesso é a estratégia, não apenas a criatividade

ou a inovação.

A estratégia define a direção da empresa e a forma de competir com

as outras empresas gerando um diferencial competitivo.

O planejamento estratégico é o processo de tomar decisões sobre a

estratégia da empresa. As práticas de planejamento estratégico evoluem a

medida que a empresa cresce, para sustentar o desenvolvimento

Para preparar um plano estratégico a empresa precisa definir sua

missão, analisar o mercado e identifidcar as ameaças e oportunidades, fazer o

diagnóstico da empresa para avaliar o desempenho, detectar os pontos fortes

e fracos, definir as estratégias, isto é, para onde deseja ir.

A missão é o objetivo abrangente da empresa, identificar qual a

necessidade do mercado que a empresa satisfaz.

A Visão fornece um quadro em prespectiva de “ o que somos, o que

fazemos e para onde vamos”.

20

O negócio ou missão é o coração da empresa. O negócio define o que

a empresa pretende fornecer e para quem.

As ameaças e oportunidades do mercado devem ser uma

preocupação.

As estratégias resultam de criatividade e não de procedimentos

formais. Só o ser humano tem a competência da criatividade.

O produto inovador de hoje, “amanhã” está superado, enquanto as

estratégias tem duração curta, O que nós leva a perceber que o diferencial

está no individuo. Ele é o responsável pela criação do diferencial competitivo.

Teixeira (2010) menciona no seu livro “...A pratica de buscar advinhar o

futuro é quase tão antiga quanto a humanidade ...”(pag 17) “...A gestão

estratégica não diz respeito ás decisões futuras, mas ás implicações futuras de

decisões presentes.(pag 16. – “Gestão Estrategica de pessoas”- Teixeira,

Gilnei Mourão-2010).

No seu livro Mourão relata que “independente do

tipo de organização seu negócio, tamanho e espaço em

que atua e outras caracteristicas, um sistema de gestão de

pessoas terá sempre a função de captar, desenvolver e

reter o elemento humano necessário para o cumprimento

da missão da empresa.”(pag 79-2010).

Existem para alguns autores 4 níveis de estratégias; corporativa que

é o jogo comercial, de negócios que se define pelo plano geral de jog para um

negócio único. Onde cada unidade de negócio elabora a sua estratégica. Na

estratégia funcional refere-se ao plano de um departamento chave dentro do

negócio. Adiciona detalhes relevantes ao plano geral da empresa., estabelece

ações, abordagens e práticas para a operação de um departamento. E a

estratégica operacional com abordfagens mais restritas para unidades

organizacionais , como executar atividades estrategicamente significantes.

A estratégia de uma empresa deve ser baseada naquilo que ela faz

bem.

21

O que dificulta o desenvolvimento da estratégia pode ser o estilo

gerencial de cima para baixo barrando o desenvolvimento da autonomia, As

prioridades conflitantes, coordenação inadequadas, Líderes ineficaz com

feudos, comunicação vertical inadequada. Sem contar com a inadequação das

habilidades de liderança e desenvolvimento dos escalões inferiores.

A estratégia competitiva consiste em ser diferente, fornecendo uma

combinação única de valor.

A estratégia não pode ser estática, precisa ser avaliada e ter

flexibilidade de ação, num processo de avaliação constante.

A estratégia se volta para atender às expectativas dos acionistas e dos

clientes alvo.

A empresa precisa ficar focada nas mudanças externas que vão

influenciar muito as internas. Como por exemplo estamos nos ultimos 25 anos

vivendo uma transição da economia industrial para a de conhecimento, este

aciona a criação de riquezas e prosperidade, onde as empresas que

ganhavam pelo tamanho estão perdendo terreno para as mais ágeis no melhor

uso da informação e do conhecimento.

Sendo necessário um gerenciamento adequado e sistemático dos

seus ativos intangíveis, de forma a ganhar vantagem competitiva através do

melhor uso de informação e do conhecimento.

A busca por lucratividade requer ações estratégicas que levem a

organização a atingir um crescimento sustentável.

As organizações devem estar focadas em oportunidades, orientadas

sempre de maneira inerentemente ativa ao invés de passiva.

Zachon e Lochridge (2002) comentam “ o sinal mais visivel do sucesso

no futuro é o crescimento de mercado. O sucesso sustentado exige que as

organizações continuem encontrando novas oportunidades de mercado e

cresçam continuamente.

.... A inovação e o conhecimento são uma forma de manter as

características empreendedoras nas empresas.”

Nonaka em 1991 fala do conhecimento como a principal fonte de

vantagens competitiva numa economia onde a única certeza é a incerteza.

22

1.5-Pessoas

Chiavenato no livro de “Administração do RH”-2000 (pag 80) comenta

que “...A moderna gestão de pessoas procura tratar as pessoas como pessoas

e como importantes recursos organizacionais, mas rompendo a maneira

tradicional de tratá-las meramente como meios de produção.’’

O homem é um animal social que vive em multigrupos. As pessoas que

formam a organização possuem diferenças individuais que influenciam o

entorno.

“...Cada pessoa é um fenômeno multidimensional sujeito as influências

de uma enormidade de variáveis”(Chiavenato-2000- pag. 82)

As pessoas vão se comportar de acordo com as suas cognições

pessoais, O comportamento humano é afetado por 2 conjuntos de fatores: o

externo e o interno.

Podemos ter mudança de comportamento através de um processo de

aprendizagem com prática. A aprendizagem pode ser visualizada como um

processo de condicionamento de conduta. Mas essa aprendizagem vai ter

valor diferenciado de acordo com a motivação que ela receba , pois é ela quem

impulsiona para a ação.

A motivação das pessoas vão interferir no clima da organização e esse

afeta o nível de produção.

O dilema da área do RH é tratar as pessoas como pessoas ou como

recursos. As organizações são compostas de pessoas, o estudo das pessoas

é fundamental para o RH.

As pessoas se agrupam para atingir objetivos e formam organizações

para transpor as suas limitações e obter sinergia de esforços em conjunto.

As organizações vão crescendo á medida que alcançam seus

objetivos. A medida que cresce necessitam de mais pessoas para as

atividades e de mais pessoas capazes de gerenciar outras. Esses novos

elementos possuem objetivos individuais diferentes daqueles que formaram a

23

organização. Surgindo a necessidade de desenvolver um programa de

climatização com os novos para eles conhecerem a empresa na sua

totalidade.

A interação entre o individuo e a organização é complexa. As pessoas

precisam ser eficientes para satisfazerem as suas necessidades individuais e

precisam ser eficazes para atingirem os objetivos organizacionais.

O relacionamento indivíduo X organização nem sempre é um

relacionamento cooperativo, existem conflitos. Cabe a alta administração a

responsabilidade de gerir essa tensão. As organizações dependem de pessoas

que são recursos indispensável. Os objetivos de ambos estão entrelaçados.

As pessoas são os unicos recursos vivos capazes de processar todos

os outros recursos. Assim todos os demais recursos exigem a presença de

recursos humanos para seu processamento. As pessoas passam a constituir

os unicos recursos que permeiam a organização em todos os seus aspectos,

áreas e níveis.

A administração de pessoas é uma tarefa do RH e de todas as áreas e

níveis da organização.

“...Cada organização precisa

desenvolver a capacidade de aprender

continuamente e cada vez mais.

Para enfrentar o mundo de negócios

em constante mudança e ebulição, a

organização, precisa desenvolver a

capacidade de migrar e mudar, de criar e

alavancar novas habilidades e atitudes, de

inovar incessantemente, Muitas

organizações tradicionais estão

transformando-se em verdadeiras

organizações de aprendizagem.

A organização que aprende é aquela

que desenvolve capacidade contínua de

adaptação e mudança...A organização de

24

aprendizagem é a que está continuamente

desenvolvendo mudando a forma de manter a

empresa competitiva no futuro... São as

pessoas que transformam as visões e

estratégias em ações específicas. E esse

processo sempre requer mudança

comportamental e o desenvolvimento

gradativo de competências individuais ao

longo do tempo.”(pag 162- Chiavenato-1999)

A necessidade do aprendizado vem da própria estrutura interna que

precisa de harmonia para se adaptar ao ambiente mutável, onde a organização

está em contínuo autotransformação, melhorando sua capacidade de reagir às

mudanças.

A administração de RH vai do planejamento, desenvolvimento,

coordenação, controle de técnicas capazes de promover o desempenho

eficiente, conquistar e manter as pessoas na organização.

Maximiano-2006 relata que “...para conseguir as pessoas certas e lidar

com elas do modo certo, as empresas precisam de uma eficaz função de

recursos humanos”.(pag 128)

Em relação á equipe o mesmo autor relata.

..”que uma equipe capacitada é um

dos principais ingredientes na receita do

sucesso de uma empresa. O processo de

treinamento fornece aos membros da equipe

as oportunidades para adquirir desenvolver ou

corrigir a falta de conhecimento, habilidades e

atitudes necessárias para o desempenho dos

cargos que ocupam.”(pag137).

Lacombe (2002)é taxativo quando diz

25

“...as organizações são constituidas

por pessoas, a organização é mais do que a

soma das pessoas que a constituem, vem

num processo de constante mudanças

sofrendo a influência do ambiente do seu

entorno.(pag 10)...a sobrevivência dependem,

da capacidade de atrair, selecionar, treinar e

posicionar no presente as pessoas com

potencial para atuar no futuro...assumindo

responsabilidades e agindo como uma equipe

integrada”(pag 16).

As organizações surgem porque os individuos tem objetivos que

somente podem ser atingidos atraves de atividades organizadas. A medida que

crescem desenvolvem seus próprios objetivos.

A organização e seus parceiros estão em mútua adaptação. O objetivo

é buscar o equilibrio entre as pessoas e a organização, essa adaptação é um

processo constante cuja regra é a mudança e o ajustamento.

“A alma da empresa é a divisão de RH

desde que a expressão “recursos” ultrapasse os

limites do seu próprio nome. Que seja fonte viva de

recursos reais e necessários, como treinamentos

motivadores que ofereçam a todos o verdadeiro

significado de missão, de visão, de valores e de

objetivo, com o desenvolvimento humano. Que

criem, estabeleçam e implementem programas para

que perdurem o entusiasmo em cada uma das

células individuais e coletivas da empresa.”( João B

da Silva.- site: www.rh.com.br- 14/02/2005)

26

Na busca de uma diferenciação no mercado, esta só pode ser gerada

pelo capital humano. A organização precisa tratar as pessoas, como elementos

únicos e vivos, capazes de gerar e de se adaptarem as mudanças.

27

CAPÍTULO II

TÍTULO DO CAPÍTULO

PEDAGOGIA EMPRESARIAL

“Alguma coisa que estávamos refreando nos

tornou fracos, até descobrirmos que isso eramos nós

mesmos”(Robert Frost)

O mundo do trabalho se configura com o espaço que reflete as

profundas modificações que vem marcando a sociedade. Surge a necessidade

da educação continuada, valorizando o aspecto humano no trabalho da

organização. E a necessidade de incorporar novos profissionais onde as

empresas precisam se adaptar á nova realidade, e do profissional em assumir

e querer gerar e manter esse novo espaço, delineando essa nova área de

trabalho.

A economia globalizada do mundo que vivemos vislumbra com a

competititvidade do mercado. Com os processos de modernização tecnológica

e com o proprio sistema de produção industrial acelerado. Enquanto a

complexidade das relações entre os projetos educacionais e o mundo do

trabalho se multiplica por causa das constantes inovações.

Paralelo ao desenvolvimento técnico do mercado temos o padrão

predatório da força de trabalho, com baixos salários, desigualdade na

distribuição de rendas e a alta rotatividade da mão de obra.

No caso o pedagogo na sua prática pode habilitar os trabalhadores na

preservação da saúde física e mental, na segurança através da proteção no

bem estar na qualidade de vida, na preparação para o individuo tomar

decisões sobre seus proprios desígnos, visando atingir uma pedagogia

institucional humanista sistêmica.

28

Não temos muitas definições do conceito de pedagogia institucional.

Pode ser descrita como uma perspectiva e um movimento teórico com

implicações no universo das práticas educativas e da transformação da

instituição escolar.

“...A pedagogia institucional

diferencia-se de uma pedagogia

organizacional, pois assume como um de seu

objetivos principais a ruptura/ ressignificação

no que se refere ás relações instituídas, além

das dinâmicas de autogestão...”(Batista 2004-

Cap I do livro:Pedagogia Institucional-pag 2)

A literatura fala da pedagogia institucional muito superficial quando

fala, em compensação fala da pedagogia empresarial.(Ribeiro,

2003)...traduzindo uma concepção limitada da atuação profisssional do

pedagogo, muitas vezes cercada do pre-conceito vindo do desconhecimento

sobre as atividades do profissional nas instituições.

Há quem acredita que esse profissional por trás de uma bandeira de

humanista, atende aos interesses do mercado cada vez mais exigente e

competitivo, colaborando para explorar mais o trabalhador.

Outros lembram que as organizações cada vez mais competitivas e

compromissadas com a responsabilidade social buscam por profissionais para

desenvolver políticas e estratégias de gestão de educação, com objetivos de

atingir seus planos e metas estratégicas.

Enfim ainda é uma área nova de atuação, pois poucos percebem a

escola não só como lugar onde se ensina, mais como uma organização, uma

empresa constituida de pessoas que vendem um produto: EDUCAÇÃO.

O pedagogo precisa ter o seu trabalho como um processo contínuo de

ensino-aprendizagem alinhado às estratégias organizacionais que possibilita o

desenvolvimento de competências visando gerar bases da vantagem

competitiva.

29

“...O conceito de educação corporativa vem

substituindo gradativamente a dupla treinamento e

desenvolvimento(T&D), inter-relacionado a outros

conceitos emergentes: gestão do conhecimento e

gestão de pessoas por competências...A educação

corporativa vem literalmente incorporar ao meio

empresarial os conceitos básicos da educação, que

tem como objetivo desenvolver o individuo

integralmente”.(Goulart e Pessoa 2004-pag 4)

Alguns pedagogos organizacionais desenvolvem atividades como:

elaboração de programas, treinamento, avaliação e desenvolvimento. Muitos

possuem experiencia anterior com trabalhos educacionais em instituições

geralmente escolares.

“...decidiram por considerar a pedagogia

institucional como forma de operacionalizar a

educação corporativa nas instituições em sentido

amplo...no que se refere à gestão do conhecimento

e de pessoas...consideram a educação corporativa

como uma ampliação dos conceitos de treinamento

e desenvolvimento de pessoal na atualidade...como

conseguência, são constantes as atitudes

preconceituosas quanto às ações corporativas de

humanização do trabalhador, assim como as de

atuação do pedagogo institucional.”(Sobrinho-pag

17-2004)

No mundo do trabalho o pedagogo vem atuando em empresas como

ongs, hospitais, instituições militares, etc.- O que ressurgi a valorização do

magistério. O professor pode assim vislumbrar outros espaços de atuação

além da instituição escolar.

30

Os programas de educação tradicionais, tanto nas escolas quanto nas

empresas, requerem um processo de avaliação dos participantes com

aplicação de provas e prescrevem realização de trabalhos, atividades e

virtude de exigências diversas.

Sobrinho 2004 (pag 25) comenta que:

“A avaliação formativa no processo de

educação corporativa, pela qual se busca identificar

a efetividade da estratégia de educação continuada

dos empregados ao permitir uma atualização e

desenvolvimento de competências para fazer frente

as demandas da competitividade.”

“...sem prática não há aprendizagem e sem avaliação não se

estabelecem progressos (Guba 1981. Pag 26- “Pedagogia Institucional”)

O objetivo é ajudar o empregado a analisar a sua prática, a conhecer

os objetivos e a encontrar a melhor maneira de realizar as tarefas propostas.

Não há receita de bolo ou modelos padronizados a ser seguido. O

trabalho é estruturado a partir da realidade da empresa, dos processos de

produção, das estruturas organizacionais e da cultura corporativa.

Esse trabalho deve ser desenvolvido por especialistas em educação e

envolve a didática e a pedagogia institucional alinhada a ponto de permitir o

desenvolvimento de instrumentos que dêem ao aluno uma oportunidade de se

avaliar.

O processo de avaliação em educação corporativa passa pelo

desenvolvimento de estratégias pedagógicas na qual a avaliação assume um

valor para o empregado.

Os profissionais envolvidos estão diante da necessidade de uma nova

educação e de um novo programa educacional para atender as demandas da

corporação. Para isso precisam ter um processo de avaliação constante.

Avaliação ocorre atraves das pessoas que nos rodeiam. Sendo uma

atividade usada para orientar e selecionar, podendo ser uma experiência de

aprendizado, desde que se analise os pontos de melhorias.

31

Os profissionais no ambiente institucional se vêem com a necessidade

de se desenvolverem e ampliarem suas competências e recursos individuais.

Hoje as organizações buscam a certificação de empregados que

asseguram a mão de obra adequada aos requisitos básicos de competências,

capacitação e habilidades para desempenhar a função.

Comenta Sobrinho-2004(pag 38)

”Em educação corporativa, avaliar é dizer

em que medida as expectativas institucionais são

atendidas ou não... A Avaliação precisa estar a

serviço da aprendizagem” “...O processo de

treinamento deve ter as etapas e os objetivos da

aprendizagem claros, para poder especificar em

lógica temporal todas as tarefas e sub-tarefas...É

preciso ter plano, programas, etapas, estratégias de

preparação e ter consciência de que tudo é variável

e está em progresso,(Shepherd,1985; Brown,1994)”.

Ao executar a tarefa, cada individuo vai reinventar o seu próprio

caminho.

O pedagogo deve buscar aproximar o treinamento das atividades reais

a serem desenvolvidas. Logo o profissional deve se manter antenado, isto é,

focado e atualizado com tudo que está ocorrendo com a empresa na sua

totalidade. Modificando sua maneira de ensinar após cada processo de

avaliação, ele já está ajustando o treinamento.

Os individuos engajados no processo de treinamento ou formação

profissional estarão sempre motivados pois visualizam seu desenvolvimento

pessoal e profissional. Além do fato da realização pessoal ser um fator forte

motivacional.

Professores contentes com seus resultados, buscam abraçar cada vez

mais desafios educacionais com mais entusiasmo e interesse de resultados

positivos.

32

A falta da avaliação, pode desviar o foco da expectativa e transformar

o programa educacional num fardo para o aluno e o professor. É importante

que o aluno pratique o que aprendeu e que se analise o desempenho, se

existir falhas, buscar entender as causas.

O baixo desempenho e que vai gerar na empresa a necessidade de se

montar um treinamento, mais isso faz parte do próprio processo para

mudança de desempenho e não se limita a ser “todo “ o processo.

“O treinamento é necessário, quando não se sabe desempenhar como

é desejado e esperado...(Sobrinho, 2004 pag 51)..., quando há uma mudança

de procedimento a ser adotado, para nova padronização e etc...(pag 53).

É preciso saber a missão da empresa, do cargo, o planejamento

estratégico, o plano de carreira para os participantes do treinamento e o

fluxograma de trabalho.

Para montar o treinamento o pedagogo vai considerar vários aspectos:

descrição dos desempenhos esperados, planejamento do treinamento, análise

e criação da situação que desencadeará o desempenho e das consequências

para o individuo, garantir de que não há punição, alinhar o treinamento à

missão da empresa.

Deve existir uma amostragem desses aspectos e a avaliação do

treinamento para o solicitante da tarefa. É necessário deixar claro que o

treinamento não é a unica solução para a empresa, mais pode ajudar a

conseguir atingir o desempenho desejado.

O desempenho será o resultado de diversos fatores.Os evolucionistas

alegam que a comunicação social possui base inata, onde a aprendizagem e a

experiência social são necessárias para o uso efetivo da competência social.

Pesquisas apontam para uma correlação entre habilidades de

interação social e melhor qualidade de vida, relações interpessoais mais

gratificantes, maior realização pessoal e profissional.

As demandas sociais de hoje, impulsionadas pelo desenvolvimento da

tecnologia da informação e da globalização, exigem dos individuos habilidades

no contato social. Surge uma nova tendência onde a capacidade técnica

33

precisa se aliar a um conjunto de habilidades para o individuo ser bem

sucedido nas suas relações profissionais e sociais.

Não temos o que discutir diante da necessidade crescente de hoje de

que conhecendo esse fato, as empresas são motivadas a solicitarem

programas de treinamento em habilidades sociais, visando tornar o individuo

mais capacitado socialmente.

Desenvolver o comportamento social habilidoso que é reconhecido de

acordo com a eficácia de sua função em uma determinada situação, levando-

se em conta também os componentes cognitivos de autoconhecimento e

conhecimento do outro.

Atualmente o pedagogo precisa ficar atento nas consequências da

acirrada competição entre as organizações que costumam provocar diversos

processos, como: redução do quadro, fusão, aquisição, automação etc... Esses

processos vão de alguma forma influenciar o macro e o micro ambiente,

atingindo o dia a dia das pessoas, gerando sentimentos de inferioridade,

insegurança, desconfiança, ansiedade, falta de comprometimento, perda da

lealdade, insatisfação etc... Essa competição corporativa também provoca a

gestão pelo medo, assédio moral e sexual, fantasma da demissão, afetando a

vida profissional, pessoal e familiar.

Cada dia surge um fato relevante na nossa realidade, que vão impactar

os valores e atitudes em relação ao trabalho.

Todos esses fatores afetam o clima da empresa, através de sintomas

como: greves, absenteísmo, rotatividade elevada, reclamações trabalhistas,

fofocas, rendimentos baixos, elevação do indice de acidente etc...

É necessário para quem visa o mercado externo ficar atento no

ambiente interno, no nível de satisfação das pessoas.

Administrar o clima é uma das ações estratégicas, o local de trabalho

deve ser agradável e fonte de desenvolvimento, onde se busque condições

econômicas, afeto, satisfação e realização profissional.

O RH tem a função de agregar valores através de : propiciar

inovações, foco no resultado, melhoria contínua no clima organizacional etc...

34

A gestão de pessoas é vista como diferencial competitivo. Onde a

qualidade do clima organizacional vai influenciar na produtividade e

competitividade empresarial e na qualidade de vida no trabalho.

Todos esses foco de trabalho são identificadas através de pesquisas,

permitindo ações corretivas a serem adotadas. Mais para o desenvolvimento

das atividades é necessário ter o apoio e comprometimento da alta direção

com as mudanças a serem implantadas.

Após a aprovação da direção , buscar a participação dos funcionários,

através da divulgação das informações, mobilizando-os para a atividade, Assim

também como os resultados devem ser divulgados após avaliação da direção.

O caminho para o aprendizado institucional passa pelo gerenciamento

da autonomia que atuam sobre as condições geradoras do aprendizado. Que

afeta o desempenho geral e a imagem da empresa.

Vivemos uma disseminação da noção de educação como meio de se

alcançar melhores condições de vida, valoriza-se o conhecimento científico e a

educação formal. A medida que o colaborador tem essa conscientização ele

vai influenciar o seu desempenho e melhorar a sua auto-imagem e a da

empresa.

Essa conscientização somada ao crescimento econômico elevam o

grau de educação e a conecção com o mundo , divulgando a se

modernizarem, tornando-as mais competitivas em relação ao mercado

consumidor, onde as inovações são constante.

Esse novo mercado incentiva o avanço tecnológico que necessita da

empresa que ela busque a sua modernização.

Para tal precisa gerar a mentalidade que só através da educação ela

consegue difundir o conhecimento, precisam intensificar a capacidade de

aprendizado para sobreviverem no mercado globalizado e competitivo.

Esse movimento pressiona as empresas a buscar formas de aumentar

a velocidade de suas capacidades de inovação e adaptação as exigências

crescentes.

35

Toda empresa precisa sobreviver e isso motiva as organizações de

criarem um mecanismo de geração, transmissão e avaliação de conhecimento.

Surge a preocupação com a gestão do conhecimento.

Busca-se no mercado especialista que possuam conhecimentos

necessários para planejar e coordenar as tarefas de treinar os trabalhadores

para a execução dos procedimentos.

O mercado e a sociedade em geral cobram cada vez mais

conhecimento, mais o conhecimento estático não garante a capacidade de

adaptação em situação de turbulência, de crise. Há necessidade de enfrentar o

desafio de responder de forma ativa e dinâmica ao ambiente. O individuo

deve ser capaz de transformar a estrutura e o comportamento da organização

a ponto de faze-la adaptativa.

A empresa torna-se um local de espaço de aprendizado acelerado o

qual exige o desenvolvimento de autonomia.

A figura do pedagogo atua numa área de trabalho educativo. Buscando

outros conhecimentos relacionados á educação corporativa e a andragogia. O

mundo corporativo está mudando o perfil de atuação do profissional que até

ontem respondia pela educação de ensino. Nas empresas vão colaborar nos

processos de mudanças e na gestão do conhecimento.

Entendemos que todo processo de mudança exige uma ação

educacional através do gerenciamento do conhecimento modifica-se os

valores organizacionais.

Como já mencionamos nesse capítulo o pedagogo pode focar seus

conhecimentos na direção do desenvolvimento do funcionário ou no produto da

empresa. Respondendo pela criação de projetos educacionais que visam

facilitar o aprendizado dos funcionários.

O pedagogo de forma geral vai desenvolver pesquisas das

necessidades da empresa e do aprimoramento de cada indivíduo, além do

método pedagogico mais adequado para cada situação.

O trabalho será desenvolvido em equipe com outros profissionais do

RH, vão liderar projetos, atuar como conselheiros e coaching, avaliar

desempenho, treinar funcionários, aportar novos processos e tecnologias.

36

O pedagogo vai influenciar no aumento da eficácia dos programas de

treinamento porque os colaboradores aprendem melhor. O papel ganha

destaque nas Universidades Corporativas que suprem as deficiências das

Universidades abertas.

Hà grande necessidade de aperfeiçoamento dos conhecimentos e

atualização da parte dos profissionais em geral e em todas as areas para

habilita-los nas mudanças constante do mundo corporativo.

A preocupação das empresas é em investir na educação o que está

aumentando a busca pelo pedagogo empresarial.

Enfim o pedagogo é fundamental em todo processo de mudança que

exige uma ação educacional e o gerenciamento do conhecimento.

A aprendizagem é o processo pelo qual as pessoas adquirem

conhecimentos sobre seu ambiente.

Através do treinamento que é um processo educacional é possível

gerar mudanças de comportamento.

2.1-Treinamento Estratégico

“A grande finalidade da vida não é o

conhecimento, mas a ação” (Huxley Apub Stuart, 2002)

A implantação do treinamento estratégico, visa reduzir o custo e

assegurar vantagens competitivas, criando um diferencial no mercado,

contribuindo para a otimização de seu grau de eficácia.

O entendimento de que o planejamento estratégico é apenas uma das

etapas do processo administrativo das organizações, deve haver planejamento

operacional, programação, etc....e controle permanente, para verificar se as

ações estão ocorrendo em conformidade com os planos.

Mas antes de tudo é necessário analisar o ambiente da organização,

só depois da análise escolher a estratégia – visando um equilibrio entre a

estratégia entre a estratégia escolhida e a estrutura organizacional.

37

É preciso traçar uma estratégia para se alcançar um objetivo, que é o

cumprimento da missão, para garantir a continuidade do negócio, mantendo

uma vantagem competitiva.

A estratégia vai ajustar a empresa ao seu ambiente, e o treinamento

pode ajudar nesse processo de adequação. Ela vai nascer da análise do

ecossisitema.

Sharplin (1985) “A tarefa do estrategista é potencializar os pontos

fortes da organização e minimizar o efeito dos fracos, de modo a tirar

vantagens das oportunidades e evitar ou superar as ameaças de ambiente”

A estratégia vai além da sobrevivência, é necessário obter vantagem

em relação aos concorrentes.

Como hoje no mundo tudo se copia, se compra, há similares. A unica

coisa que não se copia é o capital humano.

O treinamento será montado para atender a esses interesses do

mercado. As empresas precisam se conhecer e conhecer o meio que a cerca,

é o monitoramento das principais entidades da cadeia de relacionamentos das

organizações, através de um acompanhamento constante dos indicadores da

empresa.

O treinamento e o desenvolvimento de profissionais são tarefas que

envolvem diversas áreas da empresa, gerando sempre um investimento de

tempo, material, etc...

O treinamento e o desenvolvimento do capital humano, deve ser uma

das estratégias da empresa para alcançar e vencer objetivos. Enfrentando um

ambiente competitivo, numa sociedade afetada por mudanças de paradigmas.

Para acompanhar essa sociedade a empresa precisa se organizar.

Surge a “Aprendizagem Organizacioanal”, que tem sido vista como solução de

problemas relacionados ás fortes pressões competitiva do mercado.

A capacidade e o desenvolvimento de profissionais para atuarem de

forma integrada e competente num mercado cada vez mais competitivo e

mutável, torna-se um desafio a cada dia.

38

Goldstein em 1991 definiu: treinamento como aquisição sistemática de

atitudes, conceitos, conhecimentos e habilidades, que resultam na melhora do

desempenho.

Definindo conceitos temos:

TREINAMENTO = visa melhorar desempenho profissional

EDUCAÇÃO = são oportunidades dadas pela organização para o

individuo desenvolver o seu potencial, por meio da aprendizagem de novas

habilidades que o capacite a ocupar novos cargos.

DESENVOLVIMENTO PESSOAL = é um conjunto de experiência e de

oportunidades de aprendizagem proporcionada pela organização e que

aumenta a possibilidade de crescimento pessoal dos empregados.

O investimento na formação de competências e valorização do capital

humano devem ser tão prioritários quanto os investimentos em capital físico.

A história ensina que países no pós-guerra investiram na educação, na

mudança contínua, na revisão do conhecimento antigo e na criação de novos,

em contraste com a estagnação econômica de países subdesenvolvidos.

O desafio de hoje é formar e integrar uma boa equipe de trabalho com

conhecimento, capacidade e habilidades específicas, para cumprirem as

tarefas exigidas e para pensarem estrategicamente sobre a organização.

O conhecimento é um recurso a ser gerenciado e um dos

componentes do planejamento estratégico como propulsor de facilitador de

equipes e comprometimentos dos funcionários.

Torna-se necessário formular estratégia que gerem diferencial

competitivo através do capital humano, o que faz a diferença no mercado.

Aprendizagem pode ser definida como um processo de integração e

adaptação do ser ao ambiente em que vive, envolvendo mudança de

comportamento.

“Gestão do conhecimento é identificar

o que se sabe, captar e organizar esse

conhecimento e utilizá-lo de modo a gerar

retornos”. (Stewart-2002)

39

2.2-Treinamentos Inovadores

O trabalho do pedagogo na empresa precisa ser versátil, pois cada

empresa tem sua característica e sua cultura. Precisa dominar diversas

técnicas e ter muito jopo de cintura para lidar com a política empresarial e

organizacional.

O professor precisa ter a inovação de seus métodos na sala de aula e

na empresa não é diferente.

Reproduzi o texto de um site especifico de RH onde o autor descreve

bem esse contexto.

Essa inovação vai ser uma caracteristica do profissão pedagogo.

“O autor conclui que os treinamentos clássicos são construídos através de

uma metodologia prioritariamente didático-expositiva, onde o docente/instrutor

detém o conhecimento que será aplicado e cabe ao participante apenas

receber o material e processá-lo. Esta forma de trabalho educativo é

extremamente maçante, desprazerosa, anacrônica e antipedagógica, para

dizer o mínimo.

No entanto a imensa maioria das empresas e dos profissionais ...ainda

é formada e atua, replicando o conhecimento desta maneira antiquada. Ser

inovador...é conseguir ultrapassar estas barreiras e definir um novo Modus

Operandi na aplicação do conhecimento, garantindo a aderência aos

programas que se quer estabelecer, através de linguaguens diversas das

meramente expositivas. Mesmo, porque desde Platão sabe-se que perceber

não significa conhecer.

...Muitas vezes, inovar é antes, quebrar os paradigmas de aprendizado,

para garantir que o conhecimento seja absorvido através da participação e não

existam barreiras á assimilação. Resolvi então para valorizar o investimento

..entregar mais que apostilas, dinâmicas e etc...

A metodologia que eu desenvolvi parte do principio epistemológico

para a abordagem dos conteúdos e da intuição...inclui bases andragógicas e

para didáticas que facilitaem e estimulam o aprendizado...Nas presentes

teorias de T&D há um lapso de tempo considerável entre o que as pessoas

40

necessitam hoje e as velhas bases teóricas...Resumo; os gerentes e os

diretores querem treinamentos ...,mas não querem um milímetro a mais de

autonomia dos subordinados ou requer pensam emresiliência e melhorias

reais.

...Construímos contéudos customizados e lastreados em cuidadosas

análises da realidade, quando aplicamos um material buscamos primeiro

apresentar casos práticos e depois desenvolver a teoria a que lhe es´ta

subordinada...o trabalho não é desenvolver apenas treinamento, mas a

educação corporativa. Isto inclui a segmentação necessária para atendimento

das diversas demandas organizacionais e satisfação de quem aprende.

Então, para ser inovador é preciso que docente esteja preparado para

lidar com situações problemas, originadas do perfil do público-alvo. Depois

determinar, caso a caso, conforme a matéria que ministra os objetivos da

aprendizagem, conforto cognitivo e relevância do conteúdo...A tradicional

estrutura de se começar com a definição, depois ir á teoria e finalmente

mostrar a aplicação é o contrário da forma com que um adulto aprende...

O treinamento no Brasil, ainda se ressente de uma melhor formação

de seus docentes. Eles, embora dominem vasto cabedal de conhecimentos,

precisam estar certos – insisto – de traduzi-los em aprendizado, retenção e

conforto cognitivo. Não adianta o professor falar a aula inteira...mas os

docentes ainda insistem nesta fórmula desgastada. Ele deve esquecer-se da

pedagogia acadêmica... dirigindo sua expertise para seu inverso. Além do

mais, novas técnicas devem ser tentadas, para garantir a compreensão(texto

do site “RH.Com.Br” –“Treinamentos Inovadores” de 05/04/2011 – por Luís

Sergio Lico.)

Além da necessidade da inovação o profissional deve se preparar para

a Educação á distância como instrumento do desenvolvimento humano.

O conhecimento e o uso de novas tecnologias são ferramentas para

quem quer se destacar no mercado atual. Muitos já buscam a qualificação

visando uma melhora na qualidade de vida atraves de uma melhor colocação

no mercado.

41

A inclusão digital ou a democratização das tecnologias está tornando-

se parte do desenvolvimento das pessoas. Não basta conhecer se não sabe

utilizar.

A medida que as organizações crescem, as necessidades mudam e

com isso seus colaboradores. O objetivo é combinar o uso das novas

tecnologias aos funcionários que querem aprender, fazendo com que eles se

sintam valorizados e estimulados a encontrar novos aprendizados e novas

descobertas.

A área de desenvolvimento vem crescendo dentro da organização,

seja pelos gestores de rh ou por qualquer outra área a empresa que tenha

como meta a renovação. Trata-se de um processo de melhoria que aposta

num crescimento, na mudança ou na evolução de um ser humano .

As empresas tem papel fundamental no desenvolvimento de seus

colaboradores, através de incentivos e levando maiores conhecimentos através

de novas formas de apresndizagem.

A Educação á distância favorece a capacitação, tornando-se uma

educação independente, tendo como principio a autoaprendizagem, com auto

estudo, podendo exercitar a autonomia.

Cabe ao RH analisar o perfil dos profissionais atraves da capacidade

produtiva e adequar o ensino de acordo com cada colaborador. Para

desempenhar esse papel só um profissional pedagogo.

42

CAPÍTULO III

CASE

O PEDAGOGO NA ESCOLA DE SAMBA

A Cidade de Niterói, vizinha do Rio de Janeiro, sofre reflexos da

violência da cidade vizinha, devido a aproximidade e ao fácil acesso. O que

motivou um grupo de pais a se reunirem num carnaval e criarem um espaço

na rua para seus filhos brincarem em segurança.

A medida que os anos foram passando, outros pais foram se

integrando a esse grupo inicial, jovens e idosos tambem se interessaram, por

fim os vizinhos adotaram a atividade, se organizaram e montaram um

pequeno BLOCO DE ARRASTÃO, como as pessoas estavam muito

comprometidas, o número dos participantes foi crescendo com os anos.

Eles estavam proporcionando um local de diversão com segurança.

As atividades recreativas com responsabilidade e segurança, durante o ano,

mobilizava cada vez mais pessoas da redondeza e conhecidos .

Foram convidados pela Prefeitura a desfilarem na Avenida com outros

blocos na época do carnaval, mais sem nenhuma pretensão. O convite foi

aceito e eles foram para o desfile, onde foram muito bem recebidos e

conquistaram a simpátia da população, pela organização, pelo espírito de

equipe além da empolgação e alegria espontânea. Acabaram sendo

convidados a desfilarem como Bloco com ENREDO.

Esse se apresenta como se fosse uma ESCOLA DE SAMBA ,

conforme estamos acostumados a assistir no carnaval. Só que numa escala

bem menor.

Para a nova tarefa, precisaram escolher e estudar o enredo, escolher

as fantasias, dividir tarefas, selecionar pessoas para os 3 níveis hierarquicos,

contratar profissionais especializados, participarem de cursos de formação e

aprimoramento específicos para as novas necessidades, visitaram ESCOLAS

DE SAMBA, para entenderem como se desenvolve o processo do

43

desfile.Desenvolver um projetos com todas as perspectivas, buscar patrocinio,

etc....

O primeiro passo foi escolher a alta direção, esta definiu as estratégias.

Com isso votaram entre os projetos qual se adaptava melhor para a realidade

deles naquele momento.

A partir daí surge a figura do pedagogo na mobilização para o

treinamento básico que era a divulgação dos novos objetivos. As propostas

para o tema do samba enredo e etc...

Com a definição do tema, o pedagogo iniciou um trabalho de divulgar a

importancia do tema. Cito o exemplo da reciclagem, onde as crianças e os

jovens tiveram aulas praticas e teóricas, visitaram exposições e etc... sobre o

tema. Iniciando um processo de troca de informações. O tema era projetado

nas fantasias, carro alegórico e os membros da comunidade mobilizados

ajudaram nas confecções, colocando em prática o que foi aprendido etc...

Um outro exemplo foi o tema “Casimiro de Abreu”, onde promoveram

visita á cidade natal do poeta, eventos de intercâmbio de poesias do autor,

pessoas da cidade de Casimiro vieram até o espaço do Bloco visando

conhecer a proposta da Escola de Samba. Todo esse trabalho de adaptação

foi coordenado pela figura da pedagoga. Muitos nem conheciam o autor e

suas obras. Houve uma mobilização das pessoas e uma troca de interação

entre as comunidades das duas cidades.

O trabalho resultou em bons frutos, pois ganharam o primeiro lugar

com isso foram mudando de categoria. Em 2012 desfilaram pela primeira vez

como Escola de Samba. Devido a estratégia e ao treinamento , começaram

desde pequeninos com visão no que os grandes já faziam.

Resumindo com estratégia de base no treinamento para divulgar as

idéias, valores, missão e com visão de futuro além da humildade de buscarem

a troca com outras “Empresas =Escolas de Samba”.

A estrutura da Escola de Samba é a mesma de qualquer organização.

Seu objetivo principal é ganhar o carnaval, sendo criativo, comprometido,

empolgante. Para isso precisa ter um diferencial competitivo para se destacar

44

entre as outras Escolas de Sambas. Onde muitas possuem condições

financeiras mais estruturadas com fortes patrocinadores.

O DIFERENCIAL está sendo mantido através do trabalho da

pedagoga, que envolve a mobilização da comunidade, retenção de pessoas e

novas aquisições, buscando no mercado pessoas e cursos qualificados para

fazerem parte do quadro ou treinarem pessoas da comunidade para serem

multiplicadores. Seleção de pessoas para o nível operacional e técnico.

Avaliação do desempenho , estudo dos indicadores com a alta

direção.etc...Mais o que considero o mais estratégico é o trabalho com foco no

tema do samba enredo que envolve, mobiliza, integra e eleva o grau de

comprometimento das pessoas. Quando eles entram na Avenida, não é só a

letra do samba decorado, mais o significado do tema de forma ampla e

integrada com a comunidade. Assim quando entram na Avenida eles

empolgam e cativam o publico.

Tem sido assim desde o inicio e mantendo essa estratégia atraves de

um trabalho educacional, visando o crescimento dos membros, tem

apresentado resultados positivos e com isso atraem mais pessoas para o

proxímo ano.

Destaca-se aqui o papel do profissional da divulgação da educação.

Não importa se entre quatros paredes ou num espaço aberto, o resultado é

perceptível.

O pedagogo não faz milagre, mais ele treina e desenvolve a equipe

que vai trabalhar, citamos o caso da professora de ginática que é dançarina,

treina a comissão de frete e quando ela está com algum espetáculo no teatro,

junto com a pedagoga, divulgam e levam as crianças e os jovens para

assistirem ao espetáculo. Divulgando e multiplicando o conhecimento,

sempre focado no objetivo estratégico acabam por gerar um diferencial que

vem se destacando a cada ano, levando aquele pequenino grupo de pais a

evoluírem a ponto de chegarem a status de Escola de Samba.

O trabalho é evolutivo e progressivo, ainda se tem muito a fazer. A

medida que o objetivo e a Escola cresce há necessidade de mais

desenvolvimento do desempenho do profissional .

45

O foco principal é desenvolver e aprimorar as pessoas que compõem

o grupo. Visando cumprir a missão da empresa através dos valores

educacionais crescentes. Geram um diferencial na Avenida, pois o ano todo

estão visando o desenvolvimento de todos.

46

IV – CONCLUSÃO

Percebemos que as atividades organizadas com objetivos

definidos vão colaborar na formação de organizações.

Essas a medida que se desenvolvem vão se estruturando e

buscando suas metas atraves de estratégias definidas e competitivas.

Os avanços tecnológicos e o mercado cada vez mais competitivo

trazem contribuições para a mudança no perfil dos profissionais . Sendo

que o objetivo primeiro é encontrar o equilibrio entre o equilibrio entre as

pessoas e a organização, essa adaptação é um processo constante que o

RH da empresa tem por meta atingir, manter e desenvolver visando apoiar

as estratégias.

Como a organização tem o seu porque de existir, as pessoas que

estão na empresa precisam ter a consciência do quanto sua participação

é de suma importância para o desenvolvimento de ambos. Essa é uma

das tarefas do RH.

A eficácia da organização vai ser percebida na medida em que ela

atinge seus objetivos os quais são acompanhados atraves dos

indicadores . Eles vão dar uma percepção da realidade da empresa, dos

seus pontos fortes e dos fracos que precisam ser desenvolvidos, assim

temos as necessidades da empresa que serão a base do trabalho a ser

desenvolvido pelo RH.

O RH é formado por uma equipe multidisciplinar. Nesse setor

encontramos a figura do pedagogo institucional, que vai desenvolver a

area de treinamento para suprir as necessidades da empresa em relação

ao desenvolvimento das pessoas, para que as estratégias possam atingir

seus objetivos.

O mercado está cada vez mais agressivo em relação a

competitividade. Exigindo profissionais mais atualizados e adaptativo.

47

Assim se divulga a mentalidade que valoriza o conhecimento e que só

atraves dele teremos o progresso.

Preparar, aprimorar e formar esses profissionais é uma tarefa do

pedagogo sendo que cada empresa tem seu objetivo especifico a ser

atingido. Pois a tarefa é gerar pessoas que façam a diferença que gerem

um diferencial competitivo. Como diz Chiavenato 1999“Cada pessoa é um

fenômeno multidimensional sujeito às influências de uma enormidade de

variáveis.”(pag 82)

Máquinas, tecnologias se copiam e aprimora-se, mais gente não

se copia. Quanto mais adaptado mais ele tende a ser criativo e inovador.

Essa competência só o ser humano possui, ela vai gerar o diferencial que

não se copia.

Percebemos que a escola de samba hoje tem a mesma estrutura

que as organizações. O fato é novo por ser uma “Escola de Samba”, mais

o trabalho do pedagogo não diferencia do que ele desenvolvería em

qualquer empresa.

Temos comparações interessantes pois nas empresas temos o

programa “jovem aprendiz” , na escola de samba temos os cursos de :

ritmistas, porta bandeira, passista, confecção de fantasias, etc...

A empresa desenvolve projetos de “Responsabilidade Social” e a

“Escola de Samba” tem foco na comunidade e trabalha seu tema do

enredo, através de atividades que envolvem as pessoas do seu entorno.

Assim como temos o treinamento externo a gremiação encaminha

pessoas para outras escolas visando o aprimoramento e quando

retornam são multiplicadores da idéia.

No treinamento interno contratam professores ou pessoas da

comunidades para desenvolverem os talentos da escola de samba.

Em relação á seleção e ao recrutamento é o mesmo processo,

sendo um dos requisitos apenas gostar de samba, pois tem curso até

para prender a sambar.

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Enquanto na empresa a pedagoga responde pelo treinamento de

adaptação e mobiliza as pessoas para o desenvolvimento das estratégias.

Na escola de samba a pedagoga trabalha de acordo com o tema

do enredo, mobilizando e informando as pessoas sobre o assunto em

pauta.

O pedagogo será sempre um profissional da educação. Não

importa o tipo de instituição a tarefa de desenvolver o ser humano

atraves do treinamento será sempre seu principal foco.

O profissional deve lembrar que ele também é um ser humano em

desenvolvimento e como tal precisa de aprimoramento constante para

não perder o foco. Pois não se educa pelo que se diz e sim pelo que se

faz com o conhecimento. Ele é um líder moral que ensina atraves de sua

figura como modelo. Sem perder de vista o foco da realidade do entorno e

da propria instituição.

Toda organização visa lucro, por questões de sobrevivência e

sustentabilidade. Como todo processo passa pelo elemento humano,

necessitamos ter um profissional que responda pela formação e

aprimoramento do colaborador.

É necessário o investimento de longo e médio prazo na area do

treinamento para desenvolverem as pessoas que vão gerar um

diferencial no mercado cada vez mais competitivo. Esse diferencial está

focado em melhorar o desempenho da empresa que precisa gerar lucro

para investir no seu crescimento, atraves de estratégias ditadas pela alta

direção.

As organizações vão se destacar pelo que elas sabem e pela

forma de como conseguem utilizar esse conhecimento. Só o profissional

para direcionar esse conhecimento na empresa.

As empresas se atualizam investindo no seu capital intelectual,

buscam aprimorar e desenvolver as competências tornando o

conhecimento rentável , incentivando a inovação constante.

49

Não importa o tipo da organização, o certo é que o conhecimento

que ela detém é o seu maior investimento e que vai afetar no sucesso

organizacional.

50

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