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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM ESPECIALIZAÇÃO DO PROFISSIONAL Por: Marco André Silva de Oliveira Orientador Prof. Jorge Tadeu Rio de Janeiro 2011

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …empresas, foi Alexandre o Grande, da Macedônia. Seu império alcançou diversos países, incluindo a Grécia, Pérsia e Índia,

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

ESPECIALIZAÇÃO DO PROFISSIONAL

Por: Marco André Silva de Oliveira

Orientador

Prof. Jorge Tadeu

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

ESPECIALIZAÇÃO DO PROFISSIONAL

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Logística

Empresarial.

Por: Marco André Silva de Oliveira.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço minha família, meus amigos

de universidade, do trabalho, os

mestres que me passaram

conhecimentos e todas as pessoas que

contribuíram, para este grande

momento.

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DEDICATÓRIA

Dedico ao meu pai, minha mãe(in

memoriam), e meus filhos.

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RESUMO

A logística é relativamente recente, nas empresas privadas, mas muita

antiga nas forças militares e estatais, pois desde de Roma antiga e dos

medievais já se utilizava da logística no seu amplo sentido. Hoje no mundo

globalizado a logística, é quem demonstra o grau de competitividade, e vem

cada vez mais sendo utilizada amplamente nas empresas grande, médio e

pequeno porte, para maior dinamização e otimização das operações e dos

custos. Sabendo-se, que para utilização ampla da logística, necessita dos

sistemas operacionais. Estes sistemas têm uma grande capacidade gerencial,

dando uma funcionalidade operacional e usual. Entretanto, para utilização

destes sistemas, temos que ter profissionais especializados, capacitados e

adequados as novidade e necessidades da área. Concluo que para atuar na

área logística, o profissional tem que ter uma renovação contínua de

aprendizado, para melhor operar o sistema, e assim elevando o grau de

competitividade de sua empresa.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste trabalho formou-se na aplicação de

pesquisa bibliográfica com conteúdo dos autores: Bowersox (1996), Jiambalvo

(2002), Porter (1998), Christopher (2009), Johnson e Kaplan (1996), incluindo

artigos publicados na internet e sites de categorias. Com esta pesquisa, foi

possível apresentar aos profissionais as exigências da profissão.

Esta análise contribui para desenvolver a proposta pedagógica, da

qualificação profissional do operador por estabelecer a prioridade das

competências (conhecimentos, habilidades, funcionalidades, usabilidade,

técnicas e atitudes) que são necessárias, e serão desenvolvidos, pelos

operadores logísticos, nos armazéns, centros de distribuições e no transporte

de cargas para o melhor desempenho da profissão.

A pesquisa baseou-se em dados quantitativos e qualitativos que foram

tratados por meio de análise bibliográfica descritiva e de conteúdo. A seguir,

apresentam-se os resultados da pesquisa, organizados por temas de estudo.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I – A História da Logística 10

1.1 - A importância da Logística

para as Empresas Brasileiras 16

CAPÍTULO II – O Mercado 20

2.1 - Qualidades Totais nos Serviços de Logística 22

CAPÍTULO III – A Especialização do Profissional 31

CONCLUSÃO 42

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43

ÍNDICE 44

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INTRODUÇÃO

Trata-se, sem dúvida, de um tema de grande atualidade e evidente

relevância, pois a logística é considerada um dos principais obstáculos ao

desenvolvimento das empresas, mas também fator determinante para garantir

a competitividade dela.

A empresa moderna exige rapidez e otimização do processo de

movimentação de materiais, interna e externamente. Esta situação ganha

maior relevância quando se trata de pequenas empresas ou operações de

exportação ou importação.

A raiz do problema é estrutural e externa às empresas, pois recai sobre

os poderes públicos a responsabilidade pela melhoria na infra-estrutura do

País, que necessita de maior modernização, intermodalidade e integração. No

entanto, as medidas tomadas para melhoria da infra-estrutura de transporte no

Brasil não acompanham as rápidas mudanças que as empresas devem se

submeter para permanecerem no mercado.

E qualquer atraso na adaptação a essas mudanças pode gerar perda de

competitividade e ainda dificultar o processo de crescimento das empresas.

Dessa forma, compete aos executivos criarem soluções inovadoras,

aproveitando não somente a criatividade, mas, sobretudo a sua capacidade

técnica para acompanhar os desafios mercadológicos e vencer os obstáculos

logísticos próprios do País.

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Este trabalho monográfico tem como objetivo a demonstração da

necessidade especialização do profissional logístico em todos os processos da

área de atuação, é fundamental, para a evolução das novas tecnologias de

informação, comunicação e novos métodos de trabalho, no entanto é na área

de distribuição e expedição que a logística deve ser aprimorada.

No primeiro capítulo é sobre a história da logística do surgimento a sua

utilização; no segundo capítulo é abordado o mercado e toda sua importância

nas empresas, e de uma economia globalizada. No terceiro capítulo mostra-se

a grande demanda por profissionais com ofertas de bons salários para área, e

uma grande necessidade de especialização do profissional, para desenvolver

bem as atividades exigidas

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CAPÍTULO I

HISTÓRIA DA LOGÍSTICA

A logística é a área responsável por prover recursos, equipamentos e

informações para execução de todas as atividades de uma empresa. Entre as

atividades da logística estão o transporte, movimentação de matérias,

armazenamento, processamento de pedidos e gerenciamento de informações.

Logística é arte de comprar, receber armazenar, separar, expedir, transportar e

entregar o produto ou serviço, na hora e no local certo, como menor custo

possível. De acordo com Dicionário Aurélio, Logística vem do francês e tem

como uma de suas definições “ a parte da arte da guerra que trata do

planejamento e da realização de projeto e desenvolvimento, obtenção,

armazenamento entre outros porem para fins operativos ou administrativos.”

Outros historiadores defendem que a palavra Logística vem do antigo

grego logos que significa razão, cálculo, pensar e analisar, já o Oxford English

dicionário define como “O ramo da ciência militar responsável por obter, dar

manutenção e transportar material, pessoas e equipamentos. Desde os tempos

bíblicos os líderes militares já se utilizavam da logística.

As guerras eram longas e geralmente distantes, eram necessários

grandes e constantes deslocamentos de recursos. Para transportar as tropas,

armamentos e carros de guerra pesados aos locais de combate eram

necessários um planejamento, organização e execução de tarefas logísticas,

que envolviam a definição de uma rota, nem sempre o mais curta, pois era

necessário ter uma fonte de água potável próxima, transporte, armazenagem e

distribuição de equipamentos e suprimentos. Por meio de seus estudos

Barker (2005, p. 87) concluiu que o avanço Persa em 480 A.C. sobre a Grécia,

mesmo sendo os persas derrotados, foi um dos mais grandiosos exercícios

logísticos da Antiguidade e envolveu grandes esforços para abastecer mais de

duzentos mil homens em território hostil.

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Uma das grandes lendas na Logística, que inspirou outros grandes

lideres como Júlio Cesar e Napoleão e que ate hoje inspira as grandes

empresas, foi Alexandre o Grande, da Macedônia. Seu império alcançou

diversos países, incluindo a Grécia, Pérsia e Índia, com a morte do seu pai,

assumiu o trono o seu império durou apenas 13 anos, até a sua morte em 323

a.C ao0s 33 anos. Seu sucesso não foi um acidente. Ele foi capaz de superar

os exércitos inimigos e expandir seu Reinaldo graças a fatores como: inclusão

da logística em seu planejamento estratégico, detalhado conhecimento doa

exércitos inimigos, inovadora incorporação de novas tecnologias de

armamentos, desenvolvimento de alianças e manutenção de um simples ponto

de controle, era ela que centralizava todas as decisões, gerenciando o sistema

logístico e incorporando-o ao plano estratégico.

Alexandre foi o primeiro a empregar uma equipe especialmente treinada

de engenheiros e contramestres, além da cavalaria e infantaria. Esses

primitivos engenheiros desempenharam um papel importante para o sucesso

de Alexandre o Grande, pois tinham a missão de estudar como reduzir a

resistência das cidades que seriam atacadas. Os contramestres, por sua vez,

operacionalizavam o melhor sistema logístico existente naquela época. Eles

seguiam à frente dos exércitos com a missão de comprar todos os suprimentos

necessários e de montar armazéns avançados no trajeto. Aqueles que

cooperavam eram poupados e posteriormente recompensados; aqueles que

resistiam, eram assassinados. O exército de Alexandre o Grande consumia

diariamente cerca de 100 toneladas de alimentos e 300.000 litros de água. O

exercito de 35, 000 homens de Alexandre o Grande não podia carregar mais do

que 10 dias de suprimentos, mas mesmo assim, suas tropas marcharam

milhares de quilômetros, a uma média de 32 quilômetros por dia. Seu exército

percorreu 6.400 km, na marcha do Egito à Pérsia e Índia, a marcha mais longa

da história. Outros exércitos se deslocavam a uma média de 16 ou 17

quilômetros por dia, pois dependiam do carro de boi, que fazia o transporte dos

alimentos. Um carro de boi se deslocava a aproximadamente 3,5 quilômetros

por hora, durante 5 horas até que os animais se esgotassem. Cavalos moviam-

se a 6 ou 7 quilômetros por hora, durante 8 horas por dia. Eram necessários 5

cavalos para transportar a mesma carga que um carro de boi. Também inovou

nos armamentos. Seus engenheiros desenvolveram um novo tipo de lança,

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chamada sarissa, que tinha 6 metros de comprimento, largamente utilizada

pela infantaria.

Com esse armamento derrotou um exército combinado de persas e

gregos de 40.000 homens perdendo apenas 110 soldados. Em 333 a.C., seu

exército derrotou um exército de 160.000 homens comandados por Darius, rei

da Pérsia, na batalha de Amuq Plain. Devido a esse sucesso, a grande maioria

das cidades se rendeu ao exército macedônico sem a necessidade do

derramamento de sangue. Assim, Alexandre o Grande criou o mais móvel e

mais rápido exército da época. Em 218 a.C, o general Aníbal inovou durante a

Segunda Guerra Púnica entre Cartago e Roma, utilizando elefantes para o

transporte de 60.000 homens e suprimentos na travessia dos Pirineus em

direção à Itália. Apesar dos avanços verificados no passado, apenas no século

17 a logística passou a ser utilizada dentro dos modernos princípios militares.

Até o fim da Segunda Guerra Mundial a Logística esteve associada às

atividades militares. Nesse período, com o avanço tecnológico e a necessidade

de suprir os locais destruídos pela guerra a logística passou a ser adotada

pelas empresas. Apesar dessa evolução até a década de 40, havia poucos

estudos e publicações sobre o tema. A partir dos anos 50 e 60, as empresas

começaram a se preocupar com a satisfação do cliente, foi então que surgiu o

conceito de logística empresarial, motivado por uma nova atitude do

consumidor. Os anos 70 assistem à consolidação dos conceitos como o MRP

(Material Requiriments Planning), Após os anos 80, a logística passa a ter

realmente um desenvolvimento revolucionário, empurrado pelas demandas

ocasionadas pela globalização, pela alteração da economia mundial e pelo

grande uso de computadores na administração. Nesse novo contexto da

economia globalizada, as empresas passam a competir em nível mundial,

mesmo dentro de seu território local, sendo obrigadas a passar de moldes

multinacionais de operações, para moldes mundiais de operação. Essas são

algumas das atividades envolvidas na logística, que são dívidas nas principais:

Transporte, manutenção de estoques, processamento de pedidos, distribuição

e as secundarias: armazenagem, manuseio de matérias, embalagem,

Suprimentos, planejamento e sistema de informação entre outros.

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No Brasil, a história da Logística é ainda muito recente, e podemos

destacar Anos 70 Desconhecimento do termo e da abrangência a logística,

informática ainda era um mistério e de domínio restrito. Iniciativas no setor

automobilístico, principalmente nos setores de movimentação e armazenagem

de peças e componentes em função da complexidade de um automóvel. Nos

Anos 80 em 1984, é criada o primeiro Grupo de Benchmarking em logística; A

Associação Brasileira de Supermercados cria um departamento de Logística

analisar as relações em 1984, para discutir e entre Fornecedores e

Supermercados. É criado o Pálete Padrão Brasileiro, conhecido como PBR e o

projeto do veiculo urbano de carga. Nos Anos 90, chega a estabilização da

economia, com o plano Real e foco na administração dos custos. Evolução da

microinformática e da Tecnologia de Informação, com o desenvolvimento de

software para o gerenciamento de armazéns como o WMS - Warehouse

Management System, códigos de barras e sistemas para Roteirização de

Entregas. Entrada de 06 novos operadores logísticos internacionais (Ryder,

Danzas, Penske, TNT, McLane, Exel) e desenvolvimento de mais de 50

empresas nacionais.

O termo supracitado tem sido considerado como um fator diferencial na

competitividade empresarial e acabou se tornando uma palavra em moda nos

últimos tempos. Em contrapartida a essa tendência contemporânea, Merlo

(2002) afirma que o conceito é conhecido e aplicado há centena de anos,

citando exemplos como a aplicação da Logística pelos guerreiros medievais

para posicionar tropas de combate em locais estratégicos e manter seus

exércitos abastecidos de suprimentos. Cita ainda, que a partir da Segunda

Guerra Mundial a Logística surge como ciência, tornando-se a partir de então,

ferramenta estratégica para sobrevivência. Segundo o Council of Logistc

Management, entidade americana que possui milhares de associados em todo

o mundo, logística é o processo de planejar, programar e controlar

eficientemente, ao custo correto, o fluxo e armazenagem de matérias primas,

estoques durante a produção e produtos acabados, e as informações relativas

a estas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o

propósito de atender aos requisitos do cliente. Bowersox (1996) enfatiza que a

Logística diz respeito à obtenção de produtos e serviços no lugar e tempo

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desejados. Inclui também na sua concepção a idéia de integração das

atividades da empresa.

Ainda, Ballou (1993) concebe Logística focalizando-a como a atividade

que diminui a distância entre a produção e a demanda, incluindo nesse

conceito o fluxo de produtos e serviços e a transmissão de informação. Para

resumir, Logística envolve armazenagem e transporte. Em Comércio

Eletrônico, não basto ter um excelente site, um excelente produto e um

excelente preço. É essencial uma excelente entrega: os produtos devem estar

nos lugares certos, na hora certa, nas quantidades certas, ao menor custo

possível, garantindo a satisfação do cliente e a maximização da rentabilidade

do fornecedor. Apesar de a Logística ser um conceito aplicado há centenas de

anos conforme afirma Merlo (2002), os fatores de mudança para a perspectiva

global e a dimensão mundial da oferta de produtos / serviços realçam a

importância dos canais de distribuição na globalização. Nesse contexto, a

Logística empresarial tem se transformado numa das principais ferramentas

estratégicas para a obtenção de vantagens competitivas ou até mesmo para a

sobrevivência das empresas.

A Logística empresarial envolve a integração de informações,

transporte, estoque, armazenamento, manuseio de materiais e embalagem,

facilitando o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima

até o ponto de consumo final, tornando disponíveis produtos e serviços no local onde são necessários, no momento em que são desejados. Durante os

primeiros anos de estudo, a Logística foi considerada somente para

transporte e armazenagem de produtos e materiais. Com a mudança do

paradigma de como fazer negócios e de seu aprimoramento, a Logística é

hoje, muito mais do que esses dois aspectos: um conceito amplo que cuida

de todas as interações, movimentações e distribuição de suprimentos por

toda a cadeia produtiva de forma integrada, chegando à cadeia de

distribuição ou abastecimentos propriamente dita, atuando de acordo com o

moderno conceito de SCM – Supply Chain Management.

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A responsabilidade operacional da logística está diretamente

relacionada com a disponibilidade de matérias-primas, produtos semi-acabados

e estoques de produtos acabados, no local onde são requisitados, ao menor

custo possível. Tanto o interesse quanto às novidades relacionadas à Logística

têm origem na combinação de áreas tradicionais em uma iniciativa estratégica

integrada. No novo contexto econômico, a implementação das melhores

práticas logísticas tornou-se uma das áreas operacionais mais desafiadoras e

interessantes da administração nos setores públicos e privados. Porém essa

desafiadora e importante área operacional não se interessa apenas na

contenção ou redução dos custos, mas sim na compreensão de como algumas

empresas se utilizam dela para obter vantagens competitivas proporcionando

aos clientes um serviço superior. Segundo Porter (1998) define duas formas de

obter vantagens competitivas. Uma delas é através da liderança de custos e a

outra por diferenciação. No e-commerce, a principal forma de obter vantagem

competitiva por liderança de custo é através de um planejamento estratégico

de toda a estrutura logística da organização. Obter competitividade em

diferenciação é possível através dos serviços oferecidos ao cliente, sua

qualidade e aspectos de inovação no ambiente digital, mas também, através

dos sistemas logísticos.

A liderança de custos é obtida quando a empresa consegue obter

um custo cumulativo da execução das atividades de valor mais baixo que o

custo da concorrência. Uma estratégia de enfoque (transporte, armazenagem,

embalagem, entre outros) pode fornecer um meio para a obtenção de uma

vantagem de custo.

A logística representa para os negócios via Internet a principal atividade de

valor envolvida em seu processo, e utilizar-se da estratégia de enfoque em

logística são uma maneira pela qual o comércio eletrônico pode obter

vantagens competitivas por liderança de custos.

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1.1 - A importância da Logística para as Empresas Brasileiras

Atualmente as Empresas Brasileiras vivem momentos extremamente

desafiadores. Este novo cenário é caracterizado pela busca por maior

competitividade, maior desenvolvimento tecnológico, maior oferta de produtos e

serviços adequados às expectativas dos Clientes e maior desenvolvimento e

motivação de seu capital intelectual (seus recursos humanos). Para superar

estes desafios, algumas Empresas buscam tomar ações voltadas para redução

de custos de uma forma isolada (através da eliminação de posições em seu

quadro de colaboradores, eliminação do cafezinho, controle de ligações

telefônicas e outras tão conhecidas). Estas ações, às vezes se fazem

necessárias, no entanto, quando tomadas de forma isolada, não garantem o

resultado desejado. Por outro lado, temos Empresas que enxergam a Logística

como uma estratégia competitiva bastante eficaz. Estas Empresas planejam e

coordenam suas ações gerenciais de uma forma integrada, avaliando todo o

processo desde o Fornecimento da Matéria Prima até a certeza de que o

Cliente teve suas necessidades e expectativas atendidas pelo produto ou

serviço entregue. O resultado é a superação dos desafios apresentados e

conseqüentemente um melhor posicionamento no mercado. Como pontos

centrais da Logística podem destacar:

• Visão integrada e sistêmica de todos os processos da Empresa. A ausência

deste conceito faz com que cada área / departamento da empresa pense e

trabalhe de forma isolada. Isto gera conflitos internos por poder e faz com que

os maiores concorrentes de uma empresa estejam dentro dela mesmos;

• Fazer com que as “coisas” (materiais e informações) se movimentem o mais

rápido possível, conseguindo assim otimizar os investimentos em ativos

(estoques);

• Enxergar toda a cadeia de suprimentos como parte importante do seu

processo. Seus Fornecedores, Colaboradores, Comunidade e Clientes são

como elos de uma corrente e estão intimamente interligados. Por isso,

devemos sempre avaliar se suas necessidades e expectativas estão sendo

plenamente atendidas;

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• O Planejamento (Estratégico, Tático e Operacional) e a constante Avaliação

de Desempenho, por meio de indicadores, são ferramentas gerenciais

essenciais para o desenvolvimento de um bom sistema logístico.

Um dos objetivos da logística é aumentar o grau de satisfação do cliente.

Para atingir esta meta, é necessário aplicá-la às áreas funcionais, com

especialização profissional nos campos de atividades:

• Função de projetos e tecnologias: unificação dos componentes; projeto orientado à facilidade de manutenção; sincronização da vida útil dos componentes de montagem; projeto de produtos facilmente transportáveis; modularização da embalagem; projeto orientado à segurança, com economia dos componentes de matérias-primas, recuperação e reutilização das mesmas;

• Função de abastecimento de materiais e componentes: abastecimento sincronizado com a produção; abastecimento com um Lead Time breve: abastecimento de materiais e componentes de qualidade elevada; abastecimento a custos limitados; abastecimento que responda com flexibilidade às variações da produção;

• Função de produção: permitir a manutenção de uma excelente qualidade; comprimir o estoque e o que existe na produção;

• Função de distribuição física: breve Lead Time entre o recebimento dos pedidos e a expedição; distribuição física com expedições sem erros, respeitando os tempos de entrega desejados dos clientes, custos reduzidos, em condições de responder aos piques da demanda;

• Função de marketing e de venda: reorganização dos canais distributivos até os clientes; modalidades de distribuição dos empenhos de distribuição física entre os encarregados das vendas, modalidades ideais relativas aos serviços de entregas, ideais do after service, exposições e à mostra dos produtos nas lojas.

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1.1.2 - VANTAGEM COMPETITIVA

O gerenciamento logístico pode proporcionar uma fonte de

vantagem competitiva, com uma posição de superioridade duradoura

sobre os concorrentes, em termos de preferência do cliente, alcançada

através da logística.

A fonte da vantagem competitiva é encontrada primeiramente na

capacidade de a organização diferenciar-se de seus concorrentes aos olhos do

cliente e, em segundo lugar, pela sua capacidade de operar a baixo custo e,

portanto, com lucro maior. O sucesso no mercado depende de um modelo

simples baseado na trilogia: " companhia, seus clientes e seus

concorrentes”.

“Competição baseada no tempo” é uma idéia à qual retornaremos

Várias vezes ao assunto. A compreensão do tempo tornou-se uma questão

crítica para administração. Os ciclos de vida do produto estão cada vez

menores, clientes e distribuidores exigem pronta entrega e os usuários finais

estão mais dispostos a aceitar um produto substituto se a sua primeira escolha

não estiver disponível imediatamente. Por estas razões, e de suma importância

a especialização e aperfeiçoamento do profissional operador, que será o

responsável direto pela entrega. A globalização dos setores, e, portanto das

cadeias de suprimentos, é inevitável. Mas para possibilitar a plena realização

dos benefícios potenciais das redes globais, é preciso adotar uma perspectiva

mais ampla para a cadeia de suprimentos. Pode-se dizer que a vantagem

competitiva para a corporação global cada vez mais virá do gerenciamento

competente da complexa rede de relações e fluxos que caracteriza as cadeias

de suprimento e de uma especialização profissional, a qual definirá a eficácia

das operações logística.

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CAPÍTULO II

O MERCADO

Entende-se por logística o conjunto de todas as atividades de

movimentação e armazenagem necessárias, de modo a facilitar o fluxo de

produtos do ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final,

como também dos fluxos de informação que colocam os produtos em

movimento, obtendo níveis de serviço adequados aos clientes, a um custo

razoável.

Inicialmente, a logística foi utilizada na área militar de modo a combinar

da forma mais eficiente, quanto a tempo e custo, e com os recursos disponíveis

realizar o deslocamento das tropas e supri-las com armamentos, munição e

alimentação durante o trajeto, expondo-as o mínimo possível ao inimigo.

À medida que a economia mundial vai se tornando cada vez mais

globalizada, e o Brasil vai incrementando gradativamente o seu comércio

exterior, a logística passa a ter um papel acentuadamente mais importante,

pois comércio e indústria consideram o mercado mundial como os seus

fornecedores e clientes. Tendo em vista que, habitualmente, são utilizadas

diferentes modalidades de transporte, moedas, sistemas cambiais, políticas de

incentivo ou contenção pelos países, querem na importação ou exportação, a

logística internacional requer alguns cuidados dispensáveis quando se opera

unicamente com o mercado doméstico. No nosso continente sul americano,

temos que otimizar mais as operações logísticas, com o aumento de

transporte ferroviário e hidrovias, que são subutilizadas, com isso aumentando

as transações comerciais e turísticas.

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Casos recentes de exemplos que provocaram efeitos na logística das

empresas são: o terremoto no Japão, que afetou o porto Kobe e parte das

importações provenientes desse país, e os problemas no balanço de

pagamentos do México que resultou, principalmente, em direcionamento das

exportações. O “Jornal do Comércio” noticiava, em janeiro de 1995, que pela

primeira vez a globalização da economia sentia a crise financeira e monetária

do México, que também repercutiu nos países europeus.

Devido ao número de operações necessárias para realização das

operações de comércio exterior, exige-se que os volumes transacionados,

geralmente também sejam superiores àqueles comercializados no mercado

doméstico. Nesse caso, o volume compensa os custos dessas atividades

adicionais. A diferença de magnitude dos volumes por embarque, comparada

com transações realizadas normalmente no mercado nacional, por si só já

exige uma estrutura física diferente ao longo da cadeia, de modo a manter o

custo final da transação o menor nível possível e comercialmente viável.

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2.1 – Qualidades totais em Serviço de Logística

Entende-se por Qualidade o atendimento das necessidades do cliente

continuamente. Baseia-se na prevenção de aspectos relativos à Não-Qualidade

tais como: erros, defeitos na realização de serviços por falta de especialização

profissional e na produção de bens, tempo desperdiçado, demoras, falhas, falta

de segurança nas condições de trabalho, erro na compra de produtos, serviço

desnecessário e produtos inseguros. Há algumas características associadas a

serviços que diferenciam essa atividade da fabricação de produtos e, por isso,

precisam ser consideradas, quando aplicadas as técnicas de Qualidade Total.

Serviços são produzidos e consumidos simultaneamente, ou seja, não podem

ser estocados para serem consumidos posteriormente, e isto significa que

qualquer defeito na produção do serviço já afetou o consumidor, o que não

ocorre necessariamente na produção de bens. Na indústria é possível prevenir

a ocorrência de defeitos, antes que o mesmo seja oferecido ao mercado. Na

prestação de serviços, o cliente geralmente percebe os defeitos embora o

prestador de serviço nem sempre, e isso afeta a satisfação do cliente.

A quantificação de defeitos na indústria é mais simples de ser realizada,

enquanto no setor de serviços os defeitos ficam mais facilmente encobertos.

Como, por exemplo, quantificar o efeito sobre as vendas de um cliente que é

mal atendido ou que não recebe um telefonema de retorno ou a providência de

um serviço executado com defeito. No setor de serviços quem presta o serviço

freqüentemente fica distante de quem o controla.

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As necessidades e preferências do cliente constituem o coração de

qualquer Programa de Qualidade Total. Um dos papas da Qualidade Total, o

Dr. Deming (2007), apresentou 14 pontos fundamentais a serem observados

na implantação de um programa de Qualidade na área de serviços que são

apresentados sucintamente na relação abaixo:

1 - Melhore constantemente a qualidade de produtos e serviços. É um objetivo

sem fim.

2 - Adotem a nova filosofia

3 - Elimine a necessidade de inspeção em massa;

4 - Pare de escolher fornecedores apenas com base nos preços.

5 - Melhorem o sistema continuamente

6 - Instituam o treinamento e retreinamento no próprio serviço

7 - Institua liderança;

8 - Elimine o medo;

9 - Quebrem barreiras entre departamentos

10 - Eliminem slogans, exortações e objetivos arbitrários para a força de

trabalho

11 - Eliminem cotas numéricas para a força de trabalho e objetivos numéricos

para administração

12 - Criem orgulho pela habilidade profissional

13 - Instituam um programa vigoroso de educação e melhoria para cada um

14 - Façam cada um na empresa tomar os passos para acompanhar a

transformação.

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Um problema em se avaliar o desempenho usando apenas medidas

financeiras como lucro, retorno sobre investimento (ROI) e lucro residual (LR)

sobre valor econômico (EVA), é que as medidas financeiras significam “olhar

para o passado.” Ou seja, elas se atêm ao desempenho financeiro passado em

vez de apontar o que os gerentes estão fazendo para criar valor para os

acionistas no futuro. Temos que Ter uma visão ampla, para satisfazer o cliente.

Uma abordagem que trata dessa limitação é o BALANCED

SCORECARD, uma técnica desenvolvida por Robert Kaplan, um professor de

Harvard, e David Norton, um consultor. Em um ambiente como o atual, onde a

excelencia empresarial é exigida continuamente, o grande desafio do sistema

de informação gerencial, em face da competitividade, está em fornecer

informações corretas e oportunas para que os gestores possam tomar decisões

acertadas. Neste contexto, surge o BSC como uma ferramenta organizacional

que pode ser utilizada para gerenciar importantes processos gerenciais:

estabelecimento de metas individuais e de equipe, remuneração, alocação de

recursos, planejamento e orçamento, feedback e aprendizado estratégico.

Nessa nova forma de gerenciamento, destaca-se como instrumento da

maior importância, a construção de uma estrutura de indicadores estratégicos

que possua abrangência e coerência compatível com a nova era do

conhecimento e que permite, sobretudo, considerar a importância crescente

dos valores intangíveis diante dos tradicionais valores físicos.

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2.1.2 - O QUE É O BALANCED SCORECARD?

É um conjunto de medidas elaboradas para quatro dimensões são:

financeira, clientes, processos internos e inovação. Normalmente uma empresa

que usa o BALANCED SCORECARD determina de três a cincos medidas à

estratégia da empresa para obtenção de sucesso.

Medidas

Financeira A empresa está atingindo Lucro Operacionalsuas metas financeiras ? Retorno sobre ativos

Crescimento da receitaFluxo de caixa das OperaçõesRedução das despesas ADM

Clientes A empresa está atendendo àsexpectativas dos clientes ? Satisfação de clientes

Retenção de clientesObtenção de novos clientesMarket sharePontualidade de entregaTempo de atendimento dos pedidos

Processos A empresa está melhorando Taxas de defeitosInternos seus processos internos críticos ? Tempo de produção

Perspectiva Financeira

Perspectiva dos Clientes Perspectiva dos Processos Internos Perspectivada Inovação

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Inovação A empresa está melhorando Montante gasto em treinamento desua capacidade de inovar funcionários

Satisfação de empregadosRetenção de empregadosNúmero de novos produtosVendas de novos produtos comopercentual da receita totalNúmero de patentes

A DIMENSÃO ATRAVÉS DA MEDIÇÃO É fundamental no BALANCED SCORECARD a idéia que enfatizamos em todo

o trabalho – “você obtêm aquilo que você mede!” Se você acredita que a

satisfação de cliente é fundamental para o seu sucesso, então é melhor medi-la

de modo que os gerentes dirijam sua atenção a ela. Se você acredita que

reduzir o tempo do ciclo de produção (tempo que leva para fabricar um

produto), é um fator crítico de sucesso, então direcione os gerentes para

reduzir esse tempo avaliando seu desempenho com base nesse aspecto.

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CONSIDERAÇÕES DO BALANCED SCORECARD

Na implantação do Balanced Scorecard há necessidade de

conhecimento multidisciplinar. As quatro perspectivas do Balanced Scorecard

exigem o conhecimento da área financeira para identificação dos indicadores

de desempenho da perspectiva financeira, conhecimento da área comercial

para identificação dos indicadores da perspectiva de clientes, conhecimento

dos processos internos do negócio para identificação dos indicadores da

perspectiva de processos internos e da área de recursos humanos para

identificação dos indicadores da perspectiva de aprendizado e crescimento. Em

função da abrangência dos indicadores utilizados, somente se torna possível

sua construção nas organizações de grande porte quando são formadas

equipes para tal fim, e tem que se ter grandes conhecimentos, fazendo-se

necessário especialização Profissional. As equipes podem ser de caráter

permanente ou temporário, dependendo da estrutura, modificações e

disponibilidades da empresa. Percebe-se uma tendência de manter as equipes

multidisciplinares na empresas já que posteriormente elas ficaram

responsáveis pela manutenção e aperfeiçoamento das ferramentas. Para

concluir, citam-se os autores Johnson; Kaplan (1996) que corroboram com a

integração de diferentes áreas, afirmando que: Os contadores não deveriam

deter o monopólio de sistemas de contabilidade gerencial... a tarefa é

simplesmente importante demais para ficar com os contadores. O envolvimento

ativo de engenheiros e gerentes operacionais será essencial no projeto de

novos sistemas de contabilidade gerencial.

O sentido desta frase de maneira alguma minimiza a importância de uma

das pessoas chaves da controladoria de gestão, os contadores, mas sim,

enfatiza a necessidade de integração cada vez maior de pessoas provenientes

de áreas distintas no intuito de estruturação de sistemas de custeio e outras

ferramentas necessárias à gestão mais acuradas e com indicadores relevantes.

Isto somente será viabilizado através da utilização de equipes multidisciplinares

seja de caráter permanente ou temporário conforme discorrido no artigo.

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2.1.3 - Tecnologia a serviço da Logística

Cada vez mais a tecnologia aparece como ferramenta fundamental a

serviço da logística. Não é apenas um fato e sim uma constatação. A

Tecnologia vem sustentando e apoiando todos os setores de maneira vital e

com a logística tornou-se indispensável se falarmos em produtividade e

qualidade. Esta ferramenta está viabilizando processos industriais, comerciais

e serviços. Se reportarmos a outros tempos verá uma transição continua neste

sentido. Caminhamos rápidos com mudanças velozes e sem previsões de

como vai ser, mas sabemos que não será mais como antes.

Recente pesquisa mostra que alguns setores terão um maior

crescimento especialmente: o agronegócio, em função da demanda tecnológica

investida em equipamentos: computadores de bordo, medição constante do

tempo, através de serviços meteorológicos e profissionais especializados. São

grandes os investimentos nesta área e principalmente em algumas regiões do

país. Cada ano que passa o setor ganha mais força e sedimenta-se como o

diferencial da balança comercial nas exportações.

A Tecnologia envolvida na logística está no armazenamento, na

produção, na distribuição e nos serviços. Para exemplificarmos melhor basta

olharmos o caminho logístico do produto desde a matéria prima até o

consumidor. Quando retratamos isso há uma constatação de muita tecnologia

envolvida não só em nível de processo produtivo, mas também do nível de

gerenciamento que envolve hoje este mesmo processo. O produtor rural

abastece-se de toda a tecnologia para obter resultados melhores e mais

precisos. A produtividade rural não é mais só quantidade, claro que é

importante, mas outro pensamento vem tornando a qualidade como prioritária e

isso em conseqüência do pensamento voltado às exportações.

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O homem do campo está cada vez mais voltado ao mercado mundial.

Isso traz mais tecnologia desde o software que irá utilizar para o gerenciamento

do negócio até as máquinas mais modernas e pessoas qualificadas e ainda

dos serviços do tempo.

O exemplo acima deixa claro uma mudança de pensamento e não se

restringe apenas a um determinado setor. Há uma nova ordem mundial

apontando novas necessidades, novos caminhos e é preciso caminhar com

novos parâmetros de comportamento. E novamente aparece a tecnologia para

reforçar esta nova ordem, pois esta determina algumas variáveis que não

podemos ignorar: novos setores, softwares diferenciados, comportamentos

mais flexibilizados, mercados com múltiplas necessidades.

Para conseguirmos atender toda esta demanda prevista e ainda a

demanda reprimida precisamos investir pesado em mais tecnologia, mais

capacitação e na expansão dos canais de distribuição. As empresas terão que

investir mais em tecnologia como automação comercial e industrial, hardware e

software. Claro que, essa tecnologia é de um custo substancial dentro da

organização, mas ao mesmo tempo, é inevitável, e é um pressuposto para

alcançar os resultados de produtividade e lucratividade.

Na logística, a automação comercial, industrial, hardware e software já é

uma realidade sem volta quando falamos em armazenamento (WMS, código de

barras, leitoras e impressoras de código de barras, hardware compatível),

distribuição (administração da frota, roteirização, sistemas de informações

geográficas, serviços de metereologia, hardware compatível (principalmente: o

palmtop), GPS), produção (Sistema de administração da produção, hardware

compatível, automação industrial) e para ressaltar: as pessoas que fazem de

qualquer processo uma atividade única. É claro a evidência do mecanismo

humano para todas estas operações na organização e sua fundamentação

para resultados concretos. A Tecnologia cada vez mais necessita de

qualificação. Na logística esta questão é bem relevante, pois carecemos ainda

de qualificação em algumas áreas e em outras que ainda aparecerão em

função de necessidades ainda reprimidas.

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Há muito que fazer na logística. Precisamos clarear mais a logística e

usufruí-la não só como redução de custos, mas sim como uma solução

integradora com outras partes da empresa e em paralelo com o mercado

mundial.

Toda essa integração das partes dentro da organização é proporcionada

pelo avanço da tecnologia não só para contribuir para a modernização, porém,

para impulsionar a qualificação das pessoas exigindo mais e mais capacitação

para as atividades e também o surgimento de outras áreas na logística que

ainda não estão sendo implementadas na sua amplitude.

A logística é uma nova fronteira para as organizações das quais deverão

saltar da eficiência para a super eficiência através da integração das atividades

internas e externas e utilizando toda a tecnologia disponível para a obtenção da

produtividade e lucratividade do negócio.

Nosso país está passando por um momento diferenciado.

Indústrias buscando produzir mais, consumidores desejando por produtos

inovadores, necessidade de investimento em infra-estrutura para suportar este

"aquecimento" que, em alguns setores, está fazendo com que haja escassez

de mão de obra qualificada. Fico feliz em perceber que, neste cenário, a

logística passa a ser vista como um diferencial competitivo. Vejo também que,

profissionais qualificados passam a ser mais valorizados no mercado, e que

cresce o grupo de profissionais que buscam se capacitar para atender as

demandas relacionadas a este novo cenário.

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CAPÍTULO III

A ESPECIALIZAÇÃO DO PROFISSIONAL

Estima-se hoje que mais de 10 mil empresas atuem diretamente no

segmento. A previsão é que, em 2011e os demais anos, a área de logística

apresente um crescimento em torno de 40%, alavancado pelos bons

desempenhos brasileiros nas exportações e futuros eventos esportivos, que

serão realizados no país.

A verdade é que as empresas nunca estiveram tão atentas aos

especialistas em logística, o que tem valorizado e levado às alturas os salários

nesse segmento. Os salários começam em torno de R$ 1 mil, para trainees e

podem chegar a R$ 3 mil para os analistas. No nível gerencial, a média salarial

gira em torno de R$ 8 mil ou mais, dependendo da empresa e da experiência

do profissional. Diretores podem chegar a ganhar mais de R$ 20 mil, de acordo

com especialistas. Tudo isso porque a prática tem mostrado que quanto mais

se investe em logística, menos se perde em termos de lucro e rendimentos.

Estudos mostram que de 10 a 15% do preço final de um produto é destinado à

logística.

Por isso, o grande desafio do setor é colocar o produto no lugar e no

tempo certo, nas condições desejadas pelo consumidor. De acordo com este

crescimento não é uma moda que vai embora há alguns anos, o investimento

em logística é urgente e necessário porque os empresários ainda perdem muito

com a falta de estruturação e normalização dos processos. "A logística é o

segundo maior custo nas empresas: só perde para o produto. Já é hora desse

ranking começar a mudar", alerta. Os executivos acham que a logística foi

identificada como ponto de vantagem competitiva nas empresas, dentro do

supply chain e da cadeia de suprimentos das companhias. Qualquer empresa

pode produzir um produto - um xampu, por exemplo, se esse for o seu

expertise. O fator de sucesso é a logística permitir que ele esteja sempre no

ponto de venda.

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3.1 - As Exigências da Profissão

O profissional de logística precisa ter conhecimentos específicos e

atualizados para especializar-se neste mercado. O perfil esperado é de um

profissional com curso superior em Ciências Exatas - Estatística Economia ou

Engenharia; que tenha conhecimentos de técnicas de planejamento e

otimização; conheça o básico de Logística e as ferramentas matemáticas

utilizadas e ainda um profundo conhecimento em Tecnologia da Informação.

"Sem TI, hoje, o profissional de logística não faz absolutamente nada",

afirma Arnaldo Vallim Filho, professor de Pós-Graduação em Logística da

Universidade Presbiteriana Mackenzie e Doutor em Logística pela USP.

É importante ainda ser fluente em inglês, português e espanhol e ter

habilidade para trabalhar com pessoas; ter uma visão genérica sobre custos e

vendas e muita criatividade, completa Alexandre Rocha, da ASLOG. Mas por

que criatividade? - você pode se perguntar. Ele diz que é necessário ser muito

criativo porque logística, como as outras áreas, não possui uma receita de bolo,

há muitos pontos que interferem uma operação logística, que diferem de setor

para setor. Além disso, o stress e a pressão por resultados nesta área é muito

grande e as coisas acontecem muito rapidamente. Você vai precisar

administrar esse stress e saber separar a vida profissional da pessoal. Mas,

infelizmente, esse profissional completo ainda é minoria nas organizações.

Como o investimento na área é muito recente a logística tem 10 anos de vida

no Brasil apenas não houve tempo hábil para formar os especialistas e

tampouco havia cursos específicos na área. A grande maioria dos profissionais

não teve tempo de buscar uma especialização. Tem muita gente sem formação

adequada, e a demanda por profissionais que tenham esse perfil é muito

grande, avisa Vallim.

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3.1.1 – Como suprir a demanda por Profissionais Logísticos

O profissional de logística precisa ter uma formação multidisciplinar, que

inclui habilidades de negociação, visão integrada da cadeia produtiva e uso de

tecnologia de informação, além de possuir raciocínio lógico e abstrato, boa

gestão de rede ter relacionamento, conhecimento prático sobre fluxos

produtivos, fluência em diversos idiomas e espírito de equipe.

De acordo com Hélio Meirim (2006), professor universitário e consultor da HRM

Logística Consultoria Empresarial, as empresas de todo o mundo vivem um

momento desafiador, cujo cenário é caracterizado pela busca por maior

competitividade, maior desenvolvimento tecnológico, maior oferta de produtos e

serviços adequados às expectativas dos clientes e maior desenvolvimento e

motivação de seu capital intelectual (recursos humanos). Para superação

destes desafios, algumas empresas buscam na logística o diferencial

competitivo para se manterem no mercado, com isso planejam e coordenam

suas ações gerenciais de uma forma integrada, avaliando todo o processo

desde o fornecimento da matéria-prima até a certeza do perfeito atendimento

ao cliente, explica. Então, para o sucesso destas estratégias logísticas, o

professor julga necessário contar com profissionais qualificados e que possuam

uma formação multidisciplinar.

“Conhecimentos sólidos de administração e uma visão sistêmica da

empresa em sua cadeia produtiva são requisitos indispensáveis para o

profissional de logística”, é o que diz Adelar Markoski (2006), professor dos

cursos de graduação e pós-graduação em administração do URI –

Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões e da UNOESC

– Universidade do Oeste de Santa Catarina e pesquisador da área de logística.

Segundo ele, como o estudo e a utilização da logística no Brasil é recente,

considerando a ascensão na última década, é comum encontrar, neste cargo,

profissionais que migraram de atividades como gerente de materiais, PCP ou

chefe de almoxarifado.

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Esta experiência é importante, mas não suficiente. Uma visão integrada

da cadeia produtiva permite entender o fluxo de produtos/serviços, informações

e recursos a montante e a jusante, transcendendo as fronteiras da empresa. É

a atividade do profissional de logística, na concepção de logística interna, que

vai permitir a inserção de sua empresa na cadeia produtiva e,

conseqüentemente, colaborar para a criação da cadeia de valor agregado.

Para Markoski (2006), a visão de que a logística é uma importante fronteira

competitiva permite que empresas agreguem valor a seus produtos por meio

de serviços, contudo, independente de qual etapa da cadeia a empresa está

situada, o conhecimento do consumidor é decisivo em termos de

competitividade. Desta forma, cabe ao profissional de logística dominar,

também, a tecnologia disponível na troca de informações ao longo da cadeia,

para a utilização de mecanismos como VMI, EDI, RF, ECR e WMS, entre

outros disponíveis. Estes permitem aplicar um modelo estratégico de negócios

no qual fornecedores, empresa e distribuidores agregam valor ao consumidor,

conclui o pensamento.

Na opinião do professor de logística e marketing e consultor de empresa

Waldeck Lisboa (2006), já que a logística está passando, naturalmente, para

uma fase de participação total dentro de uma organização, o profissional tem

de estar integrado ao planejamento estratégico desta organização, fazendo

parte de sua criação. Vemos cada vez mais os resultados das técnicas

operacionais e indicativos da logística participando de uma missão, visão,

objetivos, metas, análise swot [a Swot Analysis estuda a competitividade de

uma organização segundo quatro variáveis: forças, fraquezas, oportunidades e

ameaças], ou seja, tudo que incorpora a relação da empresa com fornecedores

e clientes, afirma. No entanto, Lisboa Filho (2006) preocupa-se com a visão do

empresário quanto à função da logística. Segundo ele, os empresários sabem

da necessidade da logística, mas ainda não valorizam o profissional,

principalmente na média e pequena empresa.

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Este acaba sendo apenas um empregado interno, que tem a obrigação

de receber, armazenar e expedir mercadorias, além de fazer os devidos

controles de estoque. “Nossa esperança está num crescimento proporcional: o

empresário valorizando os processos logísticos e o profissional. E o

profissional, por sua vez, preparando-se para o mercado”, revela. Lisboa Filho

(2006) também destaca o desnorteamento do mercado na oferta acadêmica de

conceituação logística moderna na preparação de profissionais. De acordo com

ele, os universitários perceberam a oportunidade logística no futuro, mas as

empresas ainda não assimilaram este nível de importância. A preparação

focada somente nos materiais e conceitos afins não basta. O profissional de

logística tem de estar preparado em outras profissões, como um advogado, um

médico, um administrador, etc., salienta. Para ele, a visão do profissional tem

de estar amplamente se alongando no mercado, seja em estratégia ou em

qualidade de operação. O profissional de logística precisa conhecer todas as

áreas e crescer em cada uma delas para consolidar a sua performance na

organização, finaliza seu ponto de vista. Dalva Santana (2006), diretora de

logística reversa e meio ambiente do Núcleo de Logística do Rio Grande do

Sul, membro do CONDEMA - Conselho Municipal de Meio Ambiente,

consultora e professora de logística empresarial, por sua vez, aponta os

desafios dos profissionais da logística. Para ela, a oportunidade na área

logística é um campo muito vasto, sendo preciso estar atento aos atributos

necessários para manter a empregabilidade, termo definido como ações que

devem ser operacionalizadas para garantir o direito de escolher seus passos

futuros na carreira.

O que é necessário para garantir sua empregabilidade neste ramo? O

que deve ser feito? Como agir? Estes são questionamentos que devem ser

feitos todos os dias por estes profissionais, informa. Ela descreve que para o

“crescimento” do profissional, é preciso desenvolver competências e

habilidades. Há muitas maneiras de busca de conhecimento que devem ser

exercidas durante toda a vida.

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Nas competências e habilidades cabe verificar se as suas estão dentro

do perfil que a empresa espera e vice-versa. É estar preocupado na busca de

desafios que o motivem na busca por resultados. É ter dentro de si uma certa

pergunta: o que me faz ficar motivado? Será que estou preparado?, Diz.

As redes de relacionamento construídas ao longo da carreira e como é

feita a gestão deste item também são pontos importantes lembrados por ela.

Além de ser significativo o conhecimento, não apenas adquirido de maneira

formal, mas também aquele que está sempre latente e, cada um: leituras,

palestras, seminários, internet e reuniões informais. “Ter uma boa gestão da

rede de relacionamento é uma maneira de aproximar-se mais de suas metas,

agregando e compartilhando conhecimentos dentro e fora da rede. Já sobre ter

perfil de servir e não de apenas ser servido é uma quebra de paradigmas, uma

vez que, culturalmente aprende - se a ser servido. É interessante lembrar a

seguinte frase de um americano: O que eu posso fazer pelo meu país, em vez

da outra frase: ‘o que pode o meu país fazer por mim’. Isso denota o quanto

mudou de lá para cá! No mundo empresarial também mudou muita coisa:

passamos do ‘eu’ para o ‘nós, enfatiza.

A professora de logística empresarial também ressalta que é importante

servir a equipe de trabalho com entusiasmo, “não deixar a chama apagar e

apaixonar - se pelo o que está fazendo. Colocar intensidade no exercício da

atividade e ‘incendiar’ sua equipe.” Também para Marcos Yamakawal (2006),

professor/coordenador do curso de logística da Escola Técnica Estadual Bento

Quirino, a visão do técnico em logística deve ser generalista, é necessário

conhecer a empresa como um todo, principalmente no que se diz respeito a

sua missão e visão.

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Para o professor, o perfil requerido no mercado é de um profissional

voltado para a execução dos processos de planejamento, operação e controles

de programação da produção de bens e serviços, programação de manutenção

de máquinas e de equipamentos, compras, recebimento, armazenamento,

movimentação, expedição e distribuição de materiais e produtos, utilizando

tecnologia de informação na busca constante da melhoria da qualidade de

produtos e serviços e redução dos custos. “Sua formação não se baseia

somente nas habilidades técnicas da área operacional, como também na área

administrativa em seus processos, rotinas e operações”, enfoca.

A este tipo de formação ampla, na opinião de Leonardo de Oliveira

Pontual, professor universitário, coordenador de projetos acadêmicos da

Faculdade Integrada do Recife - FIR e consultor incluem também a formação

humanista. “Dentre as qualidades desse profissional eu destacaria: raciocínio

lógico (precisa deduzir e subtender as causas de um problema); raciocínio

abstrato (compreender a complexidade das variáveis e enxergar virtualmente e

antecipadamente os impactos de uma ação sobre o mercado e a operação);

visão sistêmica (precisa ter uma visão integrada dos recursos existentes na

empresa e saber desenharem e entender os processos e procedimentos);

relacionamento interpessoal (precisa saber conversar, motivar e influenciar

pessoas); conhecimentos do marketing (precisa se colocar sempre no lugar do

cliente, sem perder de vista o custo total); pró-atividade (precisa ser ligado,

ativo, prever possíveis gargalos e agir, sempre). Além disso, precisa ter

familiaridade com softwares de gestão e conhecer razoavelmente a língua

inglesa, anuncia. É o que Hélio Vieira (2006), professor/pesquisador

(graduação e pós-graduação), mestre e doutor em logística e transporte pela

Universidade Federal de Santa Catarina, também valoriza: a soma do pessoal

com o profissional. Entendemos que um profissional de logística, antes de tudo,

tem de ser uma pessoa dinâmica e determinada, com uma boa dose de

conhecimento prático sobre fluxos produtivos e, por outro lado, com um grande

embasamento teórico sobre os conceitos, procedimentos, técnicas e métodos

logísticos, assim como das principais tecnologias de informação envolvidas nos

processos.

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A visão desse profissional deve ter um foco abrangente, ou seja, estar

analisando um determinado processo sempre com a perspectiva da influência

deste em processos posteriores. Como a própria logística é com uma visão

sistêmica. Também pensa assim Jean Felizardo (2006), coordenador da

Agência de Comércio Exterior da Faculdade Integrada do Ceará - FIC,

professor de logística empresarial e internacional na graduação e pós-

graduação da mesma faculdade. Para ele, o profissional de logística deve ter

capacitação técnica e humana, ou seja, deve ter raciocínio lógico, flexibilidade,

capacidade de relacionamento, ser integrador, bom negociador, além de

possuir fluência em diversos idiomas, ter visão de futuro e não ter medo de

mudar/inovar. Ter conhecimento do sistema integrado tanto da empresa quanto

dos fornecedores e clientes. Bem como, conhecimentos das atividades para o

comércio internacional, Yamakawal (2006), da Escola Técnica Estadual Bento

Quirino: a visão do técnico em logística deve ser generalista Lígia (2006), da

Faculdade Anchieta: cursos de logística vieram na contramão do ensino

superior principalmente dos processos aduaneiros e dos fatores de escolha do

modal e de unitização para a internacionalização dos produtos brasileiros”,

acrescenta.

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Felizardo (2006) também alerta para o profissional não estar focado em

capacitar-se somente na área de logística, mas também obter conhecimentos

na área da psicologia do consumidor, educação do trabalhador (em relação a

alocar o funcionário de acordo com as necessidades dos processos),

ergonomia e meio ambiente (tanto para utilizar a logística reversa de pós-

consumo quanto à logística verde). Ele deve entender que o processo de

logística precisa ser disseminado na empresa, como se fosse à filosofia da

organização, assinala. Múltipla habilidade deve ter o profissional, segundo

Paulo Gonçalves (2006), professor universitário (graduação e pós-graduação)

da Faculdade IBMEC/RJ (originada do Instituto Brasileiro de Mercado de

Capitais) e consultor de empresas, o que seria uma junção de técnica,

informação e liderança.

O profissional de logística de hoje deve ter uma forte formação na área

de matemática aplicada, seja ele graduado em engenharia ou administração.

Ter um vasto conhecimento das técnicas inerentes à atividade (gestão de

estoques, gestão de transporte, gestão de compras, supply chain, etc.). Possuir

uma boa bagagem na área de tecnologia da informação, conhecendo, de

preferência, softwares aplicativos destinados à gestão logística. Ter um perfil

pró-ativo, ser criativo e, acima de tudo, contar com um grande espírito de

equipe. Preferencialmente ter um perfil de liderança para gerenciar equipes

multidisciplinares. Aliado a esse perfil básico é extremamente relevante que

busque constantemente aperfeiçoamento, assim como conhecimentos das

modernas técnicas aplicadas à gestão logística em seus diversos ramos de

atividades. Lígia Guerra (2006), coordenadora do curso superior de tecnologia

em logística da Faculdade Anchieta, também fala sobre a importância da

educação formal para este profissional, que busca garantir o perfil

profissiográfico desejado pelas organizações por meio de cursos superiores

que oferecem conhecimentos e habilidades que podem garantir a qualificação.

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Além disso, ela apresenta uma importante novidade no setor

educacional: a criação do Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de

Tecnologia. Com o crescimento dos cursos de graduação em tecnologia, no

final de julho, o Ministério da Educação – MEC, em sintonia com o setor

produtivo, criou o Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia,

cujo intuito é orientar os agentes envolvidos na oferta do ensino superior,

enquadrando o profissional de logística na área de gestão e comércio,

estabelecendo diretrizes curriculares com o objetivo de formar um profissional

especializado em armazenagem, distribuição e transporte, que planeja,

coordenam, gerencia, estabelece processos, identifica e negocia padrões de

recebimento, armazenagem, movimentação e embalagens de materiais,

explica. Segundo ela, os cursos de logística vieram na contramão do ensino

superior, pois os primeiros deles nasceram na pós-graduação, formando

especialistas profissionais de áreas distintas como engenheiros,

administradores, economistas, arquitetos, etc., em seguida nasceram os cursos

superiores de Tecnologia em Logística. Estes cursos superiores demonstram a

necessidade de profissionais aptos a reconhecer e definir problemas,

equacionar soluções por meio do pensamento estratégico, introduzir

modificações no processo produtivo, atuando preventivamente, transferir e

generalizar conhecimento e exercer, em diferentes graus de complexidade, o

processo de tomada de decisões.

Também são buscados profissionais capazes de desenvolver expressão

e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos

processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou inter-grupais;

refletir e atuar, criticamente, sobre a esfera da produção, compreendendo sua

posição e função na estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento;

desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e

formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre

fenômenos produtivos, administrativos e de controle, expressando - se de

modo crítico e criativo diante de diferentes contextos organizacionais e sociais,

adiciona a coordenadora.

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Além disto, deve possuir iniciativa, criatividade e determinação,

vontade política e administrativa, vontade de aprender, estar aberto a

mudanças e consciente da qualidade e das implicações éticas de seu exercício

profissional; desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da

experiência cotidiana para o ambiente de trabalho e de seu campo de atuação

profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional

adaptável, completa Lígia. Ela relata, ainda, que o profissional será

remunerado proporcionalmente às competências e habilidades que sua vida

profissional cotidiana demandar, desde operações internas e/ou externas até

multioperações, assim as redes de cooperação entre as organizações é que

demandarão o profissional. É bom lembrar que o profissional deverá estar

sempre preparado para assumir os modelos mais complexos desenvolvidos

pelas Redes de Negócios, alerta. Ligia também soma às qualidades

necessárias ao profissional logístico ser um empreendedor talentoso, criativo,

feliz, auto-conhecedor do que faz, tomador de decisões velozes como a

transmissão de informações.

Além disso, as pesquisas apontam para um conhecedor de processos

complexos interconectado em networking. Assim, sua formação deverá ser

técnica, porque lidará com modelagem e simuladores buscando lead times

cada vez menores, com erros calculados durante as operações e custos

baixos, e humanos, porque lidará com pessoas e precisará cada vez mais de

qualidade de vida no trabalho, pois os líderes mais desejados são fascinantes e

interessantes.

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CONCLUSÃO

Para se especializar de maneira adequada e suprir a demanda por

Profissionais Logísticos, o profissional deve ter visão integrada e sistêmica de

todos os processos da empresa. A ausência deste conceito faz com que cada

área/departamento pense e trabalhe de forma isolada, gerando conflitos

internos por poder, fazendo com que os maiores concorrentes de uma empresa

estejam dentro dela mesmos; Fazer com que materiais e informações

movimentem - se o mais rápido possível, otimizando os investimentos em

ativos (estoques). Enxergar toda a cadeia de suprimentos como parte

importante do processo. Fornecedores, colaboradores, comunidade e clientes

são como elos de uma corrente e estão intimamente interligados. Por isso,

deve se sempre avaliar se as necessidades e expectativas estão sendo

plenamente atendidas. Como planejar (estratégica, tática e operacionalmente)

e avaliar constantemente o desempenho por meio de indicadores, e

ferramentas gerenciais essenciais para o desenvolvimento de um bom sistema

logístico.

O profissional da área logística deve Possuir habilidades de negociação

tanto no ambiente interno (com relação aos seus pares, clientes e fornecedores

internos) como em relação ao ambiente externo (clientes, fornecedores,

vizinhos e acionistas), e estar atento e atualizado em relação aos avanços

tecnológicos que podem proporcionar melhorias nos processos logísticos e

desenvolver uma visão de colaboração no sentido de compartilhar informações

e recursos entre os elementos da cadeia de suprimentos, visando a que todos

obtenham benefícios que serão revertidos para a cadeia como um todo.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BOWERSOX, Donald J. Logística empresarial. São Paulo: Editora Atlas,

2001.

CHRISTOPHER, Martin. Criando Logística e Gerenciamento da

cadeia de suprimento. 2ª edição, São Paulo: Cengage Learning, 2009.

JIAMBALVO, James. Contabilidade Gerencial. Rio de Janeiro:

Livros Técnicos Científicos, 2002.

Johnson, H. Thomas; Kaplan, Robert S. A Relevância da

Contabilidade de Custos. 2ª edição. Rio de Janeiro: Campus, 1996.

MEIRIM, Hélio, A Importância da Logística para as Empresas Brasileiras.

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em <http://www.administradores.com.br/artigos>. Acesso 14 jul.2011

MEIRIM, Hélio, Mercado de Trabalho na Área Logística.

mercado_trabalho_de_trabalho_na_area_logistica: Disponível em

<http://www.administradores.com.br/artigos>. Acesso 14 jul.2011

MEIRIM, Hélio, O Perfil do Profissional de Logística está Mudando

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em < http://www.administradores.com.br/artigos>. Acesso em 14 jul. 2011.

PORTER, Michael. Vantagem Competitiva nos Custos Operacionais.

Rio de Janeiro: Campus, 1998.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

História da Logística 10

1.1 - A importância da Logística nas Empresas 16

Brasileiras

1.1.2 - Vantagem Competitiva 18

CAPÍTULO II

O Mercado 19

2.1 - Qualidades Totais em Serviço de Logística· 21

2.1.2 - O que é Balanced Scorecard 24

2.1.3 - Tecnologia a Serviço da Logística 27

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CAPÍTULO III

A Especialização do Profissional 30

3.1 - As Exigências da Profissão 31

3.1.2 Como Suprir a Demanda Por Profissionais 32

Logísticos

CONCLUSÃO 41

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42

ÍNDICE 43