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Quantidade de “enter” para posicionar o cabeçalho, apague em seguida <> <> <> <> UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE <> <> <> <> <> A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA INFORMAÇÃO PELA AUDITORIA INTERNA <> <> <> DIOGO NUNES MAIA <> <> <> Orientador Prof. LUCIANO GERARD Rio de Janeiro 2010

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · sobre padrões abertos. O grande benefício possibilitado é tornar possível a comunicação de dezenas de milhões de

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Quantidade de “enter” para posicionar o cabeçalho, apague em seguida

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

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A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA INFORMAÇÃO PELA AUDITORIA INTERNA

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DIOGO NUNES MAIA

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Orientador

Prof. LUCIANO GERARD

Rio de Janeiro

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

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A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA INFORMAÇÃO PELA AUDITORIA INTERNA

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Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Auditoria e

Controladoria.

Por: Diogo Nunes Maia

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais, que sempre estiveram ao meu lado.

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DEDICATÓRIA

À minha amada esposa e ao meu filho, que chegará em breve.

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“Mude, mas comece devagar,

porque a direção é mais importante que a velocidade.”

Clarisse Lispector

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RESUMO

Este estudo busca chamar atenção para um dos mais valiosos ativos de

uma empresa: a informação. Mas de nada adiantará, se esta informação não

tiver qualidade. E a Auditoria Interna passa a ter fundamental papel na

avaliação desta informação. Atestando se a informação possui todos os

atributos que determinam se a informação é de qualidade e que poderá

agregar valor ao negócio. Por meio de um estudo descritivo, foi realizado uma

pesquisa bibliográfica com o objetivo de abordar e descrever a importância

deste assunto que é a avaliação da qualidade da informação pela Auditoria

Interna.

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METODOLOGIA

A metodologia adotada para a elaboração da presente monografia foi a

pesquisa bibliográfica de livros especializados em Auditoria e Tecnologia da

Informação, com o objetivo principal de demonstrar que é necessária a

avaliação, pela Auditoria Interna, da qualidade da informação que determinada

empresa detenha, afim de que esta informação possa agregar valor ao

negócio.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I - A Necessidade da Informação 13

CAPÍTULO II - Tecnologia da Informação 15

CAPÍTULO III – A Evolução do Papel da Auditoria 27

CONCLUSÃO 44

BIBLIOGRAFIA 46

ÍNDICE 47

FOLHA DE AVALIAÇÃO 48

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INTRODUÇÃO

Primeiro de tudo, torna-se necessário definir dois conceitos que serão

basilares: os conceitos de “dado” e de “informação”.

Apesar de parecer sutil a diferença entre os dois conceitos, é de vital

importância tal delimitação, visto que este estudo trata da “informação” sob o

aspecto empresarial, hoje considerada um ativo e que, como tal, deve servir

aos objetivos da empresa e agregar valor.

Considera-se “dado” um elemento estático, desprovido de um juízo de

valor. Já “informação” requer para si a idéia de instrução, de direção.

Constitui-se de um elemento dinâmico que, ao ser analisado, leva a um juízo

de valor.

Segundo o dicionário de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (1988),

“dado” é o elemento ou base para a formação de um juízo. Pode-se dizer,

então, que o “juízo” formado é a informação. Isto é corroborado pelo

significado dado a “informação” segundo o mesmo dicionário – conhecimento,

instrução, direção.

Assim, um dado ou conjunto de dados, num determinado contexto, pode

gerar uma informação.

E qual o objetivo da informação?

O objetivo de uma informação é ... informar!

A afirmativa pode parecer algo simplório num primeiro momento, mas

não o é quando reconhecemos no ato de informar um processo cíclico de

extrair informações de outras informações, ou, utilizando sinônimo já indicado,

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extrair conhecimento de outro conhecimento, quando então podemos dizer que

o objetivo de uma informação é transferir conhecimento.

Várias informações geradas pelo conhecimento, quando aglutinadas,

geram outras informações que novamente irão iniciar o ciclo de criação da

informação.

Com toda certeza o homem nunca teria chegado à Lua sem as

informações, hoje consideradas básicas, obtidas pelo físico Isaac Newton.

O homem sempre necessitou da informação, e a utiliza, desde os

tempos mais remotos, para conseguir adaptar-se aos ambientes hostis, para

criar condições mais favoráveis a si, em resumo, para obter melhores

condições de sobrevivência.

Adaptaremos agora essa idéia a uma visão empresarial.

Da mesma forma que o ser humano, uma organização também

necessita de informação para conseguir adaptar-se às mudanças ambientais,

ou antecipar-se às que ocorrerão, aumentando a probabilidade de

sobrevivência a longo prazo.

Essas informações sujeitam-se ao mesmo processo cíclico já citado, e

hoje o que vemos são enormes quantidades de informações gerenciais,

contábeis e administrativas presentes no dia-a-dia da empresa.

Por sorte também surgiram as ferramentas para coletar, processar,

analisar e armazenar essas informações. Tanto é que o tratamento da

informação é o objeto da ciência denominada “Tecnologia da Informação”.

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Vejamos então, sob a ótica desse cenário que formatamos a citação de

PETER DRUCKER (1998, p. 56), presente no artigo “A quarta revolução da

informação”:

“Até agora, a revolução da informação estava centrada nos dados - sua

coleta, transmissão, análise e apresentação. Ela estava focada no “T” da

“IT” (Tecnologia da Informação). A próxima revolução da informação tenta

responder à seguinte pergunta: qual o significado da informação e qual o

seu propósito? Esse questionamento exige, de imediato, a redefinição não

apenas das tarefas que são realizadas com a ajuda da informação, mas

também das instituições que efetuam essas tarefas”.

Segundo o autor, esta revolução está a caminho, a quarta em sua

opinião, não se dará na tecnologia, nas máquinas ou no software. Será uma

revolução de conceitos.

Já dissemos, ao conceituar informação, que ela não é apenas um dado

estático. É um ingrediente essencial à dinâmica da empresa, devendo agregar

valor e ser um instrumento para que a organização atinja seus fins.

Não é novidade que a cada dia é mais fácil obter informação e por conta

disso as empresas investirem cada vez mais na informatização. Surgem a

cada dia novas tecnologias e equipamentos que tornam o acesso à informação

muito mais rápido e fácil. Essa foi a terceira revolução já citada por Drucker, a

revolução centrada na tecnologia.

Então acrescentamos aos questionamentos do autor, do significado e

propósito da informação, uma outra indagação: qual a qualidade dessas tantas

informações?

São informações fidedignas, nas quais a empresa possa sustentar suas

decisões estratégicas?

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Sob a ótica empresarial, e diante de vários fatos acontecidos na

economia mundial, acreditamos que as questões de Drucker já foram

implicitamente respondidas. O propósito da informação é, numa visão

estratégica, servir às decisões negociais da empresa, significando o sucesso

ou o fracasso daquilo que se tinha como meta. É o que podemos concluir do

que vimos: a derrocada de empresas que, apesar de sólidas, não detinham a

informação correta no momento certo, e por causa disso tomaram decisões

erradas que a levaram à bancarrota.

Quanto à “qualidade da informação”, entendemos que este é ponto

chave no atual momento, já que sua obtenção não é mais a dificuldade.

É nesse sentido que deve se fazer presente o trabalho da Auditoria

Interna, aferindo a qualidade da informação que serve aos propósitos da

empresa, através da avaliação da sua integridade, disponibilidade, eficiência e

eficácia.

Este é um novo encaminhamento que deve ser dado às atividades dos

Auditores Internos, tendo em vista a concepção do modelo de auditoria

conhecido como Auditoria Integral, que envolve a avaliação multidisciplinar,

independente e com enfoque sistêmico do grau e da forma de cumprimento

dos objetivos da organização, das relações com seu ambiente e das suas

operações, visando oferecer alternativas para o alcance mais adequado de

suas finalidades e um melhor aproveitamento de seus recursos.

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CAPÍTULO I

A NECESSIDADE DA INFORMAÇÃO

O mundo globalizado em que vivemos faz com que presenciemos, de

forma cada vez mais rápida e incisiva, o efeito dos avanços tecnológicos sobre

o processo produtivo.

Este fenômeno mundial tem originado profundas alterações nos

conceitos de comércio e de concorrência.

Diante disso, as empresas têm que se adaptar rapidamente aos novos

desafios que surgem. Assim, o tempo para adaptar-se não é mais um

diferencial, passando a ser essencial para a continuidade do negócio.

Isso exige a tomada de decisões tão rápidas quanto as mudanças que

estão ocorrendo.

Contudo, tomar decisões rápidas não é o bastante. As decisões têm

que ser, também, acertadas para que produzam os efeitos desejados.

E no que a empresa se baseia para tomar tais decisões? Em uma

série de informações, de origem interna (estratégias, gerenciais, etc.) ou de

âmbito externo (concorrência, dados estatísticos, pesquisas de mercado, etc.).

Chegando então ao ponto principal da questão – a necessidade da

informação. Sem informação a empresa não poderá tomar decisões que a

levarão a adaptar-se às novas exigências do mercado.

Nota-se, pois, que mais do que nunca a informação passou a ter valor

estratégico dentro de uma empresa.

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Para muitos estudiosos, a informação constitui um dos ativos mais

valiosos do empreendimento, isto porque tem o condão de agregar valor

quando sabiamente utilizada.

Numa economia globalizada, o que conta para uma empresa é ser

rápida e criativa no desenvolvimento de novos produtos, eficiente na produção,

eficaz na comercialização e sobretudo maleável para enfrentar todo e qualquer

tipo de desafio, e isso somente será conseguido se ela tiver em mãos as

informações corretas.

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CAPÍTULO II

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Nas décadas de 60, 70 e mesmo 80, o grande desafio dos Analistas de

Sistemas e de O&M era “mecanizar” as atividades que uma empresa

executava.

O paradigma a respeito do poder da informação mudou seu eixo de

atuação do “ter a informação” para o “saber usar a informação”. Isto é, o

usuário aprendeu que só o poder está com quem sabe usar a informação, não

com quem simplesmente a detém.

Com o passar dos anos e o desenvolvimento da informática, de técnicas

e equipamentos de automação, surgiu uma nova ciência, denominada

“Tecnologia da Informação”, cujo objetivo, se não o mesmo, assemelha-se

muito àquele dos Analistas citados, já que, através dessas “tecnologias”,

procura-se “mecanizar”, ou “automatizar” o fluxo de informações, obtendo-se

facilmente no seu acesso aliado a maior segurança, fidedignidade e

completeza de seu conteúdo.

Segundo CHARLES B. WANG (1988, p. 2)

“Ti é a força fundamental na remodelagem de empresas, por meio de

investimentos em sistemas de informação e comunicações de modo que

sejam promovidas vantagens competitivas, serviços à clientela e outros

benefícios estratégicos”.

A crescente evolução dos recursos da “Tecnologia da Informação” vem

fazendo com que as empresas invistam cada vez mais em informática como

forma de reduzir custos, melhorar a produtividade, proteger as informações,

ganhar agilidade e conquistar novos mercados, posicionando a tecnologia

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como um investimento de competitividade e diferencial em relação ao mercado

e concorrentes.

Contudo, isso exige que se conheça uma gama bastante grande de

conhecimento técnico. É lógico que quanto mais envolvido com TI o

profissional estiver, maior a profundidade do conhecimento que terá que

possuir.

Nesse sentido, os auditores que avaliarão a qualidade das informações

da empresa deverão deter conhecimento suficiente para tanto, pois, direta ou

indiretamente, também serão responsáveis pelas decisões relativas à

Tecnologia da Informação dentro da empresa.

2.1 TECNOLOGIAS

Dentre as tecnologias surgidas, podemos descrever algumas delas:

2.1.1 INTERNET

A Internet é uma rede aberta e, por conseqüência, funciona realmente

sobre padrões abertos.

O grande benefício possibilitado é tornar possível a comunicação de

dezenas de milhões de computadores que utilizam diferentes plataformas de

hardware e programas e sistemas operacionais sem similaridade. A

comunicação pode fluir livre, e muito rapidamente, o que é outra grande

vantagem.

Diante dos resultados que essa tecnologia pode proporcionar, a rede

corporativa deve permitir que os usuários tenham acesso às informações sem

expô-la a riscos de segurança.

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A utilização dessa tecnologia pela empresa pode proporcionar grandes

vantagens, das quais destacamos:

• os funcionários da empresa poderão obter pesquisas de mercado e

da concorrência, acessar notícias e informações atualizadas sobre a

área de atuação da empresa, além de outras possibilidades;

• o público poderá obter informação sobre a empresa, permitindo a

promoção dos produtos e serviços a uma grande audiência de

clientes potenciais, o que é mais barato que o serviço de mala-direta,

atingindo o usuário com maior freqüência que outros meios de

comunicação, pois permite acesso ilimitado.

Sendo a Internet uma ferramenta muito eficaz, é o comércio eletrônico o

segmento que mais cresceu no mercado.

2.1.2 INTRANET

São essencialmente redes privadas com o mesmo aspecto da Internet,

combinando textos gráficos e vídeos.

As possibilidades de aplicações dessa tecnologia são infinitas.

Qualquer informação que puder ser publicada sobre papel pode ser distribuída

em um servidor de um modo mais fácil e econômico. As intranets permitem

um “enxugamento” das tarefas executadas por pessoal “auxiliar”, podendo

essa mão-de-obra ser deslocada para tarefas que tenham maior ligação com o

resultado esperado pela empresa.

2.1.3 PLATAFORMAS DE COMPUTADOR

Inicialmente surgiram os grandes computadores, conhecidos como

“mainframes”.

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A evolução do microprocessamento permitiu que muito rapidamente

surgissem os microcomputadores, e depois os PC’s, os computadores

pessoais.

Ao longo do tempo, foram criadas plataformas alternativas ao Windows,

da Microsoft. Hoje temos o Linux, que é capaz de organizar os programas de

forma similar. Bastando escolher a melhor plataforma a ser utilizada.

Essa escolha deve observar diversos elementos técnicos e deve

adequar-se às necessidades e disponibilidades da empresa a que se destina,

sendo imprescindível, contudo, que as características de cada plataforma

sejam aproveitadas para contribuir com o gerenciamento, disponibilidade e

segurança da informação, de forma a suprir a necessidade da empresa.

2.1.4 DOWNSIZING E RIGHTSIZING

Podemos conceituar downsizing como “a atividade de transferir uma

aplicação, geralmente uma aplicação de finalidade crítica, de mainframes para

plataformas de computadores menores e mais eficientes”.

Já o rightsizing é “a atividade de transferir uma aplicação de sua

plataforma de computação convencional para outra mais conveniente à tarefa

a ser executada”.

É bem provável que o downsizing represente hoje a nova face da

Tecnologia da Informação. No plano funcional, o downsizing envolve a

transferência de aplicações de mainframes para plataformas menores.

O redimensionamento pode oferecer ao empreendimento benefícios na

produtividade, flexibilidade, aproveitamento do tempo e economia de custos.

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2.1.5 DATA WAREHOUSE

Hoje o Data Warehouse é uma das maiores tendências da Tecnologia

da Informação, isto porque as organizações estão enfrentando enormes

pressões para prover informações de melhor qualidade para tomada de

decisões, em formatos de fácil acesso e manipulação, pois as empresas

precisam se tornar mais ágeis em sua capacidade de utilizar enormes

quantidades de dados no esforço de proporcionar melhor suporte aos

administradores e mesmo aos clientes.

O Data Warehouse é uma mistura de tecnologias que funcionam juntas

para dar aos usuários finais acesso sem paralelo a informações através da

empresa, combinadas com ferramentas que visualizam e analisam dados de

maneiras inovadoras.

Considerando que atualmente “informação” pode ser considerada como

um dos ativos da empresa, visto o poder de influenciar os seus resultados, um

Data Warehouse provê uma sólida plataforma de dados históricos e integrados

para ser analisada.

Sendo inegável que cada vez mais as empresas investem e investirão

em TI, cabe ao Auditor aprimorar-se nessa ciência, visto que na avaliação da

qualidade da informação se exigirá também do profissional, por estar

intrinsecamente relacionada, a avaliação das tecnologias de informação

utilizadas.

Existem alguns conceito que deverão ser adotados para se qualificar a

informação.

Considerando o termo “qualidade” no seu sentido mais amplo, dissemos

que a Auditoria Interna deve avaliar a qualidade das informações estratégicas,

gerenciais, administrativas, institucionais, etc., da empresa, trabalho este que

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julgamos essencial, pois sem qualidade a informação não poderá ser

considerada como tal, sendo no máximo, um dado.

Para melhor definir os elementos que determinam a qualidade da

informação, faz-se necessário a adoção de alguns elementos da Metodologia

COBIT – Control Objectives for Information and Related Technology, a qual foi

desenvolvida pelo ISACF – The Information System and Control Foundation.

2.2 A METODOLOGIA COBIT

Esta metodologia tem como característica a incorporação do conceito de

controle interno desenvolvido a partir da metodologia COSO, aplicando-o na

área de Sistema e Tecnologia da Informação.

Não sendo objetivo deste estudo discorrer sobre o modelo COBIT,

elencaremos somente algumas de suas características, as quais consideramos

necessárias ao entendimento deste capítulo:

Princípios de Metodologia COBIT

Os princípios do modelo são:

a) Exigências de qualidade:

• Qualidade

• Custo

• Condições de Entrega

b) Exigências fiduciárias (COSO Report):

• Eficácia e eficiência das operações

• Veracidade das informações (todo o tipo de informações e não só

aquelas relacionadas a demonstrações financeiras como no

COSO)

• Compliance com regulamentos e legislação

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c) Exigências de segurança:

• Confidencialidade

• Integridade

• Disponibilidade

Categorias de critérios da Metodologia COBIT

A partir dos princípios já citados, foram desenvolvidos sete categorias

com os critérios para avaliação dos diversos processos ligados à Tecnologia

da Informação:

a) Eficácia: a informação deve ser relevante e pertinente aos objetivos

do negócio, sendo disponibilizada às pessoas adequadas, no

tempo e conteúdo corretos;

b) Eficiência: a informação deve ser disponibilizada utilizando-se os

diversos recursos da forma mais eficiente e econômica possível;

c) Confidencialidade: assegura que as informações não serão

utilizadas por pessoas não autorizadas;

d) Integridade: a informação deve ser completa, atual e precisa,

atendendo às necessidades do negócio;

e) Disponibilidade: a informação, assim como todos os recursos

necessários para sua geração e utilização, deve estar disponível

sempre que necessário;

f) Compliance: condição presente em todos os modelos, consistindo

na concordância com as normas e legislação vigentes;

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g) Veracidade das Informações: fornecimento das informações

adequadas aos administradores para que estes possam cumprir

adequadamente suas responsabilidades gerenciais, financeiras e de

compliance.

2.3 ELEMENTOS QUE DETERMINAM A QUALIDADE DA INFORMAÇÃO

Tomando como premissa esses princípios e categorias de critérios é

que definiremos os elementos que determinam a qualidade e a disponibilidade

da informação.

São eles a eficácia, a eficiência, a integridade e a disponibilidade da

informação.

2.3.1 Eficácia da Informação

Conforme o Manual de Procedimentos da Auditoria Interna, eficácia “é o

grau em que uma organização, programa, processo,projeto, operação,

atividade,função ou sistema atinge os objetivos da política, as metas operativas

estabelecidas e outros resultados e efeitos previstos” (p. 41).

Vejamos ainda a definição de BIO (apud PAULA, 1999, p. 36):

“eficácia diz respeito a resultados, a produtos decorrentes de uma

atividade qualquer. Trata-seda escolha da solução certa para determinado

problema ou necessidade. A eficácia é definida pela relação entre os

resultados pretendidos / resultados obtidos. Uma empresa eficaz coloca no

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mercado o volume pretendido do produto certo para determinada

necessidade”.

Utilizaremos o exemplo do autor acima para definir a eficácia da

informação: eficazes foram as informações que levaram a empresa a colocar

no mercado o volume pretendido do produto certo para a necessidade

determinada. Em outras palavras: a informação foi adequada ao que se

propunha, tempestiva e com conteúdo suficiente para se alcançar o resultado

correto.

Portanto, se um sistema de informação empresarial é concebido para

suprir com informações uma determinada empresa, quanto maior for a

capacidade deste sistema cumprir a finalidade para o qual foi concebido, maior

será a sua eficácia.

Mas a eficácia muda ao longo do tempo, impelida pelo progresso nas

mais diversas áreas. Algo que hoje é eficaz amanhã pode não o ser.

Assim, a empresa também precisa de informações para ser eficaz no

presente e também preparar-se para ser eficaz no futuro, já que para tanto a

informação precisa acompanhar o que se passa no ambiente, pois há uma

interação bastante grande entre o ambiente em que ela é gerada e o ambiente

onde é utilizada.

Sob uma outra ótica, também podemos afirmar que a sobrevivência de

uma empresa pode ser entendida como uma medida da sua eficácia, pois,

considerando longos períodos de tempo, uma organização eficaz consegue

cumprir seus objetivos no presente e, conjuntamente, preparar-se para cumpri-

los no futuro.

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2.3.2 Eficiência da Informação

Também segundo o Manual de Procedimentos da Auditoria Interna,

eficiência “é a relação entre os produtos, bens e serviços produzidos ou outros

resultados atingidos por uma unidade ou entidade econômica, tendo em conta

a quantidade e qualidade apropriada, e os recursos utilizados para produzi-los

ou atingi-los; menor custo, velocidade, melhor qualidade” (p. 41)

Assim, quando concentramos nossa atenção na utilização dos recursos,

estamos preocupados com a eficiência do sistema. Um sistema eficiente é

aquele que utiliza racionalmente seus recursos. Quanto mais racional for o uso

dos recursos, mais produtivo e eficiente será o sistema.

Em termos organizacionais isto significa que quanto maior a qualidade e

a quantidade de resultados obtidos com o emprego dos recursos disponíveis,

mais produtiva ou eficiente será a organização.

Esse entendimento é corroborado por BIO (apud PAULA, 1999, p. 36):

“eficiência diz respeito a método, ao modo certo de fazer as coisas.

Uma empresa eficiente é aquela que consegue o seu volume de

produção com o menor dispêndio possível de recursos. Portanto, o

menor custo por unidade produzida”.

Redirecionando o conceito para o foco deste trabalho, podemos concluir

que a informação eficiente é aquela que atinge o seu objetivo, que é informar,

com um melhor resultado final, ou seja, uma informação eficiente leva a

organização a uma utilização racional e econômica de seus recursos,

majorando a qualidade e a quantidade de resultados obtidos com o emprego

dos recursos disponíveis.

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2.3.3 Integridade da Informação

Quando tratamos da integridade da informação, avaliamos a completeza

e precisão de seu conteúdo, a sua adequação às necessidades empresariais e

sua conformidade com as normas vigentes, sejam elas internas e/ou externas.

Isto quer dizer que uma informação íntegra deve, de forma clara e

objetiva, atender as necessidades da empresa e, para tanto, faz-se necessário

que também seja atualizada e que realmente reflita as situações gerenciais,

financeiras e estratégicas vigentes.

2.3.4 Disponibilidade da Informação

Por outro lado, de nada adianta que a informação seja eficaz, eficiente e

íntegra se não for possível a sua utilização, se o acesso a ela for inviável.

Então, o último elemento que agregará valor à informação é a sua

disponibilidade, o que quer dizer que a informação deverá estar acessível

sempre que for necessária a sua utilização.

Contudo, há de se considerar sempre que, apesar da necessidade de

estar disponível, algumas das informações não poderão estar acessíveis a

todos. É necessário a preservação de confidencialidade diante de informações

estratégicas para a empresa, passível de ser conhecida somente por escalões

hierárquicos competentes.

Assim, deve haver uma gradação inversamente proporcional entre a

acessibilidade e a confiabilidade da informação. De qualquer forma, sempre

que necessário a informação, mesmo a informação confidencial, deve estar

disponível para o destinatário devido.

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Deve ser levado em consideração, ainda, a adoção de medidas de

segurança capazes de garantir a inviolabilidade da informação.

2.3.5 Informação que agrega valor

Já dissertamos sobre os elementos que determinam a qualidade da

informação.

A ausência de algum ou alguns desses elementos (eficácia, eficiência,

integridade e disponibilidade) no sistema de informação da empresa acarretará

inexoravelmente esforços dispendidos em vão, o que significará perda

financeira.

A conclusão acaba sendo óbvia: somente uma informação em que

estejam presentes todos os elementos citados pode agregar valor, pois faz

com que a informação adequada e íntegra, através de meios econômicos e

eficientes, seja disponibilizada às pessoas corretas tempestivamente, o que

fará com que sejam tomadas decisões acertadas a fim de se alcançar os

resultados esperados

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CAPÍTULO III

A EVOLUÇÃO DO PAPEL DA AUDITORIA INTERNA

Dentre os desafios enfrentados pela área de Auditoria Interna, forçados

em grande parte pela própria conjuntura econômica mundial globalizada,

identificam-se as seguintes necessidades:

• melhorias significativas nos processos visando aumento de

produtividade;

• serviços que contribuam efetivamente com o negócio da empresa.

O Manual de Procedimentos da Auditoria Interna, editado pelo Instituto

dos Auditores Internos do Brasil, informa que a missão básica da Auditoria

Interna é

“assessorar a Administração no desempenho de suas funções e

responsabilidades, através do exame da:

• adequação e eficácia dos controles;

• integridade e confiabilidade das informações e registros;

• integridade e confiabilidade dos sistemas estabelecidos para

assegurar a observância das políticas, metas, planos,

procedimentos, leis, normas e regulamentos e da sua efetiva

utilização;

• eficiência, eficácia e economicidade do desempenho e da utilização

dos recursos; dos procedimentos e métodos para salvaguarda dos

ativos e a comprovação de sua existência, assim como a exatidão

dos ativos e passivos; e

• compatibilidade das operações e programas com os objetivos,

planos e meios de execução estabelecidos (p.40).

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Afirma ATTIE (2007, p. 296):

“A Auditoria Interna (...), tem sofrido processo de transformação e

especialização ao longo do tempo, passando de uma atitude detetivesca

e punitiva no passado para uma atitude técnica e de auxílio à empresa

nos dias atuais (...)

Contudo, é obvio afirmar que as modificações ocorridas, embora

materiais, ainda não são suficientes, dada a velocidade de alterações nas

atividades empresariais e na forma pelas quais são processadas. Atualmente

as empresas, e em particular as instituições financeiras, estão funcionando

com sistemas computadorizados real-time-on-line, deixando de existir,

praticamente, a figura do documento físico de suporte da transação, base

principal do exame do auditor.

Por este exemplo, é fácil de perceber que a evolução adquirida não é

garantia de sucesso futuro, pois a função do auditor, reconhecidamente

necessita de avanços, de ajustes e melhorias, principalmente no tocante à sua

postura conservadora, passando a uma mais arrojada, uma vez que possui

função de destaque e importância, tendo ao seu dispor dados que lhe

permitem visão global única e privilegiada da empresa em que milita”.

A profissão de Auditoria Interna tem se transado drasticamente diante

da sua concepção original, que previa sua área de ação limitada à medição e

avaliação da eficiência e eficácia dos controles internos.

Hoje nota-se o encaminhamento para um espectro muito mais amplo de

atividades, com ênfase significativa no aperfeiçoamento de operações,

processos e produtos e o intuito de adicionar valor para a organização.

Exemplificando, citamos novamente o autor ATTIE (2007, p. 301), já

referido neste capitulo:

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“Dentro do ambiente de instituições financeiras, por exemplo, a

tecnologia está fornecendo oportunidades inacreditáveis para o aumento

e eficiência do processamento, da produtividade do trabalho e da

habilidade para oferecer novos produtos e serviços financeiros. Isso

tem criado novos conceitos e necessidades que requerem

gerenciamento apertado e atenção de auditoria. Inclui segurança de

informação, dados de base e de administração, telecomunicações e

teleprocessamento. Há poucas dúvidas que novas tecnologias estão

envolvidas e de que a futura missão da auditoria requererá, cada vez

mais, uma perspectiva clara do negócio e considerações do que a

tecnologia pretende servir”.

KROGSTAD et al, no artigo intitulado “Para onde estamos indo”, cita

que o Instituto dos Auditores Internos, em junho de 1999, nos Estados Unidos,

redefiniu o conceito de Auditoria Interna, que passou a ser o seguinte:

“A Auditoria Interna é uma atividade independente, de certificação

objetiva e consultoria designada a adicionar valor e aprimorar as

operações da organização. Ela ajuda a organização a atingir seus

objetivos trazendo uma abordagem sistemática e disciplinada para

avaliar e aprimorar a eficácia do gerenciamento dos riscos, controles e

processos de controle”.

Diante dessa nova visão da função da Auditoria Interna, os autores ainda

comparam os conceitos chaves anteriores e os atuais:

a) Definição anterior

• Independente, função criada dentro da organização;

• função de avaliação;

• examinar e avaliar suas atividades como um serviço;

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• assistir os membros da organização no cumprimento efetivo de suas

responsabilidades;

• análises, avaliações, recomendações, aconselhamento e

informações relativas às atividades revisadas e promover um

controle efetivo à custo razoável.

b) Definição atual

• Independente, atividade objetiva;

• atividade de certificação e consultoria;

• designada a adicionar valor e aprimorar as operações da

organização;

• ajudar a organização a atingir seus objetivos;

• trazer uma abordagem sistemática e disciplinada para avaliar e

aprimorar a eficácia do gerenciamento de riscos, controles e

processos de controle.

É notório que o papel da Auditoria Interna tem se modificado e vem, de

forma constante, sendo aprimorado. Contudo, é necessário que tais

mudanças acompanhem a velocidade com que os novos recursos,

principalmente os tecnológicos vêm se apresentando.

Isto envolve uma nova forma de pensar e agir.

Já dissemos que os principais desafios da Auditoria Interna são o

aumento da produtividade e a maior contribuição ao negócio.

Entendemos que a automação dos processos de auditoria promoverá

ganhos de qualidade e produtividade.

Quanto à contribuição ao negócio, significado que o resultado da

auditoria deve agregar algum valor a este, consideramos que o trabalho dos

Auditores Internos sobre todas as perspectivas abordadas, sejam elas a de

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sistemas informatizados, sistemas de contabilidade ou operacional, deve ser

promovido de forma a contribuir com o negócio da empresa, resultado, se não

em ganhos efetivos, ao menos em redução de custos ou despesas.

Dentre essas perspectivas citadas, as quais vislumbramos como objeto

do trabalho de auditoria, fazemos incluir a auditoria que tenha por objeto o

sistema de informação da empresa.

Sem dúvida é um dos objetos de avaliação cujo potencial de agregar

valor é muito grande.

Já demonstramos, em vários capítulos que somente com informações

eficazes, eficientes, disponíveis e íntegras poderão ser tomadas decisões que

efetivamente trarão resultados positivos ao negócio.

O Auditor Interno, tendo uma visão global e privilegiada da empresa,

pode fazer essa avaliação com acurada percepção e isto, sem dúvida,

positivamente agregará valor.

3.1 A Automação dos processos de Auditoria

A automação dos processos de auditoria é uma conseqüência da

própria informatização das empresas, que inseriu a automação dos processos

para atendimento aos clientes internos, sendo notada com mais intensidade a

partir da década de 80 com o surgimento dos microcomputadores.

Os principais objetivos para a automação dos processos de auditoria

são:

• melhorar a eficiência e reduzir custos;

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• melhorar a qualidade do trabalho de auditoria e sua eficácia,

reduzindo assim os níveis de risco de detecção e, em conseqüência,

o grau de risco de auditoria;

• melhorar o tempo de resposta da correspondência entre o auditor e a

área auditada e também entre o auditor e terceiros.

No livro “Automação dos Processos de Auditoria” (MARTINS et al, 2003) os

autores elencam alguns exemplos do que deve ser informatizado na área da

auditoria:

• Planejamento da auditoria – documentação dos sistemas da área a

ser auditada, com fluxogramas;

• Análise do risco da auditoria – sistema de pontuação para identificar

áreas-chave da auditoria;

• Trabalho de campo da auditoria – documentos de trabalho da

auditoria, por exemplo, cronogramas e papéis de trabalho;

• Consulta de arquivos – estratificação, amostragem, antiguidade,

repetição, análise estatística e comparação de arquivos;

• Geradores de Programas de Auditoria;

• Gerenciamento e controle da auditoria – gerenciamento de recursos

humanos (relatórios de tempo de trabalho e custo, etc), preparação

de orçamento, organização de correspondência;

• Desenvolvimento de pessoal e suporte técnico – treinamentos,

geração de checklists técnicos, informações diversas (manual da

auditoria, normas, trabalhos de auditoria anteriores, etc).

No âmbito dos sistemas de informação, já são conhecidas ferramentas

largamente utilizadas para análise e avaliação de seus conteúdos e indicar

potenciais problemas.

Diante dessas possibilidades, e da experiência de grandes empresas de

Auditoria Externa e várias Auditorias Internas de grandes corporações, ficou

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provado que o benefício atingido supera muito os custos de implantação da

automação, mormente quando permite ao auditor fazer análises mais

profundas, ampliar o âmbito da auditoria e obter maior compreensão das

atividades do auditado, o que, por fim, produzirá recomendações que

efetivamente agregarão valor.

3.2 Ferramentas de Automação dos Processos de Auditoria

A habilidade para procurar informações em textos, bancos de dados, trilhas de

auditoria, ou outros registros de auditoria está dando aos auditores grande

capacidade para coordenar os esforços no exame de achados.

Existem softwares que buscam padrões dentro da informação e indicam

potencial de problemas sistêmicos de cada área. A utilização de “recuperação

automatizada de dados” e o uso de ferramentas de análise permite avaliar

todos os registros ao invés de apenas uma amostra deles.

Algumas organizações utilizam-se dessas ferramentas de recuperação e

analise para a revisão de sistemas periodicamente, o que poderíamos chamar

de “Auditoria monitorizada a distancia”, o que também gera redução de custos.

Por outro lado, a acumulação de dados empresariais durante um certo

tempo pode permitir ao software de análise identificar padrões, trocas ou

tendências e elementos de risco, indicando mudanças no negócio, ambiente

empresarial, base de clientes, competição econômica, etc., podendo a

Auditoria Interna prover a organização com valiosas contribuições.

Existem no Brasil diversos softwares para automação dos processos de

auditoria, os quais normalmente são denominados CAAT – Computer Assisted

Audit Tools and Techniques.

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Tais ferramentas podem ser usadas tanto para workflow, atuando como

uma ferramenta operacional para o auditor ao mesmo tempo que estabelece

um forte apoio à gerencia através da supervisão remota dos trabalhos, bem

como de todo um leque de opções de geração de mapas gerenciais, com o

relacionamento dos pontos levantados, os riscos cobertos, impactos

mensurados, demonstração do previsto e do realizado, etc., quanto a extração

e análise de dados, apresentando habilidade de acessar grandes volumes de

dados numa imensa variedade de plataformas e formatos, efetuando as

principais análises requeridas pelo auditor.

Dentre as ferramentas CAAT existentes, nos deteremos em duas, cujo uso

vem sendo difundido no Brasil: AAF – Audit Automation Facilities e ACL – Audit

Command Language.

3.2.1 AAF – AUDIT AUTOMATION FACILITIES

È um programa de gestão de Auditoria I(nterna. Padroniza ações,

automatiza processos de cobrança, gera gráficos e relatórios, disponibilizando

informações com total segurança.

O modulo de execução acompanha o fluxo de trabalho do auditro em

seu dia-a-dia, oferecendo as ferramentas de apoio necessárias. Tem como

funções disponíveis:

• Acompanhamento dos programas de trabalho;

• Emissão de relatórios;

• Registro de ocorrências com os depoimentos;

• Integração com follow-up e time-sheet;

• Melhores praticas;

• Controle dos custos de auditoria;

As principais vantagens das funções apresentadas são:

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• Padroniza o processo de auditoria, uniformizando programas,

testes, relatórios, etc.;

• Diminui o tempo de adaptação dos novos auditores;

• Integra a equipe, possibilitando que um trabalho seja partilhado

entre os demais componentes;

• Diminui significativamente o tempo no preparo dos programas de

trabalho;

• Permite a revisão interativa dos trabalhos em andamento;

• Elimina a necessidade de papel;

• Controla custos de horas diretas e indiretas m cada auditoria.

O AAF também permite o acompanhamento da atividades da auditoria

através de relatórios, gráficos, visualização de time-sheets e diversos outros

recursos, possuindo as seguintes ferramentas para acompanhamento:

• Geração de gráficos resultantes do cruzamento de informações

relevantes, tais como: trabalhos realizados versus planejados;

pontos versus unidades auditadas; coberturas versus riscos;

horas diretas versus indiretas; etc.;

• Acompanhamento (follow-up) da implementação das

recomendações;

• Alocação de horas trabalhadas (time-sheet).

As principais vantagens da ferramenta são:

• Consolidação, de uma forma compreensiva, a visão gerencial das

principais informações geradas nas tarefas de auditoria;

• Permite acesso às informações relevantes das auditorias

encerradas;

• Automatiza o processo de cobrança das soluções para os planos

de ação;

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• Disponibiliza aos auditados acesso exclusivo aos seus relatórios

com total segurança;

• Disponibiliza diariamente informações sumarizadas de todas as

auditorias em andamento.

3.2.2 ACL – AUDIT COMMAND LANGUAGE

Este software é reconhecido mundialmente como líder em tecnologia

para análise de dados e geração de relatórios, capacitando a auditoria a

transformar os dados em informações úteis para atingir os objetivos e agregar

valor à organização.

O ACL pode ser eficazmente utilizado para:

• Identificar tendências, evidenciar exceções e ressaltar as áreas

potenciais de interesse;

• Localizar erros e fraudes potenciais através de comparação e

analise de arquivos, conforme critérios definidos pelo usuário

final;

• Recalcular e verificar saldos;

• Identificar pontos a serem controlados e assegurar aderência às

normas;

• Analisar e calcular a idade das contas a receber e a pagar ou de

quaisquer outras transações que envolvam datas;

• Recuperar despesas ou perdas de receitas detectando

pagamentos duplicados, falhas na seqüência das faturas e

serviços não cobrados;

• Pesquisar relacionamentos funcionário-fornecedor não

autorizados, etc.

O ACL também proporciona a utilização de poderosos comandos

desenvolvidos especificamente para auditoria e analise de dados, incluindo a

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definição de períodos, estratificação, amostragem, e teste de duplicidade, sem

a necessidade de programação.

Os dados de auditoria podem ser analisados interativamente, com

resultados imediatos ao executar o programa de auditoria e investigações de

exceções a qualquer momento.

Sua grande capacidade também permite processar arquivos de

tamanho ilimitado com muita velocidade, permitindo cobrir 100% dos dados

com total confiança dos resultados.

Outra vantagem do sistema é que ele lê os dados em seu formato

original. Isto possibilita a utilização de um único produto numa só plataforma

para ler e analisar praticamente qualquer tipo de dados extraídos de qualquer

tipo de ambiente. Tais dados também podem ser inter-relacionados,

permitindo ao auditor análises e relatórios mais abrangentes.

Por fim, o ACL possui recursos de automação para registrar os passos

realizados e desenvolver aplicações específicas, tornando as futuras auditorias

mais produtivas, além de possuir trilhas de controle que permitem o registro de

seqüência completa dos passos efetuados, incluindo comandos e arquivos

utilizados e resultados obtidos, proporcionando assim , completo registro dos

trabalhos efetuados.

Estando claros os benefícios proporcionados pela utilização das

ferramentas citadas, sugerimos aos dirigentes das Auditorias Internas a

aquisição e disseminação de seu uso entre seus profissionais.

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3.3 Auditoria Interna da Informação

Já vimos as mudanças conceituais por que passa a Auditoria Interna.

Vimos também a crescente informatização por que passam os

processos de auditoria, bem como as ferramentas que permitem recuperação

de dados e análise.

Nos deteremos agora, então, à avaliação da informação propriamente

dita.

A auditoria interna da informação deve contemplar a avaliação ampla

dos elementos que determinam a sua qualidade (a eficácia, a eficiência, a

integridade e a disponibilidade da informação), observando sempre o

“negócio”, ou em outras palavras, os objetivos da empresa, além de agregar

valor com as recomendações oriundas dessas avaliações.

Parte dos trabalhos consiste em revisar e testar os controles manuais e

computadorizados, abrangendo todos os ciclos operacionais, visando a

identificação de oportunidades de melhoria nos sistemas e nos processos de

geração de informação, visando aprimorar os elementos citados.

Outra parte consiste na própria definição de novos controles que visem

melhorar os sistemas e processos de geração de informação.

Contudo, pela sua importância, ressaltamos novamente que em

qualquer um dos dois segmentos não deve ser esquecido que o foco da

análise é o negócio, e que o objetivo final é a obtenção de resultados

econômicos-financeiros positivos, sendo de suma importância nessa análise a

adoção de uma ótica estratégica, gerencial, contábil e administrativa.

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Quando se avalia a informação sob a ótica citada, deve ser levado em

consideração que ela servirá de embasamento para a tomada de decisões, e

então podemos ter três momentos de análise:

a) Num primeiro momento será analisada a informação em si;

b) Já num segundo momento poderá ser objeto de avaliação as decisões

tomadas a partir dessas informações e;

c) Num último momento, poderá ser avaliado o resultado obtido com as

decisões baseadas na informação.

Há de se considerar nessa análise, entretanto, que em cada momento

há cada vez mais uma maior interação subjetiva no processo, aglutinando à

análise diversas outras variáveis que devem ser consideradas.

O que queremos dizer é que nesses três momentos é possível uma

análise da informação, mas quanto maior a interação subjetiva na manipulação

da informação, maior número de variáveis será agregada ao resultado, as

quais deverão ser também consideradas para análise.

3.3.1 Avaliação da Eficácia da Informação

Deve ser objeto da avaliação:

• Relevância do que é informado;

• Se a informação está condizente com os objetivos da empresa e se

reflete as nuances negociais que se espera;

• Se a informação está sendo disponibilizada às pessoas adequadas no

tempo correto, de forma a permitir que tais pessoas tomem atitudes

proativas;

• Se algum ponto do processo pode ser melhorado para que a eficácia do

sistema seja aumentada.

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3.3.2 Avaliação da Eficiência da Informação

Neste aspecto deve ser avaliado:

• Se estão sendo utilizados recursos que permitam que a informação seja

disponibilizada às pessoas corretas da forma mais rápida e econômica

possível;

• Se tais recursos são utilizados da maneira adequada;

• A viabilidade de renovação ou alteração de recursos a fim de se

aprimorar o processo e aumentar a eficiência do mesmo.

3.3.3 Avaliação da Integridade da Informação

Deve-se levar em conta no momento da avaliação:

• Se a informação é completa, atual e precisa;

• A veracidade, exatidão e confiabilidade das informações;

• A conformidade com a legislação vigente e com os normativos internos

da empresa;

• A conformidade na apuração e cálculo das informações em relação à

legislação vigente e dos procedimentos internos da empresa.

Ainda no âmbito da avaliação da integridade da informação, um ponto

que deve ser também avaliado é a segurança do seu conteúdo. Para tanto, é

necessário:

• A avaliação da capacidade do sistema computadorizado para tratar

situações de exceção que podem acarretar o registro ou cálculo

incorreto e a perda de informações;

• Fidedignidade da base de dados corporativos, já que a tomada de

decisões estratégicas ou operacionais da empresa depende da total

confiabilidade dessas informações.

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3.3.4 Avaliação da Disponibilidade da Informação

Sob esta análise deve ser verificada:

• A qualidade e pontualidade no processamento das transações e

geração da informação;

• A disponibilidade da informação no momento em que for necessária;

• O sigilo no trato, guarda e manipulação das informações críticas e

confidenciais;

• Grau de confiabilidade das informações;

• Avaliação das regras e critérios de acesso à informação, verificando

quem pode acessar cada informação e o que lhe é permitido fazer,

comparando a “autoridade” concedida com a estrutura funcional da

organização, visando coibir acessos indevidos e garantir uma adequada

segregação de funções.

3.4 Segurança da Informação Corporativa

Achamos por bem apresentar um destaque sobre a segurança da

informação corporativa a fim de ressaltar a importância deste ponto, apesar do

mesmo já estar implicitamente contido na avaliação da integridade e

disponibilidade da informação e de não ser o escopo principal deste trabalho,

motivo pelo qual o aqui contido terá caráter mais referencial.

Com informatização cada vez maior e a popularização da Internet,

tornou-se quase que obrigatório que grandes empresas tenham um “site”

próprio e conta de “e-mail”.

Estas inovações podem abrir diversas portas de acesso à empresa e

seus dados, dando chance a pessoas inescrupulosas de praticarem diversos

tipos de crimes.

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Por essa razão é muito relevante que, ao avaliar a informação, os

Auditores Internos se detenham também na avaliação dos elementos da

segurança da informação corporativa.

Esse trabalho implica em se avaliar, principalmente, os controles de

acesso à informação e possibilidade de alteração do seu conteúdo, levando

em conta, que as informações corporativas poderão ser utilizadas tanto por

funcionários, quanto estagiários e empresas contratadas e mesmo clientes e

meros “usuários”, como no caso dos “internautas”.

As empresas têm se deparado com situações indesejadas de perda,

alteração ou até mesmo roubo de informações eletrônicas, acarretando

prejuízos financeiros e comprometimento da imagem da empresa.

Diante da necessidade da disseminação da informação corporativa, as

senhas e poderes de acesso das pessoas passaram a ser um perigoso

instrumento de trabalho, nem sempre tratado com a devida importância.

Diante disso, o trabalho da Auditoria Interna deve preocupar-se também

com o aumento da segurança no acesso às informações e deve contemplar:

• Diagnóstico do nível de segurança da rede corporativa, identificando

vulnerabilidades e privilégios excessivos;

• Avaliação das políticas de acesso à informação, logs ou trilhas de

auditoria, etc.

Ao finalizarmos este capítulo, queremos deixar claro novamente que não

basta apenas se ter a informação para que os resultados econômico-

financeiros sejam positivos. É necessário que esta informação possibilite o

atingimento desse resultado, e somente uma informação que detenha

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qualidade, ou seja, que detenha as características que aqui citamos, poderá

chegar a esse resultado.

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CONCLUSÃO

Verificamos que a informação constitui um dos mais importantes ativos

de uma empresa.

A empresa que detém informação estratégica e sabe utilizar tais

informações está à frente de seus concorrentes, e isto significa maiores e

melhores resultados, e, por fim, maior lucro. Portanto, não restam dúvidas

quanto à fundamental importância da análise das informações que sustentam

as decisões e o próprio cotidiano da empresa, já que é incontestável que a

informação de qualidade é essencial para o sucesso do negócio.

Entretanto, vimos também que não basta apenas ter a informação.

Além de disponível, com fácil acesso aos usuários, mas com nível de

segurança e confidencialidade compatíveis com o quadro funcional da

empresa, a informação necessita ser íntegra, exata, adequada às

necessidades, devendo transmitir a realidade da empresa e do negócio e estar

de acordo com legislação e regulamentos.

Deve também ser eficaz e eficiente, pois deve ser relevante e pertinente

e disponibilizada da forma mais viável e econômica possível para que possa

surtir os resultados desejados.

Dotada dessas características, a informação é uma ferramenta de

gerenciamento, com participação direta no resultado econômico e financeiro da

empresa. Por ser a informação empresarial esse “potencial de riqueza”,

constituindo-se num valioso “ativo”, ela deve ser objeto de avaliação da

Auditoria Interna.

O surgimento deste novo objeto de auditoria acompanha a própria

evolução das funções do Auditor Interno, as quais ampliam-se na mesma

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velocidade com que surgem inovações tecnológicas, principalmente as

novidades no campo da Tecnologia da Informação, devendo o Auditor, então,

estar preparado para atuar com habilidade em todas essas áreas, conhecendo

as novas tecnologias e ferramentas de avaliação.

Lançado mais esse desafio aos Auditores Internos, onde, além de

avaliar controles internos, devem também agregar valor ao negócio e à

empresa com as pertinentes recomendações, através da análise da qualidade

da informação que sua empresa detém.

Com a fundamentação teórica dos renomados autores citados, foi dada

solução ao problema proposto: como avaliar a qualidade da informação

gerencial e estratégica e qual o papel da Auditoria Interna nessa avaliação.

Buscou-se, ainda, ter alcançado o objetivo pretendido quando

demonstramos que somente informação com qualidade agregará valor ao

negócio, pois é esta a base das decisões acertadas.

Por fim, procurou-se ter proporcionado o despertar de várias dúvidas,

algumas idéias novas e muitas possibilidades de reflexão, pois são essas as

alavancas de aprimoramento do vasto e próspero campo de atuação do

Auditor Interno.

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BIBLIOGRAFIA

ATTIE, William. Auditoria interna. 2ª edição. São Paulo: Atlas, 2007. CORNELSEN, Juice Mary; MULLER, Mary Stela. Normas e padrões para teses, dissertações e monografias. Londrina: UEL, 1995. CRUZ, Tadeu. Sistemas de informações gerenciais. São Paulo: Atlas, 2002. DRUCKER, Peter. A quarta revolução da informação. Revista Exame: Seção Administração. São Paulo: Abril,p.56-58,26ago1998. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio escolar da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. GIL, Antonio de Loureiro. Auditoria de computadores. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1999. Grande Enciclopédia Larousse Cultural. São Paulo: Nova Cultural, 1998. KROGSTAD, Jack L. et al. Para onde estamos indo. ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um Curso Moderno e complete. 7a Ed. São Paulo, Atlas 2010. MARTINS, João Augusto Gil et al. Automação dos processos de auditoria. São Paulo: IBCB, 2003. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à administração. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. PAULA, Maria Goreth Miranda Almeida. Auditoria interna: embasamento conceitual e suporte tecnológico. São Paulo: Atlas, 1999. WANG, Charles B. Tecno Vision II – uma visão pessoal da Era Digital. São Paulo: Makron Books, 1988.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 6

METODOLOGIA 7

SUMÁRIO 8

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO I

A Necessidade da Informação 13

CAPÍTULO II

Tecnologia da Informação 15

2.1 – Tecnologias 16

2.1.1 – Internet 16

2.1.2 – Intranet 17

2.1.3 – Plataformas de Computador 17

2.1.4 – Downsizing e Rightsizing 18

2.1.5 – Data Warehouse 19

2.2 – A Metodologia COBIT 20

2.3 – Elementos que determinam a Qualidade da

Informação 22

2.3.1 – Eficácia da Informação 22

2.3.2 – Eficiência da Informação 24

2.3.3 – Integridade da Informação 25

2.3.4 – Disponibilidade da Informação 25

2.3.5 – Informação que agrega valor 26

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CAPÍTULO III

A Evolução do papel da Auditoria Interna 27

3.1 – A Automação dos processos de Auditoria 31

3.2 – Ferramentas de Automação dos processos de

Auditoria 33

3.2.1 – AAF – AUDIT AUTOMATION FACILITIES 34

3.2.2 – ACL – AUDIT COMMAND LANGUAGE 36

3.3 – Auditoria Interna da Informação 38

3.3.1 – Avaliação da Eficácia da Informação 39

3.3.2 – Avaliação da Eficiência da Informação 40

3.3.3 – Avaliação da Integridade da Informação 40

3.3.4 – Avaliação da Disponibilidade da Informação 41

3.4 – Segurança da Informação Corporativa 41

CONCLUSÃO 44

BIBLIOGRAFIA 46

ÍNDICE 47

FOLHA DE AVALIAÇÃO 49

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Instituto A Vez Do Mestre

Título da Monografia: A Importância Da Avaliação Da Qualidade Da Informação Pela Auditoria Interna

Autor: Diogo Nunes Maia

Data da entrega: 13 de setembro de 2010.

Avaliado por: Luciano Gerard Conceito: