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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA RIO
PARAÍBA DO SUL E SUA GESTÃO
Por: Adriano Alexandrino
Orientador
Prof. Vera Agarez
Rio de Janeiro
2009
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA RIO
PARAÍBA DO SUL E SUA GESTÃO
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Gestão Ambiental
Por: Adriano Alexandrino
3
AGRADECIMENTOS
....aos meus familiares e aos amigos de
Pós Beatriz, Diogo, Fernanda, Fátima e
Roberta........
5
RESUMO
Este trabalho irá abordar como nossos Recursos Hídricos estão cada
vez mais em falta no Planeta e também a importância da Bacia Rio Paraíba do
Sul bemcomo sua gestão.
6
METODOLOGIA
Foram analisados revistas, jornais, livros e instituições relacionados ao
assunto proposto.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Recursos Hídricos 10
CAPÍTULO II - A Situação 15
CAPÍTULO III – Gestão e Legislação 32
CONCLUSÃO 39
BIBLIOGRAFIA 45
ANEXOS 41
ÍNDICE 46
FOLHA DE AVALIAÇÃO 47
8
INTRODUÇÃO
Este trabalho visa passar uma visão de como nossos Recursos
Hídricos estão cada vez mais ficando escassos e mostrar a importância que a
Bacia Rio Paraíba do Sul tem para o Brasil, mais especificamente a Região
Sudeste.
A Lei 9.433/97 define a cobrança como um dos instrumentos para
execução da Política Nacional de Recursos Hídricos, e sua operacionalização
é de competência dos órgãos gestores de recursos hídricos. A implantação em
bacias hidrográficas que comportam simultaneamente águas federais e
estaduais compreende esforços institucionais de harmonização de critérios e
procedimentos, de modo a não causar conflitos e distorções entre os usuários
daquela mesma bacia.
O modelo de gestão das bacias foi criado para tentar amenizar
qualquer tipo de conflito entre as esferas Federais e Estaduais, pois a
cobrança pelo uso de águas brutas em rios de domínio estadual, inseridos em
uma bacia de domínio federal, pode ser tributada em certos estados e em
outros não. Face ao exposto, abre-se lacunas para a criação de regras
diferenciadas que acabam desestimulando a participação daquele que já estão
sujeitos às regras definidas pelo comitê do rio principal, como é o caso da
Bacia Rio Paraíba do Sul, onde são cobrados os usos em rios de domínio da
União, o Rio de Janeiro já efetua a cobrança.
A associação Pró-gestão das Águas da Bacia Rio Paraíba do Sul,
AGEVAP pelo CNRH para o exercício de funções de Agência de Água da
Bacia Rio Paraíba do Sul, em 2004, a apropria ANA executou a aplicação dos
recursos oriundos das cobranças em ações definidas pelo Comitê para
Integração da Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul – CEIVAP. Quando a
AGEVAP recebeu a delegação de competência, possível a partir da edição da
9
medida provisória nº 165, de 11/02/2004, transformada posteriormente na Lei
nº 10.881/04 e passou a gerir e aplicar os recursos repassados por meio do
Contrato de Gestão firmado com a ANA, com o consentimento do Comitê da
Bacia, a aplicação passou a ser feita pela própria AGEVAP.
10
CAPÍTULO I
Recursos Hídricos
A água pura (H2O) é um líquido formado por átomos de hidrogênio e
oxigênio. Na natureza, ela é composta por gases como oxigênio, dióxido de
carbono e nitrogênio, dissolvidos entre as moléculas de água. Também fazem
parte desta solução líquida sais, como nitratos, cloretos e carbonatos;
elementos sólidos, poeira e areia podem ser carregados em suspensão.
Outras substâncias químicas dão cor e gosto à água. Íons podem causar uma
reação quimicamente alcalina ou ácida. As temperaturas apresentam variação
de acordo com a profundidade e com o local onde a água é encontrada,
constituindo-se em fatores que influenciam no comportamento químico.
A água é um recurso natural finito que ocorre na natureza nos vários
estágios do chamado ciclo hidrológico, destacando-se: as precipitações
atmosféricas; os cursos d’água interiores, os que fluem, provém ou são
compartilhados entre países ou estados vizinhos; os recursos hídricos
costeiros, formados pelas águas dos oceanos, em conjunto com os estuários
vizinhos; os aqüíferos, os reservatórios de águas subterrâneas, geleiras e
neves eternas.
As águas utilizadas para consumo humano e para as atividades sócio-
econômicas são retiradas de rios, lagos, represas e aqüíferos, também
conhecidos como águas interiores.
No Brasil, excetuando-se o semi-árido nordestino, as demais regiões
possuem disponibilidades em quantidades suficientes para as atividades
industriais, irrigação e para o abastecimento doméstico. Entretanto, a ausência
de saneamento e o lançamento de efluentes domésticos e industriais, sem
qualquer tratamento, na grande maioria dos corpos d’água, resultam em
extensa degradação da qualidade destas águas, definindo um quadro
paradoxal de escassez.
11
Devido à grande extensão territorial do Brasil, ocorrem,
simultaneamente, grandes variações no regime climatológico e hidrológico.
Buscando agrupar regionalmente os comportamentos característicos dos
processos envolvidos, podem ser identificadas oito regiões, ou grandes bacias.
1.1 Bacia Hidrográficas no Brasil
Bacia Hidrográfica é a área ocupada por um rio principal e todos os
seus tributários, cujos limites constituem as vertentes, que por sua vez limitam
outras bacias. No Brasil, a predominância do clima úmido propicia uma rede
hidrográfica numerosa e formada por rios com grande volume de água.
As bacias hidrográficas brasileiras são formadas a partir de três
grandes divisores: Planalto Brasileiro, Planalto das Guianas e a Cordilheira dos
Andes.
Ressaltam-se oito grandes bacias hidrográficas existentes no território
brasileiro: a do Rio Amazonas, do Rio Tocantins, do Atlântico Sul, trechos Norte
e Nordeste, do Rio São Francisco, as do Atlântico Sul, trecho leste, a do Rio
Paraná, a do Rio Paraguai e as do Atlântico Sul, trecho Sudeste.
Em território brasileiro estima-se que são drenados 257.790 m³/s, em
termos de descarga média de longo período. Cerca de 92% deste valor estão
em seis grandes bacias hidrográficas,com as vazões médias seguintes:
Amazonas, 209.000 m³/s; Paraná (inclusive Iguaçu), 11.000 m³/s:
Paraguai,
1.290m³/s; Uruguai, 4.150m³/s; São Francisco, 2.850m³/s. Cabe ainda
destaque, na vertente atlântica, aos rios Parnaíba (800 m³/s), Jaguaribe (133
m³/s), Mundaú (30 m³/s), Paraíba (27 m³/s) e Paraguaçu (113m³/s), na região
Nordeste; aos rios
Doce (1.140 m³/s), Paraíba do Sul/Guandu (900m³/s), Ribeira do
Iguape(540 m³/s), ltajaí (270 m³/s) e Guaíba (1.740 m³/s) nas regiões Sudeste
e Sul.
12
1.2 Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul
Formado pela confluência dos rios Paraitinga e Paraibuna, o rio
Paraíba do Sul nasce na Serra da Bocaina, no Estado de São Paulo, fazendo
um percurso total de 1.120Km, até a foz em Atafona, no Norte Fluminense. A
bacia do rio Paraíba do Sul está situada entre as latitudes 20°26’ e 23°39’S e
as longitudes de 41° e 46°30’W, estende-se pelo território de três estados -
São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro - e é considerada, em superfície,
uma das três maiores bacias hidrográficas secundárias do Brasil, abrangendo
uma área aproximada de 57.000km².
No Estado do Rio de Janeiro, o rio Paraíba percorre 37 municípios,
numa extensão de 500Km, praticamente quase a metade do território do
Estado. Sua importância estratégica para a população fluminense pode ser
avaliada pelo fato de que o rio Paraíba do Sul é a única fonte de
abastecimento de água para mais de 12 milhões de pessoas, incluindo 85%
dos habitantes da Região Metropolitana, localizada fora da bacia, seja por
meio de captação direta para as localidades ribeirinhas, seja por meio do rio
Guandu, que recebe o desvio das águas do rio Paraíba para aproveitamento
hidrelétrico. Nesta bacia, está localizado o sistema hidroenergético de Furnas
Centrais Elétricas, representado pelo reservatório de Funil e da empresa Light,
constituído por 5 reservatórios: Santa Cecília, Vigários, Santana, Tocos e
Lajes.
Em Barra do Piraí, 2/3 da vazão do rio Paraíba, cerca de 160m³ de
águas é captada e bombeada na elevatória de Santa Cecília, para as usinas
do Sistema Light, as quais, juntamente com uma vazão de até 20m³/s desviada
do rio Piraí, contribuem para o rio Guandu, onde se localizam a captação e a
estação de tratamento de água da Cedae.
13
A evolução e diversificação das atividades produtivas na bacia do rio
Paraíba do Sul estabeleceu uma situação de conflitos entre os usuários da
água. Os reservatórios representam o elemento fundamental do sistema
hídrico, enquanto regularizador da vazão do rio para a produção de
hidroeletricidade e fonte de água. Entretanto, quando os recursos hídricos
eram abundantes em relação às demandas, mesmo com prioridade de uso
para produção de energia elétrica, não se registraram conflitos pelo uso da
água na bacia do rio Paraíba do Sul, situação que mudou com o
desenvolvimento e a necessidade de atender aos múltiplos usuários da água,
tornando a gestão mais complexa diante dos diferentes atores sociais
envolvidos.
Assim, na condição de usuário de jusante, o Estado do Rio de Janeiro
se vê sob o impacto dos usos conflitantes do rio Paraíba do Sul: de um lado,
água destinada ao abastecimento público, e o alto crescimento da demanda de
energia elétrica, do outro, destino final de esgotos, de efluentes industriais,
agricultura, erosão, assoreamento, desmatamento das margens, entre outros.
Apesar de sua vital importância para o Rio de Janeiro, o Paraíba do Sul é rio
de jurisdição federal, pois se estende por três estados da Federação. Nessa
condição, desde a década de 80, a gestão ambiental do rio Paraíba do Sul é
feita pelo Comitê Executivo de Estudos Integrados da Bacia Hidrográfica do
Rio Paraíba do Sul - CEIVAP (Decreto nº 87.561/82), tendo sido revitalizada,
posteriormente, com a aprovação da Lei nº 9433/97, da Política Nacional de
Recursos Hídricos.
A considerável expansão demográfica e o intenso e diversificado
desenvolvimento industrial ocorridos nas últimas décadas na Região Sudeste,
refletem-se na qualidade das águas do rio Paraíba, podendo-se citar como
fontes poluidoras mais significativas as de origem industrial, doméstica e da
agropecuária, além daquela decorrente de acidentes em sua bacia.
14
O trecho fluminense do rio é predominantemente industrial, sendo a
mais crítica a região localizada entre os municípios de Resende, Barra Mansa
e Volta Redonda, e onde se encontram as indústrias siderúrgicas, químicas e
alimentícias, entre as quais se destaca a Companhia Siderúrgica Nacional
(CSN), da qual originava a maior parte da carga poluente lançada nesse
trecho. Entretanto, considerando-se que as ações de controle da poluição
industrial aplicadas vêm sendo bastante efetivas, observa-se uma diminuição
expressiva dos níveis de poluição por lançamentos industriais.
Ao mesmo tempo, a bacia do rio Paraíba do Sul é especialmente
sujeita a acidentes, não só pela expressiva concentração de indústrias de
grande potencial poluidor, como pela densa malha rodo-ferroviária, com
intenso movimento de cargas perigosas que trafegam pelas rodovias
Presidente Dutra (Rio-São Paulo) e BR-040 (Rio-Juiz de Fora), e acidentes
ocorridos em outros estados que chegam até o Paraíba através de seus rios
afluentes.
A ocorrência de desmatamentos nas margens na bacia hidrográfica do
rio Paraíba do Sul é o principal processo responsável pelo assoreamento. A
vegetação da bacia do rio Paraíba do Sul encontra-se bastante alterada devido
às diversas formas de ocupação e uso do solo, que resultaram em processos
de erosão e assoreamento do rio. Contudo, atualmente, a mais notória e
prejudicial fonte de poluição da bacia do rio Paraíba do Sul são os efluentes
domésticos e os resíduos sólidos oriundos das cidades de médio e grande
portes localizadas às margens do rio. A única ação capaz de reverter esta
situação é a implantação de estações de tratamento de esgotos e construção
de aterros sanitários e usinas de beneficiamento de lixo domiciliar.
15
CAPÍTULO II
A Bacia Rio Paraíba do Sul
SITUAÇÃO
A bacia do rio Paraíba do Sul situa-se na região Sudeste do Brasil e
ocupa aproximadamente 55.400 km2, compreendendo os estados de São
Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A bacia abrange 180 municípios, com
uma população total de 5.588.237, 88,79% da qual vive nas áreas urbanas. A
bacia situa-se na região da Mata Atlântica, que se estendia, originariamente,
por toda a costa brasileira. No entanto, somente 11% da sua área total é
ocupada pelos remanescentes da floresta, a qual se ode encontrar nas regiões
mais elevadas e de relevo mais acidentado.
2.1 Histórico da Região
Apesar de se estender por uma área tão vasta, os diferentes trechos
estaduais que compõem o vale do rio Paraíba do Sul, que recorta parte do
território de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, no sudeste brasileiro,
partilham uma história comum fundamental para o desenvolvimento da região.
Estudos arqueológicos mostram que a região, no período pré-colonial,
era ocupada por índios, na sua maioria das tribos Tupi e Guarani. Os vestígios
encontrados refletem uma história de mais de mil anos, onde o impacto da
população indígena na natureza não parecia ser significativo.
A ocupação da bacia do rio Paraíba do Sul pelo homem branco iniciou-
se na segunda metade do século XVI, com o objetivo de caça aos índios que
habitavam a região, para trabalharem na lavoura de cana-de-açúcar: os
goitacazes, na região da foz no norte fluminense e, Paraíba acima, os puris e
coroados habitantes primitivos da bacia. Esse processo se deu ao longo dos
16
diversos ciclos econômicos: da cana-de-açúcar (século XVII),
do café (final do século XVIII e século XIX), chegando ao ciclo industrial, no
século XX. Todas essas atividades econômicas foram desenvolvidas de forma
predatória, contribuindo para que a bacia chegasse ao estado de degradação
ambiental em que se encontra hoje. Os primeiros povoados surgiram junto à
foz, no estado do Rio de Janeiro, e no Vale do Paraíba Paulista, em torno da
atividade canavieira.
No século seguinte, com a descoberta e exploração de metais e
pedras preciosas em Minas Gerais, intensificou-se a ocupação da região,
especialmente ao longo dos caminhos que, atravessando a bacia,
estabeleceram a ligação da zona mineradora com São Paulo e o Rio de
Janeiro, para escoamento da produção. Foi com a cultura do café, a partir do
final do século XVIII e intensificada no decorrer do século XIX, que a ocupação
da bacia do Paraíba do Sul, tomou impulso. Esta dinâmica comercial, nos
finais do século XVIII, é substituída pelas culturas do café e da cana-de-
açúcar, que se expandem por todo o vale.
O cultivo do café deu início ao processo de desmatamento e à
ocupação extensiva da bacia, determinando um processo de alteração drástica
da paisagem regional. Rapidamente, a bacia do Paraíba tornou-se responsável
pela quase totalidade da produção cafeeira do país. Navegável em poucos
trechos, o rio Paraíba do Sul, no século XIX, foi utilizado como via de
transporte, para escoar a produção de café de Barra do Piraí. Acompanhado a
expansão dos cafezais, as estradas de ferro penetravam e ultrapassavam o
Vale do Paraíba do Sul.
Em meados do século XIX, o solo começa a apresentar visíveis sinais
de cansaço. Estes aliados ao fim da escravatura e à crescente dificuldade de
obter terras férteis resultam no declínio da cafeicultura. Com esta mudança
assistiu-se, por um lado, à expansão da criação de gado leiteiro, e por outro, a
uma migração da população rural para áreas urbanas.
17
A agricultura, praticada geralmente sem respeito pela capacidade de
uso das terras, é pouco expressiva e representa uma das mais importantes
fontes de poluição dos solos e das águas pelo uso descontrolado de
fertilizantes e agrotóxicos. A cana-de-açúcar mantém-se a principal cultura na
bacia, embora a sua produção comece também a entrar em declínio.
A estagnação econômica e social resultante da crise do café e da
cana-de-açúcar foi gradualmente superada através de um lento processo de
industrialização baseado na boa infra-estrutura de transportes herdada da
época áurea comercial aliada à posição geográfica.
Com o início do século XX, a atividade industrial tornou-se o eixo de
desenvolvimento da bacia. O processo de industrialização de São Paulo e a
implantação, em 1946, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) na cidade
de Volta Redonda/RJ permitiram a integração econômica dos estados do Rio
de Janeiro e São Paulo, transformando a bacia num dos eixos de comunicação
e desenvolvimento cruciais para a região e para o país, graças às condições
excepcionais que oferecia – suprimento de água, energia suficiente, mercado
consumidor e fácil escoamento da produção.
Esse crescimento vertiginoso das cidades, devido à rápida
industrialização, trouxe desenvolvimento, mas, também, inúmeros problemas,
entre eles, a poluição do ar, das águas e do solo, para cuja solução há ainda
necessidade de medidas urgentes e em alguns casos bem radicais.
A expansão e intensificação do desenvolvimento industrial exigiram a
construção de novas rodovias, acelerada pela implantação da indústria
automobilística, complementando assim o sistema viário já existente.
18
2.2 Dados Geoambientais
A bacia do rio Paraíba do Sul situa-se na região sudeste do Brasil.
Ocupa área de aproximadamente 55.500 km², estendendo-se pelos estados de
São Paulo (13.900 km²), Rio de Janeiro (20.900 km²) e Minas Gerais (20.700
km²), abrangendo 180 municípios - 88 em Minas Gerais, 53 no Estado do Rio e
39 no estado de São Paulo. A área da bacia corresponde a cerca de 0,7% da
área do país e, aproximadamente, a 6% da região sudeste do Brasil. No Rio de
Janeiro, a bacia abrange 63% da área total do estado; em São Paulo, 5% e em
Minas Gerais , apenas 4%. O ponto culminante é o Pico das Agulhas Negras
com 2.787 metros.
A bacia do rio Paraíba do Sul é limitada ao Norte pelas bacias dos rios
Grande e Doce e pelas serras da Mantiqueira, Caparaó e Santo Eduardo. A
Nordeste, a bacia do rio Itabapoana estabelece o limite da bacia. Ao Sul, o
limite é formado pela Serra dos Órgãos e pelos trechos paulista e fluminense
da Serra do Mar. A Oeste, pela bacia do rio Tietê, da qual é separada por meio
de diversas ramificações dos maciços da Serra do Mar e da Serra da
Mantiqueira.
2.3 Os principais afluentes ao rio Paraíba do Sul
Pela margem esquerda: rios Jaguari, Paraibuna (desenvolve seu
curso, numa extensão de 180 km, em território mineiro, entre seus afluentes
merecem destaque os rios do Peixe e Preto, banha a cidade de Juiz de Fora),
Pirapetinga, Pomba (rio com 300 km de curso; sua foz está próxima a Itaocara,
limite entre os trechos médio e baixo Paraíba) e Muriaé (rio com 250 km de
extensão, o curso inferior, em território fluminense, apresenta características
de rio de planície).
19
Pela margem direita: rios Una, Bananal, Piraí (é um rio cujas
características hidráulicas e sedimentológicas encontram-se bastante
modificadas, uma vez que possui dois barramentos, Tocos e Santana, em seu
curso e um barramento no Vigário, afluente pela margem direita), Piabanha
(com 80 km de extensão, banha os municípios de Petrópolis, Areal e Três
Rios,seu principal afluente é o rio Paquequer, de 75 km de curso, que banha
Teresópolis e São José do Vale do Rio Preto) e Dois Rios (formado pela
confluência dos rios Negro e Grande).
Os rios Pomba e o Muriaé são os maiores e deságuam,
respectivamente, a 140 e a 50 quilômetros da foz. O trecho inferior entre a foz
e São Fidélis, numa extensão de aproximadamente 90Km, possui uma
declividade de 22cm/Km. Existe uma navegação incipiente efetuada por
pequenas embarcações que transportam, essencialmente, material de
construção para o município de Campos. No trecho médio superior, entre
Cachoeira Paulista e Guararema, numa extensão de aproximadamente
280Km, apesar da pequena declividade de 19cm/Km, a navegação restringe-
se a embarcações de turismo.
Diversos acidentes prejudicam a navegação no Paraíba do Sul: saltos,
corredeiras, trechos de forte declividade, bem como obras efetuadas para fins
hidrelétricos sem previsão de transposição de níveis. Outros fatores
impeditivos são a existência de um número apreciável de pontes rodoviárias e
ferroviárias, a proximidade de rodovias e ferrovias margeando o rio e a
localização de várias cidades junto às suas margens.
Com relação à cobertura vegetal e uso do solo, pouco resta da
cobertura florestal original. No estado de São Paulo as florestas (latifoliada
tropical ou mata da bacia do Paraná no planalto ocidental, e latifoliada tropical
úmida da encosta ou Mata Atlântica, no planalto cristalino) recobriam
originalmente cerca de 80% da sua superfície (nas regiões mais elevadas,
como na Mantiqueira e na Bocaina, com ocorrência da araucária ou pinheiro-
do-paraná).
20
Devastadas com o avanço da ocupação agrícola, restam menos de 5%
da área original, basicamente na encostas da serra do Mar. O cerrado, que
correspondia a pouco mais de 15% da cobertura vegetal primitiva, ocorria em
manchas dispersas, nas áreas de solos mais pobres da depressão periférica e
do planalto ocidental. Os campos (1,5% da superfície estadual) aparecem na
porção sul da depressão periférica como extensão dos campos gerais
paranaenses, e nas áreas mais elevadas do planalto, como na Mantiqueira,
onde ocorrem associados a capões de araucárias.
Atualmente 70% de sua área é formada por pastagem; 27% por
culturas, reflorestamento e outros; e apenas 11% por florestas nativas (Mata
Atlântica), que ainda subsistem em áreas da Serra dos Órgãos e dos parques
nacionais da Serra da Bocaina e de Itatiaia. O predomínio é de
campos/pastagens, que ocupam geralmente áreas de relevo movimentado e
com altas declividades, o que favorece os processos erosivos.
Ao longo da várzea do rio Paraíba do Sul, encontram-se pequenas
manchas de vegetação remanescente, a maioria delas sendo de vegetação
secundária, ou seja, aquela que ressurge após a retirada da vegetação
original. A antiga mata galeria ou ciliar que se formou ao longo do rio, é
constituída agora por árvores de pequeno porte, arbustos e vegetação típicas
de terrenos alagadiços. Estas poucas manchas estão localizadas entre os
municípios de São José dos Campos e Taubaté e entre Aparecida e
Guaratinguetá.
Existem também em terrenos limítrofes a área de várzea, grandes
áreas destinadas ao reflorestamento, especialmente de eucaliptos e pinus,
localizados entre Pindamonhangaba e Roseira e também próximo a
Tremembé.
21
A população da bacia é estimada em 5,5 milhões de habitantes, sendo
1,8 milhão no estado de São Paulo, 2,4 milhões no Rio de Janeiro e 1,3 em
Minas Gerais. Cerca de 16% da população fluminense reside na bacia do
Paraíba, contra 5% dos paulistas e apenas 7% dos mineiros (IBGE 2000).
Aproximadamente 14,2 milhões de pessoas, somados os 8,7 milhões
de habitantes da região metropolitana do Rio de Janeiro, se abastecem das
águas da Bacia do Rio Paraíba do Sul.
Em termos gerais, os usos da água abarcam as atividades humanas
em seu conjunto. Neste sentido, a água pode servir para consumo ou como
insumo em algum processo produtivo.
A disponibilidade do recurso é cada vez menor, por um lado, porque
deve ser compartilhado por atividades distintas e por outro, porque não é
utilizado racionalmente.
Os principais usos da água na bacia são: abastecimento, diluição de
esgotos, irrigação e geração de energia hidroelétrica e, em menor escala, há a
pesca, aqüicultura, recreação, navegação, entre outros.
A captação de água para abastecimento corresponde a 64 mil litros por
segundo (17 mil para abastecimento domiciliar da população residente na
bacia, mais 47 mil para o abastecimento da Região Metropolitana do Rio de
Janeiro). Para uso industrial a captação é estimada em 14 mil l/s, e para uso
agrícola 30 mil l/s).
A atividade pesqueira na bacia desenvolve-se principalmente no baixo
curso dos rios Paraíba do Sul, Muriaé e Dois Rios. A pesca esportiva é
praticada em toda a bacia, enquanto a aqüicultura vem-se expandindo nos
últimos anos.
O uso da água para recreação ocorre principalmente nas regiões
serranas, nas nascentes de diversos cursos d'água, onde há cachoeiras e a
canoagem é bastante difundida. Na bacia do Paraibuna (MG-RJ),
22
principalmente nos municípios situados na sub-bacia do rio Preto, as
cachoeiras constituem o principal atrativo turístico. Uma nova modalidade de
esporte, o rafting, vem sendo praticada no rio Paraibuna, entre o município de
Levy Gasparian (RJ) e a confluência com o rio Paraíba do Sul, no município de
Três Rios (RJ).
As principais usinas hidrelétricas na bacia são, no estado de São Paulo:
Paraibuna/Paraitinga, Jaguari (CESP), Santa Branca (LIGHT); no estado do
Rio de Janeiro: Funil (FURNAS), Nilo Peçanha, Fontes Velha, Fontes Nova,
Pereira Passos e Ilha Pombos (LIGHT).
Apesar da bacia do rio Paraíba do Sul ser fortemente urbanizada e
industrializada, o principal usuário da água, em termos de volume de captação,
é o setor de irrigação (49,73 m3/s), se não se considerarem as transposições
dos rios Paraíba do Sul (160 m3/s) e Piraí (20 m3/s) para a Região
Metropolitana do Rio de Janeiro(RMRJ). O abastecimento urbano utiliza cerca
de 16,50 m3/s enquanto que o setor industrial capta 13,65 m3/s, superando
somente o setor de pecuária, cujo consumo é inferior a 4 m3/s.
A bacia é caracterizada por uma diversidade de indústrias, desde a
química à metalúrgica, à produção de papel. No trecho paulista o número de
empresas de grande porte - setores químico, metalúrgico - e alto potencial
poluente é expressivo. Mas é no trecho fluminense, na região do médio
Paraíba, que a questão da poluição é mais crítica, uma vez que esta região
concentra a maioria das empresas industriais da bacia.
O norte fluminense é caracterizado por indústrias distintas das outras
regiões da bacia, incluindo usinas de álcool e açúcar, e empresas de bebidas;
enquanto que na região serrana predominam empresas têxteis e metalúrgicas.
23
No trecho mineiro, as principais indústrias concentram-se na sub-bacia
do rio Paraibuna. Recentemente, um número significativo destas empresas
instalou sistemas de tratamento de efluentes, não eliminando, no entanto, a
ocorrência de lançamentos de cargas tóxicas nos rios.
A pecuária é a atividade econômica que ocupa maior extensão na
bacia. Cerca de 70% das terras estão cobertos por campos/pastagens,
degradados em maioria pelas freqüentes queimadas e pelo pisoteio do gado
em fortes declividades. A agricultura ocupa uma área bem menor (menos de
10%), mas representa uma das mais importantes fontes de poluição do solo e
da água pelo uso descontrolado de fertilizantes e agro-tóxicos.
A bacia do Paraíba do Sul, segundo estudo realizado pelo Instituto de
Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Ipea), em 2005, é responsável pela
produção de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Mais de 14 milhões
de pessoas dependem das águas do rio Paraíba do Sul, de onde são extraídos
praticamente cinco bilhões de litros de água todos os dias. O rio Doce, da
mesma região hidrográfica, também registra uso intensivo para fins industriais.
Nele, estão concentradas oito mil indústrias, a maioria siderúrgicas.
O aumento substancial do abastecimento de água da população
urbana na bacia, nas últimas décadas, não foi acompanhado dos mesmos
índices de coleta de esgotos e, principalmente, do seu tratamento, provocando
impactos negativos importantes na qualidade das águas. A poluição doméstica
é atualmente considerada como a mais crítica da bacia.
Para a avaliação da disponibilidade hídrica na bacia, é necessário o
conhecimento das séries históricas de diversos dados hidrometeorológicos e o
monitoramento constante das águas da bacia. As informações hidrológicas
24
são, cada vez mais, consideradas estratégicas para o gerenciamento dos
recursos hídricos, além de essenciais para o desenvolvimento de projetos em
vários segmentos da economia, como agricultura, transporte, energia e meio
ambiente.
Existem 1.119 estações de monitoramento hidrometeorológico na
bacia cadastradas no Banco de dados HIDRO, sendo 523 em operação e 596
fora de operação. Das estações em operação, 286 são pluviométricas e 240
são estações fluviométricas. Destas últimas, 15 são de qualidade de água. As
estações fluviométricas que monitoram a qualidade de água medem até cinco
parâmetros: condutividade elétrica, pH, O2 dissolvido, temperatura do ar e da
água e, eventualmente, turbidez. O monitoramento da qualidade da água para
fins de controle ambiental é realizado pelos órgãos ambientais: CETESB/SP,
FEEMA/RJ e FEAM/MG. Monitoram vários parâmetros biológicos, físico-
químicos, toxicológicos e microbiológicos.
Além das estações de monitoramento, está sendo implantado o
Sistema de Alerta da Qualidade das Águas da bacia do Rio Paraíba Sul. Neste
Sistema, em nove pontos de monitoramento fluviométrico na bacia são
monitorados quatro parâmetros, duas vezes ao dia. Os dados são transmitidos
via telefonia celular. O observador pode “alertar” para qualquer problema
identificado (inclusive visualmente).
A utilização e elaboração de mapas temáticos é fundamental para o
planejamento das ações relacionadas à gestão dos recursos hídricos na bacia
hidrográfica.
O monitoramento dos reservatórios, como instrumento de gestão dos
recursos hídricos, consiste em realizar o acompanhamento dos seus níveis
d'água e das vazões afluentes e defluentes aos mesmos, servindo de suporte
para a tomada de decisões sobre a sua operação, de forma a permitir o uso
múltiplo dos recursos hídricos.
25
A Agência Nacional de Águas - ANA tem a atribuição de definir e
fiscalizar as condições de operação de reservatórios por agentes públicos e
privados, visando garantir o uso múltiplo dos recursos hídricos, conforme
estabelecido nos planos de recursos hídricos existentes e, no caso de
reservatórios de aproveitamentos hidrelétricos, tais definições serão efetuadas
em articulação com o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS contratou serviço
especializado de estimativa das vazões para atividades de uso consuntivo da
água em bacias do Sistema Interligado Nacional – SIN. Na bacia do Paraíba
do Sul, foi feita a estimativa das séries das vazões de retirada, de retorno e de
consumo da água, para cada município das bacias de contribuição dos
aproveitamentos hidrelétricos no rio Paraíba do Sul.
Esta estimativa abrangeu a evolução histórica das séries no período de
1931 a 2003 e, por meio do estabelecimento de cenários evolutivos setoriais, o
comportamento dessas séries até 2010.
As categorias de uso consideradas foram: irrigação, abastecimento
urbano, abastecimento rural, criação animal e abastecimento industrial.
Há diversos fatores que contribuem para a degradação da qualidade
das águas da bacia, tais como: a disposição inadequada do lixo;
desmatamento indiscriminado com a conseqüente erosão que acarreta o
assoreamento dos rios, agravando as conseqüências das enchentes; retirada
de recursos minerais para a construção civil sem a devida recuperação
ambiental; uso indevido e não controlado de agrotóxicos; extração abusiva de
areia; ocupação desordenada do solo; pesca predatória; entre outros.
Com relação ao saneamento básico, a situação de degradação é
crítica: 1 bilhão de litros de esgotos domésticos, praticamente sem tratamento,
são despejados diariamente nos rios da bacia do Paraíba - 90% dos
municípios da bacia não contam com estação de tratamento de esgotos. Aos
26
efluentes domésticos soma-se 150 toneladas de DBO (Demanda Bio-Química
de Oxigênio) por dia, correspondente à carga poluidora derivada dos efluentes
industriais orgânicos (sem contar os agentes tóxicos, principalmente metais
pesados). A carga poluidora total da bacia do Paraíba, de origem orgânica,
corresponde a cerca de 300 toneladas de DBO por dia, dos quais cerca de
55% derivam de efluentes domésticos, e 45% industriais.
Ao longo dos anos, a bacia do rio Paraíba do Sul sofreu inúmeras
intervenções, capazes de produzir expressivas modificações no desempenho
dos corpos hídricos em situações normais e de extremos. Ações antrópicas na
bacia tais como o desmatamento, o manejo inadequado da terra, a ocupação
desordenada do solo e das encostas, os despejos in natura de efluentes
domésticos e industriais e as extrações descontroladas de areia em cavas e
diretamente nas calhas, contribuíram para elevar consideravelmente a
produção de sedimentos e acelerar o assoreamento dos cursos de água
afluentes e do próprio rio Paraíba.
A incapacidade demonstrada pela administração pública para exercer
o controle sobre o processo de ocupação e o uso do solo, nos trechos urbanos
das sub-bacias Hidrográficas, tem possibilitado a ocorrência de inundações
das cidades banhadas pelo rio Paraíba do Sul que podem ser caracterizadas
como sendo de duas naturezas distintas, a saber: transbordamentos do rio
Paraíba do Sul com a inundação das áreas marginais e transbordamentos dos
cursos de água que efetuam as drenagens locais.
No primeiro caso, trata-se de inundações que podem ser consideradas
de caráter regional. Buscar evitá-las mediante intervenções estruturais na
calha do rio para aumentar a defesa das cidades é hoje de difícil
implementação, exceto em alguns pontos localizados. Nesse caso, a operação
dos reservatórios da bacia na laminação das cheias é a forma mais eficaz para
a proteção de alguns centros urbanos.
27
No segundo caso, transbordamento dos cursos de água urbanos, as
inundações têm caráter local e decorrem dos efeitos da degradação das áreas
rurais e da ocupação desordenada do solo urbano, com a ocupação das
margens e invasões de leitos por construções promovendo estrangulamentos.
Nesses casos, torna-se difícil e oneroso intervir nos estirões urbanos para a
execução dos serviços de manutenção ou para introduzir as adequações
necessárias. Nesse caso é essencial a introdução dos novos conceitos em
relação à drenagem urbana, por parte das administrações públicas, que
incluam, dentre outras, a necessidade de priorizar medidas não-estruturais, tais
como a delimitação das áreas de risco e a preservação de planícies de
inundação visando à proteção das cidades.
As cidades mais afetadas pelas cheias do rio Paraíba do Sul nos
últimos anos foram Barra Mansa, Volta Redonda e Barra do Piraí. Nitidamente,
observa-se que, devido à ausência de fiscalização ostensiva, a proteção
proporcionada pela UHE Funil favoreceu a ocupação intensa das margens ao
longo desses centros. Um dos casos mais graves de ocupação densa e
irregular acontece na cidade de Barra Mansa, na região da foz do rio Bananal.
2.4 Cobrança pelo uso da água
A cobrança pelo uso da água é um dos instrumentos de gestão de
recursos hídricos, previsto na Lei Federal de Recursos Hídricos, a Lei
9.433/07. Iniciada em março de 2003, a cobrança pelo uso da água bruta na
bacia do rio Paraíba do Sul é pioneira no cenário nacional por incidir, pela
primeira vez, sobre águas de domínio da União e por possibilitar o início efetivo
da gestão de uma bacia de rio federal.
Esta cobrança não deve ser entendida como mais um encargo ao setor
produtivo. De acordo com a Lei 9.433/07, em seu artigo 19, a cobrança pelo
uso da água objetiva: ‘reconhecer a água como bem econômico e dar uma
28
indicação do seu real valor; incentivar a racionalização seu uso e obter
recursos para o financiamento dos programas e intervenções previstos no
Plano da Bacia.
A cobrança não tem natureza tributária. Não é imposto nem taxa. É
preço público. Funciona como uma taxa condominial, sendo o seu valor fixado
em função das necessidades e capacidade de pagamento dos condôminos.
No caso da Bacia do Paraíba do Sul, cabe ao Comitê da Bacia, o CEIVAP,
determinar as prioridades para recuperação e proteção das águas, apontadas
no plano de investimento, que é parte do Plano da Bacia. O valor a ser
cobrado dos “condôminos” (usuários públicos e privados), é pactuado de forma
participativa com o poder público, os diversos setores usuários e a sociedade.
A implantação da cobrança pelo uso da água na bacia do rio Paraíba
do Sul é particularmente complexa devido às peculiaridades jurídicas-
institucionais relativas aos recursos hídricos no Brasil, notadamente tendo em
vista que há águas de domínio da União e águas dos Estados da Federação.
Essa particularidade implica a existência de sistemas de cobrança em nível da
União e dos três estados envolvidos com a gestão das águas da bacia. A
cobrança pelo uso dos recursos hídricos em rios de domínio dos estados de
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais está sujeita ao que estabelecem as
respectivas leis estaduais.
De fato, o arranjo global de implementação da cobrança na bacia do rio
Paraíba do Sul envolve, diretamente, pelo menos os seguintes órgãos e
organismos: ANA, Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) e CEIVAP
(em estreita articulação com os outros comitês de bacia e com os estados),
para as águas de domínio da União; Departamento de Águas e Energia
Elétrica (DAEE), Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH-SP) e
”Comitê paulista” (CBH-PS), para as águas de domínio paulista; no caso das
águas mineiras, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), o Conselho
Estadual de Recursos Hídricos (CERH-MG) e os Comitês das Bacias dos
Afluentes Mineiros dos Rios Pomba e Muriaé e dos Rios Preto e Paraibuna.
29
Para as águas de domínio do Estado do Rio de Janeiro, a
Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (SERLA), Conselho Estadual de
Recursos Hídricos (CERH-RJ), o Comitê da Bacia do Rio Piabanha e outros
comitês fluminenses que estão sendo instituídos.
A cobrança na bacia do rio Paraíba do Sul incide sobre o uso da água
bruta em rios de domínio da União e foi proposta conjuntamente pela ANA e
pelo CEIVAP, sob aprovação do CNRH.
A cobrança teve início com base no processo de regularização de usos
apoiado pelo cadastramento declaratório de usos de recursos hídricos na
bacia, que se encontra disponível no Cadastro Nacional de Usuários de
Recursos Hídricos – CNARH. O pressuposto mais importante, na definição da
metodologia inicial de cobrança CEIVAP-ANA, foi a simplicidade conceitual e
operacional que possibilitasse sua aplicação, a curto prazo, tendo em vista as
atuais limitações de cadastro da bacia. Buscou-se as seguintes características:
simplicidade de cálculo, para que fosse de fácil compreensão e baseado em
parâmetros facilmente quantificáveis; aceitabilidade por parte dos usuários-
pagadores, facilitada pelo caráter participativo do processo na adoção da
metodologia de cobrança dos critérios e dos valores unitários no âmbito do
CEIVAP; sinalização do valor econômico da água e da importância do uso
racional dos recursos hídricos nos aspectos de quantidade e qualidade
(captação, consumo e lançamento de efluentes); minimização do risco de
impacto econômico nos usuários-pagadores, adotando-se valores baixos de
cobrança.
Em março de 2001, o CEIVAP aprovou a proposta inicial de cobrança
elaborada pelo Laboratório de Hidrologia e Estudos do Meio Ambiente da
COPPE/UFRJ, tanto no âmbito de suas Câmaras Técnicas quanto na sua
plenária de Campos dos Goytacazes. Era sabido, entretanto, que restava um
30
longo caminho até a operacionalização da cobrança. De fato, a discussão
aprofundada em torno das propostas metodológicas e dos critérios de
cobrança ocorreu entre a aprovação da proposta inicial e a sua posterior
modificação, em dezembro de 2001, pela plenária do CEIVAP de Resende-RJ.
É importante ressaltar que a metodologia e critérios de cobrança aprovados em
dezembro de 2001 tiveram caráter transitório, vigorando de março de 2003,
quando iniciou-se a cobrança, até dezembro de 2006.
Buscando aperfeiçoar o instrumento, o CEIVAP aprovou, em setembro
de 2006, a Deliberação nº 65/06, que estabelece novos mecanismos e valores
para a cobrança pelo uso dos recursos hídricos nos rios de domínio da União
da bacia do rio Paraíba do Sul, a vigorar a partir de janeiro de 2007.
Em outubro, foi aprovada a Deliberação nº 70/06, que estabelece mecanismos
diferenciados de pagamento pelo uso da água, com o intuito de incentivar
ações de melhoria da qualidade e da quantidade de água da bacia.
Em dezembro, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH, através da
Resolução nº 64/06, aprovou os novos mecanismo e valores propostos pelo
CEIVAP.
A nova metodologia em vigor desde janeiro de 2007 trouxe os
seguintes aperfeiçoamentos ao instrumento cobrança pelo uso da água na
bacia do rio Paraíba do Sul: Incorpora a carga orgânica lançada (DBO), ao
passo que a metodologia em vigor até 2006 previa a cobrança sobre a vazão
lançada; Considera a vazão efetivamente utilizada no cálculo da cobrança, por
meio de medição da vazão captada e lançada; inclui coeficiente que considera
classe de enquadramento no ponto de captação; Permite a ponderação da
cobrança pelo consumo entre União e Estados; Permite a inclusão de
coeficientes que levam em conta as boas práticas pelo uso da água. Introduz
um novo coeficiente (KGestão) que possibilita zerar o valor a ser cobrado, se
houver descumprimento, pela ANA, do Contrato de Gestão celebrado com a
31
Agência da Bacia - AGEVAP, instrumento que assegura o retorno para a bacia
dos recursos arrecadados com a cobrança.
32
CAPÍTULO III
Gestão e Legislação da
Bacia Rio Paraíba do Sul
Vários organismos de bacia, originários de processos
organizativos distintos, compõem hoje o arranjo institucional interno da bacia: o
Comitê de integração da bacia do rio Paraíba do Sul, os Comitês de sub-
bacias ou de parte da bacia e outros tipos de organismos de bacia, como
consórcios intermunicipais e associações de usuários.
3.1 Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (CBH-
PS)
O processo de formação do CBH-PS decorreu da aplicação da
lei das águas paulista (Lei 7,663/91), tendo sido iniciado pela Diretoria de
Bacia do rio Paraíba do Sul do Departamento de Águas e Energia Elétrica de
São Paulo (DAEE/SP - Taubaté). O CBH-PS revela um grau de autonomia
técnica superior a outros comitês, fruto do envolvimento do DAEE no processo
de criação e no funcionamento do mesmo. O CBH-PS elaborou e aprovou o
Plano de Recursos Hídricos 2001-2003 para a área sob sua jurisdição, cuja
concepção e discussão foram realizadas no seio da Câmara Técnica de
Planejamento.
3.2 Comitê para a Integração da Bacia Hidrográfica do Rio
Paraíba do Sul (CEIVAP)
O CEIVAP foi criado em 1996 pelo Decreto Federal 1.842, tendo
como área de abrangência a totalidade da bacia do rio Paraíba do Sul. O
CEIVAP estruturou em Março de 2000 o seu escritório técnico de apoio
33
viabilizada, na sua maior parte, pela Secretaria de Recursos Hídricos do
Ministério do Meio Ambiente e, desde Julho de 2001, pela Agência Nacional de
Águas (ANA). Este investimento em recursos humanos técnicos surge em
resposta a uma carência técnica e logística sentida desde a criação do Comitê.
A atuação do CEIVAP nos últimos anos tem privilegiado a criação da sua
Agência de Bacia e a operacionalização da cobrança pelo uso da água, ambas
previstas para o ano 2002. Na verdade, a bacia do rio Paraíba do Sul constitui
a bacia pioneira na implementação do sistema de gestão dos recursos hídricos
em bacias de rios de domínio da União e, por essa razão, o CEIVAP tem
contado com um apoio significativo por parte da ANA, a quem incumbe tal
tarefa.
3.3 Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do
Rio Paraíba do Sul (AGEVAP)
É uma associação civil, sem fins lucrativos, que tem por finalidade
básica dar apoio técnico e operacional à gestão dos recursos hídricos da Bacia
Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, com sede na cidade de Resende-RJ. Esta
foi reconhecida pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH, através
da Resolução nº 38, de 26 de março de 2004 cm entidade delegatária das
funções de Agência de Água.
3.4 Comitê de Sub-Bacias Hidrográficas dos Rios Pomba e
Muriaé (CEHIPOM)
O CEHIPOM é o Comitê mais recente da bacia do rio Paraíba do
Sul, tendo sido constituído em 2001. A Secretaria Executiva do Comitê foi
assegurada financeiramente de forma tripartida: o cargo de Secretário
Executivo, pela Agência Nacional de Águas (ANA) e os técnicos, pelos
34
Consórcios dos rios Muriaé e Pomba (um cada). Os cargos da Diretoria são
eleitos pelo Plenário, garantindo a presença dos dois estados na mesma.
Desde a sua criação, o CEHIPOM tem-se dedicado à sua estruturação e
instalação e participado ativamente na agenda do CEIVAP, notadamente nas
discussões envolvendo a cobrança pelo uso da água e a criação da Agência
de Bacia desse Comitê de Integração.
3.5 Legislações Regentes
3.5.1 Decreto nº 24.643 de 10 de julho de 1934.
Decreta o código de Águas.
3.5.2 Lei nº 9433 de 08 de janeiro de 1997.
Instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do
art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de
março de 1990 que modificou a Lei nº 7.990 de 28 de dezembro de 1989.
3.5.3 Lei 9.984 de 17 de julho de 2000.
Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas – ANA, entidade
federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de
Coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e
dá outras providências.
35
3.5.4 Lei nº 10.881 de 09 de junho de 2004.
Dispõe sobre os contratos de gestão entre a Agência Nacional de
Águas e entidades delegatárias das funções de Agências de Águas relativas à
gestão de recursos hídricos de domínio da União e dá outras providências.
3.5.5 Lei nº 11.514, de 13 de agosto de 2007.
Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e execução da Lei
Orçamentária de 2008 e dá outras providências, Brasília.
3.5.6 Decreto nº 3.692, de 19 de dezembro de 2000.
Dispõe sobre a instalação, aprova a Estrutura Regimental e o Quadro
Demonstrativo dos Cargos Comissionados e dos Cargos Comissionados
Técnicos da Agência Nacional de Águas - ANA, e dá outras providências,
Brasília. 990, de 28 de dezembro de 1989, Brasília.
3.5.7 Resolução Conjunta ANA, DAEE, SERLA e IGAM nº 479,
de 12 de novembro de 2007.
Estabelece diretrizes gerais para medição e controle dos volumes
captados e lançados nos corpos d’água, em seus aspectos de quantidade e
qualidade, para fins de cobrança pelo uso de recursos hídricos nas bacias
hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí e do rio Paraíba do Sul e
dá outras providências.
36
3.5.8 Resolução nº 308, de 06 de agosto de 2007.
Dispõe sobre os procedimentos para arrecadação das receitas
oriundas da cobrança pelo uso de recursos hídricos em corpos d’água de
domínio da União.
3.5.9 Resolução nº 130, de 05 de dezembro de 2001.
Dispõe sobre os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de
Recursos Hídricos que devem ser aplicados prioritariamente na bacia
hidrográfica em que foram gerados, nos termos do art. 22 da Lei nº 9.433.
3.6.0 Resolução nº 102, de 25 de maio de 2009.
Estabelece as prioridades para aplicação dos recursos provenientes da
cobrança pelo uso de recursos hídricos, referidos no inc. II do § 1º do art. 17
da Lei nº 9.648, de 1998, com a redação dada pelo art. 28 da Lei nº 9.984, de
2000, para o exercício orçamentário de 2010/2011.
3.6.1 Resolução nº 097, de 17 de dezembro de 2008.
Altera a Resolução CNRH nº 070, de 19 de março de 2007, que
“Estabelece os procedimentos, prazos e formas para promover a articulação
entre o Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH e os Comitês de
Bacia Hidrográfica, visando definir as prioridades de aplicação dos recursos
provenientes da cobrança pelo uso da água, referidos no inciso II do § 1º do
art. 17 da Lei nº 9.648, de 27 de maio de 1998, com a redação dada pelo art.
28 da Lei nº 9.984, de 17 de junho de 2000”.
37
3.6.2 Resolução nº 070, de 19 de março de 2007.
Estabelece os procedimentos, prazos e formas para promover a
articulação entre o Conselho Nacional de Recursos Hídricos e os Comitês de
Bacia Hidrográfica, visando definir as prioridades de aplicação dos recursos
provenientes da cobrança pelo uso da água, referidos no inc. II do § 1º do art.
17 da Lei no 9.648, de 1998, com a redação dada pelo art. 28 da Lei no 9.984,
de 2000.
3.6.3 Resolução nº 049, de 21 de março de 2005.
Estabelece prioridades para aplicação dos recursos provenientes da
cobrança pelo uso de Recursos Hídricos, para o exercício de 2006, e dá outras
providências.
3.6.4 Resolução nº 048, de 21 de março de 2005.
Estabelece critérios gerais para a cobrança pelo uso dos Recursos
Hídricos.
3.6.5 Resolução nº 041, de 02 de julho de 2004.
Estabelece as prioridades para aplicação dos recursos provenientes da
cobrança pelo uso de recursos hídricos, para o exercício de 2005.
3.6.6 Resolução nº 035, de 01 de dezembro de 2003.
Estabelece as prioridades para aplicação dos recursos oriundos da
cobrança pelo uso de Recursos Hídricos para o exercício de 2004, e dá outras
providências.
38
3.6.7 Resolução nº 021, de 14 de março de 2002.
Institui a Câmara Técnica Permanente de Cobrança pelo Uso de
Recursos Hídricos, de acordo com os critérios estabelecidos no Regimento
Interno do Conselho Nacional de Recursos Hídricos.
39
CONCLUSÃO
Os Recursos Hídricos estão ficando cada vez mais escassos no
Planeta. Essa avaliação é feita com base em estudos realizados por diversas
instituições. Com isso foi criado em 22 de março de 1992, o Dia Mundial da
Água, por iniciativa da ONU (Organização das Nações Unidas). Esta data é um
momento para refletirmos sobre nossos hábitos e costumes. Temos que ter
consciência para economizarmos, apesar de o Planeta possuir formação de
dois terços de água, apenas 0,008% podem ser consumidos pelos habitantes.
Com as constantes notícias de poluição de nossos rios e lagos destruindo as
principais nascentes que abastecem as residências. Isso é decorrente de uma
falta de cultura em nosso país de implementar a educação ambiental nas
escolas.
Nós temos que enfrentar a realidade e não pensar mais de que estes
recursos são infinitos.
Relatamos neste trabalho, que a cobrança pelo uso da água bruta é
uma ferramenta primordial e de vital importância para a Gestão da Bacia em
questão. Esta ferramenta aprimorada poderá alavancar recursos para projetos
de recuperação e maior conservação das águas.
Para que isto seja efetivamente incorporado, terá que ser sanada
algumas falhas de coordenação de alguns órgãos institucionais de Políticas
Públicas de Governos Estaduais e Municipais. A implantação dos Comitês de
Bacia e a capacidade técnica para pleitar recursos da cobrança e outras
formas de financiamento.
É estritamente necessário um esforço institucional para que os
procedimentos operacionais da cobrança sejam harmônicas para se evitar
distorções entre os sistemas de cobrança da Bacia.
Nesse sentido, o processo político que resultou na implementação do
Sistema de Gestão na Bacia Rio Paraíba do Sul vem pleiteando uma
participação mais intensa do poder público, usuários e sociedade civil.
40
Mesmo que na Bacia haja questões para serem dirimidas tem que
haver a união entre os Estados e a esfera Federal. A AGEVAP tem que
funcionar como um interlocutor e procurar os envolvidos, para se formar uma
agencia única.
41
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 >> Fotos da Bacia;
Anexo 2 >> Mapa de localização da Bacia; Anexo 3 >> Vegetação;
45
BIBLIOGRAFIA
JUNIOR, Antonio Pereira Magalhães. Indicadores Ambientais e Recursos
Hídricos. Minas Gerais: Bertand Brasil, 2007.
YOSHIDA, Consuelo Yatsuda Moromizato. Recursos Hídricos volume 2. São
Paulo: Ed. Alínea, 2007.
GEOFF, Brown. Os Recursos Físicos da Terra – Bloco 4 – Recursos
Hídricos. Campinas: Unicamp, 1998.
YOSHIDA, Consuelo Yatsuda Moromizato Recursos Hídricos: Aspectos
Éticos, Jurídicos, Econômicos e Socioambiental - Vol. 1 São Paulo: Ed.
Alínea, 2007.
SERRICCHIO, Claudio. O CEIVAP e a gestão integrada dos recursos
hídricos da bacia Rio Paraíba do Sul – um relato da prática Rio de Janeiro:
Ed. , 2006.
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Recursos Hídricos - Direito Brasileiro e
Internacional. Rio de Janeiro: Ed Malheiros, 1986.
Sites:
� www.feema.rj.gov.br
� www.hidro.ufrj.br
� www.ambientebrasil.com.br
� www.abrh.org.br
� www.comitepsm.sp.gov.br
46
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
Recursos Hídricos 10
1.1 – Bacias Hidrográficas no Brasil 11
1.2 – Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul 12
CAPÍTULO II
Situação 15
2.1 – Histórico da Região 15
2.2 – Dados Geo ambientais 18
2.3 – Os principais afluentes no Rio Paraíba do Sul 18
2.4 – Cobrança pelo uso da água 27
CAPÍTULO III
Gestão e Legislação 32
3.1 - Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul
(CBH-PS) 32
3.2 - Comitê para a Integração da Bacia Hidrográfica do
Rio Paraíba do Sul (CEIVAP) 32
47
3.3 - Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica
do Rio Paraíba do Sul (AGEVAP) 33
3.4 Comitê de Sub-Bacias Hidrográficas dos Rios Pomba
e Muriaé (CEHIPOM) 33
3.5 Legislações Regentes 34
- 3.5.1 Decreto nº 24.643 de 10 de julho de 1934. 34
- 3.5.2 Lei nº 9433 de 08 de janeiro de 1997. 34
- 3.5.3 Lei 9.984 de 17 de julho de 2000. 34
- 3.5.4 Lei nº 10.881 de 09 de junho de 2004. 35
- 3.5.5 Lei nº 11.514, de 13 de agosto de 2007. 35 -3.5.6 Decreto nº 3.692, de 19 de dezembro de 2000. 35 - 3.5.7 Resolução Conjunta ANA, DAEE, SERLA e IGAM nº 479, de 12 de novembro de 2007 35
- 3.5.8 Resolução nº 308, de 06 de agosto de 2007. 36
- 3.5.9 Resolução nº 130, de 05 de dezembro de
2001. 36
- 3.6.0 Resolução nº 102, de 25 de maio de 2009. 36
- 3.6.1 Resolução nº 097, de 17 de dezembro
de 2008. 36
- 3.6.2 Resolução nº 070, de 19 de março de 2007. 37
- 3.6.3 Resolução nº 049, de 21 de março de 2005. 37
- 3.6.4 Resolução nº 048, de 21 de março de 2005. 37
48
- 3.6.5 Resolução nº 041, de 02 de julho de 2004. 37
- 3.6.6 Resolução nº 035, de 01 de dezembro
de 2003. 37
- 3.6.7 Resolução nº 021, de 14 de março de 2002. 38
CONCLUSÃO 39
ANEXOS 42
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 45
BIBLIOGRAFIA CITADA 45
ÍNDICE 46