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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A SUPOSTA ERA DO AQUECIMENTO GLOBAL Por: Igor Vaz Maquieira Orientadora Profª. Maria Esther de Araujo Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A SUPOSTA ERA DO AQUECIMENTO GLOBAL

Por: Igor Vaz Maquieira

Orientadora

Profª. Maria Esther de Araujo

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A SUPOSTA ERA DO AQUECIMENTO GLOBAL

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão

Ambiental

Por: Igor Vaz Maquieira

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AGRADECIMENTOS

....aos professores do Curso de

Ciências Biológicas da Universidade

Gama Filho que possibilitaram que eu

chegasse até aqui, a orientadora Maria

Esther, por ter me aturado durante todo

o progresso deste trabalho, aos meus

pais e minha avó que custearam este

curso de pós-graduação e a todos que

me apoiaram e me incentivaram na

conclusão do curso.

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DEDICATÓRIA

....dedico este trabalho aos meus pais,

aos meus professores da graduação e da

pós-graduação e a todos os meus amigos

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RESUMO De acordo com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas-

IPCC, é muito provável que o suposto aquecimento global em todo o planeta

seja culpa do homem. O objetivo deste trabalho, é verificar se as causas

dessas mudanças está relacionada ao homem ou não. Foram feitas duras

críticas aos métodos utilizados pelo IPCC, além da apresentação das

mudanças naturais no clima terrestre, a verificação sobre o CO2 ser o grande

vilão destas mudanças, os interesses políticos do IPCC e a exposição de

dados geológicos à respeito do clima passado no planeta. Conclui-se que as

ações humanas no clima global são insignificantes se comparados aos ciclos

climáticos e a variabilidade natural do clima. Por conseguinte, o gás carbônico

que é considerado um vilão pelo IPCC não demonstrou uma relação direta com

a temperatura média global, visto que em eras geológicas passadas suas

concentrações estavam maiores bem antes do período de revolução industrial

e nos Períodos Quente Medieval na Pequena Idade do Gelo o CO2 não

acompanhava as temperaturas. Foi constatado também uma farsa científica no

IPCC, com interesses políticos e dados manipulados para geração de relatórios

culpando as ações antropogênicas pelo possível aquecimento do planeta.

Provavelmente o planeta está em período interglacial, donde um resfriamento

global paulatino em face do conhecimento que foi apresentado aqui ocorra nas

próximas duas décadas, sendo o sol o principal regulador do clima não só da

Terra, mas de todo o Sistema Solar.

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METODOLOGIA

O presente estudo foi realizado através de pesquisa bibliográfica como

método para obtenção de seus objetivos. Esta pesquisa foi feita através da

consulta de artigos científicos nacionais e internacionais, além de livros de

Ensino Superior. A seleção do material a ser utilizado foi feita através da

análise das informações em capa e verso dos livros, bem como na referência

bibliográfica de cada um deles. Essa leitura teve um caráter exploratório e

seletivo de quais fontes seriam utilizadas para a produção monográfica para

alcançar os objetivos propostos. Segui-se uma leitura interpretativa e analítica

dos dados apresentados em cada material e posteriormente uma crítica destas.

Durante a leitura foi sendo estruturado os futuros capítulos desta monografia.

Os principais autores que foram citados aqui são: Geraldo Luís Lino, Luiz

Carlos Baldicero Molion, com diferentes datas de publicação dos artigos e

Ralph B. Alexander.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - As mudanças naturais

no clima da Terra 10

CAPÍTULO II- O CO2 não é o grande

vilão das mudanças climáticas 18

CAPÍTULO III- A falta de credibilidade nos dados 24 apresentados pelo IPCC CAPÍTULO IV- A paleoclimatologia é um 36 fator primordial para explicar as mudanças climáticas

CONCLUSÃO 43

ANEXOS 44

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 48

BIBLIOGRAFIA CITADA 54

ÍNDICE 56

FOLHA DE AVALIAÇÃO 58

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INTRODUÇÃO

O clima de nosso planeta sempre sofreu variações, sejam estas

forçadas por escalas de tempo decadal e milenar, sendo as variações

geológicas uma das principais causas(EEROLA, 2003). Não é de hoje que nós

nos preocupamos com mudanças climáticas globais. Desde 1970, o mundo

todo se tomou de um pavor por conta da hipótese que um resfriamento global

ocorreria naquele período, causando conseqüências graves tanto para a

humanidade como para a biodiversidade (LINO, 2009). A partir da década de

90 quando o IPCC(Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) ganhou

força, o alarmismo à respeito da hipótese do aquecimento global ganhou maior

prestígio na comunidade científica e também em todos os lares. E isso parece

que caiu como uma luva para os cientistas do IPCC, donde o alarmismo

“aquecimentista” passou a conferir à expressão mudanças climáticas um

caráter intrinsicamente negativo. Isso gerou um sério problema.

O que era para se tornar um estudo baseado em métodos científicos, se

transformou em um alarde com um bombardeio de informações sem fim e que

na maioria dos casos não conseguem comprovar de fato que as mudanças que

estão ocorrendo no planeta só ocorrem por causa da ação do homem e a

grande liberação de gás carbônico na atmosfera (MOLION, 2007). A maior

dúvida em torno desta questão, fica por conta se essas mudanças são

realmente causadas pela ação antrópica ou não, uma vez que em tempos

passados nosso planeta já vivenciou períodos longos e curtos, tanto de

aquecimento como de resfriamento, sendo que naquela época não existiam

ações antrópicas que se manifestassem para ocorrerem tais mudanças. Foram

as chamadas eras glaciais e um ramo da ciência que se explica tais

ocorrências nessas eras é a paleoclimatologia(ONÇA;FELICIO, 2009). Só para

dar um exemplo simplista, o período quaternário foi marcado por mudanças

extremas de temperatura, níveis dos oceanos, da umidade do ar e dos

glaciares que são extensões de cobertura de gelo e neve sem a presença

humana para definir tais variações(LINO, 2009). A outra problemática

gravíssima é o IPCC que se tornou um meio político, onde se manipulam dados

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através de programas estatísticos, ignoram fatos importantes e relevantes da

climatologia; como as ilhas urbanas de calor que elevam a temperatura local e

não global, desconsideram as variações de temperatura em épocas passadas

quando os níveis de CO2 estavam constantes e ainda tem a capacidade de

preparar um gráfico obscuro e com resultados errôneos que é conhecido até

hoje como “Taco de Hóquei”(ALEXANDER, 2010).

Recentemente um grupo de climatologistas indagou o relatório publicado

em 2007, exigindo uma resposta do porque que o IPCC desconsiderou as

medições de temperatura dos satélites e das bóias oceânicas, configurando

uma suposta fraude, dentre tantas nos relatórios divulgados desde a fundação

deste órgão. Nos capítulos que se seguirão neste trabalho serão relatados e

analisados através de dados de artigos e livros as causas das mudanças

climáticas sob um olhar cientifico e não através de dados que se baseiam em

“achismos” divulgados pelo IPCC. Será apresentado uma visão radical sobre o

que se tem divulgado e falado à respeito do clima ultimamente. Fatores como a

energia solar, ciclos climáticos e períodos glaciais associados a

paleoclimatologia serão explicitados aqui, além das farsas e manipulações

impostas pelo IPCC com interesses em financiamentos de pesquisas e até o

controle da ONU para não deixar os países em desenvolvimento terem um

crescimento acelerado e se tornarem independentes dos americanos. Portanto

este trabalho monográfico tem por objetivo analisar os aspectos que conduzem

as mudanças, utilizando-se da hipótese que os fatores/causas naturais são o

que regem o clima da Terra. Com isso, os resultados esperados são de que o

CO2 e as ações antrópicas tem uma parcela insignificante para afetar a

climatologia do planeta e que estas sempre ocorreram e ocorrerão

independentemente das ações humanas ou não e que devemos proceder há

uma transformação de mentalidade nas ciências ambientais em relação ao

papel de mudança, que não corresponde a um estado antinatural ou

indesejável, mas sim uma parte indissociável da dinâmica dos processos

naturais. Resumindo o chamado aquecimento global, supostamente provocado

pela emissão de gases de efeito-estufa se tornou um dos maiores paradigmas

da atualidade(EEROLA, 2003)

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CAPÍTULO I

As Mudanças Naturais no Clima da Terra

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) enfoca

direto as mudanças climáticas relacionadas ao homem, dando a parecer que

este tem uma força maior em controlar e contornar mudanças que não são

agradáveis para o cunho humano. Entretanto, este órgão se esquece que

quem rege as mudanças de um planeta, principalmente o clima, são causas

naturais e não forçantes impostas pela espécie Homo sapiens sapiens. Claro

que o efeito estufa, que será debatido aqui em outro capítulo, apresenta sua

parcela de significância como uma causa natural, mas os principais fatores e

causa/conseqüências de mudanças no clima estão relacionadas aos seguintes

fenômenos: variação nos oceanos, o sol, o efeito estufa, el niños e la niñas,

placas tectônicas e até raios cósmicos galácticos, sendo dentre estes todos

citados o oceano e o sol com maior poder de transformações no clima do

globo, como um todo.

1.1 – Os oceanos como principais reguladores do clima

Existem grandes variações que ocorrem nos oceanos; sendo a principal

delas a chamada Oscilação Decadal do Pacífico (ODP), A Oscilação Ártica e a

Oscilação Multidecadal Atlântica (ALEXANDER, 2010). Recentemente, dois

pesquisadores da Universidade do Alabama, propuseram que mudanças de

nuvens estavam associadas à Oscilação Decadal do Pacífico, contribuindo

assim para um possível aquecimento global médio (LAMB, 1972). A Oscilação

Decadal do Pacífico tem características similares ao do fenômeno El Niño,

porém seu tempo do ciclo é muito maior, variando entre 20-30 anos, enquanto

o outro dura apenas de 6 a 18 meses (BARRETO & STEINKE, 2008). Sabe-se

também que a solubilidade do CO2 nos oceanos varia inversamente a sua

temperatura. Com isso, os oceanos mais aquecidos absorvem menor carga de

CO2 que oceanos mais frios. Como a temperatura voltou a subir no final do

século XX, há uma elevada possibilidade que a concentração de CO2

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atmosférico tenha aumentado devido à redução de absorção ou ao aumento de

emissão pelos gases, tornando assim uma causa natural, pois a maior

concentração de gás carbônico está contido nos oceanos e são liberados pelos

seres marinhos através da respiração (MOLION, 2010). Todas as oscilações,

sejam elas ocorrendo em uma maior ou menor escala de tempo, irão afetar o

transporte e a distribuição horizontal de calor sensível nos oceanos e,

consequentemente, as temperaturas do ar, por causa das trocas de calor que

ocorrem entre a atmosfera e a superfície do oceano, influenciando na

circulação dos ventos. Pode parecer um pouco ilusório uma oscilação no

Oceano Pacífico causar mudanças climáticas no globo, porém, ele ocupa

sozinho 35% dos 71% da superfície do planeta (AMBROISE, 1995). O ODP

(Oscilação Decadal do Pacífico) alterna entre períodos quentes e frios, sendo

que durante a fase quente de trinta anos, as temperaturas de superfície do

oceano, no nordeste do Pacífico, estão maiores que o normal, e no sudeste

americano, mais frias e úmidas que o usual; e na fase fria de trinta anos

predominam temperaturas oceânicas mais baixas e condições mais secas e

quentes na Terra (ALEXANDER, 2010). Portanto, as variações de temperatura

na superfície do mar (TSM), devido às variações de transporte de calor,

causam mudanças climáticas sensíveis, sendo um exemplo bem marcante as

fases de ODP e a temperatura média global. A temperatura média global nos

períodos de 1947-1976, coincidem com a fase fria da ODP, fase esta, que

apresentou anomalias negativas de TSM e uma freqüência absurda de eventos

La Niña (MOLION, 2010). Já, o aquecimento que perdurou entre 1977 e 1998,

além dos efeitos das ilhas urbanas de calor, que serão descritos nos capítulos

subseqüentes, tem uma relação quase que direta com a fase quente da ODP –

período em que o Pacífico Tropical demonstrou temperaturas acima da média e

aceleram o aquecimento da baixa troposfera (PETIT, 1999). Com isso, com o

maior transporte de calor sensível, as TSM aumentam e os ventos de oeste

retiram mais calor do Atlântico Norte e este é transportado até a Europa

Ocidental, por conseqüência, gerando um aquecimento local e não global,

coisa que o IPCC ignora em seus recentes relatórios (MOLION, 2006). A

variabilidade natural contida na ODP, promove mudanças não apenas na

temperatura e na precipitação, mas também na cobertura das nuvens, onde

nuvens mais baixas vão gerar um resfriamento da superfície e nuvens mais

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altas o efeito inverso. Essa mudança faz com que o sistema climático passe a

alternar em flutuações naturais de temperatura média durante grandes

períodos de tempo (SPENCER, 2008). Fato semelhante ocorre também na

Oscilação Multidecadal do Atlântico, e este é demonstrado através do degelo

que vem ocorrendo desde a década de 20 no Ártico e que demonstra que as

variações no clima terrestre são cíclicas e naturais e não aos gases do efeito

estufa, principalmente o CO2. Como o Atlântico passa pela sua fase de

aquecimento neste exato momento, aumenta a temperatura em Godthab Nuuk

(capital da Groenlândia) e como conseqüência derretem as geleiras. Foi assim

nos 20 e 40 e está sendo assim nos últimos dez anos (MOLION, 2007).

Segundo Spencer (2008), a variação da Oscilação Multidecadal do Atlântico,

que ocorre num intervalo entre 5 a 8 décadas, podem explicar as variações de

temperatura que ocorrem em todo planeta, além da estabilização das

temperaturas nas próximas décadas, devido à aproximação de ciclos climáticos

mais frios. Essas oscilações climáticas citadas aqui, tem relação direta com a

energia proveniente do Sol (que será explicada ainda neste capítulo),

perturbando os ciclos naturais como a Oscilação Ártica e a Oscilação do

Atlântico Norte, além da ODP como um todo, levando à uma mudança na

direção dos ventos e de correntes frias e quentes em direção a vários lugares

do globo (WILLIE, 2005).

Para piorar a situação, não só o Painel Intergovernamental de Mudanças

Climáticas (IPCC), mas vários ambientalistas, que não tem capacidade

cientifica alguma para afirmar qualquer coisa, relatam que os índices dos

oceanos estão subindo uma barbaridade. Porém, eles se esquecem que os

oceanos são regidos pelas forças de marés compensatórias que são

controlados pela força gravitacional do sol e da lua e que podem explicar

perfeitamente essa “suposta” elevação dos níveis dos marés, donde afirmam

que as geleiras que estão derretendo é que estão ocasionando tal elevação

(SINGER, 2008). Porém, segundo Molion (2008), a civilização Viking durante

suas migrações devido ao excesso de frio, deixaram uma marca no costão

rochoso e esta persiste até os dias de hoje e o nível do oceano continua na

mesma marca deixada por esta civilização, demonstrando que os níveis dos

oceanos não sofreram grandes alterações. O que ocorre na verdade são

variações nas marés, existindo lugares onde o mar avança ou retrocede, não

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tendo relação com a temperatura global. Uma outra questão equivocada, é

afirmar que as geleiras estão derretendo. O que derrete, na verdade é o gelo

denominado gelo flutuante que não tem a capacidade de aumentar os níveis

dos mares (MOLION, 2008).

1.2 – Eventos El Niño e La Niña interferindo no clima

O El Niño é um evento que se caracteriza pela relação atmosfera/oceano e

por um aquecimento anormal das águas do Pacífico tropical, ocasionando

mudanças nos regimes de ventos e de chuvas em regiões de latitudes médias

e regiões tropicais; já o La Niña é caracterizado também por um fenômeno

oceânico/atmosférico com características inversas, ou seja, um resfriamento

das águas do Pacífico tropical, ocasionando por exemplo secas no sul do

Brasil, pouca chuva nos Pampas da Argentina e secas no norte do Peru

(GRIMM, 2002). Um dos maiores picos de temperatura, fora registrado no ano

de 1998, com cerca de um aumento de 0,8ºC na temperatura global e que foi

associado ao fenômeno El Niño, sendo este o mais forte do século enquanto o

evento La Niña mais marcante ocorreu entre 1984/1985 e apresentou uma

média de resfriamento global na casa de meio grau negativo. É de

conhecimento de todos que eventos do tipo El Niño tendem a aquecer o

planeta e eventos La Niña a resfriar. Esse resfriamento ou aquecimento dos

oceanos são ocasionados pela energia eletromagnética proveniente do sol

(CHRISTY, 2003). Entre um evento e outro, ocorrem mudanças de temperatura

média global superiores muita das vezes a 1ºC.

1.3 – O Sol como principal fonte de energia

O Sol é maior estrela do Sistema Solar, sendo a fonte primária de

energia para a Terra, donde emite radiação eletromagnética, que são as ondas

curtas denominadas de ROC. Estas ondas tem haver com o albedo planetário

que é o percentual de ROC incidente no Planeta que é refletida de volta para o

espaço exterior. O albedo é formado pela variação e cobertura de nuvens,

concentração de aerossóis e várias partículas em suspensão no ar, além da

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reflexão do gelo, neve, oceanos e lagos. A radiação emitida são as ondas

longas (ROL). Resumidamente a explicação acima explícita como funciona o

efeito estufa; porém este será melhor relatado no capítulo dois para não perder

o foco deste sub-capítulo(WILCOX, 1975). O sol apresenta várias manchas

solares, que representam um dos muitos ciclos solares em um período de um

ano, sendo que o número anual dessas manchas aumenta ou diminui em um

intervalo de cerca de 11 anos e a duração do ciclo varia de 9 a 14 anos. O

valor médio da radiação varia de acordo com a escala de tempo e estas

alterações causam aquecimento ou resfriamento na superfície da Terra

(ALEXANDER, 2010). Só para se ter uma idéia, em seus primeiros relatórios, o

próprio IPCC admite que o primeiro período de aquecimento ocorrido entre

1920 e 1946 tem sua causa altamente coligada a fatores naturais,

possivelmente o aumento da produção de energia e a redução de albedo

planetário (JAWOROWSKI, 2007). Um dos contribuintes para o aumento do

albedo planetário, são as erupções vulcânicas, pois uma explosão pode lançar

diretamente na estratosfera terrestre (cerca de 20 a 40Km de altura), materiais

particulados e gases que aumentam o albedo, refletindo assim mais luz em

direção ao espaço exterior e interferindo no clima como um todo (MINNIS,

1993). As manchas solares responsáveis pelos ciclos solares não são

constantes, havendo crescimento e declínios num período que pode chegar até

a 90 anos, sendo considerado um dos mais importantes ciclos solares,

chamado de Ciclo de Gleissberg. E recentemente foi descoberto que além dos

saltos a cada 90 anos, temos também a presença de intervalos de 210 anos.

Os ciclos de 90 e 210 anos se relacionam dando origem ao ciclo de 1500 anos,

onde até a radiação cósmica afeta a Terra (ALEXANDER, 2010). Um grupo de

pesquisadores correlacionou dados e chegou a conclusão de que a

combinação dos ciclos de 90 e 210 anos pode produzir um de 1470 anos de

duração; isso porque sete dos ciclos solares de 210 anos ou 17 ciclos solares

mais curtos de 90 anos encaixam-se exatamente em 1470 anos, onde os dois

ciclos solares incrementam um ao outro a cada 1470 anos de ciclo terrestre. E

estes ciclos contribuem tanto para o aquecimento quanto para o resfriamento

global, pois se o ciclo de 1500 anos explica as temperaturas que se tem hoje,

deve explicar também os períodos de aquecimento em épocas passadas como

os que ocorreram de mil a dois mil anos atrás, e mais uma vez mil a dois mil

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anos antes disso. É exatamente isso que ocorreu nos períodos geológicos

passados, mas que serão relatados no capítulo quatro que abordará a

paleoclimatologia e evidências biológicas (MOLION, 1998). Um fator

importantíssimo, mas de pouco conhecimento, é que os ventos solares, afetam

indiretamente ocorrendo uma coligação com o campo magnético da Terra.

Estes ventos saem do sol com uma velocidade de mais de um milhão de

quilômetros por hora, tendo uma relação com o ciclo de Gleissberg e podem

provocar ondas violentas de choques na magnetosfera terrestre, afetando a

rotação da Terra e as placas tectônicas (MOLION, 1998). Repare, a associação

que se origina com os ventos solares e os fenômenos El Niño e La niña

descritos mais acima: como a crosta terrestre é formada por diversas placas e

se apenas uma destas estiver propícia a realizar um deslocamento, basta um

pequeno tranco na rotação da Terra para que provoque violentos abalos

sísmicos, afetando o clima. As freadas na rotação da Terra podem causar as

chamadas ondas de Kelvin, que segundo Molion (1998), trazem águas mais

quentes por todo o Pacífico Equatorial e ocasionando mudanças gradativas no

clima.

O sol tem uma relação com os raios cósmicos, que são partículas

carregadas eletricamente e possuem uma alta energia, bombardeando a

atmosfera superior. Um pequeno aumento na atividade solar reduz os raios

cósmicos, reduzindo assim o efeito das nuvens baixas e ampliando o efeito de

aquecimento do próprio sol, ou seja, causando um aquecimento (SHAVIV,

2003). Segundo alguns cientistas o sol não estaria causando mudanças

apenas na Terra, mas sim em vários outros planetas do nosso Sistema Solar,

como o aquecimento registrado em Marte de cerca de 0,65ºC, divulgado

recentemente pela NASA. Este fenômeno pode ser considerado um feedback

positivo, onde mudanças no albedo fortalecem os ventos e levantam mais

poeira em Marte, provocando uma elevação da temperatura, pois a poeira

brilhante reflete a luz do sol e devolve para o espaço, contribuindo para o

albedo planetário (ALEXANDER, 2010). O degelo na parte sul do chamado

planeta vermelho está sendo correlacionado também a atividade solar, ou

melhor dizendo, ao aumento desta atividade em determinado local do planeta

Marte (SZWAST et al., 2006).

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1.4 – Os ciclos de Miluntin Milankovitch

Milankovitch foi um dos maiores ícones da história tanto na astronomia,

quanto na sua influência nos estudos do clima. Seus estudos chegaram à

conclusão que existem quatro ciclos que afetam e já afetaram o clima da Terra

denominados: precessão, nutação, obliqüidade e excentricidade, demonstrados

claramente na figura 1, notando que a nutação faz parte da precessão (BOER

& SMITH, 1994). A obliqüidade tem uma alta influência nas regiões polares,

tornando-se mais fraca na direção do equador e compreendendo um ciclo que

varia a cada 41 mil anos. Já a precessão, que tem um tempo de duração a

cada 22 mil anos, provoca uma variação na distância Terra-Sol e é menor nos

pólos e maior no Equador. Milankovitch fez vários cálculos e apresentou a

resposta para os acontecimentos passados e futuros, donde explicou que à

mudança nos mantos de gelo eram por causa das alternâncias de variações na

radiação solar (IMBRIE & IMBRIE, 1979). A precessão tem períodos médios

que ocorrem de 19 a 23 mil anos, com extremos entre 14 e 28 mil anos. A

precessão afeta nas mudanças latitudinais no que é denominado equador

calórico, trazendo mudanças para as zonas climáticas adjacentes e as regiões

mais próximas do equador recebem maior quantidade de energia solar neste

momento. Afeta também, o contraste verão/inverno, as intensidades das

monções e as razões de evaporação e precipitação (SILVA, 2007). A nutação,

ciclo este que está inserido na precessão, compõem mais de 200 movimentos

que tem uma co-relação com a obliqüidade e são oscilações causadas

fundamentalmente pela atuação da força gravitacional de Júpiter e Saturno

combinadas. Há uma transferência de energia, alterando a obliqüidade. A

inclinação do eixo da Terra (obliqüidade) varia entre 22 e 24,5º, modulando a

sazonalidade, com maior atenção as altas latitudes. Atualmente, aceita-se que

a inclinação do eixo da Terra esteja na marca dos 23,5º e que este ciclo

modula a incidência de raios solares na superfície terrestre. Quanto maior

inclinação, maior amplitude térmica e menor inclinação, obviamente resultará

em uma menor amplitude térmica, sendo a principal causa das eras glaciais

(ALEXANDER, 2010). O ciclo de maior duração é denominado de

excentricidade, pois dura em média 100 mil anos, com componentes

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importantes em 95, 123 e 136 mil anos. Este ciclo atua como um alongamento

do trajeto orbital e altera a velocidade de translação do planeta em relação ao

ponto que se encontra na órbita. Este ciclo tem uma alta influência nas

mudanças climáticas, pois quando a variação da excentricidade é máxima ou

mínima, a incidência de energia solar pode chegar a uma variação entre 20% e

30% (SILVA, 2007). O ciclo da excentricidade tem uma relevância tão

considerável que atua em conjunto com a precessão e com a obliqüidade

(BERGER & LOUTRE, 1994). Os ciclos de Milankovitch apresentam uma

consistente ligação com as mudanças climáticas, demonstrando fortemente

mudanças ocorridas por fatores naturais em épocas passadas e no presente e

não antropogênicos como muitos “aquecimentistas” expressam. Não só os

ciclos deste matemático russo, mas sim todas as variantes explicitadas neste

capítulo, contribuem para alterações desde curto a longo prazo no clima

terrestre, não apresentando nenhuma relação ao gás carbônico para que tais

conseqüências ocorram.

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CAPÍTULO II

O CO2 não é o grande vilão das mudanças climáticas

Nunca na história mundial, um gás ganhou uma péssima reputação: o

grande desempenho atribuído ao dióxido de carbono (CO2), como sendo um

vilão ambiental pelos alarmistas climáticos. Entretanto, milhares de fontes

bibliográficas já descreveram que este gás é o gás da vida. Através deste gás é

que se formam as cadeias alimentares na Terra, com participação direta para a

realização da fotossíntese. Quanto mais se aumenta a produção de CO2, maior

crescimento terão os vegetais. Como foi visto no capítulo anterior, os oceanos

são os responsáveis pela absorção ou liberação de gás carbônico na

atmosfera. Porém, alguma coisa levou a “comunidade cientifica do IPCC” a

atrelar as mudanças no clima ao CO2 e não em causas não antropogênicas. A

questão é que recentemente, vários pesquisadores estão indo contra esta

proposta apresentada por este órgão, afirmando que isto não passam de dados

manipulados, para gerar interesses econômicos, por mais incrível que possa

parecer. Para piorar veremos abaixo, que o CO2 não é o principal gás de efeito

estufa e sim outro em maior abundância na atmosfera. As ilhas urbanas de

calor, têm um impacto bem considerável na elevação das temperaturas, devido

aos problemas de trocas de calor gerado pelas grandes construções ocorrendo

também até em áreas rurais. O que era para ser considerado o gás da vida e

não um grave poluente, se transformou no maior alarde mundial (op. cit.).

2.1 – O efeito estufa e a relação com o CO2 sendo um suposto

vilão

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), coloca o

CO2 como o fator mais forte para o aquecimento do planeta, acelerando o

efeito estufa e que suas concentrações são as mais elevadas desde tempos

geológicos remotos. Isto caracteriza uma das tantas manipulações do Painel

Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), pois em fevereiro de

2007, o biólogo alemão Ernst Beck realizou um estudo, onde mais de noventa

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mil medições diretas foram feitas em 43 estações do Hemisfério Norte, entre os

anos de 1812-2004 e foi constatado que a concentração de CO2 ultrapassou o

valor de 379ppmv(parte por milhão por volume) tão declarado pelo IPCC como

sendo a concentração mais elevada de todos os tempos. Estas concentrações

mais elevadas ocorreram nos períodos de 1940 a 1942 (BECK, 2007). Os

últimos períodos interglaciais, demonstram que as temperaturas daquela época

eram superiores a do momento em que se vive e as concentrações de CO2 não

transpassavam 300ppmv, podendo-se concluir que outras causas é que

intensificaram a elevação das temperaturas e não o CO2 e muito menos a

intensificação do efeito estufa (PETIT, 1999). Erroneamente também, este

órgão, insere este gás como sendo o principal contribuinte para intensificar o

efeito estufa, coisa esta que não ocorre, pois o principal gás estufa é o vapor d’

água contido no ar atmosférico (SILVA & PAULA, 2009). O vapor d’água

contribui com mais de 70% para o efeito estufa natural do planeta, as gotas

d’água das nuvens com 20%, enquanto que o gás carbônico entre 4% e 8%

deste total (ALEXANDER 2010). Além deste, temos outros gases responsáveis

pelo efeito estufa: os clorofluorcabonos, ozônio, metano, óxido nitroso e o

dióxido de carbono.

Resumidamente o efeito estufa pode ser explicado de acordo com a figura 2 (

http://ambiente.hsw.uol.com.br/questao746.htm). O efeito estufa e o gás

carbônico são os que permitem que a vida na Terra exista. Caso não existisse

esta relação à temperatura do planeta seria tão fria, que iria causar a morte de

grande parte dos organismos aqui viventes, com registros entre -10ºC e -18ºC

(LINO, 2009).

Contudo, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC),

ressalta que: quanto maiores concentrações de CO2 existirem na atmosfera,

maiores temperaturas serão registradas, causando mudanças catastróficas em

todo Globo e que essas concentrações estão aumentando como ocorre com a

temperatura, havendo uma co-relação entre os dois. De fato, esta relação entre

os dois existe, porém desde a década de 90 (LINO, 2009). O problema todo é

que em grande parte da história geológica da Terra, as curvas que

representam as temperaturas e as concentrações de C02 não mostram uma

ótima correlação entre si; sendo considerado nos gráficos como a fase lag do

CO2, onde o aumento dos níveis deste gás atmosférico ocorreram vários anos

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depois que a temperatura subiu (SUGUIO, 2008). Um outro ponto que tem que

ser bem divulgado, para não gerar dados tendenciosos, é que o nível de CO2

permaneceu constante nos últimos dois mil anos e mesmo assim a temperatura

média aumentava ou diminuía (ALEXANDER, 2010). Alexander, 2010 também

relata muito bem em seu livro que o CO2 é um vilão improvável para causar

mudanças no clima. Veja seu relato:

“Se a hipótese do aquecimento global por CO2 é válida, o

nível de CO2 e a temperatura deveriam acompanhar um

ao outro em todas épocas. As mudanças na temperatura

precisariam refletir mudanças no CO2. Isso parece ter

ocorrido nos últimos 160 anos e durante as eras glaciais

mas não nos milhares de anos entre os dois períodos,

que incluem o Período Quente Medieval e a Pequena

Idade do Gelo. E até mesmo durante as eras glaciais, a

temperatura conduziu, e não seguiu, o CO2”

(ALEXANDER, 2010, p. 113).

A hipótese do CO2 ser um grande vilão só agrada ainda mais os interesses

econômicos de países desenvolvidos, pois atrelar este, sendo um regulador do

clima, gerou uma nova ordem mundial de que os países em desenvolvimento

tem de diminuir ao máximo suas emissões para evitar uma catástrofe,

ocasionando problemas sociais gravíssimos e uma parada na melhoria da

qualidade de vida e saúde. Porém, esse órgão (IPCC) se esqueceu de uma

coisinha. O conteúdo de gás carbônico realmente aumentou e a temperatura

média global aparentemente também. Mas, esses dados são apenas de um

conjunto de cerca de 150 anos, período este altamente restrito para se tirar

conclusões definitivas, pois este fenômeno pode estar ocorrendo a milhões de

anos e possuir ciclos desconhecidos (MOLION, 2006).

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2.2 – A Influência das Ilhas Urbanas de Calor como

Intensificadores da Temperatura

A expressão ilha urbana de calor, faz referência ao aquecimento gerado

pelas pessoas que vivem em comunidades urbanas, que são sempre bem mais

quentes que as áreas rurais da vizinhança, em conseqüência do concreto, do

asfalto e dos prédios que absorvem calor (LOMBARDO, 1985). Esta ilha de

calor vai resultar numa elevação de temperatura nas zonas urbanizadas ou nas

grandes metrópoles. Isso ocorre devidamente às diferenças de irradiação de

calor entre as regiões edificadas, das regiões com solo exposto e das regiões

com vegetação e também à concentração de poluentes, maior nas zonas

centrais da cidade, alterando o balanço da radiação da superfície ao provocar

mudanças nos processos de absorção, transmissão e reflexão e nas

características da atmosfera local (OKE, 1982). A evapotranspiração será

reduzida e sobra mais calor para aquecer próximo da superfície, aumentando a

temperatura local e não global, configurando uma causa/conseqüência não

atrelada ao CO2 . Se adicionarmos ainda o efeito do calor liberado pelos carros

e por várias regiões de uma cidade de concreto aquecidas, faz com que as

temperaturas médias em grandes centros urbanos sejam entre 3ºC e 5ºC

maiores do que nas redondezas fora desta área (MOLION, 2010). No estado

americano de Ilinois, um estudo demostrou que a média de temperaturas do

solo na área rural, subiu 0,4ºC entre 1982 e 1952 e que neste mesmo período

a temperatura do ar na superfície de cidades vizinhas com cerca de 1900

habitantes mostraram um aumento de 0,57ºC, concluindo-se que a

urbanização afeta diretamente a temperatura local e não o CO2. Este índice de

aquecimento representa cerca de 43% de aumento em virtude da área ser

urbanizada (CHANGNON, 1999). Dentre os principais fatores que contribuem

para o desenvolvimento de uma ilha de calor urbana estão: as características

da cidade – corpos d’água, natureza do solo, arquitetura, os materiais de

construção e fontes antropogênicas; a localização geográfica, topografia,

climatologia urbana, sazonalidade e condições sinóticas do tempo (OKE,

1987).

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A grande urbanização só veio a se intensificar a partir do século XIX, e é

muito provável que o índice do aquecimento global, que vem ocorrendo desde

1850 tenha sido superestimado, devido ao efeito das ilhas urbanas de calor.

Influências na sazonalidade mudam as condições climáticas e intensificam as

temperaturas nas ilhas urbanas de calor conforme citado por Acckerman, 1985:

“A influência das condições atmosféricas na escala de

tempo sazonal, indicam que estes fatores tendem a

modular o ciclo diurno na ilha urbana de calor,

produzindo um abalo nas temperaturas”(ACCKERMAN,

1985, p. 548).

Análises de temperatura da cidade de Atenas no período entre 1961-1982,

mostraram um aumento da temperatura mínima média que foi relacionado ao

crescimento urbano (KATSOULIS & THEOHARATOS, 1985). Os trabalhos de

Balling & Cerveny, 1986, também demonstraram a associação da intensidade

dos ventos com o desenvolvimento da ilha urbana de calor em Phoenix, EUA.

Eles concluíram que as mudanças que foram observadas no campo de vento

nesta área estão relacionadas diretamente com a ilha urbana de calor, devido

ao aumento do gradiente de temperatura entre a área metropolitana e seus

arredores. O aquecimento que ocorreu a partir de 1977 na Terra, é em parte

resultante das conseqüências das ilhas urbanas de calor em torno das

estações climatométricas (MOLION, 2010).Freitas e Dias, 2005 realizam uma

análise, onde concluíram o seguinte:

“A velocidade do vento, em níveis mais baixos da

atmosfera, também sofre uma influência significativa das

regiões, chegando a ser cerca de 1m/s (ou mais) menos

intensas nessas regiões durante o período diurno.

Durante a noite, a situação se inverte e a intensidade do

vento na região urbana chega a ser de 1,8m/s maior”

(FREITAS & DIAS, 2005, p.364).

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Com isso, é praticamente improvável retirar esse efeito das ilhas urbanas de

calor das discussões em torno do clima, principalmente nas mudanças

climáticas. Esse é um problema ambiental grave, e conseqüência de um

planejamento urbanístico deficitário. Temperaturas de superfície foram

detectadas em todos os centros urbanos, havendo um decréscimo em relação

as periferias. Porém isto caracteriza uma mudança de temperatura local e não

global e não tem ocorrência devido às concentrações de CO2 e sim aos fatores

que foram explícitos aqui. Não estou eu aqui defendendo que haja uma queima

de combustíveis fósseis de forma demasiada, mas sim esclarecendo que o gás

carbônico é um gás vital de extrema relevância para sobrevivência de nós

mesmos e que o dito cujo não tem magnitude para regular o clima terrestre. Os

níveis de poluentes na atmosfera devem ser mantidos baixos para não gerar

doenças respiratórias, entretanto, não será uma solução cortar os níveis de

CO2 ou de poluentes, como foi demonstrado neste capítulo, pois o regime

climático da Terra não são exercidos por estes.

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CAPÍTULO III

A falta de credibilidade nos dados apresentados pelo

IPCC

Desde a década de 1990, o Painel Intergovernamental de Mudanças

Climáticas é contestado a cada divulgação de relatório. As mudanças

climáticas ganharam um peso enorme com a criação desta instituição que tem

uma ligação extrema com as Organizações das Nações Unidas (ONU). Porém,

muita informação com cunho científico foi omitido destes relatórios e se é que

existem mesmo. Veremos aqui, que o corpo que compõem este órgão não é

formado em sua totalidade por cientistas, mas sim por pessoas sem base ou

conhecimento algum em climatologia, além também de ter sido desmascarado

diversas vezes por outros pesquisadores, assumindo até então seus erros e

não comprovação do aquecimento antropogênico em um de seus estudos.

3.1- As Manipulações e Forçantes ambientais apresentados

pelo IPCC.

Muitos questionamentos severos ao IPCC surgem a cada momento, originando

respostas que não favorecem a este Painel e muito menos aos seus cientistas.

Porém, para entender melhor o porquê deste órgão ser tão contestado pela

comunidade cientifica mundial, irei explicitar aqui como se deu a sua origem.

Antes mesmo da criação do IPCC, estudos com o carbono já eram

feitos. O pioneirismo neste foi Joseph Black, quando este gás foi descoberto.

Mais tarde a relação deste com o aumento do efeito estufa foi comprovado por

um matemático (Joseph Fourier) em 1824 e em 1896 pelo químico Svante

Arrehnius que demonstrou seus impactos na atmosfera planetária (OLIVEIRA &

VECCHIA, 2009). O engenheiro Stewart Callendar sugeriu que a queima de

combustíveis fósseis gerava muito C02 e que poderia intensificar o efeito estufa

e o aumento das temperaturas, sendo sua pesquisa feita em 1938 (FLEMING,

2007). Na década de 1970, um arrefecimento global preocupava toda a

população mundial. Com isso, o cientista Bert Bollin, sugeriu que o gás

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carbônico seria o causador do bloqueio deste arrefecimento e que as

temperaturas iriam subir muito devido a este fator, tranqüilizando grande parte

dos povos (OLIVEIRA & VECCHIA, 2009). Na época esta teoria foi considerada

uma falácia e sem precedentes: porém mais tarde, eis que as temperaturas em

determinadas partes do nosso planeta começaram realmente a ter um leve

acréscimo e Margareth Thatcher(primeira ministra do Reino Unido) se

aproveitando da greve dos mineiros de carvão e seu poder político, se utilizou

da teoria do aquecimento global causado pelo homem. Ela viu nesta teoria uma

grande oportunidade de fortalecer sua idéia para a construção de usinas

nucleares, pois estas não emitem gás carbônico e não contribuem para o

aquecimento global. Ela foi a Royal Society e forneceu uma quantia de dinheiro

altíssima para estudar a potencialidade do CO2 nas mudanças do clima

(ALEXANDER, 2010). Eis que em 1988, surge o Painel Intergovernamental de

Mudanças Climáticas (IPCC), logo após a Primeira Conferência Mundial do

Clima. Foi estabelecido pela ONU por meio de duas de suas organizações: o

Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) juntamente com

a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Dois anos após foi realizada

uma Segunda Conferência Mundial do Clima, onde foi apresentado seu

primeiro relatório. Os relatórios seguintes foram divulgados em: 1995, 2001 e

2007, respectivamente (OLIVEIRA & VECCHIA, 2009). A controvérsia nisso

tudo, fica por conta que; alguns meses antes da Primeira Conferência Mundial

do Clima, os cientistas debatiam à respeito do Sol como principal fator nas

mudanças climáticas em várias localidades do planeta. De lá pra cá o IPCC se

viu alvo de ataques e indagações, começando pelo pessoal responsável a

elaborar estes relatórios. Recentemente, um estudo comprovou que 30% das

fontes científicas de seu último relatório foram compostas por: artigos de

jornais, relatórios de ONGs e artigos de revistas não científicas, não havendo a

revisão por pares como tem que ser feito neste tipo de trabalho (ALEXANDER,

2010). Nas palavras de um conceituado climatologista francês, ele afirma o

seguinte:

“A hipótese na qual se baseia o aquecimento global,

particularmente no tocante aos gases de efeito estufa,

nunca foi demonstrado tal fato: por conseguinte, não

existe qualquer prova tangível e inquestionável de que o

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cenário do IPCC esteja realmente acontecendo’’

(MARCEL, 2005, p. 444).

O IPCC nega também a metodologia científica com suas próprias

palavras:

“Ao usar abordagens tradicionais, a atribuição de causas

inequívocas para a mudança climática exigiria

experimentação controlada de nosso sistema climático.

No entanto, sem uma réplica da Terra para fazer os

experimentos, a atribuição de mudança climática

antropogênica deve ser buscada demonstrando que a

mudança detectada está em conformidade com as

simulações feitas por modelos matemáticos em

computadores”(IPCC, 2007).

Tudo isso que foi narrado aqui, seria de pouca importância se não fosse

o caso deste Painel ser tão poderoso. Pois mesmo apresentando falhas

graves, quando se fala em ciência, vários governos do mundo inteiro, sem

mencionar os grupos ambientalistas e o público em geral, consideram sua

palavra um evangelho climático, sendo uma verdade absoluta, sem a mínima

possibilidade de questionamentos (ALEXANDER, 2010). Porém, na ciência as

pessoas tem que ter ética profissional e por isso em 2007 foi criado o Painel

Não Governamental de Mudanças Climáticas (NIPCC), com o objetivo de

revisar estes trabalhos publicados pelo IPCC e até onde oferecem uma

verdade(OLIVEIRA & VECCHIA, 2009). Mesmo antes da criação deste órgão,

vários outros cientistas também publicaram artigos questionando o IPCC. Este

Painel Não Governamental de Mudanças Climáticas, chegou a diversas

conclusões em suas obras, colocando a natureza como uma ditadora de

ordens no clima e não as atividades humanas (SINGER, 2009). Singer, 2008

afirma em suas pesquisas que o IPCC é pré-programado a produzir relatórios

que apóiem a hipótese do aquecimento global antropogênico e o controle dos

gases de efeito estufa, como proposto no Tratado de Clima Global (SINGER,

2008). E não é a toa que tanto o pesquisador citado acima, como tantos outros

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refutem as publicações do IPCC. Dois meteorologistas holandeses, mais

precisamente Jos Laat e Ahilleas Maurellis, chegaram a uma conclusão sobre o

efeito das ilhas urbanas de calor, onde o IPCC afirma que seus modelos

matemáticos estão pré-ajustados a identificá-los; estes demonstraram que

existe uma relação importante entre os padrões geográficos de aquecimento e

o desenvolvimento industrial, relação esta que não é simulada pelos modelos

climáticos do IPCC. Assim como outros cientistas também publicaram que: com

o aumento de zonas de ilhas urbanas de calor, a tendência será o aumento de

temperaturas. Com isso um ajuste nestas temperaturas deve ser feito para

baixo. Lógico que o IPCC rejeitou estes trabalhos, principalmente em seu

relatório de 2007 (De LAAT & MAURELLIS, 2006). Ironicamente, ao mesmo

tempo ele invoca a atividade industrial humana para explicar o aquecimento

global e por outro, rejeita as evidências da influência das cidades construídas

pelo homem na temperatura (ALEXANDER, 2010). O IPCC se baseia

principalmente em dados retirados de modelos climáticos que reproduzem a

realidade das variáveis climáticas (SPENCER, 2008). Contudo, o próprio IPCC

de 2001 afirma que:

“Na pesquisa e nos modelos climáticos, nós devemos

reconhecer que estamos lidando com sistemas caóticos

não-lineares acoplados, sendo assim que as previsões

em longo prazo para o estado futuro do clima não seja

possível” (SPENCER, 2008).

Segundo o Painel Não Governamental de Mudanças Climáticas

(NIPCC), o sistema climático terrestre está sujeito a influências externas à

Terra que não são bem entendidas e não podem ser controlados (BARRETO &

STEINKE, 2008). Estes modelos climáticos apresentam falhas e erros que não

geram resultados confiáveis. Só para começar, nenhum destes modelos fez a

previsão antecipada, onde o ciclo de aquecimento que teve seu inicio por volta

de 1975 se encerraria em 1998 e que deste então, as temperaturas se

estabilizariam e começariam a diminuir, como vem ocorrendo (LINO, 2009).

Muitas incertezas nestes modelos estão ocorrendo também. A cada relatório o

IPCC divulga desvios muito altos nas temperaturas. Em 2001 ele divulgou

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aumento entre 1,5-5,8ºC e já em 2007 passou para entre 1,1-6,4ºC (LINO,

2009). Esses modelos climáticos carecem de uma validação de dados em seus

resultados. O IPCC, relatou em um de seus relatórios, que o incremento maior

de temperatura seria no ártico e que poderiam passar de 10ºC. Porém,

analisando com cautela as medições do setor Atlântico do Ártico, pode-se

verificar um incremento na ordem de 3ºC entre os anos de 1886-1938,

momento este onde a humanidade consumia muito pouco; logo após

apresentou um decréscimo superior a 2ºC até o final da década de 1960. Ou

seja, no lugar onde estava previsto pelos Modelos de Clima Global (MCGs) um

aumento nas temperaturas foi observado justamente o oposto (MOLION,

2007). Esses MCGs tem uma dificuldade em reproduzir os verdadeiros

cenários e características do clima atual; porém o IPCC faz a mesma coisa

com efeitos de ilha calor. Ele afirma que os modelos são ajustados e tem um

alto índice de confiabilidade, porém por outro lado, assume que o erro padrão

contido nestes modelos é alto em grande parte dos casos (ALEXANDER,

2010). O próprio IPCC em seu relatório, no capítulo 8, relata o seguinte:

“Apesar disso os modelos ainda apresentam erros

consideráveis, pois muitos processos essenciais em

pequena escala não podem ser representados de

maneira explicita nos modelos e, por isso, devem ser

incluídos de forma aproximada em especial, as

incertezas fundamentais estão associadas à

representação das nuvens,e às conseqüentes respostas

das nuvens a essa mudança climática” (IPCC, 2007).

As indagações sobre o IPCC não param por ai. As medições de

temperatura em todo o globo são um outro questionamento feito pela classe de

climatologistas em todo mundo (CARRASCO, 2002). Singer (2008), relata que

o primeiro relatório de avaliação (AR1), ignorou completamente os dados de

satélite, já que estes não apresentaram nenhum aquecimento. Os satélites

apresentam dados precisos de temperatura, tanto na terra, quanto no mar, com

exceções nas regiões próximas aos pólos, por conta das micro-ondas

(ALEXENDER, 2010). Estes satélites tem a capacidade de medir a temperatura

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global, pois realizam as médias de temperatura de grandes áreas, incluindo

oceanos (MOLION, 2010). E isto configura mais uma das manipulações do

IPCC. Este órgão se utiliza das medições de temperatura com termômetros

localizados em estações meteorológicas, donde a maior parte delas (90%) está

localizada em terra, sendo que cerca de 70% do planeta é formado por água.

Vincent Gray da Universidade de Cambridge, na Alemanha, já alertava o IPCC

sobre este fator e que estas estações estariam perto demais de centro urbanos

e mal localizadas; com isso gerando resultados de temperatura muito altas por

conta da urbanização (SOLOMON, 2008). A figura 3, demonstra claramente

que estas estações realmente estão instaladas em áreas que reproduzirão

dados tendenciosos com temperaturas elevadas. Por conseguinte, as estações

climatométricas de superfície, como apresentado na figura 3, registram

temperaturas e suas variações de seu micro ambiente, representando as

condições atmosféricas num raio de apenas 150 metros em seu entorno

(MOLION, 2010). Se compararmos as medições dos dados de satélite com as

medições destas estações, podemos verificar que a precisão para gerar uma

média global de temperatura seria a utilização dos dados de satélite e não

apenas dos dados de estações em terra. O IPCC também não evitou a escolha

de qualquer estação que tivesse mudado no período dos últimos 30 anos, pois

esta poderia afetar as medidas de temperatura. Em uma análise feita pelo

cientista Keenan, revelou que muitas dessas estações mudaram diversas

vezes durante os trinta anos de estudo, citando uma que apresentava cinco

localizações diferentes entre 1954 e 1983. Ele relata também, a mudança de

uma estação que estava no centro de uma grande cidade e foi realizada sua

transferência para uma praia (KEENAN, 2007). Uma outra problemática estão

no fechamento das estações meteorológicas nas regiões mais frias do globo.

Veja o relato de Alexander, 2010 em seu livro:

“Outra evidência de que o IPCC exagerou no aumento

das temperaturas globais, sobretudo no período após

1980, é a queda súbita do número de estações de

mensuração de temperatura ocorrida na década de 1990

e calculada de 5mil a 2mil. Muitas dessas estações

estavam em regiões frias do globo, como as regiões

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árticas da antiga União Soviética, que entrou em colapso

em 1989, ocasionando o fechamento de estações

meteorológicas remotas cuja manutenção era muito cara”

(ALEXANDER, 2010, p.49).

A maior de suas façanhas e manipulações sem sombra de dúvidas foi o

gráfico publicado em seu terceiro relatório de avaliação em 2001, denominado

Taco de Hóquei - por a curva ser semelhante ao taco do jogo (SILVA & PAULA,

2009). Para correlacionar o CO2 ao aumento de temperaturas mundiais, os dois

tem de andar lado a lado, em todos os períodos de tempo, inclusive nos últimos

dois mil anos que correspondem basicamente o Período Quente Medieval e a

Pequena Idade do Gelo, fato este que ocorreu no relatório divulgado pelo IPCC

em 1995 e com bastante clareza (SILVA & PAULA, 2009). Entretanto, em seu

terceiro relatório de avaliação eis que de repente estes dois períodos

desapareceram, havendo em seu lugar um gráfico com uma aparência plana e

com alguns aumentos e diminuições de temperatura (ALEXANDER, 2010). De

acordo com a figura 4, vemos claramente mais uma falsificação com o gráfico

considerando os períodos geológicos em 1995 e o outro publicado em 2001

omitindo descaradamente uma evidência de alta relevância.

O IPCC e seus seguidores divulgavam este gráfico como sendo uma prova

cabal da ação humana sobre o clima. Contudo, foi demonstrado por cientistas

renomados que o gráfico era falso. Este gráfico foi desenvolvido por Michael

Mann, um dos principais colaboradores do IPCC e foi revisado por Mcintyre &

Mckitrick em 2003, onde concluíram que os modelos matemáticos empregados

apresentavam inúmeros erros, produzindo-se um gráfico em taco de hóquei,

independentemente dos dados aplicados a eles (MCINTYRE & MCKITRICK,

2003). Mais tarde em seu quarto relatório em 2007 o IPCC admite que o gráfico

do “taco de hóquei” publicado em seu relatório em 2001 era controverso e que

uma reconstrução mais cuidadosa dos registros de temperatura precisava de

fato apresentar as condições do aquecimento medieval e de resfriamento

durante a Pequena Idade do Gelo (IPCC, 2007). Deming, um pesquisador

aceito pelo IPCC, demonstrou através de seus estudos em clima, que o CO2 e

as causas naturais poderiam ser os grandes causadores das mudanças

climáticas. Ele foi aceito no IPCC, porém o mesmo retirou os dados de sua

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pesquisa, onde ele citava as causas naturais. Deming, fez um relato assustador

para a comunidade cientifica:

“Eles pensaram que sou um deles, alguém que podia

distorcer a ciência a serviço de causas sociais e políticas.

A pessoa mais importante trabalhando na área da

mudança climática e da hipótese do aquecimento global

enviou-me um e-mail impressionante no qual dizia:

“precisamos nos livrar do Período Quente

Medieval”(DEMING, 2009).

Fica evidente, que eliminar o Período Quente Medieval e a Pequena

Idade do Gelo era essencial, se o IPCC quisesse equiparar o registro da

temperatura com o nível de CO2 nos últimos dois mil anos e com isso confirmar

sua hipótese alarmista; contudo a desconfiança da ciência e suas provas de

manipulação, fizeram com quê o IPCC admitisse mais um de seus erros e

caísse na falta de confiança deste órgão que se diz a “Bíblia Climática”. São

tantos truques que eu como Bacharel em Ciências Biológicas fico assombrado

com tanta falta de ética na ciência. O caso da troca de e-mails pedindo que

alterassem os dados para comprovar que o aquecimento existe e que este é

causado pelo homem ocorreu no Climagate. Este é considerado por muitos

uma superação de todos os escândalos onde milhares de e-mails vazaram em

novembro de 2009 da Climatic Research Unit (CRU) na Universidade de East

Anglia, Reino Unido. Estes delitos cometidos pelos cientistas da CRU (alguns

estão sendo investigados), incluem a manipulação e a destruição de dados,

interferências nos processos de revisão, feita pelas próprias comissões do

IPCC, visando impedir que artigos revelando posições contrárias fossem

publicados e a conspiração dos modelos computacionais para elevarem as

temperaturas (ALEXANDER, 2010). No seu AR4 (quarto relatório de avaliação)

em 2007, o Painel fez a terrível divulgação que as geleiras do Himalaia iriam

derreter até o final do ano 2035 e que a Floresta Amazônica iria sofrer uma

drástica redução pluviométrica (IPCC, 2007). Porém um glaciologista, em

novembro do ano passado afirmou que estas geleiras não encolhiam nos

últimos 50 anos. O presidente o IPCC Dr. Rajendra Pachauri teve a capacidade

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de chamar este glaciologista de bruxo científico (ALEXANDER, 2010).

Contudo, este cientista trabalha agora para este doutor e o IPCC foi obrigado a

admitir que errou neste dado sobre as geleiras e que este não continham bases

científicas sólidas. Porém, mais tarde foice descobrir que este estudo sobre a

Floresta Amazônica e as Geleiras do Himalaia foram realizados por uma

organização de defesa do meio ambiente (WWF) e não por um artigo científico

nos moldes tradicionais. Os autores do relatório do WWF são um analista que

faz parte da própria ONG, denominado Peter Moore e o jornalista Andew

Rowell, que já trabalhou em diversas organizações ambientais (LINO, 2009). A

dúvida que surge a respeito destas manipulações fica por conta de duas

perguntas básicas. Por que é interessante alterar dados nos relatórios? e

Quem sai lucrando com isso? É o que veremos abaixo.

3.2 – A Falácia das ONGs Verdes e o verdadeiro interesse na

redução das emissões de CO2

Os alarmistas do aquecimento global fizeram uma saudação ao furacão

Katrina que atingiu a costa americana do Golfo do México em 2005. Tudo que

se lê à respeito de clima ou qualquer tipo de catástrofe até mesmo geológica

está relacionado ao aquecimento global causado pelo homem. O Painel

Intergovernamental de Mudanças Climáticas(IPCC), prediz que cliclones

tropicais vão se tornar mais intensos. Porém, o que vem ocorrendo não é isso e

sim que os furacões e tempestades tropicais quando ocorrem, são menos

intensos agora. Note o declínio nestas tempestades apresentado na figura 5

(ALEXANDER, 2010). A tentativa de frear as emissões de CO2 podem custar

só aos Estados Unidos cerca de $ 2 trilhões, que representaria metade do que

o país gastou na Segunda Guerra Mundial (LINO, 2009). Milhares de cientistas,

ONGs, propagandistas, lobbies parlamentares e o florescente mercado de

carbono ganham rios de dinheiro com essa nova era aquecimentista. Só os

Estados Unidos desde a década de 1990 já gastou cerca de 32 bilhões de

dólares em pesquisas referentes às mudanças climáticas (NOVA, 2009).

Cientistas recebem verbas para encontrar uma forte conexão entre as

emissões de carbono humanas e o clima. Pouquíssimos recebem verbas para

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estudar o clima seguindo o oposto. Jogue 30 bilhões de dólares na mão de

uma ONG ambientalista ou de qualquer cientista. É claro que vão escrever,

publicar e levar ao conhecimento da mídia os cenários que todos vêem e

repetem. Ou seja, o cenário catastrófico do IPCC (NOVA, 2009). Mas como foi

visto até agora o CO2 tem uma parcela muito pequena para contribuir com

mudanças climáticas. Foi inserido no meio das mudanças climáticas globais

uma maneira de interromper o desenvolvimento dos países subdesenvolvidos

com o corte abrupto de emissões de CO2 na atmosfera. Nunca se vê ou se viu

uma ONG em defesa do desenvolvimento social dos povos africanos. Só se vê

eles contra a construção de qualquer empreendimento; mas quando ocorreu o

vazamento de petróleo no Golfo do México, eles ficaram quietos ou poucos de

manifestaram(LINO, 2009). É muito dinheiro jogado pelo ralo abaixo, dinheiro

este que deveria ser empregado nos verdadeiros problemas ambientais do

mundo, relacionados à escassez de infra-estrutura de água e saneamento

ambiental, donde uma criança morre a cada 15 segundos em algum lugar do

mundo pela água contaminada; no Brasil menos da metade da população tem

acesso à rede de esgotos. Na África, mais de 90% da população têm as suas

necessidades diárias atendidas pela queima de esterco e lenha, sendo

considerados os combustíveis mais primitivos na história do

homem(BOSELEY, 2007). Os grupos ambientalistas afirmam que as energias

eólicas e solar podem suprir a demanda e levar desenvolvimento e melhor

qualidade de vida para a África, Ásia e parte da América Latina. Mas se

esquecem que 80% do consumo mundial de energia é suprido pelos

combustíveis fósseis e que restringir seu uso acarretaria conseqüências

gravíssimas. Dois terços da energia elétrica do planeta são gerados pela

queima de combustíveis fósseis, sendo o resto produzido pelas usinas

nucleares e hidrelétricas. Até a segunda metade do século, os combustíveis

fósseis não irão perder sua importância. Mais de um bilhão de pessoas morrem

de fome em todo o mundo, enquanto bilhões de dólares são desperdiçados

com pesquisas manipuladas sobre mudanças climáticas, além de doações para

ONGs ambientalistas que zelam muito mais pela política do que para as

causas sócio ambientais (LINO, 2009). A falsa crença por trás disso tudo está

na geração de energia pelos moinhos, ou seja, a energia eólica, que apresenta

uma grave desvantagem, pois mesmo nas regiões onde venta bastante, não

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venta o tempo inteiro. Com isso, a energia eólica pode apenas ser gerada de

maneira intermitente, com ventos sempre constantes (ALEXANDER, 2010). Até

2030 segundo estudos das próprias fabricantes de usinas eólicas, apenas 20%

da população mundial será suprida com este tipo de energia. Isso pode ser

considerado uma falácia, pois até o final de 2008 a contribuição do vento para

a geração de eletricidade dos Estados Unidos era de apenas 1,8% . Ai chegam

os ambientalistas e dizem que se a Dinamarca pode, por que os outros não

podem?. Muito simples: pois a Dinamarca é muito pequena e por isso 19% de

sua energia provêem dos mais de seis mil moinhos. Sendo que estes moinhos

não conseguem atender toda demanda. A Dinamarca precisa e precisou

recorrer diversas vezes à eletricidade gerada pelo carvão para cobrir a

imprevisibilidade da energia eólica. Assim como a energia eólica, a energia

solar também não pode ser armazenada com facilidade, e claro, o sol não

brilha à noite (ALEXANDER, 2010). Veja o que diz Alexander, 2010:

“A crença predominante entre os ambientalistas é que as

turbinas eólicas e as células fotovoltaicas podem atender

a grande parte da demanda de eletricidade do mundo,

mas nem o vento nem o sol podem fornecer energia

constante, nem a energia pode ser prontamente

armazenada. Porém tudo isso é um exercício maciço de

futilidade, porque o CO2 tem muita pouca relação com o

aquecimento global”(ALEXANDER, p.182, 2010).

A farsa dos créditos de carbono está descarada para todos verem: plante aqui,

polua lá e está tudo certo (MOLION, 2007). Tudo que foi dissertado neste

capítulo, compreende sem sombras de dúvidas a maior sujeira da ciência,

donde a manipulação de dados gera lucro financeiro para estes cientistas e

organizações não governamentais, além de compreender um jogo de

interesses políticos para controlar o crescimento econômico de países em

desenvolvimento e criar uma aparência ambiental que não existe, se

esquecendo assim das verdadeiras problemáticas ambientais que assolam a

população mundial. Na verdade foi criado um ciclo de interesses econômicos

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com a grande farsa do aquecimento global antropogênico pelos presidentes

poderosos das organizações não governamentais e pelo próprio IPCC.

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CAPÍTULO IV

A paleoclimatologia é um fator primordial para explicar

as mudanças climáticas

Nosso planeta que apresenta mais de quatro bilhões de anos já

transcorreu fases em que as temperaturas e os níveis oceânicos oscilavam

muito. Estes eventos geológicos que se encaixam no ramo da

paleoclimatologia explicam as mudanças que este planeta sofreu em tempos

remotos donde a humanidade não existia. As grandes eras glaciais, os

períodos interglaciais e as evidências biológicas só vem a comprovar que os

ciclos climáticos são a maior magnitude há causar mudanças no clima em

escala temporal.

4.1- As evidências geológicas

As mudanças climáticas na Terra ocorrem de forma gradativa. O Brasil

mesmo já sentiu o efeito de mudanças climáticas severas, pois já foi coberto

por geleiras, mares e desertos. Instabilidades no clima atual não se comparam

as que ocorreram nos tempos geológicos (ALMEIDA & CARNEIRO, 1995).

Algumas dessas mudanças foram tão drásticas que organismos vivos não

foram capazes de se adaptar e foram extintos. Durante a Era Paleozóica, que

durou 345 milhões de anos e que ocorreu entre 570 milhões a 225 milhões de

anos atrás a temperatura da Terra era superior á média atual, que corresponde

a 15ºC. Desde cerca de 300 milhões de anos atrás foram descobertas jazidas

fossilíferas de vegetais que representaram climas quentes e úmidos no

passado, em diversas localidades (SUGUIO, 2008). Períodos de frio intenso

ocorreram há 2,3 bilhões de anos na América do Norte, Finlândia e Rússia, que

se situavam próximos um dos outros, donde este período ficou conhecido como

Glaciação Huroniana (EEROLA, 2003). Pode-se verificar que o gênero Homo

(ao qual pertence nossa espécie), surgiu no período Quaternário, que são os

últimos 2,5 milhões de anos e que foi e está sendo o período geológico de mais

rápidas e drásticas variações climáticas. Além disso a civilização sempre

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existiu dentro de um período interglacial, o chamado Holoceno (que será

melhor relatado aqui), que teve seu início á cerca de 12.000 anos e todos os

últimos interglaciais foram mais quentes que o atual. Este período é curto se

comparado aos 4,7 bilhões de anos do planeta (LINO, 2009). A glaciação mais

intensa ocorreu entre 1 bilhão a 550 milhões de anos atrás. Nesta época

remota, nosso planeta era conhecido como “Planeta Bola de Neve e a Terra

estava congelada até os trópicos, sobrando apenas algumas regiões próximas

ao Equador e pequenas ilhas sem estarem congeladas (HOFFMAN, et. al,

1998). Erupções vulcânicas e gases hidrotermais dos fundos oceânicos

emitiram grandes quantidades de gases diversos, formando assim um efeito

estufa natural. Esta mudança radical de um período de frio intenso para um de

temperaturas mais elevadas possibilitou a origem dos vertebrados. Novos

mares se formavam nos continentes que estavam em expansão e as geleiras

começaram a se fundir. Mais tarde, nas glaciações Paleozóicas (cerca de 400

a 200 milhões de anos atrás), as geleiras que recobriam grande parte do

supercontinente Gondwana, estenderam-se por até 10 milhões de quilômetros

quadrados e as espessuras variavam de 2.000 a 3.000 metros (ALMEIDA &

CARNEIRO, 1995). Já no Carbonífero, os países do atual hemisfério norte,

estavam na faixa equatorial e eram cobertas por vastas florestas, enquanto os

continentes do atual hemisfério sul estavam no pólo sul e recobertas por

geleiras. Logo após disso, houve um aquecimento global repentino, que durou

durante todo o Mesozóico, evoluindo assim os dinossauros e que ocorreu entre

225 há 65 milhões der anos atrás. Neste tempo a temperatura média da Terra

era em torno de 30ºC a 33ºC e mesmo nas regiões polares chegava em torno

de 8ºC a 10ºC (SUGUIO, 2008). No final da Era Mesozóica, particularmente no

Cretáceo (entre 145 e 65 milhões de anos atrás), os níveis de gás carbônico

atingiram valores quatro vezes maiores que os níveis do final da Revolução

Industrial, chegando a temperatura nos pólos há mais de 10ºC e a média em

todo planeta passava dos 38ºC. Porém, não era o CO2 o principal fator e sim a

atividade solar extrema que estava entre 3% e 6% superior a atual, produzindo

o menor número de nuvens possíveis (KUMP & POLLARD, 2008). Foi

justamente neste período que ocorreu a extinção dos dinossauros; e bem mais

à frente se iniciaria as Glaciações Quaternárias que perduraram entre 2,5

milhões de anos a 10.000 anos atrás. O período quaternário foi marcado por

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interglaciais mais quentes do que estamos presenciando. Foi neste período o

maior pico de distribuição e evolução das espécies, sendo influenciado pelas

mudanças climáticas (EEROLA, 2003). As transições glacial-interglacial são as

mais rápidas que ocorrem e isto ocorreu justamente no Holoceno, conforme

relata Lino, 2010.

“No Holoceno, as temperaturas subiram 6-8ºC em menos

de 100 anos, sendo que a metade deste aquecimento (3-

4ºC) pode ter ocorrido em apenas duas décadas. Em

latitudes mais altas, já se registravam elevações de 10-

15ºC em menos de oito décadas. Essas taxas de

variação são muito maiores que a irrisória elevação de

0,8ºC observada entre meados do século XIX e XX

(LINO, p.179, 2010).

Os níveis dos mares no período quaternário tiveram um dos maiores

registros com um aumento de 120m, no período entre 18.000 e 6.000 anos

atrás, o que dá uma taxa de elevação de um metro por século, sendo muito

maior do que os 0,2m registrados desde 1870 (LINO, 2009). Durante o período

Medieval, entre os séculos X e XII as temperaturas se apresentavam cerca de

2ºC acima dos níveis atuais. O que chama a atenção é que nos últimos dois mil

anos a temperatura e os níveis de CO2 não seguiram um outro, conforme

demonstra a figura 6 (ALEXANDER, 2010). Observe também na figura 6 que

as concentrações de CO2 e temperaturas ao longo do Fanerozóico, período

que ocorreu bem antes destes dois mil anos também oscilavam muito e não

existia CO2 antropogênico nesta época. Este período de aquecimento é bem

conhecido e ocorreu por volta do ano 1000, onde ocorreram ondas de

aquecimento fortíssimos em todo o planeta e que ficou conhecido como

Período Quente Medieval. Já a Pequena Idade do Gelo ocorreu por volta do

ano de 1650.

Uma descoberta recente, evidencia que o ciclo climático de 1.500 anos

está relacionado à atividade solar e que este ciclo se manifestou durante as

eras glaciais. Supostamente este ciclo pode explicar períodos de aquecimento

atuais e pode explicar também períodos de aquecimento em épocas passadas

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(SINGER & AVERY, 2008). E ele explica mesmo. Alexander, 2010 relata isso

em seu livro.

“Se a última fase de aquecimento começou por volta do

ano 800, ou seja, no início do período Quente Medieval,

isso quer dizer que a próxima fase começou por volta de

1800, mas que não vá aparecer por mais algumas

centenas de anos”(ALEXANDER, p.124, 2010).

Sendo que, os dados que boa parte dos pesquisadores retiram estas

conclusões, provêem de núcleos de cilindros de gelo ou de anéis de árvores

que apesar de grande parte afirmar que estes apresentam dados muito

confiáveis na verdade isto não ocorre e são muito imprecisos (ALEXANDER,

2010). Mesmo com a imprecisão, períodos interglaciais são bem relatados na

história, com análises de gelo da Antártica que demonstraram cinco breves

períodos glaciais ocorridos desde 415 mil anos atrás até o presente (PETIT,

1999). As amostras da Groenlândia revelaram um Período Quente Minoano,

entre 1450-1300 a.C.; um Período Quente Romano, entre 250-0 a.C., o

Período Quente Medieval, entre 800-1100; a Pequena Idade do Gelo, entre

1650-1850 e o Período Quente do Século XX(EVANS, 2006). As imprecisões

nestas análises de anéis de árvores e nos cilindros de gelo se dão ao fato da

composição química ser alterada devido a fatores ambientais. No caso dos

anéis, além de fatores ambientais, quando há a falta de um anel o pesquisador

tem que fazer uma simulação, que muita das vezes resultam em dados não

confiávies. De acordo com Molion, 2007 estes métodos utilizando cilindros de

gelo não geram resultados confiáveis. Ele diz o seguinte:

“A composição química e isotópica original do ar não

permanece inalterada por milhares de anos, pois ocorrem

tanto reações químicas como difusão de ar nas bolhas

por estarem submetidas a pressões que chegam a ser,

nas camadas profundas, mais de 300 vezes superiores

às da atmosfera. Some-se a isso o fato do ar da bolha

ser cerca de 1000 anos mais novo que o gelo que o

aprisionou” (MOLION, p.5, 2007).

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Um outro argumento para comprovar o aumento da concentração de

CO2 antropogênico, é a redução da relação 14C/12C. O que ocorre é que o

carbono 14 é radioativo e sua meia-vida é de 5730 anos. Não há mais carbono

14 nos combustíveis fósseis, uma vez que esses foram produzidos há milhares

de anos. Desta maneira, sua queima liberaria mais C12 e por este motivo a

razão teria decrescido em 2% nos últimos 150 anos (MOLION, 2007).

Conforme foi exposto, nos períodos geológicos ocorreram mudanças drásticas

como podemos verificar na figura 7. Todas essas mudanças ocorreram sem

interferência humana. Ou seja, muita coisa tem que ser revista nos relatórios

do IPCC antes de se publicar informações infundadas e uma dessas coisas

seria a utilização de dados paleoclimáticos.

4.2- A Paleobiologia explica as mudanças na Terra.

No Quênia, Verschuren extraiu sedimentos do fundo do lago Naivasha,

ao norte de Nairobi. Os dados obtidos por eles indicaram que no milênio

passado houve um clima bastante mais seco do que o atual. Isto ocorreu

durante o Período Quente Medieval, entre 1000-1270 dC. Durante o Período

Quente Medieval este lago conviveu claramente com um período de seca

prolongada (VERSCHUREN et al., 2010). No Formosa, Kuo-Yen Wei também

estudou sedimentos lacustres e obtiveram os mesmos resultados com marcas

de um período quente e um que representa a pequena idade do gelo. O autor

deste trabalho afirmam que ciclos de umidade e seca aconteceram naquele

local nos últimos dois mil e quatrocentos anos.(WEI, 1996). E conforme citado

em seus relatórios, o IPCC afirma que tanto o período Quente Medieval como a

Pequena Idade do Gelo, ocorreram somente em partes do Globo em não em

sua totalidade. Porém, o que vemos aqui não é isso e sim estudos de

renomados pesquisadores que comprovam que estes dois períodos ocorreram

e são claramente demonstrados pelas evidências biológicas. Estudos com

turfeiras na China revelaram um histórico de temperaturas de seis mil anos.

Comprovou-se que as temperaturas eram mais elevadas do que hoje entre os

anos de 1100-1200; mais uma vez compreendendo o Período Quente

Medieval(HOUGHTON, 1995). Fixo aqui o Período Quente Medieval, pois foi

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justamente neste período que os índices de carbono e temperaturas não

andavam lado a lado como pode ser verificado na figura 6, contrariando assim

a hipótese do gás carbônico ser o grande causador das mudanças climáticas

globais. Em Quioto, análises das datas de florescimento das cerejeiras

demonstram a ocorrência do Período Quente Medieval(DALY, 2001). Na

Tasmânia, uma ilha situada perto da Austrália, Cook, apresentou uma série de

estudos de cernes de pinheiros de Huon (Lagarostrobos franklinii) onde foi

registrado fortes períodos de aquecimento entre 940 e 1000 e depois entre

1100 e 1200 (COOK et al., 1992). Na África do Sul, um artigo da South African

Journal of Science, Tyson et al., utilizando-se de isótopos de oxigênio, isótopos

de carbono de 14 e dados de densidade de coloração obtidos a partir de uma

estalagmite, demonstrou que o clima da África do Sul era 1ºC mais frio na

Pequena Idade do Gelo e 2ºC mais quente no Período Quente Medieval. Entre

os anos de 1000-1300 as temperaturas eram 6ºF a 7ºF mais quentes do que

hoje. Estas variações de temperatura sabe-se hoje que foram causadas pelo

Mínimo de Maunder e de Sporer, relativos a radiação solar(TYSON, et al.,

2000). Na Argentina também houve o período Quente Medieval que perdurou

até 1320 e teve seu inicio após 600 dC. Tal evento possibilitou às populações

cultivarem nas mais elevadas altitudes durante este período de aquecimento.

Logo após 1320 veio o período de arrefecimento, não só na Argentina como

em todo o planeta(VILLALBA, 1994). A manipulação do IPCC gerou justamente

o que está escrito no capítulo 3, abolir o período quente medieval e a pequena

idade do gelo e indo mais além afirmando que estes períodos ocorreram em

pequenas partes do globo. Nota-se que a ciência foi realmente corrompida para

gerar dados tendenciosos; pois os eventos de arrefecimento e aquecimento

ocorreram no planeta todo. Estudos de esqueletos de corais nas Ilhas do Índico

Norte demonstram a mesma coisa e foram causados pelo fenômeno de

Oscilação Sul do El Niño – ENSO(DALY,2001). Na Califórnia, estudos com

coníferas divulgaram um período de extremo frio entre 1450 a 1850 e um de

aquecimento entre 1100 a 1375(GRAUMLICH, 1993). O IPCC afirma que os

níveis oceânicos eram constantes antes do século XX; contudo esta

informação é falsa; pois de acordo com os experimentos de Plassche et al., os

níveis dos mares oscilaram cerca de 25cm entre o período Quente Medieval e

a Pequena Idade do Gelo(PLASSCHE et al., 1998). Fica comprovado através

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dos dados paleoclimáticos e paleobiológicos que o clima da Terra em tempos

passados variava muito entre períodos quentes e frios e tudo isso sem a

interferência humana e muito menos atividades industriais. Tudo leva a crer

que os cientistas do IPCC não tiveram uma atitude responsável perante a

investigação ou navegaram para uma escolha onde a ética não prevaleceu,

utilizando dados de relatórios de Organizações Ambientais, ao invés de uma

ciência pura e sem interesses pessoais ou políticos.

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CONCLUSÃO

O que era para ser um órgão cientifico, se transformou em um dos

maiores espetáculos que a população mundial já presenciou. Fugindo das

verdadeiras atenções mundiais, o IPCC conseguiu transformar um fenômeno

natural em uma nova emergência mundial, onde todos devem parar de lançar

gás carbônico na atmosfera. Por conseguinte a mídia ajuda e transfere para os

povos uma mensagem de apocalipse mundial se não pararmos de nos

desenvolver. Porém, neste trabalho, fica claro que o CO2 não regula o aumento

ou diminuição de temperaturas globais e que em tempos passados na Terra a

taxa de CO2 era praticamente constante e a temperatura oscilava muito, fato

este não explicado pelo IPCC. É preciso “despolitizar” este setor da ciência que

só tem interesses políticos e manipula dados ao ponto de ser considerado a

maior sujeira da ciência. As mudanças naturais regem o clima da Terra sendo o

homem e suas ações uma parcela sem magnitude para interferir em um

sistema complexo e com muita coisa ainda inexplicável. Conforme apresentado

aqui a hipótese de um resfriamento é bem mais provável de ocorrer nos

próximos anos do que um aquecimento. Veremos quais farsas serão

apresentadas no relatório do IPCC em 2014, pois mais de 50% de suas

previsões não ocorreram, sendo preciso forjar dados ou ignorá-los para

continuar com a grande farsa do aquecimento global antropogênico.

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ANEXO 1

FIGURAS

Figura1- Ciclos Orbitais ou de Milankovitch: a- excentricidade, b- obliqüidade, c- precessão. (Modificado de Bôer & Smith, 1994).

Figura 2- Esquema do efeito estufa na Terra. Disponível em: http://ambiente.hsw.uol.com.br/questao746.htm, acessado em 25/03/2011.

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Figura 3- Fotografias evidenciando a péssima localização das estações meteorológicas nas cidades de Concully, Wanshington; Hopckinsville, Kentucky Disponível em: http://www.norcalblogs.com/watts/weather_stations/, acessado em: 25/03/2011.

Figura 4- Do lado esquerdo o gráfico do IPCC em 1995, demonstrando os períodos quentes e frios. Do lado direito, o gráfico tendencioso publicado em 2001 pelo IPCC abolindo os registros das medições de temperatura e carbono em épocas geológicas passadas. Fonte: Alexander, p.54, 2010

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Figura 5 – Atividade dos ciclones tropicais desde 1977. Fonte: Alexander, p. 144, 2010.

Figura 6- No quanto esquerdo:registro de temperaturas e gás carbônico nos últimos 2.000 anos. Fonte: Alexander, p.53, 2010. No quanto da direita, podemos verificar as oscilações nas taxas de gás carbônico e temperaturas média global no período Fanerozóico. Fonte: Lino, p.188, 2010.

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Figura 7- Períodos geológicos da Terra, demonstrando todas as variações de temperatura e avanços e recuos dos níveis dos mares. Fonte: Raven, Evert, Eichhorn, 2001.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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BIBLIOGRAFIA CITADA

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12- ALEXANDER, Ralph B. Aquecimento Global: Alarme Falso. Rio de Janeiro: ed. Gryphus, 2010. 13- MOLION, Luiz Carlos Baldicero. Desmistificando o Aquecimento Global. Instituto de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Alagoas, 2007.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO S 3 DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

As Mudanças Naturais no Clima da Terra 10

1.1 - Os oceanos como principais reguladores do clima 10

1.2 – Eventos El Niño e La Niña interferindo no clima 13

1.3 – O Sol como principal fonte de energia 13

1.4- Os ciclos de Miluntin Milankovitch 16

CAPÍTULO II

O CO2 não é o grande vilão das mudanças climáticas 18

2.1- O efeito estufa e a relação com o CO2

sendo um suposto vilão 18

2.2-A Influência das Ilhas Urbanas de

Calor como Intensificadores da Temperatura 21

CAPÍTULO III

A falta de credibilidade nos dados apresentados pelo IPCC 24

3.1- As Manipulações e Forçantes ambientais

apresentados pelo IPCC 24

3.2- A Falácia das ONGs Verdes e o verdadeiro

interesse na redução das emissões de CO2 32

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CAPÍTULO IV

A paleoclimatologia é um fator primordial para

explicar as mudanças climáticas 36

4.1- As evidências geológicas 36

4.2- A Paleobiologia explica as mudanças na Terra 40

CONCLUSÃO 43

ANEXOS 44

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 48

BIBLIOGRAFIA CITADA 54

ÍNDICE 56

FOLHA DE AVALIAÇÃO 58

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

Autor:

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: