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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
WMS-WAREHOUSE MANAGEMENT SYSTEM
SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ARMAZÉNS
Por: Alex Rocha Ferreira
Orientador (a)
Prof.ª Adélia Araújo
Rio de Janeiro
2007
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
WMS-WAREHOUSE MANAGEMENT SYSTEM
SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ARMAZÉNS
Monografia apresentada ao Curso de Pós Graduação
em Logística Empresarial da Apresentada
Universidade Candido Mendes como requisito parcial
a obtenção do grau de especialista em. Logística.
AGRADECIMENTOS
.... Agradeço Primeiramente a Deus aos
meus Pais ,Irmãos, Minha namora e
Amigos que me deram forças até chegar
aqui.......
DEDICATÓRIA
.....Dedico aos meu Pai Alan, e minha Mãe
Maria , meus Irmãos Alexandre e Alan,
amigos , minha namorada Priscila colegas
de trabalho da pós, Obrigado a vocês por
fazer parte da minha da vitória .......
RESUMO
A tecnologia de informação, quando bem utilizada, torna-se importante
diferencial para as empresas na busca pela excelência logística. Neste contexto,
este estudo tem como objetivo analisar o processo de implementação de um
Sistema de Gestão de Armazéns (Warehouse Management System – WMS)
suas vantagens e aplicabilidade. Resultados: Realizou-se a revisão bibliográfica
dos temas propostos. Foram mapeados os processos de armazenagem do
Cenário Didático de Distribuição Física. Após vários contatos, foi estabelecida
uma parceria com a empresa no segmento farmacêutico que fornecerá
informações básicas do software WMS para implementação no cenário.
Conclusões: Para implementação do Software WMS em uma empresa, deve ser
estudado o porte desta, variedade de produtos, processos de armazenagem e
outras características que influam na customização do software.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de caso com base na implantação do WMS na
empresa 2 ALIANÇAS ARMAZÉNS GERAIS LTDA ferramentas que
integrassem todas as informações logísticas.
Averiguando-se através de questionário, entrevistas toda a evolução da
logística empresarial do relacionamento com os clientes.
A fim de cumprir com todos os objetivos aqui propostos, a pesquisa tem
um caráter de esclarecer a utilização do WAREHOUSE MANAGEMENT
SYSTEM-WMS, como uma ferramenta de vantagem competitiva no mercado.
O conteúdo do questionário será composto de perguntas abertas,
idealizadas com base em todo o referencial teórico, sendo direcionado e
aplicado aos profissionais responsáveis por esta implementação e também junto
aos funcionários que utilizam este software.
Com relação ás entrevistas, será utilizado e-mail via Internet mediante a
autorização prévia da empresa, objetivando assim, um melhor entendimento das
informações.
Será solicitado a apresentação de relatórios para verificar a
implementação e adaptação do sistema.
Através de todas as evidências apresentadas, tenciona-se confrontar o
antes e o depois da utilização desta ferramenta que possibilita conquistar a
confiança e a fidelidade dos clientes.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I -EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICAS 12
1.1.-.CONCEITO DA LOGÍSTICA 14
1.2.-.VANTAGENS COMPETITIVA ATRAVÉS DA LOGÍSTICA 20
1.3.-. O DESAFIO DO GERENCIAMENTO LOGÍSTICO 22
CAPÍTULO II – VANTAGEM COMPETITIVA EM LOGISTICA BASEADA
TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO 20
2.1 - SISTEMASDE INFORMAÇÃO 29
2.2 - ERP- ENTERPRISE RESOUCE PLANNING. 30
2.3 - SISTEMAS DE INTEGRAÇÃO DE GESTÃO 31
CAPÍTULO III – WMS - WAREHOUSE MANAGEMENT SYSTEMS 32
3.1 – FERRAMENTA DA LOGISTICA DA COMPETITIVA 32
3.2 – ADAPTAÇÃO DO WMS PARA O GERENCIAMENTO 40
3.3 - CONTROLE DE LOGISTICA DE ARMAZENAGEM. 41
3.4 - ESTUDO DE CASO - 43
3.5 – COMENTÁRIO WMS NA EMPRESA 2ALIANÇAS LTDA 44
CONCLUSÃO 47
BIBLIOGRAFIA 52
ANEXO I 50
ANEXO II 51
INTRODUÇÃO
No século passado meados da década de 70 os sistemas informatizados
de controle de estoque somente possuíam a habilidade de controlar as
transações de entrada e saída em estoque e a respectiva baixa de tais
movimentações contra os pedidos de fornecedores e clientes. Eram softwares
desenvolvidos para substituir os sistemas manuais de fichas de controle de
estoque, entre os quais o famoso kardex.
Com o passar do tempo para garantir então os sistemas de controle de
endereçamento, que passaram a agregar a preocupação com a localização do
material em um “endereço” do depósito. Esta evolução propiciou o uso mais
intensivo do conceito de armazenagem dinâmica ou aleatória, onde as
mercadorias deixaram de ter locais fixos de armazenagem e passaram a ser
estocadas em qualquer local do depósito, já que estes locais passavam a ter
uma identificação, devidamente cadastrada e controlada pelo computador.
Passamos a ter a possibilidade de aumentar a densidade de estocagem nos
depósitos, pois não mais éramos obrigados a reservar espaços para o estoque
máximo de cada item e sim trabalharmos com volumes baseados no estoque
médio dos itens.
Entre outras vantagens, os sistemas de endereçamento permitiram que o
trabalho de estocar e retirar mercadorias dos estoques pudesse ser feito por
qualquer operador de almoxarifados, não mais sendo necessário que tal
operador tivesse conhecimento do material para saber onde ele estava
armazenado.
De um tempo para cá, tais sistemas de endereçamento evoluíram de
maneira significativa e hoje constituem o aplicativo que chamamos de WMS –
sigla que representa as palavras Warehouse Management System, ou Sistema
de Gerenciamento de Depósitos.
Em termo simples, o WMS pode ser entendido como uma estratégia que
permite á empresa ter uma visão única de seu cliente e a partir, saber explorar
as oportunidades de negócio.
A concepção está voltada para as empresas com visão inovadora e
abrangente como e o caso da empresa 2 ALIANÇAS ARMAZÉNS GERAIS
LTDA, 100% nacional que há cinqüenta anos vem escrevendo uma história de
sucesso.
Criada em 1953, no Rio de Janeiro, sob o nome de Armazéns Gerais
Sant’ana, a 2 ALIANÇAS ARMAZÉNS GERAIS LTDA completa meio século de
atividades como um modelo de excelência na área de armazenagem e, mais
recentemente, de logística.
A empresa 2 Alianças Empresa possui 175 funcionários
aproximadamente, e 20 prestadores de serviços. Hoje a empresa armazena
produtos acabados e semi-acabados, além de fazer o controle logístico dos
clientes e fornecedores.
A Farmácia Popular do Brasil é um exemplo, com objetivo iniciar-se a
implantação do projeto WMS na empresa 2 ALIANÇAS ARMAZÉNS GERAIS
LTDA ferramentas que integrassem todas as informações logísticas.
Segundo Ballou (2001:21), "a missão da logística é dispor a mercadoria
ou o serviço certo, no lugar certo, no tempo certo e nas condições desejadas, ao
mesmo tempo em que fornece a maior contribuição à empresa".
Ainda pode-se acrescentar que a empresa deve, além de realizar todas as
atividades de acordo com a missão da logística, satisfazer o seu cliente, pois é
ele quem proporciona a sustentação da empresa em um mercado competitivo.
O desenvolvimento da logística empresarial tem sido exponencial nos
últimos anos, por ser fator essencial para a competitividade das empresas.
Existem diversos fatores que aceleraram este desenvolvimento: a pressão por
maior giro e redução de estoques, o atendimento a mercados distantes, a
introdução de novas tecnologias, o curto ciclo de vida dos produtos, entre outros.
O estudo evidencia que a maioria das funções do WMS tradicionalmente
utilizadas para gerenciar a logística moderna. O ambiente empresarial está
submetido a constantes mudanças, principalmente após a crescente
globalização dos mercados. As empresas viram aumentar a sua
responsabilidade perante o mercado consumidor e com a plena satisfação dos
clientes, além de se depararem com a concorrência mundial. Para manterem-se
no mercado, muitas empresas mudaram complemente seus processos
produtivos e de atendimento ao consumidor.
Para se enquadrarem no mesmo patamar de seus concorrentes, as
empresas resgataram um antigo conceito de administração dos fluxos de bens,
serviços e informações utilizados principalmente no contexto militar, a logística
empresarial.
Ao final de todos os processos logísticos realizados nos armazéns, são
descartadas quantidades enormes de materiais como fitas de arquear aço e
plástico, papelão, caixas plásticas, paletes de madeira, filmes de polietileno,
espumas plásticas, entre outros. Estes materiais além de não poderem mais ser
simplesmente atirados em um aterro sanitário, causando sérios impactos ao
meio ambiente, constituem bens que podem ser reutilizados nos processos
produtivos, proporcionando retorno econômico às empresas.
Existem também os produtos que por diversos motivos retornam ao
armazém sem uso, devolvidos por problemas de validade, garantia, qualidade,
avarias no transporte e devem também ser encaminhados para
retroprocessadores para terem alguns ou todos seus componentes
reaproveitados, também gerando retorno econômico.
Para dar suporte a todas essas mudanças ocorridas no ambiente
empresarial e possibilitar que as atividades do sistema logístico direto sejam
administradas corretamente tornou-se necessária a utilização de sistemas de
informação logísticos ou de gerenciamento da cadeia de suprimentos,
viabilizados tecnicamente através da tecnologia da informação.
Atualmente, inexistem no mercado sistemas de informação específicos
para o gerenciamento da logística. Por isso o presente estudo a adaptação de
existente, do WMS — Sistema de Gerenciamento de Armazéns, para atender tal
necessidade.
No capitulo a seguir iremos conhecer as últimas décadas, as mudanças
relevantes no ambiente empresarial, principalmente após a globalização dos
mercados, empresas que antes eram vistas como instituições com limitadas
responsabilidades perante o mercado consumidor, não tinham que se preocupar
com a concorrência e com a plena satisfação dos clientes, depararam-se com
uma situação totalmente inusitada e foram obrigadas para manter-se no
mercado, a mudar complemente seus processos de produção e atendimento.
CAPITULO - I
Evolução História Da Logística
A reflexão sobre a dimensão que o gerenciamento da logística
empresarial1, em função das informações e materiais, entre a fonte e o cliente,
conecta a organização de maneira integrada, como um sistema. Esta
abordagem é um avanço na Administração de Materiais, e da técnica que dela
se desenvolveu, teve como pressuposto a Armazenagem e a Movimentação de
Materiais.
Anos atrás a logística empresarial como estrutura organizada e integrada
era solenemente ignorada pela maioria das empresas manufatureiras e
prestadoras de serviço no Brasil.
Com a abertura comercial, a partir do início da década de 90, tornou-se
crescente a necessidade das empresas brasileiras desenvolverem maior
competitividade nos mercados nacional e internacional.
Ao analisar os conceitos básicos de logística que são utilizados no dia a
dia das empresas, é necessário baseá-lo em uma estrutura teórica,
estabelecendo um paradigma logístico, que podemos chamar de logística
integrada.
No clima econômico rigoroso de hoje, em que os mercados em expansão
são poucos em que os novos concorrentes globais estão acirrando a
competitividade, os negócios passaram inevitavelmente a enfatizar, como ponto
central, as estratégias que estabelecem uma lealdade de longo prazo com o
cliente.
O reconhecimento de que o relacionamento com o cliente é a chave para
os lucros em longo prazo trouxe consigo a compreensão da importância crucial
de estabelecer um serviço diferenciado ao cliente. Como os mercados
apresentam cada vez mais característicos do alto consumo, em que os clientes
vêem pouca diferença entre as características físicas ou funcionais do produto,
há vários produtos similares, é através da prestação especial de serviços, que
cada organização faz a sua diferença.
Um serviço eficaz ao cliente não se consegue somente através de
empregados motivados embora isso seja um pré-requisito, mas por meio dos
sistemas logísticos que permitam a entrega do produto dentro dos padrões
exigidos pelo cliente.
A palavra logística derivada do grego ("logos = razão") significa "a arte de
calcular" ou "a manipulação dos detalhes de uma operação". Na área militar, a
palavra representa a aquisição, manutenção, transporte de materiais e de
pessoal.
Na história antiga o primeiro relato que existe da construção dos primeiros
armazéns datam de 1800 A.C., onde José ao interpretar um sonho que o rei
teve, no qual haveria sete anos de abundância, seguidos por sete anos de fome
em todo país; José começou a construir e estocar um quinto da colheita de cada
ano em armazéns e celeiros, em cada cidade do Egito; e o país sobreviveu, nos
anos de fome, através de bons planejamentos e distribuição.
Em 1991, o mundo presenciou um exemplo dramático da importância da
logística. Como precedente da guerra do Golfo, os Estados Unidos e seus
aliados tiveram que deslocar grandes quantias de materiais a grandes
distâncias, em que se pensava um tempo extremamente curto. Meio milhão de
pessoas e mais meio milhão de materiais e suprimentos tiveram de ser
transportadas por 7.456,45 milhas por via aérea, mais 2,3 milhões de toneladas
de equipamentos transportados por mar, tudo isso feito em questão de meses.
Ao longo da história do homem, as guerras têm sido ganhas e perdidas
através do poder da logística ou da falta dela. Argumenta-se que a derrota da
Inglaterra na guerra da independência dos Estados Unidos pode ser, em grande
parte, atribuída a falta de logística.
O exército britânico na América dependia quase que totalmente da
Inglaterra para os suprimentos. No auge da guerra, havia 12.000 soldados no
ultramar e grande parte dos equipamentos e da alimentação partia da Inglaterra.
Durante os primeiros seis anos de guerra, a administração destes suprimentos
vitais foi totalmente inadequada, afetando o curso das operações e a moral das
tropas. Até 1781 eles não tinham desenvolvido uma organização capaz de suprir
o exército e aquela altura já era muito tarde.
A invasão da Europa pelas forças aliadas foi um exercício de logística
altamente proficiente, tal como foi a derrota de Rommel no deserto. Entretanto,
enquanto generais e marechais dos tempos remotos compreenderam o papel
crítico da logística, estranhamente, somente num passado recente e que as
organizações empresariais reconheceram o aspecto vital que o gerenciamento
logístico pode ter para a obtenção da vantagem competitivai. Em parte, deve-se
esta falta de reconhecimento ao baixo nível de compreensão dos benefícios da
logística integrada.
1.1 - Conceito de Logística
O conceito de logística é coordenar todas as atividades relacionadas à
aquisição, movimentação e estocagem de materiais. Esta abordagem considera
o fluxo inteiro de materiais e peças, desde os fornecedores até o
estabelecimento de manufatura, com seus depósitos e linhas de produção, e
também depois da manufatura, no fluxo de peças e produtos, através dos
armazéns e centros de distribuição até os clientes, este fluxo é controlado e
planejado como um sistema integrado; esta abordagem é diferente da tradicional
que era a abordagem departamentalizada.
Existem muitas maneiras de definir o conceito de logística, alguns autores
definem como:
"A logística consiste em fazer chegar a quantidade certa das mercadorias
certas ao ponto certo, no tempo certo, nas condições e ao mínimo custo; a
logística constitui-se num sistema global, formado pelo inter-relacionamento dos
diversos segmentos ou setores que a compõem. Compreende a embalagem e a
armazenagem, o manuseio, a movimentação e o transporte de um modo geral, a
estocagemii em trânsito e todo o transporte necessário, a recepção, o
acondicionamento e a manipulação final, isto é, até o local de utilização do
produto pelo cliente". ( MOURA, 1998).
"A logística é responsável pelo planejamento, operação e controle de todo
o fluxo de mercadorias e informação, desde a fonte fornecedora até o
consumidor". (ALT & MATINS, 2000)
A logística empresarial é o processo de planejamento, implementação e o
controle do fluxo e armazenagem eficientes e de baixo custo de matérias-primas,
estoque em processo, produto acabado e informações relacionadas, desde o
ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos
requisitos do cliente. (BALLOU, 1998:42).
A evolução da logística empresarial têm início à partir de 1980, com as
demandas decorrentes da globalizaçãoiii, alteração estrutural da economia
mundial e desenvolvimento tecnológico, tendo como conseqüência a
segmentação da logística empresarial em três grandes áreas:
1. Administração de materiais: que é o conjunto de operações associadas ao
fluxo de materiais e informações, desde a fonte de matéria-prima até a entrada
na fábrica; em resumo é “disponibilizar para produção”; sendo que participam
desta área os setores de: Suprimentos, Transportes, Armazenagem e
Planejamento e Controle de Estoques.
2. Movimentação de Materiais: transporte eficiente de produtos acabados do
final de linha de produção até o consumidor; sendo que fazem parte o PCP
(Planejamento e Controle da Produção), Estocagem em processo e Embalagem.
3. Distribuição física: que é o conjunto de operações associadas à transferencia
dos bens objeto de uma transação desde o local de sua produção até o local
designado no destino e no fluxo de informação associado, devendo garantir que
os bens cheguem ao destino em boas condições comerciais, oportunamente e a
preços competitivos; em resumo é “tirar da produção e fazer chegar ao cliente”.
Participam os setores de Planejamento dos Recursos da Distribuição,
Armazenagem, Transportes e Processamento de Pedido.
A missão do gerenciamento logístico é planejar e coordenar todas as
atividades necessárias para alcançar níveis desejáveis dos serviços e qualidade
ao custo mais baixo possível. Portanto, a logística deve ser vista como o elo
entre o mercado e a atividade operacional da empresa. O raio de ação da
logística estende-se sobre toda a organização, do gerenciamento de matérias-
primas até a entrega do produto final.
De acordo com Pozo (2002), a logística empresarial trata de todas as
atividades de movimentação e armazenagem que viabilizam a movimentação de
produtos desde a compra da matéria-prima até o consumidor final, bem como
dos a informação que dão suporte à movimentação dos produtos e serviços com
o objetivo de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo
acessível.
Segundo Ribeiro & Gomes (2004), logística é o processo de gerenciar
estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenamento de materiais,
peças e produtos acabados, sua organização e dos seus canais de distribuição
de modo a poder maximizar a lucratividade da empresa e o atendimento e
satisfação dos clientes a baixo custo.
A logística é um dos principais fatores que proporcionaram o diferencial
competitivo que as empresas necessitavam para manter-se em um mercado
globalizado, de forma a satisfazer o cliente, visando a maximização do lucro.
Apesar de ter sua origem há muitos anos atrás, na área militar, e ter seus
primeiros registros por volta do ano de 1800, nos escritos do engenheiro francês
Julie Dupuit, ela somente teve verdadeira ênfase no Brasil por volta de 1990,
após a abertura de mercados.
Dentro da logística integrada temos que fazer uma diferenciação entre as
variantes da logística:
A logística de abastecimento que é a atividade que administra o
transporte de materiais dos fornecedores para a empresa, o descarregamento
no recebimento e armazenamento das matérias primas e concorrentes.
Estruturação da modulação de abastecimento, embalamento de materiais,
administração do retorno das embalagens e decisões sobre acordos no sistema
de abastecimento da empresa.
A logística de distribuição é a administração do centro de distribuição,
localização de unidades de movimentação nos seus endereços, abastecimento
da área de separação de pedidos, controle da expedição, transporte de cargas
entre fábricas e centro de distribuição e coordenação dos roteiros de transportes
urbanos.
A logística de manufatura é a atividade que administra a movimentação
para abastecer os postos de conformação e montagem, segundo ordens e
cronogramas estabelecidos pela programação da produção. Desovas das peças
conformadas como semi-acabados e componentes, armazenamento nos
almoxarifados de semi-acabados. Deslocamento dos produtos acabados no final
das linhas de montagem para o armazéns de produtos acabados.
A logística organizacional é a logística dentro de um sistema
organizacional, em função da organização, planejamento, controle e execução
do fluxo de produtos, desde o desenvolvimento e aquisição até produção e
distribuição para o consumidor final, para atender às necessidades do mercado
a custos reduzidos e uso mínimo de capital.
Um outro fator importante que surgiu com a evolução da logística , a área
da logística empresarial associada a retornos de produtos, reciclagem,
substituição de materiais, reutilização de materiais, descarte de resíduos e
reformas, reparos e remanufatura.
Ainda conforme BALLOU(1998) o interesse surgiu na década de 1990, de
forma similar ao interesse pela administração de material, quando os
profissionais de logística reconheceram que matérias primas, partes,
componentes e suprimentos representam custos significativos que devem ser
administrados de forma adequada.
Este conceito pode ser classificado em duas categorias, a saber:
reutilizáveis e perda; reutilizáveis são equipamentos de carga unitizada que
devem ser recuperados e devolvidos ao ponto de manufatura, onde poderão ser
reutilizados e perda são equipamentos que devem ser recuperados e reciclados
ou descartados na forma mais propícia ao ambiente e eficiente em termos de
energia.
Segundo Leite (2003),o impacto ambiental provocado na movimentação
de materiais, projeto e embalagem dos produtos é significativo, sendo uma
grande preocupação à todas empresas, reciclar produtos e materiais são novos
desafios aos projetistas de sistema, todos serão afetados pelo foco de assegurar
que a logística tenha uma função "ambientalmente neutra”.
No Brasil os canais reversos são pouco eficientes em virtude do pequeno
volume atual de retornos, das fábricas terem sido concebidas e localizadas em
função da matéria prima virgem, das transportadoras serem pouco profissionais,
dos fretes serem elevados devido aos baixos volumes.
Não se pode mais admitir que um "bom" produto se venda por si só e que
o sucesso de hoje esteja garantido para amanhã, temos então a importância
estratégica da logística empresarial. A qualidade que no passado constituiu um
instrumento de competitividade é hoje um pressuposto assumido.
No contexto da logística, a missão é um conjunto de metas de serviço ao
cliente a serem alcançadas pelo sistema, dentro de um contexto
produto/mercado. As missões podem ser definidas em termos de tipo de
mercado servido, por quais produtos, e dentro de quais restrições de serviço e
de custos. A missão, por sua própria natureza, cruza as linhas da companhia
tradicional.
Para BALLOU (1998) a realização bem sucedida dos objetivos definidos
pela missão envolve dados de um grande número de áreas funcionais e centros
de atividade dentro da empresa. Desta forma, um sistema de custeio logístico
eficaz deve procurar determinar o custo total do sistema para a realização dos
objetivos logísticos desejados, o resultado do sistema e os custos dos diversos
fatores envolvidos na obtenção destes resultados.
Dentro dessa evolução podemos dividir a logística empresarial em duas
atividades básicas:
Atividades Primárias
• Transporte
• Gestão de Estoque
• Processamento de Pedidos
Atividades de Apoio
• Armazenagem
• Manuseio de Materiais
• Embalagem
• Relacionamento de Compras
• Administração de Informações
Podemos citar como as fontes atuais de diferencial competitivo duradouro a
vantagem de custo. A vantagem de custo pode ser obtida através da
administração logística, que permite racionalização e redução de custos, do
aumento de produtividade por diversos meios e da economia de escala, que leva
à diluição de custos fixos.
A concentração de produção e armazenagem é um exemplo do diferencial
de vantagem custo, onde em decorrência da necessidade de reduzir custos, as
empresas têm pensado e investido em fábricas para propiciar o crescimento da
produção de um conjunto reduzido de produtos, numa única planta, com o
objetivo de obter economias de escala e centralizando estoques visando a
redução dos níveis de estoque.
Em conseqüência dessa concentração pode-se também induzir: o
crescimento dos custos logístico, pelo aumento das distâncias e a redução do
nível de atendimento ao cliente, em função do afastamento dos mercados.
Portanto, nessas circunstâncias torna-se necessário um grande esforço para
oferecer ao cliente um diferencial, que pode ser obtido através da administração
logística.
1.2 - Obtendo Vantagem Competitiva Através Da Logistica
Das muitas mudanças que ocorreram no pensamento gerencial nos
últimos 10 anos, talvez a mais significativa tenha sido a ênfase dada à procura
de estratégias que proporcionassem um valor superior aos olhos do cliente.
A vantagem competitiva não pode ser compreendida olhando-se para
uma empresa como um todo. Ela deriva das muitas atividades discretas que
uma organização desempenha projetando, produzindo, comercializando,
entregando e apoiando seu produto. Cada uma dessas atividades pode
contribuir para a posição de custo relativo da empresa e criar a base para a
diferenciação.
Conforme a afirmação de CHOPRA, S. & MEINDRL.P.(2003) a cadeia de
valor desdobra a empresa em suas atividades estrategicamente relevantes, para
compreender o comportamento dos custos e as fontes de diferenciação
existentes ou potenciais. Uma organização ganha vantagem competitiva
executando estas atividades estrategicamente importantes de maneira mais
barata, ou melhor, do que seus concorrentes.
A vantagem competitiva surge da maneira como as empresas
desempenham estas atividades discretas dentro da cadeia de valor. Para ganhar
vantagem competitiva sobre seus rivais, uma empresa deve proporcionar valor
para seus clientes desempenhando as atividades de modo mais eficiente do que
seus concorrentes ou desempenhando atividades de forma que crie maior valor
percebido pelo comprador.
Pode-se afirmar que o gerenciamento logístico tem potencial para auxiliar
a organização de alcançar tanto a vantagem em custo/produtividade como a
vantagem em valor.
Ainda CHOPRA, S. & MEINDRL.P.(2003) existe igualmente uma
necessidade crucial de estender a lógica da integração para fora dos limites da
empresa, para incluir os fornecedores e os clientes é neste contexto que se
insere o conceito de gerenciamento da cadeia de suprimentos.
A cadeia de suprimentos representa uma rede de organizações, através
de ligações nos dois sentidos, dos diferentes processos e atividades que
produzem valor na forma de produtos e serviços que são colocados nas mãos
do consumidor final.
O gerenciamento da cadeia de suprimentos não é a mesma coisa que
"integração vertical". Pensou-se uma vez que isto seria uma estratégia
desejável, mas atualmente, as organizações estão cada vez mais focando "seus
negócios", em outras palavras, nas coisas que elas fazem realmente bem e
onde elas têm uma vantagem diferencial.
O restante é "adquirido externamente", isto é, obtido fora da empresa. Por
exemplo, as companhias que no passado produziam seus componentes neste
momento somente montam o produto acabado, como os fabricantes de
automóveis. Outras companhias podem também sub - contratar a fabricação,
inúmeras empresas em computadores usam terceiros para serviços de
distribuição e de logística.
Certamente, esta tendência tem muitas implicações para o gerenciamento
logístico, não sendo menos importante o desafio de integrar e coordenar o fluxo
de materiais de uma variedade de fornecedores, em geral estrangeiros, e, ao
mesmo tempo, gerenciar a distribuição do produto acabado por meio de vários
intermediários.
No passado, eram freqüentes os casos em que o relacionamento com os
fornecedores e clientes (como distribuidores ou varejistas) era mais do tipo
adversário do que cooperativo. Ainda hoje existem companhias que procuram
alcançar redução de custos ou aumento nos lucros às custas de seus parceiros.
O motivo para isto é que, ao final, todos os custos caminharão para o
mercado, para serem refletidos no preço pago pelo usuário final. As companhias
de ponta reconhecem a falácia desta abordagem convencional e procuram
tornar a cadeia de suprimentos competitiva como um todo, através do valor que
elas adicionam e os custos que elas reduzem em geral. As empresas
compreenderam que a competição real não é feita entre uma companhia e outra,
mas entre cadeia de suprimentos e outra.
Deve-se reconhecer que o conceito de gerenciamento de cadeia de
suprimentos, enquanto relativamente novo, em verdade não é nada mais que
uma extensão da logística. O gerenciamento logístico está primeiramente
preocupado com a otimização de fluxos dentro da organização, enquanto que o
gerenciamento da cadeia de suprimentos reconhece que a integração interna
por si não é suficiente.
1.3 - O DESAFIO DO GERENCIAMENTO LOGISTICO
BOWERSOX,D.J & CLOOSS,D.J (2001) explica que umas das mais
importantes tendências comerciais do século XX foi à emergência da Logística
como conceito integrado que abrange toda a cadeia de suprimentos, desde a
matéria-prima até o ponto de consumo.
A filosofia fundamental, que está por trás deste conceito, é a do
planejamento e coordenação do fluxo de materiais da fonte até o usuário como
um sistema integrado, em vez de, como é o caso tão freqüente, gerenciar o fluxo
de bens como uma série de atividades independentes.
Desta forma, sob o regime de gerenciamento logístico, o objetivo é ligar o
mercado, a rede de distribuição, o processo de fabricação e a atividade de
aquisição, de tal modo que os clientes sejam servidos com níveis cada vez mais
altos, ainda assim mantendo os custos baixos.
O ciclo de vida dos produtos está ficando cada vez menor, essa
diminuição exige informações bem mais velozes, precisas e oportunas, faz com
que qualquer falha na qualidade, quantidade ou processamento da informação
seja fatal para a empresa. O que temos presenciado em muitos mercados é o
efeito das mudanças de tecnologia e da demanda do consumidor, que se
combinam para produzir mercados mais voláteis em que um produto pode ficar
obsoleto quase tão logo seja lançado.
Existem muitos exemplos de ciclos de vida que se encurtam, mas talvez o
caso dos computadores pessoais sirva para simbolizar todos. Neste caso
particular, temos assistido a um rápido desenvolvimento de tecnologia que criou
mercados onde nada existia antes, mas que, maneira igualmente rápida,
tornaram-se obsoleto com o anúncio da próxima geração de produtos.
Esse encurtamento do ciclo de vida tem criado sérios problemas para o
gerenciamento logístico. De modo particular, os ciclos de vida curtos exigem
prazos menores, na verdade, nossa definição de prazo precisa ser mudada.
Este é o conceito de prazo estratégico, e o gerenciamento deste tempo é
a chave do sucesso no gerenciamento das operações logísticas.
Há situações em que o ciclo de vida é menor que o prazo estratégico; em
outras palavras, a vida do produto no mercado é menor que o tempo necessário
para projetar, fazer aquisições, fabricar e distribuir aquele mesmo produto.
As implicações disto são enormes prejuízos para o planejamento e para
as operações, em um contexto global, o problema é agravado pelos maiores
tempos de transporte envolvidos.
Conforme BALLOU (2001) o meio de alcançar o sucesso em tais
mercados é acelerar o movimento através da cadeia de suprimentos e tomar
todo o sistema logístico mais flexível e sensível a estes mercados em mutação
rápida. Uma vez que existem muitas implicações resultantes da maneira de
gerenciamentos como a logística, há três pontos chave que são muito
importantes: encurtar o fluxo logístico, melhorar a flexibilidade do fluxo logístico,
gerenciar a logística como um sistema.
A finalidade principal de qualquer sistema lógico é a satisfação do cliente.
Esta é uma idéia simples, nem sempre fácil de entender por gerentes envolvidos
com o planejamento da produção ou controle de estoque, que parecem estar
distante do mercado. O fato evidente é que todas organizações possuem o
serviço ao cliente como meta. Em verdade, muitas pessoas de empresas bem
sucedidas começaram a examinar os padrões de seus serviços internos para
que todas as pessoas que trabalham no negócio compreendessem que elas
deveriam prestar serviços para alguém, no caso o cliente.
O objetivo deve ser estabelecido de uma cadeia de clientes, que liga as
pessoas em todos os níveis de organização, direta ou indiretamente, ao
mercado; o administrador é forçado a pensar e agir de forma sistêmica,
transformando a logística, de ferramenta operacional em ferramenta estratégica
para as empresas.
Não é somente nos mercados de consumo que estamos encontrando o
poder dos serviços ao cliente como determinante da compra, existe muita
evidência do mesmo fenômeno nos mercados industriais.
Tornar o produto ou serviço "disponível" é, em essência, tudo o que se
espera da função de distribuição no negócio. A "disponibilidade" é, em si, um
conceito complexo, que sofre impacto de uma infinidade de fatores que, juntos,
constituem o serviço ao cliente.
Nestes fatores, poderíamos incluir, por exemplo, a freqüência e a
confiabilidade da entrega, níveis de estoque e tempo consumido no ciclo dos
pedidos. Em verdade, poderíamos dizer que o serviço ao consumidor final é
determinado pela interação de todos esses fatores que colocam o processo de
fabricação dos produtos e prestação dos serviços disponíveis para o comprador.
O serviço ao cliente é um dos elementos mais fortes disponíveis para a
organização e, ainda assim, é um dos que têm pior gerenciamento. A qualidade
do desempenho do serviço ao cliente depende principalmente da habilidade que
o sistema logístico é projetado e gerenciado.
Depois de um século ou mais de confiança nos métodos tradicionais de
contabilidade de custos, apesar do fornecimento de uma visão duvidosa da
lucratividade, os gerentes começam a questionar a conveniência destes
métodos.
Neste contexto continuaremos focar a logística empresarial, esclarece
passos das vantagens tecnologia de computação tida como um mecanismo
que tornava possível automatizar determinadas tarefas em grandes empresas e
nos meios governamentais. Como o avanço tecnológico, as "máquinas gigantes"
começaram a perder espaço para equipamentos cada vez menores e mais
poderosos.
CAPITULO II
Vantagem Competitiva em Logística Empresarial Baseada em
Tecnologia de Informação
A logística empresarial está cada vez mais evoluída quando se trata de
Tecnologia de Informação. Para isso são utilizados sistemas integrados de
gestão, desenvolvidos para integrar, controlar e gerenciar a cadeia de
suprimentos com o objetivo final de atender melhor o cliente.
O conceito de Logística segundo o Council of Logistic Management (1996)
pode ser definido como sendo o processo de planejar, implementar e controlar a
eficiência, o fluxo e armazenagem de mercadorias, serviços e informações
correlatas, do ponto de origem ao ponto de consumo, com o objetivo de atender
às exigências dos clientes.”
A logística é tudo aquilo que envolve o transporte de produtos (entre
clientes, fornecedores e fabricantes), estoque (em armazéns, galpões, lojas
pequenas ou grandes) e a localização de cada participante da cadeia logística
ou cadeia de suprimentos.
Para BALLOU (1993), um dos objetivos da logística é melhorar o nível de
serviço oferecido ao cliente, onde o nível de serviço logístico é a qualidade do
fluxo de produtos e serviços e gerenciado. A logística, portanto, é um fator que
pode ser utilizado como estratégia para uma organização. Sua aplicação se dá
da escolha adequada de fornecedores, passando pela organização e chegando
ao cliente.
Conforme BALLOU (1993) atualmente a Logística Empresarial está
associada diretamente ao fato de uma organização relacionar-se com o cliente
interagindo de forma eficiente com a cadeia produtiva para conquistar o objetivo
Fábrica
TransporteArmazenamento
Consumidor
FornecedorTransporte
Armazenamento
Transporte
Transporte
Informação
final – estar competitivamente atuando no mercado.
Para obter essa vantagem competitiva, as empresas estão recorrendo aos
sistemas integrados de informação, buscando automatizar seu processo
produtivo utilizando algumas tecnologias do tipo: Warehouse Management
System (WMS),tecnologia de código de barras .
A logística no Brasil é um tema relativamente recente se compararmos ao
surgimento e fábricas e indústrias no país. Ela vem sendo falada e discutida com
mais propriedade desde meados da década de 90, com a conscientização
política do “custo Brasil” e pela percepção da vantagem competitiva percebida
pelos empresários, desde então o conceito de logística foi pouco difundido.
A evolução, desde então, se deu pelo crescente interesse de obtenção de
lucro como conseqüência da redução de custos de transporte, localização e
estocagem de produtos.
Existem basicamente cinco modalidades de transporte de cargas mais
convencionais e cada um tem sua característica definida:
§ Dutoviário – tem pontos e rotas fixas, produtos específicos, poucas
empresas participando no mercado e são difíceis as implantações de novos
pontos;
§ Ferroviário – tem terminais e rotas fixas, poucas empresas atuam no
mercado e também existem poucas rotas (isso devido à falta de incentivos
governamentais);
§ Aeroviário – tem terminais e rotas determinadas, poucas empresas
atuando, modalidade muito regulamentada sendo difícil a entrada de novos
concorrentes;Aquaviário – tem portos e rotas fixas, poucas empresas atuam
neste ramo;Rodovias – muitos operadores, muitas rotas, muito utilizado para
transporte de cargas por ser o mais viável na situação em que estamos hoje.
O mercado de existente dentre da cadeia de suprimento no Brasil movimenta
algo em torno de 50 milhões de dolares anuais no que diz respeito a tecnologia
de informação, segundo a International Data Corporation (IDC). O Brasil
representa, hoje, 45% do mercado de tecnologia da América Latina que
movimenta aproximadamente 125 milhões de dolares. Sendo um número pouco
expressivo perto do que os EUA representou no mesmo período – 3,5 bilhões de
dolares.
Apesar disso, ainda há algumas barreiras a serem superadas para o maior
crescimento do mercado de Supply Chain Management (SCM). Entre elas estão
a falta de confiança nos fornecedores desse tipo de solução, os altos custos de
implementação e a falta de um claro entendimento sobre os benefícios dessa
ferramenta. Além do medo por parte dos clientes desse tipo de solução de
implantar o sistema pois ele compartilha as informações internas com clientes,
fornecedores e com os parceiros. Evidenciando um problema cultural a ser
superado VERISSIMO, N.& MUSETTI M.A.A(2003 p.23)
2.1 - Sistemas de Informação
Os Sistemas de Informação são os sistemas ou práticas utilizadas pelas
empresas para melhorar o seu desempenho incluindo ter um custo operacional
adequado, processos logísticos inteligentes e integração com fornecedores e
clientes através de ferramentas que serão discutidas ao longo deste artigo.
Um dos fatores mais relevantes ao desenvolvimento dos processos
administrativos é a aplicação de tecnologia de informação, proporcionando um
grande aumento de eficiência. Tais sistemas abrangem todas as ferramentas
que a tecnologia disponibiliza para o controle e gerenciamento do fluxo de
informação de uma organização (BALLOU, 1993p.15).
Existem, no mercado, alguns tipos de ferramentas que facilitam e tornam
a informação mais acurada para aplicação na cadeia de suprimentos, alguns
exemplos destes sistemas são: o código de barras, ERPs que integram todos os
outros.
2.2 - ERP – Enterprise Resource Planning
Os ERP (Enterprise Resource Planning) ou sistemas de gerenciamento
empresarial são sistemas complexos onde integram, de forma eficaz, todos os
sistemas operacionais da empresa. Por ser um sistema que abrange toda a
parte gerencial da empresa, a implantação dele não é simples exigindo da
empresa uma série de modificações prévias.
Podemos também defini-los em termos de “sistemas de informação
integrada adquiridos na forma de pacotes de software comercial, com a
finalidade de dar suporte a maioria das operações de uma empresa”
Considerando a definição acima, podemos dizer que um ERP consiste
basicamente na integração de todas as atividades do negócio, entre elas,
finanças, marketing, produção, recursos humanos, compras logísticas, etc. Com
o benefício direto de facilitar, tornar mais rápido e preciso o fluxo de informação
permitindo assim o controle dos processos de negócios. Portanto, o processo de
tomada de decisão empresarial.
Segundo BAZATTO (1999) ,existem características dos sistemas integrados
de gestão que os tornam diferentes de outros sistemas existentes, permitindo-
nos fazer uma análise de custo-benefício de suas aquisição, são elas:
§ Os ERPs são pacotes comerciais;
§ São desenvolvidos através de modelos padrões de processos;
§ Integram sistemas de várias áreas das empresas;
§ Utilizam um banco de dados centralizado;
§ Possuem grande abrangência funcional.
Antes mesmo de a empresa fazer as pesquisas de fornecedores ERPs para
aquisição dos pacotes comerciais, é recomendável que a mesma faça o
levantamento da real necessidade da implantação do ERP, quais são as metas
da empresa e o que ela espera do sistema. O próximo passo é consultar
fornecedores que satisfaçam as necessidades previamente definidas.
Existem alguns forncedores de sistemas que geram solução na área logística
e em outros segmentos que exigem tecnologia de informação. O mercado
brasileira de fornecedores de sistemas, podemos citar dentre outros: SAP Brasil,
Datasul, Manugustics, Promática, Scala e JDEdwards.
2.3 - Sistemas Integrados de Gestão
Atualmente observa-se, uma significativa inclinação do desenvolvimento
de sistemas integrados de gestão para aplicação na cadeia de suprimentos,
visto que todos os processos de negócios internos já foram integrados, restando
apenas obter vantagem competitiva da integração da cadeia de suprimentos
9fornecedores, compradores etc.).
Com isso, passa a ser possível a integração com as demais unidades de
um grupo empresarial por meio de EDI, com compartilhamento (parcial) da base
de dados. Para tal os maiores desafios encontrados são: sistemas
geograficamente distantes e distintos, com hardwares diversos, necessidade
intensiva de sistemas de telecomunicações, bases de dados diversas, operando
em estruturas organizacionais e culturas empresariais diversas.
A seguir ser sobre a ferramenta moderna integrada de gestões aplicadas
a cadeia de suprimentos, em estudo de caso concluído em seguida com
relatórios da peguntas realizadas por via e-mail na empresa.
Capítulo III
WMS - WAREHOUSE MANAGEMENT SYSTEMS
3.1 - A Ferramenta da Logística da Competitiva
O Sistema de Gerenciamento de Armazéns, chamado de WMS, é uma
tecnologia utilizada em armazéns onde ele integra e processa as informações de
localização de material, controle e utilização da capacidade produtiva de mão-
de-obra, além de emitir relatórios para os mais diversos tipos de
acompanhamento e gerenciamento.
Para Arozo (2003), os sistemas de gerenciamento de depósitos e
armazéns, ou WMS, são responsáveis pelo gerenciamento da operação do dia-
a-dia de um armazém. Sua utilização está restrita a decisões totalmente
operacionais, tais como: definição de rotas de coleta, definição de
endereçamento dos produtos, entre outras.
O sitema prioriza uma determinada tarefa em função da disponibilidade de
um funcionário informando a sua localização no armazém. Com este recurso
ocorre um aumento na produtividade quando diferentes tipos de tarefas são
intercaladas.
Este sistema tem capacidade de controlar o dispositivo de movimentação
de material feito por Veículos Guiados Automaticamente (AGV) e fazer interface
com um Sistema de Controle Automatizado do Armazém (WACS) que tem a
função de controlar equipamentos automatizados como as esteiras e os
sistemas de separação por luzes e carrosséis.
Com uma ferramenta desse porte a empresa passa a ter um ganho na
produtividade com a economia de tempo nas operações de embarque e
desembarque, transporte e estocagem de mercadoria e ainda controlar o
estoque de produtos no seu armazém. Podendo ainda permitir que o gerente de
logística controle as operações de armazém apenas de longe observando
apenas se o funcionamento do sistema está adequado às operações logísticas.
Em paralelo ao WMS existe o WCS que é um Sistema de Controle de
Armazém e não um gerenciador se diferenciando assim do WMS em alguns
aspectos. O WCS não oferece uma variedade de relatórios para auxiliar no
gerenciamento das atividades; não tem flexibilidade de hardware; a
customização é limitada a mudança de campos e nomes, e a instalação deste
sistema não pode ser feita de forma modular, somente integral. A contrapartida
de todos esses aspectos negativos é que ele oferece um ótimo
acompanhamento e controle das atividades (se limitando a controle) e existe um
custo reduzido de software e hardware requerido para a implementação dessa
solução.
E tão importante quanto aumentar as vendas para a empresa é o fato de
que, tanto pela tecnologia de software e hardware envolvida quanto pelo corpo
funcional há um ganho no valor agregado da empresa. A cadeia produtiva ideal
passa por alguns sistemas de informação em uma ordem lógica:
RespostaEficiente ao
Cliente
IntercâmbioEletrônico de
Dados
Entrada deDados
Um WMS é um sistema de gestão integrada de armazéns, que
operacionalizar de forma otimizada todas as atividades e seu fluxo de
informações dentro do processo de armazenagem. Essas atividades incluem
recebimento, inspeção, endereçamento, estocagem, separação, embalagem,
carregamento, expedição, emissão de documentos, inventário, administração de
contenedores entre outras, que, agindo de forma integrada, atendem às
necessidades logísticas, evitando falhas e maximizando os recursos da
empresa.
Banzato (1998) diz que o WMS busca agilizar o fluxo de informações
dentro de uma instalação de armazenagem, melhorando sua operacionalidade e
promovendo a otimização do processo. Isto é feito pelo gerenciamento eficiente
de informação e recursos, permitindo à empresa tirar o máximo proveito dessa
atividade. O WMS deve se integrar aos sistemas de gestão de informações
corporativos (ERP), e desta maneira contribuir para a integração da
sistematização e automação dos processos na empresa.
O WMS possui diversas funções para apoiar a estratégia de logística
operacional direta de uma empresa, Banzato (1998), entre elas:
- Planejamento e alocação de recursos;
- Portaria;
- Recebimento;
- Inspeção e controle de qualidade;
- Estocagem;
- Transferências;
- Expedição;
- Inventários;
- Controle de contenedores;
- Relatórios.
A descrição destas funções será discriminada no Quadro 1 juntamente
com as sugestões de adaptação do WMS à logística.
Fonte adaptado de Banzato (1998) Quadro 1: Aspecto analisados para a proposta de adaptação.
Funções do WMS Aspecto Analisados para a Proposta de Adaptação
Planejamento e alocação de recursos
O planejamento dos recursos necessários para movimentação de matérias ou resíduos de pós –venda deve ser realizado como ocorre com as mercadorias usuais. Desta forma cada material ou componente pode se encaminhados ao destino apropriado (retroprocessadores . transferencia entro armazéns , devolução ao fornecedores
Portaria
Os veiculos das empresas retroprocessadoras (responsáveis pelo encaminhamento dos matérias de pós-consumo e pós – venda para revenda , reconhecimento , retorno ao fornecedor reciclagem descarte Final) devem ser direcionadas ao locais de despacho e recebimento destes matérias , visando a otimização do fluxo.
Recebimento Os matérias ou resíduos de pós- venda devem ser recebidos identificados Ter os motivos de retorno procedências e quantidades confirmados. Possibilitando sua estocagem em quarenta até inspeção e controle de qualidade.
Inspeção e Controle de Qualidade
Alguns matérias ou resíduos de pós –cosumo (embalagens, paletes, berço) podem ser reutilizados na atividade de armazenagem e os matérias ou resíduos de pós –venda (mercadorias devolvidas por defeito, avarias etc.) podem tanto devem ser inspecionados e avaliados para verificação de suas condições e posterior destinação aos locais de estocagem provisória .
Estocagem
Os matérias os resíduos de pós consumo e pós-venda , embora constituam menor volume se comparados as mercadorias usuais , devem ser estocados de forma organizadas, possibilitando a obtenção de informações sobre seu volume e , realização de inventários e localização, além de necessitarem de recursos equipamentos para serem movimentados adequadamente.
Transferências
Através de dados obtidos na estocagem e inventario de mercadorias, existe a possibilidades de excesso de alguns itens .,bem como expiração de prazo ou defeitos nos itens estocados .Estes itens devem ser transferidos para os outros armazéns que necessitem de tais itens estocados . Estes itens devem ser transferidos para outros armazéns que necessitam de tais itens ou para retroprocessadores. Revendas os retornos ao fornecedor fluxo de transferencia entre armazéns ou demais empresas envolvidas deve ser gerenciado.
Expedição
Os materiais ou resíduos de pós –consumo e pós – venda precisam se expedidos para os locais destinados a agregar-lhe valor ou encarregados de realizar seu descarte: retroprocessadores revendas ou decarte fina seguro. Esta expedição deve ser devidamente documentada roterizada e organizada pelo armazém
Inventários
Como ocorre com as mercadorias usuais de empresa, os materiais ou resíduos de pós- consumo e pós –venda precisam Ter seu volume e especiacificações conhecidos. Bem como por vezes necessitam de acertos de inventario se auditorias internas sem bloquear sai movimentação . Estes materiais também necessitam de informações claras sobre suas quantidades e não devem der simplesmente ocultados pela empresa ,pois constituem retorno econômico considerável.
Controle de contenedores
Existem contenedores (paletes , racks, berços, cestos aramados , caixas plásticas papelão , entre outros) que são utilizados diversas vezes no processo logístico direto .Estes materiais , quando no final de sua vida útil, não podem ser simplesmente decantados , pois algumas vezes, podem ser reciclados revendidos. Reconsdicionados, de forma a estender sua vida útil e possibilitar economia para a empresa .Para isso é necessário seu controles com Ocorre com as materiais novos .
Relatórios
Assim como ocorre com todos os processos realizados na logística direta , os materiais ou resíduos movimentados pela logística , constituem fonte de informações para os administradores da empresa, para que se necessário sejam colocados para em pratica ações que visem otimizar estes processo e reduzir custos. Para isso, são necessários relatórios com todas as informações úteis para os usuários
Furlan (1998) que estas sugestões de adaptação sejam compreendidas e
para ilustrar de melhor forma o sistema para gerenciamento da logística, foram
elaborados um diagrama de caso de uso, apresentado na Figura 1; um diagrama
de classes das funções de recebimento e despacho na Figura 2 e outro
diagrama de classes das funções relacionadas com controle de estoque e
expedição, na Figura 3
O diagrama apresentado na Figura 4 demonstra as funções do WMS
tradicional, que são as mesmas utilizadas na sugestão de adaptação
para o gerenciamento da logística, onde as funções de estocagem,
transferências, inventários, controles de contenedores e expedição são as
diretamente relacionadas com a entrada e baixa das mercadorias no armazém.
Todas possuem ligações entre si, não ocorrendo necessariamente na ordem
apresentada. Após todos estes processos é possível a emissão de relatórios que
forneçam as informações da movimentação das mercadorias aos usuários do
sistema.
De acordo com Furlan (1998), na modelagem de casos de uso, não é
importante compreender como o sistema programa suas funções. Essa
modelagem é utilizada para capturar as necessidades do sistema e também
para desenvolver novas versões. Já no diagrama de classes, são listadas as
funcionalidades que o sistema deverá abranger. Esse diagrama é mais
específico, pois mostra as operações que provavelmente serão implementadas.
Furlan (1998) afirma na Figura 2, são apresentadas as atividades do
WMS tradicional e os atributos sugeridos para o gerenciamento da logística em
armazéns através de um diagrama de classe, no que se refere às atividades de
recebimento e despacho de mercadorias.
Conforme demonstrado na Figura 2 as funções do sistema devem ter a
interação de um usuário que necessita de código, nome e senha. O sistema
permite sua inclusão, alteração e exclusão. A função de Planejamento e
Alocação de Recursos é responsável por planejar e alocar mão-de-obra e
recursos materiais necessários à movimentação dos materiais ou resíduos.
A função de Inspeção e Controle de Qualidade identifica os produtos com
defeito, identifica irregularidades, encaminha para estocagem provisória, libera
para devolução ao fornecedor ou envio aos retroprocessadores.
Conforme Furlan (1998) a Portaria controla e encaminha os veículos de
recebimento e despacho dos materiais ou resíduos de pós-venda e pós-
consumo e controla os dados das empresas retroprocessadoras. A função de
Recebimento é responsável pela identificação do material recebido, sua seleção,
impressão, confirmação, identificação de motivos de retorno e volume retornado
e libera os mesmos para estocagem provisória no armazém. E por fim a função
de Relatórios apresenta as informações relevantes ocorridas em todo o
processo.
Apresenta-se a seguir, na Figura 3 e 4 outro diagrama Furlan (1998) de
classes que abrange as atividades relacionadas ao controle de estoques dos
materiais ou resíduos de pós-consumo e pós-venda, bem como de sua
transferência e expedição para outros armazéns, retorno aos fornecedores ou
envio às empresas retroprocessadoras.
Furlan (1998)
Figura 3: Diagrama de classe de atividade de recebimento e despacho de mercadorias
Figura 4: Furlan (1998)
Figura 4: Diagrama de classe de atividade de recebimento e despacho de mercadorias
Usuário ⇒ Código ⇒ Nome ⇒ Senha
Inserir –Usuário Alterar Usuário Delatar Usuário
Relatório
Emitir Relatório Quantidade Emitir Relatório Motivo
Devolução Emitir Relatório Retroprocessador
Emitir Relatório Tipo Transporte Emitir Relatório Custo
Planejamento Planejar Mão de
Obra Planejar Recurso
Material
Recebimento
Indenticar- Recebimento Material Selecionar Recebimento Material Imprimir Recebimento Material Confirmar Recebimento Material
Identificar Motivo Retorno
Inspeção Controle Qualidade
Indicar Produto com Defeito
Notificar Irregularidade Encaminhar para
Estocagem Provisório
Portaria Controlar Veiculo Recebimento
Controlar Veiculo Despacho
Controlar Dado Retroprocessador
ESTOCAGEM
Analizar Médodo Estocagem
Informar Volume Estocado
Consolidar item Zonear Area Produto
EXPEDIÇÃO Incluir Roterização Produto Gerar Conhecimento Embarque
INVENTARIO
Realizar Inventario Fiscal Realizar Auditoria
Inventario
Realizar Acordo Inventario
TRANSFERENCIA
Gerenciar Fluxo Transferencia
Verificar Excesso Estoque Verificar armazém destino Identificar Retroprocessador
CONTROLE CONTENEDORES
Controlar Contenedor Encontrar Contenedor
Usado Separa Contenedores
A Figura a cima são apresentadas as atividades relacionadas aos
estoques que possuem constante troca de informações. A função de Estocagem
na proposta de adaptação do sistema WMS fica responsável por analisar o
melhor método de estocagem dos materiais ou resíduos de pós-consumo e pós-
venda, informar o volume estocado, consolidar os itens em estoque e efetuar
zoneamento de áreas de produtos.
A função de Inventário realiza os inventários físicos dos materiais
estocados, realiza auditoria e acertos de inventário quando necessários, além de
detectar se existem produtos que devem ser transferidos para outros armazéns,
retroprocessadores ou devolvidos aos fornecedores. A função de Transferência
é acionada quando a função de Inventário detecta excesso de alguns itens e
torna-se responsável pelo gerenciamento do fluxo de transferência dos mesmos,
selecionando retroprocessadores ou armazéns para o envio.
O Controle de Contenedores (racks, berços, paletes, papelão, etc.), efetua
o controle destes materiais, separa os contenedores usados e os encaminha
para recondicionamento, reutilização, reciclagem ou disposição final, além de
providenciar os contenedores adequados para a movimentação das
mercadorias.
A função de expedição inclui roteirização dos materiais ou resíduos de
pós-consumo e pós-venda a serem despachados para retroprocessadores,
retorno aos fornecedores ou outros armazéns, bem como gera os
conhecimentos de embarque necessários.
Conforme Banzato (1998) os diagramas de casos de uso e os diagramas
de classe visam modelar um sistema. Porém, suas representações mostram
pontos de vista diferentes. Como citado anteriormente, o diagrama de caso de
uso mostra, de uma forma genérica, o esboço do sistema, através de uma prévia
identificação das principais necessidades dos usuários.
Enquanto no diagrama de classes são apresentadas, de forma específica,
as funcionalidades através de métodos que serão implementados, além dos
atributos que serão necessários para a alimentação dos dados do sistema.
Dessa maneira, os dois diagramas são complementares no sentido de
proporcionar uma visão da sugestão de adaptação a que o artigo se propõe.
Ainda ressalta-se que estes diagramas têm o objetivo de demonstrar uma
adaptação genérica do WMS, o que pode e deve ser readequado diante das
necessidades de cada empresa.
3.2 - Adaptação Do WMS Para O Gerenciamento Da Logística
As atividades de Planejamento e Alocação de Mão de Obra, Portaria e
Recebimento atendem a necessidade do manuseio dos resíduos de pós-venda e
pós-consumo que chegam ao armazém e necessitam ser acondicionados
separadamente das mercadorias usuais;
Para operacionalizar a logística de pós-venda: as atividades de Controle
de Estocagem e Inventário verificam os itens que tiverem seu prazo de validade
expirado ou eventuais problemas de qualidade. A atividade de Inspeção e
Controle de Qualidade verifica no momento do recebimento de mercadorias, de
fornecedores ou de outros armazéns, se os produtos estão dentro do prazo de
validade e das condições de qualidade, casos contrário os encaminham para o
estoque provisório.
Para Pozo(2002) a atividade de Expedição encaminha esses itens de
volta para os fornecedores, retroprocessadores ou em último caso à disposição
final segura. No caso de medicamentos, especificamente, os fabricantes ou
distribuidores têm a obrigação de trocá-los por produtos válidos;
Quando há excesso de estoque no armazém, essa situação deve ser
também resolvida por meio de transferência desse excesso para outros
armazéns ou devolução aos fornecedores. Para isso as atividades de
Transferência e Expedição são utilizadas
Para gerenciar os resíduos de pós-consumo, que são embalagens, fitas
de arquear aço e plástico, papelão, paletes e outros, primeiramente devem ser
separados, estocados e controlados, para isso são utilizadas as atividades de
Estocagem e Controle de Contenedores. Posteriormente, esses resíduos devem
ser enviados a centros de reciclagem ou retroprocessadores para que possam
retornar ao processo produtivo. Para isso é utilizada a atividade de Expedição;
A atividade de Relatórios fornece informações sobre o montante das
mercadorias devolvidas e seus respectivos motivos. Através dela é possível
verificar eventuais erros internos que possam estar ocorrendo e providenciar sua
regularização, além de ser importante fonte de informação para os sistemas
corporativos;
Devem ser incluídos no Banco de Dados do WMS dados sobre empresas
que realizem o recolhimento desses bens descartados, os retroprocessadores,
que serão os responsáveis pelas inclusão no controle de logística de
armazenagem nas destinações cabíveis.
3.3 - Controle De Logística De Armazenagem
As atividades logísticas absorvem uma parcela relevante dos custos totais
das empresas, representando em média 25% das vendas e 20% do produto
nacional bruto (POZO, 2002 p.23).
Mas, para que se obtenha sucesso no processo logístico, é muito
importante ter um sistema de informações que possa atender e dar suporte a
todos os processos que compõem sua estrutura. A administração de materiais, o
planejamento da produção, o suprimento e a distribuição física devem assim
integrar-se para remodelar o gerenciamento dos recursos fundamentais.
A armazenagem é considerada uma das atividades de apoio ao processo
logístico, que segundo Pozo (2002:23), "são as que dão suporte ao desempenho
das atividades primárias, para que a empresa possa ter sucesso, que se obtém
mantendo e conquistando clientes com pleno atendimento do mercado e
satisfação total do acionista em receber seu lucro".
Ela abrange a administração dos espaços necessários para manter os
materiais estocados na própria fábrica ou em armazéns terceirizados. Essa
atividade é muito relevante, pois muitas vezes diminui a distância entre vendedor
e comprador, além de envolver diversos processos como: localização,
dimensionamento, recursos materiais e patrimoniais (arranjo físico,
equipamentos, etc.), pessoal especializado, recuperação e controle de estoque,
embalagens, manuseio de materiais,montagem/desmontagem, fracionamento e
consolidação de cargas e consequentemente a necessidade de recursos
financeiros e humanos.
De acordo com BANZATO (1998), uma instalação de armazenagem pode
desempenhar vários papéis dentro da estrutura de distribuição adotada por uma
empresa: recepção e consolidação de produtos de vários fornecedores, para
posterior distribuição a diversas lojas de uma rede; recepção de produtos de
uma fábrica e distribuição para diversos clientes.
A armazenagem possui quatro atividades básicas: recebimento,
estocagem, administração de pedidos e expedição.
O Sistema de Gerenciamento de Armazéns (WMS — Warehouse
Management System) é apenas uma parte dos Sistemas de Informação voltados
à Armazenagem. Outros sistemas nesta área são o DRP (Distribution
Requirements Planning ou Planejamento das Necessidades de Distribuição) e o
TMS (Transportation Management Systems ou Sistemas de Gerenciamento de
Transportes). Existem outros sistemas específicos e customizados. Todos visam
garantir a qualidade e a velocidade das informações, racionalizando e
otimizando a Logística de Armazenagem (BANZATO, 1998).
ESTUDO DE CASO
Inicialmente, buscou-se descobrir quais as dificuldades encontradas para
as empresa gerenciarem seus resíduos. Esta identificação foi feita através de
perguntas e respostas, com caráter qualitativo e natureza interpretativa.
Através desta pesquisa via e-mail para empresa 2 ALIANÇAS
ARMAZÉNS GERAIS LTDA, identificaram-se as necessidades em termos de
Sistemas de Informações para o gerenciamento da Logística.
A maioria das empresas não tem definido em seus processos claramente
a logística, pois representa um percentual muito pequeno em relação aos
valores movimentados pela logística.
É por isso que não existem no mercado sistemas de informação
específicos para seu controle. Isso representa uma deficiência para a empresa,
pois se não houver sistemas de informação que operacionalizem o
gerenciamento de resíduos, estes muitas vezes ficam na empresa ocupando um
espaço inadequado, podendo gerar penalidades legais e obstruir o setor
produtivo da empresa.
Com base nos aspectos analisados na empresa 2 ALIANÇAS
ARMAZÉNS GERAIS LTDA, chegou-se até as sugestões de adaptação do WMS
utilizado na logística direta, para utilização no gerenciamento da logística estas
funções e suas respectivas sugestões foram através de perguntas abertas ao
que foi comparativo a seguir.
Comentário Da Implementação Do WMS
Empresa 2 Alianças Ltda.
Buscou-se realizar pesquisa exploratória como os métodos para
armazenamento e coleta são definidas pelo sistema WMS na empresa 2
ALIANÇAS LTDA. Duas metas podem ser buscadas: otimização do fluxo de
materiais ou otimização do espaço de armazenagem. A escolha é feita segundo
a parametrização do armazém.
A Estrutura de Produto do WMS é multiproprietário, permitindo o convívio
de um mesmo produto segregado clientes-proprietários.
O sistema WMS categoriza os operadores do sistema sob dois critérios:
Grupo de Acesso e Grupo Funcional. O primeiro define as telas do sistema que
podem ser utilizadas pelo operador; o segundo, as áreas do armazém a que os
operadores tem acesso. No entanto WMS trabalha com áreas de separação e/ou
áreas de picking, que podem ser reabastecidas automaticamente ou sob
demanda.
Para facilitar a demanda o armazém deve estar subdivido em Locais
(posiçõe de pallets ou bin) e estes agrupados livremente em Classes de Locais e
Regiões de Locais. A primeira estrutura tem caráter físico (capacidade) e define
a possibilidade de um item ser ou não armazenados nestes Locais enquanto que
as Regiões de Locais tem caráter lógico e devem ser associadas a um nível de
acessibilidade, que será confrontado com a rotatividade do item para a
determinação final do endereço de armazenamento.
Existem duas formas, pelas etiquetas de códigos de barra ou por
atribuição direta, via rádio-freqüência. A primeira é utilizada no armazenamento,
onde o operador lê, com o coletor de rádio-freqüência o pallet que deseja
guardar e o sistema indica o endereço onde o pallet deve ser armazenado. A
atribuição direta é feita para a baixa de pallets para o atendimento de ondas de
coleta ou para o ressuprimento das áreas de picking.
O WMS permite o acompanhamento/rastreamento de todas as etapas de
coleta, separação, embalagem e carregamento de um pedido. É possível saber
o tempo de duração e o(s) responsável (eis) por cada uma destas operações.
O Programas de Expedição e Ondas de Coleta, agrupa pedidos de
maneira a maximizar o fluxo de materiais dentro do armazém, reduzindo
drasticamente as movimentações. Os agrupamentos podem ser feitos de
diversas maneiras: Pedidos Individuais, Clientes, Rotas de Distribuição, duas
estruturas de produto diferentes e combinações das anteriores.
Os sistemas ERP e WMS, utilizados de maneira integrada, são capazes
de suportar a inclusão e validação on-line dos pedidos. Atualmente suporta a loja
virtual das Lojas Americanas (http://www.americanas.com.br/) A integração com
um ERP é necessária pois é este o sistema responsável pela emissão das Notas
Fiscais.
Todas as informações podem ser disponibilizadas e/ou adquiridas via
Internet, pois desenvolvemos sites utilizando linguagens. Atualmente em uma
das instalações do /WMS disponibiliza e obtém informações via internet .
O WMS, através da estrutura de produto, permite a programação da
freqüência de contagem desejada, que sugerem as datas e os
produtos/endereços que devem ser contados através das Requisições de
Inventário. Estas Requisições de Inventário não precisam ser obrigatoriamente
cumpridas, ficando a cargo do gerente do armazém acatá-las ou não.
O sistema WMS combina um modelo de Estados cadastráveis e
parametrizáveis com Regras de Tratamento também cadastráveis e
parametrizáveis, dando total flexibilidade a estas funções. O ERP efetua o
controle da disponibilidade e reserva das carteiras de compra e venda.
O WMS fornece este controle através do modelo de Estados cadastráveis,
permitindo a segregação de quantidades diferentes de um mesmo item, de
acordo com a posse e propriedade do estoque.
O WMS, além de controlar a validade dos lotes de fornecedores através
de parâmetros (prazo mínimo de recebimento, prazo mínimo para expedição e
prazos de alarme), conta com o controle de Lotes Documentais, ou seja, os
produtos podem ser totalmente rastreados segundo seus documentos de
entrada, datas, movimentações, operadores e equipamentos.
O controle individualizado das mercadorias, dificilmente equiparável a
outros métodos, é quem fornece a base para este rastreamento.
O WMS permite também que os pedidos de saída sejam feitos por lote ou
número de série.
O WMS fornece estas informações através de relatórios e através de uma
ferramenta de análise gráfica, que pode ser facilmente integrada à base de
dados do WMS.
Estas funções são suportadas, através do módulo de Administração de
Materiais. Neste módulo é possível parametrizar por categoria de material ou por
material os pontos de ressuprimento e a forma de obtenção do consumo mensal
médio, para o controle da sazonalidade.
CONCLUSÃO
A inexistência de sistemas para gerenciamento da logística no mercado
pode ser contornada através da utilização de sistemas já existentes, como por
exemplo, um WMS tradicional.
Para identificar os requisitos necessários a esta atividade, efetuou-se uma
pesquisa exploratória, a fim de identificar quais as necessidades da empresa no
que se refere a Sistemas de Informações para o gerenciamento da Logística.
A pesquisa evidenciou que as necessidades são as mesmas encontradas
na literatura, que mostra que a maioria das empresas não tem definida em seus
processos a logística, bem como não possui sistemas de informações que a
gerencie. Tais sistemas facilitam o fluxo de produtos e informações e otimizam
os recursos da empresa.
Efetuou-se um quadro comparativo de funções entre os sistemas WMS
tradicionais e o que seria necessário para o gerenciamento da logística
empresarial.
A partir da pesquisa realizada e do quadro comparativo, foi proposta uma
metodologia de utilização do WMS, composta por dez atividades. Salienta-se
que estas atividades são as correlacionadas com a logística e que o sistema
tradicional apresenta ainda outras atividades, não salutares ao caso em questão.
Os resultados demonstram que a aplicação da metodologia é viável e
permite a utilização adequada dos sistemas WMS para gerenciamento da
logística. Desta maneira, a carência de sistemas na área é suprida de maneira
eficiente.
As vantagens desta solução, para uma empresa que já possua WMS,
são:
1) utilizar um sistema já implantado na empresa;
2) aproveitar o treinamento das pessoas que já estão envolvidas com tal
sistema;
3) reduzir os custos e prazos de implantação do sistema;
4) reduzir os custos e o tempo de operacionalização do gerenciamento da
logística em armazéns;
5) desobstruir espaços físicos dentro dos armazéns, ocupados pelos resíduos.
Dessa forma, nota-se que a adaptação do WMS para o gerenciamento da
logística na empresa 2 ALIANÇAS ARMAZÉNS GERAIS LTDA é possível e
resolve a necessidade imediata das empresas em gerenciar seus resíduos de
forma mais organizada, racionalizando tempo e recursos até o momento em que
sejam desenvolvidos sistemas específicos para tal função. Por carência de tais
sistemas, as empresas podem incorrer em problemas ambientais, logísticos e
econômicos, pois a operacionalização da logística de forma manual envolve
maior número de pessoas e maior tempo, recursos importantes que poderiam
estar voltados ao verdadeiro foco da empresa.
BIBLIOGRÁFIA
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ANEXO II
ANEXO - II
i ii iii