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Universidade de Coimbra
Faculdade de Economia
Profissões de Risco
Sociedade de Risco e os Acidentes de Trabalho
Joana Filipa Pereira
Coimbra, Dezembro 2007
Universidade de Coimbra
Faculdade de Economia
Profissões de Risco
Sociedade de Risco e os Acidentes de Trabalho
Trabalho realizado no âmbito da cadeira de Fontes de Informação
Sociológica, do 1ºano do curso de Sociologia, leccionada pelo Professor Doutor
Paulo Peixoto.
Trabalho realizado por:
- Joana Filipa Pereira
- Nº 20070897
Imagens da capa retirada de: http://www.ishst.pt/downloads/content/Cartaz_A.jpg
Índice:
1. Introdução………………………………………………………………………..1 2. Estado das Artes………………………………………………………………………2
2.1 Sociedade de Risco ...................................................................................... 2 2.2 Acidentes de trabalho ................................................................................... 4
2.2.1 Definição, causas e estatísticas……………………………………………….4 2.2.2 Como prevenir………………………………………………………………..6
3. Descrição detalhada da pesquisa………………………………………………...7 4. Ficha de Leitura…………………………………………………….....................9 5. Avaliação de uma página Web…………………………………………………12 6. Conclusão………………………………………………………………………14 7. Referências Bibliográficas……………………………………………………..15
Anexo A
Texto de suporte da ficha de leitura1
Anexo B
Página da Internet avaliada
1 Visto que o livro que escolhi para fazer a ficha de leitura se encontrava todo sublinhado, decidi fazer os meus sublinhados a vermelho.
[1]
1. Introdução
O meu trabalho começa por falar da sociedade de risco, da qual fazemos parte. Desde logo,
tento dar uma noção de risco para depois se poder entender todo o resto do meu trabalho.
De seguida faço uma breve referência ao conceito de acidente.
Depois, cito a opinião de alguns autores, em relação à opinião que têm face à sociedade
onde actualmente vivemos.
Já numa outra parte do trabalho, falo de acidentes de trabalho. Onde coloco a definição, as
principais causas de acidentes mortais em Portugal no ano de 2007 e outros, e as
estatísticas relativas aos sectores com maior número de acidentes de trabalho mortais, bem
como os dias da semana com maiores ocorrências e os distritos mais afectados.
Seguidamente respondo à questão como prevenir acidentes de trabalho? Utilizando os
dados de um relatório da União Europeia.
Segue-se a descrição detalhada da pesquisa onde coloco os métodos e fontes por mim
utilizados para a realização deste trabalho.
Depois, na ficha de leitura, faço um breve resumo de texto e também uma estruturação do
texto onde tento fazer as quatro leituras do texto.
Em seguida, na avaliação da página de internet faço uma avaliação essencialmente da
informação e do grafismo da página em questão.
Por fim, e depois da conclusão que faço em relação ao meu trabalho registo todas as
referências bibliográficas por mim consultadas.
[2]
2. Estado das Artes
2.1 Sociedade de Risco
No mundo moderno em que vivemos aprendemos a viver com os riscos, a evitar alguns e a
procurar outros.
A palavra risco apareceu na sociedade Ocidental na época de transição da Idade Média
para a Idade Moderna.
A evolução dinâmica do conceito de risco acabou por lhe atribuir um sentido negativo,
falando-se então em resultados danosos (Douglas apud Pinto, Carla Cristina Graça, 2006;
Fox apud Pinto, Carla Cristina Graça, 2006) porque, inicialmente o conceito risco,
significava somente a probabilidade de uma ocorrência.
Contudo, o conceito de risco é definido de diferentes maneiras por diferentes autores.
Existem riscos voluntários e involuntários. Segundo Rowe (apud Pinto, Carla Cristina
Graça, 2006) um risco voluntário envolve uma certa motivação para a obtenção de ganhos
possíveis com o comportamento de risco.
Já o risco involuntário é exposto ao sujeito, sem que este tenha escolha.
Nesta perspectiva um acidente pode ser visto como um acontecimento involuntário e
inesperado, o qual gera consequências danosas. Mas, é só nos finais da Idade Média que o
conceito de acidente começa a ter o significado que lhe damos hoje.
“ A palavra [acidente] sugere um acontecimento que ocorre sem que haja previsão ou
expectativa, contudo estes acontecimentos agrupados não são aleatórios e não ocorrem por
acaso; podemos esperar que ocorram, mesmo que não possamos prever quando, onde e as
circunstâncias precisas da sua ocorrência.”
(Loimer e Guarnieri apud Pinto, Carla Cristina Graça, 2006)
Para Anthony Giddens (apud Pinto, Carla Cristina Graça, 2006), actualmente vivemos
numa sociedade moderna caracterizada como uma cultura de risco. Pois, a vida social
moderna é organizada em torno do conceito de risco.
Já para Ulrich Beck (apud Pinto, Carla Cristina Graça, 2006), a sociedade contemporânea é
vista como uma “sociedade de risco”, onde a preocupação dos indivíduos deixa de ser a
satisfação de necessidades básicas (as quais são vistas como um risco) e passa a ser, a
[3]
forma como diminuir a ansiedade e o medo em resultado dos riscos criados pela
tecnologia.
Por fim, Mary Douglas (apud Pinto, Carla Cristina Graça, 2006) considera que os
comportamentos de risco, variam consoante as orientações culturais.
“No nosso mundo as pessoas esquecem-se de procurar atingir algo de bom, para passarem
a tentar evitar algo de mal.”
(Beck apud Pinto, Carla Cristina Graça, 2006)
Como referiu Beck, a sociedade em que nos inserimos é uma sociedade de riscos, os quais
estão sempre presentes no mundo o trabalho.
[4]
2.2 Acidentes de trabalho
2.2.1 Definição, causas e estatísticas
A definição de acidente de trabalho encontra-se no Decreto-Lei n.º 99/2003, nos artigos
281.º e 301.º, considera-se acidente de trabalho todo o sinistro que ocorre
imprevisivelmente no local de trabalho e/ou no tempo de trabalho (in Portal do Cidadão
(2007) e Viseu, Isabel e Lameira, Ana Cristina (2002)). Pode também considerar-se
acidente de trabalho, um sinistro ocorrido: durante o deslocamento de trabalhadores na ida
ou no regresso do trabalho (nos termos definidos pela Lei); na prestação de serviços que
gerem lucro à entidade empregadora; numa acção de formação profissional para melhor
desenvolverem (os trabalhadores) o seu trabalho, tendo a autorização prévia da entidade
empregadora e fora do local ou tempo de trabalho quando o trabalhador executa serviços,
determinados pela entidade empregadora ou serviços pela mesma consentidos (in Portal do
Cidadão (2007)).
A maioria dos acidentes mortais ocorridos em Portugal são devidos a quedas e
soterramentos. Na maioria os acidentes mortais são provocados pela falta de seguimento
das regras de segurança e pela não utilização ou utilização desadequada de dispositivos de
segurança. Contudo, a fadiga (por não se dormir o suficiente), a falta de alimentação
(quando trabalhadores vão para o seu trabalho sem comer) ou a ingestão de bebidas
alcoólicas podem também contribuir para que aconteça um acidente de trabalho (in Portal
do Cidadão (2007)).
Em Portugal, desde 2003 até ao ano corrente (2007) que o número de acidentes mortais de
trabalho tem diminuído, com excepção do ano de 2004 que foi o ano, no período referido,
com maior número de sinistros mortais laborais. No ano de 2003 registaram-se 181
acidentes mortais enquanto, que em 2007 este número desceu para 148 (in Inspecção Geral
do Trabalho (2007)).
O sector que mais mortes apresenta, devido a acidentes de trabalho, é a Construção Civil
com um número de 77 mortes no ano de 2007 o que representa mais de 50% do total de
sinistros ocorridos. Já a Indústria Transformadora que é o sector a seguir à Construção
Civil mais afectado por acidentes de trabalho mortais apresenta 26 mortes no ano de 2007.
E por fim, outro sector com um número bastante elevado de sinistros é o Comércio e os
Serviços.
[5]
Como referido anteriormente, as principais causas dos acidentes de trabalho são as quedas
em alturas (58 mortes num total de 148) e logo de seguida o choque em objectos (21
mortes num total de 148). O dia da semana em que ocorrem mais acidentes mortais é à
segunda-feira e ao longo da semana os números vão baixando, sendo iguais na quarta-feira
e na quinta-feira. Já as pequenas e médias empresas são as que apresentam maior número
de sinistros mortais, devido ao facto de ser mais difícil a Lei se impor nestas. Em relação
aos distritos é na cidade do Porto (27 num total de 148) que ocorrem mais acidentes de
trabalho mortais, seguindo-se Lisboa (19 num total de 148) e depois Aveiro (16 num total
de 148), (in Inspecção Geral do Trabalho (2007)).
[6]
2.2.2 Como prevenir
Para se poder prevenir acidentes de trabalho existem uma série de atitudes que se têm de
tomar, quer para os trabalhadores, quer para as entidades empregadoras.
Primeiramente, deve-se tentar evitar os riscos. Isto é, ter uma previsão dos mesmos e
definir soluções adequadas para os suprimir, deve-se seleccionar equipamentos, materiais,
matérias-primas e produtos que não contenham risco e por fim, deve-se adoptar métodos e
processos de trabalho que tenham por objectivo a ausência de riscos. Deve-se identificar o
que pode correr mal, determinar quem pode ser atingido, verificar qual o grau de
probabilidade de ocorrer um acidente, decidir como poder evitar riscos. Como, por
exemplo, melhorando as instalações, colocar medidas de controlo em prática e verificar
constantemente se estas se encontram a funcionar bem; identificar os factores que causam
os acidentes de trabalho e tentar eliminá-los. Sempre que possível deve-se substituir o que
é perigoso pelo o que é isento de perigo ou menos perigoso tendo em conta a segurança
dos trabalhadores; devem-se adoptar medidas preventivas as quais têm de ser bem
integradas no trabalho e seguidas pelos trabalhadores e pelas entidades empregadoras com
a finalidade de reduzir o tempo de exposição dos trabalhadores ao risco e o número de
trabalhadores expostos ao risco; deve dar-se prioridade às medidas de protecção colectiva
em relação às medidas de protecção individual. Isto é, os dispositivos se segurança
colectiva devem ser estáveis, devem ter resistência e permanência no espaço e no tempo
para se tentar evitar ao máximo a protecção individual, que incomoda imenso os
trabalhadores no desempenho das suas funções e que pode causar acidentes de trabalho.
Cabe às entidades empregadoras dar instruções adequadas aos trabalhadores, para que estes
possam saber quais os riscos a que estão expostos e saber como agir perante um caso
grave, as entidades empregadoras têm também de dar aos seus trabalhadores formação,
para que estes compreendam melhor as normas de segurança e saúde no trabalho. Por fim,
é de salientar que para que tudo dê certo e para que se evitem acidentes de trabalho cabe
aos trabalhadores seguir todas as normas de segurança e serem o mais responsáveis e
atentos possível (in Portal das PME de Portugal (2007), Diário de Notícias (2007)).
[7]
3. Descrição detalhada da pesquisa
Escolhi o tema Profissões de Risco porque entre todos os temas disponíveis era o que mais
interesse me despertava.
No começo do trabalho, como não tinha ideias fixas sobre o que queria estudar, andei um
pouco perdida. Mas depois de pesquisar na internet no motor de busca indexante Google a
expressão “profissões de risco” decidi estudar especificamente os acidentes de trabalho.
Contudo, depois de conversar com o Professor Doutor Paulo Peixoto (orientador da
disciplina) decidi integrar no meu trabalho algo sobre a sociedade de risco.
Para começar, dirigi-me à Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de
Coimbra e lá iniciei a pesquisa. No catálogo electrónico da biblioteca coloquei, por
assunto, a expressão profissões de risco, mas não obtive quaisquer resultados. Ainda muito
perdida perguntei à bibliotecária porque razão não me aparecia nada na pesquisa que eu
pretendia, e foi aí que descobri que o que eu tinha de procurar era expressões como:
segurança, higiene e saúde no trabalho, condições de trabalho etc. pois, são expressões que
estão nas normas internacionais de pesquisa.
De seguida, foi consultar todos os livros que me apareceram sobre o tema por mim
escolhido. Para poder saber se os livros em questão eram pertinentes para o meu trabalho
consultei os índices. Se nos índices houvesse alguma coisa que interessa-se para o meu
trabalho, fazia uma leitura na diagonal das páginas em questão para ver se era realmente
importante para o desenvolvimento do trabalho.
Para além da pesquisa feita na Faculdade de Economia desloquei-me também ao Centro de
Estudos Sociais em Coimbra, mas o material aqui disponível era quase todo igual ao da
Faculdade de Economia, o que fez com que eu me socorresse só do material disponível na
Faculdade.
Na pesquisa feita no catálogo da biblioteca da FEUC (Faculdade de Economia da
Universidade de Coimbra) apareceram imensas obras relativas ao tema do trabalho que
tinha para desenvolver das quais seleccionei para analisar em maior pormenor: “Risco
social e incerteza, Pode o Estado social recuar mais?”, de Pedro Hespanha e Graça
Carapinheiro (2002); “Autorepresentação e heterorepresentação dos condutores de veículos
automóveis ligeiros”, de Carla Cristina Graça Pinto (2006) e “As consequências da
Modernidade”, de Anthony Giddens (1992) para conseguir desenvolver a parte do trabalho
[8]
sobre a sociedade de risco; já propriamente aos acidentes de trabalho o material por mim
consultado foi quase todo da internet. Para além, desta fonte consultei também algumas
publicações não periódicas como: “Emprego e Contratação Laboral em Portugal”, de
Glória Rebelo (2003) e “Sociologia”, de Anthony Giddens (2001).
Em relação à ficha de leitura escolhi o livro dos autores Pedro Hespanha e Graça
Carapinheiro (2002) “Risco social e incerteza…” pois, entre todos os consultados é o que
mais estabelece relação entre a sociedade de risco e os acidentes de trabalho.
[9]
4. Ficha de Leitura
Título da publicação: Risco social e incerteza: Pode o Estado social recuar mais?
Autor: Pedro Hespanha e Graça Carapinheiro [orgs.]
Local onde se encontra: Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de
Coimbra
Data de publicação: 2002
Edição: 1ª
Local de edição: Porto
Editora: Edições Afrontamento
Título do capítulo: Globalização insidiosa e excludente. Da incapacidade de organizar
respostas à escala local
Cota: 316 RIS
ISBN: 972-36-0571-6
Nº de páginas: 28
Assunto: riscos sociais de populações urbanas e rurais
Palavras-chave: riscos sociais, desemprego, insegurança, exclusão social, precariedade de
trabalho, habitação precária
Data de leitura: Dezembro 2007
Observações: nenhuma a registar
Notas sobre os autores
Pedro Hespanha, docente da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e
Investigador no Centro de Estudos Sociais.
Graça Carapinheiro, docente do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa e
Investigadora no Centro de Estudos Sociais e do Centro de Investigação Estudos de
Sociologia.
[10]
Resumo
O capítulo analisado, que nunca foi referido ao longo do meu trabalho, analisa todos os
riscos sociais que uma sociedade carenciada (urbana e rural) enfrenta. Bem como, a
evolução dos meios para tentar seleccionar todos os sues problemas.
Posteriormente, os autores fazem uma conclusão das entrevistas feitas à população em
estudo.
Estrutura O capítulo em análise faz referência a um estudo feito a várias populações carenciadas,
através de entrevistas. Tendo como principal objectivo saber quais os riscos sociais que as
populações em questão enfrentam e também os apoios que a estas são prestado, bem como
a sua evolução.
Primeiramente, os autores fazem referência a todos os temas a que se vão referir ao longo
do capítulo, e vão dando itens explicativos dos mesmos.
De seguida, começam por explicar que o maior risco para estas populações é a impotência
para enfrentar a precaridade. Esta precaridade é resultado de um aumento do desemprego,
da insegurança do emprego, bem como da flexibilidade do mesmo. Para esta população a
solução passa por colocar no mercado o maior número de pessoas do agregado familiar a
trabalhar, desde crianças a idosos. Mesmo sabendo que existe uma grande precaridade de
emprego, devido ao salário ser bastante baixo e incerto e pelo facto da não existência de
um contrato de trabalho fazer com que as pessoas em questão não tenham quaisquer
direitos sociais, mesmo em caso de acidente de trabalho. Para além disto, as populações em
estudo preferem desenvolver todo o tipo de trabalho até os mais precários, desde que
ganhem dinheiro, e para estas o mais comum é diversificar e intensificar as suas fontes de
rendimento.
Para gerirem o seu orçamento familiar, o qual só garante o mínimo de condições de
sobrevivência quotidiana, cortam em despesas como por exemplo com a saúde a qual, nos
agregados estudados, se encontra demasiado debilitada. Já a habitação destas famílias é um
factor de grande risco pelo facto de terem péssimas condições. Para estas famílias ter de
cuidar de alguém dependente é um grande encargo, pois quase sempre exige que um
[11]
elemento do agregado fique em casa sem rendimentos fixos para tomar conta do
dependente.
Em relação aos apoios que a esta população deviam ser prestados, podemos concluir que
ao longo do tempo, apesar de ter aparecido o rendimento mínimo garantido, as instituições
não têm desempenhado bem as suas funções. Muitos dos agregados não são bem
informados dos seus direitos e outros deixam de pedir apoio pelo facto de se sentirem
envergonhados para pedir ajuda e porque nestas instituições e serviços as pessoas não têm
o mínimo de consideração pelas dificuldades que estas famílias enfrentam e fazem com
que estas se sintam humilhadas.
Por fim, é de referir que a sociedade providência se encontra muito fragilizada devido ao
facto de estarem a aumentar os riscos e os problemas sociais. Este facto deve-se também à
falta de ajuda prestada pelos Estados, que faz com que umas populações não possam ajudar
as outras. O local onde se manifesta maior solidariedade é entre familiares.
Concluo, que é um capítulo bem estruturado e que pelo interesse das suas matérias
abordadas cativa o leitor. Encontra-se escrito consoante as normas do português e é de fácil
compreensão. Apesar de algumas ideias se tornarem muito repetitivas, pois este capítulo
faz uma introdução ao que vai ser falado referindo já algumas ideias, as quais são
aprofundadas no desenvolvimento do trabalho e voltam a ser repitas nas conclusões que os
autores fazem do seu estudo.
Numa avaliação global do capítulo considero-o bastante atractivo e aconselho a sua leitura
para um melhor entendimento dos riscos sociais que actualmente enfrentamos.
[12]
5. Avaliação de uma página Web
A página que escolhi para avaliar foi, a página da Organização Internacional do Trabalho,
que tem o seguinte URL: www.oitbrasil.org.br. Escolhi esta página brasileira pelo facto da
página relativa à Organização Internacional do Trabalho portuguesa não apresentar as
mínimas condições para ser avaliada devido à falta de informação e organização, esta
página não despertava qualquer interesse.
A página avaliada tem como principal função informar sobre todos os assuntos
relacionados com trabalho (trabalho infantil, trabalho forçado, etc.), bem como divulgar as
publicações feitas nesta área.
O autor desta página é uma instituição a qual é especialista na matéria em questão,
encontramos nesta página disponível vários contactos e um endereço electrónico de acesso
rápido.
Uma das especialidades desta página é a disponibilidade de instrumentos de pesquisa que
nos mostram os vários temas disponíveis e esta também tem muitos instrumentos de
navegação que nos permitem consultar textos sobre assuntos mais específicos, para além
disto a página dispõe de motor de pesquisa interna e mapa de sítio (o qual foi de difícil
acesso no dia em que avaliei a página).
Todos os instrumentos de navegação e de pesquisa são pertinentes e eficazes e a navegação
na página faz-se com facilidade
O que na minha opinião tira o interesse em consultar esta página é o excesso de
publicidade e imagens no corpo da página. Apesar de toda a publicidade ser pertinente,
esta prejudica muito a leitura da informação. Podemos assim concluir que a estrutura do
sítio é bastante complexa.
Em relação à informação podemos dizer que esta se encontra escrita conforme as regras do
português. Contudo, é uma informação pouco clara e objectiva devido à dimensão e à
forma como os textos são escritos.
Como a informação desta página teve a última actualização em 25 de Maio de 2006, a
informação não coincide com outra informação que li noutro sítio, pelo simples facto de se
encontrar desactualizada.
Já em relação ao grafismo o sítio é razoavelmente atractivo mas exige um esforço visual
para não nos perdermos no meio de tanta publicidade e imagens.
[13]
Esta página não teve grande importância para o meu trabalho visto que, como tinha de
seleccionar outras, achei essas por mim seleccionadas mais importantes para conseguir
desenvolver melhor as questões do meu trabalho.
A avaliação global que faço da página é razoável.
[14]
6. Conclusão
Ao longo deste trabalho, a minha principal preocupação foi dar relevo aos acidentes de
trabalho.
No decorrer do trabalho tentei demonstrar quais os riscos sociais que a sociedade moderna
em que vivemos enfrenta.
Verifiquei que um dos principais riscos é a precaridade do emprego o que se associa às
profissões de risco, tema central do trabalho.
Aliando a sociedade de risco com as profissões de risco decidi falar em acidentes de
trabalho, que é uma grande realidade dos tempos actuais. Mesmo com toda a publicidade e
campanhas contra acidentes de trabalho, o número destes ainda é bastante elevado.
Durante a realização do trabalho tentei responder a algumas questões como: “Quais as
principais causas de acidentes de trabalho?”, e “O que fazer para prevenir acidentes de
trabalho?”.
Com este estudo posso concluir que em Portugal a nossa sociedade é de alto risco e que as
pessoas vivem em função dele, uns pelo facto de se realizarem cometendo riscos e outros
por viverem sempre na preocupação de cometer algum risco danoso.
O estudo por mim realizado mostra também que ainda há ineficiência nos meios de
combate a acidentes de trabalho, visto que não se põem as normas de segurança, higiene e
saúde no trabalho em prática ou estas são desrespeitadas tanto pelos trabalhadores como
pelas entidades empregadoras.
Fazendo uma avaliação geral do meu trabalho concluo que fiquei esclarecida sobre alguns
temas, contudo fiquei curiosa em estudar outras vertentes relacionadas com profissões de
risco.
Nunca pensei que fosse tão difícil realizar um trabalho académico. E fazendo uma
avaliação dos meus objectivos com este trabalhos, estes ficaram muito aquém do que eu
esperava.
[15]
7. Referências Bibliográficas
Diário de Noticias (2007) “Riscos laborais devem ser revelados”. Página
consultada em 3 de Dezembro de 2007. Disponível em
http://dn.sapo.pt/2007/11/04/sociedade/riscos_laborais_devem_revelados.htm
l
Giddens, Anthony (1992), As Consequências da Modernidade. Oeiras, Celta
Editora.
Giddens, Anthony (2001), Sociologia. Lisboa, Edição da fundação Calouste
Gulbenkian.
Hespanha, Pedro e Carapinheiro, Carla (2002), Risco social e incerteza: Pode
o Estado social recuar mais?. Porto, Edições Afrontamento.
IGT- Inspecção Geral do Trabalho (2007) “Acidentes de trabalho mortais”.
Página consultada e 3 de Dezembro de 2007. Disponível em
http://www.igt.gov.pt/IGTi_C16.aspx?Cat=Cat_Estatsticas_CC_Quadros_200
7a&lang
Pinto, Carla Cristina Graça (2006), “ Sociedade de Risco”, in idem (org.),
Autorepresentação e heterorepresentação dos condutores de automóveis
ligeiros. Lisboa, Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, 25-56.
Portal das PME de Portugal (2007), “ A importância da segurança e higiene
no trabalho”. Página consultada a 3 de Dezembro de 2007. Disponível em
http://www.pmeportugal.pt/Geral/Tem%C3%Alticas/Seg.-e-Hig.-no-
Trabalho.aspx#Modelos
[16]
Portal do Cidadão (2007), “Portal do Cidadão disponibilizou a partir do dia 16
de Fevereiro de 2007 um dossier com informação relativa a acidentes”.
Página consultada em 3 de Dezembro de 2007. Disponível em
http://www.portaldocidadao.pt/PORTAL/pt/Dossiers/DOS_saiba+como+prev
enir+acidentes+domesticos+e+profissionais.htm?passo=1
Rebelo, Glória (2003), Emprego e contratação laboral em Portugal. Lisboa,
Editora RH.
Viseu, Isabel e Lameira, Ana Cristina (2002), Manual sobre o regime de
protecção dos acidentes em serviço e doenças profissionais. Lisboa,
Direcção- Geral da Administração Pública.
[17]
Anexo A
Capítulo do livro analisado:
“Globalização insidiosa e excludente. Da incapacidade de organizar
respostas à escala local, capítulo da obra: Risco social e incerteza
(fotocopiado)
[18]
Anexo B
Página da internet avaliada:
http://www.oitbrasil.org.br