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UNIVERSIDADE DE LISBOA RELATÓRIO DA PRÁTICA DE ENSINO SUPERVISIONADA MULTICULTURALISMO E ENSINO Um estudo de caso numa turma do Curso Profissional de Técnico de Turismo do 10.º ano de escolaridade Luís António de Bragança Serrão MESTRADO EM ENSINO DA ECONOMIA E DA CONTABILIDADE 2011

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UNIVERSIDADE DE LISBOA

RELATÓRIO DA PRÁTICA DE ENSINO SUPERVISIONADA

MULTICULTURALISMO E ENSINO – Um estudo de caso numa turma do Curso

Profissional de Técnico de Turismo do 10.º ano de escolaridade

Luís António de Bragança Serrão

MESTRADO EM ENSINO DA ECONOMIA E DA CONTABILIDADE

2011

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UNIVERSIDADE DE LISBOA

RELATÓRIO DA PRÁTICA DE ENSINO SUPERVISIONADA

MULTICULTURALISMO E ENSINO – Um estudo de caso numa turma do Curso

Profissional de Técnico de Turismo do 10.º ano de escolaridade

Luís António de Bragança Serrão

MESTRADO EM ENSINO DA ECONOMIA E DA CONTABILIDADE

Professora Orientadora: Prof.ª Dra. Luísa Cerdeira

Professora Cooperante: Dra. Maria Suzel Santana

2011

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“O povo português é, essencialmente, cosmopolita. Nunca um verdadeiro português foi

português: foi sempre tudo. Ora ser tudo em um indivíduo é ser tudo; ser tudo em uma

colectividade é cada um dos indivíduos não ser nada.”

Fernando Pessoa

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DEDICATÓRIA

Á memória da minha Mãe Maria

Alda, que a par da minha mulher

Maria Luísa, sempre foram umas

acérrimas defensoras da partilha

do conhecimento e, da descrição.

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AGRADECIMENTOS

Á Professora Doutora Luísa Cerdeira,

por todo o apoio prestado, pela muita

compreensão que me disponibilizou e,

inerente supervisão/colaboração – de que

fui alvo nestes cerca de dois anos de

Mestrado.

Á Doutora Maria Suzel Santana, o muito

obrigado pelas horas, dias e meses e, de

paciência e de compreensão dispensados

ao longo deste trabalho, o que me permi-

tiu ir de encontro ao oportunamente

definido.

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______________________________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 4

Iniciação à Prática Profissional IV

ÍNDICE GERAL

0-RESUMO .......................................................................................................................................... 7

0-ABSTRACT ..................................................................................................................................... 8

1-INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 9

2-CARACTERIZAÇÃO DA TURMA LECCIONADA ................................................................... 11

3-UNIDADE/MÓDULO DE ENSINO LECCIONADO .................................................................. 15

4-DEFINIÇÃO DO PROBLEMA EM ESTUDO ............................................................................. 17

5-ESTRATEGIAS DE RESOLUÇÃO DO PROBLEMA................................................................. 18

5.1-ENQUADRAMENTO DO PROBLEMA ................................................................................... 18

5.2–APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS...................................................... 25

5.2.1-ENQUADRAMENTO DA UTILIZAÇÃO TÉCNICA ........................................................... 25

5.2.2-ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS DOS ALUNOS ......................... 25

5.2.3-ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS DOS PROFESSORES .............. 30

5.2.4-ANÁLISE GLOBAL ................................................................................................................ 35

5.3–AULAS LECCIONADAS/ESTRATÉGIAS .............................................................................. 36

6-SÍNTESE FINAL............................................................................................................................ 41

7-BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................. 45

7.1-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 45

7.2-LEGISLAÇÃO ............................................................................................................................ 48

7.3-SITES ........................................................................................................................................... 48

7.4-BLOGUES ................................................................................................................................... 58

8-ANEXOS ......................................................................................................................................... 60

8.1-QUESTIONÁRIOS ..................................................................................................................... 61

8.1.1-ALUNOS ................................................................................................................................... 61

8.1.2-PROFESSORES ........................................................................................................................ 65

8.2-AULAS ASSISTIDAS ................................................................................................................ 68

8.2.1-QUADRO DA SEQUÊNCIA DAS AULAS ASSISTIDAS .................................................... 68

8.2.2-AULA DE 17 DE NOVEMBRO DE 2010 .............................................................................. 69

8.2.3-AULA DE 15 DE DEZEMBRO DE 2010 ............................................................................... 81

8.2.4-AULA DE 19 DE JANEIRO DE 2011..................................................................................... 92

8.2.5-AULA DE 11 DE MAIO DE 2011........................................................................................... 98

8.2.6-AULA DE 26 DE MAIO DE 2011......................................................................................... 116

8.2.7-AULA DE 1 DE JUNHO DE 2011 ........................................................................................ 124

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______________________________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 5

Iniciação à Prática Profissional IV

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 – Nacionalidade dos alunos ................................................................................................ 11

Quadro 2 – Concelho de residência ................................................................................................... 12

Quadro 3 – Número de Irmãos ........................................................................................................... 12

Quadro 4 – Pessoas com quem habita ................................................................................................ 13

Quadro 5 – Meio de transporte utilizado ........................................................................................... 13

Quadro 7 – Relacionamento com os colegas ..................................................................................... 26

Quadro 8 – Relacionamento com os professores ............................................................................... 26

Quadro 9 – Relacionamento com o pessoal não docente ................................................................... 27

Quadro 10 – Dificuldades de compreensão das matérias .................................................................. 28

Quadro 11 – Junção de alunos estrangeiros ....................................................................................... 29

Quadro 12 – Sugestões aos professores ............................................................................................. 29

Quadro 13 – Estado civil dos professores .......................................................................................... 30

Quadro 14 – Situação perante a profissão .......................................................................................... 31

Quadro 15 – Tempo de serviço .......................................................................................................... 31

Quadro 16 – Concelho de residência ................................................................................................. 32

Quadro 17 – Interacção entre alunos.................................................................................................. 32

Quadro 18 – Problemas de relacionamento na turma ........................................................................ 33

Quadro 19 – Problemas de aprendizagem .......................................................................................... 34

Quadro 20 – Trabalho desenvolvido pelo professor .......................................................................... 34

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______________________________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 6

Iniciação à Prática Profissional IV

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Constituição da turma ..................................................................................................... 11

Gráfico 2 – Nacionalidade dos alunos ............................................................................................... 11

Gráfico 3 – Naturalidade dos pais ...................................................................................................... 12

Gráfico 4 – Concelho de residência dos alunos ................................................................................. 12

Gráfico 5 – Número de Irmãos .......................................................................................................... 12

Gráfico 6 – Número de pessoa com quem habita .............................................................................. 13

Gráfico 7 – Meio de transporte utilizado ........................................................................................... 13

Gráfico 8 – Relacionamento com os colegas ..................................................................................... 26

Gráfico 9 – Relação com os professores ............................................................................................ 26

Gráfico 10 – Relação com o pessoal não docente .............................................................................. 27

Gráfico 11 – Dificuldades de compreensão das matérias .................................................................. 28

Gráfico 12 – Junção de alunos de estrangeiros .................................................................................. 29

Gráfico 13 – Sugestões aos professores ............................................................................................. 30

Gráfico 14 – Estado civil dos professores .......................................................................................... 30

Gráfico 15 – Situação perante a profissão ......................................................................................... 31

Gráfico 16 – Tempo de serviço .......................................................................................................... 31

Gráfico 17 – Concelho de residência ................................................................................................. 32

Gráfico 18 – Interacção entre alunos ................................................................................................. 32

Gráfico 19 – Problemas de relacionamento na turma ........................................................................ 33

Gráfico 20 – Problemas de aprendizagem ......................................................................................... 34

Gráfico 21 – Trabalho desenvolvido pelo professor .......................................................................... 34

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Luís Serrão 7

Iniciação à Prática Profissional IV

0-RESUMO

O desenvolvimento do Ser Humano revela-se um processo de aprendizagem linguística,

cognitiva, interactiva.

A educação prepara-nos para a sobrevivência e para superar a ordem social existente. É ain-

da um processo social no qual se participa, enquanto se definem valores e objectivos a atingir.

Uma educação participativa envolve dirigentes, professores, académicos, técnicos. Por

outras palavras: a sociedade no seu todo.

A escola é muitíssimo importante na vida dos alunos. Daí a sua função não se limitar à

transmissão de saberes disciplinares. Tem de perspectivar situações de aprendizagem, de salientar o

currículo como projecto integrado, adequando-se à diversidade e abrangendo, não apenas a escola,

mas também a comunidade envolvente do aluno.

Este trabalho pretende mostrar que a globalização originou que, as turmas nas escolas, se

tornassem multiculturais.

Uma escola que respeita a diferença mostra como viver em sociedade, de forma justa.

O Multiculturalismo legitima as características culturais e sociais das minorias étnicas;

defende que os indivíduos, sem perderem a sua especificidade, podem estar integrados numa socie-

dade. Inclui o respeito pela diferença, o atingir de metas comuns / salvaguarda das principais liber-

dades.

A cultura, enquanto território de diversidade, tem sido evidenciada em diferentes textos e

iniciativas.

A diversidade cultural só pode ser uma fonte de desenvolvimento e de criatividade.

Só desta forma o ser humano atingirá, em pleno, a sua condição.

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Luís Serrão 8

Iniciação à Prática Profissional IV

0-ABSTRACT

The development of human being, reveals a process of language learning, cognitive, interac-

tive.

Education prepares us to survive and overcome the existing social order. Is also a social

process in which we participate, defining values and goals to be achieved.

Participatory Education involves leaders, teachers, academics, senior. In other words, socie-

ty as a whole.

School is extremely important in the lives of students. So, its function is not limited to the

transmission of disciplinary knowledge. Has to design learning situations, to defend the curriculum

as an integrated project, adapting to the diversity and embracing, not only the school but also the

surrounding community of the student.

This study aims to show that globalization has led to the emergence in schools of classes

multicultural.

A school that respects the difference shows how to live in society, fairly.

Multiculturalism legitimates the social and cultural characteristics of ethnic minorities, Mul-

ticulturalism legitimates the social and cultural characteristics of ethnic minorities, arguing that in-

dividuals could be integrated in a society, without losing their specificity. Includes respect for dif-

ference, to achieve common goals, while preserving the main freedoms.

Culture, while territory of diversity, has been evidenced in different documents and initia-

tives.

Cultural diversity can only be a source of development and creativity.

Only in this way the human beings reach, in full, their condition.

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 9

Iniciação à Prática Profissional IV

1-INTRODUÇÃO

O Mestrado em Ensino de Economia e de Gestão ou de Contabilidade foi criado pela Porta-

ria n.º 1189/2010, de 17 de Novembro e, tinha como objectivo proporcionar aos professores do gru-

po disciplinar 430 – Economia e Contabilidade, com menos de seis anos de serviço, a obtenção da

profissionalização em serviço.

O seu aparecimento veio colmatar uma lacuna existente no Decreto-Lei n.º 43/2007, de 22

de Fevereiro, que possibilitava a todos os professores dos vários grupos disciplinares, com menos

de seis anos de serviço, com excepção de alguns grupos, onde se incluía o referido anteriormente, a

obtenção da profissionalização em serviço, através da frequência de um mestrado em ensino ou

educação.

Quando se iniciou este percurso no ano lectivo 2009/2010, as incertezas eram muitas.

Assim, a Universidade de Lisboa sabendo das dificuldades dos professores decidiu avançar com o

1.º ano do Curso Pós-Graduado de Especialização em Ensino da Economia e da Contabilidade. Nes-

te sentido, ficou acordado que no final deste ano lectivo, o curso tomaria a designação de mestrado

e, aos alunos que concluíssem com êxito a Pós-Graduação, ser-lhe-ia atribuído o 1.º ano do Mestra-

do.

No início do 2.º ano ainda não se sabia qual seria o veredicto final por parte do Ministério da

Educação e do extinto Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. No entanto, para gran-

de surpresa, o Secretário de Estado Adjunto e da Educação, Dr. José Alexandre da Rocha Ventura

Silva, decidiu conferir, a todos os alunos que frequentaram com êxito até 31 de Agosto de 2010 o

referido curso pós-graduado, a profissionalização em serviço, através do Despacho nº 15321/2010,

de 11 de Outubro. Perante esta situação, a frequência do 2.º ano transformava-se numa opção. O

que veio a suceder com alguns colegas, que decidiram não continuar o mesmo. Opção esta, a que

não terá sido alheio o facto de estar implícito um estágio numa escola secundária, com a qual a

Universidade de Lisboa tinha estabelecido um protocolo.

No que respeita à escolha do local de estágio, quando me foram apresentadas as várias hipó-

teses, não houve qualquer tipo de hesitação na opção tomada, que foi o 10.º ano Curso Profissional

de Técnico de Turismo, na Escola Secundária de Carcavelos, na disciplina de Turismo – Informa-

ção e Animação Turística (TIAT).

A razão que esteve por detrás de tal escolha terá sido consequência directa de no ano lectivo

de 2009/2010 ter estado também a leccionar o 10.º ano do referido curso, no Agrupamento de Esco-

las Josefa de Óbidos, em Óbidos, experiência que se revelou muito positiva e enriquecedora.

Além disso, estando a Gestão ao serviço de qualquer área do conhecimento e sendo o

Turismo uma das actividades económicas mais promissoras do país em que vivemos, não era de

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 10

Iniciação à Prática Profissional IV

todo descontextualizado realizar estágio tendo por base a leccionação de matérias ligadas à Econo-

mia do Turismo.

Quando se iniciou o estágio, foi detectado de imediato o problema da dificuldade de uma

abordagem pedagógica multicultural, dado que a turma era constituída por alunos de várias naciona-

lidades, situação idêntica à da turma do Curso de Educação e Formação (CEF) de Logística e

Armazenagem, no Agrupamento de Escolas D. António de Ataíde, na Castanheira do Ribatejo,

onde leccionava no mesmo ano lectivo.

Estas duas situações contribuíram para uma maior sensibilidade a esta problemática, pelo

que se optou por elaborar um trabalho sobre a multiculturalidade no ensino, que se pretende que

seja susceptível de trazer valor acrescentado para todos os professores que lidam com este tipo de

turmas. Isto considerando que, actualmente, a educação direcciona-se para a construção de uma

cidadania activa, e para a igualdade de oportunidades, independentemente das diferentes culturas.

Este trabalho insere-se na cadeira de Iniciação à Prática Profissional IV, do segundo semes-

tre, do 2º ano do Mestrado em Ensino de Economia e de Gestão ou de Contabilidade, do Instituto de

Educação, da Universidade de Lisboa. Pretende-se salientar – através de um estudo de caso – que,

uma pedagogia correcta face à diversidade cultural/Multiculturalismo, é condição absolutamente

necessária para que se possa construir uma cidadania, na verdadeira acepção da palavra.

Começa por fazer-se uma caracterização da turma.

De seguida, far-se-á a inserção da unidade/módulo de ensino leccionado no programa da

disciplina de Turismo – Informação e Animação Turística (TIAT).

Seguidamente, definir-se-á o problema em estudo, que será o cerne deste trabalho.

Para se poder construir uma resposta para a resolução do referido problema, serão apresen-

tadas algumas estratégias.

Para tal, começa por fazer-se um enquadramento da problemática.

De seguida, apresentar-se-á a análise dos resultados de questionários aplicados aos vários

intervenientes no processo de ensino aprendizagem, fazendo um cruzamento das respostas obtidas.

Far-se-á uma síntese das aulas leccionadas, com destaque para as estratégias de ensino utili-

zadas durante as mesmas, de forma a responder ao problema detectado.

Por último, apresentar-se-á uma síntese final, onde se destacarão as conclusões do trabalho desen-

volvido, de forma a haver lugar a uma reflexão (no sentido de se contribuir para o aumento do

conhecimento existente, relativamente à temática abordada).

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Luís Serrão 11

Iniciação à Prática Profissional IV

2-CARACTERIZAÇÃO DA TURMA LECCIONADA

A turma sobre a qual o estudo incide é a do 10.º ano do Curso Profissional de Técnico de

Turismo, da Escola Secundária de Carcavelos, na disciplina de Turismo – Informação e Animação

Turística (TIAT). Escola esta que, no início do ano lectivo de 2009/2010 possuía alunos de “22

nacionalidades.” (Nunes, Pegado e Santana, 2008, p.20)

A caracterização desta turma foi elaborada com base nos dados obtidos nos questionários

que foram preenchidos pelos alunos.

É constituída por 18 alunos, que correspondem ao universo em estudo. Trata-se de 6 rapari-

gas (33%) e de 12 rapazes (67%), cujas idades variam entre os 15 e os 19 anos.

Gráfico 1 – Constituição da turma

Relativamente à nacionalidade dos alunos, a maioria 16 (89%) é de nacionalidade portugue-

sa e, 2 (11%) são de diferentes nacionalidades: moldava e brasileira. É de salientar que, embora a

maioria dos alunos seja de nacionalidade portuguesa, a sua origem cultural é diversa (Gráfico 3)

uma vez que são filhos de imigrantes oriundos dos PALOP e de outros países (Angola, Brasil,

Cabo-Verde, França, Gâmbia, Guiné-Bissau).

Nacionalidade dos alunos

Nacionalidade Número de Alunos

Portuguesa 16

Moldava 1

Brasileira 1

Quadro 1 – Nacionalidade dos alunos

Gráfico 2 – Nacionalidade dos alunos

0

100

Rapazes Raparigas

67% 33%

Constituição da Turma

Percentagem

89%

5,5% 5,5%

0,00

50,00

100,00 Nacionalidade dos Alunos

Portuguesa

Moldava

Brasileira

Percentagem

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Luís Serrão 12

Iniciação à Prática Profissional IV

Gráfico 3 – Naturalidade dos pais

No que respeita ao concelho de residência (Quadro 2 e Gráfico 4), verifica-se que 14 alunos

(78%) vivem no concelho de Cascais, 2 alunos (11%) no de Oeiras e, os restantes 2 (11%) no de Sintra.

Quadro 2 – Concelho de residência

Gráfico 4 – Concelho de residência dos alunos

Quanto ao número de irmãos (Quadro 3 e Gráfico 5), 16 alunos (89%) tem irmãos e 2 alunos

(11%) são filhos únicos. É de referir que o número de irmãos varia entre 1 e 3.

Número de Irmãos

Sim 16

Não 2

Quadro 3 – Número de Irmãos

Gráfico 5 – Número de Irmãos

78%

3%

6% 6%

3% 3%

Naturalidade dos Pais

Portuguesa

Francesa

Gambiana

Guiniense

Angolana

Moçambicana

78%

11%

11%

Concelho de residência dos alunos

Cascais

Oeiras

Sintra

89% 11%

Número de Irmãos

Sim

Não

Concelho de Residência

Concelho Número de Alunos

Cascais 14

Oeiras 2

Sintra 2

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Luís Serrão 13

Iniciação à Prática Profissional IV

Outro aspecto importante, tem a ver com o número de pessoas do agregado do aluno (Qua-

dro 4 e Gráfico 6). Pode dizer-se que 6 alunos (33%) habitam com 2 pessoas, 5 alunos (28%) com 3

pessoas, 3 alunos (17%) com 4 pessoas, 2 alunos (11%) com 5 pessoas, 1 aluno (6%) com 6 pessoas

e, 1 aluno (6%) com 7 pessoas.

Pessoas com quem habita

Número de pessoas Alunos

2 Pessoas 6

3 Pessoas 5

4 Pessoas 3

5 Pessoas 2

6 Pessoas 1

7 Pessoas 1

Quadro 4 – Pessoas com quem habita

Gráfico 6 – Número de pessoa com quem habita

Quanto ao meio de transporte utilizado na deslocação para a Escola (Quadro 5 e Gráfico 7),

verifica-se que 8 alunos (44%) utilizam o autocarro, 7 (39%) deslocam-se pelo seu próprio pé e, 3

(17%) recorrem a transporte próprio.

Meio de Transporte Número de Alunos

Autocarro 8

Carro 3

A pé 7

Quadro 5 – Meio de transporte utilizado

Gráfico 7 – Meio de transporte utilizado

33% 28%

17% 11% 6% 6%

0

20

40

Percentagem

Número de pessoas com quem habita

2 pessoas

3 pessoas

4 pessoas

5 pessoas

6 pessoas

7 pessoas

44%

17% 39%

0

50

Autocarro Carro A Pé

Meio de transporte utlizado na deslocação

para a escola

Percentagem

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Luís Serrão 14

Iniciação à Prática Profissional IV

Nos cursos profissionais as disciplinas que constituem os seus currículos são compostas por

vários módulos, procedendo-se à avaliação no final de cada um

A disciplina de Informação e Animação Turística é composta por 13 módulos, distribuídos

ao longo dos 3 anos da duração do curso.

Dado ser apenas professor estagiário e, ter ministrado 6 aulas, não é possível apresentar

qualquer resultado sobre o aproveitamento dos alunos. No entanto, é de mencionar, que no trabalho

desenvolvido com a turma, embora condicionado pela situação referida anteriormente, que a sua

avaliação global é muito positiva, pois são pouco os alunos com módulos em atraso.

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Luís Serrão 15

Iniciação à Prática Profissional IV

3-UNIDADE/MÓDULO DE ENSINO LECCIONADO

O Curso Profissional de Técnico de Turismo foi criado em 2006 e, engloba a disciplina

Turismo – Informação e Animação Turística, que pertence à formação técnica do curso.

A disciplina pretende fornecer aos alunos uma ideia global do que é o Turismo e, como é

que as suas ligações com as diversas áreas do conhecimento se podem tornar num ponto privilegia-

do para o seu desenvolvimento. Para tal, faculta aos alunos um agregado de saberes e aptidões, não

apenas ao nível da informação turística, mas também ao nível socioeconómico.

Com a disciplina pretende-se que os alunos desenvolvam ao longo do curso um conjunto de

competências, para que no final estejam aptos a:

“Reconhecer a importância da informação turística para o acolhimento dos turistas;

Compreender a importância do acolhimento na construção da imagem turística dos territórios;

Compreender a dinâmica do turismo na perspectiva das imagens turísticas;

Conhecer os processos de produção de informação a partir de um estudo de caso local (levantamen-

to de recursos turísticos);

Identificar e diferenciar as formas de informação e simbologia turística à escala local e nacional;

Conhecer, analisar e interpretar a Legislação Turística nos diferentes contextos em que é aplicável;

Conhecer as potencialidades turísticas da sua região e identificar a melhor forma de as promover;

Colaborar na implementação das estratégias de promoção dos produtos turísticos;

Identificar as especificidades do marketing de serviços e compreender a importância estratégica do

marketing turístico;

Definir objectivos e estratégias de marketing para diferentes tipos de oferta turística;

Conhecer a realidade do seu país nos múltiplos aspectos que a compõem, (naturais, culturais e

sociais) e o papel que desempenham na construção da imagem turística do destino/marca Portugal;

Identificar a tipologia do destino e dos produtos turísticos que o constituem por forma a estruturar o

destino numa perspectiva de turismo de qualidade;

Saber comunicar e relacionar-se com turistas/visitantes das diferentes culturas;

Perceber a importância da animação turística no contexto da atractividade dos destinos;

Reconhecer o papel da animação turística no contexto da indústria do turismo e do lazer;

Adquirir saberes e desenvolver competências e metodologias próprias e adequadas à prossecuçãode

actividades de animação”. (Programa da disciplina de Turismo – Informação e Animação Turística,

2006, p.3)

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Luís Serrão 16

Iniciação à Prática Profissional IV

Desta forma, pretende-se que o aluno adquira uma “óptica pluridisciplinar”, que lhe vai dar

“uma visão global” do que é o Turismo, tornando-o num profissional de excelência. (Programa da

disciplina de Turismo – Informação e Animação Turística, 2006, p.2)

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Luís Serrão 17

Iniciação à Prática Profissional IV

4-DEFINIÇÃO DO PROBLEMA EM ESTUDO

Nas primeiras reuniões tidas com a professora cooperante, foi efectuada uma caracterização

da turma, o que permitiu compreender o carácter multicultural da turma, situação que tive oportuni-

dade de constatar na prática lectiva, tal como demonstra a caracterização da turma.

Esta característica poderia por um lado, constituir uma dificuldade acrescida, ou por outro

lado, tornar-se numa mais-valia para o desenvolvimento desta turma.

Neste sentido, surgiu uma questão pertinente: “Como é que o professor se deve organizar

para uma eficaz acção pedagógica numa turma multicultural, visando a integração dos alunos

e, respeitando a riqueza da diversidade cultural, para que esta se constitua numa mais-valia

para o todo?”

Esta questão leva-nos a equacionar outras:

Quais as dificuldades que se vão encontrar?

Que estratégias se devem adoptar?

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Luís Serrão 18

Iniciação à Prática Profissional IV

5-ESTRATEGIAS DE RESOLUÇÃO DO PROBLEMA

5.1-ENQUADRAMENTO DO PROBLEMA

“Em Portugal ignorou-se durante muito tempo a diversidade cultural. Considerava-se que havia ape-

nas uma única cultura.” (Leite & Pacheco, 1992, p.8)

Os acontecimentos, como o processo de descolonização, a entrada de Portugal na actual

União Europeia (U.E.), levaram a Escola portuguesa a rever a sua posição monocultural relativa-

mente aos conteúdos programáticos e a adaptar-se à nova realidade, o que originou a alteração dos

currículos dos vários níveis de ensino, num processo dinâmico de mudança social.

Para combater a monoculturalidade e outras situações como por exemplo o abandono esco-

lar, foi criada a Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei nº 46/86, de 14 de Outubro), que visava “a

universalidade e igualdade de acesso de todas crianças aos benefícios de uma educação básica de 9

anos”.

A Lei defende, através dos artigos nos

1, 2 e 3, que a Escola possui a “tripla função”

(DGEBS, 1992) de democratizar o “ensino, garantindo o direito a uma justa e efectiva igualdade de

oportunidades no acesso e sucesso escolares” (nº2 do Art. 2º da Lei nº 46/86), de promover “condi-

ções favoráveis ao desenvolvimento pessoal e social dos alunos” (ibid: p.7) e, de qualificar “social e

profissionalmente os alunos” (ibid: p.7). Aponta-se como objectivo da função de democratizar,

fazer com que a Escola garanta o “exercício do direito à igualdade de oportunidades de todos os

alunos” (ibid: p.7). Para tal, deve procurar um conjunto de respostas distintas, indo de encontro às

“necessidades específicas de cada um” (ibid: p.7), enaltecendo “a diferença no exercício das práti-

cas pedagógicas” (ibid: p.7) que valoriza, promovendo a integração de alunos de diferentes origens

culturais.

No que concerne à “educação para a cidadania” (ibid: p.7), a Escola deve desenvolver “a

progressiva autonomia, responsabilidade e capacidade crítica dos alunos” (ibid: p.7), para que estes

possam edificar o “respeito pelos valores fundamentais da cooperação, da solidariedade e do respei-

to pelo outro” (ibid: p.7), aceitando a diferença.

Para qualificar “social e profissionalmente os alunos” (ibid: p.7), a Escola deve fomentar nos

alunos “as competências essenciais à integração, em todos os sectores de actividade de uma socie-

dade” (ibid: p.7) em constantes mudanças, sobressaindo “a capacidade de aprender a aprender”

(ibid:p.7), baseada na “flexibilização dos novos programas e metodologias” (ibid: p.7).

“O cumprimento efectivo destas três funções, para além de exigir o exercício crítico das práticas de

gestão pedagógica, reclama um enquadramento normativo facilitador dessas práticas. Assim, os no-

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Luís Serrão 19

Iniciação à Prática Profissional IV

vos programas curriculares apontam no sentido do reforço da flexibilidade e ajustamento dos proces-

sos de aprendizagem às características psicológicas, sociais e culturais dos alunos.” (ibid: p.7)

“De um país de emigração, Portugal tornou-se, na última década, um país de imigração. Até 1980, a

imigração nunca atingiu valores superiores a 50 mil residentes. Entre 1986 e 1997 o número de

estrangeiros duplicou, passando de 87 mil para 175 mil, segundo dados do Serviço de Estrangeiros e

Fronteiras (SEF).

Uma parte significativa dos residentes estrangeiros em Portugal são originários dos países da União

Europeia, principalmente do Reino-Unido, Espanha e Alemanha. Esta imigração está ligada ao desenvolvi-

mento de investimentos estrangeiros, à implantação de empresas multinacionais e a fluxos de reformados.

Os trabalhadores europeus concentram-se nas profissões científicas, e nos empregos de serviços e

muitos são trabalhadores independentes.

Prevê-se que continuem a estabelecer-se em Portugal muitos profissionais altamente qualificados,

provenientes de países da União Europeia com altas taxas de desemprego e em falta no mercado de trabalho

português. O caso dos médicos, provenientes de Espanha, é um caso paradigmático. Tradicionalmente, os

fluxos migratórios provêm das antigas colónias portuguesas, nomeadamente dos PALOP (Países Africanos

de Língua Oficial Portuguesa). Trata-se, na generalidade, de mão-de-obra pouco qualificada, que se insere,

sobretudo, no sector da Construção Civil e Obras Públicas, em grande desenvolvimento em Portugal.

Nos últimos dois anos (2000 e 2001), verificou-se um aumento particularmente expressivo de imi-

grantes provenientes do Brasil (língua oficial portuguesa), com larga inserção no sector da Restauração,

Construção e Comércio.

Em 2001 assiste-se a um fluxo migratório de grande significado quantitativo, proveniente dos países

da Europa de Leste. Trata-se de mão-de-obra qualificada ou muito qualificada, que se insere, em grande par-

te, como trabalhadores indiferenciados da Construção Civil.” (Relatório elaborado pela DeltaConsultores no

âmbito do Programa Sócrates – Immigrant Language Learning, 2002, p.3-5)

Estes novos imigrantes legalizados, de acordo com o Decreto-Lei N.º 04/2001, de 10 de

Janeiro, beneficiam “de integração no sistema da Segurança Social, da Saúde e de pleno gozo dos

direitos e deveres laborais, mas também de medidas específicas ao nível da Educação”.

Assim devido à diversidade cultural e linguística vivida nas escolas de Portugal, sobretudo

nas grandes cidades, e também devido aos problemas de insucesso escolar, tornava-se urgente sen-

sibilizar e alertar o país e, mais especificamente, a comunidade escolar para as dificuldades sentidas

pelos alunos de minorias étnicas e/ou com línguas maternas que não o português. Assim, foi criado

pelo Departamento da Educação Básica (DEB) em 1995 o projecto “Ensino do Português como 2ª

língua” que terminou em 2000. Pretendia-se apoiar os alunos estrangeiros residentes em Portugal,

bem como os imigrantes dos países africanos e os filhos de emigrantes portugueses em situação de

retorno. Embora este projecto tenha terminado, ficaram as sementes necessárias à implementação de

outras medidas com a mesma finalidade.

A nível do enquadramento legal do ensino do português como língua segunda, o Decreto-

Lei nº6/ME/2001, de 18 de Janeiro, no artigo 8º explicita que “As escolas devem proporcionar acti-

vidades curriculares específicas para a aprendizagem da língua portuguesa como segunda língua aos

alunos cuja língua materna não é o português”.

Ainda continua muito por fazer nesta área, porventura mais difícil agora que a crise econó-

mica começa a inverter o sentido de alguns fluxos migratórios, como é o caso do Brasil em franco

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Luís Serrão 20

Iniciação à Prática Profissional IV

crescimento.

Esta questão tornou-se fundamental relativamente à turma que me foi atribuída, obrigando-

me a reflectir nas estratégias de ensino mais adequadas e conducentes ao sucesso de todos os alu-

nos. De facto, existe a necessidade de a Escola e a Comunidade Educativa se munirem de dispositi-

vos pedagógicos, de modo a proporcionarem uma educação multicultural de qualidade, originando

uma melhoria ao nível do ensino ministrado.

A definição de educação multicultural tem evoluído ao longo dos tempos, com os vários

acontecimentos que marcaram a História da Humanidade, nomeadamente no Sec. XX.

Estes acontecimentos conduziram “a educação multicultural para a ordem do dia e para o

centro das preocupações dos políticos, dos pedagogos e dos professores”. (Pereira, 2004, p.17)

No entanto, o conceito de educação multicultural não é linear, havendo abordagens diferen-

tes por parte de vários autores.

“Quando falamos de educação multicultural, podemos estar a referir-nos a coisas muito diferentes. É

comum a utilização indiscriminada de vários termos: educação multi-cultural, educação intercultural

e educação antiracista. Apesar da sua utilização indiscriminada, estes termos não significam exacta-

mente a mesma coisa”. (Nieto, 1999), citado por Pereira (2004, p.17)

“O termo educação multicultural é predominantemente usado pelos autores de língua inglesa e pode

ser definido, num sentido restrito, como o conjunto de estratégias organizacionais, curriculares e

pedagógicas ao nível do sistema, de escola e de turma, cujo objectivo é promover a compreensão e a

tolerância entre indivíduos de origens étnicas diversas, através da mudança de percepções e atitudes,

com base em programas curriculares que expressem a diversidade de culturas e de estilos de vida”.

(Cardoso, 1996; May, 1999; Banks & Banks, 2003), citados por Pereira (2004, p.17)

É “uma abordagem transdisciplinar”. (Souta, 1988, p. 59)

A verdade é que, ao longo das carreiras, académica e profissional, os professores foram sen-

do preparados tendo por base um currículo monocultural, pelo que a abordagem ao conceito de mul-

ticulturalidade ainda continua a dividir opiniões e práticas. Por exemplo, quando se depara numa

reunião do conselho de turma com a informação de que vai ser integrado um aluno oriundo de outro

país fica-se sem saber como agir e, mais difícil se torna ainda, se o aluno for proveniente dos

PALOP, uma vez que para estes alunos não está previsto a leccionação do português, como língua

não materna. Neste contexto, torna-se de especial importância a formação de professores.

A Escola deve então proporcionar, aos seus agentes, um conjunto de dispositivos pedagógi-

cos, levando a que os professores e os alunos deixem de ter uma atitude passiva e, contribuam para

a produção de conhecimento. De acordo com Camilleri (1992, p. 45), “(…) o intercultural é um

lugar de criatividade, permitindo passar da cultura como “produto” à cultura como “processo”.

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Luís Serrão 21

Iniciação à Prática Profissional IV

“Não é possível compreender a importância do currículo multicultural nas sociedades actuais sem

conhecer as políticas multiculturais mais comuns.” Pereira (2004, p.21)

A Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda, no seu Programa das Nações Unidas

para o Desenvolvimento (PNUD), aos países receptores de emigrantes, como é o caso de Portugal,

que implementem políticas multiculturais e não estratégias de assimilação, para fomentar a inserção

dos emigrantes na sua sociedade, contribuindo para que estes se mantenham fiéis às suas origens.

“Existem três principais modelos de política multicultural (assimilacionismo, integracionismo e plu-

ralismo multicultural), que correspondem a outras tantas formas de entender a educação das minorias

culturais e étnicas, subentendendo diferentes significados de igualdade de oportunidades” (Pereira

2004, p.21).

Assimilacionismo

Corresponde à primeira fase da história do Multiculturalismo, ainda que possua uma pers-

pectiva monocultural. Representa um processo social que pretende suprimir as “barreiras culturais

entre as populações pertencentes às minorias e à própria maioria” (Pereira, 2004, p.21).

As referências principais centravam-se na cultura e na história do país de acolhimento.

Este sistema leva a que as minorias étnicas adquiram os laços culturais do conjunto predo-

minante, “ainda que isso exija o afastamento da cultura materna”. (ibid: p.21)

As suas políticas foram elaboradas tendo por base a teoria do Capital Humano, característica

da década de 60, do século XX. A teoria defendia que o aumento dos recursos na educação poderia

ter uma implicação directa na melhoria da rentabilidade da economia de um país e, consequente-

mente nas condições de vida da população.

No que se refere à escola e aos conteúdos dos programas curriculares, estes centram-se nos

protótipos da cultura predominante, ignorando os grupos menos representativos, dado que conside-

ram “que os alunos poderão integrar-se melhor na sociedade de acolhimento” (ibid: p.21).

Esta situação dificultava o sucesso por parte dos alunos que pertenciam às etnias minoritá-

rias.

Apesar do seu carácter monocultural, o modelo apresenta a virtude de transformar em expe-

riências formais, os problemas relacionados com as diferenças étnicas, criando para o efeito debates

que permitiram avanços muito significativos na questão da Educação Multicultural. Pretendia-se

incrementar iguais oportunidades para todos.

O modelo, de acordo com Pereira (2004, p.22), “não conseguiu alcançar os objectivos da

integração económica e social”.

Cardoso (1995), citado por Pereira (2004, p.22), diz que: “as terapias recomendadas tradu-

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Luís Serrão 22

Iniciação à Prática Profissional IV

ziam-se em programas de reme diação que compensassem as desvantagens existentes, compatibili-

zando as crianças com a escola ou preparando-se para uma rápida entrada no mercado de trabalho.”

Integracionismo

De acordo com Pereira (2004, p. 23), o modelo “defende uma escola em que as minorias têm

liberdade para afirmar a sua própria identidade cultural, na medida em que tal não entre em conflito

com a identidade cultural do grupo dominante.”

O modelo assimilacionista, embora defenda a eliminação das barreiras culturais na Socieda-

de e na Escola, fazia-o numa perspectiva monocultural. O modelo integracionista, que surgiu nos

anos 70 do século XX, caracterizou-se pelo reconhecimento da importância cultural das minorias

étnicas no desenvolvimento económico, social e escolar de uma sociedade. Aponta-se como exem-

plo as dificuldades sentidas pelas pessoas que regressaram a Portugal após o processo da descoloni-

zação, devido à sua forma de estar. No entanto, o modelo permitiu que as minorias étnicas manti-

vessem as suas origens culturais, desde que essas não chocassem com as características mais rele-

vantes da cultura dominante. Cita-se como exemplo a abertura de restaurantes de comida indiana,

israelita, chinesa, tailandesa, muçulmana – fora dos seus países de origem – entre outros.

Este modelo é o que mais condiz com as motivações dos governos dos países de acolhimen-

to, uma vez que devido à multiplicidade das etnias provocou mudanças no discurso político, desde

que “passou a incluir os princípios multiculturais e a recomendar as práticas de educação” (Pereira,

2004, p.23)

Quanto à parte educativa, o modelo defende “o conhecimento e o respeito pelas diferenças

culturais de modo a combater os preconceitos, a promover o autoconceito e a autoestima dos alu-

nos, preparando-os para a vida numa sociedade multiétnica”. (Pereira, 2004, p.23)

Urgia aprofundar os conhecimentos culturais das minorias étnicas. Para que tal fosse viável,

existia a necessidade de se alterar os conteúdos dos programas curriculares das várias disciplinas.

Por outro lado, defendia-se a ideia de se proporcionar aos professores formação nesta temática, de

modo a estarem aptos para lidar com a diversidade cultural.

Pluralismo Multicultural

Este modelo pressupõe a existência das culturas dos vários grupos étnicos. A sociedade plu-

ralista é aquela que conserva a identidade cultural das pessoas. Está relacionado com o “conceito de

multiculturalidade e de educação multicultural” (ibid: p. 24).

A educação multicultural abrange a escola e todos os actores exteriores, privilegiando o plu-

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Luís Serrão 23

Iniciação à Prática Profissional IV

ralismo, “logo, pressupõe o ajustamento dos currículos, das estratégias de ensino e requer uma nova

relação com a família dos alunos” (Villas-Boas, 2001; Carvalho, 1998; Silva, 2002), citados por

Pereira (2004, p.24).

Para os seus defensores, o modelo sustenta a “igualdade de oportunidades das minorias”

(Pereira, 2004, p.24).

“Quer assumam a opção de um currículo multicultural, quer de um currículo anti-racista, as escolas

têm de pôr em práticas as seguintes estratégias: 1) trabalho em equipa; 2) adaptação do currículo às

matérias dos alunos; 3) reajustamento dos materiais educativos, tendo em conta a necessidade de

valorizar as culturas minoritárias; 4) promoção de actividades que melhorem a auto-estima dos alu-

nos” (Cortesão, Stoer, et. al., 1995; Cortesão, 1998), citados por Pereira (2004, p.24).

Por seu lado, Garcia (1999, p.137) defende que o processo de formação deve conter “uma

abordagem na formação de professores que valorize o seu carácter contextual, organizacional e

orientado para a mudança.”

A questão da formação dos professores tem sido mal conduzida, porque não têm existido

momentos de reflexão crítica, pelo que os procedimentos pedagógicos pecam pela incoerência,

podendo até revelar-se prejudiciais. Situação que vai ao encontro do pensamento de Ferreira (2003,

p.124), quando refere que, “actualmente a maior parte dos professores não foram preparados para

ensinar em escolas onde se verifica uma crescente diversidade cultural, mostrando-se insensíveis

em relação a essa diversidade ou demonstrando uma incapacidade para lidar com ela.”

Para conseguir conduzir, de forma positiva, o processo de formação dos professores, a Esco-

la deverá olhar para o meio ambiente onde actua.

Outro aspecto importante a ter em conta para que o Multiculturalismo possa ser uma mais-

valia para a Escola, é o estímulo à aproximação à escola das famílias oriundas de outras cultu-

ras/nacionalidades.

Para potenciar os factores positivos destas famílias, a Escola deve incentivar a deslocação

dos pais e encarregados, não apenas para se inteirarem da evolução do seu educando, mas também

para participarem em actividades transmitindo assim o seu cunho pessoal e colaborando com a

equipa pedagógica de forma a transformarem as suas expectativas, em resultados.

Actualmente, os responsáveis já estão cientes de que cada aluno é um caso.

Para analisar as diferenças culturais verificadas na população escolar, deve-se começar por

distinguir o domínio da alta cultura do domínio da cultura profunda.

O domínio da alta cultura engloba as várias existências culturais que se manifestam através

das entidades que podem comunicar e ensinar. Aponta-se como exemplo, a língua, a religião, as

artes, a história.

No que concerne ao domínio da cultura profunda, as diversidades são mais ténues, recôndi-

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Luís Serrão 24

Iniciação à Prática Profissional IV

tas e subentendidas. Salientam-se os limites de espaço e de tempo, os valores culturais, as persona-

lidades dos indivíduos, entre outros. A Escola deve então identificar as diferenças da alta cultura e

da cultura profunda, para promover as estratégias de integração dos alunos.

Outro aspecto importante é a preparação dos professores, de modo a ficarem aptos para lidar

com esta situação. Isto considerando que os currículos ainda não estão adaptados a tal realidade.

Devem-se então reformular os cursos, uma vez que existe a tendência para encurtar a sua

duração, para que continuem a ser realizados de forma contínua. Braga (2003) citado por Moran

(2004, p.3) “acredita que num futuro próximo os cursos de graduação terão a duração de um a três

anos, no máximo, por forma a que o indivíduo inicie o seu processo profissional o quanto antes,

mantendo a sua vida estudantil concomitantemente à vida profissional.”

A reformulação dos cursos torna-se urgente porque, de acordo com Braga (2003) citado por

Moran (2004, p.3) “há sectores que crescerão mais rapidamente, que precisarão de mais formação

contínua para atender à procura. O sector educativo é um deles, a todos os níveis, com ênfase para a

educação corporativa, para o sector terciário. Outras áreas de crescimento de procura educacional:

Informática, Saúde, Ambiente, Turismo, Lazer e Entretenimento, Biotecnologia, Administração e

Tecnologia da Informação.”

De acordo com Moran (2004, p.7), “ensinar é um processo complexo que exige mudanças

significativas. Investindo na formação de professores, no domínio dos processos de comunicação

envolvidos na relação pedagógica e no domínio das tecnologias, poderemos avançar mais depressa,

sempre tendo consciência de que em educação não é tão simples mudar, porque há toda uma ligação

com o passado que é necessário mantermos, além de também estarmos atentos a um futuro que é

bastante imprevisível.”

Neste sentido, para Moran (2004, p. 8), “o processo de mudança na educação não é uniforme

nem fácil.”

Para conseguir um ensino de qualidade, a Escola deverá organizar-se, de forma a poder

promover uma educação para a cidadania, proporcionando aos alunos a formação das suas identida-

des.

Os alunos para compreenderem o que é a cidadania devem vivê-la. Adquirindo, para o efei-

to, um leque de conhecimentos, aptidões e posturas.

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5.2–APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS

5.2.1-ENQUADRAMENTO DA UTILIZAÇÃO TÉCNICA

De acordo com Quivy & Campenhoudt (2004, p.190), o questionário

“consiste em colocar a um conjunto de inquiridos, geralmente representativos de uma população,

uma série de perguntas relativas à sua situação social, profissional ou familiar, às suas opiniões, à sua

atitude em relação a opções ou a questões humanas e sociais, às suas expectativas, ao seu nível de

conhecimento ou de consciência de um acontecimento ou de um problema, ou ainda sobre qualquer

ponto que interesse os investigadores.”

A sua aplicação, quer aos alunos, quer aos professores foi fundamental, na medida em que

os dados tratados permitem analisar, não só o ponto de situação relativamente à temática em estudo

mas também e, sobretudo, as perspectivas de evolução futuras.

“A análise de dados é o processo de busca e organização sistemática de transcrição das entrevistas

(…) com o objectivo de aumentar a sua própria compreensão desses mesmos materiais (…). A análi-

se envolve o trabalho com os dados, a sua organização, divisão em unidades manipuláveis, síntese,

procura de padrões, descoberta dos aspectos importantes e do que deve ser aprendido e a decisão

sobre o que vai ser transmitido aos outros.” Bogdan e Biklen (1994:p. 205)

5.2.2-ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS DOS ALUNOS

A amostra constituída por 18 alunos, é coincidente com o universo (número total de alunos

da turma).

Caracterização do aluno

Em relação a este ponto, os dados recolhidos permitiram fazer a caracterização da turma

(vide ponto 2).

Avaliação do relacionamento

Esta temática foi dividida em três pontos:

Ponto 1: Relacionamento com colegas

De acordo com o Quadro 7 e o Gráfico 8 pode dizer-se que, 13 alunos (72%) consideram ser

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Luís Serrão 26

Iniciação à Prática Profissional IV

muito fácil o relacionamento, 3 alunos (17%) fácil e, apenas 2 alunos (11%), são de opinião que é

razoável.

Relacionamento com os colegas

Categorias Alunos

Muito Fácil 13

Fácil 3

Razoável 2

Mau 0

Quadro 7 – Relacionamento com os colegas

Gráfico 8 – Relacionamento com os colegas

Ponto 2: Relacionamento com os professores

No que respeita ao relacionamento com professores, tendo em conta o Quadro 8 e o Gráfico

9, apenas 3 alunos (17%) registam ser muito fácil. Por outro lado, 9 alunos (50%) consideram que é

fácil e, só 6 alunos (33%) defendem ser razoável.

Relacionamento com os professores

Categorias Alunos

Muito Fácil 3

Fácil 9

Razoável 6

Mau 0

Quadro 8 – Relacionamento com os professores

Gráfico 9 – Relação com os professores

72

17 11

0

50

100

percentagem

Relação com os colegas

Muito Fácil

Fácil

Razoável

Mau

17

50

33

0

20

40

60

percentagem

Relação com os professores

Muito Fácil

Fácil

Razoável

Mau

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Iniciação à Prática Profissional IV

Ponto 3: Relacionamento com o pessoal não docente

O Quadro 9 e o Gráfico 10 referem-se ao contacto com o pessoal não docente.

Apenas 2 alunos (11%) opinam ser muito fácil. Para 9 alunos (50%) é fácil e, 7 alunos

(39%), consideram-no razoável.

Relacionamento com o pessoal não docente

Categorias Alunos

Muito Fácil 2

Fácil 9

Razoável 7

Mau 0

Quadro 9 – Relacionamento com o pessoal não docente

Gráfico 10 – Relação com o pessoal não docente

Pode dizer-se que os alunos estabelecem, com mais facilidade, relações com os colegas, do

que com os professores ou com o pessoal não docente.

Dificuldades de compreensão das matérias

Neste ponto e, de acordo com o Quadro 10 e o Gráfico 11 apenas 1 aluno (6%) adianta que

tem dificuldade em compreender as matérias. A maioria, 11 alunos (61%), revela que tem dificul-

dades em algumas disciplinas, de onde se destaca Português, Operações Técnicas em Empresas

Turísticas (OTET) 1,2 e 4, História, Espanhol, Geografia e Ciências Físico-Quimícas (C.F.Q.),

enquanto, que para os restantes 6 alunos (33%) não existem dificuldades.

Por outro lado, os alunos que sentem mais dificuldades apontaram algumas causas, de que se

destaca:

Por não gostarem de algumas disciplinas;

Por não estarem com atenção nas aulas;

11

50

39

0

20

40

60

percentagem

Relação com o pessoal não docente

Muito Fácil

Fácil

Razoável

Mau

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Iniciação à Prática Profissional IV

Por não possuírem conhecimentos suficientes de língua portuguesa;

Por terem dificuldade em relacionar-se com os outros colegas;

Outras razões.

Para poderem superar as dificuldades registadas, os alunos sugeriram algumas ideias, tais

como:

Ter acesso a mais apontamentos, por parte dos professores;

Realizar mais exercícios práticos;

Participar mais nas aulas, ao nível oral;

Efectuar mais trabalhos, em grupo;

Outras razões.

Dificuldades de compreensão das matérias

Categorias Alunos

Sim 1

Sim, em algumas 11

Não 6

Quadro 10 – Dificuldades de compreensão das matérias

Gráfico 11 – Dificuldades de compreensão das matérias

Conselhos a dar aos colegas recém-chegados

Os alunos indicam alguns conselhos: não ter medo; estar mais atento nas aulas; integrar-se

com os colegas; ser simpático com os colegas; ser uma pessoa comunicativa; trabalhar mais; ajudar

o colega onde tem mais dificuldade; estudar mais; não ter vergonha; ser quem é; aprender e ter

apoio na língua portuguesa; não ser uma pessoa falsa; ter muita paciência.

Junção de alunos estrangeiros

No que concerne a esta questão, tal como o Quadro 11 e o Gráfico 12 indicam, 16 alunos

(89%) manifesta-se a favor, dado tratar-se, de uma situação benéfica. Motivos apontados: é interes-

6%

61%

33%

Dificuldades de compreensão das

matérias

Sim

Sim, em algumas

Não

Page 31: UNIVERSIDADE DE LISBOArepositorio.ul.pt/bitstream/10451/5183/1/ulfpie039759_tm.pdfDe seguida, far-se-á a inserção da unidade/módulo de ensino leccionado no programa da disciplina

______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 29

Iniciação à Prática Profissional IV

sante ouvir falar de outros hábitos culturais; todos somos iguais e não deve haver diferenças; todos

os jovens têm o direito de estar na escola; temos de aprender a conviver com pessoas diferentes;

permite expandir a nossa cultura; possibilita que o colega aprenda a língua portuguesa; pode dar a

conhecer a cultura portuguesa; os alunos estrangeiros sentem-se mais à vontade; criação de novas

amizades.

Por outro lado, apenas 2 alunos (11%) são contra, dado considerarem que as dificuldades de

integração aumentam e poderão surgir conflitos.

Dificuldades de compreensão das matérias

Categorias Alunos

Sim 16

Não 2

Quadro 11 – Junção de alunos estrangeiros

Gráfico 12 – Junção de alunos de estrangeiros

Sugestões aos professores

Por último, foi sugerido aos alunos que seleccionassem soluções (de entre um conjunto for-

necidos) a apresentarem aos professores, de forma a tornar-se possível rentabilizar as diferenças

culturais.

Tal como o Quadro 12 e o Gráfico 13 referem, a solução que recolheu maior consenso foi a

visita de estudo, que 15 alunos (83%) apontam. De seguida aparecem as aulas mais participativas,

defendidas por 11 alunos (61%) e, por último, a maior participação dos alunos, apontada por 6 alu-

nos (33%).

Sugestões aos professores

Categorias Alunos

Aulas mais participativas 11

Visitas de estudo 15

Mais participação dos alunos 6

Outras 0

Quadro 12 – Sugestões aos professores

89%

11%

Junção de alunos estrangeiros

Sim

Não

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 30

Iniciação à Prática Profissional IV

Gráfico 13 – Sugestões aos professores

5.2.3-ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS DOS PROFESSORES

Do universo dos treze professores da turma, o trabalho tem por base a amostra de 9 profes-

sores, exactamente os que responderam ao questionário de suporte.

Caracterização do professor

No que respeita à idade dos professores, a média é de 45 anos, variando entre os 30 e os 55

anos de idade.

O Quadro 13 e o Gráfico 14 referem-se ao estado civil, onde apenas 4 professores (44%) são

casados. São também 4 (44%) os solteiros e, apenas 1 professor (12%) é divorciado.

Estado civil dos professores

Categorias Nº de Professores

Solteira/o 4

Casada/o 4

Divorciada/o 1

Viúva/o o

Quadro 13 – Estado civil dos professores

Gráfico 14 – Estado civil dos professores

No que se refere à situação perante a profissão, o Quadro 14 e o Gráfico 15 mostram que 5

professores (55,56%) pertencem ao quadro de escola (Q.E), ou seja, são efectivos e, 4 professores

0

50

100

Percentagem

Sugestões aos professores

Aulas mais

participativas

Visitas de estudo

Mais participação

dos alunos

44,444 44,444

11,111

0,000

20,000

40,000

60,000

Percentagem

Estado civil

Solteira/o

Casada/o

Divorciada/o

Viúva/o

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 31

Iniciação à Prática Profissional IV

(44,44%) são contratados (C).

Situação perante a profissão

Categorias Nº de Professores

Quadro de Escola (QE) 5

Quadro de Zona Pedagógica (QZP) 0

Contratado (C) 4

Técnico Especializado (TE) 0

Quadro 14 – Situação perante a profissão

Gráfico 15 – Situação perante a profissão

Tal como é visível no Quadro 15 e no Gráfico 16, dos professores que pertencem ao quadro

de escola, 2 (22%) têm entre 21 e 29 anos e 3 (33,5%) têm 30 ou mais anos de serviço. Quanto aos

professores contratados, 3 (33,5%) têm menos de 10 anos de serviço e apenas 1 (11%) tem entre 11

e 20 anos de serviço.

Tempo de serviço

Categorias Nº de Professores

0 – 10 anos 3

11 – 20 anos 1

21 – 29 anos 2

30 anos ou mais 3

Quadro 15 – Tempo de serviço

Gráfico 16 – Tempo de serviço

O Quadro 16 e o Gráfico 17 respeitam ao concelho de residência, indicando que 4 profes-

55,56 44,44

0

20

40

60

Percentagem

Situação perante a profissão Quadro de Escola

Quadro de Zona

Pedagógica

Contratado

Técnico Especializado

33,5

11 22

33.5

0,00

20,00

40,00

Percentagem

Tempo de serviço

0 e 10 anos

11 a 20 anos

21 a 29 anos

30 anos ou mais

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Luís Serrão 32

Iniciação à Prática Profissional IV

sores (44,45%) moram no concelho de Cascais, 3 professores (33,33%) no concelho de Oeiras e, 2

professores (22,22%) no concelho de Lisboa.

Concelho de residência

Conselhos Nº de Professores

Cascais 4

Lisboa 2

Oeiras 3

Quadro 16 – Concelho de residência

Gráfico 17 – Concelho de residência

Interacção entre os alunos

No que concerne a este ponto, tal como é visível no Quadro 17 e no Gráfico 18, 4 professo-

res (44,4%) consideram que os alunos não interagem de forma disciplinada nas aulas, 3 professores

(33,3%) consideram que interagem e, apenas 2 professores (22,3%) registaram existir tal interacção

raramente.

Interacção entre alunos

Categorias Nº de Professores

Sim 3

Não 4

Raramente 2

Quadro 17 – Interacção entre alunos

Gráfico 18 – Interacção entre alunos

44,45%

22,22%

33,33%

Concelho de Residência

Cascais

Lisboa

Oeiras

33,3 44,4

22,3

0,0

20,0

40,0

60,0

Percentagem

Interacção entre os alunos

Sim

Não

Raramente

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 33

Iniciação à Prática Profissional IV

Problemas de relacionamento na turma

O Quadro 18 e o Gráfico 19 referem-se à existência de problemas de relacionamento na

turma.

Quanto ao relacionamento aluno/aluno, 7 dos 9 professores (77,78%) adiantam existirem

problemas.

Relativamente à relação professor/aluno, 4 dos 9 professores (44,44%) detectam problemas.

Na relação pessoal não docente/aluno, 1 dos 9 professores (11,11%) verifica a existência de

problemas.

No que concerne aos problemas revelados, os professores apontam algumas causas como a

utilização de uma linguagem pouco apropriada, o uso abusivo dos computadores que perturbam o

desenvolvimento da aula e, o não reconhecimento da hierarquia.

Problemas de relacionamento na turma

Categorias Nº de Professores

Aluno/Aluno 7

Professor/Aluno 4

Pessoal não docente/Aluno 1

Quadro 18 – Problemas de relacionamento na turma

Gráfico 19 – Problemas de relacionamento na turma

Problemas de aprendizagem

A opinião dos professores é unânime quanto à existência de problemas, deste tipo, conforme

mostra o Quadro 19 e o Gráfico 20. Apontam causas como:

Dificuldades ao nível do português;

Falta de atenção nas aulas;

Os alunos não manifestarem hábitos de estudo;

A origem cultural dos alunos.

77,78

44,44

11,11

0,00

50,00

100,00

Percentagem

Problemas de relacionamento

Aluno/Aluno

Professor/Aluno

Pessoal não

docente/Aluno

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 34

Iniciação à Prática Profissional IV

Problemas de aprendizagem

Categorias Nº de Professores

Sim 9

Não 0

Quadro 19 – Problemas de aprendizagem

Gráfico 20 – Problemas de aprendizagem

Multiculturalismo na turma

Outra questão abordada, refere-se à multiculturalidade da turma, o que pode condicionar o

trabalho desenvolvido pelo professor junto dos alunos.

De acordo com o Quadro 20 e o Gráfico 21, 6 professores (67%) consideram que é relativa-

mente fácil desenvolver o seu trabalho, 2 professores (22%) salientam ser fácil e, 1 professor (11%)

regista que o seu trabalho prossegue de forma difícil.

Trabalho desenvolvido pelo professor

Categorias Nº de Professores

Fácil 2

Relativamente fácil 6

Difícil 1

Muito difícil 0

Quadro 20 – Trabalho desenvolvido pelo professor

Gráfico 21 – Trabalho desenvolvido pelo professor

100

0

100

200

Percentagem

Problemas de aprendizagem na

turma

Sim

Não

29

57

14

0

50

100

Percentagem

Trabalho desenvolvido pelo

professor

Fácil

Relativamente fácil

Difícil

Muito difícil

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 35

Iniciação à Prática Profissional IV

Multiculturalismo uma mais-valia

Os professores concordam com o facto de o Multiculturalismo poder constituir uma mais-

valia, para o processo de ensino/aprendizagem.

Para tal, os docentes consideram dever: utilizar elementos culturais diversificados, em fun-

ção da origem dos alunos; ensinar a reconhecer a diferença e a respeitá-la; valorizar os conhecimen-

tos de cada um, para aproveitar a diversidade; realizar trabalhos que tenham em conta os diferentes

elementos culturais; desenvolver projectos, como sendo a organização de eventos; estudar a cultura

e os aspectos geográficos de cada país; aproveitar as diferenças culturais, para motivar os alunos.

Metodologias a aplicar

Quanto às metodologias que poderão ser consideradas boas práticas, na resolução desta pro-

blemática, os professores defendem as seguintes: desenvolver projectos inovadores; enquadrar o

currículo escolar, de forma criativa; realizar trabalhos de grupo, em contexto real de trabalho; orga-

nizar almoços multiculturais, com recurso a diferentes sistemas de divulgação.

5.2.4-ANÁLISE GLOBAL

Os questionários realizados aos professores e aos alunos permitem percepcionar os proble-

mas existentes na turma e, delinear possíveis soluções.

Quanto ao relacionamento com os colegas, a maioria dos alunos (13) dizem que é muito

fácil. No entanto, esta ideia não é partilhada pela maioria dos professores (7) que dizem detectar

problemas de relacionamento entre os alunos. Para ultrapassar esta situação, os professores preten-

dem desenvolver alguns projectos que consideram inovadores, no sentido de deslocar o ensino para

fora da sala de aula, aproveitando os recursos turísticos do concelho e, as actividades culturais pro-

gramadas pela Câmara Municipal de Cascais. Segundo eles, um ensino essencialmente prático é o

que melhor se adapta a estes alunos, permitindo uma maior coesão da turma.

No que concerne à relação/interacção entre os professores e os alunos, pode dizer-se que

esta é fácil, não obstante o facto de alguns professores (4) considerarem que os alunos são indisci-

plinados nas suas aulas.

No que respeita à relação dos alunos com o pessoal não docente, a opinião dos professores e

dos alunos apontam na mesma direcção, dado considerarem que esta é fácil, apesar de um professor

registar a existência de problemas.

Relativamente às dificuldades de compreensão das matérias/problemas de aprendizagem, os

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 36

Iniciação à Prática Profissional IV

professores e os alunos são consensuais, quanto à sua existência. Referem que tal se verifica,

devido a vários factores como as dificuldades ao nível do português e a distracção nas aulas. Uma

das soluções, apontadas pelos alunos, para ultrapassar esta situação passará por aulas mais partici-

padas e mais práticas.

Outro assunto abordado foi o multiculturalismo na turma. Este é encarado de forma positiva

pelos professores e pelos alunos, dado que consideram ser uma mais-valia para o processo de ensi-

no/aprendizagem.

As opiniões registadas nos questionários realizados aos professores e aos alunos permitem

concluir que na maioria dos temas abordados, estas são coincidentes. Por outro lado, os questioná-

rios não se limitam a registar opiniões sobre uma realidade presente, salientando possibilidades de

ultrapassar as dificuldades e os problemas detectados, já referidos.

5.3–AULAS LECCIONADAS/ESTRATÉGIAS

As aulas leccionadas foram devidamente planificadas em conjunto com a professora coope-

rante, no sentido de encontrar um conjunto de estratégias que pudessem responder ao problema

identificado no ponto 4. A preocupação foi sempre a de que cada aula os alunos tivessem a possibi-

lidade de apresentar exemplos relacionados com a sua cultura, partilhassem experiências culturais e

as suas histórias ou dos seus familiares e realizassem pesquisas sobre o seu país de origem ou dos

seus pais.

Outra preocupação foi a de desenvolver estratégias que permitissem uma participação activa

dos alunos nas aulas, não só pelo diálogo, como pela participação em jogos pedagógicos, tornando-

as iminentemente práticas.

No que respeita à leccionação das aulas, quer na parte que me diz respeito, quer na da pro-

fessora cooperante, existiu sempre a preocupação de as preparar convenientemente, para que se

cumprisse o estabelecido.

Quanto à primeira aula (17 de Novembro de 2010) cujo o tema da matéria a leccionar era “A

Evolução Histórica do Turismo”, esta permitiu uma aproximação à turma, o que constituiu o princí-

pio de uma relação pedagógica, que se considera muito positiva, apesar das limitações criadas pelo

facto de não ser professor titular da turma e, possuir ainda um conhecimento diminuto sobre as

características dos alunos, não obstante o facto de ter assistido a algumas aulas ministradas pela

professora cooperante.

Para se estabelecer esta relação pedagógica foi importante definir um conjunto de estraté-

gias, que passou por uma intervenção mais prática dos alunos nas aulas e, até fora das mesmas,

como por exemplo a organização de almoços culturais e a participação em seminários. Neste senti-

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 37

Iniciação à Prática Profissional IV

do, teve-se em conta os dispositivos pedagógicos “Utilização de Histórias”, “Jogos Pedagógicos” e

“Construção de Genealogias”. Neste aula, o dispositivo pedagógico mais usada foi o da “Utilização

de Histórias”.

Dado o tem ser muito teórico, foi elaborada uma ficha de trabalho, com o objectivo de dar

um cariz mais prático à aula, que seria mais conveniente, tendo em conta as características do públi-

co-alvo. Para a sua concretização, dividiu-se a turma em pequenos grupos de 3 elementos. Cada

grupo realizou uma pesquisa sobre o tema que lhe foi atribuído, expondo de seguida os resultados à

turma.

O tema da segunda aula (15 de Dezembro de 2010) foi “O Turismo numa Perspectiva Sis-

témica”.

Este tema da matéria era muito extenso e, para o concretizar seria necessário abordar três

pontos: “Factores Sócios-Culturais e Políticos”, “Os componentes do Sistema Turístico” e “Os

Recursos Turísticos”.

Desta forma, decidiu-se dividir o tema por duas aulas. Assim, na aula de 15 de Dezembro

2010 foram abordados dois pontos: “Factores Sócio-Culturais e Políticos” e “Os componentes do

Sistema Turístico”. O terceiro ponto da matéria –– “Os Recursos Turísticos” – foi abordado na 3.ª

aula leccionada por mim.

O conhecimento obtido sobre as características dos alunos na primeira aula foi muito positi-

vo, porque permitiu definir um conjunto de estratégias mais práticas, do que teóricas.

Neste sentido, para os alunos definir e perceberem o funcionamento do Sistema Turístico e,

saberem qual a influência dos factores sócio-culturais e políticos no mesmo, realizou-se um jogo

pedagógico.

Este jogo consistia em contactar um operador turístico para organizar um evento. Dado que

sozinho não conseguia realizar o mesmo, começou a solicitar a intervenção de vários agentes. Para

a sua consecução foi utilizado um novelo de lã, que ia passando pelos agentes, à medida que o ope-

rador ia necessitando dos seus serviços, formando no final uma teia que constituiu o sistema turísti-

co.

Com este jogo, conseguiu-se transmitir aos alunos a noção de sistema turístico e, que o sis-

tema necessita de cada uma das suas partes para funcionar como um todo, ou seja, numa perspectiva

sistémica.

Esta aula aprofundou a relação pedagógica com os alunos, iniciada na primeira aula.

A terceira aula (19 de Janeiro de 2011) tinha como objectivo definir, classificar e mostrar a

distribuição geográfica dos Recursos Turísticos, concluindo, desta forma, o tema iniciado na segun-

da aula, como oportunamente foi referido.

No que concerne às estratégias para esta aula, decidiu-se aplicar o método afirmativo e inter-

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 38

Iniciação à Prática Profissional IV

rogativo para uma breve síntese da matéria que tinha sido ministrada na aula de 15 de Dezembro de

2010 e, apresentar a definição, a classificação e a distribuição dos recursos turísticos.

Para os alunos compreenderem a forma como os recursos turísticos estão distribuídos pelo

território nacional, elaborou-se um exemplo com as equipas de futebol que compunham o quadro do

Campeonato Nacional da 1.ª Liga, na época 10/11. Este exemplo surgiu porque grande parte de

recursos turísticos está concentrada junto ao litoral e, tais equipas se localizavam, precisamente,

nessas zonas. O que leva a retirar a ilação de que existe uma tendência natural para associar desen-

volvimento a recursos disponíveis. Para ilustrar este exemplo, apresentou-se algumas equipas, como

o Futebol Clube do Porto, o Sporting de Braga, o Vitória de Guimarães, o Sporting, o Benfica, entre

outras, que todos os anos lutam por obter um lugar na classificação, que lhes permita participar nas

competições europeias, uma vez que esta situação pode arrastar consigo um número considerável de

adeptos das equipas estrangeiras que venham jogar com as equipas portuguesas, sendo uma forma

de se poder rentabilizar os recursos turísticos que esses lugares possuem.

Neste sentido, para os alunos poderem consolidar os conhecimentos apreendidos, quer nesta

aula, quer na aula de 15 de Dezembro, utilizou-se o método activo, através da realização e correc-

ção de uma ficha de trabalho, elaborada para o efeito.

As estratégias definidas para esta aula permitiram estreitar ainda mais a relação pedagógica

que começou a ser estabelecida antes das aulas ministradas.

Por outro lado, dado já existir um conhecimento mais profundo da turma, foi possível, em

conjunto com a professora cooperante, definir fora da prática lectiva, um conjunto de actividades

como a organização da visita de estudo à Bolsa de Turismo de Lisboa 2011 (BTL), a organização de

almoços de acordo com a gastronomia dos países de origem dos alunos ou dos seus pais, a partici-

pação dos alunos nas várias actividades organizadas pela Escola, como sendo seminários e, pela

Câmara Municipal de Cascais, entre outras, respondendo desta à forma à pergunta colocada no pon-

to 4 deste relatório.

A quarta aula (11 de Maio de 2011) tinha como tema o “Turismo Sustentável”.

A estratégia estabelecida para esta aula tinha um cariz mais prático, pois pretendia estabele-

cer um diálogo entre os professores (cooperante e estagiário) e os alunos, para se poder chegar a

uma definição conjunta sobre o que é realmente o Turismo Sustentável. Para que tal fosse possível,

foram apresentadas várias imagens e, solicitou-se aos alunos que emitissem uma opinião sobre o

que visualizavam, registando as mesmas. Desta forma, definiu-se que o Turismo Sustentável é

aquele que considera, em simultâneo, as necessidades dos turistas e as das regiões receptoras,

incrementado as oportunidades. Permite gerir recursos, de forma a satisfazer as necessidades eco-

nómicas, sociais e ambientais, respeitando a integridade cultural, a diversidade biológica e os siste-

mas essenciais à vida.

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 39

Iniciação à Prática Profissional IV

É de referir que quando se procedeu à escolha desta estratégia, ficou definido que tema da

aula só seria divulgado aos alunos, após os mesmos apresentarem a noção de Turismo Sustentável.

Esta situação também foi aproveitada para os alunos compreenderem quais são os princípios da

sustentabilidade, os objectivos do Turismo Sustentável e o impacto que o mesmo tem no seu quoti-

diano.

Para os alunos consolidarem os conhecimentos adquiridos, foi elaborada uma ficha de traba-

lho, que foi realizada em grupo e, corrigida na aula. Esta situação proporcionou a oportunidade de

se realizar um pequeno debate sobre a importância que o Turismo Sustentável pode vir a ocupar no

desenvolvimento económico do nosso país, tendo chegado à conclusão que este tipo de turismo em

Portugal ainda está a dar os primeiros passos, mas que pode vir a assumir um papel relevante na

economia portuguesa.

Esta aula foi muito importante porque, nesta turma de cariz multicultural, a utilização de um

conjunto de imagens mostrou que, independentemente das origens culturais dos alunos, é possível

estabelecer-se um diálogo universal. Situação que pode ser benéfica, porque é uma forma de ajudar

o professor a lidar com este tipo de turmas, para, assim, alcançar o tão desejado sucesso.

A quinta aula (26 de Maio de 2011), em termos de matéria relativa ao módulo e à disciplina,

era a última. O tema coincidia com “As Motivações e a sua Influência no Desenvolvimento da Pro-

cura Turística”.

Começou-se por solicitar aos alunos que indicassem o significado da palavra motivação. De

acordo com o que se disse, definiram-se Motivações Turísticas.

De seguida, foram apresentados os vários motivos que levam as pessoas a viajar e, descreve-

ram-se as características que possibilitam definir o perfil socioeconómico de um turista. Abordou-

se, através do desenvolvimento de uma notícia, o impacto que as motivações podem gerar na orga-

nização da oferta turística de um país.

No que se refere à aula, esta correu muito bem. Os alunos participaram de uma forma activa.

Em todos os aspectos abordados, foram utilizados vários exemplos, de que se destacam as experiên-

cias pessoais dos participantes.

A estratégia para esta aula passava por adoptar um cariz mais prático, porque era fundamen-

tal que fossem os alunos a intervir e a emitir as definições que se pretendiam ministrar. Por outro

lado, serviu também para averiguar os conhecimentos que os alunos adquiriam ao longo do ano.

Desta forma pretendeu-se que os alunos participassem de uma forma mais activa, situação

que foi uma mais-valia, porque foi possível utilizar como exemplos as experiências pessoais dos

participantes, de que se destaca as intervenções de um aluno de origem gambiana, que quando che-

gou a Portugal, não sabia o que era uma torneira. Foi pena, devido ao tempo de duração da aula, não

ter sido possível aproveitar todas as intervenções dos alunos, dado um elevado número ter sido per-

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 40

Iniciação à Prática Profissional IV

tinente. No entanto, foi dado o destaque possível, ao conjunto.

A sexta e última aula (1 de Junho de 2011) deste ano lectivo resumiu-se à apresentação dos

trabalhos de grupo sobre as culturas dos vários países representados na turma, a saber: Angola, Bra-

sil, Gâmbia, Guiné-Bissau e Moldávia.

A turma foi dividida em cinco grupos, existindo a necessidade de desenvolver um trabalho

que respeitava à cultura do país de um dos colegas que integrava o grupo (o qual funcionou como

porta-voz).

Esta situação foi muito interessante, dado ter-se ficado a conhecer um pouco mais sobre a

cultura dos países envolvidos.

Esta aula foi definida em conjunto com a professora cooperante, devido ao estreitar da rela-

ção pedagógica estabelecida ao longo ano.

A utilização deste tipo de trabalhos é mais uma das estratégias que o professor pode adoptar

para responder à questão sobre o problema detectado e, que foi o cerne deste trabalho.

O facto de se tratar de um curso profissional, mais especificamente o Curso Profissional de

Turismo, em que se pretende que as aulas tenham um cariz mais prático, permite ao professor con-

ceber um conjunto de estratégias (Analisar documentos; Ler e examinar as notícias da imprensa

escrita e de outro material; Expor oralmente os trabalhos; Dialogar com os alunos; Organizar visitas

de estudo; Efectuar debates/jogos sobre a matéria; Fazer fichas de trabalho; Participar/organizar

conferências; Realizar trabalhos de grupo), que irão permitir encontrar as tão desejadas soluções

para responder aos problemas que este tipo de turmas pode acarretar.

A adopção de estratégias para as aulas ministradas teve em consideração o carácter multicul-

tural da turma. Na leccionação das matérias existiu sempre o cuidado de utilizar um tipo de lingua-

gem acessível/perceptível, para que os alunos percepcionassem a mensagem. Situação que ocorreu,

aquando da aplicação do método afirmativo, através das técnicas expositiva e demonstrativa, do

método interrogativo, pela técnicas das perguntas e do método activo, na realização dos jogos peda-

gógicos, das fichas de trabalho e dos trabalhos de grupo.

O estágio realizado na Escola Secundária de Carcavelos, no plano profissional, foi muito

positivo, uma vez que ajudou à minha evolução como docente, pois consolidou a forma como se

pode preparar e planificar uma disciplina a longo, médio e curto prazo. Permitiu obter um saber-

fazer que, no futuro, permitirá ampliar as minhas capacidades e o meu desempenho para um nível

muito superior. Por outro lado, mostrou como se pode vencer as dificuldades com que se depara e,

gerir as emoções dos sucessos alcançados com e pelos alunos.

No plano pessoal também foi positivo, porque permitiu conhecer outras realidades, o que fez

com que se alargasse os horizontes culturais e, originado um olhar diferente para o quotidiano que

nos rodeia, ao que não é de todo indiferente a componente teórico-prática, abrangida pelo mestrado

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que me tornou num cidadão mais consciente e, num professor mais capacitado e consciencializado.

6-SÍNTESE FINAL

Considero que a elaboração deste trabalho, é susceptível de trazer valor acrescentado, por

um lado, ao indivíduo, “per si”. Por outro lado, quer ao aluno, ao educador, ao professor ou ao

encarregado de educação, deixa margem para a reflexão, para a dúvida/crítica e, logo, para o alme-

jar de eventuais soluções em relação a problemas que surgem no quotidiano.

Foram abordados os pontos estratégicos (Caracterização da turma leccionada; Unida-

de/Módulo de ensino leccionado; Definição do problema em estudo; Estratégias de resolução do

problema) que se salientam como associados a um raciocínio lógico, no atingir de eventuais solu-

ções.

A caracterização da turma revelou que a maioria dos alunos é de nacionalidade portuguesa e,

que só dois alunos é que são de nacionalidades diferentes (brasileira e moldava). No entanto, a

Família de grande parte dos alunos de nacionalidade portuguesa são originárias das ex-colónias

(Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau) e de outros países (França, Gâmbia). Por outro lado, mostrou

que os alunos lidam bem com as diferentes culturas em presença numa mesma sala de aula, intera-

gindo naturalmente de modo a formarem um grupo único

Foi efectuada uma descrição da Unidade/Módulo de ensino leccionado no Programa do Cur-

so Profissional de Técnico de Turismo e da disciplina de Turismo – Informação e Animação Turís-

tica. Quer esta disciplina, como as outras que integram o programa do Curso, pretendem proporcio-

nar aos alunos uma visão pluridisciplinar do que é o Turismo, possibilitando que os mesmos

ampliem as suas capacidades técnicas, fazendo com o que o seu “produto turístico apresente crité-

rios de qualidade adequados à sustentabilidade que os destinos exigem.” (Programa da disciplina de

Turismo – Informação e Animação Turística, 2006, p.2)

Como mencionado na Introdução deste trabalho, o problema da multiculturalidade no ensino

foi de imediato detectado em dois planos – ao nível da turma em que leccionava e, na turma em que

se desenvolveu o estágio. Dois planos distintos, mas próximos no que respeitava às diferenças cul-

turais existentes em cada turma.

Inquestionavelmente, nos dias de hoje, domina o Multiculturalismo, como o fenómeno que

se evidência ao nível local, regional, nacional e além país.

Existe a necessidade de dialogar a fim de se debater as diferenças integrando-as de uma

forma natural e sistemática.

Só desta forma, se pode atingir consensos e enriquecer como indivíduos conscientes do

exercício de uma cidadania activa (em que existem valores marcantes, como sendo: a paz, o respei-

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to pelo outro, a liberdade, a responsabilidade, a democracia, a ética).

Cada vez mais se depara, no dia-a-dia, com uma enorme diversidade cultural: seja através da

imprensa falada e escrita (existe um diversificado conjunto de revistas/jornais com informação bem

elaborada sobre viagens, alimentação característica de diferentes países, protocolo por país) ou na

escola/colégio/universidade (em que os alunos/professores/outros actores têm diferentes experiên-

cias de vida e linguagens, advindas de valores culturais diferentes dos nossos), ou no emprego (em

que amiúde se é confrontado com a necessidade de estabelecer contactos com outros paí-

ses/culturas/formas de estar).

No raciocínio que se está a desenvolver surgem palavras-chave, de que se destaca: multicul-

turalismo, dialogar, diferenças, consensos, cidadania, valores, diversidade cultural, imprensa, esco-

la, colégio, universidade, alunos, professores, outros actores, diferentes experiências de vida,

emprego, globalização.

Palavras-chave que permitem que se pare para reflectir.

Mais do que nunca, estas são as nossas referências e as da nossa Família. Reflectem o nosso

eu mais profundo.

Se se adicionar o acesso às novas tecnologias que permitem, muito rapidamente, adquirir

informação de grande riqueza cultural, via fontes altamente credíveis no nosso quotidiano, tem-se

acesso, a partir do nosso lar, a qualquer país/cultura.

Evidentemente que é conveniente deter-se competências, sobretudo ao nível da criatividade,

da comunicação e, linguísticas. Caso contrário, os interlocutores depressa perderão o interesse e,

logo, o espírito de cooperação.

Relativamente às estratégias de resolução do problema identificado, começou-se por fazer

um enquadramento da problemática. Seguidamente, foi feita uma apresentação e uma análise dos

questionários realizados aos alunos e aos professores. Elaborou-se uma síntese das aulas lecciona-

das, com destaque para as várias estratégias utilizadas nas mesmas.

No que respeita ao enquadramento da problemática, a questão do multiculturalismo no ensi-

no em Portugal, até à entrada do nosso país para a Comunidade Económica Europeia (C.E.E.), em

1986, era considerada um tabu, dado que a Escola portuguesa adoptava uma posição monocultural

e, por outro lado, registava um elevado nível de abandono escolar e de analfabetismo.

Neste sentido, o Governo criou em 1986 a Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei nº 46/86,

de 14 de Outubro), situação que veio obrigar a uma reforma profunda de todo o ensino português.

Também foram apresentadas as definições de vários autores, sobre o que entendem que é a

Educação Multicultural, tendo-se concluído que as tendências actuais do ensino concorrem para

uma “Escola Plural.” (Pereira, 2004, p.34)

Para se “compreender a importância do currículo Multicultural nas sociedades actuais” (Pe-

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reira, 2004, p.21), é necessário conceber algumas políticas multiculturais. Neste sentido, foram

abordados os “três principais modelos de política multicultural (assimilacionismo, integracionismo

e pluralismo multicultural).” (Pereira, 2004, p.21)

Quanto ao Assimilacionismo, este modelo embora defenda a integração das sociedades

minoritárias, fá-lo numa perspectiva monocultural. Por outro lado, o Integracionismo olha para as

culturas minoritárias, numa óptica mais multicultural, o que provocou alterações no discurso políti-

co. O último modelo abordado foi o Pluralismo Multicultural. Defende a presença cultural dos

vários grupos étnicos na sociedade, conservando a identidade cultural das pessoas.

Verifica-se desta forma que o contexto educativo em Portugal tem-se vindo a alterar, uma

vez que as escolas estão a abrir as suas portas aos vários grupos sociais, o que é muito positivo, pois

permite alargar os seus horizontes, aprofundar os conhecimentos culturais de cada indivíduo, trans-

formando-se desta forma, num benefício. Por outro lado, as Comunidades Educativas assumem uma

elevada importância no contexto escolar, porque se podem transformar num bom veículo cultural, a

partir do momento que se aproveitem “os seus pontos fortes” (Delgado-Gaitan, 1993), citado por

Souta (1998, p.85).

A análise dos questionários aplicados aos alunos e aos professores, foi executada em separa-

do. No entanto, foi efectuada uma análise global, onde se distinguiu os pontos comuns e os pontos

contraditórios.

Relativamente aos alunos, que foram o centro deste estudo, pode dizer-se que a maioria da

turma encara de forma muito positiva o Multiculturalismo. Os professores também defendem que o

Multiculturalismo pode constituir uma mais-valia para o processo de ensino-aprendizagem.

Neste sentido, do trabalho de campo efectuado na Escola Secundária de Carcavelos, há a

destacar que todos têm algo importante a considerar, quando se trata de tal problemática: alu-

nos/professores/pessoal não docente/colegas/amigos/família/entre outros actores.

Por último, foi elaborada uma síntese das aulas ministrada, com destaque para as estratégias

utilizadas durante as aulas, que o professor pode aplicar, na turma em questão e, noutras que apre-

sentem características multiculturais.

No que respeita às aulas ministradas, tudo o que foi definido no plano de cada aula, foi inte-

gralmente cumprido.

No que concerne às estratégias utilizadas, foi dado destaque às intervenções dos alunos no

decorrer das aulas, pois por vezes transformavam-se em mais-valias, uma vez que proporcionavam

a partilha de outros saberes e hábitos culturais. Por outro lado, foi estabelecido um conjunto de

estratégias a desenvolver fora do período das aulas, de que se destaca a organização de almoços

culturais.

A definição destas estratégias foi fundamental, porque permitiu a articulação da vida social

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do aluno com o seu dia-a-dia. Uma vez que, é na Escola que o papel do aluno exige um elevado

esforço de observação do outro, de interacção com todos os que o rodeiam, de comunicação sobre o

se aprendeu. É aqui que o seu eu é totalmente condicionado. Os jovens e os adultos que vão ser têm

as suas raízes na Família sim mas, sobretudo, na Escola.

Neste sentido, a grande questão reside em aprender a estudar, ainda antes de aprender a

aprender. Após o que tudo se simplificará e, a própria educação/formação ao longo da vida, surge

de forma natural. Até mesmo para os resistentes às mudanças, em que prevalece o espírito crítico e

a imaginação, a sua existência será muito mais feliz e, advirá a integração multicultural, representa-

tiva de toda a sociedade.

As sensibilidades partilhadas permitem ir mais além, avançar no conhecimento e, logo, no

desenvolvimento. Tal como Patrocínio (2002:p. 139) refere, “há que evoluir desejavelmente para

outras visões, sendo importante alargar o conhecimento crítico sobre diferentes possibilidades (…)

e sobre as oportunidades e adequação da sua integração educativa em articulação com a utilização

de outros meios”.

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Arrobaxyz

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Iniciação à Prática Profissional IV

N

Novas Tecnologias na Educação

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Política de Verdade

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Real Associação do Ribatejo

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T

Temps pour vivre

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Luís Serrão 60

Iniciação à Prática Profissional IV

8-ANEXOS

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Luís Serrão 61

Iniciação à Prática Profissional IV

8.1-QUESTIONÁRIOS

8.1.1-ALUNOS

QUESTIONÁRIO A APLICAR AOS ALUNOS

AGRUPAMENTO: Agrupamento de Escolas de Carcavelos

ESCOLA: Escola Secundária de Carcavelos

ANO: 10º

CURSO: Curso Profissional de Técnico de Turismo

TURMA: Técnico de Turismo

OBSERVAÇÕES ADICIONAIS:

Os dados do presente questionário são confidenciais e destinam-

se, única e exclusivamente, a serem analisados e tratados, a fim

de virem a ser incluídos no relatório de estágio (subordinado ao

tema: “MULTICULTURALISMO E ENSINO – Um estudo de

caso numa turma do Curso Profissional de Técnico de Turismo

do 10.º ano de escolaridade”), a efectuar pelo Professor entrevis-

tador, Luís António de Bragança Serrão.

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 62

Iniciação à Prática Profissional IV

1. Caracterização do Aluno

1.1 Nome (Facultativo)__________________________________________________________

1.2 Idade (Anos)_______________________________________________________________

1.3 Nacionalidade______________________________________________________________

1.4 Local de Nascimento (tendo sido fora de Portugal, indicar há quantos anos é que reside no

nosso país)_________________________________________________________________

1.5 Nacionalidade de origem dos pais_______________________________________________

1.6 Concelho de Residência______________________________________________________

2.1 Irmãos Sim Não

3.1 Se respondeu afirmativamente, indique:

4.1 Número_______________________________________________________________

5.1 Idades________________________________________________________________

6.1 Número de pessoas com quem habita____________________________________________

7.1 Transporte utilizado para a deslocação até à escola_________________________________

8.1 Tempo dispendido na viagem até à Escola________________________________________

2. Como avalia o seu relacionamento

2.1 Com os colegas

Muito fácil Fácil Razoável Mau

2.2 Com os Professores:

Muito fácil Fácil Razoável Mau

2.3 Com o restante Pessoal da Escola

Muito fácil Fácil Razoável Mau

3. Sentes dificuldades de compreensão nas matérias que são leccionadas nas aulas em geral?

Sim

Sim, em algumas disciplinas

Não

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 63

Iniciação à Prática Profissional IV

3.1 Quais são as disciplinas em que sentes mais dificuldades?____________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

3.2 Se respondeu afirmativamente na questão 3, indique algumas razões para que isso aconteça

(assinala apenas 3):

Porque não tenho conhecimentos suficientes da língua portuguesa

Porque não estou com atenção nas aulas

Porque não me sinto integrado na Escola

Porque tenho dificuldade em relacionar-me com os outros colegas

Porque não gosto de algumas disciplinas

Outras razões

3.3 Indica algumas formas de superar estas dificuldades (assinala apenas 3):

Ter acesso a mais apontamentos, por parte dos Professores

Ter mais aulas de apoio em Português, fora do horário normal das aulas

Realizar mais exercícios práticos

Participar mais oralmente, nas aulas

Efectuar mais trabalhos em grupo

Outras formas

4. Que conselhos darias a um(a) colega recém-chegdado(a) à Escola, proveniente de outro

país, de forma a que a sua integração na escola se processasse mais rapidamente?

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

5. Consideras positivo a junção na mesma turma de alunos provenientes de diferentes origens

culturais? Sim Não Justifica a tua resposta____________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 64

Iniciação à Prática Profissional IV

6. Que sugestões proporias aos professores (por exemplo, para aproveitar diferenças culturais

existentes)?

Aulas mais participativas

Visitas de Estudo

Mais participação dos alunos

Outras (indique quais)

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

Rúbrica do Professor Entrevistador___________________________________________________

Rúbrica do Aluno(a) Entrevistado(a) (Facultativo)________________________________________

Data_____ / _____ / ________

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 65

Iniciação à Prática Profissional IV

8.1.2-PROFESSORES

QUESTIONÁRIO A APLICAR AOS PROFESSORES DA TURMA

AGRUPAMENTO: Agrupamento de Escolas de Carcavelos

ESCOLA: Escola Secundária de Carcavelos

ANO: 10º

CURSO: Curso Profissional de Técnico de Turismo

TURMA: Técnico de Turismo

OBSERVAÇÕES ADICIONAIS:

Os dados do presente questionário são confidenciais e destinam-

se, única e exclusivamente, a serem analisados e tratados, a fim

de virem a ser incluídos no relatório de estágio (subordinado ao

tema: “MULTICULTURALISMO E ENSINO – Um estudo de

caso numa turma do Curso Profissional de Técnico de Turismo

do 10.º ano de escolaridade”), a efectuar pelo Professor entrevis-

tador, Luís António de Bragança Serrão.

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 66

Iniciação à Prática Profissional IV

1. Dados biográficos

1.1 Nome (Facultativo)__________________________________________________________

1.2 Idade (Anos)_______________________________________________________________

1.3 Estado Civil________________________________________________________________

1.4 Habilitações Literárias________________________________________________________

1.5 Tempo de Serviço (Anos ou Dias)_______________________________________________

1.6 Localidade em que habita_____________________________________________________

1.7 Situação perante a profissão:

1.7.1 Quadro de Escola

1.7.2 Quadro de Zona Pedagógica

1.7.3 Contratado

1.7.4 Técnico Especializado

2. Considera que os Alunos interagem entre si, de forma disciplinada nas aulas?

Sim Não Raramente

3. Detecta problemas na turma ao nível de relacionamento:

Aluno/Aluno

Professor/Aluno

Pessoal Auxiliar/Aluno

3.1 Se sim, indique as razões (escolha apenas 3):

a) Porque os alunos apresentam fraca resiliência

b) Porque os alunos não reconhecem hierarquias

c) Porque os alunos utilizam uma linguagem muito pouco apropriada

d) Porque os alunos utilizam os computadores de forma pouco adequada, perturbando as

aulas

e) Porque se verificou situações de racismo entre os alunos

f) Outras razões

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 67

Iniciação à Prática Profissional IV

4. Detecta problemas de aprendizagem na turma?

Sim Não

4.1 Se sim, indique as razões (escolha apenas 3):

a) Porque os alunos estão com pouca atenção nas aulas

b) Porque os alunos estudam muito pouco fora das aulas

c) Porque os alunos têm muito pouco hábitos de estudo

d) Porque os alunos apresentam muitas dificuldades ao nível do português

e) Porque a origem cultural de alguns alunos, faz com que apresentem dificuldades ao nível

da compreensão dos códigos utilizados pelos professores

f) Outras razões

5 Dada a multiculturalidade que a turma apresenta, considera que o trabalho desenvolvido

pelo professor com os alunos é:

Fácil Relativamente fácil Difícil Muito difícil

6. Como é que considera que a Escola em geral e, cada Professor em particular, deve agir no

sentido de tornar o Multiculturalismo uma mais-valia para o processo ensino-

aprendizagem?________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

7. Descreva as metodologias aplicadas que poderão ser consideradas boas práticas, no que

respeita à problemática do Multiculturalismo.

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

Rúbrica do Professor Entrevistador___________________________________________________

Rúbrica do Professor Entrevistado (Facultativo)_________________________________________

Data_____ / _____ / ________

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 68

Iniciação à Prática Profissional IV

8.2-AULAS ASSISTIDAS

8.2.1-QUADRO DA SEQUÊNCIA DAS AULAS ASSISTIDAS

As aulas ministradas durante o período em que decorreu o estágio, foram delineadas de

acordo com a disponibilidade da professora cooperante.

Neste sentido, a sequência estabelecida foi a seguinte:

Calendarização Tempo Lectivo Matéria Leccionada

17 de Novembro de 2010 90 minutos Evolução histórica do Turismo

15 de Dezembro de 2010 90 minutos O Turismo numa perspectiva sistémica

19 de Janeiro de 2011 90 minutos

11 de Maio de 2011 90 minutos Turismo Sustentável

26 de Maio de 2011 90 minutos Motivação turística

1 de Junho de 2011 90 minutos Apresentação dos trabalhos sobre a cultura dos

vários países representados na turma

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 69

Iniciação à Prática Profissional IV

8.2.2-AULA DE 17 DE NOVEMBRO DE 2010

Plano de Aula

DADOS

DISCIPLINA: INTERVENÇÃO E ANIMAÇÃO TURÍSTICA

Ano: 10º

UNIDADE DIDÁCTICA: Modulo 1 – Conceitos e fundamentos do Turismo

SUBUNIDADE: Evolução Histórica do Turismo

PLANIFICAÇÃO DA AULA 17 / 11 /2010

TEMPO LECTIVO: 90 minutos

SUMÁRIO

A Evolução Histórica do Turismo: Linhas de pensamento; Idade Antiga; Idade Média; Idade

Moderna; Idade Contemporânea.

Realização de uma ficha de trabalho.

CONTEÚDOS

Evolução Histórica do Turismo

Linhas de pensamento

Idade Antiga

Idade Média

Idade Moderna

Idade Contemporânea

OBJECTIVOS

OBJECTIVO GERAL

Compreender a evolução histórica do turismo

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Luís Serrão 70

Iniciação à Prática Profissional IV

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

Identificar a forma de pensamento grego e romano

Salientar a importância da Idade Média na evolução da Europa

Descrever o contributo da Idade Moderna para o desenvolvimento do turismo

Aclarar o interesse da Idade Contemporânea para o fomento do turismo

RECURSOS / MATERIAIS

Quadro de parede

Giz branco de várias cores (se necessário) e apagador

Computador

Data Show

Quadro branco

Marcadores para o quadro branco e apagador

ESTRATÉGIAS

Método Afirmativo:

Técnica Expositiva, com a utilização do Power Point e da projecção de um vídeo;

Técnica Demonstrativa, com a utilização do Power Point e da apresentação de exemplos

práticos, relacionados com a matéria;

Método Interrogativo:

Técnica das perguntas.

Método Activo:

Realização de uma ficha de trabalho sobre a matéria leccionada.

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Luís Serrão 71

Iniciação à Prática Profissional IV

DESENVOLVIMENTO DA AULA

CONTEÚDOS

Verificar a presença dos Alunos

Fazer o enquadramento do tema, utilizando o método expositivo

Apresentar aos alunos os objectivos e os conteúdos da aula

Descrever as duas linhas de pensamento

Explicitar a forma de pensamento grego e romano

Esclarecer a importância da Idade Média na Europa

Explanar o contributo da Idade Moderna

Elucidar o interesse da Idade Contemporânea no desenvolvimento do

turismo

Solicitar aos alunos a realização, em pequenos grupos, de alguns trabalhos

práticos sobre a matéria

Pedir aos alunos para apresentar os mesmos

Fazer a síntese final da aula

APOIO (Menção dos apoios efectuados aos Alunos referenciados/necessidades educativas

especiais ou outras)

No que respeita a esta Turma, não existe qualquer referência, relativamente aos Alunos. No

entanto, o Professor deve ter em atenção o perfil dos mesmos, com destaque para capacidades e

eventuais necessidades.

AVALIAÇÃO

Quanto à avaliação, o Professor deverá ter em conta alguns aspectos como a pontualidade, a

participação dos Alunos, o comportamento, atitude perante o trabalho, a capacidade de agir com

independência na execução das tarefas propostas, o domínio escrito e oral da língua portuguesa,

entre outros.

OBSERVAÇÕES

Para que os Alunos se possam enquadrar melhor com a matéria que vai ser abordada, o Pro-

fessor fará a projecção de um vídeo sobre a mesma, caso seja possível.

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Luís Serrão 72

Iniciação à Prática Profissional IV

Ficha de Trabalho

FICHA DE TRABALHO

Tema: “Evolução Histórica do Turismo”

Pressuposto: Organização da turma em grupos de 3 alunos

Objectivo Geral: Desenvolvimento de um pequeno trabalho (com a duração de 15 minutos de ela-

boração e de 3 minutos de exposição oral), por cada um dos grupos, sobre um dos seguintes temas:

Sub-Tema 1: Defensores das duas Linhas de Pensamento

Sub-Tema 2: A Grécia Antiga e o Tempo Livre

Sub-Tema 3: O Tempo Livre no Império Romano

Sub-Tema 4: As Peregrinações Religiosas na Idade Média

Sub-Tema 5: As Viagens Organizadas na Idade Moderna

Sub-Tema 6: Turismo Interno vs Turismo Internacional

Observação Adicional:

Os trabalhos serão apresentados em formato Power Point;

Sugere-se que os alunos para elaboraram o trabalho, poderão consultar o motor de busca

Google, a enciclopédia Wikipedia, entre outros.

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Luís Serrão 73

Iniciação à Prática Profissional IV

Power Point

Objectivos

Identificar a forma de pensamento grego e romano

Salientar a importância da Idade Média na evolução da Europa

Descrever o contributo da Idade Moderna para o desenvolvimento

do turismo

Aclarar o interesse da Idade Contemporânea para o fomento do

turismo

SEC. XIX Revolução

Industrial

2 LINHAS DE PENSAMENTO

Evolução Histórica do Turismo

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Luís Serrão 74

Iniciação à Prática Profissional IV

Pré-História

Viajantes dos povos nómadas

Idade Antiga

Heródoto

Ocupação dos tempos livres

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Luís Serrão 75

Iniciação à Prática Profissional IV

Idade Antiga

Grande acontecimento desportivo

Peregrinações

Religiosas

Oráculo de

Delfos

Oráculo de

Dódona

Idade Antiga

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 76

Iniciação à Prática Profissional IV

Idade Antiga

Banhos Termais

Teatro

Viagens para a costa

Idade Antiga

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Luís Serrão 77

Iniciação à Prática Profissional IV

Movimento

das Cruzadas

Recessão

Económica

Idade Média

Conflitos

Viagens de

Marco Polo

Cristianismo Islamismo

Idade Média

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Luís Serrão 78

Iniciação à Prática Profissional IV

Idade Moderna

Época do Renascimento

Época dos Descobrimentos

Surgimento dos Hotéis

Idade Contemporânea

Revolução Industrial

Revolução Francesa

Revolução Liberal

Americana/Independência dos USA

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Luís Serrão 79

Iniciação à Prática Profissional IV

Turismo de Montanha

ou de SaúdeTurismo das

praias frias

Idade Contemporânea

Idade Contemporânea

Thomas Cook

Agência de Viagens Abreu

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Luís Serrão 80

Iniciação à Prática Profissional IV

Idade Contemporânea

Desenvolvimento dos novos conceitos de turismo

Turismo de aventura

Turismo Religioso

Turismo Mice

Idade Contemporânea

Desenvolvimento dos novos conceitos de turismo

Turismo Cultural

Turismo de Saúde e Bem-Estar

Turismo Espacial

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Luís Serrão 81

Iniciação à Prática Profissional IV

8.2.3-AULA DE 15 DE DEZEMBRO DE 2010

Plano de Aulas

DADOS

DISCIPLINA: INTERVENÇÃO E ANIMAÇÃO TURÍSTICA

Ano: 10º

UNIDADE DIDÁCTICA: Modulo 1 – Conceitos e fundamentos do Turismo

SUBUNIDADE: O Turismo numa Perspectiva Sistémica

PLANIFICAÇÃO DA AULA 15 / 12 /2010

TEMPO LECTIVO: 90 minutos

SUMÁRIO

O Turismo numa Perspectiva Sistémica: Noção de Sistema Turístico, através da realização

de um jogo pedagógico; Factores Sócio-Culturais e Políticos; Componentes de um Sistema Turísti-

co.

CONTEÚDOS

O Turismo numa Perspectiva Sistémica:

Factores Sócio-Culturais e Políticos;

Componentes de um Sistema Turístico.

COMPETÊNCIAS / OBJECTIVOS

Apresentar a noção geral de Sistema;

Definir Sistema Turístico;

Descrever as características de um Sistema Turístico;

Indicar os Factores Sócio-Culturais e Políticos;

Anunciar os Componentes de um Sistema Turístico.

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Luís Serrão 82

Iniciação à Prática Profissional IV

RECURSOS / MATERIAIS

Jogo pedagógico;

Quadro branco (Caso a sala de aula possua);

Canetas para o quadro branco de várias cores (se necessário) e apagador;

Quadro de parede (se necessário);

Giz branco e de várias cores (se necessário) e apagador;

Data Show;

Computador;

Ecrã de parede (Se a sala de aula possuir. Caso não seja possível, solicitar uma tela para pro-

jectar ou então efectuar a projecção numa parede da sala);

Projecção de um vídeo sobre a matéria, caso seja possível;

ESTRATÉGIAS

Método Afirmativo:

Técnica Expositiva, com a utilização do Power Point e da projecção de um vídeo;

Técnica Demonstrativa, com a utilização do Power Point e da apresentação de exemplos

práticos, relacionados com a matéria;

Método Interrogativo:

Técnica das perguntas.

Método Activo:

Realização de um jogo pedagógico sobre a noção de Sistema Turístico.

DESENVOLVIMENTO DA AULA

CONTEÚDOS

Verificar a presença dos Alunos

Fazer o enquadramento do tema, utilizando o método expositivo

Apresentar aos alunos os objectivos e os conteúdos da aula

Definir a noção de Sistema

Realizar um jogo pedagógico para apresentar a noção de Sistema Turístico

Explicitar os Factores Sócio-Culturais e Políticos

Enunciar os Componentes de um Sistema Turístico

Fazer a síntese final da aula

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Luís Serrão 83

Iniciação à Prática Profissional IV

APOIO (Menção dos apoios efectuados aos Alunos referenciados/necessidades educativas

especiais ou outras)

No que respeita a esta Turma, não existe qualquer referência, relativamente aos Alunos. No

entanto, o Professor deve ter em atenção o perfil dos mesmos, com destaque para capacidades e

eventuais necessidades.

AVALIAÇÃO

Quanto à avaliação, o Professor deverá ter em conta alguns aspectos como a pontualidade, a

participação dos Alunos, o comportamento, atitude perante o trabalho, a capacidade de agir com

independência na execução das tarefas propostas, o domínio escrito e oral da língua portuguesa,

entre outros.

OBSERVAÇÕES

Para que os Alunos se possam enquadrar melhor com a matéria que vai ser abordada, o Pro-

fessor fará a projecção de um vídeo sobre a mesma, caso seja possível.

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Luís Serrão 84

Iniciação à Prática Profissional IV

Ficha de Trabalho

1. O que entende por Sistema Turístico?

2. Atendendo à classificação dos factores sócio-culturais e políticos do Sistema Turístico, identifi-

que os seguintes elementos:

a) Museu de Arte Antiga em Lisboa;

b) Legislação definida pelo Instituto de Turismo de Portugal;

c) ASAE;

d) Sistema de reservas Galileu;

e) Plano Estratégico Nacional para o Turismo (PENT);

f) Curso Profissional de Turismo de Escola Secundária de Carcavelos.

3. Indique os componentes de um Sistema Turístico e exemplifique.

4. Defina Recursos Turísticos.

5. Como se classificam os Recursos Turísticos?

6. Qual é a faixa do país que apresenta a maior concentração de Recursos Turísticos?

7. Na sequência da matéria leccionada, aplique agora alguns dos conceitos apreendidos, elaborando

as seguintes palavras cruzadas:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

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Luís Serrão 85

Iniciação à Prática Profissional IV

Horizontais Verticais

1. É todo o visitante temporário que permanece

no local mais de 24 horas; Não é agradável

viajar assim;

2. Tipo de estância turística;

3. Filha dos mesmos pais; conjunto de indiví-

duos com características comuns;

4. Acolá; partiu (ao contrário);

5. Data limite para marcar um voo;

6. Por favor (Inglês);

7. Registos; Os casais apaixonados gostam de

apreciar;

8. Recurso turístico importante (ao contrário);

expressa opinião (ao contrário);

9. Podem ser usados no banho; Um dos Museus

existentes em Lisboa;

10. Um tipo de vinho.

1. Viagem ( Inglês); Um dos atractivos turísti-

cos;

2. Escolher;

3. Capital europeia muito procurada pelos

turistas; podem ser utilizadas nos SPA`s;

4. Montanhas muito procuradas para turismo

de Inverno;

5. Senhor ( sigla); Agência de compra e venda

de propriedades; Associação de Estudantes

(iniciais);

6. Recurso importante para o turismo de saúde

e beleza;

7. Parte do avião; como deve ser qualquer

empregado de um Hotel;

8. Lazer; É com elas que se faz o vinho;

9. País do Médio Oriente que ainda não é mui-

to procurado pelos turistas; Isto é (iniciais);

10. Actividades importantes no turismo MICE.

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Luís Serrão 86

Iniciação à Prática Profissional IV

Power Point

O Turismo numa Perspectiva Sistémica

Apresentar a noção geral de Sistema

Definir Sistema Turístico

Descrever as características de um Sistema Turístico

Indicar os Factores Sócio-Culturais e Políticos

Anunciar os Componentes de um Sistema Turístico

Noção de Sistema

É o conjunto de elementos inter-relacionados, coordenados de

forma unificada e organizada, para alcançar determinados

objectivos.

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Luís Serrão 87

Iniciação à Prática Profissional IV

Sistema Turístico

É a actividade formada por um conjunto de elementos que

estabelecem conexões interdependentes entre si, de carácter

funcional e espacial.

Características do Sistema Turístico

Humano, espacial e temporal

Aberto, porque recebe influências de outros sistemas

Composto por vários subsistemas

Dificuldade de controlo e coordenação nos vários subsistemas

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Luís Serrão 88

Iniciação à Prática Profissional IV

Factores Sócio-Culturais e Políticos

Sistema

Turístico

Económico

Institucional / Jurídico

Político

Ambiental

Social

Científico / Educativo

Tecnológico

Sanitário

Cultural

Componentes do Sistema Turístico

Constitui o elemento fundamental de todo o sistema

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Luís Serrão 89

Iniciação à Prática Profissional IV

Componentes do Sistema Turístico

Constitui o objecto do qual

fazem parte os centros

receptores, os meios de

deslocações que ligam a

procura à oferta, as entidades

que produzem bens e serviços,

as entidades que garantem os

mecanismos de funcionamento

e administração e os meios que

orientam e influenciam a

procura.

Constituídos pelas

localidades turísticas que

dispõem de infra-estruturas

e atracções capazes de

ocasionarem a deslocações

das pessoas

Componentes do Sistema Turístico

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Luís Serrão 90

Iniciação à Prática Profissional IV

Componentes do Sistema Turístico

Garantem a ligação entre a

residência e o destino;

constituem um subsistema

complexo que integra as vias e

os meios de transporte,

instalações dos locais de partida

e de chegada e a organização dos

mesmos.

Componentes do Sistema Turístico

Conjunto de actividades, iniciativas e acções que influenciam

as pessoas a tomar decisões sobre as suas deslocações e lhes

transmitem conhecimentos sobre as mesmas.

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Luís Serrão 91

Iniciação à Prática Profissional IV

Componentes do Sistema Turístico

Correspondem à prestação de

alojamento, de alimentação, de

distribuição, de diversões, de

animação e de outros serviços

usufruídos pelos turistas.

Componentes do Sistema Turístico

Têm a responsabilidade de garantir o funcionamento do sistema;

são formadas pelos serviços do Estado, das Autarquias, dos

Organismos Públicos Locais, das Associações Empresariais e

Profissionais.

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Luís Serrão 92

Iniciação à Prática Profissional IV

8.2.4-AULA DE 19 DE JANEIRO DE 2011

Plano de Aula

DADOS

DISCIPLINA: INTERVENÇÃO E ANIMAÇÃO TURÍSTICA

Ano: 10º

UNIDADE DIDÁCTICA: Modulo 1 – Conceitos e fundamentos do Turismo

SUBUNIDADE: O Turismo numa Perspectiva Sistémica

PLANIFICAÇÃO DA AULA 19 / 01 /2011

TEMPO LECTIVO: 90 minutos

SUMÁRIO

O Turismo numa Perspectiva Sistémica: Os Recursos Turísticos.

CONTEÚDOS

O Turismo numa Perspectiva Sistémica:

Os Recursos Turístico.

COMPETÊNCIAS / OBJECTIVOS

Definir Recursos Turísticos;

Classificar os Recursos Turísticos;

Identificar os Recursos Turísticos do País e de Região.

RECURSOS / MATERIAIS

Jogo pedagógico;

Quadro branco (Caso a sala de aula possua);

Canetas para o quadro branco de várias cores (se necessário) e apagador;

Quadro de parede (se necessário);

Giz branco e de várias cores (se necessário) e apagador;

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Luís Serrão 93

Iniciação à Prática Profissional IV

Data Show;

Computador;

Ecrã de parede (Se a sala de aula possuir. Caso não seja possível, solicitar uma tela para pro-

jectar ou então efectuar a projecção numa parede da sala);

Projecção de um vídeo sobre a matéria, caso seja possível;

ESTRATÉGIAS

Método Afirmativo:

Técnica Expositiva, com a utilização do Power Point e da projecção de um vídeo;

Técnica Demonstrativa, com a utilização do Power Point e da apresentação de exemplos

práticos, relacionados com a matéria;

Método Interrogativo:

Técnica das perguntas.

Método Activo:

Realização de uma ficha de trabalho.

DESENVOLVIMENTO DA AULA

CONTEÚDOS

Verificar a presença dos Alunos

Fazer o enquadramento do tema, utilizando o método expositivo

Apresentar aos alunos os objectivos e os conteúdos da aula

Definir a noção de Recursos Turísticos

Classificar os Recursos Turísticos

Mostrar a distribuição dos recursos, ao nível do país

Realizar e corrigir a ficha de trabalho

Fazer a síntese final da aula

APOIO (Menção dos apoios efectuados aos Alunos referenciados/necessidades educativas

especiais ou outras)

No que respeita a esta Turma, não existe qualquer referência, relativamente aos Alunos. No

entanto, o Professor deve ter em atenção o perfil dos mesmos, com destaque para capacidades e

eventuais necessidades.

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Luís Serrão 94

Iniciação à Prática Profissional IV

AVALIAÇÃO

Quanto à avaliação, o Professor deverá ter em conta alguns aspectos como a pontualidade, a

participação dos Alunos, o comportamento, atitude perante o trabalho, a capacidade de agir com

independência na execução das tarefas propostas, o domínio escrito e oral da língua portuguesa,

entre outros.

OBSERVAÇÕES

Para que os Alunos se possam enquadrar melhor com a matéria que vai ser abordada, o Pro-

fessor fará a projecção de um vídeo sobre a mesma, caso seja possível.

Ficha de Trabalho

A ficha de trabalho desta aula foi iniciada na aula do 15 de Dezembro de 2010.

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Luís Serrão 95

Iniciação à Prática Profissional IV

Power Point

O Turismo numa Perspectiva Sistémica

Apresentar a noção de Recursos Turísticos

Classificar os Recursos Turísticos

Identificar os Recursos Turísticos do País e da Região

Noção de Recursos Turísticos

É todo o elemento natural, actividade humana ou seu produto

capaz de motivar a deslocação de pessoas ou de ocupar os seus

tempos livres

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Luís Serrão 96

Iniciação à Prática Profissional IV

Primários Secundários

RECURSOS TURÍSTICOS

Classificação dos Recursos Turísticos

Classificação dos Recursos Turísticos

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Luís Serrão 97

Iniciação à Prática Profissional IV

Classificação dos Recursos Turísticos

Distribuição dos Recursos Turísticos

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Luís Serrão 98

Iniciação à Prática Profissional IV

8.2.5-AULA DE 11 DE MAIO DE 2011

Plano de Aula

DADOS

DISCIPLINA: INFORMAÇÃO E ANIMAÇÃO TURÍSTICA

Ano: 10º

UNIDADE DIDÁCTICA: Módulo 1 – Conceitos e fundamentos do Turismo

SUBUNIDADE: Turismo e Desenvolvimento (Desenvolvimento e Sustentabilidade)

PLANIFICAÇÃO DA AULA 11/05/2011

TEMPO LECTIVO: 90 minutos

SUMÁRIO

O Turismo e Desenvolvimento (Desenvolvimento e Sustentabilidade). Noção de Turismo de

Sustentável. Princípios da Sustentabilidade. Objectivos do Turismo Sustentável. Impacto do Turis-

mo Sustentável nos nossos dias.

Realização de uma ficha de trabalho.

CONTEÚDOS

O Turismo e Desenvolvimento (Desenvolvimento e Sustentabilidade):

Noção de Turismo de Sustentável;

Princípios da Sustentabilidade;

Objectivos do Turismo Sustentável;

Impacto do Turismo Sustentável nos nossos dias.

COMPETÊNCIAS / OBJECTIVOS

Definir Turismo de Sustentável;

Indicar os Princípios da Sustentabilidade;

Enunciar os objectivos do Turismo Sustentável;

Mencionar a impacto do Turismo Sustentável nos nossos dias.

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Luís Serrão 99

Iniciação à Prática Profissional IV

RECURSOS / MATERIAIS

Jogo pedagógico;

Quadro branco (Caso a sala de aula possua);

Canetas para o quadro branco de várias cores (se necessário) e apagador;

Data-Show;

Computador;

Ecrã de parede (Se a sala de aula possuir. Caso não seja possível, solicitar uma tela para pro-

jectar ou então efectuar a projecção numa parede da sala).

ESTRATÉGIAS

Método Afirmativo:

Técnica Expositiva, com a utilização do Power Point;

Técnica Demonstrativa, com a utilização do Power Point e da apresentação de exemplos

práticos, relacionados com a matéria;

Método Interrogativo:

Técnica das perguntas.

Método Activo:

Realização de um jogo pedagógico sobre a matéria.

DESENVOLVIMENTO DA AULA

CONTEÚDOS

Verificar a presença dos Alunos

Fazer o enquadramento do tema, utilizando o método expositivo

Apresentar aos alunos os objectivos e os conteúdos da aula

Definir Turismo de Sustentável

Indicar os Princípios da Sustentabilidade

Enunciar os objectivos do Turismo Sustentável

Mencionar o impacto do Turismo Sustentável nos nossos dias

Realizar a ficha de trabalho, caso seja possível

Fazer a síntese final da aula

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Luís Serrão 100

Iniciação à Prática Profissional IV

APOIO (Menção dos apoios efectuados aos Alunos referenciados/necessidades educativas

especiais ou outras)

No que respeita a esta Turma, não existe qualquer referência, relativamente aos Alunos. No

entanto, o Professor deve ter em atenção o perfil dos mesmos, com destaque para capacidades e

eventuais necessidades.

AVALIAÇÃO

Quanto à avaliação, o Professor deverá ter em conta alguns aspectos como a pontualidade, a

participação dos Alunos, o comportamento, a atitude perante o trabalho, a capacidade de agir com

independência na execução das tarefas propostas, o domínio escrito e oral da língua portuguesa,

entre outros.

OBSERVAÇÕES

Para que os alunos se possam enquadrar melhor com a matéria que vai ser abordada, o pro-

fessor realizará uma ficha de trabalho, caso seja possível.

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Luís Serrão 101

Iniciação à Prática Profissional IV

Ficha de Trabalho

Pretende-se que os alunos, divididos em grupos de três:

1. Definam Turismo Sustentável.

2. Indiquem os princípios da Sustentabilidade.

3. Mencionem, justificando, os objectivos do Turismo Sustentável.

4. Com base nas imagens que visualizaram, emitam uma opinião sobre a importância que atri-

buem ao Turismo Sustentável, no seu quotidiano.

5. Comentem a seguinte notícia:

Turismo sustentável dá primeiros passos em Portugal

Chegou o Verão e com ele a vontade de fazer férias. O turismo é um fenómeno de alcance

mundial e ganha cada vez mais relevo em termos económicos, sociais e ambientais. Em 2005, 810

milhões de pessoas visitaram países estrangeiros, um número que deverá duplicar antes de 2020,

estima a Organização Mundial de Turismo.

No entanto, esta actividade pode acarretar um vasto conjunto de problemas que urge mini-

mizar: impactes ambientais negativos, perda da identidade local e outras ameaças ao meio envol-

vente. O próprio Plano de Acção para um Turismo Europeu Mais Sustentável, publicado em 2007 e

elaborado pelo Grupo para a Sustentabilidade do Turismo, constituído pela União Europeia (UE)

em 2004, sublinha que, se for deficientemente planeado ou desenvolvido em excesso, «o turismo

pode ser um agente de destruição das suas qualidades especiais que são tão importantes para o

desenvolvimento sustentável».

Actualmente, as actividades ligadas ao turismo são já responsáveis por 5 por cento das emis-

sões globais de dióxido de carbono (CO2), das quais cerca de 75 por cento dizem respeito às deslo-

cações, principalmente por via aérea.

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Luís Serrão 102

Iniciação à Prática Profissional IV

Sustentabilidade depende do consumidor

Terá Portugal já começado a trilhar o seu caminho rumo a um turismo mais sustentável?

Para Maria do Rosário Partidário, professora do Instituto Superior Técnico, os desafios lançados à

Europa «já deveriam ser uma prática corrente em Portugal há muito tempo».

A especialista acrescenta que no País há «muito pouca preocupação e sensibilidade» para as

questões do turismo sustentável, mas também é dos turistas que deve partir essa preocupação, já que

são eles que, através da procura, vão estimular a oferta. «O consumidor tem que consumir de

maneira diferente. Um turista que queira comer o que come em casa não é sustentável. Mas enquan-

to houver oferta isso vai acontecer», alerta.

Também para Apolónia Rodrigues, membro do grupo de trabalho do Plano de Acção para

um Turismo Europeu Mais Sustentável, existe potencial para criar oportunidades de negócio em

turismo sustentável, pois as estatísticas e os estudos sobre a procura apontam para o crescimento

dos mercados com interesse em destinos sustentáveis. «O desafio seria tornar Portugal um país de

destinos sustentáveis», defende.

De acordo com Fernando Perna, professor da Universidade do Algarve e coordenador do

Centro Internacional de Investigação em Território e Turismo, o turismo sustentável deve ser objec-

to de identificação própria, afastando-se da proliferação de produtos «eco» sem controlo e avançan-

do progressivamente para certificados reconhecidos internacionalmente, domínio onde a União

Europeia tem um papel decisivo.

«Se adoptarmos a visão alargada e de longo prazo, com horizonte em 2015, refere o docente,

«o mercado do turismo sustentável crescerá tanto quanto o turismo crescer em Portugal, porque só o

turismo sustentável sobreviverá»», acrescenta.

Principais destinos em Portugal

Os destinos preferenciais nacionais são o Algarve, Lisboa e a Madeira. Mas em Portugal há

um outro destino que se destaca pelas suas características de sustentabilidade. De entre as 111 ilhas

e arquipélagos analisados por um ranking da National Geographic Traveler, que distingue as melho-

res ilhas e arquipélagos do ponto de vista do turismo sustentável, os Açores obtiveram uma honrosa

posição, o segundo lugar com 84 pontos, numa pontuação de 0 a 100. Foram por isso classificados

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Luís Serrão 103

Iniciação à Prática Profissional IV

como «um sítio maravilhoso, ambientalmente em boa forma», ficando apenas atrás das Ilhas Faroe,

na Dinamarca, que obtiveram 87 pontos.

Turismo corresponde a 11 por cento do PIB nacional

Portugal é um dos 20 principais destinos mundiais, mas tem vindo a perder quota de merca-

do no turismo mundial, tendo sido ultrapassado por destinos como a Turquia, a Hungria, a Tailândia

e a Malásia. As receitas de turismo representam 6,3 mil milhões de euros, correspondendo a 11 por

cento do PIB, e apresentam uma tendência crescente. Este é um dos principais sectores geradores de

emprego, representando 10,2 por cento da população activa.

A qualidade urbana, ambiental e paisagística deverá tornar-se numa componente fundamen-

tal do produto turístico para qualificar e valorizar o destino Portugal. Esta é uma das orientações do

Plano Estratégico Nacional do Turismo, que visa responder à sofisticação da procura e a um número

crescente de ofertas concorrenciais. O objectivo é atrair entre 20 a 21 milhões de turistas estrangei-

ros em 2015, quase o dobro dos 12,8 milhões alcançados em 2006, e atingir um nível de receitas de

14,5 a 15,5 mil milhões de euros naquele ano.

«Portugal tem uma oferta cultural, natural e paisagística riquíssima, com uma série de nichos

de mercado que explorados adequadamente são oportunidades de negócio imperdíveis», ressalta

Filipa Gouveia, directora da Ambiodiv.

Autor / Fonte: Sofia Vasconcelos

2009-06-22

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Luís Serrão 104

Iniciação à Prática Profissional IV

Power Point

Turismo e Desenvolvimento (Desenvolvimento e

Sustentabilidade)

Definir Turismo Sustentável

Indicar os Princípios da Sustentabilidade

Enunciar os objectivos do Turismo Sustentável

Mencionar o impacto do Turismo Sustentável nos nossos dias

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Luís Serrão 105

Iniciação à Prática Profissional IV

“Loving Them to Death”

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Luís Serrão 106

Iniciação à Prática Profissional IV

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______________________________________________________________RELATÓRIO FINAL

Luís Serrão 107

Iniciação à Prática Profissional IV

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Luís Serrão 108

Iniciação à Prática Profissional IV

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Luís Serrão 109

Iniciação à Prática Profissional IV

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Luís Serrão 110

Iniciação à Prática Profissional IV

.CARTA EUROPEIA DO TURISMO SUSTENTÁVEL

•Conservação e valorização do património;

•Desenvolvimento social e económico;

•Preservação e melhoramento da qualidade de vida dos

habitantes locais;

•Gestão dos fluxos de visitantes e aumento da qualidade da

oferta turística.

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Luís Serrão 111

Iniciação à Prática Profissional IV

Açores

• Ficaram em 2º lugar de entre 111 ilhas earquipélagos analisados por um ranking daNational Geographic Traveler, que distingue asmelhores ilhas e arquipélagos do ponto devista do turismo sustentável;

• Foram classificados como «um sítiomaravilhoso, ambientalmente em boaforma», ficando apenas atrás das Ilhas Faroe,na Dinamarca

Aldeias do Xisto - projecto de desenvolvimento sustentável, de âmbito

regional

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Luís Serrão 112

Iniciação à Prática Profissional IV

ECOPOUSADA TEJU AÇU – FERNANDO DE NORONHA / BRASIL

Rodeada de vegetação nativa;

Construída com madeira de reflorestamento;

Sistema de recolhimento de água da chuva - reaproveitada

na descarga dos autoclismos e na irrigação das plantas;

Energia renovável;

Limite diário de desembarques na ilha .

Turismo na Cova da Moura

Sabores da cozinha africana nos restaurantes do bairro: cachupa; moamba; caldo de peixe com mandioca; calulu de peixe, doce de coco, milho, farinha de milho, feijão pedra, feijão congo, sêmola de milho, grogue, ponche;

Lojas de CD’s com música africana;

Cabeleireiros - tranças africanas;

artesanato africano;

Literatura Africana na biblioteca do Moinho;

Batucadeiras do Finka Pé;

Acordos da gaita e ritmo do ferrinho no Funaná tradicional;

Danças com "Ta kai ta Rabida";

Cursos de Danças Africanas

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Luís Serrão 113

Iniciação à Prática Profissional IV

TURISMO DE FAVELA – RIO DE JANEIRO

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Luís Serrão 114

Iniciação à Prática Profissional IV

Noção de Turismo Sustentável

Turismo sustentável é aquele que considera, em simultâneo, as

necessidades dos turistas e as das regiões receptoras,

incrementado as oportunidades. Permite gerir recursos, de forma a

satisfazer as necessidades económicas, sociais e ambientais,

respeitando a integridade cultural, a diversidade biológica e os

sistemas essenciais à vida.

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Luís Serrão 115

Iniciação à Prática Profissional IV

Princípios da Sustentabilidade

Princípios

Dar um uso óptimo aos

recursos ambientais

Respeitar a autenticidade sociocultural das

comunidades anfitriães

Assegurar uma

actividade viável a

longo prazo,

oferecendo

benefícios

socioeconómicos a

todos os agentes

Objectivos do Turismo Sustentável

Prosperidade

Económica

Protecção

Ambiental e

Cultural

Igualdade e coesão social

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Luís Serrão 116

Iniciação à Prática Profissional IV

8.2.6-AULA DE 26 DE MAIO DE 2011

Plano de Aula

DADOS

DISCIPLINA: INFORMAÇÃO E ANIMAÇÃO TURÍSTICA

Ano: 10º

UNIDADE DIDÁCTICA: Módulo 2 – Procura e motivações turística

SUBUNIDADE: As Motivações e a sua influência no desenvolvimento da procura turísti-

ca

PLANIFICAÇÃO DA AULA 26/05/2011

TEMPO LECTIVO: 90 minutos

SUMÁRIO

As Motivações e a sua influência no desenvolvimento da procura turística: Motivações para

o turismo e comportamento do turista; Critérios para a definição de perfis sócio-económicos dos

turistas; Impactos das motivações na organização da oferta turística; Tipologia dos turistas.

Realização de uma ficha de trabalho.

CONTEÚDOS

As motivações e a sua influência no desenvolvimento da procura turística:

Motivações para o turismo e comportamento do turista;

Critérios para a definição de perfis sócio-económicos dos turistas;

Impactos das motivações na organização da oferta turística.

COMPETÊNCIAS / OBJECTIVOS

Definir Motivações;

Identificar as categorias de Motivações;

Apresentar a classificação da OMT em relações às Motivações;

Enunciar os motivos que levam as pessoas a viajar;

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Luís Serrão 117

Iniciação à Prática Profissional IV

Descrever as características que possibilitam a definição do perfil sócio-económico do Turis-

ta;

Mencionar o impacto das motivações na organização da oferta turística.

RECURSOS / MATERIAIS

Jogo pedagógico;

Quadro branco (Caso a sala de aula possua);

Canetas para o quadro branco de várias cores (se necessário) e apagador;

Data-Show;

Computador;

Ecrã de parede (Se a sala de aula possuir. Caso não seja possível, solicitar uma tela para pro-

jectar ou então efectuar a projecção numa parede da sala).

ESTRATÉGIAS

Método Afirmativo:

Técnica Expositiva, com a utilização do Power Point;

Técnica Demonstrativa, com a utilização do Power Point e da apresentação de exemplos

práticos, relacionados com a matéria;

Método Interrogativo:

Técnica das perguntas.

Método Activo:

Realização de um jogo pedagógico sobre a matéria.

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Luís Serrão 118

Iniciação à Prática Profissional IV

DESENVOLVIMENTO DA AULA

CONTEÚDOS

Verificar a presença dos Alunos

Fazer o enquadramento do tema, utilizando o método expositivo

Apresentar aos alunos os objectivos e os conteúdos da aula

Definir a noção de Motivações

Apresentar a classificação da OMT em relações às Motivações

Enunciar os motivos que levam as pessoas a viajar

Descrever as características que possibilitam a definição do perfil sócio-

económico do Turista

Mencionar o impacto das motivações na organização da oferta turística

Realizar a ficha de trabalho, caso seja possível

Fazer a síntese final da aula

APOIO (Menção dos apoios efectuados aos Alunos referenciados/necessidades educativas

especiais ou outras)

No que respeita a esta Turma, não existe qualquer referência, relativamente aos Alunos. No

entanto, o Professor deve ter em atenção o perfil dos mesmos, com destaque para capacidades e

eventuais necessidades.

AVALIAÇÃO

Quanto à avaliação, o Professor deverá ter em conta alguns aspectos como a pontualidade, a

participação dos Alunos, o comportamento, a atitude perante o trabalho, a capacidade de agir com

independência na execução das tarefas propostas, o domínio escrito e oral da língua portuguesa,

entre outros.

OBSERVAÇÕES

Para que os alunos se possam enquadrar melhor com a matéria que vai ser abordada, o pro-

fessor realizará uma ficha de trabalho, caso seja possível.

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Luís Serrão 119

Iniciação à Prática Profissional IV

Ficha de Trabalho

Pretende-se que os alunos, divididos em grupos de três:

1. Indiquem, três razões para:

a) Gostarem de ir de férias;

b) Escolherem um determinado destino, em detrimento de outros.

2. Comentem a seguinte notícia:

“MÉLIA APOSTA NUM HOTEL COM SAL”

“O primeiro de três hotéis Mélia na Ilha do Sal acaba de inaugurar, num investimento de 45

milhões de euros. A cadeia espanhola começa agora a olhar para a Ilha da Boa Vista.

Com um crescimento em 2010 no número de turistas na ordem dos 15%, Cabo-Verde tem

vindo a tornar-se, cada vez mais, apetecível para as grandes cadeias hoteleiras internacionais. Che-

gou a agora a vez da conhecida marca espanhola Mélia entrar em força neste destino, com a inaugu-

ração, no passado fim-de-semana (7/8 de Maio de 2011), do Mélia Tortuga Beach. Situado em cima

da praia, apenas a cinco minutos de carro da cidade de Santa Maria, este novo cinco estrelas vem

preencher uma importante lacuna na oferta hoteleira da Ilha do Sal: o turismo de negócios. De facto,

até agora, ilha era deficitária em salas de reuniões e conferências. O Mélia Tortuga passa a disponi-

bilizar duas salas de reuniões com capacidade para cerca de trezentas pessoas e equipadas com a

mais recente tecnologia audiovisual (…).”

Ruben Obadia

In Revista Publituris, de 13 Maio de 2011

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Luís Serrão 120

Iniciação à Prática Profissional IV

Power Point

As Motivações e sua influência no desenvolvimento

da procura turística

Definir Motivações

Identificar as categorias de Motivações

Apresentar a classificação da OMT em relações às Motivações

Enunciar os motivos que levam as pessoas a viajar

Descrever as características que possibilitam a definição do perfil

sócio-económico do Turista

Mencionar o impacto das motivações na organização da oferta

turística

MOTIVAÇÃO

MOTIVO

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Luís Serrão 121

Iniciação à Prática Profissional IV

Motivos que levam as pessoas a viajar

Motivos

Culturais e Educativos

Divertimento e Descanso

Saúde

Razões Étnicas

Sociológicos e

psicológicos

Climáticos

Profissionais e

Económicos

Diversos/Outros

Noção de Motivação Turística

É a vontade que a pessoa tem de ir conhecer um determinado

lugar, quer no seu país, quer fora dele.

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Luís Serrão 122

Iniciação à Prática Profissional IV

Classificação das Motivações

Constrangedoras Libertadoras

Mistas

Classificação das Motivações (OMT)

Tipo Racional Tipo Afectivo

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Luís Serrão 123

Iniciação à Prática Profissional IV

Género

Idade

Nível de Escolaridade

Estado Civil

Agregado Familiar

Ocupação /

Profissão

Rendimentos

Religião

Perfil Socioeconómico do Turista

Ciclo de vida familiar

Raça

Nacionalidade

Impacto na organização da oferta

turística

Crescente preferência por férias activas e personalizadas

Países adaptarem as suas condições de recepção aos turistas

Melhor combinação dos recursos disponíveis

Condições / Recursos de Portugal

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Luís Serrão 124

Iniciação à Prática Profissional IV

8.2.7-AULA DE 1 DE JUNHO DE 2011

Plano de Aula

DADOS

DISCIPLINA: INFORMAÇÃO E ANIMAÇÃO TURÍSTICA

Ano: 10º

UNIDADE DIDÁCTICA: Módulo 2 – Procura e motivações turística

SUBUNIDADE: As Motivações e a sua influência no desenvolvimento da procura turísti-

ca

PLANIFICAÇÃO DA AULA 26/05/2011

TEMPO LECTIVO: 90 minutos

SUMÁRIO

Apresentação dos trabalhos de grupos sobre as várias culturas dos diversos países represen-

tados na turma (Angola; Brasil; Gâmbia; Guiné-Bissau; Moldávia).

CONTEÚDOS

Trabalhos de grupos sobre as várias culturas dos diversos países representados na turma

(Angola; Brasil; Gâmbia; Guiné-Bissau; Moldávia).

COMPETÊNCIAS / OBJECTIVOS

Apresentar os trabalhos de grupos sobre as várias culturas dos diversos países representados

na turma (Angola; Brasil; Gâmbia; Guiné-Bissau; Moldávia).

RECURSOS / MATERIAIS

Quadro branco;

Data-Show;

Computador;

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Luís Serrão 125

Iniciação à Prática Profissional IV

ESTRATÉGIAS

Método Afirmativo:

Técnica Expositiva;

Método Activo:

Apresentação dos trabalhos de grupos por parte dos alunos.

DESENVOLVIMENTO DA AULA

CONTEÚDOS

Verificar a presença dos Alunos

Fazer o enquadramento do tema, utilizando o método expositivo

Mencionar aos alunos os objectivos e os conteúdos da aula

Apresentar os trabalhos de grupos sobre as várias culturas dos diversos

países representados na turma (Angola; Brasil; Gâmbia; Guiné-Bissau;

Moldávia).

Fazer a síntese final da aula

APOIO (Menção dos apoios efectuados aos Alunos referenciados/necessidades educativas

especiais ou outras)

No que respeita a esta Turma, não existe qualquer referência, relativamente aos Alunos. No

entanto, o Professor deve ter em atenção o perfil dos mesmos, com destaque para capacidades e

eventuais necessidades.

AVALIAÇÃO

Quanto à avaliação, o Professor deverá ter em conta alguns aspectos como a pontualidade, a

participação dos Alunos, o comportamento, a atitude perante o trabalho, a capacidade de agir com

independência na execução das tarefas propostas, o domínio escrito e oral da língua portuguesa,

entre outros.

OBSERVAÇÕES

Para que os alunos se possam enquadrar melhor com a matéria que vai ser abordada, o pro-

fessor realizará uma ficha de trabalho, caso seja possível.