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Universidade de Lisboa Relatório da Prática de Ensino Supervisionada O IMPACTO DA MOTIVAÇÃO NA APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESTRANGEIRA José António Monteiro Teixeira Mestrado em Ensino de Inglês e Língua Estrangeira Francês 2017

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Relatório da Prática de Ensino Supervisionada

O IMPACTO DA MOTIVAÇÃO NA APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESTRANGEIRA

José António Monteiro Teixeira

Mestrado em Ensino de Inglês e Língua Estrangeira – Francês

2017

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Universidade de Lisboa

Relatório da Prática de Ensino Supervisionada

O IMPACTO DA MOTIVAÇÃO NA APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESTRANGEIRA

José António Monteiro Teixeira

Mestrado em Ensino de Inglês e Língua Estrangeira – Francês

Orientado pelo Professor Doutor Carlos A. M. Gouveia

2017

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Agradecimentos

Ao Professor Doutor Carlos A.M. Gouveia, pela orientação, pelo saber transmitido, pelas

sugestões feitas e pelos comentários tecidos ao longo da redação deste relatório.

À professora cooperante Rosário Máximo, pela colaboração, pela disponibilidade e pela

atenção dispensadas.

Aos alunos da turma 9º3ª, pelo comportamento exemplar, pelo interesse, empenho,

dedicação e motivação.

A todos os docentes que me acompanharam ao longo deste percurso, em especial ao

Professor Thomas Grigg, ao Professor Doutor Hurrydeo Beefun, à Professora Doutora Lili

Cavalheiro e à Professora Doutora Cristina Avelino.

Às professores cooperantes Fernanda Cecílio e Alzira Sá, pela colaboração e pelas

experiências partilhadas no ano letivo transato.

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Resumo

Sendo a falta de motivação dos alunos considerada um dos maiores obstáculos com os

quais se deparam os professores, procurou-se evidenciar, nas atividades desenvolvidas

durante a prática de ensino supervisionada, realizada no âmbito do Mestrado em Ensino de

Inglês e Francês, alguns procedimentos a ter no sentido de contrariar esse problema e

potenciar a motivação. Entre os vários instrumentos que podem ser utilizados para mitigar

ou combater a falta de motivação dos aprendentes figura a música, embora o seu uso seja

muito reduzido nas aulas frequentadas pelos alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico e do

Ensino Secundário. Contrariando esta tendência, durante todo o período da prática de

ensino supervisionada usou-se a música não só como uma ferramenta motivacional, mas

também como uma ferramenta que contribuiu para a aprendizagem de língua estrangeira.

Através da realização de uma tarefa final que implicava uma participação ativa de todos os

alunos e através da qual os alunos integrantes da orquestra da escola tiveram a oportunidade

de demonstrar os seus conhecimentos musicais, tornou-se evidente que a música leva os

alunos a envolverem-se mais nas atividades realizadas e a serem mais participativos. Da

utilização da música na sala de aula, concluiu-se que ela impulsiona a motivação e permite

trabalhar o Ouvir, o Falar, o Ler e o Escrever, contribuindo para o desenvolvimento destas

quatro competências.

Palavras-chave: motivação, música, língua inglesa, prática de ensino

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Abstract

Lack of motivation among students is considered to be one of the biggest hurdles facing

teachers. This teaching practice report on the activities done in the final year of the

Master’s Degree in English and French Teaching was an attempt to show some of the

procedures that can be followed in order to overcome this issue and boost students’

motivation. Although music is one of the many tools that can be used to minimize or fight

against students’ lack of motivation, it was found that it is seldom used by language

teachers in the secondary schools. To counteract this tendency, music was used not only as

a motivational tool but also as a tool that can foster foreign language learning. As it became

evident in the final task presented by all students, which required a musical performance by

those who play in the school orchestra, they are more interested and more participant when

the activities done are music-related. The report concluded that the use of music in the

classroom can actually increase students’ motivation and that it can help to develop the four

basic language skills, that is to say, listening, speaking, reading and writing.

Keywords: motivation, music, English language, teaching practice

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Índice

Introdução ............................................................................................................................ 1

Capítulo 1 – Enquadramento curricular e didático ......................................................... 3

1.1. Breve descrição do Programa de Inglês: 3º Ciclo LE I ............................................... 3

1.2. Enquadramento da unidade lecionada ......................................................................... 5

1.3. Justificação do tema da PES ....................................................................................... 6

1.3.1. A motivação e o uso da música no ensino da língua estrangeira ............................. 6

1.3.2. O impacto da motivação na aprendizagem da língua estrangeira ............................. 8

1.3.3. A música como impulsionadora ................................................................................ 9

Capítulo 2 – Contexto escolar ........................................................................................... 13

2.1. Caracterização da escola ........................................................................................... 13

2.2. Caracterização da turma ............................................................................................ 19

Capítulo 3 – Unidade didática: Estratégias, materiais, metodologias e avaliação ...... 23

3.1. Estratégias concebidas .............................................................................................. 24

3.2. Materiais utilizados .................................................................................................... 26

3.3. Metodologias adotadas .............................................................................................. 28

3.4. Avaliação .................................................................................................................. 30

Capítulo 4 – Unidade didática: Descrição e apreciação ................................................. 33

4.1. Descrição das aulas lecionadas .................................................................................. 33

4.2. Apreciação das aulas lecionadas ............................................................................... 41

Capítulo 5 – Reflexão final ................................................................................................ 43

5.1. Reflexão sobre o trabalho desenvolvido .................................................................... 43

5.2. Considerações finais sobre a motivação e sobre o uso da música em aula ............... 47

Conclusão ........................................................................................................................... 51

Referências Bibliográficas ................................................................................................ 53

Apêndices ............................................................................................................................ 55

Anexos ................................................................................................................................ 133

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Lista de siglas

PES – Prática de Ensino Supervisionada

IPP – Iniciação à Prática Profissional

CLT – Communicative Language Teaching

TBLT – Task-Based Language Teaching

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Introdução

O presente relatório visa descrever as atividades desenvolvidas durante a prática de

ensino supervisionada (PES) realizada no âmbito do Mestrado em Ensino de Inglês e de

Língua Estrangeira no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário, na área de

especialização de Francês. O período de prática de ensino decorreu de 14 de novembro a 14

de dezembro na Escola Básica e Secundária Gil Vicente, com uma turma do 9.º ano,

disciplina de Inglês, constituída por vinte e três alunos.

O tema escolhido para o trabalho a realizar foi o estudo da motivação na

aprendizagem da língua estrangeira, com recurso ao uso da música na sala de aula, tendo

sido a competência de produção oral a mais trabalhada, não só por ser a que o Programa de

Inglês para o 3º Ciclo enfatiza mais, mas também por ser aquela que os alunos consideram

ser a mais difícil. Nesse sentido, as abordagens tidas ao longo da prática de ensino foi no

sentido de conseguir alcançar em simultâneo dois objetivos primordiais: motivar os alunos

a aprender e minimizar as suas dificuldades de expressão oral.

Durante a prática de ensino supervisionada, foram lecionadas nove aulas de

cinquenta minutos cada, em torno do voluntariado, tema central da unidade didática

trabalhada. Procurando fazer uma descrição clara e global de todos os passos dados ao

longo deste percurso de formação em ensino, este relatório encontra-se divido em cinco

capítulos principais, com os respetivos subcapítulos.

O primeiro capítulo, intitulado “Enquadramento curricular e didático”, encontra-se

dividido em duas partes. Na primeira parte, faz-se uma análise ao Programa de Inglês, de

modo a fazer um enquadramento com a unidade lecionada e na segunda parte são

apresentados os motivos que levaram à abordagem dos temas motivação e música na

aprendizagem da língua estrangeira.

O segundo capítulo, dedicado ao contexto escolar, também se encontra estruturado

em duas partes, sendo que na primeira é feita a caracterização da escola onde decorreram as

intervenções letivas, nomeadamente no que concerne à sua história, meio envolvente,

estrutura física e recursos educativos; na segunda parte, faz-se a caracterização da turma

quanto à sua composição, comportamento, aproveitamento e ainda quanto à situação

socioeconómica dos alunos.

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No terceiro capítulo, intitulado “Unidade didática”, são explanados as estratégias de

ensino concebidas, as metodologias de ensino adotadas, os materiais utilizados e a

avaliação feita aos alunos.

No quarto capítulo, dedicado à descrição das aulas dadas, relata-se a forma como

foram conduzidas as aulas, com ênfase nos objetivos delineados, conteúdos trabalhados e

tarefas realizadas.

No quinto e último capítulo, é feita uma reflexão sobre todo o trabalho realizado,

com destaque para os aspetos positivos e negativos associados às aulas lecionadas, sendo

ainda tecidas algumas considerações finais sobre o papel da motivação e da música na

aprendizagem da língua estrangeira.

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Capítulo 1 – Enquadramento curricular e didático

Durante o período da prática de ensino supervisionada trabalhei com uma turma do

9º ano. Por esse motivo, neste capítulo, farei uma análise ao Programa de Inglês para o 3º

Ciclo do Ensino Básico, com vista a explicitar como a planificação da unidade lecionada na

referida turma foi determinada pelos objetivos gerais de aprendizagem nele delineados.

Começarei por sublinhar as principais linhas orientadoras definidas pelo Programa de

Inglês: 3º Ciclo LE I (Ministério da Educação), fazendo de seguida o enquadramento da

unidade lecionada e a justificação do tema central da PES.

1.1. Breve descrição do Programa de Inglês: 3º Ciclo LE I

Da análise feita ao Programa de Inglês: 3º Ciclo LE I, estipulado pelo Ministério da

Educação, importa destacar quatro das categorias principais em que se encontra

estruturado: finalidades, objetivos, conteúdos, orientação metodológica. Estes são, a meu

ver, quatro pontos centrais para o ensino, pois relacionam-se com um conjunto de questões

para as quais um professor deve ter sempre uma resposta, no seu processo de ensino: qual é

a finalidade de ensinar esta matéria? Que pretendo alcançar com isso? Porque é que vou

ensinar este conteúdo e não aquele outro? Como vou ensinar? Como vou avaliar?

Resumindo os aspetos essenciais do Programa de Inglês para o 3º Ciclo, diria que

este preconiza um ensino centrado na comunicação enquanto fenómeno de interação social

e que favoreça a autonomia do aluno no seu processo de aprendizagem, assente em

componentes programáticas, tais como: Língua Inglesa; Produção e Interpretação de

Textos; Dimensão Sociocultural; Atitudes, Valores e Competências; e ainda Leitura

Extensiva. Todas estas componentes são tidas como importantes para o desenvolvimento do

aluno, o que significa que não se pretende que ele tenha apenas uma boa competência

linguística, mas também outras competências de igual modo importantes, como a

competência discursiva, estratégica, e intercultural, conforme se pode constatar da leitura

dos objetivos gerais do Programa (p.9):

usar a língua em apropriação progressiva das regras do sistema e do seu

funcionamento, num crescendo de adequação e fluência;

interpretar e produzir diferentes tipos de texto, usando as competências discursiva e

estratégica com crescente autonomia;

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relacionar-se com a cultura anglo-americana, questionando padrões de

comportamento diversificados no âmbito da área de experiência deste programa;

manifestar, pela partilha de informação de informação, ideias e opiniões, atitudes

positivas perante universos culturais e sociais diferenciados;

integrar e desenvolver na sua prática atitudes de responsabilidade, cooperação e

solidariedade;

desenvolver estratégias de superação de dificuldades e resolução de problemas,

aceitando o risco como forma natural de aprender;

assumir a sua individualidade/singularidade pelo confronto de ideias e pelo

exercício do espírito crítico;

utilizar e desenvolver estratégias adequadas à organização do seu processo de

aprendizagem;

desenvolver o gosto pela leitura extensiva em língua inglesa

Para a aquisição destas competências é proposta uma abordagem de conteúdos

baseada numa interdependência entre a dimensão temática, a dimensão do eu e a dimensão

do nós, ou seja, os conteúdos devem levar em conta o mundo e a singularidade dos alunos,

a língua das culturas-alvo, e a gestão e exploração dos processos vividos pelos alunos ao

nível das suas perceções e aquisições (p. 11). Nesse sentido, o programa encontra-se

estruturado a partir de um tema organizador, centrado no eu, em que uma área de

experiência específica constitui a base para o percurso de aprendizagem.

Fazendo aqui uma ponte com a unidade didática lecionada, salienta-se que a forma

como esta se encontra organizada (Vocabulary, Grammar, Reading, Communication,

Listening, Writing Project, Test Yourself and Our World) reflete os conteúdos

programáticos para o 3º Ciclo anteriormente referidos. Por outras palavras, os conteúdos

programáticos da unidade abarcam não só conteúdos específicos da língua inglesa, como a

componente gramatical, mas também conteúdos que permitem abordar os demais aspetos

contemplados pelo programa, tais como, Produção e Interpretação de Textos, Dimensão

Sociocultural, Atitudes, Valores e Competências, e Leitura Extensiva.

Relativamente à Língua Inglesa, os conteúdos definidos abrangem aspetos

gramaticais como: nomes, pronomes, determinantes, adjetivos, advérbios e locuções

adverbiais, preposições e locuções prepositivas, conetores frásicos, verbos, construção

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frásica, ortografia e pontuação, pronúncia, variedades do Inglês e ainda etimologia das

palavras. Daqui se depreende que há um grande enfoque na componente gramatical.

Relativamente à Produção e Interpretação de Textos, o programa destaca o Ouvir, o Falar, o

Ler e o Escrever como as quatro competências centrais a serem trabalhadas.

No processo de ensino e aprendizagem é imprescindível a existência de conteúdos

programáticos a ensinar, mas também a preconização de uma ou de algumas metodologias

a seguir. Quanto a esta última, o Programa de Inglês para o 3º Ciclo recomenda a adoção de

uma metodologia centrada no aluno, capaz de o tornar agente ativo e consciente da sua

própria aprendizagem, e uma abordagem de conteúdos em que estes sejam relacionados

diretamente com as suas vivências e os seus interesses, de modo a fomentar a sua

motivação e o seu empenhamento (p.61). Atendendo que o aspeto comunicativo é a

componente mais destacada, aconselha-se que as atividades na sala de aula contemplem o

trabalho de projeto e que sejam desenvolvidas sobretudo em pares e grupos, dado que isso

permite uma maior interação entre os alunos, contribuindo para o espírito de tolerância,

cooperação e entreajuda.

Além da importância de adoção de boas metodologias de ensino, é também

importante a ponderação sobre qual o instrumento de avaliação mais apropriado para os

alunos com quem se trabalha. Nesta matéria, o programa destaca a importância da

avaliação formativa e sugere um método avaliativo que olhe para o currículo, a didática e a

avaliação, como um todo, como um processo que funciona de forma congruente. Dito de

outra forma, a avaliação não deve existir de forma isolada ou só porque deve existir. Ela

deve estar sempre ao serviço do aluno e deve ser usada em prol deste. Isso significa que é

aconselhável haver instrumentos de avaliação diversificados e que a avaliação não deve

passar apenas por realização de “testes”, mas também por outros instrumentos, como

portefólios, auto-avaliação ou avaliação feita pelos encarregados de educação.

1.2. Enquadramento da unidade lecionada

A unidade didática foi lecionada em torno do tema central “voluntariado” e

encontrava-se dividida em oito categorias: Vocabulary, Grammar, Reading,

Communication, Listening, Writing Project, Test Yourself and Our World (ver Apêndice 2,

p.69). Antes de iniciar a planificação e as intervenções houve o cuidado de verificar se os

conteúdos delineados na unidade estavam em linha com o Programa de Inglês para o 3º

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Ciclo, sumariamente analisado no ponto anterior, nomeadamente para os alunos que

frequentam o 9º ano. Foi ainda discutido com a professora cooperante qual a melhor

sequência a dar aos conteúdos da unidade, tendo em conta os conteúdos precedentes.

Da análise feita ao programa, constatou-se que todos os conteúdos desta unidade

estavam em linha com as finalidades e os objetivos de aprendizagem da língua inglesa para

o 3º ciclo, nomeadamente para o 9º ano. Desse modo, os conteúdos da unidade lecionada

foram trabalhados em função do programa de ensino do Inglês para o 3º ciclo, num total de

nove aulas, que abarcaram as principais competências a adquirir: listening, speaking,

reading, writing. Destas quatro competências, listening e speaking foram as mais

trabalhadas, não só por serem aquelas às quais o Programa dá uma ênfase maior, mas

também por serem as que os alunos revelaram ter mais dificuldades em dominar.

Olhando para a componente gramatical contemplada nesta unidade, designadamente

os tempos verbais the present perfect simple, the present perfect continuous e the past

simple, todos fazem parte do Programa de Inglês: 3º Ciclo LE I que enfatiza que os alunos

que frequentam este nível de Inglês devem saber fazer uso dos referidos tempos verbais

(p.22). Apesar de os conteúdos que compõem esta unidade se enquadrarem nos

pressupostos do Programa de Inglês, os mesmos não foram integralmente abordados, nem

foram abordados pela ordem em que vinham apresentados na unidade didática lecionada,

por razões explanadas mais adiante no capítulo III, em que serão discutidos as estratégias

de ensino concebidas, os materiais utilizados, as metodologias de ensino adotadas e o

instrumento de avaliação utilizado.

1.3. Justificação do tema da PES

1.3.1. A motivação e o uso da música no ensino de língua estrangeira

Durante o período de observações de aulas, tanto na disciplina de Inglês, como na

disciplina de Francês, constatei que o interesse pelas atividades propostas nas aulas, por

parte de um número significativo de alunos, era aparentemente baixo e que a justificação

para tal poderia estar na falta de motivação, considerada um dos maiores obstáculos com

que um professor se pode deparar. Considerando esta constatação, procurei perceber até

que ponto a turma estava ou não motivada. Para o efeito, foi elaborado e aplicado um

questionário intitulado “O impacto da motivação na aprendizagem da língua estrangeira”

(ver Apêndice 2, p.64), que tinha como objetivo conhecer os interesses dos alunos e

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perceber a forma como se relacionavam com a aprendizagem da língua inglesa. Da análise

dos resultados deste questionário foi possível verificar o seguinte:

1. todos os alunos estudavam Inglês há mais de quatro anos;

2. todos os alunos, com exceção de dois, reconheceram estudar Inglês por ser

importante para o seu futuro;

3. todos afirmaram sentir que o seu Inglês estava a melhorar, exceto dois que

responderam negativamente e um que afirmou não saber;

4. a maioria considerou a expressão oral como sendo o conteúdo mais difícil,

seguido de produção escrita e da gramática;

5. a maioria afirmou adorar as atividades feitas nas aulas e não ter dificuldades

em acompanhar as aulas;

6. a maioria afirmou preferir trabalhar em pares ou em grupo;

7. a maioria afirmou preferir atividades que envolvam vídeos, leitura, jogos e

música.

Contrariamente à ideia com que tinha ficado relativamente à falta de motivação por

parte dos alunos, aquando da observação das aulas, este questionário revela uma atitude

bastante positiva da turma perante a aprendizagem da língua inglesa, ao afirmar gostar das

atividades feitas, não ter dificuldades em acompanhar as aulas, sentir melhorias na língua

inglesa e reconhecer a importância da sua aprendizagem, aspetos que indiciam um nível

elevado de motivação. O facto de os resultados deste questionário apontarem para uma

turma aparentemente motivada contrasta com a postura passiva tida por um grande número

de alunos nas aulas observadas, o que me leva a concluir que não é fácil medir quão

motivado um aluno está, apesar de isso se manifestar na forma como adere às atividades

propostas ou como se empenha nos seus estudos.

Indo mais ao encontro daquilo que procurava, este questionário permitiu-me, por

outro lado, constatar que a expressão oral e a produção escrita são as dificuldades maiores

dos alunos e que estes preferem trabalhar em grupo e fazer atividades que passem por

visionamento de vídeos, leitura, jogos e música. A obtenção destes dados foi

importantíssima, visto que contribuiu tanto para conhecer melhor a turma, como para

planificar melhor as aulas lecionadas.

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Além da questão da motivação, um outro aspeto que me despertou a atenção foi a

não utilização da música em nenhuma das aulas observadas, durante todo o período da PES.

Aproveitando o facto de ter experiência profissional na área da música, concluí que seria

interessante aliar o uso da música na sala de aula à problemática da motivação, porquanto

ela não só potencia a motivação, como é um instrumento que pode contribuir para a

aprendizagem de uma língua estrangeira. Mas como é que a música potencia a motivação?

E que contributo pode ela dar na aprendizagem de uma língua? Se considerarmos que a

percentagem de pessoas que não gostam de música será próxima de zero, facilmente

percebemos do impacto motivacional que o seu uso poderá ter. No meio educativo, esse uso

impulsiona a motivação e permite, genericamente, trabalhar competências como listening e

speaking ou reading e writing, através de exploração da parte lírica das canções. Além

disso, permite trabalhar também os aspetos culturais da língua, pela forte componente

cultural que incorpora.

Estas duas constatações foram as duas grandes razões que me levaram a abordar a

questão da motivação dos alunos e do uso da música na sala de aula, duas matérias que já

foram objeto de estudos que sublinham a importância que têm no contexto escolar, como

veremos nos pontos que se seguem.

1.3.2. O impacto da motivação na aprendizagem da língua estrangeira

A motivação é um factor que tem um forte impacto no desempenho e no sucesso de

profissionais das mais variadas áreas. No contexto educativo, ela contribui

significativamente para o sucesso do aluno, dado que quando este está motivado o seu

empenho é maior e consequentemente a probabilidade do seu sucesso escolar: “Motivation

is an important factor in academic success. When students are motivated to learn, academic

achievement is significantly increased” (Jordan et.al., 2008, p.154). Se é verdade que a

motivação contribui para que o aluno obtenha bons resultados, não deixa de ser também

uma grande verdade o facto de a falta de motivação por parte do aluno representar um

grande entrave para as suas aprendizagens: “Without sufficient motivation, even

individuals with the most remarkable abilities cannot accomplish long-term goals, and

neither are appropriate curricula and good teaching enough on their own to ensure student

achievement” (Dornyei, 1998). Como se pode ver nesta citação, mesmo que o aluno tenha

boas capacidades de aprendizagem e professores que ensinem muito bem, nada disso será

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suficiente para o seu sucesso escolar se não estiver motivado. Isso destaca, uma vez mais, a

importância de se olhar para a motivação dos alunos como uma condição sine qua non para

o seu sucesso escolar, um aspeto que deve ser seriamente levado em conta pelos docentes.

Estando evidente que a motivação propicia o desempenho escolar, importa perceber,

ainda que de forma superficial, o que se entende por motivação e o que faz com que uns

alunos se sintam mais motivados do que outros. De um modo geral, a motivação é definida

como sendo “um estado interno que ativa, direciona e mantém comportamentos” (Pereira,

2013). Ela pode ser intrínseca, quando desencadeada por fatores inerentes ao indivíduo, ou

extrínseca, quando provocada por fatores externos, e as diversas teorias existentes, ilustram

a sua importância e a sua complexidade.

Para aquilo que aqui interessa, importa destacar duas teorias que melhor nos

permitem compreender a forma como os alunos agem face ao seu processo de

aprendizagem: a teoria cognitivista e a comportamentalista. A primeira dá enfase, como o

nome indica, à aquisição do conhecimento e o segundo ao comportamento tido perante o

processo de aprendizagem. Estas duas teorias estão fortemente associadas às duas vertentes

da motivação, sendo que a cognitivista se relaciona mais com a motivação intrínseca e a

comportamentalista mais com a extrínseca, conforme destaca Pereira (2013): “A perspetiva

behaviorista dá maior relevo à importância da motivação extrínseca da realização, enquanto

que as abordagens cognitivas e humanistas enfatizam mais o papel da motivação

intrínseca”. Significa isto que um aluno intrinsecamente motivado estuda mais e tem mais

interesse em aprender porque valoriza o saber e tem gosto em aprender, ao passo que um

aluno extrinsecamente motivado estuda em troca de incentivos externos, como por

exemplo, a obtenção de um diploma. Perceber, portanto, estas duas teorias permite explicar,

em parte, o porquê de alguns alunos se sentirem mais motivados do que outros e considero

fundamental um professor cultivar estas duas vertentes, isto é, procurar incentivar os alunos

a ganhar gosto pela aprendizagem e procurar formas de os compensar pelos seus esforços e

desempenhos. Estas considerações serão retomadas e detalhadas no capítulo III,

designadamente na secção dedicada às estratégias de ensino adotadas.

1.3.3. A música como impulsionadora

Apesar de a literatura existente sobre o papel que a música pode desempenhar na

aprendizagem de uma língua não ser tão profusa como a existente sobre a motivação, isso

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não significa que ela não é relevante. Aliás, os estudos existentes sobre esta matéria

colocam tónica no contributo que a música pode dar não só para a aprendizagem de uma

língua estrangeira, como também para a motivação dos aprendentes, como sublinha

González (2007, p. 323):

“While music activities may be used inappropriately as time fillers in a foreign

language class, the reality is that the advantages of using songs in the classroom

are many, especially in relation to motivation and the acquisition process for the

second language learners”.

Se a não utilização da música nas aulas de língua estrangeira pode ser vista como

desperdício de um material didático autêntico e rico, o uso inapropriado da mesma, como

ressalvado na citação anterior, não é recomendável e González (2007, p. 323) alerta para o

cuidado a ter na escolha da canção, que deve ser feita, tendo em conta a relação entre esta e

o tema da aula, o vocabulário e o registo linguístico da mesma, a sua finalidade, a idade e o

nível linguístico dos alunos. Dito de outra forma, é preferível que a música não seja

utilizada do que ela ser utilizada sem qualquer objetivo definido.

Não obstante haver algum reconhecimento sobre o papel da música na

aprendizagem de línguas estrangeiras, a sua pouca utilização nas salas de aula parece não

ser devido à má vontade dos docentes. No seu ensaio sobre o uso da música na

aprendizagem da língua inglesa, Engh (2013) afirma que as investigações mais recentes

revelam existir consenso sobre a importância do uso da música nas aulas de línguas, mas

que na sala de aula isso não se verifica, pois muitos docentes sentem falta de suporte

teórico que sustentem uma utilização apropriada da música nas aulas. E mais uma vez

importa salientar que o uso da música na aprendizagem da língua estrangeira só é produtivo

se se obedecer a finalidades pré-definidas e se levar em conta as caraterísticas dos alunos.

Como anteriormente referido, a abordagem da música nas aulas de línguas foi

motivada pela não observação do seu uso no contexto de sala de aula e ainda pelo facto de

eu trabalhar profissionalmente nesta área. Contudo, isso não significa que professo o uso

constante e contínuo da música ao longo de todo a ano letivo, mas sim que ela deve ser

usada como um material didático complementar, uma opinião também corroborada por

González (2007, p. 323): “Music activities can supplement more traditional based teaching

methods by providing opportunities for language learning in a plesant environment, as well

as adressing different linguistic levels (syntax, léxicon, and morphology)”. Este é, a meu

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ver, o maior poder que a música pode desempenhar na aprendizagem da língua estrangeira,

ao permitir trabalhar de forma divertida e motivante vários conteúdos e as mais diversas

competências.

Este capítulo tinha dois grandes objetivos: enquadrar a unidade lecionada à luz do

Programa de Inglês para o 3º Ciclo e justificar o tema da PES. Nesse sentido, comecei por

fazer o enquadramento curricular e didático, concluindo com a apresentação dos principais

motivos que me levaram a abordar a problemática da motivação e a defender a importância

do uso da música na aprendizagem da língua estrangeira.

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Capítulo 2 – Contexto escolar

Este capítulo é consagrado à descrição das principais características da escola onde

decorreu a Prática de Ensino Supervisionada, a Escola Básica e Secundária Gil Vicente, e

também à descrição das características da turma 9º3ª, com a qual trabalhei. Primeiramente,

farei uma descrição geral da escola, nomeadamente fornecendo dados sobre a sua

localização, a sua história, o seu meio envolvente, a sua estrutura física e os seus recursos

educativos, e fazendo ainda uma breve apreciação da escola e da sua comunidade

educativa. De seguida, farei uma breve descrição da turma em que decorreram as

intervenções.

2.1. Caracterização da escola

Localização, história e meio envolvente

As intervenções efetuadas ao longo deste período de PES ocorreram na Escola

Básica e Secundária Gil Vicente, localizada no Bairro da Graça, em Lisboa. Para a

caracterização desta escola, foi consultado o Projeto Educativo do Agrupamento de Escolas

Gil Vicente, de onde foi retirada grande parte da informação aqui apresentada. Segundo

este documento, a escola Gil Vicente foi fundada em 1914 como “secção oriental do Liceu

Passos Manuel” e em 1915 tornou-se autónoma com o nome de Gil Vicente, sendo o

primeiro liceu criado pela República. Com a denominação inicial de Liceu Central,

funcionou nos claustros do Mosteiro de São Vicente até 1949, ano em que foram

inauguradas as atuais instalações, então com o nome de Liceu Nacional. Após o 25 de Abril

de 1974, a designação oficial deste estabelecimento passou a ser Escola Secundária de Gil

Vicente, tendo a escola voltado a ser frequentada por jovens de ambos os sexos, devido à

democratização do ensino e ao alargamento da escolaridade obrigatória.

A escola Gil Vicente, com 2º e 3º Ciclos, faz parte e é a escola-sede do

Agrupamento de Escolas Gil Vicente, criado em 2008, que é ainda constituído por mais seis

escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico e dois jardins-de-infância. O Agrupamento de Escolas

Gil Vicente oferece formação a nível do 1º, 2º, 3º Ciclos do Ensino Básico, a nível do

Ensino Secundário e também na área da Formação de Adultos, possuindo um Centro de

Novas Oportunidades, que promove o processo de reconhecimento, validação e certificação

de competências para o 3º Ciclo do Ensino Básico e para o Ensino Secundário.

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Esta escola integra-se nas zonas mais antigas da cidade de Lisboa (os bairros da

Mouraria, do Castelo, de Alfama e da Graça), consideradas dos setores mais pobres e

menos letrados da cidade. Aqui predomina uma população envelhecida, maioritariamente

com baixo nível de instrução e baixas qualificações profissionais, trabalhando no comércio

e no setor terciário inferior, com um peso significativo de reformados. Estes bairros são

caracterizados pela forte presença de uma cultura popular urbana, com destaque para o fado

e para as marchas populares de Santo António. Estes aspetos podem ser explicados à luz da

especificidade da malha urbana e do carácter fisicamente fechado destes bairros

(escadinhas, becos e vielas apertadas); da relação entre as habitações e a rua, com a

utilização desta última como prolongamento da casa e espaço coletivo da vizinhança, uma

vez que as casas são de muito pequenas dimensões; da constituição de subunidades locais

de relacionamento intenso, polarizadas por um pátio, largo, esquina, parte de umas escadas,

tasca ou leitaria; das densas redes de vizinhos, familiares, conterrâneos, amigos e membros

das mesmas associações de vários tipos; das relações de dominação e influência, de poder e

dependência, ligadas às diferentes atividades profissionais, às atividades turísticas, às

coletividades associativas locais, a um certo modo de marginalidade; da sobreposição

significativa entre local de trabalho, residência e lazer; dos códigos vigentes que organizam

a conduta, fazem compartilhar estilos de procedimento e delimitam o permitido e o

interdito. Este tipo de cultura popular urbana é transportado para as escolas, sendo um traço

distintivo da população escolar da escola Gil Vicente.

Retratando, especificamente, o Bairro da Graça, onde se situa a escola, este

caracteriza-se por um predomínio da função residencial onde a tipologia das habitações é

heterogénea, em que são preponderantes prédios antigos de habitação popular, muitas vezes

degradados, com divisões pouco espaçosas e fracamente iluminadas. Pátios e vilas

operárias marcam forte presença no bairro, sendo de destacar a Vila Berta, a Vila Sousa, o

Bairro Estrela d’Ouro ou a Vila Maria, testemunhos de um passado industrial. Esta

tipologia urbana de finais do século XIX e princípios do século XX, mandada construir, na

sua maioria, por empresários industriais para albergarem a antiga população operária da

área, contribui, atualmente, para o interesse cultural e turístico do bairro. É um bairro que

oferece muitos interesses patrimoniais e culturais, sendo de destacar o Mosteiro de S.

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Vicente, o Panteão Nacional, a Igreja da Graça, a Ermida de S. Gens, o Miradouro da

Senhora do Monte e o Miradouro da Graça.

O número crescente de população imigrante das mais diversas origens a residir

nestes bairros, provenientes sobretudo da Ásia, África e Brasil, tem contribuído para uma

maior heterogeneidade social, cultural e linguística, que é um reflexo do crescente

multiculturalismo da cidade de Lisboa e das escolas. É deste contexto que provém a

maioria dos alunos das escolas do Agrupamento Gil Vicente.

Estrutura física e recursos educativos

Da visita guiada proposta pela professora cooperante, aquando do primeiro contacto

com a escola, foi possível constatar que a escola oferece excelentes condições físicas para o

ensino e a aprendizagem, fruto de obras de requalificação a que foi submetida, em Julho de

2008, no âmbito do “Programa de Modernização do Parque Escolar”, da responsabilidade

do Ministério da Educação. Desta remodelação nasce uma área escolar dividida em três

corpos principais: edifício norte com três pisos; edifício central, perpendicular aos edifícios

norte e sul, com três pisos; edifício sul com três pisos. Do lado sul do conjunto edificado, a

estes três corpos principais juntam-se mais dois corpos, com dois pisos cada: um,

remodelado, onde se situa o ginásio, a sala de desporto e a zona de arquivos; outro,

construído de raiz, com os novos balneários e as novas salas de Teatro, Música, Educação

Visual e Educação Tecnológica. Também a área descoberta, muito extensa, foi

descaracterizada. O espaço arborizado foi substituído por betão poroso, árvores de pequeno

porte e jovens árvores, plantadas recentemente e, nalguns locais, em número muito inferior

ao anterior. O lado sul pode ser utilizado como local de lazer, permitindo desfrutar de uma

vista agradável sobre a zona ribeirinha da cidade e o património arquitetónico envolvente.

No lado oeste, encontra-se uma secção da Muralha Fernandina.

No espaço interior é possível encontrar:

salas de trabalho/ gabinetes para serviços administrativos, órgãos de gestão e

direção, coordenadora dos assistentes técnicos, diretores de turma, atendimento aos

encarregados de educação, departamentos e/ou grupos disciplinares, serviço de

psicologia e orientação, serviço de educação especial;

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salas de professores, de funcionários assistentes operacionais, da associação de

estudantes, do Jornal do Gil e gabinete para a associação de pais e encarregados de

educação e liga dos antigos alunos;

biblioteca escolar, a que se associa um pequeno espaço polivalente e um estreito

corredor, para pequenas exposições, adjacente à própria biblioteca;

biblioteca José Saramago, que alberga o antigo acervo bibliográfico do Liceu/Escola

Gil Vicente, de acesso reservado, a que se associa uma zona de exposições que se

estende por dois corredores e um átrio central;

gabinetes de trabalho do Centro Novas Oportunidades;

anfiteatro e sala de reuniões;

vinte e seis salas de aula não específicas;

ginásio, sala de desporto, quatro balneários (dois masculinos e dois femininos),

guarda-roupa, cabina de árbitros, sala de primeiros socorros, duas arrecadações de

material desportivo e uma pequena oficina de reparações;

três salas TIC, um laboratório de informática, três salas de educação visual, cinco

laboratórios de Física/Química e de Biologia/Geologia, uma sala de teatro com

bancadas telescópicas, uma sala de música, uma sala de educação tecnológica e uma

sala do núcleo museológico;

reprografia;

papelaria;

cozinha e respetivos anexos (zonas de lixo, de frio, de confeção, de preparação, de

lavagem, de armazenagem, vestiário, balneário e sala de pausa);

refeitório e bufete dos alunos, contíguos à biblioteca, coincidentes com o único

espaço coberto para convívio dos alunos;

diversas arrecadações de material;

zona de arquivo e arrecadação geral e oficina de manutenção;

átrio de entrada e recepção

Quanto ao espaço exterior, este divide-se em áreas distintas:

um amplo pátio em betão poroso, rodeado de árvores de grande porte, onde se

situam os seguintes espaços para a prática desportiva: três campos de voleibol e três

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campos de basquetebol, sobrepostos a um campo de futebol/andebol, e rodeados por

uma pista de atletismo;

um campo desportivo coberto com três campos de voleibol e três campos de

basquetebol, sobrepostos a um segundo campo de futebol/andebol, com bancadas

num dos topos;

um pátio intermédio, em betão poroso e com desníveis e rampas, sem qualquer

mobiliário urbano ou estruturas de lazer e recreio, onde foram plantados arbustos de

porte arbóreo;

um pátio superior, em betão poroso, que acompanha a fachada principal da escola e

toda a zona de entrada no espaço escolar;

uma zona ajardinada entre o pátio de entrada e a Muralha Fernandina e entre esta, o

campo desportivo e o corpo da sala de teatro;

um terraço, a que se acede pelo átrio de entrada na escola, situado no piso 1, com

vista sobre o pátio intermédio e o rio Tejo, mas impossível de utilizar por falta de

segurança e de insonorização (por baixo situam-se a biblioteca e o refeitório);

uma zona de estacionamento automóvel.

Apreciação da escola

Aquando da primeira visita feita a esta escola, fiquei impressionado com a sua

dimensão, como se pode constatar pela descrição aqui feita, por ser algo pouco comum nas

escolas básicas e secundárias. Comparando as condições das escolas onde tinha

anteriormente feito a prática de ensino, no âmbito da unidade curricular Iniciação à Prática

Profissional I (IPPI), com as da Escola Básica e Secundária Gil Vicente, posso concluir que

esta é, de todas, a melhor escola, tanto pelas suas condições físicas, como pelos recursos

educativos que oferece. Destes, destaco o facto de todas as salas de aula estarem equipadas

com computador, projetor e internet, recursos indispensáveis para o ensino e a

aprendizagem, nos dias de hoje, e sem os quais a experiência letiva que aqui tive teria sido,

possivelmente, menos rica.

Um outro aspeto que considero importante para as aprendizagens dos alunos e para

o seu desenvolvimento é o facto de terem à disposição uma biblioteca equipada com

diversos materiais pedagógicos, com computadores e internet e ainda o facto de disporem

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de uma sala de música equipada com diversos instrumentos musicais que podem requisitar

e levar para casa para praticarem, salas TIC, laboratórios variados e devidamente equipados

e um espaço exterior bastante agradável para o recreio e para práticas desportivas. Destaco

estes recursos, porque, infelizmente, há muitas escolas que não dispõem destas condições e

os alunos que aqui estudam são privilegiados por terem condições que favorecem as suas

aprendizagens. Apesar de esta escola oferecer excelentes condições, importa referir que a

taxa de retenção dos alunos que a frequentam é elevada, o que acaba por ser contraditório,

remetendo-nos para outras questões, como a falta de interesse e de motivação por parte dos

alunos.

Além das boas condições físicas da escola, a relação entre os alunos, entre os alunos

e os professores, entre os alunos e os funcionários pareceu-me ser muito amistosa e durante

todo o período da PES não testemunhei nenhuma situação conflituosa entre os alunos ou

algum episódio de desrespeito protagonizado por estes perante os professores ou os

funcionários.

Relativamente ao corpo docente desta escola, este é composto maioritariamente por

docentes do sexo feminino e de idade avançada. A relação entre os docentes pareceu-me ser

muito boa, havendo espírito de camaradagem, cooperação e entreajuda, como pude

constatar, por exemplo, numa das aulas em que a professora cooperante perguntou a um

colega se podiam trocar de sala, de modo a que os alunos pudessem preparar a apresentação

da tarefa final, ao qual respondeu prontamente que sim e disponibilizando-se a ajudar no

que fosse preciso. Por seu turno, o pessoal não docente, nomeadamente as assistentes

operacionais, também foram muito prestáveis, estando sempre disponíveis a ajudar.

De um modo geral, posso afirmar que fui bem acolhido e bem tratado na escola Gil

Vicente, onde fiz a PES, e que a experiência tida foi positiva e bastante enriquecedora, na

medida em que não só pude pôr em prática as competências didáticas e pedagógicas

aprendidas nas diversas unidades curriculares tidas na faculdade, como também pude

experienciar novos valores e atitudes, nomeadamente através da relação tida com os alunos,

da cooperação com a professora titular e da convivência com toda equipa da escola, aspetos

de igual modo importantes para um ensino-aprendizagem satisfatório e de qualidade.

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2.2. Caracterização da turma

O período de PES realizado na unidade curricular Iniciação à Prática Profissional II

representou uma rutura com a PES realizada em Iniciação à Prática Profissional I, devido à

mudança do estabelecimento escolar e à consequente mudança de turma. A PES em IPPI

ocorreu na Escola Secundária D. Pedro V em Sete Rios, com uma turma do curso de

Educação e Formação para Adultos, composta, como o nome indica, por adultos. O curso

ministrado, sob a designação “Formação Tecnológica – Inglês, Rececionista de Hotel”,

pautava-se por conteúdos relacionados unicamente com a área de hotelaria, organizados em

módulos, o que significa que fugia aos conteúdos estipulados nos programas de ensino de

Inglês. Dito de outra forma, a experiência tida com esta turma, apesar de ter sido

enriquecedora, acabou por não contribuir muito para a forma de trabalhar com a nova turma

que me foi atribuída, por serem realidades muito distintas.

Focando na PES tida em IPPII, esta foi realizada na Escola Básica e Secundária Gil

Vicente, como anteriormente referido, e com uma turma do 9º ano, onde o Inglês era

lecionado três vezes por semana, tendo cada aula cinquenta minutos de duração. O manual

Your Turn 9 (Robert Quinn, 2015) foi o manual adotado pela escola para os alunos do 9º

ano e todos possuíam um. Todos os alunos estudavam Inglês há mais de quatro anos,

embora tivessem algumas limitações, sobretudo a nível de expressão oral. O facto de todas

as salas onde decorreram as aulas estarem equipadas com computadores, projetores e

internet é um aspeto que importa sublinhar, pois isso facilitou a execução das atividades

planeadas e consequentemente a consecução dos objetivos traçados para cada aula,

contribuindo para o sucesso da PES.

No que diz respeito à sua composição, esta era uma turma heterogénea, composta

por vinte e três alunos: treze do sexo feminino e dez do sexo masculino. Quanto à idade,

variava entre os catorze e os dezoito, sendo que a média situava-se na casa dos catorze

anos. À exceção de uma aluna brasileira, todos os alunos eram de nacionalidade

portuguesa, embora houvesse quatro alunos provenientes de famílias africanas.

Fazem parte desta turma um aluno e uma aluna com necessidades educativas

especiais. Segundo as informações consultadas no Plano Educativo Individual de ambos, a

aluna apresenta problemas de saúde física de origem genética, designadamente uma

epilepsia de ausências e Hemiarésias recidivantes com ataxia. Ao nível da motricidade,

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apresenta movimentos com alguma descoordenação e lentidão na sua realização e tem

muitas dificuldades ao nível da escrita, apresentando uma letra muito dimensionada e

corrida. Devido a estas limitações, a aluna necessita de adequações no processo de

avaliação, com provas que impliquem menor esforço de escrita continuada. Revela ainda

dificuldade na resolução de situações problemáticas ao nível do raciocínio, conservação

numérica e reversibilidade de pensamento, bem como de memorização e dificuldades na

evocação e generalização da informação. Necessita de acompanhamento e orientação do

adulto na maioria das tarefas.

Por seu turno, o aluno apresenta uma perturbação de ordem genética do grupo das

doenças raríssimas, deleção na região do Síndrome DiGeorge/Velocardiofacial, com

Hiperparatiroidismo primário com hipocalcémia grave. Esta desordem das glândulas

paratiróides, com diminuição dos níveis de cálcio no sangue provoca, entre outros,

sintomas de cansaço, fadiga, e aparente desinteresse. Apresenta ainda uma perturbação

articulatória e uma perturbação da linguagem, défice de atenção dirigida e défice ao nível

da motricidade fina, a qual se revela por uma escrita muito irregular e pouco legível. No

que concerne à comunicação, o aluno apresenta dificuldade moderada em falar, com

transtornos articulatórios que prejudicam a percepção do discurso e também dificuldade

moderada em controlar o seu próprio comportamento, refletindo alguma impulsividade, o

que condiciona a eficácia no desenvolvimento das tarefas.

Não obstante as suas limitações, estes dois alunos revelaram sempre muito

entusiasmo pelas atividades propostas, participando sempre que solicitados e

voluntariando-se a responder às questões colocadas. As suas dificuldades foram sempre

levadas em conta, tendo sido criados materiais especificamente para eles, sempre que

necessário. Houve uma preocupação constante em incitá-los a participar ativamente nas

aulas e em integrá-los nas atividades realizadas, sempre que havia algum trabalho realizado

em pequenos grupos, de modo a que não sentissem, de modo algum, que estavam a ser

postos de parte, devido às suas limitações.

Localizando-se a escola Gil Vicente no bairro da Graça, a maioria dos alunos

provém deste bairro ou de bairros limítrofes, como Mouraria e Alfama, embora haja uma

pequena percentagem de alunos provenientes de bairros mais distantes, como Olivais e

Arroios.

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Quanto ao aproveitamento escolar, sete alunos referem já ter ficado retidos, devido

a número de faltas excessivo e a maus resultados escolares. Importa referir ainda que,

destes alunos, dois ficaram retidos apenas uma vez, dois ficaram retidos duas vezes, três

ficaram retidos três vezes e uma ficou retida quatro vezes. Apesar de estes dados serem

preocupantes, pode-se afirmar que a turma em geral tem um aproveitamento positivo.

Na sua ida para a escola, os alunos deslocam-se, maioritariamente, a pé e sozinhos,

embora haja quatro que são conduzidos à escola pelos pais, dois que se deslocam de

autocarro e sozinhos, e dois que se deslocam de metro e sozinhos.

Relativamente à composição e à situação socioeconómica do agregado familiar dos

alunos, a maioria vive com o pai e com a mãe, não obstante haver três alunos que vivem só

com o pai e três que vivem só com a mãe, uns devido à viuvez e outros devido à separação

dos pais. A faixa etária dos pais varia entre os trinta e cinco e os sessenta e nove anos,

sendo que a maioria apresenta entre os quarenta e os cinquenta anos de idade. O grau de

escolaridade dos pais é, na sua maioria, ao nível do ensino básico e secundário, à exceção

de dois pais e quatro mães detentores de grau de licenciatura, um pai e uma mãe detentores

de grau de mestrado, uma mãe detentora de grau de doutoramento e uma mãe iletrada.

Excetuando três pais desempregados e um reformado, todos os demais pais (tanto o

pai, como a mãe) encontram-se empregados e a maioria desempenha funções profissionais

ligados ao comércio e à restauração, como empregado de balcão, caixeira ou cozinheira.

Contudo, alguns pais desempenham funções em áreas como o jornalismo e o ensino, o que

acaba por refletir o grau de escolaridade anteriormente apresentado.

Analisando os dados aqui apresentados, pode-se inferir que a maioria dos alunos

desta turma provém da classe média-baixa, uma realidade que, tal como referido

anteriormente, é característica do bairro da Graça, de onde provêm. Contudo, é de salientar

que a turma não manifestou nenhum sinal de carência proveniente da sua situação

socioeconómica que pudesse comprometer o seu processo de aprendizagem.

Tal como referido anteriormente, o clima entre a comunidade educativa da escola é

bom, não tendo presenciado nenhum caso de violência entre os alunos ou casos de

indisciplina. Esse clima também se sentiu na turma com a qual trabalhei, cuja qualidade

maior era, a meu ver, o seu bom comportamento; os problemas comportamentais são dos

maiores entraves enfrentados pelos professores, problema que não tive.

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Tendo a motivação como tema principal da PES, a minha maior preocupação e o

meu objetivo primordial era conseguir estabelecer uma boa relação com a turma e

conquistar a sua confiança, não só por isso facilitar todo o processo de ensino-

aprendizagem, mas também por isso ser uma alavanca de motivação: “Students are

prepared to contribute and learn to use the language more when the atmosphere is relaxed

and you and the students all get on well together, and when they have confidence in you”

(Gower R. et.al.,1995). Esse objetivo foi alcançado, como pude sentir pela forma

acolhedora como os alunos me recebiam em cada aula e pelo interesse que mostraram pelas

atividades desenvolvidas, da primeira à última aula, o que me deixou bastante aliviado, pois

não há nada mais desagradável do que estar perante uma turma que recusa fazer o que se

pede, ou por não gostar ou por não achar interessante.

Durante o período de observação de aulas, que precedeu a minha intervenção letiva,

pude constatar que havia um grande espírito de equipa entre os alunos e isso tornou-se

ainda mais evidente ao longo das aulas que lecionei, ao darem preferência a trabalhos de

grupos a trabalhos individuais. Por esse motivo, grande parte das atividades foi realizada

em pequenos grupos, não só para respeitar a preferência revelada, mas também para

potenciar a aprendizagem colaborativa, uma forma de os alunos partilharem

conhecimentos: “Students are often more engaged when working with their peers and

through this process are able to learn from one another” (Redfern A., 2015).

Em conclusão, a experiência tida nesta escola e com esta turma foi memorável e a

PES decorreu de uma forma tranquila, devido sobretudo às excelentes condições do

estabelecimento escolar, ao comportamento exemplar e à participação ativa dos alunos e

também ao apoio constante dado pela professora cooperante.

Neste capítulo foram descritas as características principais da Escola Básica e

Secundária Gil Vicente, onde fiz a PES, e da turma 9º3ª com a qual trabalhei. Foram aqui

apresentados alguns dados sobre a localização, a história e o meio envolvente da escola,

tendo ainda sido retratado a sua estrutura física e os seus recursos educativos.

Relativamente à turma, esta foi caracterizada a nível de constituição, de comportamento, de

aproveitamento e falou-se ainda da situação socioeconómica do agregado familiar dos

alunos.

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Capítulo 3 – Unidade didática: Estratégias, materiais, metodologias e avaliação

A unidade didática lecionada, as estratégias de ensino concebidas, os materiais

utilizados, as metodologias de ensino adotadas e o instrumento de avaliação utilizado,

constituem os conteúdos abordados neste terceiro capítulo, sendo a sua apresentação feita

segundo a ordem pela qual estão enunciados. Conforme referido no capítulo I, dedicado ao

enquadramento curricular, todas as aulas foram planeadas levando em linha de conta o

programa do Inglês para o 3º ciclo, a planificação anual de Inglês para o 9º ano e a

planificação para o 1º período, facultadas pela professora cooperante (ver Anexos), e ainda

o tema central da PES e deste relatório, que se prende com o impacto da motivação na

aprendizagem da língua estrangeira. Para a lecionação desta unidade foram programadas

nove aulas, de cinquenta minutos cada, que ocorreram nas seguintes datas: 14, 16, 18, 21,

23, 25, 28 e 30 de novembro e 14 de dezembro de 2016.

A PES ocorreu, portanto, no primeiro período do ano letivo 2016/2017. A unidade 3

do manual Your Turn 9 (2015), intitulada de Go for it!, foi a unidade lecionada e tinha o

voluntariado como tema central. Não obstante o seu tema principal, a unidade apresenta

uma estrutura centrada em conteúdos diversos, pouco relacionados com o tema do

voluntariado:

Vocabulary (experiences, personality adjectives)

Grammar (present perfect simple, present perfect continuous e past perfect)

Reading (textos do manual: Lend a hand! e The world’s your oyster!)

Communication (talking about volunteering)

Listening (podcast: culture shock)

Writing Project (volunteer application form)

Test Yourself

Our World (UN Goodwill Ambassadors)

Após uma análise cuidada da estrutura e dos conteúdos desta unidade 3 do manual

do aluno, concluí que os conteúdos e a forma como estes estavam apresentados não eram

muito coerentes do ponto de vista pedagógico, pois não havia uma sequência lógica entre

os mesmos. Por essa razão, optei por elaborar a minha própria sequência a partir da

estrutura apresentada em cima; optei também por excluir alguns conteúdos e introduzir

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outros que me pareceram ser mais consonantes com os objetivos que pretendia atingir em

cada aula. Eis a estrutura e os conteúdos reorganizados para as 9 aulas lecionadas:

Aula 1 – Vocabulary (experiences)

Aula 2 – Communication (talking about volunteering)

Aula 3 – Vocabulary (personality adjectives)

Aula 4 – Grammar (present perfect simple)

Aula 5 – Grammar (present perfect continuous)

Aula 6 – Final task preparation: fundraising event (role assignment)

Aula 7 – Final task rehearsal

Aula 8 – Final task presentation

Aula 9 – Writing activity (songwriting)

Como se pode ver por esta nova ordem, a estrutura delineada no manual não foi

rigorosamente seguida, por motivos anteriormente especificados, e pretendia-se com esta

nova sequência criar uma certa coerência e interligação entre os conteúdos abordados nas

nove aulas lecionadas, evitando que houvesse quebras ou lacunas entre elas.

3.1. Estratégias concebidas

O período da PES foi precedido por um período de observação de aulas, que me

permitiu conhecer a turma com a qual viria a trabalhar, o ritmo a que trabalham e as suas

dificuldades mais notórias, de modo a que pudesse definir com mais clareza os objetivos

pretendidos para cada aula e as estratégias de ensino mais ajustadas. Foram observadas

duas aulas numa turma do 11º ano (a 25 de outubro e a 3 de novembro) e uma numa turma

do 9º ano (a 24 de outubro), tendo sido escolhido a turma do 9º3ª, por ter um horário que

combinava melhor com o meu horário de aulas na faculdade.

Como referido no capítulo I, na secção dedicada à justificação do tema da PES, a

falta de motivação notada por parte de um número significativo de alunos, durante o

período de observação de aulas, foi algo que me inquietou e que não quis descurar. Por esse

motivo, a preocupação maior tida durante todo o período da PES foi procurar contrariar a

falta de motivação dos alunos. E como? O primeiro passo passou por perceber quais as suas

maiores dificuldades e quais os seus interesses. Para tal, foi aplicado um questionário com

vista a perceber a forma como os alunos lidavam com a aprendizagem da língua inglesa,

nomeadamente, saber quais os conteúdos que consideravam ser mais difíceis e as atividades

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que mais gostavam de realizar na sala de aula. Isso era um aspeto importante a levar em

consideração, porque entre as causas da desmotivação estão precisamente a dificuldade que

os alunos sentem em acompanhar a matéria e o desinteresse que demonstram perante

atividades que consideram pouco interessantes:

Learning is fun and exciting, at least when the curriculum is well matched to

students’interests and abilities and the teacher emphasizes hands-on activities.

When you teach the right things the right way, motivation takes care of itself. If

students aren’t enjoying learning, something is wrong with your curriculum and

instruction – you have somehow turned an inherently enjoyable activity into

drudgery. (Brophy, J. 2010)

Destacando alguns aspetos do resultado do questionário, analisado anteriormente no

capítulo 1, saliente-se que este permitiu concluir que a maioria dos alunos considerava a

expressão oral como sendo o conteúdo mais difícil, seguido da produção escrita e dos

conteúdos gramaticais, e que preferiam trabalhar em pares ou em grupo e fazer atividades

em que são utilizados vídeos. Dito isto, as estratégias de ensino foram concebidas

atendendo às características da turma, às dificuldades e preferências manifestadas no

questionário e atendendo ao programa de ensino do Inglês para o 9º ano, que salienta a

importância de levar em conta os interesses dos alunos.

Para potenciar a motivação dos alunos, decidi utilizar a música como ferramenta,

pois durante a observação de aulas constatei que ela nunca foi utilizada e, no meu entender,

é um instrumento que pode contribuir não só para que as aulas sejam mais cativantes, como

também para trabalhar conteúdos linguísticos e culturais. Nesse sentido, a partir da terceira

aula comecei a utilizar algumas canções para introduzir os temas abordados nas aulas,

tendo o cuidado de me certificar de que estavam relacionadas com esses mesmos temas.

Após ter decidido utilizar, de antemão, a música como um instrumento de

motivação e ter começado a trabalhar com a turma do 9º ano, fiquei a saber que alguns

alunos faziam parte da Orquestra Gil Vicente, com a qual ensaiavam regularmente e faziam

algumas atuações. Aproveitando este facto, concluí que seria pertinente haver no final da

unidade lecionada uma tarefa que implicasse a utilização da música, que envolvesse a

participação de todos os alunos e que permitisse pôr à prova os conhecimentos adquiridos

ao longo de toda a unidade trabalhada. Sabendo que o voluntariado era o tema central da

unidade, decidi que a tarefa final a ser apresentada pela turma podia passar por simular um

concerto de solidariedade, com vista a angariar fundos para uma instituição de caridade. E

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porquê um concerto de solidariedade? Por um lado, porque permitia utilizar a música como

veículo motivacional e por outro, porque essa tarefa final implicaria a participação de todos

os alunos e a mobilização dos conhecimentos que tinham adquirido, de modo a que a sua

concretização fosse bem-sucedida.

A definição da tarefa final permitiu, portanto, que a planificação das aulas fosse

mais objetiva tanto em termos de conteúdos, como em termos de competências. No que

concerne aos conteúdos, estes foram trabalhados, respeitando a unidade e a planificação

para o primeiro período facultada pela professora cooperante. Quanto às competências,

houve a preocupação de contemplar as quatro competências de base, sublinhadas no

Programa de Inglês para o 3º Ciclo do Ensino Básico, isto é, as competências de

compreensão/ produção oral e de leitura/ escrita, sendo as de compreensão/ produção oral

as mais trabalhadas, por estarem mais associadas à execução da já referida tarefa final

definida para a turma, por serem aquelas em que os alunos revelaram ter maiores

dificuldades e por serem as mais destacadas no Programa de Inglês.

3.2. Materiais utilizados

Esta formação tem-me permitido constatar que ensino-aprendizagem é um processo

complexo, que envolve não só um conhecimento profundo dos conteúdos a lecionar a um

determinado público, mas também a forma como esses são veiculados. Isso passa,

inevitavelmente, pela seleção e utilização de algum tipo de material didático, que vá ao

encontro dos objetivos traçados para cada aula e que favoreça a aprendizagem dos

conteúdos a abordar. Essa tarefa nem sempre é fácil, sobretudo se levarmos em conta a

heterogeneidade de uma turma e as idiossincrasias de cada aluno.

Durante o período de observação de aulas, pude constatar que a turma utilizava

regularmente o manual do aluno e esse facto pesou bastante na escolha do material que

selecionei, por dois grandes motivos: primeiro, porque sendo um material frequentemente

utilizado na sala de aula, se tivesse optado por usá-lo com a mesma frequência, causaria

efeito contrário ao que pretendia atingir, isto é, motivar os alunos para a aprendizagem;

segundo, porque da análise feita ao manual do aluno, sobretudo à unidade a lecionar,

concluí que a forma como os conteúdos eram apresentados era um pouco confusa e pouco

objetiva e que seria fulcral haver algum material didático complementar. Essa é, aliás, uma

ideia sublinhada por Ur (1991): “a coursebook should be related to critically: we should be

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aware of its good and bad points in order to make the most of the first and compensate for

or neutralize the second”. Nesse sentido, optei por reduzir ao mínimo a utilização do

manual do aluno e criar o meu próprio material didático, sempre que possível, atendendo

aos interesses dos alunos manifestados no questionário aplicado logo na primeira aula, às

características da turma e à tarefa final que a turma iria apresentar no final da unidade

lecionada.

Uma das vantagens da utilização de material criado pelo próprio docente, em

detrimento do manual do aluno, é que ele pode ser feito à medida da turma, ou seja, permite

ajustar os objetivos definidos para uma determinada aula às especificidades da turma, ao

contrário do que sucede no manual do aluno, em que tudo é mais genérico. Todavia, isso

não significa que um deve ser utilizado e outro evitado. A experiência tem-me mostrado

que, apesar de o manual do aluno ser uma guia, que acaba por ser uniforme para toda a

turma, e o material criado pelo professor ser mais subjetivo e requerer tempo e muito

cuidado durante a sua produção, deve-se procurar utilizar os dois de forma complementar,

em prol de uma abordagem mais rica aos conteúdos a lecionar.

Um aspeto importante a considerar é que independentemente do tipo de material

utilizado numa aula, convém não esquecer que em primeiro lugar está o aluno e que o

material deve ser escolhido e utilizado em seu benefício e não apenas porque tem de ser

utilizado, como sublinha Edge (1993): “Our purpose is not to teach materials. Our purpose

is to teach students, and to use materials in that process”. Ora, foi exatamente este aspeto

frisado por Edge (1993) que procurei seguir nas minhas aulas, ou seja, utilizar materiais que

melhor me permitissem abordar os conteúdos definidos para cada aula e que melhor

contribuíssem para a assimilação dos mesmos por parte dos alunos.

Para a lecionação desta unidade, dei primazia a materiais criados e/ou selecionados

por mim (pelos motivos anteriormente referidos), tais como, fichas de compreensão,

diapositivos, temas musicais, tendo sido utilizados o computador e o projetor para a

aplicação dos mesmos. Apesar de o uso do manual do aluno ter sido muito reduzido, este

foi também pontualmente utilizado para consolidar a aprendizagem de alguns conteúdos.

Em conclusão, julgo que no processo de ensino-aprendizagem é fundamental um

professor não utilizar exclusivamente o manual do aluno e os demais materiais

complementares, mas também recorrer ao uso de um leque variado de material didático,

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sobretudo materiais autênticos, como excertos de um jornal ou de uma revista, canções,

documentários, etc, que não só tornam as aulas mais cativantes, como também permitem

abordar de forma mais cabal os conteúdos e consequentemente trabalhar as mais diversas

competências comunicativas. Foi isso que procurei fazer relativamente aos materiais

utilizados na lecionação desta unidade didática.

3.3. Metodologias adotadas

A evolução dos diversos métodos de ensino existentes, desde o método como

gramática e tradução até aos mais recentes, como o método comunicativo, comprova que o

ensino não é e não deve ser estacionário e que não é um processo fácil e linear. Isso

significa que, por parte do professor, deve haver uma sede constante em encontrar o método

ou os métodos que melhor permitam aos alunos aprender aquilo que se pretende ensinar.

Por outro lado, a existência de diversos métodos indica também que não existem métodos

infalíveis e universais, cabendo mais uma vez cabe ao professor optar por aqueles que

considerar ser mais apropriados.

O estudo da história dos mais variados métodos de ensino existentes que realizei ao

longo da minha formação, permitiu-me concluir que, como referido no parágrafo anterior,

não existe uma forma de ensino única e universal ou métodos de ensino universais;

permitiu ainda concluir que não existem métodos melhores ou piores. Tal como referi

anteriormente, sobre o uso de materiais didáticos, considero que o mais importante não são

os métodos, mas sim os alunos, isto é, apesar de ser indispensável a ponderação sobre os

métodos de ensino a adotar, o mais importante é verificar se esses potenciam a

aprendizagem, uma posição também defendida por Harmer (2001): “Teachers need to

understand students wants and expectations just as much as they are determined to push

their own methodological beliefs”. Tendo em atenção toda esta dimensão variável

relativamente à metodologia, os métodos utilizados foram selecionados com base nas

características da turma, no objetivo principal de estarem a aprender uma língua (a

comunicação) e ainda levando em consideração a recomendação feita no Programa de

Inglês para o 3º Ciclo, no que concerne ao método de ensino a seguir.

Como anteriormente visto, no capítulo I, o Programa de Inglês recomenda a adoção

de metodologias que fomentem a interação comunicativa entre os alunos, através de

trabalho de projeto, trabalhos em pares ou de grupo, uma recomendação reforçada no

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Quadro Europeu Comum de Referência (2001), que proclama uma abordagem orientada

para a ação e que leve os alunos a agir enquanto atores sociais. Seguindo estas

recomendações e considerando que toda a unidade didática foi lecionada com vista à

execução de uma tarefa final por parte dos alunos, foram preconizadas duas metodologias

de ensino: o método comunicativo (communicative language teaching – CLT) e o método

de aprendizagem baseada em tarefas (task-based language teaching – TBLT).

A adoção do método comunicativo deveu-se ao facto de ser um método que realça a

importância de submeter os alunos a situações reais de comunicação, em que o que mais

importa é a intenção comunicativa e não tanto a correção linguística, conforme sublinha

Harmer (p. 84): “Activities in CLT typically envolve students in real or realistic

communication, where the accuracy of the language they use is less important than the

successful achievement of the communicative task they are performing”. Ora, se

considerarmos que os alunos em geral e, neste caso em particular, os alunos que frequentam

o 9º ano, são relutantes a falar em Inglês, muitas vezes por medo de errar, pode-se afirmar

que este método é dos que melhor permite trabalhar a tal componente comunicativa

salientada pelo Programa de Inglês. Por seu turno, o método de aprendizagem baseada em

tarefas (task-based language teaching) pressupõe, como o nome indica, a existência de uma

determinada tarefa a executar, através do uso da língua, uma ideia realçada por Richards e

Rodgers (2001, p.224):

Task-Based Language Teaching proposes the notion of “task” as a

central unit of planning and teaching. Although definitions of task vary in

TBLT, there is a commonsensical understanding that a task is an activity

or goal that is carried out using language, such as finding a solution to a

puzzle, reading a map and giving directions, making a telephone call,

writing a letter, or reading a set of instructions and assembling a toy.

Ora, levando em conta que os alunos tinham de apresentar uma tarefa final no fim

da unidade lecionada, este método era o mais indicado, especialmente para as três aulas

finais, dedicadas à preparação, ensaio e apresentação da tarefa final, em que tiveram de

trabalhar em grupos. O facto de os alunos preferirem trabalhar em pares e em grupos, como

já referido, acabou por conferir ainda mais importância à utilização destes dois métodos de

ensino, na medida em que a cooperação entre eles favorece a comunicação, a execução de

tarefas e atividades realizadas e potencia a aprendizagem colaborativa, uma componente

com forte impacto na motivação dos aprendentes e na apreensão de conteúdos.

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3.4. Avaliação

A avaliação é um elemento indissociável das práticas pedagógicas, tendo como

funções primordiais regular e certificar as aprendizagens, através das suas modalidades

diagnóstica, sumativa e formativa. Sendo o ensino-aprendizagem um processo complexo, a

avaliação não deixa de ser também ela uma tarefa complexa e delicada. Se considerarmos

que os professores não ensinam da mesma maneira e que os alunos não aprendem da

mesma maneira, somos levados a concluir que a avaliação também não deve ser feita da

mesma maneira. Isso quer dizer que ela deve ser o mais flexível possível e que os

instrumentos utilizados devem ser diversificados, de modo a que os alunos tenham acesso a

formas variadas de demonstração dos seus conhecimentos.

O primeiro passo para uma avaliação, consiste em levantar três grandes questões: o

que se vai avaliar, como se vai avaliar e qual a finalidade da avaliação, aspetos salientados

por Courtillon (2003, p.43): “Concevoir l’évaluation signifie très précisément concevoir

quels aspects des compétences seront évalués à l’oral et à l’écrit, comment, quand et par

quel procédé chaque aspect de la compétence sera quantifié”. Avaliar implica, portanto,

traçar critérios claros sobre o que se pretende avaliar, como se vai avaliar e o porquê de se

avaliar. Contudo, considero que a questão mais importante a reter é que em primeiro lugar

está o aluno e que cada aluno tem capacidades e ritmos de aprendizagem diferentes.

A avaliação sumativa, feita sobretudo através de testes escritos, continua a ser a

forma de avaliação mais utilizada nas escolas. Para Fernandes (2004) a atribuição de

classificações não é a única função da avaliação e acrescenta: “É muito importante que a

avaliação ajude a motivar os alunos para aprenderem e para lhes dar conta dos seus

progressos e dos seus sucessos mas também dos seus insucessos e dificuldades”. Ora,

considerando que o tema principal abordado na PES era a motivação dos alunos, achei

sensato optar por uma avaliação alternativa, que pudesse também contribuir, de alguma

forma, para a motivação dos alunos. Para isso, procurei dar-lhes um feedback constante

sobre o seu desempenho nas atividades realizadas e optei por usar a apresentação da tarefa

final que tinham de apresentar, como o grande momento de avaliação. Porquê? Porque a

apresentação desta tarefa implicava uma mobilização dos conhecimentos adquiridos ao

longo da unidade e isso permitir-me-ia verificar não só se os alunos tinham realmente

absorvido os conteúdos lecionados, mas também verificar se os sabiam empregar num

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contexto real de comunicação. Apesar de a apresentação ter incidido sobretudo nas

competências de produção oral, as de produção escrita também foram abarcadas, uma vez

que os alunos tiveram de preparar a tarefa antes de a apresentar, o que passou por

escreverem perguntas e respostas relacionadas com as funções que cada grupo tinha de

desempenhar.

De todos os aspetos complexos que compõem o ensino e a aprendizagem, a

avaliação é, para mim, o mais difícil de todos, não só por requerer uma competência muito

particular, como também por ser um ato que acarreta algumas incertezas sobre as

verdadeiras capacidades dos alunos e sobre as razões que os levam a cometer erros: será um

aluno que obteve 18 realmente mais competente que um que obteve 15? Ou terá tido uma

nota melhor por dispor de melhores condições de aprendizagem? Terá o aluno cometido

erros por culpa própria ou porque o professor não foi claro nas suas explicações? Terá feito

o professor uma avaliação justa e equitativa, que não prejudique o sucesso escolar do

aluno? Estas são algumas das muitas questões a levar em conta no processo de avaliação e

que fazem com esta seja uma tarefa a ser executada com toda a prudência, pois de nada

serve um bom ensino, se a avaliação não for também ela boa.

Apesar de ter optado por efetuar uma avaliação essencialmente formativa, por

considerar ser a mais apropriada, devo admitir que um outro aspeto que também contribuiu

para isso foi o facto de ainda me sentir pouco preparado para fazer uma avaliação sumativa,

visto que esta componente não foi suficientemente trabalhada nas aulas tidas ao longo da

minha formação em ensino. A avaliação que fiz, essencialmente formativa, foi previamente

discutida com a professora cooperante e consentida por esta e não invalidou a realização de

uma avaliação sumativa, que ficou à responsabilidade da professora cooperante, o que mais

uma vez realça que a avaliação deve ser multifacetada.

Este capítulo, dedicado à unidade didática, contemplou os aspetos teóricos que

pautaram a minha prática de ensino. Foi feita uma breve apresentação da unidade

lecionada, seguida de uma justificação sobre as estratégias de ensino concebidas, os

materiais utilizados, as metodologias adotadas e o instrumento de avaliação utilizado.

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Capítulo 4 – Unidade didática: Descrição e apreciação

Neste capítulo, farei uma breve descrição das aulas lecionadas no âmbito da PES,

destacando os objetivos delineados para cada uma, assim como os conteúdos trabalhados e

as tarefas realizadas. Este capítulo será constituído por duas partes, sendo que a primeira é

dedicada à descrição das aulas propriamente ditas e a segunda a uma breve apreciação das

mesmas.

4.1. Descrição das aulas lecionadas

Aula 1 – 14 de novembro (ver Apêndices 1 e 2)

A primeira aula teve três fases principais: na primeira fase, os alunos tiveram de

responder a um questionário intitulado “O papel da motivação na aprendizagem da língua

estrangeira” (ver Apêndice 2, p.65), que tinha como objetivo conhecer melhor os interesses

comuns da turma; a segunda fase contemplava a aula propriamente dita, que foi baseada

essencialmente no vocabulário que permitia aos alunos falarem das suas experiências

vividas; na terceira fase os alunos tinham de demonstrar que tinham assimilado grande

parte do vocabulário estudado, através de dois pequenos exercícios escritos.

Terminada a primeira parte da aula dedicada ao questionário, passou-se à aula em si

que tinha como objetivo principal trabalhar a expressão oral. Tal como referido

anteriormente, esperava-se nesta aula que os alunos fossem capazes de falar sobre as suas

experiências pessoais e também de questionar os colegas sobre as suas experiências de

vida. Para tal, tiveram como estímulo a projeção de imagens variadas, relacionadas com as

mais variadas situações que poderiam já ter vivenciado e sobre as quais se esperava que

fossem capazes de falar e/ou descrever, empregando expressões como Have you ever / I

have never, em combinação com os vocábulos estudados na aula (por exemplo: Have you

ever been abroad? No, I have never).

Após o estudo do vocabulário escolhido para esta aula, fez-se dois pequenos

exercícios de compreensão e de consolidação de todo o vocabulário abordado. Os alunos

não revelaram dificuldades maiores de compreensão ou de utilização dos vocábulos

abordados nos exercícios realizados, primeiramente no manual do aluno e de seguida

através de uma ficha (ver Apêndice 2, p.72), e o balanço da aula foi bastante positivo, pois

contrariamente ao que tinham revelado, aquando do período de observação de aulas, os

alunos demonstraram ter um léxico variado e alguma fluência comunicativa.

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Aula 2 – 16 de novembro (ver Apêndices 3 e 4)

A segunda aula, foi dedicada ao tema central da unidade lecionada: o voluntariado.

À semelhança do que aconteceu na primeira aula, nesta segunda aula a ênfase foi dada, uma

vez mais, à expressão oral, porquanto o tema permitia aos alunos não só expressarem as

suas opiniões e posições sobre o mesmo, como também estabelecer uma ponte com a

primeira aula, ou seja, a abordagem deste tema permitia aos alunos reutilizarem alguns

conteúdos da primeira aula (por exemplo, Have you ever been a volunteer?).

A aula iniciou-se com o visionamento de um pequeno vídeo, que servia de

introdução ao tema da aula, em que um grupo de crianças tenta definir o que é um

voluntário. No final do visionamento e conforme esperado, toda a turma foi unânime em

reconhecer que as crianças não sabiam o que significava ser voluntário, tendo sido os

alunos desafiados a dizer como explicariam àquelas crianças o que isso significava.

Depois desta curta introdução ao tema, os alunos foram levados a ver um vídeo

intitulado How to volunteer for a good cause1, que estava estritamente relacionado com o

tema da aula: o voluntariado. Neste vídeo, abordava-se alguns passos que qualquer pessoa

deve seguir, de modo a prestar um bom serviço de voluntariado; os alunos tinham de

identificar os passos mencionados no vídeo, circundando a resposta certa, de entre as

opções apresentadas na ficha de compreensão (ver Apêndice 4, p.81). Da correção da ficha

de compreensão auditiva foi possível constatar que a maioria dos alunos conseguiu

identificar os passos referidos no vídeo, o que permite concluir que as dificuldades de

compreensão foram praticamente nulas.

Depois de terem identificado e assimilado os passos a dar para se voluntariarem, a

fase seguinte da aula foi dedicada à simulação de uma candidatura enquanto voluntários.

Utilizando uma cópia de anúncio de recrutamento de voluntários (ver Apêndice 4, p.82),

divulgado pela organização norte-americana BOYS & GIRLS CLUBS, os alunos tiveram de

simular uma candidatura, preenchendo um formulário de candidatura para o efeito (ver

Apêndice 4, p.83), retirado do sítio oficial da referida organização. O objetivo desta

atividade era não só levar os alunos a experienciarem uma situação real do processo de

voluntariado, mas também desencadear trocas de ideias entre eles sobre o assunto. Após

1 Vídeo realizado por Howcast e publicado a 27/05/2009 em

https://www.youtube.com/watch?v=YmB2K7gZi_E

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terem lido o anúncio e terem simulado as suas candidaturas, todos os alunos foram

convidados a apresentar as suas candidaturas à turma, explicando os motivos que os

levaram a candidatar-se, a disponibilidade que tinham e os serviços que iriam prestar.

Aula 3 – 18 de novembro (ver Apêndices 5 e 6)

Tendo começado com a correção da ficha realizada na primeira aula, nesta terceira

aula, abordou-se os adjetivos de personalidade, que se enquadravam na categoria do

vocabulário, conforme a estrutura do manual, e a expressão oral foi a competência

privilegiada. A decisão de focar esta aula novamente no vocabulário, deveu-se ao facto de a

abordagem deste conteúdo permitir mobilizar conhecimentos adquiridos nas aulas

anteriores para a discussão tida nesta. Por exemplo, tendo os alunos já compreendido que

para falarem de experiências vividas devem utilizar expressões como Have you ever / I

have never, foi-lhes fácil reutilizá-las e ligá-las aos novos vocábulos aprendidos (I have met

José Mourinho. He is a confident coach and a generous man).

Ao contrário do que aconteceu nas duas primeiras aulas, a partir desta aula a música

passaria a ser utilizada não só como uma ferramenta motivacional, mas também como um

instrumento que permite introduzir novos conteúdos de uma forma entusiasmante e

facilitadora. Intencionalmente, nas duas primeiras aulas a música não foi utilizada, pois

quis ver como seria a reação dos alunos nas aulas em que a música foi introduzida e nas

aulas em que não foi. Dito isto, esta aula foi iniciada com um tema musical intitulado “I’m

too shy”, em que o cantor admite ser demasiado tímido para confessar à rapariga por quem

está apaixonado, o quanto gosta dela. Antes de passar a música, por meio da exibição de

um vídeo que ia mostrando a letra à medida que a canção era cantada, comuniquei aos

alunos que iam escutar a canção uma só vez e que tinham de estar concentrados, de modo a

perceberem a mensagem que ela continha.

Depois de terem escutado a canção e lerem a letra, a turma foi unânime em dizer

que ela falava sobre um rapaz que, por ser muito tímido, não conseguia dizer à pessoa por

quem estava apaixonado o quanto gostava dela. Tendo em conta a simplicidade da canção,

a resposta da turma correspondeu às minhas expectativas e revelou, uma vez mais, que a

turma detém uma competência linguística próxima do exigido para o ano escolar que

frequenta. A introdução da música permitiu-me constatar que os alunos ficavam muito mais

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entusiasmados com a aula e muito mais participativos, o que vai ao encontro do pretendido,

ou seja, motivá-los para a aprendizagem dos conteúdos a lecionar.

Após a introdução à aula, passou-se ao estudo de alguns adjetivos de personalidade,

através de projeção de algumas imagens acompanhadas de dois adjetivos, em que os alunos

tinham de dizer qual dos dois melhor descrevia a pessoa na imagem ou se ambos se

aplicavam (ver Apêndice 6, p.89). Esta atividade de exploração vocabular foi seguida de

um momento em que os alunos tinham de escolher um(a) colega da turma e fazer uma

descrição, recorrendo aos adjetivos aprendidos (shy, stubborn, sociable, creative,

organized, etc).

Para concluir a aula, os alunos fizeram uma ficha de consolidação vocabular, onde

tiveram de associar os adjetivos apresentados às suas respetivas definições, tendo ainda

completado uma tabela com os adjetivos que consideravam descrever melhor as suas

personalidades, escrevendo-os nas colunas: I AM… I AM NOT… (ver Apêndice 6, p.91).

Aula 4 – 21 de novembro (ver Apêndices 7 e 8)

Nesta quarta aula, foi introduzido o tempo verbal the present perfect simple. A aula

não correu como planeado, devido a problemas técnicos com o material informático da sala

onde a mesma decorreu.

À semelhança do procedimento adotado na aula anterior, tinha previsto começar

esta aula com uma canção da banda U2, intitulada “I still haven’t found what I’m looking

for”, para introduzir o tema da aula: the present perfect simple. No entanto, não tendo sido

possível, devido a problemas informáticos, a aula foi lecionada com recurso ao quadro,

onde foi explicado as regras de formação e utilização do referido tempo verbal.

Após ter explicado as regras de formação e de uso do present perfect simple,

contrastando este tempo verbal com o past simple, convidei um aluno a assumir, por breves

momentos, o papel do professor e recapitular a matéria explicada, o que resultou muito

bem, pois tanto me permitiu certificar que a minha explicação tinha sido clara, como

também permitiu despertar o entusiasmo da turma perante o papel desempenhado pelo

colega. A seguir a este momento de explanações de regras gramaticais, os alunos fizeram

dois exercícios no manual (ver Apêndice 8, p.100), de modo a demonstrar até que ponto

tinham compreendido o tempo verbal estudado.

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Aula 5 – 23 de novembro (ver Apêndices 9 e 10)

Nesta aula, abordou-se o tempo verbal the present perfect continuous por ser uma

sequência lógica e natural do tempo verbal estudado na aula anterior. A aula iniciou-se com

uma breve recapitulação da aula anterior e de seguida os alunos foram levados a escutar a

canção “I’ve been thinking about you”, como introdução ao tema da aula.

Tendo os alunos percebido que a estrutura do present perfect simple é composta por

dois verbos (to have + past participle), ao olharem para a estrutura do título da canção “I’ve

been thinking about you” rapidamente repararam que a mesma era composta por três

verbos (to have + to be + present participle), o que facilitou a assimilação das regras de

formação e de utilização deste tempo verbal.

Depois da explicação da forma e do uso do present perfect continuous, os alunos

fizeram dois exercícios no manual (ver Apêndice 10, p.107), de forma a consolidarem a

matéria que tinham acabado de aprender.

Aula 6 – 25 de novembro (ver Apêndices 11 e 12)

Esta aula marcou o início da preparação da tarefa final que os alunos tinham de

apresentar, que tinha a ver com a simulação de organização de um evento de solidariedade,

mais concretamente, um concerto de solidariedade. Houve dois grandes momentos, sendo

que o primeiro foi dedicado à atribuição dos papéis a desempenhar por cada grupo e o

segundo à preparação dos papéis atribuídos.

Antes de dar início à aula, pedi aos alunos que formassem grupos de quatro, três e

dois elementos, conforme os nomes por mim anunciados. Depois de estarem formados os

grupos, comuniquei-lhes que o objetivo da formação dos mesmos prendia-se com a

organização de um concerto de solidariedade e que cada grupo tinha um papel importante a

desempenhar para que isso fosse possível. Para revelar aos grupos o papel a cumprir, foi

projetado um diapositivo com os nomes dos alunos, o grupo a que pertenciam e a função de

cada um no seio do grupo.

Havia para esta atividade, sete grupos com papéis bem distintos (ver Apêndice 12,

p.112):

o 1º grupo tinha como papel, criar uma organização, atribuir-lhe um nome, dizer a

data da sua fundação e a causa que defende. Este grupo era composto por 4 alunos,

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em que dois desempenhavam o papel de fundadores, um o papel de diretor e outro o

papel de subdiretor;

o 2º grupo desempenhava o papel de voluntários e trabalhava para a organização

fundada pelo grupo 1. Os três alunos que compunham este grupo tinham de dizer há

quanto tempo faziam voluntariado na organização criada pelo grupo 1, que serviço

prestavam e os motivos que os levaram a ser voluntários;

os organizadores do evento, 3º grupo, também composto por três alunos, tinham de

explicar o porquê da organização do concerto de solidariedade e o que fizeram para

divulgar o evento;

à Orquestra Gil Vicente, 4º grupo, composto por quatro elementos (uma

violoncelista, uma contrabaixista, um maestro e um manager) competia dizer por

que motivo aceitaram o convite para participar no evento, dizer há quanto tempo

tocavam juntos e se alguma vez tinha atuado no estrangeiro;

o 5º grupo, composto por dois alunos que faziam o papel de dois cantores famosos,

tinha de cantar em dueto e explicar o porquê de ter aceite o convite para participar

no evento;

o 6º grupo, composto por três alunos que trabalhavam na bilheteira, tinha de dizer

qual era o valor dos bilhetes, dizer se foram todos vendidos e anunciar o montante

total angariado com o evento organizado;

por fim, os dois alunos que compunham o 7º grupo faziam o papel de

apresentadores e tinham de fazer a apresentação do evento e entrevistar todos os

participantes.

Depois deste primeiro momento da aula, passou-se ao segundo momento, em que os

alunos tiveram de discutir entre si e anotar as ideias gerais acerca dos papéis atribuídos a

cada grupo, depois de terem recebido uma cópia do diapositivo apresentado. A planificação

desta aula contemplou tanto a competência oral, como a competência escrita, na medida em

que os alunos tinham de debater ideias, anotá-las e partilhá-las com a turma, e pretendia-se

que estes recorressem a e reutilizassem, tanto quanto possível, todos os conteúdos até então

abordados. Por exemplo, os alunos que faziam o papel de apresentadores tinham de

empregar, entre outros conteúdos, o present perfect continuous, ao perguntarem aos alunos

que faziam papel de músicos há quanto tempo tocavam: How long have you been playing?

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Em conclusão, esta foi uma aula bastante motivante para os alunos, em que todos

tiveram uma participação ativa, tendo havido uma comunicação constante entre eles,

sentido de responsabilidade e espírito de equipa.

Aula 7 – 28 de novembro (ver Apêndices 13 e14)

Esta aula foi continuação da aula precedente e decorreu no anfiteatro da escola, pois

a apresentação da tarefa final seria neste espaço. Comecei a aula, pedindo aos alunos que se

sentassem consoante os grupos formados na aula anterior e que tivessem à disposição a

folha distribuída na aula anterior, com as especificações sobre as funções de cada grupo. De

seguida, entreguei aos alunos uma folha com a ordem que cada grupo tinha de seguir no dia

da apresentação (ver Apêndice 14, p.119), pedindo-lhes que elaborassem uma lista com as

possíveis perguntas e respostas acerca dos papéis a desempenhar.

A seguir a este momento de preparação dos papéis a desempenhar e de algum

ensaio entre os grupos, seguiu-se para o segundo momento da aula, em que os alunos

tiveram de fazer uma simulação da apresentação final, seguindo a ordem de apresentação

constante da folha distribuída no início da aula. Cada grupo teve de ir para a frente da turma

e demonstrar que tinha assimilado o papel que lhe incumbia, colocando ou respondendo

questões sobre as funções atribuídas.

Na primeira simulação desta atividade, apercebi-me de que os grupos ainda não se

encontravam devidamente preparados e dei-lhes mais algum tempo de preparação e mais

ajuda na organização das suas ideias, antes de se passar à repetição da simulação inicial.

Apesar de ter considerado esta tarefa final como sendo bastante motivadora e pedagógica,

concluí que ela teria sido melhor se não tivesse sido condicionada pelo facto de a duração

de cada aula ser muito curta e o número de aulas agendadas para a PES ter sido muito

limitado.

Aula 8 – 30 de novembro (ver Apêndice 15)

Esta oitava aula foi dedicada à apresentação da tarefa final, tendo estado presente o

meu professor de IPPII a observar. Comecei a aula pedindo aos alunos que se sentassem

nos lugares ocupados durante o ensaio tido na aula anterior, conforme os grupos a que

pertenciam. De seguida, agradeci ao meu professor por estar presente, à professora

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cooperante pela ajuda e orientação e aos alunos por terem comparecido na sua maioria, uma

vez que se faltassem a apresentação ficaria comprometida.

Depois de relembrar aos alunos que tinham de estar em silêncio e atentos, à medida

que cada grupo apresentava, e que tinham de seguir a lista facultada, que continha a ordem

de apresentação, deu-se início à simulação do evento, tendo sido o grupo de alunos que

desempenhavam o papel de apresentadores, o primeiro a ser chamado.

Sabendo que esta aula tinha sido ensaiada e que os alunos limitar-se-iam a recitar o

que tinham preparado, seguiu-se um momento em que colocava perguntas adicionais aos

alunos, acerca dos papéis que cada grupo tinha apresentado, sem que estes estivessem à

espera. Os alunos demonstraram alguma espontaneidade nas respostas dadas, o que revela,

pela forma como empregaram alguns dos conteúdos estudados (como o present perfect

simple e o presente perfect continuous) que tinham interiorizado muito bem a matéria

abordada. Ainda nesta linha de espontaneidade, os alunos foram encorajados a colocar

algumas questões ao professor convidado, sem que estas tivessem sido preparadas, tendo os

mesmos demonstrado alguma fluência e naturalidade na forma como comunicavam.

Esta aula teve a competência oral como prioridade e além de ter tido como objetivo

principal permitir aos alunos empregarem, em contexto real de comunicação, os

conhecimentos até então adquiridos, serviu também como instrumento de avaliação. Por

outras palavras, quis utilizar esta apresentação como um instrumento alternativo de

avaliação, em vez de efetuar um teste sumativo. Esta decisão, consentida pela professora

cooperante, deveu-se sobretudo ao tema do relatório da PES (o impacto da motivação na

aprendizagem da língua estrangeira), pois, considero que um dos fatores da motivação é

fugir ao que é expetável ou previsível e disponibilizar aos alunos meios variados de

testarem os seus conhecimentos. Todavia, a professora cooperante assumiu a

responsabilidade de elaborar um teste sumativo no final do primeiro período.

Para que a apresentação desta atividade decorresse sem que o tempo limite da aula

fosse comprometido, foi pedido aos alunos que comparecessem uma hora mais cedo,

sobretudo as alunas que iam tocar, de modo a puderem afinar os instrumentos e

prepararem-se para a apresentação. Ora, considerando que o horário desta aula era às oito

da manhã, o facto de todos terem comparecido às sete, com um sorriso na cara e cheios de

entusiasmo ilustrou quão motivados estavam.

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Aula 9 – 14 de dezembro (ver Apêndices 16 e 17)

Nesta última aula, das nove agendadas, a competência de leitura e de escrita foram

as privilegiadas. Até aqui, o enfoque tinha sido dado sobretudo à compreensão e à produção

orais, por considerar estas como sendo as mais prioritárias. À semelhança do que acontece

com a ordem natural de comunicação do ser humano, em que se aprende primeiramente a

falar e só depois a escrever, quis que as abordagens tidas nas minhas aulas seguissem esta

lógica. Dito isto, nesta aula os alunos foram levados a ler um post retirado da página de

facebook do músico Bruno Mars (ver Apêndice 17, p.129) e distribuído na aula, em que

tiveram de, individualmente, ler os comentários feitos por alguns fãs e, de seguida, escrever

os seus próprios comentários acerca do mesmo. Depois, tiveram de partilhar com a turma

os comentários escritos, lendo-os em voz alta.

Finda esta primeira parte da aula, era suposto passar-se para a segunda parte, em

que os alunos tinham de escrever uma canção. Em grupos de três e quatro elementos, os

alunos teriam de fazer de conta que eram um grupo musical e tinham de atribuir um nome

ao grupo, escolher um estilo de música que interpretam e escrever uma canção original (ver

Apêndice 17, p.131). Para tal, seriam encorajados a pensar nas suas canções favoritas, para

se inspirarem, e teriam de empregar o maior número possível dos conteúdos aprendidos.

Este exercício serviria também como elemento de avaliação e seria recolhido no final da

aula para correção. Contudo, por ser a última aula, os alunos tinham preparado uma

pequena surpresa para mim, que consistia num vídeo sobre alguns dos momentos da aula

que queriam partilhar comigo antes da aula terminar, o que fez com que a segunda parte da

aula não se realizasse. Esta foi, de todas, a aula mais marcante para mim, por ter sido a

última e por ter confirmado que tinha criado uma relação muito forte e muito especial com

a turma, como se comprovou pelo gesto que tiveram para comigo.

4.2. Apreciação das aulas lecionadas

Havendo um objetivo geral a alcançar no final da unidade lecionada, através da

apresentação de uma tarefa final, foi mais claro traçar os objetivos específicos para cada

aula. Nesse sentido, ao longo de todas as aulas lecionadas a ênfase foi dada especialmente à

competência oral, como se pode ver nas descrições aqui feitas, por ser aquela que os alunos,

no momento da apresentação da tarefa final, teriam de evidenciar mais e por ser aquela que,

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no meu entender, era mais premente trabalhar, visto ser a que os alunos revelaram ter mais

dificuldade em dominar.

Um outro aspeto que procurei não descurar, foi a ligação entre as aulas, ou seja,

procurei sempre manter um fio condutor entre as aulas, de modo a que os alunos vissem

uma lógica na forma como os conteúdos iam sendo trabalhados, recuperando, sempre que

possível, conteúdos já abordados e relacionando-os com novos conteúdos.

A introdução de músicas, a partir da terceira aula, permitiu obter um ambiente

descontraído na sala de aula, despertou entusiasmo nos alunos e revelou ser uma ferramenta

eficaz na abordagem de conteúdos gramaticais e vocabulares. No entanto, importa frisar

que o facto de cada aula ter apenas cinquenta minutos de duração, condicionou bastante o

ritmo e a consistência das aulas lecionadas, e uma bordagem mais aprofundada dos

conteúdos lecionados. No que concerne à utilização da música, por exemplo, a exploração

da mesma poderia ter sido mais densa, se a duração de cada aula fosse mais alargada.

No geral, as aulas correram bem, os objetivos específicos e gerais foram alcançados,

graças à boa atitude da turma perante as atividades propostas e à colaboração da professora

cooperante, embora algumas não tenham decorrido de acordo com a planificação, umas

vezes devido a problemas técnicos, outras devido à restrição de tempo, como anteriormente

referido. Por exemplo, o tempo verbal The Past Perfect não chegou a ser abordado, de

modo a que se pudesse aproveitar a aula que lhe seria dedicada para dar início à preparação

da tarefa final. O fator tempo foi, portanto, um grande condicionante e a quantidade de

horas disponibilizadas para a prática de ensino revelou-se insuficiente para a

implementação dos conhecimentos teóricos adquiridos.

Estando concluído o presente capítulo sobre as aulas lecionadas, importa sintetizar

os principais pontos abordados: foi feita uma descrição sumária das aulas, com destaque

para os objetivos definidos, os conteúdos trabalhados e as tarefas realizadas; de seguida, foi

feita uma apreciação sucinta das aulas, dando conta da forma como foram conduzidas e

como decorreram.

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Capítulo 5 – Reflexão final

Neste derradeiro capítulo, farei uma reflexão global sobre o trabalho desenvolvido

ao longo da PES, retratando sucintamente o papel de um professor reflexivo e evidenciando

os aspetos positivos e os aspetos negativos que marcaram as aulas lecionadas. Tecerei ainda

algumas considerações finais sobre o papel da motivação na aprendizagem da língua

estrangeira e o contributo que a música pode dar não só para que essa motivação ocorra,

mas também para que a aprendizagem se realize.

5.1. Reflexão sobre o trabalho desenvolvido

Ser professor nunca foi uma tarefa fácil e nos tempos atuais essa tarefa é ainda mais

árdua, sobretudo devido a uma exigência, cada vez maior, de professores com

competências múltiplas. De entre essas competências, não deixa de ser pertinente destacar

aquelas que Perrenoud (1999) considera ser as dez novas competências para ensinar:

1. Organiser et animer des situations d’apprentissage.

2. Gérer la progression des apprentissages.

3. Concevoir et faire évoluer des dispositifs de différenciation.

4. Impliquer les élèves dans leurs apprentissages et leur travail.

5. Travailler en équipe.

6. Participer à la gestion de l’école.

7. Informer et impliquer les parents.

8. Se servir des technologies nouvelles.

9. Affronter les devoirs et les dilemmes éthiques de la profession.

10. Gérer sa propre formation continue.

Olhando para estas competências sublinhadas por Perrenoud, fica patente que as

competências do professor vão muito para além de ensinar e de avaliar. Não obstante estas

competências profissionais postas em relevo serem imprescindíveis para qualquer docente,

importa acrescentar a esta lista uma outra competência de igual modo crucial para um

professor: a capacidade de refletir sobre os seus ensinamentos. O que significa isso?

Significa ser capaz de refletir constantemente sobre a sua prática de ensino e estar disposto

a alterar a forma como ensina, conforme sublinha Jay (2003, p. 1): “Reflection means

thinking about what one is doing. It entails a process of contemplation with an openness to

being changed, a willingness to learn, and a sense of responsibility for doing one’s best”.

Ser um professor reflexivo implica, portanto, estar atento aos alunos, observar o que

se passa na aula e levantar questões sobre os procedimentos tidos e as atitudes tomadas: o

que é que fiz de errado nesta aula? O que é que fiz bem? Porque é que o que planeei não

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resultou? Porque é que correu bem? Porque é que fiz o que fiz? Será que os alunos

aprenderam aquilo que eu pretendia ensinar? Fazendo este exercício de reflexão sobre a sua

conduta e a sua metodologia de ensino, um professor consegue melhorar o seu desempenho

e consequentemente a qualidade do ensino, como refere Brookfield (1995, p.7): “Teachers

who use reflective action care deeply about ways to improve their own classroom

performance and how to bring the greatest possible benefit to the lives of their students”.

Antes de ter iniciado esta formação em ensino, o meu conhecimento sobre a

pedagogia e a didática de línguas era muito reduzido, assim como a minha experiência

profissional na área de educação. Apesar da pouca experiência tida, lembro-me de muitas

vezes ter ficado com a sensação de que a aula tinha corrido bem e de, outras tantas vezes,

ter ficado com a sensação de que tinha corrido muito mal. Lembro-me também de nunca

me ter questionado sobre o porquê de achar que tinha corrido bem ou mal e de apenas me

ter contentado com a ideia de que a próxima seria melhor. Quero com isto dizer que este

conceito de professor reflexivo, proclamado por muitos estudiosos, era algo que

desconhecia e que não praticava e que hoje considero ser uma das grandes aprendizagens

feitas ao longo desta minha formação. Estando ciente da importância de se refletir sobre o

processo de ensino e aprendizagem, nos pontos que seguem farei um retrospeto das aulas

que lecionei, procurando perceber o que correu bem e menos bem e o que poderia ter sido

feito de outra forma.

Aspetos positivos das aulas lecionadas

Antes de me debruçar sobre os aspetos positivos da minha prática de ensino,

considero importante frisar alguns fatores que foram decisivos para o resultado positivo

alcançado. O período de observação de aulas, que precedeu a minha intervenção letiva, foi

determinante para a planificação das aulas que lecionei, dado que isso me permitiu

conhecer, antecipadamente, a turma e a forma como esta trabalha, facilitando a planificação

das aulas. Além disso, a observação de aulas permitiu-me também analisar a forma como a

professora cooperante lecionava, o que foi uma lição bastante útil, na medida em que pude

constatar o que funcionava bem com a turma e o que funcionava menos bem. O segundo

fator que em muito contribuiu para que a PES decorresse de forma positiva foi o apoio

constante dado pela professora cooperante, que foi sempre extremamente prestável ao

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longo de todo o período de prática de ensino, fazendo sugestões, propondo ideias e

supervisionando as planificações.

A planificação de aulas foi outro aspeto que se revelou essencial para o sucesso da

minha prática de ensino, porquanto ela tanto facilita o ensino, como a prendizagem. Dito de

outra forma, a planificação de aulas é crucial para que o ensino e a aprendizagem sejam

bem-sucedidos, pois ela implica considerar os alunos com os quais se trabalha, os objetivos

da aula, os materiais a utilizar e a sequência a dar às atividades propostas. A aplicação do

questionário no início da PES foi também importante, visto que permitiu conhecer um

pouco melhor os interesses da turma, contribuindo para que a planificação das aulas fosse

mais objetiva. Por fim, importa sublinhar a participação da turma em todas as atividades

desenvolvidas. Como referido anteriormente, a turma teve uma postura exemplar e uma

atitude muito positiva nas aulas lecionadas, o que favoreceu muito o processo de ensino e

de aprendizagem.

Focando-me agora nas aulas propriamente ditas, posso afirmar que, de uma maneira

geral, o resultado das nove aulas lecionadas foi positivo, na medida em que a unidade

didática foi trabalhada conforme tinha sido planeada e os alunos revelaram ter apreendido

os conteúdos abordados. De entre os pontos positivos das aulas dadas, destaco a forma

como estas foram sequenciadas, permitindo uma interligação entre os conteúdos abordados,

facilitando assim a sua assimilação por parte dos alunos. Tendo sido a competência oral a

mais trabalhada, notou-se uma evolução significativa na forma como os alunos

comunicavam, tanto a nível linguístico como a nível de participação. Por exemplo,

comparando a primeira aula que lecionei, em que a maioria dos alunos estava relutante a

falar, com a última, em que todos estavam mais confiantes, sinto que o trabalho

desenvolvido teve o efeito desejado, ou seja, sinto que motivei os alunos a aprender e os

encorajei a expressarem-se mais. Para isso, a preparação e apresentação da tarefa final

foram determinantes, na medida em que implicavam uma colaboração e uma comunicação

constante entre os diferentes grupos envolvidos.

Falando da tarefa final, esta foi o aspeto mais positivo da PES. A sua conceção,

preparação e apresentação permitiram trabalhar de forma concreta a questão da motivação e

revelaram-se úteis para a mobilização de conhecimentos sobre os conteúdos trabalhados.

Como referido anteriormente, a realização desta tarefa pressupunha que os alunos

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trabalhassem em pequenos grupos. Esse trabalho em grupo funcionou muito bem, tendo os

alunos revelado mais empenho nas atividades e mais motivação, fazendo deste um outro

ponto positivo a assinalar.

Aspetos negativos das aulas lecionadas

Apesar de as aulas terem corrido bem, na sua generalidade, houve alguns aspetos

que não correram da forma prevista ou da forma desejada. Como mencionei no capítulo

introdutório deste relatório, a motivação e o uso da música na aprendizagem de língua

estrangeira constituíram o tema central da PES. No final da minha prática de ensino

supervisionada tive a sensação de não ter feito o suficiente para motivar os alunos e de a

exploração da música na sala de aula não ter sido tão vasta quanto deveria, não por culpa

minha, mas devido ao número restrito de aulas que tinha para lecionar a unidade e à curta

duração de cada aula (cinquenta minutos). Nesse sentido, o aspeto menos positivo de toda a

prática letiva foi, de facto, a restrição do tempo. No que toca ao uso da música, há uma

série de atividades que poderia ter feito, se o tempo não fosse tão limitado, como, por

exemplo, usá-la para trabalhar a pronúncia e as componentes culturais da língua. Por outro

lado, o facto de os alunos terem três aulas por semana e de o intervalo entre as mesmas ser

de apenas um dia; o facto de eu também ter aulas na faculdade; e o facto de residir em

Leiria e ter de fazer longas viagens semanais, não foram muito favoráveis para a prática de

ensino supervisionada, pois tornou-se muito difícil planificar as aulas com o rigor e a

qualidade desejados.

Como já mencionado, a escolha do tema motivação deveu-se ao facto de ter notado

alguma inércia por parte dos alunos perante as atividades, durante o período de observação

de aulas; já a escolha da música foi devido ao seu pouco uso nas aulas observadas e devido

ao facto de estar relacionada com a minha outra área profissional. Contudo, devo admitir

que foi um pouco confuso para mim abordar estes dois temas. O facto de ter sido forçado a

ir para uma nova escola e trabalhar com uma nova turma, conforme referido no capítulo 2,

obrigou-me a repensar o tema a abordar na PES; por outro lado, o facto de ter começado o

ano letivo com mais de um mês de atraso, por motivos particulares, fez com que a escolha

do tema fosse precipitada e à última da hora. Apesar de este ser o tema que hoje voltaria a

escolher, a forma como o trabalhei seria hoje diferente. Por exemplo, considerando que a

música foi utilizada como impulsionadora da motivação e que foi a vertente mais

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trabalhada, julgo que no questionário aplicado à turma devia ter dado mais ênfase aos

aspetos musicais e que a sua exploração na sala de aula devia ter sido mais proveitosa.

Apesar de reconhecer a importância do uso da música na aprendizagem da língua

estrangeira, admito que a sua utilização didática possa não ser uma tarefa fácil. Como foi

referido no capítulo 1, o uso da música só é produtivo se ela for escolhida levando em conta

a função que irá desempenhar, a idade e o nível linguístico dos alunos, a relação que tem

com o tema da aula ou ainda a sua qualidade sonora. Isso significa que deve haver um

trabalho muito cuidado na seleção das músicas a utilizar, o que leva sempre algum tempo

de preparação. Além destas condicionantes, a escolha de uma canção que o aluno não

conheça ou que não aprecie, pode provocar efeito contrário ao desejado. No caso das

músicas utilizadas nas aulas, senti que os alunos as estranharam um pouco (por não as

conhecerem), embora as tenham recebido com entusiasmo. A forma como usei a música na

sala de aula foi um outro aspeto negativo. O facto de não ter conseguido explorar a música

de uma forma mais profunda, devido ao tempo limite de cada aula, dá-me a sensação de

que o seu contributo para a aprendizagem foi menos forte do que esperado, ao passar, por

exemplo, a canção apenas uma vez, quando se deve passar no mínimo umas três vezes.

Olhando para as minhas competências didáticas, sinto que esta formação tem sido

muito enriquecedora. Contudo, penso que a experiência tida durante a PES é diminuta e

insuficiente para pôr em prática alguns dos conceitos mais significativos aprendidos,

designadamente, nas unidades curriculares de Didática e de Iniciação à Prática Profissional.

Dito isto, reconheço ter alguns pontos a melhorar, nomeadamente na forma como planifico

as aulas, na forma como dou instruções aos alunos, na forma como explico os conteúdos, na

gestão do tempo de aula e sobretudo a nível de elaboração, aplicação e correção de testes de

avaliação, que considero ser, de todos estes, o meu ponto mais fraco.

5.2. Considerações finais sobre a motivação e sobre o uso da música em aula

Na última aula que tive com os alunos da turma 9º3ª, estes tinham preparado uma

surpresa para mim, que consistia na apresentação de um vídeo com os momentos mais

marcantes das aulas realizadas. Nesse vídeo deixaram-me a seguinte mensagem: “No

matter what you do to motivate students, the most important thing to us is to have a

motivated teacher”. Esta afirmação ilustra que a motivação é um processo recíproco, que

envolve o professor e o aluno. Isso é algo em que não tinha pensado, pois a minha

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preocupação maior era motivar os alunos, e não deixa de ser verdade que para motivar os

alunos, o professor tem de se sentir motivado e apaixonado por aquilo que faz, uma ideia

corroborada por Arends e Kilcher (2010, p.73):

Some observers contend that motivating students cannot be translated into a set

of best practices, that it is not about using particular motivational strategies to

secure student cooperation and engagement, but instead it is the way we are as

teachers that makes the difference. It is the “teacher as person,” our internal

commitments, and our deeply held beliefs about learning that are most

important.

Apesar de não haver dúvidas de que a motivação tem um papel fundamental para o

sucesso escolar dos alunos, pode-se afirmar que não é tarefa fácil conseguir motivar os

alunos. Porquê? Porque a motivação é subjetiva, isto é, os alunos sentem-se mais ou menos

motivados perante as atividades propostas nas aulas, conforme o interesse e gostos pessoais

que têm por essas atividades, e se sentirem que elas se relacionam com as suas vivências e

experiências: “Student motivation is rooted in students’ subjective experiences, especially

those connected to their willingness to engage in learning activities and their reasons for

doing so” (Brophy, 2010, p.3).

Relembrando as competências exigidas ao professor, abordadas no início deste

capítulo, eu diria que a essas poder-se-ia acrescentar ainda uma outra (para além da

capacidade de autorreflexão já referida): a capacidade de o professor conseguir motivar o

aluno. Considerando a complexidade e a subjetividade da motivação, é fundamental que o

professor conheça não só os aspetos teóricos da motivação, como também as idiossincrasias

dos alunos com quem trabalha. Entre os muitos aspetos a considerar estão os interesses e os

gostos dos alunos, mas também a metodologia e os materiais utilizados pelo professor, a

relevância das atividades realizadas, o grau de dificuldade dessas atividades, a forma como

o professor explica, a compreensão da matéria por parte do aluno, a atenção e o feedback

dado pelo professor, a forma como este avalia os alunos, e acima de tudo, a qualidade da

relação estabelecida entre as duas partes. Por exemplo, um aluno dificilmente se sentirá

motivado se achar que a relação que tem com o professor é má ou se não perceber a

utilidade e o porquê de fazer certas atividades, como refere (Brophy, 2010, p.214):

“Students do not need to enjoy school activities to be motivated to learn from them, but

they do need to perceive the activities as meaningful and worthwhile”. Nesta curta

experiência que tive ao trabalhar este tema, apercebi-me que mais difícil do que conseguir

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motivar uma turma é conseguir manter a motivação quando esta é alcançada. Isso significa

que a procura da motivação do aluno é um trabalho contínuo e regular e que requer do

professor uma reflexão constante sobre a sua prática de ensino e estar num permanente

estado de automotivação.

No que concerne ao uso da música, o contributo que ela dá para a aprendizagem da

língua estrangeira é enorme, quando devidamente utilizada. Além de dar um ar mais

descontraído à sala de aula e de contribuir fortemente para a motivação dos alunos, ela

permite trabalhar de forma divertida as quatro competências de base da língua estrangeira,

ou seja, o listening, o speaking, o reading e o writing. Contra a minha vontade, não foi

possível trabalhar todas estas competências por meio da música, devido a restrições de

tempo, e gostaria de destacar aqui algumas atividades que gostaria de ter podido

desenvolver com os alunos. Por exemplo, antes de escutarem uma canção podia ter-lhes

dado a letra da música e pedir-lhes para preencherem as partes incompletas; podia ter

escrito o título da música no quadro e pedir-lhes para adivinharem o tema retratado ou o

nome do artista; depois de escutarem a canção, podia ter-lhes dado uma ficha em que

tinham de dizer se as afirmações sobre a canção são verdadeiras ou falsas; podia ter-lhes

dado a letra da música com erros e pedir-lhes para corrigirem ou dar-lhes a letra

desordenada e pedir-lhes para a ordenarem; podia ter-lhes pedido para identificarem a

variedade do inglês, tendo em conta o sotaque do cantor da canção; podia ter-lhes pedido

para cantarem a canção, como forma de trabalhar a dicção e a fluência linguística. Como se

pode ver, as possibilidades do uso de música na sala de aula são muitas, sendo as únicas

limitações a aceitação e a criatividade do professor.

Os escassos estudos existentes sobre a utilização da música na sala de aula

reconhecem unanimemente a sua importância e o seu contributo para a aprendizagem da

língua estrangeira e para a motivação dos alunos, embora pareça haver necessidades de

estudos adicionais sobre esta matéria, conforme destaca Engh (2013, p.120): “There is a

need for an in-depth study with a class of teen and adult learners to measure effects of a

music intensive teaching methodology versus conventional methodologies”. No entanto,

esta pequena experiência que tive, ao usar a música durante a minha prática de ensino

supervisionada, não me deixou dúvidas de que o uso da música potencia realmente a

motivação e a aprendizagem e enriquece as competências linguísticas dos alunos.

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Chegado ao fim deste capítulo de retrospeção sobre a PES, recordo que comecei por

abordar, ainda que superficialmente, as características e o papel de um professor reflexivo,

fazendo de seguida um balanço das aulas lecionadas, com referência em particular aos seus

aspetos positivos e negativos. O capítulo concluiu-se com uma apresentação sucinta das

considerações finais sobre o papel da motivação na aprendizagem da língua estrangeira e

ainda sobre o contributo da música não só para a promoção da motivação como também

para a facilitação da aprendizagem da língua estrangeira.

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Conclusão

Estando concluído este relatório, importa relembrar que este é composto por cinco

capítulos e que tinha por escopo descrever a prática de ensino supervisionada desenvolvida

na Escola Básica e Secundária Gil Vicente, no primeiro período do ano lectivo 2016/2017,

com uma turma do 9º ano, no âmbito do Mestrado em Ensino de Inglês e Francês.

No primeiro capítulo, fez-se uma análise ao Programa de Inglês para o 3º Ciclo do

Ensino Básico, com o intuito de se perceber se os princípios gerais definidos pelo mesmo

se coadunavam com os conteúdos da unidade lecionada, tendo ainda sido apresentados os

motivos que me levaram a fazer da motivação e da música os temas centrais da PES.

No segundo capítulo, dedicado ao contexto escolar, foi feita a caracterização da

escola onde decorreram as intervenções letivas e da turma com a qual trabalhei.

Relativamente à primeira, falou-se da sua história, meio envolvente e recursos educativos;

quanto à segunda, a caracterização foi feita ao nível da composição, do comportamento, do

aproveitamento e da situação socioeconómica do agregado familiar dos alunos.

No terceiro capítulo, foram abordados as estratégias de ensino concebidas para o

ensino da unidade didática, as metodologias adotadas, os materiais utilizados e a avaliação

feita, ao passo que no quarto capítulo foram descritas as aulas lecionadas, com destaque

para os objetivos definidos para cada aula, os conteúdos trabalhados e as tarefas realizadas.

Por fim, no quinto e último capítulo, foi feita uma reflexão global sobre o trabalho

desenvolvido ao longo da PES, com especial destaque para os aspetos positivos e negativos

das aulas lecionadas e ainda uma observação final sobre a importância da motivação e da

música na aprendizagem da língua estrangeira.

Da realização da prática de ensino supervisionada decorreu a demonstração de que a

falta de motivação é, efetivamente, um obstáculo para a aprendizagem, e que a utilização de

música na sala de aula não só é uma das soluções possíveis para esse problema, como

também um instrumento que contribui significativamente para o desenvolvimento das

competências linguísticas dos alunos. Esta prática de ensino me demonstrou ainda que

quem ensina deve procurar incansavelmente a melhor forma de o fazer, o que passa por

fazer uma reflexão constante sobre as suas práticas pedagógicas e nunca estar satisfeito

com o resultado alcançado, pois é sempre possível fazer melhor.

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Apêndices

Planificações das aulas lecionadas e materiais utilizados

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Índice de apêndices

Apêndice 1 – Planificação da 1ª aula ……………………………………….59

Apêndice 2 – Material utilizado …………………………………………….65

Apêndice 3 – Planificação da 2ª aula ……………………………………….77

Apêndice 4 – Material utilizado …………………………………………….81

Apêndice 5 – Planificação da 3ª aula ……………………………………….85

Apêndice 6 – Material utilizado …………………………………………….89

Apêndice 7 – Planificação da 4ª aula ……………………………………….93

Apêndice 8 – Material utilizado …………………………………………….97

Apêndice 9 – Planificação da 5ª aula ……………………………………...101

Apêndice 10 – Material utilizado ………………………………………….105

Apêndice 11 – Planificação da 6ª aula …………………………………….109

Apêndice 12 – Material utilizado ………………………………………….112

Apêndice 13 – Planificação da 7ª aula …………………………………….115

Apêndice 14 – Material utilizado ………………………………………….119

Apêndice 15 – Planificação da 8ª aula …………………………………….121

Apêndice 16 – Planificação da 9ª aula …………………………………….125

Apêndice 17 – Material utilizado ………………………………………….129

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA GIL VICENTE

CLASS: 9th grade LESSON PLAN 1 UNIT 3: Go for it

DATE: November 14th

TOPIC: Vocabulary

ALLOTTED TIME: 50 min. (Talking about personal experiences)

Lesson Rationale

Most students agree that the speaking skill is hard to master. For this reason

throughout this teaching practice the focus will be mainly on this particular skill, aiming at

improving students’ oral competence. According to Metas Curriculares de Inglês – Ensino

Básico (2015, p.9), 9th

grade students should be able to talk about daily topics and talk

about their experiences. To achieve that, having a wide vocabulary is a key aspect.

Therefore, the goal of this lesson is to explore vocabulary related to experiences that

students might have gone through in their lives. For instance, they are expected to be able

to say if they have been abroad, if they have won a prize, if they have given a speech, and

so on. Before planning this lesson there was an open discussion with the cooperating

teacher about the contents from Unit 3 in order to establish the best way to structure the

lessons.

This lesson happens to be the first one from this Unit, which is the Unit 2 sequence.

Considering that the oral skill is the main skill to develop in this lesson and the essential

vocabulary to cover should be the one presented in students’ book, the materials for this

lesson were designed so as both aspects could be explored. This will be a four-part lesson.

In the first part students will answer a short questionnaire titled “O impacto da motivação

na aprendizagem da língua estrangeira”, which will be the main topic addressed in my final

report and the goal is to better understand their interests and the activities that please them

the most. The second part will be devoted to vocabulary learning and in the third and fourth

part students will do two exercises concerning the vocabulary covered.

As far as the methodology is concerned the “Communicative Language Teaching”

seems to be the most appropriate one for this lesson. According to Richards (2001, p.161)

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one of the characteristics of this methodology is that interaction and communication should

be the primary function of language. Therefore, considering that vocabulary is the main

topic of this lesson and the oral skill the main skill to work on, the primary goal of this

lesson is to allow interaction to occur not only from teacher to students, but also among

students.

Background Information

This lesson is for a 9th

grade classroom from 3º Ciclo do Ensino Básico. There are

23 students in total and 2 of them are special needs students. They have been studying

English for five years and they can communicate in English, although they usually speak in

Portuguese. Therefore, leading students to speak in English will be quite a challenge, since

they are still reluctant in using the English language. The students are taught English three

times per week (on Mondays, Wednesdays and Fridays). On Wednesdays the English

lesson starts at 8.10 am and some students arrive late, which is a negative point. There are

no behavioral problems whatsoever in the classroom and students are receptive to the

activities done.

Overall aims

Improving students’ speaking skills

By the end of this lesson students should be able to:

Talk about their personal or past experiences by using Have you ever… I have

never…

Ask questions and answer questions about their experiences, by using the

vocabulary learned (abroad, plane, rollercoaster, prize, speech, volunteer, charity,

etc) combined with Have you ever… I have never… (For instance, have you ever

won a prize? No, I have never).

Structure of the lesson

Stage 1 – Questionnaire (10 min.)

In this first stage students will answer in written form a short questionnaire aimed at

getting information about their interests and the activities they enjoy doing the most in

English lessons. The questions are related to the way they have been learning English and

they are encouraged to provide honest answers to all questions.

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Procedure:

The teacher will hand out the questionnaire one by one and read out the instructions

for them. Then the teacher will ask them what they are expected to do, in order to

ensure that everyone has understood the assignment.

While they answer the questionnaire the teacher will be moving around the

classroom to monitor and provide help if need be.

Materials:

Questionnaire

Stage 2 – Lead-in (10 min.)

Specific aims

In this stage students should:

Learn some vocabulary taught through PowerPoint slides, related to things they

might have experienced before (plane, speech, prize, etc), and say if they have ever

been /seen / done any of the things presented (for instance, Have you ever been

abroad? Have you ever given a speech?)

Understand the vocabulary presented through PowerPoint slides and use them in the

exercises presented afterwards

Procedure:

Using PowerPoint presentation, the teacher projects some images concerning things

students might have experienced before and ask them orally what the images are

about, to check if they have previous knowledge of the vocabulary concerning those

images

Then, the teacher will pick students randomly and ask them if they have ever done

any of those things represented in the images (for example: have you ever won a

prize?).

Next, the teacher asks the student picked to pick a classmate and ask the question

concerning next image; that student will have to pick another classmate and address

the question to and so on.

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Materials:

Computer

Teacher-produced PowerPoint slides (talking about our experiences)

Why this procedure?

By presenting the PowerPoint slides and asking students what experiences they had

about the images presented, interaction is naturally produced and the goal is force students

to communicate and engage them in the lesson.

Being the first lesson and not knowing students’ names, asking them to choose a

peer to address the question to, not only gives them the opportunity to interact and

communicate with each other but also gives the teacher the opportunity to get to know them

better. Moreover, it serves as a pre-activity to all the exercises that follow.

Stage 3 – Exercise 1 (15 min.)

Specific aim

In this stage students should be able to:

Demonstrate their understanding of the vocabulary covered in stage 2, by doing

correctly the exercise 1 presented on page 32 of their manual and the matching

exercise presented in the teacher-created handout.

Procedure

The teacher asks students to open their manual on page T33 and asks them to

describe orally the images they see and then ask them if they have ever gone

through or done any of the things represented in those images. The teacher tells

students to raise their hand before presenting their answers.

Next, the teacher asks students to do exercise 1 on page 32, by choosing the

appropriate matching word associated with the images shown on page 33 to

complete the questions to exercise 1, page 32. While they do this, the teacher will

be walking around the classroom and see if anyone needs help.

When finished, the teacher will choose students at random and ask them to present

their answers orally. After they do this, the teacher will ask the class if everyone

agrees. In case someone doesn’t agree they will have to present their answers and

justify them orally. After students have presented their answers the teacher will

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project all the correct answers through PowerPoint to make sure everyone has the

correct answer.

Materials:

Students’ book

Teacher-created PowerPoint slides with key to Exercise 1.

Material references:

Your Turn 9 – Robert Quinn, 2015, Oxford

Stage 4 – Exercise 2 (15 min.)

Specific aim

Students should demonstrate:

They have grasped the vocabulary covered in stage 2 by doing a short matching

exercise concerning the vocabulary discussed throughout the lesson.

Procedures

The teacher hands the worksheet one by one and tells students that they should

match each word to its correct meaning by writing their answers in the space

provided and that they should hand it in when finished to be assessed by the

teacher. Considering that it is difficult for the two special needs students to read

and interpret a written document, the worksheet with pictures was designed to help

them. While they do the exercise the teacher will be moving around the classroom

to monitor and help if necessary.

Materials:

PowerPoint slides (teacher-created)

Handout (teacher-created)

References

Bravo, C., Cravo, A., & Duarte E. (2015). Metas Curriculares de Inglês – Ensino Básico:

1º,2º,3º Ciclos.

Richards, J. (2001). Approaches and Methods in Language Teaching. Second Edition.

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MESTRADO EM ENSINO DE INGLÊS E FRANCÊS NO 3º CICLO E SECUNDÁRIO

O impacto da motivação na aprendizagem da língua estrangeira

Instruções de preenchimento

Este questionário é anónimo e confidencial e tem como objetivo contribuir para a

elaboração do relatório final sobre a minha formação em ensino de Inglês e Francês

no 3º ciclo e no secundário.

Para que a tua colaboração seja positiva é importante que as tuas respostas sejam

sinceras.

I. Algumas Informações sobre ti

1. Sexo ________________ 2. Idade _______________ 3. Escolaridade ______________ 4. Naturalidade ______________________ 5. Nacionalidade ___________________

6. Tens computador em casa?

Sim Não

7. Tens internet em casa?

Sim Não

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II. A tua relação com a aprendizagem da língua inglesa

8. Há quantos anos estudas Inglês?

9. Achas que estás a estudar Inglês por que motivo? Escolhe apenas uma das opções.

Porque é importante para o meu futuro.

Porque a escola me obriga.

Não sei.

Outro ____________________

10. Sentes que o teu Inglês está a melhorar? Escolhe apenas uma das opções.

Sim Não Não sei

11. Que conteúdo/conteúdos da língua inglesa consideras ser mais difícil para ti?

Compreensão oral Expressão oral

Compreensão escrita Produção escrita

Gramática Vocabulário

Outros:

12. Dos dicionários mencionados abaixo escolhe aquele ou aqueles que costumas usar na

tua aprendizagem da língua inglesa.

Dicionários monolingues (só de Inglês)

Bilingues (Inglês-Português, Português-Inglês)

Nenhum

Outro ___________________

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13. Assinala se concordas ou não com as seguintes afirmações

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo plenamente

Adoro as atividades feitas nas aulas de Inglês.

Tenho dificuldade s em acompanhar as aulas de Inglês.

Nas aulas de Inglês gosto de trabalhar individualmente.

Nas aulas de Inglês gosto de trabalhar em pares ou em grupo.

14. Das atividades apresentadas na tabela abaixo escolhe aquela ou aquelas que mais gostas de

fazer nas aulas de Inglês. Se a tua atividade favorita não estiver mencionada na tabela, indica qual

é.

Ouvir música Cantar

Ler Escrever

Usar tecnologia Ver vídeos

Jogos Role-play

Indica aqui alguma outra atividade que não esteja mencionada na tabela.

Muito obrigado pela tua colaboração e muito sucesso nos teus estudos!

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POWERPOINT SLIDES USED IN LESSON 1

Source: teacher-created

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Source: teacher-created

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Source: Teacher’s book (Your turn 9, Robert Quinn, 2015)

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Source: Teacher’s book (Your turn 9, Robert Quinn, 2015)

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA GIL VICENTE

Class Teacher: Rosário Máximo Student Teacher: José Monteiro

Handout No. 1

Name __________________________ Date __________________ Class___________

Vocabulary Comprehension

Exercise 1.

Match the words on the left to their corresponding meaning on the right, by writing the

words in the spaces provided.

a) Rollercoaster 1. in or to a foreign country___________________

b) Speech 2. a famous person, especially

in entertainment or sport ____________________

c) Prize 3. basic medical treatment given as soon as

someone is injured or becomes ill__________________

d) Abroad 4. someone who is not paid

for the work that they do ____________________

e) Marathon 5. the activity of flying using a hang-glider ______________

f) Summer camp 6. a reward that you get for being successful in a sport,

competition, or game ________________________

g) Charity 7. a small animal that has six legs

and often has wings ____________________

h) Celebrity 8. a formal occasion when someone

speaks to an audience _______________________

i) First-aid 9. a structure like a tall railway at an amusement park,

that you have fast rides on for fun ____________________

j) Hang-gliding 10. an organization to which you give money

so that it can help people who are poor or ill______________

k) Volunteer 11. a place where children can go to stay in the

summer holiday and do various

activities_________________

l) Insect 12. a race in which people run on roads

over a distance of 42 kilometres _____________________

Source: teacher-created

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Exercise 2.

Complete the following sentences by using the words from exercise 1:

1. I have never been on a _________________________, but I have been on a plane.

2. I have never given a ______________________ but my father has.

3. I have won two _________________________ up until now.

4. I have travelled _______________________ several times.

5. I have competed in a ___________________________ but I have never won any.

6. I have been on a ________________________, but I have never been to Disneyland.

7. I have never raised money for _________________________, but I would love to do so.

8. I have only met one famous __________________________ so far.

9. I have never done a __________________________ course before.

10. I have never been _________________________, but I have been paragliding.

11. I have been a __________________________ but my sister has never been.

12. I have never eaten __________________________ in my life.

Source: teacher-created

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA GIL VICENTE

Class Teacher: Rosário Máximo Student Teacher: José Monteiro

Handout No. 1

Name ____________________________ Date ___________________ Class _________

Exercise 1.

Match the words on the left to their corresponding meaning on the right, by writing the

words in the spaces provided.

a) Volunteer 1. in or to a foreign

country ___________________

b) Speech 2. a famous person, especially

in entertainment or sport ________________

c) Insect 3. basic medical treatment given

as soon as someone is injured _________________

d) Abroad 4. someone who is not paid

for the work that they do _________________________

e) First-aid 5. the activity of flying

using a hang-glider _________________

f) Prize 6. a reward that you get

for being successful in a sport,

competition, or game ____________

g) Hang-gliding 7. a small animal that has

six legs and often has wings ______________

h) Celebrity 8. a formal occasion when

someone speaks to an audience ____________

Source: teacher-created

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i) Summer camp 9. a structure like a tall railway

at an amusement park,

that you have fast rides on for fun ____________

j) Marathon 10. an organization to which you

give money so that it can help

people who are poor or ill ______________

k) Rollercoaster 11. a place where children can

go to stay in the summer holiday

and do various activities ______________

l) Charity 12. a race in which people

run on roads over a distance

of 42 kilometres ________________

Exercise 2.

Complete the following sentences by using the words from exercise 1:

1. I have never been on a _________________________, but I have been on a plane.

2. I have never given a ______________________ but my father has.

3. I have won two _________________________ up until now.

4. I have travelled _______________________ several times.

5. I have competed in a ___________________________ but I have never won any.

6. I have been on a ________________________, but I have never been to Disneyland.

7. I have never raised money for _________________________, but I would love to do so.

8. I have only met one famous __________________________ so far.

9. I have never done a __________________________ course before.

10. I have never been _________________________, but I have been paragliding.

11. I have been a __________________________ but my sister has never been.

12. I have never eaten __________________________ in my life.

Source: teacher-created

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA GIL VICENTE

CLASS: 9th grade LESSON PLAN 2 UNIT 3: Go for it

DATE: November 16th

TOPIC: Communication

ALLOTTED TIME: 50 min. (Talking about volunteering)

Lesson Rationale

Unit 3 of the students’ book is structured in eight categories: Vocabulary, Grammar,

Reading, Communication, Listening, Writing Project, Test Yourself and Our World.

In lesson 1 the focus was upon the vocabulary, as it is a key ingredient for fluent

communication which is the topic of this second lesson. To communicate we need

vocabulary and the reason why this topic was chosen is that it can be linked to the previous

lesson, creating a coherent sequence between the two.

We are living in a selfish society, where most people don’t seem to care about each

other or about the world. Therefore, the goal of this lesson is not only to promote

interaction and communication, but also to make students conscious of the importance of

volunteering. They will be learning the basic steps they need to take in order to start

volunteering and simulate an application submission to start volunteering.

The methodology for this lesson will be the same methodology used in lesson 1,

which is the “Communicative Language Teaching”.

Background Information

See Lesson 1.

Overall aims

By the end of this lesson students are expected to:

Know what a volunteer is

Understand the importance of volunteering

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Structure of the lesson

Stage 1 – Lead-in and Listening Comprehension (20 min.)

Specific aims

Improving students’ listening comprehension

Students should be able to:

Tell what a volunteer is by viewing a projected video about kids trying to define

what a volunteer is and saying if they agree with them.

Recognize the 6 steps needed to volunteer for a good cause, by identifying these

steps in the video presented and circling them in the handout given for that purpose.

Procedure

The teacher will project a short video about kids trying to define what a volunteer is

and ask students if they think the kids really know what a volunteer is (they are

expected to say the kids don’t). Then, the teacher selects students randomly and

asks them how they would explain to those kids what a volunteer is. While the

selected student talks all others should listen and then say if they share the same

opinion.

The teacher will pick some students at random and ask if they have ever volunteered

before and if they know what they should do to start volunteering (the teacher does

not expect they have volunteered before or know what to do to start volunteering).

All this serves as a lead-in activity.

To help students learn the basic steps they need to take in order to start

volunteering, the teacher will project a video titled How to volunteer for a good

cause. Before projecting the video, the teacher tells them they will watch it three

times and that they should be attentive. They will watch it the first time to get the

gist of it (while watching they should try to identify and bear in mind as many steps

as they can). They will watch it one more time and try to check how many steps

they managed to identify.

Before playing the video for the last time, the teacher hands out a worksheet

concerning the steps mentioned and asks them to take a look at the possible right

answers. The teacher tells them that this time they don’t need to watch the video but

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just listen to it and get focused on the handout to identify the correct answers. The

teacher plays the video one last time and minimizes it so as they can’t view it and

asks them to circle the correct steps mentioned. While they do this the teacher will

be controlling the volume to ensure it is audible.

When finished, the teacher asks students randomly to present their answers orally.

After each answer provided, the teacher projects the correct answer in case not all

students have the answers right.

Materials:

Computer/Projector

YouTube Videos

Handout (teacher-created)

Teacher-created PowerPoint slides with key

Material references:

Video 1 – What is a volunteer?

https://www.youtube.com/watch?v=J9w-ZqVAdOQ

Video 2 – How to volunteer for a good cause

https://www.youtube.com/watch?v=YmB2K7gZi_E

Stage 2 – Applying for a volunteering service (30 min.)

Specific aim:

In this stage students will be learn how to:

Apply for a volunteering service by reading a public service campaign leaflet and

filling out an application form to submit.

Procedure

Considering that students have understood what a volunteer is and what it takes to

begin volunteering they are expected to simulate an application for volunteer work.

The teacher will project a public service campaign leaflet by the organization Boys

& Girls Clubs about volunteer recruitment and pick one student to read out loud the

information presented. The others must follow along and try to understand the

message being conveyed.

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The teacher tells students they have to simulate an application by filling out the

application form accordingly.

The teacher hands out the application form by asking them to take one and pass the

rest. Before they start filling out the application form the teacher tells them that they

need to provide all information required. While they do this the teacher will be

monitoring and helping them with any doubts they might have concerning the

assignment, by providing further explanations.

When finished, students will have to present their application orally, by saying what

service they would provide and their availability. The teacher will pick one student

at a time to do the presentation. While each student presents the others should be

quiet and listening. Then they should ask their peers some questions about their

presentation (for instance, Have you ever volunteered with Boys and Girls Clubs

before? Do you know the steps needed to volunteer for a good cause?)

Materials:

Public Service Campaign Leaflet: We Need Volunteers

Edited Application Form

Material references:

Boys and Girls Clubs of Greater Conejo Valley

http://www.bgcconejo.org/volunteers.aspx

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA GIL VICENTE

Class Teacher: Rosário Máximo Student Teacher: José Monteiro

Handout No. 2

Name ____________________________ Date __________________ Class___________

Listening Comprehension

How to volunteer for a good cause

Exercise 1.

Watch the video about how to volunteer for a good cause:

https://www.youtube.com/watch?v=YmB2K7gZi_E

According to the video what are the steps you need to take to volunteer for a good

cause? Circle the correct answer.

Step 1

a) Figure out how much money you can earn

b) Figure out how much money you need

c) Figure out how much time you can devote

Step 2

a) Decide where you are volunteering

b) Decide what you are willing to do and not do as a volunteer

c) Decide when you are volunteering

Step 3

a) Evaluate your skills and talents

b) Evaluate your colleagues

c) Evaluate your work

Step 4

a) Check out the volunteer opportunities

b) Check out the first-aid kit

c) Check out organizations in your area

Step 5

a) Contact your friends to tell them you are going to volunteer

b) Contact the places that interest you

c) Contact your school to ask for permission

Step 6

a) Make a commitment

b) Make an appointment

c) Make up your mind

Source: teacher-created

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Source: The Boys & Girls Clubs http://www.bgcconejo.org/volunteers.aspx

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Class Teacher: Rosário Máximo Student Teacher: José Monteiro

HANDOUT No. 3 - VOLUNTEER APPLICATION (Edited)

(Please include all requested information)

PERSONAL INFORMATION

First Name Last Name Volunteer opportunities

Based on your skills and interests, please indicate the area (s) where you would like to volunteer:

1. Fundraising Events

2. Annual Gala Dinner

3. Inviting celebrities to

give a speech about

volunteering benefits

4. Language Teaching

5. Language Translation

6. First-aid course

7. Auction

8. Performing Arts (music, dance, etc

Other:

Country City

Date of Application

E-mail Address:

Birthday Male Female

/ / Have you ever been EMPLOYED with us before?

Yes No

Have you ever VOLUNTEERED with us before?

Yes No

Do you know what volunteering is?

Yes No

Do you have any past or present VOLUNTEER experience?

Yes No

Do you have any experience with youths?

Yes No

Do you know the steps needed to volunteer for a good cause?

Yes No

If yes, specify:1. ________________________ 2. _______________________

3. ________________________ 4. _______________________

5. ________________________ 6. _______________________

AVAILABILITY TO VOLUNTEER

Day of the Week Time of Day Season Commitment

Monday

Tuesday Wednesday

Thursday

Friday

Morning (7:00 am – 10:00 am)

Afternoon (2:30 pm – 6:30 pm)

Evening (7:00 pm – 10:00 pm)

Spring

Summer Fall

Winter

All Year

Weekly

Monthly 3 – 8 Weeks

3 – 6 Months

6 – 12 Months

*Most program related activities will occur Monday through Friday. Most special events and fundraisers are held Saturday or Sunday.

Where Good Kids Get Even Better!

5137 Clareton Dr. #210 Agoura Hills, CA 91301 Phone: (818) 706-0905 Fax: (818) 706-0942 www.bgcconejo.org

Volunteer Application Revised May 2012 Source: http://www.bgcconejo.org/volunteers.aspx

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA GIL VICENTE

CLASS: 9th grade LESSON PLAN 3 UNIT 3: Go for it

DATE: November 18th

TOPIC: Vocabulary

ALLOTTED TIME: 50 min. (Personality adjectives)

Lesson Rationale

In this third lesson the focus is once again on the vocabulary. Why? Simply put,

without vocabulary there is no communication. The content for this lesson can and should

be linked to the two preceding lessons and the emphasis on the vocabulary is to enable

students to broaden their vocabulary. The lesson will be about the personality adjectives, as

this topic is in line with the English curriculum for 9th

grade students. At this stage they

should be able not only to talk about their personality but also able to describe someone

else’s personality. The lesson will be divided in three parts: in the first part I will hand out

the worksheet I had collected in lesson 1 to assess and present the correct answers to those

who were absent or were unable to do the exercise. In the second part students will learn

some personality adjectives and in the third part they will do a short exercise concerning

the vocabulary studied in the lesson. From this lesson onwards music will be a key

component of every lesson taught. Considering that students’ motivation is the core of this

teaching practice, it will be used mainly as a tool that can boost motivation. Besides, it will

also be used as a tool to foster students’ language skills. The methodology for this lesson

will be the Communicative Language Teaching, as students are expected to engage in a

group conversation, by describing their peers’ personality and asking them to describe a

member of the family, such as mother, father, brother or sister. This group interaction is an

effective way to overcome students’ lack of confidence and fear of speaking, because they

feel that the whole class shares the same ideas. Morever, it is a great way to improve

students’ motivation, because all of them prefer to work in pairs or in small groups.

Background Information

See lesson plan for Lesson No. 1

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Overall aims

By the end of this lesson students should be able to:

Use most of the basic personality adjectives learned through some images and their

corresponding adjectives projected and explained by the teacher

Talk about their personality and describe someone else’s personality by using orally

and in written form the personality adjectives learned.

Structure of the lesson

Stage 1 – Correction (10 min.)

Specific aim:

Students will revise the vocabulary learned in lesson 1 by checking and discussing

their answers with their peers.

Procedure:

The teacher hands out the worksheet collected in lesson 1 for assessment,

complements students for the overall good results they had and ask them to sit in

pairs in order to compare their answers and do peer correction. The teacher allows

students to choose who they want to sit next to. While they do this the teacher will

walk around the classroom and check how each pair is doing.

Due to time constraints and since this content had already been explored, the teacher

will project the correct answers for those who were not present in lesson 1 or could

not finish the exercise.

Materials:

Computer

Projector

Teacher-produced PowerPoint slides with key to the exercises done

Stage 2 – Lead-in (10 min.)

Specific aim

Improving students’ listening comprehension

In this stage students should demonstrate their listening comprehension skill by

listening to a song once and saying orally what it talks about.

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Procedure

The teacher asks students at random if they like music (the expected answer is yes)

and tells them they are going to listen to a song titled “I am too shy”. The teacher

tells them they will only listen once and that they should be quiet and attentive. The

teacher adds that they should note down some words that might help them

understand what the message behind the song is.

Ensuring that everyone is silent, the teacher plays the song. While they listen the

teacher controls the volume and check if they are following the song and writing

down some helpful words about the song’s message.

After they have listened to the song the teacher asks students what the song is about

and tells them to put their hand up and answer one at a time. Since the song is quite

straightforward all students are expected to say that it is a song about a boy who is

too shy to tell a girl that he loves her. The teacher will asks students if they resonate

with the message of the song and will explain what the song is about in case no one

has given the expected answer.

Materials:

Computer

Projector

Song: https://www.youtube.com/results?search_query=I%27m+too+shy

Stage 3 – Vocabulary Comprehension (30 min.)

Specific aim

Improving students’ speaking skill

Students will learn some basic personality adjectives by watching and describing

some images projected through PowerPoint slides and by the end of the lesson they

should be able to use most of the adjectives studied to talk about their personality or

describe someone else’s personality.

Procedure

The teacher will project various images about different people. For each image there

will be two personality adjectives and the teacher will choose one student at a time

and ask which personality adjectives presented best describe the image or if both

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can apply. The others should listen attentively and say if they agree with the answer

provided by the classmate. Whenever there is a mispronunciation the teacher will

pronounce the word correctly and ask students to repeat afterwards.

After this the teacher will handout a two-part worksheet for students to do. The

teacher tells students that in the first part they have to write in the space provided

for each word, the adjectives that match the corresponding meaning and that in the

second part they will have to complete a table with the adjectives that best describe

their personality by writing them either in the column that says “I am…” or in the

column that says “I am not…”. The teacher asks students to raise their hand if

doubts arise. While they do the exercise the teacher stands in front of the class and

monitors and prevents from disrupting or disturbing students.

After finishing the exercises, the teacher will choose one student at a time to orally

present the correct answer and ask the class if everyone agrees. In case students

present a different answer the teacher will ask them to explain why. After each

answer provided, the teacher will share the correct answer with the class, just in

case anyone has not gotten the right answer.

After this, the teacher will choose students randomly and ask them to describe orally

a member of the family, by using the personality adjectives learned (for instance,

What is your mum like? She is shy). Then, the teacher will tell students to choose a

classmate and ask him/her what his/her brother, sister, cousin, etc is like. After

answering the question, the chosen classmate should choose another classmate and

ask what his/her family is like. He/she should refer to a family member not

mentioned before (for instance, grandma, uncle, mother-in-law and so forth).

Materials:

Computer

Projector

Teacher-created PowerPoint slides about personality adjectives

Handout (teacher-created)

Teacher-created PowerPoint slides with key to the Handout

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POWERPOINT SLIDES USED IN LESSON 3

Source: teacher-created

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Source: teacher-created

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA GIL VICENTE

Class Teacher: Rosário Máximo Student Teacher: José Monteiro

Handout No. 4

Name ___________________________ Date __________________ Class ___________

Vocabulary Comprehension: Personality Adjectives

I. Choose the adjectives in the box to match their corresponding meaning.

Write your answer in the space provided for each definition.

Shy Generous Patient Organized Confident Adventurous

Independent Stubborn Cheerful Energetic

Sociable Tolerant Creative Honest

1. _____________________ keen to try new or exciting things, even if they are risky.

2. _____________________ having a lot of energy.

3. _____________________ behaving in a happy friendly way.

4. _____________________ a person who is friendly and enjoys being with other people.

5. _____________________ willing to give money, help, etc especially more than is usual

or expected.

6. _____________________ someone who has a lot of imagination and new ideas.

7. _____________________ someone who believes in his/her abilities and so does not feel

nervous or frightened.

8. _____________________ willing to accept someone else’s beliefs, way of life etc

without criticizing them, even if you disagree with them.

9. _____________________ telling the truth and not likely to steal, cheat or lie.

10. ____________________ not depending on other people for help or preferring to do

things by yourself.

11. ____________________ someone who is able to wait for a long time or deal with a

difficult situation without becoming angry or upset.

12. ____________________ a person who arranges and plans activities carefully and

effectively.

13. ____________________ nervous and embarrassed in the company of other people,

especially people who you do not know.

14. ____________________ a person who is not willing to change their ideas or to

consider anyone else’s reasons or arguments.

Source: teacher-created

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II. Choose the adjectives from exercise I that best match your personality and complete the

table below.

I AM I AM NOT

Source: teacher-created

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA GIL VICENTE

CLASS: 9th grade LESSON PLAN 4 UNIT 3: Go for it

DATE: November 21st TOPIC: Grammar

ALLOTTED TIME: 50 min. (The present perfect simple)

Lesson Rationale

The present perfect simple is an important aspect of English and according to the

English curriculum for the 9th

grade students they should be familiarized with its form and

use. So, this lesson is aimed at achieving this goal, that is, students should be able not only

to recognize the form of the present perfect simple but also how and when to use it.

Another goal of this lesson is to link it with the previous ones, by allowing students’ to use

the present perfect simple taking into account the vocabulary previously learnt. For

instance, by using the present perfect simple to talk about their experiences so far, they

should use the vocabulary learnt, such as the following: I have been a volunteer or I have

never given a speech. This connection between lessons is really important because it helps

students to better understand the contents covered. This is probably the most important

topic of this Unit 3 not only because it is a difficult one to understand but also because it is

the one that is the most commonly assessed in formal exams.

Background Information

See lesson plan 1.

Overall aims

By the end of this lesson students are expected to:

Learn the form of the present perfect simple

Learn when the present perfect simple is used by following the rules explained

through PowerPoint slides

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Structure of the lesson

Stage 1 – Lead-in (10 min.)

Specific aim:

In this stage students should be able to:

Recognize the form of the present perfect simple by reading the lyrics of the song “I

still haven’t found what I’m looking for” by the band U2 and trying to spot the

similarities and differences between the verbs underlined

Procedure

Using the computer and the projector, the teacher will tell students they are going to

listen twice to a song and that they should be quiet and focused while listening.

The teacher plays the song and after having viewed the music video, the teacher

will hand out the lyrics to students asking them to take one and pass the rest. Then,

the teacher will tell them that they will listen to the song one more time and that

they should be following the lyrics while listening and try to see the differences

between the verbs underlined (for instance, I have climbed and I have run). While

they are listening the teacher will check how focused they are by looking at their

posture and their reaction.

When finished, the teacher will choose students randomly and ask them what

similarities and differences they have noticed (they are expected to say the verb to

have is present in all verbs underlined and it is followed by another verb).

Materials:

Computer/Projector

The Song I still haven’t found what I’ve been looking for by U2

Handout

Material references

Music Video: https://www.youtube.com/watch?v=Pb1XXs7e7ac

Lyrics: http://www.u2.com/lyrics/62

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Stage 2 – Grammar (20 min.)

Specific aim:

In this stage students are expected to:

Learn how the present perfect simple is formed and when it is used by following

the rules explained by the teacher through PowerPoint slides and comparing the

examples given in contrast with the past simple.

Procedure:

The teacher will project the form and use of the present perfect simple and explain

that it is made of two verbs have + the past participle and that it is used especially

when talking about something that started in the past and is somehow related to the

present, contrasting this idea with the use of the past simple (for instance: I have

bought a new car and My uncle bought a new car last month).

The teacher will remind students that when talking about their personal experiences

in the first lesson they were using the present perfect simple, because it is the tense

we use when we talk about our experiences.

Next, the teacher will name a student to come to the front of the class and

recapitulate the rules explained. The teacher tells the others that they should be

attentive and say if the explanation given by their colleague was clear or if they

disagree. They should say why.

Materials:

Computer

Projector

Teacher-created PowerPoint concerning the rules of the Present Perfect Simple

Stage 2 – Exercises (20 min.)

Specific aim:

By the end of this lesson students should be able to:

Demonstrate they have understood how and when to use the present perfect simple

by doing correctly at least 2 of the 4 exercises presented in their manual (p.36).

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Procedure

Teacher will tell students to open their manual on page T36 and do the 4 exercises

there presented.

Teacher will tell students that the exercises should be done the following order:

exercise 2; exercise 1; exercise 3 and finally exercise 4. By following this order the

exercises become easier to do, because the first one reminds students about the rules

of the present perfect simple and the next ones about its use.

While they are doing the exercise the teacher will be walking around the classroom

to monitor.

When finished, the teacher will ask if anyone would volunteer to present the

answers and if there’s no volunteer the teacher will name a student to present the

answer to the question 1 and then name another student to present the answer to

question 2 and so on. After each presentation the teacher will ask if everyone

agrees. In case someone doesn’t, he/she should justify. At the end of each exercise

the teacher will share with the class the correct answer through the PowerPoint.

Materials:

Students’ book

Teacher-produced PowerPoint with key to the 4 exercises done.

Material references:

Students’s book – Your Turn 9º Ano, Robert Quinn, Oxford

Page 111: Universidade de Lisboa - repositorio.ul.ptrepositorio.ul.pt/bitstream/10451/33636/1/ulfpie052925_tm.pdf · Começarei por sublinhar as principais linhas orientadoras definidas pelo

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA GIL VICENTE

Class Teacher: Rosário Máximo Student Teacher: José Monteiro

Handout No. 5

Name ____________________________ Date __________________ Class___________

The Present Perfect Simple

Listen to the following song and try to spot the differences and similarities between the

verbs underlined.

I STILL HAVEN’T FOUND WHAT I’M LOOKING FOR – U2

I have climbed the highest mountains

I have run through the fields

Only to be with you, only to be with you

I have run, I have crawled

I have scaled these city walls, these city walls

Only to be with you

But I still haven't found what I'm looking for

But I still haven't found what I'm looking for

I have kissed honey lips

Felt the healing in her fingertips

It burned like fire

I was burning inside her

I have spoken with the tongue of angels

I have held the hand of a devil

It was warm in the night

I was cold as a stone

But I still haven't found what I'm looking for

But I still haven't found what I'm looking for

I believe in the Kingdom Come

Then all the colours will bleed into one, bleed into one

But yes, I'm still running

You broke the bonds

And you loosed the chains

Carried the cross, took my shame

Took the blame, you know I believe it

But I still haven't found what I'm looking for

But I still haven't found what I'm looking for

Source: http://www.u2.com/lyrics/62

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POWERPOINT SLIDES USED IN LESSON 4

Source: teacher-created

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Source: teacher-created

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Source: Teacher’s book (Your turn 9, Robert Quinn, 2015)

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA GIL VICENTE

CLASS: 9th grade LESSON PLAN 5 UNIT 3: Go for it

DATE: November 23rd

TOPIC: Grammar

ALLOTTED TIME: 50 min. (The present perfect continuous)

Lesson Rationale

In the previous lesson students learned how the present perfect simple is formed and

used and by relating it to the past simple it became easier for students to understand its

rules. In this lesson students will learn how to form and how to use the present perfect

continuous, since it is a grammar content that is strongly related to the present perfect

simple and a logical sequence of the previous one. Both tenses are highlighted in the

English curriculum for the 9th

grade students. Therefore, in this lesson, students are

expected to learn the form and use of the present perfect continuous and by the end of the

lesson they should be able to demonstrate they have understood the basic rules of the

present perfect continuous, by doing two exercises in their manual.

Considering that the Communicative Language Teaching has been considered to be

the most appropriate, by enhancing students’ communicative competence, the mastery of

both the present perfect simple and the present perfect continuous is paramount, because

both are frequently used in speech acts.

Background Information

See lesson plan 1.

Overall aims

By the end of this lesson students are expeted to:

Learn the form of the present perfect continuous

Learn when to use the present perfect continuous

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Structure of the lesson

Stage 1 – Recap (10 min.)

Specific aims

In this first stage students will revise the rules of the present perfect simple learned

in the previous lesson by following the rules projected through PPT slides and

explained by the teacher, as done in the previous lesson

Students will do exercises 3 and 4 of their manual, which they was unfinished the

previous lesson

Procedure:

The teacher will briefly recall the rules of the present perfect simple explained in

lesson 4 and ask students to open their books on page T36 to finish up the exercises

3 and 4 that were not concluded in the previous lesson.

When finished, the teacher will choose a student to present the correct answer and if

wrong answers are given the teacher will ask someone to volunteer and explain why

the answer is wrong and give the correct one. After each exercise the teacher will

project the correct answers so as all students can make sure they have them.

Materials:

Students’ book

Teacher-produced PowerPoint with key to the exercises 3 and 4.

Material references:

Students’s book – Your Turn 9, Robert Quinn, Oxford

Stage 2 – Grammar (20 min.)

Specific aims:

In this first stage students are expected to understand the form of the present perfect

continuous by comparing the title of the song “I have been thinking about you” with

the title of the song “I still haven’t found…”, used in the previous lesson

Students are expected to understand when to use this tense by following the rules

about the use of the present perfect continuous projected through PPT slides and

explained by the teacher in contrast with the use of the present perfect simple.

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Procedure:

Using the computer and the projector, the teacher will tell students they are going to

listen once to a song called “I’ve been thinking about you” by the group Londonbeat

and that they should listen carefully and tell what difference there is between the

title of this song and the one used in the previous lesson

After viewing the video, the teacher will ask students what difference there they

found between the two songs. If they say none, the teacher will give a hint, by

saying the differences are in the verbs. They should say that in the title “I have been

thinking about you” there are three verbs, whereas the title of the song used in the

previous lesson is composed of two verbs.

Next the teacher will choose students randomly and ask them the following

question: How long have you been learning English? Then, the teacher gives them

two possible ways to answer: I have been learning English for 5 years or I have

been learning English since 2012. After this, the teacher encourages students to ask

each other the same question.

Next the teacher will project through PowerPoint the rules concerning the form and

use of the present perfect continuous and explain that it is made of three verbs have

+ been + the present participle (ing) and that it is used when talking about

something that started in the past and continues until the present, but emphasizing

the activity and not the result. To help them understand this notion the teacher will

give them some examples of the present perfect simple in contrast with the

continuous, so as they can see the differences between the two, not only in the way

they are formed but also in the way they are used. For instance, the teacher will

show students the following sentences and ask them what differences they find

between the two: I have been studying for the English exam and I have studied for

the English exam.

Materials:

Teacher-created PowerPoint slides about the rules of the present perfect continuous.

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Stage 3 – Exercises (20 min.)

Specific aim

By the end of this lesson students should be able to:

Demonstrate they have understood how to form and when to use the present perfect

continuous by doing exercise 6 and 5 presented in their manual (p.36).

Procedure

Using their book, students will do exercise 6 and then 5 (p.36), which are connected

with the way the present perfect continuous is used, that is, they should demonstrate

they have grasped the basics of the present perfect continuous, by using expressions

such as since, for and how long to write affirmative, negative or interrogative

sentences in the present perfect continuous tense. While they do the exercises the

teacher will be monitoring and help anyone who might be having difficulties.

When finished, the teacher will name a student to present the answer to question 1

and then name another student to present the answer to question 2 and so on. If a

student provides the wrong answer the teacher will name another student to present

the right answer and explain why the answer was wrong.

After each exercise the teacher will project the correct answers to the class through

PowerPoint.

Materials:

Students’ book

Computer

Projector

Teacher-created PowerPoint slides with key to the exercises

Material references

Students’ book (Your Turn 9, Robert Quinn, Oxford)

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POWERPOINT SLIDES USED IN LESSON 5

Source: teacher-created

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Source: teacher-created

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Source: Teacher’s book (Your turn 9, Robert Quinn, 2015)

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA GIL VICENTE

CLASS: 9th grade LESSON PLAN 6 UNIT 3: Go for it

DATE: November 25th

TOPIC: Final task preparation

ALLOTTED TIME: 50 min. (Role assignment)

Lesson Rationale

I think that when learning English or any other foreign language, it is important that

students become aware of the connecting thread between the contents covered and that they

are granted opportunities to demonstrate their understanding of the contents covered.

Therefore, in this lesson and the following two lessons students will demonstrate how well

they have understood the contents from Unit 3, by pretending they are going to organize a

solidarity concert. The goal of this task is not only to allow students to show what they

have learned, by working in small groups to perform the role assigned to each of them, but

also to engage all of them and to strengthen their motivation and interest. Unlike the

previous lessons the methodology used for this lesson and the next two lessons will be the

task-based approach, as students are expected to present a final task. According to Nunan

(2004) tasks are related to the use of language in the real-world, that is, beyond the

classroom. This means that when learning a language, students should be aware that they

are not learning it for the sake of getting good grades but as communication tool to be used

in everyday life. Therefore, by simulating the solidarity concert they will have to stage,

students will have an opportunity to use the language in a real context.

Background Information

See lesson plan 1.

Overall aim

By the end of this lesson students are expected to:

Know which role to play in the group they belong to in order to successfully

perform the final task

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Structure of the lesson

Stage 1 – Final Task Preparation (Role assignment) 20 min.

Specific aim

In this first stage students are expected to fully understand what role they will play

in the group they belong to by following the roles presented through PowerPoint

and explained by the teacher and then saying what role each group should play, so

as to assure the teacher they have not misunderstood anything.

Procedure

The teacher will start the lesson by asking students to sit together in groups of four,

three and two according to the names called out. Then, the teacher will tell them

that they are expected to organize a solidarity concert and that each group that has

just been formed will be assigned an important role to play in order to accomplish

the task.

Next, the teacher will project the roles assigned to each group and explain what is

expected from each group (for instance, the musicians will have to perform and the

presenters will have to host the event).

Materials:

Teacher-created Powerpoint slides concerning the roles assigned

Stage 2 – Final Task Preparation (30 min.)

Specific aim

In this stage students will discuss with each other orally the roles they will have to

play according to the groups they belong to and the roles assigned.

Students are encouraged to write down the ideas they have about the roles they will

be playing (for instance, the charity organization founders will have to think about a

name for the organization, state when it was created and what cause it supports).

Procedure

After presenting the roles of each group through PowerPoint, the teacher will hand

out a copy of PowerPoint slide to each student and ask them to have a look at the

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roles assigned so as they can see what is expected from each group. They will be

granted 3 minutes to do so.

Then, the teacher will ask them to start discussing orally some ideas for the roles

they will be playing and then start writing them down in their notebooks (for

instance, the presenters are expected to think of the questions they will have to ask

each group). While they do this the teacher will monitor and answer to any

questions they might have about the assignment.

After discussing some ideas, the teacher will ask each group to share their ideas

orally with the class. The teacher will remind students that in spite of working in

small groups they should think of the final task as being one common task for the

whole class.

Finally, the teacher will tell students that although each group has a specific role to

play, they should be aware that the final task’s success depends on the performance

of the whole class. Therefore, as the groups build on their ideas, the teacher will

suggest that some groups work together, due to the links between the roles they play

(for instance, the volunteer workers will be volunteering for the charity

organization created by the group whose role is to found an organization).

Materials:

Teacher-created PowerPoint slides concerning the roles assigned

References

Nunan, D. (2004). Task-Based Language Teaching. Cambridge: Cambridge University

Press.

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POWERPOINT SLIDES USED IN LESSON 6

Source: teacher-created

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Source: teacher-created

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA GIL VICENTE

CLASS: 9th grade LESSON PLAN 7 UNIT 3: Go for it

DATE: November 28th

TOPIC: Final task preparation

ALLOTTED TIME: 50 min. (Rehearsal)

Lesson Rationale

See lesson No. 6.

Background Information

See lesson plan 1.

Overall aims

By the end of this lesson students should be able to:

Demonstrate they are ready to perform the final task by writing a list of possible

questions and answers concerning the roles they will be playing.

Demonstrate they have comprehended some of contents covered in Unit 3, such as

the present perfect simple, the present perfect continuous, the personality

adjectives, by incorporating them into the list of questions and answers created. For

example, the group playing the role of volunteers should be able to say the

following: we have been volunteering for 2 years. We are generous.

Structure of the lesson

Stage 1 – Final Task Preparation (20 min.)

Specific aim:

In this first stage students are expected to:

Write (in group or in pairs) some possible questions and answers according to the

roles each group will have to play. For instance, if a group is expected to play the

role of musicians, they are expected to be able to say what instrument they play and

how long they have been playing. They should employ the contents learned.

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Procedure:

The teacher will start the lesson by asking students to sit together according to the

group formed in the previous lesson and to get the PowerPoint slide copy handed

out in the previous lesson concerning the roles each group has to play.

After this, the teacher will hand out a sheet concerning the final task presentation

order they will have to follow, so as each group knows when to go on stage to do

the presentation.

The teacher will ask students to write down as much information as possible about

the role they will be playing, taking into consideration the PowerPoint slide copy

with specifications about what each group is expected to do and say. For example,

the “volunteers” are expected to say what kind of service they provide, how long

they have been volunteering and so forth, whereas the “presenters” are expected to

ask what they do, how long they have been volunteering, etc. While they prepare

their questions and answers the teacher will be monitoring. In case any group has

doubts about the role it has to play the teacher will approach it and clarify.

Materials:

Teacher-created PowerPoint slides copy

Teacher-created presentation order paper sheet

Stage 2 – Final Task Rehearsal (30 min.)

Specific aim

In this stage students should able to:

Demonstrate they are ready for the final task presentation by simulating orally the

presentation according to the presentation order given.

Procedure:

After preparing the questions and answers, the teacher will ask students to act them

out by asking each other questions and providing answers concerning the role each

student will be playing and according to the presentation order.

Since the presenters will be interviewing all groups and will be the first to walk on

stage the teacher will ask them to come to the front of the class and start simulating

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the event presentation. While they present the teacher will note down any

mispronunciation or misunderstandings about the roles assigned, in order to clarify

later on.

After opening the event the presenters should call on stage all groups according to

the presentation order and ask the questions they have prepared for each group. For

instance, the presenters are expected to ask the “event organizers” why they decided

to stage the event and the “event organizers” should be able to explain the reason

why, as this is part of the role they have to play.

While they act out the questions and answers the teacher will pay attention for any

mispronunciation or grammar mistakes each group might make and correct them

orally when all students have performed.

Materials:

The same used in stage 1.

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PRESENTATION ORDER

1. PRESENTERS

2. CHARITY ORGANIZATION’S FOUNDERS, DIRECTORS AND VOLUNTEERS

3. GIL VICENTE ORCHESTRA

4. EVENT ORGANIZERS

5. CELEBRITIES

6. TICKET OFFICE ASSISTANTS

7. GIL VICENTE ORCHESTRA

Source: teacher-created

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA GIL VICENTE

CLASS: 9th grade LESSON PLAN 8 UNIT 3: Go for it

DATE: November 30th

TOPIC: Final task presentation

ALLOTTED TIME: 50 min. (Solidarity concert)

Lesson Rationale

This lesson is the culmination of all contents covered in Unit 3 so far. Therefore,

students are expected to demonstrate through their final task presentation that they have

understood most of the contents they have learned by using correctly the perfect simple or

continuous when necessary and resorting to the appropriate vocabulary learned to express

their thoughts. By simulating this solidarity concert students are forced to make use of their

knowledge and to share it with each other through the group work done. This, in turn,

reinforces their enthusiasm, engagement and motivation which is my main goal. The

methodology used will be the task-based approach, because they are expected to make use

of language in a real context.

Background Information

See lesson plan 1.

Overall aim

Improving students’ speaking skill

In this lesson students are expected to:

Demonstrate orally and accurately that they have understood and can use the

vocabulary, the present perfect simple and continuous learned in Unit 3 by asking

and answering questions according to the roles assigned.

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Structure of the lesson

Stage 1 – Final Task Presentation (30 min.)

Specific aim

In this first stage students are expected to:

Perform (in group or in pairs) the roles they should play, according to the group

they belong to. For instance, students performing the role of ticket office assistants

should be able to say how much the ticket cost, how much money was raised, etc.

Procedure

After sitting students together according to the groups they belong to the teacher

will start the lesson by welcoming the visiting teacher who will be attending the

lesson and thank the cooperating teacher for her support.

The teacher will remind students what they are expected to do and remind them that

while their colleagues are presenting they should be quiet and listening carefully

and that they should pay attention to the presentation order in order to know when

their turn is.

After this, the teacher will call on stage the presenters to start the event presentation

and to perform their roles, taking into account the presentation order.

While each group is presenting, the teacher will be assessing how well they are

doing, by writing down any mistakes made in order to go over them in future

lessons. However, the goal of the assessment is not to highlight the mistakes but

rather to check if students managed to perform the task according to the roles

assigned and if they made use of most of the contents covered as previously

advised.

Materials

Students’ list with questions and answers they prepared

Music instruments (cello and doublebass)

Computer

Projector

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Stage 2 (20 min.)

Specific aim

Enhancing students’ oral skill

Students are expected to:

Answer orally and spontaneously some additional questions the teacher asks about

the roles they have played.

Pose some questions to the visiting teacher

Procedure

After presenting their roles the teacher will ask some additional questions to each

group about the roles they have played in order to see how spontaneous and fluent

they are when answering unexpected questions.

Then, it will be students’ turn to ask some spontaneous questions to the visiting

teacher.

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA GIL VICENTE

CLASS: 9th grade LESSON PLAN 9 UNIT 3: Go for it

DATE: December 14th TOPIC: Reading and Writing

ALLOTTED TIME: 50 min.

Lesson Rationale

According to Metas Curriculares de Inglês (2015, pp.4-18) the 9th

grade students

should learn among others skills the four basic language skills, that is, they should not only

have good listening and speaking skills but also sound reading and writing skills. When I

think about the way these skills are acquired by native speakers from the day they are born,

it is plain that the first two skills that are primarily acquired are the listening and speaking

skills and later on the reading and writing skills. For this reason, throughout this Unit 3 the

focus has been mainly on the listening and speaking skills. However, this does not mean

that the reading and writing skills are not important. So, in this lesson students are expected

to develop these two skills, by reading a short post extracted from the musician Bruno

Mars’ Facebook page and then writing a short comment about it. Considering that students

will be also expected to ask each other questions about their favorite musicians, the

methodology used will be the Communicative Language Teaching.

Background Information

See lesson plan 1.

Overall aims

In this lesson students are expected to:

Demonstrate their reading comprehension, by reading a short post and saying what

it is about; by answering orally some questions concerning the post

Demonstrate their writing skills, by writing a short comment about the post and then

presenting it to the class.

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Structure of the lesson

Stage 1 – Lead-in and Reading Comprehension (10 min.)

Specific aim

In this first stage students are expected to:

Demonstrate their reading comprehension skills by reading a short Facebook post

extracted from the musician Bruno Mars’s Facebook page about his world tour and

then answer orally some questions about that post.

Procedure:

The teacher will start the lesson by asking students if they have a Facebook account,

how often they use it, if they use to comment on their friends’ posts, just to set the

mood for the reading activity they will be doing next.

Then, the teacher will tell them that they are going to do a similar activity, by

reading a Facebook post extracted from Bruno Mars’ Facebook page concerning his

world tour.

The teacher will hand out the worksheet asking students to take one and pass the

rest. Then the teacher will ask them to read silently the post and the comments made

by Bruno Mars’s fans and write down what the fans are complaining about.

When they are finished, the teacher will ask them orally to say what the fans are

complaining about; when Bruno is starting his tour; if he is coming to Lisbon and so

on.

Materials:

Handout (teacher-created)

Stage 2 – Writing (20 min.)

Specific aim

Students are expected to:

Demonstrate their writing skills by writing a short comment similar to those written

by Bruno Mars’ fans.

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Procedure

After reading the post and the comments made by Bruno Mars fans the teacher will

ask students to turn over the worksheet and write their own comment about the post

they have just read. The teacher will ask students to raise their hand if they have

any doubt, in order to approach them and clarify.

While they do this the teacher will be monitoring.

When finished, the teacher will ask each student to orally present their comments to

the class. The others will have to be quiet and listen to their peers’ presentation to

find any mispronunciation or grammar mistakes.

To close this stage, the teacher will ask students to work in pairs and find out who

their colleague’s favorite musician is and why. Then the teacher will choose a

student and him/her who the favourite musician of the person sitting by his/her side

is.

Materials:

Handout (teacher-created)

Stage 3 – Writing (20 min.)

Specific aim

Students are expected to:

Demonstrate their writing skills by writing a short song taking into account the

contents covered throughout Unit 3, that is, they are expected to use the vocabulary

learned and the present perfect simple or continuous.

Procedure

The teacher will choose students to form a group of three or four elements

maximum and tell them to pretend that each group is a band. They will have to give

it a name, choose a music style they play and write a short original song.

In order to do this activity students are encouraged to think about the songs they like

the most and to consider the contents learned in Unit 3, such as The Present Perfect

Simple and Continuous, the personality adjectives and the vocabulary.

While students write the teacher will monitor and clarify any doubts about the

assignment.

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When finished, each group should present their band, by saying the name and the

music genre they play. Afterwards they should present the song they have just

created, by saying what it is called and then sing it.

While one group is presenting the others should listen attentively and try to find out

what the song is all about. After each presentation the group presenting should

confirm if the colleagues managed to identify the topic of the song or not. In case

they didn’t, each group should say what the message behind the song is.

While students present the teacher will be listening attentively and taking note of

any mistakes made in order to go over them in future lessons.

Materials

Handout (teacher-created)

References

Bravo, C., Cravo, A., & Duarte E. (2015). Metas Curriculares de Inglês – Ensino Básico:

1º,2º,3º Ciclos.

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA GIL VICENTE

Class Teacher: Rosário Máximo Student Teacher: José Monteiro

HANDOUT No. 7

Name _____________________ Date ___________________ Class ________________

Reading and writing activity

Exercise 1

Bruno Mars announced on his Facebook page his upcoming world tour to present his new

album. Read his post and the comments made by some of his fans.

Bruno Mars

21/11 at 9:00

Europe and UK! Tickets for the #24KMagicWorldTour are on sale at 10AM local time

today! Get yours here: brunomars.com/tour

Source: https://www.facebook.com/brunomars/

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Millie Douglas Literally two minutes after they went on sale the tickets were sold out. I

hope you put some extra dates on especially for Birmingham UK.

Ma'rine Neveu Hi Bruno! I am so sad that you don’t come in Bordeaux (France)... My son

(9) and me love your songs so much... We hope to see you again on stage soon! Thank you

for the real artist you are!

XOXO from France

Noëlle Meulenbroek Jeeeeezzzz Bruno, impossible to get any tickets!! Sold out

immediately in Amsterdam, my girl will be so disappointed (just as her mum is)...

Exercise 2

Write a short comment about his post.

Follow the structure of the comments made by Bruno Mars’s fans, by writing your name in

the space provided bellow and then adding your comment.

__________________________

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA GIL VICENTE

Class Teacher: Rosário Máximo Student Teacher: José Monteiro

HANDOUT No. 8

Name ______________________ Date ___________________ Class ________________

Writing activity: songwriting

Exercise 1

Working in groups of 3 or 4, form a band, give it a name and choose the main music genre

that you play. Afterwards write a short original song in the column below.

Think of your favorite song to draw inspiration from.

Band name _____________________________ Genre _________________________

Song Title ________________________________

Exercise 2

Present your song to the class, by saying what it is called and what it talks about.

Now sing it to the class!

Source: teacher-created

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Anexos

Planificação anual e trimestral facultada pela professora cooperante

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