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UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO - UNAERP DIRETORIA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL RIBEIRÃO PRETO

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UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO - UNAERP

DIRETORIA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL

RIBEIRÃO PRETO

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UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO

CHANCELER

Electro Bonini

REITORA

Profa Elmara Lúcia Oliveira Bonini

DIRETORA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

Profa Dra Neide Aparecida de Sousa Lehfeld

COMISSÃO RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PPI

Profa Dra Neide Aparecida de Sousa Lehfeld (coordenação)

Prof Dr Caetano da Costa

Profa Dra Carmen Silvia Gonçalves Lopes

Prof Manoel Henrique Cintra Gabarra

Profa Dra Yara Teresinha Corrêa Silva Sousa

APOIO ADMINISTRATIVO

Viviane Diab Barcelini

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 01

1. CONJUNTURA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 02

2. O PAPEL DA UNIVERSIDADE 05

3. CONTEXTO DA UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO 07

3.1 Histórico 07

3.2 Contexto Atual 08

3.3 Missão 09

3.4 Visão 09

4. ESTRUTURA ACADÊMICO-ADMINISTRATIVA 11

4.1 Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão (DEPE) 12

5. DIRETRIZES PARA O ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO 14

5.1 Diretrizes pedagógicas gerais 14

5.2 Diretrizes para o ensino 14

5.2.1 Diretrizes para o ensino da graduação 15

5.2.2 Diretrizes para o ensino da pós-graduação 15

5.2.3. Diretrizes para Educação a Distância 16

5.3 Diretrizes para a pesquisa 17

5.4 Diretrizes para a extensão 17

6. PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS 19

6.1 Da graduação 20

6.1.1 Metodologia de elaboração dos projetos pedagógicos 24

6.1.1.1 Princípios metodológicos 24

6.1.1.2 Perfil de egresso 25

6.1.1.3 Competências a serem desenvolvidas 26

6.1.1.4 Seleção de conteúdos 26

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6.1.1.5 Processo de avaliação 26

6.1.1.6 Sistema de créditos 28

6.1.1.7 Estágios curriculares - Central de Estágio 28

6.1.1.8 Programa de monitoria 30

6.1.1.9 Programa de iniciação científica 31

6.1.2 Licenciaturas 32

6.1.3 Acompanhamento de egresso 33

6.2 Da pós-graduação 35

6.2.1 Pós-graduação lato sensu 35

6.2.2 Pós-graduação stricto sensu 37

6.3 Da educação a distância 40

7. O DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA NA UNAERP 43

8. ESTRUTURAÇÃO DO CORPO DOCENTE E CAPACITAÇÃO

PEDAGÓGICA 45

8.1 Estruturação do corpo docente 45

8.2 Capacitação e apoio pedagógico aos docentes 46

9. SERVIÇO DE APOIO PSICOPEDAGÓGICO AO ALUNO 48

10. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 49

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS 51

12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 52

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LISTA DE ABREVIATURAS

AERP – Associação de Ensino de Ribeirão Preto

Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CECEB – Centro Clínico “Electro Bonini”

CNE/CES – Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior

CNE/CP – Conselho Nacional de Educação/Conselho Pleno

CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

CONIC – Congresso de Iniciação Científica e de Pesquisa

CPA – Comissão Própria de Avaliação

CRUB – Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras

DACE – Diretoria de Assuntos Comunitários e Estudantis

DAF – Diretoria de Administração e Finanças

DEPE – Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão

DIPRO – Diretoria de Projetos Estratégicos

EAD – Educação a Distância

GR – Gabinete da Reitoria

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IES – Instituição(ões) de Ensino Superior

INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

MBA – Master in Business Administration

MBIS – Master in Business Information System

MEC – Ministério da Educação

NUEGRE – Núcleo de Egressos da Universidade de Ribeirão Preto

PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional

PIBIC – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica

PPI – Projeto Pedagógico Institucional

RN – Resolução Normativa

SEAP – Serviço de Apoio Psicopedagógico ao Aluno

SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

TI – Tecnologia da Informação

UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

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APRESENTAÇÃO

A Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão, ao apresentar a versão definitiva do

Projeto Pedagógico Institucional (PPI), está socializando a toda a comunidade acadêmica e

à sociedade em geral a linha filosófica, técnico-científica e política que referenda a

concepção da Universidade de Ribeirão Preto sobre educação superior e o processo de

formação profissional que cada curso de graduação e de pós-graduação se imbui para a

definição de suas metas e objetivos de ações.

O Projeto Pedagógico Institucional possui a responsabilidade de direcionar o

Plano de Desenvolvimento Institucional, bem como orientar os gestores da Universidade

em todos os seus níveis e segmentos em termos de perspectivas futuras e indicativos para

avaliação e diagnóstico do presente.

Neste sentido, a Comissão Própria de Avaliação da Universidade foi parceira da

Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão no processo de elaboração e revisão do

documento ora apresentado.

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1. CONJUNTURA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

Na conjuntura atual, o Brasil se vê às voltas com o problema de sedimentar a

formação acadêmica, superando a defasagem do aluno proveniente de camadas sociais de

baixa renda, o qual constitui segmento expressivo dos milhares de estudantes matriculados

no ensino superior brasileiro. Dados do Censo do Ensino Superior (MEC/INEP) revelam

que é declinante o número de concluintes em relação ao de ingressantes. A par da evasão e

da necessidade de se construir instrumentos para sua reversão, coloca-se o desafio de

ampliar, desenvolver e enraizar a cultura científica no interior das instituições particulares

de ensino superior, responsáveis por mais de dois terços da formação universitária de

jovens e adultos brasileiros. As circunstâncias econômicas, sociais e até mesmo culturais

no Brasil, forçadas pela conjuntura mundial dos novos paradigmas emergentes, em

conjunto com as políticas implementadas para a reformulação do ensino superior, têm

forçado o encaminhamento de medidas que afunilam a educação superior brasileira. No

mundo globalizado de hoje, as transformações que acontecem de forma cada vez mais

rápida, em todas as dimensões - política, econômica, social e científica - provocam

repercussões em todas as organizações, e de maneira especial na universidade que, apesar

da condição privilegiada de detentora e formadora de uma elite intelectual, não tem

conseguido prover soluções para a sua auto-realização e confiabilidade. Essa instituição,

pelo seu caráter milenar e pelas suas funções de produção e disseminação do

conhecimento, deve analisar todo esse complexo de transformações, procurando adaptar-se

e, ao mesmo tempo, através da formação de profissionais, da realização de pesquisas e de

sua interação com a sociedade, intervir nos vários aspectos desse processo. Ao se traçar um

diagnóstico da situação das universidades brasileiras, deve-se enfatizar que o problema não

é simplesmente de conjuntura interna, mas engloba variantes de muitos países, com

problemas comuns. Questões como a desarticulação entre o ensino da graduação e o ensino

da pós-graduação; a divisão entre ciclo básico e ciclo profissional, causando seqüelas na

formação profissional e evasão, têm sido discutidas nas Instituições de Educação Superior,

sobretudo nas Instituições Privadas que, devido à expansão do número de IES no Brasil,

encontram dificuldades em manter-se com a qualidade desejada.

A qualidade do corpo docente está associada ao desenvolvimento de uma cultura

acadêmica e científica nas Universidades. Desse modo, os professores têm sido

responsáveis pela formação de grupos de estudo e implantação de projetos de pesquisa,

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atuando como fomentadores da iniciação científica e participando de eventos acadêmicos

nacionais e internacionais. Responsáveis pela estruturação de publicações periódicas ou

seriadas, propõem artigos, organizam coletâneas, antologias, mobilizam os pares, captam

recursos, promovendo, enfim, uma intensa atividade de ampliação dos espaços da ciência

que tem deixado de ser um atributo apenas do setor público. Assim, o ensino superior

privado tornou-se uma realidade incontestável. Em seu bojo, professores e pesquisadores

buscam com persistência sedimentar a atividade de pesquisa rigorosa e socialmente

comprometida. Segundo o Plano Nacional de Graduação, a qualidade da educação

superior, especificamente a da graduação, pressupõe o desenvolvimento permanente,

acompanhamento e avaliação de quatro pilares principais: projeto pedagógico institucional

e de curso, recursos humanos (corpo docente, técnico-administrativo e corpo discente),

infra-estrutura e gestão institucional/acadêmica. Esse conjunto está necessariamente

integrado à missão e planejamento institucional, cujos desdobramentos estarão articulados

ao projeto de desenvolvimento regional/nacional. Assim, a atuação de todo o conjunto de

IES do país pode e deve refletir uma política nacional de educação, ciência e tecnologia.

Segundo Santos (2004, p. 90), "a universidade tem de entender que a produção de

conhecimento epistemológica e socialmente privilegiado e a formação de elites deixaram

de poder assegurar por si só a legitimidade da universidade a partir do momento em que

perdeu a hegemonia mesmo no desempenho destas funções e teve de as passar a

desempenhar num contexto competitivo".

O atual Plano Nacional de Graduação sustenta-se em alguns eixos aqui

destacados, com o objetivo de ensejar uma adequada percepção e orientação de suas

proposições. O primeiro eixo diz respeito ao papel possível para a universidade, nesse

tempo marcado pelo complexo processo de globalização que alcança o mundo produtivo,

econômico, financeiro e político, acelerando o desenvolvimento tecnológico a ponto de

provocar rápida obsolescência nos modos de produção, gerando alterações nos processos

de formação que visam ao exercício profissional. Para os programas de ensino de

graduação, esse dado passa a requerer a construção de um novo perfil profissional,

integrando formação técnica à humana e ética, possibilitando ao educando a perspectiva de

autonomia relativa ao trato com o conhecimento. A adequada articulação de uma sólida

visão humanística com os processos de desenvolvimento científico e tecnológico ampliam

o campo da consciência e das práticas políticas, como parte de um exercício profissional

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relacionado a práticas cidadãs e conseqüente compromisso com demandas sociais (DEMO,

1996).

Um segundo eixo diz respeito à adoção do Projeto Pedagógico como instrumento

de gestão, tanto no nível geral da instituição quanto no nível específico de cada curso. No

nível geral, consoante com a missão, com o plano estratégico e com o plano de

desenvolvimento institucional, deve estabelecer o papel da instituição como produtora e

disseminadora do saber e sua contribuição para a comunidade e região onde se situa.

Um eixo relacionado à necessária gestão de uma política nacional deriva do

reconhecimento de que o desenvolvimento alcançado pelos processos educacionais do país

e a percepção pública de sua prioridade na presente conjuntura nacional parecem exigir a

construção de um Sistema de Educação Superior organicamente articulado, integrando a

graduação à pós-graduação, e que preveja e estabeleça seu relacionamento efetivo com os

demais níveis da educação e com o sistema de ciência e tecnologia.

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2. O PAPEL DA UNIVERSIDADE

O papel da Universidade relacionado à formação, visando também, e não

somente, à inserção no mercado de trabalho, necessita de uma redefinição que possibilite

acompanhar a evolução tecnológica que define os contornos do exercício profissional

contemporâneo, considerando a formação acadêmica como tarefa que se realiza,

necessariamente, em tempo diferente daquele em que acontecem as inovações. Em um

contexto de profundas, rápidas e constantes mudanças, já não se concebe mais uma

formação que possa ser estável a ponto do indivíduo não necessitar de

capacitação/atualização ao longo do exercício profissional. Assim, cursos de graduação

não devem voltar-se à perspectiva de uma profissionalização estrita e técnica, mas

propiciar o desenvolvimento de competências de longo prazo e a construção de uma

relação com o conhecimento que leve à efetiva leitura e ação críticas sobre seus

fundamentos. Trata-se, assim, de propiciar o domínio sobre os modos de produção do saber

e estabelecer uma base sólida para a aquisição contínua e eficaz de conhecimentos

específicos, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a habilidade de aprender e recriar

permanentemente.

Segundo Demo (2000, p. 52), "aprende melhor quem descobre mais e mais

profundos padrões, de tal modo que possa compor-se mais facilmente e sobretudo mais

criativamente com a dinâmica dos processos. Nesse sentido, a aprendizagem está

principalmente na habilidade de estabelecer conexões, revê-las e refazê-as".

O sentido de autonomia universitária (art. 207 da Constituição da República

Federativa do Brasil) requer que esta não aceita ser colocada a serviço de um único

segmento social. Assim, a Universidade precisa, de modo crítico e dialético, situar-se na

sociedade. De um lado, contribui para o desenvolvimento tecnológico contemporâneo,

formando quadros e gerando conhecimento para esta sociedade concreta. De outro, a

universidade está a serviço de uma concepção radical e universal da cidadania. Enquanto

promotora da cidadania universal, orientará parte significativa de sua produção de saber

pelos interesses mais amplos da sociedade. Aí se destaca a necessária interação que a

universidade deve estabelecer com toda a diversidade da realidade social, investindo nas

experiências particulares, locais e regionais.

Com relação a sua função social, tendo em vista a socialização do conhecimento,

a Universidade deve propiciar a ampliação democrática do acesso a esse conhecimento,

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devendo se orientar não só pelos desafios das inovações tecnológicas, mas também pela

questão ética que diz respeito a toda a amplitude da existência humana. Assim, parece

fundamental que a Universidade, por todas as suas ações, busque o equilíbrio entre

vocação técnico-científica e vocação humanizadora. Por esta razão, a universidade com sua

competência em oferecer formação técnica, científica e política às lideranças nacionais,

apresenta-se como indispensável para o crescente processo de democratização e de

construção de uma cidadania plena na sociedade brasileira. Tal fato decorre da importância

da informação e do conhecimento técnico-científico na configuração das relações sociais

no mundo e da essencialidade do ensino na difusão social destes instrumentos de contato

com a realidade. Nesta perspectiva, a universidade deve reafirmar o seu tradicional papel

de instituição formadora de cidadãos para o mundo do trabalho, para se transformar,

principalmente, em instância promotora da cultura.

A autonomia universitária, instituída e legalmente normatizada pela Constituição

Federal de 1988, deve, portanto, se apresentar como um instrumento indispensável.

Somente a existência de um espaço verdadeiramente livre para pensar, criticar, criar e

propor alternativas às concepções prevalentes em cada momento sócio-histórico assegura o

dinamismo necessário ao acompanhamento e à representação de uma realidade em

constante transformação. No que concerne ao ensino superior em seus diversos níveis, a

autonomia universitária, em oposição às percepções corporativas e tecnocráticas, se traduz

concretamente na possibilidade de apresentar soluções próprias para os problemas da

educação superior. Essas soluções passam, necessariamente, por experimentar novas

opções de cursos e propostas pedagógicas. Entretanto, a universidade autônoma não pode

se distanciar dos interesses sociais. A liberdade acadêmica, desejável e indispensável, deve

encontrar a sua contrapartida em um necessário processo de avaliação permanente, que

deve abordar os indicadores que valorizem dialeticamente a vitalidade dinâmica da

transformação com a priorização e perenidade do compromisso social.

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3. CONTEXTO DA UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO

3.1 Histórico

Ribeirão Preto, cidade interiorana, dista 319 quilômetros da capital do Estado de

São Paulo e conta com uma população estimada de 551.312 habitantes (IBGE – 2005)*.1

Localizada no nordeste paulista, já foi a eldorado do café, a capital da cultura com suas

majestosas apresentações de ópera no Theatro Pedro II e, mais recentemente, é famosa

pelos seus indicadores econômicos. Junto com sua riqueza, nela brotaram escolas,

faculdades e universidades que têm participação direta no desenvolvimento da cidade.

Já na década de 1920, a região de Ribeirão Preto era uma das mais prósperas de

São Paulo. Como a intenção era descentralizar o ensino universitário para o interior do

Estado, comportava a escola que a AERP começava a implantar.

Em 1924, quando um grupo de profissionais idealistas criou a Associação de

Ensino de Ribeirão Preto, o interior do Estado não tinha ainda nenhuma instituição de

ensino superior. Quem queria formar-se nas poucas profissões universitárias que havia na

época precisava dirigir-se a São Paulo ou a outros centros maiores.

Uma dessas instituições, a Sociedade Escola de Pharmácia e Odontologia, criada

em 1924, foi responsável pela implantação do primeiro curso superior da região. Em 1928,

a Sociedade passou a chamar-se AERP – Associação de Ensino de Ribeirão Preto - e

continuou sua trajetória de pioneirismo. Com a AERP, a região de Ribeirão Preto deu o

primeiro passo para transformar-se em um centro educacional e consolidar-se como um

dos maiores pólos de ensino superior do interior do país.

As Faculdades de Farmácia e Odontologia e os cursos de magistério, científico e

clássico abriram a seqüência de novos cursos que foram sendo gradativamente

implantados. No final da década de 1950 foi criada a Faculdade de Direito “Laudo de

Camargo”.

Em 1971, a Associação instalou-se no atual campus da Ribeirânia, numa área de

110 mil metros quadrados. Nessa época, os cursos de Engenharia Química e Serviço Social

já estavam implantados e a Universidade já se encaminhava para implantar novos cursos.

A partir daí vieram, ano após ano, outros cursos, com propostas inovadoras e voltados a

suprir demandas sociais e do mercado profissional.

* www.ibge.gov.br (acesso em 08/03/06)

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Em 1985, a instituição foi reconhecida como Universidade de Ribeirão Preto.

Naquele ano, 20 cursos de graduação já eram oferecidos, além do Colégio Tecnológico.

Com o respaldo e tradição da UNAERP Ribeirão Preto, a Associação de Ensino

instalou um novo campus, em outra região do Estado. No Guarujá, a UNAERP também é a

primeira universidade da cidade. O campus foi inaugurado em junho de 1999 e os seis

primeiros cursos foram inaugurados em 2000. Em 2001, a UNAERP Guarujá implantou

outros cursos, entre eles a tradicional Faculdade de Direito “Laudo de Camargo”.

No Guarujá, a UNAERP está instalada numa área de 30 mil metros quadrados,

sendo projetada para receber 5 mil alunos. A presença da Universidade na cidade beneficia

toda essa região, gerando serviços à população, aprimoramento e qualificação profissional,

além de proporcionar um novo dinamismo à cidade.

3.2 Contexto Atual

A UNAERP oferece cursos nas três áreas do saber: saúde, exatas e humanas,

congregando aproximadamente 8 mil estudantes, 650 professores (setembro de 2005).

Desenvolve mais de 260 projetos de pesquisa e de 50 programas de extensão com apoio de

laboratórios, recursos tecnológicos avançados, biblioteca e intercâmbio com os principais

centros, institutos e empresas de pesquisa e tecnologia do mundo.

Aliando ensino, pesquisa e prestação de serviço à comunidade, hoje a UNAERP

caracteriza-se como um pólo educativo gerador de cultura e com grande responsabilidade

no crescimento de sua região.

A mesma filosofia de integrar-se às demandas sociais e econômicas regionais que

norteiam a UNAERP Ribeirão, orienta as ações da UNAERP Guarujá. Os cursos da área

de saúde, por exemplo, fazem parcerias com hospitais e entidades comunitárias diversas.

Ganham com isso os alunos que passam a ter campos para estágios e vivências

profissionais e a comunidade que recebe serviços e atendimento qualificados. Desta forma,

através do ensino e dos programas de serviços e pesquisas, a instituição movimenta a

cidade, contribui para o desenvolvimento social, cultural e político, além de gerar

demandas para empregos diretos e indiretos, criando novas fontes de riqueza para o

município.

A UNAERP procura manter um intercâmbio constante com a sociedade do seu

entorno. Sempre que oportuno, estabelece parcerias com grupos de excelência da região e

do país para incentivar e fortalecer suas pesquisas e atividades de extensão, buscando cada

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vez mais cumprir suas metas de desenvolvimento para melhor formar profissionais

integrados à realidade regional e nacional.

O campus Ribeirão Preto conta também com o Centro Clínico Electro Bonini -

CECEB, cuja proposta é desenvolver áreas de excelência em diversas especialidades

médicas e de saúde. O CECEB oferece Clínica de Fisioterapia, Enfermaria de Pediatria

Clínica, ambulatório de especialidades, centro cirúrgico com recursos para cirurgias de

pequeno e médio porte, entre outros atendimentos. O Centro conta também com

equipamentos modernos de diagnóstico por imagem.

3.3 Missão

“Gerar e difundir conhecimentos que promovam e contribuam para o

desenvolvimento do indivíduo e da sociedade, fundamentados em princípios éticos e

cristãos, com liberdade de pesquisa, inovação do ensino e da extensão, mantendo a

constante interação com contextos nacionais e internacionais”.

A UNAERP busca manter um contínuo desenvolvimento, onde o ensino, a

pesquisa e a extensão, de forma integrada, sempre serão a base de sua sustentação

enquanto instituição de educação superior. Os docentes estimulam a criatividade, o espírito

crítico, a descoberta e a liberdade de expressão, junto aos alunos, além de compartilharem

seus conhecimentos uns com os outros, numa perspectiva interdisciplinar. Através de sua

filosofia pedagógica, A UNAERP não está somente preocupada com a relação entre teoria

e prática, mas também com a produção e com o desenvolvimento de inovadores processos

científicos e tecnológicos, dispositivos e equipamentos, hardware e software, arte, métodos

e ferramentas de gestão e trabalhos literários.

3.4 Visão

“A Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP será reconhecida como uma

universidade de referência nacional e internacional baseada na sua tradição de inovação,

superação de desafios, colaboração interdisciplinar, qualidade dos seus cursos e pela

prestação de serviços à comunidade, indo ao encontro das necessidades sociais e de

mercado”.

Esta visão reconhece que a educação superior no Brasil é desafiada sempre pelas

necessidades da sociedade, do mercado e da cultura, neste novo século. A UNAERP

deverá estar posicionada para aceitar estes desafios, bem como a responsabilidade de se

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manter como uma referência dos avanços da educação, inovação tecnológica e científica,

expressando a sua criatividade na busca de fomentar uma atmosfera de motivação

intelectual, inovação e empreendedora.

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4. ESTRUTURA ACADÊMICO-ADMINISTRATIVA

A administração superior da Universidade de Ribeirão Preto é composta por

instâncias que trabalham integradas, coordenando todas as atividades desenvolvidas nos

dois campi. São os Conselhos Superiores, Chancelaria, Reitoria, Grupo Gestor e Diretorias

(Figura 1).

Figura 1. Estrutura acadêmico-administrativa da UNAERP

O Conselho Universitário é o órgão deliberativo, consultivo e normativo máximo

da Universidade em assuntos de política institucional de Ensino, Pesquisa e Extensão.

O Conselho de Administração é o órgão colegiado consultivo para assuntos

administrativo-financeiros.

A Chancelaria exerce jurisdição superior da UNAERP, podendo vetar decisões

que possam afetar os princípios que norteiam a instituição.

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A Reitoria é o órgão executivo que coordena e supervisiona as atividades da

Universidade. É exercida pelo reitor e coadjuvada pelo Grupo Gestor.

O Grupo Gestor é o órgão executivo de coordenação e supervisão da UNAERP, e

é constituído por uma equipe multiprofissional e pelos diretores da universidade.

Completam essa estrutura as Diretorias: de Ensino, Pesquisa e Extensão (DEPE),

de Administração e Finanças (DAF), de Assuntos Comunitários e Estudantis (DACE) e de

Projetos Estratégicos (DIPRO). Cada uma dessas diretorias constitui um órgão executivo

da administração intermediária, responsável pela superintendência das atividades

acadêmicas, didático-científicas e administrativas da universidade, atuando de forma

integrada horizontal e verticalmente.

A elaboração e o direcionamento do Projeto Pedagógico Institucional (PPI), assim

como as atividades pedagógicas desenvolvidas, são de competência da DEPE, que será

detalhada a seguir:

4.1 Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão (DEPE)

A Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão foi concebida como órgão dedicado

ao cultivo da ciência e do ensino nos níveis de graduação, tecnológicos e de formação

específica em nível superior e pós-graduação lato e stricto sensu. A DEPE congrega

cursos e programas coordenados e orientados por uma equipe de representantes das

atividades–FIM em termos executivos, e por um Colegiado de cada área de saber que

congrega os cursos. As áreas de saber são: Ciências Humanas e Sociais; Ciências de Saúde

e Ciências Exatas, Naturais e Tecnologia, conforme ilustra a Figura 2.

O objetivo da Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão é promover a integração

com as demais diretorias, buscando o desenvolvimento da Universidade e a otimização dos

recursos. Ao Diretor cabe a elaboração e coordenação do Plano de Ação da DEPE,

consolidando o trabalho em equipe, o espírito institucional, a missão da Universidade e a

responsabilidade por resultados. Também lhe compete a gestão dos órgãos e grupos de

trabalho que compõem a área de sua responsabilidade, fiscalizando a observância do

regime escolar e o cumprimento das políticas e normas de procedimentos aplicáveis às

atividades e programas em cada área.

A DEPE adota mecanismos para que o docente tenha condições de trabalho

favoráveis ao desenvolvimento de suas atividades, provendo, em conjunto com os

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coordenadores de curso, programas de capacitação pessoal e recursos materiais e

tecnológicos necessários.

O Coordenador de cada curso tem condições de trabalho que permitem o

desenvolvimento de suas atividades para uma atuação competente e inovadora,

compatibilizando especialidades com ações polivalentes, para incentivar o investimento em

atualização para melhoria do padrão de desempenho.

Figura 2. Estrutura administrativa da Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão (DEPE)

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5. DIRETRIZES PARA O ENSINO, A PESQUISA E A EXTENSÃO

5.1 Diretrizes pedagógicas gerais

Para alcançar a excelência no ensino, prioriza-se a constante atualização dos

Projetos Pedagógicos dos cursos, envolvendo a reformulação curricular e a atualização dos

conteúdos programáticos. Toma-se como parâmetro o resultado do processo de avaliação

das disciplinas, decorrente do processo de Avaliação Institucional e das Diretrizes

Curriculares Nacionais. Tais diretrizes devem incentivar uma sólida formação geral,

necessária para que o futuro graduado possa vir a superar desafios de renovadas condições

de exercício profissional e de produção do conhecimento. Essas definições devem ser

construídas coletivamente, com participação de todo o corpo docente, de alunos egressos,

da comunidade científica e profissional externa, do corpo discente e dos grupos que se

relacionam com o respectivo horizonte de formação. No contexto do Projeto Pedagógico

de cada curso, é ressaltada a adoção do princípio pedagógico da indissociabilidade entre

ensino, pesquisa e extensão, como eixo específico e fundamental. Assim, a Universidade

de Ribeirão Preto tem como diretrizes pedagógicas gerais:

- Ampliar a abrangência de atuação da Universidade, utilizando-se de métodos

inovadores, de tecnologias disponíveis e de formação a distância e continuada,

criando novos cursos de graduação e de pós-graduação em áreas prioritárias

no estado de São Paulo e fora dele.

- Estimular grupos de trabalhos interdisciplinares, multiprofissionais e

interinstitucionais.

- Dar prioridade a ações sinérgicas que potencializam as competências internas.

- Consolidar o quadro de pessoal docente e técnico-administrativo, segundo os

princípios da probidade e valorização do recurso humano.

- Firmar o processo de auto-avaliação institucional com o objetivo de garantir a

excelência de seus procedimentos e de seus resultados.

5.2 Diretrizes para o ensino

O ensino, aliado à filosofia curricular e suas respectivas propostas, deve estar

integrado organicamente, para que se perceba, com nitidez, a realização do princípio

pedagógico da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, os níveis de formação

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15

científica dos docentes e suas experiências que referenciam o respectivo Projeto

Pedagógico.

5.2.1 Diretrizes para o ensino de graduação

- Promover um ensino reflexivo, sustentado por vivências das práticas sociais,

formando o cidadão competente, crítico e solidário.

- Promover a efetiva execução de projetos pedagógicos orientados por perfis e

suas competências.

- Estimular a atuação do docente-pesquisador comprometido profissionalmente

com a Instituição e com o desenvolvimento do acadêmico.

- Adequar o tempo e os espaços acadêmicos a práticas inovadoras e

diversificadas como apoio ao constante aperfeiçoamento do ensino de

graduação.

- Promover estudos para a renovação e aperfeiçoamento do processo seletivo de

acesso à Universidade.

- Disponibilizar o parque tecnológico com ferramentas que aperfeiçoem e

agilizem os procedimentos acadêmicos.

- Realizar estudos para efetivação de programas de educação a distância, como

forma de ampliar o universo de atendimento da Universidade.

5.2.2 Diretrizes para o ensino da pós-graduação

- Constituir a pós-graduação stricto sensu com o objetivo preferencial para

ampliação do atendimento da Universidade e aproveitamento da sua massa

crítica e potencialidades.

- Efetivar a pós-graduação com prioridade para integração da pesquisa e

graduação, revitalizando as práticas acadêmicas da Universidade.

- Promover o estabelecimento de relações em parceria e cooperação com

programas de pós-graduação de instituições universitárias e de pesquisa do

país e fora dele.

- Melhorar constantemente as condições de suporte ao desenvolvimento da pós-

graduação.

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16

- Criar um sistema gerencial de pós-graduação capaz de procedimentos e

processos compatíveis com a natureza dos programas e com a legislação

vigente.

- Dar legitimidade aos programas de pós-graduação, mediante uma organização

administrativa processual capaz de assegurar um padrão de qualidade.

- Implantar programas de formação continuada no estado de São Paulo e fora

dele.

5.2.3 Diretrizes para a educação a distância

Na UNAERP, a educação a distância (EAD) mostra-se como nova ferramenta de

fortalecimento da qualidade de ensino que a Instituição oferece. Exige-se, portanto, uma

nova concepção do ensino, em que se busca, por meio da tecnologia da informação,

desenvolver novas formas de interação entre instituição e sociedade, sempre na busca da

eficiência na qualidade de ensino.

Assim, a UNAERP tem como diretrizes principais para a EAD:

- Ampliar o conhecimento dessa modalidade de ensino na Universidade, por

meio de difusão racional de informações e da própria estrutura instalada junto

aos cursos e Diretorias;

- Ampliar o oferecimento dessa modalidade de ensino, de forma organizada e

com devido suporte, por meio de disciplinas semipresenciais oferecidas em

todos os cursos;

- Oferecer cursos a distância, mantendo a mesma qualidade do ensino

promovido pela Instituição nos cursos presenciais já oferecidos;

- Subsidiar os cursos presenciais, com o oferecimento de plataformas virtuais

para suporte de disciplinas presenciais;

- Integrar os campi Ribeirão Preto e Guarujá, por meio da educação a distância;

- Ampliar a busca de novos alunos para a Instituição, por meio de cursos de

pós-graduação (lato sensu) oferecidos a distância;

- Promover a atualização constante dos recursos materiais e humanos voltados

para a educação a distância;

- Promover a gestão do ambiente de aprendizagem dispondo de ferramentas

para gestão pedagógica, tecnológica, administrativa e financeira;

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17

- Promover a interação síncrona, assíncrona, democratização da informação,

socialização do conhecimento e a inclusão digital, através do uso de

tecnologias de comunicação como TV Digital, teleconferência,

videoconferência e outras tecnologias.

5.3 Diretrizes para a pesquisa

- Identificar e estabelecer linhas prioritárias de pesquisa, nas áreas de saber

trabalhadas na UNAERP, em que a exigência de ser socialmente relevante se

alie à necessária liberdade de criação e construção do conhecimento.

- Apoiar a formação e consolidação de grupos de pesquisa, integrados às linhas

prioritárias da Universidade.

- Intensificar e diversificar as formas de publicação e divulgação da produção

científica, das tecnologias desenvolvidas e das criações artísticas na

Universidade de Ribeirão Preto.

- Buscar fontes alternativas de recursos para apoio ao desenvolvimento das

produções acadêmicas.

- Adequar as condições de infra-estrutura e suporte à atividade de investigação

científica.

- Consolidar e dinamizar a Comissão de Ética em Pesquisa.

- Estruturar o Conselho Editorial, por área de conhecimento, para o

aperfeiçoamento das publicações.

- Assegurar a participação sistemática e regular dos docentes em eventos

científicos e culturais nacionais e no exterior.

5.4 Diretrizes para a extensão

- Conceber a extensão como a prática social da Universidade de caráter

indissociável do ensino e da pesquisa.

- Estimular programas multidisciplinares, multiprofissionais junto à

comunidade externa.

- Ampliar ações, em parceria com a comunidade, que contribuam para a

melhoria da qualidade de vida do cidadão.

- Implantar programas regulares de educação continuada, estimulando a volta

de seus egressos e profissionais em exercício para atualização necessária.

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18

- Posicionar a Universidade como espaço privilegiado de manifestação cultural

em todas as suas expressões.

- Incentivar grupos de artistas, descobrir novos talentos internos e levar à

sociedade as expressões artísticas como forma de divulgação e de integração

da Universidade com a sociedade.

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19

6. PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS

O Projeto Pedagógico se constitui um instrumento de orientação para a

administração e gestão acadêmicas, tanto da Instituição enquanto seu projeto maior, quanto

de cada um de seus cursos. Tem seu ponto de partida na própria realidade da Instituição ou

de seus cursos, considerando a história, vocação e inserção regional. Como instrumento

balizador para o fazer universitário, tanto o projeto maior da Instituição, quanto o dos

cursos, são concebidos coletivamente. A competência no trato com as questões relativas a

cada Projeto Pedagógico é essencial para que uma Instituição de Ensino Superior dê

respostas apropriadas aos desafios que hoje se apresentam à educação superior. O processo

de elaboração de um Projeto Pedagógico é um importante instrumento de mudança e

desenvolvimento institucional (VEIGA, 2000). Quando adequadamente conduzido é capaz

de mobilizar toda a instituição e de concentrar os esforços comuns na direção de metas

coletivamente construídas. O Projeto Pedagógico é a expressão de uma filosofia da

educação e de uma concepção de formação profissional sintonizada com o momento atual

do Brasil e do mundo.

O processo de elaboração, implementação e monitoramento/avaliação do Projeto

Pedagógico é considerado aspecto central da Universidade de Ribeirão Preto, sendo

conduzido por uma equipe multidisciplinar, capacitada para essa responsabilidade. Essa

equipe é coordenada pela Diretoria de Ensino Pesquisa e Extensão, por meio da

Coordenação de Graduação, que orienta e conduz à mobilização de conceitos e relações

essenciais, observando-se as Diretrizes Curriculares de cada curso e área de conhecimento

de modo a construir um referencial para o tratamento das questões práticas envolvidas em

todo o processo, de acordo com cada perfil de formação profissional.

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20

6.1 Da graduação

Cursos de Graduação Início do Curso Autorização Reconhecimento Renovação

RIBEIRÃO PRETO

GUARUJÁ

Conceitos Reconhec./ Renovação

Avaliação Condições de Ofertas

Conceitos Reconhec/ Renovação

Avaliação Condições de Ofertas

Administração – Hab. em Comércio Exterior

01/02/1999 (Rib. Preto) 14/02/2000 (Guarujá)

Ata do Conselho Universitário de 11/12/98 (Rib. Preto) Res. CONSUN 06/98 de 11/12/1998 28/10/99 (Guarujá) Res. CONSUN 01/99 de 28/10/99

Portaria 3799 17/11/04 (Rib. Preto)

CMB CB CMB (2003)

CMB CB CMB (2004)

Administração – Hab. em Empresas

08/03/1968 (Rib. Preto) 14/02/2000 (Guarujá)

Decreto 62349/68 de 05/03/68 (Rib. Preto) 03/09//99 (Guarujá) Res. Consun 01/99 Port. MEC-1320/99

Decreto 71.468/72 de 04/12/1972

CMB CMB CMB (2003)

CMB CB CMB (2004)

Administração Hospitalar

1977 Decreto 79.131/77 de 17/01/1977

Portaria 842/79 de 30/08/1979

Análise de Sistemas

02/02/1986 (Rib. Preto) 05/02/2001 (Guarujá)

Portaria 980 10/12/85 (Rib. Preto) 11/08/000 (Guarujá) Res. CONSUN 05/00 de 11/08/00

Portaria 1.153/91 de 04/07/1991

CMB CB CB (2004)

CMB CR CMB (2004)

Artes Práticas Lic c/ Hab. 1º Grau em: - Artes Industriais - Téc. Comerciais - Educ. p/ o Lar -

1972 Decreto 74.164/74

Decreto 74.631/74

Ciências – Lic Plena u Hab.em Química Biologia Matemática

1973 Decreto nº 74.164/74

Qui- 74631/74 Bio- 78948/76 Mat- 74631/74

Ciências Farmacêuticas c/ Hab. em: - Farmácia Industrial - Farmácia Bioquímica

02/02/1987 Res. CEP/UNAERP Ata 27/10/86

Portaria 1.163/92 de 30/07/1992

CMB CMB CMB (2004)

Comunicação Social c/ Hab.em Jornalismo Relações Públicas Public. e Propaganda Publ. e Prop. (Ênf. Mkt)

06/02/1971 (Rib. Preto) 14/02/2000 (Guarujá)

Decreto 72.387/73 de 22/06/1973 (Rib. Preto) 28/10/99 (Guarujá) Res. CONSUN 01/99 de 28/10/99

Decreto 79.240/77 de 10/02/1977

CB CR CR (1999)

CR CB CB (2004)

Desenho e Plástica – Lic.Plena

1968 Decreto 63.072/68

Decreto 70.721/72

Direito 27/05/1961 (Rib. Preto) 05/02/2001 (Guarujá)

Decreto 50.490/61 de 25/04/61 (Rib. Preto)Res. CONSUN 01/99 de 28/10/99 (Guarujá)

Decreto 56.925/65 de 01/09/1965

CMB CMB CMB (2004)

CMB CMB CMB (2004)

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Cursos de Graduação Início do Curso Autorização Reconhecimento Renovação

RIBEIRÃO PRETO

GUARUJÁ

Conceitos Reconhec./ Renovação

Avaliação Condições de Ofertas

Conceitos Reconhec/ Renovação

Avaliação Condições de Ofertas

Educação Artística – Lic. 1º Grau c/ Hab em - Artes plásticas – Lic. Plena - Desenho – Lic. Plena - Música – Lic. Plena

1973

Decreto 74.164/74

Decreto 74.131/74

Educação Física – Licenciatura Plena

05/02/1970 (Rib. Preto) 05/02/2001 (Guarujá)

Decreto 67.240/70 (Parecer nº 527/70 de 26/06/70) (Rib. Preto) Res. CONSUN 05/00 de 11/08/00 (Guarujá)

Decreto 71.896/73 de 13/03/1973

CB CMB CMB (2004)

CB CMB CMB (2004)

Enfermagem 05/02/2001 (RP / Guarujá)

Ata do Conselho Universitário de 11/08/00 (Rib. Preto) Res. CONSUN 03/00 de 11/08/00 Res. CONSUN 05/00 de 11/08/00(Guarujá

Portaria 3799 De 17/11/04 (Rib. Preto e Guarujá)

CMB CB CMB (2004)

CMB CMB CMB (2004)

Engenharia da Computação

05/02/2001 (Rib. Preto)

Ata do Conselho Universitário de 11/08/2000 Res. CONSUN 03/00 de 11/08/00

Portaria 770 de 23/03/2006

CMB CMB CMB (2005)

Engenharia Química 17/02/1986 Portaria 980/85 de 10/12/1985

Portaria 81/91 de 30/01/1991

CB CB CMB (2002)

Estudos Sociais – Lic. 1º Grau c/ Hab. em Educ. Moral e Cívica - Lic. Plena

1974 Decreto 74.164/74

Decreto 74.631/74

Fisioterapia 17/02/1986 (Rib. Preto) 05/02/2001 (Guarujá)

Portaria 980 de 01/12/85 (Rib. Preto) Res. CONSUN 05/00 de 11/08/00 (Guarujá)

Portaria 79/91 de 30/01/1991

CMB CMB CMB (2004)

Fonoaudiologia 05/05/1997 Ata do Conselho Universitário de 03/02/97

Portaria 620/01 de 28/03/2001 (por 5 anos)

CMB (A) Parecer CES 1052/ 2001

Formação de Professores 2º Grau – Esquema I

1974 Decreto 74.164/74 de 10/06/1974

Decreto 74.631/74

Formação de Professores 2º Grau – Esquema ii

1973 Decreto 74.164/74 de 10/06/1974

Decreto 74.631/74

Letras (Comunicação e Expressão Lic. de 1º Grau)

Decreto 74.164 de 10/06/1974

Decreto 74.631/74

Letras , Licenc. Plena, c/ com Hab. em Port. / Inglês e Respectivas Literaturas

10/02/1992 Ata do Conselho Universitário de 12/02/93 (Rib. Preto)

Portaria nº 198 de 23/03/2000 (por 5 anos)

CB (B) 2000 CMB CB CB (2000)

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Cursos de Graduação Início do Curso Autorização Reconhecimento Renovação

RIBEIRÃO PRETO

GUARUJÁ

Conceitos Reconhec./ Renovação

Avaliação Condições de Ofertas

Conceitos Reconhec/ Renovação

Avaliação Condições de Ofertas

Medicina 05/05/1997 Ata do Conselho Universitário de 03/02/97 Parecer CES/CNE 377/97 de 11/06/97 Homologo Ministerial – Despacho 10/07/97 Res. CONSUN 02/97 de 11/02/97

Portaria nº 712/03 de 16/04/2003 (por 5 anos)

CB CB CMB (2003)

Música – Instrumento (Graduação)

1966 Decreto 59.746/66

Música - Licenciatura 2006/1 03/2005 de 17/04/05

Musicoterapia 21/02/1994 Ata do Conselho Universitário de 16/10/1993 Res. CONSUN 02/93

Portaria nº 711 de 26/05/2000 (por 5 anos)

CB (B) (2000) CMB CMB CB (2005)

Normal Superior 15/03/2000 (Guarujá)

13/12/1999 (Rib. Preto e Guarujá) Res. CONSUN 06/99 de 13/12/99

Nutrição 05/05/1997 Ata do Conselho Universitário de 03/02/97

Portaria 1.424 de 09/05/2002 (por 4 anos)

CMB (A)

Odontologia 17/02/1986 (Rib. Preto) 05/02/2001 (Guarujá)

Portaria 980/85 10/12/85 (Rib. Preto) Res. CONSUN 05/00 de 11/08/00(Guarujá

Portaria 1.152/91 de 04/07/1991

CB CMB CMB (2002)

Pedagogia 05/02/1970 (Rib. Preto) 13/03/00 (Guarujá)

Decreto 66.424/70 de 07/04/70 (Rib. Preto) Res. CONSUN 01/99 de 28/10/99 (Guarujá)

Decreto 74.163/74 de 10/06/1974

CMB CB CMB (2004)

Pedagogia c/ Hab. Em Deficiência da Audiocomunicação

08/02/1993 Ata do Conselho Universitário de 02/02/1993 Res. CONSUN 03/93 de 02/02/1993

Portaria 843/00 de 14/06/2000 (por 5 anos)

CMB (A)

Psicologia – Bacharelado e Formação Psicólogo

12/02/1996 Ata do Conselho Universitário de 02/12/1995 Res. CONSUN 12/95 de 02/12/1995

Portaria 1.017/01 de 17/05/2001 (por 3 anos)

CB (B) (2001) CMB CB CMB (2004)

Química Industrial 1969 Decreto 64.042/69

Decreto 71.524/72 de

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Cursos de Graduação Início do Curso Autorização Reconhecimento Renovação

RIBEIRÃO PRETO

GUARUJÁ

Conceitos Reconhec./ Renovação

Avaliação Condições de Ofertas

Conceitos Reconhec/ Renovação

Avaliação Condições de Ofertas

12/12/1972

Serviço Social 1962 Decreto 1.429/62 de 01/10/62 (Rib. Preto)

Decreto 59.101/66 de 23/08/1966

CMB CB CMB (2004)

Técnicas Desportivas 1970 Decreto 67.240/70

Decreto 71.896/73

Tecnologia em Processamento de Dados

08/02/1993 Ata do Conselho Universitário de 02/02/1993

Portaria 1032/00 de 20/07/2000

Turismo c/ Ênfase em Hoteleira

01/02/1999 (Rib. Preto) 14/02/2000 (Guarujá)

Ata do Conselho Universitário de 11/12/98 (Rib. Preto) 28/05/99 (Guarujá) Res. CONSUN 06/98 de 11/12/98

Portaria 1.849/03 de 14/07/2003 (por 5 anos)

CMB CMB CMB (2003)

CMB CMB CMB (2004)

Cursos Seqüenciais

Início do Curso

Autorização Reconhecimento Renovação RIBEIRÃO

PRETO GUARUJÁ

Conceitos Reconhec./ Renovação

Avaliação Condições de Ofertas

Conceitos Reconhec./ Renovação

Avaliação Condições de Ofertas

Análises Químicas – Ata do Conselho Universitário de 17/04/00 (Rib. Preto) Res. CONSUN 02/00 de 17/04/00

Biotecnologias 19/02/2001 (Rib. Preto)

Ata do Conselho Universitário de 17/04/00 (Rib. Preto)

Res. CONSUN 02/00 de 17/04/00

Portaria 1.034/03 de 06/05/2003

(por 3 anos)

Gestão de Processos Sucroalcooleiros

01/08/2000 Ata do Conselho Universitário de 17/04/00 (Rib. Preto)

Res. CONSUN 02/00 de 17/04/00

Portaria 1.033/03 de 06/05/2003

(por 3 anos)

Telecomunicação com Ênfase em Telemática

01/08/2000 (Rib. Preto)

9/02/2001 (Guarujá)

Ata do Conselho Universitário de 17/04/00 (Rib. Preto)

Ata do Conselho Universitário de 11/08/2000 (Guarujá)

Res. CONSUN 05/00 de 11/08/00

Portaria 1.032/03 de 06/05/2003

(por 3 anos)

Portaria 1.035/03 de 06/05/2003(por 3 anos)

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Cursos Seqüenciais

Início do Curso

Autorização Reconhecimento Renovação RIBEIRÃO

PRETO GUARUJÁ

Conceitos Reconhec./ Renovação

Avaliação Condições de Ofertas

Conceitos Reconhec./ Renovação

Avaliação Condições de Ofertas

Música Popular 03/02/2003 (Rib. Preto)

Resol. Consun 02 – 10/10/02

Portaria 689 de 16/03/06

Cursos de Tecnologia

Início do Curso

Autorização Reconhecimento

Renovação RIBEIRÃO PRETO

GUARUJÁ

Conceitos Reconhec./ Renovação

Avaliação Condições de Ofertas

Conceitos Reconhec./ Renovação

Avaliação Condições de Ofertas

Biotecnologia 2005/1 Rib. Preto

Resol. Consun nº 07/04 de 28/06/2004

Avaliação junho/2006

Processos Sucroalcooleiros

2005/2 Rib. Preto

Resol. Consun nº 07/04 de 28/06/2004

Avaliação junho/2006

Telecomunicação 2005/1 Guarujá

Resol. Consun nº 07/04 de 28/06/2004 Rib. Preto e Guarujá

Avaliação junho/2006

6.1.1 Metodologia de elaboração dos projetos pedagógicos

A Universidade de Ribeirão Preto mantém seu plano para atendimento às

diretrizes pedagógicas orientadas a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais, tendo os

Projetos Pedagógicos dos cursos como o núcleo do seu Plano de Desenvolvimento

Institucional, considerando os seguintes critérios:

6.1.1.1 Princípios metodológicos

Em 1994, a Universidade de Ribeirão Preto iniciou um processo de adequação e

reconstrução dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação. Atenta às mudanças que

ocorreriam no cenário nacional da educação, a UNAERP, sob a orientação da Profa Elsie

Barbosa, definiu a metodologia a ser utilizada neste processo, “Abordagem Estratégica da

Universidade”, que é mantida até hoje, através da qual seus projetos pedagógicos são

implementados. Respeitando as especificidades de cada área e de cada curso, a Diretoria de

Ensino, Pesquisa e Extensão elaborou um roteiro de entrevista para acompanhamento

contínuo da execução do Plano de Ensino na Universidade de Ribeirão Preto. As questões

propostas orientam a discussão para o que é imprescindível no acompanhamento dos

planos de ensino. Através do registro das entrevistas com os professores, levanta-se a

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25

realidade de cada curso, identificando as fraquezas e propondo ações que auxiliem o

professor a alcançar êxito nas suas atividades ligadas ao ensino. Assim, garante-se uma

linguagem pedagógica comum a todas as áreas, esclarecendo-se, ao mesmo tempo, tarefas

e modos de atuação do Coordenador de cada curso que responde pelo ensino de graduação.

A flexibilização dos currículos é um ponto fundamental nesta metodologia, onde

evidencia-se a importância de se buscar e de se construir uma estrutura curricular que

permita incorporar outras formas de aprendizagem e formação presentes na realidade

social. À Instituição cabe dar direção ao processo formativo, pautado no seu Projeto

Pedagógico, levando em consideração os princípios éticos e políticos fundamentais para o

exercício da cidadania, da democracia e da responsabilidade para com o meio ambiente.

Com o processo de flexibilização da estrutura curricular, compreende-se que seus

componentes devem possibilitar ao aluno buscar a própria direção de seu processo

formativo.

A diversidade de componentes curriculares assume então a característica de

viabilizar, na sua plenitude, não apenas o Projeto Pedagógico específico do curso em

questão, em determinada realidade social, mas também os valores fundamentais por ele

preconizados. Com isso, as atividades realizadas na Instituição, ou fora dela, no meio

acadêmico, profissional ou social, somente poderão ser incorporadas à medida que se

integrarem aos referenciais fundamentais da estrutura curricular.

6.1.1.2 Perfil de egresso

Os Projetos Pedagógicos são elaborados e implementados sob a supervisão e

orientação da Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão com a articulação entre as

Diretorias Administrativa e Financeira e de Assuntos Comunitários e Estudantis. Assim, os

perfis de egressos são trabalhados e estabelecidos através de diagnóstico com identificação

das determinações legais, do levantamento dos novos desafios para o profissional a ser

formado, do campo e instrumentos de atuação profissional, da ética e também do projeto e

situação da própria instituição com suas políticas de ensino e características e prestígio dos

profissionais que nela atuam.

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26

6.1.1.3 Competências a serem desenvolvidas

A competência transfere conhecimento de uma situação para outra. Assim, a partir

do perfil do profissional que se pretende formar em cada área, são estabelecidas as

competências, em atendimento inclusive às Diretrizes Curriculares Nacionais.

6.1.1.4 Seleção de conteúdos

Os conteúdos são selecionados a partir das competências estabelecidas,

desenvolvendo habilidades e atitudes. Ao elaborar os planos de ensino, o professor se

orienta pelas competências, formula objetivos que expressam desempenhos esperados e

aborda os pontos essenciais do currículo. Tais objetivos devem levar o aluno do nível de

conhecimento ao de aplicação e solução de problemas.

6.1.1.5 Processo de avaliação

O processo de avaliação da aprendizagem é um processo contínuo, gradativo,

cumulativo e interdisciplinar, incluindo elementos para que o aluno possa fazer uma

reflexão do que foi visto e estudado, além de oferecer uma oportunidade de atualizar e

recuperar conteúdos que deixou de aprender. Os docentes são orientados a integrar as

disciplinas da grade curricular e assim formular a avaliação considerando o perfil

estabelecido em cada curso. Assim, o sistema de avaliação deve garantir que o profissional

egresso possa desenvolver as habilidades e competências definidas para cada curso como

essenciais para a atuação profissional. Seguindo as diretrizes curriculares nacionais, a

Universidade de Ribeirão Preto decidiu adotar formas de avaliação que favoreçam o

desenvolvimento multidisciplinar e não a segmentação do conhecimento, verificando

desempenho e progressão ao longo do processo de aprendizagem.

Os critérios de avaliação para aprovação do aluno em cada uma das disciplinas,

unidades temáticas e módulos, segundo o estabelecido no Regimento Interno da

Universidade, são os seguintes:

Uma nota de avaliação parcial com peso 4 e outra de avaliação final com peso 6.

As provas ocorrem em períodos definidos no calendário escolar com datas e horários

marcados pela coordenação de cada curso e registrados pela Divisão de Acompanhamento

e Registro Acadêmico. Além das avaliações constantes no calendário escolar, os

professores devem realizar outras modalidades de avaliação, de acordo com os objetivos

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didáticos do Plano de Ensino de cada disciplina. Todos os conteúdos devem ser objeto de

avaliação periódica, enquanto durar o desenvolvimento do Projeto Pedagógico.

A média final para aprovação é igual ou superior a 5,0.

A freqüência mínima necessária para aprovação é de 75% das aulas previstas no

semestre.

Ainda de acordo com o Art. 78 do Regimento Interno:

§ 1°A avaliação da aprendizagem é feita por disciplina, abrangendo aspectos de

freqüência e aproveitamento, eliminatórios por si mesmos e expressada

numericamente em escala de zero a dez;

§ 2° O Conselho Universitário regulamenta os procedimentos, critérios e outros

aspectos gerais de avaliação comuns a todos os cursos;

§ 3° Os Colegiados de Curso regulamentam os procedimentos, critérios e outros

aspectos específicos das disciplinas de cada curso, singularmente considerados.

Não se aplica ao Processo de Avaliação da Universidade de Ribeirão Preto, o

sistema de recuperação.

De acordo com a Instrução Normativa n° 12 da Diretoria de Ensino, Pesquisa e

Extensão, devidamente aprovada pelos Colegiados de Área e pelo Conselho Universitário,

que dispõe sobre os procedimentos com alunos reprovados em disciplinas:

No caso de alunos reprovados em disciplinas que não forem oferecidas

institucionalmente no semestre subseqüente e/ou em disciplinas oferecidas mas em que

haja impossibilidade da freqüência em razão de choque de horário, haverá a possibilidade

de realização de um programa de estudo dirigido com acompanhamento sistemático do

coordenador do curso, no qual poderão ser utilizadas diversas metodologias pedagógicas

de ensino, inclusive a virtual, respeitando os períodos de realização das avaliações

regimentalmente estabelecidas pela Universidade.

Em se tratando de disciplinas teóricas, nos casos de alunos reprovados em

disciplinas exclusivamente por nota, e que tenham atingido a média 4,0 a 4,9, os mesmos

poderão cursar a disciplina nos dois semestres subseqüentes em sistema semi-presencial e

virtual, e, obrigatoriamente, deverão realizar avaliações constantes no Calendário Escolar.

O regimento permite que os cursos utilizem outras ações para atingir os objetivos

no processo de avaliação previstos nos projetos pedagógicos. Cumpre ressaltar que o

processo de aprendizagem deve ser baseado na participação do aluno, que deve ser o

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principal responsável pelo seu aprendizado, que inclui avaliação dos conhecimentos,

habilidades e atitudes. Ao professor cabe estimular, provocar e facilitar o processo.

6.1.1.6 Sistema de créditos

O sistema de matrículas é semestral e se dá por disciplina, permitindo que o aluno

possa compor seu horário, sob a orientação do coordenador do curso e observando sempre

os perfis intermediário e final estabelecidos para cada curso.

De acordo com o Estatuto da Universidade de Ribeirão Preto, art 45, “o currículo

pleno de cada curso abrange uma seqüência de disciplinas, organicamente estruturadas,

cuja integralização nos prazos previstos para cada curso, dá direito à correspondente

diplomação”.

Assim, as disciplinas que compõem as matrizes curriculares são organizadas e

selecionadas epistemologicamente para permitir uma formação científica e humanística

sólida e uma preparação técnica de caráter profissionalizante. O conjunto orgânico de

todos os componentes do Projeto Pedagógico concorre para a eficaz formação do aluno.

6.1.1.7 Estágios Curriculares – Central de Estágio

O estágio é o primeiro canal para a ligação entre os universos acadêmico e

empresarial. É um treino prático de caráter técnico, social, cultural e atitudinal que permite

aplicar conhecimentos através da vivência em situações reais do exercício da futura

profissão. Assim, o desenvolvimento do estágio se apresenta como uma possibilidade de

vivenciar o processo de aprendizagem, criando estratégias individuais a partir da apreensão

de recursos teóricos coletivos, frente a demandas sociais efetivas. Para as empresas que

mantêm programas de estágios, estes se constituem numa eficiente estratégia de preparação

para um plano de carreira, pois proporcionam o tempo necessário de avaliação do perfil do

estagiário, ao mesmo tempo em que ele se adapta à cultura da organização, trazendo novos

conhecimentos. Na Universidade de Ribeirão Preto, as primeiras ideias referentes à criação

de uma Central de Estágio surgiram na Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão - DEPE,

em meados do ano 2001, objetivando normatizar procedimentos referentes às questões dos

estágios curriculares da Universidade.

A DEPE formalizou a proposta da Central de Estágio, ainda nesse ano, tendo por

atividade inicial o desenvolvimento de uma pesquisa com os coordenadores de cursos para

avaliar os diversos procedimentos adotados com relação ao trâmite e assinatura de

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convênios e termos de compromissos de estágio. Constituída como um órgão normativo, a

Central de Estágio padroniza a documentação dos estágios curriculares da Instituição e

presta apoio às coordenações de cursos. O órgão também divulga oportunidades de estágio

e promove contato permanente com os agentes de integração para captação de vagas. A

preocupação maior da Central de Estágio é o real cumprimento da legislação de estágio e a

correta orientação dos cursos para que o aluno possa estar sempre direcionado a campos de

estágio que sejam compatíveis com sua área de saber, objetivando sempre a

complementação educacional e o contato com o mercado de trabalho.

O Regulamento da Central de Estágio, regulamentado pela Portaria GR n.º 39/02

prevê nos Artigos 1° e 2° as finalidades e objetivos da Central de Estágio:

Artigo 1º - São Finalidades da Central de Estágio:

- Assegurar o cumprimento da Lei n° 11.788, de 25 de setembro de 2008, que

legisla sobre os estágios de estudantes de estabelecimento de ensino superior;

- Normatizar procedimentos com relação ao funcionamento, documentação e

fluxos relativos à Central de Estágio;

- Prestar informações ou avaliar resultados junto aos órgãos externos e internos

da Instituição, quando solicitado;

- Estabelecer contato permanente com as Empresas e/ou Instituições que

possuem convênios com a Universidade e que oferecem estágio a vários

cursos;

- Estabelecer contato permanente com agentes de integração públicos e

privados, entre os sistemas de ensino e os setores de produção/serviços, nos

termos da Lei n° 11.788, de 25 de setembro de 2008.

Artigo 2º - São Objetivos da Central de Estágio:

- Acompanhar o desenvolvimento dos núcleos e/ou áreas de estágio dos cursos

de graduação (Campus Ribeirão Preto e Campus Guarujá);

- Prestar apoio e fornecer informações às coordenações, bem como aos

supervisores de núcleos de estágios dos diversos cursos de graduação;

- Elaborar relatórios contendo informações gerais referentes ao

desenvolvimento de estágios nos Campi da Universidade, subsidiando as

ações da DEPE, quando necessário, nas solicitações efetuadas pelo MEC;

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- Propor Programas de estágios, aprimoramento e outros para alunos recém-

formados.

Compete aos Coordenadores de Cursos:

- Acompanhar e avaliar o desempenho dos programas de estágios e sua

compatibilização com o projeto pedagógico do curso;

- Atender às diretrizes estabelecidas no regulamento;

- Observar e seguir a Lei n° 11.788, de 25 de setembro de 2008,

compatibilizando ao Projeto Pedagógico o encaminhamento de alunos aos

campos de estágio;

- Atentar às exigências dos respectivos Conselhos Profissionais no que diz

respeito às questões de estágio;

- Assegurar o cumprimento dos convênios de estágio e a presença de

supervisores de campo para acompanhamento dos alunos;

- Prestar informações à Central de Estágio, atualizando o sistema de

informações sobre estágios, semestralmente.

6.1.1.8 Programa de Monitoria

O exercício da monitoria deve propiciar condições que favoreçam o

desenvolvimento acadêmico e pessoal dos alunos dos cursos de graduação, por meio de

colaboração nas atividades de ensino, articuladas com as atividades de pesquisa e de

extensão, da disciplina objeto da monitoria. Tal exercício se faz em uma disciplina

específica, sempre em colaboração com a atividade de ensino.

São objetivos da monitoria:

- estimular no aluno regular de graduação, que apresente rendimento escolar

geral comprovadamente satisfatório, o interesse pela atividade docente e de

pesquisa;

- propiciar e intensificar a cooperação do corpo docente e discente, nas

atividades de ensino, pesquisa e extensão;

- oferecer ao aluno formação e treinamento na área de ensino e na iniciação

científica;

- contribuir para a melhoria do ensino de graduação.

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- Cabe ao aluno monitor colaborar nas atividades de ensino, sob a orientação do

professor responsável pela disciplina.

São funções do monitor:

- auxiliar o professor na preparação e realização de trabalhos de dinâmica de

grupo e aulas práticas;

- auxiliar grupos de estudos de alunos de graduação;

- facilitar o relacionamento e colaborar com a integração entre alunos e

professores na execução dos planos de ensino;

- colaborar com o processo pedagógico da disciplina para o qual será

selecionado;

- dedicar-se às atividades previstas pelo plano de trabalho definido em conjunto

com o docente responsável;

- colaborar com a integração entre os alunos e a Universidade e seus órgãos;

- desenvolver tarefas de pesquisas e de extensão condizentes com seu grau de

conhecimento;

- colaborar com a Universidade em suas atividades acadêmicas;

- apresentar relatório semestral de suas atividades à Coordenação do Curso,

devidamente supervisionado e assinado pelo professor responsável;

São atribuições do professor/orientador responsável:

- de comum acordo com o candidato a monitor, elaborar um Plano de

Atividades a ser desenvolvido durante o período de vigência da monitoria e

submetê-lo à aprovação da Coordenação do Curso, que o encaminhará à

Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão que dará a aprovação final;

- orientar, acompanhar e avaliar as atividades desenvolvidas pelo monitor;

- controlar a freqüência do monitor;

- propor o afastamento do monitor se julgar que o mesmo não cumpre a

contento as atividades programadas.

6.1.1.9 Programa de Iniciação Científica

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) é um

programa voltado para o desenvolvimento do pensamento científico e iniciação à pesquisa

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de estudantes de graduação do ensino superior. Proporciona ao discente, orientado por

pesquisador qualificado, a aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa, além de

estimular o desenvolvimento do pensar científico e da criatividade, decorrentes das

condições criadas pelo confronto direto com os problemas de pesquisa.

Durante o PIBIC, os alunos aprendem técnicas e métodos científicos. Para isso,

eles são vinculados a grupos de pesquisas experientes, onde podem exercitar e estimular o

pensamento cientificamente. O PIBIC também propicia a preparação de recursos humanos

para programas de pós-graduação. Dessa forma, aprimora o processo de formação de

profissionais para o setor produtivo.

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica é um programa através

do qual a Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão da UNAERP obtém anualmente uma

quota Institucional de 14 Bolsas de Iniciação Científica e de 10 Bolsas do Conselho

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). As bolsas desta quota têm

período de vigência de doze meses, iniciando-se no mês de agosto de cada ano. O valor

mensal das bolsas é estipulado conforme a tabela da instituição de fomento Conselho

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A quota é distribuída por

um Comitê Assessor composto por docentes da UNAERP, de acordo com critérios de

mérito acadêmico do aluno, baseando-se na Resolução Normativa de 025/2005 que revoga

a RN-015/2004 referente ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica –

PIBIC - CNPq. Este mesmo Comitê Assessor acompanha o desenvolvimento dos bolsistas

através de relatórios semestrais e no Congresso de Iniciação Científica e de Pesquisa

(CONIC) da UNAERP, onde todos os bolsistas têm a obrigação de apresentar seus

trabalhos. Para serem contemplados com a bolsa, os candidatos precisam estar

matriculados em curso de graduação e apresentar desempenho acadêmico compatível com

a finalidade da bolsa.

Para concorrer à bolsa é fundamental que os candidatos não tenham nenhum tipo

de vínculo empregatício nem qualquer outra forma de bolsa. Além disso, também é

importante que o candidato tenha disponibilidade para dedicar-se às atividades acadêmicas

e de pesquisa.

6.1.2 Licenciaturas

A Universidade de Ribeirão Preto mantém em seus dois campi a oferta dos cursos

de Licenciatura em Letras, Licenciatura em Educação Física, Licenciatura em Biologia e

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Pedagogia. Esses cursos foram implantados e reconhecidos durante a década de 1970 e sua

história demonstra a preocupação da Universidade de Ribeirão Preto com a missão de

formar professores para a Educação Básica. Esses cursos estão estruturados de acordo com

as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica

(Resolução CNE/CP 1/2002 e Resolução CNE/CP 2/2002).

A formação de professores que atuam em diferentes etapas e modalidades da

Educação Básica deve observar princípios norteadores desse preparo para o exercício

profissional específico, considerando a coerência entre a formação oferecida e a prática

esperada do futuro professor, tendo em vista a aprendizagem como processo de construção

de conhecimentos, habilidades e valores em interação com a realidade e com os demais

indivíduos.

Assim, o conjunto de competências consideradas em cada Projeto Pedagógico dos

cursos de Licenciatura da Universidade de Ribeirão Preto pontua demandas importantes

oriundas de um quadro filosófico e político que fundamenta a análise da atuação

profissional e assenta-se na legislação vigente e nas Diretrizes Curriculares Nacionais,

considerando:

- Comprometimento com os valores inspiradores da sociedade democrática;

- Compreensão do papel social da escola;

- Domínio dos conteúdos a serem socializados, os seus significados em

diferentes contextos e sua articulação interdisciplinar;

- Domínio do conhecimento pedagógico;

- Conhecimento de processos de investigação que possibilitem o

aperfeiçoamento da prática pedagógica;

- Gerenciamento do próprio desenvolvimento profissional.

6.1.3 Acompanhamento de Egressos

O Núcleo de Egressos da Universidade de Ribeirão Preto – NUEGRE – é uma

iniciativa que reúne os ex-alunos de graduação, cursos seqüenciais, tecnológicos e de pós-

graduação, que obtiveram seus diplomas ou certificados de conclusão na UNAERP,

visando à manutenção de sua proximidade com a Universidade, bem como à criação de

mecanismos que promovam a plena integração dos egressos à vida acadêmica, científica,

profissional e cultural da Universidade. Através de um meio de comunicação moderno e

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ágil, o Núcleo permite que o aluno faça parte de uma rede de benefícios e receba

informações das atividades desenvolvidas no campus.

Dentro das mais diversas áreas e cursos da Universidade de Ribeirão Preto, são

disponibilizados serviços e atividades específicas para os interesses relacionados à área de

formação do egresso da Universidade.

São objetivos do NUEGRE:

- Viabilizar interesses dos egressos em termos de acesso dos mesmos aos cursos

de graduação, pós-graduação e extensão promovidos e mantidos pela

Universidade, e, da mesma forma, garantir o acesso à Biblioteca e demais

instalações da Universidade.

- Promover, organizar e oferecer cursos de educação continuada.

- Criar visibilidade dos egressos da UNAERP perante meios empresariais e a

sociedade em geral, buscando sua valorização.

- Estabelecer meios para viabilizar a prestação de serviços como apoio

profissional e facilitação social aos egressos.

- Posicionar-se em relação às políticas macroeconômicas de interesse das

categorias dos egressos, no sentido de contribuir junto à comunidade para

gerar crescimento/desenvolvimento da economia e maior demanda de trabalho

das categorias profissionais.

- Elaborar, manter e atualizar o cadastro de egressos da UNAERP, mantendo

um canal de relacionamento entre os mesmos.

- Zelar pelo vínculo profissional e afetivo do egresso e sua confiança para com a

UNAERP, estimulando sua participação em atividades da Universidade .

- Conhecer o perfil do egresso por meios de pesquisa

- Intermediar o contato entre o egresso e as empresas

- Gerenciar informações de interesse dos egressos.

- Propiciar a participação dos egressos em projetos sociais, beneficiando a

sociedade como um todo por favorecer a inclusão e a permanência do aluno

carente na Universidade

- Manter relacionamento com entidades congêneres no Brasil e Exterior.

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6.2 Da Pós-Graduação

6.2.1.Pós-Graduação – lato sensu

Os cursos de pós-graduação lato sensu caracterizados pela especialização são

voltados ao aprimoramento acadêmico e profissional, com duração máxima de dois anos e

com caráter de educação continuada. Têm carga horária mínima de 360 horas, não

computando o tempo de estudo individual ou em grupo sem assistência docente e o tempo

destinado à elaboração de monografia ou trabalho de conclusão de curso. Nesta categoria

estão os cursos de especialização, os cursos de aperfeiçoamento e os cursos designados

como MBA (Master in Business Administration) ou equivalentes, que são oferecidos pela

UNAERP. O critério de seleção para o ingresso nesses cursos é definido de forma

independente em cada área, sendo geralmente composta de uma avaliação e/ou de uma

entrevista, no qual a única exigência formal a ser cumprida pelo interessado se refere à

posse de um diploma de nível superior. A oferta desses cursos independe de autorização,

reconhecimento e renovação de reconhecimento por parte da Capes, porém deve atender às

exigências da Resolução CNE/CES nº 1, de 3 de abril de 2001, principalmente quanto ao

credenciamento da instituição junto ao MEC. Geralmente têm um formato semelhante ao

dos cursos tradicionais, com aulas, seminários e conferência, ao lado de trabalhos de

pesquisa sobre os temas concernentes ao curso.

Tais cursos têm finalidades muito variadas, que podem incluir desde o

aprofundamento da formação da graduação em determinada área - como as especializações

dos profissionais da área de saúde - ou temas mais gerais que proporcionam um diferencial

na formação acadêmica e profissional. Estes cursos não exigem que o aluno apresente

previamente um projeto de estudos, embora haja a obrigatoriedade da apresentação de uma

monografia ao final do curso.

Em síntese: os cursos de pós-graduação lato sensu são uma modalidade de pós-

graduação mais voltada às expectativas de aprimoramento acadêmico e profissional, com o

caráter de educação continuada.

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Relação dos Cursos de Pós-graduação lato sensu no ano de 2005.

Área Curso Início Término Odontologia Ortodontia III 27/02/03 27/10/05 Ortodontia IV 11/08/05 01/03/08 Odontopediatria V 07/10/04 18/03/06 Radiologia Odontológica e

Imaginologia I 06/03/05 26/08/06

Endodontia IX 04/03/05 25/03/06

Fisioterapia Neuromuscular V 05/03/04 02/07/05 Cardiopulmonar VI 05/03/04 02/07/05 Músculo-esquelética X 05/03/04 02/07/05 Dermato Funcional III 05/03/04 02/07/05 Saúde da Mulher IV 05/03/04 02/07/05 Neuromuscular VIII 14/02/05 14/08/05 Neuromuscular VII 18/02/05 18/02/06 Músculo-esquelética XIII 14/02/05 14/08/05 Músculo-esquelética XIV 18/02/05 18/02/06 Dermato Funcional VII 14/02/05 14/08/05 Saúde da Mulher 14/02/05 14/08/05 Cardiopulmonar X 14/02/05 14/08/05 Cardiopulmonar XII 01/08/05 01/02/06 Cardiopulmonar XI 18/02/05 18/08/06 Músculo-esquelética XV 05/08/05 05/12/06 Músculo-esquelética XVI 01/08/05 03/12/05 Dermato Funcional IX 01/08/05 31/12/05

Fonoaudiologia Linguagem VII 07/05/04 12/11/05 Audiologia 18/03/05 18/02/07

Medicina Residência Médica 01/02/04 01/02/06 Perícia e Auditoria Médica I 23/10/04 22/10/05 Capacitação em At.Básica- SM/SF 03/06/05 19/11/05

Direito Direito Civil e Ambiental I 15/03/04 31/03/05 Direito Processual Civil II 16/03/04 31/03/05 Direito Processual Civil I 21/10/03 20/10/04 Direito Processual Civil IV 05/04/05 05/04/06 Direito Tributário I 05/04/05 05/04/06 Direito e Processo do Trabalho I 04/04/05 04/04/06

Letras Língua e Literatura Inglesa I 28/08/04 28/08/05

Enfermagem Saúde da Família I 11/03/05 11/12/05 Urgência e Emergência em Terapia

Intensiva 15/04/05 15/02/06

Exatas Desenvolvimento de Sist.Bancos de Dados

15/03/05 15/01/5

MAC OS 10 e 9 14/05/05 14/09/05 Informática Aplicada II 13/03/04 31/03/06

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6.2.2 Pós-Graduação – stricto sensu

Em 1999, a Universidade de Ribeirão Preto teve o reconhecimento da

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do seu primeiro

programa de Mestrado, na área de humanas, em Ciências Jurídicas. O Programa de

mestrado do Curso de Odontologia veio logo a seguir, sendo reconhecido em 2000 e o seu

nível de Doutorado no ano de 2005, quando o programa de Mestrado consolidou a sua

avaliação trienal na nota quatro. O Programa de Biotecnologia foi reconhecido pela Capes

em 2001. No mesmo ano, a UNAERP teve o reconhecimento do seu primeiro Mestrado

Profissional, ligado ao Curso de Engenharia Química, em Tecnologia Ambiental.

Os quadros a seguir demonstram as áreas de concentração de cada Programa e

suas respectivas linhas de pesquisa.

Doutorado em Odontologia

PROGRAMA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO

LINHAS DE PESQUISA EMENTAS

Odontologia

Doutorado

Endodontia Propriedades físico-químicas dos cimentos obturadores dos canais radiculares.

Ao estudar as propriedades que os materiais obturadores devem possuir, torna-se possível estabelecer os parâmetros de pesquisa que possibilitem o desenvolvimento de novos produtos, bem como avaliação daqueles já existentes no mercado.

Preparo Químico-mecânico do canal radicular.

O paradigma endodôntico vigente é baseado na limpeza, desinfecção e obturação dos canais radiculares. Assim o objetivo dessa linha é avaliar a capacidade de limpeza de diferentes soluções irrigantes associadas a diferentes técnicas e fatores relacionados.

Patologia Aplicada à Endodontia.

A proposta dessa linha é pesquisar as doenças relacionadas à polpa e periapice, bem como a biocompatibilidade de materiais utilizados na Endodontia, por meio da reação do tecido subcutâneo de ratos e periapical.

Contenção intra-radicular.

Esta linha visa estudar os aspectos relacionados com a endodontia na restauração protética com contenção intra-radicular, tanto na confecção como remoção destes retentores, com o objetivo de devolver ao elemento dental sua função.

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Mestrado em Odontologia

PROGRAMA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO

LINHAS DE PESQUISA EMENTAS

Odontologia

/Mestrado

Endodontia Contenção intra-radicular.

Esta linha visa estudar os aspectos relacionados com a endodontia na restauração protética com contenção intra-radicular, tanto na confecção como remoção destes retentores, a fim de devolver ao elemento dental sua função, estética e forma

Patologia aplicada à Endodontia.

A proposta dessa linha visa contribuir com pesquisa das doenças da polpa e do perispice, bem como a compatibilidade de matérias utilizados na Endodontia.

Preparo Químico-mecânico do canal radicular.

O paradigma endodôntico vigente é baseado na limpeza, desinfecção e obturação dos canais radiculares. Assim o objetivo dessa linha é elucidar a capacidade de limpeza de diferentes soluções irrigantes associadas a diferentes técnicas e fatores relacionados.

Propriedades físico-químicas dos cimentos obturadores dos canais radiculares.

Ao estudar o perfil que os materiais obturadores devem possuir torna-se possível estabelecer os parâmetros de pesquisa para o desenvolvimento de novos produtos, bem como a avaliação daqueles já existentes no mercado.

Mestrado em Biotecnologia

PROGRAMA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO

LINHAS DE PESQUISA EMENTAS

Biotecnologia

Biotecnologia

Aplicada à Saúde.

-Bioprospecção, cultivo in vitro e biologia molecular.

-Farmacologia, Toxicologia e Controle de Qualidade de Biomoléculas.

-Genômica Funcional

As linhas de pesquisa abrangem projetos para o desenvolvimento de produtos e processos tais como:

- Validação de fitomedicamentos;

- Monitoramento químico da produção de moléculas bioativas de plantas e microorganismos;

- Toxinas e inibidores de toxinas de animais e plantas;

- Micropropagação de plantas isentas de fitopatógenos para uso agrícola e recuperação de áreas degradadas,

Biotecnologia Aplicada à Agroindústria e ao Meio Ambiente.

-Preservação e Uso Sustentável dos Recursos Genéticos.

-Processos Biotecnológicos Industriais.

Genômica Funcional.

- Desenvolvimento de métodos de diagnose e controle de doenças de plantas;

- Processos fermentativos para a produção de biofertilizantes e fitomedicamentos;

- Desenvolvimento de sistemas computacionais para uso agroindustrial, farmac~euticos e biomédicos.

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Mestrado em Direito

PROGRAMA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO

LINHAS DE PESQUISA EMENTAS

Direitos Coletivos e Cidadania

Direitos Coletivos – Cidadania – Função Social

Instrumentos Processuais de Defesa dos Direitos Coletivos.

Objetiva investigar os direitos coletivos sob a ótica processual, como uma nova expressão da possibilidade de atuação da função jurisdicional, atendendo à necessidade de que as decisões judiciais sejam eficazes frente a toda uma coletividade. O perfil da moderna Sociedade de Massas exige novas respostas dos pesquisadores do direito.

Proteção e Fundamentos Constitucionais dos Direitos Coletivos.

Há um foco de investigação dirigido ao aspecto constitucional dos Direitos Coletivos, mantendo a sai interrelação com os mecanismos processuais e também materiais, como aspecto essencial para o pleno desenvolvimento da cidadania.

Mestrado Profissionalizante em Tecnologia Ambiental

PROGRAMA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO

LINHAS DE PESQUISA EMENTAS

Tecnologia Ambiental

Tecnologia Ambiental

Avaliação do impacto Ambiental.

Avaliação de impactos ambientais. Gerenciamento e gestão ambiental. Aplicação de técnicas computacionais e desenvolvimento de novas metodologias em problemas ambientais em geral. Modelamento matemático em simulação, otimização e processamento de sinais.

Controle de poluição da água.

Monitoramento de fontes de emissão de efluentes líquidos. Tratamento de efluentes líquidos. Equipamentos de depuração de líquidos. Análise microbiológica. Desenvolvimento de sistemas informatizados para monitoramento, tratamento de dados e controle.

Controle de poluição do ar.

Monitoramento de fontes de emissão de efluentes gasosos. Tratamento de efluentes

Gasosos. Estudo de agentes carcinogênico presentes em efluentes gasosos. Monitoramento dos poluentes do ar na região de Ribeirão Preto. Equipamentos de limpeza de gases.

Controle de poluição do solo.

Monitoramento e controle das fontes de emissão de resíduos sólidos. Tratamento de resíduos sólidos.Tratamento de resíduos de análises químicas. Aplicação de técnica de sensoriamento remoto para o estudo do uso agrícola de áreas de afloramento.

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6.2 Da Educação a Distância

A Educação a Distância (EAD) se apresenta, dentro da Instituição de Ensino,

como uma modalidade que vem somar valores já sedimentados e fundamentais, como

plano pedagógico coerente e consonante com as diretrizes de ensino, metodologia de aula

(interação docente-discente), corpo docente comprometido e qualificado, estrutura

administrativa competente e instalações adequadas. Na realidade, essa modalidade é

fundamental para dinamizar o processo educacional. Trata-se de uma quebra de

paradigmas, em que se proporciona ao docente instrumentos flexíveis para a realização de

seu trabalho, sem detrimento da qualidade, pois auxilia o ensino e dinamiza o acesso à

Universidade. A EAD pode também significar o fim das distâncias geográficas,

econômicas, sociais, culturais e psicológicas, que representam muitas vezes os principais

entraves ao acesso a uma formação continuada por parte dos professores. Outros estudos

mostram que essa modalidade de ensino pode tornar-se um recurso capaz de assegurar

bons resultados no processo ensino-aprendizagem. Assim como em outras formas de

ensino-aprendizagem, essa tem vantagens e limitações e não pode ser vista como substituta

da educação presencial. São processos que devem caminhar juntos, contribuindo para a

formação de um sistema educacional coeso e consistente, capaz de planejar ações efetivas

no desenvolvimento da sociedade.

À medida que novos desafios educacionais exigem do educador a formação de

competências sociais, liderança, iniciativa, capacidade de tomar decisões, autonomia no

trabalho, habilidade de comunicação, o novo educador precisa aprender os novos códigos

instrumentais para leitura de um novo mundo em permanentes mudanças.

Cabe à Universidade possibilitar a construção de novos conhecimentos,

informações, instrumentos, conteúdos de aprendizagem e, através das novas tecnologias de

comunicação, disseminá-los e processá-los no sistema educacional.

Essas exigências e desafios são atendidas através de um Projeto Pedagógico de

Educação a Distância, desvelado como um processo de formação humana que se organiza

e desenvolve metodologicamente, diferente do modelo presencial no que concerne ao

tempo e espaço. A educação a distância permitirá que o educando, mesmo estando distante

do ponto de emissão do conhecimento, amplie enormemente o leque geográfico de

abrangências do efeito educativo.

As novas tecnologias permitem os contatos interpessoais e acesso a informações

em tempo real, quase sem limitações de tempo e espaço. Esse recurso tecnológico aplicado

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ao ensino a Distância modifica, principalmente, os papéis do professor e do aluno, o foco

do aprender no lugar do ensinar e a distinção entre informação e conhecimento.

A construção do conhecimento é realizada no dia-a-dia, de uma nova maneira,

com conteúdos específicos. Estamos, portanto, diante de uma nova pedagogia, em que o

ensino e aprendizagem estão centrados na tela e no novo papel do professor, a quem cabe a

função de orientar, de ser sempre o orientador de aprendizagem.

A UNAERP, na sua missão de construir os três pilares da Universidade, o Ensino,

a Pesquisa e a Extensão, busca através do Curso de Pedagogia a Distância, habilitar

simultaneamente um grande número de professores geograficamente dispersos e muitas

vezes isolados em escolas do interior, contando com os recursos tecnológicos e a

metodologia da educação virtual.

O Curso de Pedagogia a Distância da UNAERP tem como meta a formação de

Docentes das Séries Iniciais do Ensino Fundamental, da Educação Infantil,

Administradores e Supervisores escolares, para o exercício de suas funções com a

autoridade emanada da sua competência técnica e de seu compromisso político,

posicionando-se como orientador dos trabalhos e conteúdos escolares, com princípios e

objetivos bem definidos. São elementos que dizem respeito ao modelo de sociedade em

que vivemos, ou seja, estão diretamente relacionados ao tipo de profissional que queremos

formar.

Numa sociedade onde a educação escolar foi por séculos privilégio de uma

minoria, afirmar seu valor social exige mudanças de concepções há muito arraigadas.

É desejável que esses educandos possam competir em igualdade de condições,

para o cultivo de valores identificados com o exercício da cidadania e com uma proposta

de renovação pedagógica através da Educação a Distância. Esta modalidade é atualmente

uma poderosa ferramenta para que os profissionais da educação possam manter um

constante exercício de aprendizagem, ampliando cada vez mais o seu grau de

empregabilidade.

Além do curso de graduação a distância, a UNAERP também vai oferecer pós-

graduação lato sensu a distância - curso de MBIS – Master in Business Information System

em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação apresenta um conjunto de conceitos e

ferramentas voltadas ao usuário final no sentido de capacitar o profissional de gestão a

tomar decisões baseadas em dados e modelos fazendo uso da tecnologia de informação.

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A dinâmica organizacional, face à globalização da economia e do mercado,

provoca uma grande competição entre as empresas. Neste contexto, a tecnologia da

informação é indispensável ao executivo que deve contar com a possibilidade de

alternativas baseadas em processos científicos. Este curso propõe apresentar o estado-da-

arte em tecnologia da informação (TI) à disposição do tomador de decisão.

Os impactos da evolução da TI no ambiente de trabalho têm sido profundos. Por

conseqüência, essas mudanças promovem alterações no relacionamento da organização

com seus grupos de interesse: clientes, fornecedores, empregados, acionistas e a sociedade.

Tais mudanças proporcionadas pela TI têm ocorrido em ciclos cada vez mais

rápidos e abrangentes, requisitando novas estratégias e efetivas respostas gerenciais.

Assim, torna-se cada vez mais necessário a atualização e especialização de profissionais

em técnicas recentes e ferramentas de tecnologia de informação aplicadas a sistemas

organizacionais. Nesse contexto, o curso objetiva atualizar e especializar profissionais

através de recentes técnicas e ferramentas de tecnologia de informação aplicadas aos

sistemas organizacionais, principalmente no apoio à decisão.

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7. O DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA CIENTÍFICA NA UNAE RP

A experiência aqui relatada circunscreve-se numa primeira fase à Universidade de

Ribeirão Preto sob a iniciativa da sua Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão que,

durante o ano de 1998, procurou formar uma política de desenvolvimento da prática da

pesquisa científica na instituição. Esta, apesar de existente há mais de duas décadas

principalmente capitaneada por estudos na área da química e biotecnologia, ainda não

tinham sido consideradas de maneira formal e explicitamente, às diretrizes para se

conseguir institucionalizar o conhecimento científico obtido, nucleando-se racionalmente

grupos de pesquisa para se alcançar o objetivo maior de implantação de programas de pós-

graduação stricto sensu na universidade. Reafirmando, toda universidade deve estar

ancorada em três pilares básicos: ensino, pesquisa e extensão. Tendo como missão a

construção e disseminação do conhecimento científico, numa dimensão sócio-política

operacionalizar seus processos formativos e profissionais, projetos pedagógicos voltados à

formação de bacharéis, tecnólogos licenciados e pesquisadores que atuarão como cidadãos

competentes na organização e na transformação da sociedade em geral, numa sociedade

mais justa, e democrática e igualitária.

Segundo depoimentos coletados com a diretora da Diretoria de Ensino, Pesquisa e

Extensão a concepção da pesquisa como uma prática não significa restringi-la ao

operacional e/ou mesmo à aplicação de teorias por mais essenciais que sejam. Argumentou

que, na verdade, estão se apoiando num referencial teórico e filosófico crítico que muitos

autores já conceituaram tais como os estudiosos pertencentes a escolas filosóficas e

teóricas, sócio-históricas e fenomenológicas dentre outras.

Nesse sentido, Demo (1992, p.100) afirma que “uma das expectativas mais

significativas que a sociedade deposita na universidade é a formação de elite intelectual

duplamente capaz: como profissional científico e como cidadão de vanguarda não pode

ser obtida à revelia da aprendizagem acadêmica, através de atividades paralelas muitas

vezes embutidas na extensão mas principalmente na própria construção científica da

profissão”.

Assim, a Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão valorizou a difusão clara de

uma política de desenvolvimento da pesquisa científica na universidade pretendendo criar

também todo um processo de gestão e execução dessa política, sem se desvincular da

qualidade formal, a qual não se concretiza sem a dimensão política e vice-versa.

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Para a definição e formulação dessa política foram delineados os seguintes passos

metodológicos:

- mapeamento de todos os projetos de pesquisa em desenvolvimento na

universidade. Identificação de linhas de pesquisa, número de pesquisadores

envolvidos, titulação, produção científica já existente e socializada, prazos de

realização dos projetos e orçamentos para a realização dos mesmos.

- delineamento do custeio absorvido pela universidade para a execução dos

projetos de pesquisa, isto é, composto por custos relacionados ao pagamento

de horas/pesquisa ao docente pesquisador, aquisição de insumos e apoio à

participação de eventos científicos nacionais e internacionais.

- levantamento das agências de fomento que mantêm relacionamento e parceria

com a universidade, para apoio financeiro técnico-científico dos projetos de

pesquisa.

- Identificação de outros meios e órgãos públicos existentes no país que

possuem orçamento para financiamento de pesquisas científicas das

universidades para informação geral aos pesquisadores.

- definição de linhas de pesquisa, observando-se a convergência dos temas e

problemas pesquisados na universidade por áreas de conhecimento.

- realização de workshops com os pesquisadores para a reflexão sobre o

diagnóstico elaborado pela DEPE sobre a pesquisa na universidade e para a

definição de diretrizes de trabalho.

- avaliação das áreas potencialmente favoráveis à elaboração dos planos

pedagógicos de programas de pós-graduação stricto sensu para a implantação

dos mestrados na instituição.

- estímulo aos pesquisadores e coordenadores de curso em geral para a

elaboração de propostas de cursos de especialização nas suas respectivas áreas

observando-se as demandas da sociedade.

- apresentação de um sistema on-line criado pelos analistas que trabalhavam

com o apoio da DEPE, para apresentação de propostas de Cursos de

Especialização e Aperfeiçoamento para a análise pedagógica e posterior envio

à Diretoria Administrativa e Financeira para a análise da planilha

orçamentária.

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8. ESTRUTURAÇÃO DO CORPO DOCENTE E CAPACITAÇÃO

PEDAGÓGICA

8.1 Estruturação do corpo docente

A Universidade conta atualmente com um total de 641 professores

(setembro/2005) em exercício nos diversos cursos, nos campi Ribeirão Preto e Guarujá. A

cada ano, a UNAERP vem aumentando a proporção de mestres e doutores em seu quadro

docente.

Uma das características da UNAERP quanto ao corpo docente é o alto índice de

permanência de professores em seu quadro, o que revela uma tendência da instituição de

manter um quadro estável de docentes. Os quadros abaixo fornecem dados que confirmam

essa tendência:

Distribuição dos docentes segundo tempo de serviço na instituição

Campus Ribeirão

Tempo de serviço %

Menos de 05 anos 48,0

De 05 a 10 anos 25,8

De 11 a 15 anos 16,1

Acima de 15 anos 10,1

Total 100,0

Campus Guarujá

Tempo de serviço %

Menos de 05 anos 100,0

Na visão dos gestores, a Universidade vem investindo em seu corpo docente, que

se apresenta com 30% de doutores, 41% de mestres, 18% de especialistas e 11% de

graduados (setembro de 2005). Sabe-se, porém, que apenas a titulação não é suficiente para

o aprimoramento do projeto pedagógico. Dessa maneira, torna-se necessário propor

atividades com o objetivo de traçar características importantes para o perfil docente. A

importância do processo de ensino-aprendizagem reside no fato de que o processo se

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realiza através de um trabalho conjunto entre professor e aluno, onde o professor define os

objetivos que devem ser alcançados, orientando os alunos e fazendo-os participar de

tarefas e atividades que lhes proporcionem uma aprendizagem significativa (TAVARES &

ALARCÃO, 2001). Assim, a prática docente coaduna-se com as diretrizes explicitadas no

projeto pedagógico dos cursos e no PPI.

8.2 Capacitação e apoio pedagógico aos docentes

As transformações sociais, os avanços e a disseminação das tecnologias de

informação e da comunicação trouxeram novos desafios à educação (GIMENO

SACRISTÁN, 1999; MORIN, 2001; SANTOS, 1999). O conhecimento e o domínio de

diferentes tecnologias tornam-se recursos fundamentais para qualquer cidadão. A busca de

constante atualização requer autonomia intelectual para que o sujeito possa gerir seu

próprio aperfeiçoamento profissional. As transformações profundas e rápidas no mundo do

trabalho e na cultura, no contexto contemporâneo, exigem modificações no modo da

universidade orientar e mediar o ensino para a aprendizagem dos alunos, de modo que se

torne uma educação de caráter permanente (aprender a aprender). Tal educação

permanente foi abordada no Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre

Educação para o séc. XXI (DELORS, 1996), aprovada na Conferência da UNESCO, em

Genebra, e reforçada na Conferência Mundial do Ensino Superior em Paris, no ano 2000.

Nesse sentido, o Programa Permanente de Capacitação Pedagógica Docente

reveste-se de fundamental importância, pelo modo de entender o papel dos professores na

transformação da universidade, em termos da construção do Projeto Pedagógico e do

currículo específico dos cursos, de sua organização e dos processos avaliativos decorrentes

(MASETTO, 2003).

Frente a essas considerações, a UNAERP institucionalizou, em 2002, o Programa

Permanente de Capacitação Pedagógica Docente, bem como uma Comissão especializada

para o seu desenvolvimento. Tal programa está sob a responsabilidade da Coordenação de

Graduação e da Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão (DEPE) da Universidade de

Ribeirão Preto - UNAERP.

O Programa Permanente de Capacitação Docente tem as seguintes funções:

- elaborar diagnósticos sobre as necessidades de capacitação pedagógica dos

docentes da UNAERP;

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- definir prioridades e estabelecer planos de ação para o atendimento das

necessidades identificadas;

- realizar atividades de capacitação pedagógica de docentes (recém-admitidos à

Universidade e em serviço), tais como: mini-cursos, jornadas, atendimento

personalizado, assessoria aos cursos etc.;

- estabelecer mecanismos de acompanhamento e avaliação das atividades do

Programa e de seu impacto sobre a qualidade do ensino ofertado pela

Instituição;

- trabalhar em conjunto com a Comissão Própria de Avaliação, analisando os

procedimentos metodológicos utilizados no processo de auto-avaliação

institucional.

As Jornadas Pedagógicas constituem-se em espaços de formação docente, que

visam a estimular a integração do professor no Projeto Pedagógico dos Cursos, bem como

levá-lo a refletir sobre suas práticas docentes. As Jornadas Pedagógicas podem ser

desenvolvidas através de cursos, seminários, reuniões técnicas, mini-cursos, workshops etc.

Além das Jornadas, também ocorrem as Reuniões Pedagógicas de Planejamento

Semestral dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação, sob a responsabilidade de cada

coordenação de curso, com a orientação e supervisão da Diretoria de Ensino, Pesquisa e

Extensão. Essas reuniões são previstas no calendário acadêmico e são desenvolvidas em

toda a universidade, para a elaboração dos planos de ação de cada curso.

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9. SERVIÇO DE APOIO PSICOPEDAGÓGICO AO ALUNO

O Serviço de Apoio Psicopedagógico ao Aluno (SEAP) foi implantado em março

de 2000 e conta com duas psicólogas que atendem os alunos de graduação da universidade.

As ações desenvolvidas pelo SEAP são:

- Aconselhamento Psicológico: A abordagem adotada é a Terapia Cognitiva-

Comportamental. O modelo cognitivo propõe que os transtornos psicológicos

decorrem de um modo distorcido ou disfuncional de perceber os

acontecimentos influenciando o afeto e o comportamento; assim, uma mesma

situação tem significados diferentes para diferentes pessoas, considerando

características individuais e história pessoal. A terapia cognitiva busca

produzir mudanças no pensamento e no sistema de crenças do paciente, com o

propósito de promover mudanças emocionais e comportamentais duradouras.

O contrato de atendimento psicológico proposto pelo SEAP é de no máximo

14 sessões, por um período de 2 meses para desenvolver uma terapia breve,

atendendo suas principais necessidades de maneira focal.

- Orientação Vocacional: A orientação vocacional é uma tentativa de

reintegração do aluno que busca uma outra escolha de curso, visto que está

insatisfeito com a escolha inicial. A insatisfação com o curso está entre as

razões que motivam a evasão da universidade.

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10. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A avaliação institucional, ou auto-avaliação, configura-se como um processo

contínuo, instrumentalizado para identificar fragilidades e potencialidades da instituição.

Dessa forma, possibilita a criação de bases para a tomada de decisão, visando à formulação

de diagnóstico institucional que aponte as dificuldades e caminhos para a sua superação,

bem como para o desenvolvimento de potencialidades e oportunidades.

A Universidade de Ribeirão Preto adquiriu experiência de avaliação institucional

com procedimentos metodológicos levados a efeito desde a década de 1980. Em 2000,

participou do processo instituído pelo Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras

(CRUB) para avaliação do desempenho institucional com base numa abordagem quanti-

qualitativa, com participação de toda a comunidade acadêmica, considerando a

universidade sob catorze dimensões: missão, objetivos e vocação; ensino; pesquisa;

relações externas; corpo docente; corpo discente; corpo técnico-administrativo;

administração acadêmica dos cursos; planejamento e avaliação; recursos de informação;

recursos de infra-estrutura física; recursos financeiros. Esse processo despertou nos

gestores acadêmicos e administrativos a conscientização da importância da avaliação

institucional como instrumento de planejamento e mudança.

Em meados de 2004, visando a atender às Orientações Gerais do SINAES, foi

instituída a Comissão Própria de Avaliação (CPA), composta por representantes de todos

os segmentos da comunidade acadêmica, que tem dado continuidade ao processo de

avaliação instituído anteriormente considerando, a partir de então, as diretrizes

estabelecidas pelo SINAES.

A metodologia utilizada tem abordagem quanti-qualitativa, priorizando uma

avaliação de processos ao invés de avaliar produtos ou somente resultados. Em

consonância com o paradigma qualitativo, os dados quantitativos obtidos são levados em

conta para a contextualização da realidade da instituição e para respaldar o

aprofundamento da abordagem qualitativa.

Nesse sentido, procura-se, ao longo de todo o processo, realizar uma avaliação

multifocal, valorizando a descrição de contextos e privilegiando a interpretação dos dados

coletados.

Os métodos de coleta de dados utilizados são:

- análise de documentos pertinentes a cada dimensão

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- questionários estruturados com espaços para comentários

- grupos focais.

Com a preocupação de tornar a avaliação institucional um processo participativo,

a elaboração dos instrumentos de coleta de dados foi feita pela CPA com a colaboração de

representantes de todos os segmentos da comunidade acadêmica (gestores, docentes,

discentes, funcionários e comunidade).

Os sujeitos do processo de avaliação são: os gestores, o corpo docente e o corpo

técnico-administrativo; amostras do corpo discente (graduação e pós-graduação), de

egressos e de representantes da comunidade (parceiros e usuários dos serviços).

Em coerência com a metodologia adotada, os dados são analisados quanti-

qualitativamente respondendo às questões compostas para a operacionalização dos

objetivos que direcionam o presente estudo. A validação das informações obtidas por meio

das técnicas de coleta de dados é baseada na triangulação.

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11. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Projeto Pedagógico Institucional traz elementos que servem de orientação para

a administração e gestão acadêmica, considerando a Instituição em sua globalidade sem se

esquecer, no entanto, da especificidade de cada um de seus cursos. Dessa forma, o presente

instrumento articula-se com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), que traça as

políticas e diretrizes de médio e longo prazo para a Universidade e seus cursos.

Para lidar e responder aos imensos desafios que perpassam a realidade do ensino

superior atual e, por conseguinte, das instituições universitárias, a elaboração coletiva do

PPI e do PDI é fundamental para um fazer competente no dia-a-dia. Nesse sentido, a

Universidade deve ser capaz de, consolidando sua autonomia institucional, planejar

estrategicamente o seu desenvolvimento, levando em conta a necessária articulação entre

graduação e pós-graduação e a inserção na comunidade.

Em virtude da natureza fluida e mutável dos fenômenos pedagógicos, perpassados

pela complexidade das relações interpessoais, este documento é passível de revisão

periódica, atualizando suas considerações de acordo com as diretrizes do MEC, as

mudanças no mundo do trabalho e as características ético-políticas que permeiam nossa

época. Finalmente, essa revisão também levará em conta possíveis modificações no plano

desenvolvimento institucional da UNAERP.

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12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez / Brasília, DF:

MEC: UNESCO, 1996.

DEMO, P. Conhecer & Aprender: sabedoria dos limites e desafios. Porto Alegre:

Artes Médicas Sul, 2000.

DEMO, P. Pesquisa: princípio científico e educativo. 2 ed. São Paulo: Cortez,

1996.

GIMENO SACRISTÁN, J. Poderes instáveis em educação. Trad. Beatriz Affonso

Neves. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

MASETTO, M. T. Competência pedagógica do professor universitário. São

Paulo: Summus, 2003.

MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Trad. Catarina E. F.

Silva e Jeanne Sawaya. 4. ed. São Paulo: Cortez / Brasília, DF: UNESCO, 2001.

SANTOS, B. S. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. 6.

ed. São Paulo: Cortez, 1999.

SANTOS, B. S. A universidade no século XXI - para uma reforma democrática e

emancipatória da universidade. São Paulo: Cortez, 2004.

TAVARES, J.; ALARCÃO, I. Paradigmas de formação e investigação no ensino

superior para o terceiro milênio. In: ALARCÃO, I. (org.). Escola reflexiva e nova

racionalidade. Porto Alegre: ArtMed, 2001.

VEIGA, I. P. A. Projeto político-pedagógico: continuidade ou transgressão para

acertar? In: CASTANHO, S.; CASTANHO, M. E. L. M. (Orgs) O que há de novo na

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educação superior: do projeto pedagógico à prática transformadora. Campinas, SP:

Papirus, 2000. Cap. 7, p.183-219.