UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE … · “Avião sem asa, fogueira sem brasa Sou eu assim sem você. Futebol sem bola, Piu-piu sem Frajola Sou eu assim sem você! Porque é

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  • UNIVERSIDADE DE SO PAULO

    FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU

    Adriana Lustosa PereiraAdriana Lustosa PereiraAdriana Lustosa PereiraAdriana Lustosa Pereira

    Avaliao microscpica do efeito tpico do alendronato e do

    fluoreto de sdio na superfcie radicular de dentes de ratos

    extrados e reimplantados tardiamente

    BAURU 2009

  • ADRIANA LUSTOSA PEREIRA

    Avaliao microscpica do efeito tpico do alendron ato e do

    fluoreto de sdio na superfcie radicular de dentes de ratos

    extrados e reimplantados tardiamente

    Tese apresentada Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de So Paulo para obteno do ttulo de doutor em Odontologia.

    rea de Concentrao: Endodontia. Orientador: Prof. Dr. Roberto Brando Garcia

    BAURU

    2009

  • Comit de tica da FOB-USP Protocolo n: 26/2005 Data: 05 de dezembro de 2005

    Autorizo, exclusivamente para fins acadmicos e cie ntficos, a reproduo total ou parcial desta tese, por process os fotocopiadores e outros meios eletrnicos.

    Assinatura:

    Data:

    Pereira, Adriana Lustosa P278a Avaliao microscpica do efeito tpico do alendronato

    e do fluoreto de sdio na superfcie radicular de dentes de ratos extrados e reimplantados tardiamente. / Adriana Lustosa Pereira -- Bauru, 2009.

    233 p.: il. ; 30cm.

    Tese. (Doutorado) -- Faculdade de Odontologia de Bauru. Universidade de So Paulo.

    Orientador: Prof. Dr. Roberto Brando Garcia

  • FOLHA DE APROVAO

  • Adriana Lustosa Pereira

    Dados Curriculares

    Nascimento 15 de abril de 1972

    Goiansia - GO

    Filiao Divino Apolinrio Pereira

    Hilda Lustosa Pereira

    1990-1994 Curso de Graduao na Faculdade de Odontologia -

    UFG

    1997-1999 Curso de Especializao em Endodontia na ABO - GO

    2003-2005 Curso de Ps-Graduao em Odontologia, rea de

    Endodontia, nvel de Mestrado, na Faculdade de

    Odontologia de Bauru - USP

    2005-2009 Curso de Ps-Graduao em Odontologia, rea de

    Endodontia, nvel de Doutorado, na Faculdade de

    Odontologia de Bauru - USP

    Associaes CROGO Conselho Regional de Odontologia de Gois

    ABOGO Associao Brasileira de Odontologia de

    Gois

  • Agradecimentos

    AGRADECIMENTOS

    A Deus

    Senhor, H algo especial no ar, Existe um louvor em meu corao, neste dia... Quero lhe agradecer por seu infinito amor, Pelo dom da vida, pela famlia maravilhosa com a qual me agraciou, Por tornar possvel a concretizao deste sonho, Pelo aconchego da sua presena, por mais esta vitria!

    Senhor, eu sei que tu me sondas... Conheces meus pensamentos... Sabes todos os meus passos...

    Eu sei que tu me amas.

    (Salmo 139)

  • Agradecimentos

    Ao meu grande amor, meu esposo, Guilherme

    Como dizer a voc o que sinto nesse momento?

    Impossvel exprimir com palavras a gratido que tenho por voc,

    pelo apoio recebido,

    pelas idas e vindas ao terminal rodovirio, pela espera paciente,

    sempre com um sorriso peculiar de quem no concebe a possibilidade da desistncia...

    Obrigada por estar sempre e efetivamente ao meu lado, no s no Doutorado, mas em todos os momentos alegres e tristes das nossas vidas.

    Obrigada por tornar possvel a realizao do meu maior sonho, o de ser me; obrigada pelo Felipe, nosso bem mais precioso...

    Enfim, obrigada pelo companheirismo, pela presena constante, pela dedicao e por seu imenso amor.

    Te amo!

    Se eu no te amasse tanto assim, Talvez perdesse os sonhos

    Dentro de mim E vivesse na escurido...

    Se eu no te amasse tanto assim, Talvez no visse flores

    Por onde eu vim, Dentro do meu corao.

    (Paulo Srgio Valle / Herbert Vianna)

  • Agradecimentos

    Ao meu grande amorzinho, meu filho, Felipe

    Obrigada por me permitir experimentar a melhor e mais surpreendente forma de amor, o amor incondicional de uma me por seu filho...

    Obrigada por seu sorriso lindo e particular, sempre que me v.

    Obrigada por j me ensinar tanto, apesar de to pequenino!

    Obrigada por me tornar uma pessoa melhor a cada dia...

    Bolotinha, a mame te ama demais!

    Avio sem asa, fogueira sem brasa

    Sou eu assim sem voc.

    Futebol sem bola, Piu-piu sem Frajola Sou eu assim sem voc!

    Porque que tem que ser assim?

    Se o meu desejo no tem fim Eu te quero a todo instante, nem mil alto-falantes vo poder falar por mim!

    (...) Circo sem palhao Namoro sem amasso

    Sou eu assim sem voc!

    T louca pra te ver chegar T louca pra te ter nas mos

    Deitar no teu abrao Retomar o pedao que falta no meu corao...

    Eu no existo longe de voc

    E a solido o meu pior castigo eu conto as horas pra poder te ver

    Mas o relgio t de mal comigo Por qu? Por qu?

    (Abdullah / Cac Moraes)

  • Agradecimentos

    Aos meus queridos pais, Hilda e Divino

    A vocs, que me deram a vida e me ensinaram a viv-la com dignidade, no bastaria um obrigado;

    A vocs, que iluminaram os caminhos obscuros com afeto e dedicao, para que eu os trilhasse sem medo e cheia de esperana, no bastaria um

    obrigado;

    A vocs que se doaram inteiros e renunciaram aos seus sonhos, para que, muitas vezes, pudessem realizar os meus, no bastaria um obrigado;

    A vocs, pais por natureza, por opo e amor, no bastaria dizer que no tenho palavras para agradecer-lhes tudo isso.

    Mas o que acontece agora, quando procuro sofregamente uma forma verbal de exprimir esta emoo mpar.

    Uma emoo que palavras dificilmente traduziriam...

    Amo vocs!

    ...Se um dia, j homem feito e realizado, sentires que a terra cede a teus ps

    que tuas obras desmoronam, que no h ningum a tua volta para te estender a mo,

    esquece a tua maturidade, passa pela tua mocidade,

    volta a tua infncia e balbucia, entre lgrimas e esperanas,

    as ltimas palavras que sempre te restaro na alma: "minha me, meu pai."

    (Rui Barbosa)

  • Agradecimentos

    Aos meus queridos irmos, Alexandre, Ana Cludia e Lorena, que de

    perto ou distncia, estiveram sempre presentes, torcendo pelo meu xito,

    incentivando-me nos momentos difceis. Amo vocs!

    Ao meu querido sobrinho, Arthur, meu xod, cujo sorriso sempre me

    fortalece. A tia Adrinha ama muito voc.

    Aos meus sogros, Guilherme e Maria Jeane, pelo apoio e pela torcida.

    minha cunhada, Marina, pela imensa ajuda na formatao desta Tese e

    pela confeco do Abstract.

    s minhas cunhadas Dulcenyr e Cntia e aos meus cunhados, Augusto,

    Joo Neto e Srgio, que sempre torceram pela minha vitria e, na medida

    do possvel, ajudaram-me.

    A toda a minha famlia, em especial ao meu av Geraldo e minha av

    Faustina (in memorian), que tantas vezes substituram meus pais,

    principalmente durante a minha infncia, contribuindo para que me tornasse

    a pessoa que sou.

  • Agradecimentos

    Ao meu orientador, Professor Dr. Roberto Brando Garcia

    Pela efetiva orientao durante o Mestrado e Doutorado,

    Pela incansvel busca pela perfeio e

    Pela ajuda e apoio nos momentos difceis,

    Muito obrigada!

    Vivemos com o que recebemos, mas marcamos a vida com o que damos.

    (Winston Churchill)

  • Agradecimentos

    A Unip-Goinia por permitir que me ausentasse durante o curso e pudesse realizar este sonho.

    s mais que colegas, minhas verdadeiras amigas da Endodontia da Unip-Goinia, Cristiane, Kely e Denise, por sempre me apoiarem nos momentos mais crticos, por no me deixarem desistir, pela amizade sincera. Queridas, serei eternamente grata a vocs.

    Coordenadora do Curso de Odontologia da Unip-Goinia, Tessa de Lucena Botelho, pela compreenso e apoio durante minha estadia em Bauru, muito obrigada.

    A todos os Professores, Funcionrios e Alunos da Unip-Goinia que de alguma forma contriburam para a concluso deste trabalho, apoiando-me ou compreendendo minhas ausncias.

    Aos meus colegas do Doutorado em Endodontia, Augusto, Jrcio, Fausto e Ricardo pela amizade, pela troca de experincias e aprendizado durante todo o curso.

    s queridas Giovana Canova e Regina, com quem dividi meus momentos alegres e tristes quando precisei me hospedar em Bauru. Obrigada pelo apoio.

    s amigas Patrcia Coneglian e Roberta Garcia pelos momentos de descontrao e pela imensa ajuda nos experimentos.

    Ao amigo Fernando Orosco e Augusto Bodanezi, pelas substituies nas clnicas em Bauru, quando no pude estar presente.

    Aos professores da disciplina de Cirurgia Bucomaxilofacial da FOB-USP, Prof. Dr. Osny Ferreira Jnior e Prof. Dr. Eduardo SantAna, por me emprestarem os instrumentos cirrgicos adaptados para as cirurgias nos ratos.

  • Agradecimentos

    Aos professores e funcionrios da disciplina de Histologia da FOB-USP, por permitirem que eu utilizasse o laboratrio durante todo o processamento histotcnico. Em especial Dani e Tnia, pela grande ajuda prestada, pela pacincia e pela amizade. A todos os funcionrios do biotrio da FOB-USP, em especial ao Lus e ao Erasmo, por cuidarem dos meus ratos.

    Aos professores da disciplina em Endodontia da FO-UFG, Prof. Dr. Edison Vivas de Resende, Prof. Marcos Arruda, Prof. Dr. Carlos Estrela, Prof. Marlene Tavares e, em especial, Prof. Dr. Ana Helena de Alencar, pelo incentivo para que eu fizesse o Mestrado e Doutorado.

    Aos professores da Disciplina de Endodontia da FOB-USP, Prof. Dr. Clovis Monteiro Bramante, Prof. Dr. Roberto Brando Garcia, Prof. Dr. Norberti Bernardineli e Prof. Dr. Ivaldo Gomes de Moraes pela oportunidade de cursar o Mestrado e Doutorado e pelos ensinamentos passados. Ao Prof. Dr. Jos Roberto Pereira Lauris, do Departamento de Sade Coletiva, pela realizao da anlise estatstica deste trabalho. Aos funcionrios da Disciplina de Endodontia da FOB-USP, Edimauro, Sueli, Patrcia e Dona Neide.

    A FOB-USP, representada pelo Diretor Prof. Dr. Luiz Fernando Pegoraro.

    Aos funcionrios da Biblioteca da FOB-USP. Aos funcionrios da Comisso de tica no Ensino e Pesquisa em Animais. Aos funcionrios da Comisso de Ps-Graduao. Ana Amlia e ao Marcus, pela impresso da Tese. A todos, enfim, que de uma forma ou de outra me ajudaram na concretizao deste sonho, meus sinceros agradecimentos.

  • Epgrafe

    EPGRAFE

    melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar.

    melhor tentar, ainda em vo, que sentar-se fazendo nada at o final.

    Eu prefiro na chuva caminhar que em dias tristes em casa me esconder.

    Prefiro ser feliz, embora louco, que em conformidade viver...

    (Martin Luther King)

  • Resumo

    RESUMO

    O tratamento de escolha para a avulso dentria o reimplante. Quando

    este realizado tardiamente o tratamento da superfcie radicular deve ser institudo

    com o objetivo de prevenir a reabsoro radicular. O objetivo deste trabalho foi

    comparar o efeito tpico das solues de alendronato de sdio e de fluoreto de sdio

    no tratamento da superfcie radicular em reimplantes tardios de dentes de ratos.

    Foram utilizados 72 incisivos superiores direitos extrados e reimplantados. No grupo

    I, aps o perodo extra-alveolar a seco de 60 minutos, fez-se o preenchimento do

    canal radicular com pasta de hidrxido de clcio (CALEN) e o reimplante. Nos

    grupos II, III e IV, aps o perodo extra-alveolar a seco de 60 minutos, procedeu-se o

    tratamento da superfcie radicular. No grupo II, os dentes foram imersos em soluo

    de cido ctrico pH 1,0 por 5 minutos, lavados em soro fisiolgico por 5 minutos e

    mantidos em soluo de fluoreto de sdio a 2% pH 5,5 por 20 minutos. No grupo III,

    os dentes foram imersos em soluo de cido ctrico pH 1,0 por 5 minutos, lavados

    em soro fisiolgico por 5 minutos e mantidos em soluo de alendronato de sdio a

    3,2 mg/l por 10 minutos. No grupo IV, os dentes foram imersos em soluo de

    hipoclorito de sdio a 1% por 30 minutos, lavados em soro fisiolgico por 5 minutos

    e mantidos em soluo de alendronato de sdio a 3,2 mg/l por 10 minutos. Os

    canais radiculares dos dentes dos grupos II, III e IV foram preenchidos com pasta de

    hidrxido de clcio (CALEN) e reimplantados. Transcorridos os perodos de 30, 90

    e 120 dias do reimplante, os animais foram mortos, as peas obtidas e processadas

    em laboratrio para anlise microscpica. Os resultados mostraram que nenhum dos

    tratamentos foi capaz de evitar a anquilose; o tratamento com cido ctrico e

    alendronato e cido ctrico e fluoreto de sdio no evitou a ocorrncia de

    reabsores inflamatrias intensas; o tratamento com cido ctrico e alendronato

    apresentou reas mais intensas de reabsoro por substituio que o tratamento

    com hipoclorito de sdio e alendronato e no se observou reabsores moderadas

    nem intensas no grupo tratado com hipoclorito de sdio e alendronato.

    Palavras-chave: Avulso dentria. Reabsoro dentria. Reimplante dentrio.

    Alendronato. Fluoreto de sdio.

  • Abstract

    ABSTRACT

    Microscopic analysis of the topical effect of alend ronate and sodium fluoride

    on the root surface of extracted and delayed replan ted rats' teeth

    The treatment of choice for tooth avulsion is replantation. When this is

    done later, the treatment of root surface should be established with the objective to

    prevent root resorption. The objective of this research was to compare the topical

    effect of solutions of sodium alendronate and sodium fluoride in the treatment of root

    surface in delayed tooth replantations of rats teeth. It was used 72 rat maxillary right

    central incisors extracted and replanted. In group I, after the dry extra-alveolar period

    of 60 minutes, it was done the filling of the root canal with calcium hydroxide paste

    (CALEN) and replantation. In the groups II, III and IV, after the dry extra-alveolar

    period of 60 minutes, it was proceeded the treatment of the root surface. In the group

    II, the teeth were immersed in citric acid solution pH 1.0 for 5 minutes, saline solution

    for 5 minutes and sodium fluoride at 2% pH 5.5 for 20 minutes. In the group III, the

    teeth were immersed in citric acid solution pH 1.0 for 5 minutes, saline solution for 5

    minutes and sodium alendronate at 3.2 mg/l for 10 minutes. In the group IV, the teeth

    were immersed in sodium hypochlorite at 1% for 30 minutes, saline solution for 5

    minutes and solution of sodium alendronate at 3.2 mg/l for 10 minutes. The root

    canals in the groups II, III and IV were filled with calcium hydroxide paste (CALEN)

    and replantated. Passed the periods of 30, 90 and 120 days of the replantation, the

    animals were killed, samples obtained and processed in the laboratory for

    microscopic analysis. The results showed that none of the treatments was able to

    avoid ankylosis; treatment with citric acid and alendronate and citric acid and sodium

    fluoride did not prevent the occurrence of intense inflammatory resorption, the

    treatment with citric acid and alendronate showed more intense areas of replacement

    resorption than the treatment with sodium hypochlorite and alendronate, and it was

    not observed moderate or intense resorptions in the group treated with sodium

    hypochlorite and alendronate.

    Key words: Tooth avulsion. Root resorption. Tooth replantation. Alendronate.

    Sodium fluoride.

  • Lista de Ilustraes

    LISTA DE ILUSTRAES

    - FIGURAS

    Figura 1 - Anti-sepsia da regio anterior da maxila ..................................94

    Figura 2 - Sindesmotomia do incisivo superior direito ..............................94

    Figura 3 - Luxao e extrao do incisivo superior direito........................94

    Figura 4 - Incisivo superior direito extrado () ........................................94

    Figura 5 - Instrumentos cirrgicos ............................................................94

    Figura 6 - Instrumentos cirrgicos adaptados (parte ativa) ......................94

    Figura 7 - Incisivo extrado exposto ao meio ambiente ............................96

    Figura 8 - Remoo da polpa, via retrgrada ...........................................96

    Figura 9 - Irrigao do canal radicular com soro fisiolgico......................96

    Figura 10 - Secagem do canal radicular com cones de papel

    esterilizados .............................................................................96

    Figura 11 - Preenchimento do canal radicular com pasta de hidrxido

    de clcio (CALEN) ..................................................................96

    Figura 12 - Reimplante do incisivo superior no alvolo ..............................98

    Figura 13 - Incisivo superior devidamente reposicionado...........................98

    Figura 14 - Recipientes contendo solues para tratamento da

    superfcie radicular: H Hipoclorito de sdio a 1%, S

    Soro fisiolgico a 0,9%, A Alendronato de sdio a

    3,2mg/l .....................................................................................98

    Figura 15 - Luxao da mandbula...........................................................100

    Figura 16 - Incisio ao nvel do plano sagital mediano...........................100

    Figura 17 - Inciso tangenciando a face distal do molar superior direito

    mais posterior.........................................................................100

    Figura 18 - Hemimaxila ............................................................................100

    Figura 19 - Hemimaxila aps a remoo da pele e tecido muscular

    localizado em sua parte externa ............................................100

    Figura 20 - Corte longitudinal, tero mdio. Grupo I, 30 dias. rea de

    anquilose () e reabsoro por substituio discreta ().

    Objetiva 40X...........................................................................113

  • Lista de Ilustraes

    Figura 21 - Corte longitudinal, tero cervical. Grupo I, 30 dias.

    Reabsoro inflamatria discreta (). Objetiva 25X..............113

    Figura 22 - Corte transversal, tero cervical. Grupo I, 30 dias. Insero

    perpendicular do LP (). Objetiva 25X ...................................113

    Figura 23 - Corte transversal, tero mdio. Grupo I, 30 dias. reas

    discretas de anquilose () e reabsoro por substituio

    (). Objetiva 10X ....................................................................113

    Figura 24 - Corte longitudinal, tero apical. Grupo I, 90 dias.

    Reabsoro inflamatria e comunicante com clastos no

    seu interior (). Objetiva 10X ................................................117

    Figura 25 - Corte longitudinal, tero apical. Grupo I, 90 dias.

    Reabsoro inflamatria e comunicante com clastos no

    seu interior (). Objetiva 25X ................................................117

    Figura 26 - Corte transversal, tero mdio. Grupo I, 90 dias. Anquilose

    e reabsoro por substituio. Objetiva 2,5X.........................119

    Figura 27 - Corte transversal, tero mdio. Grupo I, 90 dias. Anquilose

    (). Objetiva 10X ...................................................................119

    Figura 28 - Corte transversal, tero mdio. Grupo I, 90 dias.

    Reabsoro por substituio discreta a moderada ().

    Objetiva 10X...........................................................................119

    Figura 29 - Corte transversal, tero mdio. Grupo I, 90 dias.

    Ligamento periodontal desarranjado (). Objetiva 25X..........119

    Figura 30 - Corte transversal, tero apical. Grupo I, 90 dias.

    Reabsoro inflamatria intensa (). Objetiva 10X...............119

    Figura 31 - Corte longitudinal, teros cervical e mdio. Grupo I, 120

    dias. Anquilose e resbsoro por substituio discreta.

    Objetiva 2,5X..........................................................................125

    Figura 32 - Corte longitudinal, teros cervical e mdio. Grupo I, 120

    dias. Anquilose () e resbsoro por substituio discreta

    (). Objetiva 10X ....................................................................125

    Figura 33 - Corte longitudinal, tero apical. Grupo I, 120 dias.

    Reabsoro inflamatria intensa (). Objetiva 10X...............125

  • Lista de Ilustraes

    Figura 34 - Corte longitudinal, teros cervical e mdio. Grupo I, 120

    dias. Insero paralela do LP (). Objetiva 25X.....................125

    Figura 35 - Corte transversal, tero cervical. Grupo II, 30 dias. reas

    de anquilose (), reabsoro por substituio () e

    inflamatria discretas (). Objetiva 25X................................129

    Figura 36 - Corte transversal, tero apical. Grupo II, 30 dias. reas de

    anquilose (). Objetiva 10X...................................................129

    Figura 37 - Corte longitudinal, tero mdio. Grupo II, 90 dias.

    Resbsoro por substituio discreta (). Objetiva 25X.........135

    Figura 38 - Corte longitudinal, tero cervical. Grupo II, 90 dias.

    Resbsoro inflamatria discreta () com presena de

    clastos (). Objetiva 10X.......................................................135

    Figura 39 - Corte transversal, tero mdio. Grupo II, 90 dias.

    Reabsoro inflamatria intensa e anquilose. Objetiva

    2,5X........................................................................................135

    Figura 40 - Corte transversal, tero mdio. Grupo II, 90 dias.

    Reabsoro inflamatria intensa (), anquilose () e

    rebsoro por substituio () discretas. Objetiva 10X ..........135

    Figura 41 - Corte transversal, tero apical. Grupo II, 120 dias.

    Reabsoro inflamatria intensa comunicante. Objetiva

    2,5X........................................................................................139

    Figura 42 - Corte transversal, tero apical. Grupo II, 120 dias.

    Reabsoro inflamatria intensa comunicante ().

    Objetiva 10X...........................................................................139

    Figura 43 - Corte longitudinal, tero cervical. Grupo III, 30 dias.

    Reabsoro inflamatria discreta (). Objetiva 25X..............145

    Figura 44 - Corte transversal, tero mdio. Grupo III, 30 dias. reas de

    anquilose (), reabsoro inflamatria () e por

    substituio () discretas. Objetiva 10X .................................145

    Figura 45 - Corte longitudinal, tero mdio. Grupo III, 90 dias. rea de

    anquilose () e reabsoro por substituio discreta ().

    Objetiva 10X...........................................................................151

  • Lista de Ilustraes

    Figura 46 - Corte longitudinal, tero mdio. Grupo III, 90 dias. rea de

    reabsoro inflamatria discreta (). Objetiva 10X...............151

    Figura 47 - Corte longitudinal, tero apical. Grupo III, 90 dias. rea de

    reabsoro inflamatria intensa (). Objetiva 10X................151

    Figura 48 - Corte longitudinal, tero apical. Grupo III, 90 dias.

    Reabsoro inflamatria intensa () com clastos () no

    seu interior. Objetiva 25X.......................................................151

    Figura 49 - Corte longitudinal, tero cervical. Grupo III, 120 dias.

    Reabsoro inflamatria moderada (). Objetiva 10X..........157

    Figura 50 - Corte transversal, tero apical. Grupo III, 120 dias.

    Reabsoro por substituio intensa () e anquilose ().

    Objetiva 25X...........................................................................157

    Figura 51 - Corte transversal, tero cervical. Grupo IV, 30 dias.

    Reabsoro inflamatria discreta (). Objetiva 10X..............161

    Figura 52 - Corte transversal, tero mdio. Grupo IV, 30 dias. Insero

    perpendicular () e paralela () do LP. Objetiva 10X.............161

    Figura 53 - Corte longitudinal, tero cervical. Grupo IV, 90 dias.

    Reabsoro inflamatria () e por substituio ()

    discretas. Objetiva 2,5X .........................................................165

    Figura 54 - Corte transversal, tero mdio. Grupo IV, 90 dias.

    Anquilose () e reabsoro por substituio discreta ().

    Objetiva 10X...........................................................................165

    Figura 55 - Corte transversal, tero mdio. Grupo IV, 120 dias.

    Anquilose e reabsoro por substituio discreta. Objetiva

    2,5X........................................................................................169

    Figura 56 - Corte transversal, tero mdio. Grupo IV, 120 dias.

    Anquilose () e reabsoro por substituio discreta ().

    Objetiva 10X...........................................................................169

  • Lista de Ilustraes

    - GRFICOS

    Grfico 1 - Representao grfica da mdia dos escores atribudos

    reabsoro inflamatria, no tero cervical, conforme os

    perodos ps-operatrios e os grupos....................................172

    Grfico 2 - Representao grfica da mdia dos escores atribudos

    reabsoro inflamatria, no tero mdio, conforme os

    perodos ps-operatrios e os grupos....................................173

    Grfico 3 - Representao grfica da mdia dos escores atribudos

    reabsoro inflamatria, no tero apical, conforme os

    perodos ps-operatrios e os grupos....................................175

    Grfico 4 - Representao grfica da mdia dos escores atribudos

    reabsoro por substituio, no tero cervical, conforme os

    perodos ps-operatrios e os grupos....................................176

    Grfico 5 - Representao grfica da mdia dos escores atribudos

    reabsoro por substituio, no tero mdio, conforme os

    perodos ps-operatrios e os grupos....................................178

    Grfico 6 - Representao grfica da mdia dos escores atribudos

    reabsoro por substituio, no tero apical, conforme os

    perodos ps-operatrios e os grupos....................................179

    Grfico 7 - Representao grfica da mdia dos escores atribudos

    anquilose, no tero cervical, conforme os perodos ps-

    operatrios e os grupos..........................................................181

    Grfico 8 - Representao grfica da mdia dos escores atribudos

    anquilose, no tero mdio, conforme os perodos ps-

    operatrios e os grupos..........................................................182

    Grfico 9 - Representao grfica da mdia dos escores atribudos

    anquilose, no tero apical, conforme os perodos ps-

    operatrios e os grupos..........................................................184

  • Lista de Tabelas

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Distribuio dos fenmenos microscpicos observados

    nos cortes longitudinais dos grupos por perodo

    experimental e nmero de espcimes ...................................103

    Tabela 2 - Distribuio dos fenmenos microscpicos observados

    nos cortes transversais dos grupos por perodo

    experimental e nmero de espcimes ...................................103

    Tabela 3 - Escores atribudos aos espcimes dos grupos conforme os

    critrios estabelecidos para a anlise quantitativa, dentro

    de cada perodo experimental................................................105

    Tabela 4 - Grupo I 30 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes longitudinais dos

    espcimes analisados............................................................111

    Tabela 5 - Grupo I 30 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes transversais dos

    espcimes analisados............................................................111

    Tabela 6 - Grupo I 90 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes longitudinais dos

    espcimes analisados............................................................116

    Tabela 7 - Grupo I 90 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes transversais dos

    espcimes analisados............................................................116

    Tabela 8 - Grupo I 120 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes longitudinais dos

    espcimes analisados............................................................123

    Tabela 9 - Grupo I 120 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes transversais dos

    espcimes analisados............................................................123

    Tabela 10 - Grupo II 30 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes longitudinais dos

    espcimes analisados............................................................128

  • Lista de Tabelas

    Tabela 11 - Grupo II 30 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes transversais dos

    espcimes analisados............................................................128

    Tabela 12 - Grupo II 90 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes longitudinais dos

    espcimes analisados............................................................132

    Tabela 13 - Grupo II 90 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes transversais dos

    espcimes analisados............................................................133

    Tabela 14 - Grupo II 120 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes longitudinais dos

    espcimes analisados............................................................138

    Tabela 15 - Grupo II 120 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes transversais dos

    espcimes analisados............................................................138

    Tabela 16 - Grupo III 30 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes longitudinais dos

    espcimes analisados............................................................143

    Tabela 17 - Grupo III 30 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes transversais dos

    espcimes analisados............................................................143

    Tabela 18 - Grupo III 90 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes longitudinais dos

    espcimes analisados............................................................149

    Tabela 19 - Grupo III 90 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes transversais dos

    espcimes analisados............................................................149

    Tabela 20 - Grupo III 120 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes longitudinais dos

    espcimes analisados............................................................155

    Tabela 21 - Grupo III 120 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes transversais dos

    espcimes analisados............................................................155

  • Lista de Tabelas

    Tabela 22 - Grupo IV 30 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes longitudinais dos

    espcimes analisados............................................................160

    Tabela 23 - Grupo IV 30 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes transversais dos

    espcimes analisados............................................................160

    Tabela 24 - Grupo IV 90 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes longitudinais dos

    espcimes analisados............................................................164

    Tabela 25 - Grupo IV 90 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes transversais dos

    espcimes analisados............................................................164

    Tabela 26 - Grupo IV 120 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes longitudinais dos

    espcimes analisados............................................................168

    Tabela 27 - Grupo IV 120 dias Distribuio dos fenmenos

    microscpicos observados nos cortes transversais dos

    espcimes analisados............................................................168

    Tabela 28 - Escores atribudos reabsoro inflamatria no tero

    cervical dos espcimes analisados perodo de 30 dias.......171

    Tabela 29 - Escores atribudos reabsoro inflamatria no tero

    cervical dos espcimes analisados perodo de 90 dias.......171

    Tabela 30 - Escores atribudos reabsoro inflamatria no tero

    cervical dos espcimes analisados perodo de 120 dias.....171

    Tabela 31 - Escores atribudos reabsoro inflamatria no tero

    mdio dos espcimes analisados perodo de 30 dias.........172

    Tabela 32 - Escores atribudos reabsoro inflamatria no tero

    mdio dos espcimes analisados perodo de 90 dias.........173

    Tabela 33 - Escores atribudos reabsoro inflamatria no tero

    mdio dos espcimes analisados perodo de 120 dias.......173

    Tabela 34 - Escores atribudos reabsoro inflamatria no tero

    apical dos espcimes analisados perodo de 30 dias .........174

  • Lista de Tabelas

    Tabela 35 - Escores atribudos reabsoro inflamatria no tero

    apical dos espcimes analisados perodo de 90 dias .........174

    Tabela 36 - Escores atribudos reabsoro inflamatria no tero

    apical dos espcimes analisados perodo de 120 dias .......174

    Tabela 37 - Escores atribudos reabsoro por substituio no tero

    cervical dos espcimes analisados perodo de 30 dias.......175

    Tabela 38 - Escores atribudos reabsoro por substituio no tero

    cervical dos espcimes analisados perodo de 90 dias.......176

    Tabela 39 - Escores atribudos reabsoro por substituio no tero

    cervical dos espcimes analisados perodo de 120 dias.....176

    Tabela 40 - Escores atribudos reabsoro por substituio no tero

    mdio dos espcimes analisados perodo de 30 dias.........177

    Tabela 41 - Escores atribudos reabsoro por substituio no tero

    mdio dos espcimes analisados perodo de 90 dias.........177

    Tabela 42 - Escores atribudos reabsoro por substituio no tero

    mdio dos espcimes analisados perodo de 120 dias.......177

    Tabela 43 - Escores atribudos reabsoro por substituio no tero

    apical dos espcimes analisados perodo de 30 dias .........178

    Tabela 44 - Escores atribudos reabsoro por substituio no tero

    apical dos espcimes analisados perodo de 90 dias .........179

    Tabela 45 - Escores atribudos reabsoro por substituio no tero

    apical dos espcimes analisados perodo de 120 dias .......179

    Tabela 46 - Escores atribudos anquilose no tero cervical dos

    espcimes analisados perodo de 30 dias ..........................180

    Tabela 47 - Escores atribudos anquilose no tero cervical dos

    espcimes analisados perodo de 90 dias ..........................180

    Tabela 48 - Escores atribudos anquilose no tero cervical dos

    espcimes analisados perodo de 120 dias ........................180

    Tabela 49 - Escores atribudos anquilose no tero mdio dos

    espcimes analisados perodo de 30 dias ..........................181

    Tabela 50 - Escores atribudos anquilose no tero mdio dos

    espcimes analisados perodo de 90 dias ..........................182

  • Lista de Tabelas

    Tabela 51 - Escores atribudos anquilose no tero mdio dos

    espcimes analisados perodo de 120 dias ........................182

    Tabela 52 - Escores atribudos anquilose no tero apical dos

    espcimes analisados perodo de 30 dias ..........................183

    Tabela 53 - Escores atribudos anquilose no tero apical dos

    espcimes analisados perodo de 90 dias ..........................183

    Tabela 54 - Escores atribudos anquilose no tero apical dos

    espcimes analisados perodo de 120 dias ........................183

    Tabela 55 - Teste de Kruskal-Wallis - comparao entre os quatro

    grupos (I, II, III e IV), nos perodos de 30, 90 e 120 dias,

    para cada um dos critrios da anlise quantitativa, no tero

    cervical ...................................................................................184

    Tabela 56 - Teste de Dunn - comparaes individuais entre os quatro

    grupos, no perodo de 120 dias, quanto reabsoro

    inflamatria no tero cervical..................................................185

    Tabela 57 - Teste de Dunn - comparaes individuais entre os quatro

    grupos, no perodo de 120 dias, quanto reabsoro por

    substituio no tero cervical .................................................185

    Tabela 58 - Teste de Kruskal-Wallis - comparao entre os quatro

    grupos (I, II, III e IV), nos perodos de 30, 90 e 120 dias,

    para cada um dos critrios da anlise quantitativa, no tero

    mdio .....................................................................................186

    Tabela 59 - Teste de Dunn - comparaes individuais entre os quatro

    grupos, no perodo de 120 dias, quanto reabsoro

    inflamatria no tero mdio ....................................................186

    Tabela 60 - Teste de Kruskal-Wallis - comparao entre os quatro

    grupos (I, II, III e IV), nos perodos de 30, 90 e 120 dias,

    para cada um dos critrios da anlise quantitativa, no tero

    apical......................................................................................186

    Tabela 61 - Teste de Dunn - comparaes individuais entre os quatro

    grupos, no perodo de 30 dias, quanto reabsoro

    inflamatria no tero apical ....................................................187

  • Lista de Tabelas

    Tabela 62 - Teste de Dunn - comparaes individuais entre os quatro

    grupos, no perodo de 30 dias, quanto anquilose no tero

    apical......................................................................................187

    Tabela 63 - Teste de Dunn - comparaes individuais entre os quatro

    grupos, no perodo de 90 dias, quanto reabsoro

    inflamatria no tero apical ....................................................188

    Tabela 64 - Teste de Dunn - comparaes individuais entre os quatro

    grupos, no perodo de 90 dias, quanto reabsoro por

    substituio no tero apical ....................................................188

    Tabela 65 - Teste de Dunn - comparaes individuais entre os quatro

    grupos, no perodo de 120 dias, quanto reabsoro

    inflamatria no tero apical ....................................................189

    Tabela 66 - Teste de Dunn - comparaes individuais entre os quatro

    grupos, no perodo de 120 dias, quanto reabsoro por

    substituio no tero apical ....................................................189

    Tabela 67 - Teste de Dunn - comparaes individuais entre os quatro

    grupos, no perodo de 120 dias, quanto anquilose no

    tero apical.............................................................................190

    Tabela 68 - Teste de Kruskal-Wallis - comparao entre os trs

    perodos ps-operatrios (30, 90 e 120 dias), nos grupos I,

    II, III e IV, para cada um dos critrios da anlise

    quantitativa, no tero cervical.................................................190

    Tabela 69 - Teste de Kruskal-Wallis - comparao entre os trs

    perodos ps-operatrios (30, 90 e 120 dias), nos grupos I,

    II, III e IV, para cada um dos critrios da anlise

    quantitativa, no tero mdio ...................................................191

    Tabela 70 - Teste de Kruskal-Wallis - comparao entre os trs

    perodos ps-operatrios (30, 90 e 120 dias), nos grupos I,

    II, III e IV, para cada um dos critrios da anlise

    quantitativa, no tero apical....................................................191

    Tabela 71 - Teste de Dunn - comparaes individuais entre os trs

    perodos ps-operatrios do grupo II, quanto reabsoro

    por substituio no tero apical..............................................191

  • Lista de Abreviaturas e Siglas

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    BMU Unidade Osteorremodeladora

    cm centmetro

    D distal

    EDTA cido etilenodiaminotetractico

    FOB-USP Faculdade de Odontologia de Bauru Universidade de So Paulo

    g grama

    HBSS Soluo Salina Balanceada de Hank

    IADT Associao Internacional de Traumatologia Dentria

    kg quilograma

    l litro

    L lingual

    Lo Longitudinais

    LP Ligamento Periodontal

    Ltda Limitada

    M mesial

    MG Minas Gerais

    mg miligrama

    ml mililitro

    m micrometro

    mOsm miliosmol

    n nmero

    OMS Organizao Mundial de Sade

    p.a. pr-anlise

    pH potencial hidrognico

    PTH Hormnio paratireoideano

    qsp quantidade suficiente para

    RJ Rio de Janeiro

    S.A. Sociedade Annima

    SP So Paulo

    Tr Transversais

  • Lista de Smbolos

    LISTA DE SMBOLOS

    Anquilose

    Reabsoro por substituio

    Reabsoro Inflamatria

    Insero perpendicular do ligamento periodontal

    Insero paralela do ligamento periodontal

    Clastos

    Incisivo superior direito extrado

    % Por cento

    Marca registrada

    # nmero

  • Sumrio

    SUMRIO

    1 INTRODUO 59

    2 REVISO DE LITERATURA 65

    2.1 AVULSO E REIMPLANTE DENTRIO 67

    2.2 CONSEQNCIAS DO REIMPLANTE 71

    2.3 TRATAMENTO DA SUPERFCIE RADICULAR 76

    2.4 TERAPUTICA ENDODNTICA 83

    3 PROPOSIO 87

    4 MATERIAL E MTODOS 91

    4.1 ANIMAIS 93

    4.2 INTERVENES CIRRGICAS 93

    4.3 PERODOS EXPERIMENTAIS E OBTENO DAS PEAS 99

    4.4 PROCESSAMENTO LABORATORIAL 101

    4.5 FORMA DE ANLISE DOS RESULTADOS 102

    4.5.1 Anlise Descritiva 102

    4.5.2 Anlise Quantitativa 104

    4.5.2.1 Reabsoro inflamatria 104

    4.5.2.2 Reabsoro por substituio 104

    4.5.2.3 Anquilose 105

    4.5.3 Anlise Estatstica 106

    5 RESULTADOS 107

    5.1 ANLISE DESCRITIVA 109

    5.1.1 Grupo I 109

    5.1.2 Grupo II 127

    5.1.3 Grupo III 141

    5.1.4 Grupo IV 159

    5.2 ANLISE QUANTITATIVA 171

    5.2.1 Reabsoro inflamatria 171

    5.2.1.1 Tero cervical 171

    5.2.1.2 Tero mdio 172

    5.2.1.3 Tero apical 174

  • Sumrio

    5.2.2 Reabsoro por substituio 175

    5.2.2.1 Tero cervical 175

    5.2.2.2 Tero mdio 177

    5.2.2.3 Tero apical 178

    5.2.3 Anquilose 180

    5.2.3.1 Tero cervical 180

    5.2.3.2 Tero mdio 181

    5.2.3.3 Tero apical 183

    5.3 ANLISE ESTATSTICA 184

    6 DISCUSSO 193

    6.1 DA METODOLOGIA 195

    6.2 DOS RESULTADOS 204

    7 CONCLUSES 213

    REFERNCIAS 217

    ANEXO 231

  • 11111111 IIIIIIIInnnnnnnnttttttttrrrrrrrroooooooodddddddduuuuuuuuoooooooo

  • 1 Introduo

    61

    1 INTRODUO

    As leses traumticas dos dentes anteriores permanentes tm se tornado

    cada vez mais freqentes, atingindo principalmente crianas na fase escolar, de 7 a

    14 anos (ANDREASEN; ANDREASEN, 1994). Nesta faixa etria as crianas vivem

    em intensa atividade fsica e possuem pouca noo do perigo. A prtica de esportes

    e outras brincadeiras, aliadas s caractersticas anatmicas peculiares idade,

    como protruso fisiolgica dos incisivos centrais superiores, por ocasio da erupo

    dos caninos permanentes, predispem, sobremaneira, ao traumatismo dentrio

    (JRVINEN, 1979; OIKARINEN; KASSILA, 1987).

    As conseqncias desses acidentes vo desde pequenas fraturas

    coronrias, at o completo deslocamento do dente do seu alvolo, o que caracteriza

    a avulso. Cerca de 16% de todas as leses traumticas dos dentes permanentes

    resultam em avulso (ANDREASEN, 1970). O tratamento, nesses casos, o

    reposicionamento do dente no alvolo, ou seja, a realizao do reimplante dentrio,

    importantssimo para o restabelecimento das suas funes normais (ALEXANDER,

    1956; ANDREASEN; ANDREASEN, 1994).

    Quando o dente avulsionado reimplantado imediatamente ou

    armazenado em meios compatveis para a manuteno da vitalidade das fibras do

    ligamento periodontal presentes na raiz, aumentam-se consideravelmente as

    chances de sucesso do procedimento executado (ANDERSSON; BODIN, 1990;

    ANDREASEN, 1980; ANDREASEN, 1981; ANDREASEN; KRISTERSON, 1981;

    ANDREASEN et al., 1995). Assim, os meios midos de conservao como o leite,

    por exemplo, favorecem o xito do reimplante dentrio (HAMMARSTRM, et al.,

    1986; LINDSKOG; BLOMLF, 1982, PETTIETTE, et al., 1997), enquanto que a

    conservao em meio ambiente seco ou em meios imprprios piora

    significativamente o prognstico (PETTIETTE, et al., 1997).

    Dentre as conseqncias da avulso e seu posterior reimplante est a

    reabsoro radicular (ANDREASEN; ANDREASEN, 1994) e seu aparecimento est

    na dependncia de alguns fatores como tempo extra-alveolar (ANDREASEN, 1981),

    meio de conservao do dente avulsionado (ANDREASEN et al., 1995), j citados,

  • 1 Introduo

    62

    alm da contaminao microbiana (MINKIN; JENNINGS, 1972) e estgio de

    formao radicular (ANDREASEN et al., 1995).

    No momento do reimplante do elemento dentrio, dependendo do meio

    de conservao e do tempo extra-alveolar, condutas diversas podem ser

    estabelecidas. O tempo extra-alveolar at quinze minutos torna o prognstico do

    reimplante favorvel e somente o tratamento endodntico dever ser institudo

    posteriormente (ANDERSSON; BODIN, 1990). Para esses casos o reimplante

    considerado imediato. Em contrapartida, passado o perodo de quinze minutos a

    seco, se o dente avulsionado no for conservado em meio adequado, o tecido do

    ligamento periodontal, presente na superfcie radicular, poder se ressecar e,

    conseqentemente, necrosar, tornando o prognstico desfavorvel (ANDREASEN;

    KRISTERSON, 1981; OKAMOTO et al., 1995). O reimplante, ento, chamado

    tardio e, nesse caso, o tratamento da superfcie radicular dever ser executado,

    removendo o ligamento periodontal necrosado (KANNO, 1996; LINDSKOG et al.,

    1985; MURAD, 1982), hidratando algum remanescente vivel do ligamento

    periodontal e aplicando na superfcie da raiz substncias, com a finalidade de

    preservar a estrutura radicular (BJORVATN; MASSLER, 1971; SHULMAM;

    GEDALIA; FEINGOLD, 1973; SONODA, 1997). Estas substncias bloqueariam a

    ao de clulas reabsortivas (BJORVATN; MASSLER, 1971) e induziriam a

    neoformao de cemento (FILLIPI; POHL; VON ARX, 2001; IQBAL; BAMAAS,

    2001).

    H uma vasta relao dessas substncias na literatura (BJORVATN;

    MASSLER, 1971; FILLIPI; POHL; VON ARX, 2001; BRYSON et al., 2003; KANNO,

    1996; LINDSKOG et al., 1985; LUSTOSA-PEREIRA et al., 2006; MORI, 2002;

    POLSON; PROYE, 1982; SONODA, 1997; SONODA et al., 2000).

    De acordo com a American Association of Endodontists (2004) e Flores et

    al. (2007), a substncia preconizada para esse tratamento o fluoreto de sdio a

    2,0% na qual o dente dever ser imerso por um perodo mnimo de 20 minutos antes

    do reimplante. Apesar de atenuar a ocorrncia das reabsores radiculares, o

    fluoreto de sdio no capaz de inibir totalmente o seu aparecimento (PANZARINI,

    2001; SONODA, 1997).

  • 1 Introduo

    63

    Na odontologia o emprego de bisfosfonatos, mais particularmente o

    alendronato, tem revelado resultados experimentalmente satisfatrios no controle

    das reabsores dentrias associadas ou no anquilose alveolodentria

    (CONSOLARO, 2002). Estudos recentes tm mostrado que o uso tpico do

    alendronato no tratamento da superfcie radicular tem reduzido consideravelmente a

    ocorrncia de reabsores radiculares (LEVIN et al., 2001; LUSTOSA-PEREIRA et

    al., 2006; SOMMERCORN, et al., 2000).

  • 22222222 RRRRRRRReeeeeeeevvvvvvvviiiiiiiissssssssoooooooo ddddddddeeeeeeee LLLLLLLLiiiiiiiitttttttteeeeeeeerrrrrrrraaaaaaaattttttttuuuuuuuurrrrrrrraaaaaaaa

  • 2 Reviso de Literatura

    67

    2 REVISO DE LITERATURA

    Para melhor compreenso do assunto, a reviso de literatura ser dividida

    em tpicos assim relacionados: avulso e reimplante dentrio, conseqncias do

    reimplante, tratamento de superfcie radicular e teraputica endodntica.

    2.1 AVULSO E REIMPLANTE DENTRIO

    Os traumatismos dentrios, de um modo geral, tm sido classificados de

    acordo com uma variedade de fatores, tais como etiologia, anatomia, patologia ou

    consideraes teraputicas e vo desde pequenas fraturas coronrias, at o

    completo deslocamento do dente do seu alvolo, o que caracteriza a avulso

    dentria (ANDREASEN; ANDREASEN, em 1994). A classificao adotada por esses

    autores segue a Aplicao da Classificao Internacional das Doenas na

    Odontologia e Estomatologia da Organizao Mundial de Sade (OMS), porm de

    uma forma mais completa, incluindo certos tipos de traumatismos no citados no

    sistema da OMS.

    A avulso de dentes aps leses traumticas relativamente pouco

    freqente, variando de 0,5 a 16% das leses traumticas na dentio permanente e

    os principais fatores etiolgicos nessa dentio so as brigas e os esportes

    (ANDREASEN, 1970). Os incisivos centrais superiores so os dentes mais

    comumente atingidos, ao passo que a mandbula raramente afetada. A idade mais

    freqente para ocorrncia da avulso entre 7 e 9 anos de idade, fase esta em que

    os incisivos permanentes esto erupcionando. Nesta idade o ligamento periodontal

    mais resiliente oferece apenas uma pequena resistncia a uma fora extrusiva

    (ANDREASEN et al., 1995; ANDREASEN et al., 1995).

    O tratamento, nos casos de avulso, o reimplante dentrio, fundamental

    para o restabelecimento do aparelho estomatogntico (ANDREASEN;

    ANDREASEN, 1994).

  • 2 Reviso de Literatura

    68

    O reimplante dentrio, definido como o ato de reposicionar o dente em

    seu alvolo aps a sua avulso (ALEXANDER, 1956), na maioria das situaes,

    mesmo com um prognstico duvidoso, deve ser realizado. O plano de tratamento

    definitivo raramente pode ser feito no af do tratamento emergencial. Deve se ter em

    mente que o momento do atendimento imediatamente aps o traumatismo,

    freqentemente no o ideal para se tomar decises. Posteriormente, aps a

    realizao do reimplante dentrio e uma consulta com um especialista, decide-se a

    viabilidade de manter o dente reimplantado ou no (ANDREASEN; ANDREASEN,

    1994).

    O reimplante dentrio tem sido bastante estudado nos ltimos anos. Em

    1970, Groper; Bernick analisaram dentes de ces reimplantados variando os tempos

    extra-alveolares (0, 10, 15 e 30 minutos; 1, 3, 8 e 24 horas) e concluram que,

    quanto maior o tempo extra-alveolar, pior o prognstico para o dente reimplantado e

    que, a partir de uma hora, a possibilidade de reparo piorou significantemente.

    Andreasen, em 1980, em trabalho semelhante com macacos, comparou dentes

    reimplantados aps diferentes tempos extra-alveolares e constatou que aqueles

    reimplantados aps 120 minutos apresentaram maiores reas de reabsoro. Em

    outro trabalho Andreasen, em 1980, observou tambm que quando os dentes eram

    reimplantados imediatamente aps a avulso, as reas de destruio radiculares

    eram menores do que aquelas cujos dentes permaneciam mais de 18 minutos fora

    do alvolo.

    Em 1989, Hammarstrm; Blomlf; Lindskog compararam os diferentes

    resultados de dentes de macacos reimplantados aps tempo extra-alveolar a seco

    por 15 minutos e 1 hora. Os autores concluram que nos dentes que permaneceram

    fora do alvolo por at 15 minutos, as condies para o reparo estavam presentes e

    estabeleceram esse tempo como aceitvel para o reimplante. Estudo semelhante foi

    realizado em humanos por Andersson; Bodin, em 1990, com 21 dentes que

    permaneceram em meio ambiente por at 15 minutos, de modo que a maioria, 15

    dentes, apresentou a estrutura radicular preservada.

    A literatura tem demonstrado que o fator tempo de extrema importncia

    para o sucesso do reimplante dentrio, salientando que at quinze minutos de

    permanncia do dente fora do seu alvolo tido como ideal e o reimplante realizado

  • 2 Reviso de Literatura

    69

    dentro desse perodo considerado imediato. No reimplante imediato o prognstico

    ser melhor, pois as chances de reparo e de restabelecimento da funo so

    significativamente maiores, uma vez que se evitar o ressecamento e,

    conseqentemente, a necrose do ligamento periodontal e da polpa dentria. A

    preservao da vitalidade dessas clulas, principalmente do ligamento periodontal,

    fundamental para o sucesso do reimplante (ANDREASEN et al., 1995; ANDREASEN

    et al., 1995; HAMMARSTRM; BLOMLF; LINDSKOG, 1989; LE; WAERHAUG,

    1961; NEVINS et al., 1980).

    No entanto, na grande maioria das situaes envolvendo a avulso

    dentria, os dentes raramente so reimplantados dentro desse intervalo de tempo, j

    que os pacientes ou so incapazes de realizarem, eles prprios, o reimplante no

    momento do acidente, o que seria o ideal, ou demoram a comparecer ao consultrio

    odontolgico para que o profissional o faa. Por isso, um fator a ser considerado o

    meio de conservao para o dente avulsionado at que se possa proceder ao

    reimplante com o objetivo de manter a vitalidade e, em alguns casos, a viabilidade

    das clulas presentes sobre a superfcie radicular pelo maior tempo possvel

    (ANDREASEN; ANDREASEN, 1994; ANDREASEN et al., 1995). A vitalidade da

    clula pode ser definida como sua capacidade de produzir energia para a

    manuteno das funes orgnicas bsicas, enquanto a viabilidade a possibilidade

    de multiplicao celular, ou seja, de realizar mitose (LEKIC et al., 1996; PATIL;

    DUMSHA; SYDISKIS, 1994).

    Muitos meios de conservao j foram testados, sendo que o meio mido

    a melhor opo, podendo ser utilizado: gua, soro fisiolgico, saliva, leite e meios

    de cultura (BARRETT; KENNY, 1997).

    A conservao do dente avulsionado em meio mido j representa um

    cuidado que acarretar algum benefcio aps a reimplantao. Oswald; Harrington;

    Van Hassel, em 1980, comparando a conservao de dentes avulsionados em saliva

    e em meio seco por 90 minutos, observaram melhores resultados naqueles

    conservados em meio mido. Os meios secos de armazenamento de dentes

    avulsionados, como expostos ao meio ambiente ou embrulhados em pedaos de

    papel, so desfavorveis vitalidade e viabilidade do remanescente de tecido

  • 2 Reviso de Literatura

    70

    conjuntivo aderido superfcie radicular, comprometendo o prognstico do

    reimplante dentrio.

    Lindskog; Blomlf, em 1982, compararam in vitro os efeitos da gua de

    torneira, soluo de sucrose, saliva, leite, soluo salina e meio de cultura de tecido.

    Foram obtidas culturas de clulas de ligamento periodontal humano e um osmmero

    foi utilizado para a anlise da osmolaridade. Os autores observaram melhores

    resultados quando da utilizao do meio de cultura de tecido, leite e soluo salina,

    onde a osmolaridade variou entre 242-291 mOsm/kg. Os excelentes resultados

    apresentados por essas substncias foram devidos principalmente alta

    osmolaridade, que mais compatvel com a sobrevivncia das clulas presentes na

    superfcie radicular. Quanto saliva, devido sua hipotonicidade e possvel

    existncia de bactrias, ela poderia levar morte celular. Hammarstrm et al., em

    1986, alertaram que a permanncia do dente avulsionado no leite no dever

    exceder a seis horas.

    Quanto aos meios de cultura, a soluo salina balanceada de Hank

    (HBSS) mostrou-se superior ao leite, uma vez que proporcionou bons resultados

    mesmo quando o dente permaneceu em meio extra-alveolar por at 12 horas

    (HILTZ; TROPE, 1991). J o Viaspan, usado como meio para armazenamento de

    rgos a serem transplantados, mostrou melhores resultados quando comparado

    com o HBSS (HILTZ; TROPE, 1991; PETTIETTE et al., 1997).

    Assim, os meios de conservao indicados para o armazenamento de

    dentes avulsionados at o momento do reimplante, em ordem de preferncia, so:

    meios de cultura (Viaspan ou HBSS), leite, soluo salina, saliva e gua (TROPE,

    2002).

    Alm do tempo extra-alveolar e do meio de conservao utilizado para o

    dente avulsionado, deve-se considerar o estgio de formao da raiz. A

    reimplantao de dentes com rizognese incompleta sob condies adequadas

    pode propiciar a revascularizao pulpar, o que evitaria a sua necrose e levaria a um

    prognstico mais favorvel (ANDREASEN et al., 1995).

    Outros fatores tambm devem ser avaliados, como a presena de

    contaminao microbiana (NISHIOKA et al., 1998), a idade do paciente

  • 2 Reviso de Literatura

    71

    (ANDREASEN et al., 1995; EBELESEDER et al., 1998), o tipo e o tempo de

    conteno a ser utilizada aps o reimplante dentrio (COCCIA, 1980).

    2.2 CONSEQNCIAS DO REIMPLANTE

    A patologia do reimplante dentrio pode ser dividida em reaes pulpares e

    reaes periodontais. Tanto a polpa quanto o ligamento periodontal sofrem danos

    extensos quando avulsionados e as reaes de reparo dependem do perodo e da

    manipulao extra-alveolar, bem como do meio utilizado para a conservao do dente

    avulsionado at o momento do reimplante (ANDREASEN; ANDREASEN, 1994).

    O processo de reparo aps o reimplante tem sido objeto de estudo em

    numerosos experimentos usando ratos (NISHIOKA et al., 1998; OKAMOTO;

    OKAMOTO, 1995; OKAMOTO; RUSSO, 1973; PANZARINI, 2001; RENON, 1999),

    ces (BENATTI NETO, 1984; MURAD, 1982; PERCINOTO, 1986; SONODA, 1997;

    TROPE et al., 1992), macacos (ANDREASEN, 1980; ANDREASEN, 1980;

    ANDREASEN, 1980; ANDREASEN, 1981; ANDREASEN, 1981; ANDREASEN,

    1981; CAFFESSE; NASJLETI; CASTELLI, 1977) e humanos (ALEXANDER, 1956;

    ANDERSSON; BODIN, 1990; ANDREASEN; HJORTING-HANSEN, 1966;

    ANDREASEN; HJORTING-HANSEN, 1966; ANDREASEN et al., 1995;

    ANDREASEN et al., 1995; ANDREASEN et al., 1995). A expectativa que haja o

    restabelecimento da funo do dente reimplantado, entretanto situaes adversas

    podem ocorrer, como a anquilose e as reabsores radiculares (ANDREASEN,

    1985; ANDREASEN, 1992; ANDREASEN; ANDREASEN, 1994; ANDREASEN;

    HJORTING-HANSEN, 1966; CAFFESSE; NASJLETI; CASTELLI, 1977).

    Em 1966, Andreasen; Hjorting-Hansen, em dois trabalhos seqenciais,

    analisaram clnica, radiogrfica e microscopicamente dentes humanos

    reimplantados. Os resultados incluram, desde dentes com a raiz ntegra, at dentes

    com grandes lacunas de reabsoro, bem como anquilose, formao de epitlio

    juncional longo e reparo do ligamento periodontal.

  • 2 Reviso de Literatura

    72

    Em um trabalho de reimplante de dentes realizado em macacos,

    Caffesse; Nasjleti; Castelli, em 1977, avaliaram os eventos ocorridos em um perodo

    de tempo maior. Aps 2 anos, os autores observaram presena de fibras de tecido

    conjuntivo paralelas ao dente, anquilose, reabsoro radicular lateral e apical e

    algumas reas de reparo. Aos 3 e 4 anos, verificaram extensas reas de reabsoro

    dentinria, algumas com comunicao com o canal radicular e quase ausncia de

    reas reparadas.

    Dessa forma, a anquilose e as reabsores em diferentes tipos so as

    principais complicaes que ocorrem em dentes avulsionados e reimplantados.

    Ao contrrio do osso que sofre reabsoro e aposio como um processo

    de remodelamento contnuo, as razes dos dentes permanentes no apresentam

    esse mecanismo. A reabsoro dos dentes decduos durante a exfoliao

    considerada fisiolgica (HAMMARSTRM; LINDSKOG, 1985).

    As reabsores dentrias vm sendo objeto de estudo por vrios autores

    e, dessa forma, recebem classificaes variadas. A reabsoro radicular externa,

    segundo Andreasen; Hjorting-Hansen, 1966, pode ser dividida em trs tipos:

    reabsoro superficial, reabsoro inflamatria e reabsoro por substituio. Esta

    classificao tambm aceita por outros autores (ANDREASEN, 1985;

    ANDREASEN; ANDREASEN, 1992; HAMMARSTM et al., 1986):

    Reabsoro radicular superficial: definida como um conjunto de

    pequenas cavidades superficiais restritas ao cemento. So vistas precocemente,

    geralmente uma semana aps o reimplante (ANDREASEN, 1980). No havendo

    contaminao ou reao inflamatria persistente, entram em processo de reparo pela

    neoformao de cemento que, depositado naquelas cavidades, restabelecem o

    contorno radicular (ANDREASEN; ANDREASEN, 1994). Quando essas lacunas se

    comunicam com reas inflamadas ou contaminadas pelos produtos de necrose tecidual

    e bactrias, podem evoluir para reabsoro inflamatria (ANDREASEN, 1981).

    Reabsoro radicular inflamatria: pode ser resultado de necrose do

    ligamento periodontal, oriunda de seu ressecamento (ANDREASEN, 1980). A

    reabsoro de superfcie, representada por reas desprovidas de cemento, perde

    seu carter transitrio cedendo lugar reabsoro do tipo inflamatria em dentes

    com necrose pulpar instalada e contaminao bacteriana, que so estmulos

  • 2 Reviso de Literatura

    73

    necessrios para a sua progresso. Em alguns casos as lacunas de reabsoro so

    to profundas que podem se comunicar com o canal radicular (ANDREASEN;

    ANDREASEN, 1994; BARRETT; KENNY, 1997; HAMMARSTM et al., 1986; NE;

    WITHERSPOON; GUTMANN, 1999; TRONSTAD, 1988).

    Reabsoro radicular por substituio: desencadeada aps a

    anquilose dentria e seu mecanismo consiste na substituio progressiva de toda a

    estrutura radicular por tecido sseo (ANDREASEN; ANDREASEN, 1994; BARRETT;

    KENNY, 1997; HAMMARSTM et al., 1986; NE; WITHERSPOON; GUTMANN,

    1999; TRONSTAD, 1988).

    Quando um dente avulsionado reimplantado depois de prolongado

    armazenamento em meio extrabucal a seco (ANDREASEN, 1980) ou meio imprprio

    (ANDREASEN, 1981; BLOMLF et al., 1983; CVEK; GRANATH; HOLLENDER,

    1974), pode ocorrer a anquilose alveolodentria. Esse evento se caracteriza pelo

    contato direto do dente com o osso alveolar devido perda parcial ou completa do

    ligamento periodontal havendo, desse modo, ausncia de articulao entre o dente e

    o osso alveolar (ANDERSSON et al., 1984; ANDREASEN, 1985; HAMMARSTM;

    LINDSKOG, 1992; NE; WITHERSPOON; GUTMANN, 1999; TRONSTAD, 1988).

    Quando ocorre a necrose do ligamento periodontal, o osso neoformado ocupa o local

    deste e une-se, assim, raiz (BARRETT; KENNY, 1997; HAMMARSTM et al., 1986;

    LINDSKOG et al., 1985; NE; WITHERSPOON; GUTMANN, 1999). Alguns autores

    descreveram, h algum tempo, a anquilose como sendo semelhante reabsoro por

    substituio (ANDREASEN, 1985). Os eventos, conforme Hammarstrm; Blomlf;

    Lindskog, 1989 e Tronstad, 1988, so diferentes, uma vez que a anquilose consiste

    apenas na unio do osso com raiz pela perda do ligamento periodontal, enquanto que

    a reabsoro por substituio, conseqncia de danos substanciais ao ligamento

    periodontal e cemento, caracteriza-se pela neoformao ssea em reas de

    reabsoro de dentina (HAMMARSTRM; BLOMLF; LINDSKOG, 1989).

    Clinicamente, o dente anquilosado no tem mobilidade, pode apresentar-

    se em infra-ocluso e, sob percusso, ter um som metlico (NE; WITHERSPOON;

    GUTMANN, 1999). A identificao da anquilose, radiograficamente, difcil, mas a

    ausncia do espao do ligamento periodontal pode ser uma das evidncias

    (ANDERSSON et al., 1984). O dente anquilosado pode assim permanecer por

  • 2 Reviso de Literatura

    74

    tempo indeterminado, contudo, na maioria das vezes, o osso passa a reconhecer o

    elemento dentrio como prprio, incorporando-o ao seu processo de remodelao

    contnua e substituindo-o totalmente por tecido sseo (ANDERSSON et al., 1984;

    HAMMARSTRM; BLOMLF; LINDSKOG, 1989; TRONSTAD, 1988).

    As reabsores dos dentes permanentes devem ser consideradas

    invariavelmente patolgicas, uma vez que se caracteriza pela ausncia de

    renovao dos tecidos dentrios mineralizados ao contrrio do que acontece no

    tecido sseo, cuja renovao se faz constantemente, ou seja, fisiolgica

    (CONSOLARO, 2002).

    Devido semelhana entre a morfologia, as propriedades enzimticas e a

    funo das clulas que reabsorvem dentina, cemento e osso, pode-se considerar que

    os processos de reabsoro dentria e ssea so semelhantes (HAMMARSTM;

    LINDSKOG, 1992; NE; WITHERSPOON; GUTMANN, 1999). Assim, ao se

    caracterizar a reabsoro ssea, estar-se-ia caracterizando tambm a dentria.

    A reabsoro normal ou patolgica dos tecidos mineralizados ocorre pela

    ao dos clastos interagindo-se com mediadores liberados localmente pelos

    osteoblastos e clulas semelhantes aos macrfagos, que se encontram prximas

    aos clastos. Os osteoblastos possuem receptores para mediadores locais e

    sistmicos. A este conjunto, clastos, osteoblastos e macrfagos, denominamos

    unidade de reabsoro de tecido mineralizado ou unidade osteorremodeladora ou

    simplesmente BMU, abreviando-se do ingls bone remodeling unit, responsvel pela

    reabsoro de tecido mineralizado (RODAN; MARTIN, 1981).

    Os osteoblastos e cementoblastos so clulas responsveis pela formao

    do osso e cemento, respectivamente, revestem a superfcie desses tecidos,

    preservando sua integridade (RODAN; MARTIN, 1981). Entre aqueles dois tipos de

    clulas formadoras de tecido mineralizado, h uma diferena de receptores: os

    cementoblastos no possuem receptores para mediadores estimuladores da

    reabsoro, em especial o paratormnio (LINDSKOG et al., 1987). Isso talvez

    explique porque determinados hormnios como PTH, vitamina D e esterides no

    induzem a reabsoro dentria e, tambm, por que os dentes no se remodelam

    como o osso (HIDALGO, 2001). A reabsoro radicular tem como pressuposto para o

    seu desencadeamento a perda de seu recobrimento pelos cementoblastos, os

  • 2 Reviso de Literatura

    75

    guardies da integridade da superfcie radicular que no permitem ao dente participar

    do turnover sseo (HAMMARSTM; BLMLOF; LINDSKOG, 1989).

    Os clastos, por outro lado, so clulas envolvidas no processo de

    destruio de tecido mineralizado. A diferena estrutural, organizacional e funcional

    entre os dentinoclastos, cementoclastos e osteoclastos so insignificantes, ainda

    que detectveis (HAMMARSTRN; LINDSKOG, 1985; PIERCE, 1989), por isso

    essas clulas podem ser referidas simplesmente como clastos (CONSOLARO,

    2002). Apresentam-se como clulas gigantes, multinucleadas (BARON et al., 1993;

    HAMMARSTM; LINDSKOG, 1992; NE; WITHERSPOON; GUTMANN, 1999),

    medindo cerca de 50 a 100m, formadas a partir da fuso de precursores

    mononucleados derivados da medula ssea (ANDREASEN; ANDREASEN, 1992;

    BARON et al., 1993; HAMMARSTM; LINDSKOG, 1992; NE; WITHERSPOON;

    GUTMANN, 1999; PIERCE, 1989). Seu citoplasma basoflico e granular, com

    vacolos de tamanhos variados. So clulas polarizadas, apresentando dois plos:

    apical e basolateral. No plo basolateral, esto localizadas as organelas

    responsveis pela produo de enzimas e substncias que participam do processo

    reabsortivo. J no plo apical, observa-se a zona clara, a zona de selamento e a

    borda pregueada ou membrana apical (BARON et al., 1993).

    O plo apical est voltado para a superfcie mineralizada a ser

    reabsorvida. A zona clara caracterizada por uma rea livre de organelas onde h

    somente filamentos de actina, formando tufos perpendiculares ao tecido duro que,

    juntamente com a zona de selamento, une-se superfcie a ser reabsorvida

    (BARON et al., 1993). O clasto unido ao tecido mineralizado forma um

    compartimento de reabsoro tambm denominado lacuna de Howship (BARON et

    al., 1993; HAMMARSTM; LINDSKOG, 1992; NE; WITHERSPOON; GUTMANN,

    1999).

    Quando ocorre uma avulso dentria e posterior reimplante, por exemplo,

    instala-se um processo inflamatrio na regio do ligamento periodontal. No exsudato

    inflamatrio liberada grande quantidade de produtos como os do cido

    araquidnico, citocinas, fatores de crescimento, lipopolissacardeos e xido ntrico.

    Todos esses produtos so importantes mediadores locais indutores de osteoclasia.

    O principal deles, a plasmina, interage com os osteoblastos liberando a colagenase

  • 2 Reviso de Literatura

    76

    que promove a perda total do osteide aposto na superfcie ssea (PIERCE, 1989).

    Assim, os cristais de hidroxiapatita ficam expostos e parecem exercer um efeito

    quimiottico para os clastos. Desse modo, a exemplo do tecido sseo, a raiz

    desnuda expe uma superfcie mineralizada que tambm tem um efeito quimiottoco

    para os clastos. A migrao destes e seu acoplamento na superfcie desnuda da raiz

    caracterizam a instalao da BMU (CONSOLARO, 2002).

    A atividade dos clastos pode ser paralisada elevando-se o pH do micro-

    ambiente referido. Nos procedimentos clnicos, o hidrxido de clcio, na forma de

    pasta, levado ao canal radicular com a finalidade de tornar bsico o pH do meio,

    de modo que a reabsoro radicular externa inflamatria seja paralisada, permitindo

    que o processo de reparo ocorra nas estruturas afetadas pela reabsoro (CVEK,

    1973; TRONSTAD, 1988; TRONSTAD et al., 1981).

    2.3 TRATAMENTO DA SUPERFCIE RADICULAR

    Existem excelentes meios para a conservao de dentes avulsionados

    que permitem perodos extra-alveolares bastante prolongados at a realizao do

    reimplante, mas pelo fato destes no estarem disponveis no momento do acidente,

    sua utilizao torna-se pouco vivel (TROPE, 2002).

    Como mencionado anteriormente, no momento da reimplantao do

    elemento dentrio, dependendo do meio de conservao e do tempo extra-alveolar,

    condutas diversas podem ser estabelecidas. O tempo extra-alveolar at quinze

    minutos torna o prognstico do reimplante favorvel e somente o tratamento

    endodntico dever ser institudo posteriormente (ANDERSSON; BODIN, 1990).

    Para esses casos o reimplante considerado imediato. Em contrapartida, passado o

    perodo de quinze minutos a seco, se o dente avulsionado no for conservado em

    meio adequado, o tecido do ligamento periodontal, presente na superfcie radicular,

    poder se ressecar e, conseqentemente, necrosar, tornando o prognstico

    desfavorvel (ANDREASEN; KRISTERSON, 1981; OKAMOTO et al., 1995).

  • 2 Reviso de Literatura

    77

    Aps 60 minutos em meio extra-alveolar a seco o reimplante chamado

    tardio (FLORES et al., 2007; TROPE, 2002) e, nesse caso, o tratamento da

    superfcie radicular dever ser executado removendo o ligamento periodontal

    necrosado, objetivando a preservao da estrutura radicular, inibindo a ao de

    clulas reabsortivas (BJORVATN; MASSLER, 1971; KANNO, 1996) e induzindo a

    neoformao cementria (FILLIPI; POHL; VON ARX, 2001; IQBAL; BAMAAS, 2001).

    Dentes avulsionados que foram mantidos a seco por perodos superiores

    a duas horas tm chance de reimplante com sucesso inferior a 1% (LINDSKOG et

    al., 1985). Para os casos onde se pode presumir que o ligamento periodontal est

    necrosado, tem-se sugerido o tratamento da superfcie radicular com diversas

    substncias para tentar inibir a reabsoro radicular e melhorar o prognstico dos

    dentes avulsionados e reimplantados, tais como formalina, lcool, gua aquecida

    (BUTCHER; VIDAIR, 1955), cido ctrico (ESCOBAR, 1997; PERCINOTO, 1986;

    POLSON; PROYE, 1982), fluoretos (BJORVATN; MASSLER, 1971; SHULMAM;

    GEDALIA; FEINGOLD, 1973; SONODA, 1997), enzimas (NEVINS et al., 1980),

    soluo de hidrxido de clcio (ISOLAN; PERRI DE CAVALHO, 1989), antibiticos

    locais e/ou sistmicos (BRYSON et al., 2003; SAE-LIM et al., 1998), antiinflamatrios

    (KEUM et al., 2003), hipoclorito de sdio (KANNO, 1996; LINDSKOG et al., 1985;

    SONODA et al., 2000), protena derivada da matriz do esmalte (FILLIPI; POHL; VON

    ARX, 2001; IQBAL; BAMAAS, 2001) e os bisfosfonatos (LEVIN et al., 2001;

    LIEWEHR et al., 1995; LUSTOSA-PEREIRA et al., 2006).

    A importncia ou no da presena do ligamento periodontal e da

    vitalidade de suas clulas para o reimplante foi estudada por Le; Waerhaug, em

    1961, em dentes de ces e macacos. Trs grupos foram avaliados: dentes sem

    ligamento periodontal, dentes com ligamento necrosado e dentes com ligamento

    vital. Os resultados microscpicos demonstraram a importncia da vitalidade das

    clulas do ligamento periodontal cementrio para a ocorrncia do reparo.

    Nesse sentido, Andreasen, em 1981 mostrou que, quando clulas

    necrosadas do ligamento periodontal estavam presentes no momento do reimplante,

    havia o desenvolvimento da reabsoro radicular. Andreasen; Kristerson, em 1981,

    comprovaram que quando o reimplante realizado com o ligamento periodontal sem

    vitalidade, pode ocorrer a sua substituio por tecido sseo, instalando-se a

  • 2 Reviso de Literatura

    78

    anquilose e a reabsoro por substituio. Desse modo, Okamoto et al., em 1995,

    em um trabalho realizado em ratos, comprovaram que a preservao do ligamento

    periodontal sem vitalidade, no momento do reimplante, um fator prejudicial ao

    reparo e, portanto, o mesmo dever ser removido.

    A anlise de Polson; Proye, em 1982, em dentes de macacos

    reimplantados aps raspagem ou tratamento da superfcie radicular com cido

    ctrico por 3 minutos demonstrou que, nos dentes reimplantados com a superfcie

    radicular raspada, houve migrao do epitlio gengival sobre a superfcie radicular, o

    que no foi visto no grupo onde se utilizou o cido ctrico. Nakane; Kameyama, em

    1987, tambm mostraram que a raspagem mecnica da superfcie radicular em

    dentes de ratos levaria ao desenvolvimento de reabsores radiculares. Em 1994,

    Blomlf; Lindskog, avaliando 24 dentes de macacos como modelo experimental,

    comprovaram que a remoo do ligamento periodontal e do cemento provocou a

    ocorrncia de anquilose e reabsoro radicular.

    Percinoto, em 1986, tambm testou o efeito do cido ctrico no tratamento

    da reabsoro radicular e verificou que dentes de ces imersos em hipoclorito de

    sdio a 5% por 1 hora e, em seguida, tratados com cido ctrico a 10% por 1 minuto,

    mostraram neoformao cementria, reinsero de fibras e pouca ocorrncia de

    anquilose. Em contrapartida, em dentes onde se utilizou apenas o hipoclorito de

    sdio os eventos reabsortivos foram bastante severos.

    Em concordncia com Percinoto, 1996, Escobar, em 1997, observou que

    quando se utilizou o cido ctrico a 10% aps o uso do hipoclorito de sdio a 5%,

    poucas reas de reabsoro foram observadas.

    Trope, em 2002, num trabalho de reviso de literatura reafirmou as

    diretrizes para o tratamento do dente avulsionado. Para dentes com perodo extra-

    alveolar a seco superior a 60 minutos, recomendou a utilizao do cido ctrico por 5

    minutos para remoo do ligamento periodontal e, em seguida, a imerso do dente

    em fluoreto de estanho a 2% por 5 minutos e posterior reimplante.

    O efeito do hipoclorito de sdio a 1% em dentes de ratos avulsionados e

    reimplantados foi avaliado por Kanno, em 1996. Para isso, os dentes foram mantidos

    em meio ambiente seco por 30 minutos e divididos em dois grupos: um teve a

    superfcie radicular tratada com aquela substncia, enquanto que o outro grupo no

  • 2 Reviso de Literatura

    79

    recebeu nenhum tratamento. Os resultados demonstraram que as razes dos dentes

    tratados com hipoclorito de sdio a 1% apresentaram-se encapsuladas nos perodos

    mais curtos enquanto que no grupo sem tratamento foram observadas anquilose,

    reabsoro por substituio e algumas reas de ligamento periodontal neoformado.

    Renon, em 1999, comparou o efeito de trs tratamentos diferentes para a

    superfcie radicular de dentes de ratos, avulsionados e reimplantados. Aps

    exposio da superfcie radicular por 15 minutos em meio ambiente, os dentes foram

    divididos em trs grupos experimentais antes da realizao do reimplante. No

    primeiro, os dentes foram mantidos em soro fisiolgico por 20 minutos. No segundo,

    imersos em hipoclorito de sdio a 1% por 20 minutos e, no terceiro, tiveram a

    superfcie radicular raspada e tratada por 20 minutos com hipoclorito de sdio a 1%.

    Os resultados mostraram que quando o reimplante imediato, somente a hidratao

    da superfcie necessria e que a remoo do ligamento periodontal somente com

    hipoclorito melhor do que com a raspagem da superfcie radicular, pois no grupo

    onde a superfcie radicular foi alisada as reas de reabsoro e anquilose foram

    maiores.

    O grande nmero de pesquisas sobre o uso do hipoclorito de sdio para a

    remoo do ligamento periodontal estimularam Sonoda et al., em 2000, a avaliarem

    a utilizao de soluo de hipoclorito de sdio em diferentes concentraes em

    dentes avulsionados de ratos. Os dentes, aps a extrao simulando a avulso,

    permaneceram por 1 hora em soluo de hipoclorito de sdio nas concentraes de

    1%, 2,5%, 5% e 10% e, em seguida, foram reimplantados. Todas as concentraes

    foram eficazes para a remoo do ligamento periodontal, porm os autores

    concluram que a utilizao das solues a 1% ou 2,5% estava mais bem indicada

    para esse fim, por serem menos agressivas aos tecidos.

    Buscando avaliar a influncia de diferentes volumes da soluo de

    hipoclorito de sdio a 1% para a remoo do ligamento periodontal em dentes de

    ratos, Poi et al., em 2001, pesquisaram a eficcia de quatro diferentes volumes

    dessa soluo. Os autores utilizaram 10, 20, 50 e 100 ml para a imerso dos dentes

    extrados e concluram que quanto maior o volume da soluo, maior a quantidade

    de tecido removida, porm os grupos de 50 e 100 ml se comportaram de modo

    semelhante.

  • 2 Reviso de Literatura

    80

    Na tentativa de evitar a reabsoro radicular, muitas substncias tm sido

    aplicadas sobre a superfcie radicular, associadas ou no com a remoo do

    ligamento periodontal.

    Um dos primeiros estudos testando o fluoreto de sdio como substncia

    para preveno da reabsoro foi realizado em 1968 por Shulman; Kalis; Goldhaber.

    Eles imergiram em soluo de fluoreto de sdio, dentes de macacos a serem

    reimplantados tardiamente. Os resultados sugeriram que este procedimento poderia

    atenuar o processo reabsortivo.

    A partir da, outros trabalhos foram realizados para verificar a influncia

    benfica do flor no tratamento das reabsores radiculares. Em 1971, Bjorvantn;

    Massler realizaram um trabalho onde dentes de ratos reimplantados permaneceram

    expostos ao meio ambiente a seco por 30 a 60 minutos e, a seguir, receberam

    tratamento de superfcie radicular por 5 minutos, com soluo saturada de fluoreto

    estanhoso a 10% pH 2,2. Em outro experimento, citado neste mesmo trabalho, os

    dentes foram tratados com fluoreto de sdio a 2% e fluoreto estanhoso a 1%,

    tambm por 5 minutos. Concluiu-se que a concentrao de fluoreto estanhoso a 1%

    favoreceu o melhor reparo do ligamento periodontal, o que no ocorreu na

    concentrao de 10%. Foi observado tambm, em concordncia com o trabalho de

    Shulman; Kalis; Goldhaber, em 1968, que a utilizao do flor diminuiu as reas de

    reabsoro radicular. Os autores explicaram que poderia haver a formao de

    fluorapatita, que mais resistente reabsoro ou que o flor poderia ter efeito

    inibitrio na diferenciao dos clastos (BJORVANTN; MASSLER, 1971; SHULMAN;

    GEDALIA; FEINGOLD, 1973).

    Sonoda, 1997, comparou o efeito do hipoclorito de sdio a 2%, fluoreto de

    sdio a 2% ou associao dos dois em dentes de ces que foram avulsionados e

    mantidos por 60 minutos em meio ambiente seco. As maiores reas de anquilose

    foram observadas no grupo tratado somente com flor. O hipoclorito de sdio

    diminuiu, mas no eliminou a reabsoro radicular e a anquilose e no grupo onde se

    associou o hipoclorito de sdio a 2% ao fluoreto de sdio a 2%, maior quantidade de

    tecido dentrio foi preservada e as reas de anquilose apresentaram-se reduzidas.

    Panzarini, em 2001, submeteu dentes de ratos avulsionados ao

    tratamento de superfcie radicular com hipoclorito de sdio a 1% seguidos da

  • 2 Reviso de Literatura

    81

    aplicao de fluoreto de sdio a 2% ou soluo de vitamina C, anteriormente ao

    reimplante. Foi constatado que tanto o uso do flor quanto da vitamina C no evitou

    reas de anquilose e reabsoro por substituio.

    Poi et al., em 2007, compararam o efeito tpico da protena derivada da

    matriz do esmalte (EMDOGAIN) e do fluoreto de sdio a 2% sobre a superfcie

    radicular de ratos reimplantadas tardiamente. Aps a anlise microscpica, os

    autores observaram que o uso do EMDOGAIN resultou em reas mais extensas de

    anquilose e que nem esta substncia, nem o fluoreto de sdio a 2% foram capazes

    de evitar a reabsoro radicular aps o reimplante tardio em ratos.

    De acordo com a American Association of Endodontists, em 2004, e

    Flores et al., em 2007, que publicaram as diretrizes para o tratamento de dentes

    avulsionados recomendadas pela Associao Internacional de Traumatologia

    Dentria (IADT), a substncia preconizada para o tratamento da superfcie radicular

    o fluoreto de sdio a 2,0%, na qual o dente dever ser imerso por um perodo

    mnimo de 20 minutos antes do reimplante a fim de se evitar o surgimento das

    indesejveis reabsores radiculares. Apesar de atenuar a ocorrncia das

    reabsores radiculares, o fluoreto de sdio no capaz de inibir totalmente o seu

    aparecimento (SONODA, 1997; PANZARINI, 2001).

    Existe uma grande famlia de compostos bisfosfonatos que vm sendo

    usados ou desenvolvidos para o tratamento de doenas sseas. So eles o

    alendronato, o clodronato, o EB-1053, o etidronato, o ibandronato, o icandronato, o

    neridronato, o olpadronato, o pamidronato, o risedronato, o tiludronato, o YH 529 e o

    zoledronato (RODAN, 1998). Dentre eles, o alendronato tem se mostrado muito

    eficaz no tratamento clnico da osteoporose, doena de Paget e outras desordens de

    reabsoro ssea (KELLER; FLIESLER, 1999; SELBY, 1996), alm de ter tambm

    apresentado elevado efeito inibitrio da reabsoro ssea pela inibio dos

    osteoclastos (MASARACHIA et al., 1996). Em adio a esse potente efeito inibidor

    da reabsoro ssea, alguns estudos tm mostrado tambm efeito direto sobre a

    neoformao ssea (IGARASHI et al., 1997; SAHNI et al., 1993; TSUCHIMOTO et

    al., 1994; VITTE; FLEISCH, 1996).

    Tem sido mostrado que os bisfosfonatos tm um potente efeito inibitrio

    da reabsoro ssea pela inibio da atividade dos osteoclastos (MASARACHIA et

  • 2 Reviso de Literatura

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    al., 1996). O alendronato, particularmente, age induzindo a apoptose dos

    osteoclastos (HUGHES et al., 1995).

    O alendronato liga-se aos cristais de hidroxiapatita no osso e se une,

    preferencialmente, s superfcies sseas reabsorvidas, particularmente quelas que

    esto sofrendo atividade de reabsoro osteoclstica (SELBY, 1996). A afinidade do

    alendronato por fosfato de clcio e sua forte ligao hidroxiapatita leva sua

    rpida incorporao ao esqueleto (FLEISCH, 1993). Uma vez unido ao osso, o

    alendronato retido por prolongados perodos de tempo. Tem sido estimado que o

    tempo de vida para elimin-lo do esqueleto em humanos da ordem de dez anos

    (KANIS et al., 1995).

    O mecanismo de inibio osteoclstica tem sido atribudo a um

    decrscimo da atividade osteoclstica com efeitos mnimos (BREUIL et al., 1998);

    interferncia dos receptores dos osteoclastos com protenas especficas da matriz

    ssea (COLUCCI et al., 1998); produo de um inibidor osteoclstico por

    osteoblastos que reduzem o tempo de vida e/ou o nmero de osteoclastos

    diferenciados (VITTE; FLEISCH, 1996) e paralisao da reabsoro pela

    interferncia com o bordo pregueado dos osteoclastos (SATO et al., 1991).

    Apesar dos poucos trabalhos existentes na literatura utilizando-se o

    alendronato para tratamento das reabsores radiculares aps reimplante de dentes

    avulsionados, foi mostrado que o alendronato age de maneira semelhante ao flor

    no tratamento da reabsoro radicular, quando usado topicamente. Os autores

    concluram que com o uso do alendronato a preservao radicular foi maior, cerca

    de 41% da sua superfcie foi reabsorvida, enquanto que no grupo sem tratamento as

    reas de reabsoro chegaram a 73% (LEVIN et al., 2001).

    Sommercorn et al., em 2000, investigaram o uso do alendronato na

    formao de nova dentina in vitro. pices imaturos de pr-molares e molares foram

    mantidos em meio de cultura de tecidos com e sem alendronato por 60 dias. Os

    resultados mostraram que o grupo contendo alendronato cresceu 57,15% mais do

    que o que no o continha. Os autores concluram que o alendronato foi efetivo na

    acelerao da formao de dentina in vitro.

  • 2 Reviso de Literatura

    83

    Kum et al., em 2003, avaliaram o efeito inibitrio do alendronato e taurine

    sobre a diferenciao de osteoclastos induzida por Porphyromonas gingivalis in vitro

    e concluram que ambas as substncias apresentam tal capacidade.

    Correia; Caldeira; Marques, em 2006, analisaram a citotoxicidade do

    alendronato de sdio sobre fibroblastos do ligamento periodontal humano em cultura

    celular e demonstraram que a substncia, em contato direto com fibroblastos

    humanos, citotxica nas concentraes superiores a 10-6M inibindo, inclusive, o

    crescimento celular de forma proporcional ao aumento da sua concentrao.

    Lustosa-Pereira et al., em 2006, estudaram o efeito tpico do alendronato

    em ratos cujas superfcies radiculares foram tratadas topicamente com o

    alendronato e reimplantadas tardiamente. No grupo I, o perodo extra-alveolar foi de

    15 minutos e, aps o preenchimento do canal radicular com pasta de hidrxido de

    clcio (CALEN), via retrgrada, os dentes foram reimplantados. Nos grupos II e III,

    o tempo de permanncia em meio ambiente a seco foi de 30 e 60 minutos,

    respectivamente. Nestes grupos, os dentes foram imersos em soluo de hipoclorito

    de sdio a 1% por 30 minutos para remoo do ligamento periodontal cementrio,

    lavados em soro fisiolgico por 5 minutos e tiveram a superfcie radicular tratada

    com soluo de alendronato de sdio a 3,2 mg/l por 10 minutos. Os canais

    radiculares foram aspirados e preenchidos com pasta de hidrxido de clcio

    (CALEN), via retrgrada e, em seguida, reimplantados. Transcorridos os perodos

    de 15, 60 e 90 dias do reimplante, os animais foram mortos, as