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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS Relatório de Atividades do Triênio 1999-2001 FFLCH – USP Janeiro de 2003

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - pesquisa.fflch.usp.brpesquisa.fflch.usp.br/.../files/relatorio_de_atividades_99-01.pdf · pesquisa de Antropologia do Brasil e da América Latina. Herdeiro

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS

Relatório de Atividades do Triênio 1999-2001

FFLCH – USP Janeiro de 2003

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Universidade de São Paulo – USP

Reitor: Prof. Dr. Adolpho José Melfi

Vice-Reitor: Prof. Dr. Hélio Nogueira da Cruz

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – FFLCH

Diretor: Prof. Dr. Sedi Hirano

Vice-Diretora: Profa. Dra. Eni de Mesquita Samara

Comissão de Pesquisa - CPq

Presidente: Prof. Dr. István Jancsó

Vice-Presidente: Profa. Dra. Esmeralda Vailati Negrão

Grupo de Trabalho do Relatório FFLCH

Prof. Dr. István Jancsó DH Prof. Dr. Moacyr Ayres Novaes Filho DF Rosângela Sarteschi CPq Paltonio Daun Fraga CPq Maurício Pereira Nunes STI Ricardo Fontoura STI Márcia Regina Gomes DCP Marie Márcia Pedroso DF Orlando Silva Barbosa DG Regina Celi Sant’ana CPG Adriana Cybeli Ferrari SIBI Mílvia Maria Soares Casagrande CPq

Grupo Operacional (Monitores-Bolsistas CPq)

Fábio Alexandre Chiarinelli Flávio Felício Botton Isadora Lins França Melissa Ferreira Pessoa de Assis Paulo Rodrigues Lustosa Regina de Andrade Renata Anez de Oliveira

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Relatório de Atividades

Sumário

A PESQUISA NA FFLCH ........................................................................ 4

Tabela 1: Dissertações e Teses do Acervo do Centro de Apoio à Pesquisa Histórica por Departamento (1942-2000) ........................................................... 4

Tabela 2: Pesquisas por Departamento (2001) .................................................... 5 Tabela 3: Laboratórios e Centros de pesquisa na FFLCH por Departamento (2001) ....... 6

PERFIL DA PESQUISA DOS DEPARTAMENTOS Departamento de Antropologia .............................................................. 7

Departamento de Ciência Política ......................................................... 9

Departamento de Filosofia .................................................................. 11

Departamento de Geografia ............................................................... 13

Departamento de História ................................................................... 14

Departamento de Língüística ............................................................... 15

Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas ................................... 16

Departamento de Letras Modernas ....................................................... 17

Departamento de Letras Orientais ........................................................ 19

Departamento de Sociologia ................................................................ 20

Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada ..................... 22

SUMÁRIO QUANTITATIVO NO TRIÊNIO

Tabela 4: Corpo Docente em Atividade no triênio 1999-2001 ................................. 23 Tabela 5: Pós-graduação: Número de Orientandos por Área de Concentração .......... 24 Tabela 6: Pós-graduação: Número de Orientandos por Departamento ...................... 25 Tabela 7: Teses e Dissertações defendidas entre 1999 e 2001 ................................ 26 Gráfico 1: Pesquisas de Pós-graduação em andamento e defendidas 1999-2001 ......... 27 Tabela 8: Publicações de Docentes registradas na Base Lattes de Currículo, por tipologia ............................................................................... 28

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A pesquisa na FFLCH A pesquisa na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de

São Paulo teve início nos tempos de sua fundação em 1934, e desde então tem-se desenvolvido em estrita observância do princípio de sua indissociabilidade com o ensino. É esta diretriz matricial, cuja prática é reconhecida como constitutiva do núcleo forte da qualidade acadêmica da casa, que confere inteligibilidade e unidade às múltiplas faces de uma trajetória institucional, configurando uma valiosa tradição a ser preservada para que sirva de sólida base para novos avanços do conhecimento.

A qualidade desta tradição expressa-se na constituição de linhagens de pesquisadores e pensadores do fenômeno humano que remontam a nomes que hoje, para além da história da Faculdade, estão inscritos na trajetória da inteligência brasileira. Os nomes de Sérgio Buarque de Holanda, Fernando de Azevedo, Florestan Fernandes, Egon Schaden, João Cruz Costa, Antonio Candido, Eduardo d’Oliveira França, Aziz Ab Saber, Isaac Nicolau Salum, Milton Santos, Carlos Franchi e Fernando Novais esboçam, ao lado de outros de igual mérito, o contorno de uma geração que deu vida à sementeira dos mestres fundadores. Foram eles que definiram o paradigma de qualidade acadêmica observada pela FFLCH na formação de pesquisadores, referencial que tem balizado, ao longo do tempo, um processo cujas qualidade e escala têm merecido reconhecimento nacional e internacional.

Quanto à magnitude da produção humanística e científica gerada por esta unidade, os números podem dar uma idéia da escala da herança pela qual somos responsáveis, cuja dimensão ganha um primeiro contorno com o número dos estudos de formato estritamente acadêmico, caso das teses de doutorado, que entre a primeira defesa em 1942 e as defesas de 2000, supera o número de 2660, subtotal ao qual se somam, desde 1965, mais de três mil dissertações de mestrado.

Tabela 1: Dissertações e Teses do Acervo do Centro de Apoio à Pesquisa Histórica por Departamento (*)

(1942-2000)

Departamento Mestrado Doutorado Livre-Docência

Antropologia 146 138 06 Ciência Política 123 111 13 Filosofia 221 176 17 Geografia 511 330 25 História 572 683 44 Letras Clássicas e Vernáculas 416 316 36 Letras Modernas 336 168 24 Letras Orientais 45 6 13 Lingüística 201 217 12 Sociologia 305 327 25 Teoria Literária e Lit. Comparada 113 134 12 MAE 70 32 1

Totais 3059 2638 228 Fonte: CAPH/Vice-Diretoria FFLCH

A escala dos números sugere que a FFLCH da USP tem a feição de uma grande oficina de pesquisa, impressão reforçada pelas informações armazenadas no Banco de Dados de Pesquisa da unidade, cujos registros revelam que os 337 docentes/pesquisadores da escola estão envolvidos em 867 projetos em pleno desenvolvimento, total que reúne

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2039 pesquisadores de variada titulação, aos quais se somam, posto tratarem-se de pesquisas em andamento, os 1709 mestrados e 1419 doutorados orientados pelos mesmos docentes/pesquisadores (cf. Tabelas 2). Outra dimensão importante da pesquisa na FFLCH diz respeito às orientações de iniciação científica. Só no Programa PIBIC USP/CNPq, a cota da Faculdade tem sido, com pequena variação, de 107 bolsas anuais.

Tabela 2: Pesquisas por Departamento (2001)

Departamento

Pesquisas de Docentes (em andamento)

Pesquisas de Pós-Graduação (concluídas e

em andamento)

N° de

pesquisa Pesquisadores

envolvidos Mestrado Doutorado

Antropologia * 48 138 116 108 Ciência Política 38 85 89 77 Filosofia 65 103 116 128 Geografia 66 144 214 195 História 117 325 265 358 Letras Clássicas e Vernáculas 197 468 307 186 Letras Modernas 151 373 270 103 Letras Orientais 49 78 73 25 Lingüística 52 151 97 80 Sociologia 51 114 88 122 Teoria Literária e Lit. Comparada 33 60 74 37 Totais 867 2039 1709 1419 Fonte: Banco de Dados da CPq * inclui MAE

Essas pesquisas estão alocadas nos 11 departamentos que compõem a escola, mas

também encontram abrigo nos 12 laboratórios e 17 centros de pesquisa que lhes são anexos (cf. Tabela 3).

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Tabela 3: Laboratórios e Centros de pesquisa na FFLCH por Departamento (2001)

Departamento Laboratórios (n°)

Centros de Pesquisa

(n°)

Centros Interdepar-tamentais

Totais

Antropologia 01 03 04 Ciência Política 02 02 Filosofia Geografia 08 01 09 História 02 02 Letras Clássicas e Vernáculas 02 02 Letras Modernas 01 01 02 Letras Orientais 01 03 04 Lingüística 01 01 Sociologia 02 02 Teoria Literária e Lit. Comparada 01 01 Totais 12 17 07 36 Fonte: CPq (Publicações FFLCH)

A FFLCH também é responsável pela criação de canais de divulgação do conhecimento produzido no país, nas áreas em que atua: seus professores/pesquisadores são editores responsáveis por 54 periódicos.

Quanto à qualidade do que já foi feito ou do que hoje está em plena produção, é fácil perceber que qualquer tentativa de descrição envolve dificuldades de narrativa e demonstração superiores ao que é cabível numa apresentação de caráter informativo.

A seguir, encontram-se arrolados um breve histórico de cada Departamento e um perfil da pesquisa desenvolvida em seu âmbito.

Prof. Dr. Sedi Hirano

Diretor

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Perfil do Departamento de Antropologia A Antropologia Social da Universidade de São Paulo iniciou suas atividades em 1972,

no mestrado e no doutorado. No entanto, a produção de mestres e doutores em Antropologia, em nossa Universidade, é muito anterior à criação do próprio Programa. Na verdade, as duas primeiras teses defendidas em Antropologia na Universidade de São Paulo, de Egon Schaden e de Lavínia Costa Villela, datam de 1945. Em 1984, com o desdobramento dos departamentos de Sociologia, Ciência Política e Antropologia, nosso Programa passou a ser designado Antropologia Social. Ao longo desses quinze anos, o Programa produziu mais de 200 trabalhos entre teses de doutorado e dissertações de mestrado acadêmico, tendo contribuído, como poucos programas no país, para a formação de antropólogos, pesquisadores e docentes atuantes nos principais centros de ensino e pesquisa de Antropologia do Brasil e da América Latina.

Herdeiro de uma tradição de pesquisas que se desenvolve na Universidade de São Paulo desde os anos trinta, para a qual contribuíram expoentes como Claude Lévi-Strauss, Roger Bastide e Emilio Willems, o Programa consolidou um perfil que tem procurado garantir não só uma sólida formação teórica na disciplina, como incentivado o desenvolvimento de pesquisas em praticamente todas as áreas da Antropologia e de suas fronteiras interdisciplinares. Dessa maneira, investigações sobre Etnologia, relações raciais, estudos urbanos e rurais, religião e simbolismo, história da antropologia, etno-história, antropologia brasileira, antropologia médica, jurídica e visual, têm colaborado para o desenvolvimento da Antropologia no Brasil. Além disso, uma série de pesquisas vem explorando interfaces notadamente com a história, lingüística, literatura, teatro, cinema, música, artes visuais, direito e ciências da saúde. Enfim, o Programa tem incentivado o fortalecimento das áreas mais tradicionais, sem o prejuízo da busca de novos horizontes e fronteiras disciplinares.

O Programa conta hoje com vários núcleos e laboratórios de pesquisa consolidados e atuantes, no interior dos quais se dá a integração dos alunos de graduação e de pós-graduação em torno de interesses temáticos e de orientação teórico-metodológicas comuns:

· MARI - Grupo de Educação Indígena. Por meio do Projeto Temático "Antropologia, História e Educação: a questão indígena e a escola" (Fapesp, proc. nº 94/3492-9) o grupo pesquisa caminhos que despertem e desenvolvam a sensibilidade para a diversidade sócio-cultural. Os seminários internos, oficinas e palestras reúnem quinzenalmente os 23 pesquisadores da equipe, entre bacharéis, mestres e doutores. O MARI oferece, na área da Antropologia da Educação, assessorias a organizações governamentais ou não, e cursos de capacitação de professores indígenas e da rede pública em todo o país.

· GRAVI - Grupo de Antropologia Visual, Coordenado pela professora Sylvia Caiuby Novaes. O grupo reúne, semanalmente, pesquisadores em nível de Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado, com o objetivo de discutir questões teóricas e metodológicas a respeito da imagem e de seu uso nas pesquisas pelas Ciências Sociais. Recentemente passou a contar com o apoio da FAPESP, através do Projeto Temático “Imagem em Foco nas Ciências Sociais”.

· NAU - Núcleo de Antropologia Urbana. Formado em 1988 pelo professor José Guilherme Cantor Magnani, este núcleo dedica-se a reflexões teóricas e metodológicas voltadas ao estudo de temas característicos da sociedade urbano-industrial contemporânea, tendo realizado sessões quinzenais ao longo do ano de 2000. O grupo reúne 17 participantes entre doutores, mestres e graduandos, sendo que vários contam com bolsa de pesquisa de diferentes agências de fomento.

· NHII - Núcleo de História Indígena e do Indigenismo, coordenado pela Profa. Dominique Tilkin Gallois. Este grupo, atualmente, focaliza as sociedades indígenas do ponto de vista de suas fronteiras. Organiza encontros e seminários mensais e prepara, para 2003,

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publicações e dossiês. O grupo conta com 20 membros entre doutores, mestres e graduandos, boa parte deles com suas pesquisas financiadas.

· ETNO-HISTÓRIA - O grupo, coordenado pela professora Lilia Katri Moritz Schwarcz, congrega pesquisadores que atuam na região de fronteira entre Antropologia e História. Realiza reuniões mensais, quando debate investigações em curso sobre a temática. Possui 15 participantes entre doutores, mestres e graduandos, sendo que vários contam com bolsas CAPES, CNPq e FAPESP.

. LISA - Laboratório de Imagem e Som em Antropologia. O LISA é um centro de pesquisa e documentação em Antropologia Visual e Etnomusicologia. Além da pesquisa, documentação e formação de acervo nestas áreas, procura-se viabilizar a produção de documentos como resultado de projetos de pesquisa.

. NUAAD - O Núcleo de Antropologia da África e Afro-Descendentes, coordenado pelos professores Carlos Henrique Moreira Serrano e Kabengele Munanga, dedica-se ao estudo de processos etno-históricos na África pré e pós-colonial e das transformações culturais nos Estados africanos. Dedica-se também ao estudo da cultura afro-descendente e da construção de suas identidades na sociedade brasileira. O núcleo congrega 17 participantes entre doutores, pós-graduandos e alunos de iniciação científica, boa parte deles com suas pesquisas financiadas.

. MISSÕES - O Projeto Temático “Missionários Cristãos na Amazônia Brasileira: um estudo de mediação cultural”, coordenado pela Profa. Paula Montero, reúne quatro doutores e quatro doutorandos.

. GAIA - O Grupo de Antropologia Rural, coordenado pela Profa. Margarida Maria Moura, possui 9 participantes entre doutorandos, mestrandos e graduandos, sendo que vários contam com projetos financiados pela CAPES, CNPq e FAPESP. Reúne-se quinzenalmente para duas atividades: 1) debate de um texto de antropologia clássica, e 2) debate de um projeto ou pesquisa em andamento, contemporâneos.

. NAPEDRA - Núcleo de Antropologia Performance e Drama, coordenado pelo Prof. John Cowart Dawsey. Este grupo promove encontros, seminários e atividades quinzenais sobre questões teóricas e metodológicas da antropologia da performance, do drama e da narrativa. O núcleo reúne 17 participantes entre doutores, mestres e graduandos, vários deles com pesquisas financiadas.

. SOMA - O Grupo de Estudos de Som e Música em Antropologia, dirigido pelo Prof. Tiago de Oliveira Pinto, dedica-se a estudos de etnomusicologia. O grupo, que congrega doutores, mestres e graduandos, vários dos quais com pesquisas financiadas, promove encontros mensais.

. VOAR - Seminário permanente de etnologia indígena do Departamento de Antropologia/ FFLCH-USP, promovendo encontros quinzenalmente entre cerca de 35 alunos de pós-graduação e de iniciação científica, com a participação de docentes que orientam pesquisas nesta área (Beatriz Perrone-Moisés, Dominique Gallois, Lux Vidal, Márcio Ferreira da Silva, Sylvia Caiuby Novaes).

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Perfil do Departamento de Ciência Política

As atividades de pesquisa e docência do Departamento de Ciência Política giraram em torno dos três grandes campos de interesse – Teoria Política, Política Brasileira e Comparada e Política Internacional – que abrigam as linhas de pesquisa nas quais atuam seus docentes. Dois desses campos estão organizados em áreas temáticas de docência e pesquisa.

A primeira, Teoria Política, é a área onde o Departamento recolhe uma tradição de trabalho de mais de 40 anos. Tradicionalmente, esta linha de pesquisa deu ênfase ao pensamento político moderno. Nos últimos anos, a teoria política contemporânea tornou-se objeto privilegiado de atenção, especialmente, algumas das correntes que se situam na fronteira da disciplina, como as teorias da justiça e da ação comunicativa.

A segunda grande área é a dos estudos sobre política brasileira e política comparada. Ela concentra as pesquisas voltadas à análise de instituições, comportamentos e processos que caracterizam a política brasileira contemporânea. A grande questão que unifica indagações em uma moldura comparativa de forma a contrastar a experiência brasileira com a de outros países igualmente confrontados com os dilemas da democratização, mudança econômica, reforma do Estado e extensão dos direitos da cidadania.

Finalmente, docentes do Departamento têm oferecido cursos e desenvolvido pesquisa sobre política internacional e em conseqüência da recente criação do curso interdepartamental de Relações Internacionais, que encontra-se em fase de estruturação, constituindo uma das principais prioridades do Departamento de Ciência Política.

Durante o período de 1999-2001, foi intensa a atividade de pesquisa dos membros do Departamento. Ela redundou em ativa participação em congressos nacionais e internacionais, em livros e artigos publicados em revistas acadêmicas nacionais e internacionais. Tivemos a satisfação de ter o prêmio Woodrow Wilson Foundation de melhor livro publicado nos Estados Unidos, no ano de 2000, sobre Governo, Política ou Assuntos Internacionais, conferido ao Prof. Fernando Limongi (autor, juntamente com os Profs. Adam Przeworski, José A. Cheibub e Michael Alvarez) pelo livro Democracy and Development: Political Institutions and well-being in the world, 1950-1990.

Além de seu corpo docente permanente, o Departamento contou com a participação na pós-graduação dos professores visitantes: Peter Smith, da Universidade da Califórnia (2º/1999); Wanderley Guilherme dos Santos, do IUPERJ (1º/2000); Renato Lessa, do IUPERJ, Celina Souza, da Universidade Federal da Bahia e Jessé José Freire de Souza, da Universidade de Brasília (1º/2001), Luiz Carlos Bresser Pereira, da Fundação Getúlio Vargas e Teresa Caldeira, da Columbia University (2º/2001). O Departamento deu continuidade aos dois seminários permanentes - de teoria política e de política brasileira e política comparada – os quais foram apresentados resultados de pesquisa de professores e doutorandos. O ciclo de seminários mensais com convidados de outras instituições acadêmicas, institutos de opinião pública e do mundo político, serviu para realimentar o debate sobre temas importantes da agenda nacional.

No período, o Departamento ofereceu 4 disciplinas obrigatórias e cerca de 10 disciplinas optativas na graduação de Ciências Sociais e 17 disciplinas na pós-graduação em Ciência Política, por ano. Também, foram defendidas 45 dissertações de mestrado e 25 teses de doutorado.

O Departamento, por indicação da Pró-Reitoria de Graduação, participou e coordenou o grupo de trabalho interdepartamental que elaborou a proposta de Bacharelado em Relações Internacionais. Aprovado Conselho Universitário em 2001, foi o quarto curso mais

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procurado da USP no vestibular de 2002. Assim, a partir de agora, o Departamento de Ciência Política atuará em dois cursos de graduação.

No que diz respeito ao intercâmbio acadêmico, vale frisar o acordo, sob nossa coordenação, estabelecido com as Universidades de Notre Dame, Harvard e Pontíficia Universidade Católica do Rio de Janeiro, no âmbito do Programa Capes-Fipse. Ele prevê, até 2004, o intercâmbio de 22 estudantes de graduação e pós-graduação em torno do projeto “Construindo Capacidade para o Desenvolvimento Social: Formando Empreendedores Sociais para a Nova Economia”. O Departamento tem, também, a coordenação do Programa Eleanor Roosevelt de Estudos sobre os Estados Unidos, iniciativa interdepartamental, cujo objetivo é estimular a formação de especialistas em temas relacionados à sociedade, à economia, à política e às expressões culturais dos Estados Unidos da América. Finalmente, continua em curso o acordo de cooperação com o Instituto Ortega y Gasset de Madri, que tem permitido a participação anual de professores do Departamento no Programa de Doutorado em América Latina oferecido por aquela instituição.

Apesar das dificuldades enfrentadas pela Universidade, foram contratados os Professores Leandro Piquet Carneiro (em 2000), Eduardo Cesar Marques e Rafael Antonio Duarte Villa (ambos em 2002). Por tudo isso, o balanço do período foi positivo.

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Perfil do Departamento de Filosofia O desenvolvimento institucional da área de Filosofia na USP se caracteriza por um

esforço de continuidade, no sentido de preservar características essenciais da docência e da pesquisa, e, ao mesmo tempo, uma ampliação e um aperfeiçoamento da organização institucional e da sistemática de trabalho, que incorporou as solicitações teórico-culturais surgidas no decorrer da nossa história, mantendo sempre, no entanto, um horizonte marcado pela fidelidade a determinadas concepções de pesquisa universitária, de formação de quadros e do papel da própria Filosofia no mundo contemporâneo. O primeiro período, que vai da fundação em 1934 até cerca de 1957, corresponde à época das Missões Francesas, isto é, de professores franceses que para aqui vieram com a tarefa específica de criar e constituir as diretrizes básicas do curso, bem como formar os futuros docentes. A segunda fase, que colocaríamos entre 1958 e 1968, corresponde à consolidação do estilo de trabalho que conferiu ao Departamento o seu caráter específico no panorama filosófico-universitário do país. Sob a influência, a um tempo diversificada e confluente, de Granger, de Guéroult, de Goldschmidt, estabeleceram-se padrões técnicos e críticos de trabalho filosófico e de estruturação acadêmica favorecidos pela postura politicamente aberta dos então catedráticos João Cruz Costa e Lívio Teixeira. A terceira fase inicia-se com a crise política de 68, quando sobrevieram as cassações que puseram em risco a própria sobrevivência do curso.

No Departamento de Filosofia da USP, como de resto em vários outros setores da Universidade e da vida cultural brasileira, as conseqüências do Ato Institucional nº 5 romperam de modo violento a continuidade do trabalho intelectual, provocando retardamentos e desvios em todos os projetos que se vinham desenvolvendo, o que contribuiu sobremaneira para enfraquecer a nitidez do perfil de um núcleo universitário que atingia então a sua maturidade. O esforço de reorganização necessário para retomar o curso do projeto filosófico uspiano teve de enfrentar não apenas os obstáculos derivados da situação política nacional, como também as condições adversas de uma reforma universitária deliberadamente concebida em termos de fragmentação do trabalho intelectual e implantada com o propósito de submergir as finalidades da reflexão crítico-humanista na prolixidade dos procedimentos formais e burocráticos de uma escolaridade restrita. Na tentativa de superar estas dificuldades e manter a integridade de uma atividade de pesquisa filosófica, que guardasse fidelidade aos princípios que nortearam a concepção do compromisso cultural característico da nossa tradição, o Departamento de Filosofia buscou formas de organização da pesquisa que se enquadrassem no contexto institucional e, ao mesmo tempo, preservassem tanto quanto possível a especificidade do trabalho em Filosofia. A principal preocupação foi criar uma estrutura que abrigasse a diversidade dos projetos correspondentes às diferentes sub-áreas, conservando a unidade da inspiração metodológica e formativa, de modo a tornar possível a convergência da pluralidade para um só estilo. Isto vem sendo conseguido através do agrupamento de projetos em quatro grandes linhas de pesquisa: a) História da Filosofia, b) Ética, Filosofia Política e Teoria das Ciências Humanas, c) Estética, Filosofia da Arte e d) Lógica, Filosofia da Ciência e Teoria do Conhecimento. Uma descrição mais detalhada das atividades de pesquisa no Departamento de Filosofia da USP permitiria mostrar, em primeiro lugar, a diversidade temática e a pluralidade de orientações que caracterizam atualmente os estudos filosóficos nesta Universidade. No entanto, o exame histórico da progressiva ampliação temática, que ocorreu ao longo destes 60 anos de existência da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, permite observar também que o aumento e diversificação das pesquisas aconteceram de modo a ensejar sempre uma relação harmoniosa entre o ideário original da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras - no que se refere às características básicas

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do perfil acadêmico - e a necessária incorporação de novas perspectivas e mesmo de outras tradições.

Devemos ressaltar também o aporte do Departamento de Filosofia à construção de uma bibliografia filosófica em língua portuguesa através de uma intensa atividade de tradução, que se vem desenvolvendo praticamente sem interrupções desde o início dos anos 60. Um dos marcos iniciais desta contribuição foi a tradução de obras escolhidas de Descartes para a Difusão Européia do Livro (reeditada depois várias vezes na Coleção Pensadores, inicialmente pela Editora Abril e posteriormente pela Nova Cultural), feita por Bento Prado Júnior e Jacó Guinsburgh, com introdução de Gilles-Gaston Granger e notas de Gérard Lebrun. Muitas outras traduções se seguiram a esta, num esforço constante de construção e aprimoramento do léxico filosófico em português. Tais trabalhos mantêm relação estreita com a pesquisa, já que não se trata apenas de simples versões com finalidade de divulgação, mas de ensaios de interpretação que supõem profundo conhecimento não só dos idiomas originais, como também do conteúdo filosófico das obras traduzidas. Neste sentido, os trabalhos de Rubens Rodrigues Torres Filho, justamente celebrados como modelos da espécie, representam de modo excepcional esta confluência da competência teórico filosófica (em Filosofia Alemã, no caso) com o aporte cultural enriquecedor das possibilidades especulativas da língua portuguesa.

A última década foi marcada por um extraordinário crescimento da Pós-graduação. O aumento da demanda qualificada e um aprimoramento sistemático das atividades são fatores que propiciaram um significativo aumento de dissertações e teses de boa qualidade nos diferentes setores que compõem a área de concentração. Tivemos assim uma diversificação e um incremento qualitativo que têm contribuído para que o Programa se mantenha na excelência que tradicionalmente o caracteriza. Em parte, esse avanço tem como causa a implementação de um Programa de Iniciação Científica que envolve todo o Departamento e cujo mérito tem sido o de uma preparação adequada do futuro pesquisador já na graduação, o que enseja melhores condições de ingresso e de desempenho de mestrandos e doutorandos. Há que acentuar também que a organização de Grupos de Pesquisa tem permitido a agregação dos estudantes de graduação e de pós-graduação num ambiente de elevado estímulo à pesquisa, o que é demonstrado principalmente pelo volume e qualidade dos trabalhos desses grupos, todos com inserção internacional e intercâmbio constante com os centros de excelência europeus e norte-americanos. A preocupação atual é com a implantação efetiva e sistemática do Pós-doutorado, como forma de oferecer oportunidades de continuidade e aprimoramento da pesquisa na área de Filosofia. O bom resultado obtido nas iniciativas já tomadas, nesse sentido, encoraja-nos a organizar esse tipo de atividade de acordo com o equilíbrio entre exigências formais e as condições reais afetas à realização das mais altas expectativas, quanto ao trabalho intelectual em Filosofia.

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Perfil do Departamento de Geografia O Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

da USP tem sua origem no ano de 1934, na antiga sub-secção de Geografia e História da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Naquele ano, o primeiro ensino universitário de Geografia foi inaugurado com a cátedra de Geografia, sob responsabilidade do Prof. Pierre Deffontaines, que veio especialmente da França para ocupá-la. Em 1935, a cátedra passou para a responsabilidade do Prof. Pierre Monbeig.

Em 1939, a cátedra Geografia foi desdobrada em duas: Geografia Humana e Geografia Física. A primeira foi ocupada pelo Prof. Pierre Monbeig até o ano de 1946, quando foi substituído pelo Prof. Ary França. A segunda ficou sob a responsabilidade do Prof. João Dias da Silveira. Em 1942, às duas existentes somou-se a cátedra de Geografia do Brasil, ocupada pelo Prof. Aroldo Edgar de Azevedo. No dia 4 de junho de 1946, foi criado o Departamento de Geografia no interior da então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Já em 1956, por força de lei federal, o curso de Geografia foi desmembrado do curso de História, passando ao Departamento a função principal de formação em Geografia.

Em 1944, ocorreu a primeira defesa de doutorado no departamento. A partir de 1972, o Departamento conta com dois cursos de Pós-Graduação com mestrado e doutorado, um de Geografia Humana e outro de Geografia Física.

Na atualidade, o departamento conta com 40 professores (5 titulares, 7 associados, 27 doutores, 1 mestre e um auxiliar de ensino), 817 alunos de graduação e 276 alunos de Pós-Graduação.

O curso de graduação (Bacharelado e Licenciatura) visa: 1) garantir ao aluno a possibilidade de uma formação adequada tanto às suas aspirações voltadas à pesquisa, quanto àquelas exigidas para sua formação profissional e demanda de mercado de trabalho. Para tanto, o currículo conta com um rol de disciplinas profissionalizantes e instrumentação em informática. 2) Oferecer aos alunos um módulo fundamental, que garanta aos mesmos a formação mínima necessária para quem pretende seguir tanto a carreira do magistério, como a pesquisa. 3) Oferecer uma maior elasticidade na escolha de disciplinas optativas na orientação de sua profissionalização. 4) Garantir o último ano do curso para que o aluno possa se dedicar às disciplinas metodológicas e elaborar sua pesquisa para a realização do TGI (Trabalho de Graduação Individual).

O curso de Pós-Graduação (Geografia Física e Geografia Humana) até 2001, diplomou um total de 370 mestres e 407 doutores. Possui as seguintes áreas temáticas de pesquisa: 1 - Metodologia em Geografia; 2 - Geopolítica, Planejamento e Gestão do Território; 3 - Sociedade, Espaço e Território; 4 - Espaço: Imagens e Representações Gráficas; 5 - Ensino da Geografia; 6 - Formas Materiais e Processos na Zona Tropical Úmida; 7 - Climatologia Tropical; e 8 - Paisagem e Ambiente.

O departamento conta com cinco revistas - GEOGRAFIA - Revista do Departamento; ORIENTAÇÃO, GEOUSP, EXPERIMENTAL E PAISAGENS, e com nove laboratórios de pesquisa: Climatologia e Biogeografia, Geografia Política e Planejamento Territorial e Ambiental, Geografia Agrária, Geografia Urbana, Geomorfologia, Pedologia, Cartografia, Aerofotogeografia e Sensoriamento Remoto e Ensino e Material Didático.

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Perfil do Departamento de História

A pesquisa no Departamento de História teve início no final da década de 1930, com o

primeiro doutorado defendido em 1942, e desde então tem-se desenvolvido em escala e qualidade, graças ao trabalho de gerações de mestres pesquisadores, cuja obra estabeleceu o padrão de excelência que tem sido observado até hoje. Sérgio Buarque de Holanda, Emilia Viotti da Costa, Eduardo d'Oliveira França, Joaquim Barradas de Carvalho, Fernando A. Novais, Maria Odila da Silva Dias, Maria Luiza Marcílio foram os que, entre outros, definiram algumas das rotas que as gerações subseqüentes ampliaram e enriqueceram.

Nos dias atuais, a gama de linhas de pesquisas desenvolvidas pelo corpo de docentes e pesquisadores do Departamento envolve uma abrangência de temas e problemas de enorme complexidade. Esse conjunto de linhas de pesquisa, cuja definição ocorreu em 1996, reúne pesquisadores e grupos de pesquisa trabalhando a partir de diferentes concepções, sempre articulando a riqueza de trabalhos individuais com processos coletivos de investigação e de confrontação de resultados. Em termos genéricos, são duas as grandes áreas de agregação de pesquisadores: as de História Social e de História Econômica, cada uma delas abrigando um número variável de linhas de pesquisa.

No caso da História Social, ela desdobra-se nas seguintes linhas de pesquisa: História da Cultura, cujas sub-linhas são História da Arte e História da Cultura Material; História das Populações, Famílias e Relações de Gênero, cujo objetivo é desenvolver pesquisas relacionadas ao estudo das populações no passado; Análise Historiográfica e Documentação, que agrega, por um lado, os estudiosos das diversas dimensões da produção historiográfica e, por outro, os da problemática da constituição de corpus documentais e da exploração sistemática de documentos ou conjuntos de documentos. Finalmente, as linhas de pesquisa História dos Movimentos e das Relações Sociais e História das Representações Políticas, integradas por projetos centrados na busca da compreensão das estruturas políticas e mentais que balizam as ações humanas coletivas. No caso de História Econômica, as linhas de pesquisa em desenvolvimento são: Economia e Escravidão, lidando com o escravismo antigo e moderno; História agrária, analisando processos de produção da ocupação e distribuição fundiária em seus aspectos sócio-econômicos; História Econômica Contemporânea, centrada no estudo dos séculos XIX e XX com ênfase na história das sociedades americanas; História Econômica da Época Moderna, articulando pesquisas sobre a expansão colonial européia e, finalmente, História Econômica do Brasil que agrega as pesquisas sobre a constituição da força produtiva no País, com ênfase na dinâmica da inserção capitalista e das características populacionais desse processo.

Atividades de pesquisa são desenvolvidas, também, nos Centros e Laboratórios que têm conexos com o Departamento, casos do CEDHAL (Centro de Estudos de Demografia Histórica da América Latina) e do NEHO (Núcleo de Estudos de História Oral), destacando que o Departamento tem no CAPH (Centro de Apoio à Pesquisa em História "Sérgio Buarque de Holanda") o seu grande laboratório dotado de recursos técnicos e tecnológicos atualizados, além de ser o depositário do acervo de dissertações e teses defendidas na Faculdade desde a sua origem.

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Perfil do Departamento de Lingüística

Em 1962, um Parecer do Conselho Federal de Educação introduz a disciplina Lingüística nos currículos de Letras. Em 1970, cria-se o Departamento de Lingüística e Línguas Orientais. Em 1986, é criado o Departamento de Lingüística. O Programa de Pós-graduação em Lingüística data de 1968. Deve-se considerar, no entanto, que o Curso de Lingüística tem uma longa trajetória na USP, pois já em 1940 cria-se, por iniciativa do Professor Theodoro Henrique Maurer Junior, a cadeira de Lingüística Indo-européia. Portanto, em suas origens, os estudos lingüísticos na Universidade de São Paulo estão voltados para a pesquisa dos processos históricos de formação das línguas naturais. Os iniciadores dos estudos lingüísticos na USP, Theodoro Henrique Maurer Junior e Isaac Nicolau Salum, desenvolveram notáveis estudos sobre o latim vulgar e a formação das línguas românicas.

O Departamento de Lingüística foi, aos poucos, ampliando o âmbito de seus estudos, com novas questões propostas pela Lingüística atual, que é o ramo do conhecimento que se destina a estudar a linguagem humana em todos os seus aspectos: o sistema lingüístico, a competência lingüística do falante, o uso lingüístico, a variação lingüística em função de fatores sociais, regionais, situacionais e etários, a mudança lingüística ao longo da história, as patologias lingüísticas, como, por exemplo, a perda da capacidade de linguagem, a aquisição da linguagem, etc.

O Departamento tem, de um lado, compromisso com as pesquisas que se inserem no debate contemporâneo do desenvolvimento da Lingüística; de outro, com a produção de materiais que visam à melhoria do ensino de línguas no Brasil, principalmente na escola pública.

O Departamento de Lingüística realiza, atualmente, suas pesquisas nas seguintes áreas: estuda os procedimentos de produção dos textos verbais e não verbais, considerados tanto objetos lingüísticos como objetos históricos; analisa discursos sociais, para melhor compreender, sob o enfoque das teorias discursivas e textuais, a cultura brasileira; desenvolve estudos sobre a teoria da gramática, analisando, principalmente, fenômenos sintáticos do português, para melhor compreender a configuração de nossa língua; descreve línguas indígenas do Brasil; estuda línguas africanas, para melhor compreender os processos de formação do português do Brasil, dado que essas línguas tiveram influência em nossa língua; analisa o desenvolvimento das idéias lingüísticas no Brasil; estuda os processos de aquisição da linguagem pelas crianças; estuda a constituição e organização do léxico do português, com vistas à produção de dicionários e glossários; pesquisa os sons das línguas; analisa a organização do sentido na linguagem humana; pesquisa os processos de tradução; estuda a interface entre os estudos lingüísticos e os computacionais; pesquisa as questões concernentes às variações social e regional do português, bem como estuda o problema da mudança lingüística.

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Perfil do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas As origens do DLCV situam-se no antigo Departamento de Letras da Faculdade de

Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, fundado em 23 de abril de 1948. Depois de funcionar na Escola Caetano de Campos, na Praça da República, e na Rua Maria Antonia, o curso de Letras foi transferido para o Campus da Cidade Universitária, após a repressão política de 1968.

O DLCV continua a tradição instaurada pelos seus mestres mais antigos, professores cujos compromissos com o ensino e pesquisa foram passados para os que agora estão na ativa. Trata-se de um Departamento heterogêneo, composto por onze áreas: Filologia e Língua Portuguesa, Literatura Portuguesa, Literatura Brasileira, Literatura Infantil e Juvenil, Língua e Literatura Latina, Língua e Literatura Grega, Língua e Literatura Sânscrita, Línguas Indígenas do Brasil, Filologia Românica, Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa e Literaturas Africanas de Língua Portuguesa.

As pesquisas do DLCV estão articuladas em torno de linhas de investigações científicas que convergem para os seus cinco programas de Pós-graduação. Em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, são estudados, em relação aos países de língua portuguesa, as vanguardas literárias, literatura e história, literatura e sociedade, literatura infantil e juvenil, mulher e literatura, relações literárias entre Brasil, Portugal e África. São linhas de pesquisa do programa de Literatura Brasileira: literatura dramática; estética do teatro brasileiro; a poesia, a prosa, a historiografia e crítica literárias no Brasil; a literatura, as demais artes e outras áreas do conhecimento. Em Literatura Portuguesa, os campos de investigação referentes à Literatura de Portugal: poesia; prosa; fundamentos históricos e teóricos da literatura portuguesa; artes do espetáculo. O programa de Letras Clássicas desenvolve pesquisa nos campos do discurso teórico greco-latino; da estrutura da frase grega e latina; da narrativa greco-latina, poesia lírica e teatro greco-latino. São os seguintes os campos de Filologia e Língua Portuguesa: gramática descritiva; morfologia e sintaxe; sociolingüística do português do Brasil; lexicologia e terminologia; fonética e fonologia; pragmática, lingüística histórica; filologia de textos medievais e modernos; lingüística aplicada ao português.

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Perfil do Departamento de Letras Modernas A criação da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras constou do Decreto 6283

de 25/01/1934 de fundação da Universidade de São Paulo e previa a instalação do Curso de Línguas Estrangeiras, composto das cadeiras de Língua e Literatura Francesa, Italiana, Inglesa, Alemã e Espanhola. “Pelo prestígio [...], criando ao redor uma atmosfera de simpático interesse”, como consta do anuário da FFCL, 1934-35, iniciaram suas atividades já no ano de 1935 as Cadeiras de Língua e Literatura Francesa e Italiana. Enquanto o Curso de Italiano nasce sob o signo poético, com o engajamento acadêmico, desde sua fundação e por um período de 6 ou 7 anos, de um dos maiores poetas da Literatura Italiana e do século XX, Giuseppe Ungaretti, a Cadeira de Língua e Literatura Francesa também irá contar, no decorrer de sua história, com a colaboração de renomado intelectual europeu, o sociólogo Roger Bastide, em 1949. Ambos, como exemplos relevantes da universalidade do espírito, representaram um contato vivo e privilegiado entre as culturas européias e brasileiras, deixando nesse convívio iniciante uma marca de fecunda relação, sem predomínios ou dependências.

O estudo das outras línguas passou a ser oferecido, de fato, a partir de 1940, sendo que as cadeiras, então existentes, segundo Decreto 12511 de 21/01/42, foram agregadas nas Letras Neolatinas (Língua e Literatura Francesa, Língua e Literatura Italiana, Língua e Literatura Espanhola e Literatura Hispano-Americana) e Letras Anglo-Germânicas (Língua e Literatura Inglesa e Norte- Americana e Língua e Literatura Alemã).

Com o desmembramento da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, em 1970, quando as ciências exatas se estabeleceram como Institutos autônomos dentro da Universidade, houve a extinção das antigas cadeiras e dos Cursos de Neolatinas e Anglo-Germânicas, e a criação das cinco áreas (alemão, espanhol, francês, inglês e italiano) que compõem, hoje, o Departamento de Letras Modernas da atual Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.

Engendrou-se, assim, um Departamento extremamente complexo, composto de áreas bastante autônomas, cada uma delas representando pequenas unidades que, durante algum tempo, ainda se articularam sob a herança das antigas cadeiras, ou seja, os estudos e pesquisas desenvolviam-se dentro do núcleo das culturas representadas pelas diferentes áreas: alemã, inglesa e norte-americana, francesa, italiana, espanhola e hispano-americana. Só a partir do plano de metas do DLM, proposto em 1992, é que, paralelamente às pesquisas peculiares a cada uma das áreas, estão se desenvolvendo, de forma programática, linhas de pesquisa que pretendem articular os cursos do Departamento no sentido transversal, com temas comuns a todas as áreas: estudo intercultural de literaturas estrangeiras, estudo das línguas estrangeiras na perspectiva intercultural e dos processos de seu ensino/aprendizagem no Brasil, estudos de tradução na interação com as línguas, as literaturas e as novas tecnologias. Essa nova tônica tem o fito específico de integrar as diversas áreas do Departamento e concretizar a principal meta das pesquisas atuais: a interculturalidade e a interdisciplinaridade.

É a partir dessa reforma que se consolidam também os cursos de pós-graduação como os conhecemos hoje em dia, embora já nos anos 40, por inspiração dos professores franceses, tenham sido criados cursos de especialização, que acabaram levando à instalação do Departamento e da Livre-Docência na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras.

Os cursos de Pós-Graduação em Língua e Literatura Alemã, em Língua e Literatura Francesa e em Língua Inglesa e Literaturas Inglesa e Norte-Americana foram credenciados em 1971; a Pós-Graduação em Língua e Literatura Italiana iniciou em 1975; em Literatura Espanhola e Literatura Hispano-Americana em 1978. Dos anos 70 para cá, os programas de

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Pós-Graduação passaram por uma série de reformulações, dentre as quais a inclusão de pesquisas ligadas à Tradução, matéria que passou a integrar o currículo de Letras em 1978, antes como uma modalidade da graduação, depois enquanto curso de especialização e finalmente como curso de pós-graduação Lato Sensu. Hoje, o Departamento de Letras Modernas conta com cinco programas de pós-graduação, todos únicos no gênero em todo o Brasil, em virtude de seu alto grau de especialização.

No que tange às publicações relacionadas diretamente ao Departamento, as áreas empenharam-se em organizar publicações de revistas de cunho científico, oferecendo a seus docentes e à comunidade acadêmica importantes veículos de divulgação de seus trabalhos: Pandaemonium Germanicum, Insieme, Parcours, Tradterm, Cuadernos de Recienvenido, CROP.

A trajetória do DLM representa, como um todo, a procura incessante de caminhos próprios, a partir do reconhecimento de certos limites e dificuldades e tendo por base a convicção de que o contato dentre duas culturas, entre dois mundos, só se torna profícuo quando há uma interação entre eles.

Como se pode depreender da descrição acima, os projetos atuais das áreas, de forma geral, voltam-se para estudos interdisciplinares, que se nos apresentam como campos de pesquisa inéditos, uma vez que os estudiosos estrangeiros teriam maior dificuldade em captar e reconhecer problemas específicos da nossa língua e do nosso contexto cultural. Fica, então, nas mãos dos estudiosos de línguas e literaturas estrangeiras no Brasil a tarefa de reprogramar seu campo de pesquisa dentro do espaço fascinante e fértil dos estudos interdisciplinares e enfoques comparados, desenvolvendo pontos comuns a partir das diferenças, estudando a outra cultura em contraposição ao nosso mundo e como extensão daquilo que nos é próprio.

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Perfil do Departamento de Letras Orientais O Departamento de Letras Orientais nasceu como Seção de Estudos Orientais, no

Departamento de História da então Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, em 1963, congregando as áreas de Árabe, Armênio, Hebraico, Japonês e Russo. Com a reforma universitária de 1970, a Seção passa a integrar o Departamento de Lingüística e Línguas Orientais, juntamente com Lingüística, Teoria Literária e Literatura Comparada, Tupi e Toponímia, além das áreas de Chinês e Sânscrito (criadas em 1968). Em 1986, esse Departamento passou a se denominar Departamento de Línguas Orientais (atual Departamento de Letras Orientais) com os bacharelados em Árabe, Armênio, Chinês, Hebraico, Japonês e Russo. Em 1989, foi criado o programa de Pós-Graduação em Língua Hebraica, Literatura e Cultura Judaica, seguido da criação, em 1993, dos Programas de Literatura e Cultura Russa e de Língua, Literatura e Cultura Árabe, e finalmente, em 1995, do Programa de Língua, Literatura e Cultura Japonesa.

No decorrer de sua existência, o Departamento de Letras Orientais teve ocasião de promover a realização de vários congressos nacionais e internacionais, cursos de difusão cultural e de especialização, bem como a publicação anual da Revista de Estudos Orientais.

Integram o quadro docente do Departamento estudiosos e pesquisadores que contribuem para a divulgação de materiais e a reflexão crítica relativas a suas áreas de conhecimento. Merecem destaque ex-integrantes do Departamento, como os professores Boris Chnaiderman e Aurora Fornoni Bernardini, tradutores e pesquisadores de literatura russa e estudiosos de teoria literária e literatura comparada; Teiiti Suzuki estudioso da cultura e das artes japonesas; Jaffa Rifka Berezin, dicionarista e lingüista na área de hebraico, além de outros eminentes estudiosos que, mesmo aposentados, continuam a contribuir na formação de novos especialistas no âmbito da Pós-Graduação (Mestres e Doutores).

Para integrar e atualizar o trabalho das diversas áreas do Departamento, são desenvolvidos projetos nas seguintes linhas de pesquisa: estudos das línguas orientais na perspectiva intercultural e dos processos de seu ensino/aprendizagem no Brasil; estudo das literaturas orientais numa perspectiva pluricultural; semiótica das culturas orientais: inserção, decodificação e tradução.

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Perfil do Departamento de Sociologia APRESENTAÇÃO DO CURSO

O Departamento de Sociologia, herdeiro de uma das mais sólidas e bem sucedidas experiências de consolidação e de institucionalização de uma disciplina científica no Brasil, levada a efeitos por mestres como Roger Bastide, Florestan Fernandes, Rui Coelho, Azis Simão, Octávio Ianni, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Pereira e Maria Isaura Pereira de Queiroz, entre outros, reafirma os seguintes pressupostos:

Em primeiro lugar, o esforço por desenvolver no estudante de Ciências Sociais uma sorte de sensibilidade intelectual à qual Wright Mills nomeou de imaginação sociológica. Esta sensibilidade intelectual permite ao aluno da USP identificar os problemas sociais da sociedade moderna e a contemporaneidade complexa da sociedade brasileira.

Em segundo lugar, o esforço por orientá-lo no sentido de traduzir problemas sociais em problemas de investigação científica; vale dizer, em ensiná-lo a transitar do domínio da percepção elaborada para o da reflexão analítico-crítica. Este propósito vem sendo cumprido pela Sociologia através do aprendizado metódico e disciplinado das teorias clássicas e contemporâneas, encarnadas em autores, obras, idéias, sistemas de pensamento, problemas e questões. Na prática, este esforço tem contribuído para o desenvolvimento do espírito crítico, fomentado pelo exame comparativo das diferentes teorias, pelas análises dos argumentos empregados por distintos pensadores, pela percepção reflexiva dos alcances, limites, impasses, paradoxos, dilemas que se encontram subjacentes aos diferentes modelos de explicação sociológica.

Em terceiro lugar, o esforço por manter a indissolúvel ligação entre teoria e pesquisa. Por um lado, o próprio trabalho do pensamento sobre o pensamento, com suas múltiplas visitas e reencontros com os textos, é, em si mesmo, um trabalho de investigação que requer a observância de rígidos procedimentos e regras quanto à exegese e à compreensão de idéias, entre as quais, a investigação a respeito de suas origens, de suas filiações aos sistemas de pensamento, do diálogo entre escolas, autores e obras, do intercâmbio entre história, acontecimento e o mundo das representações simbólicas. Por outro lado, o esforço por introduzir o estudante de Ciências Sociais da USP no universo da pesquisa empírica.

Este esforço requer, ao lado do aprendizado teórico, o aprendizado dos métodos e técnicas que são próprios a estas ciências, em particular, à Sociologia. Desde já, cabe notar que a tradição, no interior do Departamento de Sociologia, tem sido a de evitar a partilha entre métodos e técnicas, como se fossem duas áreas autônomas e independentes entre si. Daí, porque nossa tradição tem conferido maior ênfase ao estudo e aprendizado dos métodos em relação às técnicas. Sob esta perspectiva, o aprendizado e manejo das técnicas têm sido, em parte, concebida como questão instrumental atrelada à questão do método.

Estes pressupostos resultam nas seguintes diretrizes básicas, que orientam o Projeto Acadêmico do Departamento de Sociologia. PERFIL DESEJADO DO FORMANDO

Espera-se que o cientista e/ou profissional em Ciências Sociais, disponha de formação teórica e de pesquisa que o habilite a: • Desenvolver a capacidade analítico-crítica; • Ter domínio das principais correntes de pensamento, das principais obras e autores que construíram as

Ciências Sociais, em especial a Sociologia, desde a segunda metade do século XIX até à atualidade;

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• Ter o domínio dos principais conceitos através dos quais os problemas sociais da sociedade moderna foram identificados e analisados;

• Ser capaz de identificar os problemas (dilemas, paradoxos, impasses) da sociedade contemporânea, bem como participar criticamente do debate intelectual e científico que lhes são subjacentes;

• Ser capaz de articular essa reflexão teórico-crítica em termos da formulação de problemas de investigação científica.

LINHAS DE PESQUISA

São as seguintes linhas de pesquisa em que atualmente estão trabalhando os professores do Departamento de Sociologia e orientadores da Pós-Graduação: • A metrópole e suas transformações • Campesinato e questão agrária • Cidade e cidadania, formas de vida e de participação • Estudos afro-brasileiros e relações raciais • Estudos da diferença • Estudos sobre a violência e instituições jurídicas • Estudos sobre as sociedades latino-americanas • Instituições religiosas e religiosidade popular • Metodologia e epistemologia das Ciências Sociais • Processos de trabalho e práticas dos trabalhadores • Relações sociais de gênero • Religião e política • Sociedade capitalista e classes sociais • Sociologia da África Negra • Sociologia da arte • Sociologia da cultura • Sociologia da educação • Sociologia das relações internacionais • Sociologia dos processos políticos e das instituições públicas • Tempo, história e a questão do imaginário • Teoria sociológica IV- COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DESEJADAS NO SOCIÓLOGO FORMADO

Os requisitos acima definidos são essenciais para formação do cientista social como profissional polivalente, capaz de inserção em diferentes campos de ação: ensino, pesquisa, planejamento, consultoria e assessoria (à mídia: impressa e eletrônica; aos movimentos sociais, às organizações não governamentais - ONGs, às empresas privadas e públicas, aos partidos políticos, às associações profissionais; à formulação de políticas públicas, além de assessoria legislativa e a órgãos normativos).

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Perfil do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada

A área de pesquisa em Teoria Literária e Literatura Comparada, criada nos anos 60 por Antonio Candido, caracteriza-se, desde o início, pelo empenho em examinar a obra literária em suas relações com a sociedade, todas as manifestações da literatura brasileira em seu complexo processo de formação histórica, sempre direta ou indiretamente numa perspectiva comparativista, e as teorias críticas importadas, atendendo ao imperativo da atualização e da apropriação madura ou distanciada.

Procurando preservar o espírito, que animava seu fundador, a área continua privilegiando em suas linhas de pesquisa aqueles enfoques da literatura e da teoria, que levem em conta a perspectiva de compreensão do papel crítico que a arte pode e deve desempenhar em seu momento histórico, de modo a contribuir para a formação de pesquisadores, que tenham como prioridade o aprofundamento da sensibilidade artística e literária de novos pesquisadores.

Este compromisso com a sensibilidade, por ser radicalmente democrático, tem posto a área na contramão do processo histórico vivido pelo país, imprimindo ao conjunto de sua produção um inegável caráter de resistência, o mesmo que preside a organização das linhas de pesquisa.

Tendo em vista, por outro lado, as recentes orientações de âmbito federal, a área foi levada a reorganizar estas linhas. Para tanto, levamos em conta o aspecto predominante de cada uma, uma vez que todas têm em comum o espírito geral da área, de modo que em todas encontra-se o mesmo tipo de preocupação com a análise do texto literário, com o rigor teórico e com as determinações históricas da obra literária, variando apenas a tônica.

Literatura e sociedade é a linha que tem por prioridade o estudo das determinações da obra literária no sistema de comunicação da literatura. Liga-se às vertentes centrais da tradição da crítica literária no Brasil, voltada desde as origens para os problemas decorrentes da inserção do texto no sistema simbólico. Correntes teóricas e críticas examina a questão das diferentes teorias críticas no estudo da obra literária. Estudos comparativistas da literatura trata da história da literatura e suas relações com a teoria e a crítica literária, bem como da relação da literatura brasileira com outras literaturas. Formas e gêneros literários tem por prioridade a questão das formas e dos gêneros no estudo da obra literária. História literária e história cultural concentra-se sobre a história literária e suas relações com a história da cultura. Finalmente, Literatura e psicanálise tem por prioridade o exame e a utilização de conceitos psicanalíticos no estudo da literatura.

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SUMÁRIO QUANTITATIVO NO TRIÊNIO 1999-2001 Os relatórios completos encontram-se em anexo, em papel ou em CD-ROM,

e estão disponíveis no endereço eletrônico da Faculdade: http://www.fflch.usp.br

Tabela 4: Corpo Docente em Atividade no triênio 1999-2001

Dep. Doc. em Atividade MS-6 MS-5 MS-3 MS-2 MS-1 RDIDP RTC RTP

DA 17 3 3 11 - - 17 - -

DCP 17 7 1 9 - - 16 1 -

DF 29 5 6 16 2 - 28 1 -

DG 41 5 6 29 1 - 39 1 1

DH 40 10 10 20 - - 39 1 -

DL 14 3 3 5 3 - 10 4 -

DLCV 55 7 6 37 5 - 47 8 -

DLM 57 7 8 35 5 2 50 7 -

DLO 18 3 1 9 5 - 16 2 -

DS 28 7 7 13 1 - 27 - 1

DTLLC 16 2 2 12 - - 14 1 1

FFLCH 332 59 53 196 22 2 303 26 3

% 100 17,77 15,96 59,04 6,63 0,60 91,27 7,83 0,90

Categoria

MS-11%

MS-2 7%

MS-5 16%

MS-6 18%

MS-3 58,%

Regime

RDIDP 91,27%

RTP0,90%

RTC 7,83%

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Tabela 5: Pós-graduação: Número de Orientandos por Área de Concentração (pesquisas em andamento)

Dep. Programa ou Área de Concentração Doutorado Mestrado

DA Antropologia Social 66 40 DCP Ciência Política 74 70 DF Filosofia 132 98 DG Geografia Física 53 39 DG Geografia Humana 90 112 DH História Econômica 92 52 DH História Social 210 146 DL Semiótica e Lingüística Geral 67 93 DLCV Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa 32 48 DLCV Filologia e Língua Portuguesa 20 62 DLCV Letras Clássicas 27 39 DLCV Literatura Brasileira 48 38 DLCV Literatura Portuguesa 19 49 DLM Língua e Literatura Alemã 23 30 DLM Língua e Literatura Francesa 23 52 DLM Língua e Literatura Italiana - 33 DLM Língua Espanhola e Literaturas Espanhola e Hispano-

Americana 18 44

DLM Língua Inglesa e Literaturas Inglesa e Norte-Americana 30 73 DLO Língua Hebraica, Literatura e Cultura Judaicas 17 34 DLO Língua, Literatura e Cultura Árabe - 6 DLO Língua, Literatura e Cultura Japonesa - 20 DLO Literatura e Cultura Russa - 12 DS Sociologia 92 60 DTLLC Teoria Literária e Literatura Comparada 46 53 MAE Arqueologia 33 57

FFLCH Total: 2572 1212 1360

fonte: Banco de Dados POSWEB, final de 2001.

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Tabela 6: Pós-graduação: Número de Orientandos por Departamento (na FFLCH*)

Dep. Departamento Doutorado Mestrado

DA Antropologia 66 40 DCP Ciência Política 74 70 DF Filosofia 132 98 DG Geografia 143 151 DH História 302 198 DL Lingüística 67 93 DLCV Letras Clássicas e Vernáculas 146 236 DLM Letras Modernas 94 232 DLO Letras Orientais 17 72 DS Sociologia 92 60 DTLLC Teoria Literária e Literatura Comparada 46 53 MAE Arqueologia (conveniado) 33 57 FFLCH Total: 2572 1212 1360 (*) Não estão contempladas orientações fora da USP. (**) Dados relativos ao final de 2001.

6640

74 70

13298

143 151

302

198

6793

146

236

94

232

17

7292

6046 5333

57

0

50

100

150

200

250

300

350

Doutorado Mestrado

DADCPDFDGDHDLDLCVDLMDLODSDTLLCMAE

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Tabela 7: Teses e Dissertações defendidas entre 1999 e 2001 fonte: POSWEB

Dep. Área de Concentração Mestrado Doutorado

1999 2000 2001 1999 2000 2001DA Antropologia Social 10 14 7 14 8 12DCP Ciência Política 4 19 22 8 11 5DF Filosofia 13 15 27 17 18 11DG Geografia Física 12 9 13 8 14 15DG Geografia Humana 18 25 35 27 29 27DH História Econômica 9 10 8 16 7 14DH História Social 14 24 41 39 30 40DL Semiótica e Lingüística Geral 18 20 17 15 16 17DLCV Estudos Comparados de Literaturas de Língua

Portuguesa 6 14 17 4 3 7

DLCV Filologia e Língua Portuguesa 9 13 15 4 9 6DLCV Letras Clássicas 4 6 6 6 2 3DLCV Literatura Brasileira 13 9 9 5 8 5DLCV Literatura Portuguesa 8 7 13 2 3 3DLM Língua e Literatura Alemã 9 3 3 2 3 -DLM Língua e Literatura Francesa 4 6 6 3 1 4DLM Língua e Literatura Italiana 6 4 3 - - -DLM Língua Espanhola e Lit. Espanhola e Hispano-

Americana 4 5 10 - 3 3

DLM Língua Inglesa e Literaturas Inglesa e Norte-Americana 3 12 8 1 3 2DLO Língua Hebraica, Literatura e Cultura Judaicas 9 6 2 - 2 2DLO Língua, Literatura e Cultura Árabe - - - - - -DLO Língua, Literatura e Cultura Japonesa 3 2 2 - - -DLO Literatura e Cultura Russa - - 2 - - -DS Sociologia 11 16 16 23 12 20DTLLC Teoria Literária e Literatura Comparada 10 7 15 6 7 7MAE (*) Arqueologia 9 5 12 2 2 4

FFLCH Totais: 1366; Mestrados: 766; Doutorados: 600 206 251 309 202 191 207(*) Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE-USP) em convênio com a FFLCH.

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Gráfico 1: Pesquisas de Pós-graduação em andamento e defendidas 1999-2001

DA: 253 DCP: 298

DF: 456

DG: 772

DH: 1149

DL: 356

DLCV: 935

DLM: 663

DLO: 166

DS: 393

DTLLC: 196 MAE: 156

0

200

400

600

800

1000

1200

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Tabela 8: Publicações de Docentes registradas na Base Lattes de Currículo, por tipologia

(fonte: fflch_Lattes banco de dados auxiliar com dados absorvidos de Currículos Lattes de Docentes)

TIPO 1999 2000 2001

Artigos completos publicados em periódicos 328 279 139Artigos em jornal de notícias 162 264 159Artigos em revistas (Magazine) 46 77 55Artigos resumidos publicados em periódicos 6 6 5Capítulos de livros publicados 212 194 153Demais Trabalhos 211 217 146Dissertações de mestrado : orientador principal 17 13 17Dissertações de mestrado : orientador principal Orientações concluídas 96 143 82Livros organizados 22 32 28Livros publicados 77 67 43Outras produções bibliográficas 78 109 74Outras produções técnicas 655 695 456Processos ou técnicas sem registro ou patente - 1 -Produção Artística/Cultural 22 45 46Softwares sem registro ou patente - - 2Teses de doutorado : co-orientador Orientações concluídas 1 - -Teses de doutorado : orientador principal 15 4 8Teses de doutorado : orientador principal Orientações concluídas 85 97 57Trabalhos completos publicados em anais de evento 90 110 34Trabalhos resumidos publicados em anais de evento 66 84 63Trabalhos Técnicos 162 154 116

Totais de publicações 2351 2591 1683

Obs: (1) Dados absorvidos dos Currículos Lattes até 8/6/2002, não computando revisão efetuada pelos Departamentos. (2) Uma pequena porcentagem de Docentes não tinha Currículo Lattes ou não o atualizou. (3) Devido à revisão manual efetuada diretamente nos Relatórios dos Departamentos, estes totais podem divergir ligeiramente daqueles. (4) O total de publicações de 2001 não traduz uma queda real, mas sim uma subinformação, que se deve a um momento de transição na forma de coletar dados. Por determinação da egrégia Congregação, passou-se a considerar como fonte de dados a Plataforma Lattes. As dificuldades – esperadas – no preenchimento dos currículos refletem-se em especial nesse item. Este problema será sanado na próxima edição do Relatório.