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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro Biomédico Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Kelly Cristina Moreira dos Santos Anatomia do Lenho de Espécies de Stryphnodendron Mart. (Leguminosae- Mimosoideae) Rio de Janeiro 2013

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Centro Biomédico

Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes

Kelly Cristina Moreira dos Santos

Anatomia do Lenho de Espécies de Stryphnodendron Mart. (Leguminosae-

Mimosoideae)

Rio de Janeiro

2013

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Kelly Cristina Moreira dos Santos

Anatomia do Lenho de Espécies de Stryphnodendron Mart. (Leguminosae-Mimosoideae)

Dissertação apresentada, como requisito parcial

para obtenção do título de Mestre, ao Programa

de Pós-graduação em Biologia Vegetal da

Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área

de Concentração: Conservação e Utilização da

Biodiversidade.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cátia Henriques Callado

Co-orientadora: Prof.ª Dr.ª Claudia Franca Barros

Rio de Janeiro

2013

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CATALOGAÇÃO NA FONTE

UERJ / REDE SIRIUS / BIBLIOTECA CTC-A

Autorizo apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução parcial desta dissertação,

desde que citada a fonte.

____________________________________________ _____________________________

Assinatura Data

Santos, Kelly Cristina Moreira dos.

Anatomia do lenho de espécies de Stryphnodendron Mart.

(Leguminosae-Mimosoideae)/ Kelly Cristina Moreira dos Santos. -

2013.

67 f. : il.

Orientadora: Cátia Henriques Callado

Coorientadora: Claudia Franca Barros.

Dissertação (Mestrado) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes.

1. Troncos (Botânica) - Anatomia - Teses. 2. Leguminosa -

Anatomia - Teses. 3. Mimosacea - Anatomia - Teses. I. Callado, Cátia Henriques. II. Barros, Claudia Franca. III. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes. IV. Título.

CDU 582.736

S237

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Kelly Cristina Moreira dos Santos

Anatomia do Lenho de Espécies de Stryphnodendron Mart. (Leguminosae-Mimosoideae)

Dissertação apresentada, como requisito parcial

para obtenção do título de Mestre, ao Programa

de Pós-graduação em Biologia Vegetal da

Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área

de Concentração: Conservação e Utilização da

Biodiversidade.

Aprovado em 26 de fevereiro de 2013

Orientadoras:

Prof.ª Dr.ª Cátia Henriques Callado

Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes da UERJ

Prof.ª Dr.ª Claudia Franca Barros

Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Banca Examinadora:

_____________________________________________

Prof.ª Dr.ª Cecília Gonçalves Costa

Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

_____________________________________________

Prof.ª Dr.ª Maura da Cunha

Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

PGBV/UERJ

_____________________________________________

Prof. Dr. Ricardo Cardoso Vieira

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

2013

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Dedico:

Ao meu amado Thiago

E aos meus queridos pais

Por todo o amor que sempre me dedicaram

Por todos os gestos grandiosos de carinho

Pela infinita paciência com os meus momentos de estresse

Por serem minha fonte de inspiração

Por me fazerem acreditar que todo sonho é possível

E por terem tido tanta fé em mim.

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AGRADECIMENTOS

Meus sinceros agradecimentos a todos que contribuíram de alguma maneira para que

este trabalho fosse concretizado:

As Minhas queridas orientadoras Cátia Henriques Callado e Claudia Franca Barros,

por toda a confiança, ensinamentos, incentivo, e principalmente pela paciência;

Ao auxiliar de campo Walter da Silva, por sua fundamental participação nas coletas

realizadas no Rio de Janeiro;

Aos taxonomistas Haroldo Cavalcante de Lima e Viviane Renata Scalon, pelo auxílio

na identificação dos espécimes botânicos, pelos inúmeros esclarecimentos sobre o gênero

Stryphnodendron, pelo empréstimo de livros, periódicos, teses, fotografias e principalmente

por terem sido sempre tão atenciosos;

Aos curadores de xilotecas: Vera Coradin, Maria José Miranda, Agnes Elizete Luchi,

Carmen R. Marcati, Eduardo L. Longui, Gregório Ceccantini, Francisco José Vasconcellos e

Neusa Tamaio, pelas doações das amostras de madeira utilizadas no trabalho;

Aos Técnicos, Jeanne Alexandre Teixeira Glória, Felipe Alves dos Santos e Alan

César Nunes de Moraes, e a aluna de iniciação científica, Dara Gomes dos Santos por todo

auxílio no processamento das amostras;

A toda equipe do Laboratório de Anatomia Vegetal da Universidade do Estado do Rio

de Janeiro, pela amizade, companheirismo e principalmente pela alegria e descontração de

sempre;

Aos administradores da Reserva Particular do Património Natural Feliciano Miguel

Abdala, por terem autorizado a coleta de material botânico, em especial ao Antônio Bragança,

por sua ajuda nas coletas;

À Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa no Estado do Rio de Janeiro

(FAPERJ) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela

concessão das Bolsas de Estudo (Mestrado);

Ao INEA e ao IBAMA pela concessão das autorizações de coleta;

A todos, enfim, muito obrigada!

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Quando pego uma planta para estudar é como se fosse um filho que eu visse crescer.

O amor que sinto por aquilo é muito grande.

Acho que em qualquer profissão,

a primeira coisa é amor,

é gostar do que faz,

só isso dá realmente sucesso nos estudos.

Graziela Maciel Barroso

(Ciência Hoje, 1997)

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RESUMO

SANTOS, Kelly Cristina Moreira dos. Anatomia do Lenho de Espécies de

Stryphnodendron Mart. (Leguminosae-Mimosoideae). 2013. 67 f. (Mestrado em Biologia

Vegetal) - Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes, Universidade do Estado do Rio de

Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.

Os estudos anatômicos do xilema secundário têm contribuído com a botânica

sistemática na segregação de grupos taxonômicos. Desta forma, podendo se tornar muito

importante na aplicação para identificação de espécies, o que adquire maior conotação em

grupos de comprovada importância econômica. O gênero Stryphnodendron apresenta uma

ampla distribuição no Brasil e as espécies que o compõem são muito utilizadas com

finalidades farmacológicas, no entanto existem espécies que são morfologicamente muito

semelhantes neste gênero. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo descrever a estrutura

anatômica do lenho de sete espécies do gênero Stryphnodendron, identificar os caracteres que

poderão ser utilizados na segregação do grupo e verificar se a anatomia do lenho corrobora a

proposta de delimitação de S. polyphyllum, feitas no último trabalho de revisão taxonômica do

gênero. Foram selecionadas duas espécies paucifolioladas e cinco espécies multifolioladas, o

material botânico foi obtido por coleta in situ para as espécies de ocorrência na Mata Atlântica

e a partir de coleções de madeira de referência para as espécies de Cerrado e Floresta

Amazônica. Foram utilizadas as metodologias usuais para anatomia do lenho e as descrições

seguiram em linhas gerais as recomendações a IAWA Committee. Os resultados

demonstraram que as espécies apresentam características anatômicas em comum, que podem

ser diagnósticas para o gênero Stryphnodendron como: camada de crescimento distinta, raios

homogêneos, cristais formando séries cristalíferas no parênquima axial e nas fibras,

pontoações ornamentadas e parênquima axial paratraqueal. Os resultados das análises de

agrupamento e de componentes principais evidenciaram a segregação das espécies em dois

grupos, um com as espécies multifolioladas e outro com espécies paucifolioladas. As espécies

paucifolioladas foram segregadas por apresentarem diâmetro tangencial dos vasos superior a

200 µm e parênquima axial difuso em agregados. Os resultados também evidenciaram um

conjunto de caracteres que permitiram a individualização das espécies estudadas. As

características qualitativas do lenho mais importantes para segregação das espécies em

questão foram: tipos de parênquima axial e de demarcação da camada de crescimento; arranjo

e agrupamento dos elementos de vasos; presença de fibras gelatinosas, de fibras septadas e de

espessamento helicoidal em fibras. As características quantitativas foram: frequência de

vasos; comprimento das fibras; número de células na largura dos raios; altura e largura dos

raios e diâmetro das pontoações parênquimo-vasculares.

Palavras-chave: Anatomia taxonômica. Espécies lenhosas. Paucifolioladas. Multifolioladas.

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ABSTRACT

The anatomical studies of secondary xylem have contributed to systematic botany in

the segregation of taxonomic groups. Thus, these studies can be very important for species

identification, acquiring major connotation in groups with economic importance.

Stryphnodendron has a wide distribution in Brazil and their species are widely used for

pharmacological purposes; nevertheless, there are some species very similar in external

morphology. Therefore, this study aimed to describe the wood anatomy of seven species of

Stryphnodendron, to identify the characters that may be used in the segregation of this group,

and to verify if wood anatomy supports the proposed delimitation to S. polyphyllum, in the

latest taxonomical revision of the genus. Two paucifolioladas and five multifolioladas species

were selected for this study. The botanical material was obtained by collecting in situ when

species occurred in the Atlantic Rain Forest, and obtained from wood collections when the

species occurred in the Cerrado or in the Amazon Forest. The usual methods of wood

anatomy were used in this study and, in general, the descriptions followed the

recommendations of the IAWA Committee. The species studied share wood anatomical

characters, which can be diagnostic for the Stryphnodendron genus, such as: distinct growth

ring boundaries, homogeneous rays, prismatic crystals in chambered axial parenchyma cells

and fibres, vestured pits and paratracheal axial parenchyma. The results of cluster and

principal components analysis showed the segregation of the species into two groups, one

with the multifolioladas species and another with the paucifolioladas species. The

paucifolioladas species were segregated by the tangential diameter of vessels greater than 200

µm and the axial parenchyma diffuse-in-aggregates. The results also showed a set of

characters that allowed the individualization of the studied species. The qualitative characters

most important for segregation of the studied species were: axial parenchyma type;

demarcation type of the growth-ring boundaries; arrangements and groupings of vessels; and

presence of gelatinous fibres, of septate fibres and of helical thickenings in fibres. The

quantitative characters were: vessel frequency; fibres lengths; number of cells in ray width;

height and width of rays; and vessel-parenchyma pits diameters.

Keywords: Anatomy Taxonomy. Woody species. Paucifolioladas. Multifolioladas.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................... 9

1 OBJETIVOS ............................................................................................... 17

1.1 Objetivo geral ............................................................................................. 17

1.2 Objetivos específicos .................................................................................. 17

2 MATERIAL E METODOS ....................................................................... 18

2.1 Espécies selecionadas ................................................................................. 18

2.2 Obtenção do material botânico ................................................................. 19

2.2.1 A partir de remanescentes de Mata Atlântica .............................................. 19

2.2.2 A partir de Xilotecas .................................................................................... 20

2.3 Processamento e análise do material ........................................................ 22

3 RESULTADOS .......................................................................................... 25

3.1 Descrições anatômicas ............................................................................... 25

3.1.1 Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville ............................................. 25

3.1.2 Stryphnodendron guianense (Aubl.) Benth................................................... 27

3.1.3 Stryphnodendron obovatum Benth................................................................ 29

3.1.4 Stryphnodendron paniculatum Poepp. & Endl............................................. 31

3.1.5 Stryphnodendron polyphyllum Mart. ........................................................... 33

3.1.6 Stryphnodendron polystachyum (Miq.) Kleinhoonte ................................... 35

3.1.7 Stryphnodendron pulcherrimum (Willd.) Hochr........................................... 37

3.2 Análises estatísticas .................................................................................... 42

3.2.1 Análise de agrupamento ............................................................................... 42

3.2.2 Análise dos componentes principais............................................................. 45

4 DISCUSSÃO ............................................................................................... 51

5 CONCLUSÃO ............................................................................................ 58

REFERÊNCIAS.......................................................................................... 60

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INTRODUÇÃO

A família Leguminosae Juss.

Leguminosae é a terceira maior família botânica dentre as Angiospermas e apresenta

aproximadamente 19.325 espécies agrupadas em 727 gêneros, que são subordinados a três

subfamílias: Caesalpinioideae, Mimosoideae e Papilionoideae (LEWIS et al., 2005). Para o

Brasil, Giulietti et al. (2005) afirmaram que a família possui a maior riqueza específica, dentre

as dicotiledôneas e Lima et al. (2012) mencionam a ocorrência de 211 gêneros e 2.709

espécies de Leguminosae, dentre estas 1.460 endêmicas.

A família é cosmopolita, com ocorrência nas regiões temperadas e, especialmente, nas

regiões tropicais e subtropicais (LEWIS, 1987; LEWIS et al., 2005). Sua plasticidade

ecológica permite a ocupação dos mais diversos habitat, desde os picos das serras

montanhosas até os litorais arenosos; das florestas úmidas tropicais até desertos; havendo até

mesmo, espécies aquáticas (LEWIS, 1987). A variação de hábitos encontrados nesta família é

grande, pois ocorrem desde ervas efêmeras e lianas até árvores emergentes de grande porte

(LEWIS et al., 2005).

Suas espécies contribuem significativamente para a economia mundial na produção de

alimentos, produtos farmacêuticos, combustíveis, construção civil, indústria têxtil, construção

de móveis, confecção de artesanato, fabricação de papel e celulose, produtos químicos,

fertilizantes e no controle de pragas (LEWIS et al., 2005). Na indústria madeireira destacam-

se, por exemplo, espécies de Andira Lam. e Dalbergia L.f.; como plantas ornamentais,

Caesalpinia L., Cassia L. e Erythrina L.; como fonte de resinas base de vernizes e tintas,

Hymenaea L. e Copaifera L.; na alimentação, Arachis L., Glycine Willd. e Phaseolus L.; e

como plantas forrageiras, Melilotus Mill., Trifolium L. e Vicia L. (LEWIS, 1987; LEWIS et

al., 2005).

Segundo estudos filogenéticos a família Leguminosae é monofilética

(WOJCIECHOWSKI, 2003; WOJCIECHOWSKI et al., 2004; LEWIS et al., 2005).

Entretanto, os especialistas divergem sobre a denominação da família como Leguminosae ou

Fabaceae. Segundo Polhill & Raven (1981) e Lewis & Schrire (2003) o nome Fabaceae é

ambíguo, pois pode ser usado para designar somente as Papilionoideae ou para toda a família,

compreendendo as subfamílias Caesalpinioideae, Mimosoideae e Papilionoideae. Neste

trabalho o nome Leguminosae foi adotado para designar a família, tendo em vista que

segundo os Artigos 18.5 e 18.6 do Código Internacional de Nomenclatura Botânica este é um

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nome validamente publicado e, portanto, é alternativa aceitável para Fabaceae (MCNEILL et

al., 2006).

O gênero Stryphnodendron Mart.

O gênero Stryphnodendron pertence à subfamília Mimosoideae e está subordinado ao

grupo Piptadenia, ao lado dos gêneros: Adenopodia C. Presl., Anadenanthera Speg.,

Microlobius C. Presl., Mimosa L., Parapiptadenia Brenan, Parkia R. Br., Piptadenia Benth.

e Pseudopiptadenia Rauschert (LEWIS et al., 2005). Stryphnodendron foi instituído em 1837

por Martius, tendo como espécie tipo Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville. O gênero

se distribui pela região Neotropical, predominantemente na América do Sul, com ocorrência

de apenas uma espécie na América Central (OCCHIONI-MARTINS, 1981; SCALON, 2007)

(Figura1).

Figura 1 - Mapa da área de distribuição do gênero Stryphnodendron.

Fonte: Scalon, 2007.

Os padrões de distribuição geográfica são diversificados entre as espécies do gênero.

São observadas, desde espécies com distribuição restrita a uma área pequena, como

Stryphnodendron barbatulum Rizzini & Heringer, que tem como local de ocorrência o

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Distrito Federal, na região centro oeste do Brasil, até espécies com distribuição mais ampla,

como Stryphnodendron pulcherrimum (Willd.) Hochr., com área de ocorrência nas regiões

Centro Oeste, Norte e Nordeste do Brasil, além da Guiana, Guiana Francesa, Suriname,

Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia (SCALON, 2007).

Occhioni-Martins (1981) considera a Amazônia, onde ocorre o maior número dos taxa

conhecidos, como provável centro de dispersão para o gênero. É um gênero

predominantemente brasileiro, uma vez que aqui ocorrem 89% das espécies que o compõem

(OCCHIONI-MARTINS, 1981; SCALON, 2007). Segundo Scalon (2007), dos 36 táxons de

Stryphnodendron, 18 são endêmicos no Brasil, e somente quatro não ocorrem em território

brasileiro: Stryphnodendron excelsum Harms, exclusiva da América Central;

Stryphnodendron levelii R. S. Cowan, da Venezuela; Stryphnodendron moricolor Barneby &

Grimes, da Guiana Francesa e Stryphnodendron porcatum D. A. Neill & Occhioni, do

Equador.

No Brasil, os representantes do gênero colonizam diferentes regiões fitogeográficas,

sendo possível encontrá-los na Amazônia, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica (SCALON,

2007) (Figura 2).

As espécies do gênero Stryphnodendron apresentam uma ampla variação em relação

ao hábito, existem espécies subarbustivas, arbustivas a arbóreas, de pequeno, médio e grande

porte. Seus representantes de maior porte alcançam 45 metros de altura e são, de modo geral,

encontrados na Floresta Amazônica (OCCHIONI, 1990; SCALON, 2007).

Figura 2 - Mapa com a distribuição do gênero Stryphnodendron no Brasil.

Fonte: Scalon, 2011.

Legenda:

Região Norte

Região Nordeste

Região Centro Oeste

Região Sudeste

Região Sul

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A principal utilização econômica do gênero Stryphnodendron é a extração de tanino,

sendo Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville considerada uma das maiores fontes

naturais deste composto fenólico, chegando a conter em sua casca aproximadamente 22,6%

(PRIMO, 1945). O potencial de outras espécies do gênero na produção de taninos é apontada

por Lopes et al. (2005), que comprovaram teores da ordem de 12 e 19% do composto em

extratos de Stryphnodendron polyphyllum Mart e Stryphnodendron obovatum Benth,

respectivamente. O tanino é utilizado na indústria de curtume, petrolífera, plástica e de

resinas, como fixador para tintas e corantes, preservativos e na clarificação de vinhos

(CORRÊA, 1984; ALMEIDA, et al., 1998).

O potencial farmacológico do gênero foi referido por Occhioni-Martins (1981), que

analisando informações contidas em etiquetas de exsicatas, verificou a indicação do uso das

cascas de Stryphnodendron microstachyum Poepp. & Endl. no tratamento contra lepra.

Estudos com cascas e raízes de espécies do gênero Stryphnodendron têm demonstrado um

amplo potencial farmacológico: cicatrizante (JORGE-NETO et al., 1996; LOPES et al.,

2005), antimicrobiano (ALVES et al., 2000; LOPES et al., 2003; SANCHES et al., 2005,

MIRANDA, 2010), antiviral (FELIPE et al., 2006), antinflamátorio (LIMA et al., 1998),

antiofídico (DE PAULA, 2010), antioxidante (LOPES et al., 2005; ZOCOLER et al., 2009)

antiúlcera (AUDI et al., 1999), antileishmania (JORGE et al., 1996), antinociceptivo (MELO,

2007), tripanocida (HERZOG-SOARES et al., 2002), no tratamento contra a Candida

albicans (ISHIDA et al., 2006) e na minimização dos efeitos do hirsutismo (VICENTI, 2009).

Dentre os primeiros trabalhos taxonômicos realizados com o gênero, destacam-se os

de: Martius (1837), que estabeleceu o gênero, descreveu as três primeiras espécies coletadas

no Brasil: Stryphnodendron barbadetimam, S. polyphyllum e S. rotundifolium e o de Bentham

(1842; 1875; 1976), que realizou o primeiro trabalho de revisão do gênero. Rizzini &

Heringer (1966; 1987), descreveram os táxons subarbustivos do Brasil Central; Occhioni-

Martins & Martins Jr. (1972), as espécies amazônicas; Occhioni-Martins (1974), as espécies

de Stryphnodendron com ocorrência nas regiões nordeste, sudeste e sul do Brasil e Occhioni-

Martins (1975), as espécies de ocorrência na região centro-oeste brasileira.

As relações taxonômicas em Stryphnodendron têm sido objeto de estudo, visando

encontrar subsídios para uma melhor segregação de suas espécies. Rizzini & Heringer (1987)

dividiram o gênero Stryphnodendron em duas seções baseadas no hábito das espécies:

Stryphnodendron seção Stryphnodendron, composta por espécies de hábito arbóreo com caule

indiviso e Stryphnodendron seção Elenaea, que seria formada por espécies subarbustivas de

caule muito ramificado. Guinet & Caccavari (1992) estudaram a morfologia do grão de pólen

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de 27 espécies de Stryphnodendron e não corroboraram a hipótese de Rizzini & Heringer

(1987) elaborando uma nova proposta para segregação dos táxons. Nesta proposta os autores

reconhecem a existência de dois grupos dentro de Stryphnodendron: um grupo de espécies

com ocorrência na Amazônia e outro de áreas de Caatinga e de Cerrado. Os dados

apresentados por esses autores a partir da análise dos diferentes tipos de pólen, também

demonstraram a existência de dois grupos de espécies que morfologicamente correspondem

aos tipos de inflorescência encontrados no gênero: um grupo com inflorescências simples e

outro com inflorescências paniculadas (GUINET & CACCAVARI, 1992). Scalon (2007)

revisando os táxons de Stryphnodendron sugeriu a reunião das espécies em três grandes

grupos morfologicamente distintos entre si: (i) espécies subarbustivas, (ii) espécies arbustivas

e arbóreas paucifolioladas e (iii) espécies arbustivas e arbóreas multifolioladas. Esta divisão

proposta por Scalon (2007) foi adotada no trabalho aqui apresentado, para as espécies

arbustivas e arbóreas.

No contexto ecológico, Andrade et al. (2002) estudaram ecossistemas de pastagens

cultivadas na Amazônia para verificar a interação de árvores de Stryphnodendron guianense

(Aubl.) Benth. Os autores constataram o efeito positivo da espécie sobre a fertilidade do solo,

devido à deposição de matéria orgânica e nitrogênio. Estudos sobre a polinização têm

demonstrado uma associação ecologicamente estreita entre S. pulcherrimum e abelhas

Meliponina (MONTEIRO & RAMALHO, 2010).

No que se refere às propriedades das madeiras de Stryphnodendron, Ducke (1939)

descreveu a cor e grau de dureza de: S. purpureum Ducke, S. guianense (Aubl.) Benth., S.

angustum Benth., S. paniculatum Poepp. Endl. e S. microstachyum Poepp. & Endl. O autor

caracterizou as madeiras do gênero pela cor branca e textura macia, com exceção de S.

paniculatum Poepp. Endl., que apresentou cerne avermelhado. Santos (1987) analisando a

madeira de S. adstringens, citou a espécie como excelente para marcenaria e construção civil,

por sua durabilidade em lugares úmidos e, por permitir o trabalho de torneamento, apesar do

grau de dureza elevado.

As descrições sobre a estrutura interna das espécies de Stryphnodendron são, de modo

geral, escassas. Sanches et al. (2007) ao estudarem a morfologia foliar e a anatomia da casca

de S. adstringens, S. polyphyllum e S. obovatum, constataram que as folhas são úteis à

segregação das espécies estudadas, porém a estrutura da casca não apresentou diferenças entre

as mesmas. As características da estrutura interna da madeira foram estudas por: Lindeman &

Mennega (1963) descreveram o lenho de S. microstachyum Poepp.; Détienne & Jacquet

(1983) que realizaram um estudo descritivo das espécies: S. paniculatum, S. guianense, S.

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polystachyum e S. pulcherrimum; Montefusco (2005) que realizou um estudo de anatomia

ecológica do lenho de S. adstringens ao longo de uma topossequência de Cerrado; Evans et

al., (2006) que descreveram a estrutura do lenho de S. adstringens e S. polyphyllum entre

outras espécies de Mimosoideae e Gonçalves et al. (2012) que realizaram o estudo descritivo

de S. polyphyllum entre outras espécies arbóreas, crescendo em região de Cerrado e utilizadas

para a fabricação de carvão.

Questões taxonômicas na delimitação das espécies

Dentre as espécies arbustivas e arbóreas de Stryphnodendron, mais utilizadas

economicamente e frequentemente encontradas nos inventários florestais, destacam-se: S.

adstringens, S. guianense, S. obovatum, S. paniculatum, S. polyphyllum, S. polystachyum e S.

pulcherrimum (por exemplo: PRIMO, 1945; RIZZINI & HERINGER 1966, 1987;

OCCHIONI-MARTINS & MARTINS JR., 1972; OCCHIONI-MARTINS 1974, 1981;

CORRÊA, 1984; OCCHIONI, 1990; ALMEIDA, et al., 1998; SCALON, 2007;

GONÇALVES et al., 2012). Todavia, a determinação das mesmas é, por vezes, dificultada

pela grande semelhança entre algumas dessas espécies.

As características morfológicas de S. adstringens, por exemplo, são muito semelhantes

às características de S. obovatum, espécie com a qual ocorre simpatricamente, distinguindo-se

principalmente pelo fruto, cilíndrico e túrgido, com mesocarpo esponjoso que envolve as

sementes (SCALON, 2007).

As espécies amazônicas S. paniculatum e S. polystachyum são também

morfologicamente muito semelhante, e se diferenciam pela presença em S. paniculatum de

foliólulos de ápice apiculado, com face superior completamente glabra e face inferior

pubescente (SCALON, 2007).

As semelhanças morfológicas entre S. guianense e S. pulcherrimum causam problemas

na identificação das duas espécies, entretanto estas se distinguem pela posição do nectário

extrafloral peciolar basal e pelo maior número de folíolos e foliólulos em S. pulcherrimum.

Além disso, S. guianense possui duas subespécies Stryphnodendron guianense subsp.

glandulosum Forero e Stryphnodendron guianense (Aubl.) Benth. subsp. guianense, que se

distinguem pelo número de glândulas nas pinas e presença de cálice e corola glabros

(SCALON, 2007).

Stryphnodendron polyphyllum é, ainda, muito semelhante S. pulcherrimum, quando

em estádio vegetativo. Apenas os foliólulos de S. polyphyllum são ligeiramente maiores que

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os de S. pulcherrimum. Em fase reprodutiva, se distinguem pela corola glabra e com o triplo

de comprimento do cálice em S. polyphyllum, enquanto S. pulcherrimum, apresenta corola

pubescente e com o dobro do comprimento do cálice (BENTHAM, 1876).

Com a revisão do grupo, Scalon (2007) propôs a divisão de S. polyphyllum em duas

espécies: S. polyphyllum, que ocorre na Floresta Estacional Semidecidual da Zona da Mata

Mineira e Cerrado e uma possível espécie nova Stryphnodendron sp. nov (S. dryaticum), com

ocorrência restrita à Floresta Ombrófila Densa, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e

Espírito Santo. Ainda segundo a autora, a espécie nova se distingue por possuir pecíolo mais

longo, foliólulos mais largos, nectários extraflorais da raquíola menores e em maior número e

frutos plano-compressos.

Anatomia do lenho aplicada à identificação taxonômica

Desde o início do século XX a anatomia do lenho vem comprovando sua relevância

em estudos ecológicos, taxonômicos e filogenéticos de espécies lenhosas (por exemplo:

BAILEY & TUPPER, 1918; FROST, 1930 a, b; KRIBS, 1935, 1937; RECORD & HESS,

1934; BARETTA-KUIPERS, 1979; RICHTER, 1981; BAAS et al. 2000; LENS 2007).

Barreta-Kuipers (1981) enfatiza a importância dos estudos anatômicos do lenho visando à

solução de questões taxonômicas e evolutivas, visto que o lenho apresenta uma tendência

mais conservadora e uma menor plasticidade, em relação aos caracteres morfológicos

externos. Diversos trabalhos têm evidenciado o potencial dos caracteres anatômicos do lenho

em estudos da botânica sistemática, na separação de grupos em diferentes níveis de hierarquia

taxonômica (por exemplo: RECORD & HESS 1943; METCALFE & CHALK, 1950;

BARRETA-KUIPERS, 1981; EVANS et al. 2006).

Na segregação de espécies de Leguminosae destacam-se os estudos sobre a anatomia

do lenho realizados para os gêneros: Acacia Mill. (MARCHIORI, 1990); Archidendron F.

Muell. (BARRETA-KUIPERS, 1979); Cercidium Tul. (CARLQUIST, 1989); Copaifera L.

(INZUNZA, 1992); Dalbergia L. f. (BURGER, 1979); Mimosa L. (SILVA et al., 2011) e

Swartzia Schreb. (ANGYALOSSY-ALFONSO & MILLER, 2002); Tachigali Aubl. (REIS et

al., 2011).

Metcalfe & Chalk (1950) descreveram caracteres qualitativos e quantitativos da

anatomia das Leguminosae, indicando uma grande variação na estrutura do lenho das espécies

desta família e evidenciando a eficiência dos estudos anatômicos quando usados em conjunto

com a taxonomia. Como caracteres típicos do lenho de Leguminosae são citados: vasos

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tipicamente solitários, placas de perfurações simples, pontoações intervasculares alternas e

pequenas, elementos de vaso de tamanho médio a muito curtos; parênquima normalmente

abundante, tipicamente paratraqueal ocasionalmente confluente, ou apotraqueal difuso;

presença de cristais em câmaras nas células do parênquima axial; raios com 1 a 9 células de

largura ou exclusivamente unisseriados, compostos por células procumbentes; fibras com

pontoações pequenas e simples, podendo ser septadas em alguns gêneros.

Evans et al. (2006) apresentaram um abrangente estudo anatômico do lenho com a

subfamília Mimosoideae e verificaram que a presença de fibras septadas e de parênquima

axial formando faixas e o número de células na largura dos raios, são caracteres com alto

potencial taxonômico para segregação de gêneros na subfamília.

Para o gênero, Stryphnodendron são considerados caracteres típicos a presença de

raios homogêneos, cristais formando séries cristalíferas nas fibras e no parênquima axial,

goma nos elementos de vaso e nas células do parênquima axial e radial (DÉTIENNE &

JACQUET, 1983; EVANS et al., 2006).

Considerando a importância econômica e os efeitos farmacológicos do gênero

Stryphnodendron e, ainda, em função da necessidade de melhor delimitar suas espécies,

principalmente, quando desprovidas de material reprodutivo, o presente trabalho utilizará os

recursos da anatomia do lenho na tentativa de segregar as sete espécies mais utilizadas

economicamente e frequentemente encontradas nos inventários florestais.

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1 OBJETIVOS

1.1 Objetivo geral

Realizar o estudo comparativo da anatomia do lenho em sete espécies de

Stryphnodendron (Leguminosae-Mimosoideae) visando contribuir para a sistemática do

gênero e a delimitação de suas espécies.

1.2 Objetivos específicos

1. Descrever e comparar a estrutura anatômica do lenho de: Stryphnodendron

adstringens (Mart.) Coville, S. guianense (Aubl.) Benth., S. obovatum Benth., S.

paniculatum Poepp., S. polyphyllum Mart., S. polystachyum (Miq.) Kleinhoonte e S.

pulcherrimum (Willd.) Hochr.;

2. Avaliar a existência de caracteres anatômicos no lenho, que possam melhor delimitar

S. adstringens de S. obovatum, S. pulcherrimum de S. polyphyllum e S. guianense e S.

paniculatum de S. polystachyum;

3. Verificar se a anatomia do lenho corrobora a proposta de delimitação das espécies S.

polyphyllum e espécie nova apresentada por Scalon (2007).

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2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Espécies selecionadas

Sete espécies de Stryphnodendron foram estudadas neste trabalho, sendo cinco

espécies multifolioladas e duas paucifolioladas de diferentes grupos de afinidade

intragenérico, seguindo a proposta de Scalon (2007) (Tabela 1). As espécies foram

selecionadas em remanescentes de Mata Atlântica nos estados do Rio de Janeiro e Minas

Gerais e em Xilotecas brasileiras cadastradas no Index Xylariorum

(http://www.kew.org/collections/wood-index/Index_Xylariorum4.htm. Acesso em 12 de

fevereiro de 2011) e na base de dados species link do CRIA (www.cria.org.br. Acesso em 12

de fevereiro de 2011), as espécies selecionadas foram: S. adstringens (Mart.) Coville, S.

guianense (Aubl.) Benth., S. obovatum Benth., S. paniculatum Poepp., S. polyphyllum Mart.,

S. polystachyum (Miq.) Kleinhoonte e S. pulcherrimum (Willd.) Hochr. Cabe destacar que

neste trabalho, apenas o nome S. polyphyllum foi considerado, mas as amostras provenientes

das duas fitofisionomias da Mata Atlântica: Floresta Estacional Semidecidual (S. polyphyllum

– sensu Scalon, 2007) e Floresta Ombrófila Densa (Stryphnodendron sp. nov – sensu Scalon,

2007), foram tratadas separadamente.

Tabela 1- Caracterização geral das espécies selecionadas.

Espécies Afinidades Habitat Hábito Tipo de folíolos

S. adstringens S. obovatum Cerrado e Caatinga Arbustivo a arbóreo Multifolioladas

S. guianense S. pulcherrimum Floresta Amazônica e

Caatinga Arbóreo Multifolioladas

S. obovatum S. adstringens Cerrado Arbustivo a arbóreo Multifolioladas

S. paniculatum S. polystachyum Floresta Amazônica Arbóreo Paucifolioladas

S. polyphyllum S. pulcherrimum Mata Atlântica e Cerrado Arbóreo Multifolioladas

S. polystachyum S. paniculatum Floresta Amazônica Arbóreo Paucifolioladas

S. pulcherrimum S. guianense e

S. polyphyllum

Floresta Amazônica e

Mata Atlântica Arbóreo Multifolioladas

Nota: Espécies paucifolioladas possuem foliólulos em menor número e maiores dimensões e espécies

multifolioladas possuem numerosos foliólulos com tamanho reduzido.

Fonte: Scalon, 2007.

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2.2 Obtenção do material botânico

2.2.1 A partir de remanescentes de Mata Atlântica

As amostras de madeira relativas às espécies de ocorrência na Mata Atlântica do Rio

de Janeiro e Minas Gerais foram obtidas em três remanescentes florestais: Reserva Particular

do Património Natural Feliciano Miguel Abdala (RPPN Feliciano Miguel Abdala), onde a

vegetação é classificada como Floresta Estacional Semidecidual (FONSECA, 2003) e

referem-se ao material botânico identificado como S. polyphyllum e Parque Estadual da Ilha

Grande (PEIG) e Reserva Biológica do Tinguá (Rebio Tinguá), com a vegetação classificada

como Floresta Ombrófila Densa (CALLADO et al. 2009; AMADOR, 1997) e referem-se ao

material identificado como Stryphnodendron sp. nov. (Tabela 2).

As amostras de madeira foram obtidas de árvores com diâmetro, a 1,30m do solo

(Diâmetro à altura do peito - DAP), superior a 20 cm (Tabela 2), de tronco cilíndrico, reto e

sem defeitos aparentes ou bifurcações. As amostras de lenho foram retiradas por método não

destrutivo, com a utilização de sondas de Pressler na altura do DAP.

A identificação do material botânico foi realizada por especialistas do grupo

taxonômico, a partir de amostras de ramos vegetativos e/ou reprodutivos dos espécimes cujas

madeiras foram amostradas. Os ramos foram obtidos, com o auxílio de tesoura de alta poda,

posteriormente foram prensados, desidratados em estufa (IBT, 1989) e registrados no

Herbário da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (HRJ). As amostras de lenho serão

registradas e depositadas na Xiloteca do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de

Janeiro (RBw).

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Tabela 2 - Dados gerais das amostras obtidas em remanescentes de Mata Atlântica do Rio de

Janeiro e Minas Gerais.

Espécie/ Fitofisionomia Sítio de coleta Cidade/UF Nº DAP Alt.

Stryphnodendron sp. nov.

Floresta Ombrófila Densa

PEIG Angra dos Reis/ RJ

11758 71 30

11759 53,5 15

11761 35 16,5

Rebio de Tinguá Nova Iguaçu/ RJ 11753 30,9 18

11762 61,1 14

S. polyphyllum

Floresta Estacional

Semidecidual

RPPN Feliciano Miguel

Abdala Caratinga/ MG

11776 40,74 12

11782 16,23 8

11777 25,78 13

11778 16,97 7

11779 19,10 13

Legenda: Nº: Número de registro no Herbário da Universidade do Estado do Rio de Janeiro

(HRJ); DAP.: diâmetro a 1,30 m acima do solo em centímetros; ALT.: Altura total em metros.

2.2.2 A partir de Xilotecas

As amostras de madeira relativas às espécies de ocorrência no Cerrado e na Floresta

Amazônica foram obtidas a partir das seguintes coleções de referência: Xiloteca do Instituto

de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RBw), Xiloteca Nanuza Luiza de Menezes

(SPFw), Xiloteca Instituto Nacional de Pesquisas do Amazônia, (INPAw), Xiloteca Dr. Harry

van der Slooten (LPFw), Xiloteca Profª. Drª. Maria Aparecida Mourão Brasil (BOTw),

Xiloteca do Instituto de Botânica de São Paulo (SPw) e Xiloteca Dr. Calvino Mainieri

(BCTw). As amostras selecionadas a partir dessas coleções de referência tiveram a

identificação confirmada pela existência de exsicata e/ou especialista responsável pela

identificação. Os dados referentes a estas amostras podem ser observados na tabela 3 e suas

respectivas áreas de procedência, podem ser observadas na figura 3.

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Tabela 3 - Dados dos 27 indivíduos, obtidos a partir de xilotecas do Brasil.

Espécies Xiloteca Procedência

Bioma Cidade UF

S. adstringens RBw 3587 __ MG __

S. adstringens SPFw 2206 Jaguariaíva PR Cerrado

S. adstringens SPFw 2209 Jaguariaíva PR Cerrado

S. adstringens LPFw 4920 Vianópolis GO Cerrado

S. adstringens RBw 1740 São Paulo SP Cerrado

S. guianense BCTw 11699 Manaus AM Floresta Amazônica

S. guianense RBw 6868 Manaus AM Floresta Amazônica

S. obovatum BCTw 1905 __ SP __

S. obovatum BCTw 15141 Luminárias MG Cerrado

S. obovatum LPFw 4939 Piraputanga MS Cerrado

S. obovatum LPFw 4940 Piraputanga MS Cerrado

S. obovatum LPFw 4941 Piraputanga MS Cerrado

S. paniculatum INPAw 9757 Almeirim PA Floresta Amazônica

S. paniculatum LPFw 2338 Almeirim PA Floresta Amazônica

S. paniculatum RBw 5661 Humaitá AM Floresta Amazônica

S. paniculatum LPFw 4797 __ PA Floresta Amazônica

S. paniculatum LPFw 4801 __ PA Floresta Amazônica

S. polystachyum RBw 2632 __ PA Floresta Amazônica

S. polystachyum INPAw 9758 Almeirim PA Floresta Amazônica

S. polystachyum LPFw 4566 __ PA Floresta Amazônica

S. polystachyum LPFw 4764 __ PA Floresta Amazônica

S. polystachyum LPFw 2339 Almeirim PA Floresta Amazônica

S. pulcherrimum RBw 4724 Belém PA Floresta Amazônica

S. pulcherrimum SPFw 631 Cumaru do Norte PA Floresta Amazônica

S. pulcherrimum LPFw 1306 Buriticupu PA Floresta Amazônica

S. pulcherrimum SPFw 609 Almeirim PA Floresta Amazônica

S. pulcherrimum INPAw 2002 Manaus AM Floresta Amazônica

Legenda: Xiloteca: Sigla da Xiloteca de procedência e número de registro da amostra. BCTw:

Xiloteca Dr. Calvino Mainieri. BOTw: Xiloteca Profª. Drª. Maria Aparecida Mourão Brasil.

INPAw: Instituto Nacional de Pesquisas do Amazônia. LPFw: Xiloteca Dr. Harry van der

Slooten. RBw: Xiloteca do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. SPFw: Xiloteca Nanuza Luiza

de Menezes. SPw: Xiloteca do Instituto de Botânica de São Paulo.

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Figura 3 - Mapa com a localização da procedência conhecida das amostras de

Stryphnodendron.

Fonte: Mapa adaptado a partir de: http:// mapas.ibge.gov.br. Acesso em 10 de janeiro de 2012.

2.3 Processamento e análise do material

As amostras foram obtidas do cerne e os corpos de prova confeccionados de acordo

com as especificações de Coradin & Muñiz (1992). As amostras foram conservadas em

solução contendo água destilada, glicerina, álcool e fenol (comunicação verbal1).

Os corpos de provas passaram por processo de amolecimento físico, por cozimento em

água destilada e glicerina (BURGER & RICHTER, 1991), por período variável em função do

1 Metodologia não publicada desenvolvida por Walter Barbosa, ex-técnico do Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio

de Janeiro.

Legenda:

S. adstringens

S. guianense

S. obovatum

S. paniculatum

S. polyphyllum

S. polystachyum

S. pulcherrimum

Stryphnodendron sp. nov.

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grau de dureza específico de cada amostra. Em seguida, foram seccionados ao micrótomo de

deslize Leica SM 2000R, com espessuras entre 16 e 30 μm, orientados nos sentidos

transversal e longitudinal tangencial e radial.

Para fins de comparação, de cada indivíduo analisado, algumas seções histológicas

não sofreram qualquer tratamento, as demais, foram clarificadas, por hipoclorito de sódio em

solução aquosa 50%. Em seguida, as seções foram submetidas à dupla coloração por Azul de

Astra e Safranina hidroalcólica 1%, na proporção de 9:1. As seções foram desidratadas em

série etílicas ascendentes e transferidas para Xilol P. A. (JOHANSEN, 1940; SASS, 1958;

BURGER & RICHTER, 1991). Para a confecção das lâminas permanentes foi utilizado

Entellan ® (Merk) como meio de montagem.

Os valores dimensionais das fibras e o comprimento dos elementos de vaso foram

aferidos em material dissociado pelo método de Franklin (1945), macerado e corado por

Safranina hidroalcoólica 50% (SASS, 1958) e montado em glicerina 50% (STRASBURGER,

1924).

As mensurações e contagens dos elementos celulares foram realizadas com o auxílio

do sistema de processamento Image Pro Express, versão 6.0 para Windows, utilizando

imagens obtidas por câmera de vídeo Q Collor R3 acoplada ao microscópio Olympus BX41-

BF-I-20.

Para análise das pontoações intervasculares seções histológicas com cerca de 20 μm de

espessura foram, desidratadas ao ar livre, fixadas em suportes com fita adesiva de grafite,

posteriormente foram metalizadas (OHTANI & ISHIDA, 1976) em Cressington Sputter

Coater 108 e eletromicrografadas em microscópio eletrônico de varredura Zeiss LEO

1450VP.

As descrições anatômicas, mensurações, contagens dos elementos do lenho, assim

como, as terminologias utilizadas, seguiram em linhas gerais as recomendações do IAWA

Committee (1989). Para as descrições das ornamentações das pontoações intervasculares,

foram utilizadas as terminologias de Ohtani & Ishida (1976).

Após as mensurações os dados foram submetidos a duas análises multivariadas:

análise de agrupamento e do componente principal (PCA), a fim de comparar o valor

diagnóstico da anatomia do lenho na segregação das espécies. Para análise de agrupamento e

análise de componente principal, foram utilizadas, além das sete espécies de Stryphnodendron

em estudo, três espécies de Parapiptadenia, já descritas por Evans et al. (2006), como grupo

externo, tendo em vista que, de acordo com análises filogenéticas (LUCKOW et al. 2003;

2005), Parapiptadenia é o gênero mais próximo à Stryphnodendron.

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Para a análise de agrupamento os caracteres foram codificados como dados binários,

os dados qualitativos foram transformados, pela presença e ausência dos caracteres do lenho e

os caracteres quantitativos, foram transformados seguindo intervalos determinados pela

IAWA Committee (1989), exceto a frequência de vasos por milímetro quadrado, altura e

largura dos raios, que seguiram intervalos preestabelecidos pela lista de caracteres da

COPANT (1974). O conjunto de dados foi submetido à análise de agrupamento, utilizando o

coeficiente de distância Euclidiana e o método pela associação média (UPGMA) para a

construção do dendrograma.

A análise de componente principal foi feita a partir das médias dos caracteres de cada

indivíduo, com objetivo de ordenar as espécies e distinguir os componentes de maior

variância (LUDWIG & REYNOLDS, 1988; ZAR, 1996). Foram realizadas duas análises de

componentes principais, a primeira análise foi realizada com espécies de Stryphnodendron e

Parapiptadenia, aplicando apenas os caracteres utilizados nas descrições dos dois gêneros.

Para uma melhor compreensão da distribuição entre os indivíduos das espécies de

Stryphnodendron, foi feita uma segunda análise de componentes principais, para as sete

espécies do gênero, utilizado o ranque total de informações obtidas sobre as espécies de

Stryphnodendron em estudo.

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