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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO “PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY” MÁRCIO JOSÉ RODRIGUES BARCELOS AVALIAÇÃO DA PERDA ÓSSEA MARGINAL AO REDOR DE IMPLANTES DENTÁRIOS DE UM E DOIS ESTÁGIOS CIRÚRGICOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. DUQUE DE CAXIAS 2007

UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO “PROFESSOR JOSÉ DE … · e Marcelo Correia Manso pelo aprendizado da especialidade no aspecto ético, humano ... Aos fraternos amigos Marcos Túlio

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO

“PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY”

MÁRCIO JOSÉ RODRIGUES BARCELOS

AVALIAÇÃO DA PERDA ÓSSEA MARGINAL AO REDOR DE

IMPLANTES DENTÁRIOS DE UM E DOIS ESTÁGIOS

CIRÚRGICOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.

DUQUE DE CAXIAS

2007

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MÁRCIO JOSÉ RODRIGUES BARCELOS

AVALIAÇÃO DA PERDA ÓSSEA MARGINAL AO REDOR DE

IMPLANTES DENTÁRIOS DE UM E DOIS ESTÁGIOS

CIRÚRGICOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.

Dissertação apresentada à Universidade do

Grande Rio “Prof. José de Souza Herdy”,

como parte dos requisitos para obtenção do

grau de Mestre em Odontologia, área de

concentração em Implantologia Oral.

Orientador: Prof. Dr. Guaracilei Maciel Vidigal Jr.

Co-orientador: Prof Dr Edson Jorge Lima Moreira.

DUQUE DE CAXIAS

2007

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CATALOGAÇÃO NA FONTE/BIBLIOTECA - UNIGRANRIO

B242a Barcelos, Márcio José Rodrigues.

Avaliação da perda óssea marginal ao redor de implantes de um e dois

estágios cirúrgicos: revisão sistemática / Márcio José Rodrigues Barcelos;

orientador: Guaracilei Maciel Vidigal Jr..

Duque de Caxias, Rj, 2007.

109 f.: il.; 30 cm.

Dissertação (mestrado) – Universidade do Grande Rio “Prof. José de Souza

Herdy”, Escola de Odontologia, 2006.

Bibliografia: f. 96-109.

1.Odontologia. 2.Implante dentário. 3.Implante dentário endoósseo. 4.

Osseointegração. 5. Metanálise. I. Vidigal Jr., Guaracilei Maciel. II. Título.

CDD – 617.6

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Agradecimentos

Aos meus pais e irmãos, pela participação constante em todas as fases de minha vida.

Agradeço os exemplos de amor e carinho que recebo de vocês.

Aos professores Márcio Baltazar Conz, Eduardo Seixas Cardoso, Nassim David Harari

e Marcelo Correia Manso pelo aprendizado da especialidade no aspecto ético, humano

e profissional. Espero poder contar sempre com seus ensinamentos.

Ao meu orientador Prof. Dr. Guaracilei Maciel Vidigal Jr., por ter me mostrado a

importância do conhecimento e a responsabilidade de ser professor.

Ao meu co-orientador Prof. Dr. Edson Jorge pelo convívio afetuoso e pelos

ensinamentos na parte estatística.

Aos colegas de mestrado José Ricardo, Eduardo, Luís Nemer, Sandro, Sabrina, Marlei,

Júlio, Fred, Carlos Frederico e Altair, pela cumplicidade e pelo aprendizado nesses dois

anos de convívio.

Ao amigo Diogo Moreira pela atenção despendida neste trabalho, recebendo em sua

casa, sobretudo aos domingos.

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Aos fraternos amigos Marcos Túlio Marques e Pierre Gentil, com os quais aprendi parte

do que sei na área de prótese.

Ao Prof. Dr. Mário Vianna Vettore pela forma gentil que me recebeu na Fundação

Oswaldo Cruz, sendo sua ajuda indispensável na realização do tratamento estatístico

deste trabalho.

Aos amigos Marcos Motta, Glauco Velloso, Márcio Macedo e Gisele, com os quais

tenho o prazer de dividir minha atuação na área docente. Vocês são meus grandes

incentivadores. Obrigado por tudo.

Ao Dr. Alber Barbosa Barbara, com quem aprendi boa parte do que sei em

Implantologia. A gratidão que tenho por você é imensa.

A Gabriele Frazão por ter me acompanhado nesse período do curso. Obrigado por

estar ao meu lado sempre que precisei. A você, todo o meu amor.

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RESUMO

Existe uma tendência atual na Implantologia Oral em simplificar os

procedimentos cirúrgicos e protéticos, levando a um tratamento mais rápido, com menor

morbidade e com previsibilidade dos resultados. A instalação de implantes em estágio

cirúrgico único passou a ser uma técnica muito utilizada, sobretudo para situações de

protocolos de carga imediata e precoce sobre os implantes. Através de uma revisão

sistemática com metanálise, o objetivo deste trabalho foi avaliar a perda óssea marginal

de implantes de estágio único e de implantes de dois estágios. Um total de 245 artigos

foi identificado e analisado por dois avaliadores. Destes, 93 foram submetidos à análise

de qualidade, 15 foram encaminhados para a fase de extração dos dados e 12 foram

submetidos à análise estatística. Os estudos envolvendo implantes de um passo

cirúrgico obtiveram uma média da perda óssea perimplantar de 1,14 mm IC (0,95)

(0,30-1,98), enquanto os estudos envolvendo implantes de dois passos cirúrgicos

apontaram uma média da perda óssea perimplantar de 0,70 mm IC (0,95) (0,21-1,19).

Durante a identificação dos estudos, foi encontrado um número insuficiente de

estudos que abordavam simultaneamente as técnicas de instalação de implantes em

um e dois passos cirúrgicos, e por isso, não foi possível fazer uma comparação.

.

Palavras Chave: revisão sistemática, metanálise, implantes.

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ABSTRACT

There is an actual tendency at Oral Implantology to simplify the surgical and prosthetic

procedures, providing a faster treatment, with less morbidity, with the same previsibility

of the results. One step implant installation procedure became an usual methodology,

specially in immediate and early load situations. Through a systematic review and meta-

analysis, the purpose of this study is to evaluate the previsibility of one step implants

and two step implants, focusing at perimplant marginal bone loss. A total of 245 studies

were previously selected and analyzed by two evaluators. Of these, 93 were submitted

to a quality assessment; in data extraction was conducted and 12 were submitted to a

statistical analysis. The one step studies reported an average of 1.14mm IC (0,95) (0,30-

1,98) perimplant marginal bone loss while two steps implant studies reported an

average of 0.70mm IC (0,95) (0,21-1,19) perimplant marginal bone loss.

During studies identification, it was find an insufficient number of studies related to

one and two steps implant approach, and for that reason, it wasn’t possible to make a

comparison.

Key-words: Systematic review, meta-analysis, dental implants

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LISTA DE ABREVIATURAS

® - marca registrada

AS – superfície anodizada

CA – Califórnia

CCTR – Cochrane Controlled Trials Register

FDA – Food and Drug Admnistration

FL – Flórida

g - grama

HA – hidroxiapatita

HL – hexágono externo

IC – intervalo de confiança

IMZ – Intramobile Zuckerman

ITI - International Team for Implantology

MA – Massachusetts

Mm - milímetros

MN – Minnesota

MS – superfície lisa

Ncm - newtons por centímetro

P4 – prótese móvel implanto retida e suportada

RP – plataforma regular

RR – Risco relativo

SLA – superfície tratada por jateamento e ataque ácido

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ST – Standard

Std. Err – erro-padrão

TiO2 – óxido de titânio ou rutilo

TPS – aspersão térmica por plasma de titânio

™ - marca comercial

WN – plataforma larga em implantes do sistema ITI

WP – plataforma larga

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Etapas cumpridas na seleção dos estudos....................................... 78

Figura 2- Meta-análise dos estudos envolvendo um passo cirúrgico............. 97

Figura 3- Meta-análise dos estudos envolvendo dois passos cirúrgicos ........... 99

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LISTA DE QUADROS

QUADRO1- Características dos estudos originais quanto á amostra........................ 79

QUADRO 2- Características dos estudos originais quanto aos resultados .............. 81

QUADRO 3- Estudos elegíveis para análise de qualidade ....................................... 84

QUADRO 4- Artigos selecionados para análise de qualidade ................................. 91

QUADRO 5- Estudos submetidos à análise estatística .............................................93

QUADRO 6- Dados transferidos ao STATA 8.0 para a realização da meta-regressão

................................................................................................................................. 95

QUADRO 7- Parâmetros clínicos dos estudos envolvendo implantes de dois

passos cirúrgicos ................................................................................................... 96

QUADRO 8- Resultado dos pesos dos estudos envolvendo implantes de um

passo cirúrgico ........................................................................................................ 98

QUADRO 9- Resultado dos pesos dos estudos envolvendo implantes de dois

passos cirúrgicos .................................................................................................. 100

QUADRO 10- Resultado dos parâmetros avaliados na meta-regressão ................101

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 14

2. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................... 16

2.1 REVISÃO SISTEMÁTICA .......................................................................... 17 2.2 CRITÉRIOS DE SUCESSO AO REDOR DE IMPLANTES ........................ 19 2.3 PROJETOS DE IMPLANTES DENTÁRIOS............................................... 22 2.4 TEORIAS EXPLICATIVAS DA PERDA ÓSSEA MARGINAL PERIMPLANTAR............................................................................................. 23 2.4.1 TEORIA DO DESLOCAMENTO DO PERIÓSTEO ................................ 23 2.4.2 TEORIA DA OSTEOTOMIA PARA INSTALAÇÃO DO IMPLANTE 24 2.4.3 TEORIA DA RESPOSTA AUTO-IMUNE DO HOSPEDEIRO ............ 25 2.4.4 TEORIA DA DISTÂNCIA BIOLÓGICA................................................ 25 2.4.5 TEORIA DOS FATORES DE TENSÃO ............................................. 26 2.4.6 TEORIA DO ESPAÇO EXISTENTE ENTRE A PLATAFORMA DO IMPLANTE E O

PILAR PROTÉTICO ........................................................ 27

2.5 ESTUDOS CLÍNICOS LONGITUDINAIS ........................................... 27 2.5.1 – ESTUDOS CLÍNICOS LONGITUDINAIS ENVOLVENDO IMPLANTES DE DOIS PASSOS CIRÚRGICOS ...................................... 28 2.5.2 – ESTUDOS CLÍNICOS LONGITUDINAIS ENVOLVENDO IMPLANTES

DE UM PASSO CIRÚRGICO .................................................................... 47

2.5.3 – ESTUDOS CLÍNICOS LONGITUDINAIS ENVOLVENDO FUNÇÃO

IMEDIATA OU PRECOCE ....................................................................... 52

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2.5.4 – ESTUDOS CLÍNICOS LONGITUDINAIS ENVOLVENDO

IMPLANTES TRANSALVEOLARES ........................................................ 66

2.6 – REVISÕES SISTEMÁTICAS EM IMPLANTES ........................... 68

3. PROPOSIÇÃO ................................................................................. 71

4. MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................... 72 4.1. ESTRATÉGIA DE BUSCA DOS ESTUDOS.......................................... 72

4.1.1. BASES DE DADOS BIBLIOGRÁFICOS ...........................................73

4.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO ..................................................................... 73

4.3. DESFECHOS ....................................................................................... 73

4.4. PALAVRAS CHAVE ............................................................................. 74

4.5 MÉTODOS DE REVISÃO .................................................................... 74

4.5. PALAVRAS-CHAVE ............................................................................. 74

4.5.1. ANÁLISE DA ELEGIBILIDADE ....................................................... 74

4.5.2. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO .......................................................... 75

5. RESULTADOS ..................................................................................... 97

5.1 ESTUDOS ENVOLVENDO IMPLANTES DE UM PASSO CIRÚRGICO

.................................................................................................................. 97

5.2 ESTUDOS ENVOLVENDO IMPLANTES DE DOIS PASSOS

CIRÚRGICOS ............................................................................................ 99

6. DISCUSSÃO ........................................................................................ 102

6.1. DO MÉTODO...................................................................................... 102

6.2. DOS MATERIAIS ............................................................................... 104

6.3 DOS RESULTADOS ........................................................................... 109

6.4 DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................... 110

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7. CONCLUSÕES ..................................................................................... 111 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................... 112

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1. Introdução

O conceito de osseointegração introduzido por BRÅNEMARK et al. (1977)

envolvia a visualização, por microscopia óptica, do contato morfo-estrutural direto entre

a superfície do implante e o tecido ósseo vivo submetido à função.

Entretanto, a osseointegração torna-se um processo complexo, na medida em

que o contato entre o leito ósseo e a superfície do implante pode ser avaliado

qualitativa e quantitativamente. Soma-se a este fato, a possibilidade de instalação de

implantes submersos, quando envolve dois passos cirúrgicos; e não-submersos,

quando envolve apenas um passo cirúrgico (BEHNEKE et al.2000).

Existem limites biológicos ao redor dos implantes que devem ser respeitados

para que haja preservação da arquitetura gengival e sua manutenção em longo prazo.

Um fator reconhecido como limitante da estética é o nível ósseo na região candidata ao

implante. O reconhecimento da possibilidade de reconstruções ósseas visando

otimização estética em determinados casos trata-se de um passo importante na curva

de aprendizado com a terapia implantar, fato este que imputa critérios estéticos na

análise de sucesso dos implantes. A distância adequada entre implantes; entre implante

e dente e a quantidade de osso no aspecto vestibular dos implantes passam a assumir

papel importante na previsibilidade de papila gengival e na manutenção da margem

mucosa vestibular em regiões estéticas (GRUNDER et al.2005).

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Devido à multiplicidade das teorias explicativas do fenômeno da perda óssea

marginal perimplantar e das variáveis clínicas implicadas na terapia com implantes, a

forma mais coerente de abordar a questão consiste na realização de uma revisão

sistemática.

O objetivo deste trabalho foi fazer uma revisão sistemática com metanálise em

implantes osseointegrados de um e dois passos cirúrgicos, sobre a perda óssea

marginal perimplantar e sua influência na previsibilidade estética.

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2 .Revisão de literatura

Os implantes osseointegrados foram inicialmente aplicados no tratamento de

pacientes edentados totais, com a finalidade de reduzir o impacto psicológico negativo

da ausência dos elementos dentários. Dentro desse contexto, o objetivo do tratamento

era devolver ao paciente a função mastigatória adequada. No estudo clínico longitudinal

de acompanhamento do tratamento com implantes osseointegrados, de ADELL et al.

(1981) foi observada maior perda óssea no primeiro ano de função protética, com

média de 1,2mm, variando de zero a três milímetros; quando comparada à perda óssea

média dos anos subseqüentes. Este relato mediu a perda óssea usando a primeira

rosca do implante como ponto inicial (0 mm), e não o nível original da crista óssea no

momento da inserção (MISCH, 2006 p. 72). Nos anos subseqüentes, essa perda ficou

entre 0,05 e 0,13mm (ADELL et al. 1981).

Com a evolução da técnica e com os bons resultados obtidos no emprego de

implantes osseointegrados, a necessidade clínica de implantes recaiu sobre a

reabilitação de casos de edentulismo parcial (VAN STEENBERGH et al.1990).

Existem algumas teorias que procuram explicar o fenômeno da perda óssea

perimplantar (MISCH, 2006 p.73). Dentre elas, cabe mencionar o efeito do acúmulo de

biofilme bacteriano na interface entre implante e o pilar protético. Essa discussão

impulsiona o esforço científico e o desenvolvimento tecnológico na direção da

implementação de novas abordagens cirúrgicas e projetos de implantes que minimizem

esse efeito, tendo como objetivo a redução do fenômeno de perda óssea marginal

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perimplantar e seu potencial risco no comprometimento dos resultados clínicos em

regiões estéticas.

2.1 Revisão sistemática

O estudo de revisão sistemática com metanálise pode ser considerado como

uma seleção cuidadosa de estudos científicos e a combinação estatística dos

resultados apresentados pelos mesmos, com o objetivo de produzir uma estimativa

única de uma dada intervenção ou observação em saúde. A importância da revisão

sistemática com metanálise reside nas limitações apresentadas por um único estudo no

que tange as informações fornecidas e resultados, além de tamanho e variabilidade

amostral insuficientes que podem inviabilizar a detecção de associações. Seguindo este

raciocínio, estudos correlatos podem ter seus resultados combinados, gerando uma

amostra maior, mais realista e fidedigna, tal que efeitos pormenorizados podem ser

identificados e excluídos com maior precisão. A revisão sistemática com metanálise

segue um protocolo de construção baseado nos objetivos do estudo, elaboração de

critérios de inclusão e exclusão dos estudos e estabelecimento de critérios de

interpretação da qualidade dos estudos que compõe a análise conjunta (ATALLAH,

1996).

Segundo FOX et al. (2006) existem algumas etapas que devem ser seguidas na

elaboração de revisões sistemáticas:

1a- ETAPA: Seleção da(s) hipótese(s)

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Esta etapa tem como proposta, a formulação do objetivo geral do estudo, a

identificação de questionamentos a serem respondidos e hipóteses a serem testadas. O

tema da revisão deve ser apresentado ao leitor com clareza, assim como os trabalhos

originais que fornecem sustentação à discussão.

2a- ETAPA: Seleção dos estudos

Esta etapa tem por objetivo, através da literatura, a identificação de todos os

estudos que possam estar relacionados com o tema proposto.

3a- ETAPA: Avaliação da qualidade dos estudos

Através de uma escala de qualidade previamente elaborada, os avaliadores

submetem os estudos ao teste de relevância.

4a- ETAPA: Análise dos dados

As características dos estudos originais, bem como seus resultados são

sumarizados nesta etapa, onde as diferenças entre os estudos são exploradas.

Independente da técnica utilizada para análise dos dados, é importante que esta seja

feita de forma sistemática e que as regras utilizadas para a análise sejam claramente

fornecidas ao leitor. Falhas na explicação do processo e na análise dos estudos dificulta

a validação de uma revisão sistemática.

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5a- ETAPA: Interpretação dos resultados

Equivale a discussão dos resultados. Esta fase fornece, ao pesquisador,

ferramentas de argumentação em relação às tendências futuras, bem como o

desenvolvimento de teorias e linhas de pesquisas.

2.2 Critérios de sucesso ao redor de implantes

Devido à ausência de critérios indicadores de saúde dos implantes, muitos deles

foram similares aos existentes como indicadores de saúde em dentes (MISCH, 1998).

ALBREKTSSON et al. (1986) propuseram os seguintes critérios para avaliação

do sucesso de implantes: 1o- um implante individual deveria permanecer imóvel quando

testado clinicamente; 2o- a radiografia não deveria indicar qualquer evidência de

radiolucência perimplantar; 3o- a perda óssea vertical deveria ser de 1 mm após 1 ano,

e após o primeiro ano menor que 0,2mm anualmente; 4o- ausência persistente de sinais

de dor, infecção, neuropatias e parestesias; e 5o- taxas de sucesso de 85% ao final do

período de cinco anos de observação e de 80% ao final do período de 10 anos,

observando os critérios anteriores. Essas taxas são similares ao sucesso de próteses

instaladas em dentes naturais, entretanto, o sucesso do implante e as taxas de sucesso

da prótese precisam ser analisados em conjunto, pois o aspecto mais importante é a

restauração.

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MISCH et al. (1993) elaboraram uma outra escala de avaliação de qualidade do

tratamento com implantes, dividindo as situações clínicas presentes na prática diária em

cinco grupos. Essa classificação teve como objetivo a formulação de protocolos de

tratamento e acompanhamento dos implantes.

1o- Grupo: saúde ótima

• Ausência de dor ou sensibilidade após palpação, percussão ou função;

• Ausência de mobilidade horizontal ou vertical sob carga de 500g;

• Perda óssea marginal inferior a 1,5mm após o segundo estágio cirúrgico;

• Perda óssea inferior a 1,0mm nos três anos seguintes;

• Ausência de exsudato;

• Ausência de radiolucência;

• Índice de sangramento de 0 a 1;

2o- Grupo: saúde satisfatória

• Ausência de dor ou sensibilidade após palpação, percussão ou função;

• Ausência de mobilidade horizontal ou vertical sob carga de 500g;

• Perda óssea marginal de 1,5 a 3mm após o segundo estágio cirúrgico;

• Perda óssea de 1,0mm nos três anos seguintes;

• Possibilidade de exsudato;

• Índice de sangramento de 0 a 1, podendo ter sangramento após a sondagem (

índice 2);

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3o- Grupo: saúde comprometida

• Ausência de dor após palpação, percussão ou função;

• Pode haver leve sensibilidade;

• Perda óssea marginal superior a 3,0mm no primeiro ano;

• Perda óssea superior a 1,0mm nos três anos seguintes;

• Profundidade de sondagem clínica maior que 5,0mm;

• Pode haver radiolucência relacionada ao implante;

4o- Grupo: falha clínica

• Dor após palpação, percussão ou função;

• Presença de mobilidade vertical ou mobilidade horizontal superior a 0,5mm;

• Perda óssea progressiva não controlada;

• Presença de exsudato;

• Radiolucência generalizada;

5o- Grupo: falha absoluta

• Remoção do implante;

De acordo com os critérios estabelecidos por ALBREKTSON et al. (1986),

alterações no nível ósseo perimplantar inferiores a 1,5mm passaram a ser um dos

parâmetros adotados na avaliação das taxas de sucesso e sobrevivência dos implantes

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osseointegrados. ADELL et al. (1981) observaram uma perda óssea perimplantar de

1,2mm no primeiro ano em um estudo de 15 anos de acompanhamento.

2.3. Projetos dos Implantes Dentários

O projeto do implante se refere a macro e microestrutura dos mesmos (forma do

implante, tipo de conexão entre implante e pilar protético, presença de roscas, forma

das roscas e tratamento de superfície).

LINKOW & CHERCHEVE (1970) propuseram que a porção mais coronária do

implante deveria possuir superfície polida para prevenir o acúmulo de biofilme

bacteriano, conceito este, adotado pela maioria dos fabricantes. Entretanto, estudos de

elemento finito têm demonstrado que os picos de estresse, especialmente os oriundos

de forças de tração, estão concentrados na crista óssea ao redor do colar dos implantes

KITOH (1988), MEIJER (1993).

A partir do momento que o osso cortical é 65% mais susceptível à forças de

tração quando comparado à forças compressivas, tem sido especulado que a perda

óssea perimplantar pode ser atribuída à uma deficiente distribuição dos estresses na

interface entre o osso cortical e o colar polido dos implantes (OH et al. 2002).

ZECHNER et al. (2004) compararam a perda óssea ocorrida ao redor de

implantes usinados e com superfície rugosa e concluíram que esta foi substancialmente

menor no segundo grupo. Além disso, NORTON (1998) reportou uma perda óssea

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perimplantar menor ao redor de implantes com superfície tratada e microroscas na

parte mais coronária.

Além de fatores biomecânicos, os aspectos biológicos também devem ser discutidos

com relação à sua influência nos resultados. Dessa forma, o espaço biológico ao redor

dos implantes não deve ser negligenciado. GRUNDER et al. (2005) sugeriram que a

perda óssea perimplantar poderia ser reduzida pelo deslocamento lateral da interface

entre implante e pilar protético, afastando o biofilme bacteriano do osso circunvizinho.

Essa hipótese está baseada na relação entre o acúmulo de biofilme bacteriano e o

aparecimento de infiltrado inflamatório na interface entre implante e pilar protético.

Portanto, a perda óssea marginal perimplantar é um fenômeno conhecido e

descrito por décadas. Trata-se de um processo inerente à técnica e independe do

protocolo cirúrgico adotado, podendo variar de uma perda incipiente até a falha

absoluta do implante (LINKOW 1974; TONETTI 1994).

2.4 Teorias explicativas da perda óssea marginal perimplantar

Existem algumas teorias que procuram explicar esse fenômeno, que mesmo

descrito há décadas trata-se de tema atual, contraditório e de extrema importância na

Implantologia Oral.

2.4.1 - Teoria do deslocamento do periósteo

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Nos ossos longos, 90% do suprimento sanguíneo arterial e 100% do retorno

venoso são realizados pelo periósteo. Quando o periósteo é deslocado, o suprimento

sanguíneo em nível ósseo é reduzido drasticamente, causando necrose e inviabilidade

de células osteoprogenitoras. Tais observações sustentam a teoria do efeito do

deslocamento do periósteo na reabsorção óssea (RHINELANDER, 1972).

Segundo MISCH (2006, p.73), o resultado do deslocamento periósteo seria uma

perda horizontal uniforme, ao invés do padrão de perda óssea vertical verificada

usualmente. Além disso, na cirurgia de segundo estágio, essa perda seria notada, fato

este não observado.

2.4.2 - Teoria da osteotomia para instalação do implante

O procedimento de osteotomia realizado para a instalação de implantes

osseointegrados tem sido apontado como um dos prováveis agentes causadores da

perda óssea perimplantar inicial, devido à criação de uma zona desvitalizada ao redor

do implante (ROBERTS et al. 1984). Essa zona desvitalizada é atribuída à interrupção

do suprimento sanguíneo e ao calor gerado durante a osteotomia, sobretudo na região

cortical (HAIDER et al. 1993).

Seguindo o raciocínio apresentado no exemplo anterior, essa teoria pode não ser

responsável direta pela perda óssea marginal, pois a maioria dos implantes não

apresenta tal condição sob uma inspeção clínica e visual durante a cirurgia de

reabertura (MISCH, 2006, p.73).

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25

2.4.3 - Teoria da resposta auto-imune do hospedeiro

Essa hipótese está baseada na possibilidade de serem as bactérias os agentes

primários causadores da perda óssea marginal perimplantar. O traumatismo oclusal

constituiria um fator secundário e acelerador desse processo (GLICKMAN & SAMELOS,

1965).

Porém, boa parcela da perda óssea marginal perimplantar ocorre no primeiro

ano, atingindo valores clinicamente não significativos nos anos subseqüentes. Desse

modo, MISCH (2006, p.74) afirma que a hipótese de serem as bactérias os causadores

primários da perda óssea perimplantar não pode ser substanciada.

2.4.4 - Teoria da distância biológica

Os ambientes dos sulcos gengival e perimplantar são semelhantes em alguns

aspectos. Em dentes naturais, existe um espaço biológico médio de 2,04mm entre a

base do sulco gengival e a crista óssea alveolar, sendo composto por tecido conjuntivo

inserido (com dimensão de 1,07mm em média) e do epitélio juncional logo abaixo da

base do sulco (0,97mm em média) (TARNOW et al.,1986).

Onze tipos de fibras gengivais estão presentes ao redor dos dentes, e dessas,

pelo menos seis estão diretamente inseridas no cemento radicular (RATEITSCHAK,

1989).

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26

Os tecidos perimplantares exibem zonas dos epitélios sulcular e juncional

histologicamente semelhantes ao dente natural. As diferenças básicas são a falta de

inserção conjuntiva e presença de fibras gengivais circundando apenas a região da

área cervical dos implantes (MCKINNEY, 1993).

Essa teoria não explica, por completo, o fenômeno de perda óssea marginal

perimplantar, que também tem sido observado em implantes de estágio e corpo únicos.

Nessa situação, o estabelecimento do espaço biológico ocorre antes da maturação

completa dos tecidos mucosos (MISCH, 2006, p.75).

Existem questionamentos na literatura sobre a relação do efeito da macro e

microgeometria dos implantes no espaço biológico (QUIRYNEN et al.,1992; VAN

STEENBERGHE et al.,1994).

2.4.5 - Teoria dos fatores de tensão

Os implantes osseointegrados são constituídos de titânio comercialmente puro

ou de uma liga de titânio, cujo módulo de elasticidade é cinco a dez vezes superior ao

osso cortical. De acordo com princípios mecânicos, quando dois materiais com módulos

de elasticidade são unidos sem qualquer material de interposição, tensão é gerada na

região onde ocorre o primeiro contato entre ambos (LEMONS & PHILIPS, 1993).

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A ocorrência de tensões na região da crista óssea pode causar microfraturas,

deformações e reabsorção ósseas. A diminuição de suprimento sanguíneo torna-se

inevitável, o que torna o ambiente propício para a colonização secundária por

microorganismos oportunistas (LINDQUIST, 1988).

2.4.6 - Teoria do espaço existente entre a plataforma do implante e o pilar

protético

Os implantes de dois estágios resultam em espaços e fendas residuais entre a

plataforma do implante e o pilar protético, que por sua vez podem facilitar a colonização

por periodontopatógenos, possibilitando o estabelecimento de reações inflamatórias

perimplantares (BROGGINI et al. 2003).

Através de um estudo in vitro, JANSEN et al. (1997) avaliaram a infiltração

bacteriana em 13 possíveis combinações entre implantes e componentes protéticos

produzidos por nove diferentes fabricantes. Com esta finalidade, os autores realizaram

um experimento para observar a capacidade de penetração da bactéria Escherichia coli

através da área de contato entre implante e pilar protético. Os autores concluíram que a

boa adaptação entre os componentes protéticos e implantes não impediu a infiltração

bacteriana.

2.5 – Estudos clínicos longitudinais e a avaliação da perda óssea marginal

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Diversos estudos clínicos de tratamento com implantes têm avaliado

sistematicamente o comportamento da crista óssea, em diferentes situações. Estudos

clínicos longitudinais têm avaliado implantes de um e dois passos cirúrgicos;

submetidos à carga imediata, à carga precoce, instalados imediatamente após

extração, e também seguindo o protocolo original (HALLMAN et al. 2001; MISCH &

DEGIDI 2003; NORTON 2006).

2.5.1 – Estudos clínicos longitudinais envolvendo implantes de dois

estágios cirúrgicos

RENOUARD et al. (1999) analisaram prospectivamente o comportamento de 98

implantes do sistema Brånemark®, com diâmetro de 5,0 mm, sem tratamento de

superfície, na resolução de casos de edentulismo parcial nos segmentos posteriores de

maxila e mandíbula de 74 pacientes. Os implantes tinham uma peculiaridade; não

apresentavam área cervical polida, e os comprimentos utilizados foram 6,0 mm, 8,0

mm, 10,0 mm e 12,0 mm. Todos foram instalados de acordo com o protocolo de dois

estágios cirúrgicos. A resolução protética foi realizada com componentes similares aos

dos implantes regulares (EsthetiCone®, CeraOne® e Standard). A taxa de

sobrevivência foi de 91,8% e a perda óssea marginal foi de 0,63 mm ± 0,3 mm após o

primeiro ano.

IVANOFF et al. (1999) avaliaram, em um estudo retrospectivo, a influência de

diferentes diâmetros de implantes do sistema Brånemark® na remodelação óssea

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marginal e na taxa de sobrevivência dos mesmos. Implantes sem tratamento de

superfície com diâmetros de 3,75 mm, 4,0 mm e 5,0 mm e com comprimentos que

variaram de 6 a 20 mm foram utilizados na resolução protética, de casos totais e

parciais na maxila e mandíbula, seguindo o protocolo de dois estágios cirúrgicos. Dos

141 implantes com diâmetro 3,75 mm instalados, 5% falharam. Esse índice foi de 3%

para os implantes de 4,0 mm e 18% para os de 5,0 mm. A taxa de sobrevivência foi de

93,2% para todos os implantes e a perda óssea marginal foi, em média, de 0,24 mm ±

0,56 mm após um ano.

BEHNEKE et al. (2000) restauraram 68 áreas parcialmente edentadas, em 55

pacientes, através da instalação de 114 implantes ITI (solid-screw) na maxila (n=19) e

mandíbula (n=95) através do protocolo convencional de dois estágios cirúrgicos. A

maioria dos implantes foi de 12 mm de comprimento (n=80), seguido por implantes de

10 mm (n=21) e 8 mm (n=13). Os diâmetros utilizados foram de 3,3 e 4,1 mm. Das 68

próteses instaladas, 55 foram aparafusadas e 13 cimentadas. O tempo médio de

acompanhamento foi de 5,4 anos. Após esse período, os implantes apresentaram uma

perda óssea marginal de 1,2 mm e uma taxa de sobrevivência de 95,3%.

BAHAT et al. (2000), em um estudo clínico retrospectivo, observaram 660

implantes do sistema Brånemark® instalados na região posterior de maxila, por um

período de 5 a 12 anos. Os comprimentos dos implantes utilizados variaram de 6 a 20

mm e os implantes possuíam diâmetro igual ou superior a 3,75 mm. Caso um torque

mínimo de ancoragem de 40 Ncm não fosse atingido, o implante era prontamente

removido do estudo. O maior índice de falhas ocorreu no primeiro ano e diminuiu nos

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anos subseqüentes. A taxa cumulativa de sobrevivência foi de 93% após dez anos. A

perda óssea perimplantar foi de 0,64mm ± 0,91 mm após 86,2 meses.

ELIASSON et al. (2000) reabilitaram 119 pacientes, edentados totais na

mandíbula, por intermédio de próteses totais fixas aparafusadas sob quatro implantes.

Um total de 476 implantes do sistema Brånemark®, com comprimento variável de 7 a

20mm, foram instalados na região interforaminal. Após o segundo estágio cirúrgico,

foram confeccionadas estruturas metálicas em diferentes materiais (ouro, titânio e

cromo-cobalto) aparafusadas. Após cinco anos, a taxa de sobrevivência foi de 98,6% e

a perda óssea marginal foi de 0,5mm.

JOHANSSON et al. (1999) compararam duas técnicas de instalação de

implantes do sistema Brånemark® em maxilas severamente reabsorvidas. Dessa

forma, os pacientes foram divididos em dois grupos. O grupo teste compreendeu 39

pacientes submetidos a procedimentos de enxerto onlay e instalação de implantes

simultaneamente. O grupo controle contou com 37 pacientes submetidos a implantação

sem enxertia óssea. No primeiro, 131 implantes foram instalados em regiões

enxertadas e 123 em áreas não enxertadas. No segundo, 206 implantes foram

instalados. Em ambos os grupos, os implantes permaneceram submersos até o

segundo estágio cirúrgico. Passada essa fase, os pacientes foram reabilitados

preferencialmente com próteses fixas aparafusadas do tipo protocolo de Brånemark. Na

presença de um número inadequado de implantes, foram confeccionadas

sobredentaduras. Todas as estruturas metálicas foram fundidas em ouro. Os implantes

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utilizados neste estudo possuíam diâmetro de 3,75 mm e comprimentos de 10, 13,15 e

18 mm. A perda óssea marginal foi de 1,0 mm ± 0,1 mm após um ano.

LEKHOLM et al. (1999) avaliaram a taxa de sobrevivência de 461 implantes do

sistema Brånemark® destinados ao tratamento de 127 pacientes parcialmente

edentados em um estudo prospectivo multicêntrico com dez anos de acompanhamento.

Após esse período, a taxa de sobrevivência foi de 90,2% na maxila e 93,7% na

mandíbula, com uma perda óssea marginal de 0,7 mm ± 0,9 mm.

MERICSKE-STERN et al. (2002) realizaram um estudo prospectivo clínico e

radiográfico de cinco anos, onde avaliaram implantes instalados na maxila com a

finalidade de sustentar sobredentaduras. Um total de 173 implantes do sistema ITI foi

instalado em 41 pacientes, de forma que cada paciente recebesse de quatro a seis

implantes. Os comprimentos utilizados foram de 6,8,10 e 12 mm ; e com diâmetros de

3,3 mm, 4,1 mm e 4,8 mm. Devido às variações anatômicas, em alguns pacientes, os

implantes foram instalados preferencialmente na região anterior, sobretudo naqueles

em que os seios maxilares apresentavam-se pronunciados anteriormente, e, em outros,

os implantes foram dispostos uniformemente no arco superior. Findado o período do

estudo, a perda óssea marginal observada foi de 0,7 mm e a taxa de sobrevivência foi

de 94,2%.

FRIBERG et al. (2002), em um trabalho retrospectivo de cinco anos, avaliaram

clinicamente o comportamento de implantes do sistema Brånemark® sem tratamento

de superfície em relação aos seus diferentes diâmetros. Um total de 379 implantes foi

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utilizado, sendo 146 de 3,75 mm de diâmetro, 76 de 4,0 mm e 157 de 5,0 mm. Foram

abordados pacientes total e parcialmente edentados em ambos os arcos. Todos os

implantes foram instalados seguindo o modelo de dois estágios cirúrgicos e foram

acompanhados, em média, por dois anos e oito meses. A taxa de sobrevivência foi de

94,5 %; 96,1% e 95,5%, respectivamente, para os implantes de 3,75 mm, 4,0 mm e 5,0

mm. Todas as perdas foram observadas na maxila. Os implantes apresentaram uma

perda óssea marginal média de 1,07 mm ± 0,8 mm após um ano.

ZECHNER et al. (2004), em um estudo retrospectivo de três anos, compararam

clínica e radiograficamente, implantes do sistema Brånemark® sem tratamento de

superfície e implantes do sistema Frios, com superfície tratada por jateamento e ataque

ácido. Um total de 51 pacientes, cada um com quatro implantes instalados na região

anterior da mandíbula participaram deste estudo. Desses, apenas 36 pacientes (com 76

implantes do sistema Brånemark® e 68 do sistema Frios) puderam ser efetivamente

acompanhados. O modelo de reabilitação adotado foi uma sobredentadura com

estrutura metálica em ouro. A perda óssea marginal diferiu consideravelmente entre os

dois tipos de sistemas, do ponto de vista estatístico, sendo de 2,4 mm ± 0,23mm para

os implantes do sistema Brånemark e de 1,64 mm ± 0,23 mm para os implantes do

sistema Frios, após três anos.

NÅRHI et al. (2001) analisaram, através de estudo clínico retrospectivo,

sobredentaduras destinadas à reabilitação da maxila suportadas por implantes de dois

estágios cirúrgicos unidos e não-unidos. Um total de 16 pacientes participou deste

estudo, sendo 11 deles reabilitados por próteses com sistema barra-clipe (com três a

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seis clipes) e cinco reabilitados através do sistema ball-attachment (dois a seis pilares).

Foram utilizados implantes Brånemark System® , IMZ (Interpore International, Irvine,

CA, USA) e Dyna (Dyna Enginnering, Bergen op Zoom, Netherlands). Dos oito

implantes perdidos, sete foram reabilitados com sistema ball-attachment e cinco foram

instalados em áreas previamente enxertadas. Os implantes apresentaram taxa de

sobrevivência de 90% e a perda óssea marginal de 0,23 mm ± 0,1 mm após 72 meses.

ANDERSEN et al. (2001) realizaram um estudo clínico prospectivo para avaliar a

segurança e eficiência de implantes de diâmetro estreito na pré-maxila. Vinte e sete

pacientes receberam 28 implantes de diâmetro regular (3,75 mm) e 28 pacientes

receberam 32 implantes estreitos (3,25 mm) totalizando 60 implantes do sistema

Brånemark®. O procedimento de posicionamento dos pilares definitivos foi realizado

decorrido seis meses da primeira intervenção cirúrgica. Em virtude do inadequado

posicionamento dos implantes, relatado em alguns casos, algumas restaurações foram

aparafusadas com estruturas fundidas em ouro. Nas demais, próteses cimentadas

foram, preferencialmente, realizadas. Dois implantes foram perdidos no primeiro ano do

estudo, sendo ambos estreitos. A perda óssea marginal foi de 1,2 mm ± 0,43 mm após

um ano.

Um estudo retrospectivo multicêntrico foi realizado, por GAUCHER et al. (2001),

para a avaliação do desempenho de 688 implantes, em forma de parafuso, com

superfície Osseotite®, (3i/Implant Innovations, West Palm Beach, Flórida, USA)

instalados no arco inferior de 172 pacientes. De acordo com os autores, 15% dos

implantes foram instalados em osso de baixa densidade, 56,9% em osso com

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densidade normal e 28,1% em osso de alta densidade, sendo aproximadamente 32,4%

dos implantes, curtos (com 10 mm de comprimento ou menos). Neste estudo, todas as

modalidades protéticas foram utilizadas (coroas unitárias, próteses parciais fixas,

próteses totais fixas e removíveis). Apenas cinco implantes foram perdidos, resultando

em uma taxa de sobrevivência de 99,3%. A remodelação óssea marginal foi de 0,05

mm ± 0,78 mm após três anos.

WEIBRICH et al. (2006) utilizaram implantes escalonados modificados no

aspecto cervical do sistema Frialit-2 Syncro® (Friadent, Mannheim, Germany) no

tratamento dos mais variados graus de edentulismo. Um total de 190 implantes foi

instalado em 58 pacientes. Desses, 147 foram instalados em osso original do paciente,

22 em áreas submetidas à osteoplastia e 21 em áreas de enxerto com osso de crista

ilíaca. Os comprimentos dos implantes empregados foram de 10, 11,13 e 15 mm e

diâmetros de 3,8 mm, 4,5 mm, 5,5 mm e 6,5 mm e todos foram utilizados usando o

protocolo de dois estágios cirúrgicos. Dos 190 implantes instalados, 14 falharam (7,4%).

A perda óssea marginal foi de 0,9 mm, após 22 meses.

BEHNEKE et al. (1997) instalaram consecutivamente 320 implantes do sistema

ITI em 109 pacientes, entre novembro de 1988 e julho de 1992, acompanhando-os

prospectivamente por três anos. O foco principal do estudo estava na avaliação da taxa

de sucesso apresentada e na linearidade dos parâmetros clínicos indicativos de

equilíbrio, como: índice de placa, índice de sangramento, profundidade de sondagem,

nível de inserção clínica, espessura de gengiva queratinizada, volume do fluido

crevicular, e os valores de imobilidade avaliado pelo Periotest® (Medizintechnik Gulden,

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Germany). O grupo contou com a participação de 58 mulheres e 51 homens, com idade

média de 59,3 anos (variando de 16 a 82 anos). Dos 320 implantes instalados, quatro

demonstraram mobilidade durante o período de cicatrização e dois falharam após o

período de carga funcional devido à perda óssea progressiva, provendo uma taxa de

sobrevivência de 98,1%. A perda óssea marginal foi de 0,8 mm após três anos.

BISCHOF et al. (2006) avaliaram retrospectivamente implantes ITI com

plataforma larga (WN), utilizando para isso parâmetros clínicos e radiográficos. Em 212

pacientes, 263 implantes foram instalados, sendo 97% destinados à reabilitação de

áreas posteriores na maxila e mandíbula. A quantidade de implantes instalados na

maxila e mandíbula foi, respectivamente, de 38,8 e 61,2% , variando de 6 a 12 mm de

comprimento. Informações relacionadas à fase protética estavam disponíveis para 249

implantes, sendo 157 deles conectados à coroas unitárias e os demais suportando

próteses múltiplas. Em relação ao tipo de fixação das próteses, a forma preferencial foi

aparafusada (95,4%). A taxa de sobrevivência foi de 97,7%, onde todas as perdas

ocorreram nos primeiros dois anos em implantes com comprimento inferior a 10 mm.

ROMEO et al. (2006) utilizando metodologia semelhante, avaliaram implantes do

sistema ITI com diâmetro estreito (3,3 mm) fazendo uma comparação com implantes

com diâmetro regular (4,1 mm). Durante os sete anos do estudo, 122 implantes

estreitos foram instalados em 68 pacientes para realização de 45 próteses parciais fixas

e 23 próteses unitárias. Ao mesmo tempo, 120 pacientes receberam 208 implantes

regulares para a realização de 70 próteses fixas e 50 próteses unitárias. O modelo de

trabalho proposto foi de dois estágios cirúrgicos, com um período de espera de três a

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seis meses. Interessante observar que próteses cimentadas e aparafusadas foram

confeccionadas e, nas últimas, a instalação foi feita apenas com torque manual. A taxa

de sobrevivência dos implantes foi de 96,4%. Além disso, foi observado um número de

falhas duas vezes maior na mandíbula, quando comparado à maxila. A perda óssea

marginal foi 1,5 mm ± 1,5 mm para os implantes estreitos e de 1,4 mm ± 1,1 mm para

os implantes regulares, após sete anos.

VISSER et al. (2005) desenvolveram um modelo de estudo prospectivo para

avaliar o resultado do tratamento através da análise da taxa de sobrevivência,

condições dos tecidos perimplantares e grau de satisfação do paciente usando

sobredentaduras mandibulares, suportadas por dois ou quatro implantes de dois

estágios cirúrgicos. Sessenta pacientes com altura óssea entre 12 e 18 mm na região

anterior da mandíbula participaram deste estudo, sendo divididos em dois grupos. O

grupo A compreendeu 30 pacientes tratados com sobredentaduras suportadas por dois

implantes IMZ e o grupo B compreendeu 30 pacientes tratados com sobredentaduras

suportadas por quatro implantes IMZ. A perda óssea marginal foi, em média, de 1,6 mm

para os implantes do grupo A e de 1,25 mm para os implantes do grupo B, após cinco

anos.

NAERT et al. (2002), através de um estudo longitudinal, avaliaram a efetividade

clínica de implantes de dois estágios no tratamento de regiões parcialmente edentadas.

Algumas variáveis, como a região abordada, o projeto e diâmetro do implante e o tipo

de defeito criado no trans-operatório foram considerados na avaliação. Um total de 660

pacientes parcialmente edentados recebeu 1655 implantes. Os implantes foram

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divididos em 3 grupos: 235 implantes foram restaurados com coroas unitárias, 398

implantes foram conectados a dentes e 1022 implantes foram restaurados com próteses

fixas múltiplas. Em relação à perda óssea marginal, não houve diferença significante

entre os três grupos, sendo de 1,23 mm ± 0,11 mm nos 3 grupos após o primeiro ano e

0,025 mm nos anos subseqüentes. Os autores observaram uma perda óssea anual

0,015mm superior na maxila quando comparada à mandíbula.

TESTORI et al. (2001), através de um estudo multicentro, avaliaram clínica e

radiograficamente 485 implantes Osseotite instalados em 181 pacientes, usando o

protocolo de dois estágios cirúrgicos, sendo 219 na mandíbula e 266 na maxila. Dos

implantes utilizados, 153 (31,5%) foram implantes curtos com 10 mm ou menos. Os

pacientes foram reabilitados com 210 próteses, sendo 123 próteses fixas, 58

restaurações unitárias, 28 próteses fixas extensas e uma sobredentadura. Radiografias

intra-orais foram realizadas no momento da instalação da prótese e após um ano. A

perda óssea marginal foi de 0,09 mm ± 0,7 mm após o primeiro ano. Dos 485 implantes

instalados, houve seis perdas antes da conexão da prótese, consideradas falhas

precoces. Dessas seis falhas, cinco ocorreram na maxila.

RICCI et al. (2004) avaliaram os resultados clínicos e radiográficos de 112

implantes Frialit-2 instalados consecutivamente em 51 pacientes. Todos os implantes

foram instalados pelo mesmo cirurgião e avaliados por um período de cinco anos.

Parâmetros como índice de placa, índice de sangramento, profundidade de sondagem,

tipo de oclusão e adaptação do componente protético foram avaliados. Dos 112

implantes instalados, 12 foram instalados na região anterior de ambos os arcos e 100

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implantes foram posicionados em regiões de pré-molares e molares. Não houve falhas

durante o período do estudo, resultando em uma taxa de sobrevivência de 100%. A

perda óssea marginal, após cinco anos, foi de 2,17 mm ± 1,6 mm.

ZARONE et al. (2006) avaliaram a reabsorção óssea marginal e as condições

teciduais ao redor de implantes ITI estreitos (Narrow-Neck com 3,3 mm de diâmetro) na

reabilitação protética de incisivos laterais superiores. Trinta pacientes com agenesia

unilateral ou bilateral dos incisivos laterais superiores foram selecionados para o estudo

e um total de 34 implantes ITI Narrow-Neck com superfície SLA foram instalados. O

segundo passo cirúrgico foi realizado após quatro meses da instalação dos implantes.

Dessa forma, pilares protéticos fundidos em ouro foram adaptados aos implantes e

coroas métalo-cerâmicas foram cimentadas. O período de acompanhamento variou de

24 a 39 meses, onde radiografias intra-orais foram realizadas no intuito de avaliar os

níveis ósseos presentes. Após este período, a taxa de sobrevivência dos implantes foi

de 97,06% e a perda óssea marginal foi de 1,2 mm ± 0,61 mm.

MCGLUMPHY et al. (2003) realizaram um estudo prospectivo na Escola de

Odontologia da Universidade de Ohio, com objetivo de avaliar o comportamento clínico

de implantes cilíndricos revestidos por hidroxiapatita. Um total de 429 implantes

Omniloc (Centerpulse Dental, Carlsbad, CA, USA) foram instalados em 121 pacientes

usando o protocolo de dois estágios cirúrgicos. Após um período de acompanhamento

de cinco anos, 375 implantes foram monitorados. Esse número foi reduzido para 114

pacientes após sete anos de acompanhamento. Taxas de sobrevivência de 96% após

cinco anos e 95% após sete anos foram observadas no término do estudo, e os

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principais causadores destas falhas, segundo os autores, foram a utilização de

implantes curtos e pilares protéticos angulados. A perda óssea marginal perimplantar foi

de 1,2 mm na mandíbula e 1,4 mm na maxila.

SCHELLER et al. (1998) realizaram um estudo prospectivo multicêntrico, de

cinco anos de acompanhamento, para avaliarem restaurações unitárias sobre

implantes. Este estudo contou com a participação de 12 centros de estudo e 82

pacientes. Os procedimentos cirúrgicos, bem como as etapas de acompanhamento,

foram normatizados. Os implantes foram tratados ad modum Brånemark. Após um

período de três a seis meses, os implantes foram expostos à cavidade oral e pilares

protéticos CeraOne® foram adaptados aos implantes com o torque recomendado pelo

fabricante (32 Ncm). Setenta e sete implantes foram avaliados no primeiro ano, 57 após

três anos e 47 após cinco anos. A perda óssea marginal perimplantar foi de 0,45 mm ±

0,95 mm após o primeiro ano.

Um modelo de estudo longitudinal prospectivo foi realizado por BERGENDAL &

ENGQVIST (1998) para avaliar o prognóstico clínico e a previsibilidade de sucesso em

sobredentaduras implanto-suportadas. Os pacientes foram divididos em dois grupos de

acordo com o sistema retentivo empregado: barra–clipe ou ball attachments. Um total

de 115 implantes do sistema Brånemark® foi instalado para suportarem 50

sobredentaduras (18 maxilares e 32 mandibulares). A taxa cumulativa de sobrevivência

dos implantes foi de 75,4% na maxila e 100% na mandíbula após sete anos, não

havendo diferenças estatisticamente significativas entre os sistemas de retenção. A

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perda óssea marginal perimplantar foi de 0,5 mm na mandíbula e 1,0 mm na maxila,

após quatro anos.

DE LEONARDIS et al. (1994) avaliaram a osseointegração de 100 implantes

Minimatic® (Minimatic Implants Technology, Boca Raton, FL, USA), constituídos por

uma liga de titânio e submetidos a um tratamento de superfície por ácido nítrico e

hidrofluorídrico, instalados consecutivamente em 63 pacientes. No segundo estágio

cirúrgico, realizado após um período de quatro a seis meses, nenhum dos implantes

apresentava sinais de mobilidade, infecção perimplantar e perda óssea em nível da

crista. Os pacientes foram restaurados com próteses fixas e reexaminados

trimestralmente no primeiro ano. Radiografias intra-orais foram realizadas anualmente

durante os cinco anos do estudo. A perda óssea observada após o primeiro ano foi de

0,78 mm.

VIGOLO et al. (2004) compararam, através de um estudo prospectivo

randomizado de quatro anos, restaurações implanto-suportadas unitárias cimentadas e

aparafusadas. Doze pacientes que apresentavam áreas edentadas bilaterais,

quantitativamente semelhantes no aspecto de volume ósseo, nas regiões de caninos,

pré-molares e molares foram selecionados para o estudo. Cada paciente recebeu dois

implantes idênticos, que foram selecionados de forma aleatória para receberem

restaurações cimentadas e aparafusadas. Nenhum dos implantes falhou durante o

estudo. A perda óssea perimplantar média observada foi 0,8 mm após quatro anos, não

havendo diferença estatisticamente significativa entre os grupos.

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TAWIL & YOUNAN (2003) fizeram uma avaliação clínica e radiográfica de

implantes curtos sem tratamento de superfície utilizados nos mais diversos graus de

edentulismo. No geral, 269 implantes do sistema Brånemark® foram instalados

consecutivamente em 111 pacientes, sendo 88,8% na mandíbula e 11,2% na maxila. É

interessante ressaltar que 95,2% dos implantes foram destinados à reabilitação de

pacientes edentados parciais, e destes, 96,6% foram instalados em regiões de pré-

molares. Dos 269 implantes instalados, 12 falharam clinicamente, resultando em uma

taxa cumulativa de sobrevivência de 95,5%. Não houve diferenças estatisticamente

significativas entre implantes de 10 mm de comprimento e os mais curtos. A perda

óssea perimplantar observada foi 0,71 mm ± 0,65 mm após 92 meses.

VAN STEENBERGHE et al. (1990) publicaram um trabalho clássico na literatura

com a intenção de avaliar o comportamento clínico de implantes osseointegrados

utilizados na reabilitação de pacientes edentados parciais. Nove centros de estudo

participaram deste trabalho, onde 558 implantes do sistema Brånemark® foram

instalados em 159 pacientes. Parâmetros clínicos como índice de placa, índice de

sangramento, profundidade de sondagem e os níveis ósseos perimplantares foram

avaliados. A perda óssea perimplantar observada foi 0,4 mm ± 0,65 mm após um ano

com uma taxa cumulativa de sobrevivência de 96,6%.

JEMT et al. (1993) realizaram um estudo semelhante abordando pacientes

edentados parciais em regiões posteriores. Neste estudo, 67 pacientes receberam 259

implantes do sistema Brånemark®, sendo acompanhados por cinco anos. Durante o

período de análise, sete pacientes não puderam ser acompanhados e sete implantes

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falharam, resultando numa taxa de sobrevivência de 97,2% para os implantes e de

100% para as próteses. Em média, perdas ósseas de 0,6 e 0,8 mm foram observadas

ao redor de implantes instalados na mandíbula e maxila, respectivamente.

GOMEZ-ROMAN et al. (1997), em um estudo clínico prospectivo, observaram

696 implantes Frialit-2, consecutivamente instalados em 376 pacientes, para o

tratamento dos mais diferentes tipos de situações clínicas. Reconstruções unitárias

constituíram 42% dos casos. Desses, 22,4% foram implantes instalados imediatamente

após a extração. Alguns parâmetros como: índice de placa, índice gengival,

profundidade de sondagem, medida dos valores do Periotest e perda óssea marginal

foram analisados, em detalhe, durante os cinco anos de acompanhamento. Dentro dos

resultados apresentados, implantes unitários (n=290) obtiveram 2,41% de falha,

enquanto as demais configurações (n=406) apresentaram 2,95% . Esse índice foi de

1,16% para implantes imediatos (n=86) e 3,81% em implantes mediatos. O

remodelamento ósseo médio percebido neste estudo foi 1,0 mm após um ano.

GAUCHER et al. (2001) realizaram um estudo prospectivo multicêntrico com três

anos de acompanhamento, tendo como objetivo avaliar o desempenho clínico de 688

implantes revestidos com superfície Osseotite® (Implant Innovations, 3i: West Palm

Beach, FL, USA), no tratamento dos mais variados tipos de edentulismo mandibular

apresentados pelos 172 pacientes participantes. O tratamento seguido pelos autores

contemplou dois passos cirúrgicos, e após a cirurgia de reabertura diferentes propostas

de reabilitação foram adotadas, como: sobredentaduras, próteses fixas do tipo

protocolo, próteses fixas e coroas unitárias. Cinco implantes falharam, gerando uma

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taxa cumulativa de sucesso de 99,3%. Após período de acompanhamento, foi

observada uma perda óssea perimplantar de 0,05 mm ± 0,78 mm.

HEYDENRIJK et al. (2003) avaliaram, clínica e radiograficamente, implantes IMZ

de dois estágios cirúrgicos instalados em um procedimento de estágio cirúrgico único,

através de um estudo prospectivo de dois anos de acompanhamento com 60 pacientes

divididos em três grupos de tratamento. Após a randomização, vinte pacientes

receberam dois implantes IMZ de acordo com o procedimento tradicional de dois

estágios cirúrgicos, vinte pacientes receberam dois implantes IMZ em estágio cirúrgico

único e vinte pacientes receberam dois implantes ITI em passo cirúrgico único. Após

três meses, foram instaladas sobredentaduras retidas por sistema barra-clipe.

Avaliações clínicas e radiográficas padronizadas foram realizadas imediatamente após

a instalação das próteses e após 12 e 24 meses. Um implante IMZ de estágio único e

um implante IMZ de dois passos cirúrgicos falharam clinicamente. Nos resultados

observados através do estudo, não houve diferenças significativas entre os grupos. Os

implantes IMZ de um passo cirúrgico apresentaram perda óssea média de 1,1 mm,

enquanto os implantes IMZ de dois passos cirúrgicos apresentaram 0,8 mm e os

implantes ITI apresentaram 1,2 mm.

WEIBRICHT et al. (2001) avaliaram prospectivamente 515 implantes Astra

Tech® (Astra Implant System, Molndal, Sweden) de dois passos cirúrgicos, instalados

consecutivamente em 107 pacientes. Desses implantes, 364 foram instalados em osso

da crista residual, 38 em áreas submetidas a procedimentos de osteoplastia e 113 em

regiões submetidas a procedimentos de enxertia. A maioria dos implantes utilizados

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possuía diâmetro de 3,75 mm e 4,0 mm e comprimento de 13 e 15 mm, sendo

utilizados em reconstruções maxilares extensas em 70% dos casos. Nos resultados

encontrados pelos autores, houve falha clínica em 21 implantes, resultando em uma

taxa cumulativa de sobrevivência 95,9%. A perda óssea perimplantar foi de 1,5 mm

após 34 meses.

NORTON & WILSON (2002) avaliaram resultados clínicos e histológicos de

implantes Astra Tech® instalados em regiões previamente enxertadas com biovidro.

Dezessete pacientes, com necessidade de reparação de defeitos dentoalveolares e

manutenção da crista óssea residual, foram tratados com Biogran (Implant Innovations,

Palm Beach Gardens, FL, USA) e Perioglass (US Biomaterials, Alachua, FL, USA) de

forma aleatória, previamente à instalação de implantes. Membranas Gore-Tex (W.L.

Gore, Flagstaff, AZ, USA) cobriram os defeitos ósseos, isolando células não

osteogênicas do local. Quarenta implantes Astra Tech foram instalados e

acompanhados prospectivamente por três anos. A taxa cumulativa de sobrevivência foi

de 96,8% e a perda óssea média foi de 0,45 mm após o primeiro ano.

JEMT et al. (2006) avaliaram prospectivamente 450 implantes do sistema

Brånemark® de dois passos cirúrgicos instalados consecutivamente em 76 pacientes

por 15 anos. Durante o estudo, 76 pacientes com 450 implantes instalados foram

perdidos, não sendo considerados na avaliação. Trinta e sete implantes falharam

clinicamente, resultando em uma taxa cumulativa de sobrevivência de 90,9%. A perda

óssea perimplantar foi de 0,5 mm ± 0,47 mm após cinco anos.

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DEPORTER et al. (2001) avaliaram a utilização de implantes curtos no manejo

da região posterior de mandíbula em pacientes edentados parciais. O estudo contou

com a participação de 24 pacientes, onde 48 implantes Endopore® (Innova, Toronto,

Canada) foram instalados seqüencialmente. Desses, 31 foram destinados a regiões de

molares e 17 a regiões de pré-molares. Foram utilizados apenas implantes de sete e

nove milímetros de comprimento. Durante os quatro anos do estudo, não houve falhas

clínicas. Segundo os autores, os níveis ósseos permaneceram estáveis.

MOBERG et al. (1999) realizaram um estudo clínico prospectivo, de 63 meses de

acompanhamento, com o intuito de avaliar 30 implantes cilíndricos ITI instalados em 29

pacientes para reabilitação de falhas dentárias unitárias. Pilares protéticos cônicos

foram utilizados em dez casos para a realização de coroas metalo-cerâmicas e pilares

protéticos Octa foram utilizados em 19 casos para realização de coroas aparafusadas.

Após um período médio de acompanhamento de 3,4 anos, a taxa cumulativa de

sucesso foi de 96,7% e a perda óssea perimplantar foi de 0,45 mm ± 0,69 mm após

quatro anos.

WATZAK et al. (2006) compararam, através de um estudo retrospectivo, os

resultados clínicos e radiográficos apresentados por implantes MKIII do sistema

Brånemark® sem tratamento de superfície (MS) e com superfície anodizada TiUnite®

(AS). Trinta e um pacientes receberam 124 implantes (64 MS e 60 AS). Radiografias

panorâmicas rotacionais foram utilizadas para avaliar a perda óssea perimplantar.

Parâmetros clínicos, como índice de sangramento, índice de placa e profundidade de

sondagem foram verificados. Os implantes com superfície TiUnite® apresentaram 1,17

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mm ± 0,13 mm de perda óssea, enquanto os implantes sem tratamento de superfície

apresentaram 1,42 mm ± 0,13 mm, de perda óssea, após 33 meses.

NORTON et al. (2006) mediram a reabsorção óssea marginal ocorrida entre

implantes múltiplos, instalados em regiões posteriores dos arcos, através de um estudo

prospectivo com cinco anos de acompanhamento. Cento e setenta e três implantes

Astra Tech® instalados em 54 pacientes foram avaliados. Os 80 implantes maxilares e

93 implantes mandibulares estavam em função por um período médio de 37 meses. O

ponto de referência adotado para a quantificação da reabsorção óssea foi a junção

entre o pilar protético e a plataforma do implante, sendo da ordem de 0,7 mm ± 0,63

mm na mandíbula e 0,56 mm ± 0,38 mm na maxila após cinco anos.

O comportamento clínico e a taxa cumulativa de sobrevivência de implantes do

sistema Brånemark® com superfície TiUnite foram avaliados por FRIBERG et al.

(2005), através de estudo prospectivo com um ano de acompanhamento. Um total de

187 pacientes recebeu 478 implantes. Desses, 357 implantes foram instalados na

maxila, sendo 78 implantes instalados em regiões de reduzida densidade óssea. Os

diversos graus de edentulismo foram abordados, com a instalação de 85 implantes

visando a reabilitação de falhas unitárias, 183 implantes visando a reabilitação de falhas

múltiplas e 210 implantes destinados ao tratamento de pacientes edentados totais.

Cinco implantes instalados na maxila falharam ao longo do acompanhamento,

resultando em uma taxa cumulativa de sobrevivência de 98,6% na maxila e de 100% na

mandíbula. A reabsorção óssea perimplantar, após um ano de função, foi de 1,4 mm.

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Um estudo longitudinal prospectivo com dez anos de acompanhamento, com o

objetivo de avaliar a previsibilidade clínica de implantes Astra Tech®, com superfície

TiOblast™, foi implementado por RASMUSSON et al. (2005). Um total de 199 implantes

foi instalado em 36 pacientes edentados totais, sendo 108 na mandíbula e 91 na

maxila. Houve seis falhas clínicas identificadas pelos autores (três na mandíbula e três

na maxila), sendo todas elas ocorridas durante o primeiro ano de função. A taxa

cumulativa de sobrevivência foi de 96,6% na maxila e de 97,2% na mandíbula.

2.5.2 – Estudos clínicos longitudinais envolvendo implantes de um estágio

cirúrgico

ROYNESDAL et al. (1999) compararam três diferentes implantes instalados

seguindo o protocolo de um estágio cirúrgico, em mandíbulas totalmente edentadas. O

estudo contou com a participação de 14 pacientes (dez mulheres e quatro homens).

Cada paciente recebeu três implantes distintos (3i/Implant Innovations, West Palm

Beach, Flórida) na região interforaminal; sendo o primeiro, um implante cilíndrico com

superfície TPS, seguido por um implante cilíndrico revestido por HA, e finalmente um

implante em forma de parafuso sem tratamento de superfície. Logo após o

procedimento cirúrgico, pilares de cicatrização foram posicionados e as próteses

reembasadas. Após três meses, esses pilares foram substituídos por retentores tipo

bola. Nos períodos de 12, 24 e 36 meses, a perda óssea marginal e os valores do

Periotest foram anotados. Dos 42 implantes instalados, cinco perderam

osseointegração, resultando em uma taxa de sobrevivência de 88,1%. Nos resultados

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foi observado uma diferença na perda óssea marginal ocorrida nos três tipos de

implantes (0,27 mm no implante sem tratamento de superfície, 1,5 mm no implante

tratado por TPS e 0,55 mm para o implante com recobrimento de HA, após três anos).

FERRIGNO et al. (2002) avaliaram, através de estudo prospectivo multicêntrico,

a previsibilidade de utilização de implantes ITI, de um passo cirúrgico, no tratamento de

arcos edentados totais. Um total de 1286 implantes foi instalado consecutivamente em

233 pacientes, sendo mantidos não submersos por um período compreendido entre três

e seis meses, quando finalmente foram submetidos à carga funcional através de

próteses fixas ou sobredentaduras. Basicamente, foram utilizadas quatro modalidades

terapêuticas, de acordo com a situação anatômica e o número de implantes instalados.

Quando a instalação de oito implantes foi possível na maxila, próteses fixas do tipo

protocolo foram preconizadas. Esse mesmo raciocínio foi aplicado para

sobredentaduras retidas por barras fresadas, sobredentaduras retidas por barras do

tipo Dolder e retentores tipo bola para seis, quatro e dois implantes respectivamente. As

taxas cumulativas de sobrevivência e sucesso foram de 97,7% e 95%, respectivamente.

No final dos dez anos de acompanhamento, a perda óssea marginal verificada ao redor

dos implantes foi de 3,4 mm ± 1,00 mm.

SHIN et al. (2006) realizaram uma avaliação radiográfica de implantes com

diferentes projetos de plataforma protética. Neste estudo, 68 pacientes foram divididos

de forma aleatória em três grupos. O primeiro grupo de pacientes recebeu 35 implantes

com área cervical polida (Ankylos®; Friadent, Mannheim, Germany). O segundo grupo

recebeu 34 implantes com área cervical rugosa (Lifecore®; Chaska, MN) e o terceiro

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grupo de pacientes recebeu 38 implantes microtexturizados, com microroscas, na

região próxima à plataforma protética (Oneplant®; Warantec, Seoul, Korea). Todos os

sistemas foram utilizados em procedimentos de um estágio cirúrgico na resolução de

casos de edentulismo unitário e múltiplo. Os implantes foram reabilitados, na mandíbula

e maxila, em média após dois ou três meses. A análise do nível ósseo perimplantar foi

realizada no momento da instalação dos implantes e durante o primeiro ano (em

períodos de 3, 6 e 12 meses). Os implantes instalados no primeiro grupo foram

posicionados com a área cervical polida acima da crista óssea. Os demais foram

posicionados em nível da crista. Após o término do estudo, a perda óssea marginal foi

de 1,32 mm ± 0,27 mm para o grupo um; 0,76 mm ± 0,21 mm para o grupo dois; e 0,18

mm ± 0,16 mm para o grupo três, após um ano.

WISMEIJER et al. (1999) apresentaram os resultados clínicos e radiográficos de

implantes ITI de um passo cirúrgico, no tratamento de pacientes edentados totais

mandibulares. Procedeu-se um estudo prospectivo aleatório e controlado com 19

meses de acompanhamento. Os pacientes foram divididos em três grupos, de acordo

com a estratégia de tratamento aplicada: sobredentaduras suportadas por dois

implantes, retentores tipo bola, e sobredentaduras suportadas por dois ou quatro

implantes conectados por intermédio de barras. Neste estudo foram instalados

consecutivamente 283 implantes em 110 pacientes. Seis implantes falharam

clinicamente, resultando em uma taxa cumulativa de sobrevivência de 98%. A perda

óssea marginal perimplantar observada no decorrer do estudo foi 1,5 mm ± 0,26 mm.

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WEBER et al. (2000) realizaram um trabalho semelhante avaliando implantes ITI

de um passo cirúrgico de diferentes projetos (rosqueáveis e cilíndricos), no tratamento

de diferentes graus de edentulismo parcial, na maxila e mandíbula. Um protocolo

criterioso de redução do trauma cirúrgico provocado por aquecimento durante a

preparação do leito receptor do implante foi utilizado. Os implantes permaneceram

expostos à cavidade oral por um período de três a quatro meses, quando receberam

próteses unitárias e múltiplas. Um total de 112 implantes foi instalado, em 46 pacientes,

e acompanhados por cinco anos, clínica e radiograficamente. A taxa cumulativa de

sobrevivência foi 95,5%. A perda óssea marginal perimplantar foi, em média, de 0,6 mm

no primeiro ano e 0,05 mm nos anos subseqüentes.

SPIEKERMANN et al. (1995) compararam, através de um estudo prospectivo,

dois sistemas de implantes de um passo cirúrgico utilizados no tratamento de pacientes

totalmente edentados com sobredentaduras retidas por barra. Foram utilizados

implantes IMZ com dois projetos distintos e implantes ITI de corpo único, configurando

três situações clínicas dentro da mesma abordagem de implantes de estágio cirúrgico

único. Os pacientes foram submetidos a um programa de acompanhamento semestral

durante um período de 11 anos. A taxa cumulativa de sobrevivência, após cinco anos,

foi superior a 90% em todos os sistemas utilizados. As maiores médias de perda óssea

foram observadas ao redor dos implantes IMZ instalados, em nível da crista óssea,

seguido pelos implantes IMZ com diâmetro de 3,3 mm, instalados acima da crista óssea

e pelos implantes IMZ com diâmetro de 4,1 mm, instalados também acima da crista

óssea, e finalmente pelos implantes do sistema ITI. A perda óssea verificada

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anualmente foi de 0,54 mm ± 0,57 mm nos implantes IMZ e 0,22 mm ± 0,27 mm nos

implantes do sistema ITI.

BECKER et al. (1997) apresentaram um estudo longitudinal prospectivo

multicêntrico onde avaliaram, clinicamente, implantes do sistema Brånemark®, usando

a técnica de um passo cirúrgico, no tratamento de pacientes edentados totais em

ambos os arcos. Seis centros de tratamento participaram deste estudo, e 135 implantes

foram instalados em 63 pacientes adultos. Após a instalação dos implantes, pilares de

cicatrização foram posicionados, e permaneceram, em média, 170 dias na maxila e 147

dias na mandíbula, quando foram removidos para instalação da restauração definitiva.

Procederam-se radiografias intra-orais e exames de profundidade de sondagem ao

redor dos implantes no momento da conexão do pilar de cicatrização e após um ano.

Seis implantes falharam antes da aplicação de carga funcional. A perda óssea marginal

perimplantar foi 1,36 mm ± 0,63 mm após um ano.

HALLMAN et al. (2001) publicaram um estudo prospectivo, de um ano de

acompanhamento, sobre implantes de um passo cirúrgico instalados em maxilas

atróficas. Quarenta pacientes foram tratados consecutivamente, recebendo 182

implantes ITI com superfície TPS. Da totalidade dos implantes instalados, 88%

possuíam 3,3 mm de diâmetro e 12% possuíam 4,1 mm de diâmetro. Após um período

médio de 4,6 meses, as restaurações definitivas foram instaladas, compreendendo:

sobredentaduras, próteses fixas e coroas unitárias. Um implante, com 8mm de

comprimento falhou, resultando em uma taxa cumulativa de sobrevivência de 99,4%. A

perda óssea marginal perimplantar foi 0,35 mm ± 1,05 mm após um ano.

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2.5.3 – Estudos clínicos longitudinais envolvendo função imediata ou precoce

MALÓ et al. (2003), em um trabalho prospectivo multicêntrico, instalaram 116

implantes do sistema Brånemark®, sem tratamento de superfície, em 76 pacientes

objetivando o tratamento de regiões parcialmente edentadas em ambos os arcos. As

reconstruções protéticas incluíram coroas unitárias e próteses parciais fixas em regiões

estéticas e de pré-molares. A técnica cirúrgica empregada abordava implantes mediatos

(n=102) e imediatos pós-extração (n=14). Os pacientes receberam próteses

temporárias imediatamente após o procedimento cirúrgico até um período máximo de

uma semana. Após duas semanas, a oclusão era analisada e os pacientes passavam a

ser monitorados, até a entrega das próteses definitivas após cinco meses. Em um ano

de acompanhamento, a taxa cumulativa de sobrevivência foi de 95,7% e a perda óssea

marginal foi de 1,2 mm ± 0,94 mm.

BOGAERDE et al. (2003) abordaram 36 áreas parcialmente edentadas na maxila

e mandíbula (região posterior) de 31 pacientes. Um total de 124 implantes MKIV do

sistema Brånemark®, sem tratamento de superfície, foram instalados com um torque

mínimo de 40 Ncm. Em regiões com elevada densidade óssea, geralmente na

mandíbula, implantes MKIII foram instalados (n=17). Os implantes instalados na

mandíbula variaram de 8,5 a 18 mm de comprimento e os implantes instalados na

maxila, de 10 a 18 mm. As próteses provisórias continham mesas oclusais reduzidas e

cúspides rasas, e foram instaladas após um período médio de uma semana, não

excedendo 20 dias. Após o período de osseointegração, os pilares protéticos definitivos

(MultiUnit® e Procera®) foram instalados. Radiografias intraorais padronizadas foram

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realizadas no momento da instalação dos implantes, no período pós-operatório (após 1

e 3 meses) e um ano após a entrega da restauração definitiva. A taxa cumulativa de

sobrevivência dos implantes foi de 96,8% em 18 meses com uma perda óssea marginal

de 1,6 mm ± 1,3 mm.

ROCCI et al. (2003) em um estudo prospectivo, que distribuiu os pacientes de

forma aleatória, comparou implantes do sistema Brånemark® sem tratamento de

superfície (grupo controle) e com superfície TiUnite™(grupo teste), em protocolos de

carga imediata na região posterior de mandíbula. No total, 111 implantes foram

instalados em 44 pacientes. No grupo teste, foram instalados 66 implantes, e no grupo

controle, 55 implantes. O comprimento dos implantes variou de sete a 18mm, mas com

diferentes projetos (MKII, MKIII e MKIV). Após a instalação dos implantes, pilares

protéticos de titânio (TiAdapt™) e pilares CeraOne™ foram utilizados com o intuito de

fixar as coroas provisórias. A perda óssea marginal verificada em um ano foi de 0,9 mm

± 0,7 mm para implantes do grupo teste e de 1,0 mm ± 0,9 mm para implantes do grupo

controle. A taxa cumulativa de sobrevivência foi de 83,8%, sendo que os implantes

com superfície TiUnite obtiveram uma taxa de sucesso 10% superior aos implantes com

superfície usinada.

CALANDRIELLO et al. (2003) avaliaram prospectivamente 50 implantes do

sistema Brånemark® instalados na maxila e mandíbula com elevados torques, sendo

submetidos à carga imediata. Os mesmos foram acompanhados por um período médio

de 18,1 ± 6,1 meses, variando de 12 a 36 meses. Diferentes projetos de implantes:

Standard, MKII, MKIII e MKIV, e diferentes diâmetros: RP-3,75 mm e WP-5,0 mm foram

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utilizados neste estudo. Diferentes valores de torque foram aplicados sobre os

implantes dependendo do tipo de restauração ao qual fosse submetido. Implantes

unitários receberam torque de 60 Ncm, implantes destinados a restaurações parciais

receberam 45 Ncm e implantes destinados a restaurações totais receberam 32 Ncm.

Após o período de observação, foi verificada uma taxa de sobrevivência de 98%. A

perda óssea marginal após um ano foi de 1,2 mm ± 0,8 mm.

BECKER et al. (2003) utilizaram o protocolo de carga precoce no tratamento de

mandíbulas totalmente edentadas. Em um estudo longitudinal prospectivo, 20 pacientes

receberam 92 implantes do sistema Brånemark®, sem tratamento de superfície,

instalados na região interforaminal. Foram selecionados implantes com comprimento

superior a 10 mm e com diâmetros de 3,75 mm e 4,0 mm. Torques entre 30 e 40 Ncm

foram aplicados durante a instalação, e após cinco dias próteses aparafusadas foram

posicionadas. Após um acompanhamento de quatro anos, a taxa de sobrevivência foi

de 97,8%, e após um ano a perda óssea marginal observada foi de 1,96 mm ± 0,59

mm.

MISCH & DEGIDI (2003) realizaram uma extensa revisão de literatura para

fundamentar a instalação de implantes baseada na qualidade óssea. Neste estudo, 244

implantes Biohorizons® (Maestro™ Dental Implants, Birmingham, AL, USA) foram

instalados em 30 pacientes edentados totais, tendo uma média de 7,8 implantes por

paciente. Próteses de transição foram aparafusadas no dia da cirurgia ou dentro de

duas semanas. Após quatro a sete meses, os implantes foram reabilitados por

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intermédio de próteses fixas cimentadas. A perda óssea marginal foi de 0,7 mm após

seis meses.

ROMEO et al. (2002) realizaram um estudo prospectivo de dois anos para

comparar os resultados de protocolos de carga imediata e tardia, no tratamento de

mandíbulas edentadas através de sobredentaduras implantosuportadas. Vinte

pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos. O grupo teste compreendeu

dez pacientes que receberam quatro implantes na região interforaminal com pilares

Octa® no mesmo tempo cirúrgico. Após dois dias, uma estrutura fundida em ouro foi

aparafusada sobre os implantes, permitindo a instalação da prótese e aplicação da

carga funcional. O grupo controle possuía dez pacientes que receberam, na mesma

região, o mesmo número e tipo de implantes, seguindo o protocolo clássico de dois

tempos. Apenas um dos implantes do grupo controle falhou no decorrer do estudo. A

perda óssea marginal foi de 0,41 mm ± 0,12 mm no grupo teste e de 0,37 mm ± 0,22

mm no grupo controle.

COOPER et al. (2001) realizaram um trabalho prospectivo multicêntrico, com um

ano de acompanhamento, com o objetivo de avaliar implantes unitários instalados na

pré-maxila e submetidos à função precoce. Um total de 58 implantes Astra Tech ST

jateados com partículas de óxido de titânio foram instalados em 52 pacientes. A

metodologia empregada neste trabalho foi a instalação de implantes em único estágio,

confecção da restauração provisória em três semanas e da prótese definitiva entre sete

e nove semanas, através de coroas cimentadas. Radiografias intra-orais foram

realizadas imediatamente após a instalação dos implantes e após 6 e 12 meses.

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Durante o período de acompanhamento, quatro pacientes foram excluídos do estudo

pelo fato de serem tabagistas. Dos 53 implantes válidos, dois falharam antes da

cimentação do trabalho definitivo, gerando uma taxa cumulativa de sobrevivência de

96,2%. A perda óssea marginal foi de 0,4 mm após 12 meses.

NORTON et al. (2004) realizaram um estudo prospectivo para avaliar a

efetividade clínica de implantes instalados na pré-maxila, submetidos a protocolos de

carga imediata. Um total de 25 pacientes que possuíam necessidade de reposição dos

dentes maxilares anteriores receberam implantes Astra Tech ST, com superfície

TiOblast™, seguida de provisionalização imediata. As restaurações imediatas foram

realizadas em um prazo médio de 4,5 meses. Um paciente, tabagista, perdeu um

implante após o primeiro mês de função, gerando uma taxa de sobrevivência de 96,4%.

A perda óssea média após o primeiro ano foi de 0,4 mm (variando de 0 a 1,53 mm).

TESTORI et al. (2003) realizaram um estudo prospectivo, de quatro anos, para

avaliar clínica e radiograficamente o comportamento de 103 implantes com superfície

Osseotite® no tratamento de mandíbulas totalmente edentadas. Dois modelos de

reabilitação foram seguidos: os primeiros nove pacientes receberam os implantes e

foram reabilitados dentro das primeiras quatro horas através de próteses fixas

provisórias com extensões distais. Os últimos seis pacientes receberam os implantes

com a mesma abordagem cirúrgica, porém receberam suas próteses provisórias em 36

horas. Após um período de seis meses, os pacientes receberam suas próteses

definitivas. Dos implantes instalados apenas um falhou, após três semanas em função,

gerando uma taxa cumulativa de sobrevivência dos implantes de 98,9%. Entretanto,

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esta perda não inviabilizou o trabalho protético, gerando uma taxa de sobrevivência das

próteses de 100%. A perda óssea marginal foi de 1,25 mm após quatro anos.

Um estudo mais amplo foi realizado, pelos mesmos autores, para avaliação de

implantes com a mesma superfície em casos de carga imediata na mandíbula

edentada. Sessenta e dois pacientes de quatro centros distintos participaram do estudo,

onde 325 implantes Osseotite foram instalados na mandíbula e submetidos à carga

imediata. Após um período de quatro horas, as próteses provisórias foram instaladas.

Dois implantes falharam, após dois meses em função, resultando em uma taxa

cumulativa de sobrevivência de 99,4% após um período de observação médio de 28,6 ±

14,1 meses. A perda óssea marginal, observada através de radiografias intra-orais, foi

de 1,2 mm TESTORI et al. (2004).

ANDERSEN et al. (2002) avaliaram a taxa de sucesso de implantes ITI de

estágio único instalados na pré-maxila e submetidos à carga imediata. Oito implantes

foram instalados em oito pacientes e acompanhados por cinco anos. Moldagens trans-

operatórias foram realizadas para confecção dos modelos de trabalho. Após uma

semana, coroas provisórias foram instaladas e deixadas livre de qualquer contato

oclusal. As restaurações definitivas foram realizadas após seis meses. Durante a fase

de acompanhamento, nenhum implante foi perdido e a perda óssea marginal foi, em

média, de 0,53 mm.

FRIBERG et al. (2005) avaliaram o comportamento de 750 implantes do sistema

Brånemark®, de estágio cirúrgico único, instalados em 152 pacientes edentados

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mandibulares e submetidos à função precoce. Próteses provisórias foram instaladas,

em média, 13 dias após o procedimento cirúrgico. Radiografias intra-orais foram

realizadas no momento da conexão da prótese e após um ano. Os resultados obtidos

foram comparados com os de outro estudo, dos mesmos autores, abordando os

mesmos implantes em protocolo de dois estágios cirúrgicos. Foi observada uma taxa de

sobrevivência de 97,5%, com a falha de 18 implantes em 12 pacientes. A taxa de

sobrevivência correspondente ao trabalho de implantes de dois estágios cirúrgicos foi

de 99,7%. Os resultados dos dois trabalhos foram submetidos ao teste qui-quadrado,

não apresentando diferença estatisticamente significativa. A perda óssea marginal após

o primeiro ano foi de 0,4 mm.

VILLA et al. (2005) avaliaram implantes do sistema Brånemark® instalados em

áreas de extração, apresentando lesões periapicais e periodontais, na região anterior

da mandíbula e submetidos à carga precoce. Os pacientes receberam de quatro a seis

implantes com diferentes tratamentos de superfície (TiUnite™ e usinada), diferentes

diâmetros e projetos. Próteses provisórias foram instaladas após três dias e trocadas

pelas definitivas em um período que variou de três a doze meses. O controle de torque

criterioso foi o principal parâmetro adotado no planejamento cirúrgico, e variou de 20 a

50 Ncm. Pilares Multi-unit® (Nobel Biocare AB,Göteborg, Sweden) foram conectados

aos implantes imediatamente após à cirurgia e o torque recomendado pelo fabricante

(32 Ncm) foi aplicado. Os pacientes foram acompanhados por um período que variou

de 15 a 44 meses, e os implantes apresentaram uma perda óssea marginal média de

0,7 mm ± 1,2 mm.

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Os resultados de um estudo prospectivo de coorte de cinco anos de

acompanhamento, avaliando implantes de estágio único submetidos à carga precoce

em pacientes parcialmente edentados foram apresentados por BORNSTEIN et al.

(2005). Um total de 51 pacientes parcialmente edentados nas regiões posteriores dos

arcos recebeu 104 implantes do sistema ITI com superfície SLA, que por sua vez

permaneceram expostos na cavidade oral. Após um período de cicatrização de seis

semanas, coroas métalo-cerâmicas e próteses fixas totais foram instaladas. Os

pacientes foram submetidos a um programa de rechamada rigoroso e nos tempos

específicos de 3, 12, 24, 36 e 60 meses, onde exames clínicos e radiográficos foram

conduzidos. Um implante apresentou falha clínica e três implantes não puderam ser

acompanhados no estudo. A taxa de sobrevivência dos implantes foi de 99% e a perda

óssea marginal perimplantar notada foi de 0,09 mm, após três anos.

PROUSSAEFS et al. (2002) relataram os efeitos da aplicação de carga imediata

em implantes cônicos revestidos com hidroxiapatita no tratamento reabilitador de pré-

molares. Para tal, um modelo de estudo prospectivo foi elaborado onde dez pacientes

receberam dez implantes Replace HL™ (Nobel Biocare, Yorba Linda, CA, USA)

revestidos com hidroxiapatita. Imediatamente após o procedimento de instalação dos

implantes, coroas provisórias aparafusadas foram posicionadas, sendo substituídas

após 6 meses pelas restaurações definitivas. Radiografias intra-orais foram realizadas

nos períodos específicos de 1, 3 e 6 meses. As coroas provisórias foram removidas

após 3 e 6 meses, para observância dos parâmetros periodontais, como: índice de

sangramento, distância da plataforma do implante ao nível ósseo e distância da

plataforma do implante ao ponto mais profundo do sulco perimplantar. A perda óssea

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marginal foi de 0,90 mm ± 0,32 mm após um ano e a taxa de sobrevivência dos

implantes foi de 100%.

CHIAPASCO et al. (2001) compararam os resultados clínicos de implantes MKII

do sistema Bränemark®, submetidos a protocolos de carga imediata e mediata na

resolução protética de casos de edentulismo total mandibular, mediante a reabilitação

com sobredentaduras. Dez pacientes (grupo teste) receberam 40 implantes na região

anterior da mandíbula, sendo submetidos imediatamente à carga funcional através de

sistema barra-clipe. Outros dez pacientes (grupo controle) receberam os mesmos

implantes e na mesma região. Entretanto, foram submersos por um período de quatro a

oito meses, no contexto de dois passos cirúrgicos. Após este período, foram expostos à

cavidade oral recebendo o mesmo tratamento protético do grupo teste. Os parâmetros

periodontais foram observados em cada implante nas fases de carga funcional inicial e

após 6, 12 e 24 meses. Os autores chegaram à conclusão de que não houve diferenças

estatisticamente significativas entre os dois grupos. A perda óssea marginal aferida foi

de 1,5 mm nos implantes do grupo teste e de 1,2 mm nos implantes do grupo controle,

após dois anos.

LEIMOLA-VIRTANEN et al. (1995) submeteram implantes do sistema ITI de um

passo cirúrgico com superfície TPS a protocolos de função precoce no tratamento de

42 pacientes edentados totais mandibulares. Quatro implantes foram instalados na

região anterior da mandíbula de cada paciente, totalizando 164 implantes. Carga

funcional foi aplicada aos implantes em um intervalo de tempo que variou de 1 a 30 dias

após o procedimento cirúrgico. Os parâmetros clínicos avaliados anualmente

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compreenderam índice de sangramento, índice de placa, mobilidade do implante e grau

de satisfação do paciente. A perda óssea marginal perimplantar foi menor em implantes

submetidos à carga funcional no período de sete dias após o procedimento cirúrgico,

quando comparados aos demais. A perda óssea média anual verificada foi 0,25 mm ±

0,33 mm.

BRÅNEMARK et al. (1999) apresentaram os resultados preliminares de um

estudo prospectivo de dois anos, onde avaliaram os resultados clínicos e radiográficos

de 150 implantes do sistema Brånemark® instalados na região anterior da mandíbula

de 50 pacientes edentados totais, seguindo a filosofia do sistema Novum®. Neste

sistema, os implantes são instalados em um passo cirúrgico, mediante a utilização de

guias cirúrgicas padronizadas, sendo submetidos à função imediata. Três implantes

falharam clinicamente, resultando em uma taxa cumulativa de sobrevivência de 98%. A

perda óssea marginal observada foi 0,53 mm ± 1,13 mm após três anos.

TURKYILMAZ et al. (2006) compararam, através de um estudo clínico

prospectivo randomizado com um ano de acompanhamento, a estabilidade dos níveis

ósseos ao redor de implantes não unidos, utilizados para retenção de sobredentaduras

submetidos a protocolos de carga precoce e convencional. Cada um dos vinte

pacientes edentados totais recebeu dois implantes TiUnite® RP com 15 mm de

comprimento na região anterior da mandíbula. Os pacientes foram divididos em dois

grupos de tratamento. No grupo teste, os implantes foram submetidos à carga funcional

após uma semana pós-operatória e no grupo controle, esse período foi de 12 semanas.

Análise de freqüência de ressonância foi realizada no trans-operatório e após 1, 3, 6, 9

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e 12 meses e os níveis ósseos perimplantares foram aferidos após 6 e 12 meses. A

taxa cumulativa de sobrevivência foi de 100% e a perda óssea perimplantar foi de 0,3

mm após um ano, não havendo diferenças estatisticamente significativas entre os

grupos.

GLAUSER et al. (2003) avaliaram os resultados obtidos com a utilização de

carga imediata em implantes do sistema Brånemark® com superfície TiUnite®,

preferencialmente em regiões de baixa densidade óssea. Em um estudo prospectivo de

um ano de acompanhamento, 38 pacientes foram reabilitados com 51 próteses,

mediante a utilização de 102 implantes. Dessas reconstruções protéticas, foram

realizadas vinte restaurações unitárias, trinta próteses parciais fixas e uma prótese do

tipo protocolo. Após o primeiro ano de função, a taxa cumulativa de sobrevivência foi de

97,1%. Avaliações radiográficas foram realizadas no momento da entrega das próteses

e após 1, 6 e 12 meses. A perda óssea perimplantar foi de 1,2 mm ± 0,9 mm, após um

ano.

CALANDRIELO et al. (2003) relataram os resultados clínicos de implantes do

sistema Brånemark® com superfície TiUnite® submetidos à carga imediata na

reabilitação de molares inferiores. O estudo contou com a participação de 44 pacientes,

tratados consecutivamente, que por sua vez, receberam 50 implantes com 5,0 mm de

diâmetro. Todos os implantes foram reabilitados com coroas protéticas provisórias,

ajustadas em oclusão cêntrica no momento da cirurgia. Não houve falhas dos implantes

durante o período de observação, fato este consolidado pelos altos índices de

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estabilidade observados na análise de freqüência de ressonância. A perda óssea

marginal perimplantar foi de 1,3 mm ± 0,6 mm, após um ano.

MALÓ et al. (2003) realizaram um estudo clínico retrospectivo para avaliação da

taxa de sucesso de 176 implantes instalados em 44 pacientes e submetidos à carga

imediata seguindo o protocolo “All-on-Four”. Além disso, 24 pacientes receberam

implantes extras, que foram submetidos à carga convencional. Cinco implantes

submetidos à carga imediata falharam antes dos 6 meses de controle, atribuindo uma

taxa cumulativa de sobrevivência dos implantes de 96,7%. No mesmo estudo, os

implantes submetidos à carga convencional apresentaram uma taxa cumulativa de

sobrevivência de 98,2%. A reabsorção óssea marginal foi de 1,2 mm ± 1,2 mm após um

ano.

FISCHER et al. (2006) compararam o desempenho de implantes utilizados na

reabilitação de maxilas totalmente edentadas, submetidos aos protocolos de carga

convencional e precoce, com relação aos resultados clínicos, biológicos e no que diz

respeito ao grau de satisfação do paciente. Vinte e quatro pacientes foram divididos em

dois grupos. O grupo teste consistiu em pacientes com implantes submetidos à carga

precoce (n = 16) e o grupo controle contou com oito pacientes, com implantes

submetidos à função após três ou quatro meses. Cada um dos pacientes recebeu cinco

ou seis implantes do sistema ITI com superfície SLA. Análises clínicas e radiográficas

foram realizadas ao longo dos três anos de acompanhamento. A reabsorção óssea

perimplantar foi 2,68 mm no grupo teste e 3,5 mm no grupo controle, após três anos.

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YOO et al. (2006) com o objetivo de avaliar as modificações ocorridas ao redor

de implantes submetidos á carga imediata e precoce, realizaram um estudo

retrospectivo de coorte. A amostra compreendeu 174 pacientes, que receberam 347

implantes Bicon (Boston, MA, USA) com superfícies HA e TPS entre julho de 2001 e

julho de 2003. A amostra de implantes compreendeu implantes com 3,5 a 6,0 mm de

diâmetro e 5,7 a 11,0mm de comprimento. As modalidades cirúrgicas consistiram em

implantes transalveolares e mediatos pós-exodontia, instalados em regiões enxertadas

e não enxertadas. A perda óssea perimplantar foi de 0,9 mm ± 0,4 mm após 6,9 ± 4,0

meses.

Os resultados clínicos com implantes do sistema Brånemark® submetidos à

função imediata foram apreciados por WOLFINGER et al. (2003). Dez pacientes

edentados totais no arco inferior receberam um total de 130 implantes Brånemark com

diâmetro regular, instalados em alvéolos de extração e em sítios cicatrizados. Quatro

implantes por paciente foram submetidos à função imediata, mediante a instalação de

próteses fixas provisórias confeccionadas em resina acrílica, que por sua vez, foram

substituídas pelas próteses definitivas após seis semanas. Um outro grupo, constituído

por 24 pacientes, recebeu 144 implantes Brånemark com diâmetro regular, nas mesmas

condições do grupo anterior. A diferença consistiu no tempo de utilização das próteses

provisórias, que compreendeu três meses. Os autores não encontraram diferenças

estatisticamente significativas relacionadas aos níveis ósseos perimplantares

apresentados pelos dois grupos.

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A função precoce em implantes do sistema Brånemark® com superfície

TiUnite® como alternativa reabilitadora em pacientes edentados totais maxilares foi

avaliada por OLSSON et al. (2003). Dez pacientes receberam um total de 61 implantes,

sendo reabilitados com próteses provisórias após um período de 1 a 9 dias após o

procedimento cirúrgico (média de 2,5 dias). A substituição da prótese provisória pela

definitiva ocorreu, em média, após 4,1 meses. Um paciente apresentou quatro

implantes perdidos após 10 semanas em função. Segundo os autores, a falha deveu-se

a um processo infeccioso. Os demais implantes permaneceram estáveis durante o

acompanhamento, apresentando uma perda óssea marginal de 1,3 mm ± 0,6 mm.

A taxa de sobrevivência e a cicatrização dos tecidos perimplantares foram

comparadas em relação a implantes do sistema Brånemark® usinados e com superfície

TiUnite®, submetidos à função imediata. Quinze pacientes, apresentando edentulismo

total mandibular, foram selecionados para o estudo. Em um lado do arco inferior,

implantes usinados foram instalados, e no lado oposto, implantes com superfície

TiUnite® foram utilizados. Próteses fixas provisórias foram conectadas aos implantes

no mesmo dia, sendo trocadas pelas definitivas após dez dias. Os autores não

identificaram diferenças estatisticamente significativas entre os implantes (FRÖBERG et

al. 2006).

A função imediata em implantes do sistema Brånemark®, com superfície

TiUnite®, também foi avaliada por DEGIDI et al. (2006), em um estudo prospectivo com

três anos de acompanhamento. Um total de 142 implantes foi instalado em 29

pacientes edentados totais. Desses 142 implantes instalados, 119 foram submetidos à

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função imediata (grupo 1) e 23 seguiram o protocolo de provisionalização imediata sem

função oclusal (grupo 2). Não houve falhas em ambos os grupos, resultando em uma

taxa de sucesso de 100%. Após 36 meses, a perda óssea marginal perimplantar foi de

1,0 mm.

2.5.4 – Estudos clínicos longitudinais envolvendo implantes trans-

alveolares

GRUNDER et al. (1999) compararam as técnicas de implante mediato e imediato

pós-extração, através de um estudo prospectivo multicêntrico. Os procedimentos foram

classificados em cinco subgrupos de acordo com a técnica cirúrgica empregada. O

grupo 1 foi designado para os procedimentos de instalação imediata pós-extração sem

utilização de membranas. No grupo 2, os implantes foram instalados entre três e cinco

semanas pós-extração. No grupo 3, membranas foram posicionadas sob o alvéolo de

extração. No grupo 4, enxertos ósseos de natureza xenógena foram utilizados e o

grupo 5 consistiu em uma mistura dos grupos três e quatro. Foram utilizados implantes

do sistema Brånemark® com diferentes diâmetros (3,0 mm, 3,75 mm, 4,0 mm e 5,0

mm) e comprimentos (7 a 20 mm) para o tratamento de pacientes parcialmente

edentados ( maxila e mandíbula ). Este estudo teve um período de acompanhamento

de três anos apresentando uma taxa de sobrevivência de 93,5% e uma perda óssea ao

redor dos implantes na ordem de 1,5 mm na maxila e de 0,9 mm na mandíbula após um

ano.

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ROCCI et al. (2003) através de um estudo retrospectivo de três anos de

acompanhamento, avaliaram 97 implantes MKIV do sistema Brånemark® sem

tratamento de superfície instalados em 46 pacientes. Os implantes foram instalados

mediante a utilização de guias cirúrgicas pré-fabricadas permitindo uma abordagem

cirúrgica sem retalho. A integridade das paredes dos alvéolos cirúrgicos foi atestada por

sondagem trans-operatória. Das 52 restaurações realizadas, 25 compreenderam

próteses fixas e 27, próteses unitárias. Próteses provisórias foram conectadas aos

implantes imediatamente após o procedimento cirúrgico. Nove implantes falharam

clinicamente antes de oito semanas, resultando em uma taxa cumulativa de

sobrevivência de 90,7%. A perda óssea perimplantar foi de 1,5 mm, após três anos.

KAN et al. (2003) realizaram um estudo prospectivo com um ano de

acompanhamento, com o intuito de avaliar os resultados estéticos de implantes

instalados na pré-maxila submetidos a provisionalização imediata. Trinta e cinco

pacientes com idade média de 36,5 anos foram incluídos no estudo. Trinta e cinco

implantes Replace® revestidos com hidroxiapatita foram instalados em alvéolos de

extração. As próteses definitivas foram conectadas após 6 meses. Os pacientes foram

submetidos a um programa de rechamada, com a realização de avaliação clínica e

radiográfica após 3, 6 e 12 meses da instalação dos implantes. A reabsorção óssea

média foi de 0,93 mm após um ano.

DE KOK et al. (2006) também abordaram a provisionalização imediata em

implantes na região estética. Os autores avaliaram retrospectivamente, 43 implantes

Astra Tech® (Astra Tech, Waltham, MA) com superfície texturizada (TiO2) instalados

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entre 12 e 30 meses pós-exodontia. Quatro implantes falharam após seis semanas em

função. A reabsorção óssea observada, após 30 meses, foi de 0,31 mm ± 0,39 mm.

Uma análise comparativa dos resultados clínicos de implantes submetidos à

carga imediata e provisionalização imediata foi feita por DEGIDI & PIATTELLI (2003). O

estudo contou com a participação de 152 pacientes edentados totais e parciais, que

receberam um total de 646 implantes. Função imediata foi aplicada em 422 implantes,

instalados em 65 pacientes; enquanto a provisionalização imediata foi utilizada em 224

implantes. O primeiro grupo apresentou uma taxa cumulativa de sobrevivência de

98,6%, enquanto no segundo grupo, essa taxa foi de 99,1%.

2.6 – Revisões sistemáticas em implantes

Existem algumas revisões sistemáticas em Implantodontia. ESPOSITO et al.

(2007, a) analisaram o efeito do tratamento de superfície dos implantes endósseos na

perda óssea marginal perimplantar. No modelo metodológico adotado, a hipótese nula

testada foi de não haver diferenças na performance clínica de implantes com diferentes

tratamentos de superfície. Os fabricantes dos implantes, bem como seus respectivos

projetos foram os seguintes:

1- Astra Tech® com superfície TIO2 (Astra Tech AB, Mölndal, Sweden).

2- Brånemark® Standard sem tratamento de superfície (Nobel Biocare AB,

Göteborg, Sweden).

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3- Brånemark® MkII sem tratamento de superfície (Nobel Biocare AB,

Göteborg, Sweden).

4- Brånemark® cônico sem tratamento de superfície (Nobel Biocare AB,

Göteborg, Sweden).

5- Brånemark® Mk IV sem tratamento de superfície (Nobel Biocare AB,

Göteborg, Sweden).

6- Brånemark® TiUnite (Nobel Biocare AB, Göteborg, Sweden).

7- IMZ® TPS cilíndrico (Friedrichsfeld AG, Mannheim, Germany).

8- ITI® TPS hollow screws and cylinders (Institut Straumann AG,

Waldenburg, Switzerland).

9- ITI® TPS solid screws (Institut Straumann AG, Waldenburg, Switzerland).

10- ITI® SLA solid screws (Institut Straumann AG, Waldenburg, Switzerland).

11- Southern® com superfície jateada (Southern Implants Irene, South

Africa).

12- Steri-Oss® HL com superfície jateada (Steri-Oss, Yorba Linda, CA, USA).

O critério de seleção privilegiou trabalhos com tempo de acompanhamento

radiográfico de pelo menos um ano. A coleta de dados, bem como os critérios de

elegibilidade foram realizados por dois revisores. A revisão contou com 12 trabalhos

contendo informações de 512 pacientes. Não houve diferenças estatísticas entre os

grupos avaliados.

Os mesmos autores, utilizando a mesma metodologia na coleta e interpretação

dos dados, realizaram uma revisão sistemática tendo como objetivo testar a hipótese

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nula de não haver diferenças na perda óssea perimplantar em diferentes protocolos de

carga convencional, precoce e imediata. Foram selecionados sete estudos envolvendo

124 pacientes sob protocolos de carga imediata (dois a três dias), carga precoce (seis

semanas) e carga convencional (três a oito meses). Não houve diferenças entre os

grupos (ESPOSITO et al. 2007, d).

A revisão sistemática com metanálise foi utilizada por SHALABI et al. (2007) para

estimar a taxa de sobrevivência de implantes instalados com auxílio de osteótomo. Os

critérios de inclusão foram: estudos clínicos longitudinais ou relatos de caso que

abordavam implantes com auxílio de osteótomo e estudos clínicos controlados. Um total

de 164 resumos foi selecionado. Após serem submetidos à análise de qualidade,

restaram apenas cinco estudos, que por sua vez foram encaminhados para a fase de

extração de dados. Os autores concluíram que os implantes instalados com auxílio de

osteótomos apresentaram uma taxa de sobrevivência similar aos implantes instalados

de forma convencional.

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3. Proposição

Os objetivos deste estudo são:

1) Avaliar a perda óssea marginal em implantes de um e dois passos cirúrgicos

através de um estudo de revisão sistemática e metanálise;

2) Avaliar a heterogeneidade dos estudos clínicos longitudinais que avaliaram a

perda óssea marginal em implantes de um e dois passos cirúrgicos;

3) No caso de estudos com resultados heterogêneos, identificar as possíveis

variáveis associadas à heterogeneidade;

4) Descrever os resultados da perda óssea marginal ao redor de implantes de

um e dois passos cirúrgicos;

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4. Materiais e métodos

4.1. Estratégia de busca dos estudos

Optou-se por uma estratégia de busca ampla, incluindo dados bibliográficos da

área de saúde e específicos da área de Implantologia Oral, para que fossem diminuídos

os vieses da seleção.

4.1.1. Bases de dados bibliográficos

Os dados foram extraídos das seguintes fontes:

CCTR (Cochrane Controlled Trials Register-Cochrane Library) - Base de dados

oriundos da biblioteca Cochrane. Inclui artigos publicados em anais de congressos e

em outras fontes de dados não disponíveis nos principais endereços eletrônicos. O

centro também é responsável pela publicação trimestral da Cochrane Library, uma

revista em formato de CD-ROM com revisões sistemáticas, além de uma base de dados

com referências de ensaios clínicos publicados em periódicos indexados ou não.

MEDLINE - Base de dados proveniente da Biblioteca Nacional de Medicina dos

Estados Unidos.

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Houve artigos obtidos sem consulta às bases bibliográficas citadas acima. Os

periódicos consultados foram as seguintes:

International Journal of Oral and Maxillofacial Implants

Clinical Oral Implant Research

Clinical Implant Dentistry and Related Research

4.2. Critérios de inclusão

Os trabalhos utilizados nesta revisão apresentaram uma padronização dos

sujeitos da pesquisa, sendo caracterizado por pacientes sem comprometimento

sistêmico relevante, de ambos os sexos, com os mais distintos graus de edentulismo e

com idade entre 15 e 83 anos.

Como critérios de inclusão, foram utilizados estudos clínicos de

acompanhamento longitudinal em seres humanos com avaliação radiográfica da perda

óssea marginal perimplantar.

4.3. Desfechos

Perda óssea marginal perimplantar identificada radiograficamente em implantes

osseointegrados de um e dois estágios cirúrgicos;

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74

4.4. Palavras - Chave

A identificação do tipo de participante (seres humanos), do tipo de intervenção

(análise radiográfica da perda óssea marginal perimplantar) e do desenho metodológico

do estudo compuseram a estratégia de busca dos estudos. As palavras chaves foram:

estudos longitudinais, perda óssea marginal perimplantar.

4.5. Métodos de revisão

4.5.1. Análise da elegibilidade

Durante a pesquisa realizada, foram selecionados 245 resumos de artigos em

inglês. Desses, 152 trabalhos não mencionavam, do ponto de vista quantitativo, a perda

óssea marginal perimplantar, o que correspondia ao cerne da discussão. Dessa forma,

restaram 93 trabalhos (QUADRO 1) relacionados ao objetivo do estudo e com

informações relevantes, que puderam ser submetidos à análise de qualidade

(Organograma 1).

A análise de elegibilidade procedeu-se através da leitura dos trabalhos por dois

avaliadores atuando em uma fase de pré-qualificação dos mesmos.

Cabe ressaltar, que a busca foi restritiva ao idioma inglês, devido à inexistência

de estudos longitudinais publicados em periódicos na l com relação à análise

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75

quantitativa da perda óssea marginal perimplantar, independente do sistema de

implante utilizado.

4.5.2. Critérios de exclusão

Os seguintes parâmetros foram adotados para exclusão dos trabalhos mediante

avaliação da qualidade metodológica:

Estudos retrospectivos

Estudos prospectivos possuem importância metodológica maior em detrimento

aos retrospectivos, pois a metodologia de análise é previamente concebida e existe um

melhor controle dos elementos que compõe a amostra. Quando critérios de avaliação

dos implantes não são pré-definidos, os resultados passam a refletir meramente a

casuística pessoal do autor (VIDIGAL JR. 1998).

Trabalhos envolvendo número de implantes instalados inferior a 100

Este parâmetro encontra respaldo através de um protocolo da FDA, onde foram

estabelecidas duas normas básicas para comercialização de implantes osseointegrados

em seres humanos: 1o- apresentar um estudo prospectivo, com, no mínimo, 100

pacientes tratados consecutivamente durante três anos; e 2o- associados aos

resultados de dois anos de acompanhamento, resultando em cinco anos de

acompanhamento clínico (American Dental Association, 1993).

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Tempo de acompanhamento inferior a um ano

Desde o trabalho clássico publicado por ADELL et al. (1981) convencionou-se

apresentar nos resultados dos estudos envolvendo implantes osseointegrados, a perda

óssea perimplantar observada no decorrer do primeiro ano de função oclusal e nos

anos subseqüentes como uma forma de avaliação do desempenho clínico dos mesmos.

Posteriormente, tal parâmetro passou a ser avaliado como um dos critérios de avaliação

de sucesso no contexto da terapia implantar.(ALBREKTSON et al., 1986).

Estudos envolvendo um número de pacientes inferior a vinte

Esse número mínimo de pacientes foi uma medida aleatória baseada no

tratamento de pacientes edentados totais com a instalação de cinco implantes por

paciente, resultando num total de 100 implantes instalados, objetivando a realização de

uma prótese do tipo protocolo.

Estudos envolvendo carga imediata e função precoce

Optou-se por excluir estudos envolvendo carga imediata e função precoce com o

objetivo de eliminar os possíveis efeitos deletérios da função oclusal precoce no

resultado da análise.

Estudos envolvendo pilares protéticos de ouro ou ligas áureas

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Esse critério de exclusão está baseado cientificamente no estudo de

ABRAHANSSOM et al. (1998); no qual, através de um estudo em cães, foi observada

uma melhor adaptação da mucosa perimplantar aos pilares protéticos de titânio e

alumina quando comparado aos pilares de ouro e porcelana fundida. Isso gerou uma

menor migração apical do epitélio juncional e uma menor reabsorção óssea

perimplantar.

Estudos envolvendo a instalação de implantes imediatos pós-extração

Esse critério de exclusão está baseado na possibilidade da influência da

distância residual entre as paredes ósseas do alvéolo cirúrgico e a superfície do

implante no nível ósseo perimplantar.

Características pessoais dos participantes dos estudos, características

anatômicas das regiões candidatas a receberem implantes, bem como hábitos

parafuncionais não foram abordados.

As características dos estudos originais quanto á amostra e aos resultados estão

relacionadas nos QUADROS 1 e 2, respectivamente.

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Resultados

Figura 1- Etapas cumpridas na seleção dos estudos

93 estudos elegíveis identificados para avaliação de

qualidade

15 estudos elegíveis selecionados pela análise de

qualidade e incluídos na etapa de extração dos dados

12 estudos incluídos na revisão sistemática

78 estudos excluídos através dos critérios de exclusão

Três estudos excluídos na etapa de extração dos dados por não

apresentarem os resultados com suas respectivas médias e

desvios-padrão

245 resumos de artigos de estudos clínicos longitudinais

com implantes

152 estudos excluídos por não apresentarem o desfecho ( perda óssea marginal perimplantar)

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QUADRO1- Características dos estudos originais quanto á amostra.

Autor/ ano Estudo Multicêntrico N pacientes N implantes

Ricci et al. (2004) Prospectivo Não 51 112 Lorenzoni M et al.(2003) Prospectivo Não 7 43

Malevez et al.(1996) Retrospectivo Não 75 84 Moberg et al.(1999) Prospectivo Não 29 30 Zarone et al.(2006) Prospectivo Não 30 34

Ericsson I et al.(1997) Prospectivo Não 11 61 Maló et al.(2006) Retrospectivo Não 46 189

Hallman M et al.(2005) Retrospectivo Não 22 156 Glauser R et al.(2005) Prospectivo Não 38 102 Brechter M et al.(2005) Prospectivo Não 47 200

Testori et al.(2001) Prospectivo Sim 181 485 Testori et al.(2003) Prospectivo Não 15 103 Naert et al.(2002) Retrospectivo Não 660 1655

Norton et al.(2004) Retrospectivo Não 25 28 Cooper et al.(2001) Prospectivo Sim 52 58

Norton & Wilson et al.(2002) Prospectivo Não 17 40 Kan et al.(2003) Prospectivo Não 35 35 Maló et al.(2003) Retrospectivo Não 44 238

De Kok I et al.(2006) Retrospectivo Não 28 43 Fischer etal.(2006) Retrospectivo Não 24 142

Yoo et al.(2006) Retrospectivo Não 174 347 Wolfinger G et al(2003) Retrospectivo Não 34 274

Bergendal T.&Engqvist B(1998) Prospectivo Não 49 115 Scheller H et al.(1998) Prospectivo Sim 92 99

Hallman M (2001) Prospectivo Não 40 182 Chiapasco M et al.(2001) Prospectivo Não 20 80

Degidi M & Piatelli A (2003) Prospectivo Não 152 646 McGlumphy E et al.(2003) Prospectivo Não 121 429

Proussaefs P (2002) Prospectivo Não 10 10 Warren P et al.(2002) Retrospectivo Não 48 102

Krennmair G et al.(2002) Retrospectivo Não 112 146 Heydenrijk K et al.(2003) Prospectivo Não 60 120

Tawil G et al.(2003) Retrospectivo Não 111 269 Vigolo et al.(2004) Prospectivo Não 12 24

Bornstein M et al.(2005) Prospectivo Não 51 104 De Leonardis D et al.(1994) Prospectivo Não 63 100 Branemark P-I et al.(1999) Prospectivo Não 50 150

Weibrich G et al.(2001) Prospectivo Não 107 515 Deporter D et al.(2001) Prospectivo Não 24 48 Glauser R et al.(2003) Prospectivo Não 38 102 Rocci A et al.(2003) Retrospectivo Não 46 97

Calandriello R et al.(2003) Prospectivo Sim 44 50 Maló P et al.(2003) Prospectivo Sim 76 116

Bogaerde LV et al.(2003) Prospectivo Sim 31 124 Rocci A et al.(2003) Prospectivo Não 44 111

Calandriello R et al.(2003) Prospectivo Não 26 50 Becker W et al.(2003) Prospectivo Não 20 92

Renouard F et al.(1999) Prospectivo Não 74 98 Ivanoff C-J et al.(1999) Retrospectivo Não 67 299 Grunder U et al.(1999) Prospectivo Sim 143 264

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Behneke A et al.(2000) Prospectivo Não 55 114 Bahat O et al.(2000) Retrospectivo Não 202 660

Eliasson A et al.(2000) Prospectivo Não 119 476 Johansson B et al.(1999) Prospectivo Não 76 460 Lekholm U et al.(1999) Prospectivo Sim 127 461

Roynesdal A-K et al.(1999) Prospectivo Não 14 42 Mericske-Stern R et al.(2002) Prospectivo Não 41 173

Friberg B et al.(2002) Retrospectivo Não 99 379 Zechner W et al.(2004) Retrospectivo Não 51 204

Narhi T et al.(2001) Retrospectivo Não 16 84 Andersen E et al.(2001) Prospectivo Não 45 60 Gaucher H et al.(2001) Retrospectivo Sim 172 688 Andersen E et al.(2002) Prospectivo Não 8 8 Romeo E et al.(2002) Prospectivo Não 20 80 Testori T et al.(2004) Prospectivo Sim 62 325 Visser A et al.(2005) Prospectivo Não 60 180 Romeo E et al.(2006) Prospectivo Não 188 330 Bischof M et al.(2006) Retrospectivo Não 212 263

Turkylmaz I et al.(2006) Prospectivo Não 20 40 Watzak G et al.(2006) Retrospectivo Não 51 204 Norton M et al.(2006) Prospectivo Não 54 173 Shin Y-K et al.(2006) Prospectivo Não 68 107

Weibrich G et al.(2006) Prospectivo Não 58 190 Behneke A et al.(1997) Prospectivo Não 109 320

Gomez-Roman G et al.(1997) Prospectivo Não 376 696 Misch C & Degidi M.(2003) Prospectivo Não 30 244

Jemt T et al.(2006) Prospectivo Não 76 450 Degidi M et al.(2006) Prospectivo Não 29 142

Rasmusson L et al.(2005) Prospectivo Não 36 199 Froberg K-K et al.(2006) Prospectivo Não 15 89

Olsson M et al.(2003) Prospectivo Não 10 61 Friberg B et al.(2005) Prospectivo Sim 187 478

Villa R et al.(2005) Prospectivo Não 20 97 Friberg B et al.(2005) Retrospectivo Não 152 750

Jemt T & Leckholm U.(1993) Prospectivo Não 77 259 van Steenbegrhe D.et al.(1990) Prospectivo Sim 159 558

Adell et al.(1981) Prospectivo Não 371 2768 Spiekermann et al.(1995) Prospectivo Não 136 300

Leimola-Virtanen et al.(1995) Prospectivo Não 42 164 Becker W et al.(1997) Prospectivo Sim 63 135

Weber et al.,(2000) Prospectivo Não 46 112 Wismeijer et al.,(1999) Prospectivo Não 110 283 Ferrigno et al.(2002) Prospectivo Sim 233 1286

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QUADRO 2- Características dos estudos originais quanto aos resultados

Autor/ ano Follow-up Drop out Perda óssea (mm)

Ricci et al. (2004) 5 anos ND 2,17±1,6 mm Lorenzoni M et al.(2003) 6 meses ND 0,9 mm(1 passo) 0,33 mm(2 passos)

Malevez et al.(1996) 9-75 meses ND 0,8 mm 1 ano e 0,1 mm anual Moberg et al.(1999) 11-63 meses 2 pacientes 0,45±0,69mm após 4 anos Zarone et al.(2006) 24-39 meses 1 paciente 1,2 ±0,61 mm

Ericsson I et al.(1997) 18-60 meses Não 0,0±0,5 mm(1 pas) e -0,1±0,5 mm(2 pas)

Maló et al.(2006) 1 ano 2 pacientes/ 2

implantes 1,2±0,7 mm Hallman M et al.(2005) 5 anos Não 2,3±0,8mm( B) e 2,4±1,4mm(AT) após 5 anos

Glauser R et al.(2005) 5 anos 22 implantes após 5

anos 1,3±0,9 mm após 4 anos Brechter M et al.(2005) 30 meses 15 pacientes 2,2±0,5 mm após 1 ano

Testori et al.(2001) 4 anos 16 pacientes e 39

implantes 0,13±0,8 mm

Testori et al.(2003) 4 anos 8 pacientes e 64

implantes 1,25 mm Naert et al.(2002) 16 anos ND 1,23±0,11 mm 1 ano e 0,025 mm anual Norton et al.(2004) 1 ano Não 0,4 mm Cooper et al.(2001) 1 ano ND 0,4 mm Norton & Wilson et

al.(2002) 3 anos 3 pacientes 0,45 mm após 1 ano Kan et al.(2003) 1 ano Não 0,93 mm após 1 ano Maló et al.(2003) 1 ano Não 1,2±1,2 mm após 1 ano

De Kok I et al.(2006) 12-30 meses 3 pacientes e 4

implantes 0,31±0,39 mm Fischer etal.(2006) 3 anos ND 2,68 mm(GT) e 3,52 mm(GC)

Yoo et al.(2006) 6,9±4,0meses 25 pacientes e 131

implantes 0,9±0,4 mm Wolfinger G et al(2003) 5 anos 1 paciente 0,46±0,53 mm Bergendal T.&Engqvist

B(1998) 8 anos 6 pacientes e 43

implantes 0,5 mm(mand) e 1,0 mm(max) após 4 anos

Scheller H et al.(1998) 5 anos 15 pacientes e 24

implantes 0,45 mm±0,95 mm(após 1 ano) Hallman M (2001) 1 ano Não 0,35±1,05 mm Chiapasco M et

al.(2001) 2 anos Não 1,5 mm(GT) e 1,2 mm(GC) após 2 anos Degidi M & Piatelli A

(2003) 2-60 meses ND 1,1±0,2 mm após 5 anos McGlumphy E et

al.(2003) 7 anos 315 implantes(após

7 anos) 1,2 mm(mand) e 1,4 mm(max) Proussaefs P (2002) 1 ano Não 0,90±0,32 mm após 1 ano Warren P et al.(2002) 3 anos 33 implantes 0,36±0,6 mm após 3 anos

Krennmair G et al.(2002) 7 anos Não 1,3±0,8 mm após 7 anos

Heydenrijk K et al.(2003) 2 anos

1 paciente e 3 implantes(2 anos) 1,1±1,0 mm(G1)/0,8±1,1 mm(G2)/1,2±1,1 mm(G3)

Tawil G et al.(2003) 12-92 meses 4 pacientes 0,71±0,65 mm após o estudo Vigolo et al.(2004) 4 anos Não 0,8 mm após 4 anos

Bornstein M et al.(2005) 3 anos 1 paciente e 2

implantes 0,08 mm(após 3 anos) De Leonardis D et

al.(1994) 5 anos 1 paciente e 2

implantes 0,78 mm após 1 ano Branemark P-I et

al.(1999) 2 anos Não 0,53±1,13 mm após 3 anos

Weibrich G et al.(2001) 3 anos 27 pacientes e 130

implantes 1,5 mm após 34 meses Deporter D et al.(2001) 4 anos 33 implantes 0 (níveis estáveis após 4 anos) Glauser R et al.(2003) 1 anos Não 1,2±0,9 mm após 1 ano Rocci A et al.(2003) 3 anos Não 1,5 mm após 3 anos

Calandriello R et al.(2003) 1 ano Não 1,3±0,6 mm após 1 ano

Maló P et al.(2003) 1 ano 5 pacientes e 8 1,2±0,94 mm após 1 ano

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implantes Bogaerde LV et

al.(2003) 18 meses Não 1,6±1,3 mm Rocci A et al.(2003) 1 ano Não 0,9±0,7 mm(TiU) e 1,0±0,9 mm(U) após 1 ano

Calandriello R et al.(2003) 2 anos

39 implantes( 24 meses) 1,2±0,8 mm após 1 ano

Becker W et al.(2003) 4 anos 6 pacientes e 25

implantes 1,96±0,59 mm após 1 ano Renouard F et al.(1999) 1 ano Não 0,63±0,3 mm após 1 ano Ivanoff C-J et al.(1999) 5 anos 145 implantes 0,24±0,56 mm após 1 ano Grunder U et al.(1999) 3 anos 36 pacientes 1,5 mm(maxila) e 0,9 mm(mand) após 1 ano

Behneke A et al.(2000) 5 anos 8 pacientes e 20

implantes 1,2 mm após 5 anos

Bahat O et al.(2000) 12 anos 81 pacientes e 97

implantes 0,64±0,91 mm após 86,2 meses

Eliasson A et al.(2000) 5 anos 66 pacientes ( após

5 anos) 0,5 mm após 5 anos Johansson B et

al.(1999) 3 anos 71 implantes 1,0±0,1 mm após 1 ano

Lekholm U et al.(1999) 10 anos 38 pacientes e 113

implantes 0,7±0,9 mm após 10 anos Roynesdal A-K et

al.(1999) 3 anos 2 pacientes e 6

implantes 0,27 mm(Usi)/1,5 mm(TPS)/0,55 mm(HÁ) após 3 anos Mericske-Stern R et

al.(2002) 5 anos 1paciente e 13

implantes 0,7 mm após 5 anos

Friberg B et al.(2002) 5 anos 66 pacientes ( após

5 anos) 1,07±0,8 mm após 1 ano

Zechner W et al.(2004) 3 anos 15 pacientes e 60

implantes 2,4±0,23 mm(Usi) e 1,64±0,23 mm(SE) após 3 anos Narhi T et al.(2001) 6 anos ND 0,23±0,1 mm após 72 meses

Andersen E et al.(2001) 3 anos 5 pacientes e 8

implantes 1,2±0,43 mm após 1 ano

Gaucher H et al.(2001) 3 anos 1 paciente e 3

implantes(2 anos) 0,05±0,78 mm após 3 anos Andersen E et al.(2002) 5 anos Não 0,53 mm após 5 anos Romeo E et al.(2002) 2 anos Não 0,41±0,12 mm(GT)/0,37±0,22 mm(GC)

Testori T et al.(2004) 5 anos 217 implantes(após

36 meses) 1,2 mm após 5 anos Visser A et al.(2005) 5 anos ND 1,6 mm(2i) e 1,25 mm(4i) após 5 anos

Romeo E et al.(2006) 7 anos 27 pacientes e 48

implantes 1,5±1,5 mm(3,3)/1,4±1,1 mm(4,1) após 7 anos

Bischof M et al.(2006) 5 anos 91 implantes (após

2 anos ) 0,66 mm após 5 anos Turkylmaz I et al.(2006) 1 ano Não 0,3 mm após 1 ano

Watzak G et al.(2006) 33 meses 20 pacientes e 80

implantes 1,17±0,13 mm(TU)/1,42±0,13 mm(Us) após 33 meses Norton M et al.(2006) 5 anos Não 0,7±0,63 mm(mand)/0,56±0,38 mm(max) após 5 anos

Shin Y-K et al.(2006) 1 ano Não 1,32±0,27 mm(G1)/0,76±0,21 mm(G2)/0,18±0,16

mm(G3) após 1 ano

Weibrich G et al.(2006) 4 anos 19 pacientes e 56

implantes 0,9 mm(após 22 meses)

Behneke A et al.(1997) 3 anos 10 pacientes e 29

implantes 0,8 mm (após 3 anos) Gomez-Roman G et

al.(1997) 5 anos 9 pacientes e 10

implantes 1,0 mm(após 1 ano) Misch C & Degidi

M.(2003) 5 anos Não 0,7 mm após 6 meses

Jemt T et al.(2006) 15 anos 44 pacientes e 247

implantes 0,5±0,47 mm após 5 anos Degidi M et al.(2006) 3 anos Não 1,0 mm após 3 anos

Rasmusson L et al.(2005) 10 anos

8 pacientes e 44 implantes 1,27±1,15 mm após 7 anos

Froberg K-K et al.(2006) 18 meses Não 0,75±1,62 mm após 18 meses Olsson M et al.(2003) 1 ano Não 1,3±0,6 mm após 1 ano Friberg B et al.(2005) 1 ano 34 pacientes 1,4 mm após 1 ano

Villa R et al.(2005) 44 meses Não 0,7±1,2 mm após 44 meses

Friberg B et al.(2005) 1 ano 12 pacientes e 58

implantes 0,4 mm após 1 ano

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Jemt T & Leckholm U.(1993) 5 anos 7 pacientes 0,6 mm(mandíbula) e 0,8 mm(maxila)

van Steenbegrhe et al (1990) 5 anos 37 implantes 0,4±0,65 mm após 1 ano

Adell et al.(1981) 15 anos ND 1,5 mm após 1 ano e 0,1 mm anualmente Spiekermann et

al.(1995) 11 anos ND 0,54±0,57 mm(IMZ) e 0,22±0,27 mm (ITI) Leimola-Virtanen et

al.(1995) 10 anos ND 0,25±0,33 mm anual Becker W et al.(1997) 1 ano 29 pacientes 1,36±0,63 mm após 1 ano Weber et al.,(2000) 5 anos 6 implantes 0,6 mm primeiro ano e 0,05 mm anual

Wismeijer et al.,(1999) 19 meses ND 1,5±0,26 mm após 19 meses

Ferrigno et al.(2002) 10 anos 8 pacientes e 30

implantes 3,4±1,00 mm após 10 anos

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QUADRO 3- Estudos elegíveis para análise de qualidade

Autor/ ano

Ricci et al. (2004)

Lorenzoni M et al.(2003)

Malevez et al.(1996)

Moberg et al.(1999)

Zarone et al.(2006)

Ericsson I et al.(1997)

Maló et al.(2006)

Hallman M et al.(2005)

Glauser R et al.(2005)

Brechter M et al.(2005)

Testori et al.(2001)

Testori et al.(2003)

Naert et al.(2002)

Norton et al.(2004)

Cooper et al.(2001)

Norton & Wilson et al.(2002)

Kan et al.(2003)

Maló et al.(2003)

De Kok I et al.(2006)

Fischer et al.(2006)

Yoo et al.(2006)

Wolfinger G et al (2003)

Bergendal T & Engqvist B(1998)

Superfície

Microtexturizada

Microtexturizada

Usinada e texturizada

Microtexturizada

SLA

Usinada

Ti Unite

Usinada/TiOblast

Ti Unite

Ti Unite

osseotite

osseotite

Usinada/HÁ

TiOblast

TiOblast

TiOblast

Ti Unite

TiOblast

SLA

Microtexturizada/TPS/HA

Usinada

Usinada

Fabricante

Frialit

Frialit

Nobel Biocare

ITI

ITI

Nobel Biocare

Nobel Biocare

Nobel Biocare/Astra Tech

Nobel Biocare

Nobel Biocare

3I

3I

Nobel Biocare

Astra Tech

Astra Tech

Astra Tech

Nobel Biocare

Nobel Biocare

Astra Tech

ITI

Bicon

Nobel Biocare

Nobel Biocare

N passos

2

1 e 2

2

2

2

1 e 2

1

2

1

2

2

1

2

2

1

2

1

1 e 2

1

1

1 e 2

1 e 2

2

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85

Scheller H et al.(1998)

Hallman M (2001)

Chiapasco M et al.(2001)

Degidi M & Piatelli A (2003)

McGlumphy E et al.(2003)

Proussaefs P (2002)

Warren P et al.(2002)

Krennmair G et al.(2002)

Heydenrijk K et al.(2003)

Tawil G et al.(2003)

Vigolo et al.(2004)

Bornstein M et al.(2005)

De Leonardis D et al.(1994)

Branemark P-I et al.(1999)

Weibrich G et al.(2001)

Deporter D et al.(2001)

Glauser R et al.(2003)

Rocci A et al.(2003)

Calandriello R et al.(2003)

Maló P et al.(2003)

Bogaerde LV et al.(2003)

Rocci A et al.(2003)

Calandriello R et al.(2003)

Becker W et al.(2003)

Renouard F et al.(1999)

Ivanoff C-J et al.(1999)

Usinada

TPS

Usinada

HÁ/TPS/Usinada/SLA/RBM

TiOblast

microtexturizada

TPS

Usinada

Usinada

SLA

microtexturizado

Usinada

Usinada

Porosa

Ti Unite

Usinada

Ti Unite

Usinada

Usinada

Usinada/Ti Unite

Usinada

Usinada

Usinada

Usinada

Nobel Biocare

ITI

Nobel Biocare

Nobel Biocare/IMZ/Restore/3I/Frialit

Omniloc

Nobel Biocare

Astra Tech

Frialit

IMZ/ITI

Nobel Biocare

3i

ITI

Minimatic

Nobel Biocare

Astra Tech

Endopore

Nobel Biocare

Nobel Biocare

Nobel Biocare

Nobel Biocare

Nobel Biocare

Nobel Biocare

Nobel Biocare

Nobel Biocare

Nobel Biocare

Nobel Biocare

2

1

1

1

2

1

2

2

1 e 2

2

2

1

2

1

2

2

1

1

1

1

1

1

1

1

2

2

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86

Grunder U et al.(1999)

Behneke A et al.(2000)

Bahat O et al.(2000)

Eliasson A et al.(2000)

Johansson B et al.(1999)

Lekholm U et al.(1999)

Roynesdal A-K et al.(1999)

Mericske-Stern R et al.(2002)

Friberg B et al.(2002)

Zechner W et al.(2004)

Narhi T et al.(2001)

Andersen E et al.(2001)

Gaucher H et al.(2001)

Andersen E et al.(2002)

Romeo E et al.(2002)

Testori T et al.(2004)

Visser A et al.(2005)

Romeo E et al.(2006)

Bischof M et al.(2006)

Turkylmaz I et al.(2006)

Watzak G et al.(2006)

Norton M et al.(2006)

Shin Y-K et al.(2006)

Weibrich G et al.(2006)

Behneke A et al.(1997)

Gomez-Roman G et al.(1997)

Usinada

Microtexturizada

Usinada

Usinada

Usinada

Usinada

Usinada/TPS/HÁ

Microtexturizada

Usinada

Usinada/Microtexturizada

Usinada

Usinada

osseotite

TPS

Microtexturizada

osseotite

TPS

TPS

SLA

Ti Unite

Usinada/Ti Unite

Microtexturizada

Microtexturizada

TPS

Microtexturizada

TPS

Nobel Biocare

ITI

Nobel Biocare

Nobel Biocare

Nobel Biocare

Nobel Biocare

3i

ITI

Nobel Biocare

Nobel Biocare/Frios

Nobel Biocare/IMZ/Dyna

Nobel Biocare

3i

ITI

ITI

3i

IMZ/ITI

ITI

ITI

Nobel Biocare

Nobel Biocare

Astra Tech

Ankylos/Lifecore/Oneplant

Frialit

ITI

Frialit

2

2

2

2

2

2

1

2

2

2

2

2

2

1

1

1

2

1

2

1

2

2

1

2

2

2

Page 90: UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO “PROFESSOR JOSÉ DE … · e Marcelo Correia Manso pelo aprendizado da especialidade no aspecto ético, humano ... Aos fraternos amigos Marcos Túlio

87

Misch C & Degidi M.(2003)

Jemt T et al.(2006)

Degidi M et al.(2006)

Rasmusson L et al.(2005)

Froberg K-K et al.(2006)

Olsson M et al.(2003)

Friberg B et al.(2005)

Villa R et al.(2005)

Friberg B et al.(2005)

Jemt T & Leckholm U.(1993)

van Steenbegrhe D.et al.(1990)

Adell et al.(1981)

Spiekermann et al.(1995)

Leimola-Virtanen et al.(1995)

Becker W et al.(1997)

Weber et al.,(2000)

Wismeijer et al.,(1999)

Ferrigno et al.(2002)

Microtexturizada

Usinada

Ti Unite

TiOblast

Usinada/Ti Unite

Ti Unite

Ti Unite

Usinada/Ti Unite

Usinada

Usinada

Usinada

Usinada

TPS

TPS

Usinada

TPS

TPS

TPS/SLA

Biohorizons

Nobel Biocare

Nobel Biocare

Astra Tech

Nobel Biocare

Nobel Biocare

Nobel Biocare

Nobel Biocare

Nobel Biocare

NobelBiocare

NobelBiocare

NobelBiocare

ITI / IMZ

ITI

NobelBiocare

ITI

ITI

ITI

1

2

1

2

1

1

1 e 2

1

1

2

2

2

1

1

1

1

1

1

Os 93 trabalhos foram lidos por dois avaliadores e submetidos aos critérios de

exclusão.

Os estudos de Malevez et al. (1996), Maló et al. (2006), Hallman et al. (2005),

Naert et al. (2002), Norton et al. (2004), Maló et al. (2003), De Kok et al. (2006), Fischer

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88

et al. (2006), Yoo et al. (2006), Wolfinger et al. (2003), Warren et al. (2002), Krennmair

et al. (2002), Tawil et al. (2003), Rocci et al. (2003), Ivanoff et al. (1999), Bahat et al.

(2000), Friberg et al. (2002), Zechner et al. (2004), Narhi et al. (2001), Gaucher et al.

(2001), Bischof et al. (2006), Watzak et al. (2006), Friberg et al. (2005) foram excluídos

por serem estudos clínicos longitudinais retrospectivos.

Os estudos de Lorenzoni et al. (2003), Ericsson et al. (1997), Testori et al.

(2003), Norton & Wilson et al. (2002), Proussaefs (2002), Vigolo et al. (2004), Roynesdal

et al. (1999), Narhi et al. (2001), Andersen et al. (2002), Froberg et al. (2006), Olsson et

al. (2003) foram excluídos por possuírem número insuficiente de pacientes tratados.

Os estudos de Lorenzoni et al. (2003), Malevez et al. (1996), Moberg et al.

(1999), Zarone et al. (2006), Ericsson I et al. (1997), Norton et al. (2004), Cooper et al.

(2001), Norton & Wilson (2002), Kan et al. (2003), De Kok I et al. (2006), Scheller H et

al. (1998), Chiapasco M et al. (2001), Proussaefs (2002), Vigolo et al. (2004), Deporter

et al. (2001), Rocci A et al. (2003), Calandriello R et al. (2003), Calandriello et al. (2003),

Becker et al. (2003), Renouard et al. (1999), Roynesdal et al. (1999), Narhi et al. (2001),

Andersen et al. (2001), Andersen et al. (2002), Romeo et al. (2002), Turkylmaz et al.

(2006), Froberg et al. (2006), Olsson et al. (2003) e Villa et al. (2005) foram excluídos

por apresentarem número de implantes instalados inferior a 100.

A aplicação de carga imediata aos implantes foi o motivo da exclusão dos

estudos de Lorenzoni et al. (2003), Maló et al. (2006), Glauser R et al. (2005), Testori et

al. (2003), Norton et al. (2004), Kan et al. (2003), Maló et al. (2003), De Kok et al.

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89

(2006), Yoo et al. (2006), Wolfinger et al. (2003), Chiapasco et al. (2001), Proussaefs

(2002), Brånemark et al. (1999), Glauser et al. (2003), Rocci et al. (2003), Calandriello et

al. (2003), Maló et al. (2003), Rocci et al. (2003), Calandriello et al. (2003), Andersen et

al. (2002), Romeo et al. (2002), Testori et al. (2004), Misch C & Degidi (2003), Degidi et

al. (2006), Froberg et al. (2006), Friberg et al. (2005), Leimola-Virtanen et al. (1995).

Seguindo esse raciocínio, a utilização de função precoce foi a causa da exclusão

dos estudos de Cooper et al. (2001), Fischer et al. (2006), Yoo et al. (2006), Tawil et al.

(2003), Bornstein et al. (2005), Maló et al. (2003), Bogaerde et al. (2003), Becker et al.

(2003), Turkylmaz et al. (2006), Misch C & Degidi (2003), Olsson et al. (2003), Villa et

al. (2005), Friberg et al. (2005).

Estudos que abordaram a instalação de implantes transalveolares foram

excluídos da análise. Dentre eles, pode-se citar: Norton & Wilson (2002), Kan et al.

(2003), Maló et al. (2003), De Kok et al. (2006), Yoo et al. (2006), Wolfinger et al.

(2003), Rocci et al. (2003), Maló et al. (2003), Becker et al. (2003), Grunder et al. (1999),

Villa et al. (2005) e Becker et al. (1997).

A utilização de pilares protéticos de ouro e a falta de clareza na menção da

natureza dos componentes protéticos foram as causas da exclusão dos seguintes

estudos: Zarone et al. (2006), Glauser et al. (2005), Brechter et al. (2005), Testori et al.

(2001), Naert et al. (2002), Kan et al. (2003), Chiapasco et al. (2001), Degidi & Piatelli

(2003), McGlumphy et al. (2003), Proussaefs (2002), Tawil et al. (2003), Vigolo et al.

(2004), De Leonardis et al. (1994), Weibrich et al. (2001), Deporter et al. (2001),

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90

Calandriello et al. (2003), Ivanoff et al. (1999), Grunder et al. (1999), Eliasson et al.

(2000), Johansson et al. (1999), Lekholm et al. (1999), Friberg et al. (2002), Zechner et

al. (2004), Andersen et al. (2001), Gaucher et al. (2001), Romeo et al. (2002), Visser et

al. (2005), Romeo et al. (2006), Bischof et al. (2006), Watzak et al. (2006), Shin et al.

(2006), Weibrich et al. (2006), Behneke et al. (1997), Gomez-Roman et al. (1997), Misch

& Degidi (2003), Jemt et al. (2006), Degidi et al. (2006), Rasmusson et al. (2005),

Friberg et al. (2005), Friberg et al. (2005)

Após a fase de leitura dos trabalhos, foram excluídos 78 deles por não

atenderem aos critérios de inclusão. Os 15 artigos restantes foram submetidos à análise

de qualidade. (QUADRO 4)

Durante esta fase, houve um consenso entre os avaliadores, da importância da

releitura dos trabalhos que abordavam a instalação de implantes de um estágio

cirúrgico e da exclusão dos trabalhos que envolviam a utilização de implantes de dois

passos cirúrgicos que, já na cirurgia de instalação, foram conectados aos pilares de

cicatrização, por pressupor a instalação de implantes em nível da crista óssea, levando

ao acúmulo de biofilme bacteriano próximo á plataforma do implante, que poderia

resultar em uma perda óssea maior, gerando viés, e desqualificar a avaliação.

Seguindo este raciocínio, nenhum dos trabalhos avaliados se enquadrou na

situação descrita acima e, dessa forma, os 15 estudos foram encaminhados para a fase

de extração de dados.

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91

QUADRO 4- Lista dos artigos encaminhados para análise de qualidade;

Autores Número de estágios cirúrgicos

Ricci et al. (2004) Dois

Bergendal & Engqvist (1998) Dois

Hallman M (2001) Um

Behneke A et al. (2000) Dois

Mericske-Stern R et al. (2002) Dois

Norton M et al. (2006) Dois

Heydenrijk K et al. (2003) Um e dois

Jemt T & Leckholm (1993) Dois

Van Steenbegrhe et al. (1990) Dois

Adell et al. (1981) Dois

Ferrigno et al.(2002) Um

Wismeijer et al. (1999) Um

Weber et al. (2000) Um

Spiekermann et al. (1995) Um

Visser et al. (2005) Dois

Durante a fase de extração dos dados, os estudos de BERGENDAL &

ENGQVIST (1998); BEHNEKE et al. (2000) e VISSER et al. (2005) foram excluídos por

não apresentarem os valores das médias de perda óssea perimplantar com seus

respectivos desvios-padrão. Na análise estatística, o desvio-padrão possibilita o cálculo

da variância, que por sua vez é fundamental para a metanálise. Dessa forma, 12

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92

estudos puderam ser submetidos á análise estatística, mediante a utilização do

programa STATA 8.01 (QUADRO 5).

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

STATA 8.01- (StataCorp LP, Texas, USA)

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93

QUADRO 5- Estudos submetidos à análise estatística

Autores Número de estágios cirúrgicos

Ricci et al. (2004) Dois

Hallman M (2001) Um

Mericske-Stern R et al. (2002) Dois

Norton M et al. (2006) Dois

Heydenrijk K et al. (2003) Um e dois

Jemt T & Leckholm (1993) Dois

Van Steenbegrhe et al. (1990) Dois

Adell et al. (1981) Dois

Ferrigno et al.(2002) Um

Wismeijer et al. (1999) Um

Weber et al. (2000) Um

Spiekermann et al. (1995) Um

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94

Os estudos envolvendo implantes de um passo cirúrgico apresentaram

heterogeneidade entre si. Na busca do entendimento das causas que poderiam explicar

essa não homogeneidade entre os estudos, foi proposto um modelo de meta-regressão.

Para a realização dessa metodologia, foi preciso estipular os parâmetros que seriam

analisados. Os escolhidos foram: a marca comercial, o tipo de prótese, a região das

implantações, o projeto do implante e o tipo de conexão protética.

O programa STATA 8.0 realiza a meta-regressão mediante a adoção de

parâmetros numéricos. Por isso, foi necessário codificar as variáveis de tais

parâmetros.

Com relação à marca, os estudos abordando implantes ITI receberam a

classificação 1 e os estudos envolvendo implantes ITI e IMZ receberam a classificação

2. Seguindo esse raciocínio, os estudos envolvendo próteses cimentadas e

aparafusadas e somente aparafusadas receberam as classificações 1 e 2,

respectivamente. Os estudos envolvendo implantes instalados na maxila, em ambos os

arcos e na mandíbula receberam as classificações 1, 2 e 3, respectivamente. Os

estudos envolvendo conexão interna e externa / interna receberam as classificações 1 e

2, respectivamente. O projeto do implante recebeu uma atenção específica, visto a

heterogeneidade dos projetos de implante utilizados.

No trabalho de HALLMAN et al. (2001) foram utilizados implantes ITI solid screws

(TPS) com diâmetros de 3.3 e 4.1mm. No estudo de FERRIGNO et al. (2002) foram

utilizados implantes ITI hollow screws, hollow cylinders, solid screws Standard (altura de

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95

colar polido com 2,8mm) e implantes solid screws com diâmetro reduzido. Os estudos

de WISMEIJER et al. (1999) e WEBER et al. (2000) envolveram implantes ITI. O estudo

de SPIEKERMANN et al. (1995) abordou implantes Straumann (TPS), IMZ (novo

projeto com 3,3 e 4,0mm de diâmetro), IMZ (projeto antigo). O estudo de HEIDENRIDJK

et al. (2003) abordou implantes IMZ cilíndricos (TPS) e implantes ITI solid screws (TPS).

Dessa forma, o QUADRO 6 apresenta os dados que foram transferidos ao

programa STATA 8.0 para a realização da meta-regressão. Os resultados dos

parâmetros analisados estão relacionados no QUADRO 10.

QUADRO 6- Dados transferidos ao STATA 8.0 para a realização da meta-regressão

Estudo Marca Prótese Região Projeto Conexão

Halmann et al. (2001) 1 1 1 1 2

Ferrigno et al. (2002) 1 2 2 4 2

Wismeijer et al. (1999) 1 2 3 1 1

Weber et al. (2000) 1 2 2 1 1

Spiekermann et al. (1995) 2 2 3 3 1

Heydenridjk et al. (2003) 2 2 3 2 1

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96

Os estudos envolvendo implantes de dois passos cirúrgicos (QUADRO 7) apresentaram

homogeneidade dos resultados, e por isso não foram submetidos à meta-regressão.

QUADRO 7- Parâmetros clínicos dos estudos de dois estágios cirúrgicos.

Estudo Marca comercial

Prótese Região Projeto Conexão protética

Ricci (2004) frialit Cimentada Max / Mand Cônico Interna

Mericske- Stern (2002)

ITI aparafusada Max Parafuso Interna / Externa

Norton (2006)

Astra- Tech Cimentada Max / Mand Parafuso Interna

Jemt & Lekholm (1993)

Nobel Biocare

aparafusada Max / Mand Parafuso Externa

Van Steenbergue (1990)

Nobel Biocare

aparafusada Max / Mand Parafuso Externa

Adell (1981) Nobel Biocare

aparafusada Max / Mand Parafuso Externa

Heydenridjk (2003)

ITI / IMZ aparafusada Mand Cilindro /Parafuso

Interna

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97

5. Resultados da Meta-análise

5.1 Estudos envolvendo implantes de um passo cirúrgico

Os estudos envolvendo implantes de um passo cirúrgico apontam uma média da

perda óssea perimplantar de 1,14 mm, com intervalo de confiança de 95%, de que a

média esteja entre 0,30 mm e 1,98 mm. (Figura 2)

O teste de heterogeneidade chegou ao resultado de Q = 13,555; com cinco graus

de liberdade (p = 0,019), rejeitando a hipótese nula de que os estudos sejam

homogêneos.

Figura 2- Meta-análise dos estudos envolvendo um passo cirúrgico

Halllman et al. (2001)

Ferrigno et al. (2002)

Wismeijer et al. (1999)

Weber et al. (2000)

Spiekermann et al. (1995)

Heydenrijk et al. (2003) 1,14 ± 0,84 mm

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98

O peso dos estudos envolvendo implantes de passo cirúrgico único está relacionado no

(QUADRO 8).

QUADRO 8- Resultados dos pesos dos estudos envolvendo implantes de um passo cirúrgico Estudo

Efeitos fixos

Efeitos aleatórios

Estimativa Limite inferior

Limite superior

Hallman et al. (2001) 0,09 0,09 1,10 -0,51 2,71

Ferrigno et al. (2002) 1,00 0,65 1,92 0,64 3,19

Wismeijer et al. (1999) 14,79 1,68 1,46 0,97 1,95

Weber et al. (2000) 1,00 0,65 0,95 -0,33 2,23

Spiekermann et al. (1995) 9,09 1,57 0,48 -0,13 1,09

Heydenrijk et al. (2003) 1,39 0,80 0,91 -0,28 2,10

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99

5.2 Estudos envolvendo implantes de dois passos cirúrgicos

Os estudos envolvendo implantes de dois passos cirúrgicos apontam uma média

de perda óssea perimplantar de 0,70 mm, com intervalo de confiança de 95%,de que a

média esteja entre 0,21 mm e 1,19 mm. (Figura 3)

O teste de heterogeneidade apontou Q = 1,274; com seis graus de liberdade e p

=0,973; indicando que temos evidências de que os estudos não são heterogêneos.

Os pesos dos estudos envolvendo os estudos de dois passos cirúrgicos estão

relacionados no QUADRO 9.

Figura 3- Meta-análise dos estudos envolvendo dois passos cirúrgicos

Ricci et al. (2004)

Mericske-Stern et al. (2002)

Norton et al. (2006)

Jemt & Lekholm 1993

Van Steenberghe et al. (1990)

Adell et al. (1981)

Heydenrijk et al. (2003) 0,70 ± 0,49 mm

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100

QUADRO 9- Resultados dos pesos dos estudos envolvendo implantes de dois passos cirúrgicos

Estudo Efeitos fixos

Efeitos aleatórios

Estimativa Limite inferior

Limite superior

Ricci et al. (2004) 0,39 0,39 2,17 -0,97 5,31

Mericske-Stern et al. 2002 1,00 1,00 0,70 -1,26 2,66

Norton M et al. (2006) 3,84 3,84 0,64 -0,36 1,64

Jemt & Leckholm (1993) 6,67 6,67 0,68 -0,08 1,44

van Steenbegrhe et al. (1990) 2,37 2,37 0,40 -0,87 1,67

Adell et al. (1981) 0,91 0,91 1,16 -0,90 3,22

Heydenrijk et al. (2003) 0,83 0,83 0,80 -1,36 2,96

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101

QUADRO 10- Resultados dos parâmetros avaliados na meta-regressão.

Variáveis Coef1 Erro-

padrão

z P2>|z| [90% I.C]

Marca

comercial

-2,304816 0,7933433 -2,905 0,004 -3,60975

Prótese 0,4040788 11,17883 0,036 0,971 -17,98347

Região 0,3729606 0,9259331 0,403 0,687 -1,150064

Projeto 0,5819138 0,3959699 1,470 0,142 -0,069338

Conexão -2,509843 1,15441 -2,174 0,030 -4,408678

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

1. Coef: coeficiente de meta-regressão 2. P: Significância estatística das diferenças entre os estudos

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102

6. DISCUSSÃO

6.1. Do método

A revisão de literatura tradicional, também conhecida como revisão narrativa,

apresenta uma conotação descritiva caracterizando-se por uma ampla apresentação e

discussão de um determinado tema. Essa abordagem permite ao leitor atualizar seu

conhecimento sobre uma temática específica, porém possui a característica de não ser

reprodutível, chegando em algumas situações, a resultados inconsistentes (ATALLAH &

CASTRO, 1997).

Existe uma confusão na diferenciação entre revisões sistemáticas e metanálises.

A revisão é denominada sistemática ou qualitativa, quando a informação obtida a partir

dos estudos não é submetida à análise estatística. Quando os trabalhos selecionados

permitem a realização de uma síntese estatística da evidência gerada, trata-se de uma

revisão quantitativa ou metanálise (ATALLAH & CASTRO, 1997).

Devido à multiplicidade de fatores intervenientes na perda óssea perimplantar e

ao grande número de trabalhos científicos abordando o tema, a revisão sistemática

consiste no método de eleição na observância do fenômeno.

A revisão sistemática trata-se, portanto, de uma revisão de estudos que faz uso

de uma abordagem sistemática, com metodologia claramente explicitada, visando

minimizar erros de conclusão. A conferência de Postdam, realizada em 1994, definiu

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103

meta-análise como a análise estatística para combinar e sintetizar os resultados de

vários estudos. Esse conceito pode dar a falsa idéia de que a meta-análise tenha por

objetivo, o cálculo de uma medida única que agregue os resultados de vários estudos.

Porém, na meta-análise a identificação das inconsistências entre os estudos é tão

relevante quanto a integração numérica dos resultados dos estudos (MEDRONHO,

2004).

A meta-análise pode ser usada com estudos conduzidos em circunstâncias

distintas, pois abordam diferentes metodologias, tipos populacionais e tipos de

intervenção. Segundo PETO (2004), esse aspecto pode contribuir para uma melhor

compreensão do fenômeno estudado, a identificação de fatores de risco, ou a

identificação de grupos populacionais onde o tratamento é mais efetivo. Segundo

EGGER & SMITH (1998), a vantagem dessa metodologia consiste na possibilidade da

integração de resultados de diferentes trabalhos, realizados por grupos independentes

e em situações distintas, permitindo a geração de evidência científica que dê suporte a

diversas intervenções em saúde.

Apesar da meta-análise ter alcançado um elevado grau de aceitação no

tratamento estatístico de ensaios clínicos, alguns pesquisadores adotam uma postura

crítica em relação ao seu emprego em estudos não-experimentais. Uma análise

focalizada desses trabalhos mostra que grande parte dessas ressalvas se baseia no

desenho metodológico dos estudos sobre os quais a meta-análise se desenha

(SHAPIRO, 1994).

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104

Para LIBERATI (1995), a crítica decorre de uma visão distorcida do método por

parte dos pesquisadores, que consideram a meta-análise como uma simples

combinação de dados estatísticos. Segundo o autor, a única alternativa às revisões

sistemáticas com meta-análise é a realização de revisões não sistemáticas, que

invariavelmente podem levar a conclusões errôneas e de pouca aplicabilidade clínica,

devido a sua subjetividade e falta de critérios pré-definidos.

6.2. Dos materiais

Os ensaios clínicos controlados randomizados tratam-se de estudos prospectivos

que comparam o efeito e valor de uma intervenção (profilática ou terapêutica) com

controles em seres humanos, no qual o investigador distribui o fator de intervenção de

forma randomizada. Autores mais conservadores aceitam o termo “ensaio clínico”

apenas para estudos controlados randomizados, não aceitando o uso do termo para

ensaios controlados, entretanto não randomizados (Miettinem, 1985).

Estudos de coorte tratam-se de estudos observacionais onde a situação dos

participantes quanto à exposição de interesse determina sua seleção para o estudo. Os

participantes são acompanhados por um período para avaliar a incidência de doença ou

de outro desfecho de interesse. Nos estudos de coorte, o pesquisador define as datas

de início e final da coleta de informações sobre a exposição de interesse, sobre as

covariáveis e sobre o(s) desfecho(s) (Rothman, 1998). Os estudos de corte podem ser

classificados em concorrentes (ou prospectivos) e não-concorrentes (ou retrospectivo).

Na primeira situação, a exposição pode (ou não) já ter ocorrido antes do início do

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105

estudo, mas o desfecho ainda não ocorreu. Dessa maneira, o pesquisador deve

acompanhar os pacientes por um determinado período para que os desfechos de

interesse ocorram. Na segunda situação, tanto a exposição quanto os desfechos

ocorreram antes da coleta dos dados. (MacMahom, 1996). De uma forma geral pode-se

dizer que estudos de coorte são menos sujeitos à ambigüidade. Como os participantes

dos estudos são selecionados de acordo com uma determinada situação de exposição

para posterior avaliação da ocorrência do(s) desfecho(s), não existem dúvida acerca da

cronologia dos eventos. Os estudos caso-controle também são estudos observacionais,

que se iniciam com a seleção de um grupo de indivíduos portadores de uma doença ou

condição específica (casos), e outro grupo de indivíduos que não apresentam tal

condição (controles). O objetivo desse tipo de estudo é identificar exposições ou fatores

de risco que ocorrem com maior ou menor freqüência entre casos, quando comparado

aos controles. (MEDRONHO, 2004, p.175).

Em relação ao tipo de acompanhamento feito, os estudos podem ser

prospectivos ou retrospectivos. Nos primeiros, são estabelecidos critérios mais rígidos

de avaliação de uma dada intervenção, sendo que a metodologia fica estabelecida

previamente ao estudo. Dessa forma, as circunstâncias do estudo acabam por

expressar a taxa de sucesso da intervenção. Já nos estudos retrospectivos, não existe

um controle efetivo da amostra e não existe um estabelecimento prévio dos critérios de

avaliação.

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106

Dessa forma, os resultados acabam por expressar a taxa de sobrevivência, onde

a simples permanência de um implante no meio oral, em função, é considerado um

sucesso clínico (VIDIGAL JR, 1998, p.28).

A metanálise foi utilizada enquanto recurso metodológico por ESPOSITO et al.

(2006, b) para testar a hipótese nula de não haver diferenças na função mastigatória,

morbidade, satisfação dos pacientes e taxa de sucesso na comparação de diferentes

técnicas de enxertia óssea. Os objetivos básicos do trabalho eram a avaliação do

procedimento terapêutico ideal para situações clínicas específicas e em que fase eram

necessários. Os estudos foram divididos em três categorias: (1) estudos envolvendo

procedimentos de aumento da crista óssea residual no sentido vertical, horizontal ou

ambos; (2) estudos envolvendo implantes transalveolares e (3) estudos envolvendo

implantes instalados e com fenestrações. No geral, 13 estudos, envolvendo os dados

provenientes de 330 pacientes, foram incluídos na metanálise, sendo seis pertencentes

ao primeiro grupo, quatro ao segundo e três ao terceiro. É importante ressaltar que os

estudos selecionados foram obrigatoriamente estudos controlados e randomizados, foto

este que não ocorreu no presente trabalho. Os desfechos analisados nos estudos

foram: falha protética, falha clínica dos implantes, falha dos procedimentos cirúrgicos,

complicações nos sítios doador e receptor, tempo de tratamento, satisfação do

paciente, resultados estéticos e custos.

A mesma estratégia foi utilizada por ESPOSITO et al. (2006, c) para testar a

hipótese nula de não haver diferenças nos resultados clínicos obtidos com implantes

zigomáticos quando comparados aos resultados apresentados por implantes

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107

convencionais instalados em regiões previamente enxertadas em maxilas atróficas. A

estratégia contemplou estudos clínicos controlados randomizados com um tempo de

acompanhamento mínimo de um ano. Não foram encontrados estudos clínicos

abordando o tema, e devido a este fato, a metanálise não foi realizada. Os autores

sugeriram publicações abordando tal temática.

ESPOSITO et al. (2006, d) testaram a hipótese nula de não haver diferenças nos

resultados clínicos apresentados por implantes cônicos submetidos a diferentes

protocolos de carga funcional, com relação ao tempo. A pesquisa incluiu estudos

clínicos controlados randomizados com pelo menos um ano de acompanhamento. Após

a pesquisa, sete estudos foram encontrados e desses, cinco puderam ser submetidos à

análise estatística. Os desfechos analisados foram: (1) mobilidade do implante; (2) falha

protética e (3) perda óssea marginal perimplantar. Este último correspondeu ao objetivo

principal do presente trabalho. Interessante observar que durante a fase de pesquisa

dos estudos, os autores entraram em contato com os autores dos estudos primários,

formaram um grupo de pesquisa e discussão na Internet para tentarem obter estudos

não publicados e também consultaram 55 fabricantes. A última pesquisa foi realizada

em fevereiro de 2004. Este fato valida a necessidade de uma nova pesquisa por

trabalhos que abordem o tema, tendo em vista a extensa literatura publicada a partir da

data da última pesquisa.

Com a finalidade de comparar o efeito de diferentes características dos

implantes, o formato ideal dos estudos deveria contemplar somente a avaliação de uma

das características de interesse (tratamento de superfície, projeto e constituição do

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108

implante) e apresentar grupos teste e controle. Essa realidade não ocorre na maioria

dos estudos, que deveriam obrigatoriamente ser randomizados e controlados, na

medida em que se faz uma comparação dos resultados clínicos apresentados por

implantes com diferentes projetos, tratamentos de superfície e dimensões, instalados

em regimes cirúrgicos distintos (submersos e não-submersos).

Uma revisão sistemática foi realizada por ESPOSITO et al. (2006, a) com o

objetivo de comparar os resultados clínicos apresentados por implantes de diferentes

sistemas, excetuando as características individuais citadas acima. Neste trabalho, doze

estudos envolvendo diferentes sistemas de implantes (Steri-Oss, Brånemark, ITI, IMZ e

Southern) foram elegíveis para a análise estatística. Dentre eles, o estudo de

BATENBURG (1998) mostrou perda óssea mais acentuada, no primeiro ano de função,

ao redor de implantes IMZ quando comparado aos implantes Brånemark (diferença

média de 0,6 mm; 95% CI) e o estudo de TAWSE-SMITH (2002) que mostrou uma

diferença média de 0,5 mm (95% IC) na perda óssea marginal entre implantes IMZ e ITI

após o primeiro ano. Em ambos os estudos houve uma tendência de similaridade entre

os sistemas analisados, no período de três a cinco anos em função. Nessa revisão

sistemática, os objetivos secundários compreenderam: as avaliações comparativas das

perdas precoces de implantes usinados e com superfície texturizada, e da ocorrência

de perimplantite ao redor de implantes com diferentes superfícies nos mesmos

períodos. Após três anos em função, os implantes usinados apresentaram uma

tendência 20% menor no desenvolvimento de perimplantite quando comparados aos

implantes texturizados (RR 0,80; 95% IC, 0,67 a 0,96).

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109

No presente estudo não foi possível comparar os resultados entre os estudos

envolvendo implantes de um e dois passos cirúrgicos, devido à carência de estudos

clínicos controlados randomizados que envolvem, simultaneamente, as duas técnicas.

6.3 Dos resultados

De acordo com os estudos analisados, os implantes de dois passos cirúrgicos

apresentaram perda óssea inferior aos implantes de um passo cirúrgico, contrariando

os resultados observados por BROGGINI et al. (2003). Isso se deve ao fato dos

implantes de um passo cirúrgico pressuporem o posicionamento da plataforma do

implante afastado do nível da crista, aumentando a distância entre a microfenda

existente na interface implante-pilar protético e crista do rebordo alveolar. Dessa forma,

o biofilme bacteriano seria deslocado coronalmente, diminuindo a perda óssea

perimplantar ao redor de implantes de um passo cirúrgico.

Na pesquisa de heterogeneidade entre os trabalhos, houve uma correlação

positiva nos estudos de um passo cirúrgico. Por isso, foi realizada uma meta-regressão

objetivando uma pesquisa mais detalhada dos motivos que, potencialmente,

explicariam essa não homogeneidade. As variáveis analisadas foram: fabricante dos

implantes, tipo de prótese realizada (cimentada ou aparafusada), região abordada

(maxila ou mandíbula), projeto do implante e tipo de tratamento de superfície. De

acordo com os resultados explicitados na QUADRO 8, as variáveis responsáveis essa

heterogeneidade dos resultados seriam a marca dos implantes e o tipo de conexão

entre implante e pilar protético.

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110

6.4 Considerações finais

A revisão sistemática constitui-se em uma metodologia cada vez mais

empregada na análise simultânea de dados, tendo em vista sua capacidade de integrar

os resultados de pesquisas previamente realizadas, permitindo de forma clara e

objetiva a síntese da informação científica. A revisão sistemática e metanálise são

freqüentemente comparadas com revisões tradicionais de literatura. A principal

diferença é que no primeiro exemplo, os métodos de pesquisa podem ser reproduzidos

por qualquer pesquisador, desde que todas as etapas descritas sejam cumpridas. A

familiaridade dos pesquisadores com revisões sistemáticas e metanálises possibilitará,

no futuro, obter uma visão objetiva de sua aplicabilidade em ciências da saúde.

A falta de homogeneidade nos estudos de um passo cirúrgico, associado à

escassez de estudos clínicos randomizados controlados com implantes de um e dois

passos cirúrgicos impediu a meta-análise de comparar os resultados da perda óssea

marginal destas diferentes técnicas. Essa comparação seria de fundamental

importância na escolha da técnica mais adequada em regiões estéticas, pelo

entendimento de que a manutenção do nível ósseo perimplantar é um fator decisivo na

estabilidade dos tecidos mucosos. Dessa forma, os resultados do presente estudo

indicam a necessidade de realização de estudos clínicos longitudinais prospectivos

randomizados controlados de implantes de um e dois passos cirúrgicos, para que a

comunidade científica possa formar opinião acerca da temática proposta.

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111

7. Conclusões

Com o desenvolvimento do trabalho pode-se concluir que:

1. Os estudos envolvendo implantes de um passo cirúrgico indicaram uma perda

óssea média de 1,14mm, enquanto os estudos envolvendo implantes de dois

passos cirúrgicos indicaram perda óssea média de 0,70mm.

2. Os estudos envolvendo implantes de dois passos cirúrgicos apresentaram uma

homogeneidade de resultados, fato este não observado entre os estudos

envolvendo implantes de um passo cirúrgico.

3. Na meta-regressão, a marca comercial do implante e o tipo de pilar protético

foram as variáveis potencialmente explicativas da incongruência entre os

resultados dos estudos envolvendo implantes de estágio único.

4. No presente momento não é possível comparar os resultados da perda óssea

marginal ao redor de implantes de um e dois passos cirúrgicos, devido ao

número insuficiente de estudos clínicos controlados randomizados envolvendo

simultaneamente, as técnicas de implantes de um e dois passos cirúrgicos.

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112

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