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PRO-REITORIA DE PESQUISA E PÓS- GRADUAÇÃO MESTRADO EM EDUCAÇÃO Educação Infantil: Uma Análise do Ato de Planejar Profª Drª Helena Faria de Barros Hellen Costa David

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PRO-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

MESTRADO EM EDUCAÇÃO

Educação Infantil: Uma Análise do Ato de Planejar

Profª Drª Helena Faria de Barros

Hellen Costa David

PRESIDENTE PRUDENTE/SP2014

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PR PRO-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

MESTRADO EM EDUCAÇÃO

Educação Infantil: Uma Análise do Ato de Planejar

Hellen Costa David

Projeto de pesquisa apresentado à Pró-

reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da

Universidade do Oeste Paulista, no

Programa de Mestrado em Educação sob a

orientação da Doutora Helena Faria de

Barros.

Linha de pesquisa 2: Formação e Prática

Pedagógica do Profissional Docente.

PRESIDENTE PRUDENTE/SP2014

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RESUMO:

Educação Infantil: Uma Análise do Ato de Planejar

O presente projeto tem como foco compreender o significado atribuído ao

planejamento didático (anual e semanal) elaborado e executado por

professores de Educação Infantil, egressos do curso de Pedagogia da

Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), do município de Presidente

Prudente – S.P. O objetivo da pesquisa é analisar a importância, a elaboração

e execução do planejamento didático (anual e semanal) dos professores de

Educação Infantil em início de carreira e veteranos, egressos da UNOESTE.

Volta-se à uma reflexão de trabalho anterior (projeto de pesquisa PIBIC) sobre

a função do professor, a análise de sua prática e as implicações do

planejamento na sua ação. A pesquisa tem uma abordagem, qualidade do tipo

descritivo - interpretativa, em um estudo de caso. Os procedimentos de coleta

de dados são entrevistas com análise categorial, a observação e a análise do

planejamento elaborado pelos professores. A análise dos dados obedecerá às

orientações da análise de conteúdo de Bardin (2011). Espera-se que o

profissional professor da Educação Infantil, compreenda o significado do

planejamento didático (anual e semanal), para orientar a sua prática docente.

Palavras-chave: Formação Docente. Educação Infantil. Planejamento didático

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Educação Infantil: uma análise do ato de planejar

1. Introdução

Atualmente a questão da formação de professores tem

ocupado parte significativa das discussões na área da Educação, em que a

mesma se destaca como uma alternativa para a melhoria da qualidade do

ensino, visto que os atuais desafios colocados à escola exigem que o trabalho

docente, sobretudo dos docentes da Educação Infantil, esteja cada vez mais

conectado com o processo de formação.

O presente projeto tem como preocupação central

compreender o sentido do planejamento didático (anual e semanal) realizado

por professores egressos do curso de Pedagogia da Universidade Do Oeste

Paulista - Unoeste, de Presidente Prudente, que regem classes de Educação

Infantil, que atenda crianças de quatro e cinco anos.

Entretanto esta participação dos professores como

participantes da pesquisa oferecerá oportunidade significativa para a revisão de

sua prática e desenvolvimento profissional, além de contribuir com o

aprimoramento do curso de Pedagogia (graduação) da Universidade. Os

sujeitos pesquisados serão os alunos, egressos do curso de Pedagogia,

iniciantes ou veteranos na carreira profissional docente e atuantes na

Educação Infantil.

Esta temática dá continuidade ao projeto de iniciação científica,

no qual a pesquisadora teve como objetivo analisar alguns aspectos referentes

à formação de professores para a Educação Básica no Brasil, enfatizando a

questão da identidade do professor. Tomaram por base os resultados da

pesquisa realizada na Faculdade de Ciências e Tecnologia FCT/UNESP

campus de Presidente Prudente no período de 2007 a 2008, com alunos do

curso de Pedagogia e com alunos egressos desta mesma instituição. De

acordo com os resultados alcançados no período, foi possível diagnosticar que

a construção da identidade profissional docente sempre envolve expectativas,

inseguranças, dúvidas e a necessidade de agir, bem como refletir sobre os

desafios oriundos da prática educativa. Estes desafios conduziram até o

presente momento a uma reflexão sobre o papel do professor (o que é ser

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professor) e suas implicações com a questão do planejamento do trabalho

educativo.

A relevância social desta temática consiste, na possibilidade de

compreender, considerar e re-considerar que a Educação Infantil é

caracterizada como a da primeira infância, sendo a base da construção do ser

e do saber, que requer pesquisa, inovação e reflexão para caracterizar os

conceitos de cuidar/educar.

Do mesmo modo o ato de planejar está intrinsecamente

relacionado aos seres humanos, pois o desejo de transformação é uma

realidade marcante de todas as pessoas. Em nossas ações cotidianas nos

deparamos com situações que exigem planejamento, mas nem sempre as

nossas ações diárias são delineadas em etapas concretas de ação, já que faz

parte de uma rotina. Entretanto para realizar as atividades que não estão

inseridas no cotidiano, usamos do processo intelectual racional, para alcançar

o que se deseja. Qual o significado atribuído pelos professores de educação

infantil a seu ato de planejar em uma visão mais ampla, para o ano e mais

específica para o planejamento semanal. A proposta desta pesquisa é saber se

o curso de Pedagogia responsável pela formação inicial recebida permite aos

professores um planejamento anual e semanal da educação infantil eficiente.

1.1. Educação, Formação e planejamento

Inicialmente, o estudo refletirá sobre a questão da construção

da identidade profissional docente, aceitando-se que este fato é ponto de

partida para discussões sobre a necessidade da melhoria da qualidade do

ensino e do trabalho educativo. Nóvoa (1992) se refere à identidade

profissional do professor, sobre dois aspectos: professor e profissão. Professor

designa o sujeito que professa, é aquele que divulga uma verdade

publicamente. Já Profissão designa uma ocupação ou atividade especializada.

Ao tentar identificar o processo que origina à identidade do

professor deve-se perceber, que, a indissolúvel união existente entre o

professor como pessoa e o professor como profissional. As implicações dessa

identificação são óbvias: não se pode exigir que um professor ofereça além das

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possibilidades e limites pelos quais foi educado. Não é possível que "jogue fora

as suas crenças" e que "se liberte da especificidade do seu caráter" quando

realiza o planejamento. Trata-se de pensar sobre como determinados modos

de ser relacionam-se ao exercício da profissão.

Partindo do princípio de que toda profissão tem uma

identidade, Pimenta (2000) afirma que ela é construída a partir de reflexão

constante de sobre a prática docente que exige saberes elaborados

culturalmente, de acordo com a tradição, o histórico de vida própria de cada

professor, em seus aspectos de autor, de visão de mundo, das representações

a respeito do cotidiano e de seus sentimentos. Esta identidade é construída no

jogo das relações praticadas pelo sujeito no interior do espaço escolar, bem

como entre as escolas e demais agrupamentos sociais do entorno escolar.

Pode-se destacar que a formação do profissional da Educação

Infantil foi, está ligada à formação que recebeu em cursos específicos em

influência arbitrária e é também elaborada social e historicamente, no percurso

profissional do professor. Cabe dizer que essa formação está ligada, de

maneira intrínseca, às teorias e às práticas desenvolvidas no cotidiano escolar

e no ato do planejamento de trabalho, pois as tarefas desenvolvidas pelos

professores se reafirmam como unidades significativas de análises da

profissionalidade docente por serem microcontrextos de aprendizagem dos

alunos, definidos por uma intencionalidade educativa. Sua efetivação configura

a pessoa do professor, que nele imprime seus valores, suas crenças, seus

ideais, seu jeito próprio de ser.

Importa dizer que os sujeitos sociais reconstroem as suas

identidades constantemente, justamente por estarem situados num dado

espaço/tempo que requer dos mesmos uma constante atualização, adaptação

às demandas escolares e às novas tecnologias, em decorrência do

imediatismo inerente ao mundo globalizado atual.

No âmbito da Educação Infantil, notamos que não há uma

preocupação relacionada à “como planejar” o trabalho educativo inicial com as

crianças de zero a seis anos. Vários autores Rosemberg (1999), Campos

(2006), Chamboredon (1986) têm colocado a questão da Educação Infantil no

centro de suas preocupações, de forma que, ganham relevância temas como:

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expansão da Educação Infantil, a qualidade da Educação Infantil Brasileira,

definição social e o significado da primeira Infância. Mas julgamos necessário o

estudo do planejamento visto que, a educação a este nível dirigida às crianças

de zero a seis anos, ganha estatuto de direito, colocando-se como etapa inicial

da Educação Básica que deve receber todas as crianças brasileiras,

respeitando-se os preceitos constitucionais. Tanto creches quanto pré-escolas,

como instituições educativas, têm a responsabilidade para com as crianças

pequenas, seu desenvolvimento e sua aprendizagem, o que requer um

trabalho intencional e de qualidade relacionando ao cuidado e à formação. Na

intencionalidade do trabalho reside a preocupação com o planejamento.

A presente pesquisa possui esta temática do ato de planejar,

justamente pela necessidade de “desmistificar” o assunto, tendo como base a

ação da pesquisadora de seus anos de experiência na profissão docente e

suas inquietudes e angústias frente ao ato de planejar.

Nota-se que no âmbito acadêmico, a pesquisa contribuirá de

forma significativa para aprofundar o estudo sobre a temática ato de planejar,

neste nível de escolaridade, visto que as pesquisas na área concentram-se em

questões voltados para: desenvolvimento infantil, jogos e brincadeiras e a

construção da alfabetização.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

2.1. Planejar, planejamento e planoVemos que o planejar é uma atividade que faz parte do ser

humano, seja em ações simples ou complexas do dia-a-dia. Por outro lado, é

muito visível à distância entre as intenções expressas nos planos e as práticas

concretas realizadas, o que coloca o planejamento, mais uma vez, num

território de disputas e controvérsias.

Vasconcellos (1999), argumenta que na academia há um certo

desprezo pela temática do planejamento: há um vazio cultural neste campo,

pouca produção específica (em termos de livros específicos sobre o

planejamento educacional de autores nacionais e segundo ele não se chega a

uma dezena deles no mercado. Há sinais de crescimento, no entanto, pelas

bordas: artigos em revistas de educação, capítulos em livros de didáticas ou

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currículo, ou como temática em seminário e congressos da área), ao contrário

de outras temáticas. O planejamento é de suma importância e implica em

enorme complexidade, justamente por estar em pauta à formação escolar do

ser humano.

No final do ano e inicio do ano nas escolas são realizadas uma

série de trabalhos envolvendo a prática do planejar. O que se percebe no

contexto geral, é que é uma prática realizada mecanicamente com muita

exigência e cobrança de preencher apenas planos (modelos sistemáticos que

se desenvolvem com base no ato de planejar e são concretizados antes de

realizar uma ação. o objetivo de se planejar é dirigir e conduzir a ação).

Comumente a palavra planejamento é utilizada para indicar o

documento resultante do ato de planejar, sinônimo de plano.

2.2. Retrospectiva Histórica Observa-se que há uma ambiguidade no pensar e no fazer

dos professores, pois eles não negam a importância do planejar, mas

percebem sérias limitações. Planejar remete a preencher planos, e ainda,

planejar para os outros supervisão, direção, secretaria. Há uma descrença no

planejamento.

Por que há essa descrença dos professores em relação a ação

de planejar?

Para compreender este fenômeno convém recorrer à análise

sociológica e histórica para tentar compreender este movimento.

Em uma análise sociológica encontramos o trabalho do

educador em sala de aula, a partir de dois enfoques: objetivo e subjetivo, na

qual o objetivo resulta nas coisas concretas - (escolha de material didático,

número de alunos, salários, etc.) e o Subjetivo requer ao trabalho do educador.

Educador está exposto à alienação por muitos meios,

principalmente por estar inserido num contexto mais amplo de sociedade.

Enquanto profissional, participa da alienação mediatizada no conjunto de seu

trabalho. A escola também contribuiu para esta alienação. Os trabalhos de

ensino e de aprendizagem, tomado como mera forma de sobrevivência pelo

professor ou como mercadoria pelo aluno, perde sua dimensão humana e

reduz-se a uma relação mecânica de trocas institucionais. A situação de

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alienação se caracteriza pela falta de compreensão e domínio nos vários

aspectos da tarefa educativa. Falta clareza por parte do educador: realidade

que ele vive finalidade de seu trabalho (educação para que, a favor de quem,

contra quem, que tipo de homem e de sociedade formar, etc), falta clareza em

sua ação mais especifica em sala de aula, na dimensão pedagógica.

Como diz Vasconcellos (1999), vemos ao longo da história que

a atividade do planejar é muito antiga e que a sistematização do planejamento

se deu fora do campo educacional. Nota-se que neste ponto esta inteiramente

ligado ao mundo da produção (I e II Revoluções Industriais) e à emergência da

ciência da Administração, no final do séc. XIX. Para caracterizar este momento

histórico surgem dois grandes nomes o do americano Taylor (1856 – 1915) e

do francês Fayol (1841 – 1925). A administração se apropria dos seus

pensamentos para configurar o planejamento, de termos como objetivos e

estratégias. Portanto com estes novos ideias surgem também o que chamamos

de alienação do trabalho e em geral o escolar, tenha ocorrido por Taylor da

necessidade de separar a tarefa do planejar da tarefa de execução, ou seja, ele

acreditava que para organizar cientificamente o trabalho implicava a distinção

radical entre concepção e realização.

No início do século XX, o planejamento foi se desenvolvendo

abrangendo novos setores da sociedade. Na União Soviética o planejar já não

é visto como uma simples organização interna a uma empresa, mas como

planificação de toda uma economia.

No campo educacional, observa-se que esta temática não ficou

inume aos movimentos: sociais, políticos, econômicos e culturais. Portanto o

planejar sofreu alterações como descreve a profa. Margot Ott (1984), em que

aponta três grandes concepções que vão se manifestando em diferentes

momentos da história do planejamento.

Planejamento como principio prático: essa primeira concepção está

relacionada à tendência tradicional de educação, em que a ação de

planejar era feita sem grande preocupação de formalização, o foco

específico era a tarefa a ser desenvolvida em sala de aula. Os planos de

aula eram apontamentos feitos em folhas, fichas e cadernos (tipo diário,

semanário, que são utilizados até hoje). Os manuais didáticos chegavam

a sugerir duas categorias de organização: os objetivos e as tarefas, a

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preocupação central era a tarefa. Neste contexto o planejamento era

visto como um roteiro a ser seguido. Depois da I guerra mundial, no

campo educacional surge o movimento escolanovista, enfatizando a

ligação do ensino com os interesses dos alunos, havia uma critica ao

plano previamente estabelecido, ou seja, o que se valorizava não era o

planejamento, mas sim a espontaneidade e criatividade dos alunos. O

planejamento era feito em torno de temas amplos, o professor possuía

somente a ideia geral da aula, o aluno nesta concepção cooperava com

o professor na execução do planejamento.

Planejamento instrumental/normativo: esta concepção surge no final da

década de sessenta, como sendo a tendência tecnicista de educação.

Valorizava-se o caráter cartesiano e positivista. O planejamento passa a

ser visto como a solução dos problemas da falta de produtividade na

área educacional. Neste período o emprego da ordem lógica e da rigidez

sequencial estava fortemente presente, mas o foco era professor e não

o aprendiz. Portanto a tarefa de planejar neste momento passou a ser

centralizado na mão dos especialistas (do Estado ou das escolas),

fazendo uma ampla estratégia de desapropriação do conhecimento do

professor e de sua ação docente, ocasionando a um crescente processo

de alienação profissional docente. O saber do professor foi sendo

desvalorizado, criando-se um mito no ato do planejar, como se planejar

fosse à salvação do trabalho docente, ou seja, um bom plano era

garantia de uma boa prática pedagógica.

De acordo com Fusari (1984, pag105) planejar: “em outras

palavras, ensina bem o professor que planeja bem o seu trabalho, entendendo-

se este planejar como sendo a elaboração do documento denominado plano”.

Planejamento participativo: este período é marcado pela presença dos

movimentos de comunidade base da igreja católica e os grupos

opositores do autoritarismo. A consciência, intencionalidade e a

participação são os pontos centrais desta concepção. O planejar ganha

uma nova dimensão, atrelada à ideia de reflexão, diálogo, consciência

critica. O plano é visto como um instrumento de intervenção no real,

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para transformar a realidade, “planejar é antecipar mentalmente uma

ação a ser realizada e agir de acordo com o previsto; é buscar fazer algo

incrível, essencialmente humano: o real ser comandado pelo ideal”

(Vasconcellos 1999, 35).

Vasconcellos (1999) argumenta que o ato de planejar

concretiza aquilo que se almeja (relação teoria-prática) e aquele algo que

planejamos é possível acontecer; podemos, em certa medida, interferir na

realidade.

Observa-se que o ato do planejamento só faz sentido quando o

sujeito coloca-se numa perspectiva de mudança. Só haverá mudança quando o

professor se colocar como sujeito do processo educativo.

Temos que pensar que o planejamento não pode se resumir a

uma mera questão técnica, mas uma questão política, que envolva mudanças

na ordem social, cultural, emocional e cognitiva. Para haver mudança é

necessário o professor estar comprometido com a causa da educação. É

necessário trabalhar com a descrença do professor sobre o planejamento. O

ato do planejar deve ser necessidade do professor.O planejamento da educação escolar pode ser concebido como processo que envolve a prática docente no cotidiano escolar, durante todo o ano letivo, onde o trabalho de formação do aluno, através do currículo escolar, será priorizado. Assim, o planejamento envolve a fase anterior ao inicio das aulas, o durante e o depois, significando o exercício continuo da ação-reflexão-ação, o que caracteriza o ser educador. (FUSARI, 1988 PÁG.9).

O planejamento deve ser assumido no cotidiano como um

processo de reflexão, que envolve todas as ações e situações do educador no

cotidiano do seu trabalho pedagógico. Planejar é atitude de traçar, projetar,

programar, elaborar um roteiro para empreender uma viagem de

conhecimento, de interação, de experiências múltiplas e significativas para com

o grupo de crianças. Nesse sentido, o planejamento pedagógico é atitude, uma

crítica do educador diante de seu trabalho docente.

Diante destas argumentações vemos que o docente da

Educação Infantil “tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança

até 6 anos de idade em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,

complementando a ação da família e da comunidade” (art. 29 da LDB – Lei

Diretrizes e Bases). A Política Nacional de Educação Infantil parte dessa

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finalidade para estabelecer como uma de suas diretrizes a indissociabilidade

entre o cuidado e a educação no atendimento às crianças da Educação Infantil

(BRASIL, 2005a).

Os professores e os demais profissionais que atuam nessas

instituições devem, portanto, valorizar o desenvolvimento da criança que está

ligado às possibilidades estabelecidas durante a exploração do ambiente, à

expressão de suas emoções, ao contato e à convivência com vários objetos e

pessoas. Visto que é no ato de planejar que deve contemplar, portanto, o

crescimento global da criança, considerando todas as suas necessidades.

Padilha, afirma:Planejamento é o processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas. O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações. (PADILHA, 2001, p.30).

O ideal é que a escola cumpra um papel social de

humanização de emancipação, que de voz a todos e que o trabalho do

professor, possa ser menos alienado e alienante, que o professor possa

repensar a sua prática, refletir, sobre ela, re-significá-lo e buscar novas

alternativas. Para isso, entendem que o planejamento é um excelente caminho.

Portanto ao longo da história vemos um grande paradoxo,

inicialmente vivemos um período do desmonte da razão e em seguida a busca

pelo sentido. O planejamento se coloca no meio deste conflito, visto que ele

possuiu um forte ponto de racionalidade.

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3. Educação Infantil

Observa-se ao longo dos séculos que a questão da educação

das crianças pequenas, sempre esteve atrelada a uma tarefa de

responsabilidade da família e em especial da mãe. As crianças na antiguidade

eram vistas como um adulto em miniatura, pois assim que desmamava e se já

eram capaz de ter independência, passavam a ajudar os adultos em tarefas

cotidianas e assim iam sendo inseridas no meio social. As crianças que

pertenciam às famílias nobres, geralmente eram vistas como objetos divinos,

mas que a sua inserção no âmbito social se fazia semelhante às crianças das

classes menos favorecidas. Neste contexto a criança não possui uma

identidade pessoal perante a sociedade.

Oliveira (2010) enfatiza que a família neste primeiro momento

aparece como a grande educadora e formadora da primeira infância. Em

decorrência deste fato o termo francês creche equivale à manjedoura,

presépio. O termo “escola materna” foi outra designação usada para referir-se

ao atendimento de guarda e educação fora da família às crianças pequenas.

Nota-se que os séculos XVIII e XIX, enfatizaram a importância

da educação para o desenvolvimento social. Neste momento a criança passou

a ser o centro de interesse educativo dos adultos: começou a ser vista como

um sujeito de necessidades e cuidados, havendo uma preparação para o

mundo adulto na qual a instituição escola ganha relevância social. Alguns

autores como Comênio (1592-1670), Rousseau (1712-1778), Pestalozzi (1746-

1827), Decroly (1871-1932), Froebel (1782-1852) e Montessori, estabeleceram

um sistema de ensino voltado para criança.

No inicio do século XX, havia uma grande preocupação com a

questão de concepção de infância e os problemas de cunho social, político e

econômico eram defendidos como metas para a Educação Infantil. Entretanto

surgem novos protagonistas na metade do século XX, Freinet (1896-1966), que

com seus estudos renovou as práticas pedagógicas de seu tempo. Outro ponto

central no século XX, foi o movimento feminista, passaram a reivindicar

creches para possibilitar igualdade de oportunidade de trabalho às mães.

Campos (2006) reconhece que na atual etapa, a criança é

portadora do direito à infância. É necessário tratá-la como sujeito social, um ser

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ativo em busca de conhecimento, da criatividade, que possui grande

capacidade cognitiva e de sociabilidade para o seu desenvolvimento.

Chamboredon e Prévot (1986), dizem que, a escola maternal,

no seu todo, torna-se uma espécie de grande brinquedo educativo. Que requer

muita competência profissional, para que os professores sejam capazes de

questionar suas práticas, a fim de aprimorar a sua ação docente.

3.1 – Apontamento histórico no Brasil

A história da Educação Infantil no Brasil acompanhou a

evolução do mundo, com ênfase em algumas características que nos são

peculiares. Em meados do século XIX, não havia se quer uma instituição ou

parques, para atender as crianças, a educação aos infantes era uma tarefa

atribuída à família e a mãe.

A partir da segunda metade do século XIX, ocorreu no país o

período de abolição da escravatura, na qual inúmeras pessoas migraram para

a zona urbana, surgindo condições para o desenvolvimento cultural e

tecnológico, neste contexto ocorre à proclamação da República como forma de

governo da época.

Nota-se que no período antecessor a Proclamação da

República, observam-se, iniciativas como a criação de entidades de amparo, a

fim de combater as altas taxa de mortalidade infantil. Com a abolição da

escravatura, novos problemas surgiram, pois os filhos de escravos, que já não

iriam assumir a condição de seus pais, e, de outro, ocorreu no abandono de

crianças e para a busca de novas soluções para o problema da infância.

Contudo houve a criação, de creches, asilos e internatos, todas estas

instituições eram vistas para cuidar das crianças pobres.

O ideário que se estabelecia no final do século XIX, era o

liberal, assim assumindo um projeto social de construção de uma nação

moderna, na qual reunia a elite dos pais, os preceitos educacionais do

Movimento das Escolas Novas, elaborados no centro das transformações

sociais ocorridas na Europa e trazidos ao Brasil pela influência americana e

europeia.

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A ideia de jardim de infância trouxe muita polêmica no Brasil.

Muitos a criticavam por identificá-la com as salas de asilo francês, entendida

como um local de guarde das crianças. Outros defendiam por acreditarem que

este benefício traria um bom desenvolvimento infantil, pois este ideário era o

que os escolanovistas acreditavam. A grande questão era de que se os jardins

de infância tinham como foco a caridade e atendia os mais pobres, então não

deveriam ser mantidos pelo poder público.

Em 1875 no Rio de Janeiro e em 1877 em São Paulo, foram

criados os primeiros jardins de infância sob os cuidados de entidades privadas,

e logo após surgem os primeiros jardins de infância pública, a finalidade era

atendem as crianças dos extratos sócias.

Na questão pedagógica, os jardins de infância eram entendidos

como as salas de asilo francês ou como o início de escolaridade precoce. Eram

entendidas como prejudiciais à unidade familiar, visto que as crianças desde

cedo saiam de seu convívio familiar doméstico. Mas este ponto era somente

admitido no caso de proteção aos filhos de mães trabalhadoras. A grande meta

era planejar um espaço que envolvesse a questão do cuidar/educar.

O que prevalecia era uma polÍtica de ajuda governamental as

entidades filantrópicas e assistências. Um exemplo é a UNICEF (plano de

assistência ao pré-escolar, proposto em 1967, pelo departamento Nacional da

Criança sob a influência do Fundo das Nações Unidas para a Infância e a

Adolescência). Muitas entidades, influenciadas pelo tecnicismo, apresentaram

uma orientação mais técnica para o seu trabalho com as crianças, acoplando

suas preocupações com aspectos da educação formal.

O trabalho educativo passou a ser de cunho sistematizado, a

nova legislação sobre o ensino formulada em 1971 (lei 5692) trouxe novidades

a área: “os sistemas velarão para que as crianças de idade inferior a 7 anos

recebam educação em escolas maternais, jardins de infância ou instituições

equivalentes.”.

Contudo vigorosos debates surgiram, após o estabelecimento

da lei. Os problemas das crianças provenientes das camadas populares de

baixa renda começariam a serem observados. Pois o atendimento pré-escolar

público seria elemento fundamental para remediar as carências desta clientela.

Segundo esta perspectiva compensatória, o atendimento as crianças dessas

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camadas possibilitaria a superação das condições sócias. Este programa visa à

estimulação precoce e uma visão assistencialista da educação e ensino.

Outro ponto que marcou o crescimento significativo de creches

e pré-escolas foi à entrada cada vez maior de mulheres no mercado de

trabalho. Contudo na década de 70, houve o aumento da demanda por pré-

escolas e isso incentivou o processo de municipalização da educação.

Em relação ao trabalho pedagógico, no início da década de 80,

muitos questionamentos eram feitos pelos técnicos e professores acerca dos

programas de cunho compensatório e da abordagem da privação cultural na

pré-escola. O que se compreende deste programa é que as crianças das

classes populares não estavam sendo efetivamente beneficiadas por esses

programas.

Com o término do período militar de governo, em 1985, novas

políticas para as creches foram incluídas no Plano Nacional de

Desenvolvimento, elaborado em 1986. Portanto começava a ser observado que

a ideia de que a creche não diz respeito somente à mulher à família, mas

também ao Estado e às empresas. Neste período ocorreram lutas pela

democratização da escola publica, somadas a pressões de movimentos

feministas e de movimentos sociais de lutas por creches, possibilitaram a

conquista, na Constituição de 1988, do reconhecimento da educação em

creches e pré-escolas como um direito da criança e um dever do Estado a ser

cumprido nos sistemas de ensino: “ O dever do Estado com a educação será

efetiva mediante a garantia de:(...) IV – atendimento em creches e pré-escola

às crianças de zero a seis anos de idade (...)” (Constituição Brasileira, artigo

208, 1988).

Na década de 90 houve a promulgação do Estatuto da Criança

e do Adolescente em 1990, que concretizou as conquistas dos direitos das

crianças promulgados pela Constituição. Na área da Educação Infantil, nota-se

que houve uma discussão sobre a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (LDB) na Câmara de Deputados e no Senado Federal, que

impulsionou diferentes setores educacionais, particularmente universidade e

instituições de pesquisa, vários campos, à defesa de um novo modelo de

educação infantil.

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Neste período o MEC desenvolveu, por meio da promoção de

encontros, pesquisas e publicações, uma politica nacional que garantisse os

direitos da população até 6 anos a uma educação de qualidade em creches e

pré-escolas.

A nova LDB, lei 9394/96, estabelece a Educação Infantil como

etapa inicial da educação básica, conquista histórica. Nas últimas décadas do

século XX, essa lei propõe a reorganização da Educação brasileira em alguns

pontos. Amplia o conceito de Educação Básica, que passa a abranger a

educação Infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, aumenta as

responsabilidades das unidades escolares questão da qualidade.

A LDB atribui flexibilidade ao funcionamento da creche e da

pré-escola, permitindo a adoção de diferentes formas de organização e práticas

pedagógicas. A diretriz de 1999 (Parecer CNE/CEB n°22/98 e Resolução

CNE/CEB n° 01/99) tratam o cuidar e o educar como aspectos indissociáveis e

defendem uma concepção de criança como sujeito ativo e participativo com o

mundo, é visto como alguém portadores de direitos de viver sua infância.

Oliveira (2010) argumenta, que um ponto importante,

estabelecido nas novas diretrizes, diz respeito à função sociopolítica e

pedagógica da Educação Infantil, tal como aparece no artigo 7 da Resolução

CNE/CEB n° 05/09:

Na observância destas Diretrizes, a proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve garantir que elas cumpram plenamente sua função sociopolítica e pedagógica:I – oferecendo condições e recursos para que as crianças usifruam seus direitos civis, humanos e sociais;II – assumindo a responsabilidade de compartilhar e complementar a educação e cuidado das crianças com as famílias;III – possibilitando tanto a convivência entre crianças e entre adultos e crianças quanto a ampliação de saberes e conhecimentos de diferentes naturezas;IV – promovendo a igualdade de oportunidades educacionais entre as crianças de diferentes classes sociais no que se refere ao acesso a bens culturais e às possibilidades de vivência da infância;V – construindo novas formas de sociabilidade e de subjetividade comprometidas com a ludicidade, a democracia, a sustentabilidade do planeta e com o rompimento de relações de dominação etária, socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional, linguístico e religioso.

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Nota-se que estes pontos apresentados bem como todas as

discussões, irão certamente contribuir para que o desenvolvimento da

Educação Infantil, possa ser refletido e analisado.

Objetivos

Objetivo Geral

Analisar a importância, a elaboração e execução do

planejamento didático (anual e semanal) dos professores de Educação Infantil

em início de carreira e veteranos, egressos da UNOESTE.

Objetivos Específicos

1. Apreender a identidade profissional do professor de educação

infantil, por meio de entrevistas reflexivas;

2. Identificar com entrevistas, a conceituação de planejamento

didático (anual e semanal) dos professores Iniciantes e veteranos

ex-alunos da Universidade do Oeste Paulista – Unoeste, atuantes

na Pré Escola.

3. Compreender a base teórica do planejamento didático (anual e

semanal) dos professores, pelo estudo dos planos elaborados;

4. Observar a execução do planejamento didático (anual e semanal)

da educação infantil, dos profissionais iniciantes e veteranos,

egressos da instituição UNOESTE, atuantes no seguimento pré-

escolar (crianças 4 e 5 anos), pela entrevista reflexiva e a

observação.

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Procedimentos Metodológicos da Pesquisa:

Na metodologia de pesquisa, optamos por uma abordagem

qualitativa, de cunho fenomenológico, embasado em um estudo de caso

descritivo - interpretativo, a fim de coletar informações referentes à formação

inicial do professor de Educação Infantil e a ação do planejar e executar seu

trabalho docente. Posteriormente, realizaremos entrevistas reflexivas e a

observação semiestruturada, a fim de entendermos como o professor

compreende a construção do planejamento de trabalho a partir da sua

perspectiva da formação superior e do significado das atividades para as

crianças da pré-escola.

Local/ Campo da pesquisa

A pesquisa será realizada em escolas de Educação Infantil do

município de Presidente Prudente, que atenda crianças em idade pré-escolar

(4 e 5 anos). A seleção das escolas será desenvolvida a partir do quadro

docente, pois os professores devem ser alunos egressos da Universidade

Oeste Paulista – Unoeste. Obteremos estas informações em junto com à

secretaria Municipal de Ensino de Presidente Prudente.

Participantes Os participantes da pesquisa serão alunos egressos do Curso

de Pedagogia da Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE, de Presidente

Prudente, SP, em dois níveis distintos: professores iniciantes e professores

veteranos na carreira docente, atuantes na Educação Infantil, com crianças em

idade pré-escolar (4 e 5 anos).

Procedimentos de coleta de dadosOptamos como procedimento de coleta de dados o uso da

entrevista reflexiva, observação semiestruturada e análise documental, a fim de

compartilhar continuamente a compreensão dos dados com o participante,

havendo uma situação de trocas intersubjetivas.

No campo educacional, notamos a presença de instrumentos de

pesquisa, como a entrevista reflexiva e a observação semiestruturada, que tem

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como características básicas, a disposição do pesquisador de compartilhar

continuamente a compreensão dos dados com o participante, havendo uma

situação de trocas intersubjetivas.

Convencionalmente, a entrevista reflexiva e a observação

semiestruturada tem sido empregada em pesquisas qualitativas, a fim de

propiciar a interação social do pesquisador e do pesquisado. Nota-se que nesta

perspectiva são focalizadas algumas questões como as condições

psicossociais presentes em uma situação de interação entre o

pesquisador/pesquisado, a relação de poder e desigualdade tanto por parte de

quem é entrevistado com de quem entrevista.

Na entrevista reflexiva, a intencionalidade do pesquisador vai

além da mera busca de informações; pretende criar uma situação de

confiabilidade para que o entrevistado colabore, trazendo dados relevantes

para o seu trabalho. O entrevistado, ao aceitar o convite para participar da

pesquisa, está aceitando os interesses de quem está fazendo a pesquisa, ao

mesmo tempo em que descobre ser dono de um conhecimento importante para

o outro. A questão de desigualdade de poder e participação de quem é

entrevistado no processo também tem sido alvo de preocupações, visto que

uma forma de refletir sobre a questão é justamente ter como base o diálogo e

buscar sempre um condição de horizontalidade ou igualdade de poder na

relação.

Portanto, vemos nesse tipo de entrevista um caráter

interpessoal no qual é incluída a subjetividade dos protagonistas, podendo

construir um novo conhecimento, através da horizontalidade nas relações de

poder.

A reflexividade na entrevista tem o sentido de refletir a fala de

quem foi entrevistado, expressando a compreensão da mesma pelo

entrevistador e cabe ao entrevistado a compreensão, ou seja, é uma forma de

fixar a veracidade da fala do entrevistado. Ao deparar-se com sua fala, na fala

do pesquisador, há a possibilidade de um outro movimento reflexivo: o

entrevistado pode voltar para a questão discutida e articulá-la de uma outra

maneira em uma nova narrativa, a partir da narrativa do pesquisador.

Neste tipo de entrevista, utilizamos como procedimento um

roteiro semidirigido, que pode ser realizado no mínimo em dois encontros,

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individual ou coletivo, que devem ter objetivos claros a fim de se buscar uma

compreensão do material que está sendo colhido e direcioná-lo melhor.

Observamos que a entrevista reflexiva apresenta vários

momentos: contato inicial e a condução da entrevista propriamente dita, que

pode incluir atividades de aquecimento (dinâmicas relacionadas à temática, a

fim de envolver o entrevistado e compreender os seus conceitos e valores

sobre o assunto), seguidas da apresentação da questão geradora planejada

com antecedência, e das expressões de esclarecimento focalizadoras, de

aprofundamento e finalmente a devolução.

Nesse primeiro momento, o entrevistador se apresentará ao

entrevistado fornecendo-lhe dados sobre sua própria pessoa, sua instituição de

origem e qual o tema de sua pesquisa e também deverá ser solicitada sua

permissão para a gravação da entrevista, acesso às gravações e análise, como

ainda ser aberta a possibilidade de ele também fazer perguntas que desejar. É

importante ressaltar que os entrevistados numa pesquisa estão sempre

situados em um ambiente social, é necessário que algumas, das informações

sejam obtidas sobre a cultura do grupo ou a instituição aonde irá se

desenvolver o trabalho.

O período de aquecimento concentra-se em atividades de

caráter informal, que valorizem o envolvimento do participante a fim de obter os

dados que se consideram necessários para o desenvolvimento da pesquisa.

Nota-se que, com estas atividades, cria- se um clima de descontração, em que

é favorável a obtenção de interessantes informações sobre os participantes.

Na entrevista reflexiva, os objetivos da pesquisa serão a base

para a elaboração da questão desencadeadora elaborada de diferentes

maneiras, no caso de haver pedidos de esclarecimentos, para evitar

formulações que se distanciem do objetivo da investigação.

A formulação de perguntas desencadeadoras depende de

alguns critérios, tais como a consideração dos objetivos da pesquisa; a

amplitude da questão de forma a permitir esclarecimento de informações

pertinente ao tema que se estuda; o cuidado de evitar indução de respostas; a

escolha dos termos da pergunta, que deverão fazer parte do universo

linguístico do participante e a escolha do termo interrogativo.

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Em suma, nota-se que a entrevista reflexiva revela-se como

importante estratégia nas pesquisas qualitativas como uma solução para o

estudo de significados subjetivos e de tópicos complexos demais para serem

investigados por instrumentos fechados num formato padronizado (BANISTER

apud SZYMANSKI, ALMEIDA E BRANDINI, 2004).

Lakatos (2004) inclui como conteúdos a serem investigados

fatos, opiniões sobre fatos, sentimentos, planos de ação, condutas atuais ou do

passado, motivos conscientes para opiniões e sentimentos. (LAKATOS apud

SZYMANSKI, ALMEIDA E BRANDINI, 2004).

Parte-se da constatação de que a entrevista face a face é

fundamental na situação de interação humana, em que estão em jogo às

percepções do outro e de si, expectativas, sentimentos, preconceitos e

interpretações para os protagonistas: entrevistador e entrevistado. Quem

entrevista tem informações e procuram outras, assim como aquele que é

entrevistado também processa um conjunto de conhecimentos e pré-conceitos

sobre o entrevistador, organizando suas respostas para aquela situação.

Nota-se que as observações de campo são em geral

semiestruturadas, tendo como característica o contexto natural e os dados não

quantificáveis, a fim de compreender o que está por trás das falas e atitudes

dos participantes envolvidos na pesquisa. O uso da observação como um

procedimento de coleta de dados é empregado, quando os temas abordados

exigem um grande grau de complexidade.

Vianna (2003) enfatiza que o observador não basta

simplesmente olhar. Deve certamente saber ver, identificar e descrever o

ocorrido e observado. A observação demanda período longo de relacionamento

emocional, os sentimentos e as emoções devem ser registrados e analisados.

Visto que a qualidade da pesquisa vai depender, em grande parte da maior ou

menor habilidade do observador e também da sua capacidade de observar.

A grande vantagem da entrevista reflexiva e da observação

seria que, elas permitem a interação do entrevistador com o entrevistado e que

este complexo processo interativo tem um caráter reflexivo, num intercâmbio

contínuo entre significados, o sistema de crenças e valores, perpassados pelas

emoções e sentimentos dos protagonistas, que conforme a interação que se

estabelece entre pesquisador e o participante têm-se um conhecimento

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organizado de forma específica; percebe-se a partir daí a participação de

ambos no resultado final.

Etapas da pesquisaProcurando alcançar os objetivos propostos neste Projeto de

Pesquisa, definimos, para o estudo em questão, as seguintes etapas de

consecução:

1.º.Revisão do projeto de pesquisa;

2.º.Contato inicial para verificar os possíveis participantes,

(alunos egressos da Unoeste, que atuam na carreira

profissional docente de forma inicial ou veterana) e a

instituição na qual se inserem, com o objetivo de

contribuir de forma significativa no desenvolvimento da

pesquisa;

3.º.Levantamento bibliográfico sobre a temática do

Planejamento e a contextualização da Educação Infantil

no Brasil;

4.º.Aplicar a entrevista reflexiva cujo roteiro se encontra no

apêndice I em conjunto com os participantes envolvidos,

para diagnosticar qual é a concepção que se têm sobre

a construção da identidade profissional professor de

educação infantil;

5.º.Coletar e observar os planos elaborados, pelos

professores para compreender a base teórica do

planejamento didático (anual e semanal) dos

professores de Educação Infantil;

6.º.Com entrevistas analisar, a conceituação de

planejamento didático (anual e semanal) dos

profissionais Iniciantes e veteranos, egressos da

Universidade do Oeste Paulista – Unoeste, atuantes na

Pré Escola.

7.º.Com a observação (apêndice II). Verificaremos a

execução do planejamento didático (anual e semanal)

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da educação infantil, dos profissionais iniciantes e

veteranos, egressos da instituição UNOESTE, atuantes

no seguimento pré-escolar (crianças 4 e 5 anos), a fim

de refletirmos sobre a temática apresentada e levantar

possíveis questionamentos para análise dos dados.

Procedimentos de análise dadosFranco (2007) argumenta que o ponto de partida para a análise

de conteúdo fundamenta-se na mensagem, que pode ser verbal, oral, escrita,

gestual, silenciosa, documental ou diretamente provocada. A mensagem

expressa um significado e um sentido, processados pelo sujeito e transformado

em linguagem e que para ser analisada, requer uma bagagem teórica por parte

do analista.

Bardin (2011) observa que a intenção da análise de conteúdos

é fazer inferências sobre qualquer um dos elementos básicos do processo de

comunicação, a fim de trabalhar os vestígios e desvendá-los.

Para análise dos dados observar-se-á à orientação de Laurence

Bardin para a elaboração de categorias.

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Cronograma

Atividades:

1 – Revisão e elaboração do projeto de pesquisa –

fevereiro março abril maio – 2014

2 - Levantamento bibliográfico e análise das leituras - julho a dezembro – 2014 janeiro a setembro de 2015

3 – Cadastro do projeto de pesquisa no sistema Gestor de Pesquisa e na Plataforma Brasil. Junho – 2014

4 – contato com os participantes da Pesquisa – junho agosto - 2014 fevereiro de 2015

5 – aplicação da entrevista reflexiva aos professores- setembro outubro novembro – 2014

6 – aplicação da observação semiestruturada – outubro novembro – 2014 fevereiro março – 2015

7 – análise e interpretação dos dados – abril maio 2015

8 – elaboração das unidades temáticas e elaboração da dissertação – junho julho agosto setembro de 2015

9 – Exame de qualificação - outubro de 2015

10 – Exame de defesa – dezembro 2015

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Referências:

ARROYO, Miguel. O significado da infância. In: Anais do Seminário Nacional de Educação Infantil. Brasília, MEC / SEF /COEDI, 1996.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/ SEF, 1998.

CAMPOS, Maria Malta e FULLGRAF, Jodete. A qualidade da Educação Infantil Brasileira: alguns resultados de pesquisa. Cadernos de Pesquisa, v. 36, n. 127, p. 87-128, jan./abr. 2006

CAMPOS, Maria Malta; ROSEMBERG, Flúvia; FERREIRA, Isabel M. Creches e pré-escolas no Brasil. São Paulo: Cortez: FCC, 1993.

CHAMBOREDON, Jean Claude e PRÉVOT, Jean. O “ofício da criança”: definição social da primeira infância e funções diferenciadas da escola maternal. Cadernos de pesquisa, São Paulo, n.59, p.32-56. nov.1986.

FUSARI, José C. O Papel do Planejamento na Formação do Educador. São Paulo, SE/CENP, 1988.

FUSARI, José C. O Planejamento Educacional e a Prática dos Educadores. Revista da Ande, n.8. São Paulo, 1984.

FRANCO, Maria Laura P.B. Análise do Conteúdo. Séria Pesquisa. Brasília:

Líber Livro, 2007.

LAKATOS. Metodologia científica ciência e conhecimento científico, métodos científicos, teoria, hipóteses e variáveis, metodologia jurídica. São Paulo: Atlas, 2004.

OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2010.

OTT, Margot. Planejamento de aula: do circunstancial ao participativo. In: Planejamento e Participação – Revista de Educação da AEC, n.54. Brasília, AEC, 1984.

NÓVOA, Antônio. Formação de professores e Profissão docente In: NÓVOA, A. Os Professores e Sua formação. Lisboa: D. Quixote, 1992.

PADILHA, R. P. Planejamento diálogo: como construir o projeto político-pedagógico da escola. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001.

PIMENTA, Selma Garrido. Formação de professores: identidade e saberes dadocência. IN:________ (org). Saberes pedagógicos e atividade docente. SãoPaulo: Cortez, 2000. p.15-34.

_______________________________________. O estagio na Formação de Professores: Unidade Teoria e Prática? São Paulo: Cortez, 2005.

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ROSEMBERG, Fúlvia. Expansão da Educação Infantil e processos de exclusão. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n.107, p.07- 40. julho.1999.

SZYMANSKI, Heloisa (organizadora), Laurinda Ramalho de Almeida, Regina Célia Almeida Rego Prandini. A entrevista na pesquisa em educação: a prática reflexiva. Brasília: liber livro editora, 2004.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Projeto de Ensino-Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico, 5ªed. São Paulo: libertad, 1999. – (cadernos Pedagógicos do Libertad; v.1).

VIANNA. Heraldo Marelim. Pesquisa em Educação: a observação. Brasília: Plano Editora, 2003.

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APÊNDECE I - ROTEIRO DE ENTREVISTAPERFIL DO PROFESSOR

1. Formação:( ) Inicial – ano - curso( ) Continuada – ano – curso( ) Pós graduação – ano - curso2. Faixa etária:

( ) Entre 20/23 anos ( ) Entre 24/30 anos ( ) Entre 31/41 anos ou

mais

3. Estado Civil é:

(A) solteiro (a) (D) separado (desquitado, divorciado)

(B) viúvo (a) (E) outro. Qual?

(C) casado (a) ou união estável

4. Situação Profissional:

Tempo de Serviço:

Local de trabalho:

Jornada de Trabalho:

Tempo de magistério:

Tempo na função atual:

CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL5. Quando iniciou sua profissão como professora de Educação Infantil?

Qual foi a instituição? Qual foi o ano de conclusão do curso?

6. Por que escolheu o curso de Pedagogia?

7. Ser professor de Educação Infantil sempre foi sua primeira escolha?

8. O que é ser professor de Educação Infantil para você?

9. Sempre trabalhou com Educação Infantil? Quanto tempo?

FORMAÇÃO 10.O que a/o motivou a escolher essa profissão?

11.Qual é a opinião da sua família sobre sua escolha profissional?

12.Se não fosse professor (a) de Educação Infantil, que profissão escolheria?

13.Como você avalia a profissão de professor de Educação Infantil atualmente?

14.Como foi o curso de Pedagogia para você? A graduação ajudou a prática de ensino?

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PLANEJAMENTO DE ENSINO15.O que é planejamento para você?

16.O que é planejamento de ensino anual e semanal?

17.As matérias do curso de Pedagogia contribuíram de maneira positiva ou negativa na construção do ato de planejar? Quais são elas?

18.Você como um (a) profissional professor (a) de Educação Infantil sente-se preparada para elaborar e executar um planejamento didático anual e semanal? Como você se prepara?

19.Qual é o maior problema encontrado na prática do planejamento?

20. O que no seu trabalho é inovador e significativo?

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APÊNDICE II – OBSERVAÇÃO SEMIESTRUTURADAO objetivo do roteiro é: observar se o planejamento anual e semanal condiz

com a realidade em sala de aula ou se realmente há um planejamento didático

pedagógico.

1. Observar: Rotina escolar de sala de aula1.1.Nome professor: __________________________________________

1.2.Como é a rotina de sala: ____________________________________

1.3.Roda da conversa: _________________________________________

1.4.Postura do Professor :_______________________________________

1.5.Postura das crianças: _______________________________________

1.6.Período: ( ) Manhã ( ) Tarde ( ) Integral

1.7. Instituição: ________________________________________________

2. Observar: Planejamento didático anual e semanal2.1.Preparação e elaboração

2.1.1. Individual ou coletiva?

2.1.2. Auxílio corpo docente e discente?

2.1.3. Como é realizado?

2.2.Apresentação dos objetivos, conteúdos e tarefas.

2.2.1. Como é apresentado as crianças?

2.3. Desenvolvimento dos conteúdos

2.3.1. É realizado de que forma?

2.4. Consolidação (fixação, exercícios, recapitulação, sistematização).

2.5. Avaliação

3. Observar: Professor e aluno3.1. Expectativas do professor

3.2. Expectativas das crianças

3.3. Relação professor/ aluno

3.4. Relação ensino/ aprendizagem

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Campus I Campus I I

Rua Jo sé B o ngio vani, 700 C idade U niver sitár ia C E P 19050 P residente P rudente SP Tel| F ax: 18 3229 1000Ro do via Rapo so Tavares, K m 572 B air ro L im o eiro C E P 19067 175 P residente P rudente SP Tel| F ax: 18 3229 2000

· · · · · · · ·

920

P ró-Reitor ia de P ós-Gr aduação Tel: 18 3229 2077 / 2078 / 2079

E -m ail: po sgrad@ uno este.brwww.unoeste.br

P esquisa e

CAM

PUS

II

3.5. Outros

Presidente Prudente 14 de maio de 2014.Ilmo. Sr.ªOndina Barbosa GerbasiSecretária Municipal de Educação.

Prezada Senhora:

Assunto: Solicitação de autorização para pesquisa em nível de mestrado: fazer um levantamento dos participantes da pesquisa e realizar procedimentos metodológicos.

Eu, Hellen Costa David estou desenvolvendo uma pesquisa em nível de

mestrado, pertencente à área de Educação da Universidade do Oeste Paulista

– UNOESTE. Venho pelo presente, solicitar autorização da Secretaria de

Educação do Município de Presidente Prudente, para adentrar nas escolas de

Educação Infantil, a fim de diagnosticar quais são os professores que foram

alunos egressos da Universidade do Oeste Paulista – Unoeste, pois o objetivo

é fazer um levantamento dos participantes da pesquisa. Além de ter os

participantes da pesquisa, necessito participar das aulas destes professores

para fazer observações, bem como realizar entrevistas e coletar amostras de

planejamento didático anual e semanal. A temática da minha pesquisa é:

Analisar o ato do planejamento didático (anual e semanal) das atividades da

Educação Infantil na fase pré-escolar (4 e 5 anos) dos professores egressos do

curso de Pedagogia. Objetivo e verificar se o profissional professor em início de

carreira e veterano são capazes de atuar na docência, garantindo um

planejamento de qualidade que satisfaça as necessidades particulares da faixa

etária em questão. Esta pesquisa está sendo orientada pela Professora Drª

Helena Faria de Barros.

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Campus I Campus I I

Rua Jo sé B o ngio vani, 700 C idade U niversitár ia C E P 19050 P residente P rudente SP Tel| F ax: 18 3229 1000Ro do via Rapo so Tavares, K m 572 B air ro L im o eiro C E P 19067 175 P residente P rudente SP Tel| F ax: 18 3229 2000

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P ró-Reitor ia de P ós-Gr aduação Tel: 18 3229 2077 / 2078 / 2079

E -m ail: po sgrad@ uno este.b rwww.unoeste.br

P esquisa e

CAM

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II

Contando com a autorização da Secretaria de Educação, agradeço e coloco-

me à disposição para qualquer esclarecimento.

Desde já agradecemos.

Atenciosamente:

__________________________ ________________________

Assinatura da Orientanda Assinatura da Orientadora

RG: 41.124.929-0 RG: 4.518.263-2

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Campus I Campus I I

Rua Jo sé B o ngio vani, 700 C idade U niver sitár ia C E P 19050 P residente P rudente SP Tel| F ax: 18 3229 1000Ro do via Rapo so Tavares, K m 572 B air ro L im o eiro C E P 19067 175 P residente P rudente SP Tel| F ax: 18 3229 2000

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P ró-Reitor ia de P ós-Gr aduação Tel: 18 3229 2077 / 2078 / 2079

E -m ail: po sgrad@ uno este.brwww.unoeste.br

P esquisa e

CAM

PUS

II

SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA PESQUISA: BANCO DE DADOS

Eu, Hellen Costa David estou desenvolvendo uma pesquisa em nível de

mestrado, pertencente à área de Educação da Universidade do Oeste Paulista

– UNOESTE. Venho pelo presente, solicitar autorização da Unoeste campus I,

no setor de Educação do curso de Pedagogia para realização da coleta de

dados da pesquisa que realizo. Para tanto necessito de uma relação dos

alunos egressos do curso nos três últimos anos. A temática da minha pesquisa

é: Analisar o ato do planejamento didático (anual e semanal) das atividades da

Educação Infantil na fase pré-escolar (4 e 5 anos) dos professores egressos do

curso de Pedagogia. Objetivo e verificar se o profissional professor em início de

carreira e veterano são capazes de atuar na docência, garantindo um

planejamento de qualidade que satisfaça as necessidades particulares da faixa

etária em questão. Esta pesquisa está sendo orientada pela Professora Drª

Helena Faria de Barros.

Contando com a autorização desta instituição, agradeço e coloco-me à

disposição para qualquer esclarecimento.

__________________________ ________________________

Assinatura da Orientanda Assinatura da Orientadora

RG: 41.124.929-0 RG: 4.518.263-2

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título da Pesquisa: Educação Infantil: Uma Análise do Ato de PlanejarNome da Pesquisadora: Hellen Costa DavidNome do Orientador: Profª. Drª Helena Faria de Barros

1. Natureza da pesquisa: a Sra. está sendo convidada a permitir que o seu trabalho

profissional docente: planejamento didático anual e semanal seja publicado pela

pesquisadora acima mencionada, na forma de um estudo de caso.

2. Participantes da pesquisa: além da Sra., mais 4 pessoas participam deste

estudo de caso.

3. Envolvimento na pesquisa: ao participar deste estudo a Sra. permitirá que a

pesquisadora acima publique os dados sobre o seu trabalho profissional docente:

planejamento didático anual e semanal. A Sra. tem liberdade de se recusar a

permitir que seu caso seja publicado e ainda se recusar a continuar participando

até que o trabalho seja publicado, sem qualquer prejuízo para a Sra. Sempre que

quiser poderá pedir mais informações sobre este trabalho através do telefone da

pesquisadora. Se necessário, poderá pedir esclarecimentos através do telefone do

Comitê de Ética em Pesquisa.

4. Riscos e desconforto: a participação nesta pesquisa não traz complicações

legais. A Sra. não será submetida a nenhum risco ou desconforto durante a

pesquisa, pois apenas será relatado sobre o ato de planejar. Os procedimentos

adotados nesta pesquisa obedecem aos Critérios da Ética em Pesquisa com Seres

Humanos conforme Resolução nº. 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Esta

pesquisa não oferece riscos à sua dignidade.

5. Confidencialidade: todas as informações coletadas neste estudo são estritamente

confidenciais. Somente os pesquisadores e o orientador terão conhecimento dos

dados.

6. Benefícios: ao participar desta pesquisa a Sra. não terá nenhum benefício direto.

Entretanto, esperamos que este estudo traga informações importantes sobre ação

do planejamento na Educação Infantil com crianças em idade pré-escolar (4 e 5

anos) de forma que o conhecimento que será construído a partir desta pesquisa

possa contribuir para sua prática profissional docente e a instituição que esta

inserida, onde pesquisador se compromete a divulgar o estudo, respeitando-se o

sigilo das informações coletadas, conforme previsto no item anterior.

7. Pagamento: a Sra. não terá nenhum tipo de despesa para participar desta

pesquisa, bem como nada será pago por sua participação.

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Após estes esclarecimentos, solicitamos o seu consentimento de forma livre

para permitir o relato de seu caso clínico. Portanto preencha, por favor, os itens que se

seguem: Confiro que recebi cópia deste termo de consentimento, e autorizo a

divulgação de meu trabalho profissional docente: planejamento didático anual e

semanal.

Obs.: Não assine esse termo se ainda tiver dúvida a respeito.

Consentimento Livre e EsclarecidoTendo em vista os itens acima apresentados, eu,.., RG nº. ........ (órgão expedidor / estado) de forma livre e esclarecida, manifesto meu consentimento na divulgação

de meu estudo de caso.

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Assinatura do Participante da Pesquisa

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Assinatura do Pesquisador

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Assinatura do Orientador

Pesquisadora: Hellen Costa DavidTelefone: (18) 99702 12 45 ou (18) 3905 12 12

Orientadora: Profa. Drª Helena Faria de Barros

Telefone: ??Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa: Profa. Dra. Gisele Alborghetti

Nai - Telefone do Comitê: (18) 3229-2077 - E-mail: [email protected]