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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA RÚBIA MARQUES DE SOUZA O COMPORTAMENTO DA FUNÇÃO INTESTINAL SOB INFLUÊNCIA DO ESTRESSE EM ACADÊMICOS DA UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA – UNISUL Tubarão 2007

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

RÚBIA MARQUES DE SOUZA

O COMPORTAMENTO DA FUNÇÃO INTESTINAL SOB INFLUÊNCIA DO

ESTRESSE EM ACADÊMICOS DA UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

– UNISUL

Tubarão

2007

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RÚBIA MARQUES DE SOUZA

O COMPORTAMENTO DA FUNÇÃO INTESTINAL SOB INFLUÊNCIA DO

ESTRESSE EM ACADÊMICOS DA UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

– UNISUL

Monografia apresentada ao Curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.

Orientador: Profª. Msc. Inês Almansa Vinadé.

Tubarão

2007

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Dedico todo meu esforço para realizar este trabalho, em especial, aos meus pais por todo amor, dedicação e esforço para que este acontecesse e ao meu irmão querido. Também ao professor Paulo César Silva Madeira, que esteve comigo muitas vezes, dando-me orientação e atenção.

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AGRADECIMENTOS

Acima de tudo, agradeço a Deus que me deu saúde e força de vontade para não

desanimar no meio do caminho e pela inspiração e energia imensurável que iluminou cada passo

dessa jornada.

Ao meu pai José Rubéns e minha mãe Maria Helena por tudo que me ensinaram, pelo

carinho e amor que me dedicam, ao meu irmãozinho querido, Marcos, sempre me transmitindo

felicidade.

Aos mestres, pela dedicação e conhecimento de vida que nos passaram, a qual

levaremos conosco pela eternidade.

Em especial agradeço a minha orientadora Inês Almansa Vinadé e ao professor Paulo

César Silva Madeira, que me ajudaram a realizar esta pesquisa, e por terem me dado toda a

segurança e apoio no desenvolvimento de todas as etapas deste trabalho.

Aos colegas de turma, que durante esta jornada de quatro anos dividiram comigo

momentos de angústia e alegria. Que toda essa convivência seja a base para continuidade de uma

sincera amizade.

A todos vocês, o meu muito OBRIGADA!

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RESUMO

O fisiológico do nosso intestino é muito variável, pois algumas pessoas podem ter três defecações

por dia enquanto outras evacuam duas ou três vezes por semana. As fezes devem ser sólidas,

porém macias, não oferecendo dificuldades na evacuação. O intestino tem como função, absorver

nutrientes e água, através do carreamento de líquidos do sangue para ele de forma a serem

excretados. Este trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento intestinal sob influência

do estresse, em acadêmicos dos cursos de fisioterapia, nutrição, farmácia e odontologia, da

Universidade do Sul de Santa Catarina-Unisul/ Campus Tubarão. A amostra compreendeu-se

entre 94 acadêmicos, sendo 20 acadêmicos do curso de fisioterapia (3 do sexo masculino e 17 do

sexo feminino), 22 acadêmicos do curso de nutrição (17 do sexo masculino e 5 do sexo

feminino), 25 do curso de farmácia (9 do sexo masculino e 16 do sexo feminino) e 27 do curso de

odontologia (15 do sexo masculino e 12 do sexo feminino). Os dados foram coletados através de

um questionário. Para obtenção da amostra foi utilizado o software Statdisk que considerou a

fórmula de Jerzy Neyman, considerando um nível de confiança de 95% e um erro máximo

aceitável de 4%. Sendo analisadas as características do biótipo, características patológicas,

ingesta hídrica, alimentação, função intestinal, ansiedade e estresse. Através dos resultados desta

pesquisa podemos observar que, de maneira geral, os acadêmicos apresentaram um mau

funcionamento intestinal. Esse fato indica que a boa alimentação, a ingesta hídrica e a

tranqüilidade dos acadêmicos proporcionam ganhos consideráveis ao tubo digestório.

Palavras-chave: comportamento intestinal, tubo digestório e estresse.

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ABSTRACT

The physiological of the intestine is very variable, because some people may have here

defecações a day while others evacuam two or three times a week. The stool should be solid, but

soft, not offering difficulties in the evacuation. The intestine is to function, absorb nutrients and

water through the carreamento of liquid blood for him in order to be excreted. This study aimed

to assess the intestinal behavior under the influence of stress on the academic courses in

physiotherapy, nutrition, pharmacy and dentistry, the University of Southern Santa Catarina -

Unisul / Campus Tubarão. The sample is understood between 94 academics, and 20 academicians

of the course of physiotherapy (3 males and 17 females), 22 academicians of the course of

nutrition (17 males and 5 females), 25 of the course of pharmacy (9 males and 16 females) and 27

of the course of dentistry (15 males and 12 females). The data were collected through a

questionnaire. To obtain the sample was used the software Statdisk which found the formula for

Jerzy Neyman, assuming a confidence level of 95% and a maximum acceptable error of 4%. As

analyzed the characteristics of the biotype, pathological features, water intake, food, intestinal

function, anxiety and stress. Through the results of this research can see that, in general, the

scholars had a malfunction intestinal. This fact indicates that the proper nutrition, water intake

and tranquility of academics provide considerable gains to digestive tube.

Word-key: intestinal behavior, stress and digestive tube.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Quadro 1- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Dor durante a evacuação antes e durante o período de provas..............................................................................34 Quadro 2: Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Dificuldade para evacuação antes e durante o período de provas................................................................................................35 Quadro 3- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Sensação de evacuação incompleta ou tiveram que usar manobras para facilitar a saída das fezes antes e durante o período de provas............................................................................................................................35 Quadro 4- Questão referente ao item 5 do instrumento de pesquisa- Os acadêmicos (as) consideraram ou não a sua alimentação adequada nos períodos antes e durante as provas..............................................................................................................................................35 Quadro 5- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Ocorrência de flatulência antes e durante o período de provas................................................................................................36 Quadro 6- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Distensão da região abdominal antes e durante o período de provas..............................................................................37 Quadro 7- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Freqüência de dias que os acadêmicos (as) iam ao banheiro para defecar, antes e durante o período de provas.....................37 Quadro 8- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Sensação de evacuação incompleta ou tiveram que usar manobras para facilitar a saída das fezes antes e durante o período de provas...........................................................................................................................38 Quadro 9- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Classificação da normalidade da função intestinal antes e durante o período de provas...............................................................38 Quadro 10- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Distensão da região abdominal antes e durante o período de provas..............................................................................39 Quadro 11- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Dores abdominais antes e durante o período de provas............................................................................................................39 Quadro 12 - Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Classificação das fezes antes e durante o período de provas................................................................................................40 Quadro 13- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Dificuldade para evacuação antes e durante o período de provas................................................................................................40

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Quadro 14- Questão referente ao item 5 do instrumento de pesquisa- Os acadêmicos (as) consideram ou não a sua alimentação adequada nos períodos antes e durante as provas..............41 Quadro 15- Questão referente ao item 7 do instrumento de pesquisa- Ansiedade antes e durante o período de provas............................................................................................................................42 Quadro 16- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Classificação da normalidade da função intestinal antes e durante o período de provas..........................................42 Quadro 17- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Dor durante a evacuação antes e durante o período de provas................................................................................................43 Quadro 18- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Dificuldade para evacuação antes e durante o período de provas................................................................................................43 Quadro 19- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Mudança na forma ou calibre das fezes durante a semana que o questionário foi aplicado nos acadêmicos (as) antes e durante o período de provas............................................................................................................44 Quadro 20- Questão referente ao item 4 do instrumento de pesquisa- Quantos copos de água os acadêmicos (as) beberam por dia antes e durante o período de provas..........................................44 Quadro 21- Questão referente ao item 8 do instrumento de pesquisa- Estresse antes e durante o período de provas...........................................................................................................................45

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Sistema digestório..................................................................................................14 Figura 2: Posição das três glândulas salivares......................................................................16 Figura 3: Controle das glândulas salivares pelo sistema parassimpático..............................16 Figura 4: Organização geral das camadas do trato gastrintestinal........................................19

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SUMÁRIO

1INTRODUÇÃO.................................................................................................................12 2 ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO ............................................................... 14

2.1 BOCA E AS GLÃNDULAS SALIVARES....................................................................15

2.2 INTESTINO DELGADO.............................................................................................. 17

2.3 INTESTINO GROSSO ................................................................................................. 20

2.4 DEFECAÇÃO.................................................................................................................22

2.5 CONSTIPAÇÃO INTESTINAL................................................................................... 23

2.5.1 Características físicas das fezes................................................................................25

2.6 DIARRÉIA .................................................................................................................... 26

2.6.1 Diarréia aguda .......................................................................................................... 26

2.6.2 Diarréia crônica ........................................................................................................ 26

2.7 DOR PÉLVICA CRÔNICA.......................................................................................... 26

2.8 INCONTINÊNCIA FECAL.......................................................................................... 27

2.9 ESTRESSE .................................................................................................................... 28

2.8 ÁGUA.............................................................................................................................30

3 MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................. .......31

3.1 POPULAÇÃO/AMOSTRA .......................................................................................... 32

3.2 PROCEDIMENTO PARA COLETA DE DADOS ...................................................... 33

3.3 ANÁLISE DOS DADOS .............................................................................................. 34

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS, ANÁLISE E DISCUSSÃO .................... 35

4.1 CURSO DE FISIOTERAPIA........................................................................................ 35

4.2 CURSO DE NUTRIÇÃO...............................................................................................37

4.3 CURSO DE FARMÁCIA...............................................................................................39

4.4 CURSO DE ODONTOLOGIA ..................................................................................... 43

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................... 47

REFERÊNCIAS..................................................................................................................49 APÊNDICE ........................................................................................................................ 53

APÊNDICE A .................................................................................................................... 54

ANEXO................................................................................................................................56

ANEXO A............................................................................................................................57

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1 INTRODUÇÃO

Cada célula do nosso corpo necessita de um suprimento constante de energia para

realizar suas funções específicas, sejam elas de contração, secreção, síntese ou qualquer outra. A

energia advém do alimento, onde estão presentes os carboidratos, gorduras, proteínas, sais

minerais, etc. Essas moléculas complexas são quebradas pelo processo da digestão e são mais

tarde absorvidas na corrente sanguínea. A digestão requer que o alimento seja trabalhado por

enzimas e co-fatores, cuja atividade deve ser facilitada pela agitação mecânica do conteúdo

intestinal (DAVIES, 2002).

O alimento ingerido fornece as substâncias básicas, as quais são responsáveis pela

carga energética necessária para o desempenho das demandas das células que podem ser a

simples função como a síntese de novas moléculas. A maioria dos alimentos, entretanto, não tem

condições de entrar diretamente na corrente sangüínea e ser utilizada pelas células. Ao contrário,

necessitam que sejam fracionadas em moléculas mais simples para ser conduzido à corrente

sanguínea e depois serem assimiladas, e ou, transformadas em outras moléculas. O sistema

digestivo modifica o alimento ingerido por processos mecânicos e químicos de modo que, no

final, possam atravessar a parede do trato gastrintestinal e penetrar nos sistemas vasculares

sangüíneo e linfáticos. O sistema vascular, por sua vez, transporta essas moléculas de alimento

através da veia porta para o fígado antes de distribuí-la para todas as demais células. Ao chegar às

células, as moléculas do alimento digerido podem ser remontadas em proteínas, carboidratos e

lipídios, ou usadas na produção de energia para suportar as atividades do corpo (SPENCE, 1991).

A absorção é um processo lento que requer movimento controlado do material alimentar

através das secreções absorvida do intestino. Assim, três processos básicos acontecem no

intestino: secreção - adição de enzimas e co-fatores necessários para a digestão; absorção -

captação dos produtos da digestão; motilidade - agitação controlada e movimento do material

através do sistema (DAVIES, 2002).

O fisiológico do nosso intestino é muito variável, pois algumas pessoas podem ter três

defecações por dia enquanto outras evacuam duas ou três vezes por semana. As fezes devem ser

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sólidas, porém macias, não oferecendo dificuldades na evacuação. O intestino tem como função,

absorver nutrientes e água, através do carreamento de líquidos do sangue para ele de forma a

serem excretados (GANONG, 2000).

Quando ocorre alteração na função do intestino o mesmo fica debilitado ocasionado

problemas intestinais como constipação, diarréia, dores abdominais, incontinência fecal entre

outros. Estas alterações do intestino podem, freqüentemente, estarem associadas a distúrbios

psicossomáticos (emocionais) como estresse, ansiedade e depressão.

Diante do exposto acima, procura-se com esse estudo, buscar respostas à seguinte

questão: O comportamento intestinal sofre influência do estresse?

Diante da alta prevalência de acadêmicos estressados durante o período de provas, nas

diferentes disciplinas, supõe-se que a alteração intestinal possa ser uma constante,

comprometendo o desempenho intestinal do organismo humano. Este estudo pretendeu avaliar a

relação entre o estresse com a função intestinal dos indivíduos estudados, acadêmicos da Unisul.

De posse do resultado pode-se analisar de que forma poderão os acadêmicos tentar

melhorar o seu dia-a-dia na universidade, nas datas de provas e compromissos acadêmicos,

visando assim, o aprimoramento da qualidade de sua função intestinal diária.

Como importância deste estudo, procuramos detectar as situações de dificuldades por

que passa o nosso intestino e sistemas de controle ou de reconhecimento dessas alterações. Um

estudo específico e dirigido facilitou qualquer terapêutica proposta, além de propormos soluções

também específicas.

Diante do exposto, enfatizou-se no presente trabalho, como objetivo geral, avaliar o

comportamento intestinal sob influência do estresse, em acadêmicos dos cursos de fisioterapia,

nutrição, farmácia e odontologia, da Universidade do Sul de Santa Catarina-Unisul/ Campus

Tubarão.

E, propôs-se, como objetivos específicos, no presente trabalho, verificar a incidência de

alterações intestinais em relação ao estresse nos acadêmicos da Universidade do Sul de Santa

Catarina-Unisul em período provas e constatar o grau de satisfação dos acadêmicos quanto a sua

função intestinal no período de provas.

O presente trabalho é constituído de 5 capítulos, observando-se que neste primeiro, foi

descrito uma introdução geral para melhor entendimento do processo, o segundo desenvolve a

fundamentação teórica com uma breve revisão bibliográfica, o próximo capítulo aponta o

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delineamento da pesquisa em si, o quarto analisa e interpreta os dados obtidos e, por último, o

quinto, estão as considerações finais.

2 ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO

O sistema digestório consiste de um tubo chamado trato gastrintestinal ou canal

alimentar, que se estende da boca ao ânus. O alimento que permanece temporariamente no trato

gastrintestinal é, na verdade, expulso para fora do corpo, uma vez cumprida sua tarefa. Para

“entrar” no corpo o alimento deve atravessar o epitélio que reveste a parede do trato.

Esminuciando-se o tubo digestivo, encontram-se as glândulas com suas secreções, como as

salivares, as glândulas gástricas, as glândulas intestinais, o fígado e o pâncreas, todas auxiliando

na digestão do alimento. Embora o trato gastrintestinal seja um tubo contínuo, é divisível em

regiões especializadas, cada uma das quais executando funções específicas na digestão dos

alimentos. Essas regiões incluem a boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino

grosso (SPENCE, 1991).

Segundo Spence (1991), as atividades do sistema digestório podem ser divididas em

seis processos: ingestão do alimento na boca; movimento do alimento ao longo do tubo

digestório; preparação mecânica do alimento para digestão; digestão química do alimento;

absorção do alimento digerido para os sistemas circulatório e linfático e eliminação das

substâncias não-digeríveis e restos metabólicos do corpo, pela defecação.

Conforme Spence (1991, p.539), “[...] o trato digestório é revestido por uma membrana

mucosa, que protege os tecidos subjacentes, e ao mesmo tempo permite a absorção do alimento

digerido no intestino.” A membrana, para ser adequada à absorção, deve ser delgada e úmida. A

secreção de muco pelas células da membrana mucosa conserva a membrana úmida, pelo fato de o

muco ser viscoso, ele também serve como mecanismo protetor. Assim, a delgada membrana que

reveste as regiões de absorção do trato digestório providencia adequada proteção desde que esteja

coberta por muco.

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Figura 1: Sistema digestório. Fonte: Spence, (1991). 2.1 BOCA E AS GLÃNDULAS SALIVARES

Três pares de glândulas salivares produzem 1,5 l de saliva, em um adulto normal, por

dia. As funções da saliva são, a saúde bucal, facilitar a deglutição e fazer a digestão do amido. O

epitélio bucal deve ser mantido úmido e lubrificado, para evitar alterações e infecções, o qual

contendo resíduos de alimentos é um bom ambiente para o desenvolvimento de microorganismos,

que, por sua vez, necessitam ser controlados. Por isso, a flora bucal produz ácido pelo seu

metabolismo (DAVIES, 2002).

Para que a deglutição ocorra facilmente, o alimento deve ser umidecido e lubrificado,

facilitando a sua quebra antes de ser deglutido. A ingestão torna-se mais agradável quando se a

saliva dissolve as substâncias responsáveis pelo paladar e sabor, permitindo que sejam atingidas

pelos receptores sensoriais. A salivação inadequada está condicionada a situações do temor ao

trauma. Esse condicionamento chamado xerostomia (boca seca) provoca lesão ou úlceras bucais,

dando condições ao desenvolvimento desordenado bacteriano (DAVIES, 2002).

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Os principais componentes salivares são: o Na+, K+, Cl- e o HCO3- (bicarbonato) em

concentrações maiores. Os principais constituintes orgânicos da saliva são o muco e a enzima

salivar amilase. Esta última catalisa o primeiro estágio da degradação dos amidos polissacarídeos

em mono ou dissacarídeos. Porém, há outros constituintes imunes como IgA e IgM e outros

imunos sanguíneos. Três pares de glândulas salivares são responsáveis pela fonte salivar: - as

glândulas parótidas, abaixo e anterior ao ouvido, com ductos na superfície interna da bochecha e

ao lado oposto aos molares superiores, responsáveis pela saliva serosa, isto é, solução aquosa

com eletrólitos e enzimas e é responsável por 25% da produção salivar; as glândulas

submandibulares, abaixo da mandíbula com ductos sublinguais e secretam 70% do fluxo salivar

diário e muco, contendo todos os constituintes necessários; as glândulas sublinguais, menores,

situam-se no assoalho da boca, posteriormente à linha média da mandíbula, com vários ductos

para a cavidade bucal e submandibular e secretam somente 5% do fluxo, porém, grande

quantidade de muco e fonte importante de anticorpos e antígenos (DAVIES, 2002).

O muco é uma mistura de mucoproteinas e mucopolissacarídeos, sintetizado dentro das

células acinares e misturado ao líquido extracelular (GANONG, 2000).

A inervação responsável pelo controle das glândulas salivares é o sistema autônomo

simpático e parassimpático. Diferentemente de suas ações opostas em outras partes do trato

digestivo, aqui, ambos promovem a secreção (GANONG, 2000).

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Figura 2: Posição das três glândulas salivares. Fonte: Davies, (2002).

Figura 3: Controle das glândulas salivares pelo sistema parassimpático. Fonte: Davies, (2002).

2.2 INTESTINO DELGADO

Segundo Dani (2001), o intestino delgado uni-se com o intestino grosso pela valva

ileocecal. É revestido por epitélio cilíndrico simples que contém células especializadas para

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absorver nutrientes, que é a função principal do intestino delgado. Com base na estrutura

microscópica, o intestino delgado pode ser dividido em três regiões não nitidamente separadas

uma da outra.

Uma das três regiões é o duodeno que representa os primeiros 25 cm do intestino

delgado, encurvado ao redor da cabeça do pâncreas. O ducto colédoco, do fígado, e o ducto

pancreático, do pâncreas, unem-se para formar a ampola hepatopancreático, que se abre no

duodeno na papila maior. Esta abertura é rodeada por um músculo esfíncter, chamado esfíncter

hepatopancreático. O ducto colédoco transporta bile, e as enzimas digestivas são transportadas

pelo ducto pancreático. O duodeno é retroperitoneal, isto é, situado atrás do peritônio, e está

firmemente aderido à parede posterior do corpo; os próximos 2,5 metros, aproximadamente, do

intestino delgado, constituem o jejuno. Esta porção está suspensa na cavidade abdominal pelo

mesentério (DANI, 2001).

Dani (2001) relata que o íleo constitui os restantes 3,5 metros, do intestino delgado. A

entrada do íleo no ceco do intestino grosso é guarnecida pela valva ileocecal. Ao invés de ser um

verdadeiro esfíncter, esta valva é composta por duas pregas de tecido.

Outra região é o íleo, como o jejuno, está suspenso na parede posterior do corpo pelo

mesentério. Este permite ao intestino delgado mover-se durante as contrações peristálticas, sendo

também suporte para os vasos sangüíneos e linfáticos, e para os nervos que suprem os intestinos.

Conforme Prado (2000), as modificações na parede do intestino delgado estão nas

túnicas mucosa e submucosa. Estas camadas formam pregas de forma circular, permanentes que

se protegem na luz do intestino delgado e aumentam a superfície da mucosa. A área superficial da

mucosa é aumentada pelas vilosidades intestinais, que são projeções muito finas, em forma de

dedo de luva, da mucosa da luz. As vilosidades saem tão numerosas e tão próximas umas das

outras que a mucosa do intestino delgado tem um aspecto aveludado. Cada vilosidade tem uma

capa superficial constituída de uma só camada de células epiteliais, e contém um capilar linfático

chamado vaso lácteo ou quilífero. Este é rodeado por uma rede de capilares sangüíneos. Dois

tipos principais de células epiteliais cobrem a superfície das vilosidades: células globosas, que

secretam muco e as numerosas células absorventes, que participam da absorção e digestão do

material alimentar. A face livre das células absorventes está pregueada por projeções muito

pequenas chamadas microvilos. Estes aumentam grandemente a área superficial total da mucosa

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intestinal. Esta área, no seu total, colabora na absorção dos alimentos digeridos, que devem

atravessar a mucosa antes de entrar nos vasos capilares ou nos lácteos.

Segundo Prado (2000), a mucosa contém muitas glândulas intestinais tubulares,

localizadas entre as bases das vilosidades. Na submucosa do duodeno estão glândulas mucosas

chamadas glândulas duodenais que geralmente vertem seu produto nas glândulas intestinais.

As glândulas intestinais secretam o suco intestinal que contém poucas enzimas que

migram para as vilosidades, onde substituem as células superficiais que estão constantemente se

perdendo na luz do intestino. As enzimas são capazes de se manter presas às membranas

plasmáticas dos microvilos das células absorventes, de tal maneira que digerem os alimentos

dentro das células, mais do que na luz do intestino delgado. O produto das células das glândulas

intestinais contém enzimas que digerem carboidratos, proteínas e lipídios (PRADO, 2000).

O intestino delgado é o principal local de absorção de nutrientes e reabsorção das

secreções somadas ao intestino. Sua motilidade reflete sua função. Segundo DAVIES et al, 2002,

sua estrutura de revestimento fornece ampla área de trocas e o quimo dentro dele é propelido,

lenta e suavemente do duodeno ao íleo terminal. A agitação e a propulsão é um padrão conhecido

como segmentação. Sendo maior no duodeno e menor no íleo terminal. O padrão de contrações

segmentares agita o quimo para frente e para trás, e, gradualmente, move-o caudalmente. Seu

mecanismo, ainda desconhecido, envolve células marca-passos dentro das camadas musculares e

plexos nervosos, com surtos de potenciais de ação gerados por estes marca-passos em direção

caudal. Embora surjam outros padrões de motilidade intestinal, o principal padrão de

movimentação é o da segmentação. Em presença de uma obstrução ou bolha de gás, local, isto

induzirá em vigorosa onda peristáltica local, a qual se propaga eliminando a obstrução. Caso a

obstrução persistir, as contrações também persistirão, tornando-se dolorosas e em cólica.

O complexo mioelétrico migratório (CMM) é mais freqüente e menos doloroso. Entre

os episódios digestivos, o intestino mostra surto de atividade elétrica e contrátil no sentido do

estômago para o íleo terminal, em torno de 10 vezes por dia. Há indícios de o CMM atue como

uma “faxineira interdigestiva”, mantendo a lúmem do intestino limpa e arrumada, pois tais

contrações vigorosas removem as partículas de alimento não digeridas, restos celulares e

bactérias das superfícies das vilosidades e propelam-nas para adiante do intestino (DAVIES,

2002).

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A maioria das enzimas digestivas que agem no intestino delgado origina-se no pâncreas,

sendo transportadas para o intestino pelo ducto pancreático. As enzimas pancreáticas agem

também sobre os carboidratos, as proteínas e os lipídeos. A bile do fígado é transportada ao

intestino delgado pelo ducto colédoco. A bile ajuda na digestão dos lipídios. Por causa da

presença de bile, bem como, de enzimas pancreáticas e intestinais que agem em todos os tipos de

alimentos, a maior parte da digestão ocorre no intestino delgado. Ocorre também a maior parte da

absorção, pela grande área determinada pela presença de vilosidade e microvilos (DANI, 2002).

Figura 4: Organização geral das camadas do trato gastrintestinal. Fonte: Davies, (2002).

2.3 INTESTINO GROSSO

O intestino grosso possui cerca de 1,5 m de comprimento, estende-se desde a valva

ileocecal até o ânus. É assim denominado porque seu diâmetro em muitas regiões é bem maior do

que o do intestino delgado. Como este, o intestino grosso é revestido por um epitélio cilíndrico

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simples tendo células absorventes e células caliciformes. Muito poucas enzimas, entretanto, são

produzidas pelas células epiteliais (SPENCE, 1991).

Segundo Prado (2000), o intestino grosso começa numa dilatação cega chamada ceco,

que se comunica com o íleo do intestino delgado. O apêndice vermiforme é um tubo estreito,

também em fundo de cego, que se estende para baixo a partir do ceco. A parede do apêndice

contém numerosos nódulos linfáticos. À parte do intestino grosso que se estende pra cima a partir

do ceco é chamado colo ascendente. Este não é sustentado por um mesentério; ao contrário, ele

está quase todo firmemente aplicado contra a parede posterior do abdome. Logo abaixo do

fígado, o colo ascendente faz uma curvatura que se dirige para a esquerda e atravessa a cavidade

abdominal, constituindo o colo transverso. Esta porção do colo está suspensa por um tipo de

mesentério chamado mesocolo. Na vizinhança do baço, o colo transverso faz uma curvatura para

baixo e forma o colo descendente. Este, como o ascendente, é retroperineal. Quando o colo

descendente atinge o limite superior da pelve, curva-se para o plano sagital mediano, formando o

colo sigmóide.

Diversas variações ocorrem nas quatro túnicas do colo. A túnica mucosa, por exemplo,

contém glândulas intestinais e um grande número de glândulas mucosas, mas faltam vilosidades.

Além disso, enquanto a camada muscular longitudinal da túnica muscular é contínua de uma

camada delgada ao longo de toda superfície do colo, a maior parte dos músculos desta camada

apresenta-se na forma de três fitas - as tênias do colo - que percorrem o colo no seu comprimento.

A tênia é mais curta que o colo, determinando o aparecimento de pequenas bolas chamadas

haustros. A mucosa entre os sáculos é projetada na forma de pregas simulares que se salientam na

luz do intestino. Diferentemente das pregas circulares do intestino delgado, as pregas do colo

estendem-se apenas parcialmente ao redor do tubo intestinal. Outra característica própria do colo

é a presença na sua face externa de pequenas formações globosas - apêndices epiplóide –

constituídas de pregas de períneo preenchidas com gordura. Embora não ocorra digestão

significante no intestino grosso, ele serve como local principal de absorção de água, sódio e cloro

(PRADO, 2000).

Conforme DAVIES, 2002, cerca de 1,5 litros de quimo percorrem o intestino grosso,

por dia. No processo de dessecação forma algumas gramas de fezes, que devem ser eliminadas no

momento apropriado pela defecação. O conteúdo do cólon ascendente e a maior parte do cólon

transverso é líquido, mas, quando atinge o cólon descendente, o conteúdo torna-se mais sólido à

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medida que se transforma em fezes. O intestino grosso embora retenha uma camada circular, sua

camada longitudinal, com suas três faixas, se distribui em torno de sua circunferência – as tênias

coli. A motilidade varia ao longo do seu comprimento. No cólon ascendente e transverso, o

padrão é similar à segmentação no intestino delgado, porém, as contrações são maiores e duram

mais, dividindo o cólon em compartimentos chamados haustrações.

Marca-passos na parede colônica no músculo submucoso, disparam surtos de potenciais

de ação de quatro a seis vezes por minuto. Isto produz contrações semelhantes às segmentares,

que forçam o conteúdo para frente e para trás entre as haustrações – processo conhecido como

propulsão haustral, aumentando a exposição às superfícies mucosas a fim de facilitar a

reabsorção de água e sais minerais (DAVIES, 2002).

Já, no cólon distal (transverso, descendente e sigmóide), as contrações são menos

propulsivas, o que propicia o amoldamento das fezes em sua forma final. Em todo o cólon, o

conteúdo é propelido, lentamente, na direção anal, em média de 5 cm por hora, produzindo

acúmulo gradual de fezes no cólon descendente. No decorrer do dia, ocorre outro padrão de

motilidade, no cólon, uma forma de peristaltismo, movimento de massa, que propulsiona o

conteúdo em direção anal, numa velocidade maior, de 5 cm por minuto. Os mecanismos que

controlam a motilidade do cólon possuem a inervação extrínseca e intrínseca, através o reflexo

gastrocólico. Sabe-se que, em muitos indivíduos, a atividade colônica é aumentada pela

ansiedade (DAVIES, 2002).

2.4 DEFECAÇÃO

De uma forma geral, o cólon apresenta um conteúdo de fezes ao reto, produzindo uma

urgência em defecar.

Grande parte do tempo, o reto se apresenta vazio e exibe contrações do tipo segmentar

que insinuam a propulsão de qualquer conteúdo de volta ao cólon sigmóide. Quando um

movimento de massa interfere no cólon descendente e sigmóide, as fezes são propelidas ao reto e

o distendem, ocorrendo uma urgência em defecar e um relaxamento acompanhante do músculo

liso do esfíncter anal interno (GANONG, 2000).

Até este estágio, o músculo estriado do esfíncter anal externo permanece contraído até

que, em circunstâncias normais, seja relaxado sob controle voluntário, se houver ambiente para

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defecar. Ao mesmo tempo, uma posição de cócoras é adotada para alinhar o reto e canal anal, e,

sob pressão intra-abdominal, as fezes são eliminadas. As fezes que se movem em direção ao reto

distendem sua parede e provocam o reflexo da defecação, que consiste de ondas peristálticas no

cólon descendente e sigmóide e reto juntamente com a contração dos músculos abdominais

(GANONG, 2000).

O reflexo da evacuação é estimulado pela medula espinhal sacral e fibras

parassimpáticas nos nervos erigentes. Se a defecação voluntária não ocorrer, a urgência em

defecar inicialmente desaparece, o esfíncter interno se contrai e a peristalse reversa esvazia o

conteúdo do reto de volta ao cólon, até o próximo movimento de massa (DAVIES, 2002).

2.5 CONSTIPAÇÃO INTESTINAL

A constipação intestinal constitui-se num problema populacional não só pela freqüência

com que ela se apresenta, como pela persistente dificuldade de se definir o que seja, depois há a

dificuldade de se estabelecer os fatores etiógenos, bem como os patogênicos intrínsecos e, em

seguida, definir os padrões fisiopatológicos (SANTOS JÚNIOR, 2005).

Mincis (2005) relata que a constipação intestinal é um sintoma muito comum e,

provavelmente, a queixa gastrintestinal mais freqüente. A constipação intestinal não é uma

doença, mas sim um sintoma. Considera-se constipação intestinal quando o número de

evacuações é inferior a três vezes por semana (cinco em adultos jovens), cujas fezes têm

conteúdo em água menor que 40% e com um peso diário total que não atinge 35g.

Segundo Smith (2005), a constipação intestinal é uma rara eliminação de fezes

endurecidas, geralmente associadas aos meios mecânicos (ou outros) para estimular os

movimentos intestinais. Também é relacionada às alterações do tamanho, da consistência e da

facilidade do movimento intestinal.

Oliveira (2005) relata que “[...] uma das dificuldades dos estudos epidemiológicos e

clínicos é a de definir exatamente o que seja constipação. Um dos conceitos baseia-se na auto-

avaliação para constipação, critério aplicado em alguns estudos.” Muitos pacientes definem

constipação utilizando-se de um ou mais dos sintomas: fezes endurecidas, evacuações

infreqüentes (tipicamente menos de três vezes por semana), necessidade de esforço excessivo

para evacuar, sensação de evacuação incompleta, tempo excessivo ou insucesso na defecação.

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Outra definição para constipação refere-se à freqüência (número absoluto) de evacuações por

semana relatada pelo paciente, considerando-se como constipados aqueles que referem menos de

três evacuações por semana. Uma forma padronizada internacionalmente de diagnosticar

constipação baseia-se nos critérios de Roma II para constipações funcionais, compostas por seis

sintomas: menos de três evacuações por semana, esforço ao evacuar, presença de fezes

endurecidas ou fragmentadas, sensação de evacuação incompleta, sensação de obstrução ou

interrupção da evacuação e manobras manuais para facilitar as evacuações. São considerados

constipados aqueles que apresentam dois ou mais desses sintomas, no mínimo em um quarto das

evacuações, referidos por pelo menos três meses (não necessariamente consecutivos), no último

ano embora possam ser considerados os últimos três meses. Os critérios de Roma II resultaram da

modificação de critério elaborado anteriormente, critérios de Roma I, compostos pelos mesmos

sintomas à exceção dos dois últimos (OLIVEIRA et al, 2005).

Segundo Oliveira et al (2006),

A fisiopatologia da constipação é complexa e de etiologia multifatorial. Dentre os fatores etiológicos destacam-se as práticas alimentares, círculo vicioso de evacuação dolorosa gerando comportamento de retenção fecal, distúrbios da motilidade intestinal e fatores constitucionais e hereditários. No entanto, pouco se sabe a respeito da influência dos fatores hereditários na fisiopatologia da constipação, isto é, da relação de concordância de constipação em filhos e seus pais.

A mudanças no hábito intestinal pode ser uma resposta a vários outros fatores, tais

como dieta, tabagismo, efeitos colaterais de medicamentos, doenças agudas ou crônicas do

sistema digestório, doenças extra-abdominais, personalidade, humor (depressão), estresse

emocional, inatividade, repouso prolongado no leito e falta de exercício (SMITH, 2005).

Segundo Smith (2005), as dietas ricas em açúcar refinado e deficiente em fibras

desestimulam a atividade intestinal. O tempo de trânsito do bolo alimentar da boca ao ânus é

influenciado principalmente pela dieta de fibras e é reduzido com o aumento da ingestão da

mesma. Além disso, a motilidade pode ser reduzida pelo estresse emocional, que tem sido

correlacionado à personalidade. A constipação associada à depressão grave pode ser aliviada pelo

exercício.

Os pacientes com dor lombar podem desenvolver constipação como resultado da

proteção à musculatura e da imobilização, que causam a redução da motilidade intestinal. A

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pressão nos nervos sacrais devida à retenção do conteúdo fecal pode causar um desconforto

doloroso no sacro, nas nádegas ou nas coxas (SMITH, 2005).

Conforme Oliveira et al (2006), a alta prevalência de constipação e suas complicações

fazem com que certos autores a considerem como relevante problema de saúde pública. Neste

sentido, é importante o reconhecimento precoce da constipação e a adoção de medidas para seu

controle, em função das conseqüências negativas associadas ao diagnóstico tardio, que acarreta

prejuízo financeiro por gerar tratamentos prolongados e caros e, às vezes, hospitalizações por uso

inapropriado de laxantes que podem causar distúrbios hidroeletrolíticos. Não devem ser

esquecidas as repercussões no âmbito psicológico como a baixa auto-estima que leva a problemas

de relacionamento e socialização.

Segundo Santos Jr (2006), as doenças gastrintestinais funcionais são caracterizadas pela

ausência de alterações anatômicas ou morfológicas demonstráveis e de qualquer dado

laboratorialmente mensurável que possam representá-las ou defini-las. Assim, o diagnóstico é

elaborado pelo que expressam os pacientes na tentativa de descrever um quadro sintomatológico

subjetivo de sensações "interoceptivas" transmitidas por vias neurovegetativas a núcleos centrais

subcorticais.

2.5.1 Características físicas das fezes

O calibre das fezes não pode ser dimensionado adequadamente devido à deformação do

bolo fecal pelas estruturas constituintes da região anorretal e pela forma da gravidade durante o

ato da defecção. Pacientes constipados relatam fezes finas como um lápis, ou volumosas ou

fragmentadas em vários tamanhos, como fezes de cabra (MINSIS, 2002).

A consistência das fezes pode ser determinada objetivamente por meio da força

necessária para fazer passá-las por um tubo fino, observando-se a profundidade de penetração de

um objeto no bolo fecal. A grande maioria das pessoas normais evacua uma vez por dia e

raramente alguém evacua menos de cincos vezes por semana. Entretanto, essa freqüência pode

ser alterada por inúmeros fatores, tais como: cultura, hábitos alimentares, atividade física,

educação, fatores emocionais (DANI, 2001).

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2.6 DIARRÉIA

Segundo Mincis (2002), diarréia é uma alteração do hábito intestinal com aumento da

freqüência e do volume das evacuações e diminuição da consistência das fezes.

Em termos precisos, definir a presença de diarréia somente pela freqüência das

evacuações não é um critério confiável, sendo aconselhável aliar também a pesagem das fezes. O

peso das fezes normais gira por volta da 100g/dia, com os homens evacuando um pouco mais e as

mulheres um pouco menos. A diarréia é definida, objetivamente, quando as fezes pesam mais de

200 g por 24 horas, embora, em condições especiais, exista a possibilidade de o peso fecal

ultrapassar 300g/dia, conservando, entretanto, consistência normal (DANI, 2001).

2.6.1 Diarréia aguda

Para Dani (2001), diarréia aguda é um quadro de instalação súbita, que podem atingir

crianças e adultos, tendo como causa principais agentes infecciosos ou toxinas. A diarréia aguda

é uma resposta do intestino a um número variável de estímulos além dos agentes infecciosos,

incluindo reações adversas a drogas e isquemia.

2.6.2 Diarréia crônica

Enquanto a diarréia aguda está relacionada principalmente aos agentes infecciosos e,

por isso, predomina entre as populações mais pobres, a diarréia crônica ocorre com expressiva

freqüência, mesmo nos países industrializados. Existem inúmeras causas de diarréia crônica,

ligadas ora ao intestino delgado, ora ao cólon, criando dificuldade na sua identificação e

terapêutica. A diarréia crônica está relacionada basicamente a mecanismo que comprometem a

absorção e secreções intestinais (PRADO, 2000).

2.7 DOR PÉLVICA CRÔNICA

A dor pélvica crônica na mulher pode ser definida como dor no baixo ventre, não-

cíclica e de duração superior a seis meses. Tal definição é inespecífica e inclui dor associada a

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patologias evidentes na laparoscopia, tais como a endometriose, doenças neoplásicas ou

infecciosas patologias somáticas ocultas (por exemplo: síndrome do cólon irritável) e patológicas

não-somáticas (por exemplo: distúrbios psicogênicos) (MORENO, 2004).

Segundo Freitas (1997), estima-se que 7% a 60% das pacientes que procuram o

ginecologista por dor pélvica crônica tenham dor de origem gastrintestinal, principalmente

síndrome do cólon irritável. Como conseqüência da inervação visceral, é, muitas vezes, difícil

discriminar a dor abdominal baixa de origem ginecológica daquela de origem intraperitoneal.

Trata-se de um sintoma de etiologia pouco compreendida, pois a complexa

neurobiologia da pelve dificulta a compreensão sobre os mecanismos fisiopatológicos que

envolvem esta região. Diversos tecidos da região da pelve, incluindo órgãos urogenitais,

estruturas neurovasculares e musculoesqueléticas, podem ser os responsáveis por essa síndrome

dolorosa. Além disso, na maioria das vezes, não se encontra uma causa específica que justifique

tal sintoma, e essa combinação de fatores nos conduz a tratamentos inapropriados (MORENO,

2004).

Segundo Moreno (2004), em muitos casos, a dor permanece mesmo após o tratamento,

conservador ou cirúrgico, para essas alterações. Isto aponta para o fato de a dor pélvica crônica

ter uma provável origem multifatorial, especialmente naqueles casos onde as pacientes exibem

sinais de síndrome de dor crônica.

2.8 INCONTINÊNCIA FECAL

A incontinência fecal pode ser descrita como uma falta de capacidade para controlar a

evacuação das fezes e é associada com uma sensação de urgência, diarréia e cólica abdominal. As

causas incluem obstrução parcial do reto (câncer), colite e radioterapia, especialmente no caso de

mulheres em tratamento para câncer cervical ou uterino. A radiação pode causar trauma no reto

que resulta em incontinência e diarréia. A deformação anal secundária ao parto traumático, às

hemorróidas e às cirurgias de hemorróidas também pode causar incontinência fecal

(GOODMAN; SNYDER, 2002).

Segundo Yusuf et al (2004), “[...] a perda do controle da evacuação determina

incapacitação física e psicológica, resultando em perda da auto-estima e progressiva reclusão

social.”

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A real prevalência da incontinência anal é desconhecida, já que freqüentemente a

abordagem do sintoma é dificultada em virtude do constrangimento. Embora esse distúrbio da

evacuação possa acometer qualquer faixa etária, sua incidência é maior no sexo feminino,

provavelmente devido a complicações no parto vaginal e a maior prevalência, neste grupo, da

constipação intestinal com esforço evacuatório crônico (YUSUF et al, 2004).

Yusuf (2004) relata que qualquer que seja a etiologia ou o grupo acometido, o convívio

social para esses pacientes é penoso, resultando em importante impacto no bem-estar e em sua

qualidade de vida. Entretanto, a percepção da gravidade desses aspectos, resultantes da

incontinência anal, é muito subjetiva e os testes objetivos não revelam relação direta entre o grau

de incontinência anal e o comprometimento por ela acarretado.

Nos últimos anos, o resultado das intervenções passou a ser avaliado, também, por meio

de variáveis subjetivas que incorporam a percepção do indivíduo em relação ao seu bem-estar e

às expectativas de vida, especialmente nas áreas de domínios físico, social, emocional e

ocupacional (GOODMAN; SNYDER, 2002).

2.9 ESTRESSE

Para Murofuse (2005), a palavra estresse tornou-se de uso corriqueiro, difundida por

meio dos diferentes meios de comunicação. Usa-se como sendo a causa ou a explicação para

inúmeros acontecimentos que afligem a vida humana moderna. A utilização generalizada, sem

maiores reflexões, simplifica o problema e oculta os reais significados de suas implicações para a

vida humana como um todo.

Segundo Murofuse (2005),

Estresse é qualquer situação na qual uma demanda não específica exige que o indivíduo reaja e tome uma atitude. É uma situação tensa, fisiológica ou psicológica, que pode afetar a pessoa em todas as dimensões humanas. A resposta ao estresse é influenciada pela intensidade, duração e âmbito do estressor e pelo número de estressores presentes no momento. Estressores são definidos como sendo estímulos precedentes ou precipitantes de mudança. Podem ser classificados em internos (aqueles que se originam dentro da pessoa como, por exemplo, uma febre) ou externos (aqueles que se originam fora da pessoa como, por exemplo, mudanças ambientais ou nas relações sociais).

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Atualmente a palavra estresse tem sido muito recorrida, associada à sensação de

desconforto, sendo cada vez maior o número de pessoas que se definem como estressadas ou

relacionam a outros indivíduos na mesma situação. O estresse é quase sempre visualizado como

algo negativo que ocasiona prejuízo no desempenho global do indivíduo. Estressor é uma

situação ou experiência que gera sentimentos de tensão, ansiedade, medo ou ameaça que pode ser

de origem interna ou externa. O estresse não deve ser entendido como uma condição estática,

pois é um fenômeno bastante complexo e dinâmico (STACCIARINI; TRÓCCOLI, 2001).

O estresse é uma reação intensa do organismo frente a qualquer evento bom ou mau que

altere a vida do indivíduo. Essa reação ocorre, em geral, frente à necessidade de adaptação

exigida do indivíduo em momentos de mudança. Sendo o Brasil um país em desenvolvimento

onde as mudanças sociais, morais, econômicas e tecnológicas ocorrem com uma rapidez muito

grande, é de se prever que o nível de estresse do brasileiro seja significativo. A prevalência do

estresse provavelmente é bastante elevada no Brasil, pois chega a 32% em São Paulo, como

verificado por Lipp, Pereira, Floksztrumpf, Muniz e Ismael (1996) em uma amostra de 1818

pessoas que transitavam em um aeroporto nesta cidade (LIPP et al, 1996, apud CALAIS, 2003).

O processo de estresse passa por três fases: alerta, resistência e exaustão. A fase de

alerta se caracteriza por reações do sistema nervoso simpático, quando o organismo percebe o

estressor (o evento). A resistência apresenta-se quando esse estressor permanece presente por

períodos prolongados ou se é de grande dimensão. Na fase de exaustão, o estresse ultrapassou a

possibilidade de o indivíduo conviver com ele e está associado a diversos problemas como

úlceras, gengivites, psoríase, hipertensão arterial, depressão, ansiedade, problemas sexuais, dentre

outros. Cada fase envolve uma sintomatologia diferenciada que é acompanhada de mudanças

hormonais correspondentes (CALAIS et al, 2003).

Segundo Margis (2003), o termo estresse denota o estado gerado pela percepção de

estímulos que provocam excitação emocional e, ao perturbarem a homeostasia, disparam um

processo de adaptação caracterizado, entre outras alterações, pelo aumento de secreção de

adrenalina produzindo diversas manifestações sistêmicas, com distúrbios fisiológico e

psicológico. O termo estressor por sua vez define o evento ou estímulo que provoca ou conduz ao

estresse.

A resposta ao estresse é resultado da interação entre as características da pessoa e as

demandas do meio, ou seja, as discrepâncias entre o meio externo e interno e a percepção do

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indivíduo quanto a sua capacidade de resposta. Esta resposta ao estressor compreende aspectos

cognitivos, comportamentais e fisiológicos, visando a propiciar uma melhor percepção da

situação e de suas demandas, assim como um processamento mais rápido da informação

disponível, possibilitando uma busca de soluções, selecionando condutas adequadas e preparando

o organismo para agir de maneira rápida e vigorosa. A sobreposição destes três níveis

(fisiológico, cognitivo e comportamental) é eficaz até certo limite, o qual, uma vez ultrapassado,

poderá desencadear um efeito desorganizador. Assim, diferentes situações estressoras ocorrem ao

longo dos anos, e as respostas a elas variam entre os indivíduos na sua forma de apresentação,

podendo ocorrer manifestações psicopatológicas diversas como sintomas inespecíficos de

depressão ou ansiedade (MARGIS et al, 2003).

2.8 ÁGUA

Um indivíduo inativo necessita de aproximadamente 2,5 L diários para repor a água

perdida na urina, fezes, pele e exalação dos pulmões. Durante a atividade em um ambiente

quente, a perda de suor pode alcançar um média de 1L/h durante muitas horas e pode

temporariamente exceder um índice de 2 L/h. A falha na reposição de líquidos levará a

desempenho prejudicado, desidratação e distúrbios de estresse de calor, que vão de câimbras à

exaustão de calor para insolação com perigo de vida.

A água constitui 55 a 60% do peso corporal do adulto. A sede, ativada por excesso de

sódio ou perda de água, ajuda-nos a manter os níveis de líquido no corpo. Vários hormônios, tais

como o hormônio antidiurético, ou HAD, auxiliam na manutenção de líquidos e eletrólitos

(sódio, potássio, clorido de cálcio). Os rins livram-se do excesso de líquidos. Em outras palavras,

o corpo sabe o quanto de água como uma forma de redução de peso.

É verdade que cada litro do líquido pesa em torno de 908 g e que a desidratação pode

levar a uma impressionante perda de peso, ainda que por um curto período de tempo. Mas a perda

é de água, não de gordura; você necessita da água, e o corpo fará tudo que for possível para tê-la

de volta. A perda de volume de sangue reduz a resistência e o volume cardíaca. Toda organização

de medicina do esporte responsável adverte contra a perda de peso por desidratação. Isso

compromete o desempenho atlético e a saúde (SHARKEY, 2006).

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

Pesquisa é o esforço dirigido para aquisição de um determinado conhecimento, que

propicia a solução de problemas teóricos, práticos e/ou operativos mesmo quando situados no

contexto do dia-a-dia do homem (BARROS; LEHFELD, 1991). Essa pesquisa enfatizou nesse

contexto de acordo com sua abordagem em quantitativa, quanto ao nível em exploratória quanto

aos procedimentos utilizados na coleta de dados em pesquisa de levantamento.

Esta pesquisa analisou o comportamento da função intestinal sob influência do estresse,

através de um questionário, em acadêmicos das últimas fases dos cursos de fisioterapia, nutrição,

farmácia e odontologia, da Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul na cidade de Tubarão.

Referente ao tipo de pesquisa classificou-se como abordagem do tipo quantitativa,

Richardson (1999), descreve que o método quantitativo, como o próprio nome indica, caracteriza-

se pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no

tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde a mais simples como a percentual,

média, desvio-padrão, às mais complexas, como o coeficiente de correlação, a análise de

regressão, etc.

Segundo Richardson (1999, p.70), “[...] o método quantitativo representa, em princípio

a intenção de garantir a precisão dos resultados, evitar distorções de análise e interpretação,

possibilitando, conseqüentemente, uma margem de segurança quanto às inferências”.

Quanto ao critério de classificação ao nível, entendeu-se que a pesquisa é exploratória,

conforme Rauen (1999, p. 25), “[...] a pesquisa exploratória visa proporcionar maior

familiaridade com o problema. Este esforço tem como meta tornar um problema complexo mais

explícito ou mesmo construir hipóteses mais adequadas.” Envolve o levantamento bibliográfico,

as entrevistas com os indivíduos envolvidos, a análise de exemplos, entre outros, sendo assim

classificada como exploratória.

O procedimento da coleta deu-se como levantamento, segundo Rauen (1999), a

pesquisa de levantamento consiste na solicitação de informações a um grupo estatisticamente

significativo de pessoas a cerca de um problema estudado para posterior análise qualitativa e/ou

quantitativa.

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Rauen (1999, p.30) relata “[...] que o modelo de levantamento tem como vantagem o

conhecimento direto, econômico e rápido da realidade numa abordagem quantitativa ou redutível

à quantificação.”

3.1 POPULAÇÃO/AMOSTRA

A população deste estudo foi formada por 111 acadêmicos das últimas fases dos cursos

de fisioterapia, nutrição, farmácia e odontologia, da Universidade do Sul de Santa Catarina -

Unisul, na cidade de Tubarão, SC, em períodos de provas e períodos sem provas com os mesmos

acadêmicos.

Foi obtida uma amostra de 94 acadêmicos, sendo 20 acadêmicos do curso de fisioterapia

(3 do sexo masculino e 17 do sexo feminino), 22 acadêmicos do curso de nutrição (5 do sexo

masculino e 17 do sexo feminino), 25 do curso de farmácia (9 do sexo masculino e 16 do sexo

feminino) e 27 do curso de odontologia (15 do sexo masculino e 12 do sexo feminino),

totalizando 32 acadêmicos do sexo masculino e 62 do sexo feminino, considerando um nível de

confiança de 95% e um erro máximo aceitável de 4%. Para obtenção desta amostra foi utilizado o

software Statdisk que considerou a fórmula de Jerzy Neyman (TRIOLA, 2005), dada a seguir:

Z.p.q.N n= ___________, onde e (N+1)+Z .p.q

n: tamanho da amostra (94).

Z: valor tabelado correspondente ao nível de confiança da pesquisa (Z= 1.96).

p: percentual estimado de uma pré-amostra (50%).

q: o que falta em p para obter 110%.

e: erro máximo aceitável da pesquisa (4%).

N: tamanho da população (111).

Os critérios de inclusão foram: aceitação das coordenações do curso de fisioterapia,

nutrição, farmácia e odontologia em participar da pesquisa; os acadêmicos deveriam ser

entrevistados, primeiramente, em período de avaliação e, segundamente, em período de não

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avaliação; aceitação dos acadêmicos, em responder ao questionário empregado, através da

assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) conforme modelo em

apêndice.

3.2 PROCEDIMENTO PARA COLETA DE DADOS

Esta pesquisa utilizou-se de um instrumento na forma de questionário, elaborada pela

acadêmica e sua orientadora, conforme modelo em apêndice, com perguntas fechadas em relação

ao funcionamento intestinal, dos indivíduos estudados. O questionário foi validado por três

professores do curso de fisioterapia.

Foi efetuada uma visita às coordenações de fisioterapia, nutrição, farmácia e

odontologia, da Universidade do Sul de Santa Catarina-Unisul na cidade de Tubarão/SC, quando

se apresentou o projeto de pesquisa às coordenações, com as informações referentes aos objetivos

e aos procedimentos do estudo.

Após a apresentação do projeto e a aceitação das coordenações em participar da

pesquisa, os acadêmicos foram submetidos a um questionário. O instrumento foi aplicado aos

acadêmicos em período de aula, conforme prévia autorização das coordenações. E, inicialmente

assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Posteriormente, aplicado a

cada acadêmico, um questionário com perguntas fechadas.

Após a aplicação do instrumento de pesquisa nas salas de aula dos cursos de

fisioterapia, nutrição, farmácia e odontologia, os questionários foram analisados pela acadêmica e

por sua orientadora, após um mês da aplicação do primeiro questionário.

De acordo com o questionário, foram coletados os seguintes parâmetros:

- Características do biótipo: peso; altura; prática de atividade física, e qual a freqüência.

- Características patológicas: função intestinal; flatulência; região abdominal; dores

abdominais; freqüência de dias que iam ao banheiro para defecar, classificação das fezes; dores

durante a evacuação; dificuldade para evacuar; houve mudança na última semana na forma ou no

calibre das fezes; evacuação incompleta ou necessita de manobras para facilitar a saída das fezes.

- Quantidade hídrica.

- Considera sua alimentação adequada.

- Classificação quanto à função intestinal.

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- Considera-se ansioso (a).

- Considera-se estressado (a).

3.3 ANÁLISE DOS DADOS

Com base nos objetivos, foram analisados os dados coletados e submetidos ao teste do

qui-quadrado, conforme explanação a seguir.

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4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS, ANÁLISE E DISCUSSÃO

São apresentados neste capítulo os dados referentes à análise dos questionários aplicado

antes e durante o período de provas dos acadêmicos dos últimos semestre dos cursos de

fisioterapia, nutrição, farmácia e odontologia, da Universidade do Sul de Santa Catarina-Unisul

na cidade de Tubarão/SC.

De acordo com a metodologia da pesquisa foram incluídos na composição desta

amostra 94 acadêmicos, de uma população de 111 acadêmicos, segundo a fórmula de Jerzy

Neyman.

Para melhor exposição dos resultados foram classificados e divididos em quadro de

explanação para cada curso e utilizado o teste de qui-quadrado.

4.1 CURSO DE FISIOTERAPIA

Quadro 1- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Dor durante a evacuação

antes e durante o período de provas.

Antes Durante

Ocorrência F % F %

Sim 1 5 5 25

Não 19 95 15 75

Total 20 100,0 20 100,0

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

Em relação ao quadro 1 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à ocorrência de dor durante a evacuação (sim ou não), antes e durante o período de

provas.

Quadro 2- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Dificuldade para evacuação

antes e durante o período de provas.

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Antes Durante

Ocorrência F % F %

Sim 2 10 6 30

Não 18 90 14 70

Total 20 100,0 20 100,0

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

Em relação ao quadro 2 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à dificuldade para evacuação (sim ou não), antes e durante o período de provas.

Quadro 3- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Sensação de evacuação

incompleta ou tiveram que usar manobras para facilitar a saída das fezes antes e durante o

período de provas.

Antes Durante

Ocorrência F % F %

Sim 2 10 6 30

Não 18 90 14 70

Total 20 100,0 20 100,0

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

Em relação ao quadro 3 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à ocorrência de sensação incompleta ou tiveram que usar manobras para facilitar a saída

das fezes (sim ou não), antes e durante o período de provas.

Quadro 4- Questão referente ao item 5 do instrumento de pesquisa- Os acadêmicos (as)

consideraram ou não a sua alimentação adequada nos períodos antes e durante as provas.

Antes Durante

Ocorrência F % F %

Sim 18 90 13 65

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Não 2 10 7 35

Total 20 100,0 20 100,0

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

Segundo Tirapegui (2001), o estilo de vida moderno, grandes alterações no estilo de

vida foram observadas no comportamento humano, o que inclui os hábitos alimentares.

Ocorrendo a necessidade de refeições mais práticas e rápidas e as facilidades da vida graças à

tecnologia tornou a população cada vez mais susceptível a doenças, como obesidade, doenças

cardiovasculares, gastrointestinais, diabetes, etc.

Em relação ao quadro 4 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à ocorrência de uma alimentação adequada (sim ou não), antes e durante o período de

provas.

4.2 CURSO DE NUTRIÇÃO

Quadro 5- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Ocorrência de flatulência

antes e durante o período de provas.

Antes Durante

Ocorrência F % F %

Sim 4 18,18 8 36,36

Não 18 81,81 14 63,63

Total 22 100,0 22 100,0

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

Os gases gastrointestinais podem ter três origens: ar deglutido, produção intraluminal e

difusão entre o lúmen e o sangue. Cerda de 99% dos gases presentes no trato gastrointestinal são

compostos de nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono, hidrogênio e metano, sendo todos sem

odor. Outros gases e substâncias também presentes em menor quantidade, mas que são

odoríferos, provavelmente responsável dos flatos, são: amônia, gás sulfídrico e mercaptano. Eles

são resultantes do metabolismo de alguns alimentos (DANI, 2001).

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Segundo Mincis (2002), embora o exame físico em gastroenterologia seja, por vezes,

pouco informativo quanto comparado a anamnese, deve ser realizado minuciosamente. A

inspeção do abdômen deverá fornecer dados quanto às alterações da forma (retraído ou globoso),

alteração da pele, pulsatilidade anormal, movimentos peristálticos (peristaltismo visível ou

distensão rígida são indicativos de obstrução).

Em relação ao quadro 5 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à ocorrência de flatulência (sim ou não), antes e durante o período de provas.

Quadro 6- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Distensão da região

abdominal antes e durante o período de provas.

Antes Durante

Situação F % F %

Distendida 3 13,63 7 31,81

Normal 19 86,36 15 68,18

Total 22 100,0 22 100,0

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

Em relação ao quadro 6 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à distensão da região abdominal (distendida ou normal), antes e durante o período de

provas.

Quadro 7- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Freqüência de dias que os

acadêmicos (as) iam ao banheiro para defecar, antes e durante o período de provas.

Antes Durante

Ocorrência F % F %

Uma vez ao dia 16 72,72 14 63,63

3-5 vezes por semana 4 18,18 3 13,63

Menos que 3 vezes por semana

2 9,09 5 22,72

Total 22 100,0 22 100,0

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Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

Em relação ao quadro 7 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à freqüência de dias em que os acadêmicos iam ao banheiro para defecar (uma vez ao dia,

3-5 vezes por semana, menos que três vezes por semana), antes e durante o período de provas.

Quadro 8- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Sensação de evacuação

incompleta ou tiveram que usar manobras para facilitar a saída das fezes antes e durante o

período de provas.

Antes Durante

Ocorrência F % F %

Sim 3 13,63 7 31,81

Não 19 86,36 15 68,18

Total 22 100,0 22 100,0

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

Em relação ao quadro 8 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à ocorrência de sensação incompleta ou tiveram que usar manobras para facilitar a saída

das fezes (sim ou não), antes e durante o período de provas.

4.3 CURSO DE FARMÁCIA

Quadro 9- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Classificação da normalidade

da função intestinal antes e durante o período de provas.

Antes Durante

Função F % F %

Anormal 3 12 6 24

Normal 22 88 19 76

Total 25 100,0 25 100,0

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Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

Em relação ao quadro 9 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à normalidade da função intestinal (normal ou anormal), antes e durante o período de

provas.

Quadro 10- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Distensão da região

abdominal antes e durante o período de provas.

Antes Durante

Situação F % F %

Distendida 3 12 7 28

Normal 22 88 18 72

Total 25 100,0 25 100,0

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

Em relação ao quadro 10 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à distensão da região abdominal (distendida ou normal), antes e durante o período de

provas.

Quadro 11- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Dores abdominais antes e

durante o período de provas.

Antes Durante

Ocorrência F % F %

Sim 2 8 6 24

Não 23 92 19 76

Total 25 100,0 25 100,0

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

Em relação ao quadro 11 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à ocorrência de dores abdominais (sim ou não), antes e durante o período de provas.

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Quadro 12 - Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Classificação das fezes

antes e durante o período de provas.

Antes Durante

Situação F % F %

Normal 21 84 17 64

Ressequida 4 16 9 36

Líquida 0 0 0 0

Total 25 100,0 25 100,0

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

Segundo Cuppari (2005), as causas mais comuns de constipação são os hábitos

deficientes de eliminação de fezes, tais como uma repetida ausência de resposta imediata à

necessidade de evacuar. A vida moderna, os fast-foods e a falta de horários regulares para as

refeições contribuem para essa condição.

Em relação ao quadro 12 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à classificação das fezes (normal, ressequida e líquida), antes e durante o período de

provas.

Quadro 13- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Dificuldade para evacuação

antes e durante o período de provas.

Antes Durante

Ocorrência F % F %

Sim 2 8 6 24

Não 23 92 19 76

Total 25 100,0 25 100,0

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

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Em relação ao quadro 13 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à dificuldade para evacuação (sim ou não), antes e durante o período de provas.

Quadro 14- Questão referente ao item 5 do instrumento de pesquisa- Os acadêmicos (as)

consideram ou não a sua alimentação adequada nos períodos antes e durante as provas.

Antes Durante

Ocorrência F % F %

Sim 3 12 8 32

Não 22 88 17 68

Total 25 100,0 25 100,0

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

Os guias alimentares, ferramentas de orientação à população que visam à promoção da

saúde por meio da formação de hábitos alimentares adequados, adapta conhecimentos científicos

sobre recomendações nutricionais e composição de alimentos para veicular mensagem práticas

que facilitem, ao maior número de pessoas, a seleção e o consumo adequados de alimentos,

levando-se em consideração os fatores antropológicos, culturais, educativos, sociais e

econômicos. Um dos motivos para a sua elaboração é prevenir excessos e carências nutricionais,

uma vez que a essencialidade de sua mensagem é a moderação e a proporcionalidade

(LANZILLOTTI, 2005).

A representatividade dos guias alimentares por meio de uma expressão gráfica para os

diferentes países deve ter um símbolo que melhor os represente. Deve reunir os pressupostos da

nutrição adequada e eleger uma forma de comunicação capaz de causar o impacto necessário. A

representação gráfica tem o propósito de ajudar o público-alvo a recordar facilmente os alimentos

a incluir na dieta e suas proporções (LANZILLOTTI, 2005).

As representações estão baseadas em alguns alvos ditados a partir de estudos

epidemiológicos nutricionais: ingestão de uma dieta variada em alimentos, manutenção do peso

ideal, redução ou aumento da massa corporal, redução dos níveis sangüíneos de gorduras

saturadas e colesterol, aumento do consumo das fibras alimentares e redução da ingestão dos

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carboidratos simples, moderação do sódio da dieta, e consumo moderado de bebidas alcoólicas

(LANZILLOTTI, 2005).

Em relação ao quadro 14 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à ocorrência de uma alimentação adequada (sim ou não), antes e durante o período de

provas.

Quadro 15- Questão referente ao item 7 do instrumento de pesquisa- Ansiedade antes e durante

o período de provas.

Antes Durante

Ocorrência F % F %

Sim 16 64 22 88

Não 9 36 3 12

Total 25 100,0 25 100,0

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

A entrada brusca dos alunos numa situação desconhecida é um fator desencadeante de

tensões e ansiedades. Estes tipos de sentimento interferem de modo negativo no aprendizado,

sendo imprescindível que o docente que atua diretamente em campo de estágio, principalmente

no estágio inicial (ZONTA, 2006).

Em relação ao quadro 15 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à ocorrência de ansiedade (sim ou não), antes e durante o período de provas.

4.4 CURSO DE ODONTOLOGIA

Quadro 16- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Classificação da

normalidade da função intestinal antes e durante o período de provas.

Antes Durante

Função F % F %

Anormal 5 18,51 8 29,62

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Normal 22 81,48 19 70,37

Total 27 100,0 27 100,0

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

Em relação ao quadro 16 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à anormalidade da função intestinal, antes e durante o período de provas.

Quadro 17- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Dor durante a evacuação

antes e durante o período de provas.

Antes Durante

Ocorrência F % F %

Sim 2 7,4 7 25,92

Não 25 92,59 20 74,07

Total 27 100,0 27 100,0

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

Em relação ao quadro 17 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à ocorrência de dor durante a evacuação (sim ou não), antes e durante o período de

provas.

Quadro 18- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Dificuldade para evacuação

antes e durante o período de provas.

Antes Durante

Ocorrência F % F %

Sim 2 7,4 6 22,22

Não 25 92,59 21 77,77

Total 27 100,0 27 100,0

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

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Em relação ao quadro 18 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à dificuldade para evacuação (sim ou não), antes e durante o período de provas.

Quadro 19- Questão referente ao item 3 do instrumento de pesquisa- Mudança na forma ou

calibre das fezes durante a semana que o questionário foi aplicado nos acadêmicos (as) antes e

durante o período de provas.

Antes Durante

Ocorrência F % F %

Sim 1 3,7 5 18,51

Não 26 96,29 22 81,48

Total 27 100,0 27 100,0

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

Em relação ao quadro 19 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à mudança na forma ou calibre das fezes durante a semana que o questionário foi aplicado

(sim ou não), antes e durante o período de provas.

Quadro 20- Questão referente ao item 4 do instrumento de pesquisa- Quantos copos de água os

acadêmicos (as) beberam por dia antes e durante o período de provas.

Antes Durante

Quantidade F % F %

1-3 2 7,4 3 11,11

4-6 4 14,81 6 22,22

6-8 2 7,4 4 14,81

Mais de 8 19 70,3 14 51,85

Total 27 100,0 27 100,0

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

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Segundo Sharkey (2006, p. 215) “[...] além de energia e nutrientes, o corpo necessita de

um amplo suprimento de água.” Mais da metade do peso do corpo é constituída por água, que é

encontrada nas células e em líquidos extracelulares tais como sangue, linfa, saliva, lagrimas,

glândulas e no trato intestinal. A água serve para transportar energia, gases, excrementos,

hormônios, anticorpos e calor. No sangue, a água está também envolvida na regulação do

equilíbrio ácido-base. Lubrifica superfícies e membranas e, através do suor, serve como uma

avenida principal para a regulação da temperatura.

Em relação ao quadro 20 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à quantidade de copos de água os acadêmicos (as) beberam (1-3, 4-6, 6-8, mais de 8),

antes e durante o período de provas.

Quadro 21- Questão referente ao item 8 do instrumento de pesquisa- Estresse antes e durante o

período de provas.

Antes Durante

Ocorrência F % F %

Sim 18 66,66 25 92,59

Não 9 33,33 2 7,4

Total 27 100,0 27 100,0

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

A preocupação com a qualidade de vida dos estudantes vem sendo alvo de estudos em

diversos países. Pesquisas demonstram a presença de fatores estressantes na educação e sua

conseqüência para a saúde dos estudantes. Como pressão para aprender, grande quantidade de

novas informações, falta de tempo para atividades sociais podem contribuir para o aparecimento

de sintomas depressivos nos estudantes. Como decorrência, estudos têm demonstrado alta

prevalência de suicídio, depressão, uso de drogas, distúrbios conjugais e disfunções profissionais

em estudantes, que podem prejudicar a sua futura vida profissional (ZONTA, 2006).

Em relação ao quadro 21 foi constado através do teste que existe diferença significativa

quanto à ocorrência de estresse (sim ou não), antes e durante o período de provas.

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Através deste estudo percebe-se que existe diferença de resposta aos estímulos

conforme a formação acadêmica, isto é, havendo indícios de que a exigência acadêmica pode ter

relação com a disfunção intestinal, quais sejam:

- Tanto os acadêmicos de fisioterapia quanto os acadêmicos de nutrição apresentaram

maior disfunção na sensação de evacuação incompleta e, ou, tiveram que usar manobras para

facilitar a saída das fezes durante o período de provas, considerando-se um percentual de 30% na

fisioterapia e 31,81 na nutrição;

- Os acadêmicos de Fisioterapia consideraram sua alimentação inadequada durante o

período de provas e dificuldade para evacuação durante o período de provas, considerando-se um

percentual de 65% de alimentação inadequada e 30% de dificuldade para evacuação;

- O curso de nutrição apresentou maior disfunção em relação ao aumento de flatulência

durante o período de provas, distensão da região abdominal durante o período de provas,

diminuição da evacuação durante o período de provas; considerando-se um percentual de 36,36%

para flatulência, 31,81% de distensão da região abdominal e 22,72% de diminuição da

evacuação;

- O curso de farmácia apresentou maior disfunção em relação à normalidade da função

intestinal (24%) durante o período de provas, distensão da região abdominal (28%) durante o

período de provas, dores abdominais (24%) durante o período de provas, classificação das fezes

(mais ressequida, com 36%) durante o período de provas, dificuldade para evacuação (24%)

durante o período de provas, alimentação inadequada (32%) durante o período de provas,

aumento da ansiedade (88%) durante o período de provas,

- O curso de odontologia apresentou maior disfunção em relação à normalidade da

função intestinal (29,62%) durante o período de provas, dor durante a evacuação (25,92%) em

período de provas, dificuldade para evacuação (22,22%) durante o período de provas, mudança

no calibre das fezes (18,51%) durante o período de provas, diminuição da ingesta hídrica (11,11)

durante o período de provas, aumento do estresse (92,59%) durante o período de provas.

Conforme os dados levantados, o curso de Farmácia apresentou maiores desajustes com

relação ao seu funcionamento intestinal, como explanado acima, o que denota uma amostra muito

significativa, isto é, de 25% da população apresentou sete dos 15 itens do instrumento de

pesquisa. Este dado deve ser divulgado junto à coordenação do curso de Farmácia, o que poderá

servir de incentivo para um estudo mais detalhado e buscar os significados de tais alterações.

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Em segundo plano se encontra o curso de Odontologia que também obteve um

percentual de 27,8% da amostra e apresentando 5 itens do instrumento de pesquisa.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa deve servir de estímulo a outros estudos mais detalhados e com

uma população maior, o que daria uma maior veracidade sobre o tema estudado.

O curso de Fisioterapia possui conhecimento e técnicas terapêuticas que podem auxiliar

nas disfunções do aparelho gastrointestinal, através de manobras para a flatulência, cinesioterapia

evacuativa, além de posturas facilitadoras e técnicas antiestresse, de forma a promover maior

qualidade de vida aos acadêmicos.

Sendo assim, o curso de Fisioterapia tem condições de promover suas técnicas

terapêuticas através de projetos de extensão, junto à clínica escola de Fisioterapia, como forma de

propiciar ao acadêmico da Unisul, a educação para a saúde intestinal e o seu bem estar.

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REFERÊNCIA

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APÊNDICES

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO

Universidade do Sul de Santa Catarina-Unisul

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Centro de ciências da Saúde Curso de Fisioterapia

Instrumento de pesquisa-TCC

1- Identificação: Nome: ________________________________________ Idade: _______________ Curso: ________________________________________ Fase: ________________ Sexo: ( ) M ( ) F 2- Características do biótipo: Peso: ___________ Altura: __________ Atividade física: ( ) sim não ( ) Freqüência que pratica atividade física: ( ) 1 vez por semana ( ) 2 vezes por semana ( ) 3 a 5 vezes por semana 3- Características patológicas:

� Função intestinal: ( ) normal ( ) anormal � Flatulência (gases): sim ( ) não ( ) � Região abdominal: distendida ( ) normal ( ) � Possui dores abdominais: sim ( ) não ( )

� Freqüência de dias que você vai ao banheiro para defecar:

( ) Uma vez ao dia ( ) 3-5 vezes por semana ( ) Menos que 3 vezes por semana

� Classifique suas fezes: ( ) Normal (habitual) ( ) Ressequida ( ) Líquida

� Você sente dor para evacuar? ( ) Sim ( ) Não

� Você sente dificuldade para evacuar?

( ) Sim ( ) Não � Nesta última semana houve mudança na forma ou calibre das fezes?

( ) Sim ( ) Não

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� Você tem sensação de evacuação incompleta ou tem que usar manobras para facilitar a

saída das fezes? ( ) Sim ( ) Não 4- Quantos copos de água você bebe por dia? ( ) 1 – 3 ( ) 4 – 6 ( )6 – 8 ( ) Mais de 8 5- Você considera a sua alimentação adequada? ( ) Sim ( ) Não 6- Classifique quanto à satisfação da sua função intestinal: ( ) muito satisfeito ( ) satisfeito ( ) indiferente ( ) insatisfeito ( ) muito insatisfeito 7- Você considera-se ansioso (a)? ( ) Sim ( ) Não 8- Você considera-se estressado (a)? ( ) Sim ( ) Não

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ANEXOS

ANEXO A – Termo de consentimento

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Declaro que fui informado sobre todos os procedimentos da pesquisa q que recebi, de forma clara e objetiva, todas as explicações pertinentes ao projeto e que todos os dados a meu respeito serão sigilosos. Eu compreendo que neste estudo as medições dos experimentos/procedimentos de tratamento serão feitas em mim. Declaro que foi informado que posso me retirar do estudo q qualquer momento. Nome por extenso: ________________________________________________________ RG: ____________________________________________________________________ Local e Data: _____________________________________________________________ Assinatura: _______________________________________________________________ Adaptado de: (1) South Sheffield Ethics Committee, Sheffield Health Authority, UK; (2). Comitê de ética em pesquisa- CEFID-Udesc, Florianópolis, BR.