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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar - CTTMar Programa de Pós-Graduação Acadêmico em Ciência e Tecnologia Ambiental Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental PAULO HENRIQUE SANTOS AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DO PROJETO PRODUTOR DE ÁGUANA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMBORIÚ (SC) Itajaí, fevereiro de 2018.

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar - CTTMar

Programa de Pós-Graduação Acadêmico em Ciência e Tecnologia Ambiental

Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental

PAULO HENRIQUE SANTOS

AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DO “PROJETO PRODUTOR DE ÁGUA”

NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMBORIÚ (SC)

Itajaí, fevereiro de 2018.

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PAULO HENRIQUE SANTOS

AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DO “PROJETO PRODUTOR DE ÁGUA”

NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMBORIÚ (SC)

Itajaí, fevereiro de 2018.

Trabalho de Conclusão apresentado ao

Programa de Pós-Graduação em Ciência e

Tecnologia Ambiental, como parte dos

requisitos para obtenção do grau de Mestre em

Ciência e Tecnologia Ambiental.

Orientador: Prof. Dr. Paulo Ricardo Schwingel

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Dedico está dissertação a minha esposa, Rosimeire

Alves Santos, minhas filhas, Paula Regyna Alves

Santos e Anna Paula Alves Santos, a minha mãe, Maria

do Carmo Santos, a meu pai, Paulo Jesus Santos e a

todos meus irmãos, irmãs e amigos.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pela oportunidade de estar na Terra para cumprir com objetivo tão nobre, o

aperfeiçoamento integral, físico e espiritual.

A minha família, que apoiou meu desafio, ser um Mestre. Foram muitos finais de semana sem

minha presença física e, sou grato por terem aturado o mau humor resultado do cansaço físico

e mental de horas e horas de estudo.

Ao meu orientador, Dr. Paulo Ricardo Schwingel, pela paciência e por ter oportunizado seus

conhecimentos não somente científicos, mas humanos, contribuindo para minha formação

profissional e acadêmica.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela concessão

da bolsa de mestrado, sem a qual teria sido difícil esta formação profissional.

Aos componentes da banca, Dra. Noemia Bohn, que prontamente aceitou o convite, Dr. Jurandir

Pereira Filho e Dra. Rosemeri Carvalho Marenzi, pelas orientações e incentivos durante a

apresentação e qualificação do projeto.

A Empresa Municipal de Água e Saneamento de Balneário Camboriú (EMASA), por ter

disponibilizados as informações necessárias a realização desta dissertação, sem o qual não seria

possível sua conclusão, em especial a Rafaela Comparim Santos e Leonardo Petrocelli Garcez.

A Empresa, de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina; Centro de

Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia (EPAGRI/CIRAM) por ter

disponibilizados os dados físico-químicos da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú, em especial

ao Dr. Everton Blainski e Elaina Canônica pela atenção e pontualidade com o envio dos dados.

A Fundação de Meio Ambiente de Camboriú (FUCAM) por ter disponibilizado informações

importantes sobre o projeto Bacia de Contenção (Barraginha).

A Coordenação e Secretaria do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia

Ambiental (Dr. Marcus Polette, Isabela Germani de Oliveira e Maraysa Pereira Bastos pela

paciência e no repasse das informações e a todos os professores que compartilharam seus

conhecimentos e experiências com os discentes.

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Aos produtores rurais que prontamente colaboraram com o trabalho: Ana de Oliveira; Anderson

Panaino; Antônio Solano dos Santos; Argeu Bernardes; Associação C. Limeira; Ciro Meireles

Jacobsen; Evaldo Schroeder; Fábio Vaccaro de Carvalho; Hélio Sackser (in memoriam); Janir

de Oliveira Souza; Jorge Luiz Rodrigues; José Duarte Cesário Pereira; Leonilda Silva Pinheiro;

Luiz Carlos Campos; Nery Gonçalves; Osmar Vinholi; Renato Tadeu Rodolfo; Waldyr Bauer;

e seus familiares, que atentamente disponibilizaram tempo para a realização da pesquisa

(questionário) e que durante a realização das vistorias relataram fatos importantes que

contribuíram para a realização desta dissertação.

A Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), pelo apoio institucional.

A todos os amigos e colegas de classe que estiveram presentes nos momentos alegres e nos

mais difíceis.

A Direção, Coordenação e Colegas de trabalho das instituições: Colégio São José de Itajaí e

Escola Estadual Básica Alcuino Gonçalves Vieira, pelo apoio incondicional.

Aos colegas de vistorias do projeto Produtor de Água, pelas conversa e momentos de

descontração durante as idas e vindas à Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú-SC.

Ao humanista Carlos Gonzáles Pecotche, in memoriam, pelos ensinamentos que têm

oportunizando-me viver de uma forma diferente, mais consciente.

Aos amigos logósofos, da Fundação Logosófica em Prol da Superação Humana, em especial,

das cidades de Balneário Camboriú (SC), Florianópolis (SC) e Pedro Leopoldo (MG).

Enfim a todos, meus sinceros agradecimentos.

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“Conseguir que as gerações futuras sejam mais felizes que a nossa será o maior prêmio a que

se possa aspirar. Não haverá valor comparável ao cumprimento desta grande missão que

consiste em preparar para a humanidade futura um mundo melhor. ”

Carlos Bernardo González Pecotche

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RESUMO

A Agência Nacional de Águas (ANA) desenvolveu um programa para colaborar na resolução

do problema de falta de água no Brasil, o Programa Produtor de Água (PPA). O programa tem

como principal meta o aumento da quantidade e qualidade da água nas bacias hidrográficas

estratégicas. No país são quase 30 projetos em desenvolvimento e três estão no Estado de Santa

Catarina, incluindo o projeto Produtor de Água (PA) da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú

(BHRC). O presente estudo tem como objetivo avaliar a eficácia do projeto PA na BHRC. O

sucesso do PA foi mensurado através da: análise comparativa entre os objetivos e as metas

estabelecidas no projeto PA em relação ao PPA, identificando o nível de consonância entre eles;

percepção dos proprietários contratados através da aplicação de questionários; análise da

qualidade da água na bacia nas áreas de intervenções do projeto PA, considerando o período

2001-2017; análise da relação entre as intervenções realizadas pelo projeto PA nas Áreas de

Preservação Permanentes (APP’s) com os resultados observados in situ, i.e. proteção,

recuperação das matas ciliares e manutenção das estradas; e do desenvolvimento de um

protocolo com indicadores que possam mensurar a eficácia do projeto PA. O protocolo proposto

foi testado no projeto PA da BHRC para avaliar sua aplicabilidade. Os indicadores utilizados

no desenvolvimento do protocolo foram: adesão dos proprietários rurais; áreas de conservação

e restauração; estradas conservadas; monitoramento do projeto e hidrológico; educação

ambiental; gestão do projeto; qualidade e quantidade de água. Resultados da análise de

percepção dos contratantes demostrou elevados índices de receptividade (100%) e engajamento

(94%) com o projeto, sendo os mesmos corroborados pelo interesse dos contratantes em renovar

o contrato com o projeto PA (82%). A partir da análise das vistorias técnicas junto às

propriedades contratadas no projeto PA foi desenvolvido um manual e modelo de relatório para

as vistorias, com objetivo de orientar e assegurar, através de procedimentos e check list, uma

melhor avaliação dos serviços ambientais prestados. Em adição, a análise dos contratos

demonstrou que os atores envolvidos no projeto PA estão preocupados com a quantidade e

qualidade da água (83%). Ao mesmo tempo, os proprietários têm cumprido com os objetivos

contratuais de conservar, proteger e recuperar as áreas dentro e fora das matas ciliares (100%).

As análises dos parâmetros físico-químicos e biológico, entre 2001 e 2017, demostraram

estabilidade e melhorias dos valores de oxigênio dissolvido, pH, condutividade, turbidez,

demanda bioquímica de oxigênio, amônio, nitrato, nitrito, fosfato, silício, clorofíla-a e vazão,

que podem estar associados ao projeto PA. A partir da aplicação do protocolo no projeto PA,

os resultados demonstram uma eficácia de 50%, valor considerado bom, devido ao curto tempo

de desenvolvimento do projeto. O protocolo desenvolvido pode contribuir com os gestores dos

projetos PA dentro e fora do país, por apresentar metodologia adaptável que mensura sua

eficácia.

Palavras-chave: Produtor de água, eficácia, protocolo, check list, manual de vistoria.

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ABSTRACT

The National Water Agency (ANA) has developed a program to collaborate in solving the

problem of water shortage in Brazil, the Water Producer Program (PPA). The main goal of the

program is to increase the quantity and quality of water in strategic watersheds. In the country

there are almost 30 projects in development and three are in the State of Santa Catarina,

including the Water Producer (PA) Project of the Camboriú River Basin (BHRC). The present

study aims to evaluate the effectiveness of the Water Producer project in the BHRC. The

success of the PA was measured by: comparing the objectives and goals established in the PA

project in relation to the PPA, identifying the level of consonance between them; perception of

the contracted owners through the application of questionnaires; analysis of water quality in the

basin in the areas of PA project interventions, considering the period 2001-2017; analysis of

the relationship between the interventions carried out by the PA project in the Permanent

Preservation Areas (PPPs) with the results observed in situ, i.e. protection, recovery of riparian

forests and maintenance of roads; and the development of a protocol with indicators that can

measure the effectiveness of the PA project. The proposed protocol was tested in the BHRC

Water Producer project to evaluate its applicability. The indicators used in the development of

the protocol were: adherence of rural owners; conservation and restoration areas; adequately

conserved roads, project and hydrological monitoring; environmental education; project

management; quality and quantity. Results of the contractor’s perception analysis show high

levels of receptivity (100%) and engagement (94%) with the project, which are corroborated

by the contractors' interest in renewing the contract with the Water Producer Project (82%).

From the analysis of the technical surveys with the contracted properties in the PA project, a

manual and report model for the surveys was developed, aiming to guide and ensure, through

procedures and check list, a better evaluation of the environmental services provided. In

addition, contract analysis has shown that the stakeholders involved in the PA project are

concerned with the quantity and quality of water (83%). At the same time, landowners have

met the contractual objectives of conserving, protecting and restoring areas within and outside

the riparian forests (100%). The analysis of the physicochemical and biological parameters,

between 2001 and 2017, showed stability and improvements of dissolved oxygen, pH,

conductivity, turbidity, biochemical oxygen demand, ammonium, nitrate, nitrite, phosphorus,

silicon, chlorophyll and which can be associated with the PA project. From the application of

the protocol in the PA project, the results demonstrate an efficacy of 50%, considered good

value due to the short development time of the project. The developed protocol can contribute

to the managers of the Water Producer projects inside and outside the country, for presenting

an adaptable methodology that measures its efficacy.

Key words: Water producer, efficacy, protocol, check list, survey manual.

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x

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 7

2. OBJETIVOS ........................................................................................................................ 19

3. METODOLOGIA ................................................................................................................ 19

3.1 ANÁLISE DO NÍVEL DE CONFORMIDADE .......................................................................... 19

3.2 ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS RURAIS .................................................... 20

3.3 QUALIDADE DA ÁGUA ..................................................................................................... 20

3.3 AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DO PROJETO PRODUTOR DE ÁGUA ........................................... 24

3.4 DESENVOLVIMENTO DO MODELO DE PROTOCOLO DE EFICÁCIA DO PROJETO PA ............ 24

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................................... 25

4.1 ANÁLISE DO NÍVEL DE CONFORMIDADE .......................................................................... 25

4.2 ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS RURAIS .................................................... 28

4.3 ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA ................................................................................. 34

4.3.1 Temperatura ........................................................................................................... 35

4.3.2 Oxigênio Dissolvido .............................................................................................. 36

4.3.3 Potencial Hidrogeniônico ...................................................................................... 38

4.3.4 Turbidez ................................................................................................................. 40

4.3.5 Condutividade........................................................................................................ 41

4.3.6 Demanda Bioquímica de Oxigênio ....................................................................... 43

4.3.7 Amônio .................................................................................................................. 44

4.3.8 Nitrato .................................................................................................................... 46

4.3.9 Nitrito .................................................................................................................... 47

4.3.10 Fosfato ................................................................................................................... 48

4.3.11 Silício ..................................................................................................................... 50

4.3.12 Clorofila ................................................................................................................. 51

4.3.13 Análise geral dos parâmetros físico-químicos-biológicos .................................... 53

4.4 AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DO PROJETO PRODUTOR DE ÁGUA ........................................... 56

4.4.1 Analise dos contratos ............................................................................................. 56

4.4.2 Análise das vistorias .............................................................................................. 62

4.5 APLICAÇÃO DO PROTOCOLO ............................................................................................ 71

4.5.1 Indicador – Adesão ................................................................................................ 72

4.5.2 Indicador – Restauração ........................................................................................ 73

4.5.3 Indicador - Conservação ........................................................................................ 73

4.5.4 Indicador - Estrada adequadamente conservadas .................................................. 74

4.5.5 Indicador - Monitoramento (vistoria) do projeto PA ............................................ 75

4.5.6 Indicador - Educação Ambiental (EA) no projeto PA........................................... 76

4.1.1 Indicador - Plano de monitoramento hidrológico .................................................. 77

4.1.2 Indicador - Gestão do projeto Produtor de Água................................................... 80

4.1.3 Indicador - Qualidade da água ............................................................................... 82

4.1.4 Indicador - Quantidade da água ............................................................................. 85

4.2 RESULTADO DA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO PARA AVALIAÇÃO DO PROJETO PA............ 88

5. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 89

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 91

7. APÊNDICES ....................................................................................................................... 99

8. ANEXOS ........................................................................................................................... 124

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Desmatamento da Mata Atlântica ao longo do tempo. Fonte: SOS Mata Atlântica e INEPE

(2016). .................................................................................................................................................... 7 Figura 2: Percentual da reserva de água doce mundial. Fonte BICUDO et al., 2010. ............................. 8 Figura 3: Localização da BHRC. Fonte: EMASA 2009. ...................................................................... 13 Figura 4: Principais atividades desenvolvidas na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú. ..................... 14 Figura 5: Agricultura (rizicultura) no município de Camboriú-SC na BHRC-SC ................................ 15 Figura 6: População da BHRC em função dos anos. Fonte: IBGE 2013 e 2016. .................................. 16 Figura 7: Linha do tempo do projeto PA da BHRC com seus principais marcos de 2005 a 2017. ....... 17 Figura 8: Imagem esquerda Regiões da BHRC, a direita Regiões de atuação do projeto PA na BHRC.

............................................................................................................................................................. 18 Figura 9: Localização dos pontos amostrais de URBAN (2003; 2008), SILVA (2015) e..................... 23 Figura 10: Localização das Estações Hidrológicas da EPAGRI na BHRC. .......................................... 23 Figura 11: Fluxograma de construção dos indicadores para medir a eficácia do projeto PA na BHRC.

............................................................................................................................................................. 24 Figura 12: Aplicação do questionário ao proprietário do projeto PA da BHRC. .................................. 28 Figura 13: Formas de acesso ao projeto PA na BHRC pelos proprietários rurais. ................................ 29 Figura 14: Tempo em meses das propriedades no projeto PA da BHRC. ............................................. 30 Figura 15: Percentual de acesso de proprietários aos recursos da EMASA para desenvolvimento do

projeto PA da BHRC. ........................................................................................................................... 30 Figura 16: Frequência de acompanhamento técnico por parte do GG do projeto PA da BHRC. .......... 31 Figura 17: Avaliação da receptividade do projeto PA na BHRC, junto aos proprietários rurais. .......... 31 Figura 18: Grau de envolvimento do proprietário rural no projeto PA da BHRC. ................................ 32 Figura 19: Benefícios que o projeto PA da BHRC proporciona o produtor rural e família................... 32 Figura 20: Satisfação dos produtores rurais em relação ao valor do PSA, considerando suas

expectativas em relação ao projeto PA da BHRC. ................................................................................ 33 Figura 21: Contribuição do projeto PA da BHRC para melhoria da qualidade da água. ...................... 33 Figura 22: Intenção de proprietários, que aderiram ao PA, indicarem o projeto para outros produtores

rurais da BHRC. ................................................................................................................................... 34 Figura 23: Temperatura [°C] da água no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2001 e 2017. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante (M) da

Captação da Emasa............................................................................................................................... 35 Figura 24: Temperatura [°C] da água no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). .................................................. 35 Figura 25: Temperatura [°C] da água no ponto amostral 10 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). .................................................. 36 Figura 26: Oxigênio dissolvido [mg/L] no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2001 e 2017. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante (M) da

Captação da Emasa............................................................................................................................... 37 Figura 27: Oxigênio dissolvido [mg/L] no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). .................................................. 37 Figura 28: Oxigênio dissolvido [mg/L] no ponto amostral 10 na BHRC para diferentes fontes de

dados, entre 2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). ....................................... 37 Figura 29: Oxigênio dissolvido [mg/L] e vazão [m³/s] do Rio Camboriú no ponto 3 (Captação da

EMASA) entre março de 2014 a dezembro de 2017 para dados da EPAGRI. ...................................... 38 Figura 30: Oxigênio dissolvido [mg/L] e vazão [m³/s] do ponto 5 (Rio Canoas) entre março de 2014 a

dezembro de 2016 para dados da EPAGRI........................................................................................... 38 Figura 31: pH no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e 2017. Nota:

média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante (M) da Captação da EMASA. ....... 39 Figura 32: pH no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e 2016. Nota:

média (coluna) com desvio padrão (barra). .......................................................................................... 39 Figura 33: pH no ponto amostral 10 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e 2016.

Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). ................................................................................. 39

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Figura 34: Turbidez [NTU] no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001

e 2017. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante (M) da Captação da

EMASA................................................................................................................................................ 40 Figura 35: Turbidez [NTU] no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001

e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). .................................................................... 41 Figura 36: Turbidez [NTU] no ponto amostral 10 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre

2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). ........................................................... 41 Figura 37: Condutividade [mS/cm] no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2001 e 2017. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante (M) da

Captação da EMASA. .......................................................................................................................... 42 Figura 38: Condutividade [mS/cm] no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). .................................................. 42 Figura 39: Condutividade [mS/cm] no ponto amostral 10 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2001 e 2015. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). .................................................. 43 Figura 40: Demanda bioquímica de oxigênio, DBO [mg/L] no ponto amostral 3 na BHRC para

diferentes fontes de dados, entre 2001 e 2015. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra);

jusante (J) e montante (M) da Captação da EMASA. ........................................................................... 44 Figura 41: Demanda bioquímica de oxigênio, DBO [mg/L] no ponto amostral 5 na BHRC para

diferentes fontes de dados, entre 2001 e 2015. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra)......... 44 Figura 42: Amônio [mg/L] no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e

2015. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante (M) da Captação da

EMASA................................................................................................................................................ 45 Figura 43: Amônio [mg/L] no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e

2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). ....................................................................... 45 Figura 44: Amônio [mg/L] no Ponto 10 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e 2016.

Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). ................................................................................. 45 Figura 45: Nitrato [mg/L] no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e

2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante (M) da Captação da

EMASA................................................................................................................................................ 46 Figura 46: Nitrato [mg/L] no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e

2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). ....................................................................... 46 Figura 47: Nitrato [mg/L] no Ponto 10 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e 2016.

Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). ................................................................................. 47 Figura 48: Nitrito [mg/L] no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e

2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante (M) da Captação da

EMASA................................................................................................................................................ 47 Figura 49: Nitrito [mg/L] no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e

2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). ....................................................................... 48 Figura 50: Nitrito [mg/L] no Ponto 10 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e 2016.

Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). ................................................................................. 48 Figura 51: Fosfato [mg/L] no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e

2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante (M) da Captação da

EMASA................................................................................................................................................ 49 Figura 52: Fosfato [mg/L] no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e

2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). ....................................................................... 49 Figura 53: Fosfato [mg/L] no Ponto 10 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e 2016.

Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). ................................................................................. 50 Figura 54: Silício [mg/L] no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2005 e

2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante (M) da Captação da

EMASA................................................................................................................................................ 50 Figura 55: Silício [mg/L] no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2005 e

2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). ....................................................................... 51 Figura 56: Silício [mg/L] no Ponto 10 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2005 e 2016.

Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). ................................................................................. 51

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Figura 57: Clorofíla-a [µg/L] no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre

2005 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante (M) da Captação

da EMASA. .......................................................................................................................................... 52 Figura 58: Clorofíla-a [µg/L] no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre

2005 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante (M) da Captação

da EMASA. .......................................................................................................................................... 52 Figura 59: Clorofíla-a [µg/L] no Ponto 10 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2005 e

2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra). ....................................................................... 52 Figura 60: Ribeirão dos Macacos sem a proteção da mata ciliar na BHRC-SC. ................................... 54 Figura 61: Imagem a direita: Canal de drenagem que leva esgoto ao rio Camboriú no Distrito Rio do

Meio, passando dentro da área do Instituto Federal Catarinense. A Direita, esgoto após passar sob a

Av. João Costa no Distrito Rio do Meio em Camboriú, antes de chegar ao Rio Camboriú. ................. 55 Figura 62: Atividades e serviços desenvolvidos pelos produtores rurais da BHRC. ............................. 57 Figura 63: Relação do número de contrato do projeto PA da BHRC no período 2013 a 2017. ............ 58 Figura 64: Número de reuniões (trimestrais) do GG entre os anos de 2012 a 2017 da BHRC. ............ 58 Figura 65: Fluxograma para vistorias do projeto PA da BHRC, apresentado na proposta de Manual

para Vistoria do projeto Produtor de Água. .......................................................................................... 63 Figura 66: Participação nas Vistorias do projeto Produtor de Água na BHRC. Fonte:

©LeonardoPetrocelli. ........................................................................................................................... 65 Figura 67: Registros fotográficos de vistoria do projeto PA da BHRC. ............................................... 66 Figura 68: Check list (frente) para vistorias de projetos PA da BHRC. ................................................ 67 Figura 69: Check list (verso) para vistorias de projetos PA da BHRC. ................................................. 68 Figura 70: Participação das Instituições nas vistorias (1ª a 45ª) do projeto PA da BHRC, dentro do

ACT de 2012. ....................................................................................................................................... 70 Figura 71: Participação das instituições nas Reuniões do GG do projeto PA da BHRC, dentro do ACT

de 2012. ................................................................................................................................................ 70 Figura 72: Bacia de Contenção (Barraginhas) do projeto PA na BHRC, foto da esquerda início da

construção, foto da direita sem manutenção. ........................................................................................ 75 Figura 73: Ações de EA implementadas pelo projeto PA na BHRC-SC. A esquerda semana de meio

ambiente de 2014 em Camboriú (SC) Fonte: PMC. A direita apresentação do PA na Câmara de

Vereadores de Balneário Camboriú (SC) em 2016. Fonte: texto Aderbal Machado e Figura Márcio

Gonçalves. ............................................................................................................................................ 77 Figura 74: Imagem esquerda superior, veículo utilizado para as vistorias, a direita superior

propriedades (PR 0302) e inferior propriedade (PR 0306) ambas sem acesso pelo veículo disponível

para as vistorias do PA na BHRC. ........................................................................................................ 82 Figura 75: Vazão/m³s-1 do Rio Camboriú no ponto 3 na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú. .......... 87 Figura 76: Vazão/m³s-1 do Rio Canoas no ponto 5 na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú................ 87

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Dados físico-químicos e biológicos da água da BHRC utilizados no presente estudo. ........ 21 Quadro 2: Parâmetros físico-químicos e biológicos da BHRC, disponibilizados pelos diferentes

autores e instituições. ........................................................................................................................... 21 Quadro 3: Características gerais do PPA da ANA e Projeto PA da EMASA na BHRC. ..................... 25 Quadro 4: Variáveis observadas na comparação entre o PPA da ANA e projeto PA da BHRC. .......... 27 Quadro 5: Comportamento dos parâmetros físico-químico-biológicos analisados para os pontos 3, 5 e

10 da BHRC, baseado em Urban 2001/2003 e 2005/2006; Silva 2014/2015; Rabelo 2015/2016 e

EPAGRI 2014 -2017. ........................................................................................................................... 53 Quadro 6: Aspectos analisados nas propriedades rurais do projeto PA da BHRC. ............................... 57 Quadro 7: Atividades e ou produtos desenvolvidos pelos proprietários rurais na BHRC. .................... 57 Quadro 8: Relação de data da assinatura do 1° e 2° contratos (renovação) do projeto PA da BHRC. .. 59

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Quadro 9: Valoração dos serviços ambientais com apoio financeiro do projeto PA na BHRC. Nota:

UFM: Unidade Fiscal do Município (Balneário Camboriú). Fonte: EMASA (2016). .......................... 59 Quadro 10: Relação de vantagens do novo modelo de relatório para as vistorias do projeto PA da

BHRC................................................................................................................................................... 71 Quadro 11: Critérios para análise do indicador Educação Ambiental na BHRC. ................................. 77 Quadro 12: Análise dos parâmetros do indicador monitoramento do projeto PA da BHRC................ 78 Quadro 13: Estações Hidrometereológicas da BHRC e a descrição dos parâmetros analisados. Fonte:

EPAGRI (2017). ................................................................................................................................... 79 Quadro 14: Critérios para análise do indicador gestão do projeto PA de Água da BHRC. ................... 80 Quadro 15: Relação de reuniões do GG do projeto PA da BHRC de 2012 a 2017. .............................. 81 Quadro 16: Critérios para análise do indicador Qualidade da Água do projeto PA da BHRC. ............. 84 Quadro 17: Critérios para análise do indicador Quantidade da Água do projeto PA da BHRC. ........... 87 Quadro 18: Critérios para composição do protocolo eficácia do projeto PA da BHRC. ....................... 88

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Critérios e pontuação para análise de conformidade do projeto PA na BHRC. .................... 26 Tabela 2: Forma de aplicação dos questionários do projeto PA da BHRC. .......................................... 29 Tabela 3: Receita bruta da EMASA de 2010 a 2017. Fonte: Portal da Transparência da Prefeitura

Municipal de Balneário Camboriú. ...................................................................................................... 61 Tabela 4: Custo dos benefícios pagos aos proprietários rurais em razão da meta do PA da BHRC. ..... 61 Tabela 5: Área de conservação e restauração do projeto PA e o Custo anual do PSA na BHRC. Nota:

UFM = Unidade Fiscal Municipal do município de Balneário Camboriú. ........................................... 64 Tabela 6: Número de adesões do projeto PA na BHRC. ...................................................................... 72 Tabela 7: Área de restauração em hectares no projeto PA na BHRC. .................................................. 73 Tabela 8: Área de conservação em hectares no projeto PA na BHRC. ................................................. 74 Tabela 9: Estradas rurais (Km) com intervenções do PA para adequação de drenagem na BHRC. ..... 75 Tabela 10: Dados de OD (oxigênio dissolvido) [mg.L-1], temperatura [°C], pH, turbidez [NTU],

condutividade [mS/cm] e DBO (demanda bioquímica de oxigênio) [mg.L-1] para os autores Urban

(antes do PA, 2003;2008) e Silva/Rabelo (depois PA, 2015; 2018) para os pontos 3, 5 e 10 na BHRC.

............................................................................................................................................................. 83 Tabela 11: Dados de amônio [mg/L], nitrato [mg/L], nitrito [mg/L], fosfato [mg/L], silício [mg/L] e

Clorofíla-a [mg/L] para os autores Urban (antes do PA,2003;2008) e Rabelo (depois PA; 2018) para os

pontos 3, 5 e 10 da BHRC. ................................................................................................................... 83

LISTA DE ABREVIAÇÃO

ACT Acordo de Cooperação Técnica

AGESAN Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico do Estado de Santa

Catarina

ANA Agência Nacional das Água

APP Área de Preservação Permanente

ARESC Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina

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BHRC Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú

BM Banco Mundial

CIRAM Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa

Catarina

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

CP Código da Propriedade

CVBC Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú

DBO Demanda Bioquímica de Oxigênio

EA Educação Ambiental

ETA Estação de Tratamento de Água

ETE Estação de Tratamento Esgoto

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

EMASA Empresa Municipal de Água e Saneamento de Balneário Camboriú

EPAGRI Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina

FGB Fundação Grupo Boticário

FUCAM Fundação Camboriuense de Gestão e Desenvolvimento Sustentável

GG Grupo Gestor

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDEIA Instituto de Desenvolvimento e Integração Ambiental

IFC Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense

INEPE Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

MDA Ministério do Desenvolvimento Agrário

MMA Ministério do Meio Ambiente

OD Oxigênio Dissolvido

OMS Organização Mundial da Saúde

PA Produtor de Água

PEPSA Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais

pH Potencial Hidrogeniônico

PIP Projeto Individual de Propriedade

PMBC Prefeitura Municipal de Balneário Camboriú

PMC Prefeitura Municipal de Camboriú

PPA Programa Produtor de Água

PSA Pagamento por Serviços Ambientais

SDS Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável

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SEMAM Secretária Municipal de Meio Ambiente de Balneário Camboriú

SITRUC Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Camboriú

TNC The Nature Conservancy

UFM Unidade Fiscal Municipal

UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância

USAID Agência Americana para Desenvolvimento Internacional

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1. INTRODUÇÃO

Quando os primeiros europeus chegaram ao Brasil, em 1500, a Mata Atlântica cobria

aproximadamente 15% do território brasileiro. Sua região de ocorrência original abrangia 17

estados brasileiros. Um mapeamento encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA)

e divulgado em 2006, mostra que existem aproximadamente 27% de remanescentes, incluindo

os vários estágios de regeneração em todas as fisionomias: florestas, campos naturais, restingas

e manguezais (MMA, 2010). O bioma Mata Atlântica é uma região constituída por um conjunto

de formações florestais e ecossistemas associados. Este bioma foi altamente devastado no

passado e ainda está sob forte pressão de degradação. Em sua extensão original, esse ambiente

ocupava cerca de 150 milhões de hectares (Figura 1). Atualmente, em fragmentos maiores que

100 hectares existem apenas 7,3% desta cobertura original (MMA, 2011). A proteção deste

bioma é importante para a regularização do recurso hídrico.

Tanto populações rurais, comunidades tradicionais, quanto à população urbana

dependem fortemente dos serviços ambientais que a Mata Atlântica lhes proporciona. Além

disso, a manutenção da vegetação nativa oferece os serviços ambientais também às

comunidades, nos âmbitos regionais e globais.

Projeções indicam que as perdas no provimento de serviços ambientais afetarão diversos

grupos humanos, com impactos negativos, principalmente para as populações mais pobres.

Logo, a decisão de proteger os ecossistemas e garantir o provimento de serviços ambientais é

também uma escolha ética e de justiça social. A proteção dos serviços ambientais da Mata

Atlântica depende da conservação de remanescentes de vegetação nativa, não só através da

ampliação e fortalecimento de unidades de conservação e de outras áreas protegidas, mas

Figura 1: Desmatamento da Mata Atlântica ao longo do tempo. Fonte: SOS

Mata Atlântica e INEPE (2016).

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também da promoção de práticas de uso da terra mais apropriados com a proteção da

biodiversidade, as quais têm a capacidade de contribuir para a conectividade ecológica entre

fragmentos de habitats (MMA, 2011). Sendo, a água um recurso natural e essencial para a

sobrevivência de quase todas as espécies que habitam o nosso planeta. Nos seres humanos, ela

é a responsável por manter a temperatura e troca de substância, representando aproximadamente

70% de sua massa corporal (RIBEIRO, 2008). É considerada solvente universal e não seria

possível imaginar o dia-a-dia sem ela. Entre suas inúmeras aplicações estão: produção de

energia elétrica, limpeza das cidades, construção civil, combate a incêndios e irrigação de

jardins, lavouras, entre outros. Existe grande quantidade de água em nosso planeta, mas a

maioria não está disponível para consumo sem um tratamento prévio.

A ameaça da falta de água, em níveis que podem até mesmo inviabilizar a nossa

existência, é um problema para a humanidade. A qualidade e quantidade da água disponível

estão relacionados com o crescimento demográfico da população. Dados do Fundo das Nações

Unidas para a Infância - UNICEF e da Organização Mundial da Saúde – OMS, revelam que

quase metade da população mundial não conta com serviço de saneamento básico (BARBOSA,

2015).

A Contaminação da água devido a diferentes tipos de poluentes, como fertilizantes,

esgotos, metais pesados ou pesticidas, é um problema sério, não somente no Brasil, mas em

todo o mundo. A crescente urbanização e industrialização geram distintas fontes difusas de

contaminação, comprometendo a qualidade dos recursos hídricos (TUNDISI; TUNDISI, 2008).

O Brasil tem o privilégio de possuir 12% da reserva mundial de água doce (Figura 2) (BICUDO

et al., 2010).

Figura 2: Percentual da reserva de água doce mundial. Fonte BICUDO et al., 2010.

No Brasil o MMA criou a Agência Nacional de Águas (ANA) através da lei n° 9.984 de

2000, dedicada a fazer cumprir os objetivo e diretrizes da Lei das Água do Brasil, seguindo

quatro linhas de ações: a) regulação – regula o acesso e uso dos recursos hídricos de domínio

12

88

0% 25% 50% 75% 100%

Brasil

Demais Países

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da União; b) monitoramento – é responsável por acompanhar a situação dos recursos hídricos,

através da rede hidrometeorológica nacional; c) aplicação da lei – coordena a implementação

da Política Nacional de Recursos Hídricos, realizando e dando apoio a programs e projeto,

órgão gestores e a instalação de comitês e agências de bacia; e d) planejamento – elabora e

participa de estudos estratégicos em parcerias com instituições e órgãos do poder público

(ANA,2018).

A ANA tem entre suas atribuições a de “propor ao Conselho Nacional de Recursos

Hídricos o estabelecimento de incentivos, inclusive financeiros, à conservação qualitativa e

quantitativa de recursos hídricos” (BRASIL, 2000), aos quais estão associados à conservação

de solo e água. Tal dispositivo está vinculado à sua necessária regulamentação, a qual nunca

foi considerada e permanece em aberto, mesmo perante o reconhecimento da importância da

matéria. Nesse sentido, o Programa Produtor de Água (PPA) é uma ação que atende a todos

esses dispositivos, pois, através da articulação da gestão ambiental, tanto de recursos hídricos

como uso do solo, visa à recuperação de bacias hidrográficas, utilizando-se do estabelecimento

de incentivos financeiros (ANA, 2008). Estes incentivos podem ser estabelecidos pelos

Pagamento por de Serviços Ambientais (PSA).

A ANA, em parceria com outras instituições, vem desenvolvendo o PPA, que é um

instrumento para a melhoria, recuperação e proteção de recursos hídricos em bacias

hidrográficas estratégicas. Esse programa é fundamentado em ações executadas no meio rural

voltadas à redução da erosão e do assoreamento de mananciais, as quais proporcionem aumento

da qualidade e regularidade da oferta de água (ANA, 2008). O PPA utiliza o PSA como

instrumento de incentivo aos proprietários rurais de forma voluntária nas práticas voltadas a

conservação da água e solo.

No Brasil vários PPA estão sendo desenvolvidos. No Estado de Santa Catarina, o

Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PEPSA) implementa o pagamento

das atividades humanas de preservação e melhoria dos ecossistemas que geram serviços

ambientais. Isso é realizado pelos subprogramas: a) Unidades de Conservação; b) Formações

Vegetais; e c) Água. O Comitê Gestor do PEPSA é o responsável por coordenar os seguintes

serviços ambientais: a conservação dos solos, água e biodiversidade; preservação da beleza

cênica; recomposição ou restauração de áreas degradadas com espécies nativas, florestais ou

não; e atividades de uso sustentável, priorizando áreas sob maior risco ambiental (SANTOS et

al., 2012).

Em Santa Catarina, três projetos estão em andamento: Programa de Gestão Ambiental

da Região dos Mananciais – SOS Nascentes, município de Joinville; Consórcio Municipal

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Quiriri, municípios de São Bento do Sul, Rio Negrinho, Corupá e Campo Alegre e o projeto

Produtor de Água (PA) na BHRC, municípios de Balneário Camboriú e Camboriú (MMA,

2011). Estes dois últimos municípios apresentam características bastante distintas:

Balneário Camboriú tem 47Km² e 128.155 habitantes, contando com uma economia

baseada na construção civil e no turismo (IBGE, 2017). A história da cidade, não é diferente

das demais de todo o litoral brasileiro, índios que habitavam o litoral encontraram lugar propício

com: pesca farta, clima agradável e, no rio, a água doce.

O início da colonização se deu em 1758, com algumas famílias habitando as margens

do rio. Em 1826, o colono Baltazar Pinto Corrêa recebeu do Governo da Província de Santa

Catarina uma área de terra para cultivo e moradia, na localidade que hoje se chama Bairro dos

Pioneiros. Em 1840 foi construída uma igreja e assim foi criado o Arraial do Bom Sucesso,

sendo elevado à categoria de município em 1884, município de Camboriú. A economia era

baseada na agricultura, café, extração de mármore, granito e calcário e, sendo a faixa litorânea

desprezada. Na década de 1920, tem início o processo de desenvolvimento. Em 1926, começam

a surgir as primeiras casas de veraneio, em 1928 o primeiro hotel e em 1934 o segundo. Os

alemães do Vale de Itajaí trouxeram para a cidade o hábito de ir à praia como lazer. Na década

de 1960 inicia a atividade turística, em 1959 é elevada à categoria de Distrito e em 1964 é criado

município de Balneário Camboriú (PMBC, 2017).

Camboriú é um município com 213Km² e 74.434 habitantes, tendo a economia baseada

na extração mineral e agricultura (IBGE, 2017). Sua colonização se deu na segunda década do

século XIX, com Baltazar Pinto Corrêa que veio de Porto Belo em 1821 requerendo uma carta

sesmaria para ocupar uma gleba de terra e iniciando um povoamento com o nome de Freguesia

do Bom Sucesso. Em 1826 recebeu a carta de sesmaria da Coroa do governo de D. João VI. A

colonização iniciou no Canto Norte da Praia, depois seguiu para a Localidade hoje conhecida

como “Barra” onde foi criado o Município de Camboriú. Atraídos pela fertilidade das terras

vieram outros colonizadores, Tomaz Francisco Garcia, o primeiro a estabelecer-se com sua

família e escravos. Pertencente, de início, a Porto Belo, integrou mais tarde o território de Itajaí,

em 05 de abril de 1884. A instalação do município ocorreu em 15 de janeiro de 1885. Devido

ao nome do Balneário Camboriú, é chamado, pelos novos habitantes, de Camboriú Velho. O

termo camboriú é de origem guarani e os nativos usavam para denominar um peixe que hoje

chamamos de robalo (PMC, 2017).

Camboriú integra-se à Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí – AMFRI,

destacado como um dos municípios componentes do Consócio Intermunicipal de Turismo

Costa Verde & Mar. É importante ressaltar que o consócio exerce papel importante na atividade

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turística do Estado de Santa Catarina, no que tange ao desenvolvimento e promoção do turismo

de forma integrada e sustentável, compreendida no contexto do Plano Nacional do Turismo

2007-2010 no Brasil. O município de Camboriú, é apontado como um dos diferenciais do

turismo regional, apresentando características marcadamente rurais, que agregam valores à

oferta turística (RECH, 2009).

Pagamento por Serviços Ambientais fora do Brasil

Relatório lançado por Bennett a et al., (2013) mostra que em 20011 haviam 205

programas ativos em todo mundo, abrangendo uma área de aproximadamente 117 milhões de

hectares. Na década de 1990, a Colômbia foi a primeira nação na américa Latina a promover

PSA no vale do Rio Cauca (BLANCO et al., 2008). Costa Rica é um dos países mais adiantado

em termos de políticas públicas voltadas para proteção ambiental e uso de mecanismos como

PSA apoiando o manejo de bacias hidrográficas (BERNADES et al., 2010). O conceito de PSA

se encaixa com muitos dos programas abordados para o meio ambiente do Banco Mundial

(BM). Segundo Wunder, 2005, os serviços ambientais prestados pelos ecossistemas, como

exemplo, a regulação dos fluxos de água pelas florestas, são financiados pelo BM, que trabalha

com vários países, desenvolvendo os sistemas PSA, que podem colaborar na promoção da

manutenção do meio ambiente. O trabalho desenvolvido pelo BM inclui:

a) Costa Rica, com o projeto Ecomarkets, que apoia o programa PSA do país, inclui um

empréstimo de US$ 32,6 milhões do BM para ajudar o governo a garantir os níveis atuais de

contratos de serviços ambientais e doação de US $ 8 milhões da Fundo Global para o Meio

Ambiente para auxiliar a conservação da biodiversidade dentro do programa PSA.

b) Colômbia, Costa Rica e Nicarágua, como projeto Ecossistema Silvopastoril Integrado

Regional, usando o PSA como meio de encorajar mudança de práticas agrícolas insustentáveis

para práticas silvopastoril sustentáveis.

c) República Dominicana, Equador e El Salvador, com programas piloto de PSA sendo

implantados nesses países.

d) México, o BM apoia pesquisa sobre práticas de gestão do setor de ejido (propriedade

de terra não cultivada e de uso público), que inclui parte do país com área de florestas

remanescente. O objetivo é ajudar a projetar sistema de PSA e fornecer linha de base para

monitorar sua implementação. Ademais, o Instituto do Banco Mundial (WBI) desenvolveu

curso de treinamento sobre PSA destinado a pessoal técnico em ministérios, agências de

conservação e organizações não-governamentais (WUNDER, 2005).

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Estudo de caso realizado no Camboja - com apoio do Governo, Autoridades Provinciais

e a Agência Americana para Desenvolvimento Internacional (USAID) - analisou três programas

de PSA (Ecoturismo baseado na comunidade, Pagamentos agroambientais e Programa de

proteção dos ninhos de pássaros) apresentando duas realidades com relação distintas. A

primeira, o pagamento foi realizado direto aos indivíduos que podem transitoriamente controlar

um recurso de biodiversidade, demostrou ser mais eficaz inicialmente, mas a longo prazo não

se mantem, pois, os indivíduos não detém a posse da terra. A segunda, realiza o pagamento

diretamente para uma instituição criadas pelos líderes das aldeias locais, onde as regras e

regulamentos eram definidos e respeitadas por todos, diferente da primeira onde as regras e

regulamentos eram impostos, o sucesso da segunda realidade foi evidenciado (CLEMENTS,

2010).

Pagamento por Serviços Ambientais no Brasil

No Brasil, a implantação da política pública sobre PSA tornou-se mais relevante com a

Lei de Proteção da Vegetação Nativa (Lei n° 12.651/2012), que autorizou o poder público

federal a instituir programas de PSA como forma de incentivo e apoio à conservação dos

ecossistemas, entretanto até o presente momento a lei não foi regulamentada. A expansão do

PSA no Brasil tem gerado inúmeras políticas desta natureza nos âmbitos regionais e locais

(PSA, 2017).

Várias experiências utilizam o conceito de PSA, no Brasil, para manter a qualidade e

quantidade dos recursos hídricos, entre eles podemos citar, o projeto Conservador das Águas

de Extrema/MG, projeto pioneiro no país, o Programa Ecocrédito em Montes Claro/MG, o

Projeto Oásis nos Mananciais da Região metropolitana de São Paulo e outros (Ana, 2010).

A Fundação Grupo Boticário (FGB), em 2006 lança o programa Oásis, uma iniciativa

de PSA ligado à biodiversidade e à água. Até o ano de 2016 foram implantados em 7 locais,

compreendendo os estados de SP, PR, SC, MG e BA. Entre os principais resultados de projetos

e programas destacam-se: a) 7 programas de PSA estruturados, 19 parcerias formalizadas; 50

processos para construção de políticas públicas de PSA; 28 normas legais de PSA elaboradas e

sancionadas, cinco mil hectares em áreas naturais sob contrato de PSA, mais de 500

propriedades contratadas e cerca de 8 milhões de pessoas beneficiadas indiretamente,

(FIDALGO et al., 2017).

Nos últimos 15 anos, muitas experiências que utilizam o conceito de PSA tem sido

implantada no pais. Os principais projetos são: Produtores de Água e Floresta, Guandu (RJ) em

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2009; Programa Produtor de Água, Guaratinguetá (SP) em 2010; Produtor de Água do Rio

Macaé (RJ) em 2012; Produtores de Águas, Rio Verde Goiás em 2013; Programa Produtor de

Água, Itabira (MG) em 2014; PSAIPOJUCA, Rio Ipojuca (PE) em 2014; Produtor de Água,

Itanhandu (MG) em 2014; Projeto Olhos d’Água, Carapebus (RJ) em 2015 e Projeto Mais

Água, São Jose dos Campos (SP) em 2015. Segundo Prado et al., (2015) em 2011, seis anos

após início do projeto em Extrema (MG) 42 projetos de PSA foram identificados, sendo que o

número saltou para 52 em 2014.

Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú

A Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (BHRC) está localizada no litoral centro-norte

do Estado de Santa Catarina, Brasil, entre as latitudes 27°2’0”s e 27°8’0”s e longitudes

48°40’0”w e 48°48’0”w (Figura 3). A BHRC drena uma área de aproximadamente 200Km²,

seu principal rio, o Rio Camboriú, possui cerca de 40km de extensão e banha os municípios de

Balneário Camboriú e Camboriú, apresentando diferentes realidades e desafios relacionados

com a gestão dos recursos hídricos. Os principais rios que compõem a Bacia do Rio Camboriú-

SC são: Ribeirão dos Macacos, Rio do Salto, Rio do Braço e Rio Pequeno (ANTUNES et al.,

2007).

Figura 3: Localização da BHRC. Fonte: EMASA 2009.

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14

O relevo da bacia é caracterizado por duas unidades: a Serra do Tabuleiro e Planícies

litorâneas (GRANNEMANN, 2014). A Serra do Tabuleiro caracteriza-se por encostas íngremes

e vales profundos com depósitos sedimentares de sílico-argiloso e areia de quartzos, com suas

características peculiares, favorecendo assim o processo de erosão em áreas desmatadas bem

como deslizamento (URBAN, 2008). De acordo com Antunes et al., (2007), 90% das nascentes

que compõem a bacia do Rio Camboriú encontram-se no município de Camboriú.

Granemann (2014) explica que a BHRC sofre grande pressão ambiental dos diversos

setores econômicos nela presentes. Pode-se destacar na porção superior (a montante), a

agricultura irrigada, os pesque-pague, a mineração e na porção próxima da foz (a jusante)

destaca-se o setor imobiliário, a construção civil e o turismo (Figura 4). Nessa análise, é

fundamental considerar que as atividades econômicas, desenvolvidas ao longo da bacia

interferem na qualidade da água e dificultam sua conservação. Para Antunes et al., (2007), a

degradação ambiental da bacia hidrográfica manifesta-se não apenas nos recursos hídricos, mas

também, no solo e na cobertura vegetal, causando alterações na paisagem natural, urbana e

rural.

Figura 4: Principais atividades desenvolvidas na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú.

Padilha (2013) cita que bacias hidrográficas sujeito ao uso agrícola (Figura 5), como a

do Rio Camboriú, passam por diversas fases de uso da terra, caso da rizicultura, que utiliza a

inundação como método de irrigação. Esse método é considerado ineficiente, pois grande

quantidade de água retorna para a atmosfera pela evapotranspiração (TUCCI; MENDES, 2006).

Na rizicultura a preparação para o plantio o solo fica exposto à erosão e com a precipitação os

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15

compostos químicos são levados para os córregos, podendo acarretar na contaminação e

assoreamento dos cursos d’água. Na época de colheita, as quadras são esvaziadas e novamente

estes produtos químicos são transportados até os cursos d’água (EMBRAPA, 2004).

O conflito pelo uso da água não é uma questão localizada, mas sim global. Na Califórnia

(EUA) foi criado, em 1978, o Bank Water (banco/mercado de água), onde acontece a

transferência temporária ou permanente de um direito para uso de água. Como resultado, a

compra e venda dos diretos da água sem devido controle e uso indevido do recurso hídrico,

causaram redução no volume dos aquíferos, prejudicando muitos fazendeiros que para resolver

a questão da falta água tiveram que aumentar a profundidade dos poços artesianos (BURKE et

al., 2004).

O acréscimo na disponibilidade de nutrientes na água, principalmente fosfato e

nitrogênio, pode ocasionar um aumento excessivo na floração de algas, que quando morrem

são consumidas por decompositores. O desequilíbrio ecológico leva a um consumo elevado de

oxigênio e a produção de altas concentrações de subprodutos que alteram a composição da água.

Este fenômeno é chamado eutrofização e, apesar de ser mais comum em ambientes lênticos,

como lagos e represas, a eutrofização também ocorre em ambientes lóticos (PORTO et al.,

1991).

A BHRC apresenta diferentes realidades relacionados com a gestão do recurso hídrico.

Segundo dados do IBGE (2013), a população dos dois municípios cresceu aproximadamente

31,5% entre 2000 e 2010, chegando ao ano de 2010, a 170.450 habitantes (Figura 6), usando os

dados das populações de 2015(IBGE, 2016), o crescimento de 2000 para 2015 foi de 73,5 %.

A gestão dos recursos hídricos é de grande importância para a vida dos seres vivos, um dos

desafios a ser cumprido pelas gerações presentes e futuras. Usar a água de forma sustentável é

essencial. Pois, a conservação da biodiversidade depende da manutenção tanto sanitária quanto

Figura 5: Agricultura (rizicultura) no município de Camboriú-SC na BHRC-SC

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16

ambiental (FERNÁNDEZ-DÍAZ; 2003).

Figura 6: População da BHRC em função dos anos. Fonte: IBGE 2013 e 2016.

Um dos principais problemas da BHRC é o uso e ocupação do solo. De acordo com

Ferreira et al., (2005), a análise referente ao uso do solo no município de Balneário Camboriú

mostra um acréscimo de cerca de 1.000% nas residências multifamiliares num período de 22

anos, e 115% nas residências unifamiliares entre 1978 a 2000. Um dos grandes problemas deste

crescimento demográfico é o consumo cada vez maior de água e outros recursos naturais, o

qual pode afetar a qualidade e quantidade da água disponível.

Inspirada pelo PPA idealizado pela ANA e por experiências internacionais, a Empresa

Municipal de Água e Saneamento de Balneário Camboriú (EMASA) criou o Projeto Produtor

de Água (PA) na BHRC. Esta iniciativa foi concretizada a partir da Lei Municipal nº 3.026, de

26 de novembro de 2009 e tem por objetivo desenvolver instrumentos para garantir a

conservação dos recursos hídricos na bacia do Rio Camboriú, incentivando proprietários rurais

a adotarem práticas conservacionistas em suas propriedades. Essas práticas envolvem a

recuperação de áreas degradadas, a conservação dos remanescentes florestais nativos, o manejo

adequado do solo e a conservação de estradas rurais com o objetivo de aumentar a qualidade e

quantidade de água na BHRC. A linha do tempo retrata a data de criação e implementação de

várias políticas públicas e privadas no Brasil (Figura 7).

Com o intuito de aumentar a quantidade e qualidade da água na BHRC, a EMASA -

responsável pela captação, tratamento da água para ambos municípios, distribuição para

Balneário Camboriú, sendo a empresa Águas de Camboriú a responsável pela distribuição da

água em Camboriú - criou o projeto PA na BHRC.

116.758

170.450202.589

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

2000 2010 2015

Ha

bit

an

tes

da

BH

R (

n)

Ano

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17

Figura 7: Linha do tempo do projeto PA da BHRC com seus principais marcos de 2005 a 2017.

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18

O projeto PA tem entre seus objetivos o aumento da quantidade e qualidade da água, a

recuperação da mata ciliar, conservação da mata nativa e manutenção das estradas rurais,

entretanto, a eficácia deste projeto ainda não foi mensurada.

A área de intervenção do projeto PA, localizada à montante da BHRC, é de

aproximadamente 138km² (DACOL, 2011) que corresponde a cerca de 70% da área de toda da

bacia. A área piloto escolhida foi a Sub-bacia do Braço correspondendo à 1ª fase do projeto.

Em 2016 a EMASA, com base ao 2º edital de chamamento de 06 de janeiro de 2016, ampliou

a área de atuação do projeto para sub-bacia do Ribeirão dos Macacos, correspondendo à 2ª fase

do projeto (Figura 8). A 3ª fase do projeto será a implementação na sub-bacia do Rio Pequeno,

com data ainda não definida para sua implantação (EMASA, 2016).

Figura 8: Imagem esquerda Regiões da BHRC, a direita Regiões de atuação do projeto PA na BHRC.

O MMA compreende que é necessário para os projetos PSA o monitoramento dos

programas, sendo que estes são incipientes e nem sempre cumprem com os objetivos propostos.

O MMA (2011) entende que o monitoramento estabelece credibilidade aos mesmos. Ao mesmo

tempo, é necessário estabelecer indicadores de eficácia para os Programas Produtores de Água,

possibilitando subsidiar a implantação desta estratégia de conservação em diferentes bacias

hidrográficas brasileiras. Desta forma, estudos para a definição de indicadores que possam

avaliar o sucesso de projetos PA são fundamentais para justificar a manutenção de

investimentos público-privados nesta estratégia de conservação, bem como a implementação

de novos projetos.

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19

2. OBJETIVOS

Objetivo Geral

Avaliar a eficácia do projeto Produtor de Água na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Objetivos Específicos

a) Verificar o nível de conformidade dos objetivos do projeto Produtor de Água da Bacia

Hidrográfica do Rio Camboriú com as metas estabelecidas para o programa pela

Agência Nacional de Águas;

b) Avaliar a percepção dos proprietários contratantes do projeto Produtor de Água em

relação aos benefícios proporcionados por sua implementação;

c) Analisar a qualidade da água na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú ao logo do tempo

frente aos dados obtidos no monitoramento do projeto Produtor de Água;

d) Avaliar os efeitos da implementação do projeto Produtor de Água

e) Propor modelo de protocolo para medir a eficácia do projeto Produtor de Água da

Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú.

3. METODOLOGIA

A área de estudo da presente dissertação compreende a região de implementação

projeto PA na BHRC, litoral centro-norte do Estado de Santa Catarina, Brasil, entre as latitudes

27°2’0”s e 27°8’0”s e longitudes 48°40’0”w e 48°48’0”w. O projeto PA da BHRC foi inspirado

no PPA concebido pela ANA. O projeto atua em duas regiões: Rio do Braço (oeste) e Ribeirão

dos Macacos (leste) (Figura 8).

3.1 Análise do Nível de Conformidade

Para a análise de conformidade foi utilizado um diagnóstico identificando o nível de

consonância entre o projeto PA e o PPA da ANA. Para tanto, o nível de conformidade foi

analisado considerando os seguintes aspectos: justificativa; descrição; objetivo geral; objetivo

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específicos e metas. Para cada aspecto foi atribuído um valor do percentual do nível de

conformidade, variando entre excelente (supera as expectativas) e ruim (< 25%). O cálculo

para determinar o nível de conformidade foi definido pela equação:

Conformidade = {[ (n° de nota 10x10) + (n° de nota 8x8) + (n° de nota 6x6) +

(n° de nota 4x4) + (n° de nota 1x1) ] ÷ (n° de variáveis - n° de variáveis que não se aplica)}

3.2 Análise da Percepção dos Proprietários Rurais

Para analisar a percepção dos proprietários rurais sobre o projeto PA da BHRC foi

aplicado questionário (Apêndice A) avaliando o nível de satisfação dos mesmos. Segundo Gil

(2009), o questionário é uma técnica de investigação compostas por questões que submetidas

aos entrevistados consegue obter informações que podem atingir os objetivos propostos. As

questões foram elaboradas visando identificar, reconhecer e mensurar como o proprietário rural

percebe o projeto PA. No questionário foram contemplados os aspectos: receptividade,

engajamento e benefícios, como elementos indicadores de sucesso do projeto. O questionário

não apresenta nome de proprietário, apenas o código das propriedades, mantendo a discrição

do mesmo.

As perguntas incluídas no questionário são: Como você conheceu o projeto PA? Há

quanto meses sua propriedade faz parte do projeto PA? Você como proprietário recebeu

recursos da EMASA para desenvolver sua parte no projeto? De quanto em quanto tempo recebe

acompanhamento técnico por parte da EMASA? Você considera o projeto PA receptivo quando

procurado? Qual seu grau de envolvimento com o projeto PA? Quais os benefícios que o projeto

proporciona para você e sua família? O valor financeiro pago pela EMASA está de acordo com

suas expectativas? Em sua opinião o projeto PA está contribuindo para melhoria da água na

bacia do Rio Camboriú? Você aconselharia outro proprietário rural a participar do projeto PA?

3.3 Qualidade da Água

Foi realizada uma análise identificando mudanças físico-químicos da água ao longo do

tempo na BHRC, incluindo dados dos períodos 2001-2002 (URBAN, 2003); 2005-2006

(URBAN, 2008); 2014-2015 (SILVA, 2015); 2015-2016 (RABELO, 2018) e 2014-2017

(EPAGRI-CIRAM, 2017). Os dados foram solicitados para as instituições: EPAGRI e TNC em

agosto 2016, e novamente a EPAGRI em julho e setembro de 2017, conforme Apêndice B, C e

D. Todos dados solicitados junto a EPAGRI foram fornecidos, entretanto, a The Nature

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21

Conservancy (TNC) não encaminhou os dados solicitados, apesar das inúmeras tentativas,

portanto, não foi possível considerá-los nas análises comparativas (Quadro 1). Com as análises

foram verificadas possíveis mudanças na qualidade da água associadas às áreas de intervenções

do projeto PA.

Quadro 1: Dados físico-químicos e biológicos da água da BHRC utilizados no presente estudo.

Fonte de Dados Ano de

Publicação

Período

URBAN, Sandro Rogério 2003 2001/2002 10 meses Antes do

projeto

PA 2008 2005/2006 13 meses

SILVA, Dafne Duani Pereira 2015 2014/2015 11 meses Depois do

projeto

PA

RABELO, Letícia 2018 2015/2016 12 meses

EPAGRI - Empresa de Pesquisa Agropecuária

e Extensão Rural de Santa Catarina 2017 2014 a 2017 37 meses

Os dados disponibilizados incluem: condutividade, oxigênio dissolvido, pH,

temperatura, turbidez, demanda bioquímica de oxigênio, salinidade, fosfato, amônia, nitrito,

nitrato, material particulado, silício e clorofíla-a (Quadro 2). A partir do conjunto de dados

obtidos, foram estabelecidos dois critérios para escolha dos parâmetros a serem analisados: a)

apresentar informações antes e depois da criação do projeto PA (iniciou com os proprietários

rurais em 15 de março 2013) e b) ter uma série constante de dados depois da criação do projeto

PA. Com base nestes critérios foram selecionados os parâmetros: condutividade [mS/cm),

oxigênio dissolvido [mg/L], pH, temperatura [°C], turbidez (NTU], vazão [m³/s], demanda

bioquímica de oxigênio [mg/L], amônio [mg/L], nitrato [mg/L], nitrito [mg/L], fosfato [mg/L],

silício [mg/L] e clorofila [µg/L].

Quadro 2: Parâmetros físico-químicos e biológicos da BHRC, disponibilizados pelos diferentes autores

e instituições.

Fontes URBAN

(2003; 2008)

SILVA

(2015)

RABELO

(2018) EPAGRI

(2017)

Período

Parâmetros 2001/2002 2005/2006 2014/2015 2015/2016 2014 a2017

Condutividade OK OK OK - OK

Oxigênio dissolvido OK OK OK OK OK

pH OK OK OK OK OK

Temperatura OK OK OK OK OK

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22

Turbidez OK OK OK OK OK

DBO OK - OK - -

Salinidade OK - OK -

Fosfato OK OK - OK -

Amônio OK OK - OK -

Nitrito OK OK - OK -

Nitrato OK OK - OK -

MPS - OK - - -

Silício - OK - OK -

Clorofíla-a - OK - OK -

Os pontos de coletas e dados dos autores: EPAGRI (2017); Urban (2003;2008) em

2001/2002 e 2005/2006; por Silva (2015) em 2014-2015 e Rabelo (2018) em 2015/2016, estão

demonstrados e relacionados nas Figuras (9,10) e Apêndices (E, F e G). Após relacionar a

localização dos pontos com as estações hidrológicas (Figura 10) foram definidos os pontos 3 e

5 que correspondem as estações do Rio Camboriú (Captação da Emasa) e Rio Canoas,

respectivamente. O ponto 10 foi definido por sua importância, a área piloto onde iniciou o

projeto PA em 2013 foi a Região dos Braço (Figura 9), neste ponto não temos influência do

ponto 5 que recebe água da Região dos Macacos (Figura 9), onde o projeto PA iniciou em 2016.

Na região do Rio do Braço (Figura 9) predomínio da rizicultura, sendo importante o estudo dos

parâmetros químicos e biológico.

Com relação ao ponto 3, a concessionária de água de Balneário Camboriú (EMASA),

que capta água no Rio Camboriú, construiu próximo ao ponto de captação uma elevação

(barragem) no leito do rio, evitando durante a captação da água bruta a mistura da água doce

com salobra. Os dados de Urban (2003) e EPAGRI (2017) foram coletados a montante deste

ponto (barragem) e dados de Urban (2008), Silva (2015) e Rabelo (2018) foram coletados a

jusante (recebe influência efluente da ETE). A localização geográfica e distância entre os pontos

a montante e jusante da barragem é de aproximadamente 580 m (Apêndice H).

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Figura 9: Localização dos pontos amostrais de URBAN (2003; 2008), SILVA (2015) e

RABELO (2018) na BHRC, conforme URBAN (2008).

Figura 10: Localização das Estações Hidrológicas da EPAGRI na BHRC.

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24

3.3 Avaliação dos efeitos do projeto Produtor de Água

Foram analisados os contratos e os relatórios das vistorias realizadas pelo Grupo Gestor

(GG) do projeto PA junto aos produtores rurais. Nesta análise foi verificada a efetividade das

ações e metas estabelecidas. Também foram avaliadas às intervenções propostas pelo projeto

com os resultados observados in situ, i.e., conservação dentro e fora das matas ciliares,

recuperação dentro e fora das matas ciliares, e manutenção das estradas rurais.

3.4 Desenvolvimento do Modelo de Protocolo de Eficácia do projeto PA

Um protocolo com indicadores para mensurar eficiência do projeto PA foi desenvolvido

e aplicado na BHRC. Os indicadores foram definidos baseado nas metas do projeto PA, que

incluem: adesão de pelo menos 40% dos proprietários rurais por microbacia; 500ha de áreas

degradadas em processo de restauração priorizando as matas ciliares; 5200ha de áreas

conservadas protegidas pelos proprietários por contrato com a EMASA; 180km de estradas

vicinais adequadamente conservadas; implantação de plano de monitoramento hidrológico da

bacia; implantação de programa de educação ambiental na bacia. Também foram considerados

os seguintes indicadores: qualidade da água; quantidade de água; monitoramento do PA; gestão

do projeto PA. O protocolo elaborado foi testado no projeto PA na BHRC avaliando sua

aplicabilidade. Um fluxograma com os indicadores é apresentado na Figura 11.

Figura 11: Fluxograma de construção dos indicadores para medir a eficácia do projeto PA na BHRC.

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25

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Análise do Nível de Conformidade

O PPA da ANA foi criado como instrumento voltado para melhoria, proteção e

recuperação dos recursos hídricos estratégicos e o PA da EMASA foi elaborado com o intuito de

aumentar a disponibilidade da água da BHRC. Os aspectos gerais do PPA e PA estão descritos

no Quadro 3.

Quadro 3: Características gerais do PPA da ANA e Projeto PA da EMASA na BHRC.

Na análise da conformidade entre o PPA e PA foram consideradas as seguintes

variáveis: justificativa, descrição, objetivo geral, objetivo específico e metas (Tabela 1). O PPA

apresenta quatro itens para a variável justificativa, enquanto o projeto PA aborda três, não

incluindo o desrespeito ás leis ambientais (Quadro 4), resultado em um nível de conformidade

de 75%, que corresponde a nota 8 nos critérios de pontuação estabelecidos (Tabela 1).

Para variável descrição, o projeto PA aborda na totalidade os itens do PPA, apresentando

100% de conformidade (nota 8). Para a variável objetivo geral, o projeto PA supera o PPA, pois

aborda a metodologia a ser aplicada, superando as expectativas (nota 10). Com relação aos

objetivos específicos, o projeto PA relaciona uma informação importante que o PPA não

Programa/Projeto Programa Produtor de Água Projeto Produtor de Água

Instituição ANA EMASA

Data

Criação

Instituição 2000 2005

Projeto ou

programa 2001 2009

Descrição

Instrumento voltado para

melhoria, proteção e recuperação

dos recursos hídricos

Instrumento criado com o intuito

de aumentar a disponibilidade da

água na Bacia Hidrográfica do

Rio Camboriú -SC

Logotipo

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26

abrange, a questão da Educação Ambiental, assim, superando as expectativas (nota 10). Para a

variável meta, foi atribuído “não se aplica”, pois a variável apresenta relação indireta entre PPA

e projeto PA, pois são independentes. Por este motivo, no cálculo da conformidade a variável

“meta” não foi levada em consideração como nota, mas permanece como variável. A análise da

conformidade apresentou valor de 90%, o que demostra uma ótima relação entre o PPA e

projeto PA. Na comparação do PPA e projeto PA é essencial ter em conta que ambos

apresentam características distintas (Quadro 4).

Tabela 1: Critérios e pontuação para análise de conformidade do projeto PA na BHRC.

O PPA foi desenvolvido com aspecto mais amplo podendo ser adaptado em várias

bacias hidrográficas. Apesar do projeto PA da BHRC apresentar conformidade elevada com o

PPA, este também apresenta singularidades. Segundo Atkinson et al., (2006) existe uma

tendência de realizar projetos dentro de programas, requerendo a criação de organizações

temporárias e flexíveis para seu gerenciamento. Bartlett (2006) argumenta que projetos

inseridos dentro programa não tem que estar relacionados na sua totalidade, entretanto a

conformidade entre ambos pode contribuir para a obtenção de objetivos e estratégias comuns.

Patah & Carvalho (2009) observaram que é cada vez mais frequente a utilização de projetos na

execução de serviços. Na BHRC os serviços ambientais pagos aos proprietários rurais são

concedidos por um projeto, o PA.

Categorias Excelente Ótima Boa Regular Ruim

Nota 10 8 6 4 1

Descrição

Variável

supera as

expectativas 100 a 75% 74 a 50% 49 a 25% <25%

Justificativa

Descrição

Objetivo Geral

Objetivo Específico

Meta Não se aplica

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27

Quadro 4: Variáveis observadas na comparação entre o PPA da ANA e projeto PA da BHRC.

Variá_

veis Programa Produtor de Água - ANA Projeto Produtor de Água - EMASA

01

. J

ust

ific

ati

va

Erosão hídrica como principal causa da

degradação do solo e dos recursos

hídricos.

Desrespeito as leis ambientais.

Uso incorreto do solo aceleram o

processo de erosão.

Incentivo a adoção de práticas

conservacionistas para proteção do solo

e dos recursos hídricos.

Atividades: rizicultura, pecuária,

carvoaria e agrícolas são as principais

responsáveis pela degradação de áreas

sensíveis.

Desiquilibro do balanço hídrico com

consumo elevado de água nos períodos

mais quentes e o cultivo de arroz.

Incentivos financeiros para áreas

conservadas e restauradas.

02

. D

escr

içã

o Instrumento pelo qual a União apoia a:

melhoria, recuperação e proteção de

recursos hídricos em bacias

hidrográficas estratégicas através da

política PSA.

Projeto como intuito promover a

recuperação ambiental da bacia propondo

incentivos financeiros aos proprietários

rurais que aderem. Principais ações:

recuperar e conservar áreas mais

sensíveis.

03

. O

bje

tiv

o G

era

l

Apoiar projetos de pagamento por

serviços ambientais de proteção hídrica

que visem promover a:

Melhoria da qualidade;

Ampliação da oferta das águas;

regularização da vazão dos corpos

hídricos.

Desenvolver: instrumentos, estratégias e

métodos para conservar e restaurar matas

ciliares e áreas sensíveis para promover

qualidade, quantidade e regulação do

fluxo de água no âmbito da BHRC.

Incentivar financeiramente os

proprietários rurais que aderirem ao

projeto, a fim de proteger os mananciais e

adequar as propriedades rurais à

legislação ambiental.

04

. O

bje

tiv

os

Esp

ecíf

ico

s

Estimular o desenvolvimento das

políticas de PSA de proteção hídrica

no Brasil;

Apoiar projetos em áreas:

De mananciais de abastecimento

público;

Com conflito de usos de recursos

hídricos;

Com problemas de baixa

qualidade das águas;

Com vazões e regimes de rios

sensivelmente alterados;

Com eventos hidrológicos

críticos;

Difundir o conceito de manejo

integrado do solo, da água e da

vegetação;

Garantir a sustentabilidade

socioeconômica e ambiental dos

manejos e práticas implantadas, por

meio de incentivos, inclusive

financeiros, aos agentes

selecionados.

Garantir a sustentabilidade sócio-

econômica e ambiental das atividades

desenvolvidas na bacia, por meio de

incentivos financeiros aos proprietários

rurais;

Aumentar o grau de proteção das áreas

conservadas e recuperar áreas

degradadas;

Reduzir a erosão e o assoreamento;

Apoiar a correta manutenção das estradas

vicinais;

Contribuir para a regularização hídrica da

bacia;

Desenvolver ações de Educação

Ambiental para a comunidade local,

informando sobre a importância de

preservar e recuperar as áreas ripárias.

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28

Quadro 4: continuação. 0

5.

Met

as

Divulgação do Programa e da

política de PSA de proteção hídrica

em todas as unidades da federação;

Manutenção da página do Programa

na página eletrônica da ANA;

Incentivo a projetos em todas as

regiões do Brasil;

Treinamento de potenciais agentes

executores de projetos (Estados,

municípios, comitês de bacias,

cooperativas, etc.);

Estímulo à formação de arranjos

organizacionais.

Adesão de pelo menos 40% dos

proprietários rurais por microbacia;

500ha de áreas degradadas em processo

de restauração priorizando as matas

ciliares;

5200ha de áreas conservadas protegidas

pelos proprietários por contrato com a

EMASA;

180km de estradas vicinais

adequadamente conservadas;

Implantação de plano de monitoramento

hidrológico da bacia;

Implantação de programa de educação

ambiental na bacia.

4.2 Análise da Percepção dos Proprietários Rurais

Avaliar a percepção dos proprietários rurais que aderiram ao projeto PA é de suma

importância para o bom desenvolvimento deste, pois os proprietários rurais são os atores

principais do projeto PA. Considerando que a percepção é parte do processo de formação de

conhecimentos (MARIN, 2008), para analisa-la foi aplicado um questionário entre 07 de março

e 03 de maio de 2017 (Apêndice A). O contato direto com os proprietários para a aplicação dos

questionários (Figura 12) possibilitou conhecer 53% dos contratantes do projeto PA (Tabela 2).

As demais formas de aplicação dos questionários foram e-mail, telefone e vistorias, sendo que

nesta última foi possível conhecer as demais propriedades (Tabela 2).

Figura 12: Aplicação do questionário ao proprietário do projeto PA da BHRC.

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29

Tabela 2: Forma de aplicação dos questionários do projeto PA da BHRC.

Data da

Entrevista

Código da

Propriedade Telefone E-mail Vistoria Propriedade

07/03/2017 PR 0063 x

02/04/2017 PR 0300 x

03/04/2017 PR 0073 x

04/04/2017 PR 0304 x

04/04/2017 PR 0019 x

04/04/2017 PR 0299 x

06/04/2017 PR 0034 x

06/04/2017 PR 0109 x

07/04/2017 PR 0301 x

07/04/2017 PR 0305 x

10/04/2017 PR 0064 x

10/04/2017 PR 0302 x

12/04/2017 PR 0047 x

12/04/2017 PR 0017 x

13/04/2017 PR 0029 x

20/04/2017 PR 0182 x

03/05/2017 PR 0059 x

Percentual 12 % 18% 18% 53%

Em relação a percepção dos proprietários sobre o projeto PA, a maioria destes tiveram

acesso a informações do projeto através de conhecidos (35,7%) ou pela EMASA (31,3%). A

televisão foi o terceiro meio usado pelos proprietários (12,5%). O Comitê Camboriú, Faculdade

e Folder tiveram uma participação menor em relação a divulgação do projeto, enquanto os

meios de comunicação internet e rádio não foram utilizados pelos proprietários (Figura 13).

Figura 13: Formas de acesso ao projeto PA na BHRC pelos proprietários rurais.

35,7%

31,3%

12,5%

6,3%

6,3%

5,9%

Conhecido

Emasa

TV

Comitê Camboriú

Faculdade

Folder

Internet

Rádio

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30

O projeto PA, no período de 05/03/2013 a 28/07/2017, teve a adesão de 19 proprietários

e dois não permaneceram no projeto, sendo que a primeira propriedade aderiu ao projeto em 05

de março 2013 (PR0073) (Figura 7). Propriedades com mais de 18 meses no projeto

correspondem a 75,0% (Figura 14). Propriedades com 12 a 18 meses no projeto tem 18,8%, e

com tempo de 0 a 12 meses somam 12,6%.

Uma área sem cobertura de vegetação nativa ao ser restaurada necessita de recursos

financeiros para aquisição: de mudas, serviços de manutenção e cercamento da área para que

animais, como gado não danifiquem as mudas e o solo. O aporte dos recursos financeiros é

realizado pela EMASA. Propriedades que receberam os recursos financeiros de forma indireta

para a restauração representam 37,5%, enquanto que 50,0% das propriedades não receberam

recursos, pois não houve a necessidade por se tratar de área conservadas. Apenas 12,5% dos

proprietários receberam parcialmente o recurso (Figura 15).

Figura 14: Tempo em meses das propriedades no projeto PA da BHRC.

Figura 15: Percentual de acesso de proprietários aos recursos da EMASA para

desenvolvimento do projeto PA da BHRC.

6,3

0,0

6,3

18,8

75,0

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0

até 3

de 3 a 6

de 6 a 12

de 12 a 18

mais 18

Número de proprietários (%)

Tem

po

de

ad

esã

o a

o

pro

jeto

PA

(m

eses

)

50,0

37,5

12,5

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0

Não

Sim

Parcialmente

Número de proprietários (%)

Rec

urs

o r

eceb

ido

da

Em

asa

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31

As vistorias do projeto PA são semestrais, o que explica porque 76,5% dos entrevistados

responderam que o acompanhamento é realizado semestralmente e 23,5% responderam que

recebem acompanhamento trimestral (Figura 16). Em caso de restauração, as propriedades

necessitam de acompanhamento técnico com maior frequência. O maior contato dos

proprietários com os gestores do projeto PA é realizado através da EMASA e da equipe de

vistorias, a preocupação dos gestores do projeto PA em dar a devida atenção aos proprietários

é evidenciado em 100% acima de bom (Figura 17), não foi registrada receptividade média e

regular.

Figura 16: Frequência de acompanhamento técnico por parte do GG do projeto PA da

BHRC.

Figura 17: Avaliação da receptividade do projeto PA na BHRC, junto aos proprietários rurais.

Uma vez que se estabelece o contrato entre a Concedente (EMASA) e os Proprietários

Rurais, estes têm se dedicado na conservação e proteção das áreas conservadas ou restauradas.

O registro de 100% acima de bom (Figura 18), reflete o engajamento dos proprietários rurais

com o projeto PA, fato estes que foi observado durante as vistorias in loco e registrados no

Relatório de Vistoria. Durante as vistorias, os proprietários fazem questão de mostrar as áreas

conservadas e em estágio de recuperação e quando há situações que fogem seu controle,

76,5

23,5

0,0

0,0

0,0

0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0%

Semestral

Trimestral

Bimestral

Mensal

Nunca recebeu

Número de proprietários

Fre

qu

ênci

a d

e

aco

mp

an

ha

men

to

técn

ico

50,0

31,2

18,8

0,0

0,0

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0%

Muito bom

Excelente

Bom

Médio

Regular

Número de proprietários

Rec

epti

vid

ad

e d

o

pro

jeto

PA

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32

exemplo roubo de palmito e caça ilegal, informam a equipe de vistoria, demostrando o

engajamento do proprietário rural com o projeto PA.

Com relação aos benefícios proporcionados pelo projeto PA, o pesquisado podia atribuir

mais de um benefício entre as opções: social, pessoal, financeiro, econômico e outros. As

respostas que mais se destacaram foram o incentivo ambiental com 75,5% e o financeiro ficou

em segundo lugar com 52,9%. O valor financeiro para alguns proprietários rurais dependendo

da área no projeto PA é irrisório, mas a satisfação de estar participando do mesmo faz sentir-se

bem, representando os benefícios pessoal e social que alcançam 47,1% cada (Figura 19).

Figura 18: Grau de envolvimento do proprietário rural no projeto PA da BHRC.

Figura 19: Benefícios que o projeto PA da BHRC proporciona o produtor rural e família.

O PSA é o principal benefício que o projeto PA proporciona aos proprietários rurais.

Um total de 58,8% dos proprietários estão satisfeitos com o PSA, entretanto 41,2% estão

insatisfeitos com o PSA (Figura 20). Os valores estabelecidos para o PSA foram definidos em

2012 e, deste então, não passaram por revisão, portanto, o valor pago pode estar defasado em

41,2

35,3

23,5

0,0

0,0

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0

Muito bom

Bom

Excelente

Médio

Regular

Número de proprietários (%)

Gra

u d

e en

vo

lvim

ento

do

s p

rop

riet

ári

os

76,5

52,9

47,1

47,1

0,0

0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0

Ambiental

Financeiro

Pessoal

Social

Outros

Número de proprietários (%)

Ben

éfic

ios

qu

e o

pro

jeto

PA

pro

po

rcio

na

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33

termos de mercado, apesar de ser atualizado anualmente pela Unidade Fiscal Municipal (UFM)

de Balneário Camboriú.

Durante a aplicação do questionário três proprietários manifestaram que têm percebido

aumento da quantidade de água na bacia e atribuem este aumento ao projeto PA. Do total de

proprietário 66,7% pensam que o projeto PA contribui para a melhoria da qualidade da água,

enquanto que 33,3% pensam que não ou que contribui parcialmente (Figura 21), uma vez que

o número de proprietários que aderiram ao projeto ainda é pequeno 5,7%, quando comparado

com as 298 propriedades da BHRC.

A divulgação do projeto PA é importante para ampliar o mesmo, portanto, reuniões

semestrais na BHRC seriam importantes para difundir o projeto PA. A manifestação dos

proprietários, nestas reuniões semestrais, que já aderiam ao projeto é importante para incentivar

outros proprietários rurais. Com o resultado de 94,4% aconselhando outros proprietários a

participar do projeto (Figura 22), mostra o elevado grau de engajamento dos mesmos com o

PA.

Figura 20: Satisfação dos produtores rurais em relação ao valor do PSA, considerando

suas expectativas em relação ao projeto PA da BHRC.

Figura 21: Contribuição do projeto PA da BHRC para melhoria da qualidade da água.

58,8

41,2

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0

Sim

Não

Número de proprietários (%)

Sa

tisf

açã

o d

o

pro

pri

etá

rio

co

m o

PS

A

66,7%

16,7%

16,7%

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0

Sim

Não

Parcialmente

Número de proprietários (%)

Co

ntr

ibu

içã

o d

o P

A

pa

ra m

elh

ori

a d

a

qu

ali

da

de

da

ág

ua

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34

Figura 22: Intenção de proprietários, que aderiram ao PA, indicarem o projeto para

outros produtores rurais da BHRC.

O projeto PA está sendo divulgado na BHRC através de conhecidos e pela própria

EMASA, a adesão dos proprietários por ser voluntária favorece a permanência no projeto PA

que é superior a 18 meses. Os produtores rurais acreditam que o projeto PA está contribuindo

para o aumento da qualidade e quantidade de água na BHRC.

A EMASA e o GG buscam a excelência no atendimento aos proprietários e realizam

sempre que necessário o repasse de recursos para a execução do projeto PA nas propriedades,

percebe-se que a maior parte dos proprietários estão satisfeito com o valor pago pelos serviços

ambientais e aconselham outros produtores a participarem do projeto PA. O alto grau de

engajamento dos proprietários refletem a confiança que demostram ter em relação ao projeto e

percebem que o mesmo poder ser uma das soluções para preservar o ecossistema.

4.3 Análise da Qualidade da Água

Segundo Molozzi et al., (2006) o monitoramento de parâmetros de qualidade da água

constitui em ferramenta básica, podendo ser usada para avaliar alterações ambientais oriundas

das ações antrópicas. Análises físico-químicas e de nutrientes da água da BHRC ao longo dos

anos (2001-2017) podem indicar mudanças da qualidade do recurso hídrico associadas às áreas

de intervenções do projeto PA. Para verificar estas possíveis mudanças foram analisados os

parâmetros: temperatura [°C], oxigênio dissolvido [mg/L], vazão [m³/s] condutividade

[mS/cm], pH, turbidez [NTU], demanda bioquímica de oxigênio [mg/L], amônio [mg/L],

nitrato [mg/L], nitrito[mg/L], fosfato [mg/L], silício [mg/L] e clorofíla-a [µg/L].

94,4%

5,6%

0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0

Sim

Não

Número de proprietários (%)

Inte

nçã

o p

ara

ind

ica

ção

de

um

pro

pu

tor

pa

ra a

ad

esã

o d

e o

utr

o

pro

du

tor

rura

l

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35

4.3.1 Temperatura

A temperatura dos corpos d’água apresentam variações de acordo com a sazonalidade e

acompanham as flutuações do clima. Os valores dos parâmetros: pH, condutividade elétrica,

DBO e oxigênio dissolvido são influenciados pela temperatura, sendo necessária a medição

simultânea destes parâmetros com a temperatura da água. A temperatura também influência a

tensão superficial e a viscosidade. Os organismos aquáticos são afetados por temperaturas fora

de seus limites de tolerância térmica, o que causa impactos sobre seu crescimento e reprodução

(VIEIRA, 2018). A análise dos dados demostrou que não há variações extremas para as médias

(Figura 23, 24 e 25), entretanto, foi registrada temperatura mínima de 11,9 °C para os pontos 3

e 5 em junho de 2016 e máxima de 29,6 °C para o ponto 3 em janeiro de 2015

(EPAGRI/CIRAM, 2017). Deve-se considerar que os pontos amostrais analisados estão em

região potamal (baixa declividade e fluxo laminar) e sem proteção de mata ciliar.

Figura 23: Temperatura [°C] da água no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes

de dados, entre 2001 e 2017. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J)

e montante (M) da Captação da Emasa.

Figura 24: Temperatura [°C] da água no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes

de dados, entre 2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

21,24

M

22,59

J

22,95

M22,42

J

21,57

J

0

4

8

12

16

20

24

28

2001/2002 2005/2006 2014/2015 2015/2016 2014 a 2017

URBAN URBAN SILVA RABELO EPAGRI

tem

per

atu

ra (

°C)

Autores

21,76 22,15 23,00 22,09 21,27

0

4

8

12

16

20

24

28

2001/2002 2005/2006 2014/2015 2015/2016 2014 a 2016

URBAN URBAN SILVA RABELO EPAGRI

tem

per

atu

ra (

°C)

Autores

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36

Figura 25: Temperatura [°C] da água no ponto amostral 10 na BHRC para diferentes

fontes de dados, entre 2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

4.3.2 Oxigênio Dissolvido

O oxigênio dissolvido (OD) é vital para a preservação da vida aquática, pela Resolução

CONAMA N° 357 é considerado uma água de boa qualidade quando seu valor for superior a

5mg/L (ANA, 2017). A análise dos dados registrou aumento de 6,38 mg/L para 6,84 mg/L a

montante e de 4,69 mg/L para 6,03 mg/L para o ponto 3 a jusante (Figuras 26), comparados os

valores antes e depois do projeto PA observa-se aumento do parâmetro, podendo indicar que

houve uma ligeira melhora nas condições ambientais no local. Com relação ao ponto 5, foi

observado um aumento no período de 2001/2002 a 2005/2006, redução com relação a Silva

2014/2015 seguido de aumento quando comparados com Rabelo 2015/2016 e EPAGRI

2014/2017 (Figura 27). O teste Anova (Apêndice I) indicou que há diferenças significativas dos

valores obtidos de diferentes autores para os pontos amostrais 3 e 5, porém, para o ponto 10

(Figura 28), indicou que há similaridade entre os dados para os diferentes autores.

De modo geral, o OD apresentou indefinição na análise de melhoria ou piora da

qualidade. Por outro lado, o fato do parâmetro não ter apresentado um declínio na qualidade

pode-se considerar como positivo, considerando frequentes relatos de degradação ambiental

observados em ecossistema lóticos brasileiros. Caso como a contaminação do rio Perequê em

Itapema (SC), jan. 2018, com esgoto doméstico. Na água, as principais fontes de oxigênio são

a troca com a atmosfera dada pela aeração, produção pelos organismos produtores primários

via fotossíntese e a própria água (BARROS, 2011). Nas figuras 29 e 30 pode-se observar o

comportamento da vazão e do OD ao longo do tempo, segundo dados da EPAGRI (2017), de

modo geral, que a concentração do oxigênio dissolvido no ponto amostral 3 tem uma baixa

correlação com a variação da vazão (R² = 0,217), sendo que para o ponto 5 essa correlação é

inexistente (R²= 0,022) (Apêndice J).

22,41 22,56 21,74 20,87

0

4

8

12

16

20

24

28

2001/2002 2005/2006 2014/2015 2015/2016

URBAN URBAN SILVA RABELO

tem

per

atu

ra (

°C)

Autores

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37

Figura 26: Oxigênio dissolvido [mg/L] no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes

de dados, entre 2001 e 2017. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J)

e montante (M) da Captação da Emasa.

Figura 27: Oxigênio dissolvido [mg/L] no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes

de dados, entre 2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

Figura 28: Oxigênio dissolvido [mg/L] no ponto amostral 10 na BHRC para diferentes

fontes de dados, entre 2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

6,38

M 4,69

J

6,03

J 4,33

J

6,84

M

0

2

4

6

8

10

2001/2002 2005/2006 2014/2015 2015/2016 2014 a 2017

URBAN URBAN SILVA RABELO EPAGRI

ox

igên

io d

sso

lvid

o

(mg

/L)

Autores

6,47 7,04

4,92

6,96 7,04

0

2

4

6

8

10

2001/2002 2005/2006 2014/2015 2015/2016 2014 a 2016

URBAN URBAN SILVA RABELO EPAGRI

ox

igên

io d

sso

lvid

o

(mg

/L)

Autores

6,46 7,336,32

7,33

0

2

4

6

8

10

2001/2002 2005/2006 2014/2015 2015/2016

URBAN URBAN SILVA RABELO

ox

igên

io d

sso

lvid

o

(mg

/L)

Autores

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38

Figura 29: Oxigênio dissolvido [mg/L] e vazão [m³/s] do Rio Camboriú no ponto 3 (Captação da

EMASA) entre março de 2014 a dezembro de 2017 para dados da EPAGRI.

Figura 30: Oxigênio dissolvido [mg/L] e vazão [m³/s] do ponto 5 (Rio Canoas) entre março de 2014 a

dezembro de 2016 para dados da EPAGRI.

4.3.3 Potencial Hidrogeniônico

A análise dos dados de pH antes do projeto PA (Urban, 2001/2002; EPAGRI, 2014-

2017) e depois projeto PA (Urban 2005/2006; Silva 2014/2015) apresentam constância nos

dados, sendo que o teste estatístico Anova (Apêndice I), não mostra diferenças significativas

para os pontos 3, 5 e 10 (Figura 31, 32 e 33), contudo percebe-se no ponto 10, aumento de 6,57

para 7,48 antes e depois do projeto PA respectivamente, que pode indicar atuação do projeto

PA. Não foi observado valores de pH fora do estabelecido pela Resolução CONAMA 357 para

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

mar

mai

o

jul

set

nov

jan

mar

mai

o

jul

set

nov

jan

mar

mai

o

jul

set

nov

jan

mar

mai

o

jul

2014 2015 2016 2017

Va

zão

(m

³/s)

e

OD

(m

g/L

)

Ponto 3

OD mg/L Vazão m³/s

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

mar

mai

o

jul

set

nov

jan

mar

mai

o

jul

set

nov

jan

mar

mai

o

jul

set

nov

2014 2015 2016

Va

zão

(m

³/s)

e

OD

(m

g/L

)

Ponto 5

OD mg/L Vazão m³/s

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39

Classe 2, que deve estar entre 6 e 9 para a proteção da vida aquática. Em adição, mesmo nos

pontos a jusante da Captação da EMASA não foi observado influência de águas salobras.

Figura 31: pH no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e

2017. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante (M) da Captação

da EMASA.

Figura 32: pH no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e

2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

Figura 33: pH no ponto amostral 10 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e

2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

6,81

M6,49

J6,41

M

6,92

J6,61

J

0

2

4

6

8

10

2001/2002 2005/2006 2014/2015 2015/2016 2014 a 2017

URBAN URBAN SILVA RABELO EPAGRI

pH

Autores

6,77 6,51 6,68 6,98 6,72

0

2

4

6

8

10

2001/2002 2005/2006 2014/2015 2015/2016 2014 a 2016

URBAN URBAN SILVA RABELO EPAGRI

pH

Autores

6,57 6,407,48

0

2

4

6

8

10

2005/2006 2014/2015 2015/2016

URBAN SILVA RABELO

pH

Autores

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40

4.3.4 Turbidez

A turbidez indica o grau de atenuação que um feixe de luz sofre ao atravessar a água.

Esta atenuação ocorre pela absorção e espalhamento da luz causada pelos sólidos em suspensão

(PIMENTEL, 2015). A erosão dos solos é a principal fonte de turbidez, mineração e o

lançamento de esgotos e de efluentes industriais também são fontes importantes. O aumento da

turbidez faz com que uma quantidade maior de produtos químicos sejam utilizados nas estações

de tratamento de águas, aumentando os custos de tratamento (ESTEVES, 2011).

É possível observar variações da turbidez antes e depois do projeto PA para ponto 5

(Figura 35). Para o ponto 3 e 10, o teste Anova (Apêndice I), apresentou similaridade nos dados

para os diferentes autores. Entretanto, para o ponto 5 foi registrado pequena alteração de Urban

2005/2006 para Rabelo 2015/2016; aumento de mais de 100%, quando comparamos Urban

2005/2006 com EPAGRI 2014 a 2016 e redução de Urban 2005/2006 para Silva 2014/2015

(Figura 35). Valor alto da turbidez para os dados da EPAGRI podem ser explicados pois a coleta

de dados foi realizada sistematicamente, independente das condições de pluviosidade, as quais

alteram a turbidez dos corpos d’ água, sendo que os outros autores realizam amostragens em

dias não antecedidos por pluviosidades. É importante ressaltar os valores da turbidez para o

ponto 10, região de maior atuação ao longo do tempo do projeto PA os valores se mantem

estáveis antes e depois do projeto PA (Figura36). Isso pode indicar que não houve piora das

condições ambientais e sugere que o projeto PA pode estar conseguindo manter a turbidez

estável, fato que não foi observado nos pontos 3 e 5 (Figura 34 e 35)

Figura 34: Turbidez [NTU] no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre

2001 e 2017. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante (M) da

Captação da EMASA.

45,15 J 49,10 M 44,33 J

57,63 J

0

20

40

60

80

100

120

2005/2006 2014/2015 2015/2016 2014 a 2017

URBAN SILVA RABELO EPAGRI

turb

idez

( N

TU

)

Autores

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41

Figura 35: Turbidez [NTU] no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de

dados, entre 2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

Figura 36: Turbidez [NTU] no ponto amostral 10 na BHRC para diferentes fontes de

dados, entre 2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

A variabilidade da turbidez pode ser explicada por vários fatores, entre eles ação

antrópica e assoreamento dos corpos hídricos, sendo que para o Rio Camboriú as estradas rurais

se configuram com fontes de sedimentos que alteram esse parâmetro. No caso do presente

estudo, as turbidezes em ambos os pontos apresentam valores menores que o limite estabelecido

pela resolução do 357 do CONAMA (até 100 UNT para classe 2), no qual se enquadra o Rio

Camboriú.

4.3.5 Condutividade

Observa-se maior variação da condutividade no ponto 3 (Figura 37), fato é explicado

pois, o ponto de coleta dos autores Urban 2005/2006 e Silva 2014/2015 se distanciam da

EPAGRI 2014-2017 e Urban 2001/2002 (Apêndice H). O ponto de coleta de Urban 2001/2002

e EPAGRI 2014-2017 localiza-se a montante da Captação da EMASA, entretanto, os demais

autores coletam 580m a jusante, ambiente que pode ter influência de água salobra. Os valores

17,4610,05

20,55

37,72

0

20

40

60

80

2005/2006 2014/2015 2015/2016 2014 a 2016

URBAN SILVA RABELO EPAGRI

turb

idez

(N

TU

)

Autores

19,77 21,32 21,24

0

10

20

30

40

50

2005/2006 2014/2015 2015/2016

URBAN SILVA RABELO

turb

idez

( N

TU

)

Autores

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42

de Urban 2001/2002 (montante, antes do projeto PA) e EPAGRI 2014-2017 (montante, depois

do projeto PA) apresentaram uma pequena redução, sendo que para Urban 2005/2006 (jusante,

antes do projeto PA) e Silva 2014/2015 (jusante, depois do projeto PA) foram registrados

valores maiores, possivelmente associados a salinidade (Figura 37). Os valores nos pontos 5 e

10 apresentaram certa uniformidade (Figura 38 e 39). O teste Anova (Apêndice I), indicou

similaridade entre os dados para os diferentes autores no ponto 10 e diferenças significativas

para os pontos 3 e 5.

Uma análise dos pontos 5 e 10 (Figura 38 e 39), indicam que a região do Braço, onde se

localiza o ponto 10, apresenta os menores valores de condutividade, apesar do cultivo de arroz

irrigado na região, este fato pode ser explicado por dois fatores: atuação do projeto PA

conseguindo manter estável a condutividade na região e redução da área de cultivo de arroz no

ano de 2007 de 1.200ha para 950ha (Anexo 1).

Figura 37: Condutividade [mS/cm] no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de

dados, entre 2001 e 2017. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e

montante (M) da Captação da EMASA.

Figura 38: Condutividade [mS/cm] no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de

dados, entre 2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

0,095 M

0,200 J

0,310 J

0,088 M

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

2001/2002 2005/2006 2014/2015 2014 a 2017

URBAN URBAN SILVA EPAGRI

Co

nd

uti

vid

ade

(mS

/cm

)

Autores

0,090 0,087 0,0820,099

0,000

0,030

0,060

0,090

0,120

0,150

2001/2002 2005/2006 2014/2015 2014 a 2016

URBAN URBAN SILVA EPAGRI

cond

uti

vid

ade

(mS

/cm

)

Autores

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43

Figura 39: Condutividade [mS/cm] no ponto amostral 10 na BHRC para diferentes

fontes de dados, entre 2001 e 2015. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

Os valores de condutividade relativamente altos podem ser explicados pelo uso de

fertilizantes na rizicultura na região do Rio Canoas e Rio do Braço, este fato é comprovado nos

estudos realizados pelos autores Conejo e Pereira Filho (2010, p. 36): “Os principais resultados

desse estudo mostraram deterioração da qualidade da água em função de seu uso na rizicultura

irrigada. As principais alterações encontradas foram: [...] aumento da condutividade [...]”.

A medição da condutividade de um líquido é uma maneira indireta e simples de inferir

a presença de íons provenientes de substâncias polares, geralmente sais inorgânicos, dissolvidos

na água, como cloretos, sulfetos, carbonatos, fosfatos. A presença dessas substâncias aumenta

a condutividade da água, pois os mesmos são eletrólitos, ou seja, se dissolvem em íons na água

e contribuem para a condução de eletricidade (SEHN, 2016). Os valores de condutividade da

água doce não têm um padrão definido, pois depende da geologia da nascente e do tipo de

efluente lançados no curso d’ água.

4.3.6 Demanda Bioquímica de Oxigênio

Os valores de DBO para os pontos 3 e 5 (Figura 40 e 41) apresentaram similaridade,

conforme teste Anova (Apêndice I). Analisando os valores absolutos e comparando os dois

pontos, observamos redução dos valores para o ponto 5, que pode indicar melhora no ambiente.

Valores altos de DBO5,20, num corpo d'água são provocados geralmente causados pelo

lançamento de cargas orgânicas, principalmente esgotos domésticos. A ocorrência de altos

valores deste parâmetro causa uma diminuição dos valores de oxigênio dissolvido na água, o

que pode provocar mortandades de peixes e eliminação de outros organismos aquáticos,

(TUNDISI; TUNDISI, 2008).

0,070 0,070 0,062

0,00

0,02

0,04

0,06

0,08

0,10

2001/2002 2005/2006 2014/2015

URBAN URBAN SILVA

Co

nd

uti

vid

ade

(mS

/cm

)

Autores

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44

Figura 40: Demanda bioquímica de oxigênio, DBO [mg/L] no ponto amostral 3 na

BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e 2015. Nota: média (coluna) com

desvio padrão (barra); jusante (J) e montante (M) da Captação da EMASA.

Figura 41: Demanda bioquímica de oxigênio, DBO [mg/L] no ponto amostral 5 na

BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001 e 2015. Nota: média (coluna) com

desvio padrão (barra).

4.3.7 Amônio

O amônio (NH4+) presente nos ambientes aquáticos possui diversas origens, dentre elas,

a excreção dos organismos, a mineralização da matéria orgânica por bactérias heterotróficas e

fontes externas como descargas de efluentes orgânicos e fertilizantes (RUSSO, 1985). O teste

Anova (Apêndice I), indicou diferenças significativa entre dados de diferentes autores para o

ponto 3, porém, os pontos 5 e 10 apresentaram similaridade entre os dados (Figura 43 e 44).

Foi observado aumento de praticamente 50% para o amônio no ponto 3 (Figura 42) a

jusante entre 2005/2006 e 2014/2015, que pode estar associado ao lançamento de esgoto urbano

logo após a Captação da EMASA oriunda da expansão do Bairro Conde de Vila Verde no

município de Camboriú (Anexo 2). Entretanto, o valor de 2015/2016 é maior que os valores

encontrados por Urban 2005/2006 a montante, demostrando que o rio Camboriú tem recebido

crescente aporte de material orgânicos nos últimos 15 anos. Resolução 357 do CONAMA não

estabelece limites para amônio.

3,78 M 3,96 J

01234567

2001/2002 2014/2015

URBAN SILVA

DB

O (

mg

/L)

Autores

3,84

2,14

01234567

2001/2002 2014/2015

URBAN SILVA

DB

O (

mg

/L)

Autores

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45

Figura 42: Amônio [mg/L] no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2001 e 2015. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante

(M) da Captação da EMASA.

Figura 43: Amônio [mg/L] no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

Figura 44: Amônio [mg/L] no Ponto 10 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre

2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

0,172 M

0,916 J

1,376 J

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

2001/2002 2005/2006 2015/2016

URBAN URBAN RABELO

Am

ôn

io (

mg

/L)

Autores

0,151

0,236 0,210

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

2001/2002 2005/2006 2015/2016

URBAN URBAN RABELO

Am

ôn

io (

mg

/L)

Autores

0,119

0,201

0,143

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

2001/2002 2005/2006 2015/2016

URBAN URBAN RABELO

Am

ôn

io (

mg

/L

Autores

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46

4.3.8 Nitrato

O nitrato (NO3-) é o composto formado pela reação completa da nitrificação, ou seja, a

oxidação do amônio pelas bactérias nitrificantes. Pode ser encontrado em altas concentrações

no ambiente sendo que existem poucos estudos em relação a sua toxicidade para os organismos

aquáticos (URBAN, 2008). O teste Anova (Apêndice I), indicou que há diferenças

significativas dos dados para os pontos 3, 5 e 10. Para o ponto 3, entre 2005/2006 a 2015/2016,

foi registrado redução na concentração de nitrato a jusante do ponto de Captação da EMASA

(Figura 45), nos pontos 5 e 10 foi observado comportamento similar, com aumento seguido de

redução da concentração de nitrato (Figura 46 e 47). Contudo foi registrado redução mais

expressiva na região de atuação do projeto PA, ponto 10, fato que pode estar associado ao

aumento e subsequente redução da área da rizicultura (Anexo 1). Os valores de nitrato estão

abaixo do estabelecido pela Resolução 357 do CONAMA cujo limite para Classe II é de até

10,0 mg/L N.

Figura 45: Nitrato [mg/L] no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante

(M) da Captação da EMASA.

Figura 46: Nitrato [mg/L] no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

0,134M

0,637

J 0,211 J

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

2001/2002 2005/2006 2015/2016

URBAN URBAN RABELO

Nit

rato

(m

g/L

)

Autores

0,134

0,403

0,215

0,000,100,200,300,400,500,600,70

2001/2002 2005/2006 2015/2016

URBAN URBAN RABELO

Nit

rato

(m

g/L

)

Autores

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47

Figura 47: Nitrato [mg/L] no Ponto 10 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre

2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

4.3.9 Nitrito

Segundo, Brigante e Espindola (2003), o composto nitrito, NO2- é bastante solúvel em

água, sendo um intermediário natural na oxidação microbiana do amônio para o nitrato. Por ser

um estado intermediário entre amônio e nitrato, o aumento e redução da concentração

acompanha a mesma lógica dos parâmetros, amônio e nitrato. O teste Anova (Apêndice I),

indicou que há diferenças significativas dos dados para diferentes autores nos pontos 3, 5 e 10.

O parâmetro nitrito apresentou comportamento similar ao nitrato para os três pontos: 3,

5 e 10. O ponto3 apresentou redução da concentração no período de 2005/2006 a 2015/2016 a

jusante (Figura 48), os pontos 5 e 10 indicaram aumento da concentração seguido de redução

para os períodos de 2001/2002 a 2005/2006 e 2005/2006 a 2015/2016 (Figuras 49 e 50), fato

que pode está associado ao aumento e depois redução da área da rizicultura (Anexo 1). Os

valores de nitrito estão abaixo do estabelecido pela Resolução 357 do CONAMA cujo limite

para Classe II é de até 1,0 mg/L N.

Figura 48: Nitrito [mg/L] no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante

(M) da Captação da EMASA.

0,146

0,638

0,200

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

2001/2002 2005/2006 2015/2016

URBAN URBAN RABELO

Nit

rato

(m

g/L

Autores

0,004 M

0,040 J

0,021 J

0,00

0,02

0,04

0,06

0,08

2001/2002 2005/2006 2015/2016

URBAN URBAN RABELO

Nit

rito

(m

g/L

)

Autores

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48

Figura 49: Nitrito [mg/L] no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

Figura 50: Nitrito [mg/L] no Ponto 10 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2001

e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

4.3.10 Fosfato

Elemento químico essencial à vida aquática e aos sistemas biológicos, o fósforo é

encontrado principalmente no composto fosfato (PO43-), reconhecido como nutriente chave na

fertilização dos lagos, e o suprimento deste elemento muitas vezes regulam a produtividade

natural da água, desempenhando um papel limitante e que pode determinar a abundância do

plâncton (POLI; VINATÉIA, 2004). As fontes de fosfato podem ser de origens naturais, através

do intemperismo de rochas fosfatadas; de origem antropogênica, decorrente de atividades

agrícolas (fertilizantes) e pela poluição de detergentes (URBAN, 2008).

O teste Anova (Apêndice I), indicou que há diferenças significativas dos dados para os

pontos 3, 5 e 10. Análise realizada no ponto 3 apontou redução na concentração de fosfato a

jusante no período de 2005/2006 a 2015/2016 (Figura 51). Para o ponto 5 foi registrado declínio

acentuado da concentração de fosfato ao longo dos anos; 2001/2002 a 2015/2016 (Figura 52).

O ponto10 entre 2001/2002 a 2005/2006 registrou aumento de mais 100% na concentração de

0,004

0,015

0,006

0,00

0,01

0,01

0,02

0,02

0,03

2001/2002 2005/2006 2015/2016

URBAN URBAN RABELO

Nit

rito

(m

g/L

)

Autores

0,003

0,016

0,005

0,000,010,010,020,020,030,03

2001/2002 2005/2006 2015/2016

URBAN URBAN RABELO

Nit

rito

(m

g/L

Autores

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49

fosfato e redução ainda mais acentuada no período de 2005/2006 a 2015/2016 (Figura 53), fato

que pode está associado ao aumento e depois redução da área da rizicultura (Anexo 1). Estudos

realizados na bacia hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu também apresentaram aumento e redução

da concentração fósforo entre 1989 e 1997 (BRIGANTES e ESPÍNDOLA, 2003). O valor de

fosfato nos pontos 3, 5 e 10 (Figura 51,52 e 53) em determinados período apresentaram

resultado acima do estabelecido pela Resolução 357 do CONAMA, cujo limite para Classe II é

de até 0,030 mg/L para ambientes lênticos e 0,050 mg/L para ambientes intermediários.

Segundo Esteves (2011), o aporte de fosfato em rios acontece em maior parte por

processos artificiais, como esgoto domésticos e industriais. Na Europa, após a adoção de

medidas como tratamento de efluente e reformulação dos detergentes, a emissão de fosfato na

água reduziu substancialmente. No Brasil a contribuição de fósforo para os ecossistemas

aquáticos a partir de efluentes domésticos chegam até três vezes mais quando comparados com

a comunidade europeia (ESTEVES, 2011).

Figura 51: Fosfato [mg/L] no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante

(M) da Captação da EMASA.

Figura 52: Fosfato [mg/L] no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

0,172 M0,150 J

0,024 J

0,000,050,100,150,200,250,300,35

2001/2002 2005/2006 2015/2016

URBAN URBAN RABELO

Fo

sfa

to (

mg

/L)

Autores

0,172

0,078

0,0100,000,050,100,150,200,250,300,35

2001/2002 2005/2006 2015/2016

URBAN URBAN RABELO

Fo

sfa

to (

mg

/L)

Autores

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50

Figura 53: Fosfato [mg/L] no Ponto 10 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre

2001 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

4.3.11 Silício

O silício é outro elemento importante de estudo, pois é encontrado em quase todos os

organismos vivos. É possível que o silício tenha desempenhado um papel importante, ou mesmo

indispensável, no aparecimento da vida na Terra, pois representa cerca de 25% do seu peso na

crosta terrestre (URBAN, 2008). É um elemento importante para a vida animal e vegetal. Algas

extraem sílica da água, para formar as paredes das suas células (diatomáceas) (ESTEVES,

2011).

O teste Anova (Apêndice I), apresentou similaridade nos dados para os três pontos

amostrais 3, 5 e 10 (Figura 54, 55 e 56). No entanto, foi registrado redução nos valores absolutos

nos pontos 3, 5 e 10, sendo observado maior redução no ponto 10, aproximadamente 50%. Essa

queda nos valores de silício para os três pontos amostrais pode estar associada a redução da

exploração de pedras no município de Camboriú. Segundo Zonta (2012), Camboriú já foi

destaque na extração de pedras, mas nas últimas décadas muitas pedreiras fecharam e a

produção diminuiu. Resolução 357 do CONAMA não estabelece limites para silício.

Figura 54: Silício [mg/L] no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2005 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante

(M) da Captação da EMASA.

0,024

0,056

0,006

0,00

0,03

0,05

0,08

0,10

2001/2002 2005/2006 2015/2016

URBAN URBAN RABELO

Fo

sfa

to

Autores

2,575 J 2,418 J

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

2005/2006 2015/2016

URBAN RABELO

Sil

ício

(m

g/L

)

Autores

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51

Figura 55: Silício [mg/L] no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2005 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

Figura 56: Silício [mg/L] no Ponto 10 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre 2005

e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

4.3.12 Clorofila

A concentração da clorofíla-a é utilizada como medida de determinação da biomassa

fitoplanctônica por ser um pigmento comum a todos os organismos fotossintéticos, constituído

em média 1,5% da massa da matéria orgânica das algas (POLI et al., 2004). O teste Anova

(Apêndice I), apresentou diferença significativa nos valores dos dados entre os autores para os

pontos 3, 5 e 10.As análises demostram redução de aproximadamente 50% no teor de clorofíla-

a para os pontos 3, 5 e 10 (Figura 57, 58 e 59). Entretanto, os maiores valores foram registrados

no ponto 3, provavelmente com maior aporte de material orgânico principalmente esgoto

doméstico.

A redução dos valores de clorofíla-a podem indicar melhor qualidade do curso d’água

no período de 2005/2006 a 2015/2016, especialmente no ponto 10, área onde o projeto PA

atuação há 5 anos, com ações que tem aumento da área de restauração e conservação (Tabelas

7 e 8). A demais, a BHRC apresentou redução da área de cultivo destinado a rizicultura (Anexo

1), estas ações diminuem o aporte de material orgânicos nos rios. Os valores de clorofíla-a estão

2,4492,157

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

2005/2006 2015/2016

URBAN RABELO

Sil

ício

(m

g/L

)

Autores

2,6051,768

0,001,002,003,004,005,006,00

2005/2006 2015/2016

URBAN RABELO

Sil

ício

(m

g/L

Autores

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52

abaixo do estabelecido pela Resolução 357 do CONAMA cujo limite para Classe II é de até

30µg/L.

Figura 57: Clorofíla-a [µg/L] no ponto amostral 3 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2005 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante

(M) da Captação da EMASA.

Figura 58: Clorofíla-a [µg/L] no ponto amostral 5 na BHRC para diferentes fontes de dados,

entre 2005 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra); jusante (J) e montante

(M) da Captação da EMASA.

Figura 59: Clorofíla-a [µg/L] no Ponto 10 na BHRC para diferentes fontes de dados, entre

2005 e 2016. Nota: média (coluna) com desvio padrão (barra).

3,683 J

1,879 J

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

2005/2006 2015/2016

URBAN RABELO

Clo

roil

a-a

g/L

)

Autores

2,016

1,075

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

2005/2006 2015/2016

URBAN RABELO

Clo

rofí

la-a

(µg

/L)

Autores

1,998

1,065

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

2005/2006 2015/2016

URBAN RABELO

Clo

rofi

la-a

(m

g/L

Autores

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53

4.3.13 Análise geral dos parâmetros físico-químicos-biológicos

Com relação a qualidade da água da BHRC as análises, de modo geral, indicam

estabilidade ou melhoria dos parâmetros analisadas. Na análise de 12 parâmetros, foi observado

apenas um declínio da qualidade (amônio no ponto 3 a jusante da captação da EMASA). Das

análises realizadas 67,6% apresentaram melhoria na qualidade e 29,4% permaneceram

constantes (Quadro 5).

O projeto PA na BHRC, por ser recente, iniciou em 2013 na Região do Braço e em 2016

na Região dos Macacos (Figura 9), não é possível afirmar que as melhorias apresentadas nos

parâmetros são frutos somente do projeto PA. Não obstante os dados do ponto 10 em relação

aos pontos 3 e 5 apresentou as melhores condições, que pode indicar atuação do projeto PA.

Estudos a médio e longo prazo poderão confirmar ou não está tendência.

Quadro 5: Comportamento dos parâmetros físico-químico-biológicos analisados para os

pontos 3, 5 e 10 da BHRC, baseado em Urban 2001/2003 e 2005/2006; Silva 2014/2015;

Rabelo 2015/2016 e EPAGRI 2014 -2017.

Pontos

Parâmetros

Ponto 3

Rio Camboriú

(Captação

EMASA)

Ponto 5

Rio Canoas

Ponto 10

Rio do Braço

Oxigênio dissolvido

Vazão

pH

Turbidez

Condutividade

DBO

Amônio

Nitrato

Nitrito

Fosfato

Silício

Clorofíla-a

Legenda: Melhorou; Manteve; Declínio

Avaliar a qualidade da água na BHRC, com base no projeto PA, é tarefa complexa, pois

são várias situações que podem alterar a qualidade de um recurso hídrico. Large e Petts (1996)

afirmam que a reabilitação das matas ciliares promove o controle dos ciclos biogeoquímicos,

restaurando a função natural, que é reter material particulado e absorver matéria orgânica,

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54

inorgânicas e poluentes, além de preservar e reabilitar a fauna e flora. Os principais rios da

BHRC, em muitos trechos, encontram-se sem proteção da mata ciliar, como exemplo o Ribeirão

dos Macacos (Figura 60), localizado na região dos Macacos, favorecendo o carreamento de

materiais orgânico e inorgânico para os corpos d’ água, diminuindo a qualidade do recurso

hídrico e aumentando custo do tratamento da água.

Estudos realizados no rio Mogi-Guaçu 2000/2001 apontam que um dos impactos na

qualidade da água está a poluição orgânica, produto do lançamento de esgoto doméstico sem o

devido tratamento, oriunda do aumento populacional naquela região. Foram analisados

condutividade, amônio, nitrato, nitrito, fosfato e outros parâmetros, sendo observados

incrementos desde a nascente até sua foz, identificando alterações em função das atividades

antrópicas na bacia (BRIGANTE; ESPINDOLA, 2003). Fato que também é observado na

BHRC.

Figura 60: Ribeirão dos Macacos sem a proteção da mata ciliar na BHRC-SC.

Um exemplo a ser observado é o aumento da concentração de amônio no ponto 3 a

jusante da captação da EMASA, cujo valor passou de 0,916 mg/L no período de 2005/20006 a

1,376 mg/L em 2015/2016 (Figura 42), representando incremento de aproximadamente 50%.

Imagens registradas, demostram o lançamento de esgoto in-natura no Rio Camboriú (Figura

61) proveniente, provavelmente da expansão do Bairro Conde de Vila Verde em Camboriú

entre 2004 e 2017 (Anexo 2). O Poder Público juntamente com a sociedade civil na Bacia

Hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu implementaram várias ações de curto-médio-longo prazos

afim de resolver a questão do poluição da bacia, entre elas estão: recomposição e manejo de

matas ciliares, plano de manejo de nascentes, sustentabilidade agrícola, orientações para os

agricultores locais, novas formas de agricultura para a região, práticas de conservação de solos,

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55

captação de águas pluviais das estradas, saneamento básico, tratamento da água de consumo no

meio rural e saneamento básico rural (BRIGANTE; ESPINDOLA, 2003). O GG do projeto PA

do Rio Camboriú, juntamente com as instituições parceiras e Poder Público, devem desenvolver

ações mais eficazes para a melhoria da qualidade dos corpos d’água da BHRC.

Figura 61: Imagem a direita: Canal de drenagem que leva esgoto ao rio Camboriú no Distrito Rio do

Meio, passando dentro da área do Instituto Federal Catarinense. A Direita, esgoto após passar sob a Av.

João Costa no Distrito Rio do Meio em Camboriú, antes de chegar ao Rio Camboriú.

Uma das ações que a curto prazo pode trazer retorno para o recurso hídrico da BHRC e

para a sociedade é a continuidade da readequação das estradas rurais e manutenção periódica

de todas as bacias de contenção das estradas rurais do município de Camboriú na área de

atuação do projeto PA. Em avaliação preliminar, observa-se que a retenção de sedimentos nas

bacias de contenção contribui para a melhoria da qualidade da água, evitando que materiais

sejam carreados para os corpos d’água. A manutenção constante das bacias de contenção

(limpeza e destinação adequadas do material) evita o assoreamento do recurso hídrico,

melhorando a qualidade da água com relação a turbidez e outros parâmetros, que implicará na

redução de custo de tratamento na ETA. Em adição, a implantação de um plano de Educação

Ambiental para a BHRC também deve trazer benefícios a médio e longo prazo.

Os problemas encontrados na BHRC são recorrentes em outras partes do mundo. Um

case foi apresentado por Milovanovic em 2007 estudando a região do sul da Servia e norte da

Grécia para o Rio Axios, entre 1979 e 2003, determinou tendências temporais e espaciais nos

parâmetros físico-químicos na água. O estudo analisou nitrato, nitrito, amônio, fosfato, DBO,

cádmio, cromo, zinco e chumbo. O trabalho concluiu que a qualidade da água do Rio Axios é

afetada por atividades antrópicas, apresentando altos valores de metais pesados e nutrientes, as

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56

fontes de poluição foram determinadas, sendo resultantes de atividades industriais, agrícolas e

domésticas. O estudo identificou uma gestão ineficaz e incompleta dos recursos hídricos, sendo

que a urbanização triplicou a descarga de esgotos e foi necessária a construção de barragens

para atender o aumento da demanda de água. Esse exemplo de situação deve ser identificado a

tempo, evitando consequências para uma bacia como do Rio Camboriú.

4.4 Avaliação dos efeitos do projeto Produtor de Água

Nesta etapa foram analisados os contratos e os relatórios das vistorias realizadas pelo

GG do projeto PA junto aos produtores rurais, atestando a conformidade das ações e metas,

relacionando às intervenções realizadas pelo projeto PA com os resultados observados in situ,

i.e., proteção, recuperação da vegetação dentro e fora das matas ciliares.

4.4.1 Analise dos contratos

Os contratos são estabelecidos entre a Concedente, EMASA e os Contratantes,

produtores rurais, podendo ser pessoas físicas e ou jurídicas. Os contratos realizados até 2016

eram de dois anos e despois passaram para cinco anos, a minuta do contrato encontra-se no

Anexo 3.

Os contratos são fundamentados na Lei Municipal nº 3026, de 26 de novembro de 2009

e no Decreto Municipal nº 6121, de 16 de maio de 2011. A relação de documentos necessários

está disposta no documento “ Edital de chamamento 01-2016 (EMASA, 2016). Na análise de

cada contrato foram observados os seguintes aspectos em cada propriedade: nome, localização,

área, localidade, produtividade e outros aspectos (Quadro 6). No aspecto produtividade da

propriedade várias atividades econômicas são desenvolvidas, como: criação de gado,

tubérculos, hortaliças, plantas nativas/ornamentais e outras (Quadro 7).

Segundo Boschetti (2009), avaliar é determinar o valor de algo, pressupõem quantificar

ações ou efeitos de programas, projetos, políticas públicas e outros, estabelecendo relações

entre eles e seus resultados. A avaliação também pode ser apresentada como o instrumento

capaz de determinar a relação custo-benefício existente entre os “gastos” de determinado

programa e seus efeitos em matéria de pessoas beneficiadas (AGUILAR, ANDER-EGG, 1995).

Neste sentido, o projeto PA visa contribuir com o proprietário rural oferecendo-lhe

oportunidade de aumento da renda familiar preservando e recuperando o meio ambiente. Ao

mesmo tempo, os benefícios financeiros com o PSA não são suficientes para pagar os custos

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57

das propriedades, sendo necessário a complementação da renda familiar com outras as

atividades (Figura 62).

Quadro 6: Aspectos analisados nas propriedades rurais do projeto PA da BHRC.

Aspectos analisados nos contratos do projeto Produtor de Água

Contrato Data; termo; ano; áreas de restauração; conservação e de APP; glebas

(porções de terra) e valores pagos através PSA.

Propriedade

Nome da propriedade e do proprietário; região (Braços ou Macacos);

localização geográfica; localidade; número de nascentes;

investimentos necessários; tipo de abastecimento e produtividade

Quadro 7: Atividades e ou produtos desenvolvidos pelos proprietários rurais na BHRC.

Atividades nas propriedades do projeto Produtor de Água

Pecuária Agricultura Serviço Extrativismo

gado leiteiro e corte;

coelho; peixe;

ovelha; búfalo, aves

e outros

arroz; grama; mudas nativas e

ornamentais; tubérculos

(beterraba, aipim, batata doce);

eucalipto; hortaliças, frutas,

milho e outros

aluguel de espaço

para eventos;

ecoturismo e

outros

pedra,

macadame e

outros

Figura 62: Atividades e serviços desenvolvidos pelos produtores rurais da BHRC.

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58

Figura 63: Relação do número de contrato do projeto PA da BHRC no período 2013 a 2017.

A análise dos contratos também demostrou que nos primeiros dois anos do projeto PA

houve aumento de adesão, em 2015 o projeto se manteve (Figura 63). Entretanto, em 2016 o

projeto apresenta declínio nas adesões, retomando o crescimento em 2017. A falta de

planejamento em 2015 com apenas uma reunião no ano (Figura 64), a saída TNC em 2016 da

execução do projeto PA e a Concedente assumindo a execução, estes podem ter sido os fatores

principais que contribuíram para o declínio das adesões em 2016.Uma definição simples para

panejar, segundo Moretto (2007), é organizar ações. O ato de planejar é importante para o

desenvolvimento de projeto pois, facilita a realização de ações através das organizações de

ideias e informações. Gandin (2011), argumenta que devemos pensar no planejamento como

ferramenta para tomada de decisões.

Figura 64: Número de reuniões (trimestrais) do GG entre os anos de 2012 a 2017 da BHRC.

Na análise dos contratos foi possível identificar que os proprietários rurais, assim como

a Concedente, estão cumprindo com os mesmos, prova desta afirmação reside no fato que 13

dos 16 dos contratos foram renovados (81,25%), 12,5% não renovados e 6,25% cancelado

(Quadro 8). O alto índice de renovação é explicado pelo cumprimento dos objetivos

56 6

122

0 0 01

3

9

1516

17

0

5

10

15

20

2013 2014 2015 2016 2017Co

ntr

ato

s d

o p

roje

to P

A (

n)

Ano

Adesão Saída Total contratos

0

4

5

1

4

5

0

2

4

6

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Reu

niõ

es

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Gru

po G

est

or (

n)

Ano

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59

estabelecidos nos contratos i.e., proteção, recuperação das matas ciliares. O parcelamento do

solo pelos proprietários, na área do projeto PA, foi motivo pela não renovação dos dois

contratos. O contrato cancelado se explica pelo falecimento de um proprietário rural.

Quadro 8: Relação de data da assinatura do 1° e 2° contratos (renovação) do projeto PA da BHRC.

Código da

Propriedade

Data Código da

Propriedade

Data

1° contrato 2° contrato 1º contrato 2º contrato

PR 0017 06/03/2013 18/06/2016 PR 0101 13/03/2013 Não renovado

PR 0019 16/10/2014 26/10/2016 PR 0109 15/07/2015 14/07/2017

PR 0029 25/06/2015 14/07/2017 PR 0299 30/01/2014 30/01/2016

PR 0034 25/06/2015 14/07/2017 PR 0300 25/06/2015 Cancelado

PR 0047 15/03/2013 06/03/2017 PR 0301 25/06/2015 14/07/2017

PR 0059 09/06/2014 18/06/2016 PR 0302 10/08/2015 10/08/2017

PR 0063 16/10/2014 27/09/2016 PR 0304 14/07/2016 Não vencido

PR 0064 16/10/2014 27/09/2016 PR 0305 16/01/2017 Não vencido

PR 0065 05/09/2013 Não renovado PR 0306 28/07/2017 Não vencido

PR 0073 05/03/2013 06/03/2017

Na BHRC, o PSA é desenvolvido com base em: proteção de matas ciliares e nascentes

cobertas com vegetação nativa; proteção de áreas com cobertura vegetal nativa; restauração de

áreas degradadas em matas ciliares e nascentes; e restauração de áreas degradadas fora de matas

ciliares ou nascentes. O valor financeiro concedido aos proprietários rurais é determinado de

acordo com tipo de serviço ambiental prestado na propriedade, variando entre 0,5 e 1,5 UFM

(Quadro 9).

Quadro 9: Valoração dos serviços ambientais com apoio financeiro do projeto PA na BHRC. Nota:

UFM: Unidade Fiscal do Município (Balneário Camboriú). Fonte: EMASA (2016).

Serviços Ambientais Valor hectares/ano

Proteção de mata ciliares e nascente conservada 1,5 UFM

Restauração de mata ciliares e nascentes degradadas 1,5 UFM

Restauração de áreas degradadas fora de mata ciliares ou nascentes 1,5 UFM

Proteção de áreas com cobertura vegetal nativa 0,5 UFM

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60

O apoio financeiro é proporcional as ações de conservação e restauração, definido no

Projeto Individual de Propriedade (PIP) (Anexo 4). O PIP é elaborado com base cartográfica

georeferenciada da Concedente incluindo, segundo EMASA (2016): a) mapeamento das

propriedades: limites das propriedades, identificação de confrontantes, mapeamento de corpos

d´água e nascentes, mapeamento das estradas, mapeamento de remanescentes de vegetação

nativa e áreas destinadas a restauração); b) Caracterização ambiental das propriedades:

classificação de remanescentes vegetais nas seguintes categorias: vegetação pioneira e

vegetação em estágio primário de regeneração e em estágio secundário, médio ou avançado de

regeneração; ações de adequação ambiental definindo áreas de matas ciliares e nascentes ou

outras áreas a serem recuperadas e indicação de áreas de vegetação nativa destinadas à

conservação.

O projeto PA é financiado com recursos próprios da EMASA, uma autarquia da

Prefeitura de Balneário Camboriú. Na Lei 2498/05 de 31 de outubro de 2005, de criação da

EMASA, consta no Art. 5° §3: “Fica a Empresa Municipal de Água e Saneamento de Balneário

Camboriú (EMASA), obrigada a investir pelo menos um por cento (1%) de sua arrecadação

bruta anual, em programas de preservação e recuperação ambiental”. Em 18 de julho de 2017,

através do projeto de Lei Ordinária n°140/2017-EME4, modificou o texto estabelecendo que o

valor destinado para “programas de preservação e recuperação ambiental” passasse para

“Produtor de Água”, com isto o projeto PA entre 2018 a 2022 terá exclusividade sobre o

percentual de 1% da arrecadação bruta da EMASA, CVBC (2017). Entretanto, fica uma

questão: o valor destinado ao PSA, benefícios financeiros, pela Concedente é suficiente para

cumprir com a meta estabelecido no projeto PA i.e; 5200 hectares de área preservadas e 500

hectares de áreas restauradas?

Estudo realizado por Antunes (2014), apontou que é necessário a revisão dos valores do

PSA, pois para algumas propriedades a rentabilidade com a atividade agrícola é maior que os

valores pagos através do PSA. Sendo assim, certos proprietários não têm motivação para aderir

ao projeto PA. O atendimento das metas do projeto PA dependem da adesão voluntária dos

proprietários, desde a criação do projeto PA, os valores pagos pelo PSA não passaram por

revisão com base no valor de mercado, apenas os ajustes realizados através da UFM.

A receita da EMASA tem crescido anualmente (Tabela 3), sendo que em 2017 o valor

foi de R$ 785.047,96 para projetos ambientais, o que representa um aumento de 2,00% em

relação a 2016. Por outro lado, o valor destinado aos PSA, à medida que as metas do projeto

PA forem alcançadas, pode resultar que o recurso financeiro destinado aos pagamentos dos

benéficos não sejam suficientes. Se todo recurso financeiro fosse destinado somente ao

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61

pagamento dos benefícios, o PA atingiria no máximo 50 a 60% de sua meta (Tabela 4).

Entretanto, deve-se considerar que o pagamento dos benefícios não é único custo do projeto,

sendo que o valor pago aos produtores através do PSA é estimado em cerca de 10% do custo

inicial de um projeto (TNC, 2017).

Tabela 3: Receita bruta da EMASA de 2010 a 2017. Fonte: Portal da Transparência da Prefeitura

Municipal de Balneário Camboriú.

Ano Faturamento bruto Receita Projetos Ambientais

% Valor anual

2010 R$ 41.677.007,23 1,0 R$ 416.770,07

2011 R$ 43.527.476,24 1,0 R$ 435.274,76

2012 R$ 43.655.557,28 1,0 R$ 436.555,57

2013 R$ 45.991.741,00 1,0 R$ 459.917,41

2014 R$ 52.830.287,67 1,0 R$ 528.302,88

2015 R$ 71.969.435,83 1,0 R$ 719.694,36

2016 R$ 76.958.551,06 1,0 R$ 769.585,51

2017 R$ 78.504.796,09 1,0 R$ 785.047,96

Tabela 4: Custo dos benefícios pagos aos proprietários rurais em razão da meta do PA da BHRC.

O investimento na forma de PSA do projeto PA da BHRC destinado ao pagamento de

benefícios aos produtores rurais, 17 proprietários até 31 de dezembro de 2017, soma R$

129.853,24 (Tabela 5). Dados do Portal da Transparência da EMASA (2016) com relação as

licitações: n° 74/2016 consta que foi contratado serviço de restauração e delimitação das áreas

- através de cercamento na área de atuação do projeto PA - no valor de R$ 244.981,82 para uma

área de 11,15ha, o que representa um custo de R$ 21.612,00. Os itens descritos neste contrato

Meta Conservação em MC /hectares Recuperação em MC/hectares Valor Médio em

função da Meta do

PA

do PA Dentro Fora Total

Dentro Fora Total

% (35%) (65%) (30%) (70%)

10 182 338 520 15 35 50 R$ 138.313,01

20 364 676 1.040 30 70 100 R$ 276.626,02

30 546 1.014 1.560 45 105 150 R$ 414.939,03

40 728 1.352 2.080 60 140 200 R$ 553.252,04

50 910 1.690 2.600 75 175 250 R$ 691.565,05

60 1.092 2.028 3.120 90 210 300 R$ 829.878,06

70 1.274 2.366 3640 105 245 350 R$ 968.191,07

80 1.456 2.704 4.160 120 280 400 R$ 1.106.504,08

90 1.638 3.042 4.680 135 315 450 R$ 1.244.817,09

100 1.820 3.380 5.200 150 350 500 R$ 1.383.130,10

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62

foram: construção de 2.000 m de cercas tipo 1; 4.000 m de cercas tipo 2; controle de formigas

cortadeiras em 11,15ha; controle de 9,07ha de espécies competidoras; coroamento de 9,07ha;

adubação de cobertura de 9,07ha; estaqueamento das mudas (identificação de indivíduos)

9,07ha; implantação de poleiros artificiais (poleiro seco) de 1,1ha e instalação de abrigos

artificiais para fauna (enfileiramento de galharias) de 1,1ha. Da licitação n° 21/2016 consta que

foi contratado serviço de manutenção em área de restauração no valor de R$168.000,00 para

23,309ha. O custo de manutenção na área restaurada é de R$ 7.207,33/ha. Os serviços

executados na manutenção são: coroamento manual e reposição de estacas e replantio se

necessário; roçadas nas linhas de plantio (controle de mato-competição); adubação de cobertura

e controle de formigas; aplicação de herbicida nas linhas de plantio; controle de espécies

invasoras e manutenção das cercas.

Em resumo, o custo para restauração e manutenção de um hectare é de R$ 29.178,79

com cercamento e de R$ 13.758,98 sem cercamento. Como a meta do projeto é restaurar 500ha

até 2035, o investimento total para restauração será de aproximadamente R$ 14.600.000

incluindo cercamento com base em valores de 2016. Até o presente momento (dezembro 2017)

foram restaurados 39,11ha, que representam 7,82% da meta. Assim, respondendo à questão

apresentada anteriormente, a resposta é não, o valor de 1% que a Concedente dispõe para o

projeto PA não será suficiente. Para cumprir a meta, serão necessários mais investimentos no

projeto PA, seja em forma de tarifa ou investimento público-privado para manutenção do PA,

que vai garantir assim o sucesso de projeto e, consequentemente, água em quantidade e

qualidade para a população da BHRC.

4.4.2 Análise das vistorias

Vistoria segundo Dantas (1998), é um exame cuidadoso de tudo que pode interferir no

valor de um serviço ou bem. Consiste em certificar a veracidade dos fatos e informações que

devem ser coletadas por especialistas pois, exige um conhecimento prévio do serviço a ser

vistoriado. González (1998), ressalta que a inspeção local é de suma importância na realização

das vistorias. O edital de Chamamento 2016 da EMASA (EMASA, 2016), na décima cláusula,

estabelece que a fiscalização e gestão do projeto PA fica a cargo da Concedente. O parágrafo

primeiro estabelece que a fiscalização, verificação e certificação das ações serão procedidas

pela Equipe de Vistoria do Projeto PA, a ser designada pelo GG do PA.

A Secretaria Executiva do GG foi composta em 2017 pelas seguintes instituições:

EMASA, Comitê Camboriú e PMC, representada pela Fundação de Meio Ambiente de

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63

Camboriú (FUCAM), sendo as demais instituições: TNC, ARESC, ANA, AGESAM, EPAGRI,

IFC e IDEIA, membros do GG. A equipe de vistoria realiza semestralmente as vistorias do

projeto PA e elabora relatório atestando o cumprimento ou não das ações definidas em contrato.

Com base no relatório de vistoria o GG avalia o atendimento das cláusulas do contrato

e emite um parecer para a Concedente (EMASA), opinando ou não pelo pagamento, com o

parecer do GG a EMASA aprova e autoriza o pagamento da parcela correspondente aos serviços

ambientais prestados aos proprietários rurais. Várias empresas e instituições utilizam um

fluxograma como ferramenta de controle.

Para Cardoso (2012), fluxograma é a representação gráfica que explica de forma

analítica a sequência de um trabalho, caracterizando as operações e os envolvidos no processo.

Sendo um instrumento que representa passo a passo as etapas de um processo, seu uso é

fundamental para simplificar o trabalho, permitindo sua compreensão de forma clara. Com base

na importância deste instrumento e com a finalidade de simplificar a décima cláusula do edital

de chamamento 2016 da EMASA, o presente estudo apresenta um fluxograma para as vistorias

do projeto PA (Figura 65).

Figura 65: Fluxograma para vistorias do projeto PA da BHRC, apresentado na proposta de Manual

para Vistoria do projeto Produtor de Água.

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64

Tabela 5: Área de conservação e restauração do projeto PA e o Custo anual do PSA na BHRC. Nota: UFM = Unidade Fiscal Municipal do município de

Balneário Camboriú.

UFM em 2017 Área no projeto PA/ hectares e Custo anual PSA para Produtores Rurais

R$ 267,53 Área Sub-

bacia

Conservação Restauração Área da propriedade Custo/R$

Código da Propriedade Hectares Mata

Ciliar

Reserva

Florestal

Mata

Ciliar

Reserva

Florestal total % no PA Anual

PR 0017 42,06

Bra

ços

(20

13

)

10,57 27,43 - - 38,01 90,35 R$ 7.912,55

PR 0047 8,86 1,45 6,94 - 0,48 8,86 100,00 R$ 1.701,45

PR 0073 21,70 7,82 7,88 0,74 0,43 16,86 77,71 R$ 4.658,81

PR 0299 29,24 2,55 15,88 - 3,99 22,43 76,71 R$ 4.750,68

PR 0182 81,68 26,91 35,03 - - 61,94 75,83 R$ 15.484,14

PR 0059 255,88 42,73 49,52 10,99 19,76 123,00 48,07 R$ 36.112,00

PR 0063 7,72 1,25 0,60 - - 1,85 23,97 R$ 582,01

PR 0064 12,40 0,40 0,75 - - 1,15 9,27 R$ 259,89

PR 0019 74,64 10,13 55,56 0,31 1,56 67,57 90,52 R$ 12.249,93

PR 0301 21,97 3,16 1,50 - - 4,66 21,20 R$ 1.467,76

PR 0029 4,62 1,77 1,36 - - 3,13 67,74 R$ 892,99

PR 0034 51,28 8,96 21,33 - - 30,28 59,06 R$ 6.447,77

PR 0109 22,61 3,46 2,14 0,27 0,01 5,87 25,97 R$ 1.785,40

PR0302 30,00 11,80 16,15 0,57 - 28,52 95,05 R$ 7.123,28

PR0306 5,20 0,02 0,59 - - 0,61 11,74 R$ 87,23

Subtotal - Braços 669,87 132,96 242,07 12,88 26,23 414,74 61,91 R$ 101.515,89

PR0304 129,60

Mac

aco

s

(20

16

) 33,69 87,72 - - 121,40 93,67 R$ 25.251,29

PR0305 15,64 4,77 8,75 - - 13,52 86,47 R$ 3.086,07

Subtotal - Macacos 145,24 38,46 96,46 - - 134,92 92,90 R$ 28.337,35

Total 815,11 171,42 338,53 12,88 26,23 549,66 67,43 R$ 129.853,24

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65

Desde que iniciou o projeto PA até dezembro de 2017, o GG realizou 64 vistorias. A

participação do autor da presente dissertação nas vistorias iniciou em setembro 2016. Nesse

período, foram realizadas 27 vistorias, estando o autor presente em 17, que representa 63% de

frequência (Figura 66).

Durante as primeiras verificações in situ (vistorias) foi possível observar várias

situações: papel mais social do que de fiscalização, falta de procedimento e qualificação dos

vistoriadores. Com as análises dos registros feitos durante as vistorias e relatórios, foi

desenvolvido um documento intitulado: Manual para Vistoria do Projeto Produtor de Água,

com os objetivos: estabelecer orientação para o projeto PA da BHRC; apresentar check list para

vistorias e relatórios; assegurar padrão de qualidade das vistorias e relatórios do projeto PA. O

manual inclui os seguintes tópicos: introdução; objetivos; atribuições do GG sobre a

fiscalização; fluxograma para as vistorias; check list; registro fotográfico; treinamento e

documentação. Durante a reunião do GG do projeto PA, realizada em 25/05/2017 foi

apresentado o manual para os membros do GG (Anexo 5). Em adição, o check list apresentado

foi encaminhado pela Concedente aos membros do GG para análise e avaliação do potencial de

aplicação nas vistorias.

Figura 66: Participação nas Vistorias do projeto Produtor de Água na BHRC.

Fonte: ©LeonardoPetrocelli.

Segundo Pancieri et al., (2013), o check list é um instrumento desenvolvido por

especialista composto por três etapas: identificação, confirmação e registro, sendo de fácil e

rápida aplicação. Desta forma, esse instrumento pode ser usado para verificar se os serviços

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66

ambientais contratados estão sendo executados pelos proprietários do PA, i.e., proteção de

matas ciliares e nascentes cobertas com vegetação nativa; proteção de áreas com cobertura

vegetal nativa; restauração de áreas degradadas em matas ciliares e nascentes; e restauração de

áreas degradadas fora de matas ciliares ou nascentes (Figura 67). O check list (Figuras 67 e 68)

inclui também dados do proprietário, da propriedade e espaços para registro de observações e

assinaturas dos membros da Equipe de Vistoria e Proprietário.

O registro da vistoria, usando a fotografia, é um meio para obter informação e

recordações. O registro fotográfico atrai a atenção do leitor, não reduzindo a importância do

texto, mas se complementando (CARVALHO, et al., 2013). Portanto, durante as vistorias do

projeto PA, o registro fotográfico (Figura 69) se configura como importante ferramenta para

comprovar a mesma e verificar o check list a posteriori.

A tarefa de formação de recursos humanos para vistorias deve incluir trabalho teórico,

excursões e coleta de dados em campo (TUNDISI; TUNDISI, 2008). Para tanto, é necessário

treinamento da equipe responsável por essa atividade. A falta de capacitação compromete a

qualidade do serviço e a credibilidade dos projetos PA. O GG, juntamente com a Concedente,

deve treinar a equipe de vistoriadores, que é composta por instituições parceiras do projeto PA,

garantindo que os responsáveis estejam aptos para executar as vistorias e elaborar os relatórios.

Figura 67: Registros fotográficos de vistoria do projeto PA da BHRC.

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67

Check list da Vistoria do Projeto Produtor de Água da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú

Nome do proprietário e assinatura:

Data da vistoria

Equipe de vistoria: C.P. PR

Aspectos a serem analisados pela equipe de vistoria:

Proteção de mata ciliar e nascentes cobertas com vegetação nativa

Item Descrição S N P NO NP

01 A mata ciliar encontra-se conservada com vegetação nativa? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

02 Há indícios de desmatamento na área da mata ciliar? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

03 Observam-se pontos de erosão ao longo da mata ciliar? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

04 A área de proteção está sendo usada como pastagem? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

05 As nascentes contam com a proteção da vegetação nativa? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

06 Em torno da nascente existe(m) área(s) sem vegetação nativa? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

07 Observam-se pontos de erosão em torno da nascente? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

08 A nascente e mata ciliar encontram-se protegidas com cerca? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

Proteção em áreas de reserva florestal

Item Descrição S N P NO NP

01 Existe solo exposto, sem cobertura de vegetação? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

02 Há indícios de desmatamento na área de proteção? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

03 A área de proteção está sendo usada como pastagem? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

04 Observam-se pontos de erosão na área protegida? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

05 Foi observada a presença de animais silvestres na área protegida? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

06 Á área de proteção está sendo usada para fins recreativos? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

07 O proprietário tem cuidado da área protegida? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

Recuperação de áreas degradadas em mata ciliar e nascente(s)

Item Descrição S N P NO NP

01 As mudas plantadas estão desenvolvendo-se naturalmente? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

02 A nascente encontra-se protegida com cerca e outros? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

03 A área de proteção está sendo usada com pastagem? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

04 Há necessidade de fazer replantio de mudas? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

05 Está acontecendo a regeneração da área? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

06 Foi observada a presença de animais silvestres na área? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

07 A área onde foram plantadas as mudas necessita de manutenção? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

08 O proprietário tem cuidado da área? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

Recuperação em áreas degradadas de reserva florestal

Item Descrição S N P NO NP

01 As mudas plantadas estão desenvolvendo-se naturalmente? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

02 A área de proteção está sendo usada como pastagem? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

03 Há necessidade de fazer replantio de mudas? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

04 Foi observado indício da regeneração na área? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

05 Foi observada a presença de animais silvestres na área? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

06 A área de recuperação está sendo usada para fins recreativos? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

07 A área onde foram plantadas as mudas necessita de manutenção? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

08 O proprietário tem cuidado da área? ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

Legenda: C.P.= Código Propriedade; S = Sim; N = Não; P = Parcialmente; NP = Não se

Aplica e NO = Não Observado.

Figura 68: Check list (frente) para vistorias de projetos PA da BHRC.

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68

Observações

Proteção de mata ciliar e nascentes cobertas com vegetação nativa

Proteção em áreas de reserva florestal

Recuperação de áreas degradadas em mata ciliar e nascente(s)

Recuperação em áreas degradadas de reserva florestal

Local da propriedade vistoriada:

Equipe de vistoria do projeto PA:

Vistoriador 1 Vistoriador 2 Vistoriador 3

Figura 69: Check list (verso) para vistorias de projetos PA da BHRC.

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69

Os documentos do PA consistem em fontes de informações, sendo importante o livre

acesso a esses, especialmente pelo GG, garantindo transparência e melhor gestão dos projetos.

Para a realização das vistorias são necessários documentos que estão em posse da Concedente,

este fato pode dificultar a realização da mesma, bem como a elaboração de relatório. Por este

motivo, o GG deve ter livre acesso, tanto aos contratos entre proprietários rurais e a Concedente,

quanto ao PIP Costa (2008), pontua que os PSA locais devem criar sua própria estrutura de

governança, como mecanismo de negociação, monitoramento e verificação dos contratos.

O check list e o modelo de relatório para as vistorias apresentados cumprem com suas

finalidades, ou seja, verificar se as ações definidas nos contratos estão sendo executadas

conforme foi prescrito, portanto são ferramentas essenciais para o processo de monitoramento

dos projetos PA.

Com relação ao GG, foi estabelecido um Acordo de Cooperação Técnica, ACT n°

001/2012 com data de 28 de março de 2012 com duração de cinco anos, entre as instituições

apoiadora do projeto PA, o ACT n° 001/2012 terminou em 27 de março 2017, um novo ACT

está sendo implantado pelo GG. As instituições que participaram do acordo 001/2012 foram:

EMASA, SEMAM, FUCAM, TNC, Comitê Camboriú, CIRAM/EPAGRI, AGESAN, ANA e

IDEIA, as atribuições de cada instituição dentro do ACT está descrito no anexo 6. Entretanto,

analisando as atas das reuniões do GG e vistorias realizadas no mesmo período, é possível

observar que várias instituições não cumpriram com o ACT, uma vez que não estavam presentes

nas reuniões do GG e não colaboravam com as vistorias. Durante a vigência do ACT 110/2012

foram realizadas 47 vistorias. A participação de todos os membros, sendo governos ou não

governo, favorece a tomada de decisão e resolução de conflitos (VICTORINO, 2003),

refletindo sobre o pensamento do autor, a falta de participação de algumas instituições

sobrecarrega as demais. A análise das vistorias e das atas do GG foi possível constatar 44,4%

das instituições parceiras (4 de 9) não participam ou participam pouco das vistorias (Figura 70),

restringindo a participação das instituições: TNC, Comitê Camboriú, FUCAM, SEMAM e

EMASA. Nas reuniões do GG participam 88,9% das instituições parceiras, apenas uma

instituição (IDEIA) não participou de nenhuma reunião (Figura 71). A empresa IDEIA assinou

o ACT 2012, mas não participou das reuniões e vistorias.

Após a realização das vistorias, a equipe responsável pela mesma deve elaborar o

relatório de vistoria. Porém, esse procedimento não tem acontecido na gestão do projeto PA,

pois o relatório é elaborado pela Concedente e encaminhado para os vistoriadores para análise

e ou correção. Segundo Marques (2004), o relatório é um instrumento que tem um importante

papel pois, seu objetivo é acompanhar, fiscalizar e dar transparências ás atividade

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70

desenvolvidas. Neste sentido, o relatório de vistoria apresentado pela Concedente, contempla

os itens: introdução, participantes da vistoria, propriedades vistoriadas, situação e assinatura

(Anexo 7).

Figura 70: Participação das Instituições nas vistorias (1ª a 45ª) do projeto PA da BHRC, dentro do ACT

de 2012.

Figura 71: Participação das instituições nas Reuniões do GG do projeto PA da BHRC, dentro do ACT

de 2012.

Diante das observações realizadas nos relatórios emitidos pela Concedente, foi

desenvolvido uma proposta de relatório mais eficaz, contemplando as informações não

apresentadas no relatório oficial. O novo modelo apresenta os tópicos: introdução; dados do

proprietário e da propriedade; data e equipe de vistoria; check list; registro fotográfico;

observações; parecer da equipe de vistoria e assinaturas (Apêndice K). O quadro 10 estabelece

as vantagens do modelo proposto. Em 26 de outubro 2017 foi apresentado ao GG o modelo

proposto, como pode ser observado na ata do GG (Anexo 9).

100 %

80,0 %

64,4 %

46,7 %

24,4 %

4,0 %

4,4 %

2,2 %

EMASA

SEMAM

FUCAM

TNC

Comitê Camboriú

AGESAN

CIRAM/EPAGRI

ANA

IDEIA

Participação em vistorias

Inst

itu

içõ

es p

arc

eira

s d

o

pro

jeto

Pro

du

tor

de

Ág

ua

100%

100%

100%

100%

79%

79%

57%

29%

0%

EMASA

TNC

SEMAM

FUCAM

Comitê Camboriú

ANA

AGESAN

CIRAM/EPAGRI

IDEIA

Participação em reuniões do GG

Inst

itu

içõ

es P

arc

eira

s d

o

pro

jeto

Pro

du

tor

de

Ág

ua

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71

Enquanto Nóvoa (2007) relata sobre a necessidade de promover novos modelos de

organização, Kuhn (1962) afirma que as ciências, além de ser construções humanas são

também, construções sociais e históricas, resultando em uma nova compreensão dos processos

científicos. Estes conceitos levam a capacidade de desenvolver e adaptar novos modelos de

registros que facilitam e transmitem como mais transparência as informações contidas. Estes

novos modelos (Check List e Relatório de Vistoria) contribuem para a gestão de projetos como

o PA. O novo modelo foi inserido pelo GG a partir da vistoria n° 56, sendo que até dezembro

2017 foi usado para elaborar nove relatórios de vistorias, realizados pela Equipe de Vistoria.

As análises dos contratos e das vistorias demostraram que as intervenções realizadas

dentro e foras das APP’s no que tange a conservação e restauração estão sendo executados

conforme estabelecido nos contratos ente e a Concedente e os proprietários rurais. Durante as

vistorias realizadas in loco foi possível constatar o fato a veracidade da afirmação. A gestão de

um recurso hídrico terá êxito quando dois fatores estiverem presente, o envolvimento de todos

nas tomadas de decisões e quando o conceito de conservação da natureza estiver enraizado

(EVERARD; POWELL, 2002).

Quadro 10: Relação de vantagens do novo modelo de relatório para as vistorias do projeto PA da BHRC.

Itens Descrição Vantagens do novo modelo de relatório das vistorias

01 Introdução Conteúdo é o mesmo para ambos os relatórios.

02 Dados do proprietário e

da propriedade

Endereço, ponto de referência e contato para a vistoria. Sendo

importante está informação pois, eventualmente não é o próprio

proprietário que recebe a equipe de vistoria.

03 Data e equipe de vistoria A equipe de vistoria é identificada de forma mais clara.

04 Check list Apresentado somente no modelo proposto.

05 Registro fotográfico As imagens estão disposta de forma agrupadas.

06 Observações Apresenta campo específico para este registro;

07 Parecer da equipe de

vistoria

Campo específico para emissão do parecer pela Equipe de

vistoria.

08 Assinaturas Todas no mesmo alinhamento.

4.5 Aplicação do Protocolo

Protocolo é documento de avaliação que apresenta um diagnóstico de uma situação

estudada, representa também uma ferramenta importante para o monitoramento de um projeto

(CIONK, BEAUMORD, BENEDITO, 2011). O presente estudo desenvolveu indicadores e

protocolo para mensurar a eficácia do projeto PA. Esse protocolo elaborado foi testado no

projeto PA da BHRC para avaliar sua aplicabilidade.

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72

Segundo Malta (1998), indicadores são instrumentos usados para medir ou dimensionar

a mudança de um projeto ou programa. Portanto, eles devem avaliar e certificar as ações

realizadas. Lustrosa (1999) argumenta, que os indicadores irão cumprir com as finalidades

destacadas quando apresentam características fundamentais como: a) mensuráveis - ou seja,

quantificáveis matematicamente; b) claros - de fácil aceitação e compreensão; c) precisos -

indicar o que se propõem; d) confiáveis - de fácil comprovação; e) pertinentes, ter relação com

o objetivo do projeto; f) sensíveis aos câmbios que se quer analisar.

Cada indicador apresenta sua eficácia em percentual e, ao final desta etapa, os valores

de cada indicador compõem com seus respectivos pesos um protocolo que mensura a eficácia

do projeto PA, o protocolo desenvolvido é de fácil aplicação, permitindo seu uso em outros

projetos Produtor de Água no país e no exterior. Relação de indicadores: adesão; restauração;

conservação; estradas adequadas; educação ambiental; monitoramento do projeto;

monitoramento hidrológico; gestão do projeto; qualidade da água e quantidade da água. O

projeto PA vai atingir a meta no ano de 2035, segundo PSA (2017). A primeira adesão ao PA

foi em 2013, portanto o tempo para atingir a meta é de 23 anos (Apêndice L).

4.5.1 Indicador – Adesão

A meta do projeto PA para o indicador adesão é de 40% das propriedades da BHRC,

sendo que a bacia conta com 298 propriedades com potencias para aderir ao projeto PA,

portanto, o valor a ser alcançado como meta é a adesão de 119 propriedades. A divisão do

número de propriedades 119 pelo tempo do projeto, 23 anos resulta na quantidade de adesões

anuais (Tabela 6). Pode-se observar que para os anos de 2014 e 2016 a meta foi estabelecida,

entretanto para os demais anos não, assim a eficácia deste indicador foi de 66%.

Tabela 6: Número de adesões do projeto PA na BHRC.

Ano

Indicador Adesão

Meta Entrada Saída

Saldo Eficácia %

Anual Acum. Anual Acum. Anual Geral

2013 5,2 5 5 2 3 3 58 58

2014 5,2 10 6 6 9 116 87

2015 5,2 16 6 6 15 116 96

2016 5,2 21 1 1 16 19 77

2017 5,2 26 2 1 1 17 19 66

.

2035 5,2 119

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73

4.5.2 Indicador – Restauração

A meta do projeto PA para o indicador restauração é de 500 hectares em 23 anos que

corresponde a 21,74 ha/ano. As análises dos dados demostram que apenas no ano de 2014 a

meta foi atingida com 125%, entretanto nos demais anos a área restaurada ficou abaixo da

expectativa, a eficácia deste indicador ficou em 27% (Tabela 7).

A recuperação de áreas degradadas, segundo Rodrigues & Gandolfi (2004), é uma

atividade antiga, encontrada na história de diferentes povos, épocas e regiões. Attanasio et al.,

(2006) argumenta que em situações onde o dano é pequeno o fato de retirar o fator de

degradação o ecossistema pode retornar a sua composição original.

Tabela 7: Área de restauração em hectares no projeto PA na BHRC.

Ano

Indicador de Restauração

Meta Entrada Saída

Saldo Eficácia %

Anual Acum. Anual Acum. Anual Geral

2013 21,74 22 11,90 10,74 1,17 1,17 5 5

2014 21,74 43 27,28 27,28 28,45 125 65

2015 21,74 65 0,85 0,85 29,29 4 45

2016 21,74 87 0,00 0,00 29,29 0 34

2017 21,74 109 9,81 09,81 39,11 0 36

.

2035 21,74 500

4.5.3 Indicador - Conservação

A meta do projeto PA para o indicador conservação é de 5.200 hectares em 23 anos que

corresponde a 226 ha/ano. As análises dos dados demostram que apenas no ano de 2014 a meta

foi atingida com 107%, contudo nos demais anos a área restaurada ficou abaixo do esperado,

portanto a eficácia deste indicador ficou em 46% (Tabela 8). A conservação da floresta dentro

e fora da APP são importantes, pois contribuem no aumento da infiltração das águas das chuvas

no solo, na retenção de nutriente que iriam para curso d’ água causando a eutrofização e outros

benefícios (EMPRAPA, 2003). Ação principal, segundo Wadt (2003) a respeito da

conservação está ligado a proteção das margens de rios contra desbarrancamento e

assoreamentos.

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74

Tabela 8: Área de conservação em hectares no projeto PA na BHRC.

Ano

Indicador: Conservação/hectares

Meta Entrada Saída

Saldo Eficácia %

Anual Acum. Anual Acum. Anual Geral

2013 226 226 64,34 2,06 62,28 62,28 28 28

2014 226 452 241,32 241,32 303,60 107 67

2015 226 678 76,47 76,47 380,08 34 56

2016 226 904 121,40 121,40 501,48 54 55

2017 226 1.130 14,13 14,13 515,61 6 46

.

2035 226 5.200

4.5.4 Indicador - Estrada adequadamente conservadas

A meta do projeto PA é adequar 180km de estradas em 23 anos que corresponde a

8km/ano. Observa-se que o projeto PA em nenhum momento até 2017 a meta foi atingida,

somente em 2015 que foram readequadas 5,2Km (FUCAM, 2017) com o projeto Bacia de

Contenção, a eficácia deste indicador ficou em 13% (Tabela 9, Anexo 9). Assim, a meta para

os próximos anos será de 9,71km. As estadas rurais principalmente após período chuvoso

apresentam estado ruim, que dificulta: o escoamento da produção, a trafegabilidade, a

infiltração da água e o assoreamento dos corpos d’água. Para conter ás águas de chuva

favorecendo seu aproveitamento, a construção de caixas ou bacias que captam e armazenam o

excesso de água das estradas é uma solução. Existem várias maneiras e formas de construção

das bacias de contenção: circular, retangular ou trapezoidal, sendo que o tipo de terreno vai

determinar a forma mais apropriada (DADALTO, 1990).

A construção de obras públicas e privadas para o aproveitamento de água pluviais em

estradas rurais de forma adequadas é um desafio para o projeto PA. Na BHRC foi escolhido a

forma trapezoidal (Figura 72 a esquerda). Para que a água pluvial chegue até a bacia de

contenção é necessário a adequação das estradas rurais. Um dos grandes desafios é a

manutenção dessas obras, as bacias de contenção, por falta de manutenção, ficam

completamente cheia de sedimentos (Figura 72 a direita), o fato da bacia estar cheia demonstra

que a obra é eficiente, entretanto, a manutenção é necessária. Em 2013, a ANA, disponibilizou

recurso da ordem de R$ 760.000,00 para a construção de 50 bacias de contenção na área do

projeto PA, através do contrato n° 788106/2013 (ANA, 2016). Com o recurso foram

construídos 49 barraginhas (ARESC, 2016) e executado o treinamento das pessoas envolvidas

com o projeto

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75

Tabela 9: Estradas rurais (Km) com intervenções do PA para adequação de drenagem na BHRC.

Ano

Indicador: Estradas adequadamente conservadas/Km

Meta/Km Adequado

em Km

Saldo/Km Eficácia %

Anual Acum. Anual Acum. Anual Geral

2013 8 8 0,0 0,0 0,0 0 0

2014 8 16 0,0 0,0 0,0 0 0

2015 8 23 5,2 5,2 5,2 66 22

2016 8 31 0,0 0,0 5,2 0 17

2017 8 39 0,0 0,0 5,2 0 13

.

2035 8 180

Figura 72: Bacia de Contenção (Barraginhas) do projeto PA na BHRC, foto da esquerda início da

construção, foto da direita sem manutenção.

4.5.5 Indicador - Monitoramento (vistoria) do projeto PA

Retrata Kerzner (2017), que o monitoramento de projeto é uma atividade de garantia

que permite aos gestores e sua equipe compreender parâmetros críticos e os níveis relacionados

de conformidade e um projeto; a eficiência está ligada a qualidade dos planos estratégicos e do

monitoramento praticado em cada programa. Para este indicador foi estabelecido quatro

parâmetros ligados as vistorias; intervalo, equipe, qualidade e relatório. Cada parâmetro

recebeu nota de zero a dez e cada nota correspondente a uma cor: azul (nota 10), verde (nota

7), amarelo (nota 4) e vermelho (nota 0) (Quadro 11).

O parâmetro “intervalo entre cada vistoria” está definido no Apêndice M e apresentou

nota de 60,0% de eficácia obtida após análise da variação de cada intervalo das vistorias para

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76

período de 20 set. 2013 a 15 dez. 2017, o parâmetro em questão é considerado importante pois

o benefício somente é concedido após a vistoria, o intervalo de cada vistoria é semestral.

A equipe de vistoria tem permanecido praticamente constante. Quatro instituições;

Comitê Camboriú, TNC, FUCAM e SEMAN têm participação das vistorias do PA de forma

efetiva (Figura 70) as demais instituições participam pouco. A EMASA por ser a Concedente

do projeto não faz parte da equipe de vistoria, entretanto está presente em 100%. Portanto, a

equipe é experiente e foi avaliada com nota 7.

Com relação a qualidade das vistorias a nota atribuída conforme os requisitos foi 7, pois

a equipe de vistoria não dispunha de um check list para acompanhamento, entretanto, o presente

trabalho desenvolveu e apresentou um modelo de check list para o GG do projeto PA (Figura

68 e 69) que está sendo utilizado deste a vistoria n° 56, portanto a nota passou de 7 para 10,

representando 100% de eficácia neste parâmetro.

Para o parâmetro relatório de vistoria a nota atribuída foi 7, o relatório utilizado pelo

GG não contemplava informações importantes como check list e parecer da equipe de vistoria,

também foi desenvolvido e apresentado ao GG modelo de relatório para as vistorias do PA

(Apêndice K) que vem sendo utilizado deste o relatório n°56, portanto a nota passou de 7 para

10, representando 100% de eficácia neste parâmetro. As notas obtidas para cada parâmetro são

convertidas em percentual de eficácia. A média aritmética dos parâmetros compõem a eficácia

do indicador em questão, totalizando 82,5 % de eficácia (Quadro 12).

4.5.6 Indicador - Educação Ambiental (EA) no projeto PA

Para Reigota (2017) a EA deve favorecer e estimular uma nova aliança entre o ser

humano e a natureza, possibilitando a convivência e sobrevivência entre as espécies com

dignidade. O projeto PA (2010) considera as questões globais inter-relacionadas e dependentes

umas das outras, ressalta que paralelamente às ações de conservação, restauração e de

incentivos financeiros deve ser apresentada uma proposta social que contribua com as políticas

de Educação Ambiental. Isto fará com que haja, além da recuperação ambiental a transformação

social e a ressignificação da natureza para a comunidade.

O indicador EA tem como objetivo principal mensurar eficácia da implementação de

um programa de educação ambiental na BHRC. Para a análise foi criado os critérios: existe e

funciona com programação anual definida pelo GG; existe, mas, funciona com ações pontuais;

não existe, mas tem ações pontuais sendo realizadas nas escolas e não existe e não tem sido

realizada ações ambientais (Quadro 11).

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77

Quadro 111: Critérios para análise do indicador Educação Ambiental na BHRC. P

rog

ram

a

de

EA

Nota 10 Nota 7 Nota 4 Nota 0

Existe e funciona com

programação anual

definida pelo GG.

Existe mas, funciona

com ações pontuais.

Não existe, mas tem

ações pontuais, sendo

realizadas nas escolas.

Não existe e não tem

sido realizadas ações

ambientais.

O indicador EA recebeu nota 4, pois não foi criado um programa de EA para o projeto

PA na BHRC. Por outro lado, ações pontuais foram realizadas junto à comunidade da BHRC,

(Figura 73). O estudo do indicador EA apresentou eficácia de 40%. A criação e implementação

de um programa de EA é importante para engajar a comunidade no projeto, portanto, é um dos

desafios para o GG do projeto PA. Antunes (2014), sugeriu a implantação outras de ações

permanentes de Educação Ambiental, como forma de mobilização continua junto aos

proprietários rurais.

Figura 73: Ações de EA implementadas pelo projeto PA na BHRC-SC. A esquerda semana de meio

ambiente de 2014 em Camboriú (SC) Fonte: PMC. A direita apresentação do PA na Câmara de

Vereadores de Balneário Camboriú (SC) em 2016. Fonte: texto Aderbal Machado e Figura Márcio

Gonçalves.

4.1.1 Indicador - Plano de monitoramento hidrológico

Para Kobiyama e Manfroi (1999), monitorar e observar ou medir processos que

acontecem de forma contínua. Na natureza, os experimentos são realizados em tempo e escala

real, o monitoramento para estes casos busca obter e interpretar dados. EPAGRI/CIRAM

(2017), informa que o sistema de monitoramento hidrometeorológico da bacia do Rio Camboriú

e afluentes faz parte de um projeto financiado pelo CNPq em parceria com Epagri, SDS, MDA,

EMASA, Prefeitura de Camboriú e de Balneário Camboriú com o objetivo de disponibilizar

um portal com informações meteorológicas, hidrológicas e de qualidade da água do rio

Camboriú e afluentes. Os dados disponíveis em cada estação de monitoramento estão

discriminados no Quadro 13 e a localização pode ser observada na Figura 9.

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78

Quadro 122: Análise dos parâmetros do indicador monitoramento do projeto PA da BHRC. V

isto

ria

Parâmetro Nota 10 = Ótimo(a) Nota 7 = Bom Nota 4 = Regular Nota 0 = Péssimo Avaliação

Intervalo 6 meses ± 1 semana 6 meses ± 2 semana 6 meses ± 3 semana 6 meses ± 4 semanas 60,0 %

Equipe

Muito Experiente (Todos

os membros já

participaram de pelo

menos 5 vistoria)

Experiente (2 membros já

participaram de pelo

menos 5 vistorias)

Pouco Experiente (1

membros já participou de

pelo menos 5 vistorias)

Não Experiente ( nenhum

membros participou de

vistorias)

70,0 %

Qualidade

Conversa com

proprietário

Conversa com

proprietário

Conversa com

proprietário

Conversa com

proprietário

100,0 % Registro fotográfico Registro fotográfico Registro fotográfico

Vistoria no local do

projeto

Vistoria no local do

projeto

Apresenta check list

Relatórios

Introdução do projeto PA Introdução do projeto PA Introdução do projeto PA Introdução do projeto PA

100,0%

Dados (proprietário e

propriedade)

Dados (proprietário e

propriedade)

Dados (proprietário e

propriedade)

Dados (proprietário e

propriedade)

Dados da equipe de

vistoria

Dados da equipe de

vistoria

Dados da equipe de

vistoria

Dados da equipe de

vistoria

Registro fotográfico Registro fotográfico Registro fotográfico Registro fotográfico

Assinatura Assinatura Assinatura

Observações Observações

Check list

Parecer da equipe de

vistoria

Eficácia do indicador monitoramento (vistoria) 82,5 %

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79

Quadro 13: Estações Hidrometereológicas da BHRC e a descrição dos parâmetros analisados. Fonte:

EPAGRI (2017).

Estações Hidrometereológicas da BHRC

Estação

Parâmetro

Salto dos

Pilões

Rio do

Braço Rio Canoa

EMASA

Captação

Rio

Pequeno

Balneário

Camboriú

Altitude 35 m 10 m 2 m 5 m 0 m

Situação Hidrológica x x x x

Chuva

Acumulada

da última

hora x x x x

6h x x x x

12 x x x x

24 x x x x

72 x x x x

Temperatura Mínima x

Máxima x

Umidade Relativa x

Molhamento Foliar x

Radiação x

Nível do rio x x x

Maré x

pH x x

Condutividade x x

Turbidez x x

Oxigênio Dissolvido x x

Temperatura Inst. x x

A BHRC apresenta duas calhas principais formadas pelos Rios: Braços e Canoas, a

união destes rios formam o Rio Camboriú. Para o monitoramento da BHRC ter estações de

monitoramentos no início e meio das principais calhas e no ponto de Captação da EMASA seria

importante para o monitoramento do projeto PA. As localizações destas estações seriam nas

regiões: da Limeira, do Braço, do Canoas, dos Macacos e da captação da EMASA, localizados

nos pontos 9, 10, 5, 6 e 3, respectivamente (Figura 9).

Entretanto, das cinco estações mencionadas encontra-se em funcionamento apenas uma;

Captação da EMASA (Rio Camboriú) e a estação do Rio Canoas que registrou os dados até

dezembro 2016; as demais estações não apresentam os dados: pH, condutividade, turbidez e

oxigênio dissolvido. Dados esses, que foram usados para estabelecer relação entre as ações de

conservação e restauração do projeto PA com a qualidade da água da BHRC. A eficácia deste

indicador representa 20% pois, a BHRC possui uma das cinco estações de monitoramento

consideradas importantes para o PA. Em fevereiro de 2017 através do 1º Termo Aditivo do

Contrato nº 03/2017 (Anexo 10) a EMASA contratou uma empresa para monitorar os

parâmetros qualidade e quantidade em cinco pontos dentro da área de atuação do projeto PA,

que corrobora com o pensamento “cinco estações de monitoramento são suficientes para

monitorar a qualidade e quantidade de água na área de atuação do projeto PA”.

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80

4.1.2 Indicador - Gestão do projeto Produtor de Água

Vargas (2016) argumenta que projeto é formado por um conjunto de ações, exercidas

de maneira coordenada por uma organização transitória, ao qual são alocados insumos

necessários para em um determinado prazo, alcance um ou mais objetivos específicos. Todos

os níveis de uma organização podem ser contemplados por projetos, é possível ser aplicado

com poucas ou muitas pessoas, pode ser rápido ou levar vários anos na sua execução,

extrapolam as fronteiras da organização, afetando fornecedores, clientes, parceiros, governos e

o próprio meio ambiente. Segundo Honda e Durigan (2017), se um dos objetivos a ser alcançado

é a qualidade da água, as intervenções de restauração devem priorizar a recuperação do solo e

da vegetação nos locais mais frágeis, nas áreas descobertas e nos trechos da bacia sujeitos a

maior escoamento superficial pois estão mais expostos a maiores riscos de erosão e

assoreamento, nascentes e terrenos inclinados devem ter prioridade na execução de projetos de

proteção e recuperação.

O estudo do indicador gestão do projeto PA, tem o objetivo de mensurar de forma

quantitativa como é feito o gerenciamento do projeto; participação das instituições nas vistorias

e nas reuniões do GG. Para avaliar este indicador foram desenvolvidos critérios n° de reuniões

do GG, frequência das instituições nas reuniões do GG, participação nas vistorias e veículo

usado nas vistorias (Quadro 14).

Quadro 14: Critérios para análise do indicador gestão do projeto PA de Água da BHRC.

Critérios Nota 10 Nota 7 Nota 4 Nota 0

N° de reunião do GG 4 ou mais

reuniões anuais

3 reuniões

anuais

2 reuniões

anuais 1 reunião anual

Frequências nas

reuniões do GG > 75 % < 75 % e > 50% < 50 % e > 25% < 25 %

GG com participação

no mínimo de 3

vistorias (1- 45)

> 75 % < 75 % e > 50% < 50 % e > 25% < 25 %

Veículo para

vistorias

Oferece

conforto e vai

até em todas

propriedades

Não oferece

conforto mas vai

até todas as

propriedades

Não oferece

conforto mas vai

até a maioria das

propriedades

Não oferece

conforto e não

vai até as

propriedades

O primeiro ACT estabelecido entre as instituições entrou em vigor em 28 de março de

2012, com prazo de cinco anos. As reuniões do GG foram definidas como trimestrais. Portanto,

para 2012 seriam três reuniões e de 2013 a 2017 seriam quatro reuniões por ano, totalizando 23

reuniões previstas. A análise das atas registra 18 reuniões (Quadro 15). A média aritmética do

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81

número de reuniões foi de três reuniões/ano, usando os critérios estabelecidos no Quadro 13, a

nota para este parâmetro foi 7 que corresponde a 70%.

Quadro 15: Relação de reuniões do GG do projeto PA da BHRC de 2012 a 2017.

Ano 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total Média/ano

Número 0 4 5 1 3 5 18 3

A frequência das instituições nas reuniões do GG foi de 100% EMASA, TNC, SEMAM,

FUCAM; 79% Comitê Camboriú e ANA; 57% AGESAM; 29% EPAGRI, 14% IFC e IDEIA

com 0% de frequência (Figura 70). A média aritmética da frequência das instituições foi de

60% com base nos critérios estabelecidos (Quadro 13), que corresponde a nota 7 (70%). A

participação de cada instituição nas 45 vistorias realizadas dentro do ACT de 2012 demostra

que a EMASA esteve presente em 100%, é importante ressaltar que a EMASA não tem a

obrigação de estar em todas as vistorias, pois a função de fiscalizar as ações do projeto PA é da

Equipe de Vistoria, designada pelo GG (Figura 71). A média aritmética de participação das

instituições foi de 64%, com base nos critérios (Quadro 14) a nota foi 7 que corresponde a 70%.

As vistorias são realizadas pela Equipe de Vistoria, este trabalho é executado por

funcionários e voluntários de cada instituição. A Concedente coloca à disposição dos

participantes da vistoria um meio de transporte para o deslocamento até as propriedades. O

veículo fornecido pela Concedente é carro de passeio da marca Fiat Novo Uno com capacidade

para 5 pessoas (Figura 74), entretanto, em várias oportunidades esteve com lotação máxima. O

deslocamento até as propriedades na maior parte do trajeto é feito em estradas rurais sem

pavimentação, o que torna o trajeto desconfortável e sem a capacidade de acesso a todas

propriedades, pois em alguns trechos são necessários veículos com tração 4x4 (Figura 75).

Neste parâmetro, veículo de vistoria, a nota atribuída foi 4 conforme critérios do Quadro 14,

que corresponde a 40%.

A eficácia do indicador, gestão de projeto PA, foi de 62,5% calculado com base na

média aritmética das notas atribuídas aos parâmetros (Quadro 14). Durante a vistoria n° 63,

realizado dia 05 de dezembro 2017, novamente a situação se repetiu em outra propriedade (PR

0306), neste acaso o veículo não conseguiu chegar até a propriedade tendo que descer de marcha

ré colocando em risco a integridade física dos vistoriadores, a situação foi registrada no relatório

de vistoria para que a Concedente tenha ciência do fato e providencie transporte adequado.

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82

Figura 74: Imagem esquerda superior, veículo utilizado para as vistorias, a

direita superior propriedades (PR 0302) e inferior propriedade (PR 0306)

ambas sem acesso pelo veículo disponível para as vistorias do PA na BHRC.

4.1.3 Indicador - Qualidade da água

A água doce é um recurso natural finito, cuja qualidade vem sofrendo alterações ao

longo do tempo, devido ao incremento populacional e ausência de políticas públicas voltadas

para a sua preservação. Portanto, a qualidade da água é o reflexo do uso e manejo do solo da

bacia hidrográfica. O termo qualidade da água está associado as características químicas, físicas

e biológicas do recurso hídrico (MERTEN; MINELLA, 2002).

No Brasil, o Conselho Nacional Meio Ambiente (CONAMA) através da resolução n°

357 de 20 de março de 2005, caracteriza a qualidade da água dos recursos hídricos. O estudo

deste indicador considerou a qualidade da água antes do projeto PA para os de Urban (2003;

2008) e depois do projeto PA dados de Silva (2015) e Rabelo (2018) (Tabela 10 e 11).

Para os parâmetros inseridos na Tabela 10, segue as análises: oxigênio dissolvido,

apresentou melhora na qualidade para ponto 3 recebendo nota 10 (100% de eficácia), declínio

no ponto 5 recebendo nota 4 (40%) de eficácia e mantendo praticamente estável no ponto 10

recebendo nota 7 (70%) de eficácia. O pH registrou ligeira melhora em todos os pontos

analisados, portando recebe nota 10 (100%) de eficácia. Para a turbidez considerando a variação

do parâmetro foi avaliado como estável para os três pontos amostrais 3, 5 e 10, nota 7 (70%) de

eficácia. A condutividade indicou piora acima de 50%, recebendo nota 0 (0%) de eficácia no

ponto 3, mantendo-se constante para os pontos 5 e 10, nota 7 que representa 70% de eficácia.

Para a DBO foi registrado melhora para o ponto 5, nota 10 indicando 100% de eficácia. As

notas de eficácia estão registradas no Quadro 16.

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83

Tabela 10: Dados de OD (oxigênio dissolvido) [mg.L-1], temperatura [°C], pH, turbidez [NTU],

condutividade [mS/cm] e DBO (demanda bioquímica de oxigênio) [mg.L-1] para os autores Urban (antes

do PA, 2003;2008) e Silva/Rabelo (depois PA, 2015; 2018) para os pontos 3, 5 e 10 na BHRC.

Ponto

Amostral

Ponto 3 Ponto 5 Ponto 10

Antes PA Depois PA Antes PA Depois PA Antes PA Depois PA

Fonte Urban

(2008)

Silva (2015)

Rabelo (2018)

Urban

(2003;

2008)

Silva (2015)

Rabelo (2018)

Urban

(2003;

2008)

Silva (2015)

Rabelo (2018)

Período 2005/

2006

2014/

2016

2001/2002

2005/2006

2014/

2017

2001/2002

2005/2006

2014/

2016 Parâmetro

OD 4,69 5,14 6,79 5,99 6,95 6,85

Temperatura 22,6 22,7 22,0 22,5 22,5 21,3

pH 6,49 6,67 6,62 6,84 6,57 6,97

Turbidez 45,15 46,73 17,46 15,53 19,77 21,28

Condutividade 0,200 0,310 0,088 0,083 0,070 0,063

DBO - 3,46 3,84 2,10 - 2,14

Tabela 11: Dados de amônio [mg/L], nitrato [mg/L], nitrito [mg/L], fosfato [mg/L], silício [mg/L] e

Clorofíla-a [mg/L] para os autores Urban (antes do PA,2003;2008) e Rabelo (depois PA; 2018) para os

pontos 3, 5 e 10 da BHRC.

Ponto

Amostral

Ponto 3 Ponto 5 Ponto 10

Antes PA Depois PA Antes PA

Fonte Urban (2008)

Rabelo (2018)

Urban (2003;2008)

Rabelo (2018)

Urban (2003;2008)

Rabelo (2018)

Período

Parâmetro 2005/2006 2015/2016

2001/2002

2005/2006 2015/2016

2001/2002

2005/2006 2015/2016

Amônio 0,9157 1,3758 0,2062 0,2100 0,1466 0,1427

Nitrato 0,6366 0,2106 0,3089 0,2150 0,4658 0,2004

Nitrito 0,0395 0,0206 0,0107 0,0055 0,0114 0,0045

Fosfato 0,1500 0,0239 0,1033 0,0095 0,0445 0,0023

Silício 2,5748 2,4177 2,9363 2,4463 2,6052 1,7679

Clorofíla-a 3,6826 1,8793 2,0160 1,0751 1,9976 1,0652

As análises realizadas para os parâmetros químicos e biológico descritos na Tabela 11

da BHRC demostram que: o parâmetro amônio apresentou piora da qualidade acima de 50%

recebendo nota 0 (0%) de eficácia, para os pontos 5 e 10 observa-se estabilidade, nota 7 (70%)

eficácia. Os demais parâmetros químicos: nitrato, nitrito, fosfato e silício apresentaram redução

da concentração para os pontos 3, 5 e 10, indicando melhora na qualidade, nota 10 (100%) de

eficácia. O parâmetro clorofíla-a apresentou redução em todos pontos analisados, indicando

melhor na qualidade, nota 10 com eficácia de 100%. As notas atribuídas a cada parâmetro estão

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84

dispostas no Quadro 16. A eficácia do indicador de qualidade da água foi de 83,90% (Quadro

16). No geral, observa-se que o projeto PA pode ter contribuído com a qualidade da água na

BHRC, apesar de ser um projeto recente.

Quadro 16: Critérios para análise do indicador Qualidade da Água do projeto PA da BHRC.

Na Alemanha, as primeiras avalições dos rios foram introduzidas no final da década de

1990, resultando no primeiro mapa em 2001, sendo publicado em 2002, onde 33.000 km de

Parâmetros Nota 10 Nota 7 Nota 4 Nota 0 Eficácia/%

EM

AS

A

OD 10 100

pH 10 100

Turbidez 7 70

Condutividade 0 0

DBO 4 40

Amônio 0 0

Nitrato 10 100

Nitrito 10 100

Fosfato 10 100

Silício 10 100

Clorofila 10 100

Ca

no

as

OD - - - - -

pH 10 100

Turbidez 7 70

Condutividade 7 70

DBO 10 100

Amônio 7 70

Nitrato 10 100

Nitrito 10 100

Fosfato 10 100

Silício 10 100

Clorofila 10 100

Po

nto

10

OD 7 70

pH 10 100

Turbidez 7 70

Condutividade 7 70

DBO - - - - -

Amônio 7 70

Nitrato 10 100

Nitrito 10 100

Fosfato 10 100

Silício 10 100

Clorofila 10 100

Resultado de eficácia do indicador qualidade da água 83,9%

Legenda: Nota 10 = Melhorou; 7 = Manteve; 4 = Declínio < 50%; 0 = Declínio > 50%

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rios foram estudados (10%) da rede fluvial do país. Os rios foram classificados em sete classe,

a saber, sem perturbação (3%), pouco perturbado (9%), moderadamente perturbado (11%),

claramente perturbado (18%), fortemente perturbado (26%), muito perturbado (23%) e

totalmente perturbado (10%). Apenas 23% dos rios apresentaram qualidade até moderadamente

perturbado, representado as partes superiores dos rios (a montante), como os Alpes, as baixas

montanhas e antigas regiões glaciais, locais onde a ação antrópica é pouco acentuada. Todavia

77% dos rios apresentaram como claramente perturbado a totalmente perturbado (KAMP et al.,

2007).

A biota aquática encontra-se quase sempre exposta a demanda crescente de poluição

lançadas nos corpos d’ água, sendo diversas as fontes de contaminação. Para monitorar os

recursos hídricos, podem ser usadas diversas metodologias, algumas já destacadas no presente

estudo. Ademais, podem ser usados bioindicadores como plantas aquáticas, algas, crustáceos,

moluscos, peixes, mamíferos, aves e outros. Organismos do topo da cadeia alimentar são

também utilizados por possuírem relação com toda a cadeia, que podem indicar respostas aos

efeitos crônicos, acumulativos e persistentes (LINS et al., 2010). Estudos realizado na Espanha

com bioindicadores, ao longo de uma década (1998-2008), em 10 rios na Região da Galícia,

apresentaram bons resultados. Diferentes grupos de macroinvertebrados são excelentes

indicadores de impactos antrópicos, especialmente em sistemas lóticos contaminados. Cada

família de macroinvertebrados apresenta certa pontuação em relação à sua tolerância à poluição,

por isso a soma das pontuações de diferentes taxa encontrados em um local dá uma pontuação

total, permitindo que este local seja classificado em cinco classes de qualidade de água, de

Classe I (muito bom) até Classe V (ruim). Os resultados do estudo mostram que a qualidade da

água em rios localizados em áreas naturais e sem impactos fortes é melhor do que em rios

localizados em áreas com usos do solo urbano, confirmando que os macroinvertebrados podem

ser utilizados como indicadores de impactos ambientais em rios (BENETTI et al., 2012;

CARTER et al., 2007). Esse tipo de estudo, avaliando condições da biota, não foi usado até o

momento na BHRC como bioindicador.

4.1.4 Indicador - Quantidade da água

Uma das principais metas do projeto PA é regularizar a vazão hídrica na BHRC por

meio de ações que permitam a maior retenção de água infiltradas no solo, estas ações aumenta

o tempo de permanência da água na bacia, (KLENZ, et al., 2013). Segundo Falkenmark et al.,

2014, a conservação da água depende das práticas adequadas de conservação do solo, que inclui

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86

a localização correta de pontos para coleta de sedimentos carreados pelo escoamento superficial

das águas de chuva. Os efeitos das práticas de conservação do solo são sentidos imediatamente

após sua aplicação, entretanto os efeitos da restauração só serão observados após o lento

crescimento da vegetação (VERTESSY et al., 2011). Honda e Durigan, 2017 relatam que a

restauração da vegetação deveria ser entendida como uma ação complementar. Estudos

realizados por Nogueira (2015), aponta que a precipitação anual da BHRC é em média 1.600

mm por ano, deste total 42,5% é convertido em evapotranspiração e 56,85% em escoamento

total.

O transporte de água, ou seja, sua vazão, está relacionado a aspecto físico da bacia

hidrográfica e a força gravitacional. A água tende a drenar de uma região de maior altitude para

outra de menor, que combinado com o relevo molda a bacia de drenagem (BRIGANTE;

ESPINDOLA, 2003). O estudo da vazão permite conhecer e mensurar a quantidade de água

disponível na bacia para a captação, destinada ao consumo humano e para aos demais setores

econômicos e sociais. Os dados de nível dos Rios Canoas e Camboriú foram coletados pela

EPAGRI nas estações hidrológicas Canoas e Captação da EMASA (Figura 9). As análises dos

dados diários foram organizadas em meses e dispostos no Apêndices N. Os resultados das

análises estão representados nas Figuras 75 e 76. O cálculo de vazão foi realizado com base nas

Equações 2 e 3, a unidade para nível do rio deve estar em centímetro (EPAGRI, 2017).

Vazão Canoas = 0,0207 x (Nível atual - 56)1,294 Eq. 2

Vazão Captação EMASA = (0.138 x nível) - 10,364 Eq. 3

Com relação a vazão do Rio Camboriú no ponto 3, observa-se que o volume de água no

rio aumentou de 2014 a 2016 (Figura 75), entretanto a vazão do Rio Camboriú no ano de 2017

até 20 de outubro encontra-se abaixo do esperado, porém este fato pode ser explicado por dois

motivos: primeiro, a região ficou praticamente 90 dias, julho a setembro, com baixo índice de

pluviosidade foram 199 mm em 2017 contra 383 mm em 2016, representando redução de

aproximadamente 50% no índice pluviométrico e segundo, o período chuvoso inicia no final

de outubro e início de novembro, que contribui para aumentar a vazão dos rios. Com relação a

vazão do ponto 5 (Figura 76) a vazão do rio diminui de 2012 a 2014 e volta a aumentar a partir

de 2014 acompanhando a tendência nos anos seguintes, entretanto em 2017 há uma redução da

vazão que pode ser explicado porque a região ficou praticamente 120 dias, julho a outubro, com

baixo índice de pluviosidade foram 161,6 mm em 2017 contra 516 mm em 2016, representando

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redução de aproximadamente 70% no índice pluviométrico, reduzindo a vazão do Rio Canoas.

Os dados dos índices em questão, pluviosidade, estão descritos no Apêndice O.

Figura 75: Vazão/m³s-1 do Rio Camboriú no ponto 3 na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú.

Figura 76: Vazão/m³s-1 do Rio Canoas no ponto 5 na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú.

Uma análise geral das vazões nos pontos 3 e 5, foi possível perceber que há aumento da

vazão a partir de 2014, entretanto essa tendência de aumento não deve ser atribuída

exclusivamente ao projeto PA, por ser um projeto recente, iniciando suas atividades com os

produtores rurais em março de 2013. Estudos posteriores, poderão afirmar a relação aumento

da vazão com o projeto PA, todavia percebe-se que o projeto PA pode estar contribuindo para

a regularização da vazão do Rio Camboriú e afluentes, por este motivo a nota para o indicador

é 10, que corresponde a 100% de eficácia (Quadro 17).

Quadro 17: Critérios para análise do indicador Quantidade da Água do projeto PA da BHRC.

Parâmetros Nota 10 Nota 7 Nota 4 Nota 0

Vazão do Rio Canos

e Camboriú Aumentou Manteve

Reduziu em

até 50%

Reduziu

mais de 50%

2,15

4,72 4,814,48

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

2012 2013 2014 2015 2016 20/10/2017

Va

zão

m³/

s

Anos

2,46

1,641,20

2,55

5,42

4,28

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

2012 2013 2014 2015 2016 20/10/2017

va

zão

m³/

s

Anos

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88

4.2 Resultado da Aplicação do Protocolo para Avaliação do projeto PA

O documento, protocolo foi construído com base nos indicadores e atribuído a cada

indicador um peso de acordo com sua importância no projeto PA da BHRC. Os indicadores

com maiores pesos são respectivamente: restauração, adesão, estradas adequadas, conservação,

monitoramento do projeto e da gestão (Quadro 18), os demais indicadores estão com pesos

iguais, pois são resultados das ações desenvolvidas no projeto PA da BHRC.

Quadro 18: Critérios para composição do protocolo eficácia do projeto PA da BHRC.

O projeto PA tem grandes desafios para serem superados, uma eficácia de 50,3%

demostra que os atores envolvidos neste processo precisam atuar de forma mais assertiva. As

instituições podem e devem colaborar mais, assumindo suas responsabilidades perante o projeto

PA. O sucesso do projeto não pode depender de uns poucos atores, a sociedade deve ser

informada de forma contínua das ações que o projeto PA realiza. Se a densidade demográfica

continuar subindo, como indicam os índices e os governantes, a falta do recurso hídrico vai

atingir a todos, causando maiores danos para as classes mais desfavorecidas.

Indicador Descrição Peso Eficácia

% Real

1 Adesão de pelo menos 40% dos proprietários rurais da

bacia; 0,15 65,6 9,8

2 500 ha de áreas degradadas em processo de restauração

priorizando as matas ciliares; 0,20 36,0 7,2

3 5200 ha de áreas conservadas protegidas pelos

proprietários por contrato com a EMASA; 0,10 45,6 4,6

4 180 km de estradas vicinais adequadamente conservadas; 0,15 13,3 2,0

5 Monitoramento do projeto PA; 0,10 82,5 8,3

6 Implantação de plano de monitoramento hidrológico da

bacia; 0,05 20,0 1,0

7 Implantação de programa de educação ambiental na bacia; 0,05 40,0 2,0

8 Gestão do projeto PA; 0,10 62,5 6,3

9 Qualidade da água; 0,05 83,9 4,2

10 Quantidade de água. 0,05 100,0 5,0

Eficácia geral do projeto PA da BHRC 50,3%

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89

5. CONCLUSÃO

A partir dos resultados obtidos no presente estudo “Avaliação da eficácia do projeto PA

da BHRC” pode-se concluir que:

a) O PPA da ANA é uma das políticas públicas que tem contribuído para a melhoria

dos recursos hídricos no Brasil, visto que vários projetos, a exemplo do projeto de Extrema

MG, estão sendo desenvolvidos e implementados com base nesta política pública. No Estado

de Santa Catarina, especialmente na BHRC esta política se desenvolve através do projeto PA,

utilizando como instrumento o PSA. A adesão ao projeto PA, por ser voluntária, favorece o

atendimento de seus objetivos. O sucesso no cumprimento das metas do projeto PA está

associado a manutenção continua dos ACT realizados entre Concedente e instituições parceiras

(públicas e privadas), bem como ao engajamento dos proprietários rurais e a colaboração da

sociedade civil organizada no uso sustentável dos recursos hídricos.

b) Os proprietários rurais contratados percebem que o projeto PA proporciona

benefícios, destacando em primeiro lugar o ambiental, seguido do financeiro. Ao mesmo tempo,

a revisão contínua dos valores pagos através do PSA e outras formas de incentivos estimula a

adesão ao projeto, favorecendo o atendimento das metas propostas. O monitoramento contínuo

das metas e, quando necessário, sua readequação, proporcionam confiança e credibilidade aos

participantes do projeto PA.

c) A implantação e manutenção de estações hidrometereológicas em pontos

estratégicos das bacias hidrográficas são imprescindíveis para monitorar os projetos PA, pois

possibilitam avaliar a qualidade e quantidade da água disponíveis na bacia. Assim, com análise

contínua de dados é possível definir ações e rever metas do projeto PA.

d) A análise dos contratos e vistorias mostram que a conservação da floresta e

principalmente das APP’s são importantes. Entretanto, o foco principal de projetos como o PA

deve estar centrado na restauração das áreas degradadas, principalmente nas APP’s. A

recuperação das áreas é um processo lento, mas traz inúmeros benefícios, reduzindo a erosão,

aumentando a infiltração e diminuindo gasto com tratamento nas Estações de Tratamento Água

(ETA). Portanto, os projetos PA devem incentivar a restauração.

e) Os projetos PA desenvolvidos no país carecem de avaliações que mensurarem sua

eficácia. O MMA entende que o monitoramento estabelece credibilidade aos projetos PA.

Assim, o presente estudo desenvolveu um protocolo com indicadores que mensuram de forma

contínua a eficácia do projeto PA na BHRC. O protocolo pode ser usado como ferramenta de

gestão, orientando e facilitando o atendimento das metas estabelecidas, que uma vez

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90

alcançadas, garantem o sucesso do projeto PA na BHRC. Esse protocolo pode ser adaptado e

utilizado em outras bacias hidrográficas estratégicas dentro e fora do nosso país.

Recomendações técnicas para projetos PA

Como recomendações técnicas para projetos PA da BHRC, tem-se:

a) Desenvolver mecanismos para reduzir o consumo de água nas áreas urbanas de

Balneário Camboriú e Camboriú;

b) Manter parcerias com instituições público-privada, evitando descontinuidade das

mesmas; propor cooperação com instituições de ensino (graduação e pós-graduação),

possibilitando a formação de discentes e desenvolvimento de serviços (software de controle,

palestras de capacitação, projetos de educação ambiental e outros) que beneficiem o projeto

PA;

c) Realizar reuniões periódicas para divulgar o projeto e ações do PA na BHRC;

d) Promover cursos de capacitação para Equipe de Vistoria executar as mesmas e

elaborar relatórios;

e) Adquirir meios tecnológicos que facilitem as vistorias e os relatórios (iPad, máquina

fotográficas, drones e outros recursos);

f) Contratar funcionários (Concedente) com dedicação exclusiva, atuando no

mapeamento, na fiscalização, divulgação e gestão do projeto PA;

g) Incluir no protocolo indicador de percepção dos proprietários do projeto PA;

h) Realizar avaliação bienal da eficácia do projeto PA na BHRC.

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7. APÊNDICES

Apêndice A

Questionário utilizado para avaliar a percepção dos proprietários rurais do projeto Produtor de

Água da BHRC-SC

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100

Apêndice B

Oficio encaminhado a EPAGRI, solicitação de dados físico-químico da água da BHRC-SC

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101

Apêndice C

Oficio encaminhado a TNC, solicitação de dados físico-químico da água da BHRC-SC

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102

Apêndice D

2° Oficio encaminhado a EPAGRI, solicitação de dados físico-químico da água da BHRC-SC

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103

Apêndice E

Dados de qualidade da água fonte EPAGRI (2017) dos pontos amostrais 3 e 5 da BHRC-SC

Emasa Canoas Emasa Canoas Emasa Canoas Emasa Canoas Emasa Canoas Emasa Canoas

março 6,84 24,53

abril 6,53 6,92 23,36 22,41

maio 7,45 6,67 6,96 6,91 65,80 19,68 18,19 19,95

junho 7,42 7,21 6,78 6,58 72,59 61,22 18,45 18,19

julho 7,26 8,37 6,71 6,38 65,18 36,90 18,22 17,91

agosto 7,23 8,42 6,70 6,49 61,09 35,24 18,51 18,81

setembro 7,60 6,60 0,092 41,61 20,73

outubro 5,77 6,81 6,37 6,36 0,090 0,095 104,26 34,88 23,43 22,60

novembro 4,76 5,90 6,31 5,90 0,084 0,092 24,35 9,89 24,79 24,16

dezembro 4,80 5,20 6,33 6,51 0,083 0,090 17,09 14,36 26,11 25,59

Média 6,38 6,97 6,59 6,55 0,09 0,09 58,62 30,79 21,10 21,49

Desvio 1,24 1,07 0,26 0,31 0,00 0,00 29,66 15,82 3,53 2,77

Máximo 7,45 8,42 6,96 6,92 0,09 0,10 104,26 61,22 26,11 25,59

Mínimo 4,76 5,20 6,31 5,90 0,08 0,09 17,09 9,89 18,19 17,91

N 7 9 7 10 3 4 7 9 7 10

Erro padrão 0,47 0,36 0,10 0,097 0,002 0,001 11,21 5,27 1,33 0,88

janeiro 4,71 4,41 6,38 6,37 0,088 0,096 23,36 17,53 27,15 26,76

fevereiro 5,36 3,56 6,34 5,99 0,087 0,093 59,01 42,36 25,59 25,17

março 5,94 5,34 6,50 6,24 0,095 0,107 26,57 22,06 24,90 24,25

abril 6,78 6,07 0,103 18,33 22,31

maio 7,63 6,06 0,092 41,13 19,79

junho 7,91 8,41 7,12 6,13 0,075 0,085 62,92 46,36 17,57 17,84

julho 7,44 7,88 7,05 6,02 0,078 0,087 96,29 49,44 18,57 17,77

agosto 6,68 7,52 6,53 6,36 0,090 0,095 88,50 33,20 20,80 20,42

setembro 6,62 7,62 6,31 7,01 0,081 0,091 125,89 57,08 20,58 20,32

outubro 7,39 7,66 6,08 7,05 0,072 0,079 90,33 53,36 20,39 20,04

novembro 7,25 7,49 6,14 7,13 0,078 0,083 98,53 48,06 21,82 21,34

dezembro 7,17 7,23 5,87 7,17 0,076 0,085 58,67 42,53 23,92 23,31

Média 6,65 6,79 6,43 6,47 0,082 0,091 73,01 39,29 22,13 21,61

Desvio 1,02 1,52 0,40 0,48 0,007 0,008 32,75 13,53 3,14 2,82

Máximo 7,91 8,41 7,12 7,17 0,095 0,107 125,89 57,08 27,15 26,76

Mínimo 4,71 3,56 5,87 5,99 0,072 0,079 23,36 17,53 17,57 17,77

N 10 12 10 12 10 12 10 12 10 12

Erro padrão 0,32 0,44 0,13 0,14 0,002 0,002 10,36 3,91 0,99 0,81

janeiro 7,42 5,20 6,25 7,35 0,078 0,093 79,84 61,10 24,63 23,96

fevereiro 6,69 5,89 6,10 7,40 0,084 0,097 46,94 54,67 25,12 24,54

março 7,25 7,71 6,32 6,74 0,081 0,094 64,14 31,40 23,74 23,21

abril 7,30 7,89 6,43 6,78 0,089 0,096 47,36 33,39 23,86 23,44

maio 8,30 8,76 6,52 6,90 0,092 0,100 30,77 38,84 18,75 18,60

junho 8,69 9,50 6,50 6,89 0,093 0,100 23,00 30,57 15,58 15,47

julho 8,37 9,17 6,44 7,20 0,089 0,096 44,76 13,22 16,77 16,53

agosto 7,62 7,31 6,06 7,55 0,078 0,157 28,11 17,99 17,45

setembro 7,39 3,21 7,60 7,48 0,083 0,195 17,79 45,17 19,76 19,28

outubro 6,72 8,27 6,71 7,01 0,091 0,112 78,16 53,69 21,26 20,69

novembro 6,10 7,71 6,82 7,03 0,093 0,084 19,65 35,32 23,29 22,87

dezembro 6,10 7,41 6,76 6,94 0,090 0,085 20,81 70,75 24,16 22,83

Média 7,33 7,34 6,54 7,11 0,087 0,109 43,02 41,35 21,24 20,74

Desvio 0,84 1,79 0,41 0,28 0,005 0,033 23,02 16,20 3,35 3,16

Máximo 8,69 9,50 7,60 7,55 0,093 0,195 79,84 70,75 25,12 24,54

Mínimo 6,10 3,21 6,06 6,74 0,078 0,084 17,79 13,22 15,58 15,47

N 12 12 12 12 12 12 11 12 12 12

Erro padrão 0,243 0,516 0,119 0,081 0,002 0,010 6,94 4,68 0,97 0,91

EP

AG

RI

20

16

EP

AG

RI

20

14

EP

AG

RI

20

15

MêsOD pH Condutividade Turbidez Temperatura DBO

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104

Apêndice E

... continuação

Emasa Canoas Emasa Canoas Emasa Canoas Emasa Canoas Emasa Canoas Emasa Canoas

janeiro 5,90 6,87 0,094 26,20

fevereiro 6,06 6,93 0,098 26,01

março 5,64 6,88 0,109 24,16

abril 6,73 6,87 0,109 21,90

maio 7,18 6,89 0,097 20,07

junho 8,11 6,96 0,083 18,28

julho 7,59 7,09 0,096 18,23

13/ago 6,79 7,13 0,103 19,25

Média 6,75 6,95 0,099 21,76

Desvio 0,86 0,10 0,008 3,32

Máximo 8,11 7,13 0,109 26,20

Mínimo 5,64 6,87 0,083 18,23

N 8 8 8 8

Erro padrão 0,30 0,04 0,003 1,17

Média 6,84 7,04 6,61 6,72 0,088 0,099 57,63 37,72 21,57 21,27

Desvio 1,00 1,50 0,37 0,46 0,009 0,024 30,40 15,33 3,21 2,87

Máximo 8,69 9,50 7,60 7,55 0,109 0,195 125,89 70,75 27,15 26,76

Mínimo 4,71 3,21 5,87 5,90 0,072 0,079 17,09 9,89 15,58 15,47

N 37 33 37 34 33 28 28 33 37 34

Erro padrão 0,17 0,26 0,06 0,08 0,002 0,004 5,75 2,67 0,53 0,49

Temperatura DBOMês

OD pH Condutividade Turbidez

EP

AG

RI

20

17

Ge

ral 2

01

4 a

20

17

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105

Apêndice F

Dados de qualidade da água, fonte Urban 2003 e 2008 dos pontos amostrais 3, 5 e 10 da BHRC-SC

3 5 10 3 5 10 3 5 10 3 5 10 3 5 10 3 5 10

25/09/2001 6,29 6,71 7,01 6,39 6,41 0,077 0,091 0,061 22,6 22,8 26,7 1,64 1,44

18/12/2001 6,29 6,71 7,01 6,84 6,84 0,078 0,081 0,067 25,1 24,4 26,1 3,46 3,18

15/02/2002 6,7 7,3 7,8 6,85 6,69 0,074 0,068 0,06 23,9 23,5 26 5,08 3,22

28/03/2002 6,6 7,1 6,59 6,81 6,71 0,085 0,081 0,065 26,0 25,0 25,4 1,53 5,59

08/05/2002 7,18 7,18 0,081 0,101 0,072 23,2 22,8 3,17

10/07/2002 7,54 6,61 5,78 7,40 7,31 0,106 0,091 0,074 16,0 17,0 17,8 3,31 3,27

07/08/2002 5.80 7,15 4,68 6,90 6,96 0,076 0,094 0,065 18,6 19,6 19,2 3,53 2,87

21/08/2002 4,19 4,25 5,28 6,99 6,96 0,11 0,105 0,079 20,9 21,1 21,1 4,13 4,35

04/09/2002 6 5,45 5,71 6,54 6,72 0,224 0,11 0,085 16,6 20,2 16,2 5,91 6,73

06/11/2002 7,4 6,92 8,25 6,23 5,91 0,04 0,078 0,068 21,5 20,8 22,8 5,42 4,66

27/01/2005 5,13 6,71 7,65 5,91 6,51 6,54 0,142 0,082 0,065 29,0 5,0 29 24,6 24,5 24,3

23/02/2005 5,74 5,71 6,67 6,70 6,63 6,8 0,091 0,084 0,068 119,0 57,0 33 22,7 21,3 22,7

31/03/2005 4,81 5,87 6,44 6,38 6,31 6,56 0,114 0,105 0,083 20,0 5,0 13 24,7 23,9 24,6

07/05/2005 3,91 8,47 8,58 6,57 6,31 6,59 0,172 0,089 0,076 13,0 4,0 10 20,4 20,8 19,3

31/05/2005 5,36 6,16 6,43 6,74 6,90 6,8 0,107 0,093 0,075 19,0 23,0 18 21,4 21,6 21

01/07/2005 4,64 6,93 8,49 6,93 6,84 6,73 0,190 0,100 0,08 19,0 5,0 8 21,0 20,7 21

30/07/2005 5,38 8,63 8,45 6,17 6,48 6,48 0,245 0,095 0,081 23,0 6,0 2 19,0 18,5 19,7

26/08/2005 6,88 9,95 5,16 6,71 6,62 6,62 0,416 0,105 0,092 19,0 2,0 6 17,8 15,9 15,9

22/10/2005 6,55 6,40 6,52 0,091 0,091 0,068 12,0 2,0 7 23,0 24,4 22,5

26/11/2005 4,58 7,05 7,96 6,32 6,65 6,54 0,068 0,07 0,057 32,0 4,0 28 22,7 22,2 25,2

24/12/2005 4,94 5,51 6,31 6,43 6,49 6,34 0,065 0,064 0,048 160,0 89,0 83 24,5 24,5 26

28/01/2006 4,04 6,83 8 6,39 6,13 6 0,285 0,071 0,058 109,0 15,0 10 25,5 24,5 25,2

01/03/2006 0,92 6,63 7,78 6,55 6,41 6,85 0,620 0,078 0,062 13,0 10,0 10 26,4 25,1 25,9

Urb

an

20

03

Urb

an

20

08

Temperatura DBO

Au

tor

DataOD pH Condutividade Turbidez

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106

Apêndice F

... continuação

3 5 10 3 5 10 3 5 10 3 5 10 3 5 10 3 5 10

25/09/2001 0,1501 0,1080 0,1063 0,153 0,150 0,150 0,003 0,003 0,003 0,150 0,108 0,030

18/12/2001 0,0936 0,0332 0,0890 0,128 0,097 0,176 0,004 0,003 0,003 0,094 0,033 0,024

15/02/2002 0,2723 0,0833 0,1072 0,121 0,121 0,129 0,002 0,002 0,004 0,272 0,083 0,022

28/03/2002 0,1315 0,0727 0,108 0,130 0,157 0,003 0,003 0,003 0,131 0,023

08/05/2002

10/07/2002 0,4425 0,5999 0,3606 0,084 0,141 0,092 0,005 0,003 0,004 0,442 0,600 0,021

07/08/2002 0,0832 0,0832 0,0674 0,174 0,170 0,157 0,005 0,005 0,004 0,083 0,083 0,037

21/08/2002 0,1189 0,0842 0,0737 0,172 0,128 0,160 0,006 0,004 0,003 0,119 0,084 0,011

04/09/2002 0,0811 0,0622 0,0769 0,081 0,062

06/11/2002

27/01/2005 0,3859 0,1640 0,1219 0,559 0,566 0,715 0,018 0,007 0,014 0,117 0,036 0,090 4,474 6,256 4,458

23/02/2005 0,6651 0,1162 0,0741 0,580 0,515 0,560 0,016 0,010 0,010 0,099 0,048 0,040 3,141 5,323 4,701 4,080 2,452 1,164

31/03/2005 0,9176 0,5159 0,2864 0,465 0,248 0,495 0,044 0,014 0,013 0,125 0,043 0,045 6,793 8,105 8,515 1,678 1,848 1,116

07/05/2005 1,2351 0,2960 0,2252 0,583 0,379 0,769 0,052 0,015 0,015 0,193 0,080 0,032 1,794 0,116 0,096

31/05/2005 1,3747 0,3725 0,3304 0,265 0,161 0,644 0,038 0,008 0,010 0,177 0,180 0,055 2,405 2,963 2,913 3,591 2,324 2,046

01/07/2005 1,0247 0,2615 0,2041 0,452 0,314 0,705 0,062 0,022 0,020 0,219 0,063 0,046 3,372 2,317 1,686 2,338 0,828 0,846

30/07/2005 1,3652 0,2500 0,2558 1,907 0,493 0,496 0,034 0,025 0,020 0,149 0,071 0,083 2,667 2,599 1,708 2,568 1,574 1,456

26/08/2005 1,2179 0,2405 0,3132 0,532 0,240 0,279 0,091 0,012 0,015 0,178 0,060 0,031 3,964 2,755 1,722 5,586 2,697 2,416

22/10/2005 0,4877 0,0292 0,298 0,207 0,461 0,026 0,011 0,010 0,096 0,053 0,036 2,877 4,275 4,788 5,323 1,686 3,386

26/11/2005 0,0608 0,674 0,736 0,358 0,026 0,012 0,018 0,088 0,097 0,064 1,482 1,741 1,474 3,709 2,362 2,335

24/12/2005 0,4460 0,1592 0,2459 0,474 0,302 1,643 0,020 0,013 0,015 0,107 0,135 0,085 0,213 0,429 0,484 2,988 1,988 3,942

28/01/2006 0,9529 0,3076 0,0775 0,925 0,524 0,611 0,071 0,017 0,033 0,187 0,073 0,072 0,222 0,453 0,997 2,485 1,997 1,486

01/03/2006 0,2976 0,0792 0,562 0,557 0,561 0,014 0,022 0,011 0,216 0,074 0,046 0,069 0,839 0,326 6,160 2,419 1,781

Au

tor

Urb

an

20

03

Data

Urb

an

20

08

Fosfato Silício Clorofila-aNH4 Nitrato Nitrito

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107

Apêndice G

Dados de qualidade da água, fontes Silva (2015) e Rabelo (2018) dos pontos amostrais 3, 5 e 10 da BHRC

3 5 10 3 5 10 3 5 10 3 5 10 3 5 10 3 5 10

11/12/2014 6,22 4,65 6,2 5,08 5,27 4,83 9,4 0,093 0,068 17,93 5,50 7,86 28,0 26,6 26,3 7,34 7,34 4,26

27/01/2015 8,35 3,28 4,91 5,03 5,34 5,16 3,12 0,100 0,068 12,77 5,75 9,53 27,7 26,8 25,6 6,33 5,62 6,03

25/02/2015 3,06 1,96 3,45 3,70 5,37 3,24 0,126 0,092 0,066 24,82 1,52 11,86 24,3 26,3 23,8 2,91 1,04 1,28

26/03/2015 5,00 8,40 9,3 7,35 5,20 7,51 4,97 0,092 0,067 13,23 5,46 7,96 24,9 25,7 23,2 5,16 1,60 1,91

30/04/2015 7,80 8,40 7,7 6,41 6,74 6,42 1,080 0,081 0,065 15,37 5,63 11,42 20,5 20,5 19,7 1,32 1,23 1,02

26/06/2015 8,60 7,26 8,17 6,70 6,00 5,26 0,483 0,065 0,054 22,76 12,27 8,01 17,4 18,2 17,4 1,60 0,68 1,47

26/07/2015 7,71 4,07 7,8 3,40 5,90 5 0,194 0,081 0,061 161,00 11,66 15,26 19,6 19,6 18 2,71 1,01 2,40

02/09/2015 7,40 9,30 10,7 6,40 8,30 6 0,327 0,084 0,067 37,17 20,88 17,21 18,9 17,7 17,2 7,73 1,74 1,18

24/09/2015 4,30 2,95 4,53 8,40 8,20 8,5 0,122 0,087 0,066 68,00 15,33 28,57 24,0 23,2 22,7 3,99 0,91 1,11

19/11/2015 2,98 1,90 2,72 9,30 8,40 9,7 0,061 0,063 0,047 72,00 11,32 72 23,5 24,7 22,7 1,81 1,12 1,54

10/12/2015 4,87 1,92 4,09 8,70 8,80 8,8 0,090 0,061 0,055 95,00 15,27 44,86 23,6 23,7 22,5 2,62 1,25 1,53

26/03/2015 5,00 8,40 9,3 7,35 5,20 7,51 4,97 0,092 0,067 13,23 5,46 7,96 24,9 25,7 23,2 5,16 1,60 1,91

28/04/2015 4,7 9,0 8,0 7,7 8,0 7,9 15,76 5,64 8,20 21,5 22,5 21,0

11/06/2015 5,2 9,4 8,4 6,9 6,6 6,8 17,08 5,40 10,16 20,0 20,5 19,5

25/06/2015 5,8 7,1 6,6 6,4 6,9 6,8 15,76 5,64 8,20 17,5 18,0 17,6

30/07/2015 3,7 4,1 7,8 3,4 5,9 5,0 161,00 11,66 15,26 19,6 19,6 18,0

31/08/2015 4,7 7,5 9,2 6,4 6,6 7,4 63,00 15,98 42,05 23,0 21,6 19,9

29/09/2015 1,5 2,2 3,1 8,0 8,1 9,0 70,00 45,29 64,00 20,5 19,7 19,0

29/10/2015 5,3 9,5 6,3 8,3 7,7 8,7 61,00 51,00 28,16 22,0 21,0 19,0

26/11/2015 3,6 6,5 7,5 7,4 7,4 8,3 61,00 51,00 28,16 22,5 22,0 21,5

17/12/2015 3,8 7,3 7,3 7,2 7,5 8,5 17,98 7,14 14,72 23,5 22,5 22,5

29/01/2016 4,3 6,3 7,7 7,1 6,9 4,8 18,20 31,00 4,89 27,0 26,0 24,6

26/02/2016 4,3 6,3 6,7 6,9 7,0 9,0 20,74 11,43 23,15 27,0 26,0 24,6

Condutividade Turbidez

Sil

va

(2

01

5)

Ra

bel

o (

20

18

o p

ub

lica

do

)

Temperatura DBO

Au

tor

DataOD pH

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108

Apêndice G

... continuação

3 5 10 3 5 10 3 5 10 3 5 10 3 5 10 3 5 10

11/12/2014

27/01/2015

25/02/2015

26/03/2015

30/04/2015

26/06/2015

26/07/2015

02/09/2015

24/09/2015

19/11/2015

10/12/2015

26/03/2015 3,6176 0,1559 0,5721 0,1048 0,0808 0,1632 0,016 0,006 0,005 0,0739 0,0144 0,0082 3,7178 6,7064 2,3933 7,6247 0,8613 0,6396

28/04/2015 1,4121 0,2499 0,0869 0,1550 0,1545 0,1704 0,026 0,006 0,005 0,0352 0,0097 0,0115 2,5325 4,0851 1,3526 0,5330 0,5433 0,3417

11/06/2015 1,4658 0,1866 0,1789 0,2538 0,1828 0,2073 0,018 0,005 0,003 0,0156 0,0112 0,0044 2,4323 4,6778 4,7613 0,9824 1,2599 1,2802

25/06/2015 1,1206 0,0715 0,1540 0,2124 0,1467 0,1955 0,011 0,006 0,004 0,0159 0,0094 0,0103 3,5926 3,3088 1,9982 1,1047 0,8008 0,8389

30/07/2015 1,1321 1,2088 0,4704 0,1378 0,8582 0,2162 0,031 0,011 0,004 0,0079 0,0258 0,0100 5,8938 0,5902 2,7829 1,5280 1,0028 0,6406

31/08/2015 4,0032 0,0575 0,0152 0,1939 0,1304 0,1933 0,057 0,008 0,005 0,0895 0,0129 0,0091 3,5991 2,6157 4,3327 1,2020 1,2235 0,8828

29/09/2015 0,3478 0,0601 0,0062 0,2358 0,1569 0,2232 0,011 0,004 0,005 0,0156 0,0132 0,0094 1,2888 1,4553 0,2118 2,5337 0,9813 2,3677

29/10/2015 0,8089 0,1731 0,0408 0,3275 0,1837 0,1034 0,010 0,006 0,006 0,0094 0,0037 0,0032 0,4355 0,4719 0,4407 2,2766 1,4695 2,0391

26/11/2015 0,2001 0,0665 0,0177 0,2494 0,2049 0,2145 0,016 0,002 0,005 0,0046 0,0037 0,0023 0,9350 1,0443 0,5344 2,1105 1,9807 1,0325

17/12/2015 0,4557 0,0563 0,0177 0,2717 0,1340 0,3164 0,028 0,005 0,005 0,0047 0,0035 0,0024 1,0599 1,1640 0,4980 1,1838 0,9246 1,1667

29/01/2016 0,5700 0,0241 0,0100 0,1746 0,1324 0,2005 0,010 0,005 0,004 0,0054 0,0033 0,0019 1,4189 1,2212 0,6540 1,0325 1,0467 0,9470

26/02/2016 0,015 0,004 0,004 0,0093 0,0035 0,0023 2,1058 2,0147 1,2550 0,4392 0,8070 0,6053

Fosfato Silício Clorofila-aNH4 Nitrato NitritoData

Ra

bel

o (

20

18

o p

ub

lica

do

)S

ilv

a (

20

15

)

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109

Apêndice H

Diferença de localização do ponto de coleta 3 para os autores: URBAN, SILVA, RABELO e EPAGRI. Distância entre as duas localizações

~580m Fonte: Imagens©2018 CNES/Airbus Dados do mapa©2018GoogleBrasil.

Ponto de coleta 03: Urban (2008), Silva

(2015) e Rabelo (2018, não publ.)

Ponto de coleta 03: Urban (2008), Silva

(2015) e Rabelo (2018, não publ.)

Ponto de coleta: Urban (2003)

e EPAGRI (2017)

Ponto de coleta: Urban (2003)

e EPAGRI (2017)

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110

Apêndice I

Teste, Anova para os dados antes e depois do projeto Produtor de Água dos

parâmetros: OD, condutividade, turbidez, pH, DBO, temperatura, amônio, nitrato,

nitrito, silício, fosfato e clorofíla-a para os pontos 3, 5 e 10 da BHRC

Parâmetros Ponto F Valor de P F crítico

3 6,7492 0,00053503 2,7581

5 2,7949 0,04817702 2,7636

10 3,6449 0,06937143 4,3009

3 0,4647 0,70799641 2,7581

5 9,3783 0,00003099 2,7459

10 0,0243 0,97601449 3,2849

3 0,7171 0,58278012 2,4904

5 0,8582 0,49309990 2,4937

10 1,0589 0,35832222 3,2849

3 0,6662 0,61733626 2,4889

5 0,6877 0,60268677 2,4937

10 2,1246 0,13553455 3,2849

3 12,2606 0,00000010 2,4937

5 3,1846 0,01820040 2,4989

10 1,1106 0,34173596 3,2945

3 0,0394 0,84497157 4,4139

5 4,1890 0,05477587 4,3807

3 5,1063 0,01315482 3,3541

5 0,2938 0,74773072 3,3404

10 0,8577 0,43536028 3,3404

3 10,5149 0,00039244 3,3404

5 6,6007 0,00448167 3,3404

10 16,5114 0,00001834 3,3404

3 10,0393 0,00048621 3,3277

5 26,3598 0,00000030 3,3277

10 31,9336 0,00000005 3,3277

3 14,3736 0,00004188 3,3158

5 5,0496 0,01313266 3,3277

10 39,0956 0,00000001 3,3277

3 0,0503 0,82456122 4,2793

5 0,3072 0,58476148 4,2793

10 1,0490 0,31638554 4,2793

3 6,2885 0,02043562 4,3248

5 24,6960 0,00006441 4,3248

10 7,8807 0,01055649 4,3248

Temperatura

pH

OD

Teste estatístico Anova

Obs. Se P < 0,05 e F > F crítico; dados não possui similaridade

DBO

Amônio

Nitrato

Nitrito

Fosfato

Sílicio

Clorofíla-a

Condutividade

Turbidez

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111

Apêndice I

...continuação

Anova: fator único Turbidez ponto 5

RESUMO

Grupo Contagem Soma Média Variância

Urban 2006 13 227 17,46154 684,2692

EPAGRI 2014 -17 33 1244,824 37,72195 235,0952

SILVA 2015 11 110,59 10,05364 33,41069

RABELO 2018 12 246,64 20,55333 349,131

ANOVA

Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 8617,439 3 2872,48 9,378312 3,09904E-05 2,745915

Dentro dos grupos 19908,83 65 306,2896

Total 28526,27 68

Anova: fator único Turbidez ponto 3

RESUMO

Grupo Contagem Soma Média Variância

Urban 2006 13 587 45,15385 2457,974

EPAGRI 2014 -17 28 1613,637 57,6299 924,1975

SILVA 2015 11 540,05 49,09545 2165,149

RABELO 2018 12 531,97 44,33083 1875,607

ANOVA

Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 2247,526 3 749,1755 0,46469 0,707996 2,758078

Dentro dos grupos 96732,19 60 1612,203

Total 98979,72 63

Anova: fator único Turbidez Ponto 10

RESUMO

Grupo Contagem Soma Média Variância

Urban 2006 13 257 19,76923 455,6923

SILVA 2015 11 234,54 21,32182 409,2095

RABELO 2016 12 254,91 21,2425 304,1542

ANOVA

Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 19,00382 2 9,501908 0,024296 0,976014 3,284918

Dentro dos grupos 12906,1 33 391,0939

Total 12925,1 35

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112

Apêndice J

Correlação entre a vazão (m³/s) e OD (mg/L) para os pontos 3 e 5 da BHRC, Fonte EPAGRI

2017

y = 0,1682x1,6297

R² = 0,2171

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

9,00

0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00

vazão (

m³/

s)

OD ( mg/L)

Relação entre vazão e OD para ponto 3 da BHRC período de 2014 a 2017

y = 0,1922x + 1,9186

R² = 0,02210,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00

Vazão (

m³/

s)

OD ( mg/L)

Relação entre vazão e OD para ponto 5 da BHRC período de 2014 a 2016

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113

Apêndice K

Modelo de relatório proposto ao Grupo Gestor do projeto Produtor de Água da BHRC-SC

Relatório de Vistoria do Projeto Produtor de

Água da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú

Vistoria n° 61

Propriedade: PR 0029

22/11/2017

CAMBORIÚ – SC

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Projeto Produtor de Água da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú -SC

114

Relatório de vistoria do Projeto Produtor de Água da BHRC

1. Introdução do projeto Produtor de Água

A EMASA, através de contratos firmados com os proprietários rurais que aderiram ao Projeto

Produtor de Água, realiza pagamentos semestrais conforme cronograma de desembolso que

consta nos Projetos Individuais de Propriedades (PIPs). Para que os pagamentos sejam

realizados, é necessária uma vistoria técnica da equipe formada por membros titulares do Grupo

Gestor do Projeto que sejam parceiros da iniciativa. Essa vistoria tem o objetivo certificar as

ações de conservação e restauração previstas nos PIPs, verificando se estas estão sendo

executadas em conformidade com os contratos de PSA.

2. Dados do proprietário e da propriedade:

Pro

pri

etá

ri

o

Nome Osmar Vinholi Telefone:

Endereço: Sítio Vinholi Localidade: Limeira

Contato da

vistoria

Nome

Telefone Vínculo

Pro

pri

eda

de

Ponto Ref.

C.P. Pagamento Serviço Ambiental

Área da propriedade 4,6203

Hec

tare

s

PR 0029 Área no projeto PA 3,1296

Adesão PA ☒ Conservação

na área de nascentes e matas ciliares 1,7731

25/06/2015 ☒ fora área de nascentes e matas ciliares 1,3365

Termo ☐ Restauração

N° 43/2015 ☐

C.P. = Código da Propriedade; PA = Produtor de Água; Ref. = Referência; Vínculo = Grau de

parentesco

3. Data e Equipe de vistoria:

Data 22/11/2017 Horário 14:30 Agendado por: Leonardo Petrocelli Garcez

Vis

tori

ad

ore

s

01

Nome Paulo Henrique Santos

Representando Paulo Ricardo Schwingel

Instituição Comitê Camboriú Vínculo Voluntário

02

Nome Gabriela Antunes

Representando Liara Rotta Padilha

Instituição FUCAM Vínculo Estagiária

03

Nome Thaísa de Castilhos

Representando Patrícia Zimmermann

Instituição SEMAM Balneário Camboriú Vínculo Estagiária

Ex

ecu

tor

Nomes Rafaela Comparim Santos

Vínculo Eng. Ambiental

Leonardo Petrocelli Garcez Estagiário

Instituição Empresa Municipal de Água e Saneamento Balneário Camboriú

4. Check list

Check list da Vistoria do Projeto Produtor de Água da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú

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Projeto Produtor de Água da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú -SC

115

Nome do proprietário: Osmar Vinholi

Data da vistoria

22/11/2017

Equipe de vistoria: Paulo Henrique, Gabriela Antunes e Thaísa de Castilhos C.P. PR 0029

Aspectos a serem analisados pela equipe de vistoria:

Proteção de mata ciliar e nascentes cobertas com vegetação nativa.

Item Descrição S N P NO NP

01 A mata ciliar encontra-se conservada com vegetação nativa? ☒ ☐ ☐ ☐ ☐

02 Há indícios de desmatamento na área da mata ciliar? ☐ ☒ ☐ ☐ ☐

03 Observam-se pontos de erosão ao longo da mata ciliar? ☐ ☒ ☐ ☐ ☒

04 A área de proteção está sendo usada como pastagem? ☐ ☒ ☐ ☐ ☐

05 As nascentes contam com a proteção da vegetação nativa? ☒ ☐ ☐ ☐ ☐

06 Em torno da nascente existe(m) área(s) sem vegetação nativa? ☐ ☒ ☐ ☐ ☐

07 Observam-se pontos de erosão em torno da nascente? ☐ ☒ ☐ ☐ ☐

08 A nascente encontra-se protegida com cerca? ☒ ☐ ☐ ☐ ☐

Proteção de áreas com cobertura vegetal nativa.

Item Descrição S N P NO NP

01 Existe solo exposto, sem cobertura de vegetação nativa? ☐ ☒ ☐ ☐ ☐

02 Há indícios de desmatamento na área de proteção? ☐ ☒ ☐ ☐ ☐

03 A área de proteção está sendo usada como pastagem? ☐ ☒ ☐ ☐ ☐

04 Observam-se pontos de erosão na vegetação nativa? ☐ ☒ ☐ ☐ ☐

05 Foi observada a presença de animais silvestres na área nativa? ☒ ☐ ☐ ☐ ☐

06 Á área de proteção está sendo usada para fins recreativos? ☐ ☒ ☐ ☐ ☐

07 O proprietário tem zelado pela área de cobertura nativa? ☒ ☐ ☐ ☐ ☐

Restauração de áreas degradadas em mata ciliar e nascentes.

Item Descrição S N P NO NP

01 As mudas plantadas estão desenvolvendo de acordo com o esperado? ☐ ☐ ☐ ☒ ☒

02 A nascente encontra-se protegida com cerca e outros? ☐ ☐ ☐ ☐ ☒

03 A área de proteção está sendo usada com pastagem? ☐ ☐ ☐ ☐ ☒

04 Há necessidade de fazer novo plantio de mudas? ☐ ☐ ☐ ☐ ☒

05 Há indícios de recuperação da área degradada? ☐ ☐ ☐ ☐ ☒

06 Foi observada a presença de animais silvestres na área restaurada? ☐ ☐ ☐ ☐ ☒

07 A área onde foram plantadas as mudas necessita de manutenção? ☐ ☐ ☐ ☐ ☒

08 O proprietário tem zelado pela área restaurada? ☐ ☐ ☐ ☐ ☒

Restauração de áreas degradadas fora de mata ciliar e nascentes.

Item Descrição S N P NO NP

01 As mudas plantadas estão desenvolvendo de acordo com o esperado? ☐ ☐ ☐ ☐ ☒

02 A área de proteção está sendo usada como pastagem? ☐ ☐ ☐ ☐ ☒

03 Há necessidade de fazer novo plantio de mudas? ☐ ☐ ☐ ☐ ☒

04 Há indícios de recuperação da área degradada? ☐ ☐ ☐ ☐ ☒

05 Foi observada a presença de animais silvestres na área restaurada? ☐ ☐ ☐ ☐ ☒

06 A área de restauração está sendo usada para fins recreativos? ☐ ☐ ☐ ☐ ☒

07 A área onde foram plantadas as mudas necessita de manutenção? ☐ ☐ ☐ ☐ ☒

08 O proprietário tem zelado pela área restaurada? ☐ ☐ ☐ ☐ ☒

Legenda: C.P.= Código Propriedade; S = Sim; N = Não; P = Parcialmente; NP =

Não se Aplica e NO = Não Observado.

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Projeto Produtor de Água da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú -SC

116

Observações

Proteção de mata ciliar e nascentes cobertas com vegetação nativa.

Foram observados pássaros e borboletas na área de conservação.

Proteção de áreas com cobertura vegetal nativa.

Mata fechada com muitos palmitos nativos, floreta fechada, árvores com copas altas, pouca

luminosidade no solo.

Restauração de áreas degradadas em mata ciliar e nascentes.

A propriedade não possuiu área de restauração.

Restauração de áreas degradadas fora de mata ciliar e nascentes.

A propriedade não possuiu área de restauração.

Local da propriedade vistoriada:

Gleba 2

Equipe de vistoria do Projeto Produtor de Água:

Paulo Henrique Santos Gabriela Antunes Thaísa de Castilhos

Vistoriador 1 Vistoriador 2 Vistoriador 3

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Projeto Produtor de Água da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú -SC

117

5. Registro Fotográfico

Figura 01: Apresentação do Projeto Individual

de Propriedade à Equipe de Vistoria

em 22/11/17(©LeonardoPetrocelli)

Figura 02: Início da área de conservação com

cobertura de vegetal nativa fora da mata ciliar,

gleba 2 em 22/11/17. (©PauloHenriqueSantos)

Figura 03: Área de cobertura vegetal nativa

conservada na propriedade em 22/11/17.

Figura 04: Equipe de vistoria na área de

conservação com cobertura vegetal nativa

(©PauloHenriqueSantos)

em 22/11/17. (©PauloHenriqueSantos)

6. Observações:

1. EMASA (Rafaela) apresenta os integrantes da Equipe de Vistoria aos proprietários e o

Projeto Individual da Propriedade (PIP) onde consta o mapa da propriedade com as

áreas de conservação (Figura 01).

2. Equipe de vistoria informou ao proprietário Osmar que a propriedade se encontra muito

bem conservada.

3. Proprietário contou um pouco sobre a história da propriedade que no passado tinha

plantação de aipim e café e com o declínio das lavouras a floresta se regenerou sozinha.

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Projeto Produtor de Água da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú -SC

118

7. Parecer da Equipe de Vistoria:

Proprietário Osmar Vinholi

Situação para pagamento pelos serviços ambientais prestados: ☒ Apto ☐ Não apto

Justificativa: Não foram observadas, durante a vistoria, irregularidades na área vistoriada.

Portanto o proprietário está apto a receber pelos serviços ambientais prestados.

Relator e data do relatório de vistoria:

Paulo Henrique Santos

24/11/2017

8. Assinaturas

Balneário Camboriú, 24 de novembro 2017.

Liara Rotta Padilha Patrícia Zimmermann Paulo Ricardo Schwingel

FUCAM SEMAM Comitê Rio Camboriú

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119

Apêndice L

Linha do tempo do projeto Produtor de Água da BHRC-SC

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120

Apêndice M

Intervalo das vistorias (20 set. 2013 a 15 dez. 2017) do projeto Produtor de Água na BHRC-SC

Intervalo 1ª Intervalo 2ª Intervalo 3ª Intervalo 4ª Intervalo 5ª Intervalo 6ª Intervalo 7ª Intervalo 8ª Intervalo 9ª

PR 0017 06/03/13 6,51 20/09/13 6,08 24/03/14 4,73 15/08/14 6,31 23/02/15 5,82 19/08/15 6,53 02/03/16 5,29 10/08/16 6,21 15/02/17 6,15 21/08/17

PR 0047 15/03/13 6,21 20/09/13 6,08 24/03/14 4,73 15/08/14 6,31 23/02/15 5,82 19/08/15 6,53 02/03/16 5,29 10/08/16 6,21 15/02/17 6,15 21/08/17

PR 0073 05/03/13 6,54 20/09/13 6,08 24/03/14 4,70 14/08/14 6,44 26/02/15 5,23 04/08/15 6,07 02/02/16 6,25 10/08/16 6,21 15/02/17 6,15 21/08/17

PR 0101 13/03/13 6,28 20/09/13 6,08 24/03/14 11,05 23/02/15

PR 0065 05/09/13 6,57 24/03/14 4,70 14/08/14 6,44 26/02/15 5,23 04/08/15

PR 0299 30/01/14 4,47 15/06/14 7,00 14/01/15 6,25 23/07/15 7,07 23/02/16 4,40 06/07/16 6,50 17/01/17 6,18 24/07/17

PR 0182 21/05/14 5,06 22/10/14 6,25 30/04/15 5,88 26/10/15 5,62 14/04/16 5,56 30/09/16 6,73 20/04/17 6,64 08/11/17

PR 0059 09/06/14 5,19 14/11/14 5,88 12/05/15 6,28 19/11/15 5,92 17/05/16 5,72 07/11/16 5,90 03/05/17 6,61 20/11/17

PR 0066 16/10/14 5,23 24/03/15 5,75 15/09/15 6,21 22/03/16 5,16 26/08/16 6,34 07/03/17 6,30 12/09/17

PR 0064 16/10/14 5,23 24/03/15 5,75 15/09/15 6,21 22/03/16 5,16 26/08/16 6,34 07/03/17 6,30 12/09/17

PR 0019 16/10/14 5,23 24/03/15 5,75 15/09/15 6,21 22/03/16 5,10 24/08/16 7,86 20/04/17 6,47 31/10/17

PR 0300 25/06/15 4,57 11/11/15 6,21 18/05/16 5,98 16/11/16 5,92 15/05/17

PR 0301 25/06/15 4,57 11/11/15 6,21 18/05/16 5,98 16/11/16 6,87 13/06/17 5,75 05/12/17

PR 0029 25/06/15 4,60 12/11/15 5,95 11/05/16 5,95 08/11/16 6,21 16/05/17 6,25 22/11/17

PR 0034 25/06/15 5,03 25/11/15 5,52 11/05/16 5,95 08/11/16 6,18 15/05/17 6,28 22/11/17

PR 0109 15/07/15 4,60 02/12/15 5,72 24/05/16 5,52 08/11/16 6,21 16/05/17 7,00 15/12/17

PR0302 10/08/15 6,97 09/03/16 3,91 06/07/16 6,41 17/01/17 6,18 24/07/17

PR0304 14/07/16 4,31 22/11/16 6,67 13/06/17 5,29 21/11/17

PR0305 16/01/17 6,48 01/08/17 3,68 21/11/17

PR0306 28/07/17 4,27 05/12/17

Nota Variação Legenda

Nota 10 6 m ± 1 sem. 5,77 6 6,24 Nota 10 Nota 7

Nota 7 6 m ± 2 sem. 5,53 6 6,47

Nota 4 6 m ± 3 sem. 5,29 6 6,71 Nota 4 Nota 2

Nota 2 6 m ± 4 sem. 5,06 6 6,94

Total C.P. = Código da Propriedade; Sem. = Semana

Analise das vistorias ( Intervalo em meses)

60,0107 6 meses (m) ± 1 semana (sem.)

31 28,97 0,58

26

17

Data ContratoC.P.

Quantidade notasIntervalos da variação

33

Percentual Eficácia

30,84

24,30

15,89

3,08

1,70

0,64

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121

Apêndice N

Dados mensais dos níveis/cm e vazão/m³. s-1 dos Rios Canoas e Camboriú da BHRC-SC de 2012 a 2014.

Mês

Epagri - 2012 Epagri - 2013 Epagri - 2014

Cap. EMASA Rio Canoas Cap. EMASA Rio Canoas Cap. MASA Rio Canoas

Nível Vazão Nível Vazão Nível Vazão Nível Vazão Nível Vazão Nível Vazão

janeiro 97,65 2,58 70,79 0,68

fevereiro 88,80 1,89 68,83 0,56

março 108,88 3,52 73,34 0,83

abril 198,88 12,72 72,37 0,77

maio 173,65 9,89 91,24 2,23 71,99 0,75

junho 172,43 9,76 91,24 2,23 85,87 1,68

julho 177,20 10,28 94,28 2,65 82,47 1,44

agosto 97,29 2,55 185,15 11,16 91,50 2,26 77,52 1,10

setembro 94,98 2,37 160,54 8,49 98,75 3,26 88,63 1,88

outubro 92,80 2,20 69,20 0,58 89,77 2,02 86,59 1,73

novembro 105,57 3,23 69,60 0,61 78,55 0,48 80,44 1,29

dezembro 89,84 1,97 70,83 0,68 90,23 2,09 85,62 1,66

Média 96,10 2,46 131,07 6,01 90,70 2,15 78,70 1,20

Legenda: Nível do rio em cm e vazão em m³/s

Fonte: Epagri 2017

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122

Apêndice N

Continuação ...

Dados mensais dos níveis/cm e vazão/m³. s-1 dos Rios Canoas e Camboriú da BHRC-SC de 2015 a 2016.

Mês

Epagri - 2015 Epagri - 2016 Epagri - 2017

Cap. EMASA Rio Canoas Cap. EMASA Rio Canoas Cap. EMASA Rio Canoas

Nível Vazão Nível Vazão Nível Vazão Nível Vazão Nível Vazão Nível Vazão

janeiro 90,23 2,09 85,41 1,64 122,75 6,57 132,69 5,69 105,33 4,17 126,66 5,11

fevereiro 99,07 3,31 99,31 2,71 121,24 6,37 133,39 5,75 105,33 4,17 - -

março 122,95 6,60 86,95 1,76 121,89 6,46 142,56 6,65 103,24 3,88 135,11 5,92

abril 92,68 2,43 87,39 1,79 121,89 6,46 134,27 5,84 111,31 5,00 138,13 6,21

maio 113,66 5,32 97,41 2,56 121,89 6,46 129,85 5,42 121,38 6,39 148,56 7,25

junho 100,95 3,57 90,52 2,02 101,03 3,58 127,19 5,16 122,45 6,53 152,64 7,67

julho 103,06 3,86 86,44 1,72 99,24 3,33 124,99 4,96 98,64 3,25 - -

agosto 92,24 2,37 79,47 1,23 99,24 3,33 128,21 5,26 102,27 3,75 70,47 0,66

setembro 110,79 4,92 79,47 1,23 97,94 3,15 125,54 5,01 93,11 2,49 64,11 0,31

outubro 128,71 7,40 124,82 4,94 104,92 4,11 129,75 5,41 112,47 5,16 78,08 1,14

novembro 126,07 7,03 116,59 4,19 96,11 2,90 116,90 4,22 - - - -

dezembro 131,33 7,76 123,82 4,85 111,51 5,02 132,26 5,64 - - - -

Média 109,31 4,72 96,47 2,55 109,97 4,81 129,80 5,42 107,55 4,48 114,22 4,28

Legenda: Nível do rio em cm e vazão em m³/s

Fonte: Epagri 2017

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123

Apêndice O

Dados pluviométricos mensais/mm dos Rios Canoas e Camboriú da BHRC-SC de 2012 a 2017.

Mês

Epagri

2012

Epagri

2013

Epagri

2014

Epagri

2015

Epagri

2016

Epagri

2017

Rio

Canoas

Rio

Canoas

Cap.

EMASA

Rio

Canoas

Cap.

EMASA

Rio

Canoas

Cap.

EMASA

Rio

Canoas

Cap.

EMASA

Rio

Canoas

janeiro 131,00 207,80 172.4 156,00 134,20 162,80 - 154,60

fevereiro 143,80 110,10 291,20 217,20 286 6 286,60 - 83,20

março 451,80 183,40 161,60 150,60 296,40 296,40 216,60 120,00

abril 394,40 108,60 77,60 86,80 146,60 146,60 173,40 79,40

maio 74,60 73,20 101,20 189,60 101,60 101,60 248,80 152,40

junho 210,00 256,40 272,40 110,20 84,80 85,60 85,60 198,60 76,60

julho 192,00 17,20 56,40 141,40 66,40 73,80 73,80 24,20 18,00

agosto 110,40 60,60 87,20 61,20 60,40 181,40 181,40 89,20 66,60

setembro 51,40 213,40 164,80 182,40 238,80 250,00 127,80 127,80 85,60 32,40

outubro 119,80 140,00 57,40 30,80 267,60 281,20 133,00 133,00 120,40 44,60

novembro 72,00 86,00 94,80 92,00 152,20 160,20 66,20 66,20 - -

dezembro 110,20 73,20 178,80 180,80 67,60 263,80 23,60 23,60 - -

Soma Anual 2220,60 830,00 1585,10 1670,60 1967,00 1370,20 1685,40 1156,80 827,80

Média

Mensal 88,35 185,05 118,57 132,09 151,87 163,92 124,56 140,45 144,60 82,78

Fonte: Epagri 2017

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124

8. ANEXOS

Anexo 1

Área/ha plantada de arroz em Camboriú-SC, para período de 2004 a 2016. Fonte IBGE 2018.

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125

Anexo 2

Imagem da expansão do Bairro Conde de Vila Verde em Camboriú entre 2004 e 2017. Fonte:

Google Earth 2018.

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126

Anexo 3

Minuta do Contrato entre Emasa e produtor rural da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú-SC.

TERMO DE CONTRATO QUE ENTRE SI CELEBRAM A EMASA E XXXXXXXXXXXX

AO PROJETO PRODUTOR DE ÁGUA DO RIO CAMBORIÚ.

Aos XXXX dias do mês de XXXX do ano 2016, XXXX, brasileiro, casado, aposentado, inscrito

no CPF nº XXXXX, residente na XXX, s/n, Bairro XXX, Camboriú - SC, doravante

denominado simplesmente PRODUTOR DE ÁGUA, legítimo proprietário das terras rurais

descritas neste termo, que abrigam as margens de nascentes e cursos de águas e/ou outras áreas

em relação as quais a recuperação e manutenção de vegetação nativa se revelam fundamentais

para a melhoria quantitativa e qualitativa das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú,

comparece perante a EMPRESA MUNICIPAL DE ÁGUA E SANEAMENTO DE

BALNEÁRIO CAMBORIÚ – EMASA, entidade autárquica do Município de Balneário

Camboriú criada pela Lei nº 2.498, de 31 de outubro de 2005, doravante denominada

simplesmente CONCEDENTE, para formalizar, mediante a assinatura deste instrumento, sua

ADESÃO ao PROJETO PRODUTOR DE ÁGUA, criado pela Lei nº 3.026, de 26 de novembro

de 2009, tendo em vista a sua habilitação e convocação em conformidade com as determinações

do Edital de Chamamento Público nº 01/2016, mediante as seguintes cláusulas e condições:

DA REGÊNCIA CLÁUSULA PRIMEIRA

O presente instrumento trata-se de um termo de adesão ao Projeto Produtor de Água e rege-se

pelas regras contidas no Edital de Chamamento Público nº 01/2016, na Lei Municipal nº

3.026/2009, no Decreto Municipal nº 6121 de 16 de maio de 2011. E nas demais normas

atinentes à espécie.

DO OBJETO CLÁUSULA SEGUNDA

O presente termo tem por objeto a adesão pelo PRODUTOR DE ÁGUA ao Projeto criado pela

Lei Municipal nº 3.026/2009 e regulamentado pelo Decreto Municipal nº 6121 de 16 de Maio

de 2011, em virtude da qual compromete-se com a CONCEDENTE, mediante recebimento de

apoio financeiro, a observar as disposições estabelecidas neste instrumento e no Projeto

Individual de Propriedade – PIP anexo, voltadas ao restabelecimento, recuperação, melhoria,

proteção e manutenção dos ecossistemas em Áreas de Preservação Permanente - APP’s que

gerem Serviços relacionados à qualidade e quantidade das águas da Bacia Hidrográfica do Rio

Camboriú.

Parágrafo Primeiro

O presente termo está inserido no contexto do Projeto Produtor de Água, caracterizado por um

Sistema de Incentivos Financeiros que visa, mediante a aplicação do princípio provedor-

recebedor, estimular por meio de compensação financeira os agentes que, comprovadamente,

contribuírem para a recuperação, proteção e manutenção de serviços ecossistêmicos afetos ao

manancial de abastecimento Público da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú, provendo

benefícios para a bacia e respectiva população.

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127

Parágrafo Segundo

A CONCEDENTE prestará apoio financeiro ao proprietário habilitado aderente ao Projeto

Produtor de Água como contrapartida à implementação e manutenção das ações definidas neste

instrumento e especialmente no respectivo Projeto Individual de Propriedade (PIP), Anexo I e

parte integrante do presente.

DAS OBRIGAÇÕES DO PRODUTOR DE ÁGUA E DA MANUTENÇÃO DAS

CONDIÇÕES DE HABILITAÇÃO CLÁUSULA TERCEIRA

Pelo presente instrumento o PRODUTOR DE ÁGUA reconhece e declara expressamente que

reúne e manterá as condições de habilitação previstas no Edital de Chamamento Público nº

01/2016 durante todo o prazo de vigência deste termo de adesão, bem como que protegerá e

conservará a área objeto do benefício e observará as ações propostas para preservação e

recuperação de XXXXX hectares de Áreas de Floresta Atlântica no imóvel de sua propriedade,

Matriculas XXXXXX, do 1º Ofício de Registro de Imóveis de Balneário Camboriú,

coordenadas 725.573; 7.002.855 (UTM 22S, SIRGAS 2000), nos termos e prazos estabelecidos

no PIP.

Parágrafo único.

A área a ser recuperada e mantida, bem como as técnicas a serem utilizadas e a tipologia da

vegetação, estão definidas no Projeto Individual de Propriedade (PIP) – Anexo I – e

devidamente indicadas no respectivo mapa, sendo desnecessário o isolamento por cercas de

arame.

CLÁUSULA QUARTA

Além das obrigações da CLÁUSULA TERCEIRA, o PRODUTOR DE ÁGUA compromete-

se também a:

a)Permitir a EMASA, ou a terceiros expressamente designados pelo Grupo Gestor do Projeto

Produtor de Água do Rio Camboriú, a execução de atividades previstas no PIP (Anexo I) que

sejam de atribuição desta.

b)permitir o acesso ao imóvel supra descrito, a qualquer tempo, das equipes da EMASA ou da

equipe de vistoria nomeada pelo Grupo Gestor, visando verificar o cumprimento das

obrigações, bem como o desenvolvimento e situação das áreas afetas ao projeto;

c)auxiliar na proteção das áreas afetas ao projeto, bem como, na proteção das ações nestas

efetivadas, atuando como agente de monitoramento de riscos e atividades que possam

comprometer os resultados objetivados, tais como fogo, animais exóticos, espécies invasoras,

terceiros, etc.;

d)informar prontamente a EMASA, diretamente ou por meio do Grupo Gestor ou equipe de

vistoria, da existência de qualquer situação que se enquadre no item supra;

e)acompanhar a execução e informar diretamente a EMASA sobre atrasos ou irregularidades

inerentes às atividades previstas no PIP – Anexo I – que estejam sob a responsabilidade da

EMASA e sendo desenvolvida por terceiros por esta formalmente designados;

f)ter conhecimento das leis e normas que regulam a política florestal, de proteção à

biodiversidade e dos recursos hídricos e assumir o compromisso de acatá-las fielmente.

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128

CLÁUSULA QUINTA

O PRODUTOR DE ÁGUA declara neste ato que é legítimo proprietário e possuidor do imóvel

descrito na CLÁUSULA TERCEIRA, declarando ainda que o mesmo se encontra livre de todo

e qualquer gravame que possa afetar os compromissos nestas assumidos, bem como que se

encontra em dia com o pagamento de impostos, taxas e contribuições federais, estaduais e

municipais existentes.

Parágrafo Primeiro

O PRODUTOR DE ÁGUA declara que não existe qualquer espécie de demanda possessória

ou conflito em relação ao imóvel supra descrito, que possa afetar ou comprometer os

compromissos assumidos no presente termo.

Parágrafo Segundo

O PRODUTOR DE ÁGUA declara que possui todos os poderes necessários para firmar o

presente instrumento, bem como que inexistem terceiros não signatários que possam ter

qualquer direito em relação ao presente, assumindo integral responsabilidade civil e penal desta

decorrente.

Parágrafo Terceiro

O PRODUTOR DE ÁGUA se compromete a manter, durante toda a execução do termo de

adesão, todas as condições que permitiram a sua qualificação como beneficiário do Projeto.

DAS OBRIGAÇÕES DA CONCEDENTE CLÁUSULA SEXTA

Constituem obrigações da CONCEDENTE, a serem executadas diretamente ou por meio de

terceiros expressamente autorizados para tais fins:

a)proceder o pagamento dos valores estabelecidos no presente instrumento, desde que

observadas pelo PRODUTOR DE ÁGUA as condições descritas nas CLÁUSULAS

TERCEIRA e QUARTA;

b)monitorar a execução das ações previstas no PIP – Anexo I;

c)emitir pareceres de cumprimento das ações previstas no PIP, mediante vistorias realizadas

pela equipe de vistoria designada pelo Grupo Gestor;

d)executar ou delegar expressamente, e por escrito, a execução das tarefas de sua

responsabilidade definidas no PIP.

DO VALOR E DA FORMA DE PAGAMENTO CLÁUSULA SÉTIMA

Pela adesão ao Projeto, manutenção e observância das condições estabelecidas nas

CLÁUSULAS TERCEIRA e QUARTA, bem como no PIP, que visam permitir a recuperação

e manutenção de serviços ecossistêmicos, o PRODUTOR DE ÁGUA, receberá a título de

incentivo financeiro pelas áreas de conservação o valor de R$ XXXX (XXXX), que

correspondem a XXXX UFM (ano base de 2016), e ainda, receberá a título de incentivo

financeiro pelas áreas de restauração o valor de R$ XXXXX (XXXXX), que correspondem a

XXXX UFM (ano base de 2016), referentes à tabela de classificação do apoio financeiro

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129

encontrada no Anexo III do Edital de Chamamento Público nº 01/2016, desembolsados pela

CONCEDENTE conforme cronograma existente no PIP – Anexo I.

Parágrafo Primeiro

Os pagamentos serão efetuados em até 10 dias (úteis), nos termos do cronograma de

desembolso constante do Projeto Individual de Propriedade – PIP (Anexo I), condicionado a

aprovação pelo Grupo Gestor e pela EMASA do relatório de vistoria da equipe de vistoria;

Parágrafo Segundo

Os pagamentos ficam vinculados ao cumprimento dos indicadores correspondentes às etapas

estabelecidas no Projeto Individual de Propriedade – PIP (Anexo I), de acordo com o

cronograma, podendo ser suspenso ou reduzido caso o relatório de vistoria aponte

inobservância total ou parcial às condições propostas de preservação e recuperação.

Parágrafo Terceiro

Os pagamentos ao Produtor de Água, no que se refere ao incentivo decorrente deste termo,

ficarão condicionados à comprovação, mediante certidões negativas, da regularidade para com

os tributos federais, estaduais e municipais, bem como com o INSS e FGTS, se for o caso, em

obediência ao § 3º do art. 195 da CF, nos termos da Decisão TCU nº 705/94 – Plenário, item 1

alínea “d”.

Parágrafo Quarto

No valor mencionado na presente cláusula estão incluídas todas as despesas do PRODUTOR

DE ÁGUA, assim como com os encargos fiscais, sociais, comerciais, trabalhistas e

previdenciários e quaisquer outras despesas necessárias à manutenção das condições

decorrentes do presente instrumento.

Parágrafo Quinto

Caso seja necessária qualquer retenção tributária está será procedida pela CONCEDENTE,

sendo devidamente discriminada no ato do pagamento.

CLÁUSULA OITAVA

O pagamento será efetuado por transferência eletrônica, sempre vinculado a aprovação do

respectivo relatório de vistoria pelo Grupo Gestor e pela EMASA.

CLÁUSULA NONA

As despesas decorrentes do presente instrumento correrão à conta da seguinte dotação

orçamentária prevista na Lei Orçamentária: funcional programática 35.01.18.543.1542, Projeto

1.58 – Recuperação de Áreas Ambientais.

DA FISCALIZAÇÃO CLÁUSULA DÉCIMA

A fiscalização e gestão diretas do presente termo ficarão a cargo da CONCEDENTE.

Parágrafo Primeiro

Fica estabelecido que a fiscalização, verificação e certificação das ações e condições previstas

neste termo de adesão serão procedidas pela Equipe de Vistoria do Projeto, a ser designada pelo

Grupo Gestor e submetida à aprovação da CONCEDENTE.

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130

Parágrafo Segundo

A equipe de vistoria deverá proceder vistoria semestral e elaborar relatório fundamentado

atestando o cumprimento ou descumprimento das ações e condições definidas, bem como

apresentando observações que entender relevantes para a satisfação deste termo e dos objetivos

do Projeto.

Parágrafo Terceiro

Com base nos relatórios de vistoria o Grupo Gestor avaliará o atendimento às cláusulas deste

instrumento e emitirá parecer para a CONCEDENTE opinando pelo pagamento ou não, bem

como indicando eventuais providências necessárias em cada caso. Fica o pagamento da parcela

condicionada ao parecer favorável.

Parágrafo Quarto

Com base no parecer do Grupo Gestor a EMASA aprovará e autorizará, ou não, o pagamento

da parcela correspondente.

DAS PENALIDADES PELO INADIMPLEMENTO CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA

O não atendimento às cláusulas estabelecidas neste termo implica na imediata suspensão do

pagamento da parcela, devendo o PRODUTOR DE ÁGUA ser notificado a prestar justificativa

em um prazo máximo de 60 (sessenta) dias, bem como promover o saneamento necessário.

Parágrafo Primeiro

O não atendimento ao disposto no caput implica no cancelamento do direito ao recebimento da

parcela.

Parágrafo Segundo

A emissão de 2 (dois) pareceres consecutivos atestando o descumprimento das cláusulas do

termo de adesão caracterizará o inadimplemento e acarretará em automático cancelamento do

incentivo financeiro e na exclusão do proprietário do rol de contemplados pelo Projeto Produtor

de Água.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA

A ausência de manutenção das condições de habilitação previstas no Edital de Chamamento

Público nº 01/2016 e/ou a falta de proteção ou conservação da área objeto do benefício,

caracterizadas nos termos da CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA, acarretará o automático

cancelamento do presente termo de adesão e o PRODUTOR DE ÁGUA deve devolver as

parcelas recebidas, nos termos do artigo 3º parágrafo único da Lei 3.026/2009.

Parágrafo Primeiro

A cobrança será efetuada mediante ação judicial própria.

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA

A inobservância aos termos deste instrumento ou a preceitos legais pelo PRODUTOR DE

ÁGUA o sujeitará, além da devolução dos valores recebidos, ao pagamento das despesas

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131

realizadas pela CONCEDENTE em decorrência do presente termo, bem como da reparação dos

eventuais danos, perdas ou prejuízos que seu ato punível venha acarretar à mesma.

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA

O ressarcimento das despesas e reparação de danos, definidos após regular processo

administrativo, garantido o contraditório e a ampla defesa, poderá ser descontado dos

pagamentos eventualmente devidos pela CONCEDENTE ou, quando for o caso, cobrada

judicialmente.

DO PRAZO

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA

O presente termo de adesão terá vigência de 02 (dois) anos, contados da data de sua assinatura,

renováveis nos termos da legislação vigente, sujeito a validação anual onde será considerada a

satisfação dos termos deste instrumento e do Projeto, bem como o orçamento deste último.

Parágrafo único

Este termo de adesão poderá ser alterado a qualquer tempo, mediante instrumento formal

subscrito pelo PRODUTOR DE ÁGUA, expressamente aceito pela CONCEDENTE,

resguardadas as suas condições essenciais e limites legais.

CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA

A CONCEDENTE, em razão da supremacia dos interesses públicos sobre os interesses

particulares poderá:

a)alterar o cronograma de pagamentos nos limites da lei para melhor adequação às finalidades

de interesse público, respeitando os direitos do PRODUTOR DE ÁGUA;

b)cancelar este termo, nos casos de infração ou inaptidão do PRODUTOR DE ÁGUA;

c)fiscalizar a execução do Projeto; e

d)aplicar sanções motivadas pela inobservância total ou parcial deste termo.

e)cancelar o presente termo e respectivo incentivo em caso de suspensão ou termino do Projeto

Produtor de Água.

CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA

Este instrumento poderá ser cancelado, de pleno direito, independentemente de notificação ou

interpelação judicial ou extrajudicial, quando determinado por ato unilateral da Administração

ou por consenso entre as partes.

DA PUBLICAÇÃO

CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA

A publicação resumida desse Termo na Imprensa Oficial deverá ser providenciada pela

EMASA.

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132

DAS COMUNICAÇÕES CLÁUSULA DÉCIMA NONA

As comunicações com origem neste termo deverão ser formais e expressas, sendo válidas

mediante o envio com registro de recebimento, por fax ou e-mail, transmitido pelas partes.

DO FORO

CLÁUSULA VIGÉSIMA

Para dirimir quaisquer conflitos, controvérsias de interpretação e de cumprimento, decorrentes

do presente instrumento, as partes elegem o foro da Comarca de Balneário Camboriú,

renunciando a qualquer outro, independentemente do motivo.

E, por ser a expressão da verdade, o PRODUTOR DE ÁGUA firma o presente instrumento em

três vias de igual forma e teor, submetendo-o à aceitação da CONCEDENTE.

Balneário Camboriú, XX de XX de 2016.

XXXXXXXXXX

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Anexo 4

Projeto Individual de Propriedade do projeto Produtor de Agua da BHRC-SC.

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Anexo 5

Ata da Reunião do GG dia 25 de julho de 2017 da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú-SC.

Ata de Assembleia Ordinária do Grupo

Gestor – Produtor de Águas do Rio Camboriú Doc. Nº

Página

1 de 3

Objetivo: - Aprovação do Plano de Trabalho para

os próximos 5 anos;

- Aprovação do PIP de Anderson Panaino

- Assuntos e informes gerais.

Data:

25/05/2017

Início 14:15 h

Término

17:00 h

Local: Sala dos Conselhos - IFC Camboriú.

GR

UP

O G

ES

TO

R/

PR

ES

EN

TE

S

Nome Órgão/Função

Andre Targa Cavassani TNC

Arielle Castelem Gall Águas de Camboriú

Jaqueline I. de Souza SDS

Joeci R. Godoi IFC

Janete Paulo SEMAM

Larissa Martins ARESC

Leonardo Petrocelli Garcez EMASA

Liara Rotta Padilha FUCAM

Patrícia Zimmermann SEMAM

Paulo Henrique Santos Comitê Camboriú

Paulo Ricardo Schwingel Comitê Camboriú

Rafaela Comparim Santos EMASA

Silvio Matias Sindicato dos Trabalhadores Rurais

Vera Maria C. Nascimento Agência Nacional de Águas

Assunto

Às quatorze horas e quinze minutos do dia vinte e cinco do mês de maio de 2017, na sala dos

conselhos do IFC de Camboriú, inicia a Assembleia Ordinária do Grupo Gestor do Projeto

Produtor de Água do Rio Camboriú. Rafaela abre a reunião com a leitura da Ata da Assembleia

Geral deste Grupo Gestor, realizada em fevereiro de 2017. A ata foi aprovada pelos presentes.

Paulo Schwingel e Patrícia, logo após a leitura da última ata, solicitam que as atas sejam

enviadas previamente aos participantes da reunião por e-mail. Todos se apresentam e André

recomenda iniciar pelo plano de ações, para ter o respaldo de todos os integrantes, aproveitando

o maior número possível de representantes. André apresenta o plano de ação, mostrando alguns

outros modelos de planos de ações da ANA. Vera afirma que os modelos usados como exemplo

têm todos os itens que a promotoria solicita no plano de ações. Rafaela explica o modo de

divisão do plano, começando pela primeira etapa, que é articular o acordo de cooperação técnica

(ACT) e atualizar a estrutura de governança do projeto, com isso, pretende-se redefinir e

adequar a secretaria executiva, revisar o regimento interno, definir grupos técnicos de trabalho

para atuar em áreas específicas do projeto. André afirma que para serem realizadas essas

sugestões, devem ser nomeadas entidades responsáveis por cada atividade. Jaqueline afirma

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135

que a SDS poderia ser inclusa na atividade de revisar o arcabouço legal de criação do projeto.

André fala sobre a atividade de organizar os proprietários participantes do projeto, para

organizá-los em uma associação, para assim, poderem participar ativamente das decisões do

projeto. Sobre a primeira etapa, André pergunta se todos estão de acordo com os responsáveis

por cada atividade, e todos ficam a favor. André fala que não se deve inserir uma atividade

incerta, já que será cobrada toda atividade proposta no plano. Rafaela fala sobre a segunda

etapa, com as atividades de elaborar e executar um plano de comunicação e plano de

capacitação. Jaqueline pergunta sobre quem seriam os beneficiados com o plano de capacitação,

Arielle afirma que os beneficiados seriam os próprios técnicos trabalhando no projeto e até

mesmo os produtores. Rafaela avança para a terceira etapa, que tem como atividade elaborar

um novo edital de chamamento, mobilizar e engajar proprietários, colocando uma meta de 10

proprietários por ano, elaboração de PIP’s, elaboração de contratos de PSA, entre outras

atividades referentes. Patrícia pergunta se a FUCAM não está sendo capacitada para elaboração

dos PIP’s. Rafaela responde que a FUCAM está separando um local para melhor atendimento

dos proprietários, auxiliando na fase de mobilização. André complementa que poderá ser

necessária a contratação de terceiros para elaboração de atividades de mapeamento, e outras

atividades de campo, como, até mesmo, a elaboração de PIP’s. Paulo Schwingel pergunta sobre

o não cumprimento das metas do plano de ação, se há alguma consequência, caso aconteça.

Vera responde que não há consequências, porém servem para a evolução do projeto, e completa

que o não cumprimento é passível de justificativas. André fala que embora não tenha

consequências de um modo geral, o não cumprimento pode ser prejudicial internamente dentro

de algumas instituições e, por isso, deve se estabelecer metas com cautela. Paulo Schwingel

pergunta qual o número total de proprietários capazes de aderir ao projeto na bacia. André

responde que são em torno de 300 proprietários. André fala que seria possível a realização de

um PIP por mês, assim, validando a meta inicial de 10 proprietários por ano, sendo até

conservadora, segundo ele. Vera complementa que isso também serve para a determinação de

metas para áreas de conservação e recuperação. Silvio pergunta se os proprietários foram

convidados para participar da reunião, André responde que não, porém a reunião é aberta, e

essa era a ideia de criar uma associação para os proprietários. Larissa fala que a ARESC deveria

ser inserida também como responsável para revisar o arcabouço legal de criação do projeto e

para elaborar planos de comunicação e capacitação. Continuando com a terceira meta, Rafaela

fala sobre as atividades de implementação e manutenção das áreas de conservação e de

restauração, com uma meta de aderir 260ha de áreas conservadas e 20ha de áreas em processo

de restauração anualmente. Rafaela comenta também sobre a atividade de implantar ações para

conservação de água e solo, adequando 5km de estradas rurais e implantando 1ha de terraço

anualmente. André fala sobre a possível adoção de melhores técnicas agrícolas com objetivo de

ajudar na recuperação da água e solo, incluindo esse item na composição do PSA e concedendo

capacitação aos proprietários. André fala sobre a atividade de implantar sistemas de

esgotamento sanitário nas propriedades rurais, com uma tarefa de aderir anualmente 10

propriedades com sistema de esgotamento sanitário adequado. André fala sobre a atividade de

incentivar a implantação de RPPN, com a meta de implantar uma RPPN por ano. A última

atividade da etapa é vistoriar as propriedades e as atividades contempladas no PIP, que

necessitará de nova estratégia devido à meta de adesão de 10 propriedades anualmente. André

fala sobre as entidades responsáveis por cada atividade, perguntando se todos estão de acordo.

Jaqueline comenta que, por mais que nem todos os órgãos estejam citados como responsáveis,

todos poderiam participar da atividade de alguma forma. Patrícia fala que gostaria de participar

da elaboração dos PIP’s. Arielle afirma que poderia dar apoio a algumas atividades da terceira

etapa, como implantação das áreas de conservação e recuperação e implantação de estradas.

Patrícia afirma que a SEMAM poderia auxiliar na implantação de RPPN’s nas propriedades.

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136

Avançando para a quarta etapa, André explica que essa etapa teria como atividades monitorar

variáveis ecológicas, hidrológicas, socioeconômicas e ambientais. Sobre as variáveis

ecológicas, André fala que a fauna e flora seriam os principais componentes, tendo como tarefa

a elaboração e execução de um plano de monitoramento. André afirma que nas variáveis

socioeconômicas, não deverá ser monitorado somente as propriedades, mas sim toda a bacia.

Como última atividade dessa etapa, seria feita a elaboração de 1 relatório de avaliação anual

dos resultados das ações executadas no projeto. André e Rafaela afirmam que este último item

seria um instrumento de avaliação interno, sendo as entidades responsabilizadas pelos planos

de monitoramento, responsáveis por essa atividade também, porém, deverá ser divulgado a

todos os integrantes do GGP. André apresenta o cronograma de execução de todas as atividades

durante um período de 5 anos, que é o tempo do plano de ação. Rafaela comenta que enviará o

plano de ação para todos os membros do GGP para que analisem e, se estiverem de acordo,

confirmarem a aprovação do plano até dia 31/05. Encerrando o assunto do plano de ação,

Rafaela insere na reunião, a aprovação da propriedade de Anderson Panaino, tendo essa

propriedade uma maior área de pastagem, e pequenas áreas florestadas. A propriedade tem uma

área total de 5,2ha, e 0,6103ha foi destinado a área de PSA como conservação, sendo 0,0209ha

para conservação de matas ciliares. O valor pago será de R$87,23 por ano. André e Jaqueline

afirmam que grande parte dos proprietários não se importa realmente com o valor recebido pelo

projeto, e sim com o reconhecimento por estar cooperando com a conservação/recuperação da

área florestal de sua propriedade. O projeto de Anderson Panaino foi aprovado por todos. André

afirma que para a criação de grupos técnicos é importante a presença de todos os órgãos, que

seria pauta para a próxima reunião. Paulo Henrique apresenta um manual de vistorias, um

dos produtos de sua dissertação que tem como alvo o Projeto Produtor de Água do Rio

Camboriú. Esse manual apresentado propõe que a EMASA agende a vistoria, repassando

por e-mail ao GGP as informações necessárias para a vistoria, o que já é feito atualmente.

A equipe formada de, pelo menos, um representante de três instituições parceiras, com a

posse do PIP e check list. Esse check list representaria os aspectos que devem ser

analisados pela equipe, contendo itens a serem avaliados, com observações sobre. Paulo

Henrique explica que o Grupo Gestor, juntamente com a EMASA, realizará o

treinamento necessário de dois ou três representantes por instituição. André propõe a

ideia de que, na criação do PIP, se faça um check list próprio para cada propriedade. O

manual será enviado por e-mail aos membros do GGP para que todos possam fazer

contribuições. Foi proposta a data da próxima assembleia, dia vinte e sete de julho de 2017,

sendo aprovada por todos os presentes. Nada mais havendo a tratar, finaliza a reunião às 17:00

horas. Eu, Leonardo Petrocelli Garcez, lavrei está ata para que seja assinada pelos membros e

surtam os efeitos legais. Balneário Camboriú, 26 de maio de 2017.

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137

Anexo 6

Acordo de Cooperação Técnica n° 001/2012

CLÁUSULA QUARTA - DAS OBRIGAÇÕES DOS PARTÍCIPES

Parágrafo Primeiro. São atribuições comuns aos partícipes:

a) prestar apoio técnico e operacional à implementação do Projeto;

b) acompanhar a implantação do Projeto em suas fases críticas, de acordo com cronograma

previamente definido;

c) envidar esforço para a execução do Projeto dentro dos melhores padrões de qualidade;

d) garantir que a locação de recursos seja feita, em caráter prioritário, às ações visem a

minimizar perdas fomentar o uso sustentável dos recursos hídrico na bacia do rio Camboriú;

e) estabelecer conjuntamente os quantitativos e critérios a serem observados no rateio dos

investimentos financeiros entre os partícipes, de modo a garantir o estabelecimento do Projeto;

f) zelar pelo nome das demais partes, no âmbito das atividades decorrentes do Acordo de

Cooperação;

g) participar da concepção dos projetos de recomposição florestal, de conservação de solo e

Pagamento por serviços Ambientais de e outros que se fizerem necessários;

h) articular-se com órgão e entidades públicas e privadas;

i) disponibilizar pessoal técnico, na forma permitida pela legislação em vigor e conforme

disponibilidade, para compor as equipes técnicas necessárias à execução dos Planos de

Trabalho;

j) articular esforços para sensibilizar e mobilizar o envolvimento da comunidade nas atividades

do Projeto;

k) divulgar a iniciativa nos locais de abrangência do Projeto e para a população em geral;

l) colocar à disposição do Projeto dados, informações, veículos, equipamentos, instalações e

outros insumos, a serem definidos nos Planos de Trabalho, conforme disponibilidade e previsão

orçamentária;

m) indicar um representante e seu substituto para compor o Grupo Gestor, que irá proceder à

gestão do presente Acordo;

n) monitorar, avaliar e divulgar os resultados da implantação do Projeto;

o) participar da elaboração do Plano de Marketing e Comunicação; e

p) garantir que a divulgação do Projeto, em qualquer mídia, explicite a participação e

responsabilidade e cada partícipe.

Parágrafo segundo. São atribuições da EMASA:

a) prover, em sua área de atuação, os recursos das ações definido no plano de trabalho;

b) prover os recursos financeiros necessários para a execução dos trabalhos relativos à sua área

de atuação, conforme e planejado no cronograma físico-financeiro do Projeto;

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138

c) obter, quando couber, as licenças ambientais exigidas por lei para execução do Projeto;

d) disponibilizar informações relativas ao levantamento planialtiométrico da área do Projeto; e

e) elaborar e desenvolver material de divulgação e educação ambiental relacionado ao projeto.

Parágrafo terceiro. São atribuições do MUNICÍPIO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ:

a) obter, quando couber, as licenças ambientais exigidas por lei para execução do Projeto;

b) fornecer muda florestais de espécies nativas, necessárias para atender às demandas dos

projetos de recomposição florestal, segundo critérios pré-estabelecidos no Plano de Trabalho

ou pelo Grupo Gestor, desde que assegurados os recursos previstos;

c) elaborar e desenvolver material de divulgação e educação ambiental relacionado ao Projeto;

d) buscar recursos financeiros para implementação do Projeto, sem, contudo, garantir o

levantamento de tais recursos parcial ou totalmente.

Parágrafo quarto. São atribuições do MUNICÍPIO DE CAMBORIÚ:

a) obter, quando couber, as licenças ambientais exigidas por lei para execução do projeto;

b) possibilitar o acesso às áreas previstas para a implantação do projeto;

c) elaborar e desenvolver material de divulgação e educação ambiental relacionado ao projeto;

d) buscar recursos financeiros para implementação do projeto, sem, contudo, garantir o

levantamento de tais recursos parcial ou totalmente,

Parágrafo quinto. São atribuições do IDEIA:

a) promover a mobilização de instituições parceiras, prefeituras e produtores rurais atuantes na

área do projeto, proporcionando o engajamento de todos para o cumprimento efetivo dos

objetivos propostos;

b) auxiliar na elaboração da minuta de projeto técnico de recomposição florestal;

c) buscar recursos financeiros para implementação do projeto, sem, contudo, garantir o

levantamento de tais recursos parcial ou totalmente.

d) implementar ações de educação ambiental pertinentes ao Projeto Produtor de Água do Rio

Camboriú.

Parágrafo sexto. São atribuições da ANA:

a) prover apoio técnico na definição de práticas de conservação de água e solo e saneamento

das propriedades rurais envolvidas na área do projeto;

b) apoiar tecnicamente na elaboração do programa de pagamento por serviços ambientais, no

contexto do projeto, visando à sua viabilidade e sustentação financeira no longo prazo;

c) buscar recursos financeiros para o projeto, sem, contudo, garantir o levantamento de tais

recursos parcial o totalmente.

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139

Parágrafo sétimo. São atribuições da TNC:

a) elaborar os projetos individuais de recomposição e conservação florestal nas propriedades

rurais que aderirem ao Projeto;

b) executar as atividades relativas à recomposição florestal, conforme previsto no Projeto;

c) apoiar tecnicamente a elaboração de programa de pagamento por serviços ambientais no

contexto do projeto, visando à sua viabilidade e sustentação financeira no longo prazo;

d) apoiar a implementação do processo de monitoramento de resultados do Projeto, na área

hidrológica, relativos à qualidade e quantidade de água, e especialmente aos temas relativos à

biodiversidade terrestre e aquática;

e) apoiar a produção de material de divulgação e a definição de estratégias para captação de

recursos;

f) buscar recursos financeiros para o projeto, sem, contudo, garantir o levantamento de tais

recursos parcial o totalmente.

Parágrafo oitavo. São atribuições da EPAGRI/CIRAM:

a) apoiar tecnicamente a elaboração e implantação de projetos de pagamento por serviços

ambientais e de regularização ambiental das propriedades rurais, visando a conservação dos

solos e provisão e água na bacia do rio Camboriú;

b) realizar o monitoramento hidrometeorológico da bacia do rio Camboriú, em conjunto com

outros parceiros oferecendo apoio técnico na instalação, calibração e operação dos

equipamentos, definindo metodologias e protocolos de monitoramento, além de armazenar e

disponibilizar as informações oriundas das estações hidrometeorológicas no contexto do

projeto;

c) desenvolver ações de mapeamentos geográficos, tais como: uso do solo, cobertura vegetal

nativa, solos, delimitação de confrontantes, entre outros, para fins de regularização ambiental

das propriedades rurais participantes do programa;

d) apoiar o monitoramento das áreas "alvo" (recuperação, isolamento, proteção, entre outros)

para fins de verificação da efetividade nas ações do projeto;

e) apoiar o desenvolvimento de estudos técnicos para priorização de áreas no projeto e que

dêem suporte à tomada de decisão pelo Comitê Gestor do Projeto;

Parágrafo nono. São atribuições da BUNGE NATUREZA:

a) disponibilizar mudas de espécies arbóreas nativas da floresta ombrófila densa atlântica para

o plantio inicial e replantio de mudas mortas. As mudas fornecidas não terão custo e serão

fornecidas conforme disponibilidade de produção dos viveiros;

b) fica a critério do Programa de Recuperação Ambiental -PRA-BUGE NATUREZA a

realização de pesquisa científica e demonstração em atividades educacionais;

c) informar a EMASA e aso demais parceiros a ocorrência de eventos indesejáveis e que

coloquem em risco a integridade da área cedida, tanto dentro de seus limites quanto no

perímetro e proximidade da área, ficando a cargo da EMASA a responsabilidade por mitigar

tais eventos;

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140

Parágrafo décimo. São atribuições do IFC

a) disponibilizar espaço físico para sediar o Projeto Produtor de Águas;

b) disponibilizar mudas nativas da bacia hidrográfica do rio Camboriú para execução dos

projetos;

c) prover apoio técnico para definição e execução dos projetos;

d) desenvolver trabalhos de execução acadêmica; e

e) elaborar e desenvolver material de divulgação e educação ambiental relacionado ao Projeto.

Parágrafo décimo-primeiro. São atribuições do COMITÊ CAMBORIÚ

a) promover ação prática de inovação do projeto produtor de água, apoiando o desenvolvimento

a execução do programa na bacia hidrográfica do rio Camboriú;

b) permitir, possibilitar e incentivar a participação de todos os agentes envolvidos, de forma

integrada com os diversos atores sociais que atuam na região da bacia do Camboriú, no

programa produto de água;

c) contribuir na definição de critérios básicos para a implantação de projetos, para a

administração de recursos e para o pagamento dos serviços ambientais aos agricultores que

aderirem ao Projeto Produtor de Águas;

d) prestar apoio emitir parecer técnico, quando necessário, para a execução de ações como:

construção de terraços e de bacias de infiltração, readequação de estradas vicinais, recuperação

e proteção de nascentes, reflorestamento das áreas de proteção permanente e reserva legal,

saneamento ambiental, entre outros, buscando a sustentabilidade socioeconômica e ambiental

dos projetos implementados na bacia do Camboriú;

e) difundir o conceito e metodologia de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) adotado

pelo programa produtor de água, por meio da conscientização e do incentivo à implantação de

práticas e manejo conservacionistas e a preservação e recuperação de florestas nativas;

f) possibilitar a realização de treinamentos, reuniões e oficinas com os potenciais agentes

replicadores do projeto em relação aos seus critérios e procedimentos na bacia do Camboriú;

g) auxiliar na organização e acompanhar as reuniões de esclarecimentos dos procedimentos a

serem adotados para a implantação do programa produtor de água; e

h) auxiliar no processo de desenvolvimento do material de divulgação e educação ambiental

relacionado ao projeto.

Parágrafo décimo segundo: São atribuições da AGESAN:

a) acompanhar as atividades referentes ao Programa Produtor de Água;

b) fornecer o suporte da regulação e fiscalização do saneamento básico necessário às partes

envolvidas no acordo.

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Anexo 7

Modelo de relatório de Vistoria do projeto Produtor de Água da Bacia Hidrográfica do Rio

Camboriú-SC.

RELATÓRIO DE VISTORIA

Nº 54

12/09/2017

PROPRIEDADE VISTORIADA: PR 0063 – Argeu Bernardes

PR 0064 – José Duarte Cesário Pereira

13 de setembro de 2017

CAMBORIÚ – SC

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142

INTRODUÇÃO

O Projeto Produtor de Água do Rio Camboriú é uma iniciativa da EMASA e da Prefeitura

Municipal de Balneário Camboriú, em parceria com a organização ambiental The Nature

Conservancy (TNC), a Prefeitura Municipal de Camboriú, a Agência de Regulação de Serviços

Públicos de Santa Catarina (ARESC), o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú, o

Centro de Informações de Recursos Ambientais de Hidrometeorologia de Santa Catarina

(EPAGRI/CIRAM) e a Agência Nacional de Águas (ANA).

A EMASA, através de contratos firmados com os proprietários rurais que aderiram ao Projeto,

realiza pagamentos semestrais conforme cronograma de desembolso que consta nos Projetos

Individuais de Propriedades (PIPs). Para que os pagamentos sejam realizados é necessária uma

vistoria técnica da equipe de vistorias formada por membros titulares do Grupo Gestor do

Projeto que sejam parceiros da iniciativa. Essa vistoria tem o objetivo de certificar se as ações

de conservação e restauração previstas nos PIPs estão sendo executadas em conformidade com

os contratos de PSA.

Participantes da Vistoria nº 54 – Relatório emitido em 13/09/2017

- Ana Paula Quintana – FUCAM (Fundação do Meio Ambiente de Camboriú) –

Representando Liara Rotta Padilha

- Carin Dorow – SEMAM (Prefeitura de Balneário Camboriú) – representando Patrícia

Zimmermann

- Leonardo Petrocelli Garcez – EMASA

- Paulo Henrique Santos – Voluntário do Comitê Rio Camboriú representando Paulo Ricardo

Schwingel

- Rafaela Comparim Santos – EMASA

PROPRIEDADES VISTORIADAS

PR 0063 – Argeu Bernardes

O proprietário Argeu Bernardes aderiu ao Projeto dia 16 de setembro de 2014 através

do Termo nº 60/2014. Atualmente 1,85ha da sua propriedade estão inseridos no Projeto como

área de conservação, dos quais 0,59ha são conservação de mata ciliar.

No dia 12 de setembro de 2017, foi realizada a segunda vistoria após a renovação do

contrato. Após a apresentação dos participantes da vistoria, foi apresentado os PIPs das

propriedades do Sr. Argeu Bernardes e do Sr. José Duarte Cesário Pereira, como mostra a Foto

1.

Durante a vistoria, os participantes Paulo Henrique e Ana Paula testaram a utilização do

check list proposto pelo Comitê Camboriú na reunião do Grupo Gestor.

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Foto 1 – Vistoria a propriedades de Argeu Bernardes e José Duarte Cesário Pereira, realizada

dia 12 de setembro de 2017 – (©LeonardoPetrocelli/EMASA).

Em seguida, a área de conservação da propriedade foi visitada, como pode ser visto nas fotos

2 e 3.

Foto 2 – Vistoria a propriedades de Argeu Bernardes e José Duarte Cesário Pereira, realizada

dia 12 de setembro de 2017 – (©LeonardoPetrocelli/EMASA).

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144

Foto 3 – Vistoria a propriedades de Argeu Bernardes e José Duarte Cesário Pereira, realizada

dia 12 de setembro de 2017 – (©LeonardoPetrocelli/EMASA).

Não foram encontradas irregularidades na propriedade e o proprietário está apto a

receber o terceiro desembolso previsto no contrato.

PR 0064 – José Duarte Cesário Pereira

O proprietário José Duarte Cesário Pereira aderiu ao Projeto dia 16 de setembro de

2014 através do Termo 61/2014.

A propriedade do Sr. José Duarte é vizinha à propriedade do Sr. Argeu Bernardes e as

áreas contempladas também, sendo que não há cercas entre elas, já que eles são parentes. No

dia da vistoria, foi possível verificar que não havia irregularidades na área, sendo assim o

proprietário está apto a receber o segundo desembolso previsto no contrato.

PROPRIETÁRIO SITUAÇÃO

Argeu Bernardes Apto

José Duarte Cesário Pereira Apto

Balneário Camboriú, 13 de setembro de 2017.

__________________________

Liara Rotta Padilha

FUCAM

__________________________

Patrícia Zimmermann

SEMAM

_________________________

Paulo Ricardo Schwingel

Comitê Rio Camboriú

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145

Anexo 8

Ata da Reunião do GG dia 26 de outubro de 2017 da BHRC.

Assunto

Às quatorze horas e dez minutos do dia vinte e seis do mês de outubro de 2017, na Sala de

Reuniões da EMASA, inicia a Assembleia Ordinária do Grupo Gestor do Projeto Produtor de

Água do Rio Camboriú. Rafaela abre a reunião com a leitura da Ata da Assembleia Geral deste

Grupo Gestor, realizada em 19 de julho de 2017. A Ata foi aprovada pela assembleia. Iniciando

o tópico da análise de alterações do Regimento Interno, Arielle pergunta se Águas de Camboriú

não poderia auxiliar na contratação de serviços a serem executados, já que não depende de

licitação e o processo é menos burocrático. André responde que poderiam auxiliar em questões

emergenciais e nos serviços de adequação de estradas e conservação de solo, que não podem

ser custeados pela EMASA. Rafaela comenta que foram feitas algumas alterações no regimento

interno, que falam sobre as atribuições da secretaria executiva e também da eleição da

coordenação. Comenta que ainda tem que atribuir a função de cada cargo. Vera pergunta se um

mesmo órgão pode se reeleger no mesmo cargo. Larissa responde que pode somente se não

houver outro candidato. Vera comenta que deverá ser pensado outro critério de desempate, caso

ocorra. Discutindo o assunto, foi definido que o voto final, caso precise, será do coordenador.

Liara fala que a proposta de atribuição de cada cargo pode ser enviada por e-mail, e também

fala sobre o relatório de vistoria, que deveria ser feito pelas entidades participantes da mesma,

e não pela EMASA. Rafaela fala que é possível testar o novo modelo de relatório criado pelo

Ata de Assembleia Ordinária do Grupo Gestor

– Produtor de Águas do Rio Camboriú Doc. Nº

Página

1 de 2

Objetivo: - Análise de alterações do Regimento

Interno;

- Apresentação de modelo de relatório de vistoria;

- Acordo de Cooperação;

- Apresentação do Estudo de Retorno de Investimento;

- Assuntos e informes gerais.

Data:

26/10/2017

Início 14:10 h

Término

16:50 h

Local: Sala de Reunião da sede da EMASA – Bal. Camboriú.

GR

UP

O G

ES

TO

R/

PR

ES

EN

TE

S

Nome Órgão/Função

Ana Paula Rodrigues Quintana FUCAM

Andre Targa Cavassani TNC

Arielle Castellen Gall Águas de Camboriú

Gustavo Ferrer Monteiro Diogo SDS

Larissa Martins ARESC

Leonardo Petrocelli Garcez EMASA

Liara Rotta Padilha FUCAM

Manuela França Schell GEM Andrônico Pereira

Patrícia Zimmermann SEMAM

Paulo Henrique Santos Comitê Camboriú

Paulo Ricardo Schwingel Comitê Camboriú

Rafaela Comparim Santos EMASA

Priscila F. Curi ARESC

Vera Maria C. Nascimento Agência Nacional de Águas

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Sr. Paulo Henrique, voluntário do Comitê Camboriú. Paulo Henrique começa a apresentação

de seu novo modelo de relatório de vistoria. Schwingel comenta que o modelo atual está

pouco detalhado, sugerindo que aumente o nível de detalhes para evitar possíveis problemas, já

que o pagamento ao proprietário vem somente depois do relatório de vistoria assinado pelos

órgãos participantes. Paulo Henrique mostra o modelo atual de relatório utilizado. André

comenta que o relatório deve trazer a desconformidade da propriedade com relação ao PIP, mas

como não há muitos casos de desconformidade, o relatório acaba ficando simples. Seguindo

para a apresentação do novo modelo, Paulo Henrique sugere que, em cada relatório de

vistoria, deverão ser apresentados dados de todos os vistoriadores, e os participantes da

EMASA apenas acompanham a vistoria, já que são executores. Sobre o check list presente

em seu modelo, trata-se de questões a serem respondidas pelos vistoriadores e, após seu

preenchimento, deverão ser coletadas as assinaturas dos presentes na vistoria, incluindo

o proprietário ou alguém que o representa. Depois caberá a algum dos vistoriadores fazer

o parecer e concluir o relatório, coletando a assinatura dos responsáveis pelos órgãos

presentes na vistoria. Paulo Henrique comenta que é importante revezar as áreas

visitadas, para que, no decorrer do contrato, possa ser vistoriada a propriedade inteira. Larissa sugere que seja levado um GPS para poder colocar no mapa quais lugares da

propriedade foram visitadas. Liara comenta que para dar certo, todos os órgãos deverão levar

seu GPS, sendo mais fácil somente inserir no relatório quais glebas ou caminhos foram

visitadas. Rafaela sugere que nas próximas vistorias já seja levado o check list, para que seja

adaptado com o decorrer das vistorias. Encerrando esse tópico, André apresenta rapidamente

o Estudo de Retorno de Investimento, que teve como objetivo verificar os custos de implantação

do projeto e sua implicação nos custos de tratamento de água, através de previsão de cenários

futuros via modelagem. Concluindo que o projeto irá trazer retorno e que deve ser um

componente financeiro da tarifa de água, como investimento em infraestrutura verde. O estudo

ainda trouxe a informação de que o valor previsto estimado é de R$0,02 por m³ consumido de

água. Schwingel questiona se há estudos sobre o aumento da produção de água na bacia. André

responde que alguns artigos científicos concluíram que, com o aumento da floresta nativa, há

uma pequena diminuição da disponibilidade da água, porém há um maior equilíbrio de

fenômenos naturais, que seriam os períodos de cheia e de seca da bacia, proporcionando

regulação hídrica. Além disso, há um aumento na qualidade da água disponível na bacia, e

complementa dizendo que é justamente isso que o projeto preza. Encerrando a apresentação,

Rafaela informa os participantes sobre o evento de apresentação de uma das etapas do Plano de

Bacia, em parceria com o Projeto Produtor de Água, e convida àqueles que possam auxiliar na

mobilização. Rafaela apresenta a data da próxima reunião para o dia 30 de novembro de 2017.

Nada mais havendo a tratar, finaliza a reunião às dezesseis horas e cinquenta minutos. Eu,

Leonardo Petrocelli Garcez, lavrei está Ata para que seja assinada pelos membros e surtam os

efeitos legais. Balneário Camboriú, 30 de outubro de 2017.

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Anexo 9

Estradas rurais devidamente adequadas na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (5,2 Km). Fonte: FUCAM 2017.

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Anexo 10

Contrato para monitoramento dos parâmetros qualidade e quantidade de água na área de

atuação do projeto Produtor de Água da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú-SC.