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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO CAROLINA DE CASTRO SIMÕES ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ABERTURA DA FILIAL ELETROTUBOS EM FLORIANÓPOLIS/SC São José, 2009

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - GESTÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

CAROLINA DE CASTRO SIMÕES

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ABERTURA DA FILIAL

ELETROTUBOS EM FLORIANÓPOLIS/SC

São José, 2009

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CAROLINA DE CASTRO SIMÕES

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ABERTURA DA FILIAL

ELETROTUBOS EM FLORIANÓPOLIS/SC

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado como requisito

parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração

da Universidade do Vale do Itajaí.

Professor Orientador: Amarildo Felipe Kanitz.

São José, 2009

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CAROLINA DE CASTRO SIMÕES

ANÁLISE PRELIMINAR DE VIABILIDADE DE ABERTURA

DA FILIAL ELETROTUBOS EM FLORIANÓPOLIS/SC

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final

pela Coordenação do Curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí, 23 DE

Outubro de 2009.

Prof(a) MSc. Luciana Merlin Bervian

UNIVALI – Campus São José

Coordenador (a) do Curso

Banca Examinadora:

Profº. MSc. Amarildo Felipe Kanitz

UNIVALI – Campus São José

Amarildo Felipe Kanitz

Profª MSc Evelize Mara de Souza Martins

UNIVALI – Campus São José

Profº Esp Crisanto Soares Ribeiro

UNIVALI – Campus São José

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Dedico este trabalho a todos que contribuíram na

minha formação como pessoa e profissional e

principalmente a minha Mãe Vera Lucia, minha

Avó Canuta e minhas duas Irmãs Andréa e Sandra.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pelo benefício da vida e da

evolução diária, ao meu falecido avô Sabino por sempre buscar

ensinar o correto, a minha Mãe pela a oportunidade de ser sua

filha e juntamente com minhas duas irmãs me beneficiarem

com o real significado da palavra amor, a minha maravilhosa

avó pelo simples fato de sua convivência diária, ao meu pai,

irmãos, familiares, amigos que não contribuíram diretamente

porem torceram por mim, ao meu orientador Amarildo pela

paciência e bom humor, a todos os professores que tive o

prazer da aprendizagem sendo que dentre eles em especial a

professor Sidnei e Crisanto, um abraço especial a todos os

amigos de faculdade pelos muitos dias regados a muita risada,

deixo aqui meus sinceros agradecimentos.

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EPÍGRAFE

“Aprendi que um homem só tem o direito de olhar

outro homem de cima para baixo, para ajudá-lo a

levantar-se.”

Gabriel Garcia Marquez

“Qual meu eufemismo?

Desconcertante.

Isso não é eufemismo.

É sim.”

Closer

“Este seria meu momento Brilho Eterno.!

O meu também.”

Brilho eterno de uma mente sem lembranças

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RESUMO

A pesquisa do estudo teve como objetivo geral analisar a viabilidade de abertura de uma filial

da empresa Eletrotubos, situada em Santana do Livramento, porém tendo como segmento

chefe o setor de tintas e utensílios. Como objetivos específicos pretendeu-se descrever a

estrutura organizacional da empresa entrante, apresentar a região em potencial para a abertura

da filial, prospectar os fornecedores para atender a filial, descrever os concorrentes em

potencial da região estabelecida, apresentar a viabilidade de custos para a filial. O método

utilizado foi qualitativo com auxílio de dados primários e secundários, os dados coletados

sobre fornecedores, concorrentes e clientes potenciais foram captado através de uma pesquisa

exploratória do local e reforçado por fundamentos teóricos. A viabilidade do empreendimento

foi considerada satisfatória devida carência local de um empreendimento deste segmento,

também pelos demonstrativos preços atrativos que a empresa trará ao local e o investimento

inicial ser disponibilizado pelo proprietário da matriz. Deste modo, porém, o sucesso da

empresa dependerá do emprenho e ações futuras do empreendedor.

Palavras-chave: Empreendedor, Viabilidade, Investimento.

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ABSTRACT

The research had as goal, in general, analyze the viability of opening of a subsidiary

Eletrotubos, settle in Santana do Livramento by having as segment the section of paints and

cookware. The specific goals describe the organizational structure of the entering enterprise,

present the potential area for the subsidiary opening, prospect the suppliers to cater to the

subsidiary, describe the potential competitors of the established area, and present the viability

of the costs. The method applied was qualitative with aid of primary and secondary datas and

the collected datas on suppliers, competitors and potential customer were obtained through an

exploratory research oh the area.

The viability of the undertaking was considered satisfactory because of a lack , in this are, of

this kind of undertaking in this segment, also because of the attractive prices that the entering

enterprise will be able to provide to the locals customers and because of the initial

investment that can be available by the headquarter owner in 100%. So the success of the

enterprise will depend on the endeavor and future actions of the undertaker.

Keywords: Entrepreneur, Feasibility, Investment.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1: DEMONSTRATIVO DO MICROAMBIENTE 22

FIGURA 2: DEMONSTRATIVO DO MACROAMBIENTE 22

FIGURA 3: SOFTWARE E GUIA DE PLANO DE NEGÓCIOS 25

FIGURA 4: ESTÁGIOS DA REVOLUÇÃO DO MARKETING 26

FIGURA 5: RELAÇÃO ENTRE OS 4PS 27

FIGURA 6: CICLO DE VIDA DO PRODUTO 32

FIGURA 7: DECISÕES PARA PROJETAR UM CANAL DE DISTRIBUIÇÃO 33

FIGURA 8: DIMENSÕES DA QUALIDADE 36

FIGURA 9: QUALIDADE TOTAL PERCEBIDA 37

FIGURA 10: ORGANOGRAMA DA EMPRESA 46

FIGURA 11: HISTÓRICO DA EMPRESA ELETROTUBOS 47

FIGURA 12: FOTO POSSÍVEL LOCALIZAÇÃO PARA A EMPRESA 64

MAPA1: TRAJETÓRIA DE SANTANA DO LIVRAMENTO ATÉ FLORIANÓPOLIS 44

MAPA 2: ILHA DE FLORIANÓPOLIS 56

MAPA 3: SUL DA ILHA DE FLORIANÓPOLIS 57

QUADRO 1: COMPOSTO DE MARKETING 31

QUADRO 2: GRUPOS DE CONTAS 39

QUADRO 3: ELEMENTOS DA DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 39

QUADRO 4: FLUXO DE CAIXA 40

QUADRO 5: INVESTIMENTO INICIAL. 41

QUADRO 6: PERCENTUAIS DE FERRAGENS DA EMPRESA ELETROTUBOS 49

QUADRO7: PERCENTUAIS DE MATERIAIS ELÉTRICOS DA EMPRESA 49

QUADRO8:PERCENTUAIS DE MATERIAIS HIDRÁULICOS DA EMPRESA 50

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QUADRO 9: PERCENTUAIS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO DA EMPRESA

ELETROTUBOS

51

QUADRO 10: PERCENTUAIS DE TINTAS DA EMPRESA ELETROTUBOS 51

QUADRO 11: CONCORRENTES DA MATRIZ ELETROTUBOS 53

QUADRO 12: FORNECEDORES FONTE: ARQUIVOS DA EMPRESA 58

QUADRO 13:POSSÍVEIS FORNECEDORES 59

QUADRO 14: CONCORRENTES DIRETOS 60

QUADRO 15: CONCORRENTES INDIRETOS 61

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1: TAXAS EMPREENDEDORISMO 18

TABELA 2: ESTIMATIVA EMPREENDEDORISMO 18

TABELA 3: POPULAÇÃO DE FLORIANÓPOLIS 54

TABELA 4: ANÁLISE DE PREÇOS MATRIZ X CONCORRENTES

FLORIANÓPOLIS

63

TABELA 5: INVESTIMENTOS INICIAIS. 64

TABELA 6: VALORES DOS PRODUTOS 78

TABELA 7: VENDAS POR PRODUTOS E MESES DURANTE ANO 2008 80

TABELA 8: TOTAL DE COMPRAS E VENDAS MÊS A MÊS 81

TABELA 9: FLUXO DE CAIXA 83

TABELA 10: DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 84

TABELA 11: PAYBACK DESCONTADO 87

TABELA 12: SÍNTESE DE RESPOSTAS 88

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 14

1.1 PROBLEMAS DE PESQUISA 16

1.2 PERGUNTAS DE PESQUISA 16

1.3 OBJETIVOS 17

1.3.1 Objetivo Geral 17

1.3.2 Objetivos Específicos 17

1.4 JUSTIFICATIVA 17

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 19

2.1 EMPREENDEDORISMO 19

2.1.1 Empreendedor no ambiente de negócios 21

2.1.2 Análise Ambiental 22

2.1.3 Plano de Viabilidade de Negócios 25

2.2 MARKETING 27

2.2.1 Análise Mercadológica 30

2.2.2 Plano de marketing 32

2.2.3 Composto de marketing 33

2.2.4 Marketing de Serviços 36

2.3 ASPECTOS ECONÔMICOS FINANCEIRO 41

2.3.1 Balanço Patrimonial 42

2.3.2 Demonstração dos Resultados 43

2.3.3 Fluxo de caixa 44

2.3.4 Investimento Inicial 45

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2.3.5 Valor Presente Líquido 46

2.3.6 Taxa Interna de Retorno 47

2.3.7 PayBack 48

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS 50

3.1 Caracterização da Pesquisa 50

3.2 Contexto dos Participantes 51

3.3 Instrumento de coletas de dados 51

3.4 Análise dos Dados 52

4 RESULTADO DA PESQUISA 53

4.1 Caracterização da empresa 53

4.2 Descrição da estrutura organizacional da empresa 56

4.3 Apresentação e mapeamento da região em potencial para a abertura da filial 63

4.4 Prospecção de futuro fornecedor para atender filial 67

4.5 Levantamento dos concorrentes em potencial da região: 68

4.6 Apresentar a viabilidade de custo para a abertura da filial 73

4.6.1 Levantamento de Custos 78

4.6.2 Fluxo de caixa 84

4.6.3 Demonstração de resultados 85

4.6.4 Valor Presente Líquido 86

4.6.5 Taxa Interna de Retorno 87

4.6.6 Realização do payback 88

4.6.7 Análise dos dados 89

5 Conclusão 90

REFERÊNCIAS 92

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente analisando-se a conjuntara econômica mundial juntamente com as

mudanças que acontecem diariamente no caráter global e que atingem de uma forma ou de

outra a sociedade em suas residências ou nas organizações torna-se evidente o reflexo da

crise. Crise esta que acaba causando falta de empregos e uma mudança de pensamento onde o

número de empreendedores que desejam ter sua independência financeira através de suas

empresas tende a aumentar.

Para Ribeiro (2001, p.177) crescimento de mercado, em suas reflexões informa que

“... novos empreendimentos de micro e pequeno porte, com o conseqüente lançamento no

mercado de novos empresários, é o que tem ocorrido com mais freqüência em nosso País, na

ultima década.”

É neste contexto que a abertura de novas empresas vem crescendo juntamente com a

população de Florianópolis, novos projetos tendem a trazer novas possibilidades para as

pessoas quando se dirigem as compras gerando também novos empregos.

De acordo com SEBRAE (2008) o Brasil é um país de alta capacidade empreendedora

e que na média entre 2001 e 2008 o brasileiro é 75,58% mais empreendedor que os outros,

tendo como maioria micro e pequenas empresas (MPEs). A maior concentração é na área de

serviços e comércios em geral, cerca de 80% das MPEs trabalham nesses setores.

Essenciais para a economia brasileira, as micro e pequenas empresas têm sido cada

vez mais alvo de políticas específicas para facilitar sua sobrevivência, como, por exemplo, a

Lei Geral para Micro e Pequenas Empresas, que cria facilidades tributárias como o Super

Simples.

É neste ambiente que a Região Sul do Brasil onde enquadram-se Rio Grande do Sul e

Santa Catarina vem se destacando como uma das regiões que mais crescem no âmbito

empresarial,em 2006 os dados verificados pelo SEBRAE/RS levantaram a informação que

55% dos novos empreendimentos de MPEs estão abrigados na região Sul e Sudeste.

Principalmente em Santa Catarina mais precisamente em Florianópolis por ser a

capital e cidade turística o número de habitantes tem crescido bruscamente, e com isso há

necessidade de empreendimentos locais que sustentem a essas pessoas.

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Em Florianópolis, na localidade do bairro Campeche, onde será proposta pela

pesquisadora a análise de viabilidade da possível filial do comércio de tintas, os números

trazem um acentuado crescimento em vários setores. Segundo dados do IBGE (Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística), coletados junto a sede do instituto em Florianópolis,

entre 1980 e 2007, a população de Florianópolis mais que dobrou. O município, composto

pela Ilha de Santa Catarina (conhecida carinhosamente por Ilha da Magia) e por uma parte no

continente, viu seu número de habitantes saltar de 187.880 para cerca de 400 mil.

Também é relevante destacar que, no final de 2008 início de 2009, ocorreu o “Boom

da construção civil” que significa o aumento de recursos para esta área, que através do apoio

governamental, o mesmo vem aplicando várias reformas e uma disponibilização de mais

recursos financeiros e tributários para facilitar principalmente a população ao acesso a sua

moradia própria, tendo isto ligação direta com o ramo da possível filial.

Sendo assim, por parte dos gestores da ELETROTUBOS cuja matriz com sede no Rio

Grande do sul com 12 anos de experiência e crescimento contínuo, precisamente em Santana

do Livramento, onde em seu projeto inicial era um comércio de pequeno porte e com o passar

dos anos, a localização favorável e fluxo contínuo de compradores em potencial. Hoje ela já

possui seu nome vinculado as maiores lojas do ramo de material de construção da cidade.

A empresa situa-se em uma área central e de favorável localização, pois, conta com o

apoio de clientes da cidade como também da cidade vizinha que é Rivera/Uruguai. Essa divisa

entre Santa do Livramento e Rivera trata-se apenas de uma praça para demarcação. A matriz

tem como sede uma loja de aproximadamente 60m²,e mais um depósito para a venda de

material pesado.

A necessidade de expansão vem do decorrente crescimento da matriz, e da vontade do

pequeno empresário local ver o nome de sua empresa em um raio de abrangência maior.

É desta forma que através da necessidade estratégica da empresa, de buscar a

expansão de seus negócios, e com isso a idéia da abertura de uma filial na cidade onde reside

a então filha do empresário, torna-se cada vez mais real. Tendo em vista o crescimento

acentuado do bairro em questão, que é o Rio Tavares, na cidade de Florianópolis no estado de

Santa Catarina.

O intuito é trazer para o possível local da abertura da filial, vantagens visíveis para a

região e para os moradores, percebe-se uma carência de um atendimento no setor de tintas, e

que a possibilidade de uma loja especializada com uma mix de produtos e possibilidades de

melhores preços venha a agregar.

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1.1 PROBLEMAS DE PESQUISA

A problemática se inseri no sentido da possibilidade da empresa Eletrotubos, abrir sua

filial especificamente no ramo de tintas no Bairro Rio Tavares – Florianópolis, para atender o

potencial mercado. Este estudo preliminar de viabilidade se faz necessário devido à

compreensão da região em destaque, pois a mesma, conforme dados obtidos (IPUF) Instituto

de Planejamento urbano de Florianópolis, um número expressivo de habitantes e de grande

crescimento de habitações, e de certa forma, de impacto no ramo da construção civil e no

espaço urbano.

Expoem-se desta forma, o seguinte problema de pesquisa: È viável a abertura de uma

filial da loja Eletrotubos no bairro Campeche em Florianópolis?

1.2 PERGUNTAS DE PESQUISA

Diante da problemática acima, se faz necessário responder alguns questionamentos:

A matriz dará um bom suporte a filial?

Como a região esta sendo atendida no ramo de tintas?

Quais os fornecedores em potencial para dar suporte a filial?

Como são os concorrentes?

Quais os custos para abertura da filial?

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1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Analisar a viabilidade de implantação uma filial da loja Eletrotubos no bairro

Campeche, Florianópolis/SC.

1.3.2 Objetivos Específicos

Descrever a estrutura organizacional da empresa entrante;

Apresentar a região em potencial para a abertura da filial;

Prospectar os fornecedores para atender filial;

Descrever os concorrentes em potencial da região estabelecida;

Apresentar a viabilidade de custo para a abertura da filial;

1.4 JUSTIFICATIVA

A proposta do trabalho sustenta a idéia de mais comodidade aos moradores do local,

abrir uma filial de um comércio já bem posicionado no Rio Grande do Sul trará mais

segurança ao empreendedor e aos consumidores, como também ajudará no crescimento do

bairro e trará suporte as empresas locais.

Esta possível filial pretende abrir as portas já com fornecedores fortes, pois pode haver

uma utilização dos mesmos da matriz. Isto implica em uma maior gama de produtos, preços

variados, marcas novas e já estabelecidas, trazendo como principal proposta inicial que o

cliente não precise se deslocar ao centro de Florianópolis a procura de melhores preços e

marcas.

É muito importante que tanto o comércio local, como as residências, ou todo e

qualquer público que habite o bairro e proximidades tenha a facilidade de pintar sua casa ou

pintar seu estabelecimento com o auxílio de um comércio direcionado a ajudar e proporcionar

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um melhor bem estar a estas pessoas. A comodidade de adquirir o produto desejado sem

muitos transtornos torna-se uma vantagem a agregar.

Com isto a filial Eletrotubos vem com o intuito de apoiar e crescer junto o bairro,

construindo parcerias duradouras e ajudando no crescimento local. A idéia de crescimento

local surge também o suporte as empresas locais onde as mesmas não tendo o foco

direcionado a tintas podem vir a tornarem-se parceiras, uma apoiando a outra nas vendas e na

satisfação das necessidades dos clientes.

Tendo a pesquisadora como futura empreendedora do local, guiando e abraçando o

empreendimento como realização também de um sonho, cria-se um paralelo de possibilidades

positivas, para que a matriz Eletrotubos se expanda e também para que a pesquisadora

empregue os conhecimentos adquiridos no decorrer no curso.

Pretende-se também, com a criação, monitoração, e possível execução deste trabalho

levar o nome da Universidade do Vale do Itajaí para, como muitos outros, mais um

empreendimento de sucesso que terá como mentor um de seus acadêmicos. Cada trabalho e

aluno que passa pela Univali leva com ele a responsabilidade de agregar cada vez mais para o

seu núcleo acadêmico.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 EMPREENDEDORISMO

O empreendedorismo é essencial para a geração de riquezas dentro de um país,

promovendo o crescimento econômico e melhorando as condições de vida da população. É

também um fator importantíssimo na geração de empregos e renda. È junto ao

empreendedorismo que acontece o desenvolvimento de práticas voltadas a criação de um

novo projeto. Tem origem de o termo empreender que significa segundo Aurélio 1992

realizar, fazer ou executar.

Através de todos os meios de comunicação, jornais, revistas, televisão, etc. Nota-se

que a faceta empreendedora cresce cada dia mais acompanhando uma série de

desenvolvimentos como, por exemplo, a população mundial, as diversas facilidades de se

conseguir credito para novos negócios e porque não a boa fase da economia brasileira.

Dados segundo SEBRAE (2008) salientam que o Brasil ocupa a 13ª posição no

ranking mundial de empreendedorismo, A Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA)

brasileira foi de 12,02 o que significa que de cada 100 brasileiros 12 realizavam alguma

atividade empreendedora até o momento da pesquisa (Tabela 1). Outra comparação possível é

quanto ao número de empreendedores estimado para cada país. Quando se considera essa

abordagem, a posição dos países no topo e na base do ranking se altera (Tabela 2).

Em 2001, haviam 65% de empreendedores nascentes para 35% de empreendedores

novos, e em 2008 há 24% de empreendedores nascentes para 76% de empreendedores novos.

Nesse sentido, a atividade empreendedora demonstra um aumento do tempo de duração que

auxilia significativamente o conjunto da economia tanto do ponto de vista da atividade quanto

o da renda.

O que percebe-se nas tabelas que seguem é que o Brasil como a América Latina tem

grande propensão ao empreendedorismo, baseando-se nos números das tabelas 1 e 2,visto que

a Colômbia mesmo não chamando muito a atenção do cenário mundial destaca-se em terceiro

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lugar nesta categoria. Já as potencias mundiais índia e estados Unidos estão na 15º e 16º lugar

no ranking GEM 2008, coletado através do SEBRAE-SC.

TABELA 1: TAXAS EMPREENDEDORISMO

Fonte: SEBRAE 2008

Na tabela 1 está demonstrado atreves dos dados obtidos pela GEM (Global

Entrepreneurship Monitor) no qual a pesquisadora teve acesso através do SEBRAE-SC os

países com maiores e menores taxas de empreendedorismo do mundo ficando com a Bolívia a

maior taxa o que significa que um a cada três bolivianos desempenhou alguma tarefa

empreendedora e a Bélgica a menor taxa.

Porém quando se observa o número de empreendedores para cada país visto na tabela

2 os números se alteram, ficando a Índia em primeiro lugar com a maior taxa de indivíduos

desempenhando alguma atividade empreendedora. O Brasil ocupa o décimo terceiro lugar

devido à inserção de vários países na analise da GEM de 2008, dentre estes países estão

Bolívia, Angola, Macedônia e Egito.

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TABELA 2: ESTIMATIVA EMPREENDEDORISMO

Fonte SEBRAE 2008

De acordo com SEBRAE-SC 2008 a notoriedade dos dados só justifica a série de

facilidades de créditos para a abertura de novos negócios, não deixando em nenhum momento

de lado que esse crescimento acelerado de novos empreendimentos pode acarretar pontos

negativos como o número cada vez maior de empresas que fecham suas portas nos primeiros

anos de vida.

A característica destacada neste trabalho é o perfil desses novos empreendedores e se a

economia e estrutura do mercado geral suportam essa manifestação contínua.

2.1.1 Empreendedor no ambiente de negócios

Ter o seu próprio negócio traz vantagens e desvantagens devido ao risco do capital

próprio investido no seu negócio. Todo empreendedor assume um risco muito maior do que

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um simples funcionário, ele assume o risco da perda. Enquanto o funcionário assume o risco

da estagnação, ou seja, do não crescimento de seu patrimônio.

Segundo Chiavenato (2006, p.20): “Negócio é um esforço organizado por

determinadas pessoas para produzir bens ou serviço, a fim de vendê-los a um determinado

mercado e alcançar recompensa financeira pelo seu esforço”.

O ambiente de negócios compõe-se de uma série de fatores a serem analisados para o

começo do empreendimento, fatores tanto internos como externos. O objetivo é que esses

produtos ou serviços satisfaçam as necessidades e desejos dos clientes em potencial.

Para Etzel (1997) o sucesso parte de como a empresa analisa o ambiente em que ela

esta inserida visualizando tendências e criando oportunidades em cima de problemas, com

isso percebe-se que a inovação parte de uma criação de valor na superação de um problema.

Paralelamente a isso Keegab e Warren (2000) destacam a importância da análise

ambiental dando exemplo de empresas que tiveram que adaptar-se a novos modelos

ambientais que surgiram com o crescimento local, tudo isto sempre visando não perder sua

fatia de mercado.

Em um contexto maior um dos fatores a serem analisados em cima do mercado é a

divisão em dois, da análise do mercado, que são: o macroambiente e microambiente, pois

nenhuma empresa encontra-se isolada no mundo e a análise destes segmentos torna-se

importante devido seus conceitos.

2.1.2 Análise Ambiental

O planejamento do ambiente que será inserida a possível filial corresponderá a análise

não só geograficamente como também empresarial do local, pois será a ponte de

conhecimento entre fornecedores e consumidores. Segundo Kotler (1995,p.46): “O ambiente

de marketing é constituído de atores e forças externas ao marketing que afetam a capacidade

da administração de desenvolver e manter bons relacionamentos com seus consumidores”.

Para Kotler (1995, p.51): “ambiente econômico consiste em fatores que afetam o

poder de compra e os padrões de dispêndio do consumidor”. Tudo e qualquer motivo podem

afetar as necessidades de compra dos consumidores, estarem em constante atualização destes

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fatores pode trazer uma pré-disposição de contra argumentos no momento de quedas bruscas

de vendas por motivos externos.

Segundo Chiavenato (2006, p.30): “todos os negócios operam em um ambiente geral,

que é composto de uma multiplicidade de variáveis que interagem dinamicamente entre si...”,

dentro dessas variáveis estão às tecnologias, a parte cultural, a ecologia, etc. Muitas vezes por

serem algo tão abrangente e talvez não ligado ao dia-a-dia do gestor algumas destas variáveis

vão deixando de ser observadas, mas em nenhum momento elas deixam de interferir nos

processos devido a ligação direta que esse todo tem no mercado.

Um ambiente de marketing de uma empresa é composto por um microambiente e uma

macroambiente. No microambiente nota-se a mais fácil assimilação dos fatores em questão

que são os fornecedores, os clientes, os consumidores, a própria empresa. Para Chiavenato

(2006, p.31): “o microambiente de uma empresa é o ponto no qual estão seus mercados

imediatos, no qual q empresa obtém recursos e comercializa seus produtos/serviços.”. Sendo

assim fica nítido o porquê de ser mais analisado por seus gestores, sendo o cenário que cada

empresa vive no seu cotidiano. Segue abaixo Imagem 1 destacando o Microambiente a

Imagem 2 destacando o Macroambiente.

FIGURA 1: DEMONSTRATIVO DO MICROAMBIENTE.

Fonte: Adaptado pela pesquisadora através do autor Chiavenato (2006, p.33)

O macroambiente, como já diz o nome, trata o todo de onde estão inseridos incluindo

principalmente as forças sociais que afetam o microambiente.

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FIGURA 2: DEMONSTRATIVO DO MACROAMBIENTE.

Fonte: Adaptado pela pesquisadora através do autor o CHIAVENATO (2006, p.31).

A escolha da localização requer uma à análise de uma série de fatores que Kishel

(1994, p.27) expõe de forma clara e objetiva:

Existe a necessidade do meu produto ou serviço?

Quantos consumidores há no local?

Quão forte é a concorrência?

A comunidade é próspera o suficiente para abastecer minha empresa?

Qual o potencial de crescimento da comunidade?

Que tipo de pessoas vive no local?(idade, interesse)

Quais as restrições ao meu tipo de empresa?

Meus fornecedores conseguirão chegar até a empresa?

Eu gosto do local o suficiente para viver e trabalhar?

Respondida essas questões a visualização da decisão certa quanto ao local fica muito

mais clara visto que é um dos compostos de marketing e dependendo do que for implantando

pode ser o que garantirá a estabilidade da empresa.

Segundo Cobra (1997) inicialmente, o comércio é concentrado na área central da

cidade. À medida que ele cresce desloca-se para áreas periféricas. Com essas alterações muda

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o perfil do consumidor e os hábitos de consumo nessas áreas. Abrir uma empresa em uma

área periférica pode ser arriscado devido a possível não resposta dos clientes ao

empreendimento, porém seguido de um estudo de crescimento contínuo do local, pode ser a

escolha perfeita visando a comodidade do cliente em não precisar se deslocar até o centro da

cidade.

2.1.3 Plano de Viabilidade de Negócios

Ao pensar em um empreendimento logo se imagina a dificuldade de se manter no

mercado, de se conquistar um espaço em determinada indústria, oferecer produtos que

atendam as expectativas dos consumidores, competirem com preços balizados, entre outros

fatores. O plano de viabilidade de negócios tem como uma das principais funções anteciparem

possíveis riscos de um determinado negócio fazendo uma grande análise de todo o processo

que envolve a abertura de um novo empreendimento.

Para Rosa (2007, p.10): “Um plano de negócios é um documento que descreve quais

os objetivos de um negócio e quais os passos devem ser dados para que esses objetivos sejam

alcançados, diminuindo os riscos.”

O plano de negócios é uma ferramenta que permite a consulta e orientação que define

às metas a serem alcançadas, estratégias traçadas e rumos que o negócio deve tomar para

alcançar um melhor desempenho, potencializando seus resultados. É um documento usado

para descrever seu negócio. Como pode-se ver o Plano de Negócios é descrito como uma

ferramenta importante para o planejamento de um empreendimento.

Um plano de negócio permite identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de

cometê-los no mercado.

Dentre os inúmeros benefícios que um plano de viabilidade pode trazer pode-se citar

internamente, ou seja, dentro da empresa, como fonte de mensuração de onde a empresa

conseguiu chegar visto como começou e quais eram seus objetivos, já em um aspecto externo

o plano pode ser um perfeito aliado na busca de novas parcerias e até mesmo busca de

recursos financeiros.

Como toda ferramenta que tem como objetivo o planejamento o plano de viabilidade

de negócio tem uma ordem para assim facilitar o entendimento. Como fonte retirada de um

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método explicativo de como se formular este plano que o SEBRAE dispõe para a população

no seu site podemos contar com a seguinte ordem: Sumário executivo, análise de mercado,

plano de marketing, plano operacional, plano financeiro, construção de cenários, avaliação

estratégica e avaliação do plano de negócios. O objetivo do estudo não é fazer este plano

detalhadamente neste momento, porém existem fatores que compõem esse plano de suma

importância para o entendimento deste trabalho.

Para Dornelas (2005) o plano de negócios é fundamental para o estudo da viabilidade

de um negócio sendo que ele deve manter uma seqüência lógica para que o leitor consiga

entender a empresa no seu todo. Segundo Rosa (2007) é justamente no plano de negócios que

será feita a ligação dos estudos junto ao macroambiente e o microambiente já, citados acima,

no qual a empresa esta ou será inserida facilitando assim uma possível visão de futuro mais

clara e segura.

Dornelas (2005) dispõe de seis estruturas de plano de negócios distintas onde salienta

que cada empreendimento adapta o plano de negócios da maneira que melhor lhe for

necessário, visando sim não à seqüência do roteiro e sim os objetivos do plano.

Como meio de estudo facilitador de captação das informações necessárias para um

plano de negócios utilizou-se como ferramenta auxiliar o plano de negócios disponível no site

do SEBRAE-MG, onde segue na figura 3 para melhor visualização e também como forma de

divulgação do mesmo.

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FIGURA 3: SOFTWARE E GUIA DE PLANO DE NEGÓCIOS.

Fonte: Site SEBRAE MG

2.2 MARKETING

Antigamente a maneira pelo qual as pessoas adquiriam o que necessitavam era através

de trocas, troca de produtos que analisavam como sendo de valores equivalentes, o primeiro

produto que foi utilizado como moeda foi o Sal, de onde provém a palavra salário. Já ai

destacou-se duas palavras, Valor e Troca. Quando um cliente vem até um estabelecimento

comercial ele quer trocar o seu produto (dinheiro) por algo que julgue de mesmo valor. O

marketing não é um simples sinônimo para vender e sim para trocar valores.

Para Etzel (1997, p.6): “..o marketing é um sistema total de atividades de negócios

desenvolvidas para planejar, dar preço, promover e distribuir produtos que satisfaçam o

desejo do mercado alvo e atingir objetivos organizacionais”. Portanto visto essa necessidade

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de troca analisa-se a necessidade e desejos desses clientes procurando disponibilizar produtos

que sejam adquiridos por estes.

Segundo Kotler (1995, p.3): “Marketing é o processo social e gerencial através do

quais indivíduos e grupos obtêm aquilo que desejam e que necessitam, criando e trocando

produtos e valores uns com os outros”. Partindo desse pressuposto destaca-se a vantagem de

um olhar mercadológico visando à procura das necessidades desses clientes em potenciais

para que em cima delas se possam criar vantagens competitivas.

Historicamente para Etzel (1997) o marketing surgiu da troca de mercadorias dos

colonos com os índios que futuramente tornaram-se varejistas, atacadistas e mascates

itinerantes, após a Revolução industrial o marketing começou a tomar forma e adaptou-se em

três orientações: orientação para a produção, para as vendas e para o marketing. Segundo o

mesmo autor segue abaixo o conceito das três orientações:

Orientação para Produção: enfoque no aumento da produção assumindo a idéia

que os consumidores só compravam produtos bem-feitos e de bom preço.

Orientação para as vendas: enfoque na promoção para que os produtos

fabricados girassem.

Orientação para o Marketing: nessa orientação a empresa percebe o que os

consumidores desejam e adaptam todas suas atividades para a satisfação das

necessidades dos clientes de forma eficiente.

FIGURA 4: ESTÁGIOS DA REVOLUÇÃO DO MARKETING

Fonte: Adaptado pela pesquisadora através do autor ETZEL (1997,p.7).

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A característica geral das empresas é conquistar cada vez mais clientes, pois são

exatamente eles que retornarão o capital investido e possivelmente dará à empresa a

rentabilidade esperada. É nesse parâmetro que é essencial o conhecimento desse cliente em

potencial.

Para Kotler (1996, p.33): “Marketing significa trabalhar com mercados, os quais, por

sua vez significam a tentativa de realizar as trocas em potencial com o objetivo de satisfazer

ás necessidades e os objetivos dos seres humanos”. Uma definição diferente que resulta no

mesmo significado, trabalhar com o marketing é trabalhar com o mercado de uma forma

global.

Neste sistema de troca surge um desafio de conseguir com que uma das partes da

potencial da troca considere seus objetivos e meios para alcançar as respostas desejadas

acontecendo então à administração de marketing.

Segundo Kotler (1993) basicamente, o processo de administração de Marketing se dá

em quatro estágios: planejamento (desenvolvimento de planos de marketing),

implementação (realização dos planos), controle (avaliação dos resultados) e análise

(relação com o mercado e oportunidades; estará presente do começo ao fim do processo) com

apresenta a figura.

FIGURA 5: RELAÇÃO ENTRE OS 4PS

Fonte: KOTLER ( 1993, p.367)

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2.2.1 Análise Mercadológica

A análise mercadológica passa por um Plano de marketing. Segundo Cobra

(1986, p.74): “Planejamento Mercadológico é um desenvolvimento sistemático de ações

programadas para atingir os objetivos da empresa através do processo de análise, avaliação e

seleção das melhores oportunidades”. Este planejamento guiará a empresa para qual direção

seguir segundo seus objetivos.

Em uma pesquisa de mercado o principal objetivo é analisar as possibilidades que o

mercado tem a oferecer, o campo de atuação, os concorrentes, os clientes. Tudo para fazer

com que se tenham mais informações a respeito desse mercado. Segundo Kotler (1995, p.7):

“mercado é grupo de compradores reais e potenciais de um produto”. E é justamente isso que

a pesquisa agrega possibilidades e oportunidades reais para investimento.

Segundo SENAC (1997) na série Administração Mercadológica os autores chegam ao

seguinte conceito:

A administração mercadológica elabora o planejamento estratégico da

empresa: define e executa as atividades, selecionando recursos humanos e

materiais, aplicando os meios disponíveis, ou seja, explorando as condições

favoráveis, para alcançar os objetivos predefinidos. (SENAC 1997, p.34)

Analisand-se os clientes pode-se visionando uma futura prospecção de ganhos reais.

Os clientes não procuram apenas produtos, mas soluções para algo que precisam e desejam.

Conhecer os clientes potenciais para o empreendimento traz uma análise que segundo Cobra

(1986, p.45) divide-se em três etapas que são:

Segmentação de mercado: quem são os compradores e usuários do produto ou

serviço?Quem são os maiores compradores?Que clientes potenciais podem ser

identificados?Como é segmentado o mercado?Como poderia ser segmentado?

Motivação do cliente: O que motiva os clientes a comprar e usar os

serviços?Que atributos do produto são realmente importantes?Que objetivos o

consumidor busca satisfazer coma compra do produto ou serviço?Quais são os

benefícios que o consumidor busca no produto ou serviço?

Necessidades do cliente: os clientes estão satisfeitos com os produtos e

serviços que eles estão comprando?

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A análise dos concorrentes identifica o principal grupo de concorrentes de uma

empresa que pode ou não ser na sua região de atuação. Segundo Kotler (1996) existem três

formas diferentes de concorrência: concorrência genérica que vem de outras categorias de

produtos que podem satisfazer a mesma necessidade do consumidor; concorrência de forma

de produto, que se refere a versões específicas do produto, que podem concorrer entre si e a

concorrência empresarial que se refere a organizações específicas que trabalham com o

mesmo produto ou serviço.

Segundo manual criado pelo SEBRAE no ano de 2005 a pesquisa de mercado

constituem-se em 9 passos:

Definição de público alvo e objetivo da pesquisa: que analisa a real

necessidade e os motivos de realizar essa pesquisa;

Definição da coleta de dados: como os dados para a pesquisa serão

coletados;

Definição de método de pesquisa de dados primários: qual o tipo de

pesquisa e possíveis procedimentos utilizáveis para o real propósito da

pesquisa?

Definição da amostra: qual o tamanho do público pesquisado;

Elaboração dos instrumentos de pesquisa: quais os tipos de

questionários, formulários ou roteiros de pesquisas;

Aplicação da pesquisa: a forma como será abordada garantirá o bom

desempenho da pesquisa;

Tabulação dos dados: reunir os dados e trabalhá-los para melhor

facilitar a análise;

Elaboração do roteiro Final: analisar os dados obtidos na pesquisa e

verificar aspectos relevantes a pesquisa;

Tomada de decisão: Com os resultados obtidos a partir da pesquisa será

possível verificar as ações necessárias para seu novo ou até mesmo já

existente negócio.

Existem inúmeros passos para a elaboração de um plano de negócios cabe ao

pesquisador verificar qual melhor se adapta a sua visão de mercado. A ferramenta plano de

negócios vem auxiliar o entrante do mercado a vislumbrar onde devem concentrar-se seus

maiores esforços. O simples fato de se ver uma oportunidade de negócio devido a alguma

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falha ou oportunidade financeira faz com que uma grande parcela de empreendedores se

deslumbre e desperdicem seus recursos devido à falta de análise do mercado como um todo.

2.2.2 Plano de marketing

Para Cobra (1986, p.75): “O plano de marketing é um conjunto de ações táticas de

marketing que devem estar atreladas ao planejamento estratégico da empresa.”. È no plano de

marketing que surgem análises internas e externas, as metas, os métodos de trabalho fazendo

com que haja uma interação maior de toda a empresa.

Segundo Kotler (1993) a estrutura de um plano de marketing compõe-se das seguintes

partes: Sumário executivo, situação atual de mercado, ameaças e oportunidades, objetivos e

questões, estratégias de marketing, programa de ação, orçamentos e controles.

No sumário executivo encontra-se os principais objetivos e

recomendações do plano.

A situação atual do mercado vai descrever a situação da empresa no

mercado-alvo.

Como ameaças e oportunidades cabem ao administrador visionar

futuros impactos que possam vir a acontecer à empresa tanto no sentido

positivo, analisadas as ameaças e oportunidades um leque de questões

se abre para a determinação dos objetivos que a empresa quer atingir.

A estratégia de marketing visa definir o caminho ser seguido para

alcançar as especificações do seu mercado-alvo. Para Kotler (1993,

p.39) “Ela consiste em estratégias específicas para mercados-alvo, mix

de marketing níveis de gastos com marketing”

O programa de ação utiliza as estratégias de marketing para construir

um programa que responda questões como:

Onde?Quando?Quem?Quanto?

E finalmente os orçamentos se apoiarão no plano de ação para a análise

do possível lucro ou perda do projeto.

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2.2.3 Composto de marketing

Devido ao notável crescimento da indústria fica cada vez menor a fatia de mercado

disponível aos empreendedores e a necessidade se manter-se no mercado, a busca por meios

de alcançar esse objetivo torna-se um dos grandes desafios da nova era. Uma grande

ferramenta utilizada para alcançar esses objetivos é o composto de marketing que para Kotler

(1996, p.90): “... é o conjunto de variáveis controláveis que a empresa pode utilizar para

influenciar as respostas dos consumidores”.

Juntamente a este conceito Kotler (1993, p.29) diz que “consiste em ações que a

empresa pode fazer para direcionar a demanda para o seu produto”, ou seja, são maneiras e

direções em que deve seguir tomando determinadas decisões para que seu produto seja

vendido e para isso é necessário a análise se uma série de fatores.

Segundo Cobra (1997, p.28) “O marketing –mix é apresentado em quatro funções

básicas. Onde todos os elementos do consumo foram criados e estabelecidos para atender o

mercado-alvo, ou seja, o consumidor”. O composto de marketing é dividido em os 4 Ps que

significam,produto,preço,praça e promoção.

QUADRO 1: COMPOSTO DE MARKETING

Variável Atividades

Produto

Diferentes tipos de Design

Características

Diferenciais com a concorrência

Marca

Especificações

Política de Garantia

Embalagem

Preço

Financiamentos

Condições de Pagamento

Prazo médio

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Número de Prestações

Descontos

Crediário

Promoção

Propaganda

Publicidade

Relações Públicas

Trade Marketing

Promoções

Praça

(Ponto-deVenda)

Lojas

Canais de distribuição

Logística

Armazenamento

Distribuição

Fonte www.portaldomarketing.com.br

Para uma melhor identificação do que significa cada item do composto de marketing

faz se com informações coletadas junto a, Etzel (1997), uma relação dos conceitos de cada

item abaixo, sendo que o entendimento do mesmo torna-se essencial para o desenrolar da

pesquisa E a analise de viabilidade de uma empresa.

Produto

A definição de produto torna-se mais ampla quando sugere que os produtos são

mercadorias, serviços, lugares, pessoas e idéias. Já Kotler (1993, p.173) define produtos

como: “... qualquer coisa que pode ser oferecida a um mercado para aquisição, atenção,

utilização e consumo e que pode satisfazer um desejo ou uma necessidade.”

Com isso percebe-se que os consumidores compram muito mais que um conjunto de

atributos na compra de um produto, eles compram satisfação em forma de benefício.

Na figura 6 destaca-se o ciclo de vida de um produto, ou seja, os estágios que o

produto passa desde sua introdução no mercado até sua estagnação no mercado quanto sua

venda.

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FIGURA 6: CICLO DE VIDA DO PRODUTO

Fonte: KOTLER (1993, p.205)

Preço:

Para Etzel (1997) é necessário o cuidado na definição de preço, pois, é justamente

nesta definição que ocorrem alguns problemas na tomada de decisão na hora de estipular

preços junto a empresas. Para Kotler (1993, p.215): “... preço é a soma dos valores que os

consumidores trocam pelo benefício de possuir ou fazer uso de um produto ou serviço”. Visto

deste ângulo um preço pode envolver mais que dinheiro ele envolve o valor do que esta sendo

oferecido.

Promoção:

Segundo Etzel (1997, p.446) a promoção “... é um elemento do mix de marketing que

serve para informar, persuadir e lembrar um mercado de um produto e/ou da organização que

o vende tendo em vista influenciar os sentimentos, crenças ou comportamentos..”. Sendo

assim a promoção assumirá um grande papel dentro da empresa e fora, que é o de informar ao

cliente não somente do produto que a empresa vende, mas do quão bom este produto é e que

os consumidores devem comprá-los.

Para o autor existem cinco formas de promoção: que é a venda pessoal, a propaganda,

a promoção de vendas, relações públicas e a publicidade, tudo isto com o objetivo de se

chegar ao cliente de alguma forma.

Praça ou Distribuição:

O papel da distribuição é levar o produto até seu mercado alvo, utiliza-se comumente

um canal de distribuição para alcançar este objetivo segundo Etzel (1997), este canal será o

conjunto de pessoas e empresas envolvidas na entrega deste produto, desde o primeiro até o

ultimo elemento desta cadeia. Como abordagens para essa projeção de canais o autor sugere

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quatro decisões que são: Especificar o papel da distribuição, selecionar o tipo de canal,

determinar a intensidade da distribuição e escolher os membros dos canais específicos.

FIGURA 7: DECISÕES PARA PROJETAR UM CANAL DE DISTRIBUIÇÃO

Fonte: Adaptado pela pesquisadora através do autor Etzel (1997, p.351)

2.2.4 Marketing de Serviços

A Associação Americana de Marketing define serviços como “aquelas atividades ou

mesmo satisfações que são oferecidas á venda ou que são proporcionadas em conexão com a

venda de mercadorias”.

Segundo Etzel (1997, p.523) “... nós definimos serviços como atividades intangíveis,

identificáveis que são o objeto principal de uma transação, designados para prover a

satisfação de um desejo do cliente”.

Para Kotler (1993) o marketing de serviços planeja, analisa, emprega e controla

estratégias para programas destinados a servir os clientes. Os serviços possuem características

interessantes ao marketing como: Intangibilidade, Inseparabilidade, Heterogeneidade e

Perecibilidade. Segue abaixo a definição de cada item segundo Etzel (1997) que se deixa

muito claro a respeito destes:

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Intangibilidade:

Um serviço torna-se intangível porque é impossível sentir o sabor, ver, tocar antes

de comprá-lo e é neste contexto que o marketing de serviços vem a tona para fazer o cliente

perceber os benefícios do serviço sem poder experimentá-lo antes da compra.

Inseparabilidade:

Normalmente os serviços não podem ser separados de quem os cria, os vende, e não

bastando a maioria é criada, dispensada e consumida simultaneamente. Este conceito cria uma

responsabilidade junto a todos os setores desde a criação do serviço até a venda.

Heterogeneidade:

Cada serviço sempre será único apesar da possível semelhança nunca será igual, é

impossível a padronização do serviço devido ao fator humano na produção e entrega. O que

torna mais difícil o julgamento da qualidade de um serviço.

Perecibilidade:

Os serviços são perecíveis, pois não podem ser estocados a não ser com algumas

exceções, devido à sazonalidade de alguns produtos as vendas comumente são prejudicadas

em determinadas épocas do ano, por isso a estratégia de promoção tende a estar sempre em

movimento.

O reconhecimento de um desejo ou de um serviço não satisfeito pode auxiliar na

oferta de um serviço diz Etzel (1997), analisando pela lógica que os serviços não são vistos

até ser experimentado, esse reconhecimento, torna-se um fator decisivo na conquista desse

cliente.

Segundo Albrecht (1992, p.3) “..os serviços possuem um impacto econômico mais

forte do que pensávamos e sua qualidade é pior do que imaginávamos..”, esta declaração parte

da idéia de que os administradores precisam dar o devido espaço para os serviço. O mesmo

autor salienta que a administração precisa ver o impacto do serviço sobre o lucro para levá-lo

a sério, isto porque muitos gestores esquecem que o lucro não provem somente dos bens

físicos como também dos serviços.

Para Lascas (1991) os serviços são distribuídos através de canais de distribuição que

podem ser corretores, agentes, representantes, vendedores, distribuidores, por medidas de

marketing direto o telemarketing vem sendo muito utilizado hoje em dia devido seu baixo

custo.

Paralelamente a isso Etzel (1997) chama atenção com alguns fatores que vem

estimulando a concorrência na indústria dos serviços que são:

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O aumento da concorrência externa;

A redução da regulamentação governamental em algumas indústrias;

Avanço tecnológico, etc.

Como peça fundamental na construção de estratégias o administrador tem como uma

de suas áreas de atuação a administração de serviços, para Albrecht (1992, p.21) “... a

administração de serviços é um enfoque organizacional global que faz a qualidade do serviço,

tal como sentida pelo cliente, a principal força motriz do funcionamento da empresa”.

Nota-se cada vez mais a competitividade nata em nosso mercado independente do

ramo de atuação, segundo SEBRAE 2004 revela que a tava de mortalidade das MPEs no

Brasil é de 50% para os dois primeiros anos e 60% para quatro anos. Isto causa um grande

impacto social devido à rotatividade de postos de trabalho como também o prejuízo

financeiro.

Visto que para Kotler (1993) a qualidade no serviço prestado traz uma significativa

vantagem competitiva em cima dos concorrentes, nota-se neste ponto uma maneira de

diferenciar determinada empresa aos olhos do consumidor em potencial. Se um cliente

procura um serviço, e recebe mais do que esperava a probabilidade de ele utilizar

novamente aquele serviço torna-se muito maior.

Segundo artigo coletado na revista Fenacon Novembro/Dezembro (2005) o

Administrador Rui Otávio Bernardes de Andrades, na época, Presidente do Conselho

Federal de Administração salienta que a qualidade nos serviços pode ser melhorada a cada

dia com medidas simples como, por exemplo: planejar os sistemas de atendimento ao

cliente, informar aos funcionários as empresa os padrões de qualidade mantida, avaliar os

serviços prestados. Tudo com o intuito de manter a empresa no mercado e com uma

crescente expectativa de retorno financeiro.

Existem algumas virtudes de empresas bem sucedidas na qualidade dos serviços

prestados que Kotler (1993) destaca como: o compromisso da alta administração com a

qualidade, a definição de elevados padrões de qualidades de serviços, sistema de

monitoramento de desempenho de serviços como também a satisfação de funcionários

como clientes. Cabendo assim ao gestor a análise dos fatores de alta impacto com seus

clientes.

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Para Mckenna (1993, p.45) sobre os fatores determinantes para suas compras ou

prospecções é que “os consumidores definem uma hierarquia de valores, desejos e

necessidades com base em dados empíricos, opiniões, referencias obtidas através de

propaganda de boca e experiências anteriores com produtos e serviços”. A qualidade no

serviço torna-se então um fator de suma importância na permanência da empresa em

determinado mercado, pois, não é necessária a excelência com um cliente e sim com todos.

Segundo Gronroos (1996) Basicamente, a qualidade de um serviço, como percebida

pelos clientes, tem duas dimensões: uma dimensão técnica ou de resultado e uma dimensão

funcional ou relacionada processos. A qualidade técnica é O QUE o cliente recebe no final do

processo e qualidade funcional é COMO ele recebe o serviço. Segue abaixo figura ilustrativa

da qualidade percebida:

FIGURA 8: DIMENSÕES DA QUALIDADE

Fonte: Adaptado pela pesquisadora através do autor Gronroos (1996, p.66)

Seguindo a percepção do mesmo autor acima sobre a qualidade do serviços Gronroos

(1996, p.69) diz que “...a boa qualidade percebida é obtida quando a qualidade experimentada

atende as expectativas do cliente, isto é, á qualidade esperada.”

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FIGURA 9: QUALIDADE TOTAL PERCEBIDA

Fonte: Adaptado pela pesquisadora através do autor Gronroos (1996, p.69)

A qualidade esperada inclui aspectos como as vendas, a imagem do serviço e da

empresa, as informações boca a boca passadas de cliente para cliente. As relações públicas da

empresa,as necessidades e valores do cliente,já a qualidade experimentada o que é vendido e

como é vendido.O nível da qualidade se mostrará no balanço do que é esperado e o que é

experimentado.

Mais especificamente para a análise da qualidade alguns autores chamam atenção

pelos momentos da verdade que um serviço passa, segundo GRONROOS (1996) são

momentos chave no qual o vendedor pode demonstrar a qualidade do seu serviço e é

exatamente nesses momentos que o cliente tem maior atenção para com o serviço.

Para Cobra (1992) a qualidade de serviços será a tônica que norteará a ação das

empresas, a fim de atrair novos negócios, incrementando a produção para aumentar a

produtividade de bens e de serviços; minimizar a possibilidade de fracasso empresarial;

aumentar o poder de competitividade das empresas com base em serviços ao cliente.

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2.3 ASPECTOS ECONÔMICOS FINANCEIRO

Os administradores em geral tendem a ser estrategistas para que seus projetos não

sejam um desastre como argumenta Ross (2000), precisando assim ter uma clara idéia de

como as implicações financeiras pode definir a empresa.

Para Ross (2000) o administrador deve preocupar-se principalmente com três fatores

básicos na questão financeira que são: o orçamento de capital, a estrutura de capital e o capital

de giro. O orçamento de capital diz respeito aos investimentos a longo prazo das empresas, a

estrutura de capital é como a empresa irá obter os financiamentos para sustentar os

investimentos e no capital de giro entram os ativos e passivos de curto prazo da empresa.

Segundo Ribeiro (1991) pode-se entender como recursos financeiros o porte de capital

destinado aos investimentos iniciais, reformas, adaptação, aquisição de recursos materiais,

despesas de instalação, bem como o capital de giro. Sendo assim é somente através dos

recursos financeiros dispostos no plano de negócios que o empreendimento pode vir a

funcionar.

Para Chiavenato (2006) a primeira etapa para o estudo da viabilidade econômica é os

custos que se dividem em fixos e variáveis. Segundo o autor custos não dependem da

produção, eles são planos e constantes pode-se citar como exemplo os aluguéis, seguros, etc.

Já os custos variáveis são ligados diretamente a produção tendo como exemplo a matéria

prima, mão de obra direta, etc.

É a partir dos custos fixos e variáveis que pode-se calcular o ponto de equilíbrio que

logo definirá qual o volume de receita mínima que a empresa deve produzir para ultrapassar

os custos.

Os principais demonstrativos a ser apresentado em um plano de negócio segundo

Dorneles (2001) são:

Balanço Patrimonial

Demonstrativo de Resultados do Exercício

Fluxo de Caixa.

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2.3.1 Balanço Patrimonial

È no Balanço Patrimonial que encontra-se as principais informações financeiras de

determinada empresa, segundo Matarazzo (1998, p.43) o balaço patrimonial “é a

demonstração que apresenta todos os bens e direitos da empresa- Ativo-, assim como as

obrigações- Passivo Exigível - em determinada data”.

Em conformidade com a Lei nº 11.638/07, o Balaço Patrimonial deve conter os

seguintes grupos de contas:

QUADRO 2: GRUPOS DE CONTAS.

ATIVO PASSIVO

ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE

ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

ATIVO PERMANENTE Investimentos Imobilizado Intangível Deferido

RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital Social

Reservas de Capital

Ajustes de Avaliação Patrimonial

Reservas de Lucros

Ações em tesouraria

Prejuízos Acumulados

Fonte: Adaptado pela pesquisadora através do site www.receita.fazenda.gov.br

Um autor que aborda esses conceitos é Dornelas (2001, p.163) onde define que

“...ativo corresponde a todos os bens e direitos de uma empresa.O passivo é uma obrigação,ou

parcela de financiamento obtido por terceiros e o patrimônio líquido corresponde aos recursos

dos proprietários...”. Chegando-se assim a conclusão que o ativo é a soma do passivo mais o

patrimônio líquido.

Dois pontos de suma importância destacados por Dornelas (2001) seria a observação

do capital de terceiro investido que sugere o grau de endividamento e o montante de capital de

giro que deixa claro a flexibilidade financeira da empresa.

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2.3.2 Demonstração dos Resultados

Partindo para a demonstração de resultados do exercício Matarazzo (1998, p.46)

classifica que “é uma demonstração dos aumentos ou reduções causadas no patrimônio

líquido pelas operações da empresa”, ou seja, há uma demonstração dos valores a serem

descontados ou somados para se chegar ao resumo dos movimentos da empresa.

Para Helfert (2000, p.34) “o DRE é um suplemento necessário ao balanço patrimonial,

pois explica o componente principal de mudança na conta do patrimônio líquido..”.

Complementando a conceituação Motta (2002) salienta que basicamente no DRE deve

resulta no real Lucro da empresa devido aos processos de dedução dos custos, tributos e

impostos incidentes sobre a receita, chegando assim aos lucros após o Imposto de renda.

Segundo Motta (2002, p.196) alguns indicadores que devem contar no DRE são:

QUADRO 3: ELEMENTOS DA DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS.

RECEITA BRUTA DAS VENDAS E SERVIÇOS

(+) RECEITAS

(-) PIS/COFINS

(-) ICMS (=) RECEITA LÍQUIDA

(-) CPV

(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO

(-) OUTRAS DESPESAS

(-) AMORTIZAÇÃO DE DESPESAS PRÉ OPERACIONAIS

(-) DEPRECIAÇÃO

(-) JUROS

(+) LAIR

(-) IMPOSTO DE RENDA

(=) LUCRO APÓS IMPOSTO DE RENDA

Fonte: Adaptado pela pesquisadora através do autor Motta

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2.3.3 Fluxo de caixa

Através do fluxo de caixa o administrador conseguirá guiar suas estratégias e

planejamentos, pois segundo Matarazzo (1998) o empreendedor precisa ter uma noção

financeira do que pode aplicar, do que esta aplicando e do que irá aplicar, e essas informações

podem conter no fluxo de caixa.

Para Helfert (2000, p.34) “..é no demonstrativo de fluxo de caixa que concentram-se

os resultados operacionais correntes e as conseqüentes mudanças no balanço patrimonial.”

Utilizando-se assim destas informações, o administrador, terá uma maior segurança das

estratégias que precisará tomar.

Paralelamente a isso Motta (2002) salienta, que uma vez encerrada a demonstração do

resultado do exercício que dará a real noção das entradas e saídas de caixa para assim

verificar as possibilidades de ações.

Segue abaixo um modelo de fluxo de caixa.

QUADRO 4: FLUXO DE CAIXA

Fonte: Adaptação site www.admisnitracaoegestão.com.br

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2.3.4 Investimento Inicial

Na visão de Chiavenato (2006) é no investimento inicial que defini-se qual será o

capital mínimo a ser captado o que será necessário para essa captação de recursos.Segundo o

autor quanto mais recursos a disposição do administrador melhor ,porém deve-se ter o

cuidado para que essa quantidade seja adequada pois todo excedente gera custos.

Junto ao documentado, elaborado pela Agência Piaget para o Desenvolvimento 2007

chamado de O plano da minha empresa, segue abaixo um modelo dos investimentos iniciais a

serem percebidos:

QUADRO 5: INVESTIMENTO INICIAL

Pontos que têm que estar definidos:

Equipamentos básicos (máquinas, utensílios, ferramentas, etc.);

Equipamento administrativo (computadores, mobiliário, etc.);

Obras de remodelação das instalações;

Investimento em Necessidades de Fundo de Maneio;

Despesas com a constituição da sociedade;

Construções;

Viaturas;

Aquisição de imóveis;

Direitos de entrada (franchising);

Aquisição de terrenos.

Outros

Fonte: Agência Piaget para o Desenvolvimento.

A análise do ramo do negócio segundo define o capital a ser investido, porque existem

produtos/serviços com alto grau de investimento, como de baixo grau de investimento,

retornos a longo prazo como a curto prazo, e todos os fatores interferem na maneira de

visualizar a fixação de capital. Segundo Chiavenato (2006, p. 80) existem dois tipos de

capital:

Capital próprio: composto dos itens do não exigível, ou seja, é o capital

pertencente aos proprietários ou acionistas da empresa;

Capital de terceiros: corresponde a exigibilidade da empresa, como os

empréstimos, as ações preferenciais (de participação limitada nos

lucros da empresa).

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Não há necessidade de definição de qual capital utilizar sem que já seja e esteja claro

que qualquer um dos lados vai querer retorno.

Parti-se assim para a principal ferramenta do planejamento financeiro do

empreendedor que para Dornelas (1998) é o Fluxo de Caixa, é através dele que o empresário

poderá saber os prazos de pagamento que poderá utilizar os descontos, os estoque, etc. Sendo

assim, trata-se de uma ferramenta de uso diário para o empreendedor. Sendo assim através do

Fluxo de caixa o empresário conseguirá refletir sobre a situação financeira da empresa.

2.3.5 Valor Presente Líquido

Os proprietários das empresas de um modo geral procuram o rendimento sempre, para

que assim possam dar continuidade no trabalho desenvolvido, é através do Valor presente

Líquido. Para Ross (2000, p. 214) “...Valor presente líquido é a medida de quanto valor é

criado ou adicionado hoje por realizar um investimento”. Sendo assim o VPL é a noção para o

acionista do crescimento do seu capital que será investido no projeto.

Segundo Ross (200) existe uma regra básica para o VPL que é a de o mesmo ser

sempre positiva, para que assim o investimento de retornos.

Para Kassai (2000, p.62) “... o Valor presente Líquido é medido através da diferença

entre o valor presente das entradas de caixa e o valor presente das saídas de caixa, a uma

determinada taxa de desconto.” Segundo mesmo autor o VPL pode ser obtido pela seguinte

fórmula:

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2.3.6 Taxa Interna de Retorno

A taxa interna de retorno (TIR) como já diz o nome refere-se segundo Kassai (2000,

p.66) “... a taxa de desconto que iguala, num único momento, os fluxos de entrada com os de

saída.Em outras palavras,é a taxa que iguala o VPL a zero.”

Para Motta (2002, p. 116) “... a TIR é um índice relativo que mede a rentabilidade do

investimento por unidade de tempo, necessitando para isso que haja receitas envolvidas assim

como investimentos”. O autor indica uma metodologia para calcular a Taxa interna de retorno

que segue:

Calcular VPL(i) com uma taxa de desconto inicial i (zero) tentativa;

Se VPL (i zero) >0, então:

Recalcular VPL (i Um),com i Um > i Zero.

Se VPL (i Um) , 0,então:

Recalcular VPL (i dois), com i dois < i Um.

Fazer interações sucessivas até chegar a VPL (i Três) = 0, neste ponto, i Três,

será TIR, Taxa Interna de Retorno.

Segundo Kassai (2000), pode ser obtida pela seguinte fórmula:

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2.3.7 PayBack

A análise do payback parte do pressuposto de tempo de retorno de investimento,

segundo Ross (2000, p. 218) “... o payback é o período exigido para que um investimento

gere fluxos de caixa suficientes para recuperar o fluxo inicial.”,sendo assim o investidor

consegue visualizar em quantos anos ele recupera o dinheiro investido e com isso consegue

verificar se é viável a ele.

Para Kassai (2000, p. 84) existem 3 modelos de payback que é o payback original, o

descontado e o total.

O payback original é encontrado somando-se os valores do fluxo de caixa

negativo com os valores de fluxo de caixa positivos,até o momento em que

essa soma resulte em zero.

O payback descontado é basicamente como o original porém mais refinado

pois,pois leva em consideração o valor do dinheiro no tempo através da TMA.

No payback total além de se trabalhar com os fluxos de caixa descontados pela

TMA, também considera-se os fluxos existentes após os prazos apurados

anteriormente.

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Como salienta Motta (2002) o payback pode ser utilizado como ferramenta de decisão,

porém não deve ser utilizado única e exclusivamente devido a precisão que é necessário

tratando-se de investimento financeiro.

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3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

3.1 Caracterização da Pesquisa

O trabalho tem como foco uma análise da região sul de Florianópolis, para verificar

alguns aspectos locais, na abertura de uma filial do segmento de tintas, tais como:

econômicos, culturais, características locais, expectativas dos moradores, concorrentes,

fornecedores, etc. Buscando assim um melhor posicionamento do empreendedor junto à

localidade.

Com isso o estudo segue uma linha descritiva, pois segundo Oliveira (1997, p.115)

“... é o tipo de estudo mais adotada quando o pesquisador necessita obter melhor

entendimento a respeito do comportamento de vários fatores..”. Pretende-se traçar uma linha

de variáveis para se chegar a um consenso sobre os objetivos específicos da pesquisa.

Procura-se identificar no método experimental a característica básica da pesquisa que

é a união dos objetivos da pesquisa com os variáveis presentes nela. Segundo Gil (1999.p.33)

“O método experimental consiste essencialmente em submeter os objetivos de um estudo á

influencia de certas variáveis...”. Observar os resultados que a variável produz no objeto.

Em muitos momentos da pesquisa a opinião do proprietário e trabalhadores da matriz

foi de suma importância, visto a experiência no ramo e com as expectativas do cliente que

realiza suas compras na empresa.

Na pesquisa de Opinião segundo Gil (1999, p.125) “... procura-se saber o ponto de

vista ou preferência que as pessoas possam ter acerca de um assunto”. Isto traz para o

empreendedor uma segurança maior para unir a realidade do local a teorias empíricas na

análise de viabilidade de um empreendimento.

Foi realizado uma pesquisa qualitativa entre dados primários e secundários e

quantitativos na questão de investimentos iniciais. “A pesquisa de Campo segundo Gil (1999,

p.124) “Consiste na observação dos fatos tal como ocorrem espontaneamente, coleta de dados

e nos registros das variáveis”.

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Para obter os dados primários, foram realizadas pesquisas de observação exploratória

como concorrentes, região, etc. Entrevistas informais junto ao proprietário da empresa,

funcionários, contabilista da matriz e também os moradores do local.

Para a análise de dados secundários foram consultados sites de concorrentes, órgãos

governamentais, institutos de pesquisa. Segundo Goode (1968, p.156) “... a pesquisa moderna

deve rejeitar como falsa dicotomia a separação entre os estudos qualitativos e quantitativos

ou entre ponto de vista estático ou não-estático...”.

3.2 Contexto dos Participantes

Na pesquisa foram utilizadas informações coletadas por entrevistas informais com o

proprietário da matriz e os funcionários da empresa, assim como com alguns clientes que se

propunham a dar sua opinião.

Participaram do levantamento de dados o proprietário, o gerente, 4 funcionários,

contabilista da empresa e 4 clientes sem identificação. Todos trabalham na empresa matriz e

no depósito. O contabilista trabalha junto a contabilidade da empresa.

Os clientes que se propuseram a opinar são clientes assíduos que passavam ao acaso

na empresa.

3.3 Instrumento de coletas de dados

No apoio bibliográfico foram citados vários autores cujas obras ajudaram a conceituas

e contextualizar o trabalho. A utilização de sites confiáveis da internet foi de grande serventia

visto a era digital.

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Nas entrevistas informais não houve necessidade de relatórios, visto que não

procurava-se comparar as empresas e sim destacar vantagens da matriz quer pudessem ser

utilizadas na filial,e estes questionamentos vieram no decorrer do trabalho,sendo sanados com

estudos do caso e conversar com os membros já citados.

Junto a parte de pesquisa de local para a futura filial houve uma pesquisa exploratória

da região com o cruzamento de informações de Institutos de pesquisa.

Para a análise financeira utilizaram-se dados primários de documentos da própria

empresa que ou estavam na matriz ou na contabilidade da mesma, os documentos foram

fundamentais na elaboração da parte financeira, devido à empresa trabalhar com vários

produtos a pesquisadora precisou coletar os dados e separá-los conforme serventia e objetivo

da pesquisa.

3.4 Análise dos Dados

A análise dos dados qualitativos utilizou-se do apoio bibliográfico para dar suporte as

definições e o desenrolar das idéias apresentadas. Nos dados obtidos através de

questionamentos informais pode-se aproveitar a larga experiência do proprietário da empresa

e seus funcionários para fazer uma comparação com os conceitos observados por vários

autores.

Na parte quantitativa a pesquisa foi de grande valia visto que a pesquisadora será a

futura gestora do local, a aproximação dos reais valores dos produtos e da possibilidade de

rentabilidade da possível filial, foi apoiada em cálculos administrativos para que seja possível

o resultado mais próximo do real.

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4 RESULTADO DA PESQUISA

4.1 Caracterização da empresa

A empresa Eletrotubos foi inaugurada no dia 02/06/1998 na cidade de Santana do

Livramento/ RS, cidade esta onde residem hoje 85.152 habitantes segundo dados 2008 da

Fundação de Economia e Estatística do RS. Santana do Livramento institula-se a fronteira da

paz onde faz divisa com Rivera no Uruguai, existe um grande fluxo de turistas devido aos

freeshop que destacam-se devido seus produtos comercializados terem um preço mais

econômico que no Brasilsegundo a Prefeitura da cidade.

No Mapa 1, ao lado,o ponto A esta representando a cidade de Florianópolis/SC e o

ponto B representa Santana do Livramento/RS,busca-se com este mapa deixar mais claro a

visualização de onde encontra-se a matriz e onde pretende-se implantar a filial.

MAPA 1: TRAJETÓRIA DE SANTANA DO LIVRAMENTO ATÉ FLORIANÓPOLIS.

Fonte: Google/maps

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Conforme informações coletadas pela pesquisadora com o proprietário e também

administrador da empresa e o gerente que é seu filho, a empresa veio de um sonho de

Ancelmo Almeida Simões devido ter uma grande experiência no ramo de construção civil, o

mesmo, começou sua vida como mestre de obras, e como conseqüência tornou-se funcionário

de uma construtora que chama-se Modulo, após alguns anos tornou-se sócio desta mesma

empresa,porem paralelamente a isso sempre teve o sonho de ser um empreendedor local,o que

veio a se concretizar com a abertura da ELETROTUBOS.

Como meio de conseguir os recursos financeiros para a abertura da empresa o

empreendedor como já mencionado acima trabalhava como sócio de uma construtora, após

vender sua parte na empresa veio então a adquirir um capital de R$15.000,00 para a abertura

de sua empresa.

A localização inicial da empresa foi na Rua Manduca Rodrigues nº 360, Bairro

Centro, em um ambiente pequeno, sem espaço para armazenamento do estoque e afastado na

zona de maior tráfego da cidade. A empresa começou conquistar consumidores como também

parceiros e a criar vínculos com seus fornecedores, buscando com o tempo aumentar seu

espaço na cidade como também seu crédito junto a seus fornecedores.

Após 2 anos, devido a necessidade de ampliação por motivos como espaço físico,

localização, e a busca de crescimento, a empresa Eletrotubos mudou-se para a Rua Almirante

Tamandaré 2027, para um espaço diferente, imóvel de esquina, com ampla visibilidade, dois

andares (andar de cima para o estoque), e boa localização. Rua esta que fica exatamente na

divisa dos países Uruguai e Brasil através das cidades Santana do Livramento e Rivera,e a

1000 metros do terminal urbano da cidade.Esta mudança caracterizou-se na empresa como o

grande marco para sua expansão e crescimento junto a cidade e consumidores.

Conforme relatos do proprietário houve um aumento do número de clientes após a

mudança de endereço,estes que começaram a aderir produtos da loja destacando o preço e a

qualidade no atendimento, ao mesmo tempo, precisamente no ano da mudança, dois

concorrentes diretos fecharam suas portas, o que ajudou na captação de clientes que já

compravam nas proximidades.

Hoje a empresa conta com a administração do proprietário, a gerência de seu filho, 2

funcionários na Eletrotubos centro e 2 funcionários no depósito da empresa que se localiza na

Rua Daltro Filho onde de lá partem os materiais de construção para a entrega.

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Na parte contábil a organização conta com os serviços da Contabilidade Almeida,

empresa de grande prestígio na cidade e que pode assim fazer todo o trabalho que o

proprietário não tem conhecimento específico e precisa realizar.

Segue abaixo a Figura 10 que representa o organograma da empresa, elaborado pela

pesquisadora com a ajuda de informações coletadas junto aos gestores da empresa e na

contabilidade.

FIGURA 10: ORGANOGRAMA DA EMPRESA

Fonte: Organograma elaborado por pesquisadora.

Apesar da empresa não contar com profissionais qualificados na área administrativa, o

Administrador relata que em sua gestão, sempre gerenciou a empresa atento ao contexto do

mercado, fazendo visitas constantes aos concorrentes e tentando sempre aprofundar as

relações junto aos fornecedores.

Após 13 anos de constante crescimento a Eletrotubos tem agora como meta expandir

seus negócios para outro estado, este escolhido em Santa Catarina, cidade Florianópolis. O

fato de a expansão priorizar a referida capital catarinense, é por estar residindo na cidade a

filha do proprietário, que pretende dar continuidade aos negócios da família e necessitando

ter como referência partir de um estudo de viabilidade de abertura de filial da empresa

Eletrotubos.

Para contextualizar o dinamismo da empresa segue abaixo na Figura 11 uma linha do

tempo contando as principais realizações da empresa Eletrotubos e o ano que corresponde ao

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acontecimento, a figura foi elaborada com base nos dados coletados através de perguntas

direcionadas para o proprietário, tendo o intuito de salientar o constante crescimento da

empresa.

FIGURA 11: HISTÓRICO DA EMPRESA ELETROTUBOS

Fonte: Histórico elaborado por pesquisadora junto ao proprietário.

4.2 Descrição da estrutura organizacional da empresa

A empresa Eletrotubos tem em suas atividades voltadas a atender o setor da

construção civil, ou seja, comercializa os produtos que neste setor está em crescente ascensão.

Com as informações recebidas a empresa contava em seu início com um espaço pequeno, que

a mesma não conseguia atender totalmente a demanda local e muito menos prospectar mais

clientes. Atualmente a empresa já consegue trabalhar junto a 5 setores da construção civil, que

são:

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Ferragens,

Hidráulico,

Elétrico,

Construção e

Tintas.

Com a união de todos os seguimentos acima que correspondem a necessidade básica

da construção civil, o proprietário relata que conseguiu a atenção de seu público alvo criando

um mix favorável aos clientes de sua empresa.

No que se refere ao layout da empresa, a mesma basea-se no melhor atendimento por

produto, ou seja, procurando facilitar a compra dos produtos comercializados, segundo o

gerente a empresa que nos relata esta preferência e de aceitação dos seus clientes, que

preferiam procurar e olhar produtos sozinhos.

No que diz respeito à parte de ferragens e tintas localiza-se mais a vista onde o cliente

tem livre acesso e visualização, já a parte elétrica e hidráulica que normalmente tem mais

especificações e detalhes técnicos fica atrás do balcão onde o cliente preciso da ajuda do

atendente para chegar até o produto. Já na parte de construção que são materiais mais pesados

e brutos, encontra-se no depósito da empresa.

Com o mix variado dos produtos, visualizar o carro chefe da organização tornou-se

complicado, com isso a pesquisadora utilizando como fonte dados secundários da

contabilidade da empresa, demonstrativos de compras realizadas com os fornecedores no

período de 01/01/2008 a 01/01\02009, elaborou informações segmentadas sobre os produtos

que a empresa trabalha.

Com os gráficos abaixo a pesquisadora analisou os pontos fortes da empresa em

relação ao seu mix de produtos. O primeiro demonstrativo que segue no quadro 1 é

relacionado aos produtos mais vendidos dentro das ferragens, foram utilizados para estes

dados os fornecedores deste segmento, chegando assim nos valores representados abaixo. A

empresa apresentou como produto com mais saída dentre as ferragens, os materiais de

trabalho como martelo, pá, inchada, facas, rastilho, alicate, etc.

Foram nos últimos 5 anos que a empresa começou a buscar um mix melhor neste

segmento, pois segundo relato dos funcionários, os gestores perceberam o grande número de

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trabalhadores rurais que devido à localização da empresa ser próxima ao terminal rodoviário,

vinham até a loja adquirir matérias para trabalho.

QUADRO 6: PERCENTUAIS DE FERRAGENS DA EMPRESA ELETROTUBOS

15%

20%

50%

15%

Vendas

Parafusos Fechaduras Material para trabalho(martelo,pá) Dobradiças

Fonte: Demonstrativo de percentuais elaborado pela pesquisadora.

O segundo produto pesquisado junto aos documentos da empresa foram os produtos

elétricos, produtos estes que tiveram sempre grande espaço dentro da empresa, todos os

funcionários da loja trabalham com a prestação de serviços como instalações elétricas, troca

de pinos de produtos defeituosos, tudo isso sem cobrar pelo serviço desde que o cliente

compre a peça na loja. No Quadro 7 existe um equilíbrio nos itens e isso se deve na

interdependência que normalmente eles têm um do outro, pois para colocar um porta lâmpada

precisamos de fios e obviamente de lâmpadas.

QUADRO7: PERCENTUAIS DE MATERIAIS ELÉTRICOS DA EMPRESA ELETROTUBOS

Fonte: Demonstrativo de percentuais elaborado pela pesquisadora.

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Partindo para o terceiro segmento que é o hidráulico, seguem no Quadro 8 os

demonstrativos dos dados avaliados. O proprietário salientou que existe na empresa uma

grande saída destes itens, talvez maior que todos os outros, porém são os que menos geram

receita devido aos custos baixos e a concorrência ser forte.

Justamente nos itens mais vendidos que somaram 40% das compras de material

hidráulico encontram-se joelhos, tes., uniões, tampões que tem base de valor unitário entre

R$0,50 e R$1,00.

QUADRO8:PERCENTUAIS DE MATERIAIS HIDRÁULICOS DA EMPRESA ELETROTUBOS

Fonte: Demonstrativo de percentuais elaborado pela pesquisadora.

Na ilustração abaixo representada pelo Quadro 9 representa os produtos do segmento

construção de maior giro da empresa destacando-se o cimento com 40% das vendas, porém

segue o mesmo critério do caso acima onde o lucro, segundo o proprietário é baixo.

Normalmente acaba-se mesmo que involuntariamente crinado-se uma venda casada, pois

quem compra cimento na empresa normalmente compra brita, areia, etc.

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QUADRO 9: PERCENTUAIS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO DA EMPRESA ELETROTUBOS

Fonte: Demonstrativo de percentuais elaborado pela pesquisadora.

Parte-se agora para a análise dos produtos relacionados à pintura e acabamentos, no

Quadro 5 que segue abaixo, a pesquisadora mostra os produtos destes seguimentos que mais

giram. Destaca-se através de relatos do gerente que os produtos são o carro chefe da empresa,

sendo caracterizados por preços que vão de R$16,00 até R$300,00 cada item. Existe na

empresa uma série de fornecedores destes materiais que foi constatado através de uma análise

mais detalhada no segmento, pois a intenção do estudo é fazer a análise em cima de uma filial

da Eletrotubos no segmento tintas.

QUADRO 10: PERCENTUAIS DE TINTAS DA EMPRESA ELETROTUBOS

Fonte: Demonstrativo de percentuais elaborado pela pesquisadora.

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Junto aos percentuais, 40% das compras referem-se a Tintas esmaltes. Estes materiais

custam em média R$30,00 á R$40,00 o galão de 3,600 litros e R$100,00 a R$ 300,00 o galão

de 18 litros.

Para melhor entendimento a pesquisadora junto aos funcionários da empresa que tem

larga experiência no ramo de tintas e pinturas, montou uma relação de cada item deste

segmento que é comercializado na loja e para que serve cada um. Para os dados mais técnicos

utilizou-se o site da empresa Suvinil como referencial. Segue informações:

Tintas pva e Acrílica: Aplicação em paredes de concreto para

interior e exterior, predominância do fosco. Para interior e exterior de paredes de

concreto.

Tintas Esmalte Sintético e Óleo: Aplicação em madeiras e metais,

superfícies internas e externas, predominância do brilho.

Verniz: Aplicação em madeiras, brilho e fosco.

Selador: Aplicação na parede arrecem concretada, antes da tinta.

Materiais: Utiliza-se basicamente para pintura de exteriores e

interiores rolos, pincéis, bandeja, luvas, lixas.

Uma grande característica da empresa é trabalhar com uma grande variedade de

produtos, ressalta o proprietário e que o motivo que traz os clientes normalmente a loja são

baseados nas necessidades de seus clientes que são: reformas, concertos, construções,

adaptações, reajustes, sendo que estes trabalhos normalmente necessitam de um mix de

produtos bem variados. É justamente isso que a empresa consegue oferecer, buscando sempre

junto aos seus fornecedores um preço melhor para assim retransmiti-lo aos consumidores.

A probabilidade do cliente se tornar assíduo em um estabelecimento que consegue

encontrar tudo que precisa é visivelmente grande, além da gama de produtos a empresa conta

com a experiência de todos os funcionários no ramo civil, baseada em tempo de serviço, pois

muitas vezes, são os funcionários da empresa que resolvem certos problemas para os clientes

como: trocar a resistência do chuveiro, arrumar uma extensão, trocar um pino, tudo isso sem

cobrar pela mão-de-obra, somente pelo fato do cliente ter adquirido o produto na empresa o

que gera mais uma vantagem sobre a concorrência que não tem essa característica no

atendimento.

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Por estar localizada em uma cidade pequena, os principais concorrentes encontram-se

nas proximidades da empresa conforme representado pelo Quadro 6 abaixo. O resultado dos

dados colhidos pela pesquisadora que percorreu todas as lojas de material de construção para

obter as informações abaixo servindo para comparar quais são os maiores concorrentes da

ELETROTUBOS e quais segmentos eles trabalham.

QUADRO 11: CONCORRENTES DA MATRIZ ELETROTUBOS

EMPRESAS FERRAGENS ELÉTRICO HIDRÁULICO CONTRUÇÃO TINTAS

ELETROTUBOS X X X X X

QUERO-QUERO X X X X

CORONA LOSS X X

BIG X X X X

CENTRO ELE X X

PAMPA X X X X X

Fonte: Quadro elaborado pela pesquisadora através de pesquisa exploratória.

Dentre os concorrentes do quadro acima, somente 1 dentro os 5 maiores da cidade,

atende a população em todos os segmentos que a empresa em questão trabalha o que pode

criar uma vantagem competitiva. Segundo as informações coletadas junto aos clientes da loja

através de conversas informais durante o horário de funcionamento da empresa, eles sentem-

se muito favorecidos em saber que podem contar com um mix atraente junto a empresa, não

precisando se deslocar a outras lojas do mesmo ramo.

A empresa é administrada pelos donos Ancelmo e seu filho Alessandro, dois gestores

com ampla experiência no ramo civil decorrente do trabalho de 10 anos do proprietário como

mestre de obras, porém com pouca base administrativa. Algumas falhas são visíveis dentro da

empresa como: promoções sem cálculo apurado de retorno, logística mal estruturada, falta de

comunicação entre os gestores. O proprietário tem noção das falhas que a empresa possui

neste setor, mas salienta que não teriam condições no momento da contratação de um

profissional da área.

Apesar de não contar com capital de sócios, a empresa Eletrotubos conta desde 2006

com a parceria da filha do proprietário, a Arquiteta Sandra Cristina Simões que prontamente

abriu um escritório ao lado do depósito da empresa. Criando-se assim mais um elo da

Eletrotubos com os consumidores e mais uma forma de criar raízes na cidade, agregar valor

ao consumidor e criar vantagem junto aos concorrentes.

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4.3 Apresentação e mapeamento da região em potencial para a abertura da filial

A idéia de expansão da Eletrotubos para uma filial partiu do proprietário da empresa

que já amadurecia a idéia após sua filha ir morar em Florianópolis e o mesmo começou a se

dedicar mais ao assunto. Devido a pesquisadora morar em Florianópolis mais precisamente no

bairro Rio Tavares, tomou-se a decisão de fazer o planejamento da possível filial nesta área

sendo uma região promissora.

A pesquisadora tendo conforme a necessidade de verificação da possível área em

potencial, buscou em sua coleta de dados a visita em alguns locais de acesso as informações

sendo o Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis e a Prefeitura Municipal de

Florianópolis onde foram disponibilizados os dados a seguir.

Segundo informações da Prefeitura Municipal de Florianópolis, em 23 de março de

1726 a capital de Santa Catarina era fundada inicialmente com o nome de Nossa Senhora do

Desterro, após a governança de Floriano Peixoto é que veio então o nome Florianópolis

segundo informações da Prefeitura Municipal de Florianópolis.

A cidade tem um total de 418.048 habitantes concentrados em toda a ilha e grande

Florianópolis segundo IPUF 2006 (Instituto de planejamento Urbano de Florianópolis). A

cidade é dividida em 12 distritos que são definidos como: Ilha e Continente que se define

Distrito Sede, Ingleses, Canasvieiras, Ratones, Cachoeira do Bom Jesus, Santo Antonio de

Lisboa, Rio Vermelho, Barra da Lagoa, Lagoa da Conceição, Campeche, Pântano do Sul e

Ribeirão da Ilha.

Na Tabela 3, abaixo, relata-se a quantidade de habitantes separada por distritos nos

anos de 1991, 2000 e 2006, ao montar este quadro a pesquisadora preocupou-se em tentar de

forma sintetizada mostrar o crescimento populacional da cidade, seguem os dados coletados

segundo IPUF 2006.

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TABELA 3: POPULAÇÃO DE FLORIANÓPOLIS

POPULAÇÃO RESIDENTE

UEP 1991 2000 2006

ILHA 118.492 139.463 150.079

CONTINENTE 82.169 89.406 94.906

INGLESES 5.862 16.514 29.256

CANASVIEIRAS 3.870 10.129 16.987

RATONES 1903 2871 3612

CACHOEIRA BOM JESUS 4509 12808 22690

STO ANTONIO DE

LISBOA

3738 5367 6533

RIO VERMELHO 1864 6791 14139

BARRA DA LAGOA 2919 4331 5417

LAGOA DA CONCEIÇÃO 6654 9849 11556

CAMPECHE 7514 18570 30129

PÂNTANO DO SUL 3961 5824 7238

RIBEIRÃO DA ILHA 11935 20392 25506

Fonte: Tabela elaborada pela pesquisadora com dados do IPUF 2006.

A área de interesse de abertura da filial abrange os distritos Campeche, Pântano do

Sul, Ribeirão e moradores do Rio Tavares que já estão inseridos no distrito Campeche.

Segundo a crescente de habitantes que seguem no Quadro 2, têm-se como possíveis

compradores os moradores dos respectivos distritos que soma um total de 62.873 habitantes

em 2006.

O propósito da abertura da empresa nesta localidade é o fato da pesquisadora já morar

na região, e o nítido crescimento da mesma, que em uma questão de 2 anos triplicou o numero

de estabelecimentos comerciais de vários setores no local,dados estes obtidos pela simples

análise da pesquisadora que mora no local.

No Mapa 2, que segue abaixo, coletado pela pesquisadora através do site

Google/maps, constam os distritos citados na Tabela 3 e ligação destes distritos, como

também toda a Ilha e a parte Continental, e as rodovias de acesso. A possível localização da

filial será na BR SC 405 Rio Tavares, é justamente por esta rota que todos os distritos do sul

da ilha tendem a passar para chegar até o centro de Florianópolis

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MAPA 2: ILHA DE FLORIANÓPOLIS

Fonte: Google/Maps.

Já no Mapa 3, que segue abaixo, também coletado pela pesquisadora segue o mesmo

mapa 2 porem com os distritos bem demarcados tentando aproximar a mesma imagem com

mais riquezas de detalhes, os pontos vermelhos mostram todos os bairros que tem como rota a

BR SC 405 e em azul fica o ponto onde pretende-se abrir a empresa.

Estes bairros contam com um grande número de habitantes de descendência açoriana

principalmente o Ribeirão da Ilha que hoje é uma atração turística com suas residências

conservadas com modelo de em média 200 anos a traz, segundo site Guia Florianópolis.

Destaca-se também além das diversas praias, a praia de Naufragados por ser um destino

turístico no veraneio devido sua beleza específica.

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MAPA 3: SUL DA ILHA DE FLORIANÓPOLIS

Fonte:Google/maps

Como a região em questão é o sul de uma ilha e os moradores locais costumam

movimentar-se muito para o centro de Florianópolis e para o continente, existem duas rotas

para essa movimentação que é a BR SC 405 e o bairro Tapera. O local específico para a

abertura da possível filial veio da análise da localidade cuja pesquisadora mora, notando ela,

que havia poucas empresas especificadas em vendas de tintas e derivados fazendo com que os

clientes para adquirirem material de diferentes marcas e preços precisassem percorrer lojas do

centro da cidade ou até mesmo mais longínquas.

Fazendo uma pesquisa de exploração do local a pesquisadora pode observar várias

construções de casas e principalmente condomínios, ou seja, além dos moradores existentes

como possíveis consumidores, também existem essas inúmeras construções e construtoras

locais, tornando o mercado mais atrativo e abrangente.

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4.4 Prospecção de futuro fornecedor para atender filial

A empresa Eletrotubos devido a sua trajetória de mais de 10 anos desde que abriu as

portas até os dias de atuais, possui um conjunto de fornecedores bem fortalecidos e esta

sempre aberta a novos parceiros. Existem alguns fornecedores que representam várias

empresas e fornecem todo o tipo de material, também algumas fábricas de pequeno, médio e

grande porte, como também distribuidoras que trabalham com várias marcas.

Partindo do pressuposto do setor que a possível filial tem como objetivo, que é o de

tintas, a pesquisadora com ajuda de documentos que se encontram na matriz, elaborou uma

tabela com os possíveis fornecedores para a filial, visando a credibilidade que a empresa já

possui,seu limite, seu tempo de cadastro,tudo isso visando fornecedores de confiança.

Foram classificados 14 fornecedores com real potencialidade, fábricas e distribuidoras

de prestígio e marca conceituada no mercado, após a elaboração do quadro abaixo a

pesquisadora entrou em contato com os fornecedores para então questionar qual seria a

possibilidade da filial utilizar-se do limite da matriz para suas compras e em 80% dos

fornecedores a idéia foi aceita com total aprovação. Sendo assim a possível filial já teria um

prazo estendido e vantagens de uma empresa de 10 anos como já é a matriz. Segue abaixo no

Quadro 12 a relação dos possíveis fornecedores:

QUADRO 12: FORNECEDORES FONTE: ARQUIVOS DA EMPRESA

FORNECEDORES CONTATOS

BRASILUX TINTAS TEC

LTDA

0800 55 60 02

RODO QUÍMICA 51 3653 3151

REBOMAQ 51 3475 4533

KILLING 51 35868100

JIMO 51 34706755

CONDOR 47 3631 2222

BRASIPLA 48 3466 2449

COLAFIX 51 33781100

CALKIDRAX 51 3734 2278

ALLCHEM QUÍMICA 53 3134 3300

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Um dos objetivos da expansão da empresa para Florianópolis é agregar vantagens ao

mercado local, visando isto, a pesquisadora através de pesquisa de campo em todos os

concorrentes vislumbrou um cenário de novas marcas que não são comercializadas nos

estabelecimentos locais,que poderão trazer preços melhores e um leque maior de

opções.Segue no Quadro 13 a seguir uma relação de possíveis empresas:

QUADRO 13:POSSÍVEIS FORNECEDORES

FORNECEDORES

INDUSTRIA DE TINTAS CORFIX LTDA

MAXICRON COMERCIO DE TINTAS LTDA

BRASILUX TINTAS TEC LTDA

REAL COLOR COMERCIO E REPRESENTAÇÕES

CALKIDRAX

SW TINTAS & REVESTIMENTOS INDUSTRIAIS LTDA

AKZO NOBEL

BRASIPLA

REBOMAQ

KILLING

ANJO

SCHULZ COMERCIO DE TINTAS LTDA

Fonte: Arquivos da empresa.

4.5 Levantamento dos concorrentes em potencial da região:

A análise da concorrência partiu da idéia de vislumbrar como está o cenário de

empresas que se dedicam ao setor de tintas buscando dados mais precisos. A pesquisadora

entrou em contato com a AEMFLO(Associação Empresarial da Região Metropolitana de

Florianópolis) para tentar encontrar informações sobre as empresas do local porém todo e

qualquer dado só esta disponibilizado a sócios. Após o contato com a AEMFLO a

pesquisadora tentou encontrar essas informações junto a JUNTA COMERCIAL DE

FLORIANÓPOLIS, porém os dados repassados foram que havia no momento 123 empresas

deste raro na capital, sendo assim a pesquisadora partiu para uma análise de loja por loja.

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Caracteristicamente a região mostra-se aberta a novos empreendimentos deste setor

devido às poucas empresas que trabalham no local, direcionadas ao segmento da vendas de

tintas e derivados, e as lojas do ramo da construção civil que trabalham com um mix maior

não se dedicam a venda do segmento de tintas e utensílios.

Estima-se que a região de maior número de clientes potenciais tem como rota o início

do Rio Tavares SC 405 até final do Pântano do Sul o que já corresponde a 80% da região sul

de Florianópolis. Na pesquisa de campo que a pesquisadora realizou entre os dias 01/07/2009

até 15/07/2009, visitando loja por loja desta área a mesma encontrou 20 concorrentes em toda

a extensão do território, sendo que no raio de 1 km foram encontrados 2 concorrentes

potenciais que segue no quadro abaixo:

QUADRO 14: CONCORRENTES DIRETOS

EMPRESA TELEFONE Trabalham com tintas?

Acima de 5 marcas?Quais?

Lojão das Tintas Tel.: (48) 3338-2869 Sim sim

Rio Tavares - florianópolis / SC

Tintas Rocha Ltda Tel.: (48) 3226-1914 Sim sim

Rio Tavares - florianópolis / SC

Fonte: Pesquisa exploratória do local.

Dentro dos 20 concorrentes do ramo civil apenas 2 são de mesma proporção, ou seja,

lojas que trabalham somente com tintas e com uma gama de marcas e preços

consideravelmente atrativa e das 20 concorrentes da região, 18 trabalham com tintas apenas

como complemento, pois foco é o de materiais de construção. A maioria das empresas como

mostra o quadro abaixo trabalha com 2 a 3 marcas apenas.

Durante a pesquisa de campo visitando loja por loja da região, percebendo essa

diferença de que apenas 1% das empresas do setor foca em tintas, a pesquisadora questionou

o real motivo para 3 proprietários destas concorrentes, tendo como resposta apenas que, tintas

não é o foco da empresa, simplesmente porque já conseguem seu lucro através dos outros

produtos.

No quadro abaixo elaborado pela pesquisadora em suas visitas ao comércio local

houve uma atenção em deixar claro se a empresas analisadas trabalham no setor de tintas e

com quantas e quais marcas elas trabalham:

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QUADRO 15: CONCORRENTES INDIRETOS

EMPRESA TELEFONE Trabalham com tintas?

Acima de 5 marcas?Quais?

Antunes Materiais de Construção

Rio Tavares - Florianópolis / SC

Tel.: (48) 3237-9004 Sim Não

Suvinil e Shere willins

Areias Comércio Materiais Construção Ltda

Morro das Pedras - Florianópolis / SC

Tel.: (48) 3338-9000 Sim Não

Resicolor

Armacom Materiais de Construção

Tel.: (48) 3389-5077 Sim Não

Caçula Materiais de Construção

Rio Tavares - Florianópolis / SC

Tel.: (48) 3237-3000 Sim Não

Novacor

Resicolor

Acril

Campeche Material Construção

Campeche - Florianópolis / SC

Tel.: (48) 3237-4341 Sim Não

Resicolor

Suvinil

Cantinho da Construção

Campeche - Florianópolis / SC

Tel.: (48) 3338-8372 Não

Casas do Cano

Rio Tavares - Florianópolis / SC

Tel.: (48) 3226-5636 Sim Não

Chagas Materiais de Construção

Campeche - Florianópolis / SC

Tel.: (48) 3338-2607 Sim Não

.MaxTintas

Comércio de Materiais de Tel.: (48) 3237-4910 Sim Não

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Fonte: dados coletados pela pesquisadora em pesquisa exploratória.

Analiticamente nos bairros analisados existem várias empresas como mostra a tabela

acima, dividindo por bairros temos, Rio Tavares 7 empresas do ramo construção civil onde os

concorrentes de maior peso são 2 mostrados no quadro 8,no bairro Campeche temos 5

empresas,no Morro das Pedras apenas 1 empresa,na Armação 2 empresas e finalizando no

bairro Tapera apenas 1 também.

Construções Imperador Ltda.

Campeche - Florianopolis / SC

Damiani Materiais de Construção

Rio Tavares - Florianópolis / SC

Tel.: (48) 3237-4444 Sim Não

Hidronorte

Daniela Salete Antunes Colle

Tapera - Florianópolis / SC

Tel.: (48) 3337-1470 Sim Não

RENNER

De Lima Material de Construção

Rio Tavares - Florianópolis / SC

Tel.: (48) 3237-2365 SIM Não

Grafoquimica

Dimac Materiais para Construção

Rio Tavares - Florianópolis / SC

Tel.: (48) 3226-5084 Sim Não

Suvinil

Resicolor

Duarte Materiais de Construção

Armação

Tel.: (48) 3237-5188 Não

Resicolor

M J Materiais de Construção Tel.: (48) 3237-9700 FALIU

Pedro Vitorino & Cia

Rio Tavares - Florianópolis / SC

Tel.: (48) 3334-8000 Sim Não

Nova Crill

Ponta Sul Comércio de Materiais de Construção

Tel.: (48) 3237-8146

Sim Não

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Dentre as 20 empresas pesquisadas excluindo as 2 empresas que dedicam-se somente

ao ramo das tintas, das 18 restantes o total de marcas que são utilizadas pelas empresas para a

venda de tintas e utensílios gira em torno de 8 marcas,destacando que a Resicolor tem uma

grande atuação nestas.

Segue na Tabela 4 abaixo uma relação de preços da empresa Eletrotubos e 10

concorrentes que abrangem o raio de 2 km da possível localização da empresa, na qual

salienta-se o diferencial que a possível filial agregue a comunidade nos preços dos

materiais,na construção da tabela leva-se em conta o preço o que o material seja o mesmo.

TABELA 4: ANÁLISE DE PREÇOS MATRIZ X CONCORRENTES FLORIANÓPOLIS

Fonte: Tabela elaborada pela pesquisadora através de pesquisa exploratória.

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4.6 Apresentar a viabilidade de custo para a abertura da filial

Os orçamentos a seguir referem-se a despesas pré operacionais necessárias à

implantação e funcionamento do empreendimento. Neste caso a intenção foi de mensurar o

total de desembolsos que ocorrerão mensalmente nos três meses anteriores a abertura da

empresa, para que assim fique em evidência o quanto será necessário ter em mãos como

capital inicial e também um capital de giro suficiente para os meses de adaptação da empresa

no mercado.

O quadro 12 foi elaborado pela pesquisadora junto ao contabilista que já esta

disposição da possível filial explicando a necessidade da empresa possuir um contabilista.

Inicialmente a pesquisadora devido à análise feita junto aos concorrentes e rotas de

maior utilização entre os moradores, chegou então à decisão da localização da empresa como

já comentado nos itens acima, será em uma casa na Rod SC 405, 1450 km 5, o dono do

imóvel pede 1 fiador e 1 mês adiantado de aluguel como garantia. Segue mapa do local:

FIGURA 12: FOTO POSSÍVEL LOCALIZAÇÃO PARA A EMPRESA

Fonte: Google Earth

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Os primeiros gastos contabilizados após o aluguel foram às reformas necessárias como

pintura, instalações elétricas e hidráulicas, e a colocação de um banner comercial, todos estes

itens entram no quesito Reform.

Após a reforma interna e externa analisou-se as instalações, onde entram os gastos

com móveis, infra-estrutura para colocação dos produtos e do estoque e o escritório da

empresa onde fica reservado para o uso dos gestores.

Junto ao terceiro item do quadro abaixo entram os gastos com a tecnologia da empresa

onde se define 2 computadores, 1 máquina para dar tonalidades de cores para as tintas

máquina essa que segundo empresa Brasilux é possível a consignação da mesma, e por último

o sistema de vigilância da empresa.

Após a empresa estruturada e pronta para a chegada dos produtos, produtos estes que

devido à possível filial da empresa ELETROTUBOS conseguir os mesmos prazos e descontos

da matriz obteve-se 90 dias como prazo de pagamento para os estoques, ou seja, a empresa só

começará a pagar os produtos da loja 2 meses após a loja estar com as portas abertas.

Na última parte do quadro parte-se para os últimos gastos da empresa antes do começo

das atividades de varejo, onde entram os gastos com a parte legal e tributária da empresa,

como inicialmente a pesquisadora fez a opção de não aderir a funcionários pelo menos nos

primeiros meses sendo ela mesma que atenderá os clientes, não entrarão gastos com

funcionários na relação.

E por fim finalizando o quadro de Investimento inicial temos então um valor sugerido

pelo proprietário da empresa como capital de giro para os primeiros meses, visto que a

sugestão foi dada por experiência do mesmo no ramo. Segue então a tabela com os valores:

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TABELA 5: INVESTIMENTOS INICIAIS

INVESTIMENTO INICIAL ANTES DA INAUGURAÇÃO

DETALHAMENTO DESEMBOLSO 1° MÊS DESEMBOLSO 2° MÊS DESEMBOLSO 3° MÊS SUBTOTAL

ALUGUEL 1200,00 600,00 600,00 2400.00

REFORMA

o Pintura

o Inst

Eletrica(Luz)

o InstHidr(Agua

2000,00 150,00 150,00 2.300,00

INSTALAÇÕES

o Móveis

o Infr estrutura

o Escritório

5000,00 5.000,00

TECNOLOGIA

o Computadores

o Vigilância

4000,00 400,00 400,00 4.800,00

ESTOQUE 0,00 0,00 0,00 10.000,00

GASTOS

TRIBUTÁRIOS

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JUNTA

COMERCIAL E

RECEITA

75,00 75,00

SECRETARIA DA

FAZENDA

50,00 50,00

ALVARÁ DA

PREFEITURA

350,00 350,00

TAXA DE

PUBLICIDADE

200,00 200,00

CONTADOR 500,00 480,00 480,00 1.460,00

RESERVAS PARA

GASTOS NÃO

PREVISTOS

2000,00 2000,00

RESERVA PARA

CAPITAL DE GIRO

5000,00 5000,00

TOTAL 13.375,00 1.630,00 8.630,00 33.635,00

Fonte: Quadro formulado pela pesquisadora junto à contabilista com valores de mercado hipotéticos

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Avaliando-se os gastos até a abertura da empresa, a possível filial precisará de R$

33.635,00 para a total abertura da empresa, sem ficar com dívidas a não ser a dos produtos

comprados um mês antes da abertura da empresa. Porém obteve como prazo 90 dias para o

pagamento, quando a primeira fatura estiver para vencer a empresa pretende já estar com

dinheiro em caixa e mesmo assim terá um capital de giro a disposição.

Esse sistema de utilizar o crédito de descontos e condições de pagamentos será

utilizado como agente facilitador, visto que uma empresa quando se cadastra inicialmente em

um fornecedor ela tem as condições diferenciadas do que uma empresa que já trabalha junto

aos fornecedores a cerca de 10 anos como a matriz. Sendo assim, foi exatamente por isso que

o crédito de 90 dias para o pagamento da primeira fatura dos produtos para estoque inicial

possivelmente serão vendidos.

Como modo de capitação deste capital necessário para abertura da filial a

pesquisadora analisou vários veículos como empréstimos, financiamentos, crédito

consignado, porém após apresentar a presente pesquisa ao proprietário da matriz o mesmo se

colocou a disposição de financiar 100% do montante necessário para a abertura, sendo em

números o total de R$33.635,00.

O proprietário fez a proposta de disponibilizar o total necessário para abertura da filial

tendo como acordo que a empresa ficará no nome do mesmo e da pesquisadora em questão, e

com a promessa junto a contratos específicos, que 35% dos lucros da empresa serão revertidos

ao proprietário até o momento que o mesmo achar necessário.

No caso do tipo de contrato que será necessário para abertura da empresa, como futura

administradora e como sugestão do contabilista a parceria com um advogado seria de grande

valia, visto a precaução de não contar problemas futuros, tendo em vista que o proprietário

possui outros filhos e a não documentação de todos os processos dentro da lei e com clausulas

clara, podem ocasionar grande desastre visto ser uma empresa de gestão familiar.

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78

4.6.1 Levantamento de Custos

Para a análise dos custos a pesquisadora precisou ir até a cidade que encontra-se a

matriz para ter acesso aos resultados de compras,vendas e preços de cada produto chave da

loja.

Com o levantamento dos custos citados a pesquisadora tende a aprofundar mais o

estudo em alguns cálculos específicos para fins de análise de viabilidade, gerando assim uma

maior veracidade e segurança na resposta do trabalho.

Na tabela 6 abaixo ilustra-se os produtos que pretende-se conter no estoque inicial da

filial assim como o preço de compra e venda dos mesmos, na análise não foi considerado

marcas e sim preços, os preços mais baixos de compra e venda da empresa. Dados obtidos

través de Notas fiscais de compra e de venda da empresa.

Na análise da fixação dos preços o proprietário da empresa relata que não faz um

estudo prévio e não costuma elaborar grandes contas para isso, ele costuma estar sempre

observando os preços e marcas da concorrência e tem uma margem de 60 a 90% de acréscimo

em cada produto.

Junto aos produtos escolhidos a pesquisadora junto com o proprietário da matriz

fizeram uma relação dos produtos que devem conterá matriz pelo menos,inicialmente.Para

futuramente ,com a evolução do capital irem complementando com outros produtos como:

gesso,lixas,espátulas,luvas,removedor de tintas,sela água,etc.

Os preços abaixo servem como auxilio na obtenção dos próximos dados e para fins de

auxiliar na visão de mercado e custos, todos os preços de compra já estão acrescidos de IPI.

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TABELA 6: VALORES DOS PRODUTOS

PRODUTO VALOR COMPRA VALOR VENDA

TINTA PVA

3600L

18L

R$ 8,64

R$ 30,22

R$ 17,50

R$ 59,80

TINTA ACRÍLICA

3600L

18L

R$ 14,82

R$ 52,40

R$ 22,00

R$ 71,90

TINTA ESMALTE SINTÉTICO

3600L

1L

225ML

R$ 16,67

R$ 4,97

R$ 2,76

R$38,60

R$14,00

R$6,00

TINTA ÓLEO

3600L

1L

R$ 13,01

R$ 4,92

R$ 28,00

R$ 12,00

SELADOR

3600L

18L

R$ 10,90

R$ 27,89

R$19,00

R$ 50,00

VERNIZ

INCOLOR 3600L

TINGIDO 3600L

1L

R$20,50

R$ 26,78

R$ 5,80

R$35,00

R$46,00

R$12,00

ROLO R$ 3,01 R$ 4,20

PINCEL R$ 0,99 R$ 2,00

BANDEJA R$ 1,24 R$4,00

CORANTE PARA TINTA R$ 1,02 R$ 2,60

SOLVENTE

1L

R$ 3,06

R$ 5,50

Fonte: Notas fiscais de compra e venda da empresa matriz. (dados primários 2008)

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80

Na tabela que segue abaixo a pesquisadora apurou todas as vendas destes produtos da

tabela acima no ano de 2008, através da verificação das notas fiscais emitidas pela empresa, à

contabilidade da matriz tem todos os talões de notas e nestes constam a via da empresa.

Parte-se do pressuposto que com a quantidade de itens vendidos por mês

conseguiremos chegar ao valor exato de vendas por mês. Com a tabela abaixo também

podemos destacar o total de compras de cada produto por mês e por ano.

Percebe-se que nos meses que para nossa cultura destina-se o inverno as vendas deste

setor decaem e logo que inicia-se o calor as vendas crescem,em conversa sobre esta questão

com os trabalhadores da empresa os mesmos destacam que o inverno tende a ser muito

chuvoso e com isso alem das pessoas saírem menos para as compras não é aconselhável a

pintura principalmente externa.

A pesar da pesquisadora não conseguir apurar estes dados dos anos que antecederam

2008 ao mostrar a análise feita para o proprietário do local o mesmo mostrou-se surpreso com

o que pode-se apurar com estes valores e que os declínios de vendas do inverno nunca haviam

sido mensurados.

Tende-se com estes dados facilitar a visualização da quantidade de produtos

vendidos por mês, durante 12 meses, referente a o ano de 2008, junto à empresa. Segue

abaixo Tabela 7:

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TABELA 7: VENDAS POR PRODUTOS E MESES DURANTE ANO 2008

J F M A M J J A S O N D

TINTA PVA

3600L

18L

302

37

307

32

253

24

256

22

110

17

108

16

147

15

176

20

201

20

249

21

299

33

307

36

TINTA ACRÍLICA

3600L

18L

227

20

232

22

154

18

151

15

82

12

85

10

71

11

77

15

81

19

94

23

111

24

153

27

TINTA ESMALTE

3600L

1L

225ML

45

213

310

42

200

301

41

121

242

35

104

236

16

83

181

17

79

176

19

92

183

20

117

202

22

128

209

25

152

222

35

203

250

40

209

259

TINTA ÓLEO

3600L

1L

54

118

47

102

45

93

32

80

26

71

21

63

27

58

31

82

35

77

40

80

45

93

49

99

SELADOR

3600L

18L

40

33

41

31

38

27

26

26

28

21

20

15

19

12

17

16

25

15

27

19

37

22

39

27

VERNIZ

INC 3600L

TING3600L

1L

47

30

62

42

27

58

36

25

55

21

22

49

23

17

31

17

10

25

18

12

20

15

10

20

13

16

22

23

19

25

25

22

38

32

26

45

ROLO 115 100 107 82 76 53 50 71 79 78 93 104

PINCEL 200 154 100 103 122 94 82 60 66 127 132 178

BANDEJA 36 38 32 24 17 12 9 17 22 35 40 32

CORANTE 370 322 303 287 226 180 172 191 204 300 291 314

SOLVENTE

1L

66

61

63

58

55

47

32

22

26

27

32

45

Fonte: Talão de notas fiscais da empresa durante o ano de 2008. (dados primários 2008)

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Na tabela 8 que segue abaixo a pesquisadora procurou mostrar o total de compras e

vendas destes produtos que seguem multiplicando o preço de compra e de venda pelo total de

vendas e compras respectivo. Para que assim possamos ter uma noção de quanto se comprou,

ou seja, se pagou pelo estoque e quanto se vendeu, sem descontar nenhum custo, por

enquanto, assim na elaboração do fluxo de caixa na tabela seguinte ficará mais fácil a

visualização.

A contabilidade da empresa não se propôs a disponibilizar os dados, tendo a

pesquisadora que fazer as multiplicações item por item,valor por valor, para que os fatos

fiquem o mais próximo da realidade possível, facilitando na análise da viabilidade.

Utilizou-se na tabela abaixo o valor total de compras por mês de cada item sem a

preocupação de marcas nem preços,e na utilização dos preços de venda e compra teve-se o

cuidado de usar-se o preço mais econômico da empresa tanto de venda como de compra para

que na pior das hipóteses, o cliente adquirindo somente o produto de menor, os dados

continuem com a mesma relevância.

Segue abaixo Tabela 8 indicando o total de compras e vendas pro mês da empresa

matriz no ano de 2008, a fonte utilizada foi notas fiscais de compra para a utilização dos

preços e análise de IPI e o valor de venda do produto através das NFs.

TABELA 8: TOTAL DE COMPRAS E VENDAS MÊS A MÊS

PRODUTO QUANTIDADE DE

COMPRAS ANUAL

PREÇO DE

COMPRA

PREÇO DE

VENDA

TOTAL DE

COMPRAS

TOTAL DE

VENDA

TINTA PVA

3600L

18L

2715

293

R$ 8,64

R$ 30,22

R$ 17,50

R$ 59,80

R$23.457,60

R$8.854,46

R$47512,50

R$17.521,40

TINTA ACRÍLICA

3600L

18L

1518

216

R$ 14,82

R$ 52,40

R$ 22,00

R$ 71,90

R$22.496,76

R$11.318,40

R$33.396,00

R$15.530,40

TINTA ESMALTE

3600L

1L

225ML

357

1701

2771

R$ 16,67

R$ 4,97

R$ 2,76

R$38,60

R$14,00

R$6,00

R$5951,19

R$8.453,97

R$7.647,96

R$13.780,20

R$23.814,00

R$16.626,00

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TINTA ÓLEO

3600L

1L

452

1016

R$ 13,01

R$ 4,92

R$ 28,00

R$ 12,00

R$5.580,52

R$4.998,72

R$12.656,00

R$12.192,00

SELADOR

3600L

18L

264

357

R$ 10,90

R$ 27,89

R$19,00

R$ 50,00

R$7.362,96

R$3.891,30

R$13.200,00

R$6.783,00

VERNIZ

INC 3600L

TING3600L

1L

312

236

450

R$20,90

R$ 26,78

R$ 5,80

R$35,00

R$46,00

R$12,00

R$6.520,80

R$6.320,08

R$2.610,00

R$10.920,00

R$10.856,00

R$5.400,00

ROLO 1008 R$ 3,01 R$ 4,20 R$3.034,08 R$4.233,60

PINCEL 1418 R$ 0,99 R$ 2,00 R$1.403,82 R$2.836,00

BANDEJA 314 R$ 1,24 R$4,00 R$389,36 R$1256,00

CORANTE 3160 R$ 1,02 R$ 2,60 R$3.223,20 R$8.216,00

SOLVENTE

1L

534

R$ 3,06

R$ 5,50

R$1.634,00

R$8.216,00

TOTAL R$135.449,18 R$256.729,10

FONTE: Notas Fiscais da empresa (dados primários 2008).

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4.6.2 Fluxo de caixa

È no fluxo de caixa que acompanhamos as entradas e saídas de caixa para assim auxiliar na tomada de decisões e também para uma

melhor visualização do cenário financeiro que a empresa se inseri. Segue ma Tabela 9 abaixo o fluxo de caixa da empresa nos 12 meses do ano

de 2008.

TABELA 9: FLUXO DE CAIXA

FONTE: Valores obtidos através de cálculos realizados pela pesquisadora em dados primários 2008.

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85

4.6.3 Demonstração de resultados

Após a análise mês a mês através do Fluxo de caixa do ano de 2008, segue abaixo o

DRE do ano que normalmente são elaborados com fins de demonstrações legais. Como a

empresa matriz trabalha com vários produtos do setor de construção e não somente com o

ramo de tintas, a pesquisadora precisou separa os dados para a obtenção dos valores tanto

unitários de cada produto, quanto os fixos e variáveis. Os tributos utilizados representados

como Alíquota de 6,84%, seguem a linha do Simples Nacional devido ao valor de

faturamento anual da empresa, e tendo como base a tabela disponibilizada pelo Sebrae Sc.

TABELA 10: DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

FONTE: Notas fiscais da empresa(dados primários 2008).

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4.6.4 Valor Presente Líquido

O método de valor presente líquido (VPL) segundo Souza (2001, p.37) “... é a

concentração de todos os valores esperados em um fluxo de caixa na data zero.” Para essa

análise usa-se a Taxa mínima de atratividade (TMA) que para Souza (2001) é uma taxa de

baixo grau de risco disponível para aplicação e análise.

Junto ao cálculo abaixo apresentado analiza-se o VPL mensalmente,durante 12 meses,

com TMA o retorno mínimo da caderneta de poupança (0,5% a.m em média) obtido através

do Banco Santander, totalizando uma TMA de 1,5% a.m, pois a pesquisadora fez a opção de

acrescentar 1% a.m como objetivo de retorno .O modo utilizado para o cálculo foi através da

calculadora HP 12c. Segue abaixo o VPL da empresa:

33.635,00<CHS<g<Cfo>

12.595,95<g>CFj>

10.213,70<g>CFj>

9.363,56<g>CFj>

8.224,19<g>CFj>

5.098,34<g>CFj>

4.392,94<g>CFj>

4.724,02<g>CFj>

5.742,19<g>CFj>

6.388,41<g>CFj>

7.896,87<g>CFj>

9.954,06<g>CFj>

11.111,80<g>CFj>

1,5%<i>

<f> <NPV> = 53.631,90

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Obteve-se como resposta da análise do Valor Presente líquido da empresa

como atraente e viável, devido o valor do VPL que foi R$53.631,90 ser maior

que zero.

4.6.5 Taxa Interna de Retorno

Para Souza (2001, p. 74) “... a Taxa Interna de Retorno (TIR), por definição, é a taxa

que torna o Valor presente Líquido (VPL) de um fluxo de caixa igual a zero.”Após a análise

do VPL o qual se utiliza no cálculo abaixo, partimos para a taxa interna de retorno. Segue

abaixo o cálculo da TIR:

33.635,00<CHS<g<Cfo>

12.595,95<g>CFj>

10.213,70<g>CFj>

9.363,56<g>CFj>

8.224,19<g>CFj>

5.098,34<g>CFj>

4.392,94<g>CFj>

4.724,02<g>CFj>

5.742,19<g>CFj>

6.388,41<g>CFj>

7.896,87<g>CFj>

9.954,06<g>CFj>

11.111,80<g>CFj>

1,5%<i>

<f> <NPV> = 53.631,90 <f> <IRR> = 24,19% a.m

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A respostas da análise que a pesquisa procurou através da TIR , comprando a

taxa da TIR com a TMA utilizada que no caso foi 1,5% a.m,obteve-se uma

resposta positiva, pois a taxa da TIR foi superior a TMA, sendo assim a

pesquisa qualifica-se como viável e atraente.

4.6.6 Realização do payback

Souza (2002, p.81) define payback como “... o número de períodos necessários para

que o fluxo de benefícios supere o capital investido. Sendo assim a pesquisa parte para o

terceiro mecanismo matemático de análise de viabilidade, mecanismos estes que servem

como apoio maior na tomada decisões, pois apóia-se em elementos quantitativos.

Segue abaixo na tabela 12 o fluxo do payback, utilizando-se da taxa de 1,5% já

incorporada no VPL, que representa 0,5% índice da caderneta de poupança mais 1% como

proposta da pesquisadora.

TABELA 11: Payback descontado do fluxo

FONTE: Valores calculados através de Notas Fiscais da empresa matriz.

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Cálculo Payback descontado:

2.353,53 = 0, 30373 X 12 = 3, 64476 – 3 = 0, 64476 X 30 = 19,34

7.748,70

Verificando os valores apresentados na tabela 12, o payback de retorno é 4 meses e 19

dias.

4.6.7 Análise dos dados

Como salienta Souza (2001, p.59) “... a decisão de se fazer um investimento de capital

é parte de um processo que envolve a geração e avaliação de diversas alternativas que

atendem as especificações técnicas dos investimentos”. Para se chegar a respstas mais

completas na viabilidade de um projeto utiliza-se ferramentas de medição.

Segue abaixo na tabela 13 uma demonstração de todos os valores de análise obtidos

pelos cálculos propostos na pesquisa.

TABELA 12: Síntese de respostas

FONTE: Dados coletados através dos resultados da pesquisa

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5 Conclusão

O empreendedorismo cresce a cada dia que passa no ambiente econômico onde o

empreendedor visa independência financeira e o crescimento profissional, com isso a análise

de viabilidade traz ao pesquisador uma visão de vários aspectos para seu futuro negócio,

proporcionando escolhas mais precisas por conseqüência que menos erros acontecem na

empregabilidade de seu capital.

Conforme abordado no problema de pesquisa o presente estudo analisou a

possibilidade de abrir uma filial da empresa Eletrotubos, mais precisamente no ramo de tintas,

no bairro Rio Tavares sendo que para isso uma série de análises foram feitas que ajudaram na

determinação da viabilidade da empresa.

O estudo tinha como objetivos descrever a estrutura organizacional da empresa

entrante onde foi descrito passo a passo todo o histórico de evolução da matriz Eletrotubos

visando o real suporte que a mesma poderá proporcionar a filial, apresentar a região em

potencial para a abertura da filial, apresentação esta que a pesquisadora explanou com mapas

e análise populacional mostrando uma exatidão dos fatos e a real expansão do local, no caso

Rio Tavares.

Também como objetivos prospectou os fornecedores para atender filial onde viu-se

como oportunidade a utilização do crédito da matriz para a filial junto aos fornecedores como

também novas marcas para o mercado local,houve também a descrição dos concorrentes em

potencial da região escolhida onde pose-se observar a real carência de uma empresa deste

segmento no local.

E como ultimo objetivo analisou a viabilidade financeira onde a pesquisadora com a

ajuda de um contabilista local descreveu e quantificou todos os gastos necessários para a

abertura da filial juntamente com um capital de giro.

Também dentro da área financeira houve o estudo dos valores de VPL, TIR e

PAYBACK, trazendo resultados satisfatórios a pesquisa e dando uma maior segurança para o

investimento.

Os resultados atenderam as expectativas da acadêmica, pois se obteve uma resposta

clara da viabilidade do empreendimento tanto no aspecto do composto de marketing quanto

no aspecto financeiro. Após a demonstração da presente pesquisa para o proprietário da

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matriz, o mesmo aceitou o financiamento de 100% do valor necessário para a abertura da

filial.

O ponto de destaque do estudo foi trabalho que a pesquisadora teve em explorar toda a

região, de concorrente por concorrente, verificando instalações, preços, modos de

atendimento e fazendo um comparativo com toda a estrutura da matriz, após esta analise

acadêmica conseguiu vislumbrar um cenário rico e próspero para futura filial visto a carência

do local em todos os aspectos abordados.

A sugestão final após a acadêmica ter analisado todos os objetivos propostos foi pelo

estudo foi a de um complemento para a empresa, onde o ramo de serviços no local é mais

carente ainda. Como a empresa pretende trabalhar com toda a estrutura de tintas quem sabe

ela poça montar um projeto em parceria com profissionais independentes e arquitetos de

entregar os serviços completo ao cliente não somente a tinta para a pintura.

Esta análise de viabilidade proporcionou a acadêmica uma visão mais sistêmica sobre

todos os processos administrativos, como também a possibilidade de aliar referencias teóricas

com práticas.

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REFERÊNCIAS

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Acessado em 20/11/2009.

COBRA, Marcos Henrique Nogueira. Marketing básico. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1997.

COBRA, Marcos Henrique Nogueira. Administração de marketing. 2ª ed. São Paulo: Atlas,

1992.

COBRA, Marcos; Administração de vendas: casos, exercícios e estratégias. São Paulo:

Atlas, 1986.

COBRA, Marcos; Plano Estratégico de marketing. São Paulo: Atlas, 1986.

COBRA, Marcos, RANGEL, Alexandre. Serviços ao cliente:uma estratégia competitiva.São

Paulo: Marcos Cobra, 1992.

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São

Paulo: Saraiva, 2006.

DORNELAS, José Carlos Assis; Empreendedorismo: transformando idéias em negócios.

Rio de Janeiro: Campus, 2001.

DORNELAS, JoséCarlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios.2

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FENACON: Qualidade no setor dos serviços: 2005. Disponível em: <www.cfa.org.br>

Acessada em: 21/07/2009

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª edição. São Paulo:

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