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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Cibele Hoffmann Processo de motivação: um estudo de caso na Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura Municipal de São José São José 2008

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS - GESTÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Cibele Hoffmann

Processo de motivação: um estudo de caso na Secretaria Municipal de

Administração da Prefeitura Municipal de São José

São José 2008

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Cibele Hoffmann

Processo de motivação: um estudo de caso na Secretaria Municipal de

Administração da Prefeitura Municipal de São José

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado como requisito

parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração

da Universidade do Vale do Itajaí.

Professora Orientadora: Evelize Mara de Souza Gomes Martins

São José 2008

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Cibele Hoffmann

Processo de motivação: um estudo de caso na Secretaria Municipal de

Administração da Prefeitura Municipal de São José

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final pela Coordenação do Curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí, em 02 de dezembro de 2008.

Prof.(a) MSc. Luciana Merlin Bervian Univali – Campus São José Coordenador (a) do Curso

Banca Examinadora:

Prof.(a) MSc. Evelize Mara de Souza Gomes Martins

Univali – Campus São José Professora Orientadora

Prof.(a) MSc. Amarildo Felipe Kanitz

Univali – Campus São José Membro

Prof.(a) MSc. Kellen da Silva Coelho

Univali – Campus São José Membro

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À minha família, meu pai Vilmar, minha

mãe Cida, minha irmã Karinne, meu irmão Rafael e

minha avó Lourdes, por me apoiarem nas horas que

mais precisei.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus, pela vida, por nunca me deixar sozinha e por me

dar coragem de chegar até aqui.

Agradeço à Prefeitura Municipal de São José, em especial ao Prefeito Fernando

Melquiades Elias, que me deu a oportunidade e a abertura para obter as informações que

foram necessárias para realização deste trabalho.

Também agradeço a minha orientadora, Professora MSc. Evelize Mara de Souza

Gomes Martins, que foi sempre prestativa e me deu o apoio suficiente para a elaboração do

trabalho.

Agradeço aos amigos que conquistei nessa universidade, que ao longo destes cinco

anos contribuíram com seus conhecimentos, carinho e atenção.

Finalizo agradecendo aos amigos e amigas que me apoiaram na elaboração deste

estudo, com palavras de incentivo, carinho e compreensão: Karinne, Carla, Suzi, Josi, Pâmela,

Patrícia, Kris.

Obrigada por tudo!

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Os momentos mais esplêndidos da vida

não são os chamados dias de êxito, mais sim,

aqueles dias em que, saindo do desânimo e do

desespero, sentimos ergue-se dentro de nós um

desafio: a vida e a promessa de futura realização.

Gustave Flaubert

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RESUMO

Este Trabalho de Conclusão de Estágio tem como objetivo geral analisar o processo de motivação dos funcionários da Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura Municipal de São José. Em termos de objetivos específicos buscou-se identificar os fatores que influenciaram o funcionário no ingresso na Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura de São José, verificar a satisfação com relação aos benefícios e direitos oferecidos aos funcionários, identificar o grau de satisfação dos funcionários com relação às atividades que desenvolvem na organização, identificar as principais necessidades dos servidores frente ao trabalho, como as fisiológicas, de segurança e proteção, de estima, social, de afeto e auto-realização no contexto da organização em estudo e apontar os fatores causadores de satisfação e insatisfação no ambiente de trabalho da Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura de São José. Na fundamentação teórica foram apontados alguns tópicos sobre a importância da motivação na organização, teorias motivacionais, motivação e sua relação com o clima organizacional, e, por último, uma visão geral de administração pública. Quanto a metodologia adotada trata-se de um estudo de caso descritivo, com uma abordagem quantitativa. A população pesquisada compreendeu todos os funcionários da Secretaria Municipal de Administração que trabalham na sede da Prefeitura Municipal de São José, tratando-se, então, de um censo. Os dados primários foram coletados através de um questionário elaborado de acordo com os aspectos fisiológicos, de segurança e proteção, de auto-estima, social, e de auto-realização, mantendo a divisão das questões de caráter particular para identificação do perfil dos funcionários. Os resultados obtidos foram tabulados, com auxílio da ferramenta Microsoft Excel com intuito de facilitar a leitura dos dados para posterior interpretação baseada nas teorias estudadas e apresentada descritivamente segundo os objetivos propostos. Concluiu-se que segundo a percepção dos funcionários as necessidades de segurança são atendidas, mas há necessidade de atenção com relação às políticas da organização. Os funcionários da Prefeitura Municipal de São José, estão satisfeitos com a estabilidade que o serviço público proporciona e possuem orgulho de trabalhar na organização, porém estão insatisfeitos com relação ao salário e com a falta de treinamento dos funcionários. Os entrevistados não percebem os benefícios oferecidos pela organização.

Palavras-chave: Motivação, Desempenho, Serviço público.

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ABSTRACT

This work Completion of Stage aims to examine the general process of motivation of officials of the Municipal Department of Administration's City of San José In terms of specific objectives sought to identify the factors that influenced the official ticket in the Municipal Department of Administration of Mayor of San Jose, check the satisfaction with respect to rights and benefits offered to employees, identify the degree of satisfaction of employees with respect to activities that develop in the organization, identify the main needs of servers front of the work, such as physiological, safety and protection of esteem, social, affection and self-realization in the context of the organization for study and point out the causative factors of satisfaction and dissatisfaction in the work environment of the Municipal Department of Administration's Hall of San Jose in theoretical foundations were pointed out some topics on the importance of motivation in the organization, motivational theories, motivation and its relationship with the organizational climate, and, finally, an overview of public administration. As the methodology is a case study describing, with a quantitative approach. The population studied included all employees of the Municipal Department of Administration who work at the headquarters of the Municipality of San Jose, in the case, then a census. The primary data were collected through a questionnaire prepared in accordance with the physiological aspects, security and protection, self-esteem, social, and self-realization, keeping the division of the issues that are particular to identify the profile of officials. The results were tabulated, with the help of the tool Microsoft Excel in order to facilitate the reading of the data for further interpretation based on the theories studied and presented descriptively according to the proposed objectives. It was the second that the perception of officials the need for security are met, but there is a need for attention with regard to the policies of the organization. Officials of the Municipality of San Jose, are satisfied with the stability that provides the public service and have pride in the organization of work, but are unsatisfied with respect to wages and a lack of training of officials. The interviewees do not realize the benefits offered by the organization. Key words: Motivation, Performance, Public service.

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Lista de ilustrações

Figura 1: Processo de motivação. ............................................................................ .....21

Figura 2: A hierarquia das necessidades de Maslow................................................................23

Figura 3: As três dimensões básicas segundo Vroom................................................................29

Figura 4: Resumo da teoria do reforço......................................................................................32

Figura 5: As características das teorias X e Y...........................................................................33

Quadro 1: Fatores motivacionais e fatores higiênicos...............................................................26

Quadro 2: Categorias de análise................................................................................................44

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Lista de Gráficos

Gráfico 1:Motivos que levaram o funcionário a trabalhar na PMSJ...............................50

Gráfico 2:Satisfação dos funcionários com relação aos benefícios e direitos oferecidos

pela PMSJ........................................................................................................................51

Gráfico 3: Percepção dos funcionários sobre se as atividades são desafiadoras.............52

Gráfico 4: Percepção dos funcionários sobre se as atividades são dinâmicas.................53

Gráfico 5: Respeito a jornada de trabalho........................................................................53

Gráfico 6: Segurança no ambiente de trabalho................................................................54

Gráfico 7: Contribuição do ambiente físico para o desempenho do trabalho..................55

Gráfico 8: Equipamentos e materiais adequados para a realização das atividades..........55

Gráfico 9: Condições adequadas para a realização do trabalho com qualidade..............56

Gráfico 10: Estabilidade..................................................................................................57

Gráfico 11:Adequação dos sistemas informatizados da PMSJ para a realização das

tarefas...............................................................................................................................57

Gráfico 12: Urgência para a realização das tarefas..........................................................58

Gráfico 13: Amizade no grupo de trabalho......................................................................59

Gráfico 14: Relacionamento entre as pessoas do setor....................................................59

Gráfico15: Participação nas decisões que interferem no trabalho ..................................60

Gráfico 16: Orgulho em trabalhar na PMSJ.....................................................................60

Gráfico 17: Reconhecimento com relação ao mérito na PMSJ........................................61

Gráfico 18: Realização com a escolha profissional.........................................................61

Gráfico 19: Contribuição para as mudanças na sociedade josefense...............................62

Gráfico 20: Reconhecimento da sociedade por trabalhar na PMSJ.................................63

Gráfico 21: Motivos que mantém o funcionário trabalhando na PMSJ...........................64

Gráfico 22: Quantitativo de funcionários suficientes.......................................................65

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Gráfico 23: Quantidade de serviço versus estresse nas pessoas do setor.........................65

Gráfico 24: Satisfação com o salário ..............................................................................66

Gráfico 25: Remuneração compatível com a responsabilidade do trabalho....................67

Gráfico 26: Treinamento adequado para a realização das tarefa.....................................67

Gráfico 27: Preocupação da PMSJ com a qualidade de vida dos funcionários...............68

Gráfico 28: Tratamento com igualdade............................................................................69

Gráfico 29: Status.............................................................................................................69

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 13

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ......................................................................................... 14

1.2 PERGUNTAS DE PESQUISA ........................................................................................ 15

1.2.1 Objetivo geral ......................................................................................................... 15

1.2.2 Objetivos específicos.............................................................................................. 15

1.3 JUSTIFICATIVA........................................................................................................... 16

1.4 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO ...................................................................... 17

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................... 18

2.1 MOTIVAÇÃO: HISTÓRICO E CONCEITOS ........................................................................ 18

2.2 TEORIAS DE MOTIVAÇÃO............................................................................................. 22

2.2.1 Teorias de conteúdo.................................................................................................... 22

2.2.1.1 A hierarquia de necessidades do psicólogo Abraham Maslow ................................... 22

2.2.1.2 Teoria dos dois fatores motivacionais de Herzberg. ................................................... 24

2.2.1.3 Teoria ERC de Clayton Alderfer................................................................................. 27

2.2.1.4 Teoria das necessidades adquiridas de McClelland .................................................... 27

2.2.2 Teoria de processo....................................................................................................... 28

2.2.2.1 Teoria da expectação de Victor Vronn........................................................................ 29

2.2.2.2 Teoria do reforço positivo ........................................................................................... 30

2.3 MOTIVAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM O CLIMA ORGANIZACIONAL .................................... 33

2.4 MOTIVAÇÃO, DESEMPENHO E SATISFAÇÃO NO TRABALHO ............................................. 35

2.5 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA........................................................................................... 36

3. ASPECTOS METODOLÓGICOS ........................................................................... 39

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA .................................................................................... 39

3.2 CONTEXTO E PARTICIPANTES ......................................................................................... 40

3.3 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS.............................................. 41

3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS .............................................................................. 44

4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS .......................................... 45

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO..............................................................45

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4.2 O PERFIL DOS PESQUISADOS..................................................................................47

4.3 A ANÁLISE DOS RESULTADOS...............................................................................50

4.3.1 Fatores que influenciaram o funcionário no ingresso ...................................................50

4.3.2 Satisfação com relação aos benefícios e direitos oferecidos aos funcionários ...............

.................................................................................................................................................. 51

4.3.3 Satisfação dos funcionários com relação as atividades exercidas .................................52

4.3.4 Principais necessidades dos servidores frente ao trabalho ............................................53

4.3.5 Fatores causadores de satisfação e insatisfação no ambiente de trabalho

...................................................................................................................................................64

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................70

6. REFERÊNCIAS ..............................................................................................................

ANEXO 1 Organograma da Secretaria Municipal de São José............................................... 74

ANEXO 2 Descrições das unidades e cargos da Secretaria da Administração........................75

APÊNDICE 1 Questionário..................................................................................................... 77

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1 INTRODUÇÃO

Os recursos humanos estão no centro de definições fundamentais para o entendimento

do contexto organizacional. Heilborn e Lacombe (2003, p.13) em sua conceituação sobre o

que é uma organização atestam que “são grupos de pessoas que se constituem de forma

organizada para atingir objetivos comuns.” A respeito do que é administrar analisam que

trata-se de um conjunto de preceitos que objetivam planejar, organizar, dirigir, coordenar e

controlar os esforços de um grupo de indivíduos que se associam para atingir um resultado em

comum.

Desta forma, as pessoas representam um fator primordial para o sucesso das

organizações, sendo vistas não apenas como cumpridoras de tarefas e sim como delineadoras

do alcance dos objetivos e metas. Sem o envolvimento das pessoas a administração em prol

aos objetivos da organização fica prejudicada. Atualmente, possuir estrutura e tecnologia

eficiente continua sendo importante, mas dispor de profissionais capacitados e capazes de

conduzir uma organização na direção certa é fundamental. Segundo Davenport e Prusak

(2003), o conhecimento para tomar as decisões acertadas não se consolida rapidamente, pois é

resultado de experiência, valores, informações contextuais e discernimento técnico que

proporciona uma referência.

Portanto, atualmente acredita-se que o desempenho de uma organização está

intimamente ligado à administração de pessoal. Considera-se que as pessoas desempenham

suas atividades com mais atenção e motivação quando a organização oferece condições

adequadas para desenvolvê-las. A valorização também é importante e as organizações passam

a se preocupar em encontrar uma forma de manter seus funcionários motivados, acreditando

que isso possa acarretar em um melhor desempenho, fazendo com que cada funcionário

realize sua tarefa com eficácia e disciplina. As pessoas precisam estar motivadas para

trabalharem mais felizes e alcançarem seu potencial pleno, gerando benefícios para ambas as

partes.

Percebe-se que o salário, visto de maneira isolada, não pode ser considerado como

fator motivacional, pois é apenas a recompensa pelo trabalho prestado pelo funcionário.

Porém, quando analisado o aspecto que o salário é capaz de satisfazer as necessidades das

pessoas, ou que está em equilíbrio interna e externamente, pode fortalecer aspectos

motivadores das pessoas no que tange a valorização.

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Desta forma, a questão atual do mundo corporativo é como e de que forma motivar

seus funcionários, de modo que os seus objetivos estejam em sintonia com os da organização.

As empresas buscam a aplicação de pesquisas e estudos voltados às necessidades dos

seus funcionários, com o objetivo de deixá-los motivados para suas funções de modo

aumentar seu bem estar e a sua produtividade.

Na administração pública não é diferente. A sociedade exige serviços de qualidade,

melhor atendimento e os órgãos públicos estão repensando o seu modelo de gestão e adotando

estratégias assemelhadas as utilizadas nas empresas privadas. Devido a isto, os

administradores públicos estão buscando novos meios de motivar seus funcionários para

prestar um serviço de qualidade e que seja percebido pela população.

O presente estudo é direcionado para a Prefeitura Municipal de São José que é uma

organização que atende a população josefense. O município de São José está localizado na

Região da Grande Florianópolis e é o quarto mais antigo de Santa Catarina. Dentro desta

realidade organizacional existe a Secretaria Municipal de Administração responsável pela

execução de formulação de diretrizes básicas para a política de organização, de modernização

administrativa e de desenvolvimento dos recursos humanos, além de exercer outras atividades

inerentes à administração. A área focada exclusivamente na administração de pessoas efetua a

folha de pagamento mensal dos servidores, atos de admissão, demissões, exonerações e

dispensa de servidores, plano de cargo e salários e promovem políticas de inovação na área de

recursos humanos, atividades básicas ao funcionamento de qualquer organização.

(PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ, 2004).

1.1 Problema de pesquisa

O município de São José passa por um período de crescimento econômico e

populacional acarretando o aumento do número de funcionários da Prefeitura Municipal. Em

decorrência, busca-se estruturar as atividades de Recursos Humanos na organização e

entende-se que a compreensão do processo de motivação dos funcionários é um passo

importante para a melhoria da qualidade do serviço prestado a população e também para auto-

realização dos funcionários da Secretaria de Administração da Prefeitura Municipal de São

José.

Desta forma, pretende-se verificar questões relacionadas ao ambiente de trabalho,

condições físicas e ambientais, relacionamentos, fatores determinantes para ocasionar a

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satisfação ou insatisfação no trabalho e ao final desse estudo responder a seguinte pergunta de

pesquisa:

Como acontece o processo de motivação na Secretaria Municipal de

Administração da Prefeitura Municipal de São José?

1.2 Perguntas de pesquisa

· Quais os fatores que influenciaram o funcionário no ingresso na Secretaria Municipal

de Administração da Prefeitura de São José?

· Como está a satisfação com relação aos benefícios e direitos oferecidos aos

funcionários da Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura de São José?

· Como está a satisfação dos funcionários com relação às atividades que desenvolvem

na organização.

· De que maneira pode-se estimular os funcionários a produzir mais ou desempenhar

suas funções com eficácia?

· Quais são as principais necessidades dos servidores frente ao trabalho, como as

fisiológicas, de segurança e proteção, de estima, social, de afeto e auto-realização no

contexto da organização em estudo?

· Quais são os fatores causadores de satisfação e insatisfação no ambiente de trabalho da

Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura de São José.

1.2.1 Objetivo geral

· Analisar o processo de motivação dos funcionários da Secretaria Municipal de

Administração da Prefeitura de São José.

1.2.2 Objetivos específicos

· Identificar os fatores que influenciaram o funcionário no ingresso na Secretaria

Municipal de Administração da Prefeitura de São José;

· Verificar a satisfação com relação aos benefícios e direitos oferecidos aos funcionários

da Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura de São José.

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· Identificar o grau de satisfação dos funcionários com relação às atividades que

desenvolvem na organização.

· Identificar as principais necessidades dos servidores frente ao trabalho, como as

fisiológicas, de segurança e proteção, de estima, social, de afeto e auto-realização no

contexto da organização em estudo.

· Apontar os fatores causadores de satisfação e insatisfação no ambiente de trabalho da

Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura de São José.

1.3 Justificativa

Castro (1978 apud Mattar, 2005) revela que qualquer que seja o tema escolhido para

um trabalho científico, deve atender a três critérios que justifiquem o estudo e evite a

frustração ao chegar a seu final: importância, originalidade e viabilidade.

De acordo com estes critérios a pesquisa foi importante, pois visou analisar o processo

de motivação dos funcionários da Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura de São

José contribuindo para uma adequada gestão de pessoas em uma organização que sente a

necessidade de zelar por seus funcionários. A importância de analisar o processo de

motivação nas organizações reside na ponderação que o mesmo pode significar o marco

inicial para estruturação das atividades de recursos humanos, pois nela está contida a base

para compreender o relacionamento interpessoal na organização.

Com relação à originalidade, embora seja um tema exaustivamente pesquisado nos

meios acadêmicos apresenta como diferencial o fato de ter sido realizado na administração

pública considerando em sua análise todas as pessoas que contribuem para o resultado da

organização.

Quanto à viabilidade para o estudo, a pesquisa não incorreu em custos financeiros

elevados para a sua realização e houve tempo hábil para a conclusão do estudo. Destaca-se

que a organização demonstrou interesse no estudo apoiando a pesquisadora no que foi

necessário.

Para a pesquisadora foi uma excelente oportunidade de colocar em prática os

conhecimentos adquiridos durante o curso, aproximando-a do cotidiano administrativo e

ajudando não só a organização, como gerando experiência e incremento de currículo

profissional na área de Recursos Humanos.

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A universidade por sua vez teve mais um trabalho científico armazenado em suas

dependências para que possa ser explorado por outros acadêmicos, bem como amplia a

reflexão sobre o tema em questão. Contribui para o cumprimento de sua missão.

1.4 Apresentação geral do trabalho

Na introdução realiza-se a apresentação do tema explorado nesta pesquisa, a

motivação, que culmina na definição da pergunta de pesquisa, e nos objetivos geral e

específicos que buscou responder de que maneira acontece o processo de motivação dos

funcionários na Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura de São José. Apresenta-

se ainda a justificativa para a sua realização.

O segundo capítulo discorre na fundamentação teórica sobre a motivação,

conceituando-a, apresentando o seu histórico, a sua importância, as principais teorias

desenvolvidas a respeito, a sua relação com o clima organizacional e também a relação entre

capacidade, desempenho e motivação no trabalho. Além disso, apresentam-se alguns

conceitos básicos sobre a administração pública.

Descrevem-se, na seqüência, os aspectos metodológicos seguidos na realização desta

pesquisa com o intuito de assegurar o caráter científico necessário para validade das

conclusões levantadas. Caracteriza-se o estudo, apresenta-se o contexto, os participantes, os

procedimentos e os instrumentos de coletas de dados utilizados, assim como a forma que

aconteceu o tratamento e análise dos dados.

O quarto capítulo apresenta e analisa os dados coletados na pesquisa de campo, a

partir do questionário aplicado na Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura de São

José.

Nas considerações finais retomam-se os resultados de pesquisa, a partir dos

pressupostos teóricos levantados durante a revisão bibliográfica, procurando averiguar se

ocorreu o alcance do objetivo geral inicialmente estabelecido para o trabalho.

Por fim, apresentam-se as referências utilizadas, assim como o anexo e o apêndice

pertinente ao estudo.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo são apresentados o histórico, os conceitos e as teorias de abordagem

sobre a motivação organizacional, assim como os conceitos básicos referente a administração

pública e aspectos relacionados a motivação, sob a ótica de autores como Gil (1994, 2001,

2006), Bergamini (1990,1997), Robbins (2000), Chiavenato (1994, 1999, 2000), Megginson,

Mosley e Pietri Jr. (1998) e Silva (2002) entre outros no que se refere ao tema proposto para a

pesquisa.

2.1 Motivação: histórico e conceitos

Segundo Bergamini (1997), percebe-se que cada um dos funcionários já traz, de

alguma forma dentro de si, as suas próprias motivações. Aquilo que mais interessa, então, é

encontrar e adotar recursos organizacionais capazes de não sufocar as forças motivacionais

inerentes às próprias pessoas.

Inicialmente, com a escola da Administração Científica de Taylor, o funcionário era

cobrado a produzir cada vez mais, sendo deixadas de lado suas necessidades pessoais. A

escola científica desenvolveu o conceito de Homo Economicus, onde o homem era apenas

motivado por incentivos monetários, ou seja, era um ser completamente irracional,

controlável e previsível. Os operários apenas obedeciam às ordens de seus supervisores, não

participando de nenhum planejamento e processo de decisões, já que não se via a maior

autonomia e controle como um fator motivacional. Como o homem era visto como avesso ao

trabalho, havia uma rigorosa supervisão da realização deste (MOTTA, 2002).

Com o surgimento da escola de Relações Humanas, o homem passa a ser visto como

Homo Social, conceito o qual critica o Homo Economicus, passando o homem a ser visto

como um ser que possui necessidades de segurança, aprovação social, prestígio e auto-

realização. O homem é condicionado pelo sistema social e pela biologia, e tem necessidade

social de afiliação aos grupos informais, tendo um comportamento complexo que não pode

ser explicado de forma simples como no Homo Economicus. Quando os homens se reúnem

em grupos, assim o fazem tendo em vista o atendimento de suas necessidades, especialmente

as de segurança, aprovação social e afeto. A escola de Relações Humanas vê na motivação a

grande possibilidade de levar o indivíduo a trabalhar para o atingimento dos objetivos da

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organização formal. Para isso ele deveria participar da decisão que desse origem à tarefa que

deve executar, conhecendo o propósito de suas ações e trabalhos na empresa. Todavia essa

corrente continua vendo o homem como possível de ser manipulado, suas ações são

previsíveis assim como suas reações aos atos da diretoria da empresa (MOTTA, 2002).

Pode-se perceber através do estudo a respeito das escolas da Administração, a

evolutiva importância que se tem dado à motivação. Na busca por um melhor desempenho,

foram sendo percebidas às necessidades dos funcionários e o ganho de produtividade que o

suprimento das mesmas poderia representar.

Taylor (apud Heilborn; Lacombe, 2003) considerava que a melhor forma de obter

resultados seria vincular a remuneração ao cumprimento de metas individuais. Para Fayol

(apud Heilborn; Lacombe, 2003) o papel do administrador em relação à forma de lidar com os

subordinados, é a utilização da palavra comandar, dá uma medida da importância que a era à

motivação no início do século XX. A ênfase da teoria clássica é a estrutura organizacional e

as funções do administrador, sem muita preocupação com os aspectos humanos e a

motivação.

Na década de 1920 foram feitos estudos relacionados à importância da motivação nos

grupos de trabalho, um destes estudos foi realizado por Mary Parker Follet que fazia palestras

sobre liderança, motivação e a forma adequada de lidar com as pessoas e a importância da

coesão do grupo. Seus estudos sobre o conflito construtivo, as formas adequadas de dar

ordens e a importância da coordenação informal são até hoje atuais, apesar de terem sido

escritos há mais de meio século. (HEILBORN; LACOMBE, 2003).

Segundo Gil (1994a) a descoberta da importância do fator humano na empresa veio

proporcionar o refinamento da ideologia da harmonização entre capital e trabalho definida

pelos teóricos da administração cientifica . Com isso, pode-se dizer que as relações humanas

constituem um processo de integração de indivíduos numa situação de trabalho, de modo a

fazer com que os trabalhadores colaborem com a empresa e até encontrem satisfação de suas

necessidades sociais.

Desta forma, a motivação se apresenta como um campo fundamental do conhecimento

da natureza humana e da explicação do comportamento humano. É necessário conhecer o que

motiva uma pessoa para compreender o seu comportamento. Entretanto, definir exatamente o

que vem a ser motivação é algo difícil uma vez que esse termo vem sendo empregado em

vários sentidos. (CHIAVENATO, 1999).

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Conforme Bergamini ( 1997, p.125) “ o tema motivação deve estudar o que, como e por

quê as pessoas se movimentam em determinada direção, partindo do princípio de que nem

todas as pessoas se propõem as mesmas coisas pelas mesmas razões”.

Silva (2002) entende a motivação como uma força existente dentro dos indivíduos, pela

qual tentam alcançar uma meta, para atender a uma necessidade ou expectativa.

Maximiano (2000, p.347) sustenta que motivação “é o processo pelo qual o esforço ou

ação que leva ao desempenho profissional de uma pessoa é implusionada por certos motivos”.

Esses motivos desempenham a influência de dois fatores o interno e o externo. Os motivos

internos são aqueles que surgem das próprias pessoas, já os motivos externos são aqueles

criados pela situação ou ambiente em que a pessoa se encontra.

Montana e Charnov (1999, p. 203) acreditam que motivação “é o processo de estimular

um indivíduo para que tome ações que irão preencher uma necessidade ou realizar uma meta

desejada”.

Para (GIL, 2006, p. 202)

Motivação é a força que estimula a pessoa a agir, no passado acreditava-se que essa força era determinada principalmente pela ação de outras pessoas, como pais, professores ou chefes. Hoje sabe-se que a motivação de outras pessoas tem sempre origem numa necessidade. Assim, cada um de nós dispõe de motivação própria geradas por necessidades distintas e não se pode, a rigor, afirmar que uma pessoa seja capaz de motivar a outra.

Segundo Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1998), a motivação é um processo de indução

de uma pessoa ou um grupo, no qual cada um tem necessidades distintas, ao atendimento dos

objetivos da organização, enquanto tenta também atingir os objetivos pessoais.

Murray (apud Bergamini, 1990) afirma que um motivo se divide em dois componentes:

impulso e objetivo. Transpondo tal observação para um ambiente organizacional pode-se

dizer que a motivação está relacionada à busca da auto-realização, os objetivos. Os caminhos

percorridos para se chegar às metas subjetivamente preestabelecidas por cada indivíduo,

representam o impulso. Esse impulso pode ser influenciado pelo ambiente externo, mas não

deixará de ser parte de uma estrutura interna do indivíduo.

Segundo Stoner e Freemann (1999, p.322), “motivação são os fatores que provocam,

canalizam e sustentam o comportamento de um indivíduo”. Porém, é importante destacar que

embora várias pessoas estejam em um mesmo ambiente de trabalho, as pessoas são diferentes

enquanto indivíduos e buscam objetivos diferentes. Apresentam desta forma, necessidades,

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valores pessoais, sistemas cognitivos, objetivos de vida e capacidade divergentes.

(TEIXEIRA, 2003).

Para Robbins (2000, p.342) “a motivação é a disposição de exercer um nível elevado e

permanente de esforço em favor das metas da organização, sob a condição de que o esforço

seja capaz de satisfazer alguma necessidade individual”.

A motivação, segundo Muchinsky (2004), pode ser definida em três dimensões: direção,

intensidade e persistência. A direção é aquela atividade para os quais o indivíduo direciona a

sua energia; a intensidade é a quantidade de motivação que gasta na procura de uma atividade;

e a persistência é a energia sustentada ao longo do tempo.

Apresenta-se, a seguir, Figura 1 o processo de motivação, segundo Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1998, p. 349).

Figura 1: Processo de motivação Fonte: Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1998, p. 349)

Conforme demonstrado na Figura 1, o comportamento pode ser causado pelo modo

como se percebe o mundo e é dirigido para atingir certas metas. Assim, o processo

motivacional é basicamente induzido. As necessidades dos empregados (motivos) causam um

desejo interior de sobrepujar alguma falta ou desequilíbrio. Aplica-se alguma forma de

incentivo de administração que os motiva a responder e a se comportar de forma a chegar a

um resultado. Assim, essas necessidades estão satisfeitas e a organização obtém o resultado

desejado. A compreensão desse processo contribui para o sucesso de forma que os membros

da organização contribuem com seus esforços conjuntos para uma maior produtividade.

(MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI JR. 1998).

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Várias teorias foram formuladas para tentar explicar o processo de motivação e é sobre

as mesmas que se efetua o relato, a seguir.

2.2 Teorias de Motivação

As teorias de motivação ajudam a explicar a “razão” do comportamento humano e,

embora nenhuma teoria tenha todas as respostas, coletivamente elas ajudam os

administradores a criar um ambiente em que os indivíduos e grupos trabalhem para atingir os

objetivos da organização enquanto trabalham para atingir seus próprios objetivos.

(MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI JR., 1998).

2.2.1 Teorias de conteúdo

Teorias de conteúdo às vezes chamadas de teorias das necessidades se preocupam com

a questão das causas pelas quais as pessoas agem. Essa questão leva a uma identificação de

necessidades, incentivos e percepção. As mais populares teorias de conteúdo são:

· A hierarquia de necessidades do psicólogo Abraham Maslow;

· Teoria da motivação-manutenção de Frederick Herzberg;

· Teoria ERC de Clayton Alderfer e

· Teoria das necessidades adquiridas de McClelland.

2.2.1.1 A hierarquia de necessidades do psicólogo Abraham Maslow

De acordo com Maslow (apud Montana ; Charnov, 1999) existe uma tendência natural

pela quais os indivíduos tornam-se cientes de todas essas necessidades, sendo assim

motivados por elas em ordem ascendente. Afirma também que existem cinco sistemas

responsáveis por grande parte do comportamento humano, sendo assim colocou esse sistema

em uma escala hierárquica, indo do mais primitivo e imaturo em termos do comportamento

que eles promovem ao mais civilizado e maduro.

Maslow (apud Chiavenato, 1994) em sua teoria da motivação explica que as

necessidades humanas estão organizadas em uma hierarquia formando uma espécie de

pirâmide. Na base da pirâmide estão às necessidades mais baixas (necessidade fisiológicas) e

no topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades de auto-realização).

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Figura 2: A hierarquia das necessidades de Maslow Fonte: Chiavenato, (2000, p. 393)

As necessidades fisiológicas estão relacionadas com a sobrevivência do indivíduo e

com a preservação da espécie. Estas necessidades instintivas e que já nascem com o

indivíduo, portanto, são as mais prementes de todas as necessidades humanas; quando alguma

dessas necessidades não está satisfeita, ela domina a direção do comportamento. Estas

necessidades estão relacionadas com a fome, o cansaço, o sono, o desejo sexual, a respiração,

o alimento, a bebida e a eliminação. (CHIAVENATO, 2000)

De acordo com Silva (2004, p. 229) “estas necessidades são institivas e já nascem com

os indivíduos: são as mais premententes de todas as necessidades humanas e dirigem o

comportamento do indivíduo quando estão insatisfeitas.”

As necessidades de segurança são as relacionadas como a proteção e a estabilidade.

Surgem no comportamento quando as necessidades fisiológicas estão relativamente

satisfeitas. As necessidades de segurança funcionam como elementos organizadores, quase

exclusivo do comportamento. O empregador para atender a essas necessidades pode investir

no desenvolvimento do empregado, nas boas condições de trabalho, nos planos de

aposentadoria, poupança, pensão, seguros de vida, hospitalar e o dentário. A procura de

segurança, o desejo de estabilidade, a fuga ao perigo, a busca de um mundo ordenado e

previsível são manifestações típicas destas necessidades de segurança. (CHIAVENATO,

2000).

Conforme Gil (2004, p.229) “ estas necessidades mantêm as pessoas sob relação de

dependência com a empresa ou com outras pessoas, podendo tornar-se poderosos ativadores

motivacionais, dependendo do uso.”

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As necessidades sociais são as necessidades relacionadas com a vida associativa do

indivíduo com outras pessoas. Surgem no comportamento, quando as necessidades mais

baixas (fisiológicas e de segurança) encontram-se relativamente satisfeitas. Necessidades

sociais estão relacionadas ao amor, afeição, sentimento de equipe e participação que levam o

indivíduo à adaptação social ou a inadaptação social. O empregador pode viabilizar grupos de

trabalho formais e informais, clubes, atividades patrocinadas pela companhia. As relações de

amizade, a necessidade de dar e receber afeto, a busca de amigos e participação em grupos

estão ligadas a este tipo de necessidade. (CHIAVENATO, 2000). Cita Gil (2004) que estas

necessidades, quando satisfeitas, são importantes forças motivadores do comportamento dos

indivíduos.

As necessidades de estima são as necessidades relacionadas com auto-avaliação e

auto-estima dos indivíduos. A satisfação das necessidades de estima conduz a sentimentos de

autoconfiança, auto-apreciação, reputação, reconhecimento, amor-próprio, prestígio, status,

valor, poder, capacidade e utilidade. O empregador para atender a essa necessidade de estima

pode fazer elogios, promoção e dar prêmios. A frustração dessa necessidade pode produzir

sentimentos de inferioridade, fraqueza, desânimo ou atividades compensatórias.

(CHIAVENATO, 2000).

As necessidades de auto-realização são as necessidades relacionadas com o desejo de

cumprir a tendência que cada indivíduo tem de realizar o seu potencial, auto-

desenvolvimento, crescimento. O empregador para sanar essas necessidades deve dar tarefas

desafiantes e trabalho criativo para seu desenvolvimento. Essa tendência geralmente se

expressa através do desejo de tornar-se mais do que é e de vir a ser tudo aquilo que se pode

ser. Estão relacionadas com plena realização daquilo que cada um tem de potencial e de

virtual, da utilização plena dos talentos individuais. (CHIAVENATO, 2000). Conforme

Ribeiro (2004), estas necessidades estão diretamente ligadas ao autodesenvolvimento pessoal

e profissional.

2.2.1.2 Teoria dos dois fatores motivacionais de Herzberg

Segundo Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1998) em geral os empregados tendem a

focalizar as necessidades dos níveis mais baixos, especialmente segurança, nos seus primeiros

empregos. Entretanto, depois que estas estão satisfeitas, eles tentam satisfazer as de nível mais

alto, tais como iniciativa criatividade e responsabilidade. Procurando atingir essas

necessidades é que se pode conseguir mais eficiência, produtividade e criatividade, embora os

administradores nem sempre consigam fazer isso.

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Em uma de suas pesquisas Herzberg demonstra a importância dessas necessidades de

alto nível como motivadoras. Sua teoria de motivação através de dois fatores é na realidade

uma teoria transitória entre a descrição das necessidades e a compreensão da maneira pela

qual o comportamento pode ser influenciado. Os fatores de Herzberg não são necessidades,

mas condições de trabalho que podem ser alteradas pela administração para possibilitar mais

ou menos satisfação. (MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI JR., 1998).

De acordo com Chiavenato (1994), Frederick Herzberg criou a chamada teoria dos

dois fatores para melhor explicar o comportamento de trabalho dos indivíduos. Para Herberg

existem dois fatores:

Os fatores manutenção ou fatores higiênicos ou ainda fatores extrínsecos, pois

localiza-se no ambiente que rodeia o indivíduo e referem-se às condições dentro das quais

executa seu trabalho. Os fatores de manutenção não estão sob o controle do indivíduo, pois

são administrados pela empresa. Os principais fatores são: os salários, os benefícios sociais, o

tipo de chefia ou supervisão que o indivíduo recebe as condições físicas de trabalho, as

políticas da empresa, o clima de relações entre a direção e o indivíduo, as normas internas.

Herzberg salienta que o trabalho era antigamente considerado como uma atividade

desagradável, mas imprescindível. Daí o fato de a administração estimular as pessoas a

trabalharem por meio de prêmios e incentivos salariais ou por meio de punições, ou ainda por

meio de ambos: recompensas e punições. (CHIAVENATO, 2000)

Os fatores motivacionais ou fatores intrínsecos estão relacionados com o conteúdo do

cargo ou com natureza das trabalho que o indivíduo executa. Os fatores motivacionais estão

sob o domínio do indivíduo e englobam os sentimentos de auto-realização, de crescimento

individual e de reconhecimento profissional. Os fatores motivacionais dependem da natureza

das tarefas que o pessoa executa. O efeito dos fatores motivacionais sobre o comportamento é

muito mais profundo e estável. Quando são precários, eles evitam a insatisfação.

(CHIAVENATO, 2000)

Segundo Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1998) os fatores de motivação têm um efeito

de enaltecimento na atitude das pessoas e levam a um melhor desempenho relacionado ao

conteúdo do trabalho.

Herzberg (apud Montana;Charnov, 1999) essencialmente descobriu que apenas os

sistemas de necessidades que correspondem aos níveis de estima e auto-realização de Maslow

servem como fontes diretas de motivação para se trabalhar com eficácia. Descobriu também

que a necessidade de pertencer está de uma certa maneira ligada a motivação para trabalhar,

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especialmente na área dos relacionamentos entre o supervisor e o subordinado e a questões

relacionadas com as satisfações pessoais.

Segundo Chivenato (1999, p. 94) há alguns meios práticos de proporcionar ou

incentivar os fatores satisfacientes que incluem:

· delegação de responsabilidade;

· liberdade de exercer discrição;

· promoção e oportunidade;

· uso pleno das habilidades pessoais;

· estabelecimento de objetivos e avaliação relacionada com eles;

· simplificação do cargo ( pelo próprio ocupante) e;

· ampliação ou enriquecimento do cargo (horizontal ou verticalmente).

E os fatores insatisfacientes que incluem:

· condições de trabalho e conforto;

· políticas da organização e administração;

· relações com o supervisor;

· competências técnicas do supervisor;

· salários;

· segurança no cargo; e

· relações com colegas.

Sendo assim Chiavenato (1994) faz uma síntese dos fatores motivacionais e fatores

higiênicos (manutenção) comparando-os no Quadro 1, a seguir.

FATORES MOTIVACIONAIS

(Satisfacientes)

FATORES HIGIÊNICOS

(Insatisfacientes)

Conteúdo do cargo (como o indivíduo se sente a respeito de seu cargo)

Conteúdo do cargo (como o indivíduo se sente a respeito de sua empresa)

1. O trabalho em si

2. Realização

3. Reconhecimento

4. Progresso Profissional

5. Responsabilidade

1. As condições de trabalho

2. Administração da empresa

3. Salário

4. Relações com o supervisor

5. Benefícios e serviços sociais

Quadro 1: Fatores motivacionais e fatores higiênicos Fonte: Chiavenato (1994).

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Conforme demonstrado no Quadro 1, os fatores motivacionais são os fatores que

correspondem ao que de fato motiva as pessoas para a realização superior e os fatores

higiênicos que tratam o ambiente e tem a função de impedir a insatisfação com o

trabalho.(GIL, 1994)

2.2.1.3 Teoria ERC de Clayton Alderfer

A teoria ERC, de acordo com Stoner e Freeman (1995, p. 326) “enfatiza que as

pessoas precisam satisfazer necessidades existentes, de relacionamento e de crescimento, daí

a sigla ERC”.

Segundo Schermerhorn Jr.;John (1999) a teoria de ERC de Clayton Aderfer distingue-

se da de Maslow em aspectos importantes. Reconhece apenas três tipos de necessidades: as

necessidades existenciais, o desejo de bem-estar fisiológico e material, as necessidades de

relacionamento, o desejo de obter relacionamentos interpessoais satisfatórios; e a necessidade

de crescimento, o desejo de constante crescimento e desenvolvimento pessoal.

Schermerhorn Jr.;John (1999, p. 88) “citam ainda que esta teoria sugere que essa

constante ênfase em coisas relacionadas com as necessidades existenciais pode ser exagerada

porque o serviço deixa de satisfazer as necessidades de relacionamento e crescimento”.

Conforme Bowditch e Bueno (1992), as necessidades de crescimento, englobam a

vontade de uma pessoa de realizar e desenvolver seu potencial, além das facetas internas da

satisfação do ego (sucesso e autonomia).

2.2.1.4 Teoria das Necessidades Adquiridas de McClelland

No final da década de 1940, surge à teoria das Necessidades Adquiridas pelo

psicólogo David I. McClelland e colegas começaram a usar o teste da percepção temática para

medir as necessidades humanas. (SCHERMERHORN JR., JOHN,1999)

De acordo com Bowditch e Bueno (1992) identificaram-se então três necessidades

básicas que as pessoas desenvolveram: necessidades por realização, poder e afiliação. Sua

teoria propõe que casa um de nós será, em momentos diferentes, influenciado por realizações,

poder ou afiliação, e que a força de cada necessidade específica variará de acordo com a

situação.

Schermerhorn Jr.;John (1999) discorrem que a respeito da teoria de McClelland há três

necessidades humanas importantes: necessidade de realização, o desejo de fazer algo melhor

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ou com mais eficiência, resolver problemas ou dominar tarefas complexas; necessidade de

associação, o desejo de inventar e manter relações amigáveis e calorosas com outras pessoas e

a necessidade de poder, que é o desejo de controlar os outros, de influenciar seu

comportamento ou de ser responsável por eles.

Para Silva (2004), a necessidade de afiliação é o desejo de estabelecer relacionamentos

pessoais próximos, de evitar conflito e estabelecer fortes amizades, é uma necessidade social,

de companheirismo e apoio, para o desenvolvimento de relacionamento significativos com

pessoas. Sua teoria está muito ligada às necessidades de auto-estima e auto-realização de

Maslow e aos fatores motivacionais de McGregor. (RIBEIRO, 2004).

Segundo Megginson; Mosley e Pietri Jr., (1998) os administradores com grande

necessidade de poder, na maioria dos casos, usam esse poder mais para benefícios da

organização do que para seu próprio engrandecimento. Eles usam o poder para aumentar o

poder dos outros através de participação, apoio e reforço positivo das realizações.

Entretanto, para Montana e Charnov (2000, p 213) “as pessoas com fortes

necessidades de realização e de poder deveriam ser colocadas em um contexto de trabalho

empreendedor ou gerencial apropriado. Suas necessidades intrínsecas serão o suficiente para

motivá-las”.

Para Bowditch e Bueno (1992, p. 53) “recompensas intrínsecas são mais intangíveis

por natureza, e compreendem coisas como a realização pessoal e profissional, a estima de

outras pessoas, ou o interesse que um trabalho possa despertar numa pessoa”.

Será relatado a seguir algumas teorias de processo para melhor compreensão do

estudo.

2.2.2 Teoria de Processo

Esse conjunto de teorias apresenta uma visão mais dinâmica dos processos cognitivos

que influenciam o comportamento, focalizando desde sua ativação até sua supressão.

(MACÊDO; RODRIGUES;JOHANN; CUNHA, 2003).

As mais populares teorias de processo são:

· Teoria da expectação de Victor Vronn;

· Teoria do reforço positivo;

· Teorias X e Y de McGregor.

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2.2.2.1 Teoria da Expectação de Victor Vronn

Conforme relatado por Silva (2001), esta teoria também chamada de Teoria da

Expectância, apresenta-se como alternativa as teorias de conteúdo. Apresenta uma abordagem

compreensiva, válida e útil ao entendimento da motivação.

Megginson; Mosley e Pietri Jr. (1998) afirmam que algum dos mais importantes e

modernos processos de motivação se baseia na chamada teoria da experiência. Esse conceito

diz que os indivíduos terão um desempenho de alto grau quando percebem: que há uma

grande probabilidade de que seus esforços resultem em alto grau de desempenho; que há uma

grande probabilidade de que um alto grau de desempenho dê como resultado uma maior

produção; esses resultados lhes serão favoráveis.

Vroom (apud Chiavenato; 1999 e Silva 2001) trabalha com três forças para aumentar a

produtividade. A primeira refere-se aos objetivos pessoais do indivíduo que pode incluir

dinheiro, segurança no cargo, aceitação social, reconhecimento e trabalho interessante.

Existem outras combinações de objetivos que uma pessoa pode procurar satisfazer

simultaneamente. A segunda refere-se à relação percebida entre satisfação dos objetivos e alta

produtividade. Isto refere-se à intensidade com o qual o indivíduo acredita que seus esforços

levarão ao primeiro nível de resultados, isto é, ao desempenho. Por último, a percepção de sua

capacidade de influenciar sua produtividade: se um empregado acredita que um grande

volume de esforço despendido tem pouco efeito sobre o resultado, tenderá a não se esforçar

muito, como é o caso de uma pessoa colocada em um cargo sem treinamento adequado ou do

operário colocado em uma linha de montagem de velocidade fixa.

Figura 3: As três dimensões básicas da motivação segundo Vroom. Fonte: Chiavenato (1999, p.100)

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Conforme demonstrado na figura 4, o modelo de motivação de Vroom apóia a teoria

da motivação de objetivos gradativos. Esse modelo é baseado na hipótese de que a motivação

é um processo que governa escolhas entre comportamentos. O indivíduo percebe que as

conseqüências de cada alternativa de ação como um conjunto de possíveis resultados

provenientes de seu comportamento particular. (CHIAVENATO, 1999).

Para Silva (2004) existem três conceitos básicos para a teoria da expectação:

· valência é à força do desejo de um indivíduo para um resultado particular; é o valor

subjetivo relacionado a um incentivo ou recompensa;

· expectativa é o conjunto de esforços para o primeiro nível de resultados;

· instrumentalidade está relacionada ao grau para qual o primeiro nível de resultado

(desempenho) vai levar a um segundo nível desejado de resultado (recompensa).

De acordo com Chiavento (1999), o indivíduo pode desejar aumentar a produtividade

quando três condições se impõe que são: os objetivos pessoais do indivíduo que pode ser

mencionado o dinheiro, a segurança no cargo, a aceitação social, o reconhecimento, a relação

percebida entre satisfação dos objetivos e a alta produtividade e a percepção de sua

capacidade de influenciar sua produtividade.

Para Vergara (2000, p. 469) “A teoria da expectativa relacionada desempenho com

recompensa.”. Se o indivíduo considera que fazer algo lhe trará recompensas almejadas, então

não medirá esforços para poder obtê-la.

Como exemplo, cita-se o sistema de pontos que a Eastam Kodak Company, na

unidade da Internacional Biotechnologies, usa para motivar os empregados a prestar um

serviço melhor aos clientes. Os empregados ganham um ponto em cada telefonema recebido e

dois pontos por um chamado de confirmação. Os empregados que melhorarem, todos os

meses, podem trocar seus pontos por um prêmio, a folga remunerada. (MEGGINSON;

MOSLEY; PIETRI JR., 1998)

2.2.2.2 Teoria do reforço positivo

De acordo com Thorndike (apud, Megginson, Mosley e Pietri Jr 1998, p.361) “a teoria

do reforço positivo afirma que o comportamento ao qual se seguem conseqüências

satisfatórias tende a ser repetido, enquanto que o comportamento seguido de conseqüências

insatisfatórias tende a não se repetir”. Dessa forma, o comportamento é influenciado ou

dirigido da maneira que o ambiente (organização) deseja.

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Como discorre Montana e Charnov (1999, p. 214) “os reforços são então aplicados

seletivamente e os comportamentos vão sendo aprendidos enquanto as conseqüências

resultam em recompensas ou punições”.

Skinner (apud Megginson, Mosley e Pietri Jr 1998, p.362) caracteriza reforço positivo

como a apresentação de uma recompensa atraente depois da resposta, ou a remoção de uma

condição desagradável ou negativa depois da resposta - e punição - conseqüência

desagradáveis depois de um comportamento (resposta) indesejável. Assim, a teoria do reforço

positivo é um método de motivação onde o comportamento favorável é positivamente

reforçado pelas conseqüências satisfatórias e o comportamento desfavorável é eliminado por

suas conseqüências insatisfatórias.

Conforme Silva (2004, p. 249) “as palavras “positivo” e “negativo” tem a ver com

“bom” ou “mau”, elas se referem a procedimentos de dar ou retirar algo. Tanto com reforço

positivo como com reforço negativo, a resposta (o comportamento) do indivíduo se torna mais

provável”. Desta forma, as pessoas geralmente confundem reforço negativo com punição

positiva, porque ambos envolvem um estímulo indesejável.

Figura 4: Resumo da Teoria do Reforço

Fonte: Silva, (2001, p. 248)

Conforme demonstrado na figura 5, o reforço positivo, quando aplicado

adequadamente, pode ser muito poderoso na sua influência sobre motivação. Quando o

reforço positivo é feito através de elogios, é essencial que sejam sinceros e se baseiam em

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comportamentos ou resultados que os mereçam, pois lisonjear alguém, sem sinceridade, pode

ser prejudicial. (MEGGINSON, MOSLEY, PIETRI JR., 1998).

Conforme Silva (2001, p. 249) os administradores precisam entender a relação entre

comportamento e suas conseqüências, para que reforcem comportamentos desejados e

desencorajem comportamentos indesejados dos funcionários nas organizações.

Para Megginson, Mosley, Pietri Jr., (1998) esta teoria parece funcionar quando os

padrões são visivelmente estabelecidos, e há melhoria dos resultantes da aplicação freqüente

do fedback positivo e do reconhecimento do comportamento satisfatório.

2.2.2.3 Teorias X e Y de McGregor

De acordo com Chiavenato (1999), para McGregor existem duas concepções sobre a

natureza humana: a tradicional (a qual denominou Teoria X), que baseia-se em certas

concepções e premissas incorretas e distorcidas acerca da natureza humana e que

predominaram durante décadas no passado, e a moderna (a qual denominou Teoria Y), que

baseia-se em um conjunto de suposições da teoria da motivação humana.

Conforme Chiavenato (2000, p. 402) “a teoria reflete um estilo de administração duro,

rígido e autocrático e que faz as pessoas trabalharem dentro de esquemas e padrões planejados

e organizados, tendo em vista os objetivos da organização”.

A teoria X é a praticada pelos administradores que não acreditam nas pessoas e

impõem forte dependência dos subordinados em relação às chefias. Pressupõe que o ser

humano tem aversão ao trabalho e, portanto, a maioria das pessoas precisa ser coagida,

controlada, dirigida, ameaçada de punição e premiada materialmente para se esforçar e

produzir de forma eficiente e eficaz. (HEILBORN; LACOMBRE, 2003).

A teoria Y tem uma visão oposta: pressupõe que o ser humano aceita responsabilidade

e pode considerar o trabalho da mesma forma que um jogo. Para que se possa produzir de

forma eficiente e eficaz, as pessoas devem ser motivadas em função das suas necessidades

específicas que se pode incluir o relacionamento no trabalho, a perspectiva de valorização

profissional e pessoal e o desafio de um projeto profissional interessante. (HEILBORN;

LACOMBRE, 2003).

Para Gil (1994, p. 123) “a teoria Y admite que as pessoas não são por natureza

preguiçosas e pouco merecedoras de confiança. Admite que o homem pode ser motivado

adequadamente para o trabalho, autocontrolar-se e ser criativo. Por isso, a administração deve

esforçar-se para despertar a potencialidade dos empregados.”

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Montana e Charnov (1999) salientam que a Teoria X sugere que os gerentes devem

coagir, controlar e ameaçar os funcionários para poder motivá-los. Na teoria Y acredita-se que

as pessoas são capazes de ser responsáveis.

Figura 5: As características das Teorias X e Y. Fonte: Silva (2004, p. 255)

Conforme a figura 5, Silva (2004) entende que a teoria X é baseada pelos atos dos

indivíduos, evitam o trabalho, não tem ambição, desgostam da responsabilidade e preferem

ser dirigido, e a teoria Y propõe ao indivíduo se autodirigir e ser criativo no trabalho, desde

que adequadamente motivados. Assim como a foco deste estudo é analisar a motivação e o

tema está diretamente relacionado ao clima organizacional serão, tecidos comentários sobre

motivação e sua relação com o clima organizacional.

2.3 Motivação e sua relação com o clima organizacional

De acordo com Chiavenato (1999), o clima organizacional refere-se ao ambiente

interno que existe entre os participantes de uma empresa. O clima organizacional está

intimamente relacionado com o grau de motivação de seus participantes.

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Conforme Silva (2001, p. 425) “Clima organizacional é a atmosfera psicológica,

resultante dos comportamentos, dos modelos de gestão e das políticas empresariais, refletidas

nos relacionamentos interpessoais.”.

Maximiano (2000, p. 107) acredita que “o clima é representado pelos conceitos e

sentimentos que as pessoas partilham a respeito da organização e que afetam de maneira

positiva ou negativa sua satisfação e motivação para o trabalho”.

Para Ferreira, Neves, Abreu e Caetano (1996), o clima organizacional é o conjunto de

características que descrevem objetivamente uma organização e a distinguem de uma outra

organização. É relativamente estável no tempo e influenciam o comportamento dos indivíduos

na organização.

Desta forma Chiavenato (2000, p. 634) refere-se ao clima organizacional como “a

qualidade ou propriedade do ambiente organizacional que é percebida ou experimentada pelos

participantes da organização e que influencia o seu comportamento”.

As propriedades do ambiente organizacional são os aspectos internos que provocam

motivação para determinados comportamentos, como:

· estrutura organizacional: como ordem, restrições e limitações impostas na situação de

trabalho, como regras, regulamentos, procedimentos, autoridade, especialização etc;

· responsabilidade: como dependência do superior, negação da iniciativa pessoal,

restrição quanto a decisões pessoais etc;

· riscos: a situação de trabalho pode se essencialmente protetora para evitar riscos ou

pode ser impulsionadora no sentido de assumir desafios novos e diferentes;

· recompensas: a organização pode enfatizar cristicismo e punições como pode

estimular recompensas e incentivos pelo alcance de resultados, deixando o método de

trabalho a critério de cada pessoa;

· calor e apoio: a organização pode manter um clima frio e negativo de trabalho, como

pode desenvolver calor humano, boa camaradagem e apoio a iniciativa pessoal e do

grupo;

· conflito: a organização estabelece regras e procedimentos para evitar choque de

opiniões diferentes como também incentiva diferentes pontos de vista e administra os

conflitos decorrentes por meio da confrontação. (CHIAVENATO, 2000).

O clima do ambiente de trabalho é a atmosfera psicológica criada pelo gerente. O

clima compreende a maneira de falar, tom de voz, expressão corporal e expressão facial. Para

o funcionário, o comportamento do gerente pode criar a sensação de cordialidade e interesse,

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de hostilidade ou de indiferença, tornando o clima mais ou menos favorável. (MAXIMIANO,

2000).

2.4 Motivação, desempenho e satisfação no trabalho

A motivação para o trabalho procura entender quais são as razões ou os motivos que

influenciam o desempenho das pessoas, quais são as forças impulsionadoras para o

desempenho. Uma vez que o desempenho depende da motivação, a compreensão dos

mecanismos para o trabalho é de extrema importância no estudo da administração das

organizações. (MONTANA; CHARNOV, 1999).

Segundo Schermerhorn Jr., John (1999, p. 93) “satisfação no trabalho é o grau que os

indivíduos se sentem de modo positivo ou negativo com relação ao seu trabalho”. É uma

atitude, ou resposta emocional, as tarefas de trabalho assim como as condições físicas e

sociais do local de trabalho.

Montana e Charnov (1999) comentam que motivação sem competência significa que há

interesse, mas falta a habilidade, o conhecimento ou a experiência para realizar a tarefa.

De acordo com Megginson; Mosley e Pietri Jr. (1998) o desempenho existe quando os

administradores conseguem uma resposta positiva, não ocorre quando a resposta é negativa. O

ponto principal é saber qual o tipo de ambiente que os mesmo podem proporcionar para

estimular um desempenho melhor e um desenvolvimento mais eficaz do empregado.

Conforme comenta Maximiano (2000), os gerentes auxiliam o desenvolvimento do seu

funcionário mantendo-o informado sobre o seu desempenho, sobre como ele está realizando

suas tarefas. Se a expectativa do gerente for elevada, o feedback tende a ser freqüente e

detalhado. Algumas técnicas citadas por Gil (2001) e relatadas, a seguir, enriquecem o

trabalho e deduz-se que podem influenciar positivamente na motivação. São elas:

· rodízio de cargos entre os funcionários de modo que possam ser transferidos

periodicamente de um cargo para outro, em certos períodos, como forma de ampliar sua

experiência e adquirir novas habilidades;

· treinamento e desenvolvimento para aprimorar aptidões, inclusive aquelas que não

estão diretamente relacionas com o cargo;

· participação em comissões, equipes de projetos e outros grupos semelhantes;

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36

· participação em grupos de aprimoramento de processos, implementação de programas

da qualidade e solução de problemas;

· autocontrole, isto é, o funcionário é responsável pelo controle da qualidade de seu

próprio trabalho;

· auto-avaliação, compreende que o funcionário é responsável pela avaliação de seu

próprio desempenho;

· participação em programas de seleção e orientação de estagiários e recém- admitidos.

De acordo com Gil (2001), a motivação é a propulsora do comprometimento e é muito

mais fácil para as empresas conseguirem pessoas competentes do que comprometidas. Por

isso, identificar fatores capazes de promover a motivação dos empregados e dominar as

técnicas adequadas para trabalhar com ela vem-se tornando tarefa das mais importantes para

os gerentes.

Conforme Bowditch e Buono (1992, p. 53)“ o trabalho pode ser visto como parte do

autoconceito de uma pessoa, como um meio de crescimento e desenvolvimento pessoal, e

como um modo de avaliar e desafiar a capacidade pessoal, a realização da tarefa se torna um

fim por si só, e os incentivos extrínsecos se tornam menos importantes como motivadores.”

Megginson; Mosley e Pietri Jr., (1998), discorrem que a motivação surge através da

interação de recompensas intrínseca e extrínseca com as necessidades dos empregados

modificada pelas expectativas do empregado. Os administradores podem motivar os

empregados a melhorar o desempenho criando clima positivo onde as pessoas possam ser

motivadas.

Desta forma, pode-se analisar as recompensas intrínsecas como, os resultados mais

intangíveis por natureza, e compreendem coisas como a realização pessoal e profissional, a

estima de outras pessoas ou o interesse que um trabalho possa despertar numa pessoa. Já as

recompensas extrínsecas, são os resultados que vêm a mente quando pensa genericamente

sobre recompensas: salário, benefícios adicionais e condições de trabalho agradáveis.

(BOWDITCH; BUONO, 1992)

No próximo tópico, serão abordados alguns conceitos e característica de administração

pública, para melhor esclarecimento do estudo.

2.5 Administração Pública

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37

Conforme Meirelles (1990), administração pública é o conjunto das funções

necessárias aos serviços públicos em geral, em uma definição operacional, é o desempenho

perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em

beneficio da coletividade.

Administração pública segundo Gasparini (2004, p.43) “[...] é um complexo de

atividades concretas e imediatas desempenhadas pelo estado sob termos e condições da lei,

visando o atendimento das necessidades coletivas”.

Por gestão pública se entende todo e qualquer processo gerencial que vise à

consecução de ações políticas públicas assumidas, direta ou indiretamente, por um ente

estatal. “Compreende os processos de formulação, de planejamento, de coordenação de

execução e ou monitoramento das ações governamentais. Pode ser caracterizada como gestão

pública estatal, não estatal, ou terceirizada”. (DARIO, 2004, p.15).

A motivação dos servidores púbicos deve apontar as causas dos elementos

determinantes da prática do ato administrativo, bem como o dispositivo legal em que se

funda. Esses motivos afetam de tal maneira a eficácia no trabalho dos servidores públicos e

possivelmente uma boa qualidade de atendimento com o cidadão. (MEIRELLES, 1990).

Pela motivação o administrador público justifica sua ação administrativa, indicando os

fatos (pressupostos de fato) que ensejam o ato e os preceitos jurídicos (pressupostos de

direitos) que autorizam sua prática (MEIRELLES, 1990, p. 97).

Segundo a Lei Complementar n° 014, de 06 de DEZEMBRO de 2004, a administração

pública do município de São José será pautada pelos princípios jurídicos da legalidade,

finalidade, interesse público, prioridade as atividades-fim, motivação, proporcionando,

economicidade, profissionalismo e eficiência.

Conforme Meirelles (1990, p. 86), “legalidade como princípio de administração,

significa que o administrador público está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos

mandamentos da lei e as exigências do bem comum e deles não se pode afastar ou desviar,

sob pena de praticar ato inválido e expor-se a responsabilidade disciplinar, civil e criminal,

conforme o caso”.

O princípio da impessoalidade se associa ao princípio da finalidade, ao significar

simplesmente que o administrador público só pode praticar o ato para o seu fim legal,

independentemente das suas motivações pessoais. (MEIRELLES, 1990).

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De acordo com Meirelles (1990), o princípio do interesse público corresponde ao

“atendimento a fins de interesse geral”, obviamente sobre o privado como condições inerentes

a atuação estatal. A supremacia do interesse público se mantém mesmo em contratos de

terceirização de serviços públicos para o setor privado. (MEIRELLES, 1990).

O serviço público tem dever de revitalizar e desenvolver os meios indispensáveis ao

cumprimento eficiente de suas finalidades, bem como [...] capacitar e valorizar o servidor

público, melhorar os indicadores e a avaliação do desempenho da administração pública

municipal, com o objetivo de obter alocação ótima e adequada dos recursos públicos no

atendimento as necessidades da população, estabelecer um modelo de gestão com orientação

finalística, avaliado por indicadores objetivos de desempenho, capaz de possibilitar o aumento

do grau de eficiência e responsabilidade dos gestores públicos. (LEI COMPLEMENTAR n°

014, de 06 de DEZEMBRO de 2004).

Como discorre Pereira (1998, p. 37), “a obrigação do poder público tanto na esfera

municipal estadual e federal é determinar a eficiência e a execução das condições da prestação

dos serviços públicos. Assim como também cabe a administração, a fiscalização da execução

dos mesmos quando é delegado a terceiro”.

A partir de agora, embasando-se neste referencial teórico e na realidade organizacional

a ser analisada, são descritos os aspectos metodológicos inerentes a este estudo.

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3. ASPECTOS METODOLÓGICOS

Na concepção de Roesch (1996), os procedimentos metodológicos descrevem como o

trabalho foi realizado, a partir dos objetivos que se propôs a alcançar, distinguindo entre o

delineamento de pesquisa, as técnicas de coleta e de análise de dados utilizados.

Desta forma, os procedimentos metodológicos que referendam os resultados para a

pesquisa realizada são descritos no decorrer desse capítulo.

3.1 Caracterização da pesquisa

A presente pesquisa está relacionada a uma abordagem quantitativa, pois foi efetuada

a medição dos dados coletados, que para Chizzotti (1998, p. 52) “prevêem a mensuração de

variáveis preestabelecida, procurando verificar e explicar sua influência sobre outras variáveis

(...)”. A referida abordagem proporcionou na pesquisa identificar os fatores motivacionais que

atuam sobre os funcionários da Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura

Municipal de São José.

Vergara (1998) relata que se pode classificar as pesquisas quanto a finalidade e os

meios empregados para realizá-la. Quanto aos fins uma pesquisa pode ser exploratória,

descritiva, explicativa, metodológica, aplicada e intervencionista. Quanto aos meios pode ser

pesquisa de campo, laboratório, telematizada, documental, bibliográfica, experimental, ex post

facto, participante, pesquisa-ação e estudo de caso.

Quanto à finalidade a presente pesquisa caracteriza-se como descritiva. Segundo

Barros e Lehfeld (2000) a pesquisa descritiva procura descobrir a freqüência com que um

fenômeno ocorre, sua natureza, características, causas, relações e conexões com outros

fenômenos.

Quanto aos meios trata-se de pesquisa bibliográfica por abordar materiais teóricos,

como livros, artigos, revistas, redes eletrônicas, ou seja, acessíveis ao público geral. É também

uma pesquisa de campo, pois durante o período de estágio a pesquisadora esteve em contato

com a população estudada, observando, colhendo dados, desde o início do projeto de pesquisa

até a análise dos dados. De acordo com Gil (1999), na pesquisa de campo estuda-se um único

grupo ou comunidade em termos de sua estrutura social, resultando a interação de seus

componentes.

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A pesquisa ainda possuiu o delineamento de estudo de caso que, segundo Vergara

(1998), é o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como uma pessoa, uma

família, um produto, uma empresa, um órgão público, uma comunidade ou até mesmo um

país. Tem caráter de profundidade, de detalhamento, ao qual constitui-se de uma estratégia de

pesquisa que procura examinar um fenômeno dentro de um contexto, e neste sentindo

pretendeu-se investigar a motivação para o trabalho no contexto atual da Secretaria

Municipal de Administração da Prefeitura Municipal de São José.

Segundo Roesch (1996), a vantagem do método estudo de caso está no fato de obter-se

inferência do estudo de todos os elementos que envolvam uma entidade completa, em vez do

estudo de vários aspetos selecionados.

Trata-se também de uma pesquisa documental, pois foram analisados manuais de

organização da Secretaria de Administração e leis complementares entre outros. Segundo Gil

(1999), a pesquisa documental é todo material que não recebeu ainda um tratamento analítico,

ou que ainda pode ser reelaborado de acordo com o objetivo da pesquisa.

3.2 Contexto e participantes da pesquisa

De acordo com Fachin (2005), a população de uma pesquisa é um conjunto de

números obtidos, medindo-se ou contando-se certos atributos dos fenômenos ou fatos que

compõem um universo.

Vergara (1998, p.48) define população como sendo “um conjunto de elementos

(empresas, produtos, pessoas, por exemplo) que possuem as características que serão objeto

de estudo”.

Esta pesquisa foi realizada com todos os funcionários da Secretaria Municipal de

Administração que trabalham na sede da Prefeitura Municipal de São José, tratando-se de

uma pesquisa censitária. Conforme Malhota (2001, p. 301), censo é a “enumeração completa

dos elementos da sua população ou de objeto de estudo.” A população deste estudo foi

composta de 50 funcionários da Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura de São

José. Na data da aplicação da pesquisa houve a ausência de quatro funcionários, assim

distribuídas :no setor de Recursos Humanos houve uma ausência por motivo de doença e no

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setor de Licitação faltaram três pessoas por motivos de licença, férias e doença. Desta forma.

totalizou-se 46 pesquisados.

3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

Para Gil (1999), o questionário pode ser definido como uma técnica de investigação

composta por um número de questões apresentadas por escrito as pessoas. Segundo Marconi e

Lakatos (2005), o questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série

ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do

entrevistador.

Para obtenção de dados foi construído um questionário, pois identificou-se que o

instrumento apoiaria a pesquisadora. Julgou-se a técnica adequada para a coleta de

informações na pesquisa sobre motivação na Secretaria Municipal de Administração na

Prefeitura e São José, considerando-se o período próximo as eleições em que a mesma

aconteceu para preservar a identidade dos pesquisados. Aplicou-se o questionário após o

pleito eleitoral para que não houvesse nenhum tipo de constrangimento ou empecilho.

No questionário as instruções aparecem por escrito, obedecendo a parâmetros

metodológicos, isso significa que essas instruções são apresentadas de forma igual para toda a

população pesquisada, contribuindo para o aumento da previsão. Outro aspecto importante é

que o pesquisado tem mais tempo para responder as perguntas em comparação com outros

tipos de instrumentos que exigem a presença do pesquisador. Esse foi outro motivo que guiou

a escolha do instrumento. (FACHIN, 2005).

O questionário realizado no estudo foi composto por questões fechadas devido a

praticidade e segundo Fachin (2005, p. 154), “são aquelas em que o pesquisado escolhe sua

resposta em um conjunto de categorias elaboradas juntamente com a questão”.

A aplicação do questionário aconteceu no dia 08 de outubro e foi solicitada a

permissão ao Secretário Municipal de Administração, sendo assim a pesquisadora

encaminhou-se a cada setor da Secretaria para aplicação. Apresentava-se e permanecia

presente na sala até o último funcionário entregar o questionário fazendo com que eles

respondessem e devolvessem na seqüência para que não houvesse possíveis desencontros. A

coleta de dados ocorreu no período vespertino das 14:00 às 16:30 horas.

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Foi utilizado também o método de observação participante que para Gil (1999, p. 113)

“consiste na participação real do conhecimento na vida da comunidade, do grupo ou de uma

situação de determinada”.

Na seqüência apresentam-se as categorias analíticas e as definições

operacionais que guiaram à construção do instrumento de coleta de dados, assim como as

referências utilizadas.

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REFERÊNCIA CATEGORIAS DE ANÁLISE DEFINIÇÃO CONSTITUTIVA

DEFINIÇÃO OPERACIONAL

Teixeira (2003)

Motivos do ingresso

É importante destacar que embora várias pessoas estejam em um mesmo ambiente de trabalho, as pessoas são diferentes enquanto indivíduos e buscam objetivos diferentes. Apresentam desta forma, necessidades, valores pessoais, sistemas cognitivos, objetivos de vida e capacidade divergentes.

Salário Status Estabilidade Aposentadoria Benefícios

Vergara (2000, p. 469)

Benefícios e direitos A teoria da expectativa relacionada desempenho com recompensa. “Se o indivíduo considera que fazer algo lhe trará recompensas almejadas, então não medirá esforços para poder obtê-la”.

Salário Licença prêmio Assistência médica Vale alimentação Vale transporte Gratificação

Maslow (apud Montana e Charnov, 1999); Megginson; Mosley; Pietri Jr., (1998); Chiavenato (1999)

Necessidades dos servidores

Fisiológicas são as que se relacionam com a sobrevivência da pessoa e a preservação a espécie. O empregador pode disponibilizar salário, férias, o período de descanso no trabalho, pausa para refeições, banheiros, ar e água puros. Segurança são as relacionadas com a proteção e a estabilidade. O empregador para atender a essas necessidades pode investir no desenvolvimento do empregado, nas boas condições de trabalho, nos planos de aposentadoria, poupança, pensão, seguros de vida, hospitalar e o dentário. Sociais são as necessidades de amor, afeição, sentimento de equipe e participação que levam o indivíduo à adaptação social ou a inadaptação social. Estima são as necessidades relacionadas com auto-avaliação e auto-estima dos indivíduos. A satisfação das necessidades de estima conduz a sentimentos de

Jornada de trabalho Salário Remuneração compatível Número de funcionários suficientes Benefícios oferecidos Condições adequadas de trabalho Ambiente seguro Materiais adequados Ambiente físico seguro Plano de carreira Estabilidade Qualidade de vida Sistemas informatizados Tratamento com igualdade Amizade Relacionamento Participação nas decisões trabalho Orgulho Status Mérito Treinamento Urgência na realização das tarefas

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Maslow (apud Montana e Charnov, 1999);

Megginson; Mosley; Pietri Jr.,

(1998); Chiavenato

(1999)

Necessidades dos servidores

autoconfiança, auto-apreciação, reputação, reconhecimento, status, valor, poder, capacidade e utilidade. Auto-realização são as necessidades relacionadas com o desejo de cumprir a tendência que cada indivíduo tem de realizar o seu potencial, auto-desenvolvimento, crescimento. O empregador para sanar essas necessidades deve dar tarefas desafiantes e trabalho criativo para seu desenvolvimento

Reconhecimento da sociedade Atividades desafiadoras Trabalho dinâmico Escolha profissional Responsável por mudanças na sociedade

Quadro 2: Categorias de análise Fonte: Dados primários

3.4 Tratamento e análise dos dados

Após a coleta dos dados foi necessário analisá-los e interpretá-los. Para facilitar a

leitura dos dados foram elaboradas tabulações para analisar as porcentagens do estudo e logo

após elaborados gráficos para a melhor ilustração dos dados analisados na pesquisa. Foi usada

a planilha eletrônica EXCEL para tabular e reunir os dados, e, por fim, tabelas e gráficos para

visualização dos resultados obtidos.

Os dados foram analisados de forma descritiva a luz das teorias estudadas no

desenvolvimento da pesquisa.

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4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Depois de apresentados os objetivos, a contextualização teórica do tema e metodologia

parte-se agora para o estudo de caso em si, a apresentação da organização e a análise dos

dados coletados.

4.1 Caracterização da Organização

O município de São José localiza-se na grande Florianópolis e é o quarto mais antigo

de Santa Catarina. Foi colonizado em 26 de outubro de 1750, por 182 casais açorianos,

oriundos das Ilhas Graciosas, São Miguel e São Jorge e recebeu em 1829, o primeiro núcleo

de colonização alemã do Estado. Em 1º de março de 1833, através da Resolução do Presidente

da Província, Feliciano Nunes Pires, São José passou de freguesia a vila (município) e, em

três de maio de 1856, através da lei Provincial nº 415, foi elevada à cidade. O rápido

desenvolvimento, o aumento populacional e poder econômico foram os responsáveis pelas

mudanças. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ, 2008).

Conforme os dados do IBGE, a população de São José é de 196.887 habitantes e

122.870 eleitores, o quarto colégio eleitoral do Estado e é um dos municípios que mais cresce

em Santa Catarina. A economia josefense baseia-se no comércio, indústria, atividade de

prestação de serviços, pesca artesanal, maricultura e produção de cerâmica utilitária. Possui

mais de 1.200 indústrias, aproximadamente 6.300 estabelecimentos comerciais, 4.800

empresas prestadoras de serviços e 5.300 autônomos. Além disso, apresenta um enorme

potencial turístico, histórico, cultural e arquitetônico herança de seus colonizadores.

(PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ, 2008).

A Prefeitura Municipal de São José tem a Administração Pública Municipal,

titularizada pelo Chefe do Poder Executivo. Tem a sua estrutura básica composta de

Secretarias, Autarquias e Fundações municipais, bem como pelos demais órgãos de

assessoramento direto.

As ações da Administração Pública Municipal são desenvolvidas, prioritariamente,

mediante projetos e programas, cuja implementação compete aos Secretários Municipais e aos

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demais responsáveis dos órgãos e entidades públicas municipais, devidamente nomeados e

empossados pelo Chefe do Poder Executivo.

A Secretaria da Administração tem como objetivo principal a formulação das

diretrizes básicas para a política de organização, modernização administrativa e

desenvolvimento dos recursos humanos, além de exercer outras atividades inerentes à

administração pública municipal. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ, 2008).

A Secretaria de Administração tem como principais atribuições:

● analisar e emitir pareceres em projetos e relatórios afins com a área de sua

competência;

● representar o Município junto ao Tribunal de Contas do Estado nos assuntos

relativos à competência desta pasta;

● analisar, controlar e acompanhar os custos dos programas e atividades de órgãos da

administração;

● contratar de auditoria externa, quando necessário, para análise das contas municipais

e outras atividades correlatas;

● supervisionar e orientar técnica e administrativamente o Instituto de Previdência;

● administrar e executar políticas para atividades referentes a Recursos Humanos, aos

procedimentos de compras, processos licitatórios, logística de abastecimento de

materiais, suprimentos, móveis e utensílios, bem como os bens imóveis do município;

● definir e implementar programas de qualificação e valorização dos servidores;

● formular e implementar, em conjunto com os demais órgãos da administração, a

política de informatização dos serviços públicos;

● elaborar estudos e implantação de programas de modernização administrativa, a

qualidade dos serviços públicos, a constante desburocratização;

● cooperar com o setor de auditoria interna, no que diz respeito ao controle dos

procedimentos licitatórios, bem como dos contratos deles decorrentes, em consonância

com as normas legais em vigor.

● articular-se e interagir com todos os órgãos da administração direta e indireta de

forma a contribuir na elaboração de programas, projetos e ações; e

● adotar medidas para aperfeiçoamento e o entrosamento com os demais órgãos

municipais e buscar e o constante aperfeiçoamento da qualidade dos serviços públicos

prestados aos munícipes. (PREFEITURA MUNICPAL DE SÃO JOSÉ, 2008).

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4.2 O perfil dos pesquisados

Inicialmente apresentam-se as características do perfil dos envolvidos na pesquisa. A

análise do perfil tem por objetivo complementar o entendimento sobre o processo de

motivação na organização e, desta forma, reforça-se que não foi elaborada uma análise

detalhada a respeito. Realizaram-se questionamentos a respeito do sexo, idade, estado civil,

escolaridade, tempo de vínculo com a Prefeitura Municipal de São José e situação funcional.

Com base nos dados primários observou-se que 52% dos funcionários, ou seja, 24

funcionários são do sexo feminino, enquanto 48%, o que corresponde a 22 funcionários, são

do sexo masculino, tratando-se de uma população bastante equilibrada quanto ao sexo.

Com relação à distribuição por idade dos pesquisados, verificou-se que é constituída da

seguinte forma: 17% tem idade inferior a 21 anos e referem-se a 8 estagiários e jovens do

alistamento cidadão, 33% referem-se a 15 funcionários que estão na faixa etária entre 21 a 30

anos, 17%, ou seja, 8 funcionários tem idade entre 31 a 40 anos, 24%, 11 funcionários, tem

idade entre 41 a 50 anos. A maioria dos pesquisados tem entre 31 a 50 anos idade e é nesta

faixa etária que estão a maioria dos funcionários efetivos.

Atualmente a porcentagem de 9%, o que equivale a 4 funcionários, refere-se as pessoas

acima de 50 anos e são todos funcionários aposentados. Essas informações são decorrentes do

cruzamento de dados do questionário. Quanto aos funcionários já aposentados, conforme

observação participante são oriundos de outras organizações e que atualmente desenvolvem

suas atividades na Prefeitura por ocuparem cargos comissionados.

Quanto ao estado civil, os dados primários demonstram que 41% dos funcionários, são

casados e tratam-se de 19 pessoas com idade acima de 30 anos. Os solteiros representam 39%

dos pesquisados, uma parcela significativa de 18 pessoas. Há ainda uma pessoa viúva, 2%, 3

pessoas separadas, 7%, e 5 pessoas divorciadas, 11%.

A análise da situação funcional demonstra que 20 (43%) dos pesquisados são

funcionários efetivos, 11 (24%) funcionários ocupam cargos de comissionados municipais,

isto é, são funcionários que ocupam uma determinada vaga estabelecida pelo Poder

Executivo, onde ficam alocados nas estruturas administrativas funcionais básicas dos órgãos e

entidades públicas, 7 (15%) funcionários são ACT`S, os funcionários temporários que são

Admitidos em Caráter Temporário para a execução de serviços públicos essenciais à

administração, como limpeza e conservação dos prédios públicos bem como a sua

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manutenção, 3 (7%) estagiários de ensino superior onde o Chefe do Poder Executivo

Municipal autoriza a concessão de estágio profissionalizante no serviço público municipal,

em um número de 200 vagas, a alunos regulamente matriculados em cursos vinculados ao

ensino superior e 5(11%) bolsistas do Jovem do Alistamento Cidadão de São José, este

programa tem como objetivo aproveitar parte do contingente de jovens, do sexo masculino,

que estejam dispensados do Serviço Militar, que estejam devidamente matriculados e

freqüentando as aulas normalmente, os quais são aproveitados em atividade de apoio, por toda

estrutura organizacional da Prefeitura Municipal de São José.

No aspecto escolaridade verifica-se que 19 funcionários, o equivalente a 41% dos

pesquisados e que representam a maioria, possui o ensino médio completo. Representam

22%, as 10 pessoas que tem o curso superior incompleto. Há 20%, isto é, 9 pessoas que já

concluíram o curso superior. Há também 4 pessoas que representam 9% dos pesquisados que

tem o ensino médio incompleto. Uma faixa muito pequena com a educação básica completa

(2%) e incompleta (2%) que se referem a 2 pessoas que ocupam os cargos de ACT`S. Uma

pessoa possui curso técnico (2%) e uma outra (2%) tem mestrado.

Com relação a distribuição dos pesquisados por tempo de vínculo com a Prefeitura

Municipal de São José, os dados primários demonstram que 45%, ou seja, 21 funcionários

trabalham na Prefeitura de 1 a 5 anos, a maioria ocupam cargos comissionados e ACT`s, com

alguns efetivos que entraram a pouco tempo no último concurso público realizado em 2007.

Há 24% que correspondem a 11 funcionários que trabalham a menos de 1 ano na Prefeitura, a

observação participante demonstra que são na maioria estagiários e Jovens do Alistamento

Cidadão e os que trabalham de 21 a 30 anos e representam 8 funcionários, os efetivos com

mais tempo de instituição. Há ainda 7% que tem de 6 a 10 anos e 7% de 11 a 20 anos de

tempo de serviço na Prefeitura.

4.3 A Análise dos Resultados

Neste capítulo é exposto o resultado da pesquisa realizada com os funcionários da

Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura Municipal de São José.

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49

4.3.1 Fatores que influenciaram o funcionário no ingresso na Secretaria Municipal de

Administração da Prefeitura de São José

13; 22%

9; 16%

21; 36%

1; 2%

7; 12%

7; 12%

Salário

Status

Estabilidade

Aposentadoria

Benefícios

Outros

Gráfico 1: Motivos que levaram o funcionário a trabalhar na PMSJ Fonte: Dados primários (2008)

Observa-se no gráfico 1, que o principal fator que levou os funcionários a trabalhar na

PMSJ é a estabilidade que representa 36% (21 funcionários). A estabilidade é concebida aos

funcionários efetivos, ou para alguns cargos comissionados com mais de 10 anos de serviço

na Prefeitura. O salário, citado por 22% (13 funcionários) é o segundo fator que motiva o

ingresso na PMSJ. O status representa 16% (9 funcionários), e os benefícios 12% (7

funcionários). Outros, que representam 12% (7 funcionários) mencionaram a disposição do

horário, a oportunidade de aprender mais sobre setor público, a melhoria na situação

financeira e a experiência profissional. Conforme Vergara (2000) se o funcionário considera

que fazer algo lhe trará recompensas almejadas, então não medirá esforços para poder obtê-la.

Gil (1998) comenta que a necessidade de segurança, que está relacionada com a

estabilidade, mantém as pessoas sob relação de dependência com a empresa ou com outras

pessoas, podendo tornar-se poderosos ativadores motivacionais, dependendo do uso.

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50

4.3.2 Satisfação com relação aos benefícios e direitos oferecidos aos funcionários na

Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura de São José

5; 11%

14; 30%

10; 22%

8; 17%

9; 20% Discordo totalmente

Tenho tendência a discordar Não sei se concordo ou dircordo Tenho tendência a concordar Concordo totalmente

Gráfico 2: Satisfação dos funcionários com relação aos benefícios e direitos oferecidos pela PMSJ Fonte: Dados primários (2008)

No gráfico 2, observa-se que 30%, ou seja, 14 funcionários, manifestam sinais de

insatisfação com os benefícios oferecidos e 11%, 5 funcionários, estão insatisfeitos. Há 20%

que representam 9 funcionários que estão totalmente satisfeitos e 17%, 8 funcionários, que

manifestam sinais de satisfação com os benefícios oferecidos pela PMSJ. Há 22%, 10

funcionários, que não tem opinião formada a respeito do assunto, o que pode apontar

desinformação a respeito dos benefícios e direitos oferecidos. Há uma margem pequena de

funcionários satisfeitos com os benefícios e direitos oferecidos, este índice influencia na

motivação destes funcionários. (CHIAVENATO, 2000)

A Prefeitura Municipal de São José tem como principais benefícios; hora-extra,

licença prêmio, assistência médica, vale alimentação, vale transporte e a gratificação por

produtividade que estão atribuídas aos servidores públicos municipais ocupantes de cargos de

provimento efetivo, inclusive das autarquias e das fundações públicas municipais.

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51

4.3.3 Satisfação dos funcionários com relação às atividades que desenvolvem na

organização

6; 13%

3; 7%

6; 13%

13; 28%

18; 39%

Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 3: Percepção dos funcionários sobre se as atividades são desafiadoras Fonte: Dados primários (2008)

Conforme se observa no gráfico 3, a maioria dos funcionários, (18), que representam

39% dos pesquisados consideram suas atividades desafiadoras e 28%, 13 dos funcionários

tem a tendência em concordar. Há 7% dos pesquisados, 3 funcionários, que interpretam suas

atividades como pouco desafiadoras e 13% não a interpretam como um desafio. As atividades

quando são consideradas desafiadoras elevam o grau de autodesenvolvimento pessoal e

profissional dos funcionários. Conforme Chiavenato (2000), as necessidades de auto

realização estão ligadas ao desejo de cumprir a tendência que cada indivíduo tem de realizar o

seu potencial o seu crescimento.

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52

6; 13%

2; 4%

6; 13%

15; 33%

17; 37%

Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 4: Percepção dos funcionários sobre se as atividades são dinâmicas Fonte: Dados primários (2008)

O gráfico 4 apresenta que 37% dos funcionários concordam com a afirmação que o

seu trabalho é dinâmico e 33% tem a tendência a concordar que seu trabalho seja dinâmico.

Apenas 6 dos 46 entrevistados entendem que seu trabalho não seja dinâmico representando

13% e 4%, 2 pesquisados tem a tendência a discordar.

O indivíduo que busca o dinamismo tem o desejo de fazer algo melhor ou com mais

eficiência, resolver problemas ou dominar tarefas complexas. (SCHERMERHORN, 1999)

4.3.4 Principais necessidades dos servidores frente ao trabalho no contexto da

organização em estudo

4; 9%

3; 7%

4; 9%

7; 15%28; 60%

Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 5: Respeito a jornada de trabalho

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53

Fonte: Dados primários (2008)

No gráfico 5, observa-se que a grande maioria, 28 funcionários, que representam 60%

dos pesquisados, afirmam que a jornada de trabalho é respeitada, sendo que 15%, 7

funcionários, tem a tendência a concordar. Há 9%, 4 funcionários, que não tem opinião

formada a respeito do assunto, 9% que discordam totalmente da afirmação e 7%, 3

funcionários, com tendência a discordar.

Um ambiente onde o horário de trabalho possa ser cumprido e respeitado leva os

funcionários a trabalharem motivados. Há necessidade de se avaliar os setores aos quais esses

funcionários pertencem para verificar os motivos que levam os mesmos a trabalhar além a

jornada estabelecida. (CHIAVENATO, 2000)

3; 7%4; 9%

6; 13%

11; 24%

22; 47%

Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 6: O ambiente de trabalho é seguro Fonte: Dados primários (2008)

O gráfico 6 apresenta que a maioria dos funcionários com 47% consideram o ambiente

de trabalho seguro, 24% dos funcionários tem tendência a concordar e uma margem pequena

de funcionários, 7% entendem que não há um ambiente de trabalho seguro. Há 13% dos

funcionários que não tem opinião formada sobre o assunto. A necessidade de segurança, a

busca pela proteção contra ameaça e a fuga do perigo são importantes fatores a impulsionar o

comportamento humano. Em razão da dependência do funcionário com relação à organização,

ele precisa se sentir seguro no ambiente de trabalho para desempenhar suas atividades com

tranqüilidade. (CHIAVENATO, 2000)

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54

2; 4%

5; 11%

13; 28%26; 57%

0; 0%Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 7: Contribuição do ambiente físico para o desempenho do trabalho Fonte: Dados primários (2008)

O gráfico 7 demonstra que 57% dos funcionários estão satisfeitos com o ambiente físico

do seu trabalho e 28% tem a tendência em concordar que o ambiente físico contribui para o

desenvolvimento de seu trabalho. Há 11% que não tem opinião formada e 2% que entendem

que o ambiente físico não contribui para o desenvolvimento de seu trabalho. Conforme a

observação participante houve alteração do layout das salas há pouco tempo, troca dos

computadores e móveis para melhor qualidade de trabalho. Os fatores higiênicos estão

relacionados ao ambiente físico, pois rodeia o indivíduo e referem-se às condições dentro das

quais executa seu trabalho. (CHIAVENATO, 2000)

9; 20%

9; 20%

2; 4%10; 22%

16; 34%

Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 8: Equipamentos e materiais adequados para a realização das atividades Fonte: Dados primários (2008)

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55

O gráfico 8 mostra que a maioria dos funcionários, 34% entendem que os

equipamentos e materiais para a realização do seu trabalho estão adequados para o uso.

Entende-se que os funcionários que utilizam materiais e equipamentos em bom uso elevam

seu grau de motivação para que façam suas tarefas com mais eficácia garantindo uma boa

qualidade de serviço para a comunidade. (CHIAVENATO, 2000)

3; 7%

14; 30%

5; 11%11; 24%

13; 28%

Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 9: Condições adequadas para a realização do trabalho com qualidade Fonte: Dados primários (2008)

Conforme demonstrado no gráfico 9, os funcionários estão divididos em relação as

condições adequadas para realização do seu trabalho com qualidade, pode-se observar que

somando a porcentagem dos que tem tendência a discordar e os que não sabem se concordam

ou discordam o resultado é de 41%. Os que concordam totalmente e tem tendência a

concordar somam 52%.

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56

8; 17%

5; 11%

4; 9%

13; 28%

16; 35%

Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 10: Estabilidade Fonte: Dados primários (2008)

Analisa-se no gráfico 10 que a maioria dos funcionários concordam que trabalhar na

Prefeitura Municipal de São José lhes dão estabilidade. Esta estabilidade é direcionada aos

funcionários efetivos que possuem direitos e obrigações. Diante a lei, caso não forem

cumpridos as obrigações o servidor pode ser dispensado do seu cargo, através de processo

administrativo. (LEI COMPLEMENTAR N° 014, DE 06 DE DEZEMBRO DE 2004).

3; 7%

10; 22%

9; 20%10; 22%

14; 29%

Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 11: Adequação dos sistemas informatizados da PMSJ para a realização das tarefas Fonte: Dados primários (2008)

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57

No gráfico 11 verifica-se que a opinião dos funcionários está dividida com relação ao

assunto. Observou-se durante o período de estágio, que dependendo do setor que o

funcionário trabalha, há sistemas informatizados que atendem as necessidades, porém em

outros há somente programas criados pelos usuários para o seu controle, o que justifica o

resultado.

1; 2%

1; 2%

4; 9%

11; 24%

29; 63%

Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 12: Urgência para a realização das tarefas Fonte: Dados primários (2008)

Conforme o gráfico 12 observa-se que 63% dos funcionários executam suas tarefas

com urgência, pela observação participante analisou-se que os funcionários demonstram a

dedicação para a finalização das tarefas.

4; 9%

4; 9%

7; 15%

12; 26%

19; 41%

Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 13: Amizade no grupo de trabalho Fonte: Dados primários (2008)

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58

O gráfico 13 apresenta que os funcionários cultivam a amizade entre eles, pois 41%

entendem que entre os colegas possuem verdadeiros amigos no trabalho. Para Maximiano

(2000), cada grupo de trabalho cria seus padrões específicos de valores e comportamentos que

estabelecem o que é certo ou errado, assim podem chegar ao um ambiente tranqüilo e

harmonioso no trabalho.

0; 0%

3; 7%

6; 13%

5; 11%

32; 69%

Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 14: Relacionamento entre as pessoas do setor Fonte: Dados primários (2008)

Conforme o gráfico 14 observa-se que 69% dos funcionários concordam que há um

bom relacionamento entre as pessoas do setor. Assim contribui para que as necessidades

sociais de dar e receber afeto são importantes forças motivacionais do comportamento

humano. (CHIAVENATO, 2000)

3; 7%

5; 11%

9; 20%

11; 24%

18; 38%

Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 15: Participação das decisões que interferem no trabalho

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59

Fonte: Dados primários (2008)

O gráfico 15 mostra que mais de 50% dos funcionários participam das decisões que

afetam suas atividades de trabalho. Assim melhora-se a qualidade do processo de tomada de

decisão e gera-se conhecimento na organização.

2; 4%6; 13%

9; 20%

15; 33%

14; 30%

Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 16: Orgulho em trabalhar na PMSJ Fonte: Dados primários (2008)

Conforme se observa no gráfico 16, a maioria dos funcionários sente orgulho de

trabalhar na PMSJ, somando-se os que concordam totalmente e os que têm tendência a

concordar resulta em um percentual superior a 50%.

10; 22%

4; 9%

9; 20%11; 24%

12; 25%Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 17: O que faz alguém ser reconhecido na PMSJ é o seu mérito Fonte: Dados primários (2008)

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60

O gráfico 17 mostra que 25% entendem que o que faz alguém ser reconhecido na

PMSJ é o seu mérito e 24% tem a tendência a concordar com a afirmação. O reconhecimento

pelo mérito é positivo e contribui para a melhoria da qualidade do trabalho na organização.

2; 4%4; 9%

10; 22%

11; 24%

19; 41%

Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 18: Realização com a escolha profissional Fonte: Dados primários (2008)

O gráfico 18 mostra que mais de 41% dos funcionários estão satisfeitos com a sua

escolha profissional, um aspecto importante para a necessidade de auto-realização de cada

indivíduo. A realização profissional está com a plena realização daquilo que cada um tem de

potencial e de virtual, da utilização plena dos talentos individuais de cada indivíduo.

(CHIAVENATO, 2000)

1; 2%

2; 4%

3; 7%

15; 33%25; 54%

Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 19: Contribuição para as mudanças na sociedade josefense Fonte: Dados primários (2008)

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61

Verifica-se no gráfico 19 que a maioria dos funcionários entendem que como

funcionários da PMSJ estão colaborando com as mudanças sociais para a população

josefense. É extremamente positivo o funcionário perceber valor em seu trabalho para toda

uma comunidade.

4; 9%

5; 11%

11; 24%

13; 28%

13; 28%

Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 20: Reconhecimento da sociedade por trabalhar na PMSJ Fonte: Dados primários (2008)

O gráfico 20 demonstra que 26 pessoas sentem-se reconhecidas na sociedade por

trabalhar na Prefeitura Municipal de São José. Sendo assim, pode-se analisar esse

reconhecimento como um fator positivo na motivação dos mesmos.

12; 26%

11; 24%11; 24%

6; 13%

6; 13%Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 21: Quantitativo de funcionários suficientes Fonte: Dados primários (2008)

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62

O gráfico 21 informa que a maioria dos pesquisados entendem que há mais

funcionários no setor do que o necessário, isso pode levar pessoas a não terem o que fazer no

seu próprio setor, gerando uma auto-estima negativa. (CHIAVENATO,2000)

7; 15%

5; 11%

10; 22%15; 32%

9; 20% Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 22: Quantidade de serviço versus estresse nas pessoas do setor Fonte: Dados primários (2008)

O gráfico 22 demonstra que 32%, 15 funcionários, entendem que a quantidade de

serviço gera estresse e que 22%, 10 funcionários, não sabem se concordam ou discordam,

assim analisa-se que os mesmos estão equilibrados com relação a essa afirmação. Pela

observação participante percebeu-se que os períodos que o fluxo de trabalho são maiores

principalmente em início e final de mês.

14; 31%

8; 17%7; 15%

9; 20%

8; 17% Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 23 Satisfação com o salário

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63

Fonte: Dados primários (2008)

O gráfico 23 demonstra que 31% dos funcionários estão insatisfeitos com o seu

salário, 15% não tem opinião formada sobre o assunto, 20% dos funcionários estão tendendo

a concordar e 17% estão satisfeitos com a remuneração recebida. Esses percentuais indicam

que há insatisfação com o salário, um agravante para a motivação. A Prefeitura Municipal de

São José possui plano de carreira só para os funcionários do magistério. Conforme

Chaivenato (2000), as necessidades fisiológicas estão relacionadas com a sobrevivência do

indivíduo e com a preservação da espécie. Estas necessidades instintivas e que já nascem com

o indivíduo, portanto, são as mais prementes de todas as necessidades humanas como: salário,

férias, o período de descanso no trabalho, pausa para refeições, banheiros, ar e água puros,

quando alguma dessas necessidades não está satisfeita, ela domina a direção do

comportamento.

14; 30%

3; 7%

8; 17%

10; 22%

11; 24%Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 24: Remuneração compatível com a responsabilidade do trabalho Fonte: Dados primários

Observa-se no gráfico 24 que 30% dos funcionários, o que representa 14 pessoas, estão

insatisfeitas com sua remuneração em relação a responsabilidade que possuem e 24%, 11

pessoas, estão satisfeitas com seu salário, é uma proporção equilibrada. Também há 22% que

tem tendência a concordar contra 7% que tem tendência a discordar.

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64

16; 34%

9; 20%5; 11%

10; 22%

6; 13%Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 25: Os empregados recebem treinamento adequado para a realização de suas tarefas Fonte: Dados primários (2008)

Analisa-se no gráfico 25 que 34% dos funcionários não receberam nenhum tipo de

treinamento para a realização adequada de seu trabalho. A ausência de capacitação nos setores

pode levar o funcionário a diminuição de seus rendimentos.

O fator treinamento está relacionado com a necessidade de estima, onde são

conduzidos os sentimentos de autoconfiança, auto-apreciação, reputação, reconhecimento,

amor-próprio, prestígio, status, valor, poder, capacidade e utilidade. (CHIAVENATO, 2000)

5; 11%

12; 26%

15; 33%

7; 15%

7; 15% Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 26: Preocupação com a qualidade de vida de seus funcionários Fonte: Dados primários (2008)

Observa-se no gráfico 26 que os funcionários estão confusos sobre a preocupação da

Prefeitura com a qualidade de vida. Pode-se analisar por observação participante que neste

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65

item leva-se em consideração que os funcionários não possuem uma gestão de Recursos

Humanos para cuidar da saúde dos funcionários, também não possuem treinamentos nem

incentivos para um melhor desempenho no trabalho.

14; 31%

9; 20%8; 17%

7; 15%

8; 17% Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 27: Tratamento com igualdade Fonte: Dados primários (2008)

O gráfico 27 informa que os funcionários têm a percepção que não há tratamento

igualitário entre eles, pois, 31% discordam totalmente e 20% têm tendência a discordar da

afirmação que os funcionários são tratados com igualdade. Essa parcela é muito significativa

e pode gerar hostilidade, se isso ocorrer no ambiente de trabalho, a situação terá reflexos

negativos para a organização.

5; 11%

3; 7%

18; 38%

10; 22%

10; 22% Discordo totalmente

Tenho tendência adiscordar

Não sei se concordo oudircordo

Tenho tendência aconcordar

Concordo totalmente

Gráfico 28: Status

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66

Fonte: Dados primários (2008)

Conforme o gráfico 28 verifica-se que 18 pessoas de 46, 38%, não sabem se

concordam ou discordam desta pergunta. Somando-se os que concordam totalmente e os que

têm tendência a concordar, mais de 40% dos funcionários entendem que trabalhar na

Prefeitura lhe dá status, este fator é identificado na necessidade de estima.

4.3.5 Fatores causadores de satisfação e insatisfação no ambiente de trabalho da

Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura de São José

17; 15%

5; 5%

23; 22%

3; 3%

2; 2%7; 6%

17; 15%

9; 8%

8; 7%

7; 6%

12; 11% 0; 0%

Salário

Status

Estabilidade

Regime de aposentadoria

Autonomia

Benefícios

Relaciomento com oscolegasAtividade desafiadora

Ambiente de trabalhoseguroReconheciemento do seudesempenhoRelacionamento com achefiaOutros motivos

Gráfico 29: Motivos que mantém o funcionário trabalhando na PMSJ Fonte: Dados primários (2008)

O gráfico 29 informa que os principais motivos que mantém o funcionário trabalhando

na Prefeitura Municipal de São José é a estabilidade (23%), seguido pelo salário (15%),

relacionamento com os colegas (15%) e relacionamento com a chefia (11%). Conforme Gil

(2004), estes motivos mantêm as pessoas sob relação de dependência com a empresa ou com

outras pessoas, podendo tornar-se poderosos ativadores motivacionais, dependendo do uso.”

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Embora os funcionários respondam que estão insatisfeitos com o seu salário, quando

questionados a respeito verifica-se que o salário foi um dos motivos que os levou a trabalhar

na Prefeitura e um dos motivos que os mantêm na organização. Também quando questionados

a respeito da relação salário versus responsabilidade, os funcionários estão divididos a esse

respeito, porém 30% é um índice alto de discordância com relação a satisfação com o salário.

Além do fator salário, os funcionários estão insatisfeitos com os benefícios oferecidos

pela Prefeitura, com a falta de treinamento, entendem que a mais pessoas no setor do que o

necessário e, por fim, que não existe um tratamento com igualdade em relação aos

funcionários, o que pode indicar a existência de privilégios.

Por outro lado, os funcionários estão satisfeitos com a jornada de trabalho respeitada,

entendem que suas atividades são desafiadoras e dinâmicas, trabalham em um ambiente

seguro e aprovam o ambiente físico. A estabilidade é um fator marcante na pesquisa, assim

como a amizade e relacionamento com o grupo, sentem que colaboram com as mudanças

sociais e orgulhosos de trabalhar na Prefeitura Municipal de São José.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Trabalhar com o tema motivação no trabalho, principalmente no serviço público é um

desafio, pois trata-se de um tema complexo que envolve a subjetividade de indivíduos. Além

disso, na maioria das vezes os funcionários não passam por um programa de recrutamento e

seleção, há não ser os servidores efetivos que realizam concurso público.

Respondeu-se ao primeiro objetivo específico que era identificar os fatores que

influenciaram o funcionário no ingresso na Secretaria Municipal de Administração da

Prefeitura de São José e foi constatado que o interesse primeiro é a estabilidade que o serviço

público proporciona e também a remuneração, que é uma necessidade fisiológica do

funcionário. As necessidades fisiológicas instintivas que já nascem com o indivíduo, portanto,

são as mais prementes de todas as necessidades humanas; quando alguma dessas necessidades

não está satisfeita, ela domina a direção do comportamento. (CHIAVENATO, 2000).

Com relação ao segundo objetivo que tratava sobre os benefícios oferecidos pela

Prefeitura Municipal de São José, verificou-se que os funcionários não têm uma opinião

formada a respeito do assunto, o que pode apontar desinformação a respeito dos benefícios e

direitos oferecidos. Certos benefícios são específicos de funcionários efetivos como, por

exemplo, licença prêmio e gratificação por produtividade, os funcionários contratados não

possuem esses benefícios.

O terceiro objetivo específico identificou o grau de satisfação dos funcionários com

relação às atividades que desenvolvem na organização. O resultado da pesquisa foi positivo,

pois os funcionários entendem que suas atividades são desafiadoras e dinâmicas. É importante

destacar que não há nenhuma política que ofereça oportunidade de crescimento e

desenvolvimento de pessoas na organização.

Em relação ao quarto objetivo específico que buscou identificar as principais

necessidades dos servidores frente ao trabalho, com relação às necessidades fisiológicas, os

funcionários estão satisfeitos com a jornada de trabalho respeitada e estão insatisfeitos com o

salário. Quanto a necessidade de segurança e proteção, os funcionários sentem-se seguros pela

estabilidade que o serviço público oferece, isto posto, que a estabilidade é direcionada aos

cargos efetivos. Os benefícios, entretanto, não são valorizados pelos funcionários, os

equipamentos e materiais, porém, representam um fator positivo e consideram o ambiente de

trabalho seguro para realização de suas tarefas com qualidade.

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As necessidades sociais estão atendidas, pois os funcionários entendem que possuem

um bom relacionamento com os colegas do setor e também afirmam que possuem verdadeiros

amigos no trabalho. Estão, portanto, adaptados socialmente no contexto da organização. Em

se tratando da necessidade de estima, os funcionários entendem que não há treinamento

adequado para a realização das tarefas, levando a uma diminuição do rendimento e verificou-

se que os funcionários possuem orgulho de trabalhar na Prefeitura.

Quanto as necessidades de auto-realização, os funcionários estão satisfeitos com a

escolha profissional e acham suas atividades desafiadoras, dinâmicas, assim elevando o grau

de autodesenvolvimento pessoal e profissional, conforme relata Chiavenato (2000).

Quanto as fatores causadores de satisfação e insatisfação no ambiente de trabalho, que

representava o desafio do quinto objetivo específico a pesquisa verificou que os funcionários

estão insatisfeitos com o seu salário. Verificou-se que a Prefeitura Municipal de São José não

possui um plano de carreira para a Secretaria de Administração, apenas para outras

Secretarias. Além do fator salário, os funcionários estão insatisfeitos com os benefícios

oferecidos pela Prefeitura, com a falta de treinamento, entendem que a mais pessoas no setor

do que o necessário e, por fim, que não existe um tratamento com igualdade em relação aos

funcionários, o que pode indicar a existência de privilégios.

Por outro lado, os funcionários estão satisfeitos com a jornada de trabalho respeitada,

entendem que suas atividades são desafiadoras e dinâmicas, trabalham em um ambiente

seguro e aprovam o ambiente físico. A estabilidade é um fator marcante na pesquisa, assim

como a amizade e relacionamento com o grupo, sentem que colaboram com as mudanças

sociais e orgulhosos de trabalhar na Prefeitura Municipal de São José.

O estudo apresenta limitações em virtude da coleta de dados ter acontecido próximo

ao período eleitoral. Optou-se por aplicar o questionário na semana seguinte ao pleito eleitoral

o que limitou o tempo para a análise dos dados. Também não se considerou a possibilidade de

utilização de outro tipo instrumento. No entanto, conclui-se que as limitações não

inviabilizaram o alcance dos objetivos propostos nesta pesquisa.

Ressalta-se que este estudo foi viável devido a Prefeitura Municipal de São José ter

proporcionado as condições ideais para a acadêmica analisar o ambiente, além de mostrar-se

interessada em conhecer os resultados da pesquisa de modo a traçar estratégias em prol ao

interesse administrativo.

Recomenda-se a organização o estudo de um projeto para a implantação de um plano

de cargos e salários para os funcionários da Secretaria, assim como um programa de

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treinamento. Também rever o quantitativo de pessoas em cada setor e a adequação de acordo

com as atividades desenvolvidas. Por último, a aplicação de pesquisa de clima organizacional

periodicamente para analisar o grau de satisfação dos funcionários.

Sendo assim, para futuros trabalhos sugere-se estudos referentes às categorias de

análise que possam compor a pesquisa de clima organizacional da organização, estudos

voltados a idealização de plano de carreira e programas de treinamento, assim como ao

levantamento dos processos de serviços prestados pela Secretaria de modo a adequar o

quantitativo de pessoas.

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71

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MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Introdução à administração. 5. ed. São Paulo: Atlas,

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MEGGINSON, Leon C., MOSLEY, Donald C., PIETRI, Paul H. Jr. Administração:

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MEIRELLES, Ely Lopes. Direito administrativo brasileiro. São Paulo. 16. ed. São Paulo:

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MONTANA, Patrick J; CHARNOV, Bruce H. Administração. São Paulo: Saraiva, 2000.

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RIBEIRO, Antonio Lima. Teorias da Administração. São Paulo: Saraiva 2004.

ROBBINS, Stephen Paul. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva,

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SANTA CATARINA. Lei Complementar n° 014, de 06 de Dezembro de 2004. Lex:

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ANEXOS

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Secretário Adm.

Secretário

Dir.Adm./Oper. Dir. Compras Dir. Inf. e Sist Dir. RH

Apoio Adm.

Adm. Geral

Procon

Compras

Licitação

CPD

Sistemas

Mod. E

Folha de Pagto

Junta Méd.

Patrimônio

Logística

Amoxarif.

ANEXO 1

ORGANOGRAMA DA SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO

Figura: Organograma da Secretaria Municipal de São José Fonte: PREFEITURA MUNICPAL DE SÃO JOSÉ (2008b).

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ANEXO 2

DESCRIÇÃO DAS UNIDADES E CARGOS DA SECRETARIA DA

ADMINISTRAÇÃO

Diretoria Administrativa e Operacional – Organograma

Figura: Organograma da Secretaria Municipal de São José Fonte: PREFEITURA MUNICPAL DE SÃO JOSÉ (2008b).

Diretoria Recursos Humanos – Organograma

Figura: Organograma da Secretaria Municipal de São José Fonte: PREFEITURA MUNICPAL DE SÃO JOSÉ (2008b).

Diretoria de RH

Folha de Pagamento Junta Médica

Diretoria Adm.

e Operacional

Apoio

Administrat

Administra-

ção Geral

Procon Patrimônio Logística Almoxarifa

do

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APÊNDICE 1

QUESTIONÁRIO

Prezado colaborador Este questionário é parte integrante do Trabalho de Conclusão de Estágio do Curso

de Administração da UNIVALI, da acadêmica Cibele Hoffmann. O trabalho tem por objetivo analisar o processo de motivação dos funcionários da Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura de São José.

A pesquisa tem caráter sigiloso e a análise será feita a partir da opinião do grupo. Solicito sua colaboração respondendo as perguntas, a seguir.

Agradeço antecipadamente sua colaboração.

Definindo o perfil do grupo:

1. Sexo: ( ) feminino ( ) masculino 2. Idade: ( ) menos de 21 anos ( ) 21 a 30 anos ( ) 31 a 40 anos ( ) 41 a 50 anos ( ) acima de 50 anos 3. Estado civil: ( ) casado(a) ( ) solteiro(a) ( ) viúvo(a) ( ) separado(a) ( ) divorciado(a) 4. Escolaridade: ( ) educação básica completa ( 1° grau) ( ) educação básica incompleta ( 1° grau)

( ) ensino médio completo (2° grau) ( ) ensino médio incompleto (2° grau) ( ) superior completo ( ) superior incompleto ( ) outro. Qual? ____________________ 5. Tempo de vínculo com a Prefeitura Municipal de São José: ( ) menos de 01 ano ( ) de 01 a 05 anos ( ) de 06 a 10 anos ( ) de 11 a 20 anos ( ) de 21 a 30 anos ( ) acima de 30 anos 6. Situação funcional: ( ) funcionário público (efetivo) ( ) cargo comissionado ( CCM) ( ) ACT ( ) estagiário ( ) bolsista do JAC

LEIA COM ATENÇÃO AS QUESTÕES ABAIXO E ASSINALE A ALTERNATIVA QUE MAIS EXPRESSA A SUA OPINIÃO: 1. Assinale os motivos que o levaram a trabalhar na Prefeitura Municipal de São José: ( ) o salário ( ) o status profissional ( ) a estabilidade ( ) o regime de aposentadoria ( ) os benefícios ( ) outros motivos. Quais?______________________________________________________ 2. Assinale os motivos que o mantém trabalhando na Prefeitura: ( ) o salário ( ) o status profissional ( ) a estabilidade ( ) o regime de aposentadoria

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( ) a autonomia ( ) os benefícios ( ) o relacionamento com os colegas ( ) as atividades desafiadoras ( ) o ambiente de trabalho seguro ( ) o reconhecimento do seu desempenho ( ) o relacionamento com a chefia ( ) outros motivos.Quais?______________ ________________________________________ 3. Os empregados estão satisfeitos com os benefícios que a PMSJ oferece

1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 4. Considero as minhas atividades desafiadoras 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 5. A jornada de trabalho é respeitada 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 6. Há condições adequadas para a realização do trabalho com qualidade 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 7. O ambiente de trabalho é seguro 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 8. Os sistemas informatizados da PMSJ são adequados à realização das tarefas 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 9. Eu estou satisfeito com meu salário 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 10. O ambiente físico contribui para que eu trabalhe tranqüilo 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 11. A PMSJ tem um plano de carreira claro para todos os empregados 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 12. Trabalhar na PMSJ me dá estabilidade 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 13. O meu trabalho é dinâmico 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 14. Os funcionários da PMSJ são tratados com igualdade 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente

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15. Entre os colegas eu tenho verdadeiros amigos 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 16. A remuneração é compatível com a responsabilidade do trabalho que realizo 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 17. Há menos gente para trabalhar do que no mínimo necessário 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 18. As pessoas sentem orgulho em trabalhar na PMSJ 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 19 Em meu trabalho disponho de equipamentos e materiais adequados para a realização de minhas atividades 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 20. Dá status trabalhar na PMSJ 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 21. O que faz alguém ser reconhecido na PMSJ é o seu mérito 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 22. Os empregados recebem treinamento adequado à realização de suas tarefas 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 23. Estou realizado com a minha escolha profissional 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 24. Como empregado da Prefeitura eu contribuo para as mudanças na sociedade josefense 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 25. Há um bom relacionamento entre as pessoas do meu setor 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 26. Há urgência para a realização das tarefas 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 27. Participo das decisões que interferem no meu trabalho 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 28. A PMSJ se preocupa com a qualidade de vida de seus empregados 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente

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29. A quantidade de serviço gera estresse nas pessoas do setor 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente 30. Sinto-me reconhecido na sociedade por trabalhar na PMSJ. 1. ( )discordo 2.( ) tenho tendência 3.( ) não sei se concordo 4.( ) tenho tendência 5.( )concordo totalmente a discordar ou discordo a concordar totalmente