81
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA MESTRADO ACADÊMICO EM SAÚDE COLETIVA EDYLA MARIA PORTO DE FREITAS CAMELO QUALIDADE DO SONO E INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL EM PACIENTES SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE FORTALEZA CEARÁ 2017

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

MESTRADO ACADÊMICO EM SAÚDE COLETIVA

EDYLA MARIA PORTO DE FREITAS CAMELO

QUALIDADE DO SONO E INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL EM PACIENTES

SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE

FORTALEZA – CEARÁ

2017

Page 2: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

EDYLA MARIA PORTO DE FREITAS CAMELO

QUALIDADE DO SONO E INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL EM PACIENTES

SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE

Dissertação apresentada ao Curso de

Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva

do Programa de Pós-Graduação em

Saúde Coletiva do Centro de Ciências da

Saúde da Universidade Estadual do

Ceará, como requisito parcial à obtenção

do título de mestre em Saúde Coletiva.

Área de Concentração: Saúde Coletiva.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Paula Frassinetti Castelo Branco Camurça Fernandes.

FORTALEZA – CEARÁ 2017

Page 3: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software
Page 4: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

EDYLA MARIA PORTO DE FREITAS CAMELO

QUALIDADE DO SONO E INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL EM PACIENTES

SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE

Dissertação apresentada ao Curso de

Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva

do Programa de Pós-Graduação em

Saúde Coletiva do Centro de Ciências da

Saúde da Universidade Estadual do

Ceará, como requisito parcial à obtenção

do título de mestre em Saúde Coletiva.

Área de Concentração: Saúde Coletiva.

Data da aprovação: 14 de novembro de 2017.

BANCA EXAMINADORA

Page 5: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

“A todos os pacientes submetidos à hemodiálise e aos

profissionais da saúde.”

Page 6: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que passaram pelo meu caminho durante estes dois anos,

claramente deixaram um pouco de si em mim. Lembro-me de todos os momentos de

felicidade, tais momentos serviram para mostrar que a vida é bela, e não podemos

deixa- lá escapar pelas nossas mãos; os momentos ruins vinheram, mas eles

mostraram que somos capazes de vencermos todos os obstáculos. Sou

enternamente grata a todas as pessoas que contribuiram para a conclusão desta

etapa.

Primeiramente, agradeço a DEUS pelo dom da vida.

Á Professora Paula Frassinetti pela confiança e oportunidade de realizar este

sonho.

Á Professora Linda por sempre estar ao meu lado, me incetivando por sete anos na

vida academica.

Aos meus pais e irmão por acreditarem em mim e sempre me apoiarem.

Á Ana Virgina Porto por ter sempre segurado minhas mãos em momentos tão

difíceis.

Ao meu namorado, Pedro Vieira, e toda sua família por sempre torcerem e me

acalmarem em momentos de angustia.

A todos meus amigos pelos conselhos e momentos divertidos que deixaram esta

caminha mais leve.

À equipe de coleta, Thales, Robério, Diana e Nozinho que estiveram me ajudando.

Aos diretores das clínicas de hemodiálise que abriram as portas com muita

satisfação.

Aos porteiros, recepcionistas, técnicos de enfermagem, enfermeiros,

assitentes socias, pscicólogos das clínicas de hemodiálise que me receberam tão

bem.

A todos os 386 pacientes participantes deste trabalho, sem eles, esta dissertação

não existiria. Minha imensa gratidão por cada um, 386 vezes MUITO OBRIGADA!

Page 7: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

RESUMO

A doença renal crônica é descrita como anormalidades da estrutura ou função renal,

trata-se de um problema de saúde pública crescente em todo o mundo. A

hemodiálise, na maioria das vezes, gera frustração e limitações, uma vez que é

acompanhada de diversas restrições. O objetivo do presente estudo é avaliar a

qualidade de sono e o nível de independência funcional nos pacientes submetidos à

hemodiálise em Fortaleza. Estudo transversal, descritivo, com abordagem quanti-

qualitativa. Realizado em quatro clínicas de hemodiálise em Fortaleza, teve como

critério de elegibilidade portadores de doença renal crônica submetidos à

hemodiálise por no mínimo três meses. Foi utilizado três instrumentos de coleta

(Formulário socioeconômico e clínico, Índice de Qualidade de Sono de Pisttsburgh e

Índice Modificado de Barthel). A coleta foi no período de maio a agosto, totalizando

386 indivíduos. Os dados foram digitados no software Microsoft Office Excel for

Windows® versão 2010 e a análise foi feita através do software Statistical Package

For Social Sciences® versão 17. Foi realizada análise descritiva de todas as

variáveis, correlações entre a variável dependente e regressão logística das

variáveis com p ˂ 0,20. A maioria da amostra teve qualidade ruim de sono e sem

alteração da independência funcional. A alteração do sono está associada com uma

clínica de hemodiálise, prática de atividade física, histórico familiar de doença renal,

uso de medicamento indutor de sono e com o resultado da escala de saúde geral (0-

10). Mediante as falas dos indivíduos da amostra, obteve duas categorias

relacionadas ao impacto da doença renal crônica: Visão positiva e negativa do

tratamento dialítico. Nota-se a necessidade de mais estudos que explorem tais

variáveis encontradas na regressão, visando uma melhora na qualidade do sono e

qualidade de vida desses pacientes.

Palavras- chave: Insuficiência renal crônica. Hemodiálise. Sono.

Page 8: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

ABSTRACT

Chronic kidney disease is described as abnormalities of kidney structure or function,

It´s a growing public health problem throughout the world. Hemodialysis, in most

cases, generates frustration and limitations, since it´s accompanied by several

restrictions. The aim of the present study is to evaluate the quality of sleep and the

level of functional independence in patients submitted to hemodialysis in Fortaleza.

Cross-sectional, descriptive study with quantitative-qualitative approach. Performed

in four hemodialysis clinics in Fortaleza, the criteria for eligibility included chronic

kidney disease patients submitted to hemodialysis for at least three months. Three

collection instruments (Socioeconomic and Clinical Form, Pisttsburgh Sleep Quality

Index and Modified Barthel Index) were used. The collection was from May to

August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel

for Windows® version 2010 software and analyzed using Statistical Package for

Social Sciences® version 17. A descriptive analysis of all variables, correlations

between the dependent variable and the logistic regression of the variables with p

˂ 0.20. The majority of the sample had poor sleep quality and no change in functional

independence. Sleep disturbance is associated with a hemodialysis clinic, physical

activity practice, family history of renal disease, use of sleep inducing medication and

the result of the general health scale (0-10). Through the speeches of the individuals

in the sample, two categories related to the impact of chronic kidney disease and

hemodialysis were obtained: Positive and negative views of dialysis treatment. Note

the need for further studies exploring such variables found in the regression, aiming

at an improvement in sleep quality and quality of life of these patients.

Keywords: Renal insufficiency. Chronic. Diálisis renal. Sleep.

Page 9: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Caracterização sociodemográfica dos pacientes dialíticos.

Fortaleza/CE, 2017.......................................................................

26

Tabela 2 – Perfil clínico dos pacientes dialíticos. Fortaleza/CE, 2017..... 27

Tabela 3 – Perfil de atividade física dos pacientes dialíticos.

Fortaleza/CE, 2017......................................................................

28

Tabela 4 – Caracterização do tratamento dialítico. Fortaleza/CE, 2017 29

Tabela 5 – Padrão do sono dos pacientes dialíticos. Fortaleza/CE, 2017 30

Tabela 6 – Perfil da independência funcional e percepção da saúde

dos pacientes dialíticos. Fortaleza/CE, 2017............................

31

Tabela 7 – Distribuição socioeconômica e clínica de acordo com o

padrão do sono dos pacientes dialíticos. Fortaleza, CE.........

32

Tabela 8 – Análise da regressão logística para o desfecho de alteração

do sono dos pacientes dialíticos. Fortaleza/CE, 2017.............

37

Page 10: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AF Atividade Física

AV Acesso Vascular

AVD´s Atividades de Vida Diária

CAAE Certificado de Apresentação para Apreciação Ética

CDL Cateter Duplo-lumen

DCNT Doenças Crônicas Não Transmissíveis

DM Diabetes Mellitus

DP Desvio Padrão

DRC Doença Renal Crônica

DRCT Doença Renal Crônica Terminal

HA Hipertensão Arterial

HD Hemodiálise

IBM Índice de Barthel Modificado

IC Intervalo de Confiança

IQSP Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh

IR Insuficiência Renal

MED Média

MIN Mínimo

MMII Membros Inferiores

MX Máximo

OR Odds Ratio

QV Qualidade de vida

REF Referência

SPSS Statistical Package For Social Sciences

SUS Sistema Único de Saúde

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TFG Taxa de Filtração Glomerular

UECE Universidade Estadual do Ceará

Page 11: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 12

2 REVISÃO DE LITERATURA.................................................................... 14

2.1 DOENÇA RENAL CRÔNICA.................................................................... 14

2.2 HEMODIÁLISE........................................................................................... 15

2.3 QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTE SUBMETIDO À HEMODIÁLISE 16

2.4 ALTERAÇÕES DO SONO EM PACIENTE SUBMETIDO À

HEMODIÁLISE...........................................................................................

17

2.5 INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL EM PACIENTE SUBMETIDO À

HEMODIÁLISE...........................................................................................

18

3 OBJETIVOS.............................................................................................. 19

3.1 GERAL....................................................................................................... 19

3.2 ESPECÍFICOS.......................................................................................... 19

4 METODOLOGIA........................................................................................ 20

4.1 TIPO DE ESTUDO..................................................................................... 20

4.2 LOCAL DO ESTUDO................................................................................. 20

4.3 PERÍODO DO ESTUDO............................................................................ 20

4.4 CRITÉRIO DE ELEGIBILIDADE................................................................ 20

4.5 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO...................................................................... 20

4.6 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO..................................................................... 20

4.7 CÁCULO DA AMOSTRA........................................................................... 21

4.8 SELEÇÃO DA AMOSTRA......................................................................... 21

4.9 INSTRUMENTOS DE COLETA................................................................. 21

4.10 EQUIPE DE COLETA................................................................................ 23

4.11 ANÁLISE DOS DADOS............................................................................. 23

4.12 PRECEITOS ÉTICOS............................................................................... 24

5 RESULTADOS.......................................................................................... 25

5.1 ANÁLISE DESCRITIVA............................................................................. 25

5.2 ANÁLISE BIVARIADA................................................................................ 31

5.3 REGRESSÃO DAS VARIÁVEIS............................................................... 36

5.4 IMPACTO DA DR NA VIDA DOS INDIVÍDUOS........................................ 37

Page 12: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

6 DISCUSSÃO................................................................................................ 41

7 CONCLUSÃO.............................................................................................. 45

REFERÊNCIAS........................................................................................... 46

APÊNDICES................................................................................................ 55

APÊNDICE A – FORMULÁRIO SOCIOECONÔMICO E CLÍNICO............. 56

APÊNDICE B – TERMOS DE ANUÊNCIA.................................................. 59

APÊNDICE C – TERMOS DE FIEL DEPOSITÁRIO................................... 63

APÊNDICE D – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO.. 67

APÊNDICE E – DADOS SUMARIZADOS DA AMOSTRA.......................... 70

ANEXOS...................................................................................................... 71

ANEXO A – MAPA DAS SECRETARIAS REGIONAIS DE FORTALEZA.. 72

ANEXO B – ÍNDICE DE BARTHEL MODIFICADO..................................... 73

ANEXO C – ÍNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH........ 76

ANEXO D – PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP............................ 78

Page 13: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

12

1 INTRODUÇÃO

A doença renal crônica (DRC) é descrita como anormalidades da

estrutura ou função renal, presentes por um período igual ou superior a três meses,

ocasionando implicações para a saúde, necessitando da taxa de filtração glomerular

(TFG) e a albuminúria para o seu estadiamento (KDIGO, 2013; NATIONAL KIDNEY

FOUNDATION, 2013).

A DRC apresenta-se como um problema de saúde pública crescente em

todo o mundo, tem uma prevalência de 11% na população norte-americana,

relacionada a altas taxas de morbimortalidade, perda da qualidade de vida (QV) e

custos para o sistema de saúde (CUETO-MANZANO; CORTÉS-SANABRIA;

MARTINEZ-RAMIREZ, 2010; RONKSLEY; HEMMELGAM, 2012).

No Brasil, a quantidade de pacientes em 2015 com DRC era de 111.303,

sofrendo um aumento significantemente em 2016, passando para 122.825, na qual

113.122 realizam hemodiálise (HD). Tendo 747 unidades ativas de diálise, sendo

49% da região sudeste, 22% da região sul, 18% da região nordeste, 7% da região

centro-oeste e 4% da região norte, gastando cerca de 2,7 bilhões de reais com tal

tratamento (SBN, 2015).

O tratamento de escolha substitutivo da função renal mais utilizado é a

HD, a qual atua através de um aparelho externo denominado dialisador. Por impor

acesso de forma repetida à corrente sanguínea, é realizada através de uma fístula

arteriovenosa criada cirurgicamente (COELHO; RIBEIRO; SOARES, 2008; JATOBÁ

et al., 2008).

O tratamento de HD, na maioria das vezes, gera frustração e limitações,

uma vez que é acompanhado de diversas restrições, dentre elas a manutenção de

uma dieta específica, associada às restrições hídricas e a modificação na aparência

corporal em razão da presença da fístula arteriovenosa (REIS; GUIRARDELLO;

CAMPOS, 2008).

Os principais estressores relacionados ao paciente em tratamento

hemodialítico são as câimbras musculares, restrição de líquidos e alimentos,

incerteza sobre o futuro, interferências laborais, mudanças na estrutura familiar,

receio de ficar sozinho e distúrbios do sono (BERTOLIN et al., 2008).

O distúrbio do sono é um problema comum em pacientes com doença

renal crônica terminal (DRCT) e sua prevalência é de 44%. Este problema é

Page 14: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

13

frequentemente relacionado com movimentos periódicos dos membros durante o

sono, ou apneia do sono que podem resultar em sonolência diurna e em outras

sequelas incluindo irritabilidade, confusão, depressão, ou paranoia, o que pode

impedir a recuperação de outras doenças, além disso, pessoas com distúrbio do

sono possuem altos riscos susceptíveis a acidentes (BASTOS et al., 2007;

MERLINO et al., 2006; MURTAGH; ADDINGTON-HALL; HIGGINSON, 2007).

Portanto, um manejo eficaz nos distúrbios do sono em pacientes com DRCT é

essencial para diminuir a alta taxa de morbidade e mortalidade desses pacientes

(SHARIATI et al., 2012).

A qualidade do sono e a capacidade funcional estão relacionadas, pois o

aumento da capacidade funcional conduz a uma melhora da qualidade e quantidade

do sono (SAKKAS et al., 2008). Altas taxas de incapacidade funcional estão

presentes nos pacientes com DRCT (COOK; JASSAL, 2008).

Dois estudos avaliaram a independência funcional em pacientes com

DRC e concluíram que tais pacientes possuem limitações funcionais em algumas

atividades de vida diária (AVD´s) (GUERINI; MERCIERI; YAVUZER, 2006,

MORTARI et al., 2009).

Otero-López et al. (2012) através de uma coorte com 63 pacientes,

avaliaram o nível de independência funcional em pacientes submetidos à

hemodiálise, e observaram uma associação estatisticamente significante com baixo

nível de independência funcional e mortalidade em seis meses.

A pergunta que norteou tal trabalho foi “Qual a qualidade do sono e o

nível de independência funcional nos pacientes submetidos à HD em Fortaleza? ”.

Estima-se mediante a literatura que tais pacientes apresentam baixa qualidade de

sono e baixo nível de independência funcional.

Logo o presente estudo tem como objetivo avaliar a qualidade de sono e

o nível de independência funcional nos pacientes submetidos à HD em Fortaleza,

justifica-se pelo fato de que a avaliação da qualidade do sono e da independência

funcional na população em questão é relevante no que tange à avaliação dos fatores

de risco e possibilidade de intervenções eficazes, quando necessário, para sua

recuperação e melhora da QV. Além que, há uma quantidade reduzida de artigos

científicos no Ceará sobre esta temática.

Page 15: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

14

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 DOENÇA RENAL CRÔNICA

Cerca de 12 milhões de pessoas apresentam algum grau de Insuficiência

Renal (IR). Levantamentos epidemiológicos estimam que essa dependência cresça

9% ao ano devido ao desconhecimento do diagnóstico na fase inicial da doença

(SBN, 2014; TEIXEIRA et al., 2015).

Os principais fatores de risco aos quais se tem atribuído a crescente

prevalência da doença renal crônica no mundo são: aumento da expectativa de vida,

diabetes mellitus (DM) e hipertensão arterial (HA) (BAKRIS et al., 2003). Estes

fatores estão intimamente associados ao desenvolvimento socioeconômico de uma

determinada população: por um lado há diminuição das causas de morte infecciosas

e externas pela melhora da condição de vida e do acesso aos serviços de saúde;

por outro, vê-se a adoção de estilos de vida inadequados, como sedentarismo e a

piora dos hábitos nutricionais (PINHO; OLIVEIRA; PIERIN, 2015).

A DRC é subdiagnosticada e tratada de forma inadequada, levando a

perda de oportunidade para implementar a prevenção primária, secundária e

terciária, em parte devido à falta de conhecimento da definição e classificação dos

estágios da doença, bem como a não utilização de testes simples para o diagnóstico

e avaliação funcional da doença (BASTOS; BREGMAN; MASTROIANNI

KIRSZTAJN, 2010).

A DRC culmina na DRCT, quando há perda progressiva e irreversível da

função renal, um desfecho de saúde grave e de alto custo econômico e social, que

exige terapia renal substitutiva na forma dialítica (hemodiálise e diálise peritoneal) ou

transplante para a manutenção da vida (EGGERS, 2011).

Por ser uma doença assintomática, os indivíduos desconhecem a sua

existência até o quadro clínico se apresentar bastante avançado e necessitar, com

urgência, de tratamento para substituir a função renal (ROMÃO JUNIOR, 2007;

SMELTZER; BARE, 2009). Por isso, é de suma importância o reconhecimento da

DRC como uma epidemia, para que políticas públicas sejam implementadas,

objetivando sua prevenção e detecção precoce, bem como o tratamento de suas

complicações (LUGON, 2009).

Page 16: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

15

Desse modo, uma vez diagnosticado com DRC, o paciente deve ser

submetido o mais precocemente possível ao tratamento, seja conservador ou

dialítico. O tratamento conservador caracteriza-se em medidas clínicas (remédios,

modificações na dieta e estilo de vida). O tratamento dialítico é caracterizado como

uma experiência difícil e dolorosa, mas é essencial para a manutenção da vida da

pessoa com DRC. Portanto, os pacientes renais devem se adaptar às mudanças,

como os novos hábitos alimentares, rotina modificada, dependência familiar e perda

da autonomia. E isso acarreta alterações na sua integridade física e emocional

(BARBOSA et al., 2006; TERRA et al., 2010).

2.2 HEMODIÁLISE

A HD é um dos tratamentos de substituição renal mais utilizado, nele deve

existir uma equipe multidisciplinar que acompanha esses pacientes, objetivando a

melhora dos que estão com DRC. Fazem parte da equipe: o médico nefrologista,

enfermeiro, nutricionista, psicólogo e assistente social (ARAUJO et al., 2015).

Trata-se de um processo mecânico e extracorpóreo, que consiste na

remoção de substâncias tóxicas e do excesso de líquido do organismo. Geralmente,

esse tratamento é realizado em uma unidade hospitalar, três vezes por semana, em

sessões que duram três ou quatro horas, numa rotina rígida que restringe a

independência do paciente (THODIS; OREOPOULOS, 2011; THOMAS; ALCHIERI,

2005). Além desses cuidados, a pessoa em tratamento deve seguir dietas e ingerir

medicamentos que auxiliam na reestruturação do funcionamento renal (THOMAS;

ALCHIERI, 2005).

A manutenção do tratamento de HD nos pacientes portadores de doença

renal depende diretamente da presença de um acesso vascular (AV) eficiente. As

complicações referentes a esse acesso representam a maior parte das morbidades

dos pacientes em terapia hemodialítica. O AV é fundamental para o tratamento

dialítico, pois a eficácia da terapia está intimamente associada ao seu implante,

manuseio e monitoramento adequados, repercutindo na qualidade da diálise e,

consequentemente, no bem-estar e sobrevida do paciente (NICOLE; TRONCHIN,

2011).

Page 17: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

16

Os pacientes com DRC em programa regular de HD enfrentam um regime

terapêutico complexo e muitos deles têm dificuldade em gerir as restrições de

líquidos e da dieta, problema que está associado ao aumento do risco de

mortalidade e ao acréscimo de custos dos cuidados de saúde (CRISTOVAO, 2015).

A desnutrição energético-proteica contribui para a morbimortalidade em

HD e tem fisiopatogenia multifatorial, podendo resultar da perda de nutrientes

durante a diálise; do aumento do catabolismo proteico e diminuição da síntese de

proteínas; da redução da ingestão calórico-proteica; da resistência periférica à

insulina que resulta em aceleração da atrofia muscular e da acidose metabólica

(SANTOS et al., 2009).

Pacientes com DRC que são submetidos ao tratamento hemodialítico

apresentam além da diminuição na capacidade funcional, alterações na função

respiratória, resultando em prejuízos na QV, tanto física quanto mental

(MARCHESAN et al., 2008; MARTINS; CESARINO, 2005; SCHARDONG;

LUKRAFKA; GARCIA, 2008).

2.3 QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTE SUBMETIDO À HEMODIÁLISE

A QV é definida por uma percepção de bem-estar físico, mental e social, e

não apenas como um estado de ausência de alguma doença ou outra enfermidade.

Quando se trata da população renal crônica, a QV está comprometida por diversos

fatores, dessa forma prejudicando a funcionalidade e a participação social

(BEZERRA; SANTOS, 2008; FASSBINDER et al., 2015; KUSUMOTA et al., 2008,

MORAIS E RIBEIRO, 2015).

Em um estudo que comparou a capacidade funcional e a QV de pacientes

com DRC em HD e pré-dialíticos observou-se que em ambos os grupos houve

redução da capacidade funcional e QV. Portanto, os pacientes que não necessitam

do tratamento da hemodiálise também evidenciam um decréscimo de sua condição

física e da QV (FASSBINDER et al., 2015).

Uma má qualidade de vida está relacionada com os transtornos do sono

em pacientes em diálise, bem como aqueles com transplante renal. Uma melhoria

do sono influencia positivamente a QV, apesar de muitos fatores ainda estarem

presentes e continuam a atuar como promotores de distúrbios do sono (NOVAK et

al., 2006).

Page 18: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

17

2.4 ALTERAÇÕES DO SONO EM PACIENTE SUBMETIDO À HEMODIÁLISE

Vários estudos descrevem que a má qualidade do sono é comum nos

pacientes em HD (BASTOS et al., 2007; FONSECA et al., 2014; MAVANUR;

SANDERS; UNRUH, 2010; THEOFILOU et al., 2011; TURKMEN et al., 2012).

Contudo, a patogênese do distúrbio do sono em pacientes com HD ainda não está

clara (HAN et al., 2017).

Causas multifatoriais, incluindo fatores fisiopatológicos, psicológicos, e

relacionados com o estilo de vida, estão envolvidas na etiologia dos distúrbios do

sono nestes pacientes (FONSECA et al., 2014).

Esses distúrbios podem contribuir para a doença cardiovascular e serem

responsáveis pela substancial morbidade e mortalidade encontrada nesta população

(MAVANUR; SANDERS; UNRUH, 2010). Tais distúrbios podem representar um

novo fator de risco para a progressão da DRC (TUREK; RICARDO; LASH, 2012).

Um estudo longitudinal realizado por Agarwal e Light (2011) identificou

que os pacientes com DRC não submetidos à diálise possuem alguma perturbação

do sono. No entanto, aqueles em hemodiálise possuem grandes distúrbios do sono,

corroborando com o estudo de Guimarães, Alves e Guimarães (2011) em que

concluiu que 80% dos participantes do estudo classificaram como quantidade de

sono abaixo do satisfatório e qualidade de sono ruim ou presença de distúrbios do

sono.

Uma vez que os distúrbios do sono estão associados com o aumento da

mortalidade em longo prazo, é possível que uma melhora da qualidade do sono

pode não só aumentar o bem-estar dos pacientes, mas a sua sobrevivência

(AGARWAL; LIGHT, 2011; TUREK; RICARDO; LASH, 2012).

Mediante ao exposto a cima, nota-se a importância da avaliação dos

distúrbios do sono em pacientes acometidos com a DRC submetidos a HD, pois com

uma avaliação profunda, os pacientes com tais distúrbios serão identificados,

ocasionando melhora na qualidade do sono e consequentemente na QV e reduzindo

a taxa de mortalidade nos mesmos.

Page 19: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

18

2.5 INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL EM PACIENTE SUBMETIDO À HEMODIÁLISE

A capacidade funcional reporta-se à autonomia da pessoa para a

realização das AVD´s e com possibilidade de viver sozinho em contexto domiciliar,

além de ser considerada um dos elementos da saúde, sendo principal na avaliação

da saúde da população. As escalas de avaliação das AVD´s indicam o grau de

independência de um indivíduo na realização das mesmas, correlacionando de

forma indireta no estado de saúde e a necessidade de auxílio (BRASIL, 2006;

MINOSSO et al., 2010).

Os indivíduos com DRC que realizam HD apresentam redução da

capacidade física e funcional e baixa tolerância ao exercício, causando limitações

físicas e emocionais, interferindo na vida dos pacientes, limitando ou até impedindo

a realização de suas AVD´s (BEZERRA; SANTOS, 2008; BÖHM; MONTEIRO;

THOME, 2012; MORTARI et al., 2009; OLLER et al., 2012; ROCCO; MERCIERI;

YAVUZER, 2006).

Diante disso, avaliar a independência funcional auxilia a planejar a

assistência a ser prestada e atuar de maneira mais efetiva junto a essa população.

Pressupõe-se que são inúmeras as dificuldades enfrentadas por essas pessoas,

seja pela dependência à máquina de HD ou pelas visitas aos consultórios médicos,

o que interfere em suas atividades cotidianas (BEZERRA; SANTOS, 2008;

MORTARI et al., 2009; ROCCO; MERCIERI; YAVUZER, 2006).

Mortari et al. (2009) avaliaram a independência funcional em pacientes

com DRC submetidos à HD e identificaram níveis maiores de dependência

relacionados à locomoção e uso de escadas. Concordando com tais resultados,

Oller et al. (2012) apontaram em seus pacientes algum grau de dependência, que

além da locomoção ao subir e descer escadas, os pacientes tiveram maior

dependência em vestir-se acima da cintura e vestir-se abaixo da cintura.

Page 20: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

19

3 OBJETIVOS

3.1 GERAL

Avaliar a qualidade de sono e o nível de independência funcional nos

pacientes submetidos à HD.

3.2 ESPECÍFICOS

a) Descrever entre os indivíduos submetidos à HD as AVD´s que apresentam

déficits de independência funcional;

b) identificar os níveis de qualidade de sono dos indivíduos submetidos à HD;

c) estimar a relação entre qualidade de sono, nível de independência funcional

e as características sociodemográficas e clínicas;

d) apreender o impacto da DRC e HD nos pacientes submetidos a HD.

Page 21: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

20

4 METODOLOGIA

4.1 TIPO DE ESTUDO

Trata- se de um estudo transversal, descritivo, com abordagem quanti-

qualitativa.

4.2 LOCAL DO ESTUDO

O presente trabalho se desenvolveu em quatro clínicas de hemodiálise

em Fortaleza/CE, previamente sorteadas, através do gerador de números aleatórios

do Microsoft Office Excel for Windows®. O sorteio das clínicas de hemodiálise

atendeu o critério de 1/Secretaria Regional (ANEXO A). Não houve sorteio para a

REGIONAL III, tendo em vista que não há clínica nesta regional. A Regional II, foi

excluída por não obtenção da resposta do aceite de participação.

4.3 PERÍODO DO ESTUDO

A coleta de dados se deu no período de maio a agosto de 2017.

4.4 CRITÉRIO DE ELEGIBILIDADE

Portadores de DRC submetidos à HD por no mínimo três meses.

4.5 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Indivíduos com 18 anos ou mais, que se apresentam hemodinamicamente

estáveis (pulso palpável e pressão arterial normal) (ZORZELA; GARROS; CAEN,

2007).

4.6 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Pacientes com diagnóstico de lesão renal aguda e demência.

Page 22: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

21

4.7 CÁCULO DA AMOSTRA

A amostra foi calculada através da fórmula a seguir:

= 2. . (1− ) = 384.

2. (1− )+ 2 ( −1)

Em que: n – tamanho da amostra aleatória simples (N= 244.725);

z – valor da variável normal reduzida referente à confiança de C% (IC%= 95%, logo

z = 1,96).

p (1 – p) – proporção populacional (p (1 - p) = 0,25);

e – erro da estimativa (e= 0,05).

4.8 SELEÇÃO DA AMOSTRA

Para a seleção da amostra foram coletados os nomes de todos os pacientes

das quatro clínicas de hemodiálise. Após esta etapa, foram retirados todos aqueles que

não se enquadraram nos critérios de elegibilidade, inclusão e exclusão. Com a lista

final, foram sorteados, através do Microsoft Office Excel for Windows®, 96 pacientes de

cada clínica, sendo 32 pacientes de cada turno, totalizando 384 pacientes.

4.9 INSTRUMENTOS DE COLETA

Os instrumentos de coleta foram:

Formulário socioeconômico e clínico: Foi desenvolvido pela pesquisadora,

sendo composto por 25 itens, estes sendo distribuído entre informações

pessoais (nome, idade, gênero, localidade, profissão, estado civil, religião,

necessidade de cuidador, moradia, deslocamento e renda familiar),

tratamento (turno de diálise, tempo de diagnóstico e de HD), atividade física

no presente e passado (tipo, duração da atividade e quando parou), uso de

medicamentos para dormir e antidepressivo, presença de comorbidades.

Utilizou-se ainda a escala numérica de 0 - 10 sobre a saúde geral e uma

pergunta subjetiva relacionada com percepção da DRC (APENDICE A).

Page 23: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

22

Índice de Barthel Modificado (IBM): Pertencente ao campo de avaliação

das AVD´s e mede a independência funcional, este sendo de fácil aplicação,

com um alto grau de confiabilidade e validade (PATEL et al., 2006).

Esse questionário contempla dez funções: controle intestinal, controle

vesical, higiene pessoal, uso de assento sanitário, alimentação, transferências,

mobilidade, vestir-se, subir e descer degraus e banho, em que a pontuação varia

entre a máxima dependência (10 pontos) e a máxima independência (50 pontos)

(PELARIGO et al., 2014) (ANEXO B).

Tal instrumento vem sofrendo algumas alterações sendo criadas novas

versões que se distinguem do original por aumentar ou diminuir as atividades

avaliadas ou por alterar o sistema de pontuação (ARAUJO et al., 2007). IBM

proposto por Shah e colaboradores com versão já traduzida e validada na língua

portuguesa, mantém as mesmas atividades avaliadas na versão original possuindo

uma escala de resposta de cinco pontos para cada item, aumentando a

sensibilidade na detecção das mudanças (SHAH, VANCLAY, COOPER, 1989).

Devido a esses motivos, o presente estudo utilizou essa versão.

Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (IQSP): Trata-se de um

instrumento genérico desenvolvido com o objetivo de avaliar a qualidade de

sono. O IQSP foi traduzido e validado para o português em 2011 por Bertolazi

et al. É um questionário simples, fácil de ser respondido, padronizado e bem

aceito pelos pacientes. As últimas cinco questões são utilizadas apenas para

a prática clínica, não contribuindo para a pontuação total do índice, desse

modo, não foram aplicadas neste estudo (LOMELI et al., 2008). O IQSP é

composto por 19 itens agrupados em sete componentes (qualidade subjetiva

do sono, latência, duração, eficiência, distúrbios, uso de medicamentos e

sonolência durante o dia), cada qual recebe uma pontuação de 0 a 3. Os

escores dos sete componentes são somados para conferir uma pontuação

final (0 a 21 pontos). Pontuações de 0 - 4 indicam boa qualidade do sono, de

5 - 10 indicam qualidade ruim e acima de 10 pontos indicam distúrbio do sono

(BERTOLAZI et al., 2011; CHELLAPPA; ARAUJO, 2007) (ANEXO C).

Page 24: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

23

4.10 EQUIPE DE COLETA

A coleta de dados foi realizada pela pesquisadora responsável, três

discentes de Medicina da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e uma

enfermeira que integram o grupo de Iniciação Científica em Nefrologia da UECE. Os

discentes e a enfermeira receberam capacitações sobre a importância do estudo,

objetivos e a aplicabilidade dos instrumentos a fim de padronizar a aplicação dos

mesmos.

4.11 ANÁLISE DOS DADOS

Os dados foram digitados no software Microsoft Office Excel for

Windows® versão 2010 e a análise foi feita através do software Statistical Package

For Social Sciences® (SPSS) versão 17.

Inicialmente, procedeu-se à análise descritiva das variáveis. O teste exato

de Fisher foi utilizado para analisar as associações entre os dados

sociodemográficos e clínicos e os resultados do IBM e IQSP, sendo adotado o nível

de significância de 5%. Com a finalidade de identificar os fatores preditivos da

alteração do sono, as variáveis com p < 0,20 foram escolhidas para a análise da

regressão logística (Backward Stepwise).

Para a análise do material qualitativo, optou-se em usar a análise de

conteúdo de Bardin (2009), constituída de três fases: 1- Pré-análise; 2- Exploração

do material; 3- Tratamento dos resultados e interpretação. A pré-análise caracteriza-

se por ser a fase de organização, utilizando várias ferramentas como a leitura

flutuante, a formulação de hipóteses e objetivos, e a elaboração de indicadores que

fundamentem a interpretação. Na segunda fase, as informações são codificadas a

partir das unidades de registro. Na última fase, classifica-se os dados em relação às

semelhanças e por diferenciação, com posterior reagrupamento, em função de

características comuns. Foram elencadas algumas falas que mostram o contexto de

cada categoria, além de um quadro em que possui algumas características dos

indivíduos das falas, junto com identificação de nomes de pedras preciosas afim de

manter o anonimato dos mesmos.

Page 25: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

24

4.12 PRECEITOS ÉTICOS

Para as clínicas de hemodiálise elencadas no estudo, essas informações

foram apresentadas através do Termo de Anuência (APÊNDICE B), e para que o

pesquisador tivesse livre acesso aos prontuários foi incluído o Termo de Fiel

Depositário (APÊNDICE C).

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE), que garante sobre a confidencialidade, o anonimato, a não

utilização de informações em prejuízo dos indivíduos e a inexistência de intervenção

para os sujeitos da pesquisa. Os benefícios esperados com o estudo serão

divulgados para a população científica a fim de que os pacientes sejam os mais

beneficiados (APENDICE D).

A pesquisa seguiu os preceitos da Resolução 466/12 do Conselho

Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, que dispõe sobre os aspectos éticos e

legais na pesquisa envolvendo seres humanos (BRASIL, 2012). O estudo foi

aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da UECE, segue o Certificado de

Apresentação para Apreciação Ética (CAAE): 66325717.4.0000.5534, número do

parecer: 2.028.939 (ANEXO D).

Page 26: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

25

5 RESULTADOS

5.1 ANÁLISE DESCRITIVA

Foram avaliados 386 pacientes no período da coleta, obteve dois

pacientes a mais que o estipulado. A amostra é predominantemente masculina

(54,4%), casados/união estável (54,1%), com faixa de idade entre 51 e 65 anos

(33,9%, 53,8 ± 15,3), nível escolar entre fundamental I e II (52,6%), aposentados

(41,4%), com renda familiar entre 1 a 3 salários mínimos, católicos (63,7%),

praticantes da religião (72,0%), residentes de Fortaleza (94,8%) e com familiares

(94,3%) (TABELA 1).

Page 27: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

26

Tabela 1 – Caracterização sociodemográfica dos pacientes dialíticos. Fortaleza/CE,

2017

Variáveis F %

Gênero Feminino 176 45,6 Masculino 210 54,4

Estado civil Casado/união estável 209 54,1 Divorciado/separado 34 8,8 Outros 2 0,5 Solteiro 94 24,4 Viúvo 47 12,2

Faixa etária (anos) 30 ou menos 35 9,1 31-50 123 31,9 51-65 131 33,9 66-94 97 25,1

Escolaridade Curso Técnico 4 1,0 Ensino Médio 106 27,5 Ensino Superior 41 10,6 Fundamental I e II 203 52,6 Sem escolaridade 32 8,3

Ocupação Aposentado 151 41,4 Auxilio doença/beneficio 129 35,3 Empregado 67 18,4 Estudante 4 1,1 Pensionista 14 3,8 Recusaram a responder 21 5,4

Renda familiar (Salário-mínimo) ≤ 1 122 31,6 1-3 179 46,4 4-5 57 14,8 ≥ 6 28 7,3

Religião Católico 228 63,7 Outros 23 6,4 Protestante 107 29,9

Praticante da religião 262 72,0 Localidade de residência

Fortaleza 366 94,8 Região Metropolitana 20 5,2

Com quem vive na residência Familiares 364 94,3 Sozinho 22 5,7

Fonte: Elaborada pela autora.

Uma pequena porcentagem relatou ter histórico familiar de DR (29,3%),

sendo a maioria dos parentes de 2º grau (45,7%), envolvendo irmãos ou avós. Mais

da metade tem etiologia desconhecida (54,7%) como doença de base da DRC, com

diagnóstico entre 13 a 48 meses (34,5%, 90,0 ± 96,4), acesso através de fístula

(90,9%), presença de comorbidade (85,0%), a maioria com apenas uma

Page 28: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

27

comorbidade (36,9%), sendo doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) (88,7%),

tal como DM e HA. Os pacientes que usam algum dispositivo de locomoção, usam

órteses em membros inferiores (52,4%) e 36,4% tem acompanhamento do cuidador,

vale salientar que, o cuidador não é necessariamente uma pessoa paga para tal

função (TABELA 02).

Tabela 2 – Perfil clínico dos pacientes dialíticos. Fortaleza/CE, 2017

Variáveis F %

Histórico familiar de DR 113 29,3 Nível parentesco da DR

1°grau 10 28,6 2°grau 16 45,7 3°grau 4 11,4 4°grau 5 14,3

Doenças de base Etiologia desconhecida 211 54,7 Glomerulonefrite 18 4,7 Litíase renal 10 2,6 Nefrite lúpica 8 2,1 Nefropatia diabética 39 10,1 Nefropatia hipertensiva 34 8,8 Outros 36 9,3 Rim policístico 19 4,9 Uropatia obstrutiva 11 2,8

Tempo de diagnóstico (meses) 3- 12 53 13,7 13-48 133 34,5 49-96 80 20,7 97-576 120 31,1

Acesso HD Fístula 351 90,9 Permcath 24 6,2 CDL

§ 11 2,8

Presença de comorbidade 328 85,0 No. Comorbidades referidas

1 122 36,9 2 94 28,4 3 65 19,6 4 33 10,0 5 10 3,0 6 7 2,1

Tipo de comorbidades DCNT

§ 289 88,7

Doenças infecciosas 37 11,3 Uso de dispositivo de locomoção

Cadeira de rodas 9 42,9 Órteses para MMII

§ 11 52,4

Prótese 1 4,8 Tem acompanhamento com cuidador 139 36,4

CDL: Cateter de Duplo Lúmen; DCNT: Doenças Crônicas Não Transmissíveis. MMII: Membros inferiores. Fonte: Elaborada pela autora.

Page 29: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

28

A maioria da amostra não realiza atividade física (AF) (84,6%) atualmente,

os que realizavam AF é em torno de 31 a 60 minutos (9,1%, 45,7 ± 21,5), com

frequência de até três vezes na semana (11,1%) e realizam caminhada (14,3%).

Mais da metade da amostra não realizava AF no passado (55,5%), destes, 16,3%

realizavam caminhada, pararam de realizar a AF por um período de 13 a 48 meses

(12,2%, 74,1 ± 103,6) (TABELA 03).

Tabela 3 – Perfil de atividade física dos pacientes dialíticos. Fortaleza/CE, 2017

Variáveis F %

Atividade física atual Sim 59 15,4 Não 325 84,6

Tempo de duração da atividade física (min.) 10-30 21 5,4 31-60 35 9,1 61-120 3 0,8

Frequência da atividade física 4 ou mais vezes 16 4,1 Até 3 vezes 43 11,1

Tipo de atividade física atual Aeróbica 5 1,5 Caminhada 47 14,3 Outros 7 2,1

Prática de atividade física no passado Sim 165 44,5 Não 206 55,5

Tipo de atividade física no passado Aeróbica 7 1,8 Artes marciais 6 1,6 Caminhada 63 16,3 Ciclismo 6 1,6 Corrida 4 1,0 Futebol 28 7,3 Hidroginástica/natação 12 3,1 Musculação 30 7,8 Outros 10 2,6

Tempo que parou a atividade física (meses) 1-6 21 5,4 7-12 29 7,5 121-681 25 6,5 13- 48 47 12,2 49- 120 33 8,5 Não identificado 3 0,8

Fonte: Elaborada pela autora.

A maioria faz HD no 3º turno (33,7%), tendo entrado no serviço através do

Sistema Único de Saúde (SUS) (92,5%), com tempo de hemodiálise de 13 a 48

meses (40,7%, 57,4 ± 65,7). O deslocamento até a HD é realizado por veículo

próprio (43,3%) (carro, moto ou bicicleta), levando 1 a 15 minutos (50,3%, 23,7 ±

Page 30: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

29

20,5). Ocorreu mudança de clínica em 22,0% da amostra, sendo o motivo a

distância (16,8%), há 24 meses (10,1%, 46,3 ± 52,9) (TABELA 04).

Tabela 4 – Caracterização do tratamento dialítico. Fortaleza/CE, 2017

Variáveis F %

Clínicas Clínica A 98 25,4 Clínica B 96 24,9 Clínica C 96 24,9 Clínica D 96 24,9

Turno 1º 128 33,2 2º 128 33,2 3º 130 33,7

Entrada no serviço SUS

§ 357 92,5

Convênios 29 7,5 Tempo de hemodiálise (meses)

13-48 157 40,7 3-12 88 22,8 49-96 75 19,4 97-384 66 17,1

Tipo de transporte até a HD Carona 30 7,8 Pago 135 35,0 Próprio 167 43,3 Transporte da prefeitura 54 14,0

Tempo de deslocamento até a HD (min.) 1-15 194 50,3 16-30 129 33,4 31-120 63 16,3

Mudança de clínica 85 22,0 Motivo da mudança

Distância 65 16,8 Localidade 1 0,3 Mudança de residência 3 0,8 Opção 2 0,5 Para realizar diálise peritoneal 1 0,3 Perda de plano de saúde 2 0,5 Perda de vaga 1 0,3 Problemas gerais 1 0,3 Qualidade do serviço 3 0,8 Tempo de hemodiálise 1 0,3 Tentativa de transplantar 6 1,6

Faixa de tempo da mudança (meses) 1- 24 39 10,1 25- 48 19 4,9 49- 384 26 6,7

SUS: Sistema Único de Saúde.

Fonte: Elaborada pela autora.

Page 31: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

30

A maior parte da amostra obteve pontuação ruim em relação a qualidade

do sono (44,8%), com média de 46,36 minutos para dormir (± 66,2) e 6:54 (± 2:00)

de sono. Poucos fazem uso de medicamentos para dormir (19,2%), com início após

começar o tratamento de HD (58,1%) e o motivo é a insônia (45,9%). Uma pequena

parcela (4,7%) utiliza remédios para depressão (4,7%) e a maioria teve início do uso

após o tratamento de HD (72,2%) (TABELA 05).

Tabela 5 – Padrão do sono dos pacientes dialíticos. Fortaleza/CE, 2017

Variáveis F %

Pittsburgh Boa 157 40,7 Presença de distúrbio do sono 56 14,5 Ruim 173 44,8

Uso de medicamentos indutores de sono 74 19,2 Tempo do uso do medicamento para dormir

Antes do tratamento da HD 20 27,0 Depois do tratamento da HD 43 58,1 Não sabe 11 14,9

Motivo do uso do medicamento para dormir Ansiedade 10 13,5 Dependência 3 4,1 Distúrbio psiquiátrico 5 6,8 Dores 2 2,7 Insônia 34 45,9 Não identificado 12 16,2 Não sabe 3 4,1 Síndrome das pernas inquietas 5 6,8

Uso de medicamento antidepressivo 18 4,7 Tempo do medicamento antidepressivo

Antes do tratamento da HD 5 27,8 Depois do tratamento da HD 13 72,2

HD: Hemodiálise.

Fonte: Elaborada pela autora.

A amostra obteve uma média de 47,6 (± 5,3) no IBM, sem alteração no

nível de independência (61,9%), e naqueles que foram identificados algum nível de

dependência (38,1%), os domínios mais afetados foram subir e descer escadas

(33,2%) e deambulação (18,7%). A percepção numérica da saúde geral foi

considerada entre 0 a 5 (78,9%, 7,3 ± 2,3) (TABELA 06).

Page 32: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

31

Tabela 6 – Perfil da independência funcional e percepção da saúde dos pacientes

dialíticos. Fortaleza/CE, 2017

Variáveis F %

Barthel Com alteração 147 38,1 Sem alteração 239 61,9

AVD´s afetadas Alimentação 18 4,7 Banho 25 6,5 Continência Anal 14 3,6 Continência vesical 17 4,4 Deambular 72 18,7 Higiene 23 6,0 Subir e descer escadas 128 33,2 Transferência 35 9,1 Uso de cadeira de rodas 24 6,2 Uso do banheiro 22 5,7 Vertir 25 6,5

Percepção da saúde geral (0- 10) 0-5 303 78,9 6-10 81 21,1

AVD: Atividade de vida diária.

Fonte: Elaborada pela autora.

5.2 ANÁLISE BIVARIADA

A presença de alteração da qualidade do sono está associada com a

Clínica B (p = 0,000), Clínica C (p = 0,005), entrada no serviço de HD (p = 0,043),

presença de cuidador (p = 0,024), prática atual de atividade física (p = 0,001), uso de

medicamento para indução do sono (p = 0,000), presença de comorbidade (p =

0,000), quantidade de comorbidades (p = 0,010), nível de independência ao subir e

descer escadas (p = 0,001) e na deambulação (p = 0,000), e na percepção numérica

da saúde geral (p = 0,000) (TABELA 07).

Page 33: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

32

Tabela 7 – Distribuição socioeconômica e clínica de acordo com o padrão do sono

dos pacientes dialíticos. Fortaleza, CE

(continua)

Variáveis

SONO

TOTAL OR IC (95%) P Com

alteração Sem

alteração

N % N % N %

Turno

1,146 0,758 1,733 0,294

Diurno 98 42,8% 62 39,5% 160 41,5%

Noturno 131 57,2% 95 60,5% 226 58,5%

Clínica A

0,671 0,416 1,085 0,064

Sim 65 28,4% 33 21,0% 98 25,4%

Não 164 71,6 124 43,1% 288 74,6%

Clínica B 2,473 1,544 3,959 0,000

Sim 41 17,9% 55 35,0% 96 24,9%

Não 188 82,1% 102 65,0% 290 75,1%

Clínica C 0,514 0,313 0,845 0,005

Sim 68 29,7% 28 17,8% 96 24,9%

Não 161 70,3% 129 82,2% 290 75,1%

Clínica D 1,118 0,700 1,785 0,363

Sim 55 24,0% 41 26,1% 96 24,9%

Não 174 76,0% 116 73,9% 290 75,1%

Doença de base da DR

0,874 0,476 1,605 0,391

Sistêmica 55 52,4% 39 55,7% 94 53,7%

Renal 50 47,6% 31 44,3% 81 46,3%

Fistula

1,031 0,508 2,095 0,542

Não fistula 21 9,2% 14 8,9% 35 9,1%

Fístula 208 90,8% 143 91,1% 351 90,9%

Entrada no serviço de HD

0,439 0,183 1,054 0,043

SUS 207 90,4% 150 95,5% 357 92,5%

Convenio 22 9,6% 7 4,5% 29 7,5%

Anos de estudo (anos)

0,938 0,618 1,423 0,423

≤ 10 138 60,3% 97 61,8% 235 60,9%

≥ 11 91 39,7% 60 38,2% 151 39,1%

Faixa etária (anos) 1,251 0,826 1,896 0,170

Menos de 60 145 63,3% 91 58,0% 236 61,1%

60 ou mais 84 36,7% 66 42,0% 150 38,9

Localidade 1,030 0,411 2,581 0,573

Regiões metropolitanas

12 5,2% 8 5,1% 20 5,2%

Fortaleza 217 94,8% 149 94,9% 366 94,8%

Vínculo empregatício

0,801 0,464 1,383 0,256

Sem vínculo 171 80,3% 127 83,6% 298 81,6%

Com vínculo 42 19,7% 25 16,4% 67 18,4%

Page 34: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

33

Tabela 8 – Distribuição socioeconômica e clínica de acordo com o padrão do sono

dos pacientes dialíticos. Fortaleza, CE

(Continuação)

Variáveis

SONO

TOTAL OR IC (95%) P Com

alteração Sem

alteração

N % N % N %

Estado civil

0,841

0,560

1,264

0,233

Sem união estável 101 44,1

% 76

48,4%

177 45,9

%

União estável 128 55,9

% 81

51,6%

209 54,1

%

Religião

1,052

0,678

1,632

0,455

Não católico 78 36,8

% 52

35,6%

130 36,3

%

Católico 134 63,2

% 94

64,4%

228 63,7

%

Cuidador

1,580

1,025

2,436

0,024

Sim 92 40,5

% 47

30,1%

139 36,3

%

Não 135 59,5

% 109 69,9

% 244 63,7

%

Com quem reside

0,813

0,342

1,931

0,398

Sozinho 12 5,2% 10 6,4% 22 5,7%

Família 217 94,8

% 147

93,6%

364 94,3

%

Deslocamento até a HD (minutos)

1,403

0,816

2,414

0,139

≤ 30 196 85,6

% 127

80,9%

323 83,7

%

> 30 33 14,4

% 30

19,1%

63 16,3

%

Transporte até a HD

1,310

0,719

2,387

0,232

Financiado estado 35 15,3

% 19

12,1%

54 14,0

%

Custos próprios 194 84,7

% 138

87,9%

332 86,0

%

Renda familiar (SM)

1,176

0,717

1,930

0,303

3 ou mais 53 23,1

% 32

20,4%

85 22,0

%

ate 3 176 76,9

% 125

79,6%

301 78,0

%

Mudança de clínica

0,778

0,474

1,279

0,193

Não 174 76,0

% 126

80,3%

300 77,7

%

Sim 55 24,0

% 31

19,7%

86 22,3

%

Page 35: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

34

Tabela 9 – Distribuição socioeconômica e clínica de acordo com o padrão do sono

dos pacientes dialíticos. Fortaleza, CE

(Continuação)

Variáveis

SONO

TOTAL OR IC (95%) P Com

alteração Sem

alteração

N % N % N %

Praticante da Religião

0,989

0,620

1,577

0,530

Sim 156 71,9

% 106

72,1%

262 72,0

%

Não 61 28,1

% 41

27,9%

102 28,0

%

Tempo da mudança da clínica de HD (anos)

1,333

0,545

3,259

0,343

Até 2 26 49,1

% 13

41,9%

39 46,4

%

2 ou mais 27 50,9

% 18

58,1%

45 53,6

%

Transporte até a HD 1,310 0,719 2,387 0,232

Financiado pelo estado

35 15,3% 19 12,1% 54 14,0%

Custos próprios 194 84,7% 138 87,9% 332 86,0%

Prática de AF (atual)

2,639 1,493 4,664 0,001

Não 204 89,9% 121 77,1% 325 84,6%

Sim 23 10,1% 36 22,9% 59 15,4%

Prática de AF (passado)

1,013 0,668 1,538 0,518

Não 123 55,7% 83 55,3% 206 55,5%

Sim 98 44,3% 67 44,7% 165 44,5%

Tempo do diagnóstico da DR (anos)

1,060 0,706 1,591 0,430

Mais 2 120 52,4% 80 51,0% 200 51,8%

Até 2 109 47,6% 77 49,0% 186 48,2%

Tempo de HD (anos)

1,016 0,666 1,550 0,514

Mais 2 84 36,7% 57 36,3% 141 36,5%

Até 2 145 63,3% 100 63,7% 245 63,5%

Histórico familiar de DR

1,435 0,922 2,235 0,069

Não 169 73,8% 104 66,2% 273 70,7%

Sim 60 26,2% 53 33,8% 113 29,3%

Uso de medicação para dormir

0,014 0,002 0,100 0,000

Não 156 68,1% 156 99,4% 312 80,8%

Sim 73 31,9% 1 0,6% 74 19,2%

Uso de medicação para depressão

0,401 0,130 1,243 0,080

Não 215 93,9% 153 97,5% 368 95,3%

Sim 14 6,1% 4 2,5% 18 4,7%

Page 36: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

35

Tabela 10 – Distribuição socioeconômica e clínica de acordo com o padrão do sono

dos pacientes dialíticos. Fortaleza, CE

(Continuação)

Variáveis

SONO

TOTAL OR IC (95%) P Com

alteração Sem

alteração

N % N % N %

Comorbidades

0,327 0,183 0,585 0,000

Não 21 9,2% 37 23,6% 58 15,0%

Sim 208 90,8% 120 76,4% 328 85,0%

Quantidade de comorbidades

0,562 0,355 0,891 0,010

Uma 67 31,9% 55 45,5% 122 36,9%

Duas ou mais 143 68,1% 66 54,5% 209 63,1%

Uso de equipamento de locomoção

1,395 0,550 3,540 0,321

Sim 14 6,1% 7 4,5% 21 5,4%

Não 215 93,9% 150 95,5% 365 94,6%

Alimentação (Independência)

0,547 0,191 1,565 0,186

Não afetado 216 94,3% 152 96,8% 368 95,3%

Afetado 13 5,7% 5 3,2% 18 4,7%

Higiene (Independência)

0,62

1 0,24

9 1,547

0,210

Não afetado 213 93,0

% 150

95,5%

363 94,0%

Afetado 16 7,0% 7 4,5% 23 6,0%

Uso do banheiro (Independência)

0,408

0,147

1,131 0,05

7

Não afetado 211 92,5

% 152

96,8%

363 94,3%

Afetado 17 7,5% 5 3,2% 22 5,7%

Banho (Independência)

0,439

0,171

1,126 0,05

8

Não afetado 210 91,7

% 151

96,2%

361 93,5%

Afetado 19 8,3% 6 3,8% 25 6,5%

Continência anal (Independência)

0,384

0,105

1,401 0,10

8

Não afetado 217 95,2

% 154

98,1%

371 96,4%

Afetado 11 4,8% 3 1,9% 14 3,6%

Continência Vesical (Independência)

0,595

0,205

1,723 0,24

0

Não afetado 217 94,8

% 152

96,8%

369 95,6%

Afetado 12 5,2% 5 3,2% 17 4,4%

Vestir-se (Independência)

0,439

0,171

1,126 0,05

8

Não afetado 210 91,7

% 151

96,2%

361 93,5%

Afetado 19 8,3% 6 3,8% 25 6,5%

Page 37: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

36

Tabela 11 – Distribuição socioeconômica e clínica de acordo com o padrão do sono

dos pacientes dialíticos. Fortaleza, CE

(Conclusão)

Variáveis

SONO

TOTAL OR IC (95%) P Com

alteração Sem

alteração

N % N % N %

Transferências (Independência)

0,644

0,306

1,355 0,16

2

Não afetado 205 89,5

% 146

93,0%

351 90,9%

Afetado 24 10,5

% 11 7,0% 35 9,1%

Subir e descer escadas (Independência)

0,46

8 0,29

7 0,736

0,001

Não afetado 138 60,3

% 120

76,4%

258 66,8%

Afetado 91 39,7

% 37

23,6%

128 33,2%

Deambulação (Independência)

0,351

0,193

0,638 0,00

0

Não afetado 173 75,5

% 141

89,8%

314 81,3%

Afetado 56 24,5

% 16

10,2%

72 18,7%

Cadeira de rodas (Independência)

0,715

0,298

1,713 0,29

8

Não afetado 213 93,0

% 149

94,9%

362 93,8%

Afetado 16 7,0% 8 5,1% 24 6,2%

Escala de saúde geral (0-10)

2,88

9 1,63

3 5,111

0,000

0-5 166 72,5

% 137

88,4%

303 78,9%

6-10 63 27,5

% 18

11,6%

81 21,1%

Fonte: Elaborada pela autora.

5.3 REGRESSÃO DAS VARIÁVEIS

Permaneceram no modelo da regressão logística para o desfecho da

alteração do sono as seguintes variáveis que mostraram associação com o

desfecho: pertencer a Clínica B (p = 0,001) realização de atividade física atualmente

(p = 0,004), histórico familiar de DR (p = 0,000), remédio para dormir (p = 0,000) e

escala de saúde geral (p = 0,014) (TABELA 08).

Page 38: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

37

Mediante a tais resultados nota-se que aqueles que não realizam HD na

Clínica B tem 2,8 vezes mais chances de terem alterações no sono. Os pacientes

que não realizam AF tem 3 vezes mais chances de apresentarem tal alteração.

Naqueles que não tem histórico familiar de DR a chance de terem essa alteração é

de 3,5 vezes maior. Os pacientes que não fazem uso do remédio para dormir

possuem menos chances de apresentarem alterações de sono, este sendo fator

protetor para tal situação através da regressão logística (OR= 0,0010, IC95%=

0,001- 0,081). Em relação a escala de saúde geral, naqueles que referiram nota

entre 0- 5 possuem 2,3 mais chances de terem alteração do sono.

Tabela 12 – Análise da regressão logística para o desfecho de alteração do sono dos

pacientes dialíticos. Fortaleza/CE, 2017

Variáveis Coeficiente

(B) P OR

IC (95%)

Inferior Superior

Clínica B (Ref.: Não realizar hemodiálise) 1,044 0,001 2,842 1,519 5,318

Prática de AF atualmente (Ref.: Não realizar) 1,127 0,004 3,087 1,441 6,614 Histórico familiar de DR (Ref.: Sem histórico) 1,253 0,000 3,501 1,870 6,554 Remédio para dormir (Ref.: Não usa) -4,557 0,000 0,010 0,001 0,081 Escala de saúde geral (0-10) (Ref.: 0-5) 0,833 0,014 2,301 1,182 4,480

Fonte: Elaborada pela autora.

5.4 IMPACTO DA DRC NA VIDA DOS INDIVÍDUOS

Mediante a leitura dos depoimentos dos pacientes, através da análise de

conteúdo de Bardin, foi observado o surgimento de duas categorias finais, para

evidenciar de forma sistemática a construção progressiva das categorias de análise

que emergiram tais desfechos, elaborou-se uma tabela para ilustrar a construção

(QUADRO 01). No Quadro 2 consta informações em relação aos dados dos

pacientes na qual foi elencado algumas falas.

Quadro 1 – Construção progressiva das categorias de análise dos pacientes

dialíticos. Fortaleza/CE, 2017 Categorias Iniciais Categorias Intermediárias Categorias Finais Esperança Formas de coping Visão positiva do tratamento de HD Paciência Conformação Agradecimento Grato pela HD Injustiça Revolta Visão negativa do tratamento de HD Mudanças Alterações negativas Privação de liberdade Fonte: Elaborado pela autora.

Page 39: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

38

Quadro 2 – Identificação dos indivíduos por codinome, idade, sexo, tempo de

diagnóstico de DR e HD. Fortaleza/CE, 2017

Nome Idade Gênero Tempo de diagnóstico da DRC (meses)

Tempo de HD (meses)

Alexandrita 73 F 72 72

Ametista 33 F 12 4

Azurita 47 M 11 11

Citrino 53 M 4 4

Diamante 61 F 120 60

Esmeralda 53 M 4 4

Euclásio 72 M 48 8

Jade 37 M 204 60

Malaquita 29 F 168 60

Rubi 40 F 69 68

Rutilo 26 F 48 48

Turmalina 71 F 60 60

Fonte: Elaborado pela autora.

Visão positiva do tratamento de HD

Esta categoria emergiu mediante as falas que incidiram informações

sobre gratidão pela a realização da HD, ter esperança, seja através da cura física,

por meio da realização do transplante renal, restabelecimento da saúde por DEUS,

ou até mesmo pelo apoio familiar que tais indivíduos recebem. Além do sentimento

de paciência, que dialoga intrinsecamente com a restauração da saúde.

É feita a vontade de DEUS, tenho fé em DEUS que vou ficar boa. (Alexandrita). Encaro normal hoje, sofri, chorei, mas tive o apoio da minha família. (Ametista). O Senhor me acostumou. (Diamante).

Quando o paciente inicia o tratamento de HD, há manifestação de vários

sentimentos (SANTOS et al., 2017). Os pacientes submetidos à HD devem ser

encorajados em relação às estratégias relacionadas ao enfrentamento sobre

contexto onde está inserido, pois tal método ocasiona mudanças cognitivas e

esforços comportamentais para conduzir ações específicas, sendo essas internas

e/ou externas, que são um fardo ou que extrapolam os recursos da pessoa (LAGES

et al., 2011).

Page 40: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

39

A percepção dos pacientes submetidos a HD é decorrente as

experiências vividas, a vida longa com a DRC e a HD os torna, de certa forma,

seguros e adaptados a este modo, o que os faz perceber a HD como essencial,

tanto para melhorar sua saúde como para garantir sua sobrevivência (PAULETTO et

al., 2016).

Mediante a isto, deve-se incentivar uma visão positiva em relação à

máquina, enfatizando a redução dos sintomas advindos da DRC (COUTINHO et al.,

2015), como encontrado a baixo:

A máquina é minha amiga. (Esmeralda). Hoje estou melhor graças a máquina e a DEUS (Azurita). Hoje estou bem melhor, sem o tratamento, não viveria (Citrino). Tô tranquila, agradeço a DEUS e a máquina (Malaquita).

Visão negativa do tratamento de HD

O cerne desta categoria caminha através dos sentimentos de injustiça e

limitações provenientes da terapêutica aplicada. A limitações percorrem vários

âmbitos, desde as alterações alimentares, corpóreas, cotidianas e laborais. Tais

sentimentos são característicos de certos indivíduos, pois a vida acaba girando em

torno da DRC e do tratamento (MEIRELES; GOES; DIAS, 2004).

O ruim é que não trabalho mais, acho ruim por que tenho vontade de fazer as coisas. (Euclásio). Não posso comer, fazer como antes, vivo à custa da doença. (Jade). Acho ruim por que fico longe de casa e me sinto presa, não posso viajar. (Rubi). Muda muito, não tenho força para trabalhar, não é como antes. (Rutilo). Venho obrigada a HD (Turmalina).

É de suma importância abordar que, apesar da máquina de HD fornecer a

manutenção da vida, a dependência limita a liberdade desses pacientes. Mediante a

tal alteração, os pacientes acabam cessando suas atividades laborais, sociais e de

lazer, que foram encontradas nas declarações dos mesmos. Tais resultados

fortalecem os achados encontrados na literatura, em que mencionam a importância

Page 41: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

40

do trabalho, seja pela necessidade de sobrevivência, ou pela realização de

atividades que proporcionam prazer e satisfação (SALATI; HOSSNE; PESSINI,

2011; SILVA et al., 2011).

A escuta sensível pode ser uma ferramenta importante para proporcionar

uma melhor compreensão das necessidades individuais, a fim de contribuir para a

tomada de decisão consciente e informada, bem como encontrar maneiras de viver

dentro de suas possibilidades (PAULETTO et al., 2016).

Page 42: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

41

6 DISCUSSÃO

Algumas características sociodemográficas da amostra se mostraram

semelhantes a vários estudos, tais como gênero, situação conjugal, escolaridade,

religião, renda familiar e ocupação (CAPOTE JÚNIOR, 2016; CASTRO, 2016; KIM et

al., 2017; KUBRUSLY et al., 2016; MELLO et al., 2017; MOREIRA et al., 2016;

POERSCH et al., 2015; TOMICH et al., 2015). A amostra do presente estudo possui

maior média de idade em relação aos outros estudos (KIM et al., 2017; MELLO et

al., 2017; MORAES et al., 2017; MOREIRA et al., 2016; TEIXEIRA et al., 2015;

TOMICH et al., 2015).

Não há um padrão relacionado a doença de base, no presente estudo

houve maior frequência da doença desconhecida, porém em outros estudos foram

mais frequentes a nefropatia diabética e hipertensiva (DALRYMPLE et al., 2015;

MELLO et al., 2017; TEIXEIRA et al., 2015). Em relação às comorbidades, tais

resultados correspondem a outros estudos encontrados, a maioria da amostra tendo

tais alterações, sendo destes DCNT, contudo nossa amostra possui menor

quantidade de acometimentos (BRAGA et al., 2011; MELLO et al., 2017; TEIXEIRA

et al., 2015; XAVIER et al., 2014). Tal contexto se insere na transição

epidemiológica, trata-se da mudança nos padrões de mortalidade e adoecimento, as

doenças infecciosas estão sendo substituídas por doenças degenerativas e agravos

produzidos pelo homem, em que está relacionada com às transições demográficas,

além da mudança no padrão e ritmo de vida dos indivíduos (TEXEIRA, 2012).

Não há um consenso relacionado com a prática de atividade física, em

alguns estudos a amostra encontra-se semelhante com a encontrada neste estudo,

contudo, em outros, existe a prática de atividade física (DALTROZZO et al., 2014;

FRITSCH et al., 2015; MORAES et al., 2017). Mediante aos resultados do presente

estudo, a ausência da AF eleva as chances de alteração do sono, pois a realização

de AF regular reduz o risco de doenças crônicas e de mortalidade por todas as

causas, além de redução do estresse e dos sintomas da depressão, aumentando a

sensação de bem-estar, envolvendo maiores níveis de autoconfiança e satisfação

pessoal, além de estar relacionada com capacidade cardiorrespiratória, níveis de

composição corporal, flexibilidade e resistência muscular (HASKELL et al., 2007;

MELLO et al., 2015; PITANGA; LESSA, 2005).

Page 43: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

42

Com relação às características do tratamento dialítico, o tempo de HD, o

tempo e tipo de deslocamento da residência até a clínica de HD e a entrada no

serviço de HD através do SUS seguem o mesmo padrão dos estudos encontrados

(BRAGA et al., 2011; DALTROZZO et al., 2014; MELLO et al., 2017; MOREIRA et

al., 2016; OLIVEIRA et al., 2015; OLIVEIRA JUNIOR; FORMIGA; ALEXANDRE,

2014; REIS et al., 2014; XAVIER et al., 2014). Através da análise bivariada nota-se

um o valor de p ˂ 0,005 para a variável entrada no serviço de HD, porém tal

resultado não se torna relevante devido ao amplo intervalo de confiança, além de

conter o 1 em seu intervalo (IC95%= 0,001- 0,081), justificado pelo fato da amostra

ter na sua quase totalidade usuários com entrada através do SUS.

O nível da qualidade do sono corrobora com os resultados de vários

trabalhos encontrados, tendo em seus resultados números significativos de

pacientes com alteração da qualidade do sono, entretanto, a média de horas de

sono por noite é maior em relação aos outros estudos nesta população (ALLEMAND

et al., 2017; FIROZ et al., 2017; HAN et al., 2017; HAN et al., 2016; KAYA et al.,

2015; MAUNG et al., 2016; SHAFI; SHAFI, 2017; TOSUN et al., 2015). Não há um

consenso em relação à média de horas de sono diária necessária, entretanto essa

variabilidade existe, quer quanto ao número médio de horas necessárias de sono,

quer quanto à estrutura do próprio sono ao longo da vida, em que é atribuído à

diversidade das diferenças individuais e das características ontogénicas (MARTINS

et al., 2016).

Em relação ao nível de independência funcional, não foi encontrado uma

concordância, pois em alguns estudos encontrou a presença de dependência na

maioria da amostra, porém, em alguns estudos, corroborou com os dados

encontrados neste trabalho, uma certa minoria com algum grau de dependência.

Quanto ao domínio mais afetado (uso de escadas), há conformação na literatura

(FASSBINDER et al., 2015; IYASERE et al., 2016; NARBONA et al., 2016; ULUTAS

et al., 2013). A dependência no domínio do uso de escadas pode estar relacionada

com fragilidade que ocorre em pacientes com DRC dialítica, além da redução do

nível de vitamina D, em que leva à dor elevada, ao agravamento da atividade

muscular, à sarcopenia e a fraturas (MANSUR; DAMASCENO; BASTOS, 2012).

Page 44: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

43

Entre os principais achados podemos destacar que a não utilização do

medicamento para dormir é fator protetor em relação à presença de alteração do

sono, justifica-se através de quem faz uso do medicamento tem alteração do sono, e

quem não faz o uso de tal medicamento, não tem essa alteração. Observa-se

através de tais dados que, a terapia medicamentosa não está exercendo sua função,

restaurar o sono, diante disto, há necessidade de implementação de estratégias não

medicamentosas a fim de reduzir tal dano, pois é necessário um sono com

qualidade para reparação dos tecidos, consolidação da memória, visão binocular,

termorregulação, conservação e restauração da energia (TUFIC, 2008).

A percepção da saúde geral entre 0-5 influencia o sono pelo fato do

impacto negativo da doença na vida dos pacientes submetidos a HD, em que

dialoga com os dados qualitativos encontrados da visão negativa do tratamento de

HD. A percepção da saúde é descrita como indicador associado ao declínio da

autonomia funcional e até mesmo da mortalidade entre idosos, apresentando o

potencial de sintetizar uma complexa interação de fatores envolvidos em sua saúde

(SILVA et al., 2012). Diante disso, há necessidade de incentivo de estratégias de

coping, considerado um conjunto de estratégias físicas ou psicológicas que podem

ser aprendidas, usadas e descartadas. Inicia-se a partir de um estressor,

ultrapassando a capacidade adaptativa do indivíduo, na tentativa de administrar a

situação considerada estressante (COSTA; LEAL, 2006).

No que se refere as clínicas de hemodiálise, aqueles que não realizam

HD na Clínica B tem mais chances de terem alterações no sono, tal fato se relaciona

com o acaso da seleção da amostra, podendo ter mais pacientes graves nas outras

clínicas, ou que realizam o tratamento de forma inadequado. Mediante ao exposto a

cima, é de suma importância a realização de mais estudos para avaliar todo o

procedimento do tratamento dialítico, desde a estrutura, processo e resultado,

modelo conceitual para avaliação em saúde (DONABEDIAN, 1980).

Aqueles que não possuem histórico familiar de DR possuem maiores

riscos de terem alteração de sono pela questão das incertezas do seguimento da

doença e do tratamento dialítico, não tendo um parente em que possa refletir sobre

tais caminhos. Neste sentido, vê-se a necessidade de incrementar o apoio familiar,

auxiliando na compreensão da doença, oferecendo continência à ansiedade, à dor, à

culpa, à raiva, ao medo, sentimentos que podem diminuir a autoestima e resultar em

Page 45: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

44

um comportamento de resistência ao tratamento e incidir no isolamento e na

depressão (TEZEL et al., 2011).

Umas das limitações do trabalho foi não ter realizado gravações durante

as falas dos pacientes sobre o impacto da DR e HD, assim reduzindo o

aprofundamento do mesmo. Bem como, o não uso de instrumentos para avaliação

das atividades instrumentais de vida diária e sonolência diurna.

Page 46: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

45

7 CONCLUSÃO

Mediante ao que foi discutido, é de suma importância a criação e

implementação de grupos de apoio a tal população, a fim de incentivar a prática de

AF, estratégias de enfrentamento da DRC e HD, uso de práticas integrativas e

complementares a fim de reduzir a ociosidade, ansiedade, favorecendo o sono.

Além de uma equipe de profissionais capacitados a identificar tais alterações e

referenciar aos cuidados mais apropriados. Há necessidade de mais estudos que

explorem tais variáveis encontradas na regressão, visando uma melhora na

qualidade do sono e qualidade de vida desses pacientes.

Diante dos achados do presente estudo conclui-se que nos indivíduos

submetidos à HD, as AVD´s que apresentam déficits de independência funcional são

subir e descer escadas e deambulação. Na maioria da população em questão foi

identificada qualidade ruim do sono, seguindo de presença de distúrbios do sono e

na sua minoria boa qualidade de sono. Houve relação entre alteração do sono com a

clínica de HD, atividade física, histórico familiar de DR, uso de medicamento indutor

de sono e escala de saúde geral. Através da análise das falas dos pacientes foi

percebido duas categorias em relação ao o impacto da DRC nos pacientes

submetidos a HD: visão positiva e negativa do tratamento de HD.

Page 47: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

46

REFERÊNCIAS

AGARWAL, R.; LIGHT, R. P. Sleep and activity in chronic kidney disease: a longitudinal study. Clin J Am Soc Nephrol., v. 6, p. 1258-1265, 2011.

ALLEMAND, L. A. et al. Perfil do sono de pacientes idosos submetidos à hemodiálise. Geriatr Gerontol Aging, v. 11, n. 1, p. 32-36, 2017.

ARAUJO, E. K. R. et al. Consequências da hiperfosfatemia em pacientes renais crônicos em programas de hemodiálise: uma revisão integrativa. Revista e ciência, v. 3, n. 2, p. 107-116, 2015.

ARAUJO, F. et al. Validação do Índice de Barthel numa amostra de idosos não institucionalizados. Revport saúde pública, v. 25, n. 2, p. 59- 66, 2007.

BAKRIS, G. L. et al. Effects of blood pressure level on progression of diabetic nephropathy: results from the renal study. Arch Intern Med., v. 163, n. 13, p. 1555-1565, 2003.

BARBOSA, D. A. et al. Co-morbidade e mortalidade de pacientes em início de diálise. Acta Paul. Enferm., v. 19, n. 3, p. 304-309, 2006.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2009. p. 287.

BASTOS, J. P. C. et al. Sleep disturbances in patients on maintenance hemodialysis: role of dialysis shift. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 53, n. 6, p. 492-496, 2007.

BASTOS, M. G.; BREGMAN, R.; KIRSZTAJN, G. M. Doença renal crônica: frequente e grave, mas também prevenível e tratável. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 56, n. 2, p. 248-253, 2010.

BERTOLAZI, A. N. et al. Validation of the brazilian portuguese version of the pittsburgh sleep quality index. Sleep Med., v. 12, n. 1, p. 70-75, 2011.

BERTOLIN, D. C. et al. Modos de enfrentamento dos estressores de pessoas em tratamento hemodialítico: revisão integrativa da literatura. Acta Paul Enferm., v. 21, p. 179-186, 2008.

BEZERRA, K. V.; SANTOS, J. L. F. O cotidiano de pessoas com insuficiência renal crônica em tratamento hemodialítico. Revista Latino-Americana de Enferm., v. 16, n. 4, p. 686-691, 2008.

BEZERRA, K. V.; SANTOS, J. L. F. Daily life of patients with chronic renal failure receiving hemodialysis treatment. Rev. Latino-Am. Enfermagem, v. 16, n. 4, p. 686-91, 2008.

Page 48: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

47

BÖHM, J.; MONTEIRO, M. B.; THOME, F. S. Efeitos do exercício aeróbio durante a hemodiálise em pacientes com doença renal crônica: uma revisão da literatura. J Bras Nefrol., v. 34, n. 2, p. 189-94, 2012.

BRAGA, S. F. M. et al. Fatores associados com a qualidade de vida relacionada à saúde de idosos em hemodiálise. Rev. Saúde Pública, v. 45, n. 6, p. 1127-1136, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de atenção básica: envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL. Resolução CNS n° 466, de 12 de Dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 dez. 2012. p. 59.

CAPOTE JUNIOR, J. R. F. G. Métodos de enfrentamento religioso se associam com depressão, aspectos sociais da qualidade de vida e vitalidade entre pacientes com doença renal crônica submetidos à hemodiálise. 2016. 66 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) – Universidade Federal do Ceará, Sobral, 2016.

CASTRO, M. C. M. A variabilidade na qualidade do atendimento entre unidades de diálise do estado de São Paulo e a Portaria n° 389/2014 do Ministério da Saúde do Brasil. J. Bras. Nefrol., v. 38, n. 1, p. 62-69, 2016.

CHELLAPPA, S. L.; ARAUJO, J. F. Qualidade subjetiva do sono em pacientes com transtorno depressivo. Estudos de Psicologia, v. 12, p. 269-74, 2007.

COELHO, D. M.; RIBEIRO, J. M.; SOARES, D. D. Exercícios físicos durante a hemodiálise: uma revisão sistemática. J. Bras. Nefrol., v. 30, p. 88-98, 2008.

COITINHO, D. et al. Intercorrências em hemodiálise e avaliação da saúde de pacientes renais crônicos. Av. Enferm., v. 33, n. 3, p. 362-371, 2015.

COOK, W. L.; JASSAL, S. V. Functional dependencies among the elderly on hemodialysis. Kidney Int., v. 73, p. 1289-95, 2008.

COSTA, E. S.; LEAL, I. P. Estratégias de coping em estudantes do Ensino Superior. Anál Psicol., v. 24, n. 2, p. 189-99, 2006.

CRISTOVAO, A. F. A. J. Eficácia das restrições hídrica e dietética em pacientes renais crônicos em hemodiálise. Rev. Bras. Enferm., v. 68, n. 6, p. 1154-1162, 2015.

CUETO-MANZANO, A. M.; CORTÉS-SANABRIA, L.; MARTINEZ-RAMIREZ, H. R. Management of chronic kidney disease: primary health-care setting, self-care and multidisciplinary approach. Clinical Nephrology., v. 74, p. 99-104, 2010.

Page 49: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

48

DALRYMPLE, L. S. Risk Factors for Infection-Related Hospitalization in HD. Clin J Am Soc Nephrol., v. 10, p. 2170–2180, 2015.

DALTROZZO, M. A. et al. Relação do nível de atividade física com o índice de depressão e a qualidade de vida de pacientes com insuficiência renal crônica. Arq Catarin Med, v. 43, n. 2, p. 17-22, 2014.

DONABEDIAN, A. Exploring in quality assessment and monitoring: definitions of quality and approaches to its assessment. Ann Arbor: University of Michigan, 1980.

EGGERS, P. W. Has the incidence of end-stage renal disease in the USA and other countries stabilized? Curr Opin Nephrol Hypertens, v. 20, n. 3, p. 241-245, 2011.

FASSBINDER, T. R. C. et al. Capacidade funcional e qualidade de vida de pacientes com doença renal crônica pré-dialítica e em hemodiálise - Um estudo transversal. J. Bras. Nefrol., v. 37, n. 1, p. 47-54, 2015.

FIROZ, M. N. et al. Relationship of Hemodialysis Shift With Sleep Quality and Depression in Hemodialysis Patients. Clinical Nursing Research, v. 1, p. 1-18, 2017.

FONSECA, N. T. et al. Excessive daytime sleepiness in patients with chronic kidney disease undergone hemodialysis. Fisioter. mov., v. 27, n. 4, p. 653-660, 2014.

FRITSCH, F. R. et al. Physical activity, leisure and evaluation of health in the perspective of users in hemodialysis. J. Res.: Fundam. Care., v. 7, n. 4, p. 3263-3273, 2015.

GUERINI, R. D.; MERCIERI, A.; YAVUZER, G. Multidimensional health-status assessment of chronic hemodialysis patients: the impact on quality of life. Europa Medicophysica, v. 42, n. 2, p. 113-119, 2006.

GUIMARÃES, C. K. D.; ALVES, D. A. G.; GUIMARÃES, L. H. C. T. Avaliação da qualidade e quantidade do sono em pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise. Rev Neurocienc., v. 19, n. 4, p. 609-613, 2011.

HAN, B et al. Association between serum vitamin d levels and sleep disturbance in hemodialysis patients. Nutrients., v. 9, n. 2, p. 139, 2017.

HAN, M. et al. Quantifying physical activity levels and sleep in hemodialysis patients using a commercially available activity tracker. Blood Purif, v. 41, p. 194 - 204, 2016.

HASKELL, W. L. et al. Physical activity and public health: updated recommendation for adults from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association. Med Sci Sports Exerc., v. 39, p. 1423-1434, 2007.

Page 50: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

49

IYASERE, O. U. et al. Quality of Life and Physical Function in Older Patients on Dialysis: A Comparison of Assisted Peritoneal Dialysis with Hemodialysis. Clinical Journal of the American Society of Nephrology, v. 11, n. 3, p. 423-430, 2016.

JATOBÁ, J. P. C. et al. Avaliação da função pulmonar, força muscular respiratória e teste de caminhada de seis minutos em pacientes portadores de doença renal crônica em hemodiálise. J. Bras. Nefrol., v. 30, p. 280-287, 2008.

KAYA, T. et al. Relationships between malnutrition, inflammation, sleep quality, and restless legs syndrome in hemodialysis patients. Ther Apher Dial., v. 19, p. 497–502, 2015.

KDIGO, K. Disease: improving global outcomes, ckd work group. clinical practice guideline for the evaluation and management of chronic kidney disease. Kidney Int., v. 3, n. 1, p. 1-150, 2013.

KIM, Y. J. et al. Avaliação da condição e risco periodontal em pacientes com doença renal crônica em hemodiálise. Einstein, v. 15, n. 2, p. 173-177, 2017.

KUBRUSLY, M. et al. Blood pressure measurement in hemodialysis: the importance of the measurement technique. Saudi J Kidney Dis Transpl., v. 27, p. 241-249, 2016.

KUSUMOTA, L. et al. Adultos e idosos em hemodiálise: avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde. Acta Paulista de Enfermagem, v. 21, p. 152-159, 2008.

LAGES, M. G. G. et al. Estratégias de enfrentamento de enfermeiros frente ao paciente oncológico pediátrico. Rev. Bras. Cancerol., v. 57, n. 4, 2011.

LOMELI, H. A. et al. Sleep evaluation scales and questionaries: a review. Actas Esp Psiquiatr., v. 36, n. 1, p. 50-59, 2008.

LUGON, J. R. Doença renal crônica no Brasil: um problema de saúde pública. J Bras Nefrol., v. 31, supl. 1, p. 2-5, 2009.

MANSUR, H. N.; DAMASCENO, V. O.; BASTOS, M. G. Prevalência da fragilidade entre os pacientes com doença renal crônica em tratamento conservador e em diálise. J. Bras. Nefrol., v. 34, n. 2, p. 153-160, 2012.

MARCHESAN, M. et al. Efeitos do treinamento de força muscular respiratória na capacidade funcional de pacientes com insuficiência renal crônica. Lecturas: Educación Física y Deportes, v. 13, p. 1-5, 2008.

MARTINS, M. R. I.; CESARINO, C. B. Qualidade de vida de pessoas com doença renal crônica em tratamento hemodialítico. Rev Latino-am Enferm., v. 13, p. 670- 676, 2005.

Page 51: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

50

MARTINS, R. et al. Perturbações do sono em adultos e idosos hospitalizados. Gestão e Desenvolvimento, v. 24, p. 109-122, 2016.

MAUNG, S. et al. Sleep disturbance and depressive affect in patients treated with haemodialysis. Journal of Renal Care, v. 43, n. 1, p. 60- 66, 2017.

MAVANUR, M.; SANDERS, M.; UNRUH, M. Sleep disordered breathing in patients with chronic kidney disease. Indian J Med Res., v. 131, p. 277 - 284, 2010.

MEIRELES, V. C.; GOES, H. L. F.; DIAS, T. A. vivências do paciente renal crônico em tratamento hemodialítico: subsídios para o profissional enfermeiro. Ciência, Cuidado e Saúde, v. 3, n. 2, p. 169-178, 2004.

MELLO, J. B. et al. Aptidão física relacionada ao desempenho motor de adolescentes de Uruguaiana, Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 23, n. 4, p. 72-79, 2015.

MELLO, M. V. F. A. et al. Panorama da doença renal terminal em um estado da Amazônia brasileira. Rev. Min. Enferm., v. 21, p. 1-7, 2017.

MERLINO, G. et al. Sleep disorders in patients with end-stage renal disease undergoing dialysis therapy. Nephrology, Dialysis, Transplantation, v. 21, p. 184-190, 2006.

MINOSSO, J. S. M. et al. Validação, no Brasil, do Índice de Barthel em idosos atendidos em ambulatórios. Acta Paulista de Enfermagem, v. 23, n. 2, p. 218-223, 2010.

MORAES, L. L. et al. Identificação de risco cardiovascular pela razão triglicerídeo /HDL-colesterol em pacientes com doença renal crônica em hemodiálise. Sci. med., p. 27, n. 3, 2017.

MORAES, T. P.; RIBEIRO, S. C. Modalidade de diálise e qualidade de vida. J. Bras. Nefrol., v. 37, n. 3, p. 289 - 290, 2015 .

MOREIRA, T. R. et al. Autoavaliação de saúde por pacientes em hemodiálise no Sistema Único de Saúde. Rev. Saúde Pública, v. 50, n. 10, 2016.

MORTARI, D. M. et al. Independência funcional de indivíduos com doença renal crônica terminal submetidos à hemodiálise. Rev Inspirar, v. 1, n. 3, p. 39, 2009.

MURTAGH, F. E.; ADDINGTON-HALL, J.; HIGGINSON, I. J. The prevalence of symptoms in end-stage renal disease: a systematic review. Advances in Chronic Kidney Disease. v. 14, n. 1, p. 82-99, 2007.

Page 52: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

51

NARBONA, E. B. et al. Estudio comparativo del estado físico, mental y percepción de calidad de vida relacionada con la salud de los pacientes en diálisis. Enferm Nefrol., v. 19, n. 1, p. 29-35, 2016.

NATIONAL KIDNEY FOUNDATION. Clinical Practice Guideline for Lipid Management in Chronic Kidney Disease. Kidney International Supplements, v. 3, n. 3, p. 260-296, 2013.

NICOLE, A. G.; TRONCHIN, D.M.R. Indicators for evaluating the vascular access of users in hemodialysis. Rev Esc Enferm USP. v. 45, n. 1, p. 206-214, 2011.

NOVAK, M. et al. Chronic insomnia in kidney transplant recipients. Am J Kidney Dis., v. 47, n. 4, p. 655- 665, 2006.

OLIVEIRA JUNIOR, H. M.; FORMIGA, F. F. C.; ALEXANDRE, C. S. Perfil clínico-epidemiológico dos pacientes em programa crônico de hemodiálise em João Pessoa - PB. J. Bras. Nefrol., v. 36, n. 3, p. 367- 374, 2014.

OLIVEIRA, C. S. et al. Perfil dos pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico. Revista Baiana de Enfermagem, v. 29, n. 1, p. 42-49, 2015.

OLLER, G. A. S. A. O. et al. Functional independence in patients with chronic kidney disease being treated with haemodialysis. Rev. Latino-Am. Enfermagem, v. 20, n. 6, p. 1033-1040, 2012.

OTERO-LÓPEZ, M. S. et al. Prognostic scores in elderly patients on haemodialysis. Nefrologia, v. 32, n. 2, p. 213 - 220, 2012.

PATEL, M. D. et al. Relationships between long-term stroke disability, handicap and health-related quality of life. Age ageing, v. 35, p. 273-279, 2006.

PAULETTO, M. R. et al. Patients’ perception for kidney transplantation on hemodialysis out of waiting list. J of Nursing, v. 10, n. 4, p. 1194-1201, 2016.

PELARIGO, J. G. T. et al. Declínio cognitivo, independência funcional e sintomas depressivos em idosos com hanseníase. Hansen. Int., v. 39, n. 1, p. 30-39, 2014.

PINHO, N. A.; OLIVEIRA, R. C. B.; PIERIN, A. M. G. Hipertensos com e sem doença renal: avaliação de fatores de risco. Rev. esc. enferm., v. 49, p. 101-108, 2015.

PITANGA, F. J.; LESSA, I. Prevalência e fatores associados ao sedentarismo no lazer em adultos. Cad Saúde Pública, v. 21, p. 870-877, 2005.

POERSCH, R. F. et al. Qualidade de vida em pacientes com doença renal crônica submetidos à hemodiálise. Conscientiae saúde, v. 14, n. 4, p. 608-616, 2015.

Page 53: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

52

REIS, B. M. et al. Qualidade de vida em portadores de insuficiência renal crônica em tratamento hemodialítico. ConScientiae Saúde, v. 13, n. 4, p. 578-585, 2014.

REIS, C. K.; GUIRARDELLO, E. B.; CAMPOS, C. J. G. O indivíduo renal crônico e as demandas de atenção. Rev Bras Enferm., v. 61, n. 3, p. 336- 341, 2008.

ROCCO, D. G.; MERCIERI, A.; YAVUZER, G. Multidimensional health-status assessment of chronic hemodialysis patients: the impact on quality of life. Europa Medicophysica., v. 42, n. 2, p. 113 - 119, 2006.

ROMÃO JUNIOR, J. E. A doença renal crônica: do diagnóstico ao tratamento. Prática Hospitalar, v. 52, p. 183-187, 2007.

RONKSLEY, P. E.; HEMMELGAM, B. R. Optimizing care for patients with CKD. Am J Kidney Dis., v. 60, n. 1, p. 133- 138, 2012.

SAKKAS, G. K. et al. Hemodialysis patients with sleep apnoea syndrome experience increased central adiposity and altered muscular composition and functionality. Nephrol Dial Transplant, v. 23, n. 1, p. 336 - 344, 2008.

SALATI, M. I.; HOSSNE, W. S.; PESSINI, L. Vulnerabilidade referida pelos pacientes renais crônicos - considerações bioéticas. Bioethikos, v. 5, n. 4, p. 434-442, 2011.

SANTOS E. M. C. et al. Efeito benéfico da correção da acidose metabólica no estado nutricional de pacientes em hemodiálise. J Bras Nefrol., v. 31 p. 244-251, 2009.

SANTOS, B. P. et al. Doença renal crônica: relação dos pacientes com a hemodiálise. ABCS Health Sciences, v. 42, n. 1, p. 8-14, 2017.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. Censo de diálise 2015. São Paulo: SBN, 2015.

SCHARDONG, T. J.; LUKRAFKA, J. L.; GARCIA, V. D. Avaliação da função pulmonar e da qualidade de vida em pacientes com doença renal crônica submetidos à hemodiálise. J Bras Nefrol., v. 30, n. 1, p. 40- 47, 2008.

SHAFI, S. T.; SHAFI, T. A comparison of quality of sleep between patients with chronic kidney disease not on hemodialysis and end-stage renal disease on hemodialysis in a developing country. Renal Failure, v. 39, n. 1, 623 - 628, 2017.

SHAH, S.; VANCLAY, F.; COOPER, B. Improving the sensitivity of the Barthel Index for stroke rehabilitation. J clin epidemiol., v. 42, n. 8, p. 703- 709, 1989.

SHARIATI, A. et al. The effect of acupressure on sleep quality in hemodialysis patients. Complementary Therapies in Medicine, v. 20, p. 417 - 423, 2012.

Page 54: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

53

SILVA, A. S. et al. Percepções e mudanças na qualidade de vida de pacientes submetidos à hemodiálise. Rev bras enferm., v. 64, n. 5, p. 839-44, 2011.

SILVA, R. J. S. et al. Prevalência e fatores associados à percepção negativa da saúde em pessoas idosas no Brasil. Rev Bras Epidemiol., v. 15, n. 1, n. 49 - 62, 2012.

SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

TEIXEIRA F. I. R. et al. Sobrevida de pacientes em hemodiálise em um hospital universitário. J. Bras. Nefrol, n. 37, n. 1, p. 64-71, 2015.

TEIXEIRA, C. F. Transição epidemiológica, modelo de atenção à saúde e previdência social no Brasil: problematizando tendências e opções políticas. Epidemiol. Serv. Saúde, v. 21, n. 4, p. 529-532, 2012.

TEIXEIRA, F. I. R. et al. Sobrevida de pacientes em hemodiálise em um hospital universitário. J. Bras. Nefrol., v. 37, n. 1, p. 64-71, 2015.

TERRA, F. S. et al. O portador de insuficiência renal crônica e sua dependência ao tratamento hemodialítico: compreensão fenomenológica. Rev. Bras. Clin. Med, v. 8, n. 4, p. 306-310, 2010.

TEZEL, A. et al. Depression and perceived social sup-port from family in Turkish patients with chronic renal failure treated by hemodialysis. Journal of Research in Medical Sciences, v. 16, n. 5, p. 666-673, 2011.

THEOFILOU, P. Quality of life in patients undergoing hemodialysis or peritoneal dialysis treatment. J Clin Med Res., v. 3, p. 132-138, 2011.

THODIS, E. D.; OREOPOULOS, D. G. Home dialysis first: a new paradigm for new ESRD patients. J Nephrol, v. 24, p. 398-404, 2011.

THOMAS, C. V.; ALCHIERI, J. C. Qualidade de vida, depressão e características de personalidade em pacientes submetidos à hemodiálise. Avaliação Psicológica, v. 4, n. 1, p. 57- 61. 2005.

TOMICH, G. M. et al. Hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica em pacientes em diálise no Pará-Brasil. Semina Ciên Biol Saúde, v. 36, n. 2, p. 67-74, 2015.

TOSUN, N. et al. Relationship between dialysis adequacy and sleep quality in haemodialysis patients. J Clin Nurs, v. 24, p. 2936-2944, 2015.

TUFIC, S. Medicina e biologia do sono. Instituto do Sono. Barueri: Manole; 2008.

Page 55: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

54

TUREK, N. F.; RICARDO, A. C.; LASH, J. P. Sleep disturbances as nontraditional risk factors for development and progression of CKD: review of the evidence. American Journal of Kidney Diseases, v. 60, n. 5, p. 823-833, 2012.

TURKMEN, K. et al. Sleep quality, depression, and quality of life in elderly hemodialysis patients. Int J Nephrol Renovasc Dis, v. 5, p. 135 - 142, 2012.

ULUTAS, O. et al. Functional disability in older adults maintained on peritoneal dialysis therapy. Peritoneal Dialysis International, v. 36, n. 1, p. 71-78, 2016.

XAVIER, B. L. S. et al. Características individuais e clínicas de clientes com doença renal crônica em terapia renal substitutiva. Rev enferm., v. 22, p. 314 - 320, 2014.

ZORZELA, L.; GARROS, D.; CAEN, A. R. Análise crítica das novas recomendações para reanimação cardiopulmonar. J. Pediatr., v. 83, n. 2, supl. 1, p. 64-70, 2007.

Page 56: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

APÊNDICES

Page 57: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

APÊNDICE A – Formulário Socioeconômico e Clínico

1. Nome: ___________________________________________;

2. Idade: _______; Data de Nascimento: ___/___/___

3. Gênero: 1 ( ) Feminino; 2 ( ) Masculino;

4. Localidade: 1 ( ) Fortaleza; 2 ( )

5. Outro:_________________________

6. Profissão: ______________________________

7. Escolaridade: 1 ( ) Sem escolaridade; 2 ( ) Ensino fundamental (1º grau);

3 ( ) Ensino médio (2º grau); 4 ( ) Superior Completo;

5 ( ) Superior Incompleto

8. Estado civil: 1 ( ) Casado/União estável; 2 ( ) Solteiro;

3 ( ) Divorciado/Separado; 4 ( ) Viúvo.

9. Religião: _______________________; É praticante desta religião? 1( ) Sim; 2( ) Não.

10. Necessidade de cuidador: 1( ) Sim; 2( ) Não.

11. Reside com: 1 ( ) Só;

2 ( ) Pais;

3 ( ) Família (filhos e esposa);

4 ( ) Filhos;

5 ( ) Esposa ou marido;

6 ( )Instituições de longa permanência;

7 ( )Outros, _________________________.

12. Tempo gasto de deslocamento da residência até à clínica de hemodiálise: __________ (min.);

13. Já houve mudança de clínica de hemodiálise? 1 ( ) Sim; 2 ( ) Não; Motivo da mudança: _________________________.

Há quanto tempo foi essa mudança (meses): _______________________.

14. Turno da dialise: 1 ( ) manhã {6:30 até ás 10:30};

2 ( ) tarde {11:00 até ás 15:00};

3 ( ) noite {11:30 até ás 20:00};

15.

Page 58: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

16. Meio de transporte de deslocamento até a clínica: 1 ( ) táxi/uber; 2 ( ) ônibus;

3 ( ) carro próprio; 4 ( ) carona;

5 ( ) á pé; 6 ( ) moto;

7 ( ) OUTRO: ______________________.

17. Renda da família: 1 ( ) renda ≤ 1 Salário Mínimo; 2 ( ) 01 ˃ renda ≤ 03 Sal. Mínimos;

3 ( ) 03 ˃ renda ≤ 06 Sal. Mínimos;

4 ( ) Outro:__________________.

18. Pratica atividade física (atual): 1( ) Sim; 2( ) Não;

Duração da atividade (min): ________;

Frequência: __________________________;

Tipo de atividade: __________________________;

19. Praticou atividade física (no passado): 1( ) Sim; 2( ) Não; Duração da atividade (min): _______;

Tipo de atividade: __________________________;

Há quanto tempo que parou a atividade: _________________;

20. Tempo de diagnóstico (meses): ________________;

21. Início de hemodiálise (meses): ________________;

22. História de DR na família: 2( ) Não.

1( ) Sim; Especificar: ____________________________________.

23. Uso de medicamentos para dormir: 2( ) Não.

1( ) Sim, quais: __________________________.

Desde quando (antes ou depois da hemodiálise)?

_______________________.

Porque você acha que não dorme?

______________________________________________________________.

24. Uso de medicamentos antidepressivos: 2 ( ) Não

1( ) Sim.

Quais:_________________________________________________.

Desde quando (antes ou depois da hemodiálise)?

________________________.

25.

Page 59: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

26. Presença de comorbidades: 2 ( ) Não

1 ( ) Sim,

______________________________________________________.

27. Como você se sente em relação a sua doença renal crônica ? ________________________________________________________.

28. Em uma escala de 0-10, como você se enquadra em relação a sua saúde geral?

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Page 60: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

APÊNDICE B – Termos de Anuência

Page 61: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software
Page 62: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software
Page 63: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software
Page 64: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

APÊNDICE C – Termos de Fiel Depositário

Page 65: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software
Page 66: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software
Page 67: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software
Page 68: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

APÊNDICE D – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TÍTULO DA PESQUISA: Qualidade do sono e independência funcional em

pacientes submetidos à hemodiálise.

PESQUISADOR RESPONSÁVEL:

Edyla Maria Porto de Freitas Camelo.

Endereço: Rua Gardenia, 214 - Messejana, Fortaleza/CE.

Telefone: (85) 9 89000111.

E-mail: [email protected]

Prezado (a) colaborador (a),

Você está sendo convidado a participar desta pesquisa que tem como objetivo

avaliar a qualidade de sono e o nível de independência funcional em pacientes sob

tratamento de hemodiálise.

1. PARTICIPAÇÃO NA PESQUISA:

Ao participar desta pesquisa, você será submetido à uma avaliação geral que

envolve aspectos socioeconômicos e clínicos, e após a dois instrumentos que

avaliarão a qualidade do sono e nível de independência funcional.

Lembramos que a sua participação é voluntária, você tem a liberdade de não

querer participar, e pode desistir, em qualquer momento.

2. RISCOS E DESCONFORTOS:

O procedimento utilizado oferecerá apenas o risco social de constrangimento

do entrevistado, contudo caso sinta qualquer constrangimento poderá se retirar em

qualquer momento da pesquisa, sem qualquer ônus. Os formulários serão

preenchidos de forma anônima, garantindo sigilo das informações e anonimato.

3. BENEFÍCIOS:

O benefício esperado com o estudo é em divulgar para a população científica

os resultados encontrados, com o objetivo de traçar uma terapêutica mais adequada

para a recuperação, através da melhora da qualidade de sono e da independência

funcional, dessa forma, elevando a qualidade de vida dos pacientes submetidos à

hemodiálise.

Page 69: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

4. FORMAS DE ASSISTÊNCIA:

Se você precisar de alguma orientação por se sentir prejudicado por causa da

pesquisa, ou se o pesquisador descobrir algum outro fator que precise de

orientação, você poderá ser orientado pelo mesmo.

5. CONFIDENCIALIDADE:

Todas as informações que o (a) Sr. (a) nos fornece ou que sejam

conseguidas pela entrevista serão utilizadas somente para esta pesquisa. Suas

respostas ficarão em segredo e o seu nome será preservado mesmo quando aos

resultados forem apresentados.

6. ESCLARECIMENTOS:

Se tiver alguma dúvida a respeito da pesquisa e/ou dos métodos utilizados na

mesma, pode procurar a qualquer momento o pesquisador responsável ou o comitê

de ética.

Pesquisador responsável: Edyla Maria Porto de Freitas Camelo.

Endereço: Rua Gardenia, 214- Messejana, Fortaleza/CE.

Telefone: (85) 9 89000111.

E-mail: [email protected]

Comitê de ética: Av. Dr. Silas Munguba, 1700 - Campus do Itaperi, Fortaleza/CE.

Telefone: (85) 31019890.

E-mail: [email protected]

Horário de funcionamento: Segunda à sexta, das 8 ás 12horas e 13 ás 17 horas.

7. RESSARCIMENTO DAS DESPESAS:

Caso o (a) Sr. (a) aceite participar da pesquisa, não receberá nenhuma

compensação financeira.

Page 70: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

8. CONCORDÂNCIA NA PARTICIPAÇÃO:

Se o (a) Sr. (a) estiver de acordo em participar deverá preencher e assinar o

Termo de Consentimento Pós-esclarecido que se segue, e receberá uma cópia

deste Termo.

O sujeito de pesquisa, quando for o caso, deverá rubricar todas as folhas do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE – apondo sua assinatura na

última página do referido Termo.

O pesquisador responsável deverá da mesma forma, rubricar todas as

folhas do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE – apondo sua

assinatura na última página do referido Termo.

CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO

Pelo presente instrumento que atende às exigências legais, o (a)

Sr.(a)________________________________________________________,

portador(a) da cédula de identidade__________________________, declara que,

após leitura minuciosa do TCLE, teve oportunidade de fazer perguntas, esclarecer

dúvidas que foram devidamente explicadas pelos pesquisadores, ciente dos serviços

e procedimentos aos quais será submetido e, não restando quaisquer dúvidas a

respeito do lido e explicado, firma seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

em participar voluntariamente desta pesquisa. E, por estar de acordo, assina o

presente termo.

Fortaleza - CE. _______ de ________________ de _____.

___________________________________________

Assinatura do Participante ou Representante Legal.

Digitais, caso não assine.

___________________________________________ Pesquisador responsável pela coleta dos dados.

Page 71: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

APÊNDICE E – Dados Sumarizados da Amostra

DESCRITIVA

Variáveis md mx min dp

Idade 53,8 94,0 20,0 15,2

Tempo de deslocamento até a clínica de HD 23,7 120,0 1,0 20,5

Tempo de mudança de clínica de HD 46,3 384,0 1,0 52,9

Duração da atividade física 45,7 120,0 10,0 21,5

Tempo que parou atividade física 74,1 684 1 103,6

Tempo de diagnóstico de DRC 90,0 576,0 3,0 96,4

Tempo de HD 57,4 384,0 3,0 65,7

Escala numérica sobre saúde geral 7,32 10 0 2,3

Minutos para conseguir dormir 46,3 540,0 ,33 66,2

Horas de sono por noite 6:54 16:00 1:00 2:00

Score Barthel 47,6 50,0 13,0 5,3

Quantidade de domínios afetados do Barthel 1,03 10,0 0,0 1,9

md: média; mx: máxima; min: mínima; dp: desvio padrão.

Page 72: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

ANEXOS

Page 73: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

ANEXO A – Mapa das Secretarias Regionais de Fortaleza

As clínicas de HD participantes do estudo estão localizadas através do

localizador.

Page 74: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

ANEXO B – Índice de Barthel Modificado

ITEM SUBTOTAL

Alimentação

1. Dependente. Precisa ser alimentado. 2. Assistência ativa durante toda tarefa. 3. Supervisão na refeição e assistência para tarefas

associadas (sal, manteiga, fazer o prato). 4. Independente, exceto para tarefas complexas como cortar

a carne e abrir leite. 5. Independente. Come sozinho, quando se põe a comida

ao seu alcance. Deve ser capaz de fazer as ajudas técnicas quando necessário.

Higiene pessoal

1. Dependente. Incapaz de encarregar-se da higiene pessoal.

2. Alguma assistência em todos os passos das tarefas. 3. Alguma assistência em um ou mais passos das tarefas. 4. Assistência mínima antes e/ou depois das tarefas. 5. Independente para todas as tarefas como lavar seu rosto

e mãos, pentear-se, escovar os dentes, e fazer a barba. Inclusive usar um barbeador elétrico ou de lâmina, colocar a lâmina ou ligar o barbeador, como alcançá-las do armário. As mulheres devem conseguir se maquiar e fazer penteados, se usar.

Uso do banheiro

1. Dependente. Incapaz de realizar esta tarefa. Não participa.

2. Assistência em todos os aspectos das tarefas. 3. Assistência em alguns aspectos como nas

transferências, manuseio das roupas, limpar-se, lavar as mãos.

4. Independente com supervisão. Pode utilizar qualquer barra na parede ou qualquer suporte se o necessitar. Uso de urinol à noite, mas não é capaz de esvaziá-lo e limpá-lo.

5. Independente em todos os passos. Se for necessário o uso de urinol, deve ser capaz de colocá-lo, esvaziá-lo e limpá-lo.

Banho

1. Dependente em todos os passos. Não participa. 2. Assistência em todos os aspectos. 3. Assistência em alguns passos como a transferência,

para lavar ou enxugar ou para completar algumas tarefas.

4. Supervisão para segurança, ajustar temperatura ou na transferência.

5. Independente. Deve ser capaz de executar todos os passos necessários sem que nenhuma outra pessoa esteja presente.

Continência do esfíncter anal

1. Incontinente 2. Assistência para assumir a posição apropriada e para as

técnicas facilitatórias de evacuação. 3. Assistência para uso das técnicas facilitatórias e para

limpar-se. Frequentemente tem evacuações acidentais. 4. Supervisão ou ajuda para pôr o supositório ou enema.

Tem algum acidente ocasional. 5. O paciente é capaz de controlar o esfíncter anal sem

acidentes. Pode usar um supositório ou enemas quando for necessário.

Page 75: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

Continência do esfíncter vesical

1. Incontinente. Uso de caráter interno. 2. Incontinente, mas capaz de ajudar com um dispositivo

interno ou externo. 3. Permanece seco durante o dia, mas não à noite,

necessitando de assistência de dispositivos. 4. Tem apenas acidentes ocasionais. Necessita de ajuda

para manusear o dispositivo interno ou externo (sonda ou cateter).

5. Capaz de controlar seu esfíncter de dia e de noite. Independente no manejo dos dispositivos internos e externos.

Vestir-se

1. Incapaz de vestir-se sozinho. Não participa da tarefa. 2. Assistência em todos os aspectos, mas participa de

alguma forma. 3. Assistência é requerida para colocar e/ou remover alguma

roupa. 4. Assistência apenas para fechar botões, zíperes, amarras

sapatos, sutiã, etc. 5. O paciente pode vestir-se, ajustar-se e abotoar toda a

poupa e dar laço (inclui o uso de adaptações). Esta atividade inclui o colocar de órteses. Podem usar suspensórios, calçadeiras ou roupas abertas.

Transferências (cama e cadeira)

1. Dependente. Não participa da transferência. Necessita de ajuda (duas pessoas).

2. Participa da transferência, mas necessita de ajuda máxima em todos os aspectos da transferência.

3. Assistência em algum dos passos desta atividade. 4. Precisa ser supervisionado ou recordado de um ou mais

passos. 5. Independente em todas as fases desta atividade. o

paciente pode aproximar da cama ( com sua cadeira de rodas ), bloquear a cadeira, levantar os pedais, passar de forma segura para a cama, virar- se, sentar-se na cama, mudar de posição a cadeira de rodas, se for necessário para voltar e sentar-se nela e voltar à cadeira de rodas.

Subir e descer escadas

1. Incapaz de usar degraus. 2. Assistência em todos os aspectos. 3. Sobe e desce, mas precisa de assistência durante alguns

passos desta tarefa. 4. Necessita de supervisão para segurança ou em situações

de risco. 5. Capaz de subir e descer escadas de forma segura e sem

supervisão. Pode usar corrimão, bengalas e muletas, se for necessário. Deve ser capaz de levar o auxílio tanto ao subir quanto ao descer.

Deambulação

1. Dependente na deambulação. Não participa. 2. Assistência por uma ou mais pessoas durante toda a

deambulação. 3. Assistência necessária para alcançar apoio e deambular. 4. Assistência mínima ou supervisão nas situações de

risco ou período durante o percurso de 50 metros. 5. Independente. Pode caminhar, ao menos 50 metros,

sem ajuda ou supervisão. Pode usar órtese, bengalas, andadores ou muletas. Deve ser capaz de bloquear e desbloquear as órteses, levantar-se e sentar-se utilizando as correspondentes ajudas técnicas e colocar os auxílios necessários na posição de uso.

Page 76: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

Manuseio da cadeira de rodas (alternativo para

deambulação)

1. Dependente na ambulação em cadeira de rodas. 2. Propulsiona a cadeira por curtas distâncias, superfícies

planas. Assistência em todo o manejo da cadeira. 3. Assistência para manipular a cadeira para a mesa, cama,

banheiro... 4. Propulsiona em terrenos irregulares. Assistência mínima

em subir e descer degraus, guias. 5. Independente no uso de cadeira de rodas. Faz as

manobras necessárias para se deslocar e propulsiona a cadeira por pelo menos 50 m.

TOTAL

Page 77: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

ANEXO C – Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh

As seguintes perguntas são relativas aos seus hábitos de sono durante o último mês somente. Suas respostas devem indicar a lembrança mais exata da maioria dos dias e noites do último mês. Por favor, responda a todas as perguntas. Nome: Idade: Data:

1. Durante o último mês, quando você geralmente foi para a cama a noite? Hora usual de deitar:

2. Durante o último mês, quanto tempo (em minutos) você geralmente levou para dormir a noite?

Número de minutos: 3. Durante o último mês, quando você geralmente levantou de manhã? Hora usual de levantar?

4. Durante o último mês, quantas horas de sono você teve por noite? (Esta pode ser diferente do número de horas que você ficou na cama)

Horas de sono por noite: 5. Durante o último mês, com que frequência você teve dificuldade para dormir

porque você: A) Não conseguiu adormecer em até 30 minutos

1 = nenhuma no último mês 2 = menos de uma vez por semana 3 = uma ou duas vezes por semana 4 = três ou mais vezes na semana

B) Acordou no meio da noite ou de manhã cedo 1 = nenhuma no último mês 2 = menos de uma vez por semana 3 = uma ou duas vezes por semana 4 = três ou mais vezes na semana

C) Precisou levantar para ir ao banheiro 1 = nenhuma no último mês 2 = menos de uma vez por semana 3 = uma ou duas vezes por semana 4 = três ou mais vezes na semana

D) Não conseguiu respirar confortavelmente 1 = nenhuma no último mês 2 = menos de uma vez por semana 3 = uma ou duas vezes por semana 4 = três ou mais vezes na semana

E) Tossiu ou roncou forte 1 = nenhuma no último mês 2 = menos de uma vez por semana 3 = uma ou duas vezes por semana 4 = três ou mais vezes na semana

F) Sentiu muito frio 1 = nenhuma no último mês 2 = menos de uma vez por semana 3 = uma ou duas vezes por semana 4 = três ou mais vezes na semana

G) Sentiu muito calor 1 = nenhuma no último mês 2 = menos de uma vez por semana 3 = uma ou duas vezes por semana 4 = três ou mais vezes na semana

Page 78: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

H) Teve sonhos ruins 1 = nenhuma no último mês 2 = menos de uma vez por semana 3 = uma ou duas vezes por semana 4 = três ou mais vezes na semana

I) Teve dor 1 = nenhuma no último mês 2 = menos de uma vez por semana 3 = uma ou duas vezes por semana 4 = três ou mais vezes na semana

J) Outras razões, por favor descreva: _______________________________ 1 = nenhuma no último mês 2 = menos de uma vez por semana 3 = uma ou duas vezes por semana 4 = três ou mais vezes na semana

6. Durante o último mês como você classificaria a qualidade do seu sono de uma maneira geral: Muito boa Boa Ruim Muito ruim

7. Durante o último mês, com que frequência você tomou medicamento (prescrito ou por conta própria) para lhe ajudar. 1 = nenhuma no último mês 2 = menos de uma vez por semana 3 = uma ou duas vezes por semana 4 = três ou mais vezes na semana

8. No último mês, que frequência você teve dificuldade para ficar acordado enquanto dirigia, comia ou participava de uma atividade social (festa, reunião de amigos) 1 = nenhuma no último mês 2 = menos de uma vez por semana 3 = uma ou duas vezes por semana 4 = três ou mais vezes na semana

9. Durante o último mês, quão problemático foi para você manter o entusiasmo (ânimo) para fazer as coisas (suas atividades habituais)? Nenhuma dificuldade Um problema leve Um problema razoável Um grande problema

10. Você tem um parceiro (a), esposo (a) ou colega de quarto?

A) Não B) Parceiro ou colega, mas em outro quarto C) Parceiro no mesmo quarto, mas em outra cama D) Parceiro na mesma cama

Page 79: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

10

ANEXO D – Parecer Consubstanciado do CEP

Page 80: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

11

Page 81: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS …...August, totaling 386 individuals. The data were entered in the Microsoft Office Excel for Windows® version 2010 software

12