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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
LICENCIATURA EM INFORMÁTICA
MARIA DAS DORES DE OLIVEIRA
O USO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA NA PRÁTICA DOS
PROFESSORES DA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL CENTRO
EDUCACIONAL DE MAURITI
MAURITI - CEARÁ
2015
1
MARIA DAS DORES DE OLIVEIRA
O USO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA NA PRÁTICA DOS
PROFESSORES DA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL CENTRO
EDUCACIONAL DE MAURITI
Proposta de monografia apresentada no Curso
de Licenciatura em Informática da
Universidade Estadual do Ceará – UECE e
Universidade Aberta do Brasil – UAB, como
requisito parcial para obtenção de título de
Graduado em Licenciatura em Informática.
Orientador: Prof. Doutor Jeimes Mazza
Correia Lima
MAURITI - CEARÁ
2015
2
3
4
Àqueles que sempre estão comigo dando força
e apoio para seguir em frente e jamais desistir:
José Geraldo (esposo), João Emanuel e Ilma
Letícia (filhos), Maria Socorro (mãe), além de
todos os meus irmãos, amigos e colegas de
curso.
5
AGRADECIMENTOS
A Deus por todas as graças derramadas sobre a minha vida.
Ao meu esposo, José Geraldo (Dedé) e aos meus filhos: João Emanuel e Ilma Letícia por
compreenderem a minha ausência durante todos os momentos em que precisei me dedicar às
aulas, tarefas, provas e agora no final, para que eu pudesse realizar este trabalho.
Aos que fazem a UECE – Universidade Estadual do Ceará, na pessoa da Coordenadora do
Curso de Informática, Wilda e todos os que fazem a sua assessoria por terem realizado todas
as ações necessárias para a nossa permanência, desenvolvimento e conclusão do curso.
Aos que fazem o Polo de apoio presencial da UECE em Mauriti, especialmente, Orlandina
(coordenadora), Luana (tutora presencial) e Carivaldo (que atuou como tutor presencial no
início do curso) e a todos os outros funcionários por todo o trabalho dedicado à nossa turma.
A todos os professores, sem exceção, por terem trilhado conosco os caminhos este longo
caminho com compreensão, carinho, paciência, companheirismo e dedicação.
Ao tutor Magnus por todas as orientações, pela interação constante ajudando e incentivando
durante todo o percurso.
Ao professor Jeimes Mazza, meu orientador, que com todo empenho não cansou de me ouvir,
questionar e guiar para a realização deste trabalho.
Aos colegas da turma, pois na caminhada percorrida criamos laços que transformaram o
coleguismo em amizade que vamos levar adiante para as nossas vidas.
6
Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si
mesmo, os homens se educam entre si,
mediatizados pelo mundo.
(Paulo Freire)
7
RESUMO
Falar sobre a informática educativa não é algo novo, mas apenas mais uma indagação sobre o
assunto que permeia várias discussões no meio educacional. Há tempos que se vem tentando
fazer com que o computador seja uma ferramenta efetiva utilizada para ensinar os conteúdos
das disciplinas nas escolas. Mas percebe-se que para incluir as TIC’s no trabalho do professor
é uma ação que depende de um conjunto de fatores e requer mudanças no sistema
educacional, além de exigir mudanças do tipo curriculares e formação do docente. O presente
trabalho analisa a visão dos professores da Escola de Ensino Fundamental Centro Educacional
de Mauriti, quanto ao uso do Laboratório de Informática para aplicação de conteúdos das
disciplinas. Foi feita uma pesquisa de campo que mostra a visão dos docentes da referida
escola na qual foi revelado pela maioria o interesse de ter os recursos tecnológicos como
aliados em sala, mas também ficaram declarados os elementos que fragilizam a parceria do
ensino por meio dos instrumentos da informática educativa. Os resultados podem ser
utilizados a fim de levar adiante o desejo dos professores de eliminarem as barreiras,
adquirirem formação e transformarem o ensino-aprendizagem oferecendo um trabalho
diferenciado, criativo e atraente para seus alunos.
Palavras-chave: Informática Educativa, Computador como ferramenta de ensino, Tecnologia
na Educação.
8
ABSTRACT
Talk about educational computing is not something new, but just one more question on the
subject that permeates several discussions in the educational environment. There are times
that it is trying to get with that the computer be an effective tool used to teach the disciplines
in schools. But one realizes that for include TIC in teacher's work is an action that depends on
a number of factors and it requires changes in the educational system, besides changes in the
type curricular and the teacher’s formation. The present work analyzes the Teachers' vision of
the School of Teaching Fundamental Centro Educational de Mauriti, regarding the use of the
Computer Laboratory for applying of contents ofthe disciplines. It was made a field
researchthat it shows the teacher’s vision the referred schoolin the whichit was revealed by
the majority theinterest of having the technological resources as class room allies, but it was
also declared the elements that weaken the partnership of the teaching through the instruments
of educational computing. The results can be used in order to take the teacher’s desire
aheadfor eliminate the barriers, they acquire formation and they transform the teaching-
learning offering a differentiated work, creative and attractive for their students.
Keywords: Educational computing, Computer as a teaching tool, Technology in Education.
9
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Relação entre os paradigmas educacionais, suas características e algumas
modalidades de Software Educacional - Ramos (1996) apud Teixeira (2002,
p.5) .................................................................................................................... 26
Quadro 2 - Formação dos professores e disciplinas em que atuam .................................... 42
10
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CEM Centro Educacional de Mauriti
CIES Centro de Informação na Educação Superior
CIEd Centro de Informática na Educação
CIET Centro de Informática na Educação Tecnológica
CVT Centro Vocacional Tecnológico
EDUCOM Educação e Computador
LDB Lei das Diretrizes e Bases
LIBRAS Língua Brasileira de Sinais
FNDE Fundo Nacional para Desenvolvimento Econômico
MEC Ministério da Educação e Cultura
PROINFO Programa Nacional de Tecnologia Educacional
PRONINFE Programa Nacional de Informática na Educação
TIC Tecnologia da Informação e Comunicação
UAB Universidade Aberta do Brasil
UECE Universidade Estadual do Ceará
11
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 13
2 A INFORMÁTICA ..................................................................................................... 16
2.1 A INFORMÁTICA: CIÊNCIA, FENÔMENO E INFLUÊNCIA NO MEIO
EDUCACIONAL ......................................................................................................... 16
2.1.1 Histórico da Informática Educativa no Brasil ......................................................... 18
2.2 INFORMÁTICA EDUCATIVA, ENSINAR, APRENDER: PONTOS DE
APROXIMAÇÃO ......................................................................................................... 20
2.3 O COMPUTADOR COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL ................................ 22
2.4 SOTWARES EDUCATIVOS ....................................................................................... 24
3 INFORMÁTICA EDUCATIVA, ENSINAR, APRENDER: UMA
PARCEIRA QUE SE AJUSTA .................................................................................. 30
3.1 O QUE DEVEM SABER OS PROFESSORES DA INFORMÁTICA
EDUCATIVA ................................................................................................................ 32
3.2 O CURRÍCULO: IMPEDIMENTOS E POSSIBILIDADES ....................................... 35
4 OBJETIVOS ................................................................................................................ 37
4.1 GERAL ......................................................................................................................... 37
4.2 ESPECÍFICOS .............................................................................................................. 37
5 MÉTODO .................................................................................................................... 38
5.1 PROCEDIMENTOS UTILIZADOS PARA A COLETA DE DADOS ........................ 38
5.2 SURGIMENTO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA DA ESCOLA
DE ENSINO FUNDAMENTAL CENTRO EDUCACIONAL DE
MAURITI ..................................................................................................................... 38
6 INFORMÁTICA, PRÁTICA PEDAGÓGICA E CENTRO EDUCACIONAL DE
MAURITI: UMA IMERSÃO NA COMPREENSÃO ............................................. 42
6.1 FORMAÇÃO E ÁREA EM QUE ATUAM, TEMPO QUE TRABALHAM NA
ESCOLA E ANOS (SÉRIES) E TURNO EM QUE LECIONAM E SE REALIZAM
ATIVIDADE PROFISSIONAL EM OUTRA INSTITUIÇÃO .................................... 42
6.2 FORMAÇÃO NA ÁREA DE INFORMÁTICA, CONCEITO COM RELAÇÃO AO
USO DA INFORMÁTICA PARA O ENSINO DAS DISCIPLINAS DE ENSINO
FUNDAMENTAL, OPINIÃO A RESPEITO DO LABORATÓRIO DE
INFORMÁTICA DA ESCOLA .................................................................................... 42
12
6.3 OPINIÃO COM RELAÇÃO À POSTURA DOS PROFESSORES NO USO OU
NÃO USO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA DA ESCOLA ................ 44
6.4 COMO VEEM A PREPARAÇÃO DOS PROFESSORES PARA O INGRESSO
DO USO DAS TECNOLOGIAS NA SALA DE AULA ....................................... 45
6.5 QUANTO AO CONHECIMENTO DA EXISTÊNCIA DE ALGUM PROJETO
DA ESCOLA PARA A PRÁTICA DOS PROFESSORES COM ALUNOS NO
LABORATÓRIO ................................................................................................... 47
6.6 QUANTO AO FATO DE SENTIR PREPARADO PARA INGRESSAR NA
MODALIDADE DE ENSINO POR MEIO DO USO DA TECNOLOGIA ......... 47
6.7 QUANTO À UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR E FORA DA ESCOLA E
QUE ATIVIDADES SÃO REALIZADAS POR MEIO DELE ............................ 48
6.8 QUANTO AO ACESSO À INTERNET E SITES QUE COSTUMAM VISITAR47
6.9 QUE CONSIDERAÇÃO FAZ DA PRESENÇA OU DA AUSÊNCIA DO
COMPUTADOR COMO FERRAMENTA DE ENSINO PARA OS
CONTEÚDOS DAS DISCIPLINAS EM SALA DE AULA ................................ 49
7 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 51
REFERÊNCIAS ................................................................................................... 53
APÊNDICES ........................................................................................................ 56
APÊNDICE A – Contextualização do Objeto e Ambiente da Pesquisa - Escola de
Ensino Fundamental Centro Educacional de Mauriti: sua história ....................... 57
APÊNDICE B – Questionário aplicado aos professores da escola ....................... 60
ANEXOS ............................................................................................................... 62
ANEXO A – EDITAL DO PREGÃO 45/2007 ...................................................... 63
13
1 INTRODUÇÃO
A informatização do ensino vem acontecendo já há algum tempo de forma
compassada, mas ainda não foi possível se tornar efetiva. A maioria das escolas públicas
dispõe de laboratório de informática e de outros recursos digitais para auxiliar o trabalho
do professor no ensino dos conteúdos de suas disciplinas, mas ter o computador como
ferramenta para ensinar ainda é uma possibilidade e não uma realidade concreta.
(TEDESCO, 2004 apud MARTINELLI, 2009, p.5) afirma:
“[...] a escola deixa de ser o principal meio de informação para as novas
gerações e deve concorrer com outros meios, da qual se espera, ademais, que
ela informe e ensine.”
“[...] novas modalidades institucionais buscam responder às transformações do
meio global em que se desenvolve a educação, proporcionando múltiplas
interfaces com esse meio, bem como uma maior capacidade, velocidade e
precisão de resposta, única forma de facilitar a constante adaptação das pessoas
e dos meios formativos aos mutáveis contextos de informação, conhecimento,
trabalho, tecnologia e cultura.”
(TEDESCO, 2004 apud MARTINELLI (2009, p.5)
Percebe-se que a escola, por meio do uso da tecnologia no ensino-
aprendizagem, pode se tornar um ambiente de inovação para que as pessoas possam
vivenciar as transformações inseridas com o advento da globalização.
O presente trabalho faz uma análise da visão dos professores da Escola
Centro Educacional de Mauriti, quanto ao uso do laboratório de informática na prática do
ensino de suas disciplinas, por ter sido esta a primeira escola a introduzir o ensino por
meio da informática na rede municipal da referida cidade.
Desta forma, resolveu-se pesquisar: Como se dá o uso do laboratório de
informática na prática dos professores da Escola Centro Educacional de Mauriti?
Por meio da informática educativa é possível adquirir subsídios diversos
para trabalhar com conteúdos de todas as disciplinas, mas nem todos os professores
utilizam estas ferramentas como apoio didático-pedagógico então, o desejo de investigar
onde estão os benefícios e o que precisa melhorar
O objetivo do trabalho é analisar o que pensa o corpo docente, da escola em
estudo, quanto ao uso do Laboratório de Informática para a realização de suas aulas,
independente da disciplina que lecione. Espera-se ainda, conhecer o trabalho dos
14
professores por meio da utilização do laboratório de informática. Saber se é uma prática
constante e se é comum a todos os professores e assim, verificar se na visão destes
docentes o uso das TIC’s pode trazer melhorias para o ensino-aprendizagem.
Pretende-se ainda, com a realização desta pesquisa, incentivar o uso deste
ambiente de ensino, mediante a fundamentação de todos os autores estudados, com a
visão de que ter o computador como instrumento para ensinar pode ser um auxílio de
grande valia para o ensino-aprendizagem, já que os recursos tecnológicos prendem a
atenção, ajudam no processo de interação, estimulam a criatividade, apoiam a pesquisa e
despertam no aluno o desejo de praticar ainda mais determinados conteúdos,
principalmente os mais complexos.
Para desenvolver a pesquisa, foi feito um estudo de fundamentação sobre o
assunto, o qual foi embasado por autores e pesquisadores da área como: Valente, Gomes,
Teixeira, Ramos, entre outros e depois foi executada uma pesquisa de campo para
descrever a história da escola, com suas instalações e tudo mais o que envolve este
instrumento de pesquisa.
O trabalho está dividido em seções, na primeira está a Introdução e na
sequência os seis capítulos, distribuídos da seguinte forma:
Seção 1: Introdução
Seção 2 - 1º capítulo: Faz-se uma análise sobre a informática, ciência e
fenômeno que veio para ingressar no universo educacional, quais os pontos que fazem
referência ao computador como ferramenta para o ensino e ainda é feita uma análise
sobre os softwares educativos que são meios utilizados para trabalhar os conteúdos das
disciplinas.
Seção 3 - 2º capítulo: Neste capítulo, analisa-se como se ajusta a parceria
informática e ensino-aprendizagem, além de refletir sobre a preparação dos professores,
os impedimentos e possibilidades a cerca do currículo escolar.
Seção 4 - 3º capítulo: Apresenta os objetivos do trabalho.
Seção 5 - 4º capítulo: Mostra o método utilizado para a realização do estudo e
da pesquisa.
Seção 6 - 7º capítulo: Realiza-se a compreensão de todas as reflexões, por
meio da apresentação da pesquisa de campo.
15
Seção 7 - 8º capítulo: Considerações finais.
O que se pode encontrar neste trabalho é um embasamento teórico e prático
quanto às possibilidades existentes de os recursos tecnológicos passarem a ser aliados dos
professores na prática em sala de aula.
Sabe-se, portanto, que diante de tantas dificuldades enfrentadas pelos
professores no sistema de ensino, o objetivo da referida pesquisa não é apontar a
informática como a salvação de todos os problemas, mas mostrar que ao longo do tempo
a informática educativa foi se aproximando, criando meios, formando conceitos,
equipamentos e subsídios diretos a fim de que os docentes possam dinamizar as aulas e
os alunos atraídos pelas novidades, tenham mais interesse, melhor desempenho e
resultados satisfatórios no ensino-aprendizagem.
16
2 A INFORMÁTICA
A informática é uma ciência do ponto de vista amplo, e é um fenômeno que
tem conseguido de todas as formas atingir vários setores da sociedade, a cada dia surgem
novidades nesta área e são muitos equipamentos e maneiras que possibilitam o contato
por meio dela.
Este capítulo trata da informática em vários ângulos: como ciência, fenômeno
e influência no meio educacional, um breve histórico sobre a Informática Educativa no
Brasil, os pontos de aproximação entre a informática educativa - o ensinar e o aprender, o
computador como ferramenta educacional e os softwares educativos.
2.1 A INFORMÁTICA: CIÊNCIA, FENÔMENO E INFLUÊNCIA NO MEIO
EDUCACIONAL
A palavra informática, no Dicionário Aurélio é definida como:
Ciência que se ocupa do tratamento automático e racional da informação
considerada como suporte dos conhecimentos e das comunicações, que se
encontra associada à utilização de computador e seus programas.
(http://www.dicionariodoaurelio.com/informatica)
O conceito deste termo remete ao processamento de informação por meios
automáticos. Geralmente, quando se faz referência à informática, lembra-se do
computador e de aparelhos derivados, pois ela envolve atividades relacionadas ao uso de
vários equipamentos que permitem melhorar e facilitar vários tipos de atividades que são
realizadas no dia a dia em qualquer área de atuação da sociedade.
Wilerick (2008) apud Martinelli (2009, p. 3) define informática como:
“ciência do tratamento automático das informações”. Atualmente, vê-se que a
programação dos computadores permite a execução dos mais variados tipos de tarefas e
não só por meio do computador, mas vários tipos de equipamentos eletrônicos com uma
diversidade de execução envolvendo números, textos, gráficos, imagens, sons, etc. Tudo
isso presente na vida de todas as pessoas facilitando o acesso ao conhecimento, à
informação e a uma infinidade de possibilidades que surgem a cada dia.
17
A maioria das pessoas tem contato direto e usufruem de muitas facilidades
oferecidas pelos meios eletrônicos advindos da informática. Com ascensão da mesma,
cresceu a facilidade para realizar comunicação, buscar informações, e de maneira rápida e
interessante, realizar uma infinidade de tarefas. Desta forma, a vida da sociedade vem
sendo modificada rapidamente e o comportamento das pessoas também.
É por isso que o professor tem um papel fundamental neste processo, pois ele
é o responsável em conduzir o ensino-aprendizagem. Apesar do professor não ser o único
responsável por esse processo, ele tem a missão primária de propiciar na sala de aula um
ambiente de interação e mediação, não devendo competir com o computador, e sim aliar-
se ao mesmo, a fim de experimentar os recursos que a tecnologia tem a oferecer.
Convém lembrar que a informática adentrou em todos os espaços e no campo
educacional por meio das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e está aos
poucos, levando objetos de aprendizagem que podem diferenciar a metodologia dos
professores e o comportamento dos alunos. Suano (2008) apud Martinelli (2009, p.3)
define Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), como:
“[...] todo e qualquer recurso tecnológico que permita o trânsito de
informações. Estas informações podem ser resultantes de inúmeros meios de
comunicação, tais como: televisão, jornal, revista, livros, fotografias,
computadores, gravação de áudio e vídeo, redes telemáticas, robótica, sistemas
multimídias, dentre outros.”
(SUANO, 2008 apud MARTINELLI, 2009, p.3).
Portanto, pode-se perceber que as TICs são um resumo de tudo que é
utilizado por meio da tecnologia para fazer algo diferente, no caso da escola, para que o
professor exponha seu conteúdo e realize atividades com os alunos.
Desta forma, o uso dos recursos da informática no meio educacional tende a
contribuir em vários aspectos como melhorar o interesse dos alunos pelos estudos,
diminuir a evasão escolar e incentivar o estudo por meio de pesquisas, o que possibilita
maior independência.
Para tanto não é necessário simplesmente equipar a escola com os melhores
computadores e oferecer conexão com a Internet de melhor qualidade é preciso formação
dos professores, mudança no currículo, na didática e no planejamento.
18
2.1.1 Histórico da Informática Educativa no Brasil
Sabe-se que a Informática faz parte de todos os setores de trabalho da
sociedade e a educação, desde muito tempo, vem se empenhando a fim de que esta possa
ser incluída no ensino-aprendizagem de forma concreta e efetiva.
No Brasil, a informática “tem seu início no meio educacional no ano de 1971,
primeiramente usada no ensino de Física na USP/São Carlos” (ANDRADE &
ALBUQUERQUE LIMA (1992, p. 3), conforme os autores em seguida, foram surgindo
experiências voltadas para ensino de Química, das quais um software educativo foi
desenvolvido. Além de outras experiências feitas com crianças que tinham dificuldades
de aprendizagem de leitura, escrita e cálculo. Esta por sua vez, foi baseada nas teorias de
Piaget e Papert, conforme se pode conferir:
Na década de 80, tendo como líder Papert, no Brasil, foi iniciado um movimento
chamado “Filosofia e Linguagem LOGO”, por meio do qual Papert divulgou
ideias defensoras do computador como instrumento capaz de ajudar em trabalhos
complexos de maneira simples e lúdica e assim desenvolveram uma linguagem
de programação para crianças.
(ANDRADE & ALBUQUERQUE LIMA (1992, p.3).
Na sequencia, foi desenvolvida uma linguagem de programação para
crianças. Mas segundo os relatos da história da informática educativa no Brasil, o marco
inicial se dá mesmo no ano de 1984 com a implantação do Projeto Educação e
Computador - EDUCOM pelo Ministério da Educação e Cultura – MEC. Andrade (1993
p.1) afirma que:
O Educom foi uma iniciativa do governo central, que o promoveu a partir do
reconhecimento da informática como ferramenta de apoio às mais variadas
atividades da emergente sociedade pósindustrial e da necessidade de
aprofundamento de estudos sobre a sua aplicabilidade no setor educacional.
(ANDRADE, 1993 p.1)
Sendo assim o referido projeto um dos pioneiros no impulso do uso da
informática na educação. Percebe-se que houve uma grande investida durante as décadas
de 70 e 80 com o objetivo de fazer valer a presença da informática como instrumento útil
19
para o meio pedagógico. Segundo os relatos de Andrade & Albuquerque Lima (1992,
p.11) outros projetos foram surgindo, como se vê:
Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da informática no meio
educacional, o MEC instituiu através da Portaria Ministerial n. 549/89, em 1989
o PRONINFE que é o Programa Nacional de Informática na Educação. O
objetivo do PRONINFE era trabalhar com projetos voltados para fundamentação
pedagógica, o que rendeu na época grande crescimento na área com excelentes
resultados.
(ANDRADE & ALBUQUERQUE LIMA (1992, p.11)
Diante de tudo o que foi exposto, percebe-se vários projetos que os governos
implantaram e que de uma maneira rápida a informatização chegou a praticamente todas
as escolas públicas do país. Tudo isso revolucionou o conceito de ensino-aprendizagem,
principalmente porque através dos computadores é possível ensinar de forma diferenciada
com meios mais atrativos e lúdicos
Percebe-se então que através do computador é possível trabalhar as
deficiências de escrita (ortografia), leitura, cálculos matemáticos e muitas outras
habilidades de maneira bem proveitosa, pois são muitos os aplicativos educativos que
exploram estes assuntos e que ajudam no trabalho do professor, neste contexto, Ferraz
(2009, p.1) afirma:
A informática educativa com recursos digitais nos leva a perceber o quanto
pode ser acelerado o processo de escrita e leitura, quer pela facilidade de
encontrar as letras no teclado, pela facilidade de correção de palavras e pela
riqueza que a utilização da tecnologia proporciona. A facilidade da produção
escrita, a pesquisa e a Internet auxiliam a ultrapassar as barreiras encontradas.
Diferentes tipos e tamanhos de letra oportunizam apropriação de conceitos da
escrita e leitura e os diferentes recursos permitem o desenvolvimento da
criticidade em termos de construção textual.
(FERRAZ, 2009, p.1)
Segundo os registros da história da informática educativa no “modelo
propriamente dito”, nos programas de ação via-se a necessidade de capacitar de forma
contínua os professores ajudando-os no planejamento do uso da tecnologia.
Para isso, surgiram núcleos abrangendo as esferas de educação superior o
Centro de Informação na Educação Superior - CIES, de 1º e 2º graus, Centros de
Informática na Educação - CIEd e de educação técnica, Centros de Informática na
20
Educação Tecnológica - CIET, com a finalidade incentivar o uso de novos instrumentos
na educação. Além disso, o Governo Federal ainda implantou vários programas na área
da Informática na Educação sempre com o objetivo de desenvolver projetos voltados para
a área educacional.
2.2 INFORMÁTICA EDUCATIVA, ENSINAR E APRENDER: PONTOS DE
APROXIMAÇÃO
Durante muito tempo, o professor teve o papel de transmitir, de repassar os
conteúdos para os alunos que ficavam quietos apenas ouvindo da forma mais comportada
possível. Atualmente, a postura do professor e dos alunos é bem diferente e quanto mais o
aluno participar, buscar, pesquisar e levar para sala de aula, melhor será o resultado.
Cortelazzo (2000, p.7), diz que: “ensinar é a face da responsabilidade pelo
outro na educação” e “aprender é a face da responsabilidade pessoal na educação.” Trata-
se de um processo que acontece por meio do diálogo a fim de que aconteça a
aprendizagem de fato. Não basta transmitir conteúdo e fazer cumprir o que determina o
currículo, é preciso levar o aluno a investigar, a questionar e fazê-lo desenvolver o
potencial de que dispõe. Sobre o ato de ensinar, Cortelazzo (2000, p. 7) mostra que:
(...) é criar condições para que os alunos desenvolvam as condições básicas de
domínio das diversas linguagens, fundamentalmente a da escrita, de modo a
poder sistematizar o conhecimento e expressar tanto suas dúvidas e incertezas
quanto suas descobertas e criações. É, também, ajudá-los a desenvolver a
reflexão, a saber fazer as perguntas certas e ir atrás das respostas adequadas”.
(CORTELAZZO, 2000, p.7)
Pode-se ver que se trata de um processo no qual o aluno deve ser incentivado
a construir os seus conhecimentos, de maneira livre e consciente, interagindo com o
professor e com os colegas de maneira colaborativa num espaço agradável de satisfação e
harmonia que propicie o desejo de buscar o conhecimento.
Aprender, portanto, é buscar, procurar e conseguir encontrar aquilo que
deseja. A aprendizagem acontece por meio de influências. Logo, por meio de colaboração
e interação, o indivíduo é capaz de se desenvolver plenamente com as experiências que
adquiriu lendo, escrevendo, fazendo, transformando, analisando, oferecendo, recebendo e
21
agindo de todas as formas na escola, em casa, com os amigos e enfim por onde a vida o
fizer passar.
São muitos os desafios quanto ao uso da informática na sala de aula, também
é preciso se ter consciência quanto à sua implantação. Será que escola, professores e
alunos estão preparados?
É preciso pensar bem neste ponto, já que o computador não deve ser uma
mera distração, o seu uso não deve ser improvisado, não se pode simplesmente escolher
um profissional que tem conhecimento técnico e pô-lo em sala de aula para trabalhar com
os alunos, pois Valente (2002a, p.1) afirma:
É errôneo pensar ser, primeiramente, um especialista em informática ou em
mídia digital para depois tirar proveito desse conhecimento nas atividades
pedagógicas. O melhor é quando os conhecimentos técnicos e pedagógicos
crescem juntos, simultaneamente, um demandando novas idéias do outro. O
domínio das técnicas acontece por necessidades e exigências do pedagógico e
as novas possibilidades técnicas criam novas aberturas para o pedagógico,
constituindo uma verdadeira espiral de aprendizagem ascendente na sua
complexidade técnica e pedagógica
(VALENTE, 2002a, p.1).
Portanto, o uso da informática em sala de aula deve ser enraizado na
pedagogia e na didática e a renovação deve ser a partir da formação do professor.
Adicionalmente, as tecnologias ainda não estão inseridas no currículo escolar de todas as
escolas.
Quando se fala em mídias na sala de aula, tudo parece ser interessante e fácil,
mas trata-se de um processo e o seu percurso depende da união de todos os setores que
compõem o sistema educacional, os quais juntos devem analisar e preparar todos os
envolvidos para ingressarem no mundo virtual, observando o que deve ser utilizado e
como deve ser utilizando, pois são muitas as possibilidades, mas nem tudo pode ser
considerado ideal, ou melhor para cada situação, deve se analisar as contribuições e se
estas serão realmente relevantes.
O computador não deve ser utilizado em sala de aula apenas para distrair, mas
como um instrumento de apoio a oferecer requisitos para pesquisa, exposição de
conteúdos, prática de experiências, treino entre outras atividades, mas se não houver
planejamento, com certeza não será possível extrair no momento da aula o que realmente
22
se espera, pois quando se trata de informática educativa como ferramenta de ensino o
desejado é ver o alcance dos objetivos propostos no planejamento e didático e
pedagógico.
2.3 O COMPUTADOR COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL
Existem várias maneiras para que o professor transmita conteúdos e leve
conhecimento para os alunos. Atualmente uma das discussões mais pertinentes é quanto
ao uso do computador como ferramenta educacional. Skinner (1989) apud Luz (2011,
p.1), enfatiza que:
[…] os computadores podem ensinar melhor se conduzirem o estudante
através de programas instrucionais cuidadosamente preparados. Eles podem
fornecer estímulos de apoio, pistas para o comportamento e reforçá-lo
imediatamente. Além disso, os computadores podem conduzir o estudante para
o próximo passo mais apropriado para ele. Essas coisas são essenciais para o
bom ensino.
(SKINNER (1989) apud LUZ (2011, p1))
Por meio do ensino com o computador, percebe-se que há um grande desejo
de melhoria da aprendizagem. Com o avanço da tecnologia da informação, fala-se sobre
as grandes mudanças em todos os setores da vida humana, especialmente, na velocidade
da comunicação e como é possível adquirir informações de forma rápida e prática. Pery
(2010) apud Luz (2011, p.2), enfatiza a influência em todos os espaços da sociedade,
inclusive o da educação:
As tecnologias de informação e comunicação (TICs), agora já presentes nos
cenários escolares, vêm transformando a vida humana e interferindo na
maneira como nos relacionamos em sociedade e como adquirimos
conhecimento, instituindo um novo estado de cultura, a “cibercultura”, que se
caracteriza pela ampliação dos lugares em que nos informamos e nos quais de
alguma forma aprendemos a viver, a sentir e a pensar sobre nós mesmos.
Institui-se um novo estado de cultura e se torna necessário que o papel da
escola seja ampliado, pois as diferentes tecnologias influenciam os espaços de
educação, seja nos discursos, nas atividades e nas maneiras de aprender e
ensinar. Integrar a cultura tecnológica ao currículo escolar torna-se desejável.
(PERY, 2010 (pp. 2) apud Luz (2011, p.2).
Faz-se uma reflexão no sentido de que a influência causada pelo uso da
tecnologia tem feito crianças e jovens, independente classe social ou do meio em que
23
vivem, terem contato com diversos tipos de aparelhos eletrônicos, fazerem parte de redes
sociais e utilizarem a Internet frequentemente. Talvez por conta disto, pressionam as
escolas a aderirem o mais rápido possível ao uso do computador como objeto de ensino
para fazê-los sentir na escola a satisfação que tem com o uso, que às vezes é até
exagerado por muitas pessoas.
No entanto, é necessário precaução, busca de conhecimento e formação com
o cuidado de não acontecer má utilização e interferências no papel da escola correndo o
risco de denegrir a imagem do professor se o mesmo não estiver preparado para o uso
destas tecnologias. Skinner (1989 p. 128) apud Luz (2011, p.2) mostra que:
O computador é a máquina de ensino ideal. No entanto tende-se ainda a utilizá-
la como um substituto das aulas e como artifício para ensinar classes
numerosas, tal como um professor o faria. Seu real valor reside em outro
aspecto. Ele pode trazer a “vida real” para a sala de aula, pelo menos de uma
maneira esquemática. Esse é um de seus usos na indústria. Não se podem
ensinar funcionários de uma indústria nuclear a atuar apropriadamente por
ocasião de um acidente no reator criando-se acidentes reais, mas estes podem
ser simulados em computadores.
(SKINNER, 1989, p. 128 apud Luz (2011, p.2).
Desta forma, pode-se considerar que o ensino por meio do computador simula
de forma lúdica o conteúdo que o professor transmite em sala de aula, sendo que por
meio da referida simulação, o aluno pode encontrar uma emoção a mais e o seu interesse
pode ser maior e aprendizagem pode ser melhor. Apesar disto, a cautela no uso da
tecnologia é sempre enfatizada por vários autores e a necessidade de sempre analisar o
que vai ser utilizado. Luz (2011, p.3) enfatiza que:
A avaliação criteriosa de tais recursos enquanto ferramentas pedagógicas,
deriva da necessidade de se garantir sua efetividade no processo ensino-
aprendizagem. Tendo em vista as transformações tecnológicas ocorridas no
Brasil e as projeções para os próximos anos, o estudo de tais fenômenos
tornou-se necessário para melhor utilizá-las enquanto ferramentas para o
produção do ensino.
(LUZ , 2011, p.3)
O que se espera é que ao ser utilizado como auxílio para o professor em sala
de aula, o computador ofereça algo diferenciado e que produza nos alunos resultados
satisfatórios quanto à aprendizagem. E isto só será possível se as ferramentas utilizadas e
o plano da aula estiverem pautados na didática e na pedagogia.
24
A informática educativa tem o objetivo de propiciar o uso do computador
como ferramenta educacional. Para isso os professores precisam ter conhecimento e
segurança de como usufruir benefícios por meio desta parceria.
2.4. SOFTWARES EDUCATIVOS
Uma das maneiras que o professor tem para ensinar com o computador é a
utilização dos softwares educativos, programas ou aplicativos de computador que foram
elaborados com assuntos das disciplinas e com o objetivo de ser usado para o estudo de
conteúdos. Prieto (2005, p.10) conceitua os softwares educativos da seguinte forma:
Softwares educacionais são programas que visam atender necessidades
vinculadas à aprendizagem, devem possuir objetivos pedagógicos e sua
utilização deve estar inserida em um contexto e em uma situação de ensino
baseados em uma metodologia que oriente o processo, através da interação, da
motivação e da descoberta, facilitando a aprendizagem de um conteúdo.
(PRIETO et al., 2005, p. 10).
Por isso pode-se analisar que a transmissão de conteúdo por meio de um
vídeo ou pelo acesso a um site da Internet, pode chamar mais a atenção do aluno do que
simplesmente ouvir a explicação do professor falando em sala de aula. De sites e
softwares, os computadores estão cheios, repletos mesmos, mas os softwares feitos para
uso educacional vão se diferenciar de outros programas por terem sidos criados com o
objetivo de oportunizar o ensino de conteúdos relacionados às disciplinas de sala de aula.
Sobre isto, Gomes (2007, p.7) relata que:
Os meios simbólicos presentes nos softwares educacionais são elementos
potenciais de mudança dos indivíduos. No entanto, nada disso é possível sem a
atuação do agente humano, ou seja, do professor como mediador entre os
meios simbólicos e o indivíduo.
(GOMES, 2007, p.7)
Portanto, pode-se refletir que o professor é um mediador do conhecimento e,
por meio dos softwares educativos, os alunos podem realizar tarefas semelhantes às que
são feitas manualmente como: colorir, escrever, pesquisar, jogar entre outras, mas com o
diferencial de que por meio do computador supõe-se que as ações realizadas parecem
25
mais interessantes e por isso pode ser mais fácil para o professor-mediador interagir e
levar os alunos a uma participação mais efetiva.
Nenhum professor deve utilizar o laboratório de informática com os alunos
sem antes ter planejado bem a sua aula e traçado os objetivos a alcançar por meio dela. É
preciso preparação para que aconteça de fato aprendizagem no aluno por meio do uso dos
recursos presentes no software escolhido.
Ao analisar o software antes de aplicar em sala com os alunos, o professor
deve observar se é adequado ao nível da turma, ao conteúdo a ser abordado e à disciplina
em questão.
Para facilitar o trabalho dos professores neste sentido, há classificações dos
softwares educacionais e estas surgiram diante da preocupação de que a utilização da
tecnologia deve ir de encontro aos paradigmas educacionais, ao contrário de se distanciar
dela ou criar um ambiente apenas de passatempo ou distração.
E assim percebe-se ainda mais a necessidade de que os professores precisam
adquirir formação e conhecimento sobre a informática no geral, especificando-se no uso
para o ensino no meio educacional, a fim de evitar que a presença do computador ao
invés de contribuir e auxiliar passe a ser uma barreira ou um problema para o
desenvolvimento do ensino-aprendizagem.
Como já existem vários tipos de objetos de aprendizagem e entre eles estão os
softwares educacionais, dependendo da criatividade do profissional prevê-se bons
resultados no trabalho com os alunos.
Ramos (1996) apud Teixeira (2002, p.5) ressalta que no ato do
desenvolvimento de um software para uso educacional deve ter sido refletido
anteriormente, a concepção pedagógica do mesmo:
“Quando um software é utilizado para fins educacionais, invariavelmente o
mesmo (ou o uso que se faz dele) reflete um dos paradigmas educacionais:
comportamentalista ou construtivista”
(RAMOS, 1996 apud TEIXEIRA, 2002, p.5)
Por meio de suas observações, Ramos (1996) apud Teixeira (2002, p.5)
definiu algumas classificações em relação às modalidades de softwares educacionais, que
podem ser observadas no quadro 1:
26
Quadro 1- Relação entre os paradigmas educacionais, suas características e algumas modalidades de Software
Paradigma
educacional
Visão da
natureza
humana
Quanto à
atividade do
aprendiz
Quanto ao
direciona-mento
na utilização do
software
Modalidades
de software
educacional
Comportamen-
talista
Empirista e
racionalista
Algorítmico
Dura
Tutoriais,
Exercitação e
prática
Construtivista
Intera-
cionista
Heurístico
Branda
Simulação,
Jogos Fonte: RAMOS (1996) apud TEIXEIRA (2002, p.5))
Agora, será feita uma descrição do conteúdo disposto no quadro 1, conforme
RAMOS (1996, p17):
Quanto ao paradigma educacional os softwares podem ser
comportamentalista ou construtivista. No comportamentalismo, segundo a autora:
(...) os fatores do aprendizado não são estados internos que podem ou não
existir, mas comportamentos que podem ser diretamente observados e a
instrução consiste na modelagem do comportamento desejável obtido através
de estímulo respostas.
(RAMOS, 1996, p.17)
Com isso, percebe-se que ao receber estímulos, o aluno responde com o
comportamento adequado ao que chama a atenção na tarefa que estão sendo realizada.
Por outro lado, o construtivismo “enfatiza a primazia da intenção, experiência e
estratégias metacognitivas do aluno, o conhecimento é construído individualmente pelo
aluno e o aluno é visto como um indivíduo repleto de conhecimento pré existente”
(Ramos, 1996).
Neste caso, o aluno com os conhecimentos que já adquiriu, produz de acordo
com aquilo que tem contato e experimenta novas ações por meio do que com ele é
trabalhado e incentivado a produzir.
Se o software é comportamentalista, quanto à visão de natureza humana,
pode ser empirista, PACIEVITH (2000, p.1) observa:
Entende-se por empírico aquilo que pode ter sua veracidade ou falsidade
verificada por meio dos resultados de experiências e observações. Teorias não
27
bastam, somente através da experiência, de fatos ocorridos observados, um
conhecimento é considerado pelo empirista.
(PACIEVITH, 2000, p.1)
Portanto, trata-se dos softwares que se baseiam nas tarefas com erros e acertos,
estes chamam a atenção do aluno para treinar os conhecimentos por meios de opções
sobre o assunto com alternativas objetivas.
Quanto à atividade do aprendiz, é algorítimico, na qual é predominante a ênfase
na transmissão de conhecimentos do sujeito que sabe para o sujeito que deseja aprender,
sendo função do desenvolvedor do software projetar uma sequência bem planejada de
atividades que conduzam o aluno ao conhecimento desejado.
O direcionamento na utilização é dura, ou seja, os planos são previamente
traçados para uso do computador e as atividades dos alunos resumem-se a responder a
perguntas apresentadas, registrando-se e contabilizando-se erros e acertos e as
modalidades são: tutoriais, exercitação e prática.
Sendo construtivista, a visão de natureza humana, será denominada
interacionista teoria que defende a interação do indivíduo com o ambiente por meio de
estímulos. Coll (1992, p. 164) apud Júnior (2002, p.1) acrescenta que:
O ser humano, na teoria interacionista, interage com o meio ambiente
respondendo aos estímulos externos, analisando, organizando e construindo
seu conhecimento a partir do “erro”, através de um processo contínuo de fazer
e refazer
(COLL, 1992, p. 164 apud JÚNIOR, 2002, p.1).
Percebe-se então que com o tipo de atividade nos softwares interacionistas os
alunos trabalham por meio do treino constante, há vários recursos audiovisuais que
chamam a atenção e atraem para a realização das tarefas. Nos softwares com a visão
construtivista, a atividade do aprendiz é heurística, ou seja, acontece por meio de
descobertas. O direcionamento na utilização destes tipos de software é branda, onde a
atividade e interação com o computador não parecem ter um objetivo definido, fazendo
com que o aluno esteja no comando fazendo uma série de atividades consideradas
interessantes por ele e onde há desafio, os erros são fontes de reflexão e desenvolvimento
de novos projetos e as modalidades são: simulação e jogos.
28
As modalidades referem-se à função que os softwares desempenham, ficando
assim classificados, conforme já fora apresentado, como: tutoriais, exercitação e prática,
do comportamentalismo e simulação e jogos, do construtivismo.
Diante de tudo isto, é importante lembrar que os softwares tutoriais são bem
interessantes para o alunos, Valente (1999, p.90) afirma:
Os Tutoriais são softwares nos quais a informação é organizada de acordo com
uma seqüência pedagógica particular e apresentada ao estudante, seguindo essa
seqüência ou então o aprendiz pode escolher a informação que desejar. Além
disso, possui, também, como características: ser considerado um livro
eletrônico animado ou um vídeo interativo e ter prévia organização e definição
da informação disponível ao aluno.
(VALENTE, 1999, p.90)
Nesta definição percebe-se que com a utilização de tutorais o aluno trabalha
seguindo instruções, por meio de leituras e sequências presentes no conteúdo do software
que vão chamar a atenção do aluno. E este poderá verificar se as repostas estão certas ou
erradas, geralmente há uma explicação, ou seja, uma dica e uma nova chance é oferecida
ao aluno a fim de melhorar o desempenho no uso do mesmo. Se o aluno está fazendo uso
do software acompanhado pelo professor e a atividade for relacionada ao assunto da
disciplina, consequentemente, irá melhorar a aprendizagem do conteúdo em estudo.
Convém lembrar que os softwares com modalidades de exercício e prática,
possuem duas fases de aprendizagem e são úteis tanto para revisão de algum conteúdo
como para memorização de alguns assuntos estudados. Valente (1999, p.90) afirma que
os softwares deste tipo:
(...) enfatizam a apresentação das lições ou exercícios. O aprendiz assume a
posição de somente passar de uma atividade para outra e o resultado pode ser
avaliado pelo computador. As atividades se centram no fazer e memorizar
informações, não tendo a preocupação de como o aluno está compreendendo o
que está fazendo.
(VALENTE, 1999, p.90).
Ao se fazer referência aos softwares considerados simuladores, observa-se,
conforme Teixeira (2002, p.5) que:
(...) apoiam-se na construção de situações que se assemelham com a realidade
e enfatizam a exploração autodirigida, ao invés da instrução explícita e direta
29
própria de SE Turorial e de outras modalidades. A simulação envolve a criação
de modelos dinâmicos e simplificados do mundo real (micro-mundo), dentro
do contexto abordado, oferecendo ainda a possibilidade de o aluno desenvolver
hipóteses, testá-las, analisar resultados e refinar conceitos.
(TEIXEIRA (2002, p.5)
Com este pensamento, vê-se que o trabalho com simuladores pode ser
interessante para o estudo de vários conteúdos, pois pode trazer para a sala de aula a
prática de vários assuntos da vida real.
Com relação aos jogos educacionais, assim como os simuladores apoiam-se
na construção de situações que se assemelham com a realidade, sendo que os jogos
apresentam ainda um componente lúdico e de entretenimento. Ramos (1999, p.9)
acrescenta:
(...) jogos devem ser fonte de recreação com vista a aquisição de um
determinado tipo de aprendizagem. Geralmente envolvem elementos de desafio
ou competição. Muitos jogos são confundidos com a simulação, pois utilizam
algum tipo de habilidade. Os atributos motivacionais dos são vários e podem
ser divididos em duas categorias: individual e interpessoal. São considerados
motivações individuais o desafio, a curiosidade, o controle e a fantasia. São
consideradas motivações interpessoais a cooperação, a competição e o
reconhecimento. Os jogos correspondem a um certo nível do desenvolvimento
cognitivo. Os jogos são biológica e culturalmente determinados, e o autor
supõe que há uma relação indissociável entre capacidade de solucionar
problemas e tipos de problemas que o indivíduo enfrenta.
(RAMOS, 1999, p.9).
Neste sentido, percebe-se que o objetivo no uso dos jogos educativos devem
estar voltados para motivação, fixar atenção, incentivar o instinto competitivo além de
educar na aceitação do ganhar ou perder, como também ainda prendem a atenção dos
alunos, promovem desafios e estimulam a aprendizagem.
Desta forma e conhecendo os softwares educacionais com algumas de suas
características fundamentais, faz-se uma reflexão da informática educativa no uso do
computador como objeto da aprendizagem.
30
3 INFORMÁTICA EDUCATIVA, ENSINAR, APRENDER: UMA PARCEIRA
QUE SE AJUSTA
No dia a dia na escola, o professor e o aluno vivem muitos momentos juntos
em sala de aula. O professor não é mais aquele que simplesmente passa o que sabe para o
aluno e o aluno recebe este conteúdo memorizando-o em sua mente. Professor é
mediador, ou seja, vai ajudar o aluno a formular o seu conhecimento por meio de
descobertas, informações, interações, cooperação e atividades diversas no cotidiano
escolar. Valente (2002, p.24) lembra que:
Uma outra interpretação para o conceito de aprender é o de construir
conhecimento. Para tanto, o aprendiz deve processar a informação que obtém
interagindo com o mundo dos objetos e das pessoas. Na interação com o
mundo, o aprendiz coloca-se diante de situações que devem ser resolvidos, e,
para tanto, é necessário buscar certas informações.
(VALENTE, 2002, p.24).
Sendo assim, reforça-se a teoria de que o conhecimento é construído pelo
próprio aluno e o que professor transmite são informações. As informações podem ser
transmitidas de várias maneiras, no método tradicional o professor pode preparar uma
aula explicativa, na qual ele vai expor por meio de sua voz o conteúdo a ser estudado,
para auxiliá-lo pode contar com um livro didático, um quadro, um pincel. Pode-se
preparar cartazes, utilizar revistas, jornais, fazer recortes, montagens, entre outras
atividades de leitura, interpretação e escrita.
Com o uso da informática educativa, o professor pode preparar a sua aula,
com a exposição do conteúdo por meio de explicação com auxílio de slides, ou ainda com
vídeos falando sobre o assunto em estudo. No Laboratório de Informática, dispõe de
softwares com os quais os alunos poderão explorar o que foi explicado, além de treinar os
assuntos verificando a aprendizagem ou fixando melhor o desempenho ou ainda, pode
fazer uso da Internet que propicia pesquisas, sites e diversos recursos da Tecnologia
Educacional.
De uma forma ou de outra, ou seja, no método tradicional ou com o uso da
informática educativa o que professor não pode jamais deixar de fazer é planejar. O
planejamento traça os objetivos, a metodologia, nele é colocado o que se vai fazer e o que
31
se espera de tudo o que será realizado. Isso vai de encontro ao que afirma Valente (2002,
p.24):
Ao sentir-se mais familiarizado com as questões técnicas, o professor pode
dedicar-se à exploração da informática em atividades pedagógicas mais
sofisticadas. Ele poderá integrar conteúdos disciplinares, desenvolver projetos
utilizando os recursos das tecnologias digitais e saber desafiar os alunos para
que, a partir do projeto que cada um desenvolve, seja possível atingir os
objetivos pedagógicos que ele determinou em seu planejamento.
(VALENTE, 2002b, p.24).
Percebe-se que o planejamento das atividades é de suma importância no
cotidiano do professor. Ao planejar, todas as ações a serem realizadas são traçadas e isso
facilita o desempenho do trabalho evitando atropelos e improvisos. É preciso entender
que o uso da informática educativa não deve suprir os outros recursos utilizados, o que se
espera é algo que venha a contribuir, a dinamizar, pois não pode se dizer que a partir de
então todas as aulas acontecerão com o uso do computador. Valente (1999, p. 141)
defende que:
(...) as atividades computacionais deverão ser integradas às atividades
desenvolvidas em sala de aula e cada professor deverá desenvolver, juntamente
com seus alunos, atividades relativas ao conteúdo de sua disciplina.
(VALENTE, 1999, p. 141)
Sendo assim, ressalta-se que o computador é uma ferramenta que serve para
diferenciar uma aula ou outra e, dependendo da disciplina e do conteúdo, ajudar a melhor
entender ou tirar alunos e professores da rotina a fim de melhorar o ensino-aprendizagem.
O trabalho com softwares educacionais diferenciam-se das outras
metodologias por conta dos objetos audiovisuais que despertam curiosidade nos alunos e
propicia o gosto pela realização das atividades.
Porém, o professor jamais pode deixar os alunos sozinhos no laboratório de
informática e também não pode improvisar aulas ou utilizar softwares e sites que não
tenham sido antes escolhidos e analisados de acordo com a disciplina, o nível da turma e
o conteúdo que se deseja ensinar. Os alunos que possuem algum tipo de limitação, por ser
portador de necessidade especial, vão encontrar na informática educativa várias maneiras
de suprir suas carências na aprendizagem, pois os softwares, em sua maioria tem opções
32
para facilitar o trabalho destes alunos. Lollini, (2001) apud Martinelli (2009, p.3),
acrescenta:
A curiosidade, o interesse, a motivação, o reforço, o prazer de aprender não
derivam do uso de instrumentos monótonos. São, pelo contrário, enfatizados
por ingredientes como a novidade, a surpresa, a diversão, o exercício motor,
[...], canais de comunicação e de recuperação para desadaptados e deficientes,
para os quais são necessárias estratégias que reduzam os níveis de ansiedade e
supram as carências emotivo-afetivas, culturais e sociais que constituem o
quadro patológico
(LOLLINI, 2001, p. 152 apud MARTINELLI, 2009, p 3).
Vê-se então, que o uso da informática educativa desperta o aluno para
realização de tarefas e isto pode contribuir com uma melhor participação nas aulas, mais
empenho, esforço e satisfação nos resultados do ensino-aprendizagem.
E com tudo que se expõe, vale-se enfatizar que a informática educativa, o
ensinar e o aprender realmente são uma parceira que pode se ajustar no campo
educacional, desde que as barreiras que impedem o crescimento desta parceria sejam
eliminadas com a preparação do ambiente escolar, os laboratórios bem equipados,
atualizados e aptos a receberem a comunidade escolar sem exclusão.
Os professores por sua vez, devem estar preparados para uso das ferramentas
e o sistema educacional deve propiciar um currículo que instigue todos os envolvidos a
desenvolverem o uso da tecnologia no processo do ensino.
3.1 O QUE DEVEM SABER OS PROFESSORES DA INFORMÁTICA EDUCATIVA
Diante de tudo o que se tem visto sobre a informática educativa, percebe-se
que dispõe de subsídios para os professores, não importando a escola em que atuam, o
nível em que ensinam, a área da qual fazem parte, a disciplina que lecionam e os assuntos
que vão trabalhar.
Pode-se ver então que vale a pena buscar conhecer a proposta, analisar e
observar, pois fazendo contato e procurando conhecer os elementos que ela oferece
poderão fazer um comparativo e analisar a sua importância ou não para trabalhar com os
alunos em sala de aula. Valente (1999, p.1) faz um enfoque no sentido de que:
33
A informática na educação que estamos tratando, enfatiza o fato de o professor
da disciplina curricular ter conhecimento sobre os potenciais educacionais do
computador e ser capaz de alternar adequadamente atividades tradicionais de
ensino-aprendizagem e atividades que usam o computador. No entanto, a
atividade de uso do computador pode ser feita tanto para continuar
transmitindo a informação para o aluno e, portanto, para reforçar o processo
instrucionista, quanto para criar condições de aluno construir seu
conhecimento.
(VALENTE, 1999, p.1)
O que realmente se tem esperado com o uso das tecnologias em sala de aula é que
haja melhoria em todos os aspectos do ensino: a participação dos alunos, a permanência
na escola, a formação de alunos pesquisadores com pensamento crítico e que adquiram na
escola uma preparação que facilite a sua formação para a vida pessoal, estudantil e
profissional.
A abertura dos professores para trabalharem com a informática educativa é a porta
principal de entrada destes recursos nas escolas. É por eles que tudo pode acontecer, pois
é com eles que as ações de ensinar começam, porém não são finalizadas com estas ações
do professor, o aluno é o ser principal neste cenário, é para ele que tudo existe e acontece
no ambiente escolar.
Faz-se assim, uma análise do cenário escolar e vê-se que cada um tem uma parte
importante e a união de todas elas é que faz acontecer o dia a dia escolar. Mas com
relação à implantação ou expansão da informática educativa nas escolas tanto o sistema
educacional, quanto gestores e professores precisam romper barreiras que ainda existem
pelo caminho.
Valente (2002, p.24) ressalta que: “O educador deve conhecer o que cada uma
destas facilidades tecnológicas tem a oferecer e como pode ser explorada em diferentes
situações educacionais”.
O conhecimento técnico da área da informática pelos professores é uma destas
barreiras, sobre isto Valente (2002, p.1) acrescenta que:
O domínio das técnicas acontece por necessidades e exigências do pedagógico
e as novas possibilidades técnicas criam novas aberturas para o pedagógico,
constituindo uma verdadeira espiral de aprendizagem ascendente na sua
complexidade técnica e pedagógica.
(VALENTE, 2002, p.1).
34
Percebe-se então, a necessidade dos professores buscarem conhecimento para
trabalharem com as tecnologias educacionais. E a busca destes conhecimentos depende
do incentivo a uma formação voltada para esta finalidade. Não podendo esquecer que é
preciso ainda ajustes na infraestrutura dos laboratórios de informática nas escolas. Valente
(1999, p.2) mostra ainda que:
(...) a formação desse professor envolve muito mais do que provê-lo com
conhecimento sobre computadores. O seu preparo não pode ser uma simples
oportunidade para passar informações, mas deve propiciar a vivência de uma
experiência que contextualiza o conhecimento que ele constrói. É o contexto da
escola, a prática dos professores e a presença dos seus alunos que determinam
o que deve ser abordado nos cursos de formação. Assim, o processo de
formação deve criar condições para o docente construir conhecimento sobre as
técnicas computacionais, entender porque e como integrar o computador na sua
prática pedagógica, e ser capaz de superar barreiras de ordem administrativa e
pedagógica, possibilitando a transição de um sistema fragmentado de ensino
para uma abordagem integradora de conteúdo e voltada para a resolução de
problemas específicos do interesse de cada aluno.
(VALENTE,1999, p.2)
Pode-se assim, analisar o fato de que a informática de maneira geral está em
toda parte, os alunos são crianças e jovens que tem contato com o mundo por meio da
Internet, os aparelhos que dão acesso a este mundo virtual estão cada vez mais perto deles
e eles dominam o uso dos referidos aparelhos com facilidade e, atualmente, cada vez
mais cedo, compreendem a tecnologia e gostam de tudo o que conseguem por meio dela,
passam horas e horas conectados em busca de divertimento, de passatempo e de muita
distração. São aplicativos, jogos, vídeos, imagens e tudo pode ser acessado facilmente e
compartilhado pela rede em segundos e assim, inserem-se num mundo por meio do qual
às vezes acabam se perdendo.
Com a informática educativa espera-se que todos estes recursos sejam usados
em favor da busca de informação, da boa participação em sala de aula e do bom
relacionamento entre professores e alunos para uma melhor construção de conhecimentos
e satisfação no ensino-aprendizagem.
A implantação e utilização da informática educativa nas escolas é apenas uma
maneira de que se dispõe para uma melhoria no processo do ensino, mas não é a única.
Tudo o que se faz no meio educacional só surtirá efeito se estiver pautado nos princípios,
alicerçado na base dos parâmetros, situados na realidade da escola e da vida dos alunos
35
levando em conta os aspectos sociais, culturais e econômicos. Adicionalmente, a
mudança deve ser firme e concreta, jamais vazia só por vaidade ou imposição da
expansão da tecnologia em todas as partes do mundo.
3.2. O CURRÍCULO: IMPEDIMENTOS E POSSIBILIDADES
O ensino por meio dos recursos tecnológicos requer preparação, talvez por
isso haja bloqueio em vários profissionais que adiam cada vez mais a adesão ao uso do
computador como ferramenta de ensino. Cada escola sabe quando iniciar e entrar no
consenso com todas as partes que a compõe a fim de que haja sintonia nos trabalhos da
comunidade escolar. Nascimento (2007, p.39) acrescenta:
A introdução da informática na escola como recurso pedagógico deve partir da
constatação feita pela própria comunidade escolar da necessidade de mudança
no processo educacional, a fim de adequar o ensino às novas demandas sociais.
Para que os recursos e os benefícios da informática possam ser utilizados de
forma consciente, eficaz e crítica, é necessário haver mobilização, discussão e
reflexão. Quando se fala em informática na educação, é preciso considerar a
proposta pedagógica da escola. Todas as pessoas envolvidas no processo
educacional precisam debater e definir como será a utilização da informática na
escola e qual seu objetivo, considerando os interesses e as exigências da
comunidade e da sociedade.
(NASCIMENTO, 2007, p.39)
Vê-se então que gestores, professores, funcionários, alunos e familiares
devem, unidos, traçarem a mudança que for necessária e planejar atualização no currículo
ou regimentos e organizar tudo o que for preciso a fim de poder passar a ter a informática
incluída no ensino. Não se trata de abolir totalmente o jeito de ensinar e de aposentar as
demais ferramentas, refere-se ao auxílio que o professor pode dispor no ensino dos
conteúdos das disciplinas de forma diferenciada.
A partir de uma formação específica, será possível ter contato com os
subsídios de que a informática educativa dispõe para o trabalho do professor em sala de
aula. Não se pode esquecer de que é preciso planejar bem a aula, traçar objetivos e
métodos, é preciso evitar o improviso, ou melhor, improvisar é correr risco. Ao invés de
ajuda, o professor pode ficar decepcionado com o resultado que pode não ser favorável.
Nascimento (2007, p.44) expõe que:
36
A informática pode ser um excelente recurso pedagógico a ser explorado por
professores e alunos quando utilizada de forma adequada e planejada. Reitera-
se, assim, a importância da definição de objetivos e a elaboração do projeto
pedagógico da escola, que deve levar em consideração as características, os
interesses e as necessidades locais, para que a integração do computador ao
processo educacional possa ser efetivada de forma positiva e eficaz.
(NASCIMENTO, 2007, p.44)
Deve-se ressaltar também que é necessária a preocupação com a
infraestrutura da escola, destacando que uma vez instalado um laboratório de informática,
o mesmo precisa de manutenção com assistência técnica e atualizações, pois no mundo
da informática o aparecimento de novidades é constante. Também é preciso observar se o
número de máquinas é suficiente para a demanda das turmas. O acesso à Internet por sua
vez deve possibilitar um trabalho tranquilo e eficiente.
Certamente, por tudo isso é que alguns professores veem dificuldades, acham
que não tem tempo para se prepararem e planejarem aulas com a utilização da
informática. Pois para isso devem no mínimo, diante do conteúdo a ser estudado,
pesquisar e selecionar os subsídios referentes a serem utilizados como sites ou softwares,
se vão trabalhar de forma online ou se vai ser preciso baixar e instalar algum aplicativo
antecipadamente. Todos estes pontos devem ser contemplados no planejamento. Valente
(1997, p.20) quanto à formação do professor diz que:
A formação do professor deve prover condições para que ele construa
conhecimento sobre as técnicas computacionais, entenda por que e como
integrar o computador na sua prática pedagógica e seja capaz de superar
barreiras de ordem administrativa e pedagógica. Essa prática possibilita a
transição de um sistema fragmentado de ensino para uma abordagem
integradora de conteúdo e voltada para a resolução de problemas específicos do
interesse de cada aluno. Finalmente, deve-se criar condições para que o
professor saiba recontextualizar o aprendizado e a experiência vividas durante
a sua formação para a sua realidade de sala de aula compatibilizando as
necessidades de seus alunos e os objetivos pedagógicos que se dispõe a atingir.
(VALENTE& ALMEIDA, 1997, p.20)
Portanto, faz-se a reflexão de que o ingresso da informática educativa em sala
de aula deve acontecer de forma significativa, tranquila e satisfatória e será possível se
houver envolvimento das partes e se todos estiverem de acordo e dispostos a encararem
as inovações e as mudanças necessárias sem desânimo ou resistência.
37
4 OBJETIVOS
Apresenta-se os objetivos da pesquisa, os motivos que levaram à investigação
do tema e o que norteia o trabalho a cerca do uso do laboratório de informática como
ferramenta educacional na escola em estudo.
4.1 GERAL
Analisar o que pensam os professores da Escola de Ensino Fundamental
Centro Educacional de Mauriti – CE quanto ao uso do Laboratório de Informática para a
realização de suas aulas, independente da disciplina que lecionam
.
4.2 ESPECÍFICOS
Conhecer como se dá o uso do Laboratório de Informática na prática dos
professores da Escola de Ensino Fundamental Centro Educacional de Mauriti,
pois foi pioneira na rede municipal com o ingresso da implantação da informática
no meio escolar.
Identificar se todos os professores usam o laboratório como ferramenta
educacional.
Caso os professores utilizem o computador como ferramenta educacional, analisar
os possíveis benefícios do trabalho por meio dos recursos tecnológicos.
Verificar, se na visão dos professores, o uso das TIC’s pode trazer melhorias para
o ensino-aprendizagem.
38
5 MÉTODO
Para a realização deste trabalho, foi desenvolvido um estudo de
fundamentação teórica sobre o assunto apoiado em vários autores, depois foi realizada
uma pesquisa de campo do tipo exploratória e descritiva com abordagem qualitativa e a
coleta de dados que se deu por meio de investigação e descrição.
5.1 PROCEDIMENTOS UTILIZADOS PARA A COLETA DE DADOS
A pesquisa de campo se deu por meio de um questionário aplicado aos
professores da Escola de Ensino Fundamental Centro Educacional de Mauriti, para
verificar qual é a relação entre o trabalho realizado pelos professores da escola e a
informática educativa. Na trajetória desta pesquisa, foi analisado o que é pertinente e os
pontos que não se relacionam entre a forma de ensinar e o uso da tecnologia.
Com a busca dos dados, descreveu-se a história, instalações e todos os
aspectos que envolvem o ambiente da pesquisa, a Escola de Ensino Fundamental Centro
Educacional de Mauriti – apresentados no apêndice do referido trabalho.
A seguir, apresenta-se um histórico da implantação da informática educativa
na escola e o surgimento do laboratório de informática.
5.2 SURGIMENTO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA DA ESCOLA DE ENSINO
FUNDAMENTAL CENTRO EDUCACIONAL DE MAURITI
A referida escola iniciou as atividades com uso da Informática no ano de
2006 por meio de um projeto intitulado “JOVEM.COM = Inclusão digital”1, o objetivo
era informatizar a escola para oferecer aos alunos melhorias no âmbito estudantil e
profissional, com acesso à Informática fazendo a inclusão digital de muitos jovens e
preparando-os para o mercado de trabalho usando a Informática como instrumento de
motivação, educando e ensinando dentro da escola. A escola motivava os alunos a
participarem no sentido de que conhecer Informática e saber lidar com os equipamentos
que a envolve é estar incluído numa perspectiva de um futuro melhor e que o acesso ao
1 As informações prestadas fazem parte da memória escolar, não existindo documentação específica. Grifo meu.
39
computador e a utilização da Internet, dá aos alunos uma chance a mais para bons
resultados na aprendizagem e no desenvolvimento profissional. Desta forma, no início do
ano letivo de 2006, nasceu o Projeto “Jovem.com”.
Por não haver laboratório próprio, a escola conseguiu emprestado o
laboratório de informática do CVT – Centro Vocacional Tecnológico2, e sendo assim a
professora responsável se deslocava com os alunos da escola até a referida instituição. De
início, o projeto assistiu os alunos de 8º e 9º anos, que frequentavam o laboratório e
recebiam aulas de computação trabalhando com conhecimentos de Informática,
editoração de texto, manipulação de planilhas eletrônicas, criação de apresentação de
slides e operação de sistema. Concluíram o ano com ótimo desempenho na área e a escola
para estimular ainda mais e compensar o esforço concedeu um certificado pela
participação nos cursos.
O ano letivo de 2007 é considerado o segundo ano de execução do projeto,
para a escola foi marcante, pois recebeu da Caixa Econômica Federal dez computadores e
assim, foi montado o primeiro laboratório na própria escola, evitando o deslocamento
para O CVT. Para isto, adaptaram uma sala, que funcionava como “sala dos professores”,
equipando-a com ar-condicionado, providenciaram mesas (eram de madeira e
individuais) e cadeiras também de madeira, colocaram vidro nas janelas, para conservar a
temperatura do ar-condicionado e como medida de segurança, uma grade para proteger a
porta de entrada da sala. Seguiram a mesma linha do ano anterior preparando o aluno
para utilizar os programas computacionais existentes no mercado. Os participantes
consideram que foi uma jornada positiva com grandes perspectivas e realizações, pois
tiveram êxito e ótimo desempenho em todas as atividades realizadas.
No primeiro semestre do ano de 2008 o atendimento foi dado aos alunos no
laboratório existente, já o segundo semestre trouxe uma novidade a mais: a escola
recebeu um laboratório novo do Governo Federal, por meio do Proinfo, programa do
Ministério da Educação - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação:
O ProInfo Integrado é um programa de formação voltada para o uso didático-
pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no cotidiano
2 Informações que também fazem parte da memória da escola e das quais não há documentação
específica. Grifo meu.
40
escolar, articulado à distribuição dos equipamentos tecnológicos nas escolas e à
oferta de conteúdos e recursos multimídia e digitais oferecidos pelo Portal do
Professor, pela TV Escola e DVD Escola, pelo Domínio Público e pelo Banco
Internacional de Objetos Educacionais.
(ProInfoIntegrado - Portal do MEC)
A escola foi contemplada com o laboratório, conforme Edital de Pregão
Eletrônico3 Nº 45/2007 e assim, continuaram o projeto com grande ênfase e euforia para
todos os participantes, pois os computadores eram atualizados e com uma programação
específica para estudantes, além da grade curricular já oferecida (operação de sistema,
editoração de texto, manipulação de planilhas eletrônicas e criação de apresentação de
slides), os alunos passaram a dispor de vídeos da TV Escola de todas as disciplinas, jogos
educativos e programas diversos, apesar de até então não terem acesso à Internet.
A Escola Centro Educacional de Mauriti sempre teve a preocupação de
oferecer aos alunos a melhor qualidade de ensino e para isso, o uso da tecnologia era
considerado um meio eficiente e atrativo para incentivar e preparar melhor para o
crescimento da vida dos alunos tanto estudantil, quanto profissional.
No ano de 2009, o projeto seguiu a linha do ano anterior, mas contava com
uma grande novidade e que já era esperada por todos: o acesso à Internet. Neste ano o
projeto passou a atender além dos alunos, os professores e funcionários da escola.
Em 2010, o Projeto “Jovem.com” continuava a funcionar atendendo a
comunidade da escola. O laboratório foi ampliado, inicialmente contava com dez
computadores e neste ano receberam mais dez, assim o aumento no número de
computadores, possibilitou melhor acesso aos que desejavam participar e também
inovaram o atendimento criando a “aula interativa”, seguindo uma escala estabelecida
pelos professores do projeto, de acordo com o horário de aulas de cada disciplina, os
professores levavam os alunos para o laboratório e trabalhavam uma aula diferente com
utilização da Internet. Com esta maneira de utilização do laboratório findaram o ano de
2010 e continuaram o processo em 2011 e 2012, trabalhando com toda a comunidade
escolar, inclusive os alunos portadores de deficiência auditiva. Todos envolvidos
buscando prosperidade na aprendizagem por meio da tecnologia, o que incentiva a
pesquisa, leitura e desenvolvimentos de diversas habilidades.
3 Documentos comprobatórios em anexo
41
Do ano 2013 até os dias atuais, o laboratório passou a funcionar sem uma
rotina específica ficando à disposição dos professores e alunos, mas sem seguir um
programa determinado, desta forma os que querem e desejam reservam e utilizam por
conta própria. É importante ressaltar que também é utilizado pelo Programa Mais
Educação.
Diante deste relato, em grande parte vivenciado por nós, na condição de ter
feito parte da referida escola como professora da rede municipal, mostra-se o surgimento,
desenvolvimento, ampliação e funcionamento do laboratório de informática da escola,
segue-se agora, com uma reflexão em meio a conteúdos relacionados com a Informática e
Informática Educativa a fim de prosseguir com a pesquisa permeando a busca do objetivo
almejado.
A escola em estudo, como citado anteriormente, possui quarenta e um
professores, foram distribuídos vinte e cinco questionários entre professores de todas as
disciplinas, pois representava 51% do total do corpo docente da escola e a escolha se deu
por optar em analisar apenas os professores do Ensino Fundamental II, do 6º ao 9º ano.
Obteve-se o retorno de dezessete questionários respondidos de forma válida, ficando
assim uma amostra de 42%, os outros oito questionários não foram devolvidos.
O referido questionário estava composto de perguntas de múltipla escolha, de
classificação, de dissertação e demográficas e as mesmas tinham a finalidade de traçar
um perfil dos professores quanto à formação, área em que atuam, há quanto tempo
trabalham na educação, anos (séries) em que lecionam, turno em que trabalham, se
realizam alguma atividade profissional fora da referida escola, qual a formação que tem
na área de informática, qual o conceito que apresentam com relação ao uso da
Informática para o Ensino das disciplinas de Ensino Fundamental, qual a opinião a
respeito do Laboratório de Informática da escola o que pensam a respeito dos professores
do uso ou não uso do laboratório de informática da escola, como veem a preparação dos
professores para o ingresso do uso das tecnologias na sala de aula, se existe algum projeto
da escola para a prática dos professores com alunos no laboratório e para finalizar quanto
à preparação de cada um para ingressarem na modalidade de ensino por meio do uso da
tecnologia. Como o questionário é anônimo, em alguns momentos, as respostas serão
identificadas como Professor 1 (P1), Professor 2 (P2) e assim sucessivamente.
42
6 INFORMÁTICA, PRÁTICA PEDAGÓGICA E CENTRO EDUCACIONAL DE
MAURITI: UMA IMERSÃO NA COMPREENSÃO
6.1 FORMAÇÃO E ÁREA EM QUE ATUAM, TEMPO QUE TRABALHAM NA
ESCOLA E ANOS (SÉRIES) E TURNO EM QUE LECIONAM E SE REALIZAM
ATIVIDADE PROFISSIONAL EM OUTRA INSTITUIÇÃO
Em síntese, os professores entrevistados declaram ter como formação:
Matemática, História, Ciências Físicas e Biológicas, Magistério, Língua Portuguesa/ Arte
Educação, Geografia e Pedagogia com especialização em Língua Portuguesa. O quadro 2
apresenta além da formação, as disciplinas em que atuam.
Quadro 2 – Formação dos professores e disciplinas em que atuam
Formação
Atuação
Nº de
professores
Matemática Matemática 4
Ciências Físicas e Biológicas Matemática 1
História História 1
Magistério Português 1
Esp. em L. Portuguesa e Arte Educação Português / Artes/Espanhol 1
Pedagogia – esp. em Língua Portuguesa Português 1
Letras Português 1
Letras Inglês 1
Letras Português/Inglês 1
Geografia Inglês 1
Ciências com habilitação em Biologia Inglês 1
Biologia Biologia 1
Ciências Biológicas Biologia 1
Geografia Geografia 1
Fonte: Próprio autor
43
Como se vê, em alguns casos há uma distorção entre a formação e atuação na
área na qual o professor foi formado, e isto é justificado pelo fato de que surge a falta do
professor especializado na disciplina e a escola recorre aos professores que tem afinidade
ou cursos na referida área, em alguns casos, são os próprios professores que buscam estas
disciplinas por gostarem mais do que da sua disciplina de formação.
Quanto ao tempo em que estão atuando na Educação e lecionando na escola
Centro Educacional, diante das respostas cedidas, percebeu-se que apenas três
professores dos entrevistados, não estavam presentes quando a informática foi
introduzida na escola, o P5 (há seis anos na escola), o P12 (quatro anos) e o P13 (três
anos). Todos os outros fazem parte do quadro docente da escola há mais de dez anos.
Os professores estão distribuídos nos turnos manhã e tarde trabalhando com
alunos matriculados de 6º ao 9º ano.
6.2 FORMAÇÃO NA ÁREA DE INFORMÁTICA, CONCEITO COM RELAÇÃO AO
USO DA INFORMÁTICA PARA O ENSINO DAS DISCIPLINAS DE ENSINO
FUNDAMENTAL, OPINIÃO A RESPEITO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
DA ESCOLA
Todos os professores disseram que tem curso básico de informática, não
tendo sido indagado quais sistemas e programas dos quais os mesmos tenham domínio ou
utilizem
Quanto ao uso da Informática como ferramenta de ensino em sala de aula, a
maioria dos professores diz apenas que “acha importante”, mas não justifica sua resposta,
outros respondem com relatos de experiências pessoais como: “Torna aula mais atrativa”
(P2). O que vai de encontro ao que já foi analisado no decorrer da pesquisa bibliográfica
quanto ao pensamento dos autores no tocante ao uso da informática para dinamizar o
ensino.
“Recorro aos sites para pesquisar e melhorar o meu conhecimento e dos
meus alunos” (P3); “Porque no mundo de hoje tudo depende da informática se não
tivermos conhecimento e a prática se torna mais difícil.” (P4); Aqui, vê-se a preocupação
com a busca do conhecimento.
44
O P5 diz: “Dinamiza as aulas, chama a atenção dos alunos.” E a sua opinião
está em sintonia com os outros professores que fazem as seguintes declarações: “Ligado
às novas gerações e novas mídias.” (P6); “Desenvolve o senso crítico.” (P7); “Porque
inclui cada vez mais o aluno no mundo digital” (P8); “Desde que o aluno seja
acompanhado, orientado” (P10); “Pois ajuda na formação integral das crianças” (P12);
“Muito melhor interação do conteúdo com o aluno” (P13); “Levando-se em conta que faz
parte da rotina dos alunos em casa.” (P14); “Proporciona maior volume de informação /
conhecimento” (P16); “O ensino com uso das TICs insere o educador e o educando no
universo das competências socioculturais de base tecnológica. (P17).
Com estas considerações, demonstram que a informática educativa é um meio
que auxilia o trabalho do professor e que pode melhorar o ensino-aprendizagem.
Quanto ao Laboratório de Informática da escola, apenas o P1 diz que o
laboratório é adequado à demanda, o P3 comenta que “precisa melhorar para que todos
tenham acesso conhecimentos didático-pedagógicos da informática educacional. O P4
relata que é “inacessível aos professores”; o P5 declara “desatualizado” e a maioria dos
professores, sendo estes, P2 e do P6 ao P17 respondeu que considera que o laboratório
“possui um número insuficiente de computadores para a demanda da escola”.
Neste item, vê-se a necessidade da preocupação que se deve ter com a
manutenção e atualização do laboratório de informática.
6.3 OPINIÃO COM RELAÇÃO À POSTURA DOS PROFESSORES NO USO OU
NÃO USO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA DA ESCOLA
Com relação à postura dos professores quanto a usar ou não o laboratório de
informática, há consideração de que “O uso do laboratório de informática é muito
importante, principalmente para buscarmos novas pesquisas” (P1), “Ainda é uma
realidade distante”, diz o (P2). Adicionalmente, o P3 relata: “É importante que nós
professores tenhamos o mínimo de conhecimento nessa área para que possamos crescer
profissionalmente e com qualidade”. O P4 relata: “O que eu vejo é que é pouco utilizado
pelos professores talvez por falta de uma preparação”. O P5 vem complementar: “agem
de acordo com as possibilidades oferecidas pelo laboratório” e o P6: “Limitado devido ao
45
pequeno número de aparelhos”. O P7 declara em sua resposta: “Não tenho conhecimento
do uso deste por professores ou alunos”.
Na continuidade das declarações, o P8 diz: “Acho de extrema importância o
professor adequar seu plano incluindo o uso do laboratório de informática, pois considero
avanço no ensino-aprendizagem”, o P9 comenta que na sua visão “Alguns professores
ainda tem um certo receio com relação ao uso do laboratório de informática”.
O P10 não respondeu a esta pergunta. O P11 o que vem ser complementada
por outro: “a não utilização dessa ferramenta pode trazer prejuízo à aprendizagem do
alunado”.
A maioria das declarações a respeito deste tópico centra na formação do
professor, como podem ser observadas:
“Os professores utilizam pouco o laboratório de informática, talvez por falta
de conhecimento e formação na área”. (P12). “Acho que deveriam utilizá-lo mais.” (P13).
“Existem professores que usam na medida do possível”. (P13). “Precisam de
aperfeiçoamento, cursos de atualização”. (P14). “Alguns resistem, outros se mostram
aptos”. (P16).
Contudo, a situação do laboratório parece ser um empecilho para alguns, o
que pode ser visto nesta declaração: “Considerando os professores que possuem domínio
da Informática há restrição de uso devido às limitações do laboratório, computadores com
defeito, poucos computadores para muitos alunos, já entre os que não dispõem desta
habilidade há um sentimento de impotência, insatisfação.”
Sendo assim, por meio de todas estas declarações percebe-se que os
professores demonstram fragilidade no quesito formação do docente para trabalhar em
suas disciplinas por meio das ferramentas da tecnologia e impedimentos devido às atuais
condições do laboratório de informática.
6.4 COMO VEEM A PREPARAÇÃO DOS PROFESSORES PARA O INGRESSO DO
USO DAS TECNOLOGIAS NA SALA DE AULA
Este trata da visão dos professores quanto à preparação dos professores da
escola para utilizarem de fato as TIC’s em sala de aula. As respostas são diversas: “É
necessário o uso das tecnologias na sala de aula até para acompanharmos a realidade de
46
nossos alunos” (P1). “Como uma ótima iniciativa.” (P2); “Não dá mais para deixar fora
das salas de aula as tecnologias proporcionadas pela informática, pois são ferramentas
facilitadoras do conhecimento” (P3); “Para muitos falta a preparação.” (P4); “Muitos
professores ainda não conseguiram se atualizarem com as novas tecnologias. Às vezes
por falta de tempo disponível ou por ausência de formação específica para essa área”
(P5).
As declarações do P6 e do P7 são semelhantes: “Razoável, vendo que alguns
utilizam o básico que sabem para ministrar suas aulas.” (P6); “Acho que todos tem o
conhecimento mínimo de informática”. (P7).
O P8 expõe: “Estamos precisando de uma formação direcionada dentro desta
área.” O P9: “Ainda falta muita coisa a ser feita.” O P10 em sua resposta relata que o
tempo na escola é resumido para fazer uso do computador e que muitos só utilizam em
casa: “O tempo disponível na escola não é suficiente. Muitos usam em casa, nas vezes
sem orientação”. Percebe-se então, que sua resposta volta-se para o uso do computador
do professor em outro direcionamento (pesquisa de conteúdo, elaboração de tarefas, etc)
e não como ferramenta de ensino.
O P11 e o P13 resumem a resposta em apenas uma palavra sem maiores
justificativas: “Insuficiente” (P11) e “Deficiente” (P13). Enquanto diz do P12: “Os
professores precisam de curso de formação nessa área, pois muitos deles não dispõem de
conhecimento para introduzir as TIC’s na sala de aula.” E sua resposta é semelhante ao
P14: “A preparação é básica, portanto se exige que haja se possível capacitações
adequadas com profissionais gabaritados.”
“Os professores ainda não estão preparados.”, diz o P15 e o P16 considera a
preparação “Insuficiente para a grande maioria”. O P17 lembra o fato de a maioria dos
professores terem uma carga horária preenchida e não dispor de tempo para melhorar os
conhecimentos, assim declara: “Penso que essa preparação é indispensável e urgente,
ressaltando que ela deve ser realizada nos horários de planejamento do professor, já que o
mesmo não dispõe de tempo livre. Caso contrário, o professor eventualmente se expõe ao
risco de ser testado por alunos que entendem de informática .”
Neste caso, o P17 acha que uma formação é necessária até porque os jovens
de hoje são conectados e o professor deve transmitir conhecimento e segurança.
47
6.5 QUANTO AO CONHECIMENTO DA EXISTÊNCIA DE ALGUM PROJETO DA
ESCOLA PARA A PRÁTICA DOS PROFESSORES COM ALUNOS NO
LABORATÓRIO
O P1 e o P16 dizem que “Sim”, mas não relatam. O P2: “Não conheço”, o
P3: “Não sei afirmar”. O P4, P5 e o P7 dizem: “Não tenho conhecimento”. O P6: “Ainda
não ou não conheço”. O P8 e P10 não responderam a este item. O P11 diz que “Não”. O
P12: “Desconheço”, O P13 “Não sei”. O P14 diz: “Sim, o projeto antidrogas”, mas sem
maiores detalhes a respeito do mesmo. E o P15 se refere ao mesmo projeto: “Sim.
Prevenção ao uso drogas” e o P17 parece justificar o citado pelo P14 e P15: “Sim, sempre
há, por parte de alguns professores em cada ano, o desenvolvimento de projetos que
incluem o uso do laboratório.”
6.6 QUANTO AO FATO DE SE SENTIR PREPARADO PARA INGRESSAR NA
MODALIDADE DE ENSINO POR MEIO DO USO DA TECNOLOGIA
Os professores fazem declarações pessoais quanto à preparação para utilizar o
computador como ferramenta educacional, o P1, P7, P11, P13, P15 e P16 respondem
apenas dizendo que “Sim”, sem maiores declarações, o P2 declara “mais ou menos”, o P3
afirma: “Estou me preparando para esse fim. Reconheço que não dá para ficar de fora.”.
Os professores aqui identificados por P4, P8, P10 e P14 dizem que “Não”, mas não
justificam a resposta. O P5 faz a seguinte declaração: “Alguns métodos já tenho domínio,
mas sinto necessidade de aperfeiçoamento.”. Enquanto o P6: “Não muito, acredito que
necessito de uma maior preparação diante da dinâmica da modalidade”. O P9 diz que se
sente “Ainda pouco preparado.”, o P12 relata que “Em alguns setores sim, em outros
careço de mais informações.” O P17 declara que não e justifica: “Pois para isso eu
preciso me capacitar no uso delas. Infelizmente esta é uma habilidade que não possuo,
plenamente”.
Diante das declarações, percebe-se que as dificuldades apontadas tem razões
múltiplas e a mais freqüente concentra-se na preparação do professores e mostra o
interesse de todos eles em atuarem no ensino com uso da tecnologia e vê como enfatizam
48
a necessidade do investimento na formação do professor para atuarem com as TIC’s em
sala de aula de maneira efetiva.
6.7 QUANTO À UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR FORA DA ESCOLA E QUE
ATIVIDADES SÃO REALIZADAS POR MEIO DELE
Apenas um professor, o P10 declarou que só utiliza o computador na escola,
já o P1 apenas responde “Sim”, o P2 declara: “Fora e dentro também”, o P3: “Sim, em
casa, para pesquisa e estudo dos conteúdos do dia a dia.”, o P4, declara que “Sim em casa
utilizo o Facebook”. O P5: “Sim, em casa para pesquisas, uso de redes sociais,
planejamento de atividades de classe.” O P6: “Sim. Em casa trabalhos, pesquisa e
diversão”. O P7 relata: “Na minha casa, pesquisas, banco e aprimoramento de
conhecimentos.”
O P8 diz que “Sim. Em casa planejo aulas, elaboro trabalhos/ avaliações.”. o
P9: “Sim, na minha casa, para pesquisa, preparo para minhas aulas”. O P11 responde:
“Sim, em casa pesquisas.” O P12: “Sim, geralmente em casa para pesquisar, ler, preparar
aula, entre outras atividades.” O P13: “Sim, em casa”. O P14 relata que: “Sim, em casa
acesso a Internet, etc.”. P15: “Sim, em casa, pesquisa” e o P16: “E como! Em casa.”
O P17 relata que: “Sim, em casa eu utilizo o computador para fazer
pesquisas, baixar livros, vídeos, digitar textos simples, participar de cursos online, ler as
últimas notícias, enviar e-mails e acessar as redes sociais (facebook, linkedin, etc).”
Como se pode ver, o computador é uma grande aliado para os professores na
vida profissional de cada um, pois por meio da Internet é possível dispor de vários
recursos que vão auxiliar na elaboração de aulas, provas, tarefas e outras atividades como
foi mostrado nas respostas de cada um.
6.8 QUANTO AO ACESSO À INTERNET E SITES QUE COSTUMAM VISITAR
Por meio da internet é possível ter acesso a uma infinidade de conteúdo e
subsídios. Sendo assim, foi perguntado aos professores quanto à utilidade desta
ferramenta para eles, se tem acesso e quais sites costumam visitar. Adiante são mostradas
49
as respostas:
P1: “Sim, vários sites”. O P2: “Vários, principalmente os documentários”. O
P3: “Tenho. Os sites que estão relacionados com a minha área de trabalho.” P4: “Sim,
rede social” . P5: Sim, sites de pesquisa, pedagógico.” P6: “Sim. Youtube, Tecmundo, sua
pesquisa... (outros ligados ao mundo da pesquisa). O P7 resume sua resposta: “Vários”. O
P8: “Sim. Sites: www.inglesduvidas.com.br / www.soportugues.com.br /
www.cancaonova.com.br / www.vaticano.com.br, etc.
O P9 responde: “Sim, Uol, Bol, redes sociais, youtube.”. O P10 não
respondeu. O P11 diz: “Sim, Google.” A resposta do P12 tem semelhanças com outras já
declaradas por outros professores: “Sim, youtube outros relacionados à pesquisa que não
recordo os nomes.” P13: “Revista escola, Khanacademy e outros.”. P14: “Sim, TV
escola.”
O P15 declara: “Sim. Google, MSN, Facebook, Scielo, Youtube.” O P16:
“MEC, Ministério do Meio Ambiente, Planeta Bio...” e o P17: “Sim. Costumo acessar:
Biblioteca de Domínio Público; Portal do Professor; Canal do Ensino; Sites católicos, de
universidades, de jornais e muitos outros.”
As declarações feitas pelas professores mostram que todos tem experiência
em suas vidas tanto no âmbito pessoal, quanto no profissional e que por meio da internet
é possível enriquecer e facilitar o trabalho. Assim, pode-se analisar o quanto estes
professores poderiam fazer por seus alunos tendo a internet como aliada no ensino dos
conteúdos em sala de aula.
6.9 QUE CONSIDERAÇÃO FAZ DA PRESENÇA OU DA AUSÊNCIA DO
COMPUTADOR COMO FERRAMENTA DE ENSINO PARA OS CONTEÚDOS DAS
DISCIPLINAS EM SALA DE AULA
Ao indagarmos os professores quanto à importância de utilizarem ou não o
computador como ferramenta de ensino, as respostas foram todas positivas, declararam,
por exemplo: “A presença do computador como ferramenta é essencial” (P1), o P2 apenas
diz: “essencial”, o P3 acrescenta: “Não podemos mais ignorar sua importância no dia a
dia e deixá-lo de práticas didática da educação”. O P4 assim escreveu: “Por ser pouco
50
utilizado a diferença é grande”, o P5 tem uma resposta mais representativa diante de
todas as declinadas: “A presença interage com a vida moderna da sociedade. Já a
ausência exclui possibilidades de conhecimentos tecnológicos dos nossos alunos e
profissionais. O computador deve ser usado como uma ferramenta de aprendizagem.”.
O P6 considera: “Indispensável devido ao grande dinamismo da modalidade.”
Entretanto, os professores: P7 e P10 não responderam a esta pergunta. O P8, que leciona
a disciplina de inglês, afirma: “O uso do computador em sala de aula na disciplina que
leciono, seria muito útil, pois facilitaria o acesso mais amplo da língua como, por
exemplo, a pronúncia de palavras no inglês britânico e americano, o que ajudaria aos
alunos compreenderem melhor esse idioma”.
O P9 considera que “o computador é uma ferramenta essencial na sala de
aula.” E o P11: “Pode ser usado como aliado no ensino-aprendizagem.”
No entanto, não faltam nas declarações a importância quanto à preparação
dos professores neste sentido, conforme diz o professor P12: “O uso de computadores é
uma ferramenta importante, se utilizado da forma correta.”
O P13 resume dizendo: “Importantíssimo”, mas não justifica sua resposta. O
P14 declara: “A presença é importante, a ausência prejudica as pesquisas, por exemplo.”
Os professores P15 e P16 assemelham suas respostas: “A presença do computador é de
grande importância” (P15), “De suma importância – era da tecnologia e globalização”.
Assim, volta-se às afirmações feitas na fundamentação do trabalho sobre o
planejamento de forma correta e direcionado para o uso das TIC’s em sala de aula e isto
vem ser confirmado pelo professor P17 que declara: “A presença quando usado
produtivamente, gerando interação e autonomia no aluno é extremamente necessária para
inseri-lo no contexto social contemporâneo. A ausência do uso produtivo do computador
no ensino significa um atraso na formação do aluno e na qualidade do trabalho do
professor.”.
Ao longo da pesquisa pode-se observar que os professores consideram o uso
da tecnologia essencial ao ensino e forte aliado no processo de ensino-aprendizagem.
51
7 CONCLUSÃO
Diante de tudo o que foi exposto percebe-se que os professores da Escola
Centro Educacional de Mauriti consideram importante e desejam tornar uma prática
efetiva o uso do computador como ferramenta na sala de aula, mas todos desejam que as
dificuldades sejam vencidas por meio de mudanças e entre elas estariam modificações no
sistema do ensino com uma atenção voltada para a formação dos professores e
atualização do laboratório.
Estes pontos são de suma importância, pois a formação dos professores
abrange vários pontos e além do mais é o professor quem tem contato direto com o aluno
é ele o responsável pela intermediação do ensino e a construção do ensino-aprendizagem
se dar por este relacionamento a cada dia.
Os laboratórios de informática da escola precisam oferecer condições
necessárias de uso, tais como: espaço agradável, computadores em bom funcionamento,
atualizados e que o acesso à internet seja eficaz possibilitando realização das tarefas
desejadas.
Para que a informática educativa se torne efetive no ensino, talvez uma das
medidas a serem tomadas também seria o fato de esta ser incluída na grade curricular do
aluno, pois quando se torna lei, todos se voltam para a utilização e cumprimento.
O mundo globalizado, com uma era de tecnologia, muitas vezes exigentes,
fazendo com que todos queiram ou precisem acompanhar tudo o que é lançado por meio
da informática, seja equipamento ou aplicativo que levam todos a mudarem vários
hábitos de vida. O sistema educacional não tem acompanhado este ritmo, a introdução
dos recursos tecnológicos como ferramenta de ensino, vem acontecendo de forma lenta e
por isso, são vários os elementos que fragilizam o ensino aprendizagem, não se quer dizer
que a solução de todos os problemas está no uso da informática na sala de aula, mas que
por meio das TIC’s trabalho dos professores pode ter auxílio para amenização de algumas
dificuldades como: evasão, indisciplina e desinteresse.
Pode-se analisar o fato de que em todas as áreas muitas ações são muito bem
realizadas de forma prática e rápida pelo acesso da internet, que não se dar mais somente
pelo uso do computador, são várias maneiras e bem práticas de se fazer uso deste recurso.
52
A maioria dos alunos, não importa a condição social, tem acesso a
equipamentos diversos, principalmente os aparelhos móveis e estes lhes dão acesso a uma
infinidade de itens que prendem a atenção, envolve-os de tal forma que hoje em dia, é
difícil encontrar em qualquer lugar que seja, crianças e jovens que não estejam com um
“aparelhinho” na mão, conectados e se divertindo.
A informática educativa ainda não faz parte da grade curricular dos alunos,
isto adia cada vez mais o uso dos recursos das TIC’s na sala de aula. É preciso alguns
ajustes, e este talvez seja um considerável.
Os projetos que trouxeram os laboratórios para as escolas, infelizmente não
foram executados de maneira satisfatória e abrangente, e estes foram instalados e
esquecidos sem manutenção técnica e atualizações devidas.
O acesso à Internet também deixa muito a desejar, geralmente é lento e
quando todos os computadores estão utilizando a rede mostra lentidão e se torna
inacessível levar uma turma de vinte e três a trinta alunos para ministrar uma aula no
laboratório.
Quanto aos professores, percebe-se que incentivo quanto ao uso do
computador como ferramenta para ensinar precisa centrar-se primeiro na formação. Estes
acham importante e desejam tornar parte da rotina do trabalho o uso dos recursos da
informática educativa, mas precisam de ajuda para superarem as dificuldades que ainda
impossibilitam esta prática.
Portanto, nota-se que tanto na visão da escola como na fundamentação dos
autores, que a informática quando usada corretamente é ferramenta de grande valia no
trabalho do professor.
53
REFERÊNCIAS
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EDUCOM PRONINFE/MEC. Brasília, 1992, p.3. Disponível em
<http://edutec.net/textos/alia/misc/edmcand1.htm> Acesso 09 jul. 2014.
ANDRADE, Pedro Ferreira de. Modelo Brasileiro de Informática na Educação -
Ministério de Educação e do Desporto Proninfe - Brasilia - Distrito Federal (1993 p. 1;3)
– Disponível em: http://lsm.dei.uc.pt/ribie/docfiles.pdf Acesso: 09 Jul. 2014
CORTELAZZO, Iolanda Bueno de Camargo. ENSINAR E APRENDER: As Duas
Faces da Educação - Tese de Doutorado - Faculdade de Educação da Universidade de
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56
APENDICES
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APENDICE A - Contextualização do Objeto e Ambiente da Pesquisa - Escola de
Ensino Fundamental Centro Educacional de Mauriti: sua história.
A Escola de Ensino Fundamental Centro Educacional de Mauriti foi fundada, em
1° de dezembro de 1956, e era denominada Escola Normal Rural de Mauriti.
Tem o seu funcionamento regular datado desde 1964, sob número de registro
905/71 pela diretora irmã Ângela de Paula Damasceno. Pelo ato seccional n°46/71-
definitivo de 27 de setembro de 1971 torna-se Ginásio Paroquial de Mauriti, sua razão
social para Centro Educacional de Mauriti.
Funciona em sede própria desde 1976, celebrou vários convênios com o Prefeitura
Municipal e o Governo do Estado através das Secretarias Estadual e Municipal de
Educação. Permanecendo com ensino de 1°e 2°grau até o ano de 1999.
A instituição foi fundada pela necessidade de formar professores, era uma
carência na época percebida pelo padre Valdir Dantas Sobreira idealizador e fundador da
escola. Já passou pelas três esferas de funcionamento: particular, mantida pela Diocese,
Estadual, por meio de convênios de forma integral, contrapartida e outros, atualmente,
funciona especificamente sob a jurisdição da Secretaria Municipal de Educação.
No ano de 2014, estão matriculados setecentos e cinquenta e oito alunos
distribuídos no Ensino Fundamental I e II e que formam um total de trinta e quatro
turmas dividias nos turnos manhã e tarde.
O quadro de docente conta com 41 (quarenta e um) professores efetivos e 8 (oito)
professores em contrato temporário, que tem formação em nível superior entre
especialistas e mestres e há apenas três professores que não possuem nível superior.
A administração se dá por meio do núcleo gestor, este tem como meta trabalhar
uma gestão democrática participativa e que está formada por três coordenadores, uma
secretária escolar e uma diretora. Conta com uma estrutura de suporte razoável como:
dezenove funcionários, sendo: seis agentes administrativos, um vigia, um auxiliar de
secretaria e onze auxiliares de serviços gerais.
Em sua estrutura física possui dezoito salas de aula, uma sala de professores, um
laboratório de informática, uma biblioteca, uma secretaria, uma sala de coordenação
pedagógica, uma sala da diretoria, uma cantina, um refeitório, um depósito para merenda
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escolar, um almoxarifado, um auditório e uma quadra coberta para a prática de esportes
realização das aulas de educação física.
Todos estes aspectos apresentados ajudam a contextualizar o ambiente em que se
realiza a pesquisa e permite uma caminhada pela da história da escola do seu surgimento
até os dias atuais, adiante serão apresentados projetos que são vivenciados pela
comunidade escolar, como também referências ao planejamento didático e metodologia
do ensino.
Os professores planejam suas aulas e atuam nas áreas: Ciências Humanas,
Ciências da Natureza e Linguagens e Códigos, cada um com a disciplina específica,
cumprindo a grade curricular diante de seus planejamentos e orientações da Secretaria
Municipal de Educação e Gestão escolar. Para ampliar os conhecimentos dos alunos e
propiciar uma melhor formação une o ensino das disciplinas a projetos vinculados que
surgem com a finalidade de enriquecimento do ensino-aprendizagem e desenvolvimento
dos alunos. Atualmente trabalha projetos como: Mais Educação, Cultura Afro-Brasileira e
Escola Sustentável, descritos com mais detalhes a seguir.
O Mais Educação é um programa do Ministério da Educação que tem o objetivo
de trabalhar com os alunos com um aumento da jornada de estudo, conforme dados do
MEC:
As escolas das redes públicas de ensino estaduais, municipais e do Distrito
Federal fazem a adesão ao Programa e, de acordo com o projeto educativo em
curso, optam por desenvolver atividades nos macro campos de
acompanhamento pedagógico; educação ambiental; esporte e lazer; direitos
humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde;
comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza
e educação econômica.
(Programa Mais Educação – Portal do MEC – Edição 2014).
Diante do exposto, percebe-se que a intenção do referido programa tem uma
proposta que inclui vários aspectos do cotidiano para fomentar a aprendizagem dos
alunos de maneira extensiva e dinâmica.
O projeto Cultura Afro-Brasileira é um incentivo a estudos e pesquisas sobre as
manifestações culturais do Brasil que tem influência da cultura africana, com a
implementação feita na LDB, tornou-se obrigatório:
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Todas as escolas públicas e particulares da educação básica devem ensinar aos
alunos conteúdos relacionados à história e à cultura afro-brasileiras. Desde o
início da vigência da Lei nº 10.639, em 2003, a temática afro-brasileira se
tornou obrigatória nos currículos do ensino fundamental e médio.
(História e Cultura Afro - Portal do MEC / 2007).
Por isso todos os anos, durante o mês de outubro a escola se dedica a projetos
referentes a esta temática, tudo o que realizam tem um encerramento como ponto
culminante que acontece no dia vinte de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra,
data da morte de Zumbi, líder do quilombo dos Palmares.
Na área de ciências é trabalhado o projeto Escola Sustentável, por meio do qual
surgem várias atividades que visam à conscientização dos cuidados com a natureza,
reciclagem e reaproveitamento do lixo a fim de promoverem meios para tornar os alunos
conscientes da necessidade de buscarem vivenciar a sustentabilidade. A escola realiza
também atividades extras como: reforço escolar no contra turno, onde os alunos que
apresentam dificuldades recebem aulas para melhorar o desempenho de leitura, produção
de texto e matemática e aulas de campo, nas quais os alunos visitam museus, cidades
históricas e outros ambientes que incentivam uma aprendizagem diferenciada, visando
oferecer o melhor na educação dos seus alunos.
Como parte da inclusão social, recebe alunos portadores de deficiência auditiva e
estes dividem o espaço com os alunos ouvintes, já que a escola não dispõe de professores
que dominam a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, contam com a presença de um
professor intérprete, promovendo assim uma inclusão verdadeira na vida destes alunos e
de suas famílias.
Toda constituição destes aspectos mostra um entendimento de como a escola
funciona, quais os principais projetos que conduz, e como faz um esforço para não só
atender as demandas mais emergenciais da sociedade, mas contempla em seus projetos os
aspectos educacionais previstos nas orientações governamentais para a educação.
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APÊNDICE B – Questionário aplicado aos professores da escola
A forma escolhida para coletar os dados foi o uso do questionário. O modelo
utilizado foi baseado em Marconi; Lakatos (2010 p.184), os mesmos alertam ser um
instrumento de grande valia, embora apresente algumas desvantagens como
“percentagem pequena dos questionários que voltam, grande número de perguntas sem
respostas, não pode ser aplicado a pessoas analfabetas”, mas também apresenta muitas
vantagens:
Economiza tempo, viagens e obtém grande número de dados, atinge maior
número de pessoas simultaneamente, abrange uma área geográfica mais ampla,
obtém respostas mais rápidas e mais precisas, há maior liberdade nas respostas,
em razão do anonimato, hã mais segurança, pelo fato de as respostas não serem
identificadas, há menos risco de distorção, pela não influência do pesquisador,
há mais tempo de responder e em hora mais favorável. (...).
(MARCONI; LAKATOS, 2010 p.184)
Como se pode ver, há grandes vantagens com relação ao uso do questionário para
coleta de dados em um trabalho de pesquisa.
O questionário foi enviado aos professores selecionados por meio de um portador.
A seguir apresenta-se o template do mesmo:
Universidade Estadual do Ceará Universidade Aberta do Brasil Licenciatura em Informática
Caro professor,
Sou aluna do curso de Licenciatura em Informática, da Universidade Estadual do Ceará Universidade Aberta do Brasil e estou realizando um trabalho de pesquisa nesta escola sobre “O uso do Laboratório de Informática na prática dos professores da Escola de Ensino Fundamental” e gostaria da sua colaboração respondendo a este questionário, já que faz parte desta comunidade escolar e a sua visão é de suma importância para a análise e conclusão do tema em estudo.
Desde já, agradeço a sua participação. Mauriti – CE, 28 de Janeiro de 2015
MARIA DAS DORES DE OLIVEIRA
1- Qual é a sua formação:
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2- Há quantos anos está na área do magistério?
3- Qual disciplina leciona?
4- Com quais séries (anos) está atuando?
5- Em qual turno você trabalha nesta escola: ( ) Manhã ( ) Tarde
6- Você trabalha em outra escola ou em outro tipo de instituição fora esta escola?
7- Que formação tem na área de Informática?
( )Nenhuma ( )Aprendi sozinho(a) ( )Curso básico ( )Curso técnico ( )Curso avançado
8- Qual é o seu conceito com relação ao uso da Informática para o Ensino das disciplinas de Ensino
Fundamental? Escolha uma opção e justifique.
( ) Acho muito importante
Justificativa:_____________________________________________________________________
( ) Não vejo nenhuma utilidade
Justificativa: ______________________________________________________________________
( ) É útil, mas dá muito trabalho
Justificativa: ______________________________________________________________________
( ) Outra opinião
Justificativa: ______________________________________________________________________
9- Como vê o Laboratório de Informática de sua escola.
( ) Adequado à demanda
( ) Possui um número insuficiente de computadores para a demanda da escola
( ) Desatualizado
( ) Inacessível aos professores
Outra resposta:
10- Qual a sua opinião com relação à postura dos professores no uso ou não uso do laboratório de
informática?
11- Como vê a preparação dos professores para o ingresso do uso das tecnologias na sala de aula?
12- Existe algum projeto da escola para a prática dos professores com alunos no laboratório?
13- Você se sente preparado para ingressar na modalidade de ensino por meio do uso da tecnologia?
14- Você utiliza o computador fora da escola? Onde? O que você faz?
15- Você tem acesso à Internet, quais sites você costuma visitar?
16- Que consideração faz da presença ou da ausência do computador como ferramenta de ensino
para os conteúdos das disciplinas em sala de aula.
Muito obrigada pela sua colaboração.
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ANEXOS
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ANEXO A – Edital do Pregão Eletrônico 45/2007, no qual consta a cidade de
Mauriti-CE, para recebimento do Laboratório de Informática da Escola.