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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁCAMPUS DE JACAREZINHO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL –
PDEFICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2012
Título: Limites da Violência na Educação Física Escolar
Autor Seila Maria Trevisani Mascarenhas.
Disciplina/Área Educação Física.
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual Edith de Souza Prado de Oliveira - EFEJA.
Rua Deputado José Afonso, 250 - Centro.
Município da escola Santo Antônio da Platina - PR
Núcleo Regional de Educação Jacarezinho.
Professor Orientador Me. Rui Gonçalves Marques Elias.
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP Campus de Jacarezinho.
Relação Interdisciplinar Língua Portuguesa; Arte.
Resumo Considerando que muitos de nossos alunos apresentam comportamentos violentos e inadequados dentro do ambiente escolar, e que estes comportamentos interferem tanto na prática docente quanto na aquisição dos conhecimentos propostos, faz-se necessário buscar na Produção didático-Pedagógica, critérios que apresentem estratégias, que promovam conhecimentos, troca de experiências entre o dar e receber, ação e reação, compreender os desafios individuais e sociais, buscando sempre colocar limites, através de atividades que possam contribuir para uma melhora no convívio escolar. Diante dessa situação, atuar estimulando a importância dos valores sociais entre o certo e
o errado, trabalhar o auto conhecimento e auto estima, promover a reflexão sobre o papel de cada um e sua contribuição para o bem comum.
Palavras-chave Violência. Indisciplina. Incivilidade. Educação. Limites.
Formato do Material Didático Unidade Didática
Público Alvo Alunos do 9º ano.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ
CAMPUS DE JACAREZINHOSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
LIMITES DA VIOLÊNCIA NA
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
JACAREZINHO2012
SEILA M. TREVISANI MASCARENHAS
LIMITES DA VIOLÊNCIA NA
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Projeto de Intervenção Pedagógica apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria do Estado da Educação (SEED). Orientador: Prof. Me. Rui Gonçalves Marques Elias.
JACAREZINHO2012
INTRODUÇÃO
Unidade didática elaborada a partir de um Projeto de Intervenção que
tem como objetivo sensibilizar e transformar opiniões preconceituosas e
atitudes anti-sociais.
Este projeto reafirma que hoje a escola não se apresenta somente como
um espaço restrito ao saber formal. Isso inclui também a necessidade de
atender o aluno dentro dos conhecimentos trazidos do seu cotidiano familiar e
social. O estabelecimento escolar recebe uma grande diversidade de clientela
com características diferentes, aprendizagens distintas, valores pessoais e
sonhos diversos e precisa muitas vezes usar estratégias diferenciadas ou rever
como se relacionar com o grupo.
O trabalho busca intervir com estratégias que promovam conhecimento,
troca de experiências entre o dar e receber, ação e reação, o compreender dos
dilemas e desafios individuais e sociais, buscando sempre colocar limites, pois
limites extrapolados podem predispor atitudes não condizentes com bons
relacionamentos, com respeito mútuo e até mesmo brincadeiras que
extrapolam o bom senso.
Dentro deste leque de inquietações e questionamentos, apresentar
estratégias de ações caracterizando as aulas de educação física como
importante meio intermediador entre o aluno e o universo escolar, indo muito
além do aprimoramento físico, entretenimento e lazer. É no jogo, nas atividades
competitivas que os alunos mostram sua verdadeira natureza. As atividades
devem então oferecer situações conflitantes para que então o professor possa
aplicar as estratégias, sendo um mediador e incentivador das boas atitudes e
sempre buscado possíveis soluções para o crescimento pessoal.
Em função dos objetivos, o professor ao aplicar o Projeto de
Implementação pode selecionar e ampliar outras atividades similares segundo
suas próprias demandas.
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 A EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA
A Disciplina de Educação Física como disciplina escolar, tem como
conteúdos estruturantes, apontados pelas Diretrizes Curriculares para a
Educação Básica (DCE)-Educação Física (2008), o Esporte, Ginástica, Lutas,
Dança, Jogos e Brincadeiras, os quais são definidos nestas diretrizes como
conteúdos de grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e
organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados
fundamentais para compreender seu objeto de estudo/ ensino. Constituem-se
historicamente e são legitimados nas relações sociais. (PARANÁ, 2008).
Para as DCE (PARANÁ, 2008, 63), o esporte é
[...] entendido como uma atividade teórica prática e um fenômeno social que, em suas várias manifestações e abordagens, pode ser uma ferramenta de aprendizado para o lazer, para o aprimoramento da saúde e para integrar os sujeitos em suas relações sociais [...].
Dessa forma, o seu ensino deve propiciar ao aluno uma leitura de sua
complexidade social, histórica e política. Busca-se um entendimento crítico das
manifestações esportivas, as quais devem ser tratadas de forma ampla, isto é,
desde sua condição técnica, tática, seus elementos básicos, até o sentido da
competição esportiva, a expressão social e histórica e seu significado cultural
como fenômeno de massa.
1.2 A VIOLÊNCIA NO CONTEXTO ESCOLAR
Celli Filho e Schwrtz (2006) argumentam que o aumento da violência na
atual sociedade vem sendo discutido há muito tempo, porém poucas ações são
tomadas para que esse quadro se reverta. Quadro este que começa a atingir
também os profissionais de Educação Física e suas atividades didáticas.
Segundo essas autoras, a escola, professores relatam o aumento da
agressividade e da violência, que são, em muitos casos, utilizados para
promover atos de exclusão e marginalização de crianças que não conseguem
interagir dentro de grupos específicos. Esta deficiência no processo de inclusão
pode ser provocada por características individuais ou sociais de certos alunos.
Por outro lado, não se pode esquecer que violência gera violência e isso
acaba se tornando um círculo vicioso se a escola não tomar providências.
Grande parte da oposição que os adolescentes vivem com relação à família é transferida para o meio social, projetando no mundo externo as suas raivas, as suas rejeições e as suas condutas destrutivas. O adolescente pode sentir que ele não está mudando e que são os pais e a sociedade que s negam a ter com ele uma atitude provedora e protetora. Esta é a base da atitude social reivindicatória. (MAAKAROUN apud OLÍMPIO, 2010, p.4)
Logo, entende-se que o ambiente escolar passa ser o local em que o
alunado se solta e por vezes transborda suas atitudes de descontentamento e
reivindicações.
Lucinda; Nascimento; Candau (apud CELLI FILHO; SCHWATZ, 2006,
p.2) apresentam dados em que os professores acreditam que a violência
dentro das escolas está aumentando, “ [...], sendo considerados atos que se
apresentam como reflexo de uma violência social, já que os próprios
professores não identificam formas de violência geradas pela própria cultura
escolar.”
Em relação à afirmativa acima é necessário fazer uma ressalva, pois
qualquer ato que aconteça nos limites da escola é considerado indisciplina e
não violência e nesse sentido a responsabilidade se volta toda para a própria
escola.
O conceito tradicional de indisciplina — e, segundo Garcia (2001, p.
376), “arcaico”, que faz com que os professores entendam esse fenômeno
apenas como um “problema comportamental”, do qual somente os alunos são
os culpados — deve ser revista, estudado e melhor compreendido dentro da
escola. Esse tema, para uma grande parcela da comunidade escolar, é motivo
de preocupação, visto que a ocorrência de problemas classificados como
indisciplina causa, como afirma Garcia (1999, p. 101), estresse nas relações
interpessoais, principalmente quando associada às situações de conflito em
sala de aula.
Agora tem um senão. Não se pode confundir violência com indisciplina, nem com incivilidade. São três âmbitos diferentes. A indisciplina, em geral, é um protesto. A incivilidade tem a ver com a idéia de rebeldia, de uma recusa, de uma descortesia, quando se rompem as regras de cortesias clássicas. Isso não é violência. Violência tem a ver com danificação, com depredação quer da integridade física, quer da integridade moral do outro. A violência simbólica, a da danificação moral do outro, é uma coisa que está solta nas escolas. Sempre desconfiamos que o outro não seja capaz ou digno de estar lá, que faça parte de fato do espaço escolar. (AQUINO, 2001, p.1)
Por outro lado, há um consenso de que, dentro do mesmo ambiente
nota-se, também, um exacerbado aumento do individualismo e da competição,
corroborando para uma falta de atitudes e condutas de companheirismo e de
cooperação. Tais atitudes tendem a se incrementar ainda mais com o passar
dos anos, devido, principalmente, ao modo frenético de vida que a sociedade
impõe, exigindo sempre mais das pessoas e incentivando uma perspectiva
competitiva, estimulando a necessidade de ser melhor que os outros.
Dessa forma, as aulas de Educação Física escolar e de iniciação
esportiva, por suas características, se constituem em um espaço diferenciado,
em que, através de suas propostas e estratégias pedagógicas, representasse
um ambiente de possibilidades mais concretas de interação e de
aprendizagem, em que o conviver e o divertir-se com o outro pudessem ser
valorizados, assimilando, inclusive, as regras sociais de convivência.
Entretanto, na realidade, não é o que ocorre, ficando esta perspectiva
associada e dependente do esclarecimento do próprio profissional envolvido.
A própria falta de estímulos positivos, de conscientização e o profundo
desconhecimento do universo lúdico transformam esses ambientes em
verdadeiros "campos de batalha", fomentando atos agressivos e o exagero da
competitividade, que vão, por sua vez, conduzir as crianças e os jovens a
atitudes de rebeldia.
Autores como Bee e Goleman (apud CELLI FILHO; SCHWATZ, 2006,
p.2) salientaram que, tanto a realidade social (família, escola, amigos), quanto
os estímulos gerados pela mídia, especialmente a televisão, podem interferir
sensivelmente na formação de indivíduos agressivos, os quais utilizam a
violência como estratégia de resolução de problemas cotidianos, dentro e fora
do ambiente escolar.
Entretanto, pode-se dizer que tanto o tema da indisciplina quanto a
violência como a apresentada pelos alunos na mídia está “relacionado a um
conjunto amplo de fatores, entre eles conflitos e desconfortos, tanto na sala de
aula como na escola em geral, por isso, quando ocorre, compromete
diretamente o desempenho dos professores” (OLIVEIRA, 2004, p. 10; REGO,
1996, p. 83).
Porém, concorda-se com Aquino (1996, p.4) quando afirma que, “se
comparado a outros temas da área educacional, a indisciplina ainda apresenta
poucos estudos no Brasil”
Assim,
Tomando como referência Sugai (2000), o indivíduo deveria receber em
um determinado estágio de sua vida e que infelizmente não contou com esta
importante contribuição, tal visão nos encanta com a possibilidade da
existência isto é da utopia de uma cartilha com datas e métodos a serem
aplicado na forma e na época correta levaria o ser humano a atingir os padrões
sociais esperados. Assim, na busca de suprir tais perdas e compreender os
limites do ser humano, vão surgindo propostas diversas com o objetivo de
atingir bons resultados.
Para a realização de um processo de conscientização e de redução desta
agressividade é necessário que algumas estratégias, relativas ao universo de
atuação profissional e pessoal referentes a uma melhor estruturação social e
de mudanças dos valores disseminados, sejam repensadas.
3. MATERIAL DIDÁTICO – UNIDADE DIDÁTICA
Levando em consideração a realidade vivida dentro do espaço escolar,
como agressões verbais e físicas entre os alunos, a falta de respeito com os
profissionais que atuam na comunidade escolar e as constatações de que se
trata de um problema geral e não localizado, sente-se a necessidade de
procurar soluções de intervenções que visem sanear ou pelo menos minimizar
esse tipo de comportamento que acaba por interferir no processo de
aprendizagem, nas relações sociais quando não acarretando em bulying ou
situações mais graves.
PARA REFLETIR...Indisciplina e violência Não se deve confundir indisciplina e violência. Num ambiente com regras existe a possibilidade de haver transgressão. A indisciplina, portanto, pode ser considerada um ato “normal” de transgressão.1[1] Mas, a violência tem outro sentido. “Em nossa cultura a violência é entendida como o uso da força física e do constrangimento psíquico para obrigar alguém a agir de modo contrário à sua natureza e ao seu ser. A violência é violação da integridade física e psíquica, da dignidade humana de alguém. Eis que o assassinato, a tortura, a injustiça, a mentira, o estupro, a calúnia, a má-fé, o roubo são considerados violência, imoralidade e crime” (CHAUÍ, 2000, p. 337). Ou seja, a violência se opõe a ética porque trata seres racionais e sensíveis, dotados de linguagem e de liberdade, como se fossem coisas, isto é, irracionais, insensíveis, mudos, inertes ou passivos”, complementa a filósofa M. Chauí. Ainda, é próprio da violência perturbar acordos e regras que pautam as relações, o que lhe confere uma carga negativa, define A. Zaluar (2000). Enfim, a violência gera sofrimento, causa danos físicos e psicológicos, humilhação, desespero, desamparo, desesperança e anuncia a barbárie onde todos podem ser vítimas. Para Hannah Arendt “a violência pode destruir o poder, mas é totalmente incapaz de criá-lo”. A escola deve contribuir para evitar que a barbárie tome conta da sociedade, alertava Adorno no pós Guerra. (LIMA, 2007, p.2).
1
Alunos em geral tanto de escolas públicas quanto particulares trazem
muitas vezes dificuldades provenientes do meio social, da desestrutura familiar
e desvalorização vivida pelo indivíduo e isso faz com que a energia seja
canalizada de forma negativa. Assim é preciso introduzir estratégias a partir
das aulas de Educação Física que busquem estimular a necessidade de
estabelecer e respeitar limites dentro do meio em que este aluno está inserido
e que levem ao esclarecimento de que toda ação corresponde a uma reação, e
portanto, a necessidade de avaliar problemas que são resolvidos entre os
jovens de forma agressiva, buscando o diálogo, o consenso, observação das
regras e Regimento Interno como forma de promover a cultura da paz na
escola.
4 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO PARA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
PARA COMEÇAR...
Questionário
Durante as aulas de Educação Física você fica exposto a várias situações que
podem levar ou não a confronto físico ou verbal.Você se posiciona assim:
1-“Alguém esbarra em você” 1( ) revida fisicamente2( ) notifica o professor3( ) revida verbalmente4( ) ignora
2-“Você esbarra em alguém” 1( ) pede desculpas2( ) culpa a pessoa que você esbarrou3( ) notifica o professor4( ) ignora
3-sua equipe está perdendo o jogo 1( ) abandona o time2( ) chama a responsabilidade para si.3( ) estimula os outros membros da equipe 4( ) provoca o time adversário
4-sua equipe está ganhando o jogo 1( ) festeja com o time2( ) Zomba do adversário3( ) respeita o adversário4( ) age com indiferença
5-ao perder o jogo 1( ) Agride verbalmente o adversário2( ) Agride fisicamente o adversário
3( ) culpa o juiz4( ) se conforma, jogo é assim mesmo.
6- ao escolher o time 1( ) prefere os amigos2( ) escolhe os melhores jogadores3( ) oferece uma chance aos novatos4( ) deixa ao acaso
Fonte: Seila M. Trevisan Mascarenhas
Aplicar o questionário no início do trabalho de intervenção.
Fazer o levantamento percentual de atitudes positivas e negativas.
Verificar quais atitudes que devem ser mudadas.
Aplicar o projeto.
Refazer o questionário e verificar o resultado final.
1. PROPOSTAS DE ATIVIDADES
Bolas...Bolas...Bolas...Ora Bolas!
ERA UMA VEZ UMA BOLA...
[...] a bola é um objeto muito antigo.
Talvez isso possa ser explicado pela
simplicidade da ideia por trás do
mesmo: algo esférico que
podemos lançar e chutar. Uma pedra,
por exemplo, já Fonte:
http:loudinas.com.br/blogs/índex.php.idblog poderia servir como fonte de inspiração
para a criação do objeto. E foi justamente desta forma que muitos acreditam
que a bola tenha surgido: o homem pré-histórico teria chutado uma pedra -
não muito pesada, claro - e percebido que aquilo era algo útil, de alguma
forma.
Esta é a hipótese mais aceita, já que ninguém sabe ao certo como surgiram
as primeiras bolas. De fato, desenhos realizados em cavernas há mais de
30000 anos retratam homens segurando objetos esféricos feitos com
pedras. Desta forma, acredita-se que as primeiras bolas tenham sido
ferramentas de caça do homem pré-histórico.
É bem provável que o “esporte” mais antigo que se baseou no uso da bola
tenha sido o kemari. Na verdade, esta prática, criada pelos chineses no
século X a.C, era um treinamento militar. Os participantes se organizavam
em um grande círculo e deveriam chutar uma pequena bola, com o fim de
acertar o alvo no centro da roda. Além disso, podemos citar diversos outros
registros da utilização do objeto em civilizações da Antiguidade, como a
grega, a romana e a japonesa. Em muitos casos, as bolas eram elementos
centrais de rituais religiosos e celebrações mitológicas.
(http://www.historiadetudo.com/bola.html )
FUTSAL LEGAL
Material: bola
Local: quadra
Objetivos: nivelar habilidades, respeitar limites, proporcionar integração.
Desenvolvimento
Formar dois grupos com o mesmo número de alunos número
Os alunos devem se locomover na posição de quatro apoios em
decúbito dorsal, utilizando regras semelhantes as do futsal em relação quanto
às penalidades e saídas de bola, o goleiro deverá se posicionar de cócoras
podendo saltar para pegar a bola.
Variações
Estimular os alunos a compartilhar suas habilidades, explorando no jogo
esta posição menos convencional.
2. PROPOSTA DE ATIVIDADE
Handebol de baliza
Materiais: bola, dois bancos, seis cones
Objetivos: socialização, integração, espírito de equipe
Desenvolvimento
Formar dois grupos com oito participantes em cada equipe. Colocar os
bancos como metas a serem atingidas dentro dos gols e sobre eles posicionar
três cones em cada banco.
O jogo tem início com a troca de passes e arremessos com as mãos
entre os grupos, utilizando as regras semelhantes as do handebol.
O objetivo é arremessar de fora da área de handebol a bola com a
finalidade de derrubar os cones que se encontram sobre o banco, devendo
contar quantos cones foram atingidos a cada arremesso, valendo cada um
deles um gol.
Variações
Estimular os próprios alunos a criarem novas regras para o jogo.
3. PROPOSTA DE ATIVIDADE
1. BILBOQUÊ
VOCÊ SABIA?Em textos franceses (a partir de 1534) tem-se a descrição da utilização do bilboquê no cotidiano infantil, sendo
utilizado tanto por reis e nobres, quanto por pessoas comuns. O pintor Jeanne Bole retratou no século XVII, um menino nobre francês jogando o bilboquê. A origem desse termo vem da palavra francesa bilboquet, que tem relação com a palavra bille que quer dizer pequeno bastão. (SANTOS, 2009, p.9).Fonte: http://PT.wikipedia.org./wiki/bilboqu%C3AA
Materiais: garrafas pet descartáveis ( vazia ), barbante, folhas de revista
ou jornal, fita adesiva ou crepe, de preferência colorida, tesoura , EVA( para
enfeitar).
Objetivos: diversificar as atividades, motivando assim a integração dos
alunos com mais ou menos habilidades esportiva.
Desenvolvimento Fonte: http:artesanato.culturamix.com/curiosidades/bil.
Amassar as folha de revista ou de jornal, fazendo uma bolinha, em
seguida envolva com a fita adesiva, prenda o pedaço de barbante à bolinha,
fixando bem.
Cortar a garrafa descartável na altura do gargalo, formando uma taça.
Abra a tampa e prenda a outra ponta do barbante na garrafa, feche bem.
Com a fita adesiva ou crepe cole-a na abertura maior para dar
acabamento.
Decore usando o EVA, estimulando sua imaginação.
Como brincar
O objetivo desta brincadeira é segurar a taça com uma das mãos e
tentar colocar a bolinha dentro da taça, balançando a mesma sem tocar na
bolinha com a outra mão.
Aproveite a oportunidade para fazer um resgate cultural, do brinquedo e
da postura dos alunos antigamente.
4. PROPOSTA DE ATIVIDADE
LIXO QUE ANDA
Materiais: 02 latões de lixo grandes novos, bola.
Objetivos: descaracterizar habilidades específicas, proporcionar a
integração, socialização.
Desenvolvimento
Dividir os times com oito alunos
Os jogadores deverão se locomover pela quadra como num jogo de
handebol, porém com algumas alterações nas regras: não devem andar ou
quicar a bola, utilizando-se tão somente de passes para alcançar seus
objetivos.
O goleiro tem posse dentro da área de gol representado pelo latão de
lixo que pode ser movimentado pelo mesmo para pegar a bola.
Para marcar pontos os jogadores poderão arremessar a bola somente
de fora da linha da área de gol (handebol). Se a bola arremessada por um time
em seu próprio goleiro for capturada no lixo, o time marca um ponto.
5. PROPOSTA DE ATIVIDADE
BIS BIS BIS BIS BIS BIS
Material: caixa de chocolate Bis ou pirulitos
Objetivos: criatividade, colaboração, trabalho em grupo
Desenvolvimento
Cada aluno receberá um chocolate ou pirulito para participar da
dinâmica proposta.
Em círculo, os alunos deverão ficar em pé, e com um braço atrás e o
outro estendido segurando o chocolate ou pirulito ainda embalado, ao sinal de
comando do professor o participante esta liberado para abrir e comer o seu
chocolate ou pirulito sem flexionar o braço.
Observação: não se deve fazer nenhum comentário facilitador,
permitindo que os alunos descobrirem como resolver essa situação, e após
ressaltar a importância da solidariedade e trabalho em grupo para se atingir os
objetivos.
6. PROPOSTA DE ATIVIDADE
MINHA VIDA
Materiais: bexigas, CD, som
Objetivos: mostrar a importância dos valores, desafio comum, trabalho
em equipe, a importância de nossas ações, respeito pelas diferenças e a
cooperação.
Desenvolvimento
Cada aluno receberá uma bexiga vazia, ao sinal do professor deverá
enchê-la e cuidar como se ela fosse sua própria vida, colocando-a sempre para
o alto e locomovendo-se por toda sala ao ritmo de uma música crescente.
Observar durante a dinâmica a postura dos alunos em relação a sua
bexiga e a dos demais.
Após a aplicação procure esclarecer a importância de colocarem sua
bexiga (vida) em movimento e a oportunidade de vivenciar certas situações. Ao
mesmo tempo enfatizar que colaborar com os colegas e não deixar que sua
bexiga caia fortalece atitudes de bons relacionamentos.
7. PROPOSTA DE ATIVIDADE
PERCEPÇÃO DE SI E DO OUTRO
Material: não há
Objetivos: avaliar, em nível de diagnose, qual o nível de percepção de
cada um e o que prevalece na psicodinâmica: perceber, pensar ou sentir, nos
comentários.
Desenvolvimento
a) em dupla: frente a frente;
b) senha: cada um vai perceber o outro da forma que quiser, mas sem
verbalização;
c) após um determinado tempo, solicita-se que fiquem de costas (um para
o outro) e cada um vai descrever o que percebeu do outro;
d) em seguida, pede-se que descreva a indumentária (vestimenta e
acessórios) do outro. Ao término, viram-se de frente e verificam o que
acertaram e o que erraram.
8. PROPOSTA DE ATIVIDADE
MINHA, MEU, SUA, SEU....
Materiais: bexiga, palito de dentes
Objetivos: cooperação, saber ouvir, respeito às regras
Desenvolvimento
Cada aluno receberá uma bexiga vazia e um palito de dentes. Ao sinal
do professor deverá encher sua bexiga num tamanho médio, e cuidando da
mesma por mais ou menos uns dois minutos, todos os participantes estão
livres para se movimentarem pela sala.
Coloque uma música para que os alunos movimentem-se pela sala, e
em nenhum momento fazer comentários de como as bexigas devem ser
mantidas.
Observação: normalmente surge um “líder” que avisa que o jogo
consiste apenas em cuidar das bexigas e não estourá-las como sempre
acontece, uns estourando as bexigas dos outros.
9. PROPOSTA DE ATIVIDADE
E A BOLA QUEIMADA...[...] o surgimento da bola queimada, a versão mais aceita é referente ao treinamento do exército do rei Papus, que era preparado para lutar contra a invasão dos bárbaros na Papônia, que se localizava no norte da Europa Meridional. Uma das atividades desse treinamento era os arremessos de bolas de fogo. Seria esse reino o único que não foi tomado pelos bárbaros. A partir dessa conquista, iniciou-se uma comemoração anual, onde na programação acontecia um festival de queimada, onde os homens podiam relembrar seus feitos. (SANTOS, 2009, p.8)
SI POR SI
Material: bola
Objetivos: focalizar energia e o bem estar do grupo, já que a atividade
individual não caracteriza a escolha pessoal.
Desenvolvimento
Os alunos podem se locomover por toda a quadra livremente. Com
posse de bola um dos participantes deverá dar início ao jogo que consiste em
correr atrás e tentar arremessar a bola com o objetivo de atingir um dos
participantes em qualquer parte do corpo queimando-o. Este ao ser atingido
(queimado) deve imediatamente sentar-se no local onde foi atingido
(queimado) e caso durante o jogo consiga pegar a bola que o perseguidor
arremessa, tem o direito a retornar ao jogo sendo o perseguidor.
Vence o jogo o aluno que eliminar todos os participantes.
Variações
Os atingidos (queimados) sentados que tocarem um colega ainda livre,
trocam de lugar com o mesmo.
A noção de tempo e espaço está muito presente nesta atividade, procure
valorizar ao máximo o trabalho individual de seu aluno estimulando que
participe.
10. PROPOSTA DE ATIVIDADE
CAÇA AO TESOURO
Material: ficha impressa com lista de descrições pessoais, lápis ou
caneta.
Objetivo: socialização, integração, comunicação.
Desenvolvimento
CAÇA AO TESOURO
A partir da lista de descrições, cada um deve encontrar uma pessoa que se
encaixe em cada item e pedir a ela que assine o nome na lacuna.
Alguém com a mesma cor de olhos que os seusAlguém que vive numa casa sem fumantesAlguém que já tenha morado em outra cidadeAlguém cujo primeiro nome tenha mais de seis letrasAlguém que use óculosAlguém que esteja com uma roupa da mesma cor
que a suaAlguém que esteja de meias azuisAlguém que tenha um animal de estimação (qual)Alguém que torça para o mesmo time que você (qual?)Alguém que tenha a mesma religião que vocêAlguém que tenha mais de um filho (se for o caso)Alguém que tenha medo de barataAlguém que saiba cantar (música atual “chiclete”)Alguém que seja o mais alto da salaAlguém que seja o mais baixo da salaAlguém que falte muito
Divididos em grupos conforme a necessidade da turma, distribuir as
listas e as canetas para os grupos. Ao sinal do professor os participantes
deverão se locomover a vontade para conseguir cumprir todas as exigências
da lista dentro do ambiente previamente determinado
Ao sinal de término de tempo (a ser combinado) a prova deverá ser
considerada cumprida ou não e nomeando a pontuação por ordem de chegada
e verificação dos itens relacionados.
11. PROPOSTA DE ATIVIDADE
BOLA AOS CANTOS
Material: bola
Objetivo: socialização e integração.
Desenvolvimento
Formar dois grupos com 8 participantes em cada equipe. O jogo
apresenta regras semelhantes ao handebol, com exceção que os atletas
devem arremessar a bola no goleiro de sua própria equipe, devendo este pegá-
la no ar, caso isto aconteça o gol é válido.
12. PROPOSTA DE ATIVIDADE
SESSÃO DE FILME
Objetivo: valorizar atitudes apresentadas e as relações entre o tema e os
objetivos.
O Presente
Jason acabou de perder o avô bilionário que sempre odiou e estava
certo de que não herdaria nada. Mas se enganou “ Red “ Stevens (James
Garner) deixou 12 tarefa para Jason, ao fim das quais ele será avaliado e, se
merecer, terá o direito ao que Red chama de “ O maior de todos os presentes”.
Cada uma das tarefas tem o objetivo de promover alguma mudança em Jason,
mas nenhuma terá tanta força quanto o encontro casual com a pequena Emily
(Abigail Breslin).
Este filme apresenta de forma prazerosa princípios importantes de
comportamento, após a apresentação do mesmo conteste seus alunos sobre
cada um dos possíveis presentes, estimule-os a citarem no mínimo cinco que
mais despertaram sua atenção.
13. PROPOSTA DE ATIVIDADE
SESSÃO DE FILME
Objetivo: transformar opiniões e atitudes preconceituosas em atitudes
inclusivas, o respeito aos limites de cada um.
UM SONHO POSSÍVEL
O filme é um drama que conta a história de Michael Oher, um jovem
negro de 17 anos, de infância sofrida que não tem onde morar, e vive sob
tutela do Estado e favor de seus amigos. Tem um coração bom, mesmo com
sua história de vida. Por ser grande e forte, é aceito em um colégio de
qualidade, porém não tem bom desempenho nos estudos. Fica amigo do
pequeno SJ, filho do Ligh Anne (Sandra Bullock), percebendo numa noite
gelada que Michael não tem onde dormir, a mãe do seu novo amigo o convida
para dormir em sua casa. Ela acaba tendo grande empatia com o garoto, e
decide mantê-lo em casa, com o apoio dos filhos e do marido Sean Tuony, um
ex jogador de basquete. Sofre pressão porém, de suas amigas e familiares.
Após apresentação do filme proposto, estimular reflexões das atitudes
prováveis ou não, debater com os alunos os valores do ser humano.
PROPOSTA DE ATIVIDADE
Convidar psicólogos para ministrar palestras sobre relacionamentos,
comportamentos, importância da participação em grupos sociais, esportivos,
bullyng ou até mesmo ouvir os alunos sobre os temas que eles gostariam que
fosse abordados.
E PARA REFLETIR...
Exercite a paciência
Esta é a história de um menino que tinha um gênio muito difícil. Seu pai
lhe deu um saco de pregos dizendo-lhe que, cada vez que perdesse a
paciência, deveria pregar um prego atrás da porta. No primeiro dia, o menino
pregou 37 pregos. Nas semanas que se seguiram, à medida que ele aprendia a
se controlar, pregava cada vez menos pregos atrás da porta. Com o tempo,
descobriu que era mais fácil controlar seu gênio que pregar pregos. Chegou o
dia em que conseguiu controlar-se durante todo o dia.
Depois de informar seu pai sobre sua vitória, ele lhe sugeriu que
retirasse um prego a cada dia que conseguisse controlar seu temperamento.
Os dias se passaram e o jovem pôde finalmente anunciar ao pai que não havia
mais pregos atrás da porta. Seu pai, segurando-lhe a mão, levou-o até a porta
e disse-lhe: meu filho, vejo que você tem trabalhado duro, mas... veja todos
esses buracos na porta: ela nunca mais será a mesma. Cada vez que você
perde a paciência, deixa cicatrizes exatamente como as que se vê aqui. Você
pode insultar alguém e retirar o insulto, mas, dependendo da maneira como
fala, poderá ser devastador e a cicatriz para sempre.
Uma ofensa verbal pode ser tão daninha como uma ofensa física.
(SALETTE; RUGGERI, 2001, p.96.)
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