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1 FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE Leucoptera coffeella (Guérin-Meneville & Perrottet, 1842), EM CAFEZAL DA VILA DO CAFÉ E ABELHAS, NO PLANALTO DA CONQUISTA BAHIA LUCIANA FERRAZ SANTOS VITÓRIA DA CONQUISTA - BA JUNHO DE 2011 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB NÚCLEO DE APOIO À CAFEICULTURA - NAC ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO CAFÉ COM ÊNFASE EM SUSTENTABILIDADE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB …...perrottet, 1842), em cafezal da vila do cafÉ e abelhas, no planalto da conquista bahia luciana ferraz santos vitÓria da conquista

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FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE Leucoptera coffeella (Guérin-Meneville &

Perrottet, 1842), EM CAFEZAL DA VILA DO CAFÉ E ABELHAS, NO

PLANALTO DA CONQUISTA BAHIA

LUCIANA FERRAZ SANTOS

VITÓRIA DA CONQUISTA - BA

JUNHO DE 2011

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB

NÚCLEO DE APOIO À CAFEICULTURA - NAC

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO CAFÉ

COM ÊNFASE EM SUSTENTABILIDADE

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FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE Leucoptera coffeella (Guérin-Meneville &

Perrottet, 1842), EM CAFEZAIS DA VILA DO CAFÉ E ABELHAS, NO

PLANALTO DA CONQUISTA -BAHIA

“Monografia apresentada à Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia, como parte

das exigências do programa de Pós-

Graduação Lato sensu em Gestão da cadeia

Produtiva de Café com Ênfase em

Sustentabilidade para obtenção do título de

especialista”.

Orientador:

Profº Drº Valdemiro Conceição Junior

Co-Orientadora:

Profª Drª Maria de Lourdes do Nascimento

VITÓRIA DA CONQUISTA – BA

JUNHO DE 2011

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB

NÚCLEO DE APOIO À CAFEICULTURA - NAC

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO CAFÉ

COM ÊNFASE EM SUSTENTABILIDADE

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AGRADECIMENTOS

A Deus, que és fiel em todos os momentos em minha vida, me proporcionando mais essa

conquista.

A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia pela capacitação profissional.

Ao Prof. Dr. Valdemiro Conceição Junior, meu orientador, por todo apoio recebido.

A Profª Dra. Maria de Lourdes do Nascimento, pela valiosa e especial co-orientação deste

trabalho, onde mesmo distante me acalmava em momentos de desespero.

A Coordenação do Curso, representada pela Profª Dra.Sandra Elizabeth de Souza onde não

tenho nem palavras para expressar o meu reconhecimento por todo incentivo, apoio,

dedicação e força que me proporcionou.

A Banca Examinadora composta por Prof. Dr. Valdemiro Conceição, Profª Dra. Sandra

Elizabeth e Profª Dra. Ana Elizabete

A todos os colegas da turma da pós-graduação, em especial Ivana, Marilanda, Alexandre e

Renata.

Aos estagiários Ayalla e Paulo Antônio pela contribuição no laboratório.

Aos técnicos da EBDA, Messias e Roque pela importante ajuda em campo.

Aos agricultores familiares do Sítio Jaiane e do Assentamento Mumbuca, pela confiança e

por disponibilizar a propriedade para o experimento por um ano.

Aos meus maravilhosos pais, pelas orações e palavras amorosas.

Ao meu amado esposo, Marcelo de Araújo, pela compreensão e carinho.

Aos meus preciosos filhos, Luís Fernando e Luan Henrique pelo amor incondicional.

E a todos que de alguma forma contribuíram para essa vitória, meu muito obrigada!

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SUMÁRIO

RESUMO................................................................................................................05

INTRODUÇÃO......................................................................................................06

MATERIAL E METODOS.....................................................................................09

RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................11

CONCLUSÕES.......................................................................................................17

REFERÊNCIAS IBLIOGRÁFICAS........................................................................18

ANEXOS ............................................................................................................... 22

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FLUTUAÇÃO DE Leucoptera coffeella (Guérin-Meneville & Perrottet, 1842), EM

CAFEZAL DA VILA DO CAFÉ E ABELHAS, NO PLANALTO DA CONQUISTA

BAHIA.

Resumo: O objetivo deste trabalho foi conhecer e comparar a dinâmica populacional de

Leucoptera coffeela nas localidades de Vila do Café e Abelhas no Planalto da Conquista,

Bahia. As atividades foram desenvolvidas em propriedades cafeeiras nas regiões

produtoras no período de maio de 2010 a abril de 2011. Os experimentos foram em blocos

casualizados com 3 repetições, sendo distribuídas em 5 linhas, considerando apenas as 3

linhas centrais para efeito de amostragem. As amostragens foram mensais, no período de

12 meses, coletando-se o 4º par de folhas adulta de ramos localizados nos terços superior,

mediano e inferior, totalizando 10 folhas/cova de cada terço da planta, em 05 covas

casualizadas na parcela, o qual foram identificadas através de fitas brancas na linha 1, rosas

na linha 2 e vermelhas na linha 3. Mensalmente coletaram-se 900 folhas de café,

acondicionadas em sacos de papel, identificados, colocados em caixas de isopor e

transportados para Laboratórios da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia para

análise. As folhas foram examinadas em microscópio estereoscópico para avaliação do

nível de ataque do inseto em cada localidade, sendo mensurada mediante observação das

seguintes variáveis: Porcentagem de folhas minadas, número total de lagartas, número de

lagartas vivas, número de minas no terço superior, médio e inferior e número total de

crisálidas. A dinâmica populacional do bicho mineiro em Abelhas manteve-se sempre

superior a flutuação registrada em Vila do Café; a presença do bicho mineiro em Vila do

Café ocorreu durante todos os meses do ano, em Abelhas a maior infestação de minas

ocorreu no período de março, abril e maio, quando a média do número de minas foi

superior a 30%, sugerindo o manejo.

Palavra chave: Coffea arabica, Leucoptera coffeella, Manejo de pragas.

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INTRODUÇÃO

A região do Planalto da Conquista na Bahia possui aproximadamente 103.344,2

mil hectares de cafeeiros plantados, predominando o cultivo de sequeiro em altitudes de

600 a 1.380 metros, é possível observar nesse cenário, montanhas, nascentes de rios,

pássaros, animais silvestres, e uma diversidade de árvores próprias desta região, onde a

cafeicultura por ser uma atividade agrícola com longa durabilidade, contribui para

preservação dessa natureza exuberante.

(BAHIA, 2011).

O cafeeiro hospeda diferentes espécies de artrópodes, algumas das quais assumem o

"status" de praga, destacando-se a broca do café, Hypothenemus hampri (Coleptera:

Scolytidae) e o bicho mineiro do cafeeiro, Leucoptera coffeella (Guérin-Meneville &

Perrottet, 1842), como pragas chaves dos cafezais do Brasil (Reis Júnior, 1999) e demais

países produtores.

O bicho mineiro do café (BMC) é uma praga exótica com origem na Etiópia,

África (Green, 1984), com introdução no Brasil constatada em 1850, provavelmente por

mudas de café provenientes das Antilhas e das Ilhas Bourbon, sendo considerado um inseto

monófago, pois ataca unicamente o cafeeiro (Souza et al., 1998; Fornazier et, al., 2007). As

lagartas desse lepidóptero se alimentam exclusivamente do parênquima paliçádico (Ramiro

et al., 2004), causando lesões ou minas que coalecem e secam conforme o

desenvolvimento do inseto. As altas infestações, provocam queda acentuada das folhas

(Crowe,1964), reduzindo substancialmente a capacidade fotossintética (Cibes e Perez,

1957;Walker e Quintana, 1969) e, por conseqüência, a produção de frutos na planta.

(Magalhães, 1964

Leucoptera coffeella adulto é um microlepidóptero, mariposa de 6,5 mm de

envergadura com asas brancas na parte dorsal, que passa os dias na fase inferior da folha

de café, e ao anoitecer inicia a postura de ovos na parte superior das folhas numa média de

sete ovos/noite, e durante a vida desta mariposa é possível uma postura de até sessenta

ovos. Estes levam de 5 a 21 dias para se transformar em lagartas, que penetram

diretamente no mesofilo foliar, permanecendo entre duas epidermes e destruindo o

parênquima (Gallo et al., 2002).

As lagartas abandonam as folhas pela parte superior das minas, tecem um fio de

seda e descem até as folhas da "saia" do cafeeiro em busca de umidade adequada para

empupar em casulos de fio de seda no formato da letra X (Reis e Souza., 2002; Gallo et al.,

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2002). A transformação em pupa "crisálidas" acontece num período de 4 a 26 dias, quando

surgem as novas mariposas que têm longevidade média de 15 dias. As condições

climáticas como precipitação, temperatura e umidade relativa do ar, influenciam

diretamente a longevidade destas mariposas, interferindo no ciclo de vida que poderá

sofrer variação de 19 a 87 dias (Gallo et al., 2002; Souza et al., 1988).

Gravena (1983) relata que a presença de uma lesão do bicho mineiro na

folhas já é suficiente para antecipar sua queda em 34 ± 4 dias. Uma desfolha intensa expõe

o ramo aos raios solares provocando a seca de ramos e frutos, sendo que, lavouras

severamente desfolhadas levam dois anos para recuperação, principalmente se a desfolha

ocorrer em ano de grande produção (Souza e Reis Junior, 1999).

A intensidade de infestação da praga em cafezais sofre variação em função da

região de implantação, época do ano e praticas culturais adotadas. Condições favoráveis ao

bicho mineiro, como longos períodos de estiagem associados a temperaturas elevadas e o

desequilíbrio ecológico, provocado pela utilização inadequada de produtos químicos, são

as principais causas das grandes infestações, nesse cenário, a produção do café pode ser

comprometida em mais de 37% (Almeida, 1973).

Praticas culturais como fertilizações, capina e sombreamento exercem influencia na

dinâmica populacional do bicho mineiro em Catuaí vermelho com três anos. O

sombreamento proporcionou menores níveis de larvas e folhas minadas; a capina menores

níveis de infestação de crisálidas em folhas (Rojas, 1990). Segundo o autor é provável que

a ação reguladora da sombra na população do bicho mineiro esteja relacionada com a

diminuição da luz solar, vigor das folhas de café, e menor crescimento de plantas daninhas.

O cafeeiro apresenta potencial para a exploração da cobertura de manejo de pragas,

por ser uma cultura perene que permite o crescimento de plantas nas entrelinhas. O

conhecimento das espécies de plantas que recobrem o solo ou mesmo submetidas à

diferentes estratégias podem colaborar para o incremento da população de agentes

benéficos que regulam a densidade populacional de pragas, sem, contudo, exercer

competição com o cafeeiro na mobilização e extração de nutrientes e água (Benvenga et al

, 2010).

O modelo de agricultura sustentável em que sugere a adoção de novo paradigma,

"boas praticas agrícolas". Raij (2003) faz referência ao manejo integrado de pragas como

base para decisões sobre proteção de plantas, a proteção da diversidade biológica, a

minimização de custos externos e impactos indesejados a estabilidade dos ecossistemas.

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A flutuação populacional da praga é um fator a ser considerado pelo cafeicultor na

tomada de decisão de controle do bicho mineiro, e as variáveis climáticas onde a lavoura

está implantada interferem na população da praga. O efeito da temperatura na infestação do

bicho mineiro tem apresentado correlação positiva, já as chuvas e umidade relativa

apresentam correlação negativa, assim, para que haja aumento do número de lesões nas

folhas necessariamente deverá existir um período seco (Villacorta, 1980; Souza et al.,

1988).

Em vários ambientes onde se cultiva o café a maior população de bicho mineiro foi

favorecida por um período de menor precipitação com temperaturas mais elevadas em El

Salvador, Guatemala (Campos et al., 1989), México ( Nestel et al., 1994). Em Cuba,

Carracedo et al., (1991) sugerem que a umidade relativa e temperatura foram as variáveis

climáticas que afetaram a mortalidade das larvas de L. coffeella.

No Brasil, estudos mostram que as lesões nas folhas ocorrem durante todos os

meses do ano, e em cafezais Mundo Novo no norte do Paraná, Villacorta (1980) observou

que a população do BMC é afetada pelo regime pluviométrico e temperatura. Em Minas

Gerais, o número de lesões ocorre após um período seco sem chuvas e a redução das lesões

nas folhas nos meses com maior precipitação (Reis, 1977; Avilés, 1991). O BMC é mais

severo em regiões e período seco. Cafés sob sistema de irrigação, como o cerrado mineiro

e no oeste baiano, é comum ocorrer alta incidência de insetos pragas, em razão das altas

temperaturas predominantes, entretanto, o BMC é desfavorecido pela irrigação (Zambolim

et al., 2007).

Plantios de café irrigado com povo central, cultivar Rubi MG-1192, em Lavras

MG, obteviveram resposta linear da incidência do BMC com o fornecimento de maiores

lâminas de irrigação, sendo a menor incidência 6,52% de folhas atacadas com o BMC, na

maior lâmina de irrigação (140% ECA) Custódio et al., (2009).

Na Região da Baixa Mogiana, São Paulo, a curva de flutuação de L. coffeella, no

cultivar ouro verde amarelo é caracterizada por dois picos de infestação, sendo o primeiro

em abril e maio e o segundo entre agosto e setembro, coincidindo com baixa precipitação

pluvial nesta região (Gonçalves et al., 1978; Parra, 1975). Já nas cultivares Tupi (IAC

1669-33) e Obatã (1669-20) resistentes a ferrugem (Hemileia vastatrix), as folhas com

lesões se mantém elevada nos meses de abril a outubro, atingindo níveis baixos a partir de

novembro, logo após o inicio das chuvas e o aumento da temperatura média diária

(Conceição et al., 2005).

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Na Bahia, no Planalto da Conquista, o aumento de lesões de L. coffeella em folhas

de café ocorreu durante e após o período seco, na localidade de Inhobim, Vitória da

Conquista, e a maior infestação ocorreu nos meses de abril a julho com pico no mês de

junho com 95% de folhas com lesão; em Barra do Choça, o pico da infestação ocorreu em

maio com 61% de folhas minadas; em Itiruçu, maiores infestações ocorreram em janeiro e

fevereiro, com 55% de folhas minadas (Lima et al., 1977).

Na localidade do Capinal o pico de infestação ocorreu nos meses de novembro e

dezembro com 59% o número médio de minas; no Oeste da Bahia, Luiz Eduardo

Magalhães, o aumento das médias de infestação ocorreu nos meses de setembro a

dezembro, com pico em dezembro de 69% o número médio de minas. Nestas distintas

regiões da Bahia, os períodos de maior ocorrência de minas nas folhas de cafés Catuaí

foram precedidos por longos períodos de estiagem ou de baixa precipitação e elevação das

temperaturas máxima e mínima (Melo, 2005).

Relatos relacionados à menor infestação de bicho mineiro em cafés na localidade

de Vila do Café distrito de Encruzilhada-Bahia, têm sido freqüentes. Assim, o objetivo

deste trabalho foi conhecer e comparar a dinâmica populacional de Leucoptera coffeela nas

localidades de Vila do Café e Abelhas no Planalto da Conquista, Bahia.

MATERIAL E METODOS

A população e intensidade de infestação do bicho mineiro, em lavoura de café no

sistema sequeiro, foram avaliadas no período de maio de 2010 a abril de 2011, em duas

localidades, Vila do Café, distrito de Encruzilhada e Abelhas, distrito de Inhobim,Vitória

da Conquista, ambas pertencem à região produtora de café conhecido como Planalto da

Conquista (Bahia, 2011).

Na localidade de Vila do Café (Assentamento Mumbuca Canaã), as parcelas

experimentais foram instaladas numa lavoura de 4,0 ha de Catuaí vermelho e amarelo,

com produtividade de 50 a 60 sacas/ano de aproximadamente 30 anos de idade,

espaçamento 4,0 m x 1,5 m, caracterizado por baixo manejo tecnológico, o produtor não

faz nenhum controle do bicho mineiro, utilizando apenas inseticida e herbicida. O

Assentamento Mumbuca Canaã esta localizado a uma latitude 31º70´49´´ e longitude

27º18´53´´, 883 metros de altitude, esta lavoura têm algumas árvores de abacateiro.

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Na localidade de Abelhas(Sítio Jaiane), as parcelas experimentais foram instaladas

numa lavoura de 3,0 ha de Catuai vermelho amarelo, de aproximadamente 4 anos de idade,

espaçamento 3,0m x 1,0 m.O Sítio Jaiane esta localizado a latitude 28º90´49´´ e longitude

31º58´83´´; com 815 metros de altitude). Utiliza-se a calda viçosa para o controle do bicho

mineiro, roçadeira manual para o controle de ervas daninhas, esterco e 4-18-6 para

adubação do cafezal. Figura 1(Anexos)

No povoado de Abelhas, a classificação climática de Koppen é do tipo Aw´ úmido

a subúmido, temperatura mais elevada durante todo o ano com baixas precipitações. A

classificação climática do distrito de Vila do Café possui clima caracterizado por ser

subtropical, alta umidade relativa do ar, chuvas finas e baixas durante o inverno, chuvas

predominante e temperaturas mais elevadas no verão.

Em cada localidade as parcelas para avaliação do bicho mineiro foram constituídas

de 5 linhas, distribuídas ao acaso, e para efeito da amostragem, foram considerada as 3

linhas centrais. Estas consistiram na coleta de folhas em cinco plantas por linha, que foram

identificadas com fitas da seguinte forma: linha 1, branca; linha 2, rosa; linha 3, vermelha

(Figura 2). Destas plantas foram destacadas o quarto par da folha adulta de ramo localizado

nos terços inferior, mediano e superior da planta. Nestas parcelas foram feitas amostragens

mensais, a coleta de folhas foi efetuada em cinco plantas por linha, coletou-se 5 pares de

folhas de cada planta ao redor da copa (Figura 3), totalizando 30 folhas/planta; 450 folhas

em cada local, que totaliza 900 folhas coletadas mensalmente durante 12 meses. Após as

coletas, as folhas foram acondicionadas em sacos de papel devidamente identificados, e

transportados em isopor para o Laboratório de Biotecnologia e o de Nematologia Agrícola

da UESB, Campus de Vitória da Conquista (Figura 4).

As folhas foram examinadas em microscópio estereoscópico para avaliação do

nível de ataque do inseto em cada localidade, sendo mensuradas mediante observação, as

seguintes variáveis: porcentagem de folhas minadas, número total de lagartas, número de

lagartas vivas, número de minas no terço superior, médio e inferior, número total de

crisálidas de Leucoptera coffeella através da remoção da epiderme para observação

individual das lagartas presentes em cada uma das lesões nas folhas infestadas (Figura 5).

As variáveis mensuradas foram analisadas descritivamente considerando-se os

dados de precipitação pluvial registrados no período e obtidos em pluviômetro próxima as

localidades deste estudo.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

No inicio das avaliações deste estudo, maio de 2010, em Vila do Café ocorreu 25%

de folhas minadas e numero médio de 51 minas encontrada nas plantas, enquanto que na

localidade de Abelhas foi de 59% de folhas minadas com média de 156 minas nas plantas.

Nas avaliações subseqüentes e no final do estudo as diferenças permanecerão, em Vila do

Café, período de janeiro a abril, tem-se valores inferiores a 5% de folhas minadas e numero

médio de 10 minas, já em Abelhas têm-se 75% a 55% de folhas minadas e 145 a 130

numero médio de minas (Figura 6).

Nos Distritos de Vila do café e Abelhas o bicho mineiro sofre variações das

infestações durante todo o ano, com dois picos, o primeiro no mês de maio nas duas

regiões e o segundo pico em dezembro em Vila do Café e Janeiro em Abelhas (Figura 6).

Para as condições de Barra do Choça (Lima et al.,1977) encontraram maiores infestações

no mês de maio com 61% de folhas minadas.

O nível de controle recomendado para o BMC é de 30% de folhas minadas com

lesões intactas (Gravena, 1983), entretanto, para regiões quentes, Souza e Reis (2000)

estabelecem nível de dano de 20% de folhas minadas, Sendo assim, verifica-se que o BMC

em cafeeiros da Vila do café ocorre em baixos níveis de infestação.

(A) Vila do Café.

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11

Meses

(%)

de

fo

lha

s m

ina

da

s

0

10

20

30

40

50

60

dio

de

min

as

(%) de Folhas Minadas Nº médio de Minas

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12

(B) Abelhas.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11

Meses

(%)

de

fo

lha

s m

ina

da

s

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

dio

de

min

as

(%) de Folhas Minadas Nº médio de Minas

FIGURA 6. Porcentagem de folhas minadas e número médio de minas de Leucoptera

coffeella, em folhas de cafeeiro Catuaí, na região de Vila do Café (A) e Abelhas (B), no

período de maio de 2010 a abril de 2011. Vitória da Conquista, BA, 2011.

Nos cafezais de Abelhas já é necessário pensar em medidas de manejo que sejam

eficazes na redução desta população e dos danos causados por esta praga, que ao se

alimentar das folhas minando-as, reduz a área foliar, já que as minas ou lesões se tornam

áreas mortas com queda das folhas minadas, a desfolha reduz a produção, devido o baixo

vingamento do fruto. Os ramos desfolhados secam e ocorrendo o chochamento de frutos

(Souza et al., 1988)

Nos meses do estudo foram registrados quantidade de chuvas para a Vila do Café

de aproximadamente 1200 mm. O número de lagartas do bicho mineiro (Figura 7) na Vila

do café apresenta três picos, junho, outubro e fevereiro com números médio de no máximo

4 lagartas, já as crisálidas apresentou duas oportunidades de crescimento julho e janeiro

com população extremamente baixa. Observa-se que em período de maior precipitações

novembro e dezembro (acima dos 150 mm) houve redução no número de lagartas e

crisálidas (Figura 8 AB).

No Distrito de Abelhas, a distribuição pluviométrica no período deste estudo foi

aproximadamente 850 mm, neste ambiente a maior média da população foram de

aproximadamente 40 lagartas e 10 crisálidas em maio, com redução em todos os meses de

menor precipitação inferior a 50 mm/mês, exceto o mês de maio,onde teve um pico (Figura

8 B)

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As lagartas vivas do bicho mineiro no interior das minas desenvolvem atividade

mais intensa em condições de estiagem, o que pode ser observado nos cafezais do Distrito

de Abelhas, com a ocorrência de chuvas nos meses de novembro e dezembro (240 e 140

mm), ocorreram às menores populações, inferiores a média de 2 lagartas vivas no período.

A população do BMC retoma seu crescimento nos meses de janeiro a abril, quando se

aproxima de 24 lagartas em média (Figura 8 B).

Resultados semelhantes foram obtidos por Reis et al (1976) em Viçosa,Lavras,

onde maiores índices de ataque do BMC aumentaram nos meses de maio e junho, que foi

um período de baixa precipitação pluvial.

(A) Vila do Café.

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11

Meses

dio

0

50

100

150

200

250

Pre

cip

ita

çã

o (

mm

)

Precipitação (mm) Nº médio de lagartas Nº médio de crisálidas

(B) Abelhas.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11

Meses

dio

0

50

100

150

200

250

300

Pre

cip

ita

çã

o (

mm

)

Precipitação (mm) Nº médio de lagartas Nº médio de crisálidas

FIGURA 8. Número médio de lagartas, crisálidas de Leucoptera coffella e preciptação

(mm) em cafeeiros na região da Vila do Café (A) e Abelhas (B), nos meses de maio de

2010 a abril de 2011.

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Na lavoura de café em Abelhas, maior número médio de lagartas vivas no interior

das minas ocorreu no mês de maio com 32,66 lagartas, nos demais meses houve

decréscimo, retomando o crescimento a partir de dezembro (Figura 9B). Já nas condições

de Vila do café, a população de largatas vivas ao longo do estudo foi extremamente baixa.

O número médio foram de 3 lagartas, foi registrado no mês de maio a partir de então

ocorre picos a cada quatro meses, com números inferiores a sete e número de crisálidas

inferior a seis (Figura 9A).

A condição climática de Vila do Café apresenta temperatura amena média 20°C,

alta umidade relativa do ar, boa distribuição de chuvas ao longo do ano, certamente

somados aos inimigos naturais e boa nutrição da planta, parecem desfavorecer a ocorrência

de bicho mineiro em nível de causar dano econômico.

Em cultivo de café orgânico, onde há equilíbrio entre o inseto praga e fatores de

mortalidade natural do bicho mineiro, Ecole (2003) verificou que o papel regulador dos

inimigos naturais e do clima, particularmente, chuva e temperatura, foi mais evidente.

Parece existir um consenso nos resultados de vários estudos e em diferentes regiões

cafeeiras, que a ocorrência de bicho mineiro está condicionada aos fatores de clima,

sistema de condução e presença ou ausência dos inimigos naturais. A atuação desses

fatores de forma conjunta ou isolada pode determinar diferentes níveis de ocorrência desta

praga nos cafezais (Parra et al., 1981; Reis e Souza, 1998; Melo, 2005; Santinato et al.,

2007).

Para os cafés de Abelhas, observa-se uma sincronia entre as quantidades de cada

fase do bicho mineiro e as épocas de amostragem, pois nos períodos de maior número de

minas também ocorreram picos de lagartas vivas.

A maior população do bicho mineiro em cafés na região de Abelhas,

possivelmente, pode ser explicada pelas variáveis climáticas, maior temperatura, período

seco e baixa umidade relativa, bem como da condução da lavoura em ruas limpas.

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(A) Vila do Café.

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11

Meses

dio

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

Lagartas Vivas Crisálidas

(B) Abelhas.

0

10

20

30

40

mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11

Meses

dio

0

5

10

15

20

25

30

Lagartas Vivas Crisálidas

FIGURA 9. Número médio de lagartas vivas e crisálidas de Leucoptera cofeella em

cafeeiros na região da Vila do Café (A) e Abelhas (B), nos meses de maio de 2010 a abril

de 2011.

Logo após a eclosão dos ovos, as lagartas penetram no mesofilo foliar e consomem

o tecido paliçádico, com isso provocam minas que coalescem e secam. Para

monitoramento do bicho mineiro é importante realizar amostragens destas minas para

tomada de decisão do manejo adequado. A flutuação das minas de L.coffella em cafés das

localidades em estudo estão apresentadas na figura 10AB.

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(A) Abelhas.

0

10

20

30

40

50

60

mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11

Meses

de

Min

as

0

50

100

150

200

250

Pre

cip

ita

çã

o (

mm

)

Precipitação (mm) Terço Superior Terço Mediano Terço Inferior

(B) Abelhas.

0

10

20

30

40

50

60

mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11

Meses

de

Min

as

0

50

100

150

200

250

Pre

cip

ita

çã

o (

mm

)

Precipitação (mm) Terço Superior Terço Mediano Terço Inferior

FIGURA 10. Número de minas em cada terço das plantas amostradas e precipitação (mm)

em cafeeiros na região da Vila do Café (A) e Abelhas (B), nos meses de maio de 2010 a

abril de 2011.

A flutuação do bicho mineiro ocasionando minas nas folhas dos cafezais em Vila

do Café, foi diferenciada da apresentada nos cafés do Distrito de Abelhas, quando nos

meses de chuvas inferiores a 10 mm (maio a outubro; janeiro e fevereiro) de 2010, o

número de minas no terço superior das folhas manteve superior quando comparado com o

terço médio e o terço inferior. Observa-se, que nos meses de agosto, outubro e dezembro as

médias do número de minas apresentaram-se iguais nos três terços da planta.

Considerando a flutuação da população observadas na relação café bicho mineiro

em ambientes distintos como Vila do café e Abelhas, pode-se sugerir que estratégias

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distintas de manejo da praga devem ser adotadas. O inicio do controle químico é

recomendado após constatação, por monitoramento da praga, de níveis de infestação

superiores a 20% de folhas minadas no terço superior das plantas (Souza et al., 1988) ou

30% (Gravena, 1984).

Para as condições de Vila do café e Abelhas, após uma análise média no período

em estudo de 12 meses avaliando a flutuação do bicho mineiro do cafeeiro é possível

sugerir-se a continuação do trabalho por mais 12 meses.

Neste estudo em Abelhas foi registrada a presença em praticamente todos os meses

do ano em que foram feitas as amostragens dos seguintes parasióides: Stiropius sp 1.,

Stiropius sp 2., Proacrias sp., Cirrospilu sp., Horismenos sp., Closterocerus sp., e as

espécies Closterocerus coffeelae, Neochysocharis coffeae. O gênero que predominou em

Encruzilhada foi Proacrias sp. Na Colômbia evidência a presença de parasitódes da família

Eulophidae da ordem Hymenoptera. As espécies mais comum em plantações de café são

Closterocerus coffeellae Ihringen, Horismenus cupreus Ashmead, Pnigalio sarasolai De

Santis, Zagrammosoma sp. Tetrastichus sp. Chrysocharis sp.

Estudos de Melo et al., (2007) e Melo (2005) também registraram a presença dos

mesmos parasitóides para os municípios de Vitória da Conquista, BA. Concordando com

os resultados obtidos pras regiões de Abelhas e Encruzilhada na Bahia. Segundo Matiello

et al., (2005), dentre as causas de mortalidade de bicho mineiro destacam-se: 50% pelas

chuvas, 17% por inviabilidade de ovos, 10% por distúrbios na ecdise, 20% por

predação/parasitismo e 20% por doenças fúngicas ou viróticas.

CONCLUSÕES

- A dinâmica populacional do bicho mineiro em Abelhas manteve-se sempre superior a

flutuação registrada em Vila do café;

- A presença do bicho mineiro em Vila do café ocorre durante todos os meses do ano,

porém em população muito abaixo daquela determinada como sendo o nível de dano

econômico.

- Em Abelhas a maior infestação de minas ocorre no período de março, abril e maio,

quando a média do número de minas foram superiores a 30% sugerindo o manejo;

- Para monitoramento da praga em Vila do café recomenda-se, que amostragem seja

realizada no terço superior da folha em qualquer época do ano.

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ANEXOS

Tabela 1. Correlação de Pearson (r2) dos dados meteorológicos com as variáveis

avaliadas no período de 12 meses (maio 2010 a abril 2011) no município de Abelhas

em Vitória da Conquista, BA, 2011.

Variáveis

independentes

Número

de minas

Número de

Lagartas

vivas

Número de

lagartas

mortas

Numero de

crisálidas

Precipitação

UR média

Temperatura

média

- 0,4913*

0,3313ns

0,3312ns

- 0,2742ns

0,3880*

0,3870*

- 0,3033ns

0,3985*

0,4885*

- 0,0866ns

0,4379*

0,4479*

*Significativo (≤ 0,05 ≥), ns: não significativo. UR = umidade relativa

Estação Meteorológica da UESB

Figura 1 – Cafezal em Abelhas, Vitória da Conquista Figura 2–Identificação das plantas, Vila do Café,

Encruzilhada.

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Figura 3 – Coleta das folhas, Vila do Café, Encruzilhada e Abelhas, Vitória da Conquista

Figura 4 – Análise em Laboratório da UESB, Vitória da Conquista.

Figura 5 – Minas de Bicho-mineiro, UESB. Vitória da Conquista.

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Figura 7 – Lagarta de Bicho-mineiro, UESB, Vitória da Conquista.