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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CÂMPUS DE BOTUCATU SUCESSÃO DE CULTURAS EM SISTEMAS INTEGRADOS DE PRODUÇÃO ÉLCIO HIROYOSHI YANO Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP Câmpus de Botucatu, para obtenção do título de Doutor em Agronomia - Programa Energia na Agricultura. BOTUCATU – SP Dezembro – 2005

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS

CÂMPUS DE BOTUCATU

SUCESSÃO DE CULTURAS EM SISTEMAS INTEGRADOS DE PRODUÇÃO

ÉLCIO HIROYOSHI YANO

Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP – Câmpus de Botucatu, para obtenção do título de Doutor em Agronomia - Programa Energia na Agricultura.

BOTUCATU – SP

Dezembro – 2005

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS

CÂMPUS DE BOTUCATU

SUCESSÃO DE CULTURAS EM SISTEMAS INTEGRADOS DE PRODUÇÃO

ÉLCIO HIROYOSHI YANO

Orientador: Prof. Dr. Sérgio Hugo Benez

Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP – Câmpus de Botucatu, para obtenção do título de Doutor em Agronomia - Programa Energia na Agricultura.

BOTUCATU – SP

Dezembro – 2005

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉCNICA DE AQUISIÇÃO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO – SERVIÇO TÉCNICO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO UNESP - FCA - LAGEADO - BOTUCATU (SP) Yano, Élcio Hiroyoshi, 1974- Y24s Sucessão de culturas em sistemas integrados de produção

/ Élcio Hiroyoshi Yano. – Botucatu : [s.n.], 2005. xviii, 129 f. : il. color., gráfs., tabs. Tese (Doutorado) -Universidade Estadual Paulista, Fa- culdade de Ciências Agronômicas, Botucatu, 2005 Orientador: Sérgio Hugo Benez Inclui bibliografia. 1. Solos - Manejo. 2. Rotação de cultivos. 3. Solos – Pre-

paro. 4. Cultivos agrícolas de inverno. 5. Análise energé-tica. I. Benez, Sérgio Hugo. II. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Campus de Botucatu). Faculdade de Ciências Agronômicas. III. Título.

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AGRADEÇO

A Deus

DEDICO

Aos meus pais

Hiroshi e Tereza,

que durante todas as suas vidas

lutaram pela minha formação moral e

profissional e pelo exemplo de vida,

amor, trabalho e retidão

OFEREÇO

Aos meus irmãos Deisy e Valcir, aos avós Fukumi e Fumiyoshi Ketayama (in memorian), à sobrinha Beatriz e ao cunhado

Arnaldo Azuma

“O destino não é uma questão de sorte;

é uma questão de escolha.

Não é algo pelo que se espera,

mas algo a alcançar.”

(Willian Jennings Bryan, 1860-1925)

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IV

AGRADECIMENTOS

Para que a presente tese pudesse ser desenvolvida, houve participação de instituições e

pessoas, às quais desejo expressar os mais sinceros agradecimentos:

- À Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP de Botucatu, pela concessão da

vaga e infra-estrutura oferecida pelo curso de Pós- Graduação Energia na Agricultura, pelo

Departamento de Engenharia Rural.

- À CAPES, pela concessão da bolsa, que me proporcionou a oportunidade de

desenvolvimento, publicações de trabalhos e aquisição de novos conhecimentos.

- Ao Prof. Dr. Sérgio Hugo Benez, pela amizade, orientação, dedicação, paciência,

transferência de conhecimentos e experiência de vida, coleguismo e, acima de tudo, pelo

profissionalismo e oportunidade concedida ao longo do curso.

- À supervisão da Fazenda Experimental, representada pelo supervisor Prof Dr. Silvio

José Bicudo, ao diretor de serviço e atividades auxiliares Marcos José Gonçalves e ao técnico

agrícola Mário de Oliveira Munhoz pela humildade, dedicação e esforço para realização da

coleta dos resultados.

- Aos professores Prof. Dr. Luiz Malcolm Mano de Mello, Prof. Dr. Edgard Jardim

Rosa Junior, Pesquisador Dr. Rubens Siqueira, Prof a Dra Maria Helena Moraes, Prof. Dr.

Silvio José Bicudo pelas sugestões apresentadas no exame de tese.

- Aos funcionários de campo e operadores de máquinas agrícolas da FEEP e da

Fazenda da FMVZ como: Manoel (Mané), Aparecido (Cido), Acássio, José Aparecido, José

(Zé do Bode) e Luciano Alves dos Santos.

- Ao secretariado do Departamento de Engenharia Rural Rita, Fátima e Rosangela

- Aos Técnicos de Laboratório da Engenharia Rural

- À biblioteca pelos auxílios nas referências bibliográficas, localização na pesquisas

dos bancos de dados como a Maria Inês Andrade (diretora ),Helen Sayuri Sato, Denise, Maria

Aparecida, Nilson, Solange, Célia, Luiz Carlos, Maria do Carmo, Neusa Maria e Ernete.

- Aos docentes do Departamento de Engenharia Rural Carlos Antonio Gamero, Kleber

Pereira Lanças, Ulisses Rocha Antuniassi, Odivaldo Seraphim, Antonio de Pádua de Sousa.

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V

- Aos Departamentos de Ciência do Solo e Agricultura e Melhoramento Vegetal da

Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP- Botucatu, pela infra estrutura para realização

das análises químicas e físicas do solo.

- Aos amigos Paulo R. Arbex Silva, Denise Mahl, Antonio Renan Berchol da Silva,

Fernando Tibari de Mello (Timelo), Fernando Alves dos Santos (Markito), Guilherme Nunes

(Ziletti), Tainá (Cevada), Francisca, Ana Cristina Ensinas de Oliva (Aninha), Cássio Piffer,

Herick, Alexandre (Athin), Érico Rodrigues (Goiano), Fernanda, Mirian, Adriana, Nara, Ana

Paula, Beatriz (Pioia), Gisele, José Guilherme (Zé loko), André Satoshi Seki pela amizade e

ajuda nestes últimos dias de conclusão da tese.

- Aos membros do GPD (Grupo de Plantio Direto) pelos trabalhos em equipe na coleta

de dados e publicação.

- Aos amigos da graduação de Ilha Solteira que sempre me motivaram Antonio S.

Guatura, Daniela C. Araújo, Patricia Zonetti, Karina, Maria Luiza, Dolorice, Heloisa, Onã,

Ricardo, Simone, Rogério, Thiago, Celso, Karem, Mauricio, Natal, César Kuramoto,

À grande amiga de graduação Eliane S. Felício Ragni, que sempre me contribuiu no

incentivo com pensamentos positivos “você vai conseguir”.

Ao professor Reginaldo Barbosa Silva, pela amizade concedida nas viagens de

Botucatu à Registro, participação em sugestões referentes à análise estatística e apresentações

sugestivas na disposição do trabalho.

Aos colegas de Pós-Graduação pelo bom convívio e amizade.

A todos os outros professores e funcionários da FCA/UNESP que contribuíram para o

meu sucesso acadêmico e formação.

A todos os funcionários da Fazenda de Ensino e Pesquisa da UNESP, que me

proporcionaram as condições necessárias para o desenvolvimento dos meus trabalhos durante

esse período da minha vida universitária.

Aos funcionários da Seção de Pós- Graduação da FE/UNESP, pelo bom atendimento,

compreensão e amizade.

Aos amigos professores, funcionários e alunos da Unidade Diferenciada de Registro.

A todos, que, direta ou indiretamente, contribuíram para o desenvolvimento de minha

carreira e, em especial, desse trabalho.

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VI

SUMÁRIO Página LISTA DE TABELA ...................................................................................................... IX

LISTA DE FIGURA ....................................................................................................... XIII

1 RESUMO ..................................................................................................................... 01

2 SUMMARY ................................................................................................................. 03

3 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 05

4 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................... 07

4.1. Princípios conservacionistas ................................................................................. 07

4.2. Sistema de manejo do solo .................................................................................... 08

4.3. Demanda energética .............................................................................................. 08

4.4. Atributos físicos do solo ........................................................................................ 09

4.5. Cobertura do solo .................................................................................................. 09

4.6. Cultura da soja ....................................................................................................... 11

4.7. Cultura de inverno ................................................................................................. 12

4.8. Cultura do sorgo .................................................................................................... 12

4.9. Silagem de grão úmido ......................................................................................... 14

4.10. Feno .................................................................................................................... 15

5 MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................... 17

5.1. Material ................................................................................................................. 17

5.1.1. Campo experimental ................................................................................... 17

5.1.2. Área experimental ....................................................................................... 17

5.1.3. Solo ............................................................................................................. 18

5.1.4. Precipitação pluvial ..................................................................................... 19

5.1.5. Insumos agrícolas ....................................................................................... 19

5.1.5.1. Sementes ............................................................................................ 19

5.1.5.2. Fertilizantes ........................................................................................ 19

5.1.5.3. Inoculação de semente ....................................................................... 21

5.1.5.4. Defensivos agrícolas .......................................................................... 21

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VII

5.1.6. Máquinas e implementos agrícolas ............................................................. 22

5.1.6.1. Tratores .............................................................................................. 22

5.1.6.2. Máquinas e implementos agrícolas ................................................... 23

5.2. Métodos ................................................................................................................. 24

5.2.1. Delineamento experimental ........................................................................ 24

5.2.2. Histórico e adequação da área experimental ............................................... 24

5.2.3. Descrição dos tratamentos ........................................................................... 28

5.2.4. Instalação e condução do experimento no campo ....................................... 29

5.2.5. Atributos físicos do solo .............................................................................. 32

5.2.6. Análise química do solo .............................................................................. 32

5.2.7. Cobertura do solo ........................................................................................ 32

5.2.8. Matéria seca da cobertura vegetal ............................................................... 32

5.2.9. Sistema de aquisição de dados .................................................................... 33

5.2.10. Patinagem da roda motriz traseira do trator .............................................. 33

5.2.11. Força na barra de tração do trator ............................................................. 35

5.2.11.1. Força máxima na barra de tração .................................................. 35

5.2.11.2. Potência média requerida na barra de tração do trator ................... 35

5.2.11.3. Potência máxima requerida na barra de tração do trator ............... 36

5.2.12. Torque médio na TDP do trator ................................................................ 36

5.2.12.1. Torque máximo na TDP do trator .................................................. 37

5.2.12.2. Indicador de rotação instantânea da tomada de potência (TDP) ... 37

5.2.12.3. Potência na TDP ............................................................................ 37

5.2.13. Consumo de combustível .......................................................................... 38

5.2.14. Velocidade de deslocamento .................................................................... 38

5.1.15. Capacidade de campo efetiva ................................................................... 39

5.1.16. Características agronômicas das culturas ................................................. 39

5.2.17. Análises estatísticas ................................................................................... 40

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................. 41

6.1. Cultura de verão - Safra 2002/2003 ....................................................................... 41

6.1.1. Propriedades físicas do solo antes do manejo do solo ................................ 41

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VIII

6.1.1.1 Densidade do solo ............................................................................. 41

6.1.1.2 Macroporosidade do solo .................................................................. 44

6.1.1.3 Microporosidade do solo . ................................................................. 46

6.1.1.4 Porosidade do solo ............................................................................ 48

6.1.2. Produção de matéria seca ............................................................................ 50

6.1.3 Cobertura do solo ......................................................................................... 51

6.1.4. Características agronômicas da cultura de verão- soja ............................... 53

6.1.4.1. Estandes inicial e final ...................................................................... 53

6.1.4.2. Produtividade de soja ...................................................................... 54

6.2. Características agronômicas das culturas de inverno- Safra 2003 ........................ 55

6.3. Cultura de verão- Safra 2003 - 2004 .................................................................... 57

6.3.1. Produção de matéria seca ............................................................................ 57

6.3.2. Cobertura do solo ........................................................................................ 59

6.3.3. Demanda energética na operação de manejo do solo e semeadura ............. 65

6.3.4. Características agronômicas da cultura de verão - soja ............................... 86

6.3.4.1. Estandes inicial e final ...................................................................... 86

6.3.4.2.Produtividade de soja ....................................................................... 90

6.4. Culturas de inverno - Safra 2004 .................................................................... 92

6.4.1. Matéria seca de aveia preta .................................................................. 92

6.4.2. Demanda energética na semeadura e colheita de feno ........................ 92

6.4.3. Atributos físicos do solo .................................................................... 96

6.4.3.1. Densidade do solo .................................................................. 96

6.4.3.2. Macroporosidade do solo ....................................................... 103

6.4.3.3. Microporosidade do solo ....................................................... 109

6.4.3.4. Porosidade total do solo ......................................................... 115

7 CONCLUSÕES ........................................................................................................... 121

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................................................................ 123

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IX

LISTA DE TABELA

Tabela Página 1 Herbicidas, inseticidas e fungicidas utilizados para as culturas de soja, sorgo e aveia

preta (COMPÊNDIO, 1999) ........................................................................................

21

2 Ordem cronológica das atividades de instalação e condução do experimento ............ 29 3 Caracterização química dos macronutrientes e micronutrientes da área

experimental na profundidade de 0 a 0,10 m antes da instalação do experimento ,

período 2002 a 2003 ....................................................................................................

34

4 Caracterização química dos macronutrientes e micronutrientes da área

experimental na profundidade de 0,10 a 0,20 m antes da instalação do experimento ,

período 2002 a 2003 ....................................................................................................

34

5 Caracterização química dos macronutrientes e micronutrientes da área

experimental na profundidade de 0,20 a 0,30 m antes da instalação do

experimento, período 2002 a 2003 ..............................................................................

34

6 Valores médios de estandes inicial e final, produção de matéria seca de palhada e

grãos de sorgo, no ano de 2003 ...................................................................................

56

7 Valores médios de matéria seca de plantas verdes (MSV), matéria seca de palhada

na superfície do solo (MSPS) e matéria seca total (MSTotal) nos diferentes manejos

do solo com aveia preta, no ano de 2003 .....................................................................

56

8 Valores médios de matéria seca de plantas verdes (MSV), matéria seca de palhada

na superfície do solo (MSPS) e matéria seca total (MSTotal) nos diferentes manejos

do solo com pousio, no ano de 2003 ............................................................................

57

9 Valores médios de matéria seca total presente na superfície do solo antes da

implantação dos manejos e três coberturas, no ano de 2003 .......................................

58

10 Valores médios de porcentagem da cobertura do solo presentes na sua superfície

antes da implantação do manejo e três coberturas, no ano de 2003 ............................

60

11 Valores médios de porcentagem da cobertura do solo presentes na sua superfície

após a implantação do manejo e três coberturas, no ano de 2003 ...............................

62

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X

12 Valores médios de porcentagem da cobertura do solo presentes em sua superfície

após a semeadura da soja em três manejos e três coberturas, no ano de 2003 ............

64

13 Valores médios da força de tração média (kN) na operação de manejo do solo em

três coberturas, no ano de 2003 ....................................................................................

66

14 Valores médios de força de tração média (kN) na semeadura de soja em três

manejos e em três coberturas do solo, no ano de 2003

.................................................

68

15 Valores médios de força máxima de tração (kN) na semeadura de soja em três

manejos e três coberturas do solo, no ano de 2003 ......................................................

70

16 Valores médios de potência média (kW) na semeadura de soja em três manejos e

três coberturas do solo, no ano de 2003 .......................................................................

72

17 Valores médios de potência máxima (kW) na semeadura de soja em três manejos e

três coberturas do solo, no ano de 2003 .......................................................................

74

18 Valores médios de velocidade de deslocamento (km h-1) na semeadura de soja em

três manejos do solo e três coberturas do solo, no ano de 2003 ...................................

76

19 Valores médios de consumo específico (L ha-1) na semeadura de soja em três

manejos e três coberturas do solo, no ano de 2003 ......................................................

78

20 Valores médios de patinagem (%) na semeadura de soja em três manejos do solo e

três coberturas, no ano de 2003 ....................................................................................

80

21 Valores médios de capacidade de campo efetiva ( ha h-1 ) na semeadura de soja em

três manejos e três coberturas do solo, no ano de 2003 ...............................................

82

22 Valores médios de consumo específico total (L ha-1) em três manejos do solo sobre

três coberturas, no ano de 2003 ....................................................................................

84

23 Valores médios do estande inicial de plantas de soja (plantas ha-1) em três manejos e

três coberturas do solo, no ano de 2003 .......................................................................

86

24 Valores médios do estande final de plantas de soja (plantas ha-1) em três manejos e

três coberturas do solo, no ano de 2003 .......................................................................

88

25 Valores médios de produtividade de grãos de soja (kg ha-1) a 13% de umidade, em

três sistemas de manejo do solo e três coberturas do solo, no ano de 2003 .................

90

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XI

26 Valores médios de matéria seca de plantas verdes (MSV), plantas secas na

superfície do solo (MSPS) e matéria seca total (MSTotal), nos diferentes manejos

do solo com aveia preta, no ano de 2004

..........................................................................

92

27 Valores médios de força de tração (kN); tração máxima (kN); potência (kW);

potência máxima (kW); velocidade (km h-1); consumo de combustível (L h-1);

consumo efetivo de combustível (L ha-1); capacidade operacional efetiva - Coe (ha

h-1) na semeadura de aveia preta, no ano de 2004 ........................................................

93

28 Valores médios torque média (Nm); torque máxima (kW); rotação na TDP (rpm);

potência média (kW); potência máxima (kW); velocidade (km h-1); consumo

combustível (L h-1); consumo efetivo combustível (L ha-1) e capacidade operacional

efetiva - Coe (ha h-1) no corte de aveia preta, no inverno de 2004 ...............................

94

29 Valores médios torque média (Nm); torque máxima (kW); rotação na TDP (rpm);

potência média (kW); potência máxima (kW); velocidade (km h-1); consumo

combustível (L h-1); consumo efetivo combustível (L ha-1) e capacidade operacional

efetiva - Coe (ha h-1) no enleiramento da aveia preta, no ano de 2004 ........................

95

30 Valores médios torque média (Nm); torque máxima (kW); rotação na TDP (rpm);

potência média (kW); potência máxima (kW); velocidade (km h-1); consumo

combustível (L h-1); consumo efetivo combustível (L ha-1) e capacidade operacional

efetiva - Coe (ha h-1) no enfardamento da aveia preta, no ano de 2004 .......................

96

31 Valores médios de densidade do solo (kg dm-3), na camada de 0 – 0,10 m após a

colheita das culturas de inverno em função de três manejos e três coberturas do solo,

no ano de 2004 ..............................................................................................................97

32 Valores médios de densidade do solo (kg dm-3) na camada de 0,10 – 0,20 m, após a

colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e três coberturas do

solo, no ano de 2004 .....................................................................................................

99

33 Valores médios de densidade do solo (kg dm-3) na camada de 0,20 – 0,30 m após a

colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e três coberturas, no

ano de 2004 ...................................................................................................................

101

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XII

34 Valores médios de macroporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0 – 0,10 m,

após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e três

coberturas do solo, no ano de 2004 ..............................................................................

103

35 Valores médios de macroporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0,10- 0,20 m,

após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e três

coberturas do solo, no ano de 2004 ..............................................................................

105

36 Valores médios de macroporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0,20- 0,30 m,

após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e três

coberturas do solo, no ano de 2004 ..............................................................................

107

37 Valores médios de microporosidade do solo (m3 m-3) na camada de 0 – 0,10 m após

a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e três coberturas do

solo, no ano de 2004 .....................................................................................................

109

38 Valores médios de microporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0,10 –

0,20 m, após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e das

coberturas de inverno, no ano de 2004 .........................................................................111

39 Valores médios de microporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0,20 –

0,30 m, após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e três

coberturas do solo, no ano de 2004 ..............................................................................

113

40 Valores médios de porosidade total do solo (m3 m-3) na camada de 0 – 0,10 m após a

colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e três coberturas do

solo, no ano de 2004 .....................................................................................................

115

41 Valores médios de porosidade total do solo (m3 m-3), na camada de 0,10 – 0,20 m,

após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e três

coberturas do solo, no ano de 2004 ..............................................................................

117

42 Valores médios de porosidade total do solo (m3 m-3) na camada de 0,20 – 0,30 m

após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e três

coberturas, no ano de 2004 ...........................................................................................

119

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XIII

LISTA DE FIGURA

Figura Página 1 Precipitação pluvial (mm) mensais do experimento nos anos de 2002 a 2004............ 20 2 Temperaturas mínima, máxima e média, umidade relativa do ar e

evapotranspirações mensais do experimento nos anos de 2002 a 2004 ...................

20

3 Vista geral da área experimental antes da semeadura da soja (verão 2002/ 2003) ...... 26 4 Soja na fase de desenvolvimento (01/ 2003) ................................................................ 27 5 Soja na fase de colheita (03/ 2003) ............................................................................... 27 6 Plantas de aveia preta emergidas .................................................................................. 27 7 Plantas de aveia preta antes do corte ............................................................................ 27 8 Vista geral da emergência do sorgo .............................................................................. 27 9 Vista geral do sorgo na colheita (grão úmido) ............................................................. 27 10 Vista do sorgo após a colheita ...................................................................................... 28 11 Vista geral da brotação do sorgo .................................................................................. 28 12 Vista da semeadura da soja sobre palha de aveia preta ................................................ 28 13 Vista geral da semeadura da soja sobre brotação de sorgo .......................................... 28 14 Densidade do solo (kg dm-3) na camada de 0 – 0,10 m antes da implantação dos

manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo

reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002 .................................

42

15 Densidade do solo (kg dm-3) na camada de 0,10 – 0,20 m antes da implantação dos

manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo

reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002 .................................

43

16 Densidade do solo (kg dm-3) na camada de 0,20 – 0,30 m antes da implantação dos

manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo

reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002 .................................

43

17 Macroporosidade do solo (m3 m-3) na camada de 0 – 0,10 m antes da implantação

dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo

reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002 .................................

44

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XIV

18 Macroporosidade do solo (m3 m-3) na camada de 0,10 – 0,20 m antes da implantação

dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo

reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002 ................................

45

19 Macroporosidade do solo (m3 m-3) na camada de 0,20 – 0,30 m antes da implantação

dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo

reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002 .................................

45

20 Microporosidade do solo (m3 m-3) na camada de 0 – 0,10 m antes da implantação

dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo

reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002 .................................

46

21 Microporosidade do solo (m3 m-3) na camada de 0,10 – 0,20 m antes da implantação

dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo

reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002 .................................

47

22 Microporosidade do solo (m3 m-3) na camada de 0,20 – 0,30 m antes da implantação

dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo

reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002 ................................

47

23 Porosidade total do solo (m3 m-3) na camada de 0 – 0,10 m antes da implantação dos

manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo

reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002 .................................

48

24 Porosidade total do solo (m3 m-3) na camada de 0,10 – 0,20 m antes da implantação

dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo

reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002 .................................

49

25 Porosidade total do solo (m3 m-3) na camada de 0,20 – 0,30 m antes da implantação

dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo

reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002 .................................

49

26 Produção de matéria seca total presente na superfície do solo antes da implantação

do manejo do solo e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002 ...................

50

27 Porcentagem de cobertura presente na superfície antes da implantação do manejo do

solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido), no

ano de 2002 ...................................................................................................................

51

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XV

28 Porcentagem de cobertura presente na superfície após a operação do manejo do solo

(PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Prepar o reduzido), no ano

de 2002 .........................................................................................................................

52

29 Porcentagem de cobertura presente na superfície após a semeadura da soja em três

manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo

reduzido), no ano de 2002 ............................................................................................

52

30 Estande inicial de plantas de soja (plantas ha-1) em três sistemas de manejo do solo

(PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) antes da

semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002 ....................................................

53

31 Estande final de plantas de soja (plantas ha-1) em três sistemas de manejo do solo

(PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) antes da

semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002 ....................................................

54

32 Produtividade de soja (kg ha-1) a 13% de umidade em três sistemas de manejo do

solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido), no

ano de 2002 ..................................................................................................................

55

33 Matéria seca total presente na superfície do solo antes da implantação dos manejos

do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e

três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003 ........................

59

34 Porcentagem de cobertura presente na superfície do solo antes da implantação do

manejo (PD - Plantio direto; CO - Arado disco + grade leve e PR – Preparo

reduzido) e três coberturas (aveia preta; sorgo e pousio), no ano de 2003 ..................

61

35 Porcentagem de cobertura presente na superfície do solo após a implantação do

manejo (PD - Plantio direto; CO - Arado disco + grade leve e PR - Preparo

reduzido) e três coberturas (aveia preta; sorgo e pousio), no ano de 2003 ..................

63

36 Porcentagem de cobertura presente na superfície do solo após a semeadura da soja

em três manejos (PD - Plantio direto; CO - Arado disco + grade leve e PR - Preparo

reduzido) e três coberturas (aveia preta; sorgo e pousio), no ano de 2003 ..................

65

37 Força de tração média (kN) na operação de manejo do solo (PC- Preparo

convencional e PR- Preparo reduzido) em três coberturas do solo (aveia preta, sorgo

e pousio), no ano de 2003 ............................................................................................

67

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XVI

38 Força de tração média (kN) na semeadura de soja em três manejos do solo (PD-

Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas

do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003 ................................................

69

39 Força máxima de tração (kN) na semeadura de soja em três manejos do solo (PD-

Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas

do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003 .................................................

71

40 Potência média (kN) na semeadura de soja em três manejos do solo (PD- Plantio

direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo

(aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003 .............................................................

73

41 Potência máxima (kN) na semeadura de soja em três manejos do solo (PD- Plantio

direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo

(aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003 .............................................................

75

42 Velocidade de deslocamento (km h-1) na semeadura de soja em três manejos do solo

(PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três

coberturas (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003 ...........................................

77

43 Consumo específico ( L ha-1 ) na semeadura de soja em três manejos do solo (PD-

Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido)) e três coberturas

do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003 .................................................

79

44 Patinagem (%) da roda motriz do trator na semeadura de soja em três manejos (PD-

Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas

(aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003 ..............................................................

81

45 Capacidade operacional efetiva (ha h-1) na semeadura de soja em três manejos (PD-

Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas

(aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003 ..............................................................

83

46 Consumo específico total (L há-1) em três manejos do solo (PD- Plantio direto; PC-

Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta,

sorgo e pousio), no ano de 2003 ..................................................................................

85

47 Estande inicial de plantas de soja (plantas ha-1) em três manejos do solo (PD-

Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas

do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003 .................................................

87

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XVII

48 Estande final de plantas de soja (plantas ha-1) em três manejo do solo (PD- Plantio

direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido)e três coberturas do solo

(aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003 ..............................................................

89

49 Produtividade de soja (kg ha-1) a 13% de umidade, em três sistemas de manejo do

solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três

coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003 ...............................

91

50 Densidade do solo (m3 m-3) na camada de 0 – 0,10 m após a colheita das culturas de

inverno em função de três manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo

convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e

pousio), no ano de 2004 ...............................................................................................

98

51 Densidade do solo (m3 m-3), na camada de 0,10 – 0,20 m, após a colheita das

culturas de inverno em função do manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo

convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e

pousio), no ano de 2004 ...............................................................................................

100

52 Densidade do solo (m3 m-3) na camada de 0,20 – 0,30 m após a colheita das culturas

de inverno em função do manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo

convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e

pousio), no ano de 2004 ...............................................................................................

102

53 Macroporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0 – 0,10 m, após a colheita das

culturas de inverno em função do manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo

convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e

pousio), no ano de 2004 ...............................................................................................

104

54 Macroporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0,10- 0,20 m, após a colheita das

culturas de inverno em função do manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo

convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e

pousio), no ano de 2004 ...............................................................................................

106

55 Macroporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0,20- 0,30 m, após a colheita das

culturas de inverno em função do manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo

convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e

pousio), no ano de 2004 ...............................................................................................

108

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XVIII

56 Microporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0 – 0,10 m, após a colheita das

culturas de inverno em função do manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo

convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e

pousio), no ano de 2004 ...............................................................................................

110

57 Microporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0,10 – 0,20 m, após a colheita das

culturas de inverno em função do manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo

convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e

pousio), no ano de 2004................................................................................................

112

58 Microporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0,20 – 0,30 m, após a colheita das

culturas de inverno em função do manejo do solo e (PD- Plantio direto; PC- Preparo

convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e

pousio), no ano de 2004 ...............................................................................................

114

59 Porosidade total do solo (m3 m-3), na camada de 0 – 0,10 m, após a colheita das

culturas de inverno em função do manejo do solo e (PD- Plantio direto; PC- Preparo

convencional e PR- Preparo reduzido) três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e

pousio), no ano de 2004 ...............................................................................................

116

60 Porosidade total do solo (m3 m-3), na camada de 0,10 – 0,20 m, após a colheita das

culturas de inverno em função do manejo do solo e (PD- Plantio direto; PC- Preparo

convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e

pousio), no ano de 2004 ...............................................................................................

118

61 Porosidade total do solo (m3 m-3) na camada de 0,20 – 0,30 m após a colheita das

culturas de inverno em função do manejo do solo e (PD- Plantio direto; PC- Preparo

convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e

pousio), no ano de 2004 ...............................................................................................

120

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XIX

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1

1. RESUMO

O uso do sistema plantio direto tem proporcionado uma série de

transformações nas cadeias produtivas devido ao planejamento e à diversificação das

atividades agrícolas com as práticas racionais, o que vem aumentando a produção de grãos e

carne no país. Devido à sua grande extensão territorial, as condições climáticas são irregulares,

algumas regiões caracterizam-se por elevadas temperaturas, com chuvas de grande intensidade

no verão e inverno frio e seco, ocasionando dificuldades na formação de cobertura morta com

baixo custo. Uma das espécies utilizadas para esta finalidade são as gramíneas, que, integradas

no sistema de rotação e sucessão de culturas, garantem a cobertura do solo por períodos mais

prolongados. Este trabalho objetivou analisar o desempenho energético dos sistemas de

manejo do solo e da cobertura com a otimização do número de culturas em sucessão para a

produção de grãos e feno, e obtenção de cobertura de solo para região de inverno seco. O

experimento foi instalado e conduzido em condições de campo, nos anos agrícolas de

2002/2003 e 2003/2004, na Fazenda Experimental Lageado, da Faculdade de Ciências

Agronômicas - Campus de Botucatu/ UNESP, num Nitossolo Vermelho Distrófico, cultivado

há 7 anos com os mesmos tratamentos de preparo do solo: arado de disco + 2 gradagens leves;

escarificador com disco de corte e rolo destorroador; sistema plantio direto no verão;

semeadura direta das culturas de inverno com aveia preta e sorgo e tratamento testemunha

composto por pousio. O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados em

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2

esquema fatorial (3x3), com quatro repetições. Os resultados obtidos permitiram verificar que,

independente das espécies utilizadas, a porcentagem de cobertura do solo mostrou-se superior

no sistema plantio direto quando comparado aos demais. A operação de semeadura da cultura

de soja em solo preparado com cultivo mínimo proporcionou maiores força integrada de

tração, demanda de potência, consumo de combustível, patinagem das rodas motrizes e menor

velocidade de deslocamento. A quantidade de matéria seca presente na superfície do solo no

sistema plantio direto apresentou valor igual à produzida pela parte aérea da aveia preta,

mostrando a importância do plantio sucessivo no acúmulo de matéria seca. As variáveis de

demanda energética analisadas na semeadura e confecção do feno não foram influenciadas

pelos manejos do solo. No entanto, o mesmo não aconteceu com os valores de densidade,

macroporosidade, microporosidade e porosidade total do solo analisado.

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3

SUCCESSION OF CULTURES IN INTEGRATED SYSTEMS OF PRODUCTION.

Botucatu, 2005. 129f. (Doutorado em Agronomia/ Energia na Agricultura)- Faculdade de

Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista.

Author: ÉLCIO HIROYOSHI YANO

Adviser: SÉRGIO HUGO BENEZ

2. SUMMARY

The use of the no-tillage system has been providing a series of

transformations in the productive chains because of the planning and diversification of the

agricultural activities with rational practices, comes increasing the production of grains and

meat in the country. Due to your large territorial extension, the climatic conditions are

irregular, some areas are characterized by high temperatures, with rains of intensity in the

summer and cold and dry winter, causing difficulties in the formation of dead covering with

low cost. One the species used for this purpose they are grasses that, integrated in the rotation

and succession crops systems, give security to soil coverage for more lingering periods. The

objective of this research was to analyze the energy acting of planting systems and soil

coverage with the optimize of the number of cultures in succession for the production of

grains and hay, and obtaining soil covering for area of dry winter. The experiment was

installed and led in field conditions, in the agricultural years 2002/2003 and 2003/2004, in The

Lageado Experimental Farm, Unesp, Campus of Botucatu, on an Alfisol , cultivated 7 years

ago with the same treatments planting: disk plow + 2 leveling disk harrowing; chisel plow

with cut disk and roll; system no-tillage in the summer; no-tillage in the winter with dark oat

and sorghum and testifies treatment composed by winter fallow. The experimental design was

the split plot in factorial outline (3x3), with four replications. Results showed that,

independent of the used species, the percentage of soil coverage was superior in the system

no-tillage when compared to the others. The soybean planting prepared with minimum tillage

it provided larger integrated force of traction, potency demand, fuel consumption, slip of

traction wheel and smaller displacement speed. The amount dry matter on soil surface in the

no-tillage presented value same to produced for the aerial part in the dark oat, showing the

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4

importance of the successive planting in the dry matter accumulation. Energy demand

analyzed in the crop and making of the hay they were not influenced by planting, unlike what

it happened with the density values, macroporosity, microporosity and total porosity of the

analyzed soil.

_______________________________

Keywords: soil management, winter crops, operational performance of machinery

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5

3. INTRODUÇÃO

Com a globalização do mercado, o setor agropecuário está passando

por um processo de transformação da cadeia produtiva com o planejamento das atividades na

busca de altas produtividades, minimização de custo e preservação do meio ambiente. Nos

sistemas integrados de produção, o plantio direto tem proporcionado melhoria na conservação

do solo, reduções de plantas invasoras, doenças, pragas e otimização de receitas. Entre as

culturas, a soja vem ocupando uma posição considerável no país, com expansão em grandes

áreas, uma vez que as variedades adotadas são desenvolvidas para cada condição climática,

resultando na elevada produção de grãos sob cultivo extensivo e/ou em sistema integrado

lavoura - pecuária.

O uso do sistema plantio direto na semeadura das principais culturas

em sucessão possibilitou receita extra ao agricultor, uma vez que há um ganho de tempo no

momento da semeadura, na manutenção dos teores de água, na possibilidade de fornecer

cobertura no período de entressafra (inverno - primavera) e na economia de combustível no

momento do plantio.

A utilização da silagem de grãos úmidos na alimentação animal tem

proporcionado a difusão nas atividades de suinocultura, avicultura e bovinocultura de leite e

corte, por apresentarem resultados satisfatórios, com eficiência na conversão alimentar e

precocidade no abate dos animais. Dentre as várias atividades do setor agrícola, o sistema de

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6

integração agricultura – pecuária tem proporcionado grande êxito e contribuído para a

eficiência da cadeia produtiva, com a antecipação da colheita de grãos em três a quatro

semanas, em menores perdas quantitativas por tombamento de plantas e qualitativos por

infestação de pragas, doenças e . pássaros, redução do custo com armazenamento, diminuição

nas porcentagens de impurezas e grãos ardidos e semeadura antecipada da cultura sucessora,

contribuindo para o estabelecimento e desenvolvimento das culturas subseqüentes mesmo em

condições edafoclimáticas desfavoráveis em razão da distribuição irregular de precipitação.

O feno de aveia preta e/ou pastejo rotativo também tem contribuído

para a eficiência deste sistema de integração já que, dependendo do ano agrícola, a brotação

proporciona quantidade de palha suficiente para o sistema plantio direto.

A sucessão de culturas com o uso racional de cultivares precoces no

verão e colheita antecipada seguida de semeadura direta com outra cultura de ciclo, também

precoce, pode otimizar o uso do solo, aumentar o fornecimento de grãos, melhorar a cobertura

e possibilitar o aumento de lucros.

No entanto, a escolha de espécies aptas formadoras de cobertura e

produção de grãos para regiões de inverno frio e seco não tem proporcionado sucesso devido

ao elevado custo de produção. Diante disso, o pousio tem-se mostrado como melhor opção de

cobertura para estas condições.

Portanto, este trabalho teve como objetivo analisar o desempenho

energético dos sistemas integrados de manejo do solo e da cobertura com a otimização do

número de culturas em sucessão para a produção de grãos secos e/ou úmidos e feno para a

região de inverno seco.

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4. REVISÃO DE LITERATURA

4.1. Princípios conservacionistas

Segundo Kochhann e Dernardin (2000), a mobilização do solo

exclusivamente na linha de semeadura no sistema plantio direto reduziu os custos de produção

da agropecuária no Rio Grande do Sul, com alterações radicais no cronograma de atividades

da propriedade rural, com menor demanda de potência de tratores por unidade de área, mão de

obra, consumo de combustível e custo de manutenção de máquinas e implementos. Os autores

mencionam que a manutenção de resíduos culturais na superfície do solo associado à rotação

de culturas potencializou a atividade agrícola a curto prazo na estruturação física do solo com

menores perdas de solo, água e nutrientes pelo processo de erosão. Estes resíduos auxiliam,

ainda, a evitar perdas de água por evaporação e redução da amplitude térmica diária do solo

em períodos de temperaturas elevadas, favorecendo o processo nutricional das plantas.

Segundo Silva e Bohnen (2001), a utilização de sistemas

conservacionistas de manejo do solo com acúmulo de diferentes quantidades de resíduos

culturais sobre a superfície tem alterado a dinâmica de decomposição da matéria orgânica com

mineralização e liberação de nutrientes para solução do solo.

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4.2. Sistema de manejo do solo

Para Silva e Gamero (1993), as operações de preparo do solo são

realizadas por inúmeras razões, sempre com o intuito de proporcionar condições favoráveis

para as operações de semeadura, germinação de sementes, emergência de plântulas,

desenvolvimento e produção das plantas, como também eliminar plantas invasoras, controlar

erosão e descompactar solo.

Segundo Fernandes et al. (1998), o manejo contínuo por grade pesada

tem pulverizado excessivamente a camada arável do solo com formação de selamento

superficial, que reduz a taxa de infiltração da água com surgimento de erosão e, sobretudo,

queda na produtividade das principais culturas.

4.3. Demanda energética

Atualmente, com a elevação dos custos de produção e queda dos

preços dos produtos agrícolas no mercado, os agricultores têm almejado obter mecanismos

eficientes com baixos custos de produção, destacando-se o uso de máquinas agrícolas

adequadas no conjunto trator- máquina agrícola durante o manejo e operação do solo (GREEN

et al., 1985).

Segundo Garcia et al. (2005, p. 200), é importante conhecer a

capacidade da máquina a fim de selecionar a potência e os equipamentos que desempenharão

as operações agrícolas em tempo hábil, evitando, dessa forma, custos adicionais com

máquinas superdimensionadas, comum nas propriedades agrícolas.

Segundo Silva (1997, p. 8), a determinação da força de tração e demais

parâmetros energéticos são avaliados com o objetivo de minimizar as perdas de potência desde

o motor até a barra de tração. Esse trabalho visa obter um menor esforço de tração com

máximo rendimento operacional e, conseqüentemente, redução nos custos operacionais.

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4.4. Atributos físicos do solo

Segundo Secco et al. (2005, p. 409), alguns atributos físicos do solo

como densidade e espaço poroso podem ser utilizados como indicadores da qualidade do solo

de acordo com o manejo a que ele está sendo submetido. A estabilidade estrutural acontece

quando ocorre contínua avaliação no decorrer do tempo, podendo, assim, monitorar com

eficiência os sistemas de manejo do solo.

Urchei (1996) conclui, ainda, que o aumento da densidade do solo e a retenção de água na

profundidade de 0 a 0,10 m no plantio direto reduzem a macroporosidade e porosidade total do

solo.

Stone e Silveira (2001) também afirmaram que o sistema plantio direto

proporcionava maiores valores de densidade e microporosidade, e, em conseqüência, menor

macroporosidade e porosidade total, sendo que a densidade do solo influiu em diversos

atributos dele, como o crescimento e o desenvolvimento das plantas, a condutividade de água

e o calor, a disponibilidade de nutrientes e a resistência à penetração do solo.

Segundo Câmara e Klein (2005, p.818), a escarificação esporádica do

solo sob plantio direto proporcionou melhoria nas condições físico- hidromecânicas do solo

para o desenvolvimento das plantas, especificamente pela redução da resistência mecânica à

penetração.

4.5. Cobertura do solo

O uso de diferentes coberturas mortas de culturas antecessoras no

sistema plantio direto reduziu a competição de plantas daninhas por rápido fechamento das

plantas, proporcionando melhor crescimento, desenvolvimento e produtividade de soja

(PEREIRA, 1996)

Segundo Pruski (1997), a presença de cobertura vegetal protege a

superfície do solo contra a erosão pelo amortecimento das gotas de chuva, que reduz a

desagregação dos agregados, a obstrução dos poros e o selamento superficial do solo, com

redução da velocidade de escoamento pelo aumento da rugosidade hidráulica ao longo do

percurso onde ocorre o escoamento.

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As melhores opções de cobertura para o cerrado, segundo Altmann

(2000, p. 219) têm sido as culturas de milheto, sorgo e nabo forrageiro, por proporcionarem

cobertura homogênea superior a 70% da superfície , o que contribui na redução do impacto

das gotas de chuva, temperatura do solo e supressão de plantas daninhas, além de favorecer a

atividade microbiana do solo.

Mello (2001) citou que a produção de 10 t. ha-1 de matéria seca de

resíduos adicionados anualmente sobre a superfície é suficiente para suprir a implantação do

sistema plantio direto, com plena condição de manifestar seu potencial como sistema

sustentável em regiões de temperatura média anual alta com precipitações pluviométricas

concentradas no verão.

Para Yano (2002), a quantidade de palha (10 t. ha-1) produzida pela

cultura do milho no verão tem-se mostrado promissora na sustentabilidade da rotação e

sucessão de culturas (safrinha) em plantio direto na região de Selviria- MS. E dentre os

sistemas integrados de produção de matéria seca estudados pelo autor, os tratamentos que

utilizaram, sucessivamente, milho no verão, sorgo no inverno e testemunha com vegetação

espontânea com capim colonião em sistema plantio direto apresentaram maior quantidade de

matéria seca.

Silva et al. (2001), estudando as diferentes intensidades de precipitação

e porcentagens de cobertura associada às durações de tempo em um Podzólico Vermelho

Amarelo, verificaram que o aumento da porcentagem de cobertura evitou a formação de

selamento e escoamento superficial, devido à maior taxa de infiltração de água no solo e

redução do impacto direto das gotas da chuva sobre o mesmo.

Segundo Grego et al. (2001), a vegetação espontânea tem-se mostrado

como alternativa na formação de cobertura do solo de elevada produção de matéria seca após

soja, com surgimento de maiores quantidades de plantas invasoras, podendo ser considerado

como coberturas ideais em anos atípicos de falta de chuva, como ocorrido em Botucatu-SP, no

ano de 2000. As culturas de triticale, milheto e aveia preta, semeadas na época recomendada

para o local, tiveram a produção comprometida. Portanto, para os autores, a disponibilidade

hídrica da região é mais importante do que o estabelecimento da época de semeadura destas

culturas como formadoras de palhada.

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4.6. Cultura da soja

Mello (1988) estudou os efeitos de diferentes sistemas de preparo do

solo na cultura da soja em Latossolo Vermelho Escuro em regiões de cerrado, e verificou que

suas menores produtividades em semeadura direta não podem ser generalizadas, pois este

sistema é considerado a técnica mais viável economicamente em regiões edafoclimáticas que

permitem a implantação de duas ou mais culturas por ano na mesma área em rotação.

Rosa Junior (2000) estudou o efeito dos sistemas de manejo do solo e

cultivo do milho “safrinha” em sucessão de culturas de soja em Latossolo Roxo Distrófico da

região de Dourados - MS e verificou que, dentre as coberturas utilizadas, o milheto foi o que

obteve maiores quantidades de cobertura superficialmente sobre o solo, conferindo assim

importante papel no sistema de sucessão de cultura para a região de cerrado.

Segundo Tanimoto (2002), as diferentes cultivares de soja sobre

palhada de cana crua no sistema de plantio direto resultou no aumento da produtividade da

soja, independente do ano agrícola e tipo de solo, em virtude da maior disponibilidade de

água. A incorporação desta grande quantidade de resíduos com preparo convencional exige

uma grande demanda de energia com maior número de operações, consumo de combustível e

mão de obra em relação ao sistema plantio direto, que proporcionou uma economia de 30,2%

no custo de produção por hectare.

Cominetti (2004) estudou o desempenho agronômico de dez cultivares

de soja recomendadas para o estado de São Paulo com diferentes manejos do solo

(convencional - grade pesada seguida de grade leve; reduzido - subsolador com rolo

destorroador de disco de corte frontal e sistema plantio direto.) sob vegetação de triticale,

constatando diferenças na produtividade das cultivares de soja para o mesmo preparo do solo,

sendo que a cultivar M. Soy 7501 caracterizou-se por ser a mais produtiva nos três preparos do

solo em razão do seu maior potencial produtivo e sua estabilidade. As cultivares FT Abyara,

BRS-133 e IAC-22 foram as mais produtivas no sistema com preparo reduzido e plantio

direto, podendo ser mais adaptadas a sistemas que exercem menor mobilização do solo.

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4.7. Cultura de inverno

Segundo Campos (p. 1, 2004), a adoção do sistema plantio direto na

integração lavoura- pecuária tem modificado a agricultura no cerrado com a diversificação e a

integração de culturas que proporcionam proteção e conservação do solo e da água. O autor

ressalta que a escolha de espécies adequadas ao inverno seco do cerrado com rotação de

culturas poderá influenciar na disponibilidade nutricional e produção de grãos e palha para o

sistema.

Segundo Campos et al. (1998), o triticale tem sido considerado de

grande importância na alimentação animal com produção de forragem verde, feno, silagem de

planta inteira ou grão úmido, grãos secos para a indústria de rações e cobertura do solo, por

apresentarem menor custo em ambas atividades, sendo de baixa exigência hídrica, resistente às

pragas, doenças e acidez do solo, além de elevada produtividade.

Muller et al. (2001) estudaram cinco espécies de plantas de adubação

verde de inverno (ervilha, nabo forrageiro, tremoço branco, aveia preta e aveia branca),

cultivadas em vaso com diferentes níveis de compactação em subsuperfície. Concluíram que o

nabo forrageiro e a aveia preta surgiram como alternativas para adubação verde de inverno sob

compactação subsuperficial do solo, por apresentarem sistemas radiculares mais

desenvolvidos em profundidades, apresentando melhoria da estrutura do solo, desde que as

condições de clima fossem favoráveis ao desenvolvimento.

4.8. Cultura do sorgo

O sorgo granífero (Sorghum bicolor L.) é uma gramínea de clima

tropical e de elevada capacidade de produção de grãos, podendo substituir o milho em regiões

com baixo índice pluviométrico e em solos deficientes quanto às características físico-

químicas e de grande adaptabilidade às condições adversas.

A composição química dos grãos de sorgo é semelhante à do milho,

podendo substituí-lo em elevadas proporções na alimentação animal . Contudo, o seu valor

nutritivo é ligeiramente inferior. O conteúdo de proteína do sorgo é bastante variável e está

condicionado a variedades, fertilidade do solo e níveis de adubação. Entretanto, algumas

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cultivares desenvolvidas para resistir ao ataque de pássaros em condições de campo possuem

altos teores de tanino nos grãos, o que reduz consideravelmente sua digestibilidade (COSTA;

TOWNSEND, 2002b).

A resistência a períodos de estiagem é atribuída ao sistema radicular

profundo e fibroso, à redução da taxa de crescimento em condições de deficiência hídrica e às

suas folhas, que apresentam algumas características xerofíticas, o que diminui a perda de água.

A cultura do sorgo é uma excelente alternativa para o pecuarista

minimizar os problemas decorrentes da estacionalidade da produção de forragem no período

seco (COSTA e TOWNSEND, 2002a),e, além de apresentar boa tolerância ao déficit hídrico,

permite a possibilidade do cultivo de outras culturas em sucessão.

Segundo Simplício et al. (2002), diversas culturas podem ser utilizadas

para a ensilagem, no entanto, o sorgo tem sido uma opção viável por apresentar facilidade de

cultivo, altos rendimentos, resistência às condições adversas de clima e solo e boa qualidade

de forragem. Além de apresentar capacidade de rebrotar após o corte, produz quantidade

considerável de massa verde, servindo como alternativa de corte ou pastejo direto da rebrota,

incrementando assim a disponibilidade de forragem na propriedade.

De acordo com Kichel et al. (1986), o sorgo é uma cultura de grande

perspectiva para a economia no Brasil por apresentar várias características importantes, como

produção de grão de alto valor energético, adaptabilidade às extensas áreas do país, com alta

produtividade e facilidade de mecanização, além de poder substituir o milho em algumas

regiões marginais por apresentar maior tolerância a determinadas condições adversas de clima

e solo.

Para Heckler e Fernandes (2001), a cultura do sorgo no verão

constitui-se como alternativa para integrar sistemas de rotação de culturas e diversificação da

propriedade, em substituição ao milho, devido ao déficit hídrico que ocorre com freqüência

nos meses de janeiro e fevereiro no Centro Oeste do Brasil.

Segundo Dias Araujo et al. (2001), a utilização do sorgo como

forrageira no processo de ensilagem tem-se mostrado uma opção em substituição ao milho nas

regiões de clima semi-árido, pois apresenta maior produção de forragem por área em virtude

da maior resistência aos verânicos e menor exigência quanto à fertilidade do solo.

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Segundo Seleme e Pinheiro (2004, p. 6), o sucesso da segunda safra

(safrinha) depende do adequado planejamento da safra de verão, com melhores resultados

obtidos nos plantios após a soja, com uso de cultivares de ciclo precoce, por permitir a

antecipação da data de semeadura numa melhor época, com aproveitamento dos resíduos de

adubo da cultura anterior e permitir rotação de culturas com otimização de máquinas e

equipamentos agrícolas. O autor salienta que a área plantada com a segunda safra corresponde

a um terço da safra de verão nas regiões oeste, centro e norte do Paraná, sudoeste de Goiás,

Mato Grosso, sul de Mato Grosso do Sul e parte de São Paulo, por oferecer oportunidade e

mercado profissional de maneira rentável.

4.9. Silagem de grão úmido

A silagem de grão úmido de milho foi introduzida no país no inicio da

década de oitenta na região de Castro, inicialmente na alimentação de suínos e posteriormente

em bovinos, principalmente em rebanho leiteiro (KRAMER ; VOORSLUSYS, 1991).

Costa et al. (1999) definem silagem de grão úmido como produto da

conservação em meio anaeróbico de sementes de grãos dos cereais logo após a maturação

fisiológica com teor médio de água dos grãos de 28% e amplitude de 25 a 30%.

Segundo a Pionner (2002), a escolha do híbrido do milho para silagem

de grão úmido deve conter algumas características, como elevado valor nutricional,

principalmente em proteína e óleo, para que o animal expresse seu potencial produtivo com

ganho de peso na produção de carne e leite.

Lopes (2000) verificou que a silagem de grão úmido de milho

apresentou melhor conversão alimentar com menor consumo de ração sem interferir no ganho

de peso diário de suínos, em virtude do rompimento da estrutura física dos grânulos de amido

pela ação do calor e umidade durante a fermentação anaeróbica do processo de ensilagem, o

que favorece o ataque enzimático quando ingerido pelo animal.

Já Lopes et al. (2002) verificaram que a silagem de grão úmido com

sorgo de baixo teor de tanino proporcionou melhor desempenho nos leitões na fase de creche,

podendo assim substituir o milho e o sorgo seco. No entanto, os autores notaram que a silagem

de grão úmido com sorgo de elevado teor de tanino resultou num valor nutricional semelhante

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à silagem do grão úmido de milho, com redução no teor de tanino durante o processo de

fermentação do processo de ensilagem.

De acordo com Nummer Filho (2001), a silagem de grão úmido

representa uma redução de custo na alimentação animal de 20 a 30% em bovinocultura de

corte, 20% no rebanho leiteiro e de 15 a 25% na suinocultura, podendo ser considerado como

uma das práticas que consegue reunir baixos custos com elevada qualidade nutricional ao

longo do tempo de armazenamento e resposta animal.

4.10. Feno

A instabilidade na produção de forragem durante o ano faz com que o

setor produtivo da pecuária dependa, na sua maioria, do planejamento para atenuar os

problemas de conservação de forragem. O excesso de forragem produzida no período chuvoso

é um dos mecanismos alternativos para suprir as necessidades de alimentação dos animais nos

meses de escassez, pois é fundamental a manutenção de um programa sustentado de produção

animal, tendo a silagem de planta inteira e a fenação como métodos mais utilizados de

conservação de forragem.

Segundo Almeida (2003 p. 27), a técnica de fenação tem sido uma das

alternativas viáveis para minimizar os efeitos negativos da estacionalidade no período das

chuvas e no período da seca praticada pelos criadores do Nordeste, que utilizam técnicas

modernas e cultivam espécies forrageiras mais adequadas.

O feno é considerado um alimento volumoso que utiliza a radiação

solar para a desidratação e para conservar o alimento com as propriedades originais da planta

com a finalidade de suprir a necessidade do animal. A qualidade do feno está relacionada com

a cultura e o estádio de desenvolvimento das plantas (florescimento), devendo-se observar

alguns cuidados, segundo Ribeiro e Savastano Junior (2003) como: ser adaptada à região, de

cultivo fácil e econômico; possibilitar cortes mecânicos com bons rendimentos; suportar cortes

rentes à superfície sem prejudicar o estande; valor nutritivo elevado com alta digestibilidade e

palatabilidade e uniformidade de desidratação das folhas e hastes.

Ribeiro e Savastano Junior (2003) analisaram o desempenho

operacional das máquinas para fenação (segadora, ancinho e enfardadora) para produção de

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feno em duas épocas, utilizando como espécies as gramíneas do gênero Cynodon cultivares

Cost- cross e Tifton, e observaram que as operações de corte e enfardamento das gramíneas

demandam maior tempo e quantidade de energia devido à baixa velocidade de deslocamento,

quantidade, altura, largura a ser cortada e altura das leiras a serem enfardadas.

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5. MATERIAL E MÉTODOS

5.1 Material

5.1.1. Campo experimental

O ensaio foi instalado e conduzido na Fazenda Experimental Lageado,

da Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP - Câmpus de Botucatu, localizada nas

coordenadas 22°49’41” S e 48°25’37” W, com altitude média de 770 m, declividade entre 0 e

5% e clima do tipo Cfa, segundo o critério de Köeppen.

5.1.2. Área experimental

O ensaio iniciou-se a partir do verão de 2002 e foi até o verão de 2004.

As parcelas experimentais permaneceram com os mesmos tratamentos de manejo do solo no

verão e cobertura do solo por culturas de inverno (aveia preta e triticale), intercaladas em

ambos os anos, além da vegetação espontânea (pousio).

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5.1.3. Solo

O solo da área experimental foi classificado por Carvalho; Espíndola;

Paccolla (1983) como Unidade Lageado – Terra Roxa Estruturada, textura muito argilosa,

relevo suave ondulado, atualmente Nitossolo Vermelho Distrófico, de acordo com os critérios

do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 1999).

Os dados morfológicos e a composição granulométrica dos horizontes

do perfil modal do solo classificados por Carvalho; Espíndola; Paccolla (1983), estão

apresentados a seguir:

- Ap: 0-0,12 m; vermelho ferrugem (10R 3/6 úmido), argiloso, granular, grande, forte,

ligeiramente duro, friável, plástico e pegajoso, transição plana e clara; 210 g.kg-1 de areia, 290

g.kg-1 de silte e 500 g.kg-1 de argila.

- B21: 0,12 a 0,40 m; vermelho (10R 4/6 úmido), muito argiloso, composto por blocos

subangulares médios a grandes, forte e prismático, médio, moderadamente desenvolvido,

cerosidade moderada, comum, duro, firme, muito plástico e muito pegajoso, transição plana e

gradual; 140 g.kg-1 de areia, 170 g.kg-1 de silte e 690 g.kg-1 de argila.

- B22: 0,40 a 0,85 m; vermelho (10R 4/6 úmido), muito argiloso, composto por blocos

subangulares e angulares, grande e primástico, médio, fortemente desenvolvido, cerosidade

forte, abundante, muito duro, friável, muito plástico e muito pegajoso, transição plana e

gradual; 150 g.kg-1 de areia, 170 g.kg-1 de silte e 680 g.kg-1 de argila.

- B23: 0,85 a 1,35 m; vermelho (10R 4/6 úmido), muito argiloso, blocos subangulares, médios,

moderadamente desenvolvidos, cerosidade moderada, comum, duro, friável, muito plástico e

muito pegajoso, transição plana e gradual; 170 g.kg-1 de areia, 180 g.kg-1 de silte e 650 g.kg-1

de argila.

- B3: 1,35 a 2,0 m; vermelho (10R 4/6 úmido), muito argiloso, blocos subangulares, médios,

fracamente desenvolvidos, cerosidade fraca, pouca e descontínua, ligeiramente duro, muito

friável, muito plástico e muito pegajoso; 170 g.kg-1 de areia, 200 g.kg-1 de silte e 630 g.kg-1 de

argila.

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5.1.4. Precipitação pluvial

Nas Figuras 1 e 2 estão apresentados os índices de precipitação

pluviométrica, umidade relativa do ar, evapotranspiração e temperaturas máxima, mínima e

média durante o desenvolvimento do experimento.

5.1.5. Insumos Agrícolas

5.1.5.1. Sementes

Para a implantação do experimento foram utilizadas as seguintes

espécies de plantas, com as respectivas quantidades de sementes por unidade de área:

– 9 kg.ha-1 de sementes de sorgo (Sorghum bicolor), ciclo precoce, da empresa de

sementes Dow AgroSciences híbrido 740, com espaçamento de 0,45m entre linhas e

população de aproximadamente 170.000 plantas.ha-1;

– 76 kg.ha-1 de sementes de soja (Glycine max (L) Merril), da cultivar BRS-48, ciclo

precoce e população esperada de 400.000 plantas.ha-1 no espaçamento de 0,45 m

entre linhas;

– 83 kg.ha-1 de sementes de aveia preta (Avena strigosa Schreb.), cultivar comum,

espaçamento de 0,20 m entre linhas;

5.1.5.2. Fertilizantes

Para a semeadura da soja foram utilizados 320 kg.ha-1 da fórmula 04-

20-20. Na implantação da cultura do sorgo sob os manejos de preparo do solo foram

necessários 220 kg.ha-1 do fertilizante mineral 08-28-16 no plantio e 218 kg.ha-1 de uréia em

cobertura.

Na semeadura da aveia preta não se aplicou fertilizante, em razão da

própria gramínea estar aproveitando a adubação da cultura anterior.

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20

050

100150200250300350400450500

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Meses do Ano

Prec

ipita

ção

pluv

ial (

mm

) .

.

2002 2003 2004

Figura 1: Precipitação pluvial (mm) mensais do experimento nos anos de 2002 a 2004.

0,005,00

10,0015,0020,0025,0030,0035,0040,00

2003

2004

2003

2004

2003

2004

2003

2004

2003

2004

2003

2004

2003

2004

2003

2004

2002

2003

2004

2002

2003

2004

2002

2003

2004

2002

2003

2004

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Meses do Ano

Tem

pera

tura

( °C

) .

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

Um

idad

e re

lativ

a ( %

) .

Temp Minima (ºC) Temp Máxima (ºC) Tem Media (ºC)Umidade Relativa (%) EvapTClA

Figura 2: Temperaturas mínima, máxima e média, umidade relativa do ar e evapotranspirações mensais do experimento nos anos de 2002 a 2004.

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5.1.5.3. Inoculação de semente

Antes da semeadura, as sementes de soja foram inoculadas com

inoculante líquido (Gel Fix) na proporção de 100 mL para cada 60 kg de semente.

5.1.5.4. Defensivos agrícolas1

Os defensivos agrícolas utilizados estão apresentados na Tabela 1,

conforme as recomendações técnicas específicas dos produtos, e o grau de infestação pragas,

doenças e plantas invasoras que surgiram durante a instalação e condução do experimento.

Tabela 1: Herbicidas, inseticidas e fungicidas utilizados para as culturas de soja, sorgo e aveia

preta (COMPÊNDIO, 1999).

Culturas Produtos Finalidade Dose (p.c.)

- Roundup- WG (sal de amônio

Glyfosate 720 g kg –1) Herbicida dessecante 2,0 kg ha-1

- Basagran 600 (Bentazon 600 g L-1) Herbicida pós-emergente 1,0 L ha-1

- Classic (Chlorimuron 250 g kg-1) Herbicida pós-emergente 0,06 kg ha-1

- Select 240 CE (Chethodim

240 g L-1) Herbicida pós-emergente 0,4 L ha-1

- Verdict-R (Haloxifop 120 g L-1) Herbicida pós-emergente 0,4 L ha-1

- Azodrin 400 (Monocrotofós

400 g L-1) Inseticida organofosforado 0,4 L ha-1

- Triona (óleo mineral emulsionável

80%) Clorose aplical 1,0 L ha-1

Soja

- Vexter (Clorpirifós 480 g L-1) Inseticida não sistêmico 0,5- 1,0 L ha-1

1 A citação de marcas comerciais não representa recomendação pelo autor

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- Vitavax-Thiram

200sc(Carboxin+Thiram 200 g L-1 +

200 g L-1)

Fungicida sistêmico de

tratamento de semente

0,25 L/100 kg

semente

- Folicur 200 CE (Tebuconazole

200 g L-1) Fungicida sistêmico 0,5 L ha-1

- Roundup- WG (sal de amônio

Glyfosate 720 g kg –1) Herbicida dessecante 2,0 kg ha-1

- Atranex 500 SC (Atrazina

500 g L-1)

Herbicida pré e pós

emergente 2,8 L ha-1

- Vexter (Clorpirifós 480 g L-1) Inseticida não sistêmico 0,6 L ha-1

Sorgo

- Tracer ( Spinosad 480 g kg-1)) Inseticida sistêmico 0,07 L ha-1

Aveia-

preta

- Roundup- WG (sal de amônio

Glyfosate 720 g kg –1) Dessecante 2,0 kg ha-1

5.1.6. Máquinas e implementos agrícolas∗

5.1.6.1. Tratores

- Trator marca SLC- John Deere, modelo 6600, com tração auxiliar

4x2 (TDA), com potência de 89,0 kW no motor, rotação da TDP de 540 rpm a 2100 rpm,

pneus traseiros R1 23.1-30, pneus dianteiros R1 14.9-26;

- Trator marca Massey Ferguson, modelo MF 283 com tração auxiliar

dianteiro 4x2 (TDA), potência máxima de 62,6 kW, rotação da TDP de 540 rpm a 1900 rpm,

pneus traseiros 18.4, pneus dianteiros 12.4;

- Trator marca New Holland, modelo NH3030, com tração 4x2,

potência de 38,8 kW no motor, rotação da TDP de 540 rpm a 2200 rpm, pneus traseiros

16.9 - 28, pneus dianteiros 7.5 – 16.

∗ A citação de marcas comerciais não representa recomendação pelo autor

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5.1.6.2. Máquinas e implementos agrícolas

- Arado de disco fixo da marca Marchesan, modelo AF-3, montado e

acoplado no sistema hidráulico de três pontos do trator, composto por três discos com

diâmetro de 0,686 m, espaçados de 0,55 m e massa de 408 kg.

- Grade leve destorroadora/ niveladora de discos excêntrica, marca

Marchesan, modelo GNCR36x20” de arrasto, acionamento por controle remoto, com 36

discos de 0,508 m x 3,95mm e concavidade de 0,06 m espaçados entre si 0,195 m, com discos

côncavos recortados na dianteira e côncavos lisos na seção traseira,e massa 1492 kg.

- Escarificador de arrasto, marca Jan, modelo Jumbo Matic JMHD-7,

com 7 hastes espaçadas a 0,334 m, ponteiras de 0,05 m de largura, com comprimento de

0,43 m e ângulo de 24º, com largura de operação de 2,80 m, discos de cortes frontais

individuais para cada haste de 0,457 m (18”) e rolo destorroador/ nivelador dentado e massa

de 758 kg.

- Semeadora adubadora de precisão de arrasto, marca Marchesan,

modelo PST2, acionamento por controle remoto com 6 linhas espaçadas de 0,45 m, providas

de discos de corte lisos frontais, capacidade de 240 kg de sementes e 425 kg de fertilizantes,

mecanismo dosador de sementes tipo disco perfurado horizontal, com mecanismo sulcador do

tipo discos duplos desencontrados para fertilizantes e sementes, rodas controladoras de

profundidade, pneu compactador em “V”.

- Semeadora – adubadora de arrasto, com mecanismo distribuidor de

fluxo contínuo, marca Semeato, modelo SHM 15/17, com 15 linhas espaçadas de 0,20 m, sob

sulcadores de discos duplos desencontrados tanto para semente como para fertilizantes.

- Pulverizador de barra, marca Jacto, modelo PJ-600, montado e

acoplado no sistema de três pontos do trator, capacidade de 600L, barra de 12m com 24 pontas

tipo leque por indução de ar de modelo AI 110-03, espaçadas de 0,50 m, com vazão de 220 L

ha-1 e massa de 195kg.

- Ancinho enleirador, marca Metasa, modelo AEM-3000, montado e

acoplado ao sistema hidráulico de três pontos do trator, acionado pela tomada de potência com

rotação de 540 rpm, largura para enleirar de 2,80 m, largura para espalhar de 3,0 m, com 2

elementos rotativos e massa de 310 kg.

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- Segadora, marca Lavrale, modelo MF 615, montada e acoplada no

sistema hidráulico de três pontos do trator, acionada pela tomada de potência com rotação de

540 rpm, 2 tambores rotativos, 8 navalhas de corte, largura de corte de 1,6 m e massa de 365

kg.

- Enfardadora, marca Metasa, modelo PEM 3040, acoplada na barra de

tração do trator, rotação de 540 rpm na TDP, recolhedor com largura de 1,2 m, sistema de

amarração tipo barbante sisal.

- Colhedora autopropelida de grãos, marca Massey Ferguson, modelo

MF1630, com plataforma de 3,9m de largura, composta por picador e distribuidor de palha e

massa de 5459Kg.

- Trilhadora estacionária, marca Eda, modelo TR-Parcela, cilindro e

côncavo de dentes acionado por motor elétrico.

5.2. Métodos

5.2.1. Delineamento experimental e análise estatística

O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com 9

tratamentos (três sistemas de manejo do solo e três coberturas do solo) em esquema fatorial

3x3, com 4 repetições, totalizando 36 parcelas (140,00 m2) para as análises dos atributos

físicos do solo, demanda energética na semeadura da soja, características agronômicas da

cultura de verão e matéria seca das culturas de inverno. Para análise das variáveis como

demanda energética de semeadura (aveia preta e sorgo) e processamento de feno foi utilizado

o delineamento experimental em blocos ao acaso com três tratamentos e doze repetições. As

análises estatísticas foram realizadas através do programa Sisvar, pelo teste de média Scott

Knott (FERREIRA, 2000, p.255).

5.2.2. Histórico e adequação da área experimental

Até a safra 1989/90, a área não era experimental e vinha sendo

cultivada com milho, trigo e feijão. Somente a partir do outono de 1992 a área se tornou

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experimental, quando Boller (1996) iniciou seus experimentos semeando aveia preta, centeio,

nabo e ervilhaca.

Durante os períodos de primavera/verão de 1992/93 a área permaneceu em

pousio e a partir do verão de 1993 até meados de 1994 Boller (1996) conduziu seus trabalhos

dispondo os blocos e respectivos tratamentos de manejo do solo com preparo convencional de

arado de disco seguido de duas gradagens leves, preparo com enxada rotativa e cultivo

mínimo com escarificador, utilizando como coberturas aveia preta, centeio, nabo forrageiro e

pousio (vegetação espontânea).

Entre abril e dezembro de 1994, a área permaneceu em pousio e a partir de

janeiro de 1995, Siqueira (1999) desenvolveu seu trabalho utilizando como manejos do solo o

preparo convencional com arado de disco, arado de aiveca e escarificador, tendo como

coberturas aveia preta, nabo forrageiro, tremoço azul e solo descoberto.

Nos meados de 1996, Levien (1999) iniciou seu experimento constituído por

três métodos de preparo do solo (convencional com arado disco + duas gradagens leves;

escarificação e plantio direto) em quatro condições de cobertura (aveia dessecada; aveia

rolada; aveia triturada e sem cobertura), durante o período de outono/inverno, antecedendo a

implantação da cultura do milho

Em seguida, Furlani (2000) iniciou seus trabalhos manejando os restos

culturais de milho de Levien em fevereiro de 1998. Os tratamentos foram três sistemas de

preparo do solo (arado de disco + duas gradagens leves; preparo reduzido com escarificador e

semeadura direta), utilizando quatro sistemas de manejo da palha constituídos por rolo faca,

triturador de palha, aplicação de herbicida e pousio no inverno, tendo como culturas de

inverno aveia preta e nabo forrageiro semeadas em consórcio.

Após a colheita de feijão em fevereiro de 1999, a área permaneceu em

pousio até abril, aguardando oportunidade de preparo do solo para a semeadura do triticale de

Marques (2002), que em setembro deste mesmo ano semeou o milheto em plantio direto. Os

tratamentos de manejo do solo foram os mesmos do autor anterior. Nos períodos de 1999/2000

foram utilizados os quatro sistemas de manejo de entressafra a seguir: cultura do triticale

seguida por milheto manejada com triturador de palha; triticale seguida por milheto manejada

com rolo faca; triticale seguida por milheto manejada com herbicida; e triticale seguida de

pousio. Os tratamentos foram três sistemas de preparo do solo (arado de disco + duas

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gradagens leves; preparo reduzido com escarificador e semeadura direta), para a semeadura da

cultura de soja . Nos anos de 2000/2001, Marques utilizou quatro sistemas de manejo na

entressafra: aveia preta manejada com rolo-faca; aveia preta manejada com triturador de palha;

aveia preta manejada com herbicida e pousio mantendo o mesmo manejo de solo e cultura do

ano anterior. Em março de 2002, toda a área foi ocupada com o milho “safrinha”.

As Figuras 3 a 13 mostram a área geral do experimento, iniciado em

setembro de 2002, em diferentes etapas de desenvolvimento da pesquisa.

Figura 3: Vista geral da área experimental antes da semeadura da soja (verão 2002/ 2003).

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Figura 4: Soja na fase de desenvolvimento (01/ 2003)

Figura 5: Soja na fase de colheita (03/ 2003)

Figura 6: Plantas de aveia preta emergidas Figura 7: Plantas de aveia preta antes do corte

Figura 8: Vista geral da emergência do sorgo

Figura 9: Vista geral do sorgo na colheita (grão úmido)

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Figura 10: Vista do sorgo após a colheita Figura 11: Vista geral da brotação do sorgo

Figura 12: Vista da semeadura da soja sobre palha de aveia preta

Figura 13: Vista geral da semeadura da soja sobre brotação de sorgo

5.2.3. Descrição dos tratamentos

Antes da instalação do experimento foram realizadas análises prévias

para caracterização das propriedades físicas e químicas do solo, para posterior realização das

demais atividades em campo.

A área experimental foi submetida a três sistemas de manejo do solo:

PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional (arado de disco + duas gradagens leves) e PR-

Preparo reduzido (escarificador com rolo destorroador). Sobre esses manejos foi semeada a

cultura da soja.

Após a colheita da soja (2003 e 2004) foram semeados o sorgo

granífero e a aveia preta, ambos em sistema de plantio direto, com o propósito de obter

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silagem de grão úmido para sorgo e feno para aveia preta; no entanto, a parcela testemunha

permaneceu com a vegetação espontânea (pousio) para posterior semeadura da próxima

cultura de verão (soja).

Os tratamentos foram executados nas seguintes seqüências conforme

as especificações e abreviaturas abaixo:

Tratamento 1- Plantio direto + soja + aveia preta-feno (PDSAF);

Tratamento 2- Plantio direto + soja + sorgo grão úmido (PDSSU);

Tratamento 3- Plantio direto + soja + pousio (PDSP);

Tratamento 4- Preparo convencional + soja + aveia preta- feno (PCSAF);

Tratamento 5- Preparo convencional + soja + sorgo grão úmido- (PCSSU);

Tratamento 6- Preparo convencional + soja + pousio (PCSP);

Tratamento 7- Preparo reduzido + soja + aveia preta- feno (PRSAF);

Tratamento 8- Preparo reduzido + soja + sorgo grão úmido (PRSSU)

Tratamento 9- Preparo reduzido + soja + pousio (PRSP)

5.2.4. Instalação e condução do experimento no campo

A seqüência das atividades de instalação, conduções, coleta de

amostras e avaliações realizadas no experimento, estão apresentadas na Tabela 2.

Tabela 2: Ordem cronológica das atividades de instalação e condução do experimento.

Data Atividades

11/09/2002 Coleta de amostras de solo para caracterização das propriedades químicas do

solo

12/09/2002 Coleta de anéis volumétricos para determinação das propriedades físicas do solo

02/10/2002 Coleta de amostras para determinação de matéria seca

04/10/2002 Avaliação da porcentagem da cobertura do solo

22/11/2002 Avaliação do teor de água e manejo do solo utilizando preparo convencional

com arado de disco e escarificador com rolo destorroador; determinação da

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porcentagem de cobertura antes do manejo do solo

23/11/2002 1º Preparo secundário com grade leve

27/11/2002 Dessecação das parcelas

28/11/2002 2º Preparo secundário com grade leve; semeadura da soja e determinação da

porcentagem de cobertura após o preparo secundário e semeadura da soja

09/11/2002 Contagem do estande inicial de plântulas de soja

18/12/2002 Aplicação de herbicida pós-emergente (Basagran + Classic)

20/12/2002 Aplicação de herbicida pós-emergente (Select)

14/01/2003 Aplicação de inseticida no controle de lagarta da soja

24/02/2002 Aplicação de fungicida

03/04/2003 Colheita manual de plantas de soja e trilha de grãos para determinação das

características agronômicas

10/04/2003 Colheita mecanizada na área experimental

14/04/2003 Dessecação das parcelas com semeadura de aveia preta e sorgo

16/04/2003 Semeadura da aveia preta e sorgo com aplicação de herbicida pré-emergente na

cultura do sorgo (Atranex)

23/04/2003 Contagem inicial de plântulas de sorgo

14/05/2003 Aplicação de inseticida no sorgo para controle da lagarta do cartucho

17/06/2003 Adubação de cobertura com sulfato de amônio no sorgo

14/07/2003 Amostragem da quantidade de matéria seca na aveia preta

17/07/2003 Corte da aveia preta com cegadora tipo rotativa

19/07/2003 Espalhamento com ancinho/ enleirador

20/07/2003 Enleiramento e enfardamento da aveia preta (feno)

04/09/2003 Colheita manual de plantas de sorgo e trilha de grãos para determinação das

características agronômicas de grão úmido

13/10/2003 Coleta de anéis volumétricos para determinação das propriedades físicas do solo

19/11/2003 Coleta de amostras de matéria seca da brotação de sorgo e aveia preta

20/11/2003 1º Dessecação das parcelas de plantio direto

16/11/2003 2º Dessecação das parcelas de plantio direto; determinação da porcentagem de

cobertura do solo antes do manejo do solo com arado de disco e preparo

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reduzido com escarificador e rolo destorroador.

17/11/2003 Preparo secundário com grade leve logo pela manhã e outra à tarde e contagem

da porcentagem de cobertura do solo após finalizar a operação secundária

18/12/2003 Semeadura da soja e determinação da porcentagem de cobertura morta presente

na superfície após a semeadura da soja

23/12/2003 Início da germinação de plântulas de soja

30/12/2003 Contagem do estande inicial de plântulas de soja e aplicação de inseticida no

controle de lagarta da soja (Azodrin)

14/01/2004 Aplicação de herbicida pós-emergente (Basagran + Classic)

16/01/2004 Aplicação de herbicida pós-emergente (Verdict)

10/02/2004 Aplicação de fungicida (Folicur)

16/02/2004 Aplicação de inseticida para controlar a lagarta da soja e o percevejo marrom

(Vexter)

11/03/2004 Aplicação de inseticida no controle do percevejo marrom (Vexter)

15/03/2004 Aplicação de fungicida (Folicur)

19/04/2004 Colheita manual de plantas de soja para determinação das características

agronômicas

20/04/2004 Trilha de grãos de soja

06/05/2004 Colheita mecanizada da soja na área experimental

17/05/2004 Dessecação das parcelas para semeadura de aveia preta e sorgo

18/05/2004 Semeadura da aveia preta e sorgo com aplicação de herbicida pré-emergente na

cultura do sorgo (Atranex)

08/06/2004 Aplicação de inseticida no controle da lagarta do cartucho (Vexter)

28/06/2004 Aplicação de inseticida no controle da lagarta do cartucho (Tracer)

13/09/2004 Coleta de amostras para matéria seca de aveia preta

14/09/2004 Corte da aveia preta com cegadora rotativa

17/09/2004 Enleiramento e enfardamento da aveia preta (feno)

19/10/200 Colheita manual e trilha do sorgo (silagem grão úmido)

26/10/2004 Amostras indeformadas do solo com monólitos anéis volumétricos para

determinação das propriedades físicas do solo

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5.2.5. Atributos físicos do solo

Para determinação das características físicas do solo foram coletadas

amostras indeformadas utilizando anéis de volume conhecidos (altura de 5,30 cm e diâmetro

de 4,90 cm) antes de iniciar as operações de manejo do solo e após a colheita das culturas de

inverno nas respectivas entrelinhas, nas profundidades: 0 a 0,10 m, 0,10 a 0,20 m e 0,20 a 0,30

m, em cada parcela. Em laboratório determinou-se a macroporosidade pelo método da mesa de

tensão recomendada pela EMBRAPA (1997, 212p.), microporosidade, porosidade total e

densidade do solo.

5.2.6. Análise química do solo

Para caracterização das propriedades químicas do solo também foram

coletadas amostras antes de iniciar as operações de manejo do solo, em 3 pontos ao acaso em

cada parcela nas entrelinhas das culturas nas profundidades de 0 a 0,10 m, 0,10 a 0,20 m e

0,20 a 0,30 m. As amostras foram encaminhadas ao laboratório do Departamento de Recursos

Naturais/ Ciência do Solo da Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP/ Botucatu, para

análise química de rotina, de acordo com a metodologia de Raij & Quaggio (1983), conforme

resultados inseridos nas Tabelas 3, 4 e 5.

4.2.7. Cobertura do solo

Para determinação da porcentagem de cobertura do solo foi utilizado o

método da linha transversal, descrito por Laflen et al. (1981), que consiste num cordão de

15 m, com pontos espaçados de 15 cm, perfazendo-se duas leituras nas duas direções

diagonais de cada parcela experimental, antes e após o manejo do solo.

5.2.8. Matéria seca da cobertura vegetal

A matéria seca vegetal presente na superfície foi amostrada antes de

iniciar o manejo do solo e após cada colheita das culturas (soja; sorgo e aveia preta) e

testemunha (vegetação espontânea e/ou pousio). Utilizou um quadro com dimensões de 0,5

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x 0,5 m (0,25 m2), em dois pontos por parcela, conforme a metodologia de Chaila (1986). O

material amostrado foi identificado, separado e pesado conforme as espécies presentes nas

amostras da matéria seca da cultura anterior e das plantas atuais verdes. Em seguida as

amostras foram submetidas à secagem em estufa de circulação de ar forçada a 65ºC por 72

horas, até atingirem peso constante. Após a secagem, o material foi pesado em balança

digital de precisão de 0,01 g e transformado em valores de kg ha-1.

5.2.9. Sistema de aquisição de dados

Para aquisição de dados utilizou-se do “micrologger 21X, marca

Campbell Scientific”, para monitorar os dados provenientes dos sinais gerados pelos geradores

de impulsos (sinal de pulso - determinação da patinagem dos rodados e consumo de

combustível e sinal analógico para célula de carga e transdutor de torque). Para gravar as

informações utilizou-se um módulo de armazenamento externo de dados “Storage module

SM196”, sistema de medição desenvolvido por Silva (1997).

5.2.10. Patinagem da roda motriz traseira do trator

Para determinar a patinagem na roda motriz do trator foram acoplados

geradores de impulsos, da marca S&E Instrumentos de testes e medições, modelo GIPD-60-U-

12V. Os geradores de impulsos emitiam 60 pulsos por volta do rodado do trator, perfazendo a

distância percorrida em metros pelo perímetro da roda.

Os geradores foram fixados no trator conforme a descrição de Silva

(1997, p. 45).

100

60

60⋅

=∑

PerPulsos

LPerPulsos

Pat (1)

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Tabela 3: Caracterização química dos macronutrientes e micronutrientes da área experimental na profundidade de 0 a 0,10 m antes

da instalação do experimento, período 2002 a 2003.

Manejo pH M. O. P Resina Al+3 H + Al K Ca Mg SB CTC S V B Cu Fe Mn Zn Solo (CaCl2) (g.dm-3) (mg.dm-3) (mmolc.dm-3) (%) mg.dm-3

CO 5,6 31,6 34,7 0 27,5 4,5 47,1 22,7 74,4 101,9 9,9 72,7 0,3 11,4 21,6 63,3 3,1 PD 5,8 29,0 20,1 0 24,6 3,4 47,2 24,4 74,4 99,3 8,6 74,7 0,2 9,9 16,7 50,3 1,7 CM 5,6 29,9 25,8 0 26,9 3,9 45,7 21,6 71,2 98,2 8,7 72,5 0,2 10,0 21,9 50,6 2,4 Tabela 4: Caracterização química dos macronutrientes e micronutrientes da área experimental na profundidade de 0,10 a 0,20 m

antes da instalação do experimento, período 2002 a 2003.

Manejo pH M. O. P Resina Al+3 H + Al K Ca Mg SB CTC S V B Cu Fe Mn Zn Solo (CaCl2) (g.dm-3) (mg.dm-3) (mmolc.dm-3) (%) mg.dm-3

CO 5,1 27,6 17,6 0 38,8 3,0 30,6 13,4 47,0 85,6 14,6 54,9 0,2 11,4 24,8 65,8 1,6 PD 5,4 26,9 19,2 0 29,7 2,5 36,9 17,4 56,7 86,4 11,0 65,7 0,2 10,4 20,3 57,1 1,5 CM 5,2 27,5 17,7 0 34,2 2,4 33,5 14,4 50,2 84,5 10,6 59,8 0,2 10,4 23,8 52,3 Tabela 5: Caracterização química dos macronutrientes e micronutrientes da área experimental na profundidade de 0,20 a 0,30 m

antes da instalação do experimento, período 2002 a 2003.

Manejo pH M. O. P Resina Al+3 H + Al K Ca Mg SB CTC S V B Cu Fe Mn Zn Solo (CaCl2) (g.dm-3) (mg.dm-3) (mmolc.dm-3) (%) mg.dm-3

CO 5,0 26,3 9,9 0 37,7 2,1 29,1 13,1 44,1 81,9 19,3 53,9 0,2 10,8 22,9 61,7 1,2 PD 5,2 27,1 14,1 0 33,7 1,9 32,4 14,5 48,7 82,5 13,0 59,4 0,2 10,2 20,6 57,8 1,4 CM 5,1 24,8 11,6 0 38,0 1,8 30,2 12,6 44,6 82,6 17,1 54,3 0,2 9,9 20,9 47,8 1,2

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onde:

Pat = patinagem das rodas motrizes do trator (%);

ΣPulsos = total de pulsos registrados em cada parcela experimental;

Per = perímetro do rodado do trator (5,30 m)

L = comprimento da parcela experimental (20 m).

5.2.11. Força na barra de tração do trator

Durante o manejo do solo e implantação das culturas de soja, sorgo e

aveia preta foi utilizado um transdutor de força (célula de carga de 100 kN), fabricado pela

SODMEX, tipo N-400, escala nominal de 0 a 100 kN, com sensibilidade de 1,998 m V.V-1.

Para determinação da força de tração do manejo do solo com arado disco foi instalada a célula

de carga entre dois tratores interligada por um cambão denominado sistema de comboio.

5.2.11.1. Força máxima na barra de tração

A força máxima de tração ou pico de força corresponde ao valor máximo de força de

tração armazenado pelo sistema de aquisição de dados durante o deslocamento do conjunto

trator/ equipamento na parcela experimental, apresentada na unidade de kN.

5.2.11.2. Potência média requerida na barra de tração do trator

A potência média exigida na barra de tração foi calculada pela equação:

6,3mm

mVF

P⋅

= (2)

onde:

Pm = potência média requerida na barra de tração do trator (kW);

Fm = força de tração média requerida na barra de tração (kN);

Vm = velocidade média de deslocamento (km.h-1);

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36

3,6 = fator de conversão.

5.2.11.3. Potência máxima requerida na barra de tração do trator

A potência máxima requerida pela barra de tração corresponde à potência calculada no

pico máximo de força registrado em cada parcela experimental. Calculado pela equação de

Silva (2000):

6,3max

maxmVF

P⋅

= (3)

onde:

Pmax = potência máxima requerida na barra de tração do trator (kW);

Fmax = força de tração máxima (pico de força) requerida na barra de tração (kN);

Vm = velocidade média de deslocamento (km.h-1);

3,6 = fator de conversão.

5.2.12. Torque médio na TDP do trator

No processo de fenação utilizou-se o transdutor de torque para

quantificar o torque médio entre a tomada de potência do trator (TDP) e os equipamentos

(cegadora, ancinho enleirador /espalhador e enfardadora). O transdutor de torque (torciômetro)

foi fixado no trator através do suporte construído por Silva (1999, p.42) e na mesma estrutura

também foram instalados o conjunto de roda dentada e o sensor ótico de rotação. As

especificações técnicas do transdutor de torque são: fabricação SODMEX, tipo MT-202,

escala nominal de 0 a 3000 Nm, com sensibilidade de 1,994 MV V-1, alimentação de 10 Vcc.

O torque médio foi calculado pela seguinte equação:

tm

TiT∆

= (4)

onde:

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37

Tm= Torque médio na TDP (Nm)

Ti= Torque integrado na TDP no espaço percorrido da parcela (Nm)

∆t = tempo gasto para percorrer a parcela experimental (s)

5.2.12.1. Torque máximo na TDP do trator

O torque máximo da TDP ou pico de torque corresponde ao valor máximo de torque na

TDP armazenado pelo sistema de aquisição de dados durante o desenvolvimento do conjunto

trator/equipamento em cada parcela experimental, expressa na unidade de Nm.

5.2.12.2. Indicador de rotação instantânea da tomada de potência (TDP)

Para medir a rotação na TDP do trator acoplado ao equipamento no

processo de fenação (cegadora, ancinho enleirador /espalhador e enfardadora), foi usado um

conjunto de roda dentada e sensor ótico de rotação. A roda dentada contém 60 ranhuras por

onde passa o feixe de luz que produz 60 pulsos por volta.

A rotação na TDP foi calculada pela indicação do integrador de

rotação expressa a seguir:

t

LiRPMT∆

= (5)

onde:

RPMT= Rotação na TDP do trator;

Li= Leitura integrada;

∆t = tempo gasto para percorrer a parcela experimental (s)

5.2.12.3. Potência na TDP

A potência na TDP foi calculada pela seguinte equação:

=mP Tm. RPMT.0,00010466 (6)

onde:

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38

Tm= Torque médio da TDP (Nm)

RPMT= Rotação na TDP do trator;

0, 00010466= fator conversão

5.2.13. Consumo de combustível

O consumo de combustível foi quantificado por meio de um fluxômetro, marca

“Flowmate” oval, modelo M-III, instalado próximo ao filtro de combustível do trator (o

combustível foi desviado para a bomba injetora, de modo que não retornasse combustível para

o tanque), com precisão de 0,01. O gerador registrou uma unidade de pulso a cada mL de

combustível que passasse pelo mecanismo. Contabilizando-se a quantidade de pulsos e o

tempo gasto para percorrer cada parcela, o consumo horário de combustível foi calculado pela

equação:

t

pcC

∆= ∑ 6,3.

(7)

onde:

Cc = consumo horário de combustível (L.h-1);

∑p = somatório de pulsos, equivalente ao somatório de mL de combustível gasto para

percorrer a parcela experimental (m L);

∆t = tempo gasto para percorrer a parcela experimental (s);

3,6 = fator de conversão.

5.2.14. Velocidade de deslocamento

O monitoramento da velocidade de deslocamento nas operações de manejo do solo,

semeadura, tratos culturais foi realizado indiretamente através da freqüência de aquisição de

dados (10 Hz) do “micrologger 21X”. O tempo gasto para percorrer cada parcela correspondeu

ao produto da quantidade de dados armazenados por parcela, sob o intervalo de tempo, em

segundos, entre cada registro (0,2 s). A velocidade média foi obtida pela equação:

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39

6,3⋅∆

=t

LVel (8)

onde:

Vel = velocidade de deslocamento do conjunto trator- equipamento (km.h-1);

L = comprimento da parcela experimental (20 m);

∆t = tempo gasto para percorrer a parcela experimental (s);

3,6 = fator de conversão.

5.2.15. Capacidade de campo efetiva

A capacidade de campo efetiva foi determinada pela relação entre a

área útil de cada parcela trabalhada com seu respectivo tempo de percurso, segundo Mialhe

(1974), dada por meio da equação:

36,0⋅∆

=t

AtrCE (9)

onde:

CE = capacidade de campo efetiva (ha.h-1);

Atr = Área útil da parcela trabalhada (m2);

∆t = tempo gasto no percurso da parcela experimental (s);

0,36 = fator de conversão.

5.2.16. Características agronômicas das culturas

Nas culturas de soja e sorgo foram determinados os seguintes

parâmetros: estandes inicial e final de plantas, produções de palha e grão. Os estandes inicial e

final das plantas foram obtidos mediante a contagem de plantas existentes nas três linhas

centrais de cada parcela experimental com cinco metros de comprimento, no momento da

emergência e colheita de cada cultura. Os valores médios obtidos foram transformados e

expressos em número de plantas por hectare.

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40

Nestas mesmas áreas foram retiradas manualmente plantas para serem

posteriormente trilhadas mecanicamente, sendo então pesadas e amostradas para determinação

da umidade e produção de grão e palha. Após a determinação, corrigiu-se a massa das

amostras para 13%, para serem transformados para kg ha-1.

Na aveia preta foi analisada a produtividade de matéria seca de palha,

como descrito no item 5.2.7.

5.2.17. Análise estatística

Os resultados obtidos foram tabulados e submetidos à analise de

variância e ao teste de comparação de médias de Scott- Knott a 5% de probabilidade. As

análises foram realizadas através do programa estatístico SISVAR.

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41

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados serão apresentados conforme a ocorrência cronológica da

condução do experimento cujos resultados obtidos estarão em forma de tabelas e figuras

respectivamente, com as médias dos valores obtidos e estimados, bem como os parâmetros

que permitiram as análises estatísticas

6.1 Cultura de verão- Safra 2002/2003

6.1.1. Atributos físicos do solo antes do manejo

6.1.1.1. Densidade do solo

Os valores médios de densidade do solo antes da instalação dos

tratamentos estão apresentados nas Figuras 14, 15 e 16. Os valores de densidade do solo nas

camadas de 0 a 0,10 m e 0,10 a 0,20 m mostraram que não houve diferença estatística entre os

manejos do solo no verão para posterior semeadura das culturas de inverno nas respectivas

parcelas. O tráfego de máquinas durante vários anos com os mesmos manejos do solo e

diferentes coberturas não foi suficiente para alterar estes valores. Resultados semelhantes

foram encontrados por Furlani (2000, p.126).

A densidade do solo na camada de 0,20 a 0,30 m (Figura 16.) na aveia

preta apresentou menor valor estatístico no preparo reduzido, mostrando que o tráfego de

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42

máquinas, nesse tipo de tratamento, não alterou o valor da densidade, enquanto que no plantio

direto e no preparo convencional não diferiram estatisticamente nos respectivos valores. As

estatísticas nos manejos do solo em sorgo e pousio apresentaram-se de forma homogênea

nesta camada.

AA AA A AA A A

0,000,200,400,600,801,001,201,401,60

PD PC PR

Manejo do solo

Den

sida

de so

lo (k

g dm

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

Figura 14: Densidade do solo (kg dm-3) na camada de 0 – 0,10 m antes da implantação dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002.

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43

AAA AAA AAA

0,000,200,400,600,801,001,201,401,60

PD PC PR

Manejo do solo

Den

sida

de so

lo (k

g dm

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

Figura 15: Densidade do solo (kg dm-3) na camada de 0,10 – 0,20 m antes da implantação dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002.

BAA A A AA A A

0,000,200,400,600,801,001,201,401,60

PD PC PR

Manejo do solo

Den

sida

de so

lo (k

g dm

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

Figura 16: Densidade do solo (kg dm-3) na camada de 0,20 – 0,30 m antes da implantação dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002.

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44

6.1.1.2. Macroporosidade do solo

Analisando os valores de macroporosidade do solo apresentados nas

Figuras 17,18 e 19, verificou-se que na camada do solo de 0 a 0,10 m e 0,10 a 0,20 m os

manejos do solo não influenciaram estatisticamente.

A macroporosidade do solo na camada de 0,20 a 0,30 m mostrou-se

estatisticamente diferente nas parcelas com preparo reduzido, onde seria semeada aveia preta

no outono após a colheita da soja, enquanto nas parcelas de plantio direto e preparo

convencional não apresentaram diferenças estatísticas.

Para as demais coberturas, as parcelas mostraram-se estatisticamente

homogêneas, independentemente do manejo do solo empregado durante a condução dos

ensaios anteriores.

AA

A AA

A AA

A

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

PD PC PR

Cobertura do solo

Mac

ropo

rosi

dade

(m3 m

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

Figura 17: Macroporosidade do solo (m3 m-3) na camada de 0 – 0,10 m antes da implantação dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002.

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45

A

A AA AA

AA

A

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

PD PC PR

Manejo do solo

Mac

ropo

rosi

dade

(m3 m

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

Figura 18: Macroporosidade do solo (m3 m-3) na camada de 0,10 – 0,20 m antes da implantação dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002.

BB

A

A AA

A A A

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

PD PC PR

Manejo do solo

Mac

ropo

rosi

dade

(m3 m

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

Figura 19: Macroporosidade do solo (m3 m-3) na camada de 0,20 – 0,30 m antes da implantação dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002.

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46

6.1.1.3. Microporosidade do solo

De acordo com os resultados apresentados nas Figuras 20, 21 e 22 os

manejos anteriores não influenciaram significativamente nos valores de microporosidade do

solo nas camadas analisadas, independentemente das coberturas do solo utilizados

anteriormente.

A A AA A AA A A

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

PD PC PR

Manejo do solo

Mic

ropo

rosi

dade

(m3 m

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

Figura 20: Microporosidade do solo (m3 m-3) na camada de 0 – 0,10 m antes da implantação dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002.

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47

AAA AAA A A A

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

PD PC PR

Manejo do solo

Mic

ropo

rosi

dade

(m3 m

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

Figura 21: Microporosidade do solo (m3 m-3) na camada de 0,10 – 0,20 m antes da implantação dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002.

AAA AAA A A A

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

PD PC PR

Manejo do solo

Mic

ropo

rosi

dade

(m3 m

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

Figura 22: Microporosidade do solo (m3 m-3) na camada de 0,20 – 0,30 m antes da implantação dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002.

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48

6.1.1.4. Porosidade total do solo

Os valores de porosidade total do solo apresentados nas Figuras 23 e

24 mostraram-se estatisticamente iguais, independente do manejo empregado nestas camadas;

mesmo fato aconteceu com a macroporosidade do solo, que apresentou valores iguais nestas

camadas.

Na Figura 25, os menores valores de porosidade total e

macroporosidade do solo ocorreram no sistema plantio direto, em virtude da não mobilização

do solo nesta camada, diferente das operações de manejo anteriores (preparo convencional e

preparo reduzido) que aconteciam na mesma profundidade, por isso apresentaram maior valor

de porosidade total sem diferença estatística entre os tratamentos.

A A AA A AA A A

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

PD PC PR

Manejo do solo

Poro

sida

de to

tal (

m3 m

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

Figura 23: Porosidade total do solo (m3 m-3) na camada de 0 – 0,10 m antes da implantação

dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002.

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49

A A AA A AA A A

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

PD PC PR

Manejo do solo

Poro

sida

de to

tal (

m3 m

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

Figura 24: Porosidade total do solo (m3 m-3) na camada de 0,10 – 0,20 m antes da implantação dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002.

AAB AAA A A A

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

PD PC PR

Manejo do solo

Poro

sida

de to

tal (

m3 m

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

Figura 25: Porosidade total do solo (m3 m-3) na camada de 0,20 – 0,30 m antes da implantação dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002.

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50

6.1.2. Produção de matéria seca

O acúmulo de matéria seca total presente na superfície do solo antes da

implantação dos manejos do solo (Figura 26) resultou em valor estatisticamente diferente, com

maior produção de matéria seca em virtude do acúmulo sucessivo de restos culturais

proporcionado pelo sistema plantio direto há vários anos. Já o preparo convencional, com

arado de disco seguido de duas gradagens leves, incorporou estes restos culturais em camada,

mantendo a superfície do solo desprotegida.

O menor acúmulo de matéria seca encontrado no preparo convencional

referiu-se aos restos culturais da cultura anterior e plantas competidoras que surgiram no

período do ano anterior até a presente análise, enquanto no preparo reduzido deveu-se à

incorporação parcial dos restos culturais proporcionada pelo disco de corte e haste do

equipamento.

AA

AA

A A

A

CB

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

PD PC PR

Manejo do solo

Mat

éria

seca

tota

l (kg

ha-1

)

Aveia Sorgo Pousio

Figura 26: Produção de matéria seca total presente na superfície do solo antes da implantação do manejo do solo e semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002.

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51

6.1.3. Cobertura do solo

A porcentagem de cobertura do solo antes do manejo (Figura 27)

mostrou-se estatisticamente diferente entre os manejos. O sistema plantio direto proporcionou

maior cobertura do solo e distribuição uniforme. A incorporação dos restos culturais reduziu a

cobertura pela ação dos órgãos ativos dos equipamentos em camada nos tratamentos.

Analisando a Figura 28, constatou-se que dentre os manejos do solo, o

preparo convencional com arado de disco seguido de duas gradagens leves apresentou maior

incorporação de resíduos, enquanto o preparo reduzido com escarificador/ destorroador teve a

cobertura reduzida próximo de 50% em relação ao plantio direto.

Mesmo após a semeadura da soja (Figura 29), os tratamentos de

preparo permaneceram com a mesma porcentagem de cobertura, diferente do plantio direto

que reduziu parte da cobertura pela incorporação parcial através do mecanismo sulcador de

adubo e velocidade de semeadura. Independentemente da incorporação, o sistema plantio

direto proporcionou maior porcentagem de cobertura do solo, o mesmo encontrado por Bertol

e Fisher, (1997, p. 91).

A A A BBA A

BA

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

PD PC PR

Manejo do solo

Porc

enta

gem

cob

ertu

ra (%

) .

Aveia Sorgo Pousio

Figura 27: Porcentagem de cobertura presente na superfície antes da implantação do manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido), no ano de 2002.

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52

A

B

C

A

B

A

B

C

A

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

PD PC PR

Manejo do solo

Porc

enta

gem

cob

ertu

ra (%

) .

Aveia Sorgo Pousio

Figura 28: Porcentagem de cobertura presente na superfície após a operação do manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido), no ano de 2002.

A

B

C

A

BB

B

A

C

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

PD PC PR

Manejo do solo

Porc

enta

gem

cob

ertu

ra (%

) .

Figura 29: Porcentagem de cobertura presente na superfície após a semeadura da soja em três

manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido), no ano de 2002.

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53

6.1.4. Características agronômicas da cultura de verão- soja

6.1.4.1. Estandes inicial e final

O estande inicial de plantas não apresentou diferenças entre os

manejos do solo estudados (Figura 30). A menor quantidade de plantas no estande final em

todos os tratamentos deveu-se ao fato da ocorrência de chuva de granizo (06 / 12 / 2002) na

área experimental.

A maior quantidade de plântulas emergidas no sistema plantio direto

diferiu dos demais tratamentos de manejo do solo, onde a própria cobertura morta ofereceu

proteção às plântulas por não comprometer totalmente sua arquitetura; o mesmo não aconteceu

com o preparo convencional.

AAA AA

AAA

A

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

PD PC PR

Manejo do solo

Esta

nde

inic

ial

(pla

ntas

ha-1

)

Aveia Sorgo Pousio

Figura 30: Estande inicial de plantas de soja (plantas ha-1) em três sistemas de manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) antes da semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002.

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54

AB B AA

AAA

A

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

PD PC PR

Manejo do solo

Esta

nde

final

(pla

ntas

ha-1 )

Aveia Sorgo Pousio

Figura 31: Estande final de plantas de soja (plantas ha-1) em três sistemas de manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) antes da semeadura das culturas de inverno, no ano de 2002.

6.1.4.2. Produtividade de soja

Analisando a Figura 32, notou-se maior produtividade de grãos de

soja no sistema plantio direto em decorrência da maior quantidade de plantas finais

encontradas neste tratamento, mostrando-se estatisticamente superior em relação aos demais

manejos do solo.

A vegetação espontânea (pousio), sem a ocorrência de manejo de

palha dentro do sistema plantio direto, resultou na proteção das plantas contra as pedras de

granizo, funcionando como barreira física.

Como a chuva de granizo prejudicou o estande inicial, o ciclo

fenológico e o desenvolvimento das plantas foram retardados, causando plantas raquíticas e

ausência de vagens e grãos, além de plantas doentes, que tiveram como porta de entrada os

ferimentos ocasionados pelas pedras.

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55

BB

A AAAA

A A

0500

1000150020002500300035004000

PD PC PR

Manejo do solo

Prod

ução

grã

os so

ja (

kg h

a-1 )

Aveia Sorgo Pousio

Figura 32: Produtividade de soja (kg ha-1) a 13% de umidade em três sistemas de manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido), no ano de 2002.

6.2. Características agronômicas das culturas de inverno- Safra 2003

Analisando a Tabela 06 notou-se que os manejos do solo no verão não

influenciaram estatisticamente nos respectivos valores das populações inicial e final de plantas

e produções de palha e grãos de sorgo. A produtividade de grãos de sorgo ficou abaixo da

média produzida no cerrado, podendo ter sido em virtude da data da semeadura com espécies

mais adequadas para culturas de verão e para uma posterior semeadura do sorgo.

A quantidade de matéria seca de aveia preta (Tabela 07) foi

considerada como ótima para produção de feno, podendo produzir até 373 fardos de 13 kg por

hectare, cuja produção não apresentou valores estatisticamente diferentes. A menor produção

no preparo reduzido deveu-se à maior profundidade de semeadura pela falta de resistência do

contato do disco de corte com o solo, visto que a semeadora operou com as mesmas

regulagens. A matéria seca mantida na superfície do solo foi estatisticamente superior no

plantio direto e preparo reduzido em comparação ao preparo convencional com arado de disco

seguido do preparo secundário. Os valores mostraram que a sucessão de culturas com

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semeadura imediata e utilização de espaçamentos reduzidos mantiveram ótima produção da

matéria seca sobre a superfície.

Tabela 06: Valores médios de estandes inicial e final, produção de matéria seca de palhada e

grãos de sorgo, no ano de 2003.

Estande (plantas ha-1) Produção (kg ha-1) Manejo

solo Inicial Final Palha Grãos

Plantio direto 236.461 229.794 3.117 2.769

Preparo convencional 239.753 234.773 3.155 2.583

Preparo reduzido 233.992 230.288 2.656 2.416

DMS 5.173,31 4.813,35 239,66 135,61

CV (%) 5,35 5,09 27,90 12,83

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05).

Tabela 07: Valores médios de matéria seca de plantas verdes (MSV), matéria seca de palhada

na superfície do solo (MSPS) e matéria seca total (MSTotal) nos diferentes

manejos do solo com aveia preta, no ano de 2003.

MSV MSPS MSTotal Manejo

Solo kg há-1

Plantio direto 4815 a 4184 a 8999 a

Preparo convencional 5000 a 2748 b 7749 b

Preparo reduzido 4423 a 3734 a 8158 a

DMS 211,19 189,41 232,88

CV (%) 15,41 18,45 9,72

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05).

A quantidade de matéria seca total foi estatisticamente menor no

preparo convencional, devido à maior incorporação dos restos culturais anteriores pela

operação de preparo do solo com o controle de plantas invasoras durante os tratos culturais

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57

realizados na soja, embora houvesse maior produção de matéria seca produzida pelas plantas

de aveia preta.

Analisando a Tabela 08, verificou-se que a matéria seca produzida

pelas plantas verdes, plantas secas na superfície e matéria seca total presentes na superfície do

solo foi estatisticamente superior no sistema plantio direto em relação aos demais tratamentos

de manejo do solo, visto que a área experimental manteve-se em pousio, para que a própria

vegetação espontânea proporcionasse proteção ao solo.

Tabela 08: Valores médios de matéria seca de plantas verdes (MSV), matéria seca de palhada

na superfície do solo (MSPS) e matéria seca total (MSTotal) nos diferentes

manejos do solo com pousio, no ano de 2003.

MSV MSPS MSTotal Manejo

solo kg ha-1

Plantio direto 5.745 a 5.566 a 11.311 a

Preparo convencional 2.640 b 3.448 b 6.089 b

Preparo reduzido 4.092 b 3614 b 7.705 b

DMS 478,12 461,56 534,93

CV (%) 22,99 21,93 12,78

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05).

6.3. Cultura de verão - Safra 2003 - 2004

6.3.1. Produção de matéria seca

Verificou-se que na Tabela 09 e Figura 33 os valores de matéria seca são

estatisticamente diferentes nas coberturas e nos manejos do solo.

Dentre as coberturas, o pousio mostrou-se superior aos demais,

principalmente no sistema plantio direto, devido ao maior acúmulo de restos culturais em

decorrência da própria característica de algumas espécies de plantas invasoras como nabiça,

que promove rápido fechamento da superfície do solo logo após a colheita de soja.

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A maior produção de matéria seca nos manejos do solo segue na

seguinte ordem : plantio direto, preparo reduzido e preparo convencional. Como o preparo

convencional incorporou maior volume de solo e palha em camada, manteve o solo

desprotegido em relação ao preparo reduzido e plantio direto, concordando com Boller,

Furlani (1997), Siqueira (1999), Levien (1999) e Oliveira (2002).

Tabela 09: Valores médios de matéria seca total presente na superfície do solo antes da

implantação dos manejos e três coberturas, no ano de 2003.

Cobertura do solo Manejo do solo

Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 9000 B a 6938 C a 11311 A a 9083 a

Preparo convencional 7749 A a 5959 B a 6089 B c 6598 b

Preparo reduzido 8158 A a 6169 B a 7705 A b 7344 b

Média 8302 A 6356 B 8368 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 12,39 % DMS Manejo = 274,51 DMS Cobertura = 274,51

DMS Manejo x Cobertura = 475,47 DMS Cobertura x Manejo = 475,47

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AA A

AA A

A

CB

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

PD PC PR

Manejo do solo

Mat

éria

seca

tota

l (kg

ha-1

)

Aveia Sorgo Pousio

c

a

b

bba a

b

a

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Mat

éria

seca

tota

l (kg

ha-1

)

PD PC PR

Figura 33: Matéria seca total presente na superfície do solo antes da implantação dos manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003.

6.3.2. Cobertura do solo

A porcentagem de cobertura antes da implantação das operações de

manejo do solo (Tabela 10 e Figura 34) apresentou-se de maneira uniforme sobre restos

culturais de aveia preta e sorgo, independentemente do manejo do solo. Porém, os manejos

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com preparo convencional e preparo reduzido influenciaram estatisticamente com menor

porcentagem de cobertura sobre a vegetação espontânea, dado à irregularidade de distribuição

da palhada na área. A maior porcentagem de cobertura no sistema plantio direto está

relacionada ao sucessivo acúmulo de matéria seca e menor velocidade de decomposição da

palha.

Tabela 10: Valores médios de porcentagem da cobertura do solo presentes na sua superfície

antes da implantação do manejo e três coberturas, no ano de 2003.

Cobertura do solo

Manejo do solo Aveia preta Sorgo Pousio

Média

Plantio direto 94,12 A a 92,12 A a 91,62 A a 92,64 a

Preparo convencional 91,25 A a 90,20 A a 84,12 B b 88,53 b

Preparo reduzido 91,50 A a 88,83 A a 83,62 B b 87,99 b

Média 92,29 A 90,39 A 86,46 B -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 3,26 % DMS Manejo = 0,843 DMS Cobertura = 0,843

DMS Manejo x Cobertura = 1,460 DMS Cobertura x Manejo = 1,460

As porcentagens de cobertura do solo após as operações de manejo

estão apresentadas na Tabela 11 e Figura 35. A porcentagem de cobertura no sistema plantio

direto mostrou ser estatisticamente superior aos demais manejos, devido ao acúmulo e não

mobilização do solo. A porcentagem de cobertura após o manejo do solo reduziu a quantidade

de material exposto na sua superfície, principalmente após a aração seguida de duas gradagens

(sistema convencional), enquanto o preparo reduzido com escarificador apresentou valor

intermediário semelhante ao encontrado por Boller (1996), Siqueira (1999) e Oliveira (2002).

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AA A AAABB

A

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

PD PC PR

Manejo do solo

Porc

enta

gem

cob

ertu

ra (

% ) .

Aveia Sorgo Pousio

aaabaa

baa

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Porc

enta

gem

cob

ertu

ra (

% ) .

PD PC PR

Figura 34: Porcentagem de cobertura presente na superfície do solo antes da implantação do manejo (PD - Plantio direto; CO - Arado disco + grade leve e PR – Preparo reduzido) e três coberturas (aveia preta; sorgo e pousio), no ano de 2003.

A maior capacidade de incorporação pelo arado de disco em relação ao

preparo reduzido sobre palhada de sorgo mostrou-se estatisticamente superior aos demais

sistemas de cobertura.

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Tabela 11: Valores médios de porcentagem da cobertura do solo presentes na sua superfície

após a implantação do manejo e três coberturas, no ano de 2003.

Cobertura do solo Manejo do solo

Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 85,58 A a 98,83 A a 93,00 A a 92,47 a

Preparo convencional 5,75 B b 33,83 A c 7,00 B b 63,72 b

Preparo reduzido 70,54 A b 63,62 A b 57,00 A 15,53 c

Média 53,33 B 53,96 B 65,43 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 18,11 % DMS Manejo = 2,993 DMS Cobertura = 2,993

DMS Manejo x Cobertura = 5,183 DMS Cobertura x Manejo = 5,183

A porcentagem de cobertura após a semeadura da soja apresentou

valores semelhantes (Tabela 12 e Figura 36) aos encontrados na operação de preparo do solo.

Mesmo após a semeadura da soja, o tratamento com plantio direto manteve maior

porcentagem de cobertura, mostrando também que o mecanismo sulcador da semeadora não

reduziu demasiadamente a cobertura do solo.

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B

AA

B

C

A

B

C

A

0,0

20,0

40,0

60,0

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100,0

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PD PC PR

Manejo do solo

Porc

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gem

cob

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% ) .

Aveia Sorgo Pousio

aaa

b

a

b

aaa

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Porc

enta

gem

cob

ertu

ra (

% ) .

PD PC PR

Figura 35: Porcentagem de cobertura presente na superfície do solo após a implantação do manejo (PD - Plantio direto; CO - Arado disco + grade leve e PR - Preparo reduzido) e três coberturas (aveia preta; sorgo e pousio), no ano de 2003.

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Tabela 12: Valores médios de porcentagem da cobertura do solo presentes em sua superfície

após a semeadura da soja em três manejos e três coberturas, no ano de 2003.

Cobertura do solo Manejo do solo

Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 85,63 A a 93,46 A a 90,75 A a 89,94 a

Preparo convencional 3,83 B c 60,54 A c 7,50 B c 23,96 c

Preparo reduzido 41,41 B b 78,21 A b 67,00 A b 62,21 b

Média 43,62 C 77,40 A 55,08 B -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 14,08 % DMS Manejo = 2,386 DMS Cobertura = 2,386

DMS Manejo x Cobertura = 4,133 DMS Cobertura x Manejo = 4,133

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B

C

AB

C

A

B

C

A

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

PD PC PR

Manejo do solo

Porc

enta

gem

cob

ertu

ra (

% ) .

Aveia Sorgo Pousio

aa a

bb

aa

a

b

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Porc

enta

gem

cob

ertu

ra (

% ) .

PD PC PR

Figura 36: Porcentagem de cobertura presente na superfície do solo após a semeadura da soja em três manejos (PD - Plantio direto; CO - Arado disco + grade leve e PR - Preparo reduzido) e três coberturas (aveia preta; sorgo e pousio), no ano de 2003.

6.3.3. Demanda energética na operação de manejo do solo e semeadura

Analisando a Tabela 13 e a Figura 37, verificou-se que, dentre os

manejos do solo, o preparo reduzido resultou numa maior demanda de força de tração quando

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utilizado o escarificador seguido em ordem decrescente pelo arado de disco, concordando com

Siqueira (1999), sendo, portanto, estatisticamente diferentes entre si.

Tabela 13: Valores médios da força de tração média (kN) na operação de manejo do solo em

três coberturas, no ano de 2003.

Cobertura do solo

Manejo do solo Aveia preta Sorgo Pousio

Média

Preparo convencional 7,84 B a 7,84 B b 17,97 A a 11,22 b

Preparo reduzido 11,09 B a 17,01 A a 18,25 A a 15,45 a

Média 9,46 B 12,43 B 18,11 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 22,12 % DMS Manejo = 0,851 DMS Cobertura = 1,042

DMS Manejo x Cobertura = 1,576 DMS Cobertura x Manejo = 1,474

No entanto, as coberturas influenciaram na força de tração com valores

estatísticos diferentes entre preparo convencional e preparo reduzido quando utilizou o sorgo.

Esse efeito deveu-se ao maior acúmulo de palha no mesmo sentido da linha de plantio e

operação do escarificador. Mesmo assim o disco de corte não cortou a palha, além de tê-las

acumulado nas hastes. Como o disco do arado deslizasse e tivesse facilidade de penetração

sobre a superfície do solo, conseguiu cortar a palha com menor demanda de potência.

A cobertura de pousio, no preparo convencional, necessitou de uma maior

força de potência em virtude da presença de espécies de plantas invasoras como a guanxuma.

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A

A

A

B

A A

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

PC PR

Manejo do solo

Forç

a m

edia

( kN

) .

Aveia Sorgo Pousio

bb

a

a

a a

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

Aveia Sorgo Pousio

Manejo do solo

Forç

a m

edia

( kN

) .

PC PR

Figura 37: Força de tração média (kN) na operação de manejo do solo (PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) em três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003.

A Tabela 15 e a Figura 39 mostraram a força média de tração durante a

semeadura da soja em três sistemas de manejo do solo e cobertura. Durante a sua semeadura, o

tratamento com preparo reduzido requereu maior demanda de tração em função dos métodos

empregados no manejo do solo, concordando com os resultados de Levien (1999) e Furlani

(2000), que também trabalharam na mesma área experimental. O fato da superfície do solo

não estar totalmente acomodado por não ter existido tráfego de máquinas após o manejo do

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solo e ser a primeira operação de passagem na área, ocorreu um aprofundamento no rodado do

conjunto trator/ semeadora.

Esse aumento na demanda de potência pôde ser justificado pela maior

profundidade no plantio (7,8 cm), em virtude da semente ter ficado envolvida por palha e não

por solo, o que poderia comprometer a população final das plantas e a produtividade da

cultura.

As coberturas do solo não influenciaram estatisticamente nos valores

médios da força de tração, porém, o preparo reduzido resultou numa maior força,

independente da cobertura do solo.

Tabela 14: Valores médios de força de tração média (kN) na semeadura de soja em três

manejos e em três coberturas do solo, no ano de 2003.

Cobertura do solo

Manejo do solo Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 7,60 A b 7,89 A b 7,50 A b 7,66 b

Preparo convencional 7,07 A b 6,31 A b 7,84 A b 7,08 b

Preparo reduzido 9,76 A a 11,10 A a 10,24 A a 10,37 a

Média 8,14 A 8,43 A 8,53 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 16,11 % DMS Manejo = 0,389 DMS Cobertura = 0,389

DMS Manejo x Cobertura = 0,674 DMS Cobertura x Manejo = 0,674

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A

BB BB

A A

BB

0,02,04,06,08,0

10,012,014,0

PD PC PR

Manejo do Solo

Forç

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méd

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kN )

.

Aveia Sorgo Pousio

a a aa aa

aa a

0,02,04,06,08,0

10,012,014,0

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do Solo

Forç

a tra

çao

méd

ia (

kN )

.

PD PC PR

Figura 38: Força de tração média (kN) na semeadura de soja em três manejos do solo (PD-

Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003.

Analisando a Tabela 15 e a Figura 39, a força máxima de tração

requerida na semeadura da soja com menores valores foi encontrada nos tratamentos com

preparo convencional e plantio direto, não havendo diferença estatística entre ambos. Da

mesma maneira, a força média nas coberturas do solo não interferiu estatisticamente, embora

houvesse maior demanda de tração máxima no preparo reduzido em todas as coberturas.

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Tabela 15: Valores médios de força máxima de tração (kN) na semeadura de soja em três

manejos e três coberturas do solo, no ano de 2003.

Cobertura do solo

Manejo do solo Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 10,14 A b 10,60 A b 9,96 A b 10,23 b

Preparo convencional 9,30 A b 9,17 A b 9,88 A b 9,45 b

Preparo reduzido 12,97 A a 13,33 A a 12,91 A a 13,07 a

Média 10,81 A 11,03 A 10,92 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 11,45 % DMS Manejo = 0,361 DMS Cobertura = 0,361

DMS Manejo x Cobertura = 0,625 DMS Cobertura x Manejo = 0,625

A potência requerida na barra de tração do conjunto trator/ semeadora

foi maior no manejo do solo com preparo reduzido do que no preparo convencional e sistema

plantio direto, cujas estatísticas não diferiram entre si, concordando com Levien (1999), que

também trabalhou com estes tratamentos de manejo do solo em condições de cobertura com

aveia dessecada, aveia rolada, aveia triturada e sem cobertura na semeadura do milho. A

cobertura do solo não influenciou estatisticamente nas potências de cada operação.

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A

BB

A

BB

A

BB

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

PD PC PR

Manejo do solo

Forç

a m

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a ( k

N )

.

Aveia Sorgo Pousio

a a aa a a

aaa

0,02,04,06,08,0

10,012,014,0

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Forç

a m

áxim

a (

kN

) .

PD PC PR

Figura 39: Força máxima de tração (kN) na semeadura de soja em três manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003

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72

Tabela 16: Valores médios de potência média (kW) na semeadura de soja em três manejos e

três coberturas do solo, no ano de 2003.

Cobertura do solo Manejo do solo

Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 12,98 A b 13,61 A b 12,76 A b 13,12 b

Preparo convencional 11,85 A b 12,09 A b 12,90 A b 12,28 b

Preparo reduzido 16,01 A a 17,78 A a 16,63 A a 16,81 a

Média 13,61 A 14,49 A 14,10 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 13,96 % DMS Manejo = 0,567 DMS Cobertura = 0,567

DMS Manejo x Cobertura = 0,982 DMS Cobertura x Manejo = 0,982

Da mesma maneira que o tratamento com preparo reduzido necessitou

de maior potência média na barra de tração, também requereu maior potência máxima (Tabela

16 e Figura 40), sendo estatisticamente superior em relação ao preparo convencional e plantio

direto. No entanto, as coberturas do solo nos diferentes manejos não apresentaram diferenças

estatísticas.

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73

ABB

A

BBA

BB

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

PD PC PR

Manejo do solo

Potê

ncia

méd

ia (

kW ) .

Aveia Sorgo Pousio

a a aa a aa a a

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Potê

ncia

méd

ia (

kW ) .

PD PC PR

Figura 40: Potência média (kN) na semeadura de soja em três manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003

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74

Tabela 17: Valores médios de potência máxima (kW) na semeadura de soja em três manejos e

três coberturas do solo, no ano de 2003.

Cobertura do solo

Manejo do solo Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 17,34 A b 18,31 A b 16,94 A b 17,52 b

Preparo convencional 15,62 A b 15,69 A b 16,28 A b 15,87 b

Preparo reduzido 21,30 A a 21,36 A a 21,04 A a 21,23 a

Média 18,09 A 18,46 A 18,09 A

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 10,85 % DMS Manejo = 0,570 DMS Cobertura = 0,570

DMS Manejo x Cobertura = 0,988 DMS Cobertura x Manejo = 0,988

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75

A

BBA

BB

ABB

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

PD PC PR

Manejo do solo

Potê

ncia

máx

ima

( kW

) .

Aveia Sorgo Pousio

aaa aaa

aaa

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Potê

ncia

máx

ima

( kW

) .

PD PC PR

Figura 41: Potência máxima (kN) na semeadura de soja em três manejos do solo (PD- Plantio

direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003

Na Tabela 18 e na Figura 42, a velocidade de deslocamento do conjunto

trator/semeadora na semeadura de soja foi estatisticamente diferente para o manejo do solo

com preparo reduzido sobre restos culturais de sorgo, mesmo mantendo a marcha e a rotação

do trator.

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76

Tabela 18: Valores médios de velocidade de deslocamento (km h-1) na semeadura de soja em

três manejos do solo e três coberturas do solo, no ano de 2003.

Cobertura do solo Manejo do solo

Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 6,15 A a 6,22 A a 6,13 A a 6,17 a

Preparo convencional 6,06 A a 6,17 A a 5,96 A a 6,07 a

Preparo reduzido 5,92 A a 5,77 A b 5,90 A a 5,86 b

Média 6,04 A 6,05 A 6,00 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 3,33 % DMS Manejo = 0,058 DMS Cobertura = 0,058

DMS Manejo x Cobertura = 0,100 DMS Cobertura x Manejo = 0,100

Essa variação de velocidade também foi analisada pelos autores

Furlani (2000), Mahl (2002) e Furlani et al (2005, p. 922), que era maior para os tratamentos

de plantio direto e preparo convencional do que em solo sobre escarificação (preparo

reduzido).

Marques (1999, p. 60) e Pontes (2002, p.53) acreditam que a menor

velocidade de deslocamento na semeadura sobre preparo convencional deve-se à maior

resistência ao rolamento do rodado do trator e da semeadora- adubadora, do deslizamento das

rodas do trator e da irregularidade na superfície do terreno.

A ocorrência de maior volume de palha proporcionada pela brotação e

restos culturais de sorgo associado à maior mobilização do solo manteve-o não totalmente

firme no tratamento de preparo reduzido, dessa forma, houve menor velocidade de

deslocamento do conjunto trator/semeadora e maior resistência ao rolamento e superfície de

contato ferramenta/ palha e solo.

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77

A A AA AB AA A

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

PD PC PR

Manejo do solo

Vel

ocid

ade

(km

h-1 )

Aveia Sorgo Pousio

aaa aaa aaa

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Vel

ocid

ade

(km

h-1 )

PD PC PR

Figura 42: Velocidade de deslocamento (km h-1) na semeadura de soja em três manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003.

De acordo com a Tabela 19 e a Figura 43, o maior consumo de

combustível demandado na semeadura da soja ocorreu no tratamento com preparo reduzido,

que requereu maior forca de tração e menor velocidade de deslocamento do conjunto

trator/semeadora.

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78

Tabela 19: Valores médios de consumo específico (L ha-1) na semeadura de soja em três

manejos e três coberturas do solo, no ano de 2003.

Cobertura do solo

Manejo do solo Aveia preta Sorgo Pousio

Média

Plantio direto 6,84 A b 7,74 A b 7,39 A b 7,32 b

Preparo convencional 7,33 A b 7,67 A b 8,10 A b 7,70 b

Preparo reduzido 8,59 A a 9,32 A a 9,01 A a 8,97 a

Média 7,59 A 8,24 A 8,17 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 9,55 % DMS Manejo = 0,221 DMS Cobertura = 0,221

DMS Manejo x Cobertura = 0,382 DMS Cobertura x Manejo = 0,382

A quantidade de palha de aveia preta sobre a superfície do solo

influenciou significativamente com menor consumo específico de combustível no tratamento

com plantio direto, em virtude do corte e da exportação da matéria seca de aveia preta no

período de inverno, tendo como finalidade o uso para feno.

No entanto, a brotação de aveia preta não foi suficiente para produzir

quantidade igual ao primeiro corte. As diferentes coberturas do solo não influenciaram

estatisticamente no consumo específico de combustível na operação de semeadura da soja,

porém apresentaram menores valores nos tratamentos com plantio direto e preparo

convencional nas três coberturas do solo.

O maior consumo de combustível durante a semeadura da soja foi no

tratamento com preparo reduzido, independentemente da quantidade e do tipo de cobertura do

solo. Verificou-se que os resultados possuíam o mesmo comportamento estatístico e

discussões para as diferenças apontadas, sendo as mesmas já citadas e comentadas.

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79

B AA

B B

A A

BB

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

PD PC PR

Manejo do solo

Con

sum

o es

peci

fico

( L h

a-1 ) .

Aveia Sorgo Pousio

aa aa a a

aaa

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Con

sum

o es

peci

fico

( L h

a-1 ) .

PD PC PR

Figura 43: Consumo específico ( L ha-1 ) na semeadura de soja em três manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido)) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003.

Segundo Levien e Gamero (2000, p. 91), as diferenças encontradas no

consumo de combustível na semeadura estão principalmente relacionadas com a cobertura do

solo, o teor de água no solo, as configurações da semeadora quanto ao tipo de sulcadores para

adubo e em relação à camada média de semeadura, bem como a composição e a temperatura

do combustível, podendo ter sofrido alterações no sistema de injeção do trator no decorrer do

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80

número de horas de uso e, dessa forma, mascarar comparações relativas ao consumo

realizadas em épocas distintas.

Tabela 20: Valores médios de patinagem (%) na semeadura de soja em três manejos do solo e

três coberturas, no ano de 2003.

Cobertura do solo

Manejo do solo Aveia preta Sorgo Pousio

Média

Plantio direto 6,06 A a 6,45 A b 6,96 A a 6,49 b

Preparo convencional 7,92 A a 7,07 A b 8,44 A a 7,81 b

Preparo reduzido 9,67 A a 11,37 A a 10,31 A a 10,45 a

Média 7,88 A 8,30 A 8,57 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 27,86 % DMS Manejo = 0,664 DMS Cobertura = 0,664

DMS Manejo x Cobertura = 1,149 DMS Cobertura x Manejo = 1,149

A Tabela 20 e a Figura 44 representam a patinagem da roda motriz do

trator, que foi significativamente maior quando o solo foi manejado com preparo reduzido e

necessitou de maior força de tração e potência durante a operação de semeadura da soja. Esse

aumento, segundo Furlani (2000) deveu-se ao fato do solo estar mais desagregado nos

tratamentos com escarificação e preparo convencional com arado de disco.

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81

AA

A

A

BB

AA

A

0,0

3,0

6,0

9,0

12,0

15,0

PD PC PR

Manejo do solo

Patin

agem

( %

) .

Aveia Sorgo Pousio

aaaa

aaa

aa

0,0

3,0

6,0

9,0

12,0

15,0

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Patin

agem

( %

) .

PD PC PR

Figura 44: Patinagem (%) da roda motriz do trator na semeadura de soja em três manejos

(PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003.

As coberturas não influenciaram significativamente sobre a patinagem,

porém a maior quantidade de palha produzida pela brotação do sorgo influenciou no maior

valor da patinagem do trator e consumo de combustível.

A Tabela 21 e a Figura 45 representam a capacidade de campo efetiva

na semeadura da soja, que apresentou diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos

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82

com manejo do solo sobre cobertura de sorgo e menor capacidade de campo em função da

menor velocidade de deslocamento do conjunto trator/ semeadora. Levien et al. (1999),

Furlani (2000) e Mahl (2000) também concluíram que a patinagem dos rodados interferiu na

capacidade de campo efetiva, ou seja: quanto maior o grau de desagregaçào do solo durante o

manejo, menor seria a capacidade operacional do conjunto motomecanizado.

Tabela 21: Valores médios de capacidade de campo efetiva ( ha h-1 ) na semeadura de soja em

três manejos e três coberturas do solo, no ano de 2003.

Cobertura do solo Manejo do solo

Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 1,59 A a 1,68 A a 1,66 A a 1,67 a

Preparo convencional 1,64 A a 1,67 A a 1,61 A a 1,64 a

Preparo reduzido 1,66 A a 1,56 A b 1,59 A a 1,58 b

Média 1,63 A 1,64 A 1,62 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 3,40 % DMS Manejo = 0,016 DMS Cobertura = 0,016

DMS Manejo x Cobertura = 0,028 DMS Cobertura x Manejo = 0,028

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83

A A AA A BA A A

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

PD PC PR

Manejo do solo

Cap

acid

ade

oper

acio

naef

etiv

a (h

a h-1

)

Aveia Sorgo Pousio

aaa aaa aaa

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Cap

acid

ade

oper

acio

nal

efet

iva

(ha

h-1 )

PD PC PR

Figura 45: Capacidade operacional efetiva (ha h-1) na semeadura de soja em três manejos (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003.

O consumo específico de combustível total durante a operação de manejo do solo com

preparo convencional, preparo reduzido e plantio direto encontram-se na Tabela 22 e Figura

46.

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84

Os resultados mostraram que o preparo convencional foi

estatisticamente superior em relação aos demais tratamentos. Este valor corresponde a quatro

vezes mais que no plantio direto e duas vezes que no preparo reduzido durante o ciclo de

condução da cultura da soja, conclusão semelhante à de Pontes (2002), de que o preparo

convencional no inverno apresentou maior consumo de combustível por área.

Tabela 22: Valores médios de consumo específico total (L ha-1) em três manejos do solo

sobre três coberturas, no ano de 2003.

Cobertura do solo

Manejo do solo Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 11,20 A c 12,10 A c 11,75 A c 11,68 c

Preparo convencional 47,30 A a 49,12 A a 47,84 A a 48,09 b

Preparo reduzido 23,25 A b 24,37 A b 23,90 A b 23,84 a

Média 27,25 A 28,53 A 27,83 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 6,51 % DMS Manejo = 0,524 DMS Cobertura = 0,524

DMS Manejo x Cobertura = 0,908 DMS Cobertura x Manejo = 0,908

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C

A

B B

C

A

A

A

C

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

PD PC PR

Manejo do solo

Con

sum

o es

pecí

fico

. t

otal

( L

ha-1 )

Aveia Sorgo Pousio

aaa

aaa

aaa

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Con

sum

o es

pecí

fico

t

otal

( L

ha-1 )

PD PC PR

Figura 46: Consumo específico total (L há-1) em três manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003.

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86

6.3.4. Características agronômicas da cultura de verão - soja

6.3.4.1. Estandes inicial e final

O manejo do solo interferiu estatisticamente nas populações inicial e final de plantas de

soja (Tabela 23 e Figura 47), com menores valores para preparo convencional e preparo

reduzido, independentemente da cobertura do solo.

Tabela 23: Valores médios do estande inicial de plantas de soja (plantas ha-1) em três manejos

e três coberturas do solo, no ano de 2003.

Cobertura do solo

Manejo do solo Aveia preta Sorgo Pousio

Média

Plantio direto 377.778 A a 372.857 A c 395.185 A a 381.940 a

Preparo convencional 321.840 B b 316.214 B a 344.444 A b 327.499 b

Preparo reduzido 308.271 B b 345.555 A b 324.074 B b 325.967 b

Média 335.963 B 344.875 B 354.567 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 4,32 % DMS Manejo = 4306,20 DMS Cobertura = 4306,20

DMS Manejo x Cobertura = 7458,55 DMS Cobertura x Manejo = 7458,55

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BBA

BC

ABB

A

050000

100000150000200000250000300000350000400000

PD PC PR

Manejo do solo

Esta

nde

inic

ial (

pla

ntas

.ha-1 )

Aveia Sorgo Pousio

aaaa

bb bab

050000

100000150000200000250000300000350000400000

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Esta

nde

inic

ial (

pla

ntas

.ha

-1 )

PD PC PR

Figura 47: Estande inicial de plantas de soja (plantas ha-1) em três manejos do solo (PD-

Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003.

O menor estande inicial de soja encontrado nos tratamentos com

preparo convencional e preparo reduzido deveu-se à maior profundidade de semeadura com

ocorrência de selamento superficial, visto que a semeadora requereu maior força de tração e

consumo de combustível durante a operação.

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Os valores de estandes inicial e final de plantas de soja apresentaram

uma relação direta de proporcionalidade na análise de manejo do solo e cobertura.

Tabela 24: Valores médios do estande final de plantas de soja (plantas ha-1) em três manejos e

três coberturas do solo, no ano de 2003.

Cobertura do solo Manejo do solo

Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 354.568 A a 352.169 A a 372.963 A c 359.900 a

Preparo convencional 311.108 B b 310.137 B b 350.370 A b 323.872 b

Preparo reduzido 301.234 B b 339.753 A a 302.222 B a 314.403 b

Média 322.303 B 334.020 A 341.852 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 4,57 % DMS Manejo = 4391,94 DMS Cobertura = 4391,94

DMS Manejo x Cobertura = 7607,06 DMS Cobertura x Manejo = 7607,06

Analisando os estandes inicial e final para cada cobertura, o sistema

plantio direto mostrou-se estatisticamente igual, independente do tipo de cobertura presente na

superfície.

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BBA

BC

ABB

A

050000

100000150000200000250000300000350000400000

PD PC PR

Manejo do solo

Esta

nde

inic

ial (

pla

ntas

.ha-1 )

Aveia Sorgo Pousio

aa ab b

ab

ab

050000

100000150000200000250000300000350000400000

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Esta

nde

final

( pl

anta

s.ha-1 )

PD PC PR

Figura 48: Estande final de plantas de soja (plantas ha-1) em três manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido)e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003.

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90

6.3.4.2. Produtividade de soja

Na Tabela 25 e Figura 49 são mostrados os valores médios da

produção de grãos de soja em função dos diferentes manejos e culturas de cobertura, que

apresentaram diferenças estatísticas significativas nos tratamentos.

Observa – se que a produtividade de soja no plantio direto e preparo

convencional sobre cobertura de pousio foi estatisticamente superior ao preparo reduzido. A

menor produção de grãos de soja sobre resteva de sorgo no preparo convencional pode estar

associada às menores populações inicial e final.

Peixoto e Souza (2002) mencionam que plantas de sorgo possuem a

capacidade de exsudar aleloquímicos através dos pêlos radiculares, compostos estes que são

responsáveis por uma grande diversidade de efeitos nas plantas.

A produtividade de qualquer cultura com a soja tem como um dos

principais componentes a distribuição eqüidistante , pois essa cultura tem a capacidade de

compensação em função da população presente.

Tabela 25: Valores médios de produtividade de grãos de soja (kg ha-1) a 13% de umidade, em

três sistemas de manejo do solo e três coberturas do solo, no ano de 2003.

Cobertura do solo

Manejo do solo Aveia preta Sorgo Pousio

Média

Plantio direto 3131 A a 2905 A a 3051 A a 3029 a

Preparo convencional 2960 A a 2680 B a 3209 A a 2950 a

Preparo reduzido 2922 A a 2753 A a 2673 A b 2783 a

Média 3005 A 2950 A 2783 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 8,56 % DMS Manejo = 72,21 DMS Cobertura = 72,21

DMS Manejo x Cobertura = 125,07 DMS Cobertura x Manejo = 125,07

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91

AAA

AA A

A A

B

0500

100015002000250030003500

PD PC PR

Manejo do solo

Prod

utiv

idad

e gr

ãos (

kg

ha-1 )

Aveia Sorgo Pousio

aa aa

b

aa a a

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Prod

utiv

idad

e gr

ãos (

kg.

ha-1

)

PD PC PR

Figura 49: Produtividade de soja (kg ha-1) a 13% de umidade, em três sistemas de manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2003.

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92

6.4. Culturas de inverno- Safra 2004

6.4.1 Matéria seca de aveia preta

Analisando a Tabela 26, notou-se que a produtividade de aveia preta não foi

influenciada pelos manejos do solo na produção de matéria seca, diferente do ano anterior,

quando o tratamento com preparo reduzido resultou numa menor produção de matéria seca. A

quantidade de matéria seca presente na superfície do solo mostrou-se estatisticamente igual,

em decorrência da semeadura de aveia preta ser em sistema plantio direto, e a rápida

germinação das plântulas ter retardado a decomposição da palha de soja.

Tabela 26: Valores médios de matéria seca de plantas verdes (MSV), plantas secas na

superfície do solo (MSPS) e matéria seca total (MSTotal), nos diferentes manejos

do solo com aveia preta, no ano de 2004.

MSV MSPS MSTotal Manejo

Solo kg ha-1

Plantio direto 4021 a 2874 a 6895 a

Preparo convencional 3791 a 2266 a 6057 a

Preparo reduzido 4609 a 2082 a 6692 a

DMS 375,58 261,72 488,01

CV (%) 22,22 26,63 18,26

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05).

6.4.2 Demanda energética na semeadura e colheita de feno

De acordo com a Tabela 27 o sistema do manejo do solo não influenciou

estatisticamente nas variáveis analisadas na semeadura de aveia preta. Porém, dentre essas

variáveis, o preparo reduzido resultou num maior valor na demanda de potência, mostrando

que o solo não foi totalmente acomodado, apesar do tráfego envolvido neste tratamento.

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93

O consumo de combustível foi praticamente o mesmo para todos os tratamentos, não

havendo diferença significativa, cuja conclusão é semelhante à encontrada por Pontes (2002).

Porém, Levien (1999), na operação de semeadura de aveia preta verificou que o tratamento

escarificado consumiu mais combustível que os demais manejos do solo.

Tabela 27: Valores médios de força de tração (kN); tração máxima (kN); potência (kW);

potência máxima (kW); velocidade (km h-1); consumo de combustível (L h-1);

consumo efetivo de combustível (L ha-1); capacidade operacional efetiva - Coe

(ha h-1) na semeadura de aveia preta, no ano de 2004.

Manejo do solo

Variáveis analisadas PD PC PR

DMS CV

(%)

Força média (kN) 5,98 A 5,93 A 6,35 A 0,16 6,45

Força máxima (kN) 7,35 A 7,01 A 7,68 A 0,19 6,34

Potência média (kW) 11,77 A 11,17 A 12,16 A 0,43 9,11

Potência máxima (kW) 14,45 A 13,20 A 14,69 A 0,45 7,78

Velocidade (km h-1) 7,10 A 6,90 A 6,80 A 0,12 4,34

Consumo combustível (L h-1) 11,69 A 11,30 A 11,61 A 0,26 5,55

Consumo efetivo combustível (L ha-1) 6,47 A 6,57 A 6,63 A 0,16 5,94

Coe (há h-1) 1,81 A 1,73 A 1,75 A 0,03 4,87

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05).

As tabelas 28, 29 e 30, representam os valores médios de demanda energética no

processamento do feno de aveia preta. As variáveis analisadas durante o corte pela cegadora

rotativa, ancinho/ enleirador e enfardadora cúbico não apresentaram diferenças estatísticas nos

manejos do solo.

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94

Tabela 28: Valores médios torque média (Nm); torque máxima (kW); rotação na TDP (rpm);

potência média (kW); potência máxima (kW); velocidade (km h-1); consumo

combustível (L h-1); consumo efetivo combustível (L ha-1) e capacidade

operacional efetiva - Coe (ha h-1) no corte de aveia preta, no inverno de 2004.

Manejo do solo

Variáveis analisadas PD PC PR

DMS CV

(%)

Torque média (Nm) 73,45 A 62,01 A 71,73 B 2,43 8,61

Torque máxima (kW) 130,45 A 117,73 A 137,28 A 7,73 14,74

Rotação TDP (rpm) 559,43 A 557,03 A 544,87 A 7,87 3,48

Potência média (kW) 4,30 A 3,61 B 4,09 A 0,16 9,70

Potência máxima (kW) 7,64 A 6,87 A 7,82 A 0,47 15,49

Velocidade (km h-1) 5,33 A 5,35 A 5,34 A 0,07 3,25

Consumo combustível (L h-1) 4,53 A 4,36 A 4,53 A 0,06 3,51

Consumo efetivo combustível (L ha-1) 7,08 A 6,80 A 7,09 A 0,09 3,19

Coe (ha h-1) 0,64 A 0,64 A 0,64 A 0,01 3,25

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05).

Os valores de consumo de combustível (L ha-1) discordaram dos valores obtidos por

Ribeiro e Savastano Junior (2003, p.626), resultando num consumo menor do que os

encontrados pelos autores. No processo de feno, as fases que requereram maior gasto de

combustível foram no enfardamento seguido de corte (cegadora) e enleiramento (ancinho/

enleirado).

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95

Tabela 29: Valores médios torque média (Nm); torque máxima (kW); rotação na TDP (rpm);

potência média (kW); potência máxima (kW); velocidade (km h-1); consumo

combustível (L h-1); consumo efetivo combustível (L ha-1) e capacidade

operacional efetiva - Coe (ha h-1) no enleiramento da aveia preta, no ano de 2004.

Manejo do solo

Variáveis analisadas PD PC PR

DMS CV

(%)

Torque média (Nm) 6,78 A 6,03 A 7,23 A 0,45 16,53

Torque máxima (kW) 14,73 A 13,22 A 15,64 A 0,84 14,24

Rotação TDP (rpm) 474,10 A 470,44 A 471,55 A 3,03 1,11

Torque média (Nm) 70,38 A 71,71 A 70,56 A 3,33 11,52

Torque máxima (kW) 159,47 A 165,78 A 152,78 A 9,87 15,17

Velocidade (km h-1) 4,57 A 4,52 A 4,53 A 0,04 2,01

Consumo combustível (L h-1) 3,05 A 3,01 A 3,10 A 0,06 4,68

Consumo efetivo combustível (L ha-1) 3,33 A 3,34 A 3,42 A 0,08 5,88

Coe (ha h-1) 0,91 A 0,90 A 0,90 A 0,01 2,01

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05).

O desempenho operacional está relacionado com os princípios de

Ribeiro e Savastano Junior (2003), em que velocidade de deslocamento, quantidade e altura da

forragem a ser cortada, largura e altura das leiras, tempo de manobras, tamanho de fardo,

facilidade de manuseio, transporte e armazenamento são parâmetros que interferem no

desempenho energético no processo de fenação

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96

Tabela 30: Valores médios torque média (Nm); torque máxima (kW); rotação na TDP (rpm);

potência média (kW); potência máxima (kW); velocidade (km h-1); consumo

combustível (L h-1); consumo efetivo combustível (L ha-1) e capacidade

operacional efetiva - Coe (ha h-1) no enfardamento da aveia preta, no ano de

2004.

Manejo do solo

Variáveis analisadas PD PC PR

DMS CV

(%)

Torque média (Nm) 3,49 A 3,53 A 3,48 A 0,16 11,40

Torque máxima (kW) 7,91 A 8,16 A 7,53 A 0,49 15,19

Rotação TDP (rpm) 386,70 A 384,57 A 388,45 A 2,22 1,40

Torque média (Nm) 167,34 A 149,66 A 177,82 A 10,60 15,75

Torque máxima (kW) 363,83 A 328,22 A 384,67 A 19,94 13,61

Velocidade (km h-1) 2,14 A 2,00 A 2,12 A 0,07 8,29

Consumo combustível (L h-1) 2,24 A 2,19 A 2,28 A 0,06 6,17

Consumo efetivo combustível (L ha-1) 10,88 A 11,25 A 11,18 A 0,28 6,10

Coe (ha h-1) 0,21 A 0,19 A 0,20 A 0,01 8,29

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (P > 0,05).

6.4.3. Atributos físicos do solo

6.4.3.1. Densidade do solo

A Tabela 31 e Figura 50 mostram, respectivamente, os valores médios

de densidade do solo nas camadas de 0 a 0,10 m; 0,10 a 0,20 m e 0,20 a 0,30 m após as

colheitas das culturas de inverno. Os dados revelaram diferenças estatísticas significativas para

o sistema plantio direto e preparo convencional, apresentando maior valor de densidade do

solo na camada de 0 a 0,10 m, concordando com Stone e Silveira (2001) e Câmara e Klein

(2005).

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97

Tabela 31: Valores médios de densidade do solo (kg dm-3), na camada de 0 – 0,10 m após a

colheita das culturas de inverno em função de três manejos e três coberturas do

solo, no ano de 2004.

Cobertura do solo

Manejo do solo Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 1,32 A a 1,39 A a 1,25 A a 1,32 a

Preparo convencional 1,36 A a 1,27 A b 1,18 A a 1,27 a

Preparo reduzido 1,19 A b 1,15 A b 1,25 A b 1,14 b

Média 1,29 A 1,27 A 1,17 B -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05).

Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 7,84 % DMS Manejo = 0,032 DMS Cobertura = 0,028

DMS Manejo x Cobertura = 0,048 DMS Cobertura x Manejo = 0,048

Segundo De Maria et al. (1999), os maiores valores de densidade do solo na superfície

do sistema plantio direto, em relação ao preparo convencional, estão relacionados com o

adensamento natural, a ausência de revolvimento e pela compactação ocasionada pelo tráfego

de máquinas. O menor valor de densidade do solo obtido na camada de 0,10 a 0,20 m deveu-se

ao empolamento do solo proporcionado pela operação de descompactação com utilização de

escarificador, que teve por objetivo aumentar a porosidade, reduzir a densidade e elevar a

estabilidade de seus agregados, facilitar o desenvolvimento radicular das plantas e elevar a

taxa de infiltração e capacidade de armazenamento de água no solo (KOCHHANN;

DENARDIN, 2000).

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98

BAAB

BA

BAA

0,000,200,400,600,801,001,201,401,60

PD PC PR

Manejo do solo

Den

sida

de so

lo (k

g dm

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

a aa

a a aa a a

0,000,200,400,600,801,001,201,401,60

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Den

sida

de so

lo (k

g dm

-3 )

PD PC PR

Figura 50: Densidade do solo (m3 m-3) na camada de 0 – 0,10 m após a colheita das culturas de inverno em função de três manejos do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2004.

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99

Tabela 32: Valores médios de densidade do solo (kg dm-3) na camada de 0,10 – 0,20 m, após

a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e três coberturas do

solo, no ano de 2004.

Cobertura do solo

Manejo do solo Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 1,39 A a 1,37 A a 1,37 A a 1,38 a

Preparo convencional 1,36 A a 1,41 A a 1,19 B b 1,32 a

Preparo reduzido 1,28 A a 1,27 A a 1,19 A b 1,25 b

Média 1,34 A 1,35 A 1,25 B -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 7,13 % DMS Manejo = 0,031 DMS Cobertura = 0,027

DMS Manejo x Cobertura = 0,047 DMS Cobertura x Manejo = 0,047

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100

AAAA

AABB

A

0,000,200,400,600,801,001,201,401,60

PD PC PR

Manejo do solo

Den

sida

de so

lo (k

g dm

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

a a ab

aaaaa

0,000,200,400,600,801,001,201,401,60

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Den

sida

de so

lo (k

g dm

-3 )

PD PC PR

Figura 51: Densidade do solo (m3 m-3), na camada de 0,10 – 0,20 m, após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2004.

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101

Na camada de 0,20 a 0,30 m a densidade não sofreu influências significativas dos

manejos do solo e das coberturas, concordando com Yano (2002, p.33), que não observou

diferenças estatísticas nos valores de densidade, macroporosidade, microporosidade e

porosidade total, independente do manejo do solo e da cobertura utilizada na região de Ilha

Solteira.

Tabela 33: Valores médios de densidade do solo (kg dm-3) na camada de 0,20 – 0,30 m após a

colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e três coberturas, no

ano de 2004.

Cobertura do solo

Manejo do solo Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 1,32 1,37 1,36 1,35 a

Preparo convencional 1,36 1,32 1,35 1,34 a

Preparo reduzido 1,26 1,27 1,28 1,27 b

Média 1,31 1,32 1,33 -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 5,58 % DMS Manejo = 0,021 DMS Cobertura = 0,021

DMS Manejo x Cobertura = 0,037 DMS Cobertura x Manejo = 0,037

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102

AAA AAA AAA

0,000,200,400,600,801,001,201,401,60

PD PC PR

Manejo do solo

Den

sida

de so

lo (k

g dm

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

aaa aaa aaa

0,000,200,400,600,801,001,201,401,60

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Den

sida

de so

lo (k

g dm

-3 )

PD PC PR

Figura 52: Densidade do solo (m3 m-3) na camada de 0,20 – 0,30 m após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2004.

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103

6.4.3.2. Macroporosidade do solo

A Tabela 34 e a Figura 53 constataram que o manejo do solo não interferiu estatisticamente

nos valores de macroporosidade do solo sobre a cobertura de aveia preta, mesmo com o

tráfego de máquinas na confecção do feno ter ocorrido em todos os tratamentos do manejo.

Nos preparo convencional e sistema plantio direto, considerando-se na cobertura do sorgo,

também houve menor valor de macroporosidade nesta camada, sendo estatisticamente

diferente do preparo reduzido.

Nesta mesma camada houve diferença estatística no pousio sobre preparo convencional,

pois mostrou ser superior aos demais

Os valores de macroporosidade do solo analisados nas camadas de 0,10 a 0,20 m e 0,20

a 0,30 m não apresentaram valores significativamente diferentes entre si quanto ao manejo e

cobertura após a colheita de inverno. Entretanto, a macroporosidade, nos tratamentos com

preparo convencional e preparo reduzido na camada de 0,10 a 0,20 m, apresentaram-se

estatisticamente superiores ao sistema plantio direto e não diferiram entre ambos devido ao

rompimento do solo em camada.

Tabela 34: Valores médios de macroporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0 – 0,10 m,

após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e três

coberturas do solo, no ano de 2004.

Cobertura do solo

Manejo do solo Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 0,107 A a 0,090 A b 0,110 A b 0,102 b

Preparo convencional 0,082 B a 0,115 B b 0,170 A a 0,122 b

Preparo reduzido 0,140 A a 0,172 A a 0,210 A a 0,174 a

Média 0,110 B 0,126 B 0,163 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (P > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 27,51 % DMS Manejo = 0,106 DMS Cobertura = 0,106

DMS Manejo x Cobertura = 0,018 DMS Cobertura x Manejo = 0,018

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104

AA

A

BB

A

B

AA

0,00

0,050,10

0,150,20

0,250,30

PD PC PR

Manejo do solo

Mac

ropo

rosi

dade

(m3 m

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

aa

a bb

aa

aa

0,00

0,050,10

0,150,20

0,250,30

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Mac

ropo

rosi

dade

(m3 m

-3 )

PD PC PR

Figura 53: Macroporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0 – 0,10 m, após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2004.

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105

Tabela 35: Valores médios de macroporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0,10- 0,20 m,

após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e três

coberturas do solo, no ano de 2004.

Cobertura do solo Manejo do solo

Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 0,065 A a 0,092 A a 0,062 A b 0,073 b

Preparo convencional 0,077 B a 0,072 B a 0,155 A a 0,102 a

Preparo reduzido 0,100 A a 0,120 A a 0,135 A a 0,118 a

Média 0,081 A 0,095 A 0,117 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 37,46 % DMS Manejo = 0,106 DMS Cobertura = 0,106

DMS Manejo x Cobertura = 0,018 DMS Cobertura x Manejo = 0,018

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106

AA

AAA

A

B

AA

0,000,050,100,150,200,250,30

PD PC PR

Manejo do solo

Mac

ropo

rosi

dade

(m3 m

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

aa

aa a

a

aa a

0,00

0,050,10

0,150,20

0,250,30

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Mac

ropo

rosi

dade

(m3 m

-3 )

PD PC PR

Figura 54: Macroporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0,10- 0,20 m, após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2004.

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107

Tabela 36: Valores médios de macroporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0,20- 0,30 m,

após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e três

coberturas do solo, no ano de 2004.

Cobertura do solo Manejo do solo

Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 0,085 A a 0,088 A a 0,076 A a 0,082 b

Preparo convencional 0,076 A a 0,092 A a 0,077 A a 0,083 b

Preparo reduzido 0,105 A a 0,127 A a 0,096 A a 0,109 a

Média 0,089 A 0,102 A 0,083 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 31,99 % DMS Manejo = 0,008 DMS Cobertura = 0,008

DMS Manejo x Cobertura = 0,015 DMS Cobertura x Manejo = 0,015

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108

AAA

AAA A

AA

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

PD PC PR

Manejo do solo

Mac

ropo

rosi

dade

(m3 m

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

aaa a a aa

aa

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Mac

ropo

rosi

dade

(m3 m

-3 )

PD PC PR

Figura 55: Macroporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0,20- 0,30 m, após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2004.

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109

6.4.3.3. Microporosidade do solo

A microporosidade do solo apresentou comportamento diferenciado nas três camadas

estudadas e diferentes coberturas. Os maiores valores foram obtidos no preparo convencional

na cobertura de aveia preta.

Os manejos do solo não influenciaram estatisticamente os valores de microporosidade

do solo nas coberturas de sorgo e pousio; no entanto, no preparo convencional, os valores

dessas características foram superiores no plantio direto e no preparo reduzido quando a

cobertura usada foi de aveia preta.

Tabela 37: Valores médios de microporosidade do solo (m3 m-3) na camada de 0 – 0,10 m

após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e três

coberturas do solo, no ano de 2004.

Cobertura do solo Manejo do solo

Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 0,417 A b 0,432 A a 0,412 A a 0,421 a

Preparo convencional 0,455 A a 0,420 B a 0,407 B a 0,427 a

Preparo reduzido 0,407 A b 0,392 A a 0,377 A a 0,392 b

Média 0,427 A 0,415 A 0,399 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 6,11 % DMS Manejo = 0,007 DMS Cobertura = 0,007

DMS Manejo x Cobertura = 0,013 DMS Cobertura x Manejo = 0,013

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110

AAA AAA BB

A

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

PD PC PR

Manejo do solo

Mic

ropo

rosi

dade

(m3 m

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

a a ab

aa aaa

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Mic

ropo

rosi

dade

(m3 m

-3 )

PD PC PR

Figura 56: Microporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0 – 0,10 m, após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2004.

Na Tabela 38 e na Figura 57, observou-se que as coberturas de aveia preta e sorgo não

foram influenciadas pelos manejos do solo, diferente no pousio que, no preparo reduzido e no

preparo convencional apresentaram menores valores de microporosidade do solo em

comparação ao sistema plantio direto.

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111

Tabela 38: Valores médios de microporosidade do solo (m3 m-3), na camada de

0,10 – 0,20 m, após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do

solo e das coberturas de inverno, no ano de 2004.

Cobertura do solo

Manejo do solo Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 0,432 A a 0,427 A a 0,430 A a 0,430 a

Preparo convencional 0,435 A a 0,445 A a 0,392 B b 0,424 a

Preparo reduzido 0,415 A a 0,402 A a 0,400 A b 0,406 b

Média 0,427 A 0,425 A 0,407 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 5,41 % DMS Manejo = 0,007 DMS Cobertura = 0,007

DMS Manejo x Cobertura = 0,011 DMS Cobertura x Manejo = 0,011

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112

AAA BAA AAA

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

PD PC PR

Manejo do solo

Mic

ropo

rosi

dade

(m3 m

-3 )

Aveia Sorgo Pousio

aaa aaa aaa

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Mic

ropo

rosi

dade

(m3 m

-3 )

PD PC PR

Figura 57: Microporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0,10 – 0,20 m, após a colheita

das culturas de inverno em função do manejo do solo (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2004.

Analisando a Tabela 39 e a Figura 58, as coberturas de aveia preta e pousio não

apresentaram diferenças estatísticas na camada de 0,20 a 0,30 m.

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113

Tabela 39: Valores médios de microporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0,20

– 0,30 m, após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e

três coberturas do solo, no ano de 2004.

Cobertura do solo Manejo do solo

Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 0,430 A a 0,437 A a 0,432 A a 0,433 a

Preparo convencional 0,442 A a 0,442 A a 0,437 A a 0,441 a

Preparo reduzido 0,427 A a 0,410 A b 0,430 A a 0,422 a

Média 0,433 A 0,430 A 0,433 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 4,55 % DMS Manejo = 0,006 DMS Cobertura = 0,006

DMS Manejo x Cobertura = 0,010 DMS Cobertura x Manejo = 0,010

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114

A A AA A A AAB

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

PD PC PR

Manejo do solo

Poro

sida

de to

tal (

m3 m-3

)

Aveia Sorgo Pousio

aaaabb aaa

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Poro

sida

de to

tal (

m3 m-3

)

PD PC PR

Figura 58: Microporosidade do solo (m3 m-3), na camada de 0,20 – 0,30 m, após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2004.

O sorgo mostrou-se inferior em microporosidade do solo no preparo

reduzido em comparação ao plantio direto e preparo convencional, devendo-se o fato ao disco

sulcador da semeadora de plantio direto e ao disco do arado que não trabalharam nesta

camada.

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115

6.4.3.4. Porosidade total do solo

Analisando os valores de porosidade total da Tabela 40 e Figura 59, observou-se que a

mobilização do solo proporcionada pelo preparo reduzido e preparo convencional no pousio

resultou em maiores quantidades de poros no solo com maior aeração, apresentado o mesmo

comportamento quando se analisou a macroporosidade total.

A Tabela 41 e a Figura 60 mostram que o preparo convencional resultou em menor valor

de porosidade total nas coberturas de aveia preta e sorgo, decorrente do tráfego das máquinas

durante os tratos culturais; por outro lado, o pousio permaneceu coberto pelas plantas

invasoras.

Tabela 40: Valores médios de porosidade total do solo (m3 m-3) na camada de 0 – 0,10 m após

a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e três coberturas do

solo, no ano de 2004.

Cobertura do solo Manejo do solo

Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 0,520 A a 0,522 A a 0,522 A b 0,522 b

Preparo convencional 0,537 B a 0,540 B a 0,577 A a 0,552 a

Preparo reduzido 0,547 A a 0,565 A a 0,582 A a 0,565 a

Média 0,535 B 0,542 B 0,561 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 4,36 % DMS Manejo = 0,007 DMS Cobertura = 0,007

DMS Manejo x Cobertura = 0,012 DMS Cobertura x Manejo = 0,012

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116

A A AA A A AAB

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

PD PC PR

Manejo do solo

Poro

sida

de to

tal (

m3 m-3

)

Aveia Sorgo Pousio

aaaabb aaa

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Poro

sida

de to

tal (

m3 m-3

)

PD PC PR

Figura 59: Porosidade total do solo (m3 m-3), na camada de 0 – 0,10 m, após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2004.

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117

Tabela 41: Valores médios de porosidade total do solo (m3 m-3), na camada de 0,10 – 0,20 m,

após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e três

coberturas do solo, no ano de 2004.

Cobertura do solo Manejo do solo

Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 0,497 A a 0,520 A a 0,490 A b 0,502 b

Preparo convencional 0,515 A a 0,512 A a 0,542 A a 0,523 a

Preparo reduzido 0,517 A a 0,527 A a 0,535 A a 0,527 a

Média 0,510 A 0,520 A 0,522 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 5,03 % DMS Manejo = 0,007 DMS Cobertura = 0,007

DMS Manejo x Cobertura = 0,013 DMS Cobertura x Manejo = 0,013

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118

A A A AAA AAB

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

PD PC PR

Manejo do solo

Poro

sida

de to

tal (

m3 m-3

)

Aveia Sorgo Pousio

aaaaaa aaa

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Poro

sida

de to

tal (

m3 m-3

)

PD PC PR

Figura 60: Porosidade total do solo (m3 m-3), na camada de 0,10 – 0,20 m, após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2004.

A Tabela 42 e Figura 61 mostram que a porosidade do solo não foi influenciada pelo

manejo do solo ou pelas coberturas utilizadas.

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119

Tabela 42: Valores médios de porosidade total do solo (m3 m-3) na camada de 0,20 – 0,30 m

após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e três

coberturas, no ano de 2004.

Cobertura do solo Manejo do solo

Aveia preta Sorgo Pousio Média

Plantio direto 0,515 A a 0,530 A a 0,507 A a 0,517 a

Preparo convencional 0,520 A a 0,535 A a 0,515 A a 0,523 a

Preparo reduzido 0,532 A a 0,537 A a 0,527 A a 0,532 a

Média 0,522 A 0,534 A 0,517 A -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Letras maiúsculas referem-se às linhas e minúsculas às colunas.

CV = 4,14 % DMS Manejo = 0,006 DMS Cobertura = 0,006

DMS Manejo x Cobertura = 0,011 DMS Cobertura x Manejo = 0,011

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120

A A AA A AA A A

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

PD PC PR

Manejo do solo

Poro

sida

de so

lo (m

3 m-3

)

Aveia Sorgo Pousio

aaa aaa aaa

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

Aveia Sorgo Pousio

Cobertura do solo

Poro

sida

de so

lo (m

3 m-3

)

PD PC PR

Figura 61: Porosidade total do solo (m3 m-3) na camada de 0,20 – 0,30 m após a colheita das culturas de inverno em função do manejo do solo e (PD- Plantio direto; PC- Preparo convencional e PR- Preparo reduzido) e três coberturas do solo (aveia preta, sorgo e pousio), no ano de 2004.

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121

7 CONCLUSÕES

Mediante as condições e os resultados obtidos durante a realização

deste trabalho, pôde-se concluir:

Independente das espécies utilizadas como fonte de cobertura vegetal morta, a

porcentagem de cobertura do solo mostrou-se maior no sistema plantio direto.

O preparo reduzido requereu maior força de tração, independente das espécies de

cobertura do solo.

A semeadura da soja em solo preparado com preparo reduzido proporcionou maior força

de tração e demanda de potência, bem como maior consumo de combustível e deslizamento

das rodas, além de menor velocidade de deslocamento.

O preparo convencional proporcionou maior consumo de combustível total nas

operações de condução da soja, devido ao maior número de máquinas e operações

empregadas.

A produção de matéria seca pela aveia preta não foi influenciada pelos diferentes

manejos do solo.

A quantidade de matéria seca presente na superfície do solo no sistema plantio direto

apresentou valor igual ao produzida pela parte aérea da aveia preta. A variável demanda

energética analisada na semeadura da aveia preta e confecção do feno não foi influenciada

pelos manejos do solo.

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122

Os valores de densidade do solo, macroporosidade, microporosidade e porosidade total

do solo foram influenciados positivamente pelos diferentes manejos do solo e cobertura.

A cultura de aveia preta apresentou respostas positivas é no período de

entressafra ao integrar sistemas de sucessão ou rotação de cultura com soja em sistema plantio

direto.

A cultura do sorgo é considerada como alternativa de entressafra para produção de grãos

e palha quando o ano agrícola apresentar condições pluviométricas favoráveis.

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123

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, J.; COSTA, B. M.; PEREIRA, I. G. Determinação do ponto de feno do capim- elefante roxo (Pennisetum purpureum Schum. cv. Roxo) por meio de secagem à sombra e ao sol. Magistra, Cruz das Almas, v.15, n.1, p. 27-31, 2003. ALTMANN, N. Como iniciar plantio direto (2a parte). In: ENCONTRO REGIONAL DE PLANTIO DIRETO NO CERRADO, 4 , 1999, Uberlândia. Plantio direto na integração lavoura- pecuária. Uberlândia: UFU, 2000. p.217-233. BEAUTLER, J. F.; LEVIEN, R.; TREIN, C. R.; HERZOG, R. L. S.; CEPIK, C. T. Persistência de resíduos de culturas de cobertura de solo, manejadas química e mecanicamente, durante o desenvolvimento do milho e da soja em semeadura direta. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRICOLA, 31, 2002. BERTOL, O.; FICHER, I. I. Semeadura direta versus sistemas de preparo reduzido: Efeito na cobertura do solo e no rendimento da cultura da soja. Revista Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v.17, n.2, p. 87-96, 1997. BOLLER, W. Avaliação de diferentes sistemas de manejo do solo visando a implantação da cultura do feijão (Phaseolus vulgaris L.). Botucatu, 1996. 272 f. Tese (Doutorado em Energia na Agricultura) - Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista. CÂMARA, R. K.; KLEIN, V. A. Propriedades físico-hídricas do solo sob plantio direto escarificado e rendimento da soja. Ciência Rural, Santa Maria, v.35, n.4, p.813 - 19, 2005. Disponível em http://www.scielo.br. Acesso em 23 set. 2005. CAMPOS, A. X. Fertilização com sulfato de amônio na cultura do milho em um solo do cerrado de Brasília sob pastagem de Brachiaria decumbens. Piracicaba, 2004. 119 f. Tese (Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas) - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. Disponível em http://www.teses.usp.br. Acesso em 05 nov. 2005.

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