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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE Aula: Transição demográfica Disciplina: Geografia do Brasil

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE …209_TRANSI%C7%C3O%20DEMOGR%C1FICA.pdf · fase adulta •Em 1970, para cada brasileiro economicamente ativo, havia dois fora do mercado

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE

Aula: Transição demográfica

Disciplina: Geografia do Brasil

Conceitos da demografia • Demografia: área da ciência que se preocupa em

estudar as dinâmicas e os processos populacionais;

• População absoluta: número total de habitantes de um país;

• Densidade demográfica/população relativa: taxa que mede o número de pessoas em determinado espaço por quilômetro quadrado (hab/km²);

• Razão de Dependência : peso da população considerada inativa ( 0 a 14 anos e 65 anos e mais de idade) sobre a população potencialmente ativa (15 a 64 anos de idade).

• taxa de natalidade: é o número de nascimentos que acontecem em uma determinada área.

• Taxa de fecundidade: número de filhos por mulher na idade fértil (15 a 49 anos).

• Taxa de mortalidade: é o número de óbitos ocorridos em um determinado local.

• Crescimento natural ou vegetativo: é a diferença entre os nascimentos e mortes, ou seja, entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade;

• Coorte: conjunto de pessoas que tem em comum um evento que se deu no mesmo período

• Taxa de mortalidade infantil: Número de óbitos de menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, em determinado espaço geográfico, no ano considerado.

• Expectativa de vida: número aproximado de anos que um grupo de indivíduos nascidos no mesmo ano irá viver, se mantidas as mesmas condições desde o seu nascimento.

Transição demográfica

• Elaborada pelo americano Frank Notestein, na primeira metade do século XX, defende que há uma tendência em que as populações de diferentes lugares crescem conforme ciclos que se intensificam e depois se reduzem sob as mais diversas razões.

• Refuta a teoria malthusiana que afirmava que o crescimento demográfico ocorria em ritmo exponencial;

• Principal efeito da transição demográfica; envelhecimento da população

Fases da Transição demográfica • 1° fase. Pré-transição: equilíbrio entre as taxas de

natalidade e mortalidade, ambas com valores altos;

• 2° fase:Aceleração ou explosão demográfica: crescimento acentuado da população em um curto período de tempo, diminuição brusca da mortalidade (“geração baby boom”);

• 3° fase. Desaceleração demográfica: declínio nas taxas de natalidade (planejamento familiar);

• 4° fase. Estabilidade demográfica: taxas de natalidade e mortalidade se equilibram

Transição Demográfica Brasileira

• Primeira Fase: Elevadas taxas de natalidade e de mortalidade (baixo crescimento populacional – até o início do Século XX)).

• Segunda Fase: elevadas taxas de natalidade e declínio das taxas de mortalidade nos países subdesenvolvidos, gerando elevado crescimento populacionais (auge -década de 50;

• Terceira Fase: baixas taxas de natalidade e de mortalidade, gerando baixíssimo crescimento populacional, estagnação e até mesmo taxas negativas de crescimento - progressivo (fases).

Fonte: IBGE

2012 a 2013 – taxa de crescimento populacional – 0,9%

• Observa-se gradativo declínio da razão de dependência, em todas as regiões brasileiras, o que está relacionado ao processo de transição demográfica. A redução dos níveis de fecundidade leva à diminuição das taxas de natalidade, implicando no decréscimo do contingente jovem da população. A população idosa, portanto, experimenta a elevação de sua participação relativa, combinada ao aumento absoluto do seu volume.

• O denominador, por sua vez, ainda vem aumentando, pela incorporação de coortes provenientes de épocas de alta fecundidade. As regiões Norte e Nordeste apresentam maiores valores da razão de dependência, associados às taxas de fecundidade mais altas do país.

Período 2013 - 2014

• a expectativa de vida ao nascer passou de 71,58 anos para 74,84 anos, enquanto a taxa de fecundidade total, de 2,14 para 1,77 filhos, e a taxa bruta de natalidade por mil habitantes, de 18,66 para 14,79 . Nesse contexto, a razão de dependência total diminuiu em decorrência da menor dependência de jovens, dado que a de idosos aumentou.

• A esperança de vida dos brasileiros aumentou em 2015 e chegou a 75,5 anos. A expectativa para a população masculina passou para 71,9 anos. Já para as mulheres passou a 79,1 anos. Em 1940, a esperança de vida ao nascer dos brasileiros era de 45,5 anos. Em 1980, essa expectativa já havia subido para 62,5 anos. Duas décadas depois, cresceu um pouco mais e passou para 69,8 anos.

DRÁSTICA QUEDA DA TAXA DE FECUNDIDADE

Densidade demográfica – média mundial: 43,6 hab/km2. Brasil: 22,2 hab/km2.

Posição Estado População

(hab.)

Área

(km²)

Dens. demográfica

(hab./km²)

1 Distrito Federal 2 562 963 5 801,937 441,74

2 Rio de Janeiro 15 993 583 43 696,054 366,01

3 São Paulo 41 252 160 248 209,426 166,19 4 Alagoas 3 120 922 27 767,661 112,39

5 Sergipe 2 068 031 21 910,348 94,38

6 Pernambuco 8 796 032 98 311,616 89,47

7 Espírito Santo 3 512 672 46 077,519 76,23

8 Paraíba 3 766 834 56 439,838 66,74

9 Santa Catarina 6 249 682 95 346,181 65,54

10 Rio Grande do Norte 3 168 133 52 796,791 60,00

11 Ceará 8 448 055 148 825,602 56,76

12 Paraná 10 439 601 199 314,850 52,37

13 Rio Grande do Sul 10 695 532 281 748,538 37,96

14 Minas Gerais 19 595 309 586 528,293 33,40

15 Bahia 14 021 432 564 692,669 24,83

16 Maranhão 6 569 683 331 983,293 19,78

17 Goiás 6 004 045 340 086,698 17,65

18 Piauí 3 119 015 251 529,186 12,40

19 Mato Grosso do Sul 2 449 341 357 124,962 6,85

20 Rondônia 1 560 501 237 576,167 6,56

21 Pará 7 588 078 1 247 689,515 6,08

22 Tocantins 1 383 453 277 620,914 4,98

23 Acre 732 793 152 581,388 4,80

24 Amapá 668 689 142 814,585 4,68

25 Mato Grosso 3 033 991 900 357,908 3,36

26 Amazonas 3 480 937 1 570 745,680 2,21

27 Roraima 451 227 224 298,980 2,01

ESTADOS BRASILEIROS: POPULAÇÃO, ÁREA E DENSIDADE DEMOGRÁFICA

Posição Estado População % da pop. Total

1 São Paulo 43 663 672 21,7%

2 Minas Gerais 20 593 366 10,2%

3 Rio de Janeiro 16 369 178 8,1%

4 Bahia 15 044 127 7,5%

5 Rio Grande do Sul 11 164 050 5,6%

6 Paraná 10 997 462 5,5%

7 Pernambuco 9 208 511 4,6%

8 Ceará 8 778 575 4,4%

9 Pará 7 969 655 4,0%

10 Maranhão 6 794 298 3,4%

11 Santa Catarina 6 634 250 3,3%

12 Goiás 6 434 052 3,2%

13 Paraíba 3 914 418 1,95%

14 Espírito Santo 3 838 363 1,9%

15 Amazonas 3 807 923 1,89%

16 Rio Grande do Norte 3 373 960 1,68%

17 Alagoas 3 300 938 1,65%

18 Piauí 3 184 165 1,6%

19 Mato Grosso 3 182 114 1,58%

20 Distrito Federal 2 789 761 1,4%

21 Mato Grosso do Sul 2 587 267 1,3%

22 Sergipe 2 195 662 1,1%

23 Rondônia 1 728 214 0,9%

24 Tocantins 1 478 163 0,7%

25 Acre 776 463 0,4%

26 Amapá 734 995 0,35%

27 Roraima 488 072 0,25%

POPULAÇÃO DOS ESTADOS BRASILEIROS SEGUNDO ESTIMATIVA DE 2013 DO IBGE

2013 Capital Unidade Federativa População em 2013 População em 2000

Variação

2000/2010 - %

1 São Paulo São Paulo 11.821.873 10.405.867 14

2 Rio de Janeiro Rio de Janeiro 6.429.923 5.851.914 10

3 Salvador Bahia 2.883.682 2.440.828 18

4 Brasília Distrito Federal 2.789.761 2.043.169 37

5 Fortaleza Ceará 2.551.806 2.138.234 19

6 Belo Horizonte Minas Gerais 2.479.165 2.232.747 11

7 Manaus Amazonas 1.982.177 1.403.796 41

8 Curitiba Paraná 1.849.946 1.586.848 17

9 Recife Pernambuco 1.599.513 1.421.993 12

10 Porto Alegre Rio Grande do Sul 1.467.816 1.360.033 8

11 Belém Pará 1.425.922 1.279.861 11

12 Goiânia Goiás 1.393.575 1.090.737 28

13 São Luís Maranhão 1.053.922 868.047 21

14 Maceió Alagoas 996.733 796.842 25

15 Natal Rio Grande do Norte 853.928 709.536 20

16 Teresina Piauí 836.475 714.583 17

17 Campo Grande Mato Grosso do Sul 832.352 662.534 26

18 João Pessoa Paraíba 769.607 595.429 29

19 Aracaju Sergipe 614.577 461.083 33

20 Cuiabá Mato Grosso 569.830 483.044 18

21 Porto Velho Rondônia 484.992 334.585 45

22 Florianópolis Santa Catarina 453.285 341.781 33

23 Macapá Amapá 437.255 282.745 55

24 Rio Branco Acre 357.256 252.885 41

25 Vitória Espírito Santo 348.268 291.941 19

26 Boa Vista Roraima 308.996 200.383 54

27 Palmas Tocantins 257.904 137.045 88

POPULAÇÃO DAS CAPITAIS BRASILEIRAS

Bônus demográfico

Ocorre quando há, proporcionalmente, um

maior número de pessoas em idade ativa

aptas a trabalhar. Há queda da proporção de

dependentes –crianças e idosos– na

população;

mais de 50% da população brasileira está na

fase adulta

• Em 1970, para cada brasileiro

economicamente ativo, havia dois fora do

mercado. O último censo do IBGE, de

2010, mostra que essa proporção

praticamente se igualou: para cada adulto

economicamente ativo, havia outra

pessoa fora do mercado. É como se a

renda do trabalho, que antes era dividida

por três, passasse a ser dividida por dois.

Consequências do Bônus demográfico

• mais força de trabalho do que pessoas

inativas;

• há um excedente de pessoas para

produzir e pagar impostos e assim

alavancar o crescimento econômico;

• aumento na quantidade de poupança e

capital na economia. A acumulação de

poupança cresce com a idade e chega a

seu ponto mais alto nas idades próximas à

aposentadoria.

• as previsões apontam a década de 2030

como o período em que os efeitos do

bônus começariam a diminuir e a

população se tornar mais envelhecida.

Haverá maior pressão sobre os gastos de

saúde e previdência social que irão

aumentar cada vez mais.

• O Brasil perdeu a oportunidade de fazer

crescer a economia com o impulso do

bônus demográfico (crise política e

econômica).

• Embora o bônus demográfico seja uma

janela de oportunidade única na história,

em muitos lugares, a população jovem

tem sido tratada mais como um problema

do que como uma solução.

• Brasil: 12,342 milhões de desempregados

em 2017

• Países asiáticos como a China, o Japão, a

Coreia do Sul e Cingapura aproveitaram o

período de bônus demográfico e tiveram

elevado crescimento econômico entre

1960 e 1990.

Geração “Nem-Nem”

• A geração de jovens (15 a 29 anos) que

não estudam nem trabalham chamada de

"nem nem", cresceu em 2015, passando

de 20% em 2014 para 22,5% da

população em 2015 .

• O problema atinge mais os jovens de

baixa renda;

• E há maior quantidade de mulheres nessa

situação;

• Alta evasão escolar:

PIRÂMIDE ETÁRIA DO BRASIL

gráfico organizado para classificar a

população de uma determinada localidade

conforme as faixas de idade, dividindo-as por

sexo. Esse gráfico é formado por barras

superpostas que se concentram em torno de

um eixo. As barras inferiores representam a

população mais jovem e as barras superiores

representam a população mais velha. Do lado

direito do eixo, sempre se quantifica a

população feminina e, do lado esquerdo, a

população masculina,

Funções das pirâmides etárias

• Facilita o planejamento público a médio e longo prazo;

• Permite conhecer a evolução da população, avaliando as taxas de natalidade em comparação à população adulta, aferindo sobre a existência de uma política de controle de natalidade no país ou se ela precisa ser adotada.

• Elaborar projeções etárias para se calcular qual vai ser o formato da população

1950

2010

Brasil: Distribuição por Gênero

Causas Principais:

∙Expectativa de vida da Mulher é maior;

∙Os homens estão mais sujeitos as mortes não naturais,

especialmente, dos 15 aos 30 anos.

Ano: 2010

População Economicamente Ativa - PEA

• Compreende todas as pessoas com 10 anos ou mais,

abrangendo os empregados e empregadores, os

trabalhadores autônomos, os que estão temporariamente

desempregados e os que estão procurando emprego.

• A PEI – População Economicamente Inativa – é formada,

principalmente, por aposentados, donas de casa, estudantes,

portadores de necessidades especiais e crianças.

Brasil: PEA - 2010

IDH: - Três dimensões básicas:

Renda;

educação e

saúde

IDH: - Três dimensões básicas: Renda; Educação e Saúde

IDH - 2010

POBREZA E EXTREMA POBREZA NO BRASIL

Cerca de 2 milhões de

domicílios rurais se

encontram em

situação de extrema

pobreza no Brasil.

¼ dos habitantes

rurais (25%) são

extremamente pobres.

1/20 (5%) dos

habitantes urbanos.

Renda per capita

média das famílias

rurais brasileiras:

R$ 387,00, enquanto a

renda per capita média

das famílias urbanas é

de R$ 786,90

Renda per capita

média das famílias

rurais - menos da

metade (49%) da renda

per capita média das

famílias urbanas.

Extrema pobreza - Renda per capita

familiar de até 70 reais/mês

Dimensão

População rural – 30 milhões de habitantes.

16,5 milhões – pobres / dos quais cerca de 8 milhões são

extremamente pobres.

Pobres: - renda per capita familiar inferior a ½ salário

mínimo.

Extremamente pobres: renda per capita familiar de até R$

70,00.

Há em torno de

16,5 milhões de

pobres nas

zonas rurais no

Brasil, sendo

que 65% do

total vivem no

Nordeste.

Áreas críticas em termos de pobreza:

- Semiárido do Nordeste;

- Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais e Bahia;

- Vale do Ribeira em São Paulo; e,

- algumas áreas ocupadas por povos indígenas e quilombolas.

A pobreza é um fenômeno multidimensional que se caracteriza pela falta de capacidades humanas básicas, refletidas pelo: - analfabetismo; - má nutrição; - mortalidade infantil elevada; - esperança de vida reduzida; - falta de acesso a serviços e infraestruturas que satisfaçam

as necessidades básicas (saneamento básico, água potável, energia, comunicações, ou seja, acesso a bens e serviços de uso coletivos).

Mais genericamente - incapacidade de exercer os direitos de cidadania (IICA, 2010).

Maior defasagem - meio rural

PERCENTUAL DE JOVENS COM 17 ANOS MATRICULADOS

EM CADA SÉRIE – URBANO E RURAL - 2006

2014 = R$724,00

2014 = 5%

BOLSA FAMÍLIA - Características gerais

Atende famílias com até R$ 150,00 de renda per capita familiar (selecionadas pelo Cadastro Único);

Famílias atendidas: 14 milhões (45,8 milhões de pessoas)

Benefício (valor total) médio: R$ 150,00

Orçamento: R$ 28,8 bilhões (2015) – para 2016: 18,8 bilhões (proposta)

Pagamento: mensal, com cartão magnético enviado diretamente às famílias por "Correios". As titulares do benefício são preferencialmente mulheres. Saques feitos em bancos, lotéricas ou correspondentes bancários.

13% 26% 8% 28% 18% 16%

Inovações em programas já existentes

(*) Valores reais (2011). Bolsa Alimentação, Bolsa Escola, Bolsa Família e Cartão Alimentação. Fonte: MDS.

Famílias beneficiárias do Bolsa Família (milhões)

Transferência de Renda* (R$ bilhões)

Ampliação do número de famílias beneficiárias e do orçamento do Bolsa Família

VIOLÊNCIA NO BRASIL

“Os brasileiros têm esta feliz, esta saudável

dificuldade de não pertencer a uma identidade só.

Cada brasileiro é mais do que ele próprio, é mais do

que a sua raça, mais do que o seu gênero, mais do

que a sua etnia. Cada brasileiro é o Brasil inteiro. E

assim é impossível definir o que é um brasileiro

típico, essa busca de imagem procurando um

brasileiro representativo ou um brasileiro puro.”

Mia Couto (escritor moçambicano)

MIGRAÇÃO

ESTRANGEIRA

INTERNA

EMIGRAÇÃO – BRASILEIROS NO EXTERIOR

Intensificação dos fluxos de brasileiros para o exterior – anos 1980 – crise econômica (desemprego) Remessas de recursos do exterior para o Brasil – cerca de 5 bilhões de dólares

TENTATIVAS DE QUALIFICAR O DESENVOLVIMENTO

Índice de Desenvolvimento Humano:

Criado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) no início da década de 90.

Combina três componentes básicos do desenvolvimento humano:

- Longevidade

- Educação;

- Renda

O índice varia de 0 (pior) a 1 (melhor).

Quanto mais próximo de 1 maior será o nível de desenvolvimento humano do país, região, município.

Novo conceito de desenvolvimento – associado a

apropriação eficaz dos direitos humanos, num

sentido individual e coletivo.

Desenvolvimento como Liberdade – Amartya Sen SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Cia. das Letras, 2000.

Desenvolvimento x Liberdade

Principais fontes de privação da liberdade:

- Pobreza e tirania;

- Carência de oportunidades econômicas e

destituição social;

- Negligência dos serviços públicos;

- Intolerância ou interferência excessiva de Estados

repressivos.