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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – CECOP3
CRISTIANE SANTANA CARVALHO
PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA: POSSIBILIDADES DA FORMAÇÃO CONTÍNUA DOS DOCENTES, NA MODALIDADE EAD E SUA RELEVÂNCIA PARA A MELHORIA DA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Salvador 2015
CRISTIANE SANTANA CARVALHO
PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA: POSSIBILIDADES DA FORMAÇÃO CONTÍNUA DOS DOCENTES, NA MODALIDADE EAD E SUA RELEVÂNCIA PARA A MELHORIA DA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Projeto Vivencial apresentado ao Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica. Orientador: Prof. Lídio dos Santos Filho
Salvador 2015
CRISTIANE SANTANA CARVALHO
PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA: POSSIBILIDADES DA FORMAÇÃO CONTÍNUA DOS DOCENTES, NA MODALIDADE EAD E SUA RELEVÂNCIA PARA A MELHORIA DA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Projeto Vivencial apresentado como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica pelo Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia.
Aprovado em janeiro de 2016.
Banca Examinadora
Primeiro Avaliador.____________________________________________________ Segundo Avaliador. ___________________________________________________________ Terceiro Avaliador. ___________________________________________________________
Dedico este trabalho, a minha filha Emily Kristine por ser fonte de motivação para as
minhas conquistas, a minha mãe Iraci por ser meu porto seguro, meu alicerce e
exemplo de vida, e ao meu grande amigo Moisés pela confiança em mim e pela
enorme contribuição para realização de mais uma conquista.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus por me ter concedido força e coragem para
enfrentar todos os obstáculos que surgiram ao longo dessa caminhada, guiando os
meus passos, possibilitando assim que eu chegasse ao término desse curso.
Aos meus pais que sempre foram presença constante, me dando apoio e incentivo.
Em especial a minha mãe Iraci que nunca mediu esforços para proporcionar a
realização dos meus sonhos e das minhas conquistas.
Ao meu único irmão Wesley por ter se tornado alguém muito presente e especial me
apoiando sempre que necessário.
A meu orientador, Prof. Lídio dos Santos Filho, pela paciência e competência ao me
auxiliar nesta jornada.
À Faculdade de Educação da UFBA e ao Programa Nacional Escola de Gestores
da Educação Básica, por levarem a cabo esta iniciativa que beneficia tantos
Coordenadores Pedagógicos como eu.
Agradeço ao meu namorado Maurício Matos pela paciência e compreensão da minha
ausência decorrida da falta de tempo por acúmulo de atividades e estudos.
Quero também agradecer as minhas amigas e companheiras coordenadoras Eliciane,
Josefa Cristina, Mônica e Sandra. Estivemos sempre unidas nos apoiando e
encorajando nas horas difíceis, desde as realizações das atividades como também as
viagens ao polo Ribeira do Pombal.
Ao meu grande amigo e compadre Moisés, por servir-me de exemplo, sendo um
reflexo de garra, dedicação, comprometimento, força de vontade e otimismo. Você
acreditou em mim e hoje você faz parte da minha vitória. Muito obrigada!
Enfim, agradeço a todos que contribuíram direto ou indiretamente para a realização de
mais uma conquista, o título de especialista em Coordenação Pedagógica.
Crescer como Profissional, significa ir localizando- se no tempo e
nas circunstâncias em que vivemos, para chegarmos a ser um ser
verdadeiramente capaz de criar e transformar a realidade em
conjunto com os nossos semelhantes para o alcance de nossos
objetivos como profissionais da Educação.
Paulo Freire
CARVALHO, Cristiane Santana. Programa Formação pela Escola: possibilidades da
formação contínua dos docentes, na modalidade EAD e sua relevância para a
melhoria da prática pedagógica. 2015. Projeto Vivencial Especialização em
Coordenação Pedagógica- Programa Nacional Escola de Gestores da Educação
Básica, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2015.
RESUMO
Este Projeto Vivencial apresenta como tema “Programa Formação pela Escola: possibilidades da formação contínua dos docentes, na modalidade EAD e sua relevância para a melhoria da prática pedagógica”. Tal projeto tem a pretensão de conduzir a resultados que possibilitem entender quais possíveis contribuições do Programa mencionado, enquanto formação contínua em exercício com vistas à melhoria da prática pedagógica docente da rede pública do município de Sítio do Quinto-BA. Dessa forma, para o desenvolvimento deste trabalho, a metodologia adotada foi a pesquisa-ação, pesquisa qualitativa atrelada a uma abordagem teórica e prática, tendo como instrumento de coleta de dados, questionários aplicados com professores, coordenadores pedagógicos e diretores escolares inseridos no Programa Formação Pela Escola. É válido salientar que para sustentar as discussões, este projeto está fundamentado em teóricos como: Lima e Santos, Prada e Freitas, Preti, Neder, Pretto e Pinto, Pulo Freire, dentre outros. Diante desse contexto, este trabalho traz uma abordagem de análise teórico/empírica sobre uma realidade referente ao Programa Formação Pela Escola, (Programa de formação continuada à distancia nas ações do FNDE). Assim, esse projeto buscou desenvolver ações planejadas que levasse em consideração os cursos ofertados pelo Programa supracitado, no município de Sítio do Quinto, visando despertar o interesse dos professores em participar de formações continuada em EAD, levando-os a perceber a relevância dessa formação para melhoria da prática pedagógica no contexto atual. Com esse intuito, este trabalho organiza-se em cinco partes, sendo a primeira constituída pela Introdução que faz a apresentação do tema, bem como os objetivos e a relevância da pesquisa para o contexto atual. A segunda parte é composta pelo Memorial que traz relatos da trajetória profissional e acadêmica. A terceira parte é instituída pela Fundamentação teórica que traz enfoques teóricos relacionados ao tema. A quarta parte é organizada pela Proposta de Intervenção. E por fim, a quinta e ultima parte traz as Considerações Finais, onde tece as considerações frente ao trabalho já desenvolvido. Palavras-chave: Formação contínua docente. Educação à Distância. Programa Formação pela Escola.
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Participantes do Curso Competências Básicas ........................ 34
Gráfico 2 Participantes do Curso PDDE..................................................... 34
Gráfico 3 Participantes do Curso PLi.......................................................... 35
Gráfico 4 Costumam participar de formações continuada ......................... 37
Gráfico 5 Frequência em que participam de formações continuada.......... 37
Gráfico 6 .participam de outros cursos na modalidade EAD...................... 39
Gráfico 7 Visão sobre as formações na modalidade EAD.......................... 40
Gráfico 8 Como percebe o processo de formação que está vivenciando.. 42
Gráfico 9 Contribuição do Programa FPE para a melhoria da prática........ 43
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Cronograma da oficina temática................................................. 46
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem
CECOP Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica
EAD Educação à Distância
FAZAG Faculdade Zacarias de Góis
FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
FPE Formação Pela Escola
FUNDEB Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica
LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação
MEC Ministério da Educação e Cultura
PAR Planos de Ações Articuladas
PDDE Programa Dinheiro Direto na Escola
PLI Programas do Livro
PNAE Programa Nacional de Alimentação Escolar
PTE Programa do Transporte Escolar
SIMEC Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle
SIOPE Sistema de Informações Sobre Orçamentos Públicos em Educação
TCC/PV Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade Projeto Vivencial
TIC Tecnologia de Informação e Comunicação
UFBA Universidade Federal da Bahia
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................13
2 MEMORIAL..................................................................................................................16
2.1 EXPERIÊNCIAS SIGNIFICATIVAS EM MINHA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL E
ACADÊMICA: ALGUMAS MEMÓRIAS...........................................................................16
2.2 TRAJETÓRIA ACADÊMICA......................................................................................16
2.3 TRAJETÓRIA PROFISSIONAL.................................................................................20
2.4 EXPECTATIVAS.......................................................................................................21
3 A FORMAÇÃO CONTINUADA E O PAPEL DO CORRDENADOR
PEDAGÓGICO...............................................................................................................21
3.1 POSSIBILIDADES DA FORMAÇÃO CONTINUADA DOCENTE NA MODALIDADE
EAD E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A MELHORIA DA PRÁTICA
PEDAGÓGICA................................................................................................................25
3.2 CONHECENDO O PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA...............................28
4 PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA: CONCEITOS, METODOLOGIA E
FERRAMENTAS.............................................................................................................30
4.1 METODOLOGIA........................................................................................................31
4.2 CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO......................................................31
4.3 DESCRIÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE PESQUISA E DA COLETA DE
DADOS............................................................................................................................35
4.3.1 Análise dos dados..................................................................................................36
4.4 OPERACIONALIZANDO A PROPOSTA DE INTVENÇÃO......................................44
4.4.1 Cronograma...........................................................................................................46
4.5 RESULTADOS ESPERADOS...................................................................................47
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................47
6 REFERÊNCIAS............................................................................................................49
1.
13
1 INTRODUÇÃO
O tema desse Projeto Vivencial é o Programa Formação pela Escola e as
possibilidades da formação contínua dos docentes, na modalidade EAD e sua
relevância para a melhoria da prática pedagógica no contexto atual.
Partindo desse pressuposto, nosso problema pretende nos conduzir a resultados
que possibilitem entender quais são as possíveis contribuições do Programa Formação
pela Escola, enquanto formação continuada e em exercício, com vistas à melhoria da
prática pedagógica dos docentes da rede pública de ensino do município de Sítio do
Quinto-BA.
Entender as implicações da referida formação para a melhoria da prática docente,
é substancialmente relevante para os profissionais que compõem a rede pública de
educação básica do contexto educacional em questão. Há aproximadamente sete anos
atuando como coordenadora pedagógica e em contato com os professores foi possível
perceber a resistência destes em participar de formações continuada à distância. Este
ano em especial estando à frente do Programa Formação Pela Escola (Programa
Nacional de Formação Continuada a Distância nas ações do FNDE), percebemos
sobremaneira, a necessidade de elucidação da temática em questão.
Mesmo após ampla divulgação na rede escolar municipal, ainda percebe-se uma
adesão de maneira bastante inexpressiva, quanto à participação dos docentes na
referida formação. Tal fato dá margem ao surgimento de incertezas quanto a
aplicabilidade in loco, não apenas ao referido curso, mas a uma serie de instrumentos
de formação continuada na modalidade a distancia no Brasil. Diante desse contexto é
notório que o uso das TIC podem ser enfrentados com dificuldades, inseguranças,
dúvidas e medos, porém se o professor tiver consciência do seu papel transformador e
encarar essa nova realidade convicto de que a escola mudou e continua em processo
constante de transformação, ele perceberá a necessidade de acompanhar essa
mudança e para acompanhar se faz necessário sua atualização constante por meio da
formação continuada.
14
Dessa forma considera-se relevante a escolha desse objeto de estudo uma vez
que enquanto profissional da coordenação pedagógica devemos estar atentos a
formação do professor, buscando subsídios teóricos e técnicos relacionados a prática,
fazendo um exercício dinâmico no uso das TIC, afim de efetivar processos de
aprendizagem, comunicação, interação e interatividade propondo alternativas de
mudanças e melhoria da prática docente.
No intuito de buscar as respostas que contribuirão para a construção de nossa
pesquisa, a metodologia adotada para o desenvolvimento deste trabalho terá como
base o princípio da pesquisa-ação, pesquisa qualitativa, atrelada a uma abordagem
teórica e prática. De acordo com Xavier (2010) “a pesquisa-ação é aquela que permite
o pesquisador fazer intervenções diretas na realidade social que se apresenta com
algum problema”. Neste tipo de pesquisa são feitas observações da realidade,
posteriormente elabora-se atividades de cunho pedagógico a partir do problema
encontrado e, em seguida, aplica-se atividades planejadas. São feitas também análises
das experiências verificando a eficácia das atividades propostas. Assim, Xavier (2010)
afirma que nesse tipo de investigação o cientista pesquisa enquanto age, propõe
mudanças que são aplicadas por ele mesmo.
Já Lakatos (2010) afirma que as características metodológicas deste tipo de
pesquisa, apresentam caráter descritivo e exploratório, visto que, tem por objetivo
descrever determinados fenômenos, a exemplo de um estudo de caso do qual são
realizadas análises empíricas e teóricas. De acordo com a autora supracitada, na
pesquisa de campo, exploratória é utilizado uma variedade de procedimentos de coleta
de dados.
Dessa forma, para o desenvolvimento do TCC/PV foram utilizados como
instrumentos de coleta de dados, questionários para a realização da análise dos dados.
Esses questionários foram aplicados aos docentes, coordenadores pedagógicos e
diretores escolares que participam como cursistas dos cursos do Programa Formação
pela Escola.
15
Com base nos pressupostos trazidos ao longo do trabalho, nossa pesquisa tem
como objetivo geral despertar o interesse dos professores em participar de formações
continuada em EAD, levando-os a perceber a relevância dessa formação para melhoria
da prática pedagógica no contexto atual. Em meio a essa busca por respostas teórico-
metodológicas que nos possibilitem trazer a luz elementos que referenciam a obtenção
do objetivo geral supracitado, listamos como norteamento, os respectivos objetivos
específicos:
Possibilitar a percepção da relevância da formação continuada para a melhoria
da prática pedagógica;
Sensibilizar os professores a terem uma nova visão a respeito das formações na
modalidade EAD;
Analisar se as formações do Programa Formação pela Escola contribuem para a
melhoria da sua prática pedagógica
Perceber a necessidade e importância da sua inserção no mundo das TIC no
contexto educacional contemporâneo.
É válido salientar que este TCC/PV organiza-se em cinco partes, sendo a primeira
construída pela introdução, que faz a apresentação do tema, bem como os objetivos e a
relevância da pesquisa para o contexto atual, dessa forma essa primeira parte
apresenta elementos que serão discutidos no decorrer da pesquisa. A segunda parte é
composta pelo Memorial em que traz relatos de experiências significativas da trajetória
profissional e acadêmica, relacionadas ao objeto de estudo em questão. A terceira
parte é instituída pela Fundamentação teórica, que traz enfoques teóricos relacionados
ao tema em discussão e sustenta o estudo deste trabalho. A quarta parte é organizada
pela Proposta de intervenção, onde há uma apresentação sucinta do Programa
Formação pela Escola, conceitos, metodologia e ferramentas, além de ser apresentada
também a metodologia adotada nessa pesquisa, os objetivos, a caracterização do
objeto de estudo, a descrição da coleta de dados, a análise dos dados, a
operacionalização da proposta de intervenção e por vim as expectativas quanto aos
resultados esperados.
16
Este trabalho se encerra com as considerações finais as quais pretende ressaltar a
relevância do Programa Formação pela Escola, enquanto formação continuada e suas
contribuições para a melhoria da prática pedagógica no contexto atual.
2 MEMORIAL 2.1 EXPERIÊNCIAS SIGNIFICATIVAS EM MINHA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL E ACADÊMICA: ALGUMAS MEMÓRIAS
Sou Cristiane Santana Carvalho, nasci em 12 de agosto de 1983, tenho 32 anos.
Sou mãe de uma linda menina de sete anos chamada Emily Kristine. Resido e trabalho
em um pequeno município do interior da Bahia, Sítio do Quinto-Ba. Sou professora
efetiva nesse município, mas há oito anos atuo como coordenadora pedagógica. Sou
graduada em Pedagogia e pós-graduada em Gestão Educacional com Ênfase
pedagógica em nível de especialização.
O presente memorial é de grande relevância para minha formação visto que
decorre dos relatos de experiências significativas em minha trajetória profissional e
acadêmica, levando-me a refletir sobre as dificuldades encontradas, as conquistas
alcançadas, bem como as expectativas almejadas para o futuro. Dessa forma esse
memorial será dividido em três partes: Trajetória Acadêmica, Trajetória Profissional
e Expectativas. Será destinado ao Programa Nacional Escola de Gestores da
Educação Básica Pública, Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica pela
Universidade Federal da Bahia.
2.2 TRAJETÓRIA ACADÊMICA
Desde o tempo de criança já gostava de estudar, sempre fui aluna de escola
pública e apesar de ser filha de pais humildes e sem escolaridade sempre apoiaram os
meus estudos, em especial a minha mãe. Concluir o Ensino Médio em 2002 e
infelizmente a falta de recursos financeiros não permitiu que eu ingressasse de imediato
17
na faculdade. No entanto além da enorme vontade de continuar meus estudos sabia da
necessidade de avançar, visto que antes mesmo de concluir o Ensino Médio já
lecionava. Lembro-me que da minha turma do terceiro ano de Magistério, apenas duas
colegas no ano seguinte prosseguiram os estudos.
Em 2007, especificamente no segundo semestre, em fim prestei vestibular e ao
receber o resultado do vestibular, tive uma grande surpresa, recebi também o resultado
de gravidez, uma gravidez não planejada que seria o motivo de adiar mais uma vez o
meu sonho de cursar Pedagogia. Porém com o incentivo da minha mãe encarei esse
desafio e prossegui. Fiz minha graduação na Faculdade AGES. A cada disciplina
estudada tinha mais certeza de que era aquele curso que eu queria fazer, sempre fui e
continuo sendo apaixonada pela Educação. No entanto os desafios continuaram.
Estudei um ano, e no segundo semestre de 2008 nós funcionários públicos do
município em que atuo passamos por grandes dificuldades visto que o gestor municipal
passou aproximadamente quatro meses sem realizar pagamentos. Dessa forma outra
vez tive que aguardar um pouco mais. Tranquei a faculdade e retornei em 2009,
concluindo o curso em março de 2013. Em fim um dos meus sonhos realizado. Antes
mesmo de concluir, já comecei a fazer a minha pós-graduação em Gestão Educacional
com Ênfase pedagógica pela Faculdade Zacarias de Góis (FAZAG).
Procuro participar de todas as formações que tenho oportunidade, uma vez que
tanto professor, quanto o coordenador pedagógico devem estar constantemente se
atualizando. Enquanto profissionais da educação, mesmo tento uma vasta bagagem,
devemos ser eternos aprendizes, visto que o mundo evolui velozmente, e cabe a nós
estarmos engajados nesse processo de mudança. É necessário conhecer os
pressupostos básicos de construção do conhecimento bem como os fatores que
facilitam a aprendizagem, necessitando assim estar em constante formação atrelando
teoria e prática. Nesse contexto vale ressaltar o pensamento de Paulo Freire (1996):
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar na novidade. (FREIRE, 1996, P. 29).
18
Mediante esse pressuposto é notório a importância da Formação continuada, uma
vez que, a partir dessa formação ocorre o processo de ação-reflexão-ação.
Reconhecendo a importância e necessidade da formação continuada para minha
atualização profissional e consequentemente a melhoria de minha prática, considero
relevante mencionar os cursos que participei até o presente momento. Quero começar
destacando um curso muito simples, mas que na ocasião foi uma grande novidade
“Curso Básico de Informática”. No ano de 2004 em Goiânia-GO com carga horária
de 40 horas na Dig Work Informática. Nesse período trabalhava como professora de
uma escola particular e sentia a necessidade de começar a entender pelo menos o
básico sobre as TIC. Para transitar e sobreviver neste meio informatizado faz-se
necessário adquirir habilidades técnicas, e nós profissionais da educação devemos
encarar as mudanças com tranquilidade buscando acompanhar o processo e se
adaptar ao novo cenário social.
Em 2009 tive a oportunidade de participar da primeira formação na modalidade à
distancia “ Curso de Aperfeiçoamento Gênero e Diversidade na Escola, oferecido
pela Universidade Federal de São Carlos, no período de 20 de junho a 30 de novembro
totalizando a carga horária de 200 horas. Enfrentei muitos desafios, uma vez que ainda
não tinha computador em casa e as dificuldades de acesso eram imensas. No entanto
foi o pontapé inicial para inserção das TIC no meu trabalho enquanto coordenadora
pedagógica onde automaticamente refletia no trabalho dos educadores. A partir de
então passei a acreditar nesse tipo de formação em EAD, pois pôde perceber as
grandes possibilidades que ela nos oferece. A formação em EAD possibilita que nós
enquanto cursistas possamos organizar nosso tempo de estudo, de acordo com a
nossa disponibilidade de horário, os estudos podem ser realizados em casa, ou
qualquer outro ambiente a nossa escolha, permite mais contato com as ferramentas
tecnológicas, interação por meio dos diálogos nos ambientes virtuais de aprendizagem
com pessoas de diferentes lugares, podendo assim confrontar opiniões, conhecer
outras realidades, atrelando teoria e prática. Outras formações em EAD passaram a
fazer parte da minha trajetória acadêmica, entre elas: Programa Nacional de
Fortalecimento aos Conselhos Escolares em 2014 ofertado pela UFBA; Curso de
19
Formação Continuada de Conselheiros Municipais de Educação
(PROCONSELHO) em 2015, também ofertado pela UFBA; Curso de Especialização
em Coordenação Pedagógica ofertado pelo Programa Nacional Escola de Gestores
da Educação Pública Básica (UFBA), curso ao qual esse memorial se destina. E por fim
Os cursos do Programa Formação Pela Escola, ofertados pelo FNDE, os quais
também sou tutora no meu município. Esses cursos foram minha principal motivação
para a escolha do tema do TCC/PV: Curso Competências Básicas (março/abril de
2015), Formação em Tutoria (março/abril de 2015), Curso Programa Dinheiro Direto
na Escola (maio/junho de 2015), Curso programa do Livro (julho/agosto de 2015).
Além das formações em EAD, também participei de formações presenciais que
considero pertinente deixar registradas nesse memorial: Curso de Capacitação do
Programa Alfabetização Solidária realizado no período de 12 a30 de janeiro de
2000em Cruz Alta-RS ofertado pela UNICRUZ (Universidade de Cruz Alta); Programa
de Formação Continuada de Professores das séries iniciais do Ensino
Fundamental: Alfabetização e Linguagem em 2006, (Universidade Estadual de Ponta
Grossa); Programa Pró-Letramento em Matemática, em 2007, (Universidade do Vale
do Rio dos Sinos); Formação Continuada em Educação Especial na Área de
Transtorno de Déficit de Atenção e Imperatividade, em outubro de 2009, (Instituto
Anísio Teixeira); Formação de Formadores em Alfabetização e Letramento, de
março a novembro de 2012 (Instituto Anísio Teixeira); Formação de Agentes de
Leitura do Programa Mais Cultura em setembro de 2012 (Fundação Pedro Calmon);
Programa de Capacitação para Gestores Escolares-PROGESTÃO) em 2010/2011;
Formação dos Coordenadores do Baú de Leitura em Novembro de 2013 (UNICEF).
Além de formações continuadas em Jornadas Pedagógicas promovidas pelo Município
por meio de Consultorias, Seminários Regionais, Fóruns Regionais e Congressos.
A formação continuada é imprescindível visto que é a partir dos estudos, da
análise da realidade da qual fazemos parte, que percebemos a importância do
conhecimento onde ajuda na transformação, podendo assim, assimilar os mesmos na
prática cotidiana associando teoria e prática, ambas caminham juntas. Segundo Marta
Darsie (1999, p. 9): "Toda prática educativa traz em si uma teoria do conhecimento”.
Dessa forma a formação continuada continuará presente em minha trajetória.
20
2.3 TRAJETÓRIA PROFISSIONAL
Minha trajetória profissional iniciou cedo, comecei a lecionar em 2001 quando
ainda estava cursando o Ensino Médio (magistério), contratada pela prefeitura do
município até o final de 2003, neste mesmo ano recebi da escola em que lecionava, o
título de Professora Destaque por Dedicação e Compromisso na Missão de
Educar.
Ainda no final de 2003 mudei de cidade, passei a morar em Goiânia-GO, onde fui
contratada por uma escola particular (Escola Ciranda do Anel) e lecionei um ano e
meio, nos primeiros dois meses em uma turma de maternal e posteriormente a escola
me ofereceu mais uma turma. Em Agosto de 2005 retornei à Bahia, prestei concurso
público para professora, fui aprovada e no início de 2006 já comecei a atuar.
No ano de 2007 fui convidada a assumir a coordenação pedagógica de um Polo
educacional do Município. Atuei como coordenadora pedagógica nesse Polo até final de
2012, na Educação Infantil e séries iniciais. Em fevereiro de 2012 ministrei um curso
com duração de 4 horas para professores e gestores numa jornada pedagógica a partir
de um projeto, tendo como tema: “Gestão democrática: O Conselho Escolar como
espaço de participação da gestão e da comunidade escolar”.
A partir de 2013 até os dias atuais estou atuando como Coordenadora
pedagógica na Secretaria Municipal de Educação e Tutora do Programa Formação pela
Escola (Programa Nacional de Formação Continuada à Distância nas Ações do FNDE)
que tem como principal objetivo capacitar agentes, operadores, parceiros e
conselheiros envolvidos com a execução, acompanhamento, avaliação e prestação de
contas das ações e programas financiados com recursos do orçamento do FNDE. Esse
programa me motivou na escolha do Objeto de Estudo do TCC/PV, uma vez que
enquanto tutora e coordenadora da secretaria, percebo o quanto os cursos na
modalidade EAD ainda causa desconforto e insegurança em grande maioria dos
docentes. De acordo com HAENTNGER (1998):
21
Acompanhar o que está acontecendo, principalmente no que tange a informação, é fundamental para o professor. É preciso conhecer os recursos que estão em suas mãos e que além de modernizar (em todos os sentidos) o processo de ensino, são fundamentais para aproximar o educador deste universo tão presente na vida dos educandos. (HAENTNGER 1998, P. 88).
Nesse contexto, é notório a necessidade do professor encarar essa nova
realidade, convicto de que a escola mudou e continua em processo de transformação.
E participar de formações na modalidade EAD é uma possibilidade de engajar nesse
processo.
2.4 EXPECTATIVAS
Minhas experiências relatadas nesse memorial, tanto profissionais como
acadêmicas são bastante significativas para o meu crescimento. Muitos desafios foram
trilhados no percorrer do caminho, deixando um vasto aprendizado e com a certeza de
que o meu diferencial enquanto profissional depende exclusivamente das minhas
escolhas, por isso escolhi me especializar na área em que atuo e desejo continuar
estudando. É válido ressaltar o quanto esse curso de Especialização em Coordenação
Pedagógica contribuirá para a melhoria da minha prática, uma vez que seu currículo é
estruturado em torno do eixo “organização do trabalho pedagógico” trazendo subsídios
teóricos para desenvolvermos o nosso real papel de “coordenador pedagógico” numa
instituição escolar. Estou convicta da necessidade de continuar em formação
continuada e anseio na possibilidade de ingressar em um Mestrado.
3- A FORMAÇÃO CONTINUADA DOCENTE E O PAPEL DO COORDENADOR
PEDAGÓGICO
O papel do professor vem sendo transformado ao decorrer dos tempos, antes
considerado o dono do saber, com função de transmitir conhecimentos, hoje assume
uma nova postura “mediador” do processo de ensino-aprendizagem, fazendo-se
22
necessário conhecer os pressupostos básicos de construção do conhecimento bem
como os fatores que facilitam a aprendizagem, necessitando assim estar em constante
formação atrelando teoria e prática. Para Paulo Freire (1996, pag. 29), “não há ensino
sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que fazeres se encontram um no corpo do
outro”.
É importante ressaltar que atualmente nos deparamos com uma era altamente
globalizada em que as mudanças ocorrem de forma instantânea, principalmente no que
diz respeito ao uso das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação). Esse novo
contexto pode ser enfrentado com dificuldades, incertezas, medos e de forma
inadequada, porem se o professor tiver consciência do seu papel transformador e
encarar essa nova realidade, convicto de que a escola mudou e continua em processo
constante de transformação ele perceberá a necessidade de acompanhar esse
processo de mudança. De acordo com Prada e Freitas (2010, pag. 369), “formar-se é
um processo de toda a vida; enquanto seres humanos temos a possibilidade de
aprender”.
Diante desse contexto, é necessário que o docente esteja em constante formação
e atualização. Essa atualização se dará por meio da formação contínua. É válido frisar
que o aperfeiçoamento docente está previsto na legislação brasileira como direito dos
profissionais da Educação e deve ser garantido no próprio espaço escolar. Assim é
pertinente salientar que a LDB regulamenta a formação desses profissionais nos
seguintes artigos:
Art.61- A formação dos profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às características de cada fase de desenvolvimento do educando, terá como fundamento: I - a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço; II - aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades. Art.67- “os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais de educação, assegurando-lhes: [...] aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico para esse fim; [...] período reservado
23
a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho”. (BRASIL, 1996).
A partir das necessidades expostas, entra a principal responsabilidade do
coordenador pedagógico que é de promover no espaço escolar a formação contínua
dos docentes. Esse é o seu principal papel, articulador da formação docente em
serviço. Cabe ao coordenador pedagógico estabelecer propostas de formação contínua
que possa contribuir para a socialização dos conhecimentos, fortalecendo as ações
para novas transformações na formação docente, promovendo os momentos de
ação/reflexão, alimentando algumas teorias, levando para a prática juntamente com os
professores para juntos criarem novos saberes para serem trilhados nos caminhos a
serem percorridos. E por meio dessas intervenções buscarem juntos, aprendizagens
significativas. Portanto a responsabilidade do coordenador é grande, os desafios são
ilimitados. A esse respeito “O coordenador pedagógico tem a atribuição de favorecer o
trabalho docente na educação básica, por meio da formação continuada de
professores, sendo ele um dos autores sociais responsáveis por essa formação”. (LIMA
e SANTOS, 2007, p. 78).
Em suas formações com o corpo docente é de grande relevância que sejam
discutidos os problemas existentes na escola e também na sala de aula, fazendo uma
reflexão crítica sobre a prática. Dessa maneira as formações e diálogos surgem a partir
das necessidades, da realidade do contexto escolar. Assim, o trabalho do coordenador
pedagógico gera em torno dessas necessidades, visto que o objetivo maior, tanto do
coordenador, quanto do professor, é o desenvolvimento e aprendizagem do aluno. Para
Prada e Freitas (2010, pag. 370), “espera-se que a formação continuada contribua com
a manutenção, criação e alteração das relações estruturantes e estruturadas do
desenvolvimento do profissional do coletivo docente na instituição escolar”.
Nessa perspectiva entende-se que a promoção da formação continuada dos
docentes é de grande relevância, uma vez que possibilita reflexões sobre a prática
pedagógica a partir do momento em que os professores associam isso à teoria. Prada
e Freitas (2010), esclarecem essa relação entre teoria e prática quando afirmam que “a
24
prática pode ser explicada e compreendida mediante a teoria e esta pode ser
executada e produzida a partir da prática.
Corroborando com os autores supracitados Paulo Freire (1996) afirma que “é
pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima
prática”. Dessa forma podemos afirmar que o acesso à formação continuada para o
professor é imprescindível visto que é a partir dos estudos, da análise da realidade da
qual fazemos parte, que percebemos a importância do conhecimento onde ajuda na
transformação, podendo assim, assimila-los na prática cotidiana relacionando teoria e
prática, ambas caminham juntas, sendo o coordenador pedagógico o principal
responsável por essa formação continuada.
Mediante essas reflexões somos impulsionados a pensar visualizando horizontes
mais largos, convictos de que o papel do professor na atualidade vai muito além de
cuidar apenas da tarefa de ensinar, fazendo-se necessário dar conta de outras
dimensões. Dessa forma cabe ao coordenador pedagógico possibilitar através dos
momentos de formação continuada no próprio ambiente escolar, diferentes horizontes
que levem os docentes a engajarem no processo de transformação e mudança. Nessa
ótica vale citar:
(...) a escola, como instituição educacional e como espaço de formação continuada dos professores precisa proporcionar recursos e tempo para que os educadores possam compreender sua própria realidade institucional, analisa-las e, consequentemente, transforma-la. Assim será desenvolvido um processo de formação que possibilite melhoria no fazer docente individual e coletivo. (PRADA E FREITAS, 2010, p. 374).
Nessa contenda percebe-se o quão é importante o coordenador pedagógico
desempenhar bem o seu papel primordial de articulador da formação continuada
docente, no entanto, são tantas atribuições que lhe são dadas na instituição escolar,
que acaba acarretando o seu trabalho, diminuindo o tempo para se dedicar as
formações. Tais atribuições são inúmeras as quais fazem com que o próprio
coordenador deixe de assumir sua própria identidade. A esse respeito Lima e Santos
(2007, pag. 80), ressalta que “por não ter claro o seu papel, ou mesmo tendo claro, mas
25
abrindo mão dele por conta das cresças ou crenças auto-realizadoras no interior da
escola, acompanha o ritmo ditado pelas rotinas ali arraigadas”.
De acordo com os autores supracitados o coordenador pedagógico por assumir
diversas atribuições é rotulado como responsável pela maioria das emergências que
ocorrem no ambiente escolar, assumindo assim papéis que não lhes compete, tais
como de secretário escolar, de diretor e até de professor quando passa a substitui-los
em suas ausências. Dessa forma é importante frisar as principais atribuições do
coordenador pedagógico:
a) acompanhar o professor em suas atividades de planejamento, docência e avaliação; b) fornecer subsídios que permitam aos professores atualizar-se e aperfeiçoar-se constantemente em relação ao exercício profissional; c) promover reuniões, discussões e debates com a população escolar e a comunidade no sentido de melhorar sempre mais o processo educativo; d) estimular os professores a desenvolverem com entusiasmo suas atividades, procurando auxiliá-los na prevenção e na solução dos problemas que aparecem. (LIMA e SANTOS, 2007, p. 79) apud (PILETTI, 1998, p. 125).
O que se pode concluir nessa breve discussão é que a escola não se constitui
apenas de alunos e professores, mas de sujeitos ativos, com formas de ser e aprender
diferenciados, em que a realidade escolar influencia a atuação de todos os profissionais
que fazem a educação, necessitando assim que tais profissionais estejam em constante
formação em busca do seu aperfeiçoamento profissional e pessoal que irá refletir em
sua prática pedagógica e consequentemente na transformação do ambiente escolar.
Dessa forma, a formação docente em serviço é imprescindível e o coordenador como
agente de formação é fator primordial.
3.1 POSSIBILIDADES DA FORMAÇÃO CONTINUADA DOCENTE NA MODALIDADE
EAD E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA
26
Vivemos em tempos marcados por inúmeras mudanças, decorrente de um avanço
extraordinário das inovações tecnológicas. Tais mudanças caracterizam a realidade
atual dos profissionais docentes influenciando-os a engajarem-se no processo de
formação contínua. Essa é uma necessidade emergente da contemporaneidade, visto
que a competitividade no mercado de trabalho aumenta velozmente, decorrente do
ritmo acelerado da inserção e uso das TIC no cotidiano. A esse respeito Preto e Pinto
(2006) ressalta que “há 15 anos eram poucos os usuários de celulares, e somente parte
da comunidade acadêmica tinha acesso à internet. Hoje pode-se conectar a internet a
partir dos celulares, o que leva as pessoas a estarem frequentemente conectadas”.
Estamos na era da sociedade informatizada em que torna-se quase impossível
imaginar-se sem o uso das TIC. Pode-se observar que as crianças hoje, antes mesmo
de aprender a ler e a escrever, já se deparam com computadores, celulares, tabletes
tendo acesso aos jogos virtuais, passando assim a fazer parte desde cedo do mundo
digital. Nesse contexto é imprescindível que o professor busque sua inserção no meio
tecnológico como condição básica para transitar e sobreviver no contexto atual. De
acordo com Preti (1996, p. 16) “As mudanças tecnológicas da informação também
fazem com que grande parte das qualificações fiquem defasadas, a um ritmo cada vez
mais rápido, diante dos aparatos de informação que operam em tempo real”.
Vale pontuar que mediante a tanta mudança e necessidade de qualificação,
surgiram diferentes possibilidades de formações que não se restringem apenas as
salas de aula. O jeito de ser e fazer educação também mudou. Uma das alternativas de
formação e aperfeiçoamento muito presente no cenário atual é a EAD (Educação à
distância). “A educação à distância é, pois, uma modalidade não-tradicional, típica da
era industrial e tecnológica, cobrindo distintas formas de ensino-aprendizagem,
dispondo de métodos, técnicas e recursos, postos a disposição da sociedade”. (PRETI,
1996, P. 19).
A EAD é uma modalidade de ensino que visa facilitar a vida dos cursistas no que
diz respeito ao tempo de formação e localização geográfica. Nas formações nessa
modalidade o cursista tem a possibilidade de organizar seu tempo de estudo, de acordo
com a sua disponibilidade de horário, os estudos podem ser realizados em casa, ou
27
qualquer outro ambiente a sua escolha, desde que tenha acesso às ferramentas
digitais, além de possibilitar interação por meio dos diálogos nos ambientes virtuais de
aprendizagem com pessoas de diferentes lugares, podendo assim confrontar opiniões,
conhecer outras realidades e atrelar teoria e prática. Sobre a escolha de formações em
EAD, PRETI (1996) afirma:
A maioria de seus alunos apresentam características particulares, tais como: são adultos inseridos no mercado de trabalho, residem em locais distantes dos núcleos de ensino, não conseguiram aprovação em cursos regulares, são bastante heterogêneos e com pouco tempo para estudar no ensino presencial. Esses estudantes buscam essa modalidade porque nela encontram facilidade para planejar seus programas de estudo e avaliar o processo realizado, e até mesmo porque preferem estudar a sós que em classes numerosas. (PRETI, 1996, p. 19).
É válido salientar que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)
9394/96 em seu artigo 62 estabelece a formação dos professores em Nível Superior em
cursos de Licenciatura, para atuar na educação básica e a EAD tem sido uma das
possibilidades de formação docente, tanto inicial quanto continuada. Nessa contenda,
Neder (2006) ressalta que a EAD nos projetos de formação de professores tem sido
vistas como oportunidade de atendimento a um contingente de milhões de docentes
que atuam nas redes públicas do país, sem formação em nível superior.
Na visão da autora supracitada, a EAD além de promover processos interativos,
também permite que a aprendizagem ocorra mediante processo ação-reflexão-ação.
Tais processos levam o docente, a refletir a partir da teoria e se apropria dessa teoria
para melhorar sua prática.
Embora a EAD esteja muito presente no contexto atual, ainda existe uma visão
errônea no que diz respeito a esse tipo de modalidade, certo preconceito embutido,
necessitando que a sociedade compreenda melhor de forma clara e exata o que
diferencia a educação a distância da educação presencial. Nessa contenda vale
destacar:
28
A EAD distingue-se da modalidade de ensino presencial por ser um sistema tecnológico de comunicação bidirecional que pode ser massivo e que substitui a interação pessoal em sala de aula entre professor e aluno como meio preferencial de ensino pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e o apoio de uma organização e tutoria que propiciam uma aprendizagem independente e flexível. (ARETIO, 1995) apud (PRETI, 1996, p. 25).
Dessa forma ao contrário das visões equivocadas que a sociedade apresenta
sobre EAD, as formações nessa modalidade de ensino exige do cursista maturidade,
determinação e autonomia, visto que os estudos são individualizados e independentes,
ou seja ele é responsável pela suas próprias práticas e reflexões, pela organização do
tempo de estudo. Outro aspecto relevante a ser destacado são as habilidades e
práticas com o uso dos recursos tecnológicos, visto que são esses recursos que
possibilitam o acesso aos ambientes virtuais de aprendizagem, o contato com os
professores e tutores, o diálogo com outras pessoas, rompendo assim as barreiras da
distância. Nessa visão “a autonomia do aluno passa a ser um dos ideais da ação
educativa. Ele é estimulado, instigado a buscar, a ser ativo no processo de construção
do conhecimento”. (NEDER, 2006, p. 81).
Em decorrência dessas reflexões pode-se perceber que a formação contínua dos
docentes na modalidade de EAD oportuniza ao professor um contato maior com as
ferramentas digitais, levando-os a adquirirem maiores habilidades no que diz respeito
ao uso das TIC, além de propiciar subsídios teóricos e técnicos que consequentemente
poderá refletir de maneira significativa em sua prática pedagógica. É importante
ressaltar que além do aperfeiçoamento da prática, a formação contínua em EAD
possibilita ao docente, maior interação e interatividade nos ambientes virtuais de
aprendizagem, impulsionando-o a assumir um novo perfil, de um educador pesquisador
informatizado.
3.2 CONHECENDO O PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA: PROGRAMA
NACIONAL DE FORMAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA NAS AÇÕES DO FNDE
29
A Educação a Distância é a modalidade educacional na qual a mediação didático-
pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios
e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores
desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. Esta definição
está presente no Decreto 5.622, de 19.12.2005 (que revoga o Decreto 2.494/98), que
regulamenta o Art. 80 da Lei 9.394/96 (LDB).
As políticas públicas voltadas para a formação contínua dos docentes tem obtido
progresso nos últimos anos. O Ministério da Educação em parceria com as secretarias
tem ofertado cursos de formação inicial e continuada para os professores na
modalidade EAD que além de promover o aperfeiçoamento profissional, possibilita a
utilização intensiva das tecnologias de informação e comunicação. A esse respeito
Neder (2006) destaca a interação como aspecto positivo para os docentes nesse tipo
de modalidade. A autora ressalta:
Se a aprendizagem decorre da interação entre os sujeitos, o professor passa a ter um novo papel no processo ensino-aprendizagem. Passa a ser um sujeito mais pesquisador do que transmissor, preocupado com a atualização constante, reconhecendo em seus alunos e também nos orientadores de aprendizagem (tutores) parceiros no processo de interlocução e produção do conhecimento. (NEDER, 2006, p. 83).
Entre os diversos programas de formação continuada na modalidade EAD
ofertados pelo MEC, destaca-se o Programa Formação Pela Escola. Este é um
Programa Nacional de Formação Continuada a Distância nas ações do FNDE (Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação), Autarquia do Ministério da Educação. O
programa Formação Pela Escola é destinado não somente aos docentes, mas a todos
que fazem parte da educação, seja como profissional ou comunidade escolar, e tem
como principal objetivo capacitar os agentes, operadores, parceiros e conselheiros
envolvidos com a execução, acompanhamento, avaliação e prestação de contas das
ações e programas financiados com recursos do orçamento do FNDE. (BRASIL, 2013).
O Programa Formação pela Escola é organizado em cursos com temáticas
diferenciadas, onde a carga horária varia entre 40 a 60 horas. O material de estudo é
30
disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) em módulos PDF e a duração é
de 30 a 45 dias. O primeiro curso ofertado pelo programa é o Curso Competências
Básicas, que apresenta como temática “FNDE e o apoio às políticas públicas para a
educação básica”, pré-requisito para os demais cursos: PDDE, (Programa Dinheiro
Direto na Escola), PTE (Programa do Transporte Escolar), PLi (Programas do Livro),
Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar), Fundeb (Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação Básica), Prestação de Contas, Controle Social, SIOPE
(Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação) e Censo Escolar.
Dessa forma fica explícita a importância do Programa Formação Pela Escola,
visto que os cursos ofertados por ele são de grande relevância para a melhoria da
qualidade da educação, uma vez que educação não se resume a sala de aula, a alunos
e professores, vai muito além. Para que ocorra uma aprendizagem significativa e a
educação torne-se de qualidade é necessário envolver todos os segmentos,
promovendo uma gestão democrática e participativa, para isso é necessário uma
mobilização social em prol de um objetivo comum. Mais participação significa mais
democracia quando as pessoas envolvidas dispõem de capacidades e autonomia para
decidir e pôr em prática suas decisões. E esse é o objetivo primordial do programa, o
fortalecimento e qualificação de parcerias do controle social nas ações financiadas pelo
FNDE que reflete na qualidade da educação.
4- PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA: CONCEITOS, METODOLOGIA E
FERRAMENTAS.
Este projeto vivencial será desenvolvido no âmbito da Rede Municipal de
Educação do Município de Sítio do Quinto-Ba. Trata-se de um trabalho de conclusão
do Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica (CECOP), ofertado pela
Universidade Federal da Bahia (UFBA) em parceria com o Programa Nacional Escola
de Gestores da Educação Básica, do Ministério da Educação (MEC), no Polo de Ribeira
do Pombal.
31
Para desenvolver esse projeto, foi selecionado o Eixo temático 6 que trata das
Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação TIC. E tem como objeto de
estudo “Programa Formação Pela Escola: possibilidades de formação contínua dos
docentes na modalidade EAD e sua relevância para a melhoria da prática pedagógica”.
4.1 METODOLOGIA
Essa pesquisa foi desenvolvida por meio da pesquisa-ação, pesquisa qualitativa,
atrelada a uma abordagem teórica e prática. De acordo com Lakatos (2010) as
características metodológicas deste tipo de pesquisa, apresentam caráter descritivo e
exploratório, visto que, tem por objetivo descrever determinados fenômenos, a exemplo
de um estudo de caso do qual são realizadas análises empíricas e teóricas.
É válido salientar que inicialmente foi realizada a coleta de dados através da
aplicação de um questionário com questões abertas e fechadas. Posteriormente foi
realizada a análise dos dados e a parti da análise foi construída a proposta de
intervenção com a pretensão de levar os docentes a perceberem a relevância do
Programa Formação Pela Escola, enquanto formação continuada para a melhoria da
prática pedagógica.
Dessa forma será desenvolvida uma oficina temática com a duração de 8 horas,
para os docentes da rede municipal de ensino, além da divulgação do programa FPE
em reuniões com gestores e nas redes sociais. A oficina será desenvolvida na semana
pedagógica a parti de slides, vídeos motivacionais, estudos de caso, dinâmicas,
apresentação e exploração do AVA. É importante ressaltar que essa oficina será gerida
pela Coordenadora pedagógica cursista do CECOP 3 e terá o apoio da Secretaria
Municipal de Educação.
4.2 CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO
32
O objeto de estudo deste Projeto Vivencial surgiu a partir do Programa Formação
Pela Escola, aderido pela Secretaria Municipal de Educação do município em que atuo
como coordenadora pedagógica na própria secretaria e Tutora do Programa
supracitado.
O Programa Formação Pela Escola é uma ação do Plano de Ações Articuladas
(PAR) do município de Sitio do Quinto-BA. O PAR é um processo de planejamento da
gestão da política de educação que os municípios, os estados e o Distrito Federal
devem implantar em um período de quatro anos. Para os especialistas esse
planejamento constitui-se em importante instrumento para promover a melhoria da
educação pública. Ele contém quatro dimensões: gestão educacional; formação de
professores e de profissionais de serviço e de apoio escolar; práticas pedagógicas e
avaliação; e infraestrutura física e recursos pedagógicos. A elaboração do PAR e o seu
devido acompanhamento são ações realizadas por meio do Sistema Integrado de
Monitoramento Execução e Controle do Ministério da Educação (SIMEC). BRASIL,
2013, p. 86.
O Programa Formação Pela Escola é um Programa Nacional de Formação
continuada a Distância, ofertado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE) em parceria com as secretarias de educação dos municípios,
estados e Distrito Federal que tem como meta preparar os agentes educacionais para
que possam atuar em parceria com o governo, de modo a buscar a melhoria da escola,
facilitando o acesso, a permanência e o desenvolvimento de crianças, jovens e adultos
matriculados nos diferentes níveis de ensino.
O público-alvo do programa são os gestores estaduais e municipais de educação,
os professores, coordenadores, diretores das escolas e outros profissionais da rede
pública de ensino, pessoas da comunidade, conselheiros e outros representantes
existentes no espaço escolar. Os cursos ofertados pelo programa são os seguintes:
Formação de Tutores; Competências Básicas; PDDE. PLI; PTE; Pnae; Fundeb;
Controle Social; Siope; Ações de Infraestrutura escolar e Censo Escolar.
33
Os cursos do Programa Formação pela Escola tiveram início no município em
julho de 2015, o primeiro curso ofertado foi Competências Básicas. Esse curso trás
informações sobre as políticas públicas na área da educação, executadas pelo governo
federal, o financiamento dessas políticas e o papel do FNDE no apoio e efetivação
dessas políticas. Esse curso também visa identificar como a sociedade pode realizar o
acompanhamento e o controle social dos recursos públicos destinados à educação. A
carga horária do curso é de 40 horas e a duração de 45 dias.
O segundo curso ofertado pelo programa no município foi Programa Dinheiro
direto na escola teve início em setembro de 2015 e término em outubro de 2015, carga
horária de 60 horas, duração de 45 dias e tem como principal objetivo disponibilizar ao
cursista informações e conhecimentos sobre a concepção do PDDE, seus principais
objetivos, sua forma de execução, detalhando inclusive a sua operacionalização e a
prestação de contas. O terceiro curso será ofertado agora nos meses de novembro e
dezembro de 2015, será o PLI (Programas do Livros) com carga horária de 40 horas
duração de 45 dias.
O município poderá ofertar todos os cursos do Programa Formação pela Escola,
desde que tenha demanda interessada. Cada curso terá a carga horária entre 40 a 60
horas, duração de 45 dias sendo que terão dois encontros presencias de 4 horas para
cada curso totalizando 8 horas. A divulgação foi realizada em todas as escolas, com
apresentação em slides apresentando o programa, os cursos e os objetivos, a
divulgação também foi realizada através das redes sociais. Os interessados
preencheram as fichas de inscrições que ficam arquivadas na Secretaria Municipal de
Educação. São disponibilizadas 120 vagas para cada município formando três turmas
de 40 cursistas cada uma.
O município de Sítio do Quinto-BA abriu as 120 vagas disponibilizadas pelo
Programa Formação Pela Escola, formando três turmas, nos cursos Competências
Básicas e PDD. No curso PLi só foi disponibilizado 40 vagas para todos os municípios.
34
22%
13%
65%
CURSO COMPETÊNCIAS BÁSICAS
PROFESSORES
COORDENADORES EDIRETORES
DEMANDA SOCIAL
21%
13%
66%
CURSO PDDE
PROFESSORES
COORDENADORES EDIRETORES
DEMANDA SOCIAL
35
4.3 DESCRIÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE PESQUISA E DA COLETA DE DADOS
Ainda de acordo com Lakatos (2010), analisar os dados de uma pesquisa é
tentar confirmar as relações existentes entre o fenômeno observado e outros fatores.
Esta análise deve ocorrer após a manipulação dos dados obtidos. Dessa forma, a
análise dos dados da presente pesquisa dará ênfase, as respostas do questionário
aplicado com os professores efetivos da rede municipal de ensino que estão
participando dos cursos do Programa Formação Pela Escola.
O questionário foi aplicado em um encontro presencial do Programa Formação
Pela Escola, do Curso PLi, com todos os cursistas, no entanto a análise será feita
apenas com as respostas dos cursistas que são professores da rede e estão atuando
em sala de aula ou na coordenação pedagógica e direção escolar. Dessa forma serão
analisados 20 questionários. É importante ressaltar que foram elencadas cinco
questões, sendo duas fechadas e três abertas:
37%
33%
30%
CURSO PLI
PROFESSORES
COORDENADORES EDIRETORES
DEMANDA SOCIAL
36
4.3.1 Análise dos dados
Conforme alusão anterior esta pesquisa foi desenvolvida a partir da observação da
realidade do Programa Formação Pela Escola, bem como da aplicação de um
questionário com professores efetivos da rede de ensino do município de Sítio do
Quinto-Ba, sendo que 11estão atuando em sala de aula, 4 estão exercendo a função
de diretores escolares e 5 estão atuando na coordenação pedagógica. Tais
instrumentos de pesquisa possibilitarão a análise que será feita posteriormente partindo
das seguintes indagações:
1- Você costuma participar de formação continuada em sua área de atuação?
2- Além dos cursos do Programa Formação Pela Escola, você já participou de
outros cursos na modalidade EAD?
3- Qual a sua visão sobre a formação continuada por meio da EAD?
4- Como você percebe esse processo de formação que está vivenciando com
os cursos do Programa Formação Pela Escola?
5- Você acha que as formações do Programa Formação Pela Escola
contribuem para a melhoria da sua prática? Justifique.
Nessa perspectiva, serão analisadas as respostas dadas pelos cursistas
(professores, coordenadores pedagógicos e diretores) as questões mencionadas
acima. É importante ressaltar que 95% dos entrevistados tem nível superior e apenas
5% está cursando pedagogia.
Quando foram questionados se costumam participar de formações continuada na
área de atuação, obteve-se o seguinte resultado.
37
Mediante as respostas obtidas, nota-se que um número bem significativo de
profissionais participam de formação continuada em sua área de atuação. No entanto
quando questionados com que frequência é essa participação obteve-se as seguintes
respostas.
95%
5%
COSTUMA PARTICIPAR DE FORMAÇÕES CONTINUADA NA ÁREA DE ATUAÇÃO
SIM
NÃO
42%
16%
21%
21%
FREQUÊNCIA EM QUE PARTICIPAM DE FORMAÇÕES CONTINUADA NA ÁREA DE ATUAÇÃO
FREQUENTEMENTE
SEMPRE QUE É OFERTADO
UMA VEZ POR ANO
COM POUCA FREQUÊNCIA
38
O gráfico acima revela que 58% dos profissionais apresentam uma visão
distorcida do que de fato é a “formação continuada”, considerando apenas como tal,
cursos ofertados fora do ambiente de trabalho. Dessa forma nota-se que a “formação
em serviço” nos ACs, ou momentos de estudos na própria escola não sejam vistos
como formação continuada. Sabe-se que a formação contínua vai muito além da
participação em cursos, ela acontece cotidianamente a medida que os professores
refletem sobre sua prática diária, buscando compreende-las à luz das teorias,
executando esta teoria a partir da prática ocorrendo então o processo ação-reflexão-
ação.
A esse respeito vale ressaltar:
Essa construção de formação é contínua e não fica restrita a uma instituição, à
sala de aula, um determinado curso, pois os docentes podem forma-se
mediante seu próprio exercício profissional, partindo da análise de sua própria
realidade e de confrontos com a universalidade de outras realidades que
também tem fatos do cotidiano, situações políticas, experiências, concepções,
teorias e outras situações formadoras. (PRADA E FREITAS, 2010, P. 370).
Os autores supracitados enfatizam ainda que a instituição escolar é o espaço
principal onde precisa acontecer o processo de formação docente. Nesse contexto
entra o papel do coordenador pedagógico que deve ser considerado o agente principal
responsável pela formação docente em serviço. Essa é uma das suas principais
atribuições. No entanto é necessário que o próprio coordenador tenha claro e deixe
claro, a sua real função. De acordo com Lima e Santos (2007):
Neste caso, como agente responsável pela formação continuada de
professores, o coordenador pedagógico deve sensibilizar seu saber-fazer de
maneira não unilateralizar as tomadas de decisão, como se tivesse todas as
respostas para os encaminhamentos pedagógicos e resoluções de conflitos que
inquietam a equipe docente. (LIMA E SANTOS, 2007, P. 780).
39
Nesse sentido, essa breve análise nos leva a refletir sobre a importância dos
profissionais da educação rever o conceito de formação continuada, percebendo que
esta deverá ocorrer frequentemente na própria instituição escolar e não apenas fora
dela, em cursos, fóruns, congressos, dentre outros.
Dando sequencia a análise, o segundo questionamento feito foi se além dos
cursos do Programa Formação pela Escola, os pesquisados participaram de outros
cursos na modalidade EAD. As respostas a esse questionamento foram:
O gráfico acima explicita que a maioria dos profissionais interessados em
participar dos cursos do Programa Formação Pela Escola, foram aqueles que já haviam
feito outros cursos nessa modalidade. É importante ressaltar que na divulgação dos
cursos do Programa supracitado a principal falta de interesse em participar, partia do
medo em se deparar com as ferramentas digitais, que até então não tinham contato,
essa era uma das justificativas em não participar. Percebia-se também um preconceito
a esse tipo de formação. De acordo com (Preti,1996), existe ainda preconceito em
85%
15%
PARTICIPARAM DE OUTROS CURSOS NA MODALIDADE EAD
SIM
NÃO
40
relação a EAD e resistências em participar desse tipo de formação por falta de
esclarecimento do que seja a Educação á distância. Dessa forma, surgiu o
questionamento três: “Qual a sua visão sobre a formação continuada por meio da
EAD”? Para tal questionamento obteve-se as seguintes respostas:
Oportunidade de aperfeiçoar a prática profissional e desenvolver habilidades
com as ferramentas digitais;
Possibilita flexibilidade de tempo e espaço para que o próprio cursista crie seu
cronograma de estudos, tornando-o autônomo;
Requer do cursista muito compromisso e dedicação.
É importante salientar que os entrevistados deixaram claro que só passaram a ter
essa visão exposta no gráfico a parti do momento em que começaram a participar dos
cursos na modalidade EAD. De acordo com as respostas, a formação continuada em
EAD era vista de forma equivocada, até o momento em que passaram a vivenciar essa
experiência mudando assim sua visão a respeito dessa modalidade. A parti das
respostas obtidas, nota-se que de fato como afirma Preti, (1996) existe um preconceito
com esse tipo de modalidade, e que tal visão só será modificada a partir do momento
55% 30%
15%
VISÃO DOS ENTREVISTADOS SOBRE A FORMAÇÃO CONTINUADA POR MEIO DA EAD
APERFEIÇOAMENTO DAPRÁTICA PROFISSIONAL
POSSIBILITA FLEXIBILIDADE DETEMPO E ESPAÇO
REQUER DO CURSISTACOMPROMISSO E DEDICAÇÃO
41
em que o cursista é inserido no processo, passando a ter contato com o mundo virtual,
com as ferramentas tecnológicas, desenvolvendo também habilidades em manusear
tais recursos. No entanto isso só será possível se os docentes, bem como os
coordenadores e demais profissionais da educação começarem a perceber a
necessidade de aceitar as mudanças velozes do contexto atual e estiverem dispostos a
adaptar-se as essas mudanças, visto que as habilidades com as ferramentas digitais só
serão desenvolvidas a partir do momento em que forem manipuladas. De acordo com
Preti:
A EAD é, pois uma alternativa pedagógica de grande alcance e que deve
utilizar e incorporar as novas tecnologias como meio para alcançar os objetivos
das práticas educativas implementadas, tendo sempre em vista as concepções
de homem e sociedade assumidas e considerando as necessidades das
populações a que se pretende servi. (PRETI, 1996, p. 27).
Em meio a um extraordinário avanço das TICs, bem como as mudanças
constantes e velozes da sociedade é imprescindível que os docentes procurem
acompanhar essas mudanças, encarar essa nova realidade vencendo os medos e
entraves. Dessa forma as formações em EAD pode ser considerada uma possibilidade
de inserção no mundo virtual, online, interativo e moderno.
De acordo com Neder, 2006:
Essa modalidade exige troca, diálogo e interação entre os atores da ação
pedagógica, uma vez que o aluno e o professor não ocupam o mesmo espaço
da interlocução. Isso permite a reitengração do aluno como sujeito da
construção do conhecimento, redirecionando o paradigma tradicional que se
concentra mais nas condições de ensino do que na aprendizagem. A autonomia
do aluno passa a ser um dos ideais da ação educativa. Ele é estimulado,
instigado a buscar, a ser ativo no processo de construção do conhecimento.
(NEDER, 2006, p. 81).
É possível observar a parti das falas dos entrevistados, que ao participarem de
formações continuada na modalidade EAD, apresentam agora uma nova visão sobre
esse tipo de modalidade. As respostas revelam que as formações em EAD são
42
significativas para a melhoria da prática pedagógica, desenvolve habilidades com as
ferramentas tecnológicas, possibilita ao cursista maior flexibilidade no que diz respeito a
organização de espaço e tempo para os estudos, leitura e realizações das atividades,
visto que cada cursista pode organizar e adequar seu próprio horário. Os entrevistados
ressaltam que é necessário compromisso e dedicação ao participar desse tipo de
formação. O cursista torna-se autônomo na construção do conhecimento, no entanto
essa autonomia requer organização para não perder de vista ao prazos estabelecidos
pelos cursos.
Na visão de (Neder, 2006) a EAD pode contribuir pra uma (res) significação
paradigmática no contexto do processo de formação de professores. Nesse sentido a
Educação a distância pode ser compreendida como uma modalidade de educação que
permite aos docentes uma nova forma de pertencer, ser e fazer educação, visto que
possibilita sua inserção no contexto de mudanças e transformações sociais.
Para buscar entender de que forma a formação continuada em EAD em especial
os cursos do Programa Formação Pela Escola contribui para a melhoria da prática
pedagógica foi realizado os questionamentos quatro e cinco apresentados nos gráficos
abaixo:
40%
50%
10%
COMO PERCEBE O PROCESSO DE FORMAÇÃO QUE ESTÁ VIVENCIANDO
COMO OS CURSOS DO PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA?
PROPORCIONA INTERAÇÃO,INFORMAÇÕEES,CONHECIMENTOS E TROCA DEEXPERIÊNCIAS.
OPORTUNIDADE DEAPERFEIÇOAMENTO EREFLEXÃO DA PRÁTICAPROFISSIONAL
FORMAS DE CONHECER OSDIREITOS E DEVERES DOSCIDADÃOS
43
Os entrevistados foram unânimes ao afirmarem que os cursos do Programa
Formação Pela Escola contribuem sim para a melhoria da prática pedagógica.
Revelaram que os cursos do programa mencionado possibilita a inclusão social,
além de proporcionar interatividade, habilidades com as ferramentas tecnológicas,
troca de experiências, adquirindo informações enriquecedoras, conhecimentos que
contribuem para intervi na realidade da instituição escolar. Nesse sentido vale
ressaltar que “A prática pode ser explicada e compreendida mediante a teoria e esta
pode ser executada e produzida a parti da prática” (PRADA E FREITAS, 2010, P.
372).
É válido salientar que o acesso à educação é um direito do cidadão previsto na
Constituição Federal de 1988 e na LDB 9394/96. No entanto é necessário não só o
acesso, como também a permanecia e garantia de qualidade. A escola tem a
responsabilidade de atender esse direito social dos cidadãos “o acesso à educação
de qualidade”. Para isso, deve organizar sua gestão com base em um conjunto de
normas e procedimentos provenientes do sistema de administração pública da
100%
VOCÊ ACHA QUE AS FORMAÇÕES DO PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA CONTRIBUEM PARA A MELHORIA DA SUA PRÁTICA?
SIM
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educação ao qual está vinculada. Dessa forma os cursos do Programa Formação
pela Escola são de grande relevância para todos que fazem a educação, professor,
coordenador, diretor, dentre outros profissionais, visto que trata das políticas
públicas da educação que visa a melhoria da qualidade da educação. Assim, se faz
necessário conhecer essas políticas para posteriormente participar e buscar intervi
na realidade.
4.4 OPERACIONALIZANDO A PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Em decorrência das reflexões apresentadas nesse TCC/PV, nota-se que o
Programa Formação pela Escola é de grande relevância para os docentes e demais
profissionais da educação, visto que trata-se do estudo de políticas públicas da
educação, programas financiados pelo FNDE que necessitam de acompanhamento
para a garantia da execução de cada politica. No entanto as vagas ocupadas pelos
professores no programa ainda é mínima, comparando às vagas disponibilizadas no
município. Dessa forma será desenvolvida uma oficina temática com todos os
professores do município que ainda não participam do programa, na semana
pedagógica de 2016. Nessa oficina será apresentado o programa, os cursos ofertados
pelo programa, a metodologia aplicada e as ferramentas do AVA (Ambiente Virtual de
Aprendizagem). Essa proposta foi apresentada à Secretaria Municipal de Educação que
aprovou e assumiu o compromisso de apoiar.
Inicialmente será realizado um encontro com os gestores e coordenadores das
escolas municipais para apresentar a proposta propondo que divulguem aos
professores. Também será exposto na cidade banners com o slogan “Aqui tem o
Programa Formação pela Escola”, visando despertar a curiosidade e o interesse dos
docentes em conhecer o programa.
A oficina temática terá a duração de oito horas e ao final os participantes
receberão certificação. Será desenvolvida da seguinte forma:
Turno matutino:
45
1º momento: Os professores serão acolhidos num ambiente acolhedor com banner
apresentando fotos dos cursos já desenvolvidos no município, ofertados pelo Programa:
Competências Básicas, PDDE e PLi. Será realizada uma breve dinâmica de
apresentação onde cada participante terá oportunidade de expressar suas expectativas
em relação à oficina. Posteriormente será apresentado o vídeo “A lição da borboleta”
gerando uma discussão a parti da reflexão do vídeo, fazendo um paralelo entre ele e a
importância da formação continuada docente.
2º momento: apresentação em slide do Programa Formação pela Escola: A forma de
adesão, objetivos, cursos ofertados, duração de cada curso, a metodologia dos cursos,
público que poderá fazer a inscrição, formas de avaliação e critérios para receber os
certificados. Entregar um pequeno prospecto com todas essas informações para que os
professores possam acompanhar durante a apresentação.
3º momento: realizar a divisão de grupos de forma dinâmica e distribuir para cada
grupo um resumo de cada curso ofertado pelo programa: Competências Básica, PDDE,
(Programa Dinheiro Direto na Escola), PTE (Programa do Transporte Escolar), PLi
(Programas do Livro), Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar), Fundeb
(Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica), Prestação de Contas,
Controle Social, SIOPE (Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em
Educação) e Censo Escolar. Propor a leitura em grupo para posteriormente
apresentarem aos demais de forma breve do que se trata cada curso.
4º momento: encerrar a manhã com o vídeo “ O problema não é meu” e discutir sobre
o vídeo fazendo uma relação com a reflexão que ele traz e a importância dos
professores participarem do Programa Formação Pela Escola.
Turno Vespertino:
1º momento: dinâmica “Mudança de ritmo”. Propor uma reflexão a cerca das
mudanças ocorridas no contexto atual no que diz respeito aos avanços das tecnologias.
2º momento: apresentar vídeos com relatos de professores que participam do
Programa Formação pela Escola dando depoimentos sobre a visão que eles têm a
46
respeito do programa e da Educação à distância. Distribuir textos com um breve
histórico da educação a distancia no Brasil, após a leitura, realizar uma discussão sobre
o tema.
3º momento: Apresentar aos docentes, a AVA (Ambiente virtual de Aprendizagem) e
todas as ferramentas: Caderno de estudos; Caderno de atividades; Proposta de
cronograma; Vídeos; Fórum de apresentação; Fórum de dúvidas; Fórum cafezinho;
Fóruns de discussões; Chat, Orientações de como postar o trabalho.
4º momento: Encerrar a oficina com uma mensagem de agradecimento, distribuição de
mimos, certificação e avaliação do encontro. Posteriormente disponibilizar a ficha de
inscrição para quem tiver interesse em participar dos cursos do Programa Formação
Pela Escola.
4.4.1 cronograma
PREÍODO ATIVIDADE PÚBLICO
ATENDIDO
LOCAL RECURSOS
MATERIAIS
RESULTADOS
ESPERADOS
RESPONSÁVEL
Novembro
de 2015
Apresentar a
proposta à
SME
Secretário de
educação
Secretaria
Municipal
de
Educação
Proposta de
Intervenção
impressa
Consegui
aprovação da
proposta e
apoio por parte
da SME.
Coordenadora
cursista do
CECOP 3
Dezembro
de 2015
Realizar
encontros com
gestores e
coordenadores
Gestores e
coordenadores
das escolas
municipais
Sala de
reuniões
do
Colégio
Municipal
Santo
Antonio
Espaço
físico,
Datashow,
computador.
Sensibilizar os
gestores a
divulgarem o
programa
dando apoio
aos
professores
que decidirem
aderir.
Coordenadora
cursista do
CECOP 3 om
apoio da SME
Expor banners População do Avenida Banners em Despertar a Coordenadora
47
Dezembro
de 2015
na cidade com
os slogan
“Aqui tem
FPE”
município principal
da cidade
formado de
faixas.
curiosidade
dos docentes e
interesse em
conhecer o
programa.
cursista do
CECOP 3 om
apoio da SME
Fevereiro
de 2016
Oficina
temática
Docentes da
rede municipal
de ensino
Colégio
Municipal
Santo
Antônio
Espaço
físico,
Datashow,
computador
com acesso
a internet,
material
impresso,
mimos.
Sensibilizar os
professores a
terem uma
nova visão a
respeito das
formações na
modalidade
EAD,
percebendo a
relevância da
participação no
Programa
Formação Pela
Escola.
Coordenadora
cursista do
CECOP 3 om
apoio da SME
4.5 RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se com esse projeto vivencial possibilitar aos docentes a percepção da
relevância da formação continuada para melhoria da prática pedagógica,
sensibilizando-os a terem uma nova visão sobre educação à distância, percebendo a
relevância do Programa Formação pela Escola.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mediante a efetivação desse Projeto Vivencial foi possível entender que os
profissionais da educação, professores, coordenadores escolares e gestores
necessitam de uma atualização constante da prática e esta se dará por meio da
48
formação contínua, seja ela no ambiente escolar ou fora dele, visto que se faz
necessário acompanhar as mudanças que vem ocorrendo de forma exacerbada no que
diz respeito aos avanços tecnológicos, para inserção das TIC no contexto escolar.
Dessa forma, é importante destacar a relevância da formação continuada na
modalidade EAD, uma vez que esta possibilita um contato maior com as ferramentas
tecnológicas, o que leva ao desenvolvimento de habilidades em manusear tais
recursos. Nas formações em EAD o cursista tem autonomia para organizar seu próprio
tempo e espaço de estudo de acordo com a sua disponibilidade. Outro aspecto
proeminente é a interação que ocorre nos ambientes virtuais de aprendizagem onde
proporciona troca de informações, conhecimentos e experiências significativas.
A parti dos momentos de embates teóricos e práticos que ocorreram durante a
pesquisa, pôde-se perceber a relevância do Programa Formação Pela Escola enquanto
formação continuada em EAD, visto que, este programa oferta diferentes cursos com
temas e discussões necessárias aos docentes e demais profissionais da educação,
pois é preciso garantir não somente o acesso do aluno na escola, mas também a sua
permanência.
A pesquisa mostra que a parti da participação dos docentes no Programa FPE,
eles passaram a ter uma nova visão a respeito das formações na modalidade à
distância, deixando explícito que os cursos contribuem de forma significativa na prática
pedagógica, já que estes possibilitam inclusão digital, além de informações e
conhecimentos pertinentes que levam ao aperfeiçoamento profissional e uma reflexão
crítica sobre a prática.
É relevante salientar que a importância da formação contínua docente já é
consolidada, todavia, esse projeto vivencial buscou salientar a relevância da formação
continuada na modalidade EAD, bem como as contribuições do Programa Formação
pela Escola para a melhoria da prática pedagógica no contexto atual.
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REFERÊNCIAS
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______________. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394/96. ______________.Desafios da Educação a Distância na formação de professores. Brasília: Secretaria de Educação a Distância, 2006.
DARSIE, M. M. P. 1999. Perspectivas Epistemológicas e suas Implicações no Processo de Ensino e de aprendizagem. Cuiabá, Uniciências, v3: 9-21
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HAETINGER, Max G. Criatividade criando arte e comportamento. 11 ed. Instituto Criar, 1998.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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LUBISCO, Nídia Maria Lienert. Manual de estilo acadêmico: trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses / Nídia M. L. Lubisco; Sônia Chagas Vieira. 5. ed. – Salvador : EDUFBA, 2013.
PRADA, Luis Eduardo Álvaro; FREITAS, Thaís Campos; FREITAS, Cinara Aline. Formação continuada de professores: alguns conceitos, interesses, necessidades e propostas. Rev. Diálogo Educ, v.10, n. 30, p. 367 a 387, maio/agosto 2010.
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PRETI, Oreste (org). Educação a Distância: inícios e indícios de um percurso. Cuibá: NEAD/IE-UFMT, 1996.
PRETO, Nelson; PINTO, Cláudio da Costa. Tecnologias e novas educações. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 11, n. 31, p. 19-30, jan./abril. 2006.
XAVIER, Antonio Carlos. Como fazer e apresentar trabalhos científicos em eventos acadêmicos. Recife: Editora Rêspel, 2010.