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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL CAMPUS DE PATOS VIABILIDADE DE SEMENTES PELO TESTE DE TETRAZÓLIO PARA DUAS ESPÉCIES NATIVAS DA CAATINGA ITALLO HARLAN REINALDO ALVES GOMES PATOS-PB SETEMBRO DE 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL

UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL

CAMPUS DE PATOS

VIABILIDADE DE SEMENTES PELO TESTE DE TETRAZÓLIO PARA DUAS

ESPÉCIES NATIVAS DA CAATINGA

ITALLO HARLAN REINALDO ALVES GOMES

PATOS-PB

SETEMBRO DE 2014

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ITALLO HARLAN REINALDO ALVES GOMES

VIABILIDADE DE SEMENTES PELO TESTE DE TETRAZÓLIO PARA DUAS

ESPÉCIES NATIVAS DA CAATINGA

Monografia apresentada à Universidade Federal de

Campina Grande, Unidade Acadêmica de Engenharia

Florestal, para obtenção do grau de Engenheiro

Florestal.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria do Carmo Learth Cunha

PATOS–PB

SETEMBRO DE 2014

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ITALLO HARLAN REINALDO ALVES GOMES

VIABILIDADE DE SEMENTES PELO TESTE DE TETRAZÓLIO PARA DUAS ESPÉCIES NATIVAS DA CAATINGA

Monografia apresentada a Universidade Federal de Campina Grande, Campus de

Patos/PB, para a obtenção do Grau de Engenheiro Florestal.

Prof.ª Dr.ª Maria do Carmo Learth Cunha (UAEF/UFCG)

Orientadora

Prof.ª Dr.ª Assíria Maria da Nóbrega Lúcio (UAEF/UFCG)

1º Examinador

Prof. Dr. Ricardo Almeida Viegas (UAEF/UFCG)

2º Examinador

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Dedico este trabalho primeiramente a Deus, aos meus pais, pela

cooperação e incentivo, minha namorada Guayra Afonso, por estar

presente compartilhando momentos de alegria e tristeza, minha

orientadora Maria do Carmo Learth Cunha(Carminha) por ter cooperado

imensamente na realização do trabalho e aos amigos que contribuíram

para mais esta etapa que está sendo vencida.

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AGRADECIMENTOS

Antes de qualquer pessoa a Deus, que me concedeu força e perseverança

durante toda minha vida, e principalmente nessa trajetória;

Aos meus pais, por todo seu incentivo e por contribuir para cada passo que dei,

por incentivar e ajudar nessa trajetória;

Ao meu amor Guayra que sempre incentivou e esteve ao meu lado durante

todo esse tempo, acreditando e confiando sempre em mim;

A minha irmã que sempre me ajudou quando precisei;

Meus avos Expedita Nunes Gomes, Jose Gomes dos Santos e Zacarias Alves

(in memoriam), Maria Reinaldo Alves que desde criança me incentivaram a estudar e

sempre tiveram por mim um imenso carinho;

A minha orientadora Maria do Carmo, “Carminha”, por sua amizade, confiança,

paciência, dedicação e por me guiar durante toda esta caminhada com seus

conhecimentos, que foram de enorme importância para minha formação;

Aos meus amigos de morada: Tibério, Wilson, Andrei, Caio, Valdecir, Ivison,

Valério, Fabio, Gustavo, Vinicius por todos os anos de boa convivência;

Aos amigos de todas as horas Tibério, Franze (meu amigo, assessor para

assuntos extraordinários e mal resolvidos), Ewerton;

Aos amigos de turma Cesar, Marilia, Jessica Leitão, Mileny, Juliana, Alcienia,

Jessika entre tantos outros;

A todos os colegas que formam o alunado do Curso de Engenharia Florestal

que me acompanharam nesta jornada, pelas amizades e contribuições direta ou

indiretamente, meus agradecimentos;

A todos os professores do curso de Engenharia Florestal, principalmente a

Maria do Carmo “Carminha”, Lucineudo, Leandro Callegari, pelas oportunidades que

me ofereceram;

Aos professores Elenildo, Jacob, Patrícia, Valdir, Rivaldo, Alana, Ivonete,

Assíria e todos os outros que formam o corpo docente do curso de Engenharia

florestal;

A todos aqueles que porventura não tenham sido citados, mas que contribuíram

de forma direta ou indireta para execução deste trabalho e durante a minha jornada

acadêmica, meus sinceros e profundos agradecimentos.

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Enfim só tenho a agradecer a todas as pessoas que contribuíram direta e

indiretamente para o meu sucesso. Peço desculpas também aos amigos que não

foram citados, independente disso todos contribuíram!

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GOMES, Itallo Harlan Reinaldo Alves. Viabilidade de Sementes Pelo Teste de Tetrazólio Para Duas Espécies Nativas da Caatinga - PB. 2014. Monografia (Graduação) Curso de Engenharia Florestal. CSTR/UFCG, Patos-PB, 2014. p43

RESUMO

A utilização do teste de tetrazólio para estimar a viabilidade e vigor de espécies florestais ainda é incipiente e para espécies florestais da caatinga os estudos são escasso. Seu emprego pressupõe da adequação pré-condicionamento, tempo de imersão e concentração da solução de tetrazólio. Assim, o objetivo deste trabalho é testar tempos de embebição, tempos de imersão e concentração da solução 2, 3, 5 trifenil cloreto de tetrazólio na condução do teste de tetrazólio para avaliar a viabilidade de sementes de Tamboril e Mulungu. Foram testados dois tempos de embebição: 6 e 9 horas para Mulungu e 36 e 40 horas para Tamboril; dois tempos de imersão: 3 e 6 h e três concentrações da solução de tetrazólio (0,075, 0,1 e 0,5%) para ambas. A combinação destes fatores resultou em 12 tratamentos, com 4 repetições de 25 sementes cada um deles. Foram avaliadas duas categorias de sementes: viáveis e inviáveis, distribuídas em 9 classes. O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x2x3. As médias dos tratamentos foram comparadas por Tukey (p<0,05). Os resultados apontaram que para Mulungu não houve diferença estatística para os fatores: tempo de embebição, tempo de imersão e concentração da solução de tetrazólio, e sugerimos a embebição por 6 horas, imersão de 3 horas e concentração de 0,075% como adequadas para a condução do teste, por fatores econômicos e de tempo de execução. Para Tamboril o tempo de imersão foi o único que influenciou na avaliação da viabilidade das sementes e o tempo de 3 horas foi o melhor para avaliar a viabilidade das sementes. A avaliação da coloração foi mais difícil na concentração de 0,5%. Para esta espécie sugere-se a concentração de 0,075% e o tempo de embebição de 36 horas, por serem mais econômicos e mais rápidos. A hipótese testada de que o teste de tetrazólio é eficiente para avaliar a viabilidade de sementes das espécies estudadas pela comparação com o teste padrão de germinação foi confirmada. Palavras-chave: Germinação. Tamboril. Mulungu.

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GOMES, Itallo Harlan Reinaldo Alves. Viability of Seeds by the Tetrazolium test For Two native species from the Caatinga- PB. 2014. Monograph (Graduation) Forest Engineering course. CSTR/UFCG, Patos-PB, 2014. p43

ABSTRACT

Using tetrazolium test to estimate viability and vigor of forest species is still incipient and studies in caatinga forest species are scarce. Its use requires adjustment of pre-conditioning and immersion times and tetrazolium solution concentration. Thus, this work aims to test soaking and immersion times, and solution of 2,3,5 triphenyl chloride of tetrazolium concentration to conduced tetrazolium test for assess viability of Tamboril and Mulungu seeds. It was tested two soaking times, 6 and 9 hours for Mulungu and 36 and 40 hours for Tamboril; two immersion times 3 and 6 hours and three tetrazolium solution concentrations (0,075, 0,1 and 0,5%). The combination of these factors resulted in 12 treatments with 4 replications of 25 seeds each. Two categories were evaluated: viable and non-viable seeds, distributed in 9 classes. The statistical design was randomized, with factorial scheme 2x2x3. The treatments averages were compared by Tukey test (p < 0.05). The results showed that for Mulungu there was no statistical difference for factors: soaking and immersion time and tetrazolium solution concentration, and we suggest 6 hours soaking, 3 hours immersion and 0,075% concentration as suitable for conducting the test, by economic factors and runtime. For Tamboril the immersion time was the one who influenced in assessing the viability of seeds, and 3 hours was suitable to assess the viability of seed. In this species, the assessment of seed by coloring was difficult at 0,5% concentration. For this species was suggested 0,075% concentration and soaking 36 hours soaking, because they are more economical and faster. The hypothesis tested that the tetrazolium test is efficient to assess seed viability of species studied, by comparison with the standard germination test was confirmed.

Keywords: Germination. Tamboril. Mulungu.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 –Coloração apresentada pelas sementes nas classes empregadas para

avaliar a viabilidade e vigor de sementes de Tamboril.................................................22

Figura 2 – Colorações apresentadas para cada concentração da solução de 2, 3, 5

trifenil de tetrazólio empregadas na condução do teste de tetrazólio em sementes de

Tamboril......................................................................................................................27

Figura 3 – Coloração apresentada pelas classes de sementes para avaliar a

viabilidade pelo teste de tetrazólio em sementes de Mulungu.....................................28

Figura 4 – Colorações apresentadas para cada concentração da solução de 2, 3, 5

trifenil de tetrazólio empregadas na condução do teste de tetrazólio em sementes

Mulungu......................................................................................................................31

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1– Análise de variância para os fatores concentração (C), embebição (E) e

imersão (I) testados e suas interações para a categoria de sementes viáveis (Classes

I, II e III) de Tamboril.............................................................................................................23

Tabela 2 – Porcentagens médias de sementes viáveis, nos diferentes tempos de

imersão na solução de tetrazólio para de sementes de

Tamboril......................................................................................................................24

Tabela 3 – Análise de variância para os fatores concentração (C), embebição (E) e

imersão (I) testados e suas interações para a categoria de sementes viáveis (Classes

I, II e III) de Tamboril....................................................................................................30

Tabela 4 – Média da percentagem de sementes viáveis, nos diferentes tempos de

embebição, imersão e concentração da solução de trifenil... na condução de teste de

tetrazólio em sementes de Mulungu..................................................................................32

Tabela 5 – Porcentagens médias de sementes viáveis vigorosas, viáveis não

vigorosas e inviáveis nas concentrações, tempos de embebição e imersão ao sal de

tetrazólio testados em sementes de Tamboril e

Mulungu......................................................................................................................34

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SUMÁRIO

1INTRODUÇÃO.........................................................................................................12

2 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................................14

2.1 Teste de Viabilidade em Sementes......................................................................14

2.2 Teste do Tetrazólio...............................................................................................14

2.2.1 Aplicação do Teste do Tetrazólio.......................................................................16

3 MATERIAL E MÉTODOS........................................................................................18

3.1 Coleta das sementes e preparo das amostras......................................................18

3.2 Tratamentos..........................................................................................................18

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................................22

4.1 Tamboril................................................................................................................22

4.2 Mulungu................................................................................................................28

5 CONCLUSÕES.......................................................................................................37

REFERÊNCIAS..........................................................................................................38

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1 INTRODUÇÃO

As pesquisas com sementes florestais ou agrícolas e a avaliação da qualidade

fisiológica de sementes tem sido foco de estudos que visem a desenvolver e

aperfeiçoar metodologias para obtenção de resultados mais rápidos que o teste

padrão de germinação e que permitam tomada de decisões rápidas, quanto ao manejo

de lotes durante as etapas de pós-colheita das sementes (BARROS et al., 2005).

Para avaliar a qualidade fisiológica das sementes usam-se testes de

germinação e vigor, que caracterizam os atributos físicos e fisiológicos das mesmas,

uma vez que populações diferentes apresentam variações na germinação (SILVA et

al., 2008).

O teste padrão de germinação avalia a qualidade fisiológica das sementes,

embora não forneça informações sobre sintomas de doenças, deterioração das

sementes assim como o potencial de armazenamento e desempenho das sementes

em condições de campo (FRANÇA-NETO et al., 1986; DELOUCHE, 1995). O teste

de germinação é amplamente utilizado nos estudos com sementes, tanto para

espécies agrícolas como espécies florestais. Porém a obtenção de resultados é

demorada. A vantagem do emprego do teste de tetrazólio é avaliar a viabilidade das

sementes com resultados precisos em curto período de tempo, com amplo utilização

para espécies agrícolas por esta característica.

O teste de tetrazólio é realizado com o emprego do sal 2, 3, 5 trifenil cloreto de

tetrazólio, foi desenvolvido por Lakon em 1949, posteriormente aperfeiçoado e

divulgado por Moore em 1976 (FRAÇA NETO et al., 1998).

Este teste necessita de padronização de metodologias para cada espécie, em

virtude de apresentar comportamento diferentes em função da espécie. Isso deve-se

a fatores que interferem na obtenção de resultados, relacionados à metodologia

durante a execução, como pré-condicionamento ou embebição das sementes,

concentração da solução de tetrazólio, período e temperatura de exposição à solução

e critérios de interpretação (GASPAR-OLIVEIRA et al., 2009).

Em espécies florestais da caatinga o uso do teste de tetrazólio para avaliar a

qualidade e vigor de sementes florestais ainda é pouco difundido embora apresente

potencial para ser adotado. A aplicação e interpretação do teste varia de espécie para

espécie, o que exige desenvolvimento e uso de métodos adaptados para cada uma

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delas, com definição de condições ideais de pré-condicionamento, imersão e níveis

de concentração da solução produzida com o 2, 3, 5 trifenil de tetrazólio.

O Mulungu e uma espécie da família Fabaceae, Faboideae de porte arbóreo,

atingindo de 8 m a 12 m de altura, é planta decídua e heliófila (LORENZI, 2002).

Ocorre desde o Estado do Ceará até o de São Paulo, sendo muito comum em várzeas

úmidas e margens de rios da Caatinga (SILVA JÚNIOR, 2005), e apresenta

características como rusticidade e resistência à seca e, com ampla utilização em

programas de recuperação de áreas degradadas devido à sua capacidade de fixar

nitrogênio, (BENTO et al., 2010).

O Tamboril é uma espécie da família das Fabaceae, Mimosoideae de porte

arbóreo, com crescimento rápido atingindo de 10 m a 20 m, é planta decídua e heliófila

(LORENZI, 2002). Ocorre desde o Estado do Ceará até o de São Paulo, ocorre

naturalmente em florestas pluviais e semidecíduas do norte ao sul do Brasil. É espécie

pioneira, de rápido crescimento inicial e rústica, utilizada em programas de

reflorestamento, apropriada para arborização de regiões com estações bem marcadas

(RAQUEL PATRO, 2013).

O objetivo deste trabalho foi testar tempos de embebição, tempos de imersão

e concentração da solução 2, 3, 5 trifenil de tetrazólio na condução do teste de

tetrazólio para avaliar a viabilidade de sementes de Tamboril e Mulungu.

A hipótese a ser testada é: o teste de tetrazólio, é eficaz para determinar a

viabilidade de sementes de Tamboril e Mulungu.

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2 REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1Teste de Viabilidade em Sementes

A determinação da viabilidade de sementes é objetivo de pesquisas na área de

tecnologia de sementes florestais, para a tomada de decisões quanto ao manejo,

colheita, pós-colheita e armazenamento das sementes (BARROS et al., 2005;

BHERING sementes têm sido intensificado et al., 2005).

O teste padrão de germinação é o mais utilizado para avaliar a qualidade

fisiológica de sementes por permitir a reprodutibilidade segundo regras definidas

(BRASIL, 2009). A demora na obtenção de resultados pelo teste de germinação, em

algumas espécies, pode ser uma limitação, especialmente quando há exigência de

tomada de decisões na indústria de sementes.

O desenvolvimento de testes rápidos para a avaliação da qualidade fisiológica

das devido às vantagens proporcionadas pela rapidez dos resultados que auxiliam a

tomada de decisões nos diversos segmentos do processo de produção (AMARAL;

PESKE, 1984; FRANCO et al., 1984; FRANÇA-NETO et al., 1986). Neste aspecto, o

teste de tetrazólio está sendo amplamente disseminado nos programas de qualidade

de sementes florestais.

2.2 Teste de Tetrazólio

O teste de tetrazólio se baseia na alteração da coloração dos tecidos vivos em

presença da solução de sal de tetrazólio o qual é reduzido pela atividade de enzimas

desidrogenases envolvidas na atividade respiratória (FOGAÇA et al., 2011). Estas

enzimas são as responsáveis por catalisarem reações respiratórias nas mitocôndrias

durante a glicólise e o Ciclo de Krebs, que reduz sal o 2,3,5 trifenil cloreto de tetrazólio,

para trifenil formazan que é colorido (FRANÇA NETO et al.,1998).

Durante a respiração ocorre a liberação de íons de hidrogênio com os quais o

sal 2, 3, 5 trifenil cloreto de tetrazólio, que é incolor e solúvel, reage, formando o trifenil

formazan estável e não difusível de cor vermelho (LAZAROTTO et al., 2011) ou rosa

claro a rosa (BARROS et al., 2005, BHERING et al., 2005).

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Esta reação se processa no interior das células vivas, onde o trifenil formazan

não se difunde, e há nítida separação do tecido vivo, que respira, do tecido morto que

não colore (BRASIL, 2009).

Tecidos com sinais de deterioração liberam menores quantidades de íons de

H+, insuficientes para que ocorra reação com o sal de tetrazólio (MARCOS FILHO,

2005) e permanecem brancos. A formação de cor rosa a vermelho claro indica tecido

viável e a cor vermelho carmim intensa indica tecido em deterioração, resultante da

maior intensidade de difusão da solução de tetrazólio pelas membranas celulares dos

tecidos que não respiram.

A interpretação do teste se baseia nas colorações resultantes, ou seja, quando

a redução do sal não ocorre o tecido morto permanece branco que não colori

(FRANCÇA NETO, 1999), contrastando com o tecido vivo que apresenta coloração

rosa ou vermelho claro e o deteriorado com coloração vermelho carmim intensa

(ROVERSI; THEISEN, 2005).

O teste de tetrazólio apresenta a vantagem de obter em laboratório resultados

precisos e confiáveis em curto período de tempo sobre viabilidade de sementes em

relação ao teste de germinação (MENDONÇA et al., 2001). O teste de tetrazólio pode

ser conduzido em menos de 24h, de acordo com a espécie utilizada (DELOUCHE et

al., 1976). Desta forma, tem alcançado posição de destaque pois, além de avaliar

vigor, pode determinar a viabilidade das sementes após tratamentos pré-germinativos,

danos por secagem, por insetos e umidade, bem como para detectar danos

mecânicos durante o beneficiamento (BRASIL, 2009).

Para a aplicação do teste de tetrazólio a novas espécies, faz-se necessário a

adequação de tempos de embebição, concentração e tempo de imersão das

sementes na solução, assim como conhecimento sobre a morfologia da semente e de

suas estruturas essenciais para correta avaliação do teste (BRASIL, 2009; FRANÇA

NETO et al., 2000; LAKON, 1949).

A necessidade em conhecer a morfologia da semente e do embrião de cada

espécie estudada é decisivo na aplicação do teste (FRANÇA NETO et al., 2000;

MARCOS FILHO, 2005), pois a metodologia aplicada varia de acordo com as

características de cada espécie influenciado diretamente na interpretação para

resultados seguros (GASPAR-OLIVEIRA et al., 2009, OLIVEIRA et al., 2005a).

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A interpretação dos resultados e baseada na coloração da sementes e

posterior classificação em categorias de sementes viáveis e sementes inviáveis que

variam entre espécies e são estabelecidas por cada autor (GASPAR-OLIVEIRA et al.,

2009).

2.2.1 Aplicação do Teste do Tetrazólio

O teste de tetrazólio se baseia na avaliação da viabilidade pela coloração das

sementes, a partir de rotina que inclui fatores como pré-condicionamento ou

embebição das sementes, concentração e tempo de imersão das sementes na

solução de 2, 3, 5 trifenil de tetrazólio (KRZYZANOWSKI, 1999). Estes fatores são

fundamentais para determinar a viabilidade e vigor das sementes e que devem ser

definidos para cada espécie (OLIVEIRA et al., 2005b).

O teste de tetrazólio tem sido empregado com mais regularidade para espécies

agrícolas como soja (FRANÇA NETO et al., 1999), feijão (BHERING et al., 1999),

milho (DIAS; BARROS, 1999), algodão (VIEIRA; VON PINHO, 1999), amendoim

(BITTENCOURT et al., 1999), café (VIEIRA et al., 1998) e forrageiras como braquiária

(DIAS; ALVES, 2001).

Estudos do emprego deste teste com espécies florestais ainda são escassos,

com alguns desenvolvidos para espécies nativas como sucupira-branca (Pterodon

pubescens) (FERREIRA et al., 2001), louro-pardo (Cordia trichotoma) (MENDONÇA

et al., 2001), branquilho (Sebastiania commersoniana) (Santos et al., 2006), ipê

(Tabebuia serratifolia) (OLIVEIRA et al., 2005) e angico (Parapiptadenia rigida) Brenan

(FOGAÇA, 2003).

Para as espécies florestais da caatinga o uso do teste de tetrazólio é, ainda

incipiente, com pesquisas iniciais para Jatropha elliptica M. Arg (AÑES, 2007),

Amburana cearensis (Allemão) A.C. Smith (GUEDES, 2010), Erythrina velutina Willd.

(Guedes et al., 2007) e Caesalpinia echinata (LAMARCA et al., 2009).

Para realização do teste as sementes foram pré-condicionadas ou embebidas

em água destilada para remoção do tegumento, em temperatura ambiente. As

sementes foram acondicionadas em gerbox, com água até total cobertura das

mesmas. A embebição objetiva favorecer o início da atividade fisiológica para

posterior contato com a solução de tetrazólio, que só reage em tecido fisiologicamente

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ativo. Além disso, facilita a remoção do tegumento após fase de pré-condicionamento

possibilitando maior uniformidade e rapidez no desenvolvimento da coloração das

sementes (FOGAÇA, 2003). O tempo de embebição foi determinado de acordo com

facilidade em retirar o tegumento sem causar danos ao embrião da sementes

(GUEDES et al.,2010). As sementes foram imersas na solução de tetrazólio em gerbox

protegidos da luz e acondicionados em germinador a 30º C, por período de tempo

variável.

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3 Material e Métodos

3.1 Coleta das sementes e preparo das amostras

As sementes de Mulungu foram coletadas em 19/12/2012 no município de

Maturéia – PB de sete matrizes e as de Tamboril foram coletadas na mesma data no

município de Imaculada – PB, de dez matrizes, armazenadas em câmara fria do

laboratório de sementes da UFCG por 6 meses até a o início dos estudos. As

sementes foram selecionadas após divisão e homogeneização, e após esta fase

foram submetidas a escarificação manual na extremidade contrária ao hilo com lixa

de Nº80.

3.2Tratamentos

Os tratamentos consistiram da combinação dos diferentes períodos de

embebição da semente, períodos de imersão na solução e concentrações da solução

(Quadro 1). Foram utilizadas quatro repetições de 25 sementes para cada tratamento

e avaliadas de acordo a porcentagem das categorias de sementes viáveis e inviáveis.

Os tempos de embebição foram determinados, de acordo com a facilidade de

remoção do tegumento, sem que houvesse germinação visível.

Quadro 1 – Concentrações(C) da solução, períodos de embebição(E) e períodos de Imersão(I) na solução testados na condução do teste de tetrazólio de Tamboril e Mulungu.

TRATAMENTOS TAMBORIL MULUNGU

E(h) I(h) C (%) E(h) I(h) C (%)

1 36 3 0,075 6 3 0,075

2 36 6 0,075 6 6 0,075

3 40 3 0,075 9 3 0,075

4 40 6 0,075 9 6 0,075

5 36 3 0,1 6 3 0,1

6 36 6 0,1 6 6 0,1

7 40 3 0,1 9 3 0,1

8 40 6 0,1 9 6 0,1

Fonte – Gomes(2014). Continua....

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Quadro 1 – Concentrações(C) da solução, períodos de embebição(E) e períodos de Imersão(I) na solução testados na condução do teste de tetrazólio de Tamboril e Mulungu. (Continuação)

TRATAMENTOS TAMBORIL MULUNGU

E(h) I(h) C (%) E(h) I(h) C (%)

9 36 3 0,5 6 3 0,5

10 36 6 0,5 6 6 0,5

11 40 3 0,5 9 3 0,5

12 40 6 0,5 9 6 0,5

(E) embebição, (I) imersão, (C%) concentração da solução de tetrazólio. Fonte: Gomes (2014).

O delineamento estatístico empregado foi o inteiramente casualizado, no

arranjo fatorial 3x2x2, que correspondem às concentrações da solução, períodos de

embebição e períodos de imersão, respectivamente, perfazendo 12 tratamentos com

4 repetições de 25 sementes cada. Foi realizada análise de variância e a comparação

das medias dos tratamentos pelo teste de Tukey (p< 0,05).

Os dados de porcentagem foram transformados em arc.sen√%

germinação/1001/2 para a normalização dos dados, e foi utilizado o teste de Barlet para

a homogeneização dos dados das amostras. A análise dos dados foi realizada

utilizando-se o software estatístico Assistat 7.7 beta, com número de registro INPI

0004051-2.

A avaliação da viabilidade foi realizada pela seleção das sementes em duas

categorias: sementes viáveis e inviáveis. As categorias foram adaptadas e distribuídas

em nove classes, de acordo com a coloração de partes do eixo embrionário e

endosperma, segundo os padrões de coloração propostos por Grabe (1976),

International Seed Testing Association (1993) e Moore (1972), com adaptações para

este estudo (Quadro 2).

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20

Quadro 2 – Descrição das colorações e características do embrião das sementes para cada categoria e classe empregadas na avaliação da viabilidade de sementes de Tamboril e Mulungu.

CATEGORIAS CLASSES Caracterização

VIÁVEIS E VIGOROSAS

Classe I Embrião com coloração rosa uniforme e todos os tecidos com aspecto normal e firme;

VIÁVEIS NÃO VIGOROSAS

Classe II Menos de 50% dos cotilédones com coloração vermelha intensa, típico de tecido em deterioração;

Classe III

Extremidade da radícula com coloração branca leitosa sem atingir o cilindro central, além de apresentar manchas branca leitosa e vermelha intensa dispersas;

INVIÁVEIS

Classe IV Semente apresentando menos de 50% da região cotiledonar com coloração branca leitosa, caracterizando tecido morto;

Classe V Eixo embrionário e mais de 50% da região cotiledonar apresentando coloração vermelha intensa, típica de tecidos em deterioração;

Classe VI Semente totalmente com coloração vermelha intensa, indicando processo acentuado de deterioração;

Classe VII

Eixo embrionário com coloração branca leitosa, apresentando o cilindro central com coloração vermelha intensa. Região cotiledonar apresentando mais de 50% com coloração branca leitosa, podendo haver manchas vermelhas intensas dispersas;

Classe VIII Eixo embrionário com coloração vermelho-intenso e tecidos flácidos;

Classe IX Eixo embrionário completamente descolorido, com tecidos flácidos ou com sinais de predação.

Fonte - Gomes, 2014.

A partir da avaliação das sementes submetidas ao efeito do 2, 3, 5 trifenil de

tetrazólio, foram produzidas pranchas fotográficas das sementes classificadas

segunda cada categoria e classe a que pertencem.

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21

Os resultados obtidos foram comparados com os obtidos em teste germinação

conduzido em câmara de germinação FANEM, sob temperatura constante de 30º e

substrato entre areia em caixas tipo gerbox, com 4 repetições de 25 sementes. Neste

teste, as sementes foram previamente desinfectados em hipoclorito de sódio a 2%

diluído em solução aquosa a 10% por 5 minutos.

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22

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Tamboril

A Figura 1 mostra a coloração apresentada pelas classes de sementes

empregadas para a avaliação da viabilidade de sementes de Tamboril para os

tratamentos testados. Não observou-se sementes na classe VI caracterizadas pela

coloração vermelha intensa indicando processo de acentuado de deterioração.

Figura 1 –Coloração apresentada pelas sementes nas classes empregadas para avaliar a viabilidade e vigor de sementes de Tamboril.

Classe I. Classe II.

Classe III. Classe IV.

Continua...

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23

Figura 1– Coloração apresentada pelas sementes nas classes empregadas para avaliar a viabilidade e vigor de sementes de Tamboril. (Continuação)

Classe V. Classe VII. Classe VIII. Classe IX. Fonte: Gomes(2014).

A análise de variância (Tabela 1) para categoria de sementes viáveis (classes

I, II e III), mostra que houve diferença significativa entre os tratamentos, para o fator

tempo de imersão na solução de tetrazólio.

Tabela 1– Análise de variância para os fatores concentração (C), embebição (E) e imersão (I) testados e suas interações para a categoria de sementes viáveis (Classes I, II e III) de Tamboril.

FV GL SQ QM F

Concentração(C) 2 0.20680 0.10340 8.3179 **

Embebição (E) 1 0.00229 0.00229 0.1843 ns

Imersão(I) 1 0.07223 0.07223 5.8104 *

Int. CxE 2 0.04159 0.02079 1.6728 ns

Int. CxI 2 0.04093 0.02046 1.6461 ns

Int. ExI 1 0.02933 0.02933 2.3597 ns

Int CxExI 2 0.01703 0.00851 0.6849 ns

Tratamentos 11 0.41020 0.03729 2.9998 **

Resíduo 36 0.41020 0.01243

Total 47 0.85772 *significativo(p<0,05) pelo teste de Tukey. Fonte- Gomes(2014)

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O resultado indica que o tempo de imersão de 3 horas foi o ideal para avaliar e

identificar as sementes viáveis, em comparação ao tempo de 6 h (Tabela 2). Este

tempo de imersão mostrou-se adequado por permitir a diferenciação entre os tecidos

sadios de tecidos deteriorados com eficiência e rapidez.

Tabela 2 – Porcentagens médias de sementes viáveis, nos diferentes tempos de imersão na solução de tetrazólio para de sementes de Tamboril.

Tempo de imersão (h) Médias (%)

3 91,0 a

6 87,33 b Médias seguidas de letras diferentes indicam que há diferença significativa pelo teste de Tukey (p<0,05). Fonte – Gomes(2014).

Embebição, imersão e concentração da solução são fatores que influenciam na

coloração das sementes, de modo a permitir a correta separação das classes de

semente e enquadrá-las nas categorias sementes viáveis da inviáveis, pelo avaliador.

Para Azeredo (2010), a escolha do método adequado para o teste de tetrazólio deve

se basear na facilidade de identificação dos tecidos viáveis e inviáveis e na

capacidade de diferenciar lotes com qualidades fisiológicas distintas. A avaliação da

resposta de outras espécies ao teste de tetrazólio mostra o efeito destes fatores, ora

isoladamente, ora atuando em conjunto, pois o modo como cada um dos fatores age

e específico de cada espécie (BRASIL 2009).

Estudos com sementes de Senegalia polyphylla (DC.) Britton e Rose também

mostraram diferenças no tempo de imersão, na condução do teste de tetrazólio para

esta espécie. O estudo apontou que o tempo 6 horas foi o ideal, pois proporcionou

coloração menos intensa e mais uniformes. Neste estudo a embebição de 36 horas e

imersão por 6 horas na concentração de 0,075% proporcionaram 83,4% de sementes

viáveis, valor próximo ao teste de germinação de 88% (LIMA 2013). Variações no

tempo de imersão também promoveram colorações ideais para avaliação do teste em

sementes de Jatropha curcas L. (DANTAS et al., 2009) e Eugenia pleurantha

(MASSETO et al., 2009). Nestas espécies a melhor concentração da solução foi de

0,1% de tetrazólio e, os tempos de imersão por 2 horas (2, 4 e 6 horas testados), 4

horas (4, 8, 12 horas testados) respectivamente para cada espécie, com resultados

confiáveis. Para a condução do teste em Albizia hasslerii (Chodat) Burr o fator imersão

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influenciou nos resultados por dificultar a avaliação das sementes, o tempo de imersão

ideal que proporcionou a avaliação da viabilidade das sementes foi de 5 horas em

solução de 0,1%( ZUCARELI et al.,2001). Já para Cassia grandis L.f., a avaliação das

sementes foi influenciada pelo tempo de imersão que variou entre 4, 8 e 12 horas, e

apontou 8 horas, concentração de 0,5% e embebição de 24 horas, a 30º C, como

ideais na condução do teste de tetrazólio, com resultados próximos ao teste de

germinação (SANTOS et al., 2008).

Os resultados obtidos em estudos para espécies nativas são muito variáveis

entre as mesmas, para os fatores estudados. Sementes de Senna multijuga e S.

macranthera, submetidas a embebição em papel germitest por 14 horas, imersão por

5 e 7 horas em concentrações da solução de tetrazólio de 0,075% a 30° C, foi eficiente

para avaliar a viabilidade e vigor das sementes, sem diferença estatística entre o teste

de germinação e o teste de tetrazólio (FERREIRA et al., 2004). O teste de tetrazólio

em sementes de Parkia velutina Benoist mostrou melhor combinação na concentração

de 0,5% com imersão por 2 horas (MENDES et al., 2009).

A combinação dos fatores concentração e tempo de imersão na solução

influenciam na condução de testes de tetrazólio. Estudo com sementes de

Anadenanthera peregrina (L.) Speg, submetidas a diferentes tempos de imersão e

concentrações, mostrou que o tempo de 24 horas e a concentração de 0,1% mais

eficientes e com valores próximos ao teste de germinação (PINHO et al., 2011). Para

sementes de Piptadenia moniliformis Benth, a concentração de 0,075% com imersão

por quatro horas a 34 °C proporcionou coloração nítida, adequada para a avaliação

das sementes (AZEREDO et al, 2011). Já para Leucaena leucocephala a coloração

de melhor intensidade e uniformidade foi atingida com a concentração de 0,15% em

18 horas de pré-condicionamento e 2 horas de imersão (COSTA; SANTOS, 2010).

Para outras espécies o fator tempo de imersão não influencia nos resultados.

É o caso de Cordia trichotoma (Vellozo) Arrabida ex Steudel que não apresentaram

diferenças entre os tempos de 2, 3 e 4 horas, com embebição de 16 horas e

concentração da solução de 0,25%. Em todos os tempos testados os resultados foram

semelhantes aos encontrados no teste de germinação (MENDONÇA, et al., 2001).

Avaliando conjuntamente a embebição, imersão e concentração da solução de

tetrazólio em teste com sementes de Gleditschia amorphoides Taub, observou-se

eficiência no tempo de embebição de 48 horas com concentração de 0,075% imersos

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por 3 horas a 35 °C (FOGAÇA et al., 2006). Estas condições de concentração da

solução e tempo de imersão também foram ideias para a condução do teste em

sementes de Sida rhombifolia, com resultados mais próximos ao teste de germinação

(PIRES et al., 2010). Em sementes de Caesalpinia echinata Lam, as combinações

entre os fatores concentração, embebição e imersão, que facilitou a avaliação das

sementes foi de 0,075%, 2 horas e 6 horas. Nestas condições, os resultados foram

próximos aos valores reais de germinação (LAMARCA et al, 2009).

Estudo com sementes de Schizolobium parahyba (VELL.) Blake mostrou que a

concentração de 0,05% com embebição que variou de 14 a 48 horas, imersos por 5

horas a 30º C não diferiu dos percentuais alcançados no teste de germinação a 35º

C. A concentração de 0,1% subestimou a viabilidade do lote, enquanto que a

concentração de 0,05% possibilitou coloração nítida dos embriões diferente do

ocorrido na concentração de 0,1% (FERREIRA et a., 2007). A concentração de 0,05%

apresentou maior facilidade na avaliação das sementes, com cores suaves, e maior

correspondência com os testes de germinação do que em concentrações mais

elevadas do sal de tetrazólio. A avaliação de diferentes lotes de sementes de

Peltophorum dubim (Sprengel) mostrou que a concentração de 0,1% com 14 horas de

embebição e 150 minutos de imersão na solução de tetrazólio indicou 98% de

sementes viáveis enquanto que no teste de germinação foi de 97% (OLIVEIRA et al.,

2005).

Neste estudo, não foram encontradas diferenças estatísticas significativas para

os outros fatores testados: tempo de embebição, tempo de imersão e concentração

da solução de tetrazólio. No entanto, durante a avaliação das colorações obtidas nos

diferentes tratamentos, observou-se que nas menores concentrações da solução de

tetrazólio testadas (0,075 e 0,1 %), as cores obtidas foram menos intensas e mais

uniformes. As concentrações mais baixas facilitaram a avaliação das sementes, por

proporcionarem melhor visualização dos tecidos, do eixo embrionário e de injurias

apresentadas pelas sementes.

No presente estudo a concentração de 0,5% da solução de tetrazólio, em todos

os tempos de embebição e de imersão, proporcionou coloração mais intensa das

sementes de Tamboril o que dificultou a interpretação e diferenciação das sementes

viáveis das inviáveis, ou seja, entre tecidos normais e firmes daqueles em processo

de deterioração.

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A Figura 2 ilustra a diferença nas colorações das sementes para as diferentes

concentrações da solução de tetrazólio, empregadas no teste para sementes de

Tamboril.

Figura 2 – Colorações apresentadas para cada concentração da solução de 2, 3, 5 trifenil de tetrazólio empregadas na condução do teste de tetrazólio em sementes de Tamboril.

Concentração de 0,075% da solução de tetrazólio(A), concentração de 0,1% da solução de tetrazólio(B) e concentração de 0,5% da solução de tetrazólio(C). Fonte – Gomes(2014).

A germinação se iniciou no oitavo dia e estabilizou-se no vigésimo sexto dia. A

duração do teste de germinação foi de 30 dias. A germinação é do tipo epígea,

fanerocotiledonar com cotilédone de reserva. O resultado do teste padrão de

A

B

C

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germinação de sementes Tamboril, apontou média de 89,0% de sementes

germinadas que engloba as plântulas emergidas, tanto normais como anormais.

A comparação deste resultado com o alcançado no teste de tetrazólio para

sementes viáveis (classes I, II e III), que obteve média de 93,25 %, está dentro do

limite de 5% de diferença sugerido por França-Neto(1999) que comprova a eficiência

do teste de tetrazólio, nas condições testadas, para a avaliação da viabilidade de

sementes da espécie em estudo. A análise estatística não apontou diferenças

significativas entre os valores obtidos nos dois testes.

Quanto aos fatores testados neste estudo que não influenciaram

significativamente nos resultados (concentração da solução e tempo de embebição),

recomenda-se a concentração de 0,075% e 36 horas de embebição, para a condução

do teste sementes de Tamboril. Nestas condições a condução do teste de tetrazólio

ocorrerá em menor tempo (3 dias) e será mais econômico por exigir menores

quantidades de sal 2, 3, 5 trifenil de tetrazólio. Ressalta-se que no teste de germinação

a estabilização da germinação se deu aos 26 dias.

4.1 Mulungu

A Figura 3 apresenta as classes de sementes que ocorreram para a avaliação

da viabilidade de sementes de Mulungu para os tratamentos testados. Não observou-

se sementes na classe IX, caracterizada por embriões totalmente descolorido, tecidos

flácidos e que indiquem semente deteriorada ou predada.

Figura 3 – Coloração apresentada pelas classes de sementes para avaliar a viabilidade pelo teste de tetrazólio em sementes de Mulungu.

Classe I. Classe II. Continua...

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Figura 3 – Coloração apresentada pelas classes de sementes para avaliar a viabilidade pelo teste de tetrazólio em sementes de Mulungu. (Continuação)

Classe III. Classe IV.

Classe V. Classe VI.

Classe VII. Classe VIII Fonte: Gomes(2014).

A análise de variância para a categoria de sementes viáveis (classe I, II e III),

mostrou que não houve diferença estatística significativa para os fatores testados

tempo de embebição, tempo de imersão e concentração da solução de tetrazólio

(Tabela 3). O teste de tetrazólio em sementes de Eugenia pleurantha apresentou

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resultado semelhante, ou seja, os fatores citados não interferiram na avaliação das

viabilidade (MASETTO et al., 2009).

Tabela 3 – Análise de variância para os fatores concentração (C), embebição (E) e imersão (I) testados e suas interações para a categoria de sementes viáveis (Classes I, II e III) de Mulungu.

FV GL SQ QM F

Concentração (C) 2 0, 01095 0, 00548 0, 4620 ns

Embebição (E) 1 0, 02707 0, 02707 2.2848 ns

Imersão (I) 1 0, 00053 0, 00053 0,450 ns

Int. CxE 2 0, 00995 0, 00498 0,4198 ns

Int. CxI 2 0, 04462 0, 02231 1.8826 ns

Int. ExI 1 0, 00801 0, 00801 0.6758 ns

Int CxExI 2 0, 03807 0, 01185 1.6062 ns

Tratamentos 11 0, 13920 0, 01265 1.0679 ns Resíduo 36 0,42660 0, 01185

Total 47 0, 56580 *significativo(p<0,05) pelo teste de Tukey. Fonte – Gomes (2013).

Apesar da ausência de diferença estatística, durante a avaliação do teste

observou-se que a diminuição do período de imersão e da concentração da solução

proporcionaram coloração rósea suave e, conforme o aumento nos tempos imersão e

concentração, esta tornou-se mais intensa, de cor vermelho escuro a vermelho

carmim, que dificultou a avaliação das classes de sementes.

As colorações mais intensas dificultam a avaliação das sementes por não

permitir a fácil diferenciação dos tecidos sadios, de tecidos mortos e dos tecidos em

deterioração. A influência da coloração pode superestimar ou subestimar o resultado

do teste de tetrazólio e comprometer os resultados que o mesmo proporciona

(AZEREDO et al., 2011).

A Figura 4 mostra a diferença nas colorações das sementes para as diferentes

concentrações da solução de tetrazólio, empregadas no teste para sementes de

Mulungu.

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Figura 4 – Colorações apresentadas para cada concentração da solução de 2, 3, 5 trifenil de tetrazólio empregadas na condução do teste de tetrazólio em sementes Mulungu.

Concentração de 0,075% da solução de tetrazólio(A), concentração de 0,1% da solução de tetrazólio(B) e concentração de 0,5% da solução de tetrazólio(C). Fonte – Gomes(2014).

A Tabela 4 apresenta as médias das porcentagens de sementes viáveis

(classes I, II e III), para os tratamentos testados.

A

B

C

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Tabela 4 – Média da percentagem de sementes viáveis, nos diferentes tempos de embebição, imersão e concentração da solução de tetrazólio na condução de teste de tetrazólio em sementes de Mulungu.

CONCENTRAÇÃO (h) Médias (%)

0,075% 91,0 a

0,1% 91,2 a 0.5% 90,0 a

EMBEBIÇÃO

6 h 92,3 a 9 h 89,2 a

IMERSÃO

3 h 90,3 a 6 h 91,2 a

Médias seguidas de letras diferentes indicam que há diferença significativa pelo teste de Tukey(p<0,05). Fonte – Gomes (2013).

Guedes et al. (2007), em estudo com Mulungu, testou o tempo de embebição

de 12 horas a 40º C, imersão em solução de tetrazólio a 0,05% por três horas,

condições estas que coloriram a semente de forma a tornar mais fácil a separação de

viáveis das inviáveis, consequentemente, a interpretação dos resultados. Este estudo

também mostrou a influência da temperatura de embebição na obtenção dos

resultados, pois com aumento da temperatura ocorreu maior velocidade na absorção

de água pelas sementes, o que pode abreviar o tempo de execução do teste de

tetrazólio. A faixa considerada segura para a embebição, sem danificar a semente,

está entre 30 – 40 0C (GASPAR-OLIVEIRA et al., 2011 apud MOORE, 1985).

O estudo conduzido por Bento et al. (2010), com dois lotes de sementes de

Mulungu, testou 48 horas de embebição entre papel toalha a 25º C e imersão em

solução de tetrazólio a 0,075% por 3 horas a 35º C, apontou resultados para a

categoria de sementes viáveis com valores inferiores ao do teste de germinação com

49 % e 99% para o primeiro lote e 42% e 97% para segundo. O teste de tetrazólio foi

sub estimado devido à dificuldade em diferenciar as sementes viáveis de inviáveis,

provavelmente devido ao tipo de embebição adotada não favorecer adequadamente

o início da atividade fisiológica das sementes, que permite a eficiente coloração das

sementes.

Os resultados obtidos neste estudo, corroboram com os obtidos por de Guedes

et al (2010), que aponta o tempo de imersão de 3 horas e concentração da solução

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de tetrazólio de 0,075% utilizados como adequados para condução do teste de

tetrazólio, por permitir a avaliação da coloração e determinação da viabilidade das

sementes de Mulungu com mais clareza. Nestas condições a condução do teste de

tetrazólio ocorrerá em menor tempo (2 dias) e será mais econômico por exigir menores

quantidades de sal 2, 3, 5 trifenil de tetrazólio.

Observou-se que na condição citada, a coloração foi rósea suave, com

intensidade e uniformidade que facilitaram a avaliação das categorias e respectivas

classes de sementes. A germinação do Mulungu teve início no sétimo dia e

estabilizou-se no vigésimo terceiro dia 23 dias, com finalização aos 30 dias. A

germinação é do tipo epígea, fanerocotiledonar com cotilédone de reserva.

A condição sugerida como ideal para a condução do teste de tetrazólio neste

estudo foi de 6 h de embebição, 3 h de imersão e concentração de 0,075% da solução

de tetrazólio teve porcentagem de sementes viáveis de 91%, e o resultado de teste

padrão de germinação foi 89%, sem diferenças estatísticas significativas. Ressalte-se

que na porcentagem de sementes viáveis dadas pelo teste de tetrazólio, se

considerou a categoria de sementes viáveis e vigorosas (classe I) e viáveis e não

vigorosas (classes II e III) e no teste de germinação, considerou-se as classes de

plântulas normais e anormais. A comparação entre ambos os testes apontou que não

houve diferença estatística. França-Neto (1998) considera que, em condições

normais, a diferença entre ambos seja no máximo 5%, em estudo com Glicine max.

Esta, é espécie agrícola, domesticada, e os valores mínimos entre os testes para

espécies florestais ainda são indefinidos. A interpretação destas diferenças deve

considerar, ainda, que o teste de tetrazólio avalia o embrião das sementes e não

plântulas, diferentemente do teste de germinação padrão. As diferenças entre os

testes encontrada para esta espécie está dentro do que é aceito para espécies

agrícolas.

4.3 ANÁLISE DE VIGOR

Uma aspecto interessante do teste de tetrazólio é a possibilidade de seu uso

para determinar o vigor das sementes. Neste aspecto, há a separação das categorias

de sementes viáveis e vigorosas (classes I), viáveis não vigorosas (classes II e III) e

inviáveis (Classes IV a IX). O objetivo da análise de vigor é identificar possíveis

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diferenças no potencial fisiológico de lotes de sementes, principalmente entre aqueles

que apresentam desempenho germinativo semelhante para os padrões comercias

aceitáveis (VIEIRA et al., 1994).

Testes de vigor possibilitam que se estabeleçam distinções entre sementes

com maior e menor probabilidade de bom desempenho sob diferentes condições

ambientes, e com resultados rápidos, confiáveis, comparáveis com teste de vigor,

apresentar correlação com a emergência de plântulas no campo e que seja

economicamente viável (MARCOS FILHO, 1999; BAALBAKI et al., 2009).

A categoria de semente viável e vigorosa está contida na classe I, ou seja,

aquelas que não apresentam danos ou lesões superficiais nos cotilédones, capazes

de originar plântulas normais perfeitas, intactas e com máximo desenvolvimento no

teste de germinação. As semente viáveis e não vigorosas são as que originam

plântulas normais fracas, as quais apresentam pequenos defeitos, e/ou aquelas

classificadas como anormais que, apesar de germinarem, apresentam defeitos. As

sementes inviáveis compreendem as mortas, duras ou aquelas atacadas por algum

patógeno ou organismos que pode impedir sua germinação (BARROS et al., 2005;

BRASIL, 1992). A Tabela 5 apresenta as porcentagens médias observadas para

avaliação de vigor considerando as categorias de sementes viáveis e vigorosas,

viáveis não vigorosas e inviáveis, das sementes e Tamboril e Mulungu

respectivamente.

Tabela 5- Porcentagens médias de sementes viáveis vigorosas, viáveis não vigorosas e inviáveis nas concentrações, tempos de embebição e imersão ao sal de tetrazólio testados em sementes de Tamboril e Mulungu.

TAMBORIL

Concentração da Solução de Tetrazólio (%)

Tempo de embebição

(horas)

Tempo de imersão (horas)

3 6

V. Vig V. Ñ.Vig Inv V. Vig V. Ñ.Vig Inv

0,075 36 64 aA 32 aA 4 aB 75 aA 16 aA 9 aA

40 50 aA 43 aA 7 aB 75 aA 18 aA 7 aA

0,1 36 37 aA 59 aA 4 aB 40 aA 47 aA 13 aA

40 35 aA 55 aA 10 aA 48 aA 37 aA 15 aA

Continua....

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35

Tabela 5- Porcentagens médias de sementes viáveis vigorosas, viáveis não vigorosas e inviáveis nas concentrações, tempos de embebição e imersão ao sal de tetrazólio testados em sementes de Tamboril e Mulungu. (Continuação)

0,5 36 30 aA 54 aA 16 aA 34 aA 49 aA 17 aA

40 28 aA 59 aA 13 aA 49 aA 37 aA 14 aA

MEDIAS (%) 40,7 50,3 9 53,5 34 12,5

MULUNGU

Concentração da Solução de Tetrazólio (%)

Tempo de embebição

(horas)

Tempo de imersão (horas)

3 6

V. Vig V. Ñ.Vig Inv V. Vig V. Ñ.Vig Inv

0,075 6 78 aA 15 aA 7 aA 75 aA 19 aA 6 aA

9 66 aB 21 aA 13 aA 80 aA 10 aB 10 aA

0,1 6 78 aA 15 aA 7 aA 78 aA 15 aA 7 aA

9 78 aA 15 aA 7 aA 72 aA 14 aA 14 aA

0,5 6 66 aA 21 aA 13 aA 75 aA 19 aA 6 aA

9 74 aA 15 aA 11 aA 68 aA 22 aA 10 aA

MEDIAS (%) 73,3 17 9,7 74,7 16,5 8,8

As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (p<0,05). V. Vig=viáveis e vigorosas, V.Ñ. Vig= viáveis e não vigorosas, Inv= inviáveis. Fonte: Gomes(2014).

A análise da aplicação do teste de tetrazólio para avaliar o vigor foi realizada

considerando a porcentagem de sementes viáveis e vigorosas no teste de tetrazólio e

comparadas com as plântulas normais do teste de germinação. No primeiro teste

foram considerados os resultados do tempo de embebição e imersão e concentrações

da solução de tetrazólio considerados eficientes para avaliar a viabilidade das

sementes de Tamboril e Mulungu. A comparação dos resultados obtidos pelo teste de

tetrazólio com 64% e 78%, com o teste de germinação 77% e 62% para Tamboril e

Mulungu respectivamente, mostrou discrepância de 13,0% e 16% respectivamente.

Observou-se, neste caso, que o teste de tetrazólio subestimou o vigor das

sementes, Tamboril e superestimou o vigor para sementes de Mulungu, ou seja

sementes da categoria viáveis e vigorosas encontradas no teste de tetrazólio, pelo

teste de germinação não foram consideradas como plântulas normais. Um dos

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motivos para esta discrepância é que nem todas as anormalidades encontradas nas

plântulas podem ser observadas nos embriões das sementes durante o teste de

tetrazólio (CALOY et al., 2013; CATIE, 2000) e evidencia a dificuldade da utilização

do teste de tetrazólio para avaliar o vigor e a necessidade de pesquisas posteriores

que permitam seu emprego para esta finalidade.

Este estudo confirmou a hipótese testada, que através do teste de tetrazólio é

possível determinar a viabilidade de sementes de espécies florestais da caatinga.

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5 Conclusão

Na condução do teste com sementes de Tamboril o tempo de embebição de 36

horas com imersão de 3 horas e concentração da solução de tetrazólio de 0,075% foi

eficaz na avaliação da viabilidade da sementes desta espécie.

Para sementes de Mulungu o tempo de embebição de 6 horas com imersão de

3 horas e concentração da solução de tetrazólio de 0,075% foram adequados na

condução do teste de tetrazólio para este espécie.

Em ambas as espécies estudadas, não houve diferença estatística significativa

entre os resultados obtidos no teste de germinação e teste de tetrazólio nas condições

sugeridas anteriormente para o último. Isto confirma a eficiência e segurança do teste

de tetrazólio para avaliar a viabilidade das sementes de ambas espécies.

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