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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS REGIONAL JATAÍ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS APLICADAS À SAÚDE SÍNTESE, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE UMA HIDRAZONA E SEUS COMPLEXOS METÁLICOS JÉSSIKA VIEIRA DOS REIS JATAÍ GO JUL/2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

REGIONAL JATAÍ

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS APLICADAS À SAÚDE

SÍNTESE, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE

ANTIMICROBIANA DE UMA HIDRAZONA E SEUS COMPLEXOS METÁLICOS

JÉSSIKA VIEIRA DOS REIS

JATAÍ – GO

JUL/2018

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JÉSSIKA VIEIRA DOS REIS

SÍNTESE, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE

ANTIMICROBIANA DE UMA HIDRAZONA E SEUS COMPLEXOS METÁLICOS

Dissertação de mestrado apresentada ao Programa

de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde

da Universidade Federal de Goiás como requisito

parcial para obtenção do título de Mestre em

Ciências Aplicadas à Saúde.

Orientador: Dr. Sauli dos Santos Júnior

JATAÍ – GO

JUL/2018

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, que me ouviu, me reconfortou e me deu forças para chegar

onde agora estou.

À minha família, minha eterna gratidão. Mãe, seu cuidado е dedicação me deram а

esperança para seguir. Pai, sua presença significou segurança е certeza de que não estou sozinha

nessa caminhada. Irmã, sua paciência e companheirismo foram essenciais em mais esta jornada.

Agradeço ao meu noivo que sempre esteve ao meu lado desde o início desta jornada,

aguentando minhas crises de choro, meu estresse e por sempre acreditar em mim e por agora estar

compartilhando a alegria de ter chegado até onde estou.

A todos os meus familiares, avós, padrinhos, madrinhas, tios, tias e primos, que mesmo de

longe sempre me incentivaram e acreditaram mim.

Ao meu orientador Dr. Sauli dos Santos Junior por seus conhecimentos a mim transmitidos

e por estar sempre disposto a me ajudar em meio a tantos afazeres. Sou imensamente grata pela sua

contribuição tanto profissional quanto pessoal. Obrigada pela sua amizade ao longo desta

caminhada.

Ao professor Dr. Alexandre Braoios pela disponibilização das cepas ATCC e de seu espaço

no Laboratório de Bacteriologia e Micologia para a realização de parte dos experimentos.

Ao professor Dr. Ricardo de Mattos Santa Rita pela ajuda nas etapas dos testes biológicos.

Obrigada pelo apoio e dedicação.

À Karina, que tanto me ajudou nos experimentos e sempre me fazendo companhia no

laboratório e congressos.

À todos os meus colegas de pós-graduação que fizeram parte desta etapa tão importante em

minha vida. Um agradecimento especial aos meus amigos Thaynara, Laura, Camila, Vanessa e

Divaloyanne, obrigada pela amizade e companheirismo.

Aos colegas do Laboratório de Desenvolvimento de Novos Fármacos, Tracy, Taric e Isadora

pela ajuda e companhia.

À todos vocês, meu muito obrigada!

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“Desde o início dos tempos, o homem pressentia

que havia nele algo especial... algo a mais. Ele

ansiava por poderes que não possuía. Havia

sonhado em voar, em curar e em transformar seu

mundo de todas as formas possíveis.

E foi exatamente isso que fez.”

Dan Brown

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RESUMO

Com o crescente aumento da resistência de microrganismos aos fármacos disponíveis,

principalmente em ambiente hospitalar, as indústrias farmacêuticas têm concentrado esforços

na pesquisa de novos fármacos. Diversas classes de compostos orgânicos despertam o interesse

de pesquisadores devido à versatilidade de suas estruturas moleculares e seus efeitos biológicos

alcançados. As hidrazonas pertencem a uma classe importante pois apresentam um amplo perfil

farmacológico cujas propriedades têm sido extensivamente estudadas na Química Medicinal

em razão de sua capacidade quelante e do papel da coordenação no seu mecanismo bioquímico

de ação. Neste trabalho foi sintetizado um ligante químico denominado J3 o qual foi

complexado com Nitrato de Cobre (II), Nitrato de Níquel, Nitrato de Cádmio, Perclorato de

Cobalto e Dicloreto de difenilestanho, sendo denominados de: J3Cu, J3Ni, J3Cd, J3Co e J3Sn,

respectivamente. A partir da formação dos cristais, os mesmos foram submetidos a análises

espectroscópicas de difração de raios x em monocristal e espectroscopia na região do

infravermelho, que confirmaram as estruturas químicas obtidas do ligante e seus complexos.

Foi avaliada a atividade biológica dos seis compostos sintetizados através do método de

microdiluição em placas de 96 poços, e a determinação da concentração inibitória mínima

(CIM) foi determinada através da medida de densidade em leitor de ELISA após incubações de

24, 48, 72 e 96 horas em bactérias das espécies Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Foi

determinada a concentração bactericida mínima para os compostos que apresentaram CIM

contra as bactérias testadas. Os compostos J3Cu, J3Cd e J3Sn apresentaram atividade moderada

para as bactérias testadas, ao passo que o ligante J3 e seus complexos J3Co e J3Ni não inibiram

100% dos microrganismos nas concentrações testadas. Através dos testes de determinação da

concentração bactericida mínima, concluiu-se que os complexos J3Sn e J3Cd apresentaram

atividade bacteriostática e bactericida, o complexo J3Cu apresentou atividade bacteriostática.

Palavras-chave: Hidrazonas, Difração de raios X em monocristal, Complexos metálicos, E.

coli, S. aureus.

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ABSTRACT

With the increasing resistance of microrganisms to available drugs, mainly in hospital

environments, the pharmaceutical industries have concentrated efforts in the research of new

versatility of their molecular structures and their biological effects achieved. The hydrazones

belong to an important class as they present a broad pharmacological profile whose properties

have been extensively studied in medicinal chemistry because of their chelating capacity and

the role of coordination in their biochemical mechanism of action. In this work a chemical

ligand called J3 was synthesized which was complexed with copper nitrate (II), nickel nitrate,

cadmium nitrate, cobalt perchlorate and diphenyltin dichloride, being called: J3Cu, J3Ni, J3Cd,

J3Co and J3Sn, respectively. From the formation of the crystals, they were subjected to

spectroscopic analysis of single crystal X-ray diffraction and infrared spectroscopy, which

confirmed the chemical structures obtained from the ligand and its complexes. The biological

activity of the six synthesized compounds was evaluated through the microdilution method on

96 wells plates, and the determination of the minimum inhibitory concentration (MIC) was

determined by the density measurement in ELISA reader after incubations of 24, 48, 72 and 96

hours in bacteria of the species Escherichia coli and Staphylococcus aureus. The J3Cu, J3Cd

and J3Sn compounds presented moderate activity for the tested bacteria, whereas the J3 ligand

and its J3Co and J3Ni complexes did not inhibit 100% of the microrganisms in the tested

concentrations. Through the tests of determination of the minimum bactericidal concentration

(MBC), it was concluded that the complexes J3Sn and J3Cd presented bacteriostatic and

bactericidal activity and J3Cu complex presented activity bacteriostatic.

Keywords: Hydrazones, single crystal X-ray diffraction, metallic complexes, E. coli, S.

aureus.

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LISTA DE SIGLAS

ATCC American Type Culture Collection (Coleção de tipo de cultura

americana)

BHI Brain Heart Infusion (Infusão Cérebro e Coração)

CBM Concentração Bactericida Mínima

CIM Concentração Inibitória Mínima

DMSO Dimetilsulfóxido

E. coli Escherichia coli

EAEC Escherichia coli enteroagregativa

EHEC Escherichia coli enterohemorágica

EIEC Escherichia coli enteroinvasora

EPEC Escherichia coli enteropatogênica

ESBL Beta-lactamase de Espectro Estendido

ETEC Escherichia coli enterotoxigênica

ExPEC Escherichia coli patogênica extraintestinal

FAR Far Infrared (Infravermelho Distante)

FT/IR Fourier Transform/Infrared Spectrometrer (Espectrofotômetro de

Infravermelho por Transformada de Fourier)

GLASS Global Antimicrobial Resistance Surveillance System (Sistema global

de vigilância de resistência antibacteriana)

IPCS Infecções primárias de Corrente Sanguínea

ITU Infecção do Trato Urinário

J3 N’-(1-(piridina-2-yl)etilideno)acetohidrazida

J3Cd Complexo de N’-(1-(piridina-2-yl)etilideno)acetohidrazida com

Cádmio

J3Co Complexo de N’-(1-(piridina-2-yl)etilideno)acetohidrazida com

Cobalto

J3Cu Cobre(ii)-catena-[(μ2-tiocianato)-(nitrato-o)-(n’-(1-(piridina-2-yl)

etilideno)acetohidrazida)

J3Ni Bis (n’-(1-(piridina-2-yl)etilideno)acetohidrazida)-níquel

J3Sn Complexo de N’-(1-(piridina-2-yl)etilideno)acetohidrazida com

Estanho

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K. pneumoniae Klebsiella pneumoniae

KBr Brometo de Potássio

LPS Lipopolissacarídeo

MID Middle Infrared (Infravermelho Médio)

MRSA Staphylococcus aureus Meticilina Resistente

MβLs Metalo-β-lactamases

NIR Near Infrared (Infravermelho Próximo)

S. aureus Staphylococcus aureus

SCoN Staphylococcus Coagulase Negativa

UFC Unidades Formadoras de Colônia

UPEC E. coli uropatogênica

UTI Unidade de Terapia Intensiva

WHO World Health Organization (Organização Mundial de Saúde)

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Principais formas das bactérias 01

Figura 2 Diferenças na composição da parece celular de bactérias Gram-positivas e

Gram-negativas

02

Figura 3 Estrutura química geral das hidrazonas 07

Figura 4 Reação geral da formação de hidrazonas 07

Figura 5 Esquema da lei de Bragg 09

Figura 6 Rota de síntese para obtenção da hidrazona a partir da reação de 2-

acetilpiridina e acetil hidrazida, formando o composto N’-(1-(piridina-2-

yl)etilideno)acetohidrazida (J3)

13

Figura 7 Rota de síntese para obtenção de complexo metálico a partir da reação de J3

com Nitrato de cobre (II) tri-hidratado e tiocianato de sódio formando

Cobre(II)-catena-[(μ2-tiocianato)-(nitrato-O)-(N’-(1-(piridina-2-yl)etiliden

o)acetohidrazida) (J3Cu)

14

Figura 8 Rota de síntese para obtenção de complexo metálico a partir da reação de J3

com Nitrato de níquel hexa-hidratado formando Bis (N’-(1-(piridina-2-

yl)etilideno)acetohidrazida)-níquel (J3Ni).

15

Figura 9 Rota de síntese para obtenção do complexo metálico a partir da reação de J3

com perclorato de cobalto e tiocianato de sódio formando o complexo J3Co

16

Figura 10 Rota de síntese para obtenção do complexo metálico a partir da reação de J3

com nitrato de cádmio e tiocianato de sódio formando J3Cd

17

Figura 11 Rota de síntese para obtenção do complexo metálico a partir da reação de J3

com dicloreto de difenilestanho, trietilamina e trietilamina formando J3Sn

18

Figura 12 Espectro de absorção na região do infravermelho do ligante J3 em pastilha

de brometo de potássio (KBr). ν(N-H): 3193 cm-1; ν (C=O): 1677 cm-1; ν

(C=N): 1617 cm-1; ν (C=N)py: 625 cm-1

22

Figura 13 Espectros de absorção na região do infravermelho do ligante J3 e seu

complexo com Cobre II (J3Cu) em pastilha de brometo de potássio (KBr).

J3Cu: ν(N-H): 3100 cm-1; ν(-N=C=S): 2108 cm-1; ν(C=O): 1611 cm-1;

ν(C=N): 1544 cm-1; ν(C=N)py: 572 cm-1

23

Figura 14 Espectros de absorção na região do infravermelho do ligante J3 e seu

complexo com Níquel (J3Ni) em pastilha de brometo de potássio (KBr).

24

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J3Ni: ν(N-H): 3064 cm-1; ν (-N=C=S): 2118 cm-1; ν (C=O): 1640 cm-1; ν

(C=N): 1607 cm-1; ν (C=N)py: 575 cm-1

Figura 15 Espectros de absorção na região do infravermelho do ligante J3 e seu

complexo com Cádmio J3Cd em pastilha de brometo de potássio (KBr).

J3Cd: ν(N-H): 3195 cm-1; ν (N=C=S): 2109 cm-1; ν (C=O): 1640 cm-1; ν

(C=N): 1592 cm-1; ν (C=N)py: 596 cm-1

25

Figura 16 Espectro de absorção na região do infravermelho do ligante J3 e seu

complexo com Cobalto J3Co em pastilha de brometo de potássio (KBr).

J3Co: ν(N-H): 3095 cm-1; ν (N=C=S): 2052 cm-1; ν (C=O): 1603 cm-1; ν

(C=N): 1559 cm-1; ν (C=N)py: 528 cm-1

26

Figura 17 Espectro de absorção na região do infravermelho do ligante J3 e seu

complexo com Estanho J3Sn em pastilha de brometo de potássio (KBr).

J3Co: ν(N-H): 3194 cm-1; ν (C=O): 1674 cm-1; ν (C=N): 1595 cm-1; ν

(C=N)py: 576 cm-1

27

Figura 18 Diagrama ORTEP do ligante J3 28

Figura 19 Diagrama ORTEP do complexo J3Cu 29

Figura 20 Diagrama ORTEP do complexo J3Ni 29

Figura 21 Atividade de J3 sobre E. coli (A) e S. aureus (B) nos tempos de incubação

de 24, 48,72 e 96 horas.

30

Figura 22 Ensaio referente a CBM do ligante J3 frente a E. coli (A): Controle 72h para

E. coli em ágar MacConkey; (B): 1000μg/mL de J3 após 72h para E. coli em

ágar MacConkey

32

Figura 23 Atividade de J3Cu sobre E. coli (A) e S. aureus (B) nos tempos de incubação

de 24, 48,72 e 96 horas

34

Figura 24 Ensaio referente a CBM do complexo J3Cu frente a E. coli e S. aureus. (A):

Controle 72h para E. coli em ágar MacConkey; (B): 1000μg/mL de J3Cu

após 72h para E. coli em ágar MacConkey

35

Figura 25 Ensaio referente a CBM do complexo J3Cu frente a S. aureus. (A): Controle

24h para S. aureus em ágar Manitol; (B) 1000μg/mL de J3Cu após 24h para

S. aureus em ágar Manitol; (C): Controle 72h para S. aureus em ágar

Manitol; (D) 1000μg/mL de J3Cu após 72h para S. aureus em ágar Manitol

36

Figura 26 Atividade de J3Cd sobre E. coli (A) e S. aureus (B) nos tempos de incubação

de 24, 48,72 e 96 horas

38

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Figura 27 Ensaio referente a CBM do complexo J3Cd frente a E. coli. (A): Controle

24h em ágar MacConkey; (B): 250μg/mL de J3Cd após 24h em ágar

MacConkey; (C): Controle 72h em ágar MacConkey; (D) 250μg/mL de J3Cd

após 72h em ágar MacConkey

39

Figura 28 Ensaio referente a CBM do complexo J3Cd frente a S. aureus. (A): Controle

24h em ágar Manitol; (B): 1000μg/mL de J3Cd após 24h em ágar Manitol;

(C): Controle 72h em ágar Manitol; (D) 1000μg/mL de J3Cd após 72h em

ágar Manitol

39

Figura 29 Atividade de J3Sn sobre E. coli (A) e S. aureus (B) nos tempos de incubação

de 24, 48,72 e 96 horas

41

Figura 30 Ensaio referente a CBM do complexo J3Sn frente a E. coli. (A): Controle

24h em ágar MacConkey; (B): 125μg/mL de J3Sn após 24h em ágar

MacConkey; (C): Controle 72h em ágar MacConkey; (D) 125μg/mL de J3Sn

após 72h em ágar MacConkey

42

Figura 31 Ensaio referente a CBM do complexo J3Sn frente a S.aureus. (A): Controle

24h em ágar Manitol; (B): 250μg/mL de J3Sn após 24h em ágar Manitol;

(C): Controle 72h em ágar Manitol; (D) 250μg/mL de J3Sn após 72h em ágar

Manitol

43

Figura 32 Atividade de J3Ni sobre E. coli (A) e S. aureus (B) nos tempos de incubação

de 24, 48,72 e 96 horas

44

Figura 33 Atividade de J3Co sobre E. coli (A) e S. aureus (B) nos tempos de incubação

de 24, 48,72 e 96 horas

45

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Bandas nos espectros de infravermelho (cm-1) do composto J3 e seus

complexos com Cobre (II) e Níquel

27

Tabela 2 Valores das CIM e CIM50 (μg/mL) do ligante J3 para as bactérias S. aureus

e E. coli em 24, 48, 72 e 96 horas de incubação

30

Tabela 3 Valores das CIM e CIM50 (μg/mL) do complexo J3Cu para as bactérias S.

aureus e E. coli em 24, 48, 72 e 96 horas de incubação

33

Tabela 4 Valores das CIM e CIM50 (μg/mL) do complexo J3Cd para as bactérias S.

aureus e E. coli em 24, 48, 72 e 96 horas de incubação

36

Tabela 5 Valores das CIM e CIM50 (μg/mL) do complexo J3Sn para as bactérias S.

aureus e E. coli em 24, 48, 72 e 96 horas de incubação

40

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 01

1.1 BACTÉRIAS DE INTERESSE MÉDICO 01

1.2 RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA 02

1.3 TIPOS DE RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIANOS 03

1.4 Escherichia coli 04

1.5 Staphylococcus aureus 05

1.6 HIDRAZONAS 06

1.7 COMPLEXOS METÁLICOS 06

1.8 DIFRAÇÃO DE RAIOS X 08

1.9 ESPECTROSCOPIA NA REGIÃO DO INFRAVERMELHO 09

2 JUSTIFICATIVA 11

3 OBJETIVOS 12

3.1 OBJETIVO GERAL 12

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 12

4 MATERIAL E MÉTODOS 13

4.1 SÍNTESE DOS COMPOSTOS 13

4.1.1 N’-(1-(Piridina-2-yl)etilideno)acetohidrazida (J3) 13

4.1.2 Complexação De Cobre(II)-Catena-[(μ2-Tiocianato)-(Nitrato-O)-(N’-(1-

(piridina-2-yl)etilideno)acetohidrazida) (J3Cu)

14

4.1.3 Complexação de Bis (n’-(1-(piridina-2-yl)etilideno)acetohidrazida)-Níquel

(J3Ni)

15

4.1.4 Síntese do Complexo do Ligante J3 com Cobalto (J3Co) 16

4.1.5 Síntese do Complexo do Ligante J3 com Cádmio (J3Cd) 16

4.1.6 Síntese do Complexo do Ligante J3 com Estanho (J3Sn) 17

4.2 CARACTERIZAÇÕES ESPECTROSCÓPICAS E ESTRUTURAIS 18

4.2.1 Espectroscopia Na Região Do Infravermelho 18

4.2.3 Difração De Raios X 19

4.3 DILUIÇÃO DOS COMPOSTOS 19

4.4 OBTENÇÃO DAS CEPAS 19

4.5 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA 19

4.5.1 Padronização Da Suspensão Bacteriana

19

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4.5.2 Avaliação Da Atividade Antibacteriana Por Método De Microdiluição 20

4.5.3 Determinação Da Concentração Inibitória Mínima (CIM) Do Ligante E Seus

Complexos Frente Às Bactérias Testadas

20

4.5.4 Determinação Da Concentração Bactericida Mínima (CBM) 20

4.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 22

5.1 ESPECTROSCOPIA NA REGIÃO DO INFRAVERMELHO 22

5.2 DIFRAÇÃO DE RAIOS X 28

5.2.1 Caracterização Estrutural Do Ligante n’-(1-(piridina-2-

yl)etilideno)acetohidrazida (J3)

28

5.2.2 Caracterização Estrutural Do Complexo Cobre(II)-Catena-[(μ2-tiocianato)-

(nitrato-o)-(n’-(1-(piridina-2-yl) etilideno)acetohidrazida) (J3Cu)

29

5.2.3 Caracterização Estrutural Do Complexo Bis (n’-(1-(piridina-2-

yl)etilideno)acetohidrazida)-níquel (J3Ni)

29

5.3 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA 30

5.3.1 Concentração Inibitória Mínima e Concentração Bactericida Mínima para o

Ligante J3

30

5.3.2 Concentração Mínima Inibitória e Concentração Bactericida Mínima para o

Complexo J3Cu

33

5.3.3 Concentração Mínima Inibitória e Concentração Bactericida Mínima para o

complexo J3Cd

36

5.3.4 Concentração Inibitória Mínima e Concentração Bactericida Mínima Para o

Complexo J3Sn

40

5.3.5 Concentração Inibitória Mínima e Concentração Bactericida Mínima para os

Complexos J3Co e J3Ni

43

6 CONCLUSÕES 46

ANEXO A - Dados Cristalográficos e Parâmetros de Refinamento Estrutural para

a Hidrazona J3

48

ANEXO B - Dados Cristalográficos e Parâmetros de Refinamento Estrutural para

o Complexo J3Cu

49

ANEXO C - Dados Cristalográficos e Parâmetros de Refinamento Estrutural para

o Complexo J3Ni

50

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 51

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1

1 INTRODUÇÃO

1.1 BACTÉRIAS DE INTERESSE MÉDICO

Os microrganismos presentes na microbiota humana podem existir como: mutualistas,

comensais e oportunistas. Os microrganismos mutualistas protegem o hospedeiro competindo

por microambientes de forma mais eficiente que patógenos comuns, produzindo nutrientes

importantes e contribuindo para o desenvolvimento do sistema imunológico. Os

microrganismos comensais, por sua vez, mantêm associações aparentemente neutras sem

benefícios ou malefícios detectáveis. Já os microrganismos oportunistas, causam doenças em

indivíduos que se encontram com o sistema imunológico comprometido, como a infecção

pelo vírus da imunodeficiência humana, terapia imunossupressora de transplantados,

radioterapia, quimioterapia anticâncer, queimaduras extensas ou qualquer tratamento ou fato

que suprima o sistema imunológico (TRABULSI; ALTERTHUM, 2008).

As bactérias de interesse médico podem ser observadas ao microscópio óptico em

formas esféricas, que são comumente denominadas de cocos; forma cilíndrica que é conhecida

como bacilo; cocobacilo, que tem estrutura intermediária entre coco e bacilo; vibrião, que

possuem forma de vírgula; ou ainda em formato espiral, denominados de espirilo, ou

espiroquetas (mais flexíveis) representados na figura 1 (TRABULSI; ALTERTHUM, 2008).

Figura 1 – Principais formas das bactérias.

Fonte: TRABULSI; ALTERTHUM, 2008.

Uma vez que os microrganismos são transparentes, é necessário o uso de técnicas de

coloração para a visualização de suas estruturas em microscópio óptico. A técnica mais

empregada é a coloração de gram, que classifica as bactérias em dois grandes grupos: Gram-

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positivas e Gram-negativas. As bactérias Gram-positivas possuem uma parede celular mais

simples, porém mais espessa, composta principalmente de peptidoglicano, cerca de 70% de sua

composição, onde as bactérias pertencentes a este grupo são observadas no microscópio óptico

na cor violeta. Por outro lado, a parede bacteriana das Gram-negativas possui somente cerca de

5% de peptidoglicano e possuem uma membrana externa à esta camada. São observadas ao

microscópio óptico na cor rósea (figura 2) (TRABULSI; ALTERTHUM, 2008).

Figura 2 – Diferenças na composição da parece celular de bactérias Gram-positivas e Gram-

negativas.

Fonte: Disponível em: <https://i.ytimg.com/vi/Y_qUeQMcH9I/maxresdefault.jpg> Acesso em: 12 jul. 2018

Dentre os microrganismos de interesse médico, dois grandes grupos podem classifica-

los em relação ao seu potencial patogênico: os microrganismos patogênicos e os oportunistas.

A patogenicidade é definida como a capacidade que um microrganismo tem de causar doença.

Os microrganismos patogênicos se distinguem de outros da mesma espécie pelo fato de

possuírem e expressarem genes que codificam fatores de virulência, isto é, fatores que

propiciam a colonização e ocorrência de diversos eventos que subvertem a fisiologia

hospedeira, ocasionando o aparecimento de sinais e sintomas anormais, que irão, finalmente,

definir o estado de doença (VIEIRA, 2009). Já os microrganismos oportunistas ocasionam um

quadro infeccioso quando ocorrem falhas ou supressão no sistema imunológico do hospedeiro.

1.2 RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA

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O desenvolvimento de antibióticos proporcionou grandes melhorias para a saúde

pública. No entanto, observou-se que as bactérias foram se tornando resistentes aos tratamentos

realizados com estes medicamentos. Este problema foi amenizado durante algumas décadas,

devido a constante introdução de novos antibióticos. Entretanto, o aumento do número de

microrganismos resistentes tem sido maior que a introdução de novas alternativas terapêuticas

(MARTINEZ, 2014).

De acordo com a primeira divulgação de dados do novo sistema global de vigilância de

resistência antimicrobiana da organização mundial da saúde (GLASS - WHO), observa-se uma

ocorrência generalizada de resistência a antibióticos em 22 dos 45 países que disponibilizaram

os dados referentes ao ano de 2016. As bactérias resistentes mais comuns relatadas em infecções

sanguíneas foram: Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus,

Acinetobacter spp. e Streptococcus pneumoniae. Foi observada resistência nas espécies

Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae tanto em infecções sanguíneas como urinárias em 18

países. Microrganismos como E. coli, K. pneumoniae, Acinetobacter spp. e S. aureus

apresentaram perfis de múltipla resistência em diferentes países (WHO, 2018).

De acordo com o Boletim de Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde

nº 16, das 16.949 notificações de identificações de microrganismos causadores das infecções

primárias de corrente sanguíneas (IPCS) em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto, os

microrganismos mais frequentemente isolados foram: Staphylococcus Coagulase Negativo

(SCoN) (18,9%; n=3.211), seguido de Klebsiella Pneumoniae (18,2%; n=3.085),

Staphylococcus aureus (14,1%; n=2.390), Acinetobacter spp. (12,6%; n=2.129) e

Pseudomonas aeruginosa (8,5%; n=1.447). Essa frequência de distribuição varia dependendo

da região, sendo alguns microrganismos mais frequentes em uma região que em outra

(BRASIL, 2017).

Quanto ao perfil fenotípico dos microrganismos em UTIs adulto, entre os cocos Gram

positivos, a resistência à oxacilina foi observada em 78,7% das amostras de SCoN e 63,1% das

amostras de S. aureus e a resistência à vancomicina foi observada em 25,8% dos Enterococcus

spp. Nos bacilos Gram-negativos, a resistência aos carbapenêmicos foi reportada em 85% dos

Acinetobacter spp. e 42,9% de Pseudomonas aeruginosa. Nos Gram negativos pertencentes à

família Enterobacteriaceae, as taxas de resistência aos carbapenêmicos e às cefalosporinas de

amplo espectro (terceira e/ou quarta gerações) foi de 9,9% para Escherichia coli, 46,8% para

Klebsiella Pneumoniae (BRASIL, 2017).

1.3 TIPOS DE RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIANOS

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A resistência antimicrobiana pode ser vista como uma equação com dois componentes

principais: o antibiótico ou antimicrobiano, que inibe organismos suscetíveis e seleciona os

resistentes; e a determinante da resistência genética (LEVY; MARSHALL, 2004).

Existem três tipos principais de resistência a antimicrobianos: resistência intrínseca,

resistência adquirida e resistência adaptativa. A resistência intrínseca compreende todas as

propriedades inerentes a determinado microrganismo que limitam a ação dos antimicrobianos.

Neste caso, todas as cepas daquela espécie serão igualmente resistentes. Na resistência

adquirida, microrganismos primariamente resistentes podem adquirir resistência pela

incorporação de materiais genéticos de microrganismos resistentes através de plasmídeos ou

mutações genéticas. Na resistência adaptativa ocorre alteração genética do microrganismo

como resultado da exposição a uma determinada condição, como níveis sub-inibitórios de um

antimicrobiano (OLIVEIRA; SILVA 2008; PEREIRA, 2014).

As resistências adquirida e adaptativa são de fato as mais preocupantes, já que

microrganismos inicialmente susceptíveis podem tornar-se resistentes a um ou mais agente

antimicrobiano, principalmente em ambiente hospitalar, diminuindo a possibilidade de

tratamento de determinada infecção.

1.4 Escherichia coli

Escherichia coli é um bacilo gram-negativo, pertencente à família Enterobacteriaceae,

não esporulado, a maioria é móvel, devido a existência de flagelos. A temperatura ótima de

crescimento é por volta dos 37 ºC. Escherichia coli, de maneira geral, aparece como um

microrganismo comensal, no entanto, frequentemente causam infecções extra intestinais.

(TRABULSI & ALTERTHUM, 2008; DA SILVA; MENDONCA, 2012).

Escherichia coli de interesse médico podem ser classificadas por critérios clínicos e

genéticos em três grupos principais: comensal, patogênica (entéricas ou diarreiogênicas) e

patogênica extra intestinal (ExPEC).

Os patógenos intestinais induzem gastroenterite quando o hospedeiro ingere alimento

ou água contaminados, transmissão via fecal-oral. Eles possuem diversos mecanismos de

patogenicidade de acordo com os seus genes de virulência, que eles adquirem principalmente

através da transferência de plasmídeos mantidos estáveis na célula hospedeira ou por fagos. Os

patotipos diarreiogênicos típicos incluem: E. coli enterotoxigênica (ETEC), E. coli

enteroinvasora (EIEC), E. coli enterohemorágica (EHEC), E. coli enteropatogênica (EPEC) e

E. coli enteroagregativa (EAEC) (DA SILVA; MENDONCA, 2012).

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As infecções extra intestinais por E. coli são frequentemente associadas a infecções em

indivíduos hospitalizados. E. coli é capaz de causar infecção em quase todos os órgãos. No

entanto, o trato urinário é o local extra intestinal mais frequente, causando 85-95% dos casos

de cistite e pielonefrite não complicadas em mulheres pré-menopáusicas sendo o patotipo

UPEC (E. coli uropatogênica), o mais prevalente nestes casos (DA SILVA; MENDONCA,

2012).

O seu principal mecanismo de resistência, assim como para todos os membros da família

Enterobacteriaceae, é a produção de enzimas que conferem resistência aos antibióticos β-

lactâmicos, como as chamadas β-lactamases de espectro estendido (ESBL), que conferem

resistência às penicilinas, cefalosporinas de terceira geração e monobactâmicos (DA SILVA;

MENDONCA, 2012). A resistência às fluoroquinolonas, comumente utilizadas no tratamento

de ITU se dá principalmente por alterações nas enzimas alvo ou mudanças na expressão de

porinas ou através das bombas de efluxo, prejudicando a chegada do antibiótico ao seu alvo

(PATERSON, 2006 ; DA SILVA; MENDONCA, 2012). Resistência aos carbapenêmicos em

E. coli era mais rara e geralmente estava associada a produção de β-lactamase com a diminuição

da expressão dos canais de porinas (PATERSON, 2006), no entanto, em 2010 foi publicado o

primeiro relato de E. coli produtora de carbapenemase no Brasil (CARVALHO-ASSEF et al.,

2010).

1.5 Staphylococcus aureus

Microrganismos do gênero Staphylococcus são cocos gram-positivos, imóveis, não

formadores de esporos, que dão origem a células arredondadas. Quando observados em

microscopia óptica, aparecem geralmente como células únicas, pares ou agrupadas, com

aparência de cacho de uvas (BASTOS et al., 2013).

A maioria das espécies é benigna ou tem simbiose do tipo comensalismo com o

hospedeiro. Espécies do gênero Staphylococcus são capazes de provocar hemólise, coagulação

do plasma e produzir enzimas e toxinas extracelulares (TRABULSI; ALTERTHUM, 2008).

Staphylococcus aureus é considerado um dos principais patógenos causadores de um

grande número de manifestações clínicas que compreendem: infecções em ferimentos,

pneumonias, endocardites e até septicemias. Com a introdução da meticilina na terapêutica

dessas infecções, ocorreu um aumento constante de cepas Staphylococcus aureus meticilina

resistente (MRSA), especialmente em hospitais, o que se tornou um problema sério no mundo

inteiro (LOWY, 1998).

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É comum encontrá-lo na região nasofaríngea de adultos saudáveis (aproximadamente

25%), e com maior incidência entre hospitalizados e equipe de saúde. Sua dispersão é comum,

sendo responsável por diversas infecções hospitalares. Ocorre contaminação por contato direto,

ou transmissão através da poluição de superfícies (ALGHALTHY et al., 2000; TRABULSI;

ALTERTHUM, 2008). A frequência dos portadores nasais é maior entre os que trabalham em

hospitais. As infecções estafilocócicas, geralmente superficiais e leves na maioria dos

pacientes, podem tornar-se graves em recém-nascidos, pacientes cirúrgicos, carcinomatosos,

diabéticos ou portadores da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Cepas multirresistentes

são mais comuns em ambientes hospitalares (CAVALCANTI, 2006).

De acordo com levantamentos anteriores, os problemas enfrentados com bactérias com

expressão de resistência a múltiplos antimicrobianos são antigos. No âmbito hospitalar, a

primeira bactéria multirresistente relatada foi o S. aureus resistente a oxacilina (meticilina),

seguida por enterobactérias produtoras de uma enzima com capacidade de promover a digestão

de diversos antimicrobianos. Mais recentemente, houve relatos de S. aureus resistentes à

vancomicina e diversas bactérias gram-negativas produtoras de uma enzima com propriedade

de digerir antibióticos carbapenêmicos (DEL PELOSO et al., 2010).

1.6 HIDRAZONAS

Diversas classes de compostos orgânicos despertam o interesse de pesquisadores devido

à versatilidade de suas estruturas moleculares e seus efeitos biológicos alcançados (OLIVEIRA

et al., 2013). Os compostos pertencentes à classe das hidrazonas (Figura 3), vêm ganhado

destaque, pois apresentam um amplo perfil farmacológico cujas propriedades têm sido

extensivamente estudadas na química medicinal, em razão de sua capacidade quelante e do

papel da coordenação no seu mecanismo bioquímico de ação (BERALDO, 2004; SOUZA,

2017).

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Figura 3 – Estrutura química geral das hidrazonas.

Fonte: Adaptado de SOUZA, 2017.

As hidrazonas pertencem a uma classe de compostos com estrutura geral –C=N–NH–,

sendo obtidas normalmente pela condensação de hidrazinas ou hidrazidas com cetonas ou

aldeídos, como representado na figura 4 (BERALDO, 2004; GUIMARÃES, 2017).

Figura 4 – Reação geral da formação de hidrazonas.

Fonte: Adaptado de GUIMARÃES, 2017.

Dentre as principais propriedades biológicas destes compostos destacam-se suas ações

antibacteriana, antifúngica, antichagásica, antiviral, anticonvulsivante, antituberculose,

antioxidante, anti-inflamatória, antitumoral, antidepressiva, dentre muitas outras. As variadas

atividades biológicas de derivados hidrazônicos envolvem uma série de mecanismos, como

inibição enzimática, quelação de íons biologicamente importantes, interação com o DNA,

eliminação de radicais livres, dentre outros (BERALDO, 2004; GUIMARÃES et al, 2017).

1.7 COMPLEXOS METÁLICOS

Por muito tempo predominou a crença de que apenas os compostos orgânicos e as

reações que os envolviam eram indispensáveis para a vida, devido à predominância de

hidrogênio, oxigênio, carbono e nitrogênio nos seres vivos (PARRILHA, 2012). Vários

processos biológicos requerem proteínas, enzimas e cofatores, onde são encontrados diversos

metais. Um exemplo é a hemoglobina, a qual possui um complexo porfirínico de ferro utilizado

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no transporte de oxigênio. O cobalto, por sua vez, é encontrado na coenzima B12, que é

essencial para a transferência de grupos alquil de uma molécula a outra em sistemas biológicos

(OKUDA, 1999). Outros metais como cobre, zinco e manganês também são incorporados em

proteínas catalíticas (metaloenzimas), as quais participam de reações químicas necessárias à

vida (DOMINGOS et al., 2003).

As propriedades biológicas de hidrazonas estão frequentemente relacionadas com a

coordenação de íons metálicos. A lipofilicidade, que é um dos mecanismos de controle de

entrada na célula, pode ser modificada por essa coordenação (FARREL, 2002). Além disso, o

complexo de metal pode ser mais ativo e apresentar atividades biológicas que não foram

apresentadas pelo ligante livre (BERALDO; GAMBINO, 2004).

1.8 DIFRAÇÃO DE RAIOS X

Dentre as várias técnicas de caracterização de materiais, a difração de raios X é a mais

indicada na determinação das fases cristalinas. Isto é possível porque na maior parte dos sólidos

(cristais), os átomos se ordenam em planos cristalinos separados entre si por distâncias da

mesma ordem de grandeza do comprimento de onda dos raios X (ALBERS et al., 2002).

A contribuição fundamental para a descoberta da difração de raios X veio de Max von

de Laue em 1912, através da observação do fenômeno de difração de raios X em um monocristal

de Sulfato de Cobre (ECKERT, 2012).

Em 1912, Willian Lawrence Bragg explicou os resultados de Laue, em termos da

“reflexão de ondas por planos atômicos do cristal”, tornando mais simples a compreensão do

fenômeno. A Lei de Bragg pode ser deduzida considerando a Figura 5, nas qual as retas

paralelas representam um conjunto de planos cristalinos que são equidistantes. Ao incidir uma

frente de onda monocromática de comprimento de onda λ sobre este conjunto de planos o

mesmo difrata pelos planos cristalinos originando o fenômeno de difração (CAVALCANTE;

TAVOLARO, 2007).

Isto é:

nλ = 2d sen θ

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Figura 5 – Esquema da lei de Bragg.

Fonte: Disponível em <http://pt.slideshare.net/guilhermecuzzuol9/estrutura-cristalina-37503063> (Acesso em:

22 mai. 2018)

A lei de Bragg envolve três variáveis: λ (comprimento de onda), θ (ângulo de difração) e

d (distância interplanar). Em difração, conhece-se o λ (usa-se geralmente radiação

monocromática), mede-se θ e determina-se d (que é específica para cada cristal)

(CAVALCANTE; TAVOLARO, 2007).

Dentre as vantagens da técnica de difração de raios X, destacam-se a precisão do método

e a confiabilidade dos resultados obtidos, pois o perfil de difração obtido é característico para

cada fase cristalina (ALBERS et al., 2002).

1.9 ESPECTROSCOPIA NA REGIÃO DO INFRAVERMELHO

A região espectral que corresponde ao infravermelho compreende a radiação com

números de onda no intervalo de aproximadamente 12800 a 10 cm-1. A condição para que

ocorra absorção da radiação infravermelha é que haja variação do momento de dipolo elétrico

da molécula, como consequência de seu movimento vibracional ou rotacional (o momento de

dipolo é determinado pela magnitude da diferença de carga e a distância entre dois centros de

carga). Somente nessas circunstâncias, o campo elétrico alternante da radiação incidente

interage com a molécula, originando os espectros. A vibração dos átomos no interior de uma

molécula apresenta energia coerente com a região do espectro eletromagnético correspondente

ao infravermelho (10000 a 100 cm-1) (SKOOG et al., 2002).

Do ponto de vista da aplicação, como dos instrumentos empregados, o espectro

infravermelho é dividido em infravermelho próximo (NIR – do inglês, Near Infrared), médio

(MID – do inglês, Middle Infrared) e distante (FAR – do inglês, Far Infrared) (SKOOG et al.,

2002).

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Na região do infravermelho próximo, que compreende o intervalo de número de ondas

entre 12800 a 4000 cm-1, as principais aplicações encontram-se na análise quantitativa de

materiais industriais e agrícolas e no controle de processos, destacando as aplicações

farmacêuticas e petroquímicas, sendo também uma ferramenta valiosa para a identificação e

determinação de aminas primárias e secundárias na presença de aminas terciárias em misturas

(SKOOG et al., 2002).

A região do infravermelho médio, que compreende o intervalo de números de ondas

entre 4000 e 200 cm-1, é provavelmente onde se encontra a maioria das pesquisas desenvolvidas

e o maior número de aplicações. A maioria das aplicações do MID consiste na identificação de

compostos orgânicos, pois nessa região ocorrem essencialmente transições fundamentais e

existe uma faixa espectral conhecida como região de impressão digital (1200 a 700 cm-1). Nessa

região pequenas alterações na estrutura e na constituição de uma molécula resultam em

mudanças significativas na distribuição dos picos de absorção do espectro que são relacionados

com a estrutura da molécula. De posse destas informações, a identificação de compostos pode

ser realizada pela comparação do seu espectro MID com bancos de dados existentes (SKOOG

et al., 2002).

A utilização da região do infravermelho distante, que compreende o intervalo de

números de ondas entre 200 e 10 cm-1, teve seu uso limitado em tempos passados devido às

limitações instrumentais, pois são poucas as fontes para este tipo de radiação e, ainda, para essa

região, é necessária a utilização de filtros de interferência para evitar que radiações de ordens

superiores atinjam o detector. O desenvolvimento dos espectrofotômetros com Transformada

de Fourier resolve grande parte do problema encontrado nessa região e a tornou mais acessível

para o desenvolvimento de aplicações e pesquisas. O FAR é útil principalmente para estudos

de compostos inorgânicos, onde as absorções devido às vibrações de estiramento e deformação

angular de átomos metálicos e ligantes, tanto inorgânicos como orgânicos, podem ser

observados abaixo de 650 cm-1 (SKOOG et al., 2002).

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2 JUSTIFICATIVA

O crescente aumento da resistência de microrganismos aos fármacos disponíveis no

mercado, principalmente em ambiente hospitalar, tem se tornado uma preocupação de saúde

pública. A partir deste cenário, pesquisadores têm concentrado esforços na descoberta de novos

fármacos antimicrobianos para aumentar as possibilidades terapêuticas, principalmente contra

microrganismos multirresistentes (BRASIL, 2017; WHO, 2018).

Compostos pertencentes à classe das hidrazonas, estão sendo amplamente pesquisados

e surgem como candidatos a fármacos com potencial comercial, por ter um custo baixo para

sua obtenção e por apresentarem atividades biológicas com diversas funções que incluem

propriedades antibacteriana, antitumorais, antimaláricas, antifúngica, entre outras (DOMAGK,

1947; CASINI et al., 2008; NAVARRO et al., 2011; PARRILHA, 2012).

Os complexos sintetizados e caracterizados neste trabalho são derivados de um ligante

de classe das hidrazonas e a maior parte de suas estruturas químicas não estão descritas na

literatura.

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3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

O presente trabalho tem por objetivo geral a síntese, caracterizações química,

espectroscópica e estrutural e avaliação do potencial biológico de moléculas da classe hidrazona

isoladamente e complexadas com metais.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Sintetizar compostos da classe hidrazona;

2. Complexar os compostos sintetizados com os metais: Cobre, Níquel, Estanho,

Cádmio e Cobalto;

3. Realizar as caracterizações espectroscópica e estrutural dos compostos obtidos

através da espectroscopia na região do infravermelho e difração de raios X, respectivamente;

4. Investigar o efeito dos compostos sobre a cepa bacteriana gram-positiva: S. aureus.

5. Investigar o efeito dos compostos sobre a cepa bacteriana gram-negativa: E. coli.

6. Determinar a concentração inibitória mínima (CIM) para as espécies bacterianas

testadas.

7. Determinar a concentração bactericida mínima (CBM) para as espécies bacterianas

testadas.

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4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 SÍNTESE DOS COMPOSTOS

As sínteses dos compostos e seus complexos com metais para este trabalho foram

realizadas no Laboratório de Desenvolvimento de Novos Fármacos situado na Universidade

Federal de Goiás, Regional Jataí.

4.1.1 N’-(1-(piridina-2-yl)etilideno)acetohidrazida (J3)

O ligante N’-(1-(piridina-2-yl)etilideno)acetohidrazida foi preparado através de reação

de condensação entre os compostos 2-acetilpiridina e acetil hidrazida na proporção de 1:1

(figura 6). Em solução etanólica diluiu-se o composto 2-acetilpiridina, formando uma solução

amarelada. O composto acetil hidrazida, por sua vez, foi diluído em água destilada, formando

uma solução transparente. Após a mistura das duas soluções, a solução final foi aquecida em

refluxo durante duas horas. Após o refluxo a solução foi filtrada com papel filtro e deixada para

evaporar lentamente.

Os cristais resultantes, de cor transparente, foram retirados da solução e lavados com

éter de petróleo e em seguida deixados para secagem espontânea.

Figura 6 – Rota de síntese para obtenção da hidrazona a partir da reação de 2-acetilpiridina e

acetil hidrazida, formando o composto N’-(1-(piridina-2-yl)etilideno)acetohidrazida (J3).

Fonte: Elaborado pela autora.

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4.1.2 Complexação de Cobre(II)-Catena-[(μ2-tiocianato)-(nitrato-o)-(n’-(1-(piridina-2-yl)

etilideno)acetohidrazida) (J3Cu)

O complexo foi preparado utilizando o ligante J3 previamente sintetizado, nitrato de

cobre (II) tri-hidratado e tiocianato de sódio na proporção 1:1:1 (Figura 7). O ligante J3 e o

nitrato de cobre (II) tri-hidratado foram dissolvidos em álcool metílico separadamente

formando soluções transparente e azul-claro, respectivamente. O tiocianato de sódio, por sua

vez, foi dissolvido em água destilada, formando uma solução transparente.

Após total dissolução de todos os compostos, gotejou-se a solução de nitrato de cobre

na solução de J3 e posteriormente adicionou-se a solução de tiocianato de sódio. Uma solução

de cor verde escura formou-se instantaneamente e foi deixada para evaporação lenta.

Os cristais verde escuros, imersos em solução, foram retirados, lavados com éter de

petróleo e deixados para secagem espontânea.

Figura 7 – Rota de síntese para obtenção de complexo metálico a partir da reação de J3 com

Nitrato de cobre (II) tri-hidratado e tiocianato de sódio formando Cobre(II)-catena-[(μ2-

tiocianato)-(nitrato-O)-(N’-(1-(piridina-2-yl) etilideno)acetohidrazida) (J3Cu).

Fonte: Elaborado pela autora.

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4.1.3 Complexação de Bis (n’-(1-(piridina-2-yl)etilideno)acetohidrazida)-Níquel (J3Ni)

O complexo foi preparado proporção de 1:1:1. O ligante J3 e o nitrato de níquel foram

dissolvidos em álcool metílico (metanol), formando soluções transparente e verde claro,

respectivamente. O tiocianato de sódio, por sua vez, foi dissolvido em água destilada, formando

uma solução transparente.

Após total dissolução de todos os compostos, gotejou-se a solução de nitrato de níquel

na solução do ligante J3 e posteriormente adicionou-se a solução de tiocianato de sódio. Uma

solução de cor verde claro formou-se instantaneamente e foi deixada para evaporação lenta. Os

cristais verdes, imersos em solução, foram retirados, lavados em éter de petróleo e deixados

para secagem à temperatura ambiente.

Figura 8 – Rota de síntese para obtenção de complexo metálico a partir da reação de J3 com

Nitrato de níquel hexa-hidratado formando Bis (N’-(1-(piridina-2-yl)etilideno)acetohidrazida)-

níquel (J3Ni).

Fonte: Elaborado pela autora.

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4.1.4 Síntese do Complexo do Ligante J3 com Cobalto (J3Co)

O complexo foi preparado proporção de 1:1:1 (figura 9). O ligante J3 e o perclorato de

cobalto foram dissolvidos em álcool metílico (metanol), formando soluções transparente e rosa,

respectivamente. O tiocianato de sódio, por sua vez, foi dissolvido em água destilada, formando

uma solução transparente.

Após total dissolução de todos os compostos, gotejou-se a solução de tiocianato de sódio

na solução do ligante J3 e posteriormente adicionou-se a solução de perclorato de cobalto. Uma

solução de cor vermelha é formada gradativamente e deixada para evaporação lenta. Os cristais

vermelhos, imersos em solução, foram retirados, lavados em éter de petróleo e deixados para

secagem à temperatura ambiente.

Figura 9 – Rota de síntese para obtenção do complexo metálico a partir da reação de J3 com

perclorato de cobalto e tiocianato de sódio formando o complexo J3Co.

Fonte: Elaborado pela autora.

4.1.5 Síntese do Complexo do Ligante J3 com Cádmio (J3Cd)

O complexo foi preparado proporção de 1:1:2 (figura 10). O ligante J3 e o nitrato de

cádmio foram dissolvidos em álcool metílico (metanol), formando soluções transparentes. O

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17

tiocianato de sódio, por sua vez, foi dissolvido em água destilada, formando uma solução

transparente.

Após total dissolução de todos os compostos, gotejou-se a solução de tiocianato de sódio

na solução do ligante J3 e posteriormente adicionou-se a solução de nitrato de cádmio. A

solução transparente formada, foi aquecida em refluxo por 2 horas e deixada para evaporar

lentamente.

Os cristais transparentes, imersos em solução, foram retirados, lavados em éter de

petróleo e deixados para secagem à temperatura ambiente.

Figura 10 – Rota de síntese para obtenção do complexo metálico a partir da reação de J3 com

nitrato de cádmio e tiocianato de sódio formando J3Cd.

Fonte: Elaborado pela autora.

4.1.6 Síntese do Complexo do Ligante J3 com Estanho (J3Sn)

O complexo foi preparado proporção de 1:1:1:1 (figura 11). O ligante J3 e o dicloreto

de difenilestanho foram dissolvidos em benzeno, formando soluções transparentes. Após total

dissolução de todos os compostos, gotejou-se a solução de dicloreto de difenilestanho na

solução do ligante J3. A esta solução transparente formada, sob agitação, adicionou-se a

dietilamina, formando uma solução de cor amarela. Posteriormente foi adicionada a

trietilamina. A solução adquiriu aspecto turvo após a adição do último composto e foi aquecida

em refluxo por 24 horas. Após o termino do refluxo, a solução, de cor amarelo âmbar, foi

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18

deixada para secagem à vácuo. Formou-se uma solução oleosa, na qual foi adicionado éter

etílico e colocada em freezer, para a formação dos cristais.

Os cristais formados foram recristalizados utilizando álcool metílico como solvente e

então deixada para evaporar lentamente à temperatura ambiente. Os cristais transparentes,

imersos em solução, foram retirados, lavados em éter de petróleo e deixados para secagem à

temperatura ambiente.

Figura 11 – Rota de síntese para obtenção do complexo metálico a partir da reação de J3 com

dicloreto de difenilestanho, trietilamina e trietilamina formando J3Sn.

Fonte: Elaborado pela autora.

4.2 CARACTERIZAÇÕES ESPECTROSCÓPICAS E ESTRUTURAIS

4.2.1 Espectroscopia Na Região Do Infravermelho

As análises são realizadas em um equipamento FT/IR-4100 Fourier Transform Infrared

Spectrometer da marca comercial JASCO, localizado no laboratório de Desenvolvimento de

Novos Fármacos da Universidade Federal de Goiás/ Regional Jataí.

Para a realização da técnica, os cristais são macerados juntamente com brometo de

potássio (KBr) em uma proporção de 1:100 e em seguida prensada e introduzida no

equipamento para a análise.

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19

4.2.2 Difração De Raios X

As análises de difração de raios x em monocristal foram realizadas no difratômetro

Kappa 2 Duo Bruker-AXS e um detector APEX II CCD com monocromador de espelhos de

multicamadas que possui micro fonte de radiação de molibdênio Mo-Kα (λ= 0,71 Å), à

temperatura ambiente (22°C). Este equipamento está localizado no Laboratório de

Cristalografia do Instituto de Física da Universidade Federal de Goiás – Regional Goiânia.

4.3 DILUIÇÃO DOS COMPOSTOS

Após caracterização estrutural, os compostos em sua forma cristalina, foram diluídos

em Dimetilsulfóxido (DMSO), para obtenção de solução estoque padronizada em concentração

de 20 mg/mL.

4.4 OBTENÇÃO DAS CEPAS

Foram utilizadas cepas de Escherichia coli ATCC 35218 e de Staphylococcus aureus

ATCC 25923 obtidas através da colaboração do professor Dr. Alexandre Braoios, pesquisador

responsável pelo Laboratório de Bacteriologia e Micologia do curso de Biomedicina da

Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí.

4.5 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA

4.5.1 Padronização Da Suspensão Bacteriana

As espécies bacterianas testadas foram reativadas segundo o protocolo M7-A6 da

Clinical and Laboratory Standarts Institute (CLSI, 2003). A reativação foi feita através da

inoculação do microrganismo em caldo BHI e posterior incubação a 37°C por 18-24 horas.

Após verificar a turvação do meio de cultura, semeou-se E. coli em ágar MacConkey (utilizado

para crescimento de bactérias Gram-negativas) e S. aureus em ágar Manitol (utilizado para

isolamento de colônias de S. aureus). Após verificar o crescimento e aspectos das colônias,

estas foram inoculadas em caldo Mueller-Hinton e incubadas a 37 °C por 24 horas.

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Após o período de incubação, uma alíquota foi adicionada em tubo estéril contendo

caldo Mueller-Hinton e ajustou-se à turvação do padrão McFarland 0,5 que corresponde a 108

UFC ml-1.

4.5.2 Avaliação Da Atividade Antibacteriana Por Método De Microdiluição

Os testes foram realizados em triplicata e repetido por três vezes em dias diferentes,

utilizando-se a metodologia de microdiluição em placas de 96 poços fundo plano descrita no

protocolo M07-A6 do Clinical and Laboratory Standarts institute (CLSI, 2003). Os compostos

foram diluídos em caldo Mueller-Hington, na proporção de 1:10 na primeira coluna da placa.

Posteriormente, executou-se a adição de 100 µL de meio de cultivo puro para os poços, exceto

na primeira coluna e fez-se a diluição seriada dos compostos na proporção de 1:2, perfazendo

uma série de microdiluições em 12 concentrações (1000; 500; 250; 125; 62,5; 31,3; 15,6; 7,81;

3,91; 1,95; 0,98; 0,49 μg/ml).

Após a microdiluição seriada adicionou-se 100 μL suspensão bacteriana em todos os

poços, previamente ajustada. Foram executados seis controles positivos (meio de cultivo mais

micro-organismo 1:1) e seis controles negativos (somente meio de cultivo). A placa foi então

incubada em estufa a 37°C por 24 horas.

4.5.3 Determinação Da Concentração Inibitória Mínima (CIM) Do Ligante E Seus Complexos

Frente Às Bactérias Testadas

O valor da concentração inibitória mínima é definido como a menor concentração do

composto que demonstra a inibição visual de 100% dos microrganismos, após a incubação de

24 horas. As leituras para a determinação das CIMs dos compostos foram realizadas após 24h,

48h, 72h e 96h horas de incubação a 37ºC, feitas em leitor de Elisa a 630 nm. Os valores finais

do CIM foram determinados com a média dos três experimentos realizados em triplicata.

4.5.4 Determinação da Concentração Bactericida Mínima (CBM)

Foi retirada uma alíquota de 5 μL do poço com a menor concentração sem crescimento

visível para E. coli e S. aureus, e adicionada em ágar MacConkey e ágar Manitol,

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21

respectivamente após a incubação das placas a 37 °C por 96 horas. O crescimento das colônias

foi avaliado em 24h, 48h e 72h durante o período de incubação.

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22

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 ESPECTROSCOPIA NA REGIÃO DO INFRAVERMELHO

Os espectros de infravermelho para os seis compostos foram determinados na região de

400 a 4000 cm-1 e estão representados nas figuras 12, 13, 14, 15, 16 e 17. As principais bandas

de absorção estão listadas na tabela 1.

Analisando o espectro de infravermelho para o composto J3, representado na figura 12,

encontrou-se uma vibração em 3193 cm-1 que é atribuída a ν(N-H). O pico largo de alta

intensidade encontrado na região de 1677 cm-1 é atribuído a ν(C=O). Próximo a esta região,

observou-se uma vibração em 1617 cm-1 que é atribuído a ν(C=N), confirmando que o radical

CH3 de 2-acetilpiridina se ligou ao grupo NH2 de acetilhidrazida. A presença do anel piridínico

pode ser atribuída pelo pico encontrado na região de 625 cm-1 que corresponde à vibração de

C=N em anel piridínico.

Em 2012, Despaigne realizou a síntese e caracterização desta hidrazona e encontrou

vibrações nas regiões de 3193 cm-1, 1676 cm-1, 1618 cm-1 e 624 cm-1 atribuídos a ν(N-H),

ν(C=O), ν(C=N) e C=N de anel piridínico, respectivamente, corroborando com os valores

encontrados neste trabalho.

Figura 12 – Espectro de absorção na região do infravermelho do ligante J3 em pastilha de

brometo de potássio (KBr). ν(N-H): 3193 cm-1; ν (C=O): 1677 cm-1; ν (C=N): 1617 cm-1; ν

(C=N)py: 625 cm-1.

Fonte: Elaborado pela autora.

3193

c 1677

c

1617

c

625

NÚMERO DE ONDA (cm-1)

% T

RA

NS

MIT

ÂN

CIA

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Os espectros de infravermelho para a hidrazona e seu complexo com cobre estão

ilustrados na figura 13. A vibração encontrada em 1617 cm-1, atribuída a ν(C=N) no espectro

da hidrazona livre, se desloca para 1544 cm-1, indicando a coordenação com nitrogênio. A

vibração ν(C=O), observada em 1677 cm-1 no espectro da hidrazona, desloca-se para 1611 cm-

1, sugerindo a coordenação pelo oxigênio carbonílico. A deformação do anel piridínico no

plano, que se encontra em 625 cm-1 no espectro da hidrazona, desloca-se para 572 cm-1,

sugerindo coordenação no nitrogênio aromático. Assim, o espectro de infravermelho indica a

coordenação do metal pelo sistema Npy-N-O. O pico de forte intensidade encontrados em 2108

cm-1, é atribuído ao tiocianato, indicando sua presença na coordenação com o metal.

Figura 13 – Espectros de absorção na região do infravermelho do ligante J3 e seu complexo

com Cobre II (J3Cu) em pastilha de brometo de potássio (KBr). J3Cu: ν(N-H): 3100 cm-1; ν(-

N=C=S): 2108 cm-1; ν(C=O): 1611 cm-1; ν(C=N): 1544 cm-1; ν(C=N)py: 572 cm-1.

Fonte: Elaborado pela autora

Os espectros de infravermelho para a hidrazona e seu complexo com níquel estão

ilustrados na figura 14. A vibração encontrada em 1617 cm-1, atribuída a ν(C=N) no espectro

da hidrazona livre, se desloca para 1607 cm-1 no complexo com níquel, indicando a coordenação

3193

c 1677

c

1617

c

625

2108 1611

1544

572

3100

c

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com nitrogênio. A vibração ν(C=O), observada em 1677 cm-1 no espectro da hidrazona,

desloca-se para 1640 cm-1, sugerindo a coordenação pelo oxigênio carbonílico. A deformação

do anel piridínico no plano, que se encontra em 625 cm-1 no espectro da hidrazona, desloca-se

para 575 cm-1, sugerindo coordenação no nitrogênio aromático. Assim, o espectro de

infravermelho indica a coordenação do metal pelo sistema Npy-N-O. O pico de forte

intensidade encontrado em 2118 cm-1 no complexo com níquel, é atribuído ao tiocianato,

indicando sua presença na coordenação com o níquel.

Figura 14 – Espectros de absorção na região do infravermelho do ligante J3 e seu complexo

com Níquel (J3Ni) em pastilha de brometo de potássio (KBr). J3Ni: ν(N-H): 3064 cm-1; ν (-

N=C=S): 2118 cm-1; ν (C=O): 1640 cm-1; ν (C=N): 1607 cm-1; ν (C=N)py: 575 cm-1.

Fonte: Elaborado pela autora.

Os espectros de infravermelho para a hidrazona e seu complexo com cádmio estão

ilustrados na figura 15. A vibração encontrada em 1598 cm-1 é atribuída a ν(C=N). A vibração

ν(C=O) é evidenciada pela absorção em 1618 cm-1, sugerindo a coordenação pelo oxigênio

carbonílico. A deformação do anel piridínico no plano, que se encontra em 625 cm-1 no espectro

da hidrazona, desloca-se para 523 cm-1, sugerindo coordenação no nitrogênio aromático. Assim,

o espectro de infravermelho indica a coordenação do metal pelo sistema Npy-N-O. O pico de

3193

c

1617

c

625

625

1640

1677

1640

c

3064

c

2118

c

1640

c

1607

c

575

c

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forte intensidade encontrado em 2109 cm-1 é atribuído ao tiocianato, indicando sua presença na

coordenação com o Cádmio.

Figura 15 – Espectros de absorção na região do infravermelho do ligante J3 e seu complexo

com Cádmio J3Cd em pastilha de brometo de potássio (KBr). J3Cd: ν(N-H): 3195 cm-1; ν

(N=C=S): 2109 cm-1; ν (C=O): 1640 cm-1; ν (C=N): 1592 cm-1; ν (C=N)py: 596 cm-1.

Fonte: Elaborado pela autora.

Os espectros de infravermelho para a hidrazona e seu complexo com cobalto estão

ilustrados na figura 16. A vibração encontrada em 1559 cm-1 é atribuída a ν(C=N). A vibração

ν(C=O) é evidenciada pela absorção em 1603 cm-1, sugerindo a coordenação pelo oxigênio

carbonílico. A deformação do anel piridínico no plano, que se encontra em 625 cm-1 no espectro

da hidrazona, desloca-se para 528 cm-1, sugerindo coordenação no nitrogênio aromático. Assim,

o espectro de infravermelho indica a coordenação do metal pelo sistema Npy-N-O

.

3193

c 1677

c

3195

c

2109

c

1640

c

1592

c

596

c

625

c 1617

c

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Figura 16 – Espectro de absorção na região do infravermelho do ligante J3 e seu complexo com

Cobalto J3Co em pastilha de brometo de potássio (KBr). J3Co: ν(N-H): 3095 cm-1; ν (N=C=S):

2052 cm-1; ν (C=O): 1603 cm-1; ν (C=N): 1559 cm-1; ν (C=N)py: 528 cm-1.

Fonte: Elaborado pela autora.

Os espectros de infravermelho para a hidrazona e seu complexo com estanho estão

ilustrados na figura 17. A vibração encontrada em 1595 cm-1 é atribuída a ν(C=N). A vibração

ν(C=O) é evidenciada pela absorção em 1674 cm-1, sugerindo a coordenação pelo oxigênio

carbonílico. A deformação do anel piridínico no plano, que se encontra em 625 cm-1 no espectro

da hidrazona, desloca-se para 576 cm-1, sugerindo coordenação no nitrogênio aromático. Assim,

o espectro de infravermelho indica a coordenação do metal pelo sistema Npy-N-O.

3095

c 2052

c

1603

c

1559

c 528

c

3193

c 1677

c

1617

c

625

c

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Figura 17 – Espectro de absorção na região do infravermelho do ligante J3 e seu complexo com

Estanho J3Sn em pastilha de brometo de potássio (KBr). J3Sn: ν(N-H): 3194 cm-1; ν (C=O):

1674 cm-1; ν (C=N): 1595 cm-1; ν (C=N)py: 576 cm-1.

Fonte: Elaborado pela autora.

Tabela 1 – Bandas nos espectros de infravermelho (cm-1) do composto J3 e seus complexos

com Cobre (II) e Níquel.

Compostos ν(N-H) ν(C=O) ν(C=N) ν(C=N)py ν(-N=C=S)

J3 3193 1677 1617 625 -

J3Cu 3100 1611 1544 572 2108

J3Ni 3064 1640 1607 575 2118

J3Cd 3195 1640 1592 596 2109

J3Co 3095 1603 1559 528 2052

J3Sn 3194 1674 1595 576 -

Fonte: Elaborado pela autora.

3193

c

1617

c 1677

c

625

c

3194

c 1674

c

1595

c

595

c

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5.2 DIFRAÇÃO DE RAIOS X

Após a confirmação da presença de grupamentos funcionais desejados observados pela

análise dos dados de infravermelho, a confirmação estrutural da hidrazona e seus complexos

foi determinada por difração de raios x.

5.2.1 Caracterização Estrutural Do Ligante n’-(1-(piridina-2-yl)etilideno)acetohidrazida (J3)

A figura 18 mostra o diagrama ORTEP da estrutura do ligante J3, onde é possível

observar que houve a ligação entre os compostos 2-acetilpiridina e acetilhidrazida, através da

dupla ligação entre o carbono C3 e nitrogênio N2. Os dados cristalográficos e parâmetros de

refinamento estrutural da hidrazona J3 estão descritos no Anexo A.

Figura 18 – Diagrama ORTEP do ligante J3

Fonte: Elaborado pela autora.

5.2.2 Caracterização Estrutural Do Complexo Cobre(II)-Catena-[(μ2-tiocianato)-(nitrato-o)-

(n’-(1-(piridina-2-yl) etilideno)acetohidrazida) (J3Cu)

A figura 19 mostra o diagrama ORTEP da estrutura do complexo J3Cu, onde é possível

observar que houve coordenação do cobre com o nitrogênio piridínico N3, nitrogênio N2,

oxigênio do grupo carbonila O1 e nitrogênio do tiocianato N4. Os dados cristalográficos e

parâmetros de refinamento estrutural do complexo J3Cu estão descritos no Anexo B

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Figura 19 – Diagrama ORTEP do complexo J3Cu

Fonte: Elaborado pela autora.

5.2.3 Caracterização Estrutural Do Complexo Bis (n’-(1-(piridina-2-

yl)etilideno)acetohidrazida)-níquel (J3Ni)

A figura 20 mostra o diagrama ORTEP da estrutura do complexo J3Ni, onde é possível

observar que houve coordenação do níquel com dois ligantes, sendo esta coordenação através

dos átomos de nitrogênio do anéis piridínicos N3 e N6, nitrogênios N2 e N5 e os oxigênios dos

grupos carbonila O1 e O2. Os dados cristalográficos e parâmetros de refinamento estrutural do

complexo J3Ni estão descritos no Anexo C.

Figura 20 – Diagrama ORTEP do complexo J3Ni

Fonte: Elaborado pela autora.

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Foram realizadas as medidas de difração de raios X dos complexos de J3 com cádmio,

cobalto e estanho, entretanto o refinamento dos dados ainda não está completo. Por este motivo,

não foi possível desenhar suas estruturas.

5.3 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA

5.3.1 Concentração Inibitória Mínima e Concentração Bactericida Mínima para o Ligante J3

O composto J3 não apresentou 100% de inibição das bactérias nas concentrações

testadas, nos tempos de 24, 48 e 72 horas para E. coli. Entretanto, apresentou CIM de 1000

μg/mL no tempo de incubação de 96 horas. Para S. aureus o composto não inibiu 100% dos

microrganismos nas concentrações e tempos de incubação analisados. A CIM50 variou de 107

a 327 μg/mL para E. coli e de 232 a 457 μg/mL para S. aureus nos tempos analisados (tabela

2).

Al-Shaalan em 2011, testou a atividade de um ligante hidrazona em E. coli e S. aureus

e observou que ele não teve ação sobre S. aureus nas concentrações analisadas. Entretanto, o

ligante inibiu E. coli nas maiores concentrações testadas. No presente trabalho, o ligante foi

efetivo contra E. coli, porém necessitou de um tempo maior em contato com as células

bacterianas para exercer este efeito.

Um estudo feito por Sedaghat e cols. em 2014, testou a atividade de três ligantes

hidrazona com anel piridina contra bactérias Gram-positivas (S. aureus e B. subtilis) e Gram-

negativas (E. coli e P. aeruginosa) e observou-se que os ligantes foram mais citotóxicos para

as bactérias Gram-positivas em 24 horas de incubação.

Tabela 2 - Valores das CIM e CIM50 (μg/mL) do ligante J3 para as bactérias S. aureus e E. coli

em 24, 48, 72 e 96 horas de incubação.

Tempo de incubação (horas)

24 48 72 96

S. aureus CIM >1000 >1000 >1000 >1000

CIM50 455 232 457 444

E. coli CIM >1000 >1000 >1000 1000

CIM50 107 124 318 327

Fonte: Elaborado pela autora.

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O tempo de incubação no qual foi necessária menor concentração para atingir 50% de

inibição foi de 24 horas e 48 horas para E. coli e S. aureus, respectivamente. Sendo a

concentração observada para E. coli cerca de 4 vezes menor quando comparada com S. aureus

no tempo de incubação de 24 horas.

Conforme ilustrado na figura 21 (A), o ligante J3 mantém a porcentagem de inibição

para E. coli na faixa de 80% nas concentrações acima de 500 μg/mL. O efeito inibitório do

composto diminui conforme a concentração decresce e o tempo de incubação aumenta.

Ibrahim e cols. em 2013 testaram a atividade de uma hidrazona em E. coli. Os

pesquisadores observaram que o composto não inibiu a bactéria nas concentrações testadas,

porém apresentou efeito inibitório menor que o observado neste estudo, inibindo menos que

70% dos microrganismos na concentração de 1000 μg/mL e cerca de 80% de inibição na

concentração de 1500 μg/mL.

Já para S. aureus (figura 21 - B) o composto apresenta efeito inibitório maior no tempo

de incubação de 48 horas, quando comparado aos outros tempos analisados, porém menos ativo

quando comparada sua ação contra E. coli.

Figura 21 – Atividade de J3 sobre E. coli (A) e S. aureus (B) nos tempos de incubação de 24,

48,72 e 96 horas.

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Fonte: Elaborado pela autora.

Os testes para análise da CBM sugerem efeito bacteriostático do ligante J3 sobre E. coli,

com crescimento de colônias semelhantes ao controle na ausência do composto (Figura 22).

Figura 22 – Ensaio referente a CBM do ligante J3 frente a E. coli (A): Controle 72h para E. coli

em ágar MacConkey; (B): 1000μg/mL de J3 após 72h para E. coli em ágar MacConkey.

Fonte: Elaborado pela autora.

A maior parte dos compostos antibacterianos são mais ativos contra bactérias Gram-

positivas, pelo fato de não possuírem membrana externa e por possuírem uma camada de

peptidoglicano porosa, fracamente empacotada por meio da qual a penetração da droga na

célula é facilitada em comparação com bactérias Gram-negativas (SHUJAH et al., 2017).

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33

O ligante J3 não apresentou atividade inibitória satisfatória contra a bactéria Gram-

positiva testada, porém apresentou atividade moderada contra a cepa Gram-negativa após 96

horas de exposição. Pode-se sugerir que o ligante exerça sua ação em algum componente da

membrana externa presente nas bactérias Gram-negativas, como o lipopolissacarídeo (LPS).

5.3.2 Concentração Mínima Inibitória e Concentração Bactericida Mínima para o Complexo

J3Cu

O complexo J3Cu inibiu o crescimento de E. coli na concentração de 1000 μg/mL para

todos os tempos de incubação analisados e inibiu S. aureus na mesma concentração nos tempos

de 48, 72 e 96 horas. A CIM50 variou de 187 a 525 μg/mL para E. coli e de 121 a 418 μg/mL

para S. aureus.

Ibrahim e cols. em 2013, complexaram um ligante hidrazona com cobre e observaram

que o complexo potencializou a ação do ligante contra E. coli, que não apresentou atividade

inibitória isoladamente em 24 horas de incubação, corroborando portanto, com os resultados

encontrados neste estudo. Entretanto, o complexo estudado neste trabalho apresentou CIM 1,5

vezes menor que a CIM apresentada por Ibrahim e cols.

Tabela 3 - Valores das CIM e CIM50 (μg/mL) do complexo J3Cu para as bactérias S. aureus e

E. coli em 24, 48, 72 e 96 horas de incubação.

Tempo de incubação (horas)

24 48 72 96

S. aureus CIM >1000 1000 1000 1000

CIM50 113 314 334 426

E. coli CIM 1000 1000 1000 1000

CIM50 198 459 458 498

Fonte: Elaborado pela autora.

Como mostrado na figura 23 (B), para S. aureus o complexo manteve sua atividade

acima de 80% nas concentrações superiores a 125 μg/mL, além de inibir 100% dos

microrganismos desta espécie na concentração de 1000 μg/mL, aumentando, portanto, a

atividade inibitória do ligante isolado.

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34

Al-Shaalan em 2011, estudou a atividade inibitória de um ligante hidrazona e seu

complexo com cobre sobre E. coli e S. aureus. Assim como observado neste trabalho, o ligante

não apresentou 100% de atividade em 24 horas para nenhuma das espécies e concentrações

testadas, porém o complexo com cobre inibiu as cepas de E. coli. Entretanto, para S. aureus Al-

Shaalan observou inibição de 100% nas maiores concentrações em 24 horas de incubação,

discordando com os resultados encontrados neste trabalho. Porém, o complexo J3Cu inibiu os

microrganismos após 48, 72 e 96 horas, sugerindo que um maior tempo de contato do complexo

com o microrganismo potencializa sua ação.

Figura 23 – Atividade de J3Cu sobre E. coli (A) e S. aureus (B) nos tempos de incubação de

24, 48,72 e 96 horas.

Fonte: Elaborado pela autora.

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35

Despaigne em 2012, sintetizou e testou uma hidrazona de mesma estrutura do ligante J3

sintetizado neste trabalho e avaliou sua atividade biológica contra S. aureus, e as bactérias

Gram-negativas E. faecalis e P. aeruginosa. Além da hidrazona, avaliou a atividade de

complexos com cobre e zinco. O autor verificou que o ligante não apresentou 100% de inibição

nas concentrações testadas para nenhum dos microrganismos analisados. O complexo com

cobre também não apresentou inibição contra os microrganismos testados em 24 horas.

Entretanto, neste trabalho, o complexo J3Cu inibiu a bactéria Gram-negativa E. coli em 24

horas de incubação e manteve a inibição após 48, 72 e 96 horas.

Os testes para análise da CBM apontaram para efeito bacteriostático do complexo J3Cu

sobre E. coli, o qual pode-se observar que o crescimento da bactéria que estava em contato com

o complexo (figura 24 – B) foi semelhante ao crescimento observado para a bactéria que não

entrou em contato com o complexo analisado (Figura 24 - A).

Figura 24 - Ensaio referente a CBM do complexo J3Cu frente a E. coli e S. aureus. (A): Controle

72h para E. coli em ágar MacConkey; (B): 1000μg/mL de J3Cu após 72h para E. coli em ágar

MacConkey.

Fonte: Elaborado pela autora.

Para S. aureus observou-se crescimento escasso de colônias quando comparada ao

controle na ausência da droga após 24 horas (figura 25 - B) e 72 horas (figura 25 - D) de

incubação em placa, o que sugere efeito bacteriostático e bactericida.

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Figura 25 - Ensaio referente a CBM do complexo J3Cu frente a S. aureus. (A): Controle 24h

para S. aureus em ágar Manitol; (B) 1000μg/mL de J3Cu após 24h para S. aureus em ágar

Manitol; (C): Controle 72h para S. aureus em ágar Manitol; (D) 1000μg/mL de J3Cu após

72h para S. aureus em ágar Manitol.

Fonte: Elaborado pela autora.

5.3.3 Concentração Mínima Inibitória e Concentração Bactericida Mínima para o complexo

J3Cd

A tabela 4 mostra que o complexo J3Cd inibiu S. aureus na concentração de 1000 μg/mL

em todos os tempos de incubação analisados. Para a bactéria E. coli nos tempos de 48, 72 e 96

horas o complexo apresentou CIM de 250 μg/mL e 1000 μg/mL em 24 horas de incubação. A

CIM50 variou de 95 a 128 μg/mL para E. coli e de 96 a 184 μg/mL para S. aureus.

Tabela 4 - Valores das CIM e CIM50 (μg/mL) do complexo J3Cd para as bactérias S. aureus e

E. coli em 24, 48, 72 e 96 horas de incubação.

Tempo de incubação (horas)

24 48 72 96

S. aureus CIM 1000 1000 1000 1000

CIM50 173 100 108 116

E. coli CIM 1000 250 250 250

CIM50 95 104 125 125

Fonte: Elaborado pela autora.

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Ao analisar a figura 26, observa-se que a atividade do ligante foi potencializada com

sua coordenação com Cádmio, contra E. coli (A) e S. aureus (B). O complexo se mostrou mais

potente contra E. coli em comparação com sua ação contra S. aureus, mantendo a porcentagem

de inibição acima de 90% nas concentrações maiores que 250 μg/mL. Para S. aureus, o

composto conseguiu manter esta atividade apenas nas concentrações acima de 800 μg/mL.

Um estudo de Adly e Taha em 2013, analisou a atividade de um ligante hidrazona e

alguns complexos com os metais Cadmio, Cobalto, Cobre, Níquel e Zinco e observou-se que

complexo com cadmio demonstrou maior atividade contra bactérias gram-negativas, quando

comparada com o ligante livre e os outros complexos testados, que demonstraram atividade

moderada (ADLY; TAHA, 2013). Estes resultados corroboram com os encontrados neste

trabalho, onde no complexo com cádmio foi observada maior atividade inibitória dos

microrganismos testados, quando comparados com as atividades do ligante J3 e seus complexos

com cobalto, cobre e níquel.

O incremento da atividade antimicrobiana com a coordenação das hidrazonas com

metais poderia ser explicado pelo fato de que essa classe de ligante se comportaria como um

carreador do metal para o interior dos microrganismos (DESPAIGNE, 2012). A quelação de

metais reduz a polaridade do íon metálico devido ao compartilhamento parcial de carga positiva

com os grupos doadores e possivelmente ao deslocamento do elétron π dentro do sistema de

coordenação. Estes fatores aumentam a natureza lipofílica do átomo central de metal

favorecendo sua permeabilização através da camada lipídica bacteriana (SHAKDOFA et al.,

2014).

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Figura 26 – Atividade de J3Cd sobre E. coli (A) e S. aureus (B) nos tempos de incubação de

24, 48,72 e 96 horas.

Fonte: Elaborado pela autora.

Os testes para análise da CBM apontaram para o efeito bacteriostático e bactericida do

complexo J3Cd sobre E. coli na concentração referente à CIM, que é de 250 μg/mL. Observou-

se crescimento escasso das cepas em contato com a droga em relação ao crescimento observado

no controle positivo após 72 horas de incubação em placa de petri, como observado na figura

27 (D).

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Figura 27 - Ensaio referente a CBM do complexo J3Cd frente a E. coli. (A): Controle 24h em

ágar MacConkey; (B): 250μg/mL de J3Cd após 24h em ágar MacConkey; (C): Controle 72h

em ágar MacConkey; (D) 250μg/mL de J3Cd após 72h em ágar MacConkey.

Fonte: Elaborado pela autora.

Os testes para análise da CBM apontaram para o efeito bacteriostático do complexo

J3Cd sobre S. aureus na concentração referente à CIM, que é de 1000 μg/mL. Não observando-

se diferença do crescimento das cepas em contato com o complexo em relação ao controle de

crescimento bacteriano, após 72 horas de incubação em ágar manitol, como observado na figura

28 (B).

Figura 28 - Ensaio referente a CBM do complexo J3Cd frente a S. aureus. (A): Controle 24h

em ágar Manitol; (B): 1000μg/mL de J3Cd após 24h em ágar Manitol; (C): Controle 72h em

ágar Manitol; (D) 1000μg/mL de J3Cd após 72h em ágar Manitol.

Fonte: Elaborado pela autora.

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5.3.4 Concentração Inibitória Mínima e Concentração Bactericida Mínima Para o Complexo

J3Sn

O complexo J3Sn apresentou CIM de 250 μg/mL para S. aureus em todos os tempos de

incubação analisados. Para E. coli, o complexo apresentou CIM de 250 μg/mL no tempo de 24

horas, e 125 μg/mL nos tempos de 48, 72 e 96 horas. A CIM50 variou de 47 a 63 μg/mL para E.

coli e de 11 a 13 μg/mL para S. aureus.

Tabela 5 - Valores das CIM e CIM50 (μg/mL) do complexo J3Sn para as bactérias S. aureus e

E. coli em 24, 48, 72 e 96 horas de incubação.

Tempo de incubação (horas)

24 48 72 96

S. aureus CIM 250 250 250 250

CIM50 11 14 13 13

E. coli CIM 250 125 125 125

CIM50 47 48 62 62

Fonte: Elaborado pela autora.

A atividade apresentada pelo complexo J3Sn para E. coli e S. aureus está representada

na figura 29 (A) e (B), respectivamente. Para E. coli, o complexo não exibiu efeito concentração

dependente em 24 horas, já que não inibiu 100% dos microrganismos nas concentrações de

1000 e 500 μg/mL e apresentou CIM de 250 μg/mL e manteve alta inibição nas concentrações

acima de 125 μg/mL. Em 48, 72 e 96 horas de incubação, o composto manteve a inibição em

100% nas concentrações a partir de 125 μg/mL, potencializando, então, a ação do ligante

isolado. A atividade do complexo para S. aureus (B) potencializou a ação do ligante,

apresentando CIM de 250 μg/mL para todos os tempos de incubação analisados e manteve as

taxas de inibição acima de 80% nas concentrações a partir de 125 μg/mL.

Um estudo avaliou a atividade de 3 hidrazonas e 7 complexos utilizando sais de estanho

contra bactérias Gram-positivas e negativas, entre elas E. coli e S. aureus. Os complexos se

mostraram mais ativos contra S. aureus, não apresentando atividade inibitória contra E. coli

(SEDAGHAT et al., 2014). No presente estudo, o complexo inibiu E. coli e S. aureus na mesma

concentração após 24 horas de incubação.

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O estanho geralmente não é tóxico ou apresenta baixa toxidade frente a mamíferos,

insetos, bactérias e fungos. Entretanto, compostos de estanho contendo uma porção orgânica

mostram variadas atividades biológicas de acordo com os ligantes e o tipo de sal de estanho

utilizado na síntese (SEDAGHAT et al., 2014; SHAH, et al., 2015).

Figura 29 – Atividade de J3Sn sobre E. coli (A) e S. aureus (B) nos tempos de incubação de

24, 48,72 e 96 horas.

Fonte: Elaborado pela autora.

Os testes para análise da CBM apontaram para o efeito bacteriostático e bactericida do

complexo J3Sn sobre E. coli na concentração referente à CIM de 96 horas, que foi de 125

μg/mL. Observou-se crescimento escasso das cepas que tiveram contato com o complexo

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(figura 33 B e D) em relação às cepas que cresceram somente em meio de cultura (figura 30 A

e C).

Figura 30 - Ensaio referente a CBM do complexo J3Sn frente a E. coli. (A): Controle 24h em

ágar MacConkey; (B): 125μg/mL de J3Sn após 24h em ágar MacConkey; (C): Controle 72h

em ágar MacConkey; (D) 125μg/mL de J3Sn após 72h em ágar MacConkey.

Fonte: Elaborado pela autora.

Os testes para análise da CBM apontaram para o efeito bactericida e bacteriostático do

complexo J3Cd sobre S. aureus na concentração referente à CIM, que é de 250 μg/mL. Observa-

se que em 24 horas de incubação em ágar Manitol, não observa-se o crescimento de colônias

(figura 31 (B)). Após 72 horas de incubação, observa-se crescimento de colônias, porém com

crescimento limitado, quando comparado ao controle de crescimento sem o complexo, como

observado na figura 31 (D).

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Figura 31 - Ensaio referente a CBM do complexo J3Sn frente a S.aureus. (A): Controle 24h em

ágar Manitol; (B): 250μg/mL de J3Sn após 24h em ágar Manitol; (C): Controle 72h em ágar

Manitol; (D) 250μg/mL de J3Sn após 72h em ágar Manitol.

Fonte: Elaborado pela autora.

5.3.5 Concentração Inibitória Mínima e Concentração Bactericida Mínima para os Complexos

J3Co e J3Ni

Para os complexos J3Ni e J3Co não foi possível determinar as CIM e CIM50 nas

concentrações e tempo testados. Não observou-se diferença no crescimento das cepas nos testes

de CBM para nenhum dos complexos com níquel e cobalto.

Sogukomerogullari e cols. analisaram, em 2016, a atividade inibitória de um ligante

hidrazona e complexos com cobalto e níquel sobre S. aureus e E. coli. Todos os compostos

apresentaram atividade moderada sobre as bactérias testadas, com CIM de 80 μg/mL para todos

os compostos sobre as duas bactérias

Ao analisar os gráficos referentes à atividade do complexo J3Ni contra E. coli (Figura

32 - A) e S. aureus (Figura 32 - B), nota-se que a complexação de J3 com níquel diminuiu a

atividade do ligante, atingindo o máximo de 40% de inibição para S. aureus e cerca de 20%

para E. coli, nas concentrações e tempos de incubação analisados.

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Figura 32 - Atividade de J3Ni sobre E. coli (A) e S. aureus (B) nos tempos de incubação de 24,

48,72 e 96 horas.

Fonte: Elaborado pela autora.

Ao analisar os gráficos referentes à atividade do complexo J3Co contra E. coli (Figura

33 - A) e S. aureus (Figura x - B), nota-se que a complexação de J3 com cobalto diminuiu a

atividade do ligante, atingindo atividade máxima em cerca de 50% de inibição para S. aureus e

cerca de 40% para E. coli, nas concentrações e tempos de incubação analisados.

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Figura 33 – Atividade de J3Co sobre E. coli (A) e S. aureus (B) nos tempos de incubação de

24, 48,72 e 96 horas.

Fonte: Elaborado pela autora.

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6 CONCLUSÕES

No presente trabalho foi proposta a síntese e caracterização de novos compostos com o

objetivo de avaliar suas propriedades biológicas em bactérias Gram-positivas e Gram-

negativas. Um total de 6 compostos foram sintetizados, sendo um ligante hidrazona (J3) e cinco

complexos metálicos com cobre, níquel, cádmio, cobalto e estanho.

Os dados da espectroscopia na região do infravermelho para J3 sugerem que ocorreu a

formação do ligante através da reação de condensação entre os compostos 2-acetilpiridina e

acetilhidrazida pela observação da banda referente à vibração da ligação C=N no espectro

gerado.

Os dados da espectroscopia na região do infravermelho para os complexos J3Cu, J3Ni,

J3Cd, J3Co e J3Sn sugerem que o ligante J3 está presente em suas estruturas, pela observação

da banda referente à vibração de C=N, do anel piridínico e do grupamento carbonila.

Foram determinadas as estruturas cristalográficas dos 6 compostos sintetizados, sendo

3 totalmente e 3 parcialmente. Destes, cinco não estão descritos na literatura

Os resultados de avaliação da atividade biológica dos compostos sugerem que o ligante

isolado não apresentou atividade inibitória contra S. aureus. Porém apresentou atividade

inibitória moderada contra E. coli após 96 horas de incubação, com CIM de 1000 μg/mL.

Observou-se que, para os complexos de J3 com níquel e cobalto, os quais possuem 2

ligantes em um sistema com 6 coordenações no metal, a atividade inibitória mostrou-se mais

fraca quando comparada ao ligante J3 isolado, sugerindo que esta coordenação não contribui

para o aumento da atividade inibitória do ligante.

O complexo J3Cu apresentou atividade inibitória contra E. coli na concentração de 1000

μg/mL para todos os tempos analisados e inibiu S. aureus na mesma concentração em 48, 72 e

96 horas de incubação. Os testes de CBM apontaram para o efeito bacteriostático do complexo

contra S. aureus e efeito bacteriostático e bactericida contra E. coli.

O complexo J3Cd apresentou atividade inibitória contra as duas espécies testadas,

porém os melhores resultados foram observados contra E. coli, que apresentou CIM de 250

μg/mL nos tempos de 48, 72 e 96 horas, 4 vezes menor que a CIM apresentada para S. aureus

nos mesmos tempos de incubação. A análise dos testes de CBM demostraram efeito bactericida

e bacteriostático contra E. coli e efeito bacteriostático contra S. aureus.

O complexo J3Sn apresentou CIM de 250 μg/mL contra S. aureus em todos os tempos

de incubação analisados e as CIM50 variaram entre 11 e 13 μg/mL. Observou-se atividades

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bactericida e bacteriostática após análise dos testes de CBM. Para a espécie E. coli, o complexo

J3Sn apresentou CIM de 250 μg/mL em 24 horas de incubação e CIM de 125 μg/mL em 48, 72

e 96 horas de incubação. Os testes de CBM mostraram efeitos bactericida e bacteriostático

contra a espécie. Este complexo foi, portanto, o mais ativo contra as duas espécies bacterianas

testadas.

A atividade inibitória do ligante J3 foi melhorada a partir da coordenação com os metais

estanho, cádmio e cobre para E. coli e S. aureus, sendo as menores concentrações inibitórias

observadas contra E. coli. Sugerindo que ação do ligante e os complexos J3Sn, J3Cd e J3Cu

possa ocorrer na membrana externa da parede celular, ausente em espécies gram-positivas.

A partir dos resultados encontrados neste estudo, tem-se como perspectivas a avaliação

da atividade biológica destes compostos em fungos e verificar a citotoxidade em células de

mamíferos.

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ANEXO A – Dados Cristalográficos e Parâmetros de Refinamento Estrutural para a

Hidrazona J3

Composto J3

Fórmula Empírica C9 H10 N3 O

Peso Molecular 176.20 g/Mol

Temperatura 296(2) K

Comprimento de Onda 0.71073 Å

Sistema Cristalino Monoclinico

Grupo Espacial P 21/c

Dimensões da Célula Unitária a = 3.9908(9) Å α = 90°.

b = 12.458(2) Å β = 94.680(12)°.

c = 18.187(4) Å γ = 90°.

Volume 901.2(3) Å3

Z 4

Densidade (Calculada) 1.299 Mg/m3

Coeficiente de Absorção 0.089 mm-1

F(000) 372

Tamanho do Cristal 0,126 x 0,129 x 0,464 mm3

Intervalo de θ para Coleta de Dados 1.98 to 27.16°.

Intervalo dos Índices de Miller -5<=h<=4; -15<=k<=15; -23<=l<=23.

Reflexões Coletadas 6327

Reflexões Independentes 1918 [R(int) = 0.4063]

Completeza para θ = 27.16° 96.3 %

Método de Refinamento Mínimos Quadrados de Matriz Completa em F2

Dados / Restrições / Parâmetros 1918 / 0 / 121

“Goodness-of-fit” em F2 1.136

Índices R Finais [I>2sigma(I)] R1 = 0.1491, wR2 = 0.3357

Índices R (Todos os Dados) R1 = 0.2325, wR2 = 0.3905

Coeficiente de Extinção 0.12(3)

Maior Diferença Entre Pico e Buraco 0.522 and -0.378 e.Å-3

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ANEXO B - Dados Cristalográficos e Parâmetros de Refinamento Estrutural para o

Complexo J3Cu

Composto J3Cu

Fórmula Empírica C10 H11 Cu N6 O7 S

Peso Molecular 422.85 g/Mol

Temperatura 296(2) K

Comprimento de Onda 0.71073 Å

Sistema Cristalino Monoclinic

Grupo Espacial C2/c

Dimensões da Célula Unitária a = 26.2687(4) Å α = 90°.

b = 7.73350(10) Å β = 115.0600(10)°.

c = 16.0523(3) Å γ = 90°.

Volume 2954.03(8) Å3

Z 8

Densidade (Calculada) 1.902 Mg/m3

Coeficiente de Absorção 1.673 mm-1

F(000) 1712

Tamanho do Cristal 0,074 x 0,364 x 0,625 mm3

Intervalo de θ para Coleta de Dados 1.71 to 28.90°.

Intervalo dos Índices de Miller -28<=h<=35; -10<=k<=10; -21<=l<=20.

Reflexões Coletadas 12539

Reflexões Independentes 3819 [R(int) = 0.0284]

Completeza para θ = 28.90° 98.1 %

Correção de Absorção Numérica

Método de Refinamento Mínimos Quadrados de Matriz Completa em F2

Dados / Restrições / Parâmetros 3819 / 0 / 229

“Goodness-of-fit” em F2 1.446

Índices R Finais [I>2sigma(I)] R1 = 0.0689, wR2 = 0.1970

Índices R (Todos os Dados) R1 = 0.0887, wR2 = 0.2113

Coeficiente de Extinção 0.0013(5)

Maior Diferença Entre Pico e Buraco 1.178 and -1.124 e.Å-3

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ANEXO C - Dados Cristalográficos e Parâmetros de Refinamento Estrutural para o

Complexo J3Ni

Composto J3Ni

Fórmula Empírica C18 H22 N9 Ni1.50 O14

Peso Molecular 676.51 g/Mol

Temperatura 296(2) K

Comprimento de Onda 0.71073 Å

Sistema Cristalino Triclínico

Grupo Espacial P-1

Dimensões da Célula Unitária a = 8.0850(5) Å α = 76.193(3)°.

b = 13.3995(8) Å β = 75.388(3)°.

c = 13.7914(9) Å γ = 82.637(3)°.

Volume 1400.32(15) Å3

Z 2

Densidade (Calculada) 1.604 Mg/m3

Coeficiente de Absorção 1.101 mm-1

F(000) 694

Tamanho do Cristal 0,090 x 0,143 x 0,243 mm3

Intervalo de θ para Coleta de Dados 1.56 to 26.42°.

Intervalo dos Índices de Miller -10<=h<=10; -15<=k<=16; -17<=l<=17.

Reflexões Coletadas 20186

Reflexões Independentes 5714 [R(int) = 0.0241]

Completeza de θ = 26.42° 99.1 %

Correção de Absorção Numérica

Método de Refinamento Mínimos Quadrados de Matriz Completa em F2

Dados / Restrições / Parâmetros 5714 / 0 / 389

“Goodness-of-fit” em F2 1.519

Índices R Finais [I>2sigma(I)] R1 = 0.0553, wR2 = 0.1885

Índices R (Todos os Dados) R1 = 0.0670, wR2 = 0.2010

Maior Diferença entre Pico e Buraco 1.302 and -0.901 e.Å-3

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